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LEPTOSPIROSE EM SUÍNOS: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE (REVISÃO) SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA' , PAULO CÉZAR ROMERO DE LIMA 2 RESUMO - São discutidos aspectos referentes à etiologia, sinais de infecção, diagnóstico e controle da leptospirose em suínos, abrangendo extensa literatura sobre o tema. A leptospirose é uma das doenças mais importantes da reprodução, nas granjas de criação de suínos no Brasil. No Rio Grande do Sul a doença é de ocorrência muito freqüente, sendo detectada principalmente através de sorologia.A resposta sorológica em rebanhos suínos em nosso Estado tem se modificado quanto aos sorovares de leptospiras que reagem aos testes de aglutinação microscópica, pois em anos anteriores predominavam reações para Leptospira pomona, ao passo que a partir de 1993 tem sido verificado maior frequência de reações sorológicas para Leptospira icterohaemorrhagiae e L. bratislava. Este fato merece ser considerado na adoção de medidas de prevenção e tratamento, que são também discutidas na presente revisão. Palavras - chave: Leptospirose, suíno, etiologia, diagnóstico, controle. LEPTOSPIROSIS IN PIGS: AETIOLOGY, DIAGNOSIS AND CONTROL (REVIEW) ABSTRACT - Aspects related to the aetiology, signs of infection, diagnosis and control of leptospirosis in pigs are discussed in this article, based on specialized literature on the subject. Leptospirosis is one of the most important diseases causing reproductive problems in pigs in Brazil. In the State of Rio Grande do Sul, it has high prevalence, being diagnosed mainly by serology. Leptospira pomona was the most prevalent serovar until 1993, while Leptospira icterohaemorrhagiae and Leptospira bratislava are more prevalent since then, in our State. This is an important ftnding that should be considered aiming treatment and prevention measures, also discussed in this paper. Key words: Leptospirosis, pigs, aetiology, diagnosis, control. INTRODUÇÃO Leptospiras são importantes agentes etiológicos de problemas reprodutivos em suínos, constituindo-se na causa de perdas ecoai:nicas como conseqüência de morte de embriões, abortos, natimortos e nascimento de leitões fracos infectados. A leptospirose em suínos pode ser causada por diversos sorovares. Embora na maior parte dos casos o tratamento e a prevenção da doença são semelhantes para as diferentes espécies de leptospiras, é importante a identificação do agente etiológico, tendo em vista que são reconhecidos dois tipos diferentes de infecção (THIERMANN, 1987): in- fecção onde o suíno é o hospedeiro definitivo, exem- plo, causada por Leptospira pomona, ou infecção onde o suíno é hospedeiro acidental, exemplo, causada por L. grippotyphosa. O isolamento de Leptospira sp em meios de cul- tura para identificação do sorovar infectante, é um mé- todo muito trabalhoso e demorado, mas proporciona segurança no diagnóstico, principalmente quando se visa o controle através da utilização de vacina específi- ca. Um teste mais rápido, o teste sorológico de aglutina- ção microscópica (COLE et al., 1973), é utilizado como rotina, embora ocorram discrepâncias quando os resul- tados são analisados individualmente, ou em casos em que foi utilizada vacina polivalente, podendo ocorrer títulos positivos em reações cruzadas aos antígenos vacinais. No entanto, quando o teste de aglutinação microscópica é utilizado em um número representativo de reprodutores de um rebanho, em torno de 10%, re- flete o estado imunológico quanto à leptospirose (HILL, 1988). O monitoramento sorológico de reprodutores e o exame laboratorial para diagnóstico de causas de problemas reprodutivos em granjas de suínos no Estado do Rio Grande do Sul, demonstram que a leptospirose é uma das doenças diagnosticadas.mais fre- quentemente, assim como em outras regiões do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia), onde os resultados dos exames sorológicos ressaltam a impor- tância da leptospirose. Entre os sorovares diagnosticados, L. pomona tem sido o mais frequente (REIS et al.,1973; TERUYA et al., 1974; CORDEIRO et al., 1975; RA- MOS et al., 1981; FARIA et al., 1989). No Rio Grande I. MM. Vet. M.Sc. - FEPAGRO/Centro de Pesquisa Veterinária Desidério Finamos, Caixa Postal 47, 92990-000 Eldorado do Sul - RS/BRASIL. Bolsista do CNPq. 2. MM. Vet. - Aluno do Curso de Mestrado em Medicina de Suínos, Faculdade de Veterinária da UFRGS, Av. Bento Gonçalves 9090, 91540-000 Porto Alegre - RS/BRASIL. Recebido para publicação em 17/06/1996. PESQ. AGROP. GAÚCHA, v.2, n.1, p. 119-128, 1996 119

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LEPTOSPIROSE EM SUÍNOS: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE (REVISÃO)

SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA' , PAULO CÉZAR ROMERO DE LIMA 2

RESUMO - São discutidos aspectos referentes à etiologia, sinais de infecção, diagnóstico e controle da leptospirose em suínos, abrangendo extensa literatura sobre o tema. A leptospirose é uma das doenças mais importantes da reprodução, nas granjas de criação de suínos no Brasil. No Rio Grande do Sul a doença é de ocorrência muito freqüente, sendo detectada principalmente através de sorologia.A resposta sorológica em rebanhos suínos em nosso Estado tem se modificado quanto aos sorovares de leptospiras que reagem aos testes de aglutinação microscópica, pois em anos anteriores predominavam reações para Leptospira pomona, ao passo que a partir de 1993 tem sido verificado maior frequência de reações sorológicas para Leptospira icterohaemorrhagiae e L. bratislava. Este fato merece ser considerado na adoção de medidas de prevenção e tratamento, que são também discutidas na presente revisão.

Palavras-chave: Leptospirose, suíno, etiologia, diagnóstico, controle.

LEPTOSPIROSIS IN PIGS: AETIOLOGY, DIAGNOSIS AND CONTROL (REVIEW)

ABSTRACT - Aspects related to the aetiology, signs of infection, diagnosis and control of leptospirosis in pigs are discussed in this article, based on specialized literature on the subject. Leptospirosis is one of the most important diseases causing reproductive problems in pigs in Brazil. In the State of Rio Grande do Sul, it has high prevalence, being diagnosed mainly by serology. Leptospira pomona was the most prevalent serovar until 1993, while Leptospira icterohaemorrhagiae and Leptospira bratislava are more prevalent since then, in our State. This is an important ftnding that should be considered aiming treatment and prevention measures, also discussed in this paper.

Key words: Leptospirosis, pigs, aetiology, diagnosis, control.

INTRODUÇÃO

Leptospiras são importantes agentes etiológicos de problemas reprodutivos em suínos, constituindo-se na causa de perdas ecoai:nicas como conseqüência de morte de embriões, abortos, natimortos e nascimento de leitões fracos infectados. A leptospirose em suínos pode ser causada por diversos sorovares. Embora na maior parte dos casos o tratamento e a prevenção da doença são semelhantes para as diferentes espécies de leptospiras, é importante a identificação do agente etiológico, tendo em vista que são reconhecidos dois tipos diferentes de infecção (THIERMANN, 1987): in-fecção onde o suíno é o hospedeiro definitivo, exem-plo, causada por Leptospira pomona, ou infecção onde o suíno é hospedeiro acidental, exemplo, causada por L. grippotyphosa.

O isolamento de Leptospira sp em meios de cul-tura para identificação do sorovar infectante, é um mé-todo muito trabalhoso e demorado, mas proporciona segurança no diagnóstico, principalmente quando se visa o controle através da utilização de vacina específi-ca. Um teste mais rápido, o teste sorológico de aglutina-

ção microscópica (COLE et al., 1973), é utilizado como rotina, embora ocorram discrepâncias quando os resul-tados são analisados individualmente, ou em casos em que foi utilizada vacina polivalente, podendo ocorrer títulos positivos em reações cruzadas aos antígenos vacinais. No entanto, quando o teste de aglutinação microscópica é utilizado em um número representativo de reprodutores de um rebanho, em torno de 10%, re-flete o estado imunológico quanto à leptospirose (HILL, 1988).

O monitoramento sorológico de reprodutores e o exame laboratorial para diagnóstico de causas de problemas reprodutivos em granjas de suínos no Estado do Rio Grande do Sul, demonstram que a leptospirose é uma das doenças diagnosticadas.mais fre-quentemente, assim como em outras regiões do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia), onde os resultados dos exames sorológicos ressaltam a impor-tância da leptospirose.

Entre os sorovares diagnosticados, L. pomona tem sido o mais frequente (REIS et al.,1973; TERUYA et al., 1974; CORDEIRO et al., 1975; RA-MOS et al., 1981; FARIA et al., 1989). No Rio Grande

I. MM. Vet. M.Sc. - FEPAGRO/Centro de Pesquisa Veterinária Desidério Finamos, Caixa Postal 47, 92990-000 Eldorado do Sul - RS/BRASIL. Bolsista do CNPq.

2. MM. Vet. - Aluno do Curso de Mestrado em Medicina de Suínos, Faculdade de Veterinária da UFRGS, Av. Bento Gonçalves 9090, 91540-000 Porto Alegre - RS/BRASIL. Recebido para publicação em 17/06/1996.

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do Sul, à semelhança de outros Estados brasileiros, o sorovar L. pomona era o mais prevalente, tanto através de diagnóstico sorológico, quanto pelo cultivo (OLI-VEIRA e FALLAVENA, 1978; OLIVEIRA et al.,1983; 1987). No entanto, tem sido revelado nos últimos tres anos a predominância de títulos para L. bratislava e L. icterohaemorrhagiae (OLIVEIRA et al., 1994; 1995) no Estado.

No Quadro I são apresentadas as possibilidades de infecção por leptospiras em suínos.

QUADRO 1:

TRANSMISSÃO DA LEPTOSPIROSE EM SUÍNOS

Portadores Material contaminado Vias de infecção

Urina

Mucosas: Descargas vulvares ?

oral

Suínos

Semen ?

nasal Leite?

conjuntiva genital Pele

Ração

Intrauterina Roedores

Água (ratos)

Solo

Efluentes

DESENVOLVIMENTO

1. Etiologia da leptospirose em suínos

A leptospirose é causada por bactérias do gênero Leptospira spp, espiroquetas que medem de 6 a 20 micrometros de comprimento por 0,1 de diâmetro. Re-conhecem-se dois grandes grupos : Leptospira interrogans e Leptospira biflexa, pertencentes à famí-lia Leptospiraceae e ordem Spirochaetales. No grupo de L. interrogans situam-se as leptospiras patogênicas, sendo Conhecidas 212 sorovares, distribuídos em 23 sorogrupos (KMETY e DIKKEN, 1988).

A ocorrência de leptospirose foi descrita pela pri-meira vez por INADA et al.(1916), sendo conhecida como doença de Weil. O gênero Leptospira foi estabe-lecido por NOGUCHI (1917). KLARENBEEK e SCHUFFNER (1933) registraram o primeiro isolamento de L. icterohaemorrhagiae de suínos que apresentavam icterícia.

WOLFF e BROOM (1954) publicaram um siste-ma de classificação baseado na análise antigênica, in-cluindo inicialmente 34 sorovares isolados de humanos e/ou animais. À classificação original foram sendo adi-cionados gradualmente novos sorovares: SMITH et al. (1954) , na Austrália, ALEXANDER et al. (1955) clas-sificaram novos sorovares isolados na Malasia e VAN RIEL et al. (1956) incharam mais algumas cepas de

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leptospiras do Congo Belga. Na Checoeslováquia L. pomona foi considerada com elevada prevalência em suínos e açougueiros ( KMETY, 1954). L. canicola , foi considerada responsável por infecção em humanos, transmitida por suínos na Escócia (COGHLAN et al., 1957). Na Argentina, SAVINO e RENELLA (1944) relataram o isolamento de L. tarassovi de humanos e suínos.

Os primeiros isolamentos de leptospiras de suínos no Brasil foram realizados por CUIDA (1947/48) no Estado de São Paulo, identificando como Leptospira hyos, hoje denominada L.tarassovi (CUIDA, 1958). Seguiram-se os trabalhos de CUIDA et al. (1959), CAS-TRO et al. (1962), SANTA ROSA et al. (1962,a,b; 1970; 1973), CORDEIRO et al. (1974), OLIVEIRA et al. (1980) ,nos quais foram descritos os isolamentos de L. canicola, L. pomona, L. icterohaemorrhagiae, L. hyos. Foi constatada também a presença de suínos portadores de L.pomona abatidos em frigorífico (OLIVEIRA et al., 1983).

A partir da década de 1980, as infecções em suí-nos por leptospiras do sorogrupo Austrais têm sido um problema emergente na Europa. Anteriormente, os sorovares mais frequentes causando doença em suínos pertenciam a outros grupos, sendo que predominavam infecções por L. pomona, L. icterohaemorrhagiae, L. canicola, L. tarassovi e L. grippotyphosa. HATHAWAY et al. (1982) , cultivaram L. muenchen, do sorogrupo Australis, de uma porca que havia abortado, na Ingla-terra. ELLIS et al. (1986 a) isolaram o sorovar L. muenchen de rim, oviduto e útero de uma porca, 43 dias após o aborto. O sorovar L. bratislava, do mesmo sorogrupo, foi isolado de rim, oviduto, útero e linfonodo supramamário de uma porca, após 147 dias de ter abor-tado (ELLIS et al., 1986,b). L. bratislava foi isolada nos E.U.A. pela primeira vez naquele país do trato genital de suínos por ELLIS e THIERMANN (1986). Este sorovar também foi isolado de suínos naquele país por BOLIN e CASSELS (1992). Na Alemanha, SCHONBERG et al. (1992) relataram o primeiro isola-mento do sorovar Lbratislava de suínos naquele país, a partir de rins com focos necróticos. Devido ao fato de leptospiras dos sorovares L. bratislava e L. muenchen serem difíceis de cultivar , havendo necessidade de modificações nos meios de cultivo para se obter isola-mento , poucos países registraram a ocorrência daque-les sorovares, havendo no entanto evidências de infec-ção em suínos, detectadas por diagnóstico sorológico.

2. Sinais de infecção por leptospiras

Os suínos contaminam-se através do contato dire-to com a urina infectada, pela mucosa oral e/ou nasal, conjuntiva, ou pele. Pode haver infecção a partir da ingestão de ração, água, solo e urina contaminados, bem

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como pela via genital (ELLIS et al., 1985). Em suínos portadores, nos quais há multiplicação de leptospiras nos túbulos renais, passados 30 a 60 dias da infecção a quantidade de leptospiras eliminadas viáveis na urina é bem elevada. A eliminação por via urinária poderá ocor-rer , nos casos de infecção porL. pomona , até dois anos de forma intermitente (MITCHELL et al., 1966).

As leptospiras que são diagnosticadas mais fre-quentemente infectando suínos em todo o mundo são: L. pomona, L. icterohaemorrhagiae, L. canicola, L. tarassovi, L. grippotyphosa e L.bratislava. A identifi-cação do sorovar infectante é epidemiológicamente importante. Os suínos podem ser hospedeiros definiti-vos como no caso dos sorovares L. pomona e L bratislava ou ainda como hospedeiros acidentais nos casos de infecção pelo sorovar L. grippotyphosa. No primeiro caso há uma adaptação hospedeiro-parasita, onde a leptospira é mantida no trato urinário por longo período, sendo eliminada na urina em condições de vi-abilidade para infectar outros suínos; os sinais são mui-to moderados, sendo detectada a infecção apenas em porcas em gestação. Na - infecção acidental, quando os suínos são infectados por um sorovar adaptado a outro mamífero, os sinais da doença são mais evidentes mas a permanência no trato urinário ocorre por pouco tem-po, havendo a eliminação de menor número de leptospiras pela urina (TI-HERMANN, 1987).

A leptospirose é uma das principais causas de fa-lhas reprodutivas em porcas, com manifestações de abor-tos, natimortos e leitões fracos que morrem pouco tem-po após o nascimento. Nos casos de infecção por L. bratislava tem sido observado, além dos sinais mencio-nados, retornos ao cio nas primeiras seis semanas de gestação (ELLIS, 1989).

A infecção por L. icterohaemorrhagiae pode cau-sar doença aguda em leitões na primeira semana de vida, ocorrendo icterícia e hemorragia em vários órgãos (FIELD e SELLERS, 1951). Tem sido sugerido que L. bratislava poderia causar descargas vulvares em por-cas: POWER (1991) detectou títulos sorológicos posi-tivos para aquele sorovar, em porcas que apresentavam descargas vulvares; KAVANAGH (1991) observou por imunofluorescência L. bratislava em ovidutos de fê-meas suínas descartadas por infertilidade e que apre-sentavam descargas vulvares. Estas observações suge-rem que em determinados casos em que somente são observadas descargas vulvares sem outros transtornos reprodutivos ou acompanhadas de retomo ao cio, possa haver infecção por L. bratislava. No entanto, é necessario que sejam melhor estudados estes casos e obtida a comprovação sobre o papel das leptospiras. Meningite como sinal de infecção por leptospiras é um quadro clínico comum em humanos, mas é rara em ani-mais. Foi registrado o isolamento de Streptococcus suis tipo!! e L.bratislava de cérebros de leitões que apresen

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tavam meningite, sendo sugerido um possível sinergismo entre os agentes (ELLIS, 1989). Este tema também necessita intensificação de pesquisas para com-provação.

Leptospiras do grupo australis, L. bratislava e L. muenchen, podem ser transmitidas via sexual, ao con-trário dos outros grupos de leptospiras, nos quais a uri-na é o único meio de contaminação . Leptospiras da-quele grupo podem também ser eliminadas através da urina, mas em menor quantidade A transmissão via sexual foi demonstrada através do isolamento de leptospiras do grupo australis de fetos abortados e trato genital de porcas e de um cachaço, havendo sido isola-das deste último da uretra, vesícula seminal, glândula bulbo-uretral, próstata e testículos (ELLIS et al., 1985)

Durante a fase de leptospiremia na porca infectada, as leptospiras migram do sangue mátemo para os fetos, podendo produzir infecção sistêmica nos fetos resultan-do na morte dos mesmos ou em infecção neo-natal que persiste após o nascimento. O curso da doença depende do estágio da gestação em que ocorreu a infecção e tam-bém do sorovar de leptospira envolvido. As bactérias estão presentes na maior parte dos tecidos dos fetos abor-tados (FAINE, 1982). Leitões nascidos infectados por L. canicola, conforme observações de McERLEAN (1964), apresentavam pelo eriçado, alguns estavam ictéricos e não mamavam. À necropsia o fígado apre-sentava-se amarelado e os rins apresentavam hemorra-gias sub-capsulares. Fetos abortados por infecção em porcas por L. pomona , segundo SMITH et al.(1990) apresentavam hemorragias na pele e lesões necróticas no fígado.

O Quadro 2 resume os sinais de leptospirose em suínos.

QUADRO 2:

SINAIS DE LEPTOSPIROSE EM SUÍNOS

1. Porcas em gestação: Retornos nas primeiras 6 semanas Abortos, Natimortos Nascimento de leitões fracos infectados

2. Fetos:

Edema generalizado Hemorragias na pele Lesões necróticas no fígado Septicemia

3. Leitões: Icterícia Hemorragia em vários órgãos Patologia: nefrite intersticial Acúmulo de células inflamatórias no cones renal (lesões renais branco acinzentadas de tamanho variável, visíveis a olho m.1).

4. Suínos adultos: Patologia: nefrite intersticial. Acúmulo de células inflamatórias no 'cortes renal. Lesões macroscópicas branco-acinzentadas

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Segundo HANSON (1972), a leptospirose em lei-tões e suínos adultos revela a presença de hemorragias e/ou focos esbranquiçados no cortex renal . JONES et al. (1987), relataram que nas lesões macroscópicas esbranquiçadas dos rins existem acúmulos de células inflamatórias no cortex, sugerindo leptospirose, o que determina a condenação de rins durante a inspeção "post-mortem". Essas lesões são indicadores de possível in-fecção, não um diagnóstico de infecção recente ou atu-al, pois nelas pode não haver leptospiras , sendo devi-das muitas vezes a infecções passadas, mas constituem um risco de contaminação durante a manipulaçào dos fins. HUNTER et al. (1987), recuperaram L. pomona de 19 rins entre 21 que apresentavam lesões esbranquiçadas sugestivas de leptospirose em suínos abatidos. Leptospiras foram isoladas apenas de um rim sem lesões visíveis. Apesar da estreita relação entre a ocorrência de lesões e o cultivo de leptospiras, outras bactérias também foram cultivadas das lesões: Streptococcus equisimilis, Corynebacterium pyogenes, Staphylococcus aureus, Streptococcus suis tipo H e Haemophilus parasuis.

A lesão renal causada pela leptospirose é do tipo nefrite intersticial. As leptospiras penetram nos rins por via hematógena; pelo endotélio vascular atingem o es-paço intersticial e daí migram até o lúmen tubular pela junção intercelular lateral. A doença compreende a fase intersticial caracterizada por edema, v ascu lite e leptospiremia; segue-se a fase tubular, onde as leptospiras estão nas microvilosidades da porção tubular proxi mal (MICHNA e CAMPBELL, 1969; CHEVILLE et al., 1980). Leitões de 3 meses de idade infectados experimentalmente com L. pomona apresentaram leptospiras nos rins a partir do quarto dia , até o final do experimento, manifestando-se a infecção por lesões no cortex, de tamanho variável desde minúsculas até 5 mm de diâmetro, de coloração branco-acinzentadas (SLEIGHT et al., 1960).

A ocorrência de alterações histológicas em rins tem sido mais frequente do que o isolamento de leptospiras: o exame histopatológico em 604 rins de suínos obtidos em frigorífico revelou lesões em 174 materiais, consistindo em vacuolização do epitélio tubular, infiltração linforreticular intertubular ; apenas de cinco materiais foi isolado L. pomona e nestes as lesões eram em grau mais elevado (OLIVEIRA et al., 1983). BAKER et al. (1989) isolaram 6 cepas de L. pomona de 197 rins obtidos em frigorífico, detectando nefrite intersticial em 11 (5,7%). Conclui-se que os si-nais de infecção por leptospiras em suínos frequente-mente são similares aos causados por outros agentes, sendo necessário o diagnóstico diferencial, principal-mente entre doenças da reprodução.

3. Diagnóstico de leptospirose em rebanhos su- ínos

O teste de aglutinação microscópica é o teste de eleição para diagnóstico sorológico de leptospirose em todo o mundo. O teste consiste em fazer reagir partes iguais de diluições seriadas de soros e os antígenos (cul-turas em meio líquido, vivas) que são representantes dos principais sorogrupos que ocorrem na região ou país; a leitura consiste no exame microscópico em campo escuro para a observação de aglutinação, significando a presença de anticorpos (COLE et 1973). O teste deve ser utilizado para diagnóstico de situação de um reba-nho, não individualmente (THIERMANN, 1987).

Com o uso de vacinas polivalentes tem havido in-terferência no diagnóstico soro I óg i co (STRINGFELLOW et al., 1983; SANFORD e MORRIS, 1990), dificultando a realização de levanta-mentos sorológicos para determinar a prevalência da doença. Por outro lado, estudos feitos em suínos infectados por L. bratislava indicaram que leptospiras foram isoladas do trato genital em animais que apre-sentavam baixos títulos no teste de aglutinação micros-cópica e alguns foram negativos ao teste (ELLIS et al., 1985). Muitas vacinas não estimulam a formação de anticorpos até 1:100 que é o título mínimo considerado reação positiva . As vacinas que estimulam a ocorrên-cia de títulos mais elevados provocam reações de 1:400 e raramente 1:800. Estes títulos persistem por dois ou três meses (HILL, 1988). Considerando-se que em um rebanho infectado há porcas que abortaram e apresen-tam títulos acima de 1:800, seria possível detectar a in-fecção, mas o único método definitivo de diagnóstico é o cultivo das leptospiras (FAINE, 1982).

O teste sorológico de aglutinação microscópica tem sido o principal instrumento para detectar leptospirose em rebanhos suínos: MICHNA et al. (1969) na Escócia analisaram 695 amostras de soro suíno de 91 granjas, entre as quais 39 apresentavam sinais de falha reprodutiva, sendo diagnosticado infecção por L. canicola em 25 granjas (64,1%) e L. icterohaemorrhagiae em 14 (35,9%). Na Irlanda, McERLEAN (1964), já havia detectado um surto de L. canicola em um rebanho com problemas de reprodu-ção. PEREA et al. (1994), na Espanha, testaram 521 amostras de soro de 28 granjas e verificaram títulos positivos em 10,56% dos suínos em 39% das granjas, predominando L. pomona (6,53%). VAN TIL e DOHOO (1991) observaram maior número de reações sorológicas para L. icterohaemorrhagiae (57,1%) e L. bratislava (35,1%) em rebanhos suínos com problemas de infertilidade no Canadá. Segundo THIERMANN (1987), em suínos nos E.U.A., o sorovar kennewicki é o mais prevalente. Estas leptospiras são identificados sorológicamente como L. pomona. BOLIN (1994) rela-

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tou que os sorovares mais comumente associados com leptospirose em suínos naquele país são L. bratislava, L pomona e L. grippotyphosa. HATHAWAY e LITTLE

(1981), detectaram títulos para L. copenhageni em 7,9%

dos suínos testados na Inglaterra. O antígeno

copenhageni é utilizado também para diagnosticar in-

fecção por L. icterohaemorrhagiae. Os autores verifi-

caram no entanto maior número de reações para o gru-

po Australis após a realização de testes incluindo os

antígenos L. bratislava e L. lora, pertencentes àquele

sorogrupo, com resultado positivo para 36% das porcas

com problemas de infertilidade. O sorovar L. bratislava foi diagnosticado por

MILLER et al. (1990) nos E.U.A. ao examinarem 1264

amostras de soro suíno, ocorrendo em 48,1% das rea-ções positivas. BOLIN et al. (1991) também naquele país, constataram evidência sorológica de infecção por

L. bratislava em suínos com falhas de reprodução. Se-

gundo CHAPPEL et aI. (1992), L. pomona tem sido fre-quentemente isolada de suínos na Austrália. Os auto-

res, no entanto, ao realizarem testes de aglutinação microscópica verificaram títulos positivos para L. bratislava, sugerindo a presença daquele sorovar nos rebanhos. Na Argentina SARAVI et al. (1989) acompa-

nharam um surto de leptospirose em suínos , causado por L. pomona, em que os títulos sorológicos oscilaram entre 1:800 a 1:25600.

No Brasil a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas reprodutivas e tem ocor-rido em todo o país, com registros de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro , Paraná, Santa Catarina

e Rio Grande do Sul. REIS et al. (1973) , em Minas Gerais relataram que o sorovar L. pomona foi o mais prevalente, com 87,5% das reações positivas. TERUYA

et al. (1974), em São Paulo, também observaram pre-dominância de reações sorológicas positivas para L. pomona em suínos. CORDEIRO et aI. (1975), exami-

naram suínos criados em regime semi-selvagem na Bahia e também registraram maior frequência de amos-

tras positivas para L. pomona. ÁVILA et aI. (1977),

examinaram 770 amostras de soro suíno, de 26 municí-

pios de Minas Gerais e obtiveram 635 (82,4%) de rea-ções positivas, respectivamente para os sorovares

autumnalis (38,5%), ballum (32,9%), woltyi (33,5%), butembo (27,5%), bratislava (22,6%), bataviae (16,4%), javanica (13,9%), icterohaemorrhagiae 12,8%) e pomona (10,6%). RAMOS et al. (1981), examinaram

1045 amostras de soro suíno de cinco granjas no Rio de

Janeiro e obtiveram 4,97% de reações positivas, predo-

minando os sorovares tarassovi e pomona. OLIVEIRA

et al. (1983) observaram maior numero de amostras de

soro positivas para L. pomona e L. icterohaemorrhagiae em suínos abatidos em frigoríficos e em granjas com

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problemas de reprodução no Rio Grande do Sul. Em

outro trabalho, foram examinados 4308 soros, de 61 granjas de reprodutores no Rio Grande do Sul, sendo

292 amostras positivas (6,7%). L. pomona foi o sorovar predominante (183 amostras positivas), seguida de L. tarassovi (86), L. icterohaemorrhagiae (18), L. ballum (5) (OLIVEIRA et al., 1987).

O exame de 610 matrizes suínas provenientes de 63 granjas tecnificadas em Minas Gerais, revelou 7,7%

de amostras positivas, predominando o sorovar L. pomona (FARIA et al.,1989). O exame de fêmeas suínas

descartadas para abate devido a transtornos reprodutivos

em uma granja em São Paulo revelou reações positivas

~ente para L.icterohaemorrhagiae (CARVALHO et

al., 1991). No Rio Grande do Sul foi evidenciada in-fecção por L.bratislava por OLIVEIRA et al. (1994):

os autores examinaram 535 amostras de soro de reprodutoras suínas provenientes de 25 granjas com his-tórico de aborto, natimortos e retomo ao cio , utilizando o teste de aglutinação microscópica , constatando que

houve 113 amostras positivas, em maior número para L. bratislava (42) e L. icterohaemorrhagiae (39).

O teste de ELISA também é utilizado para diag-

nóstico sorológico de leptospirose em suínos e tem a vantagem de que os antígenos não são cepas vivas e portanto podem ser mantidos mais fácilmente; no en-tanto, o teste não diferencia animais vacinados dos infectados ( ADLER et al., 1980; THIERMANN,1987).

Outros testes menos utilizados são a fixação de complemento (HODGES, 1973), hemoaglutinação (BA KER, 1973), aglutinação macroscópica (GALTON

et al., 1958). A prova de imunofluorescência direta tem sido

muito utilizada para diagnóstico a partir de rins e trato

genital, tendo em vista que determinados sorovares de leptospiras como as do grupo Australis são de difícil

cultivo (POWER, 1991). A técnica de análise por enzimas de restrição tem

sido utilizada para classificar as leptospiras quanto ao

genoma. Pesquisas recentes ( THIERMANN et a1.,1985; ELLIS et al., 1991; BARRIOLA e SARAVI, 1989) re-

velaram diferenças entre leptospiras do mesmo grupo

Sou mesmo sorovar. Assim L. bratislava, através de

análise por enzimas de restrição, foi classificada em 3

genótipos : B 1 isolada de equino, B2a isolada de bovi-no, cão, raposa, cavalo e suíno, e B2b, isolada de cava-

lo e suíno. L .muenchen apresentou 6 genótipos dife-

rentes, dos quais apenas o M2a ocorre em suínos. L. pomona apresenta os genótipos pomona e kennewicki. Leptospira hardjo, que é patogênica para bovinos, apre-

senta os genótipos hardjoprajitno e hardjobovis. A classificação genética por hibridização de DNA

classificou as leptospiras patogênicas em 7 novas espé-

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cies: L interrogans, L. borgpetersenü, L. inadai, L. kirshneri, L.santarosai, L. alstonii, e L. weilii ( YASUDA et al., 1987; RAMADASS et al., 1992).

O uso de análise por enzimas de restrição abre um vasto campo para pesquisas, aprimorando o sistema classificatório, permitindo a produção de vacinas espe-cíficas, caso se confirmem os resultados iniciais obti-dos, de que existem diferenças de genótipo que se tra-duzem tartibém por diferença em patogenicidade.

4. Controle da leptospirose em suínos

Para que seja controlado um surto de leptospirose em suínos, é necessário conhecer alguns fatores predisponentes, de risco:

1) Para determinados sorovares de leptospiras, como a L. pomona, os suínos portadores são provávelmente a fonte mais comum de introdução da doença nos rebanhos, principalmente leitoas de reposi-ção (EDWARDS e FAINES, 1979) e cachaços (KEMENES e SUVEGES, 1976).

2) A presença de umidade é importante para que haja transmissão de L. pomona . As leptospiras não re-sistem à dessecação, mas quando a urina contaminada é expelida sobre o solo ou água com pH levemente alca-lino, as leptospiras podem sobreviver longo tempo.(MITSCHERLICH e MARTE, 1984).

3) Os leitões podem estar protegidos nas primei-ras semanas de vida pelas imunoglobulinas do colostro das porcas infectadas . A duração da proteção passiva depende da quantidade de imunoglobulinas ingeridas no colostro (CHAUDHARY et al., 1966).

4) Foi verificado que grupos de suínos na fase de terminação podem se infectar por L.pomona por efluentes do sistema de drenagem (BUDDLE e HODGES, 1977).

5) O hospedeiro de manutenção da L. icterohaemorrhagiae é o rato marron (Rattus norvegicus). É sugerido que a transmissão suíno a suí-no, deste sorovar é difícil de ocorrer (HATHAWAY, 1985). Não foi demonstrada leptospirúria em suínos experimentalmente infectados por L. icterohaemorrhagiae (FENNESTAD e B ORG-PETERSEN, 1966). Foi observado por SCHNURRENBERG et ai. (1970) que a excreção via urinária durou menos de 35 dias em suínos infectados naturalmente por L. icterohaemorrhagiae Foi consta-tado também infecção de leitões , experimentalmente, através da ingestão de leite de porcas infectadas (TRIPATHY et al., 1981).

O controle de leptospirose em suínos baseia-se em tres estratégias: uso de antibióticos, vacinação e mane-jo. As vacinas são bacterinas constituídas de até 6 sorovares escolhidos entre os mais frequentes em suí-nos de determinadas regiões ou países (THIERMANN, 1984). A vacinação reduz a prevalêcia de infecção no rebanho, mas não elimina a mesma (HODGES et al.,

1976; EDWARDS e FAINES, 1979). Até recentemente as bacterinas não continham o sorovar L.bratislava. Existe pouca experiência com o uso de vacinas para prevenir, por exemplo, a persistência de leptospiras nos ovidutos. Nos E.U.A. foi utilizada bacterina de L.bratislava em rebanhos suínos que apresentavam pro-blemas reprodutivos e houve melhora significativa na fertilidade das porcas e aumento no número de leitões nascidos (FRANTZ et al., 1989).

O tratamento com dihidroestreptomicina, 25 mg/ kg de peso, injetável e o uso de oxitetraciclina via oral, 800 g/ton de ração foram eficazes para eliminar o esta-do de portador de leptospiras (STALHEIM, 1967; DOBSON, 1974). No entanto, outros autores observa-ram que o tratamento não elimina com segurança a con-dição de portador em suínos (DOHERTY e BAYNES, 1967; HODGES et al., 1979).

A melhor opção frente a um surto de leptospirose em suínos consiste em tratar os reprodutores afetados e os que estão sob risco de infecção, com dihidroestreptomicina e concomitantemente vacinar os suínos sob risco. Pode ser utilizado também oxi ou clortetraciclina na ração, para atingir a dose de 8 mg / kg de peso suíno (ELLIS, 1993).

O Quadro 3 apresenta um esquema de controle da leptospirose em suínos.

QUADRO 3:

CONTROLE DA LEPTOSPIROSE EM SUÍNOS

I. Antibióticos: - Injetável: dihidroestreptomicina, 25 mg/kg de peso.

Marius: duas semanas antes da cobertura e/ou duas semanas antes do parto.

C.achaeos; quando introduzidos no rebanho (isolamento por 14 dias; no início do serviço e 14 dias após. Via oral: oxitetraciclina - tratamento normal: 800 g/t dè ração durante 10 dias às porcas, I mes antes do parto.

Casos especiais: Porcas em gestação: 3,5 kg/t de ração, durante

I mes. Porcas em lactação: 1,5 kg/t de ração, durante 1 mes.

2. Vacinação: Uso de vacinas polivalentes, com os sorovares

de leptospiras que ocorrem na região ou país: Mutila; 6 semanas pré-cobertura, reforço 3 semanas pré-co-

bertura.

Matrizes; entre 4 e 2 semanas antes de cada cobertura.

J.ellões ; ao desmame.

Cachaeos • duas doses, com intervalo de 3 semanas na época de seleção. Revacinações semestrais.

3. Manejo: Monitoramento somlágico; exame sorológico pelo teste de aglutinação microscópica em pelo menos 10% do plantel

de reprodutores (mínimo dc 30 animais), anualmente. Combate a roedores

Desinfereão (desinfetantes alcalinos) Drenagem de pisos

Exame de forcas descartadas em frieorífirtt (remessa de rins, ovidutos e útero ao laboratório). Exame em fetos abortados; remessa ao laboratório, quando

possível.

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LEPTOSPIROSE EM SONOS: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE (REVISÃO)

CONCLUSÕES

A partir da década de 1980, as infecções em suí-nos por leptospiras do sorogrupo Australis, especialmen-te Leptospira bratislava, têm predominado na Europa e nos E.U.A., sendo constatado localização nos órgãos genitais (útero, ovidutos, testículos) além da ocorrência nos rins.

- No Brasil a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas reprodutivas e tem ocor-rido em todo o país, predominando infeções por Leptospira pomona.

- A partir de 1993, no Rio Grande do Sul, tem ha-vido predominância de títulos sorológicos positivos para Leptospira bratislava e Leptospira icterohaemorrhagiae em suínos, não retratando o qua-dro de anos anteriores, onde predominavam reações sorológicas para L. pomona. Há evidências de infecção por L bratislava, embora não tenha sido cultivado o microorganismo no Brasil.

- O controle da leptospirose em suínos baseia-se em três estratégias: uso de antibióticos, vacinação e manejo. A melhor opção frente a um surto de leptospirose em suínos consiste me tratar os reprodutores afetados e os que estão sob risco de infecção, com dihidroestreptomicina ou oxitetraciclina e conco-mitantemente vacinar os suínos sob risco.

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INSTRUÇÕES AOS AUTORES

A revista PESQUISA AGROPECUÁRIA GAÚ-CHA aceita para publicação tabalhos técnico-científi-cos, relatos de caso e revisões de conjunto inéditos, de interesse agropecuário, ainda não encaminhados a ou-tra revista para o mesmo fim. As opiniões e conceitos emitidos nos trabalhos são de inteira responsabilidade dos autores. Todavia, a Comissão Editorial, junto à Assessoria Científica, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações.

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

1.O artigo, redigido em português, deve ser enca-minhado em três (3) vias (original e duas cópias), acom-panhado de ofício assinado por todos os autores. O ar-tigo deverá ser mecanografado, com fonte tamanho 12, numa só face de papel tamanho A4 (21,0 x 30,0 cm), com espaço duplo, margem direita de 2,5 e margem esquerda de 3,0 cm. As páginas (no original) devem ser numeradas e rubricadas pelos autores. Trabalhos redigidos em espanhol ou inglês também poderão ser aceitos.

2. No caso de aceitação do trabalho, após a análise da assessoria científica e da comissão editorial, o arti-go, na sua versão final, deverá ser encaminhado em disquete 3X " e uma via impressa em papel. Utilizar preferentemente fonte do tipo Times New Roman, ta-manho 12, e processador de texto WORD 6.0 for Windows ou WORDPERFECT 6.1 for Windows.

3. Padronizar os trabalhos utilizando códigos de nomenclatura reconhecidos internacionalmente. Os nomes científicos e outros latinos deverão ser escritos em itálico; os nomes de cultivares agronômicas e hortícolas serão escritos entre aspas simples. Escrever em negrito o que se desejar destacar (ou sublinhar). Como norma, o título e os cabeçalhos do artigo serão em caixa alta e em negrito.

4. Usar somente abreviações de unidades do Sis-tema Internacional (SI).

5. As abreviações não convencionais devem ser explicadas, quando aparecem pela primeira vez no tex-to.

6. Separar os valores das unidades de medida por um espaço (35 kg). Usar a barra diagonal (25 kg/ha; 25 kg/m2/s) em lugar de expoentes negativos.

7. Os números devem ser em algarismos arábicos para medidas exatas, séries de quantidades e os usados em apresentações estatísticas. Onde a fluência do texto exigir, se escreverá por extenso. Escrever números de quatro algarismos sem espaço ou ponto (2000). Em números de cinco ou mais algarismos, usar espaço (20 000). Em tabelas, os números de quatro dígitos te-rão um espaço para se alinhar com os de cinco dígitos.

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8. Evitar o uso de ponto em abreviaturas: FEPAGRO, UFRGS, EMBRAPA, etc.

9. Utilizar símbolos para os elementos e compos-tos químicos, quando apropriados, especialmente se houver muita repetição.

10.Usar nomes comuns de princípios ativos e for-mulações químicas em vez de nomes comerciais, que, se usados, deverão ser identificados como tais e em nota de rodapé salientar que a Fepagro e os autores não es-tão recomendando o produto.

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

A apresentação do artigo constará de:

- TÍTULO. Deve ser claro, breve e conciso, infor-mando o conteúdo do trabalho. Apresentá-lo em caixa alta e negrito, sem ponto final. Poderá ser seguido do número' (um) para chamada de rodapé indicando se é parte de tese, apresentado em congresso, etc.

- AUTORES. Iniciando na margem esquerda, os nomes serão escritos em caixa alta, por extenso e em seqüência, separados por vírgula e com numeração so-brescrita para identificar, no rodapé, sua profissão, grau de especialização, instituição a que pertence e endere-ço.

- RESUMO e ABSTRA CT. Deve ser suficiente-mente informativo para que o leitor identifique o con-teúdo e interesse do trabalho. Não deverá ultrapassar 150 palavras. Logo após o resumo/abstract, indicar as Palavras-chave /Key words para indexação. As pala-vras-chave, sugeridas pelo(s) autor(es), poderão ser mo-dificadas de acordo com as indicações do THESAGRO (lista remissiva para indexação de termos de agropecuária elaborado, de acordo com normas inter-nacionais, pelo Ministério da Agricultura), através da revisão pelo Serviço de Documentação e Informação da Fepagro. Antes do Abstract, colocar a versão do títu-lo em inglês.

- O texto principal constará dos seguintes tópicos: INTRODUÇAO (incluindo também revisão de litera-tura e objetivos), MATERIAL E MÉTODOS, RE-SULTADOS E DISCUSSÃO, CONCLUSÕES e BI-BLIOGRAFIA CITADA. Os agradecimentos, sempre que necessários, serão apresentados no final, devendo ser sucintos.

- BIBILIOGRAFIA CITADA. A normalização da bibliografia será feita de acordo com a Norma NB-66 de 1989 da Associação Brasileira de Normas Técni-cas - ABNT.

A bibliografia será ordenada alfabeticamente, pelo sobrenome do primeiro autor. Indica-se o autor com en-trada pelo último sobrenome (em caixa alta), seguido

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da inicial do(s) prenome(s), exceto para nomes de ori-gem espanhola, onde entram os dois últimos sobreno-mes. Para distinguir trabalhos diferentes de mesma au-toria, será levada em conta a ordem cronológica, se-gundo o ano da publicação. Se num mesmo ano houver mais de um trabalho do(s) mesmo(s) autor(es), acres-centar uma letra ao ano, separada por vírgula (ex. 1996, a ;1996, b). Separam-se os diferentes autores por ponto e vírgula (;). Na referência, a segunda e demais linhas subseqüentes iniciarão sob a terceira letra.

Recomenda-se, na medida do possível, evitar a colocação de apud (citado por).

Exemplos quanto ao tipo de material a ser referenciado:

a. LIVROS SOARES, F.; BURLAMAQUI, C.K. Pesquisa cientí-

fica: uma introdução, técnicas e exemplos. 2.ed. São Paulo: Formar, 1972. 352p.

b. CAPÍTULO DE LIVRO HAM, A.W. Microscopia e biologia de células. In:

. Histologia. 7 .ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1977. p.2-20.

JANICK, J. Competição entre população de plantas. In: VEGA, M.R. A ciência da hortilcultura. Rio de Janeiro: USAID, 1996. p.277-296.

SCHELLER, W.H. Alimentação prática dos suínos. In: BASTOS, D. Os suínos. Belo Horizonte: Agrominas, 1987. Cap. 9, p.235-254.

c. TESES, DISSERTAÇÕES 1. Dissertação ou tese, publicada:

SILVA FILHO, G.N. Flutuação populacional de micronutrientes em solos submetidos a diferen-tes sistemas de manejo. Porto Alegre: UFRGS, 1984. 153p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Microbiologia do Solo, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 1984.

2. Dissertação ou tese, não-publicada: PRECOMANN, D.B. A embolia cerebral

cardiogênica nas doenças cérebro-vasculares isquêmicas: estudo clínico tomográfico. Porto Ale-gre, 1996. 185p. Tese (Doutorado em Cardiologia) - Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

d. ARTIGOS DE PERIÓDICOS MADALENA, F.E.; LEMOS A.M.; TEODORO, R.L.;

LUCENA, A.J. Dairy production and reproduction in Holstein-Friesian x Guzera crosses. Revista Bra-sileira de Genética, Ribeirão Preto, v. 15, n. 3, p.585593, 1990. Obs.: Para evitar desuniformidade nas abreviatu-

ras de periódicos, recomenda-se escrever seus títulos por extenso.

e. BOLETINS E RELATÓRIOS VILHORDO, S.W.; SANTOS, M.M.; NABINGER,

S.O. Caracterização botânica de algumas varieda-

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des de feijão (Phaseolus vulgaris L.) pertencentes a cinco grupos comerciais. Porto Alegre: FEPAGRO, 1995. 72p. (BOLETIM FEPAGRO, 4).

IPRNR. Seção de Conservação do Solo. Relatório Anual. Porto Alegre, 1990. 45p.

f. TRABALHOS DE REUNIÕES E CON-GRESSOS ORLANDO FILHO, L.; LEME, E.J. de M. A utiliza-

ção agrícola dos resíduos da agroindústria canavieira. In: SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2., 1984, Brasília. Anais... Brasília: EMBRAPA, 1984. p. 451-475.

Dentro do texto: As citações bibliográficas serão indicadas pelo sobrenome do autor, em caixa alta, e a seguir o ano da publicação, separado por vírgula quan-do dentro do parênteses. Exemplos: um autor (SILVA, 1993), dois autores (SILVA e BASTOS, 1994), mais de dois, usa-se et. al., (SILVA et al., 1994), se for citado mais de um trabalho, separam-se por ponto e vírgula (SILVA e BASTOS, 1994; SILVA et al., 1994; ROSSER e MASTER, 1996, a; ROSSER e MASTER, 1996, b).

Quando se fizer referência no texto ao(s) autor(es), ou iniciar a frase mencionando-o(s), somente o ano fi-cará entre parênteses. Exemplos: "SILVA (1993) estu-dou ..." , "SILVA e BASTOS (1994) determinaram que ..." , CAMPOS et al. (1996) chegaram a conclusão ...".

TABELAS E FIGURAS

As Tabelas e Figuras devem ser numeradas de for-ma independente, com números arábicos. As Tabelas e Figuras já devem ser incorporadas dentro do texto. Caso não seja possível, o autor deverá assinalar onde deseja que se coloquem, tanto tabelas quanto figuras, median-te uma anotação entre dois parágrafos em espaço de uma linha em branco no texto. Será respeitada essa coloca-ção, sempre que as necessidades de composição assim o permitirem.

As TABELAS terão o título acima, escrito em negrito, sem ponto final e apresentado de forma conci-sa e explicativa. A palavra TABELA também será em negrito, em caixa alta, seguida de traço após o número: TABELA 1 - . Ao pé das Tabelas poderão constar no-tas explicativas.

As FIGURAS terão o título abaixo, escrito em negrito, sem ponto final. A palavra FIGURA também será em negrito, em caixa alta, seguida de traço após o número: FIGURA 3 - . Ao pé das Figuras, acima do título, poderão constar notas explicativas.

Caso não seja possível a incorporação dentro do texto ao mecanografar, as figuras devem ser prepara-das, em ordem de preferência, por impressora de com-putador laser ou jato de tinta; papel branco com tinta preta; papel vegetal com nanquim.

As fotografias, em branco e preto, e em papel com brilho e bem contrastadas, mostrando o essencial, de-vem ser identificadas no verso. Excepcionalmente, po-

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INSTRUÇÕES AOS AUTORES

derão ser aceitas fotos em cor ( ou slides), sempre que as mesmas sejam indispensáveis. Neste caso, será co-brada uma taxa do(s) autor(es).

Para a impressão, tanto as figuras, quanto as foto-grafias, poderão ser reduzidas à metade ou um terço de seu tamanho original, sendo necessário levar-se em conta este aspecto para não perder a visibilidade de seus deta-lhes.

RELATOS DE CASO

Deverão conter os seguintes tópicos: Título, RE-SUMO, Palavras-chave, Título em inglês, ABSTRACT, Key words, INTRODUÇÃO, DESCRI-ÇÃO DO CASO, RESULTADOS E DISCUSSÃO, CONCLUSÕES e BIBLIOGRAFIA CITADA. Os diferentes tópicos seguem as mesmas normas descritas anteriormente.

REVISÃO DE CONJUNTO; ARTIGO DE REVISÃO ou ATUALIZAÇÃO

O autor para apresentar uma revisão de conjunto (denominada também de artigo de revisão ou atualiza-ção) deve ter um objetivo claro e relevante, com o in-tuito de apresentar conclusões sobre o trabalho. É um estudo de um assunto particular onde se reúnem, anali-sam e discutem informações já publicadas. O autor de uma revisão de conjunto deve procurar não esquecer nenhum dos trabalhos anteriores que fizeram evoluir o assunto ou que o fariam evoluir, se tivessem sido leva-dos em consideração. Deverá conter: Título, RESUMO, Palavras-chave, Título em inglês, ABSTRACT, Key words, INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO (abordagem do tema em si), CONCLUSÕES e BIBLI-OGRAFIA CITADA.

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