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Seu trabalho será avaliado pelo CopySpider no decorrer do desenvolvimento do trabalho, assim caso seja detectado, poderá ser invalidado em qualquer uma das atividades. Leia antes de começar o trabalho o Manual do Aluno e Manual do plágio Lauro De Freitas 2017 BÁRBARA SILVA DIAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS: ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DENTÁRIA POR ABFRAÇÃO.

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Seu trabalho será avaliado pelo CopySpider no decorrer do desenvolvimento do trabalho, assim caso seja detectado, poderá ser invalidado em qualquer uma das atividades. Leia antes de começar o trabalho o Manual do Aluno e Manual do plágio para compreender todos itens obrigatórios e os critérios utilizados na correção

Lauro De Freitas 2017

BÁRBARA SILVA DIAS

LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS:

ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DENTÁRIA POR ABFRAÇÃO.

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Cidade Ano

LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS:

ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DENTÁRIA POR ABFRAÇÃO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIME (União Metropolitana de Educação e Cultura), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em odontologia.

Orientador: Ana Carla Rios

Lauro De Freitas 2017

BÁRBARA SILVA DIAS

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Lauro De Freitas

2017

BÁRBARA SILVA DIAS

LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS:

ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DENTÁRIA POR ABFRAÇÃO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIME (União Metropolitana de Educação e Cultura), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em odontologia

BANCA EXAMINADORA

Prof. (ª). Ana Carla Rios

Prof. (ª). Carmen Mota

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Dedico este trabalho a todos que me

ajudaram de alguma forma concluir mais

essa etapa da minha vida...

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AGRADECIMENTOS

A vida é feita de ciclos, o tcc é mais um ciclo que chegou ao fim, e não poderia deixar de agradecer aos que me ajudaram tanto para que esse trabalho fosse concluído com muito sucesso.

Agradecer a Deus por ter me dado saúde e força para superar os obstáculos encontrados.

Agradecer a minha professora orientadora Ana Carla Rios, por todo esforço e dedicação, e por todo incentivo na elaboração do meu trabalho.

Agradecer aos meus pais por sempre me motivarem para cada vez sonhar mais alto e ter um futuro próspero, e que sempre apesar das dificuldades estavam ali para me ajudar e me apoiar sempre, amo muito vocês.

Agradecer a minhas amigas e ao meu namorado, por todo apoio, afeto e companheirismo na construção desse trabalho.

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DIAS, Bárbara. Abfração. 2017. 30 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em odontologia) – UNIME, Lauro De Freitas, 2017.

RESUMO

As lesões dos tecidos duros do dente na região cervical apresentam grande incidência

na população adulta. Frente a etiologia múltipla, muitos cirurgiões dentistas têm

dificuldade em fechar diagnóstico desta morbidade dentária, e muito mais de trata-las

de forma efetiva, vale destacar que a realização do diagnostico diferencial entre

lesões de abfração e outras lesões que podem acometer a região cervical, como

aquelas associadas a erosão e abrasão, é parte relevante da etapa diagnóstica que

leva a modificações na condução terapêutica dos portadores de cavidades de

abfração. O objetivo deste trabalho é realizar revisão na literatura científica publicada

nos últimos 10 anos a respeito das lesões cervicais não cariosas (LCNC), destacando

as lesões provocadas por abfração. Para a realização dessa revisão de literatura

foram realizadas buscas nas principais bases de dados, utilizando a combinação das

palavras–chave indexadas: abfração, diagnostico, diferenciação das lesões cervicais

não cariosas, tratamento, causas. Serão selecionados preferencialmente, os artigos

publicados nos últimos 10 anos. Conclui-se que as lesões de abfração que são

vinculadas as forças oclusais excessivas, sejam elas decorrentes de contato

prematuro, movimentação dentária patológica associada a ausência de dentes

contíguos, ou a associação de fatores oclusais que geram dissipação de força para

região cervical, imprimindo um caráter multifatorial, então faz-se necessário identificar

os fatores etiológicos primários associados as cavidades de abfração e incluir no plano

de tratamento o controle destes fatores.

Palavras-chave: Abfração; Diagnóstico; Tratamento; Causas; Diferenciação das

lesões cervicais não cariosas.

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Dias, Bárbara. Abfract. 2017. 30. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em odontologia) – UNIME, Lauro De Freitas, 2017.

ABSTRACT

The lesions of the hard tissues of the tooth in the cervical region present a great incidence in the adult population. Because of the multiple etiology, many dental surgeons have difficulty in diagnosing this dental morbidity, and much more effectively in treating them, it is worth noting that the differential diagnosis between abfract lesions and other lesions that may affect the cervical region, such as those associated with erosion and abrasion, is a relevant part of the diagnostic step that leads to modifications in the therapeutic conduction of the abfract cavity holders. The objective of this study is to review the scientific literature published in the last 10 years regarding non-carious cervical lesions (LCNC), highlighting lesions caused by abfract. In order to perform this literature review, searches were conducted in the main databases, using a combination of indexed keywords: abfraction, diagnosis, differentiation of non-carious cervical lesions, treatment, causes. Articles published in the last 10 years will be selected preferably. It is concluded that abfraction lesions that are associated with excessive occlusal forces, whether due to premature contact, pathological tooth movement associated with absence of contiguous teeth, or the association of occlusal factors that generate force dissipation to the cervical region, imparting a multifactorial character, then it is necessary to identify the primary etiological factors associated with abfraction cavities and to include in the treatment plan the control of these factors.

Key words: Abfract; Diagnosis; Treatment; Causes; differentiation of non-carious cervical lesions.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Lesão cervical não cariosa de origem multifatorial ................................. 13

Figura 2 – Lesão de erosão na unidade 11 ............................................................. 14

Figura 3 – Abrasão por bebida carbonada- desgaste provocado por consumo

excessivo de refrigerante, paciente com bruxismo. .................................................. 15

Figura 4 – Abfração com um certo grau de abrasão ............................................... 17

Figura 5 – Paciente com má- oclusão e presença de múltiplas recessões gengivais

associadas às lesões de abfração.............................................................................20

Figura 6 – O surgimento das lesões de abfração .....................................................21

Figura 7 – Controle do hábito parafuncional por meio do uso da placa oclusal lisa...24

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ATM Articulação Temporo Mandibular

LCNC Lesões cervicais não cariosas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................11

1. ETIOLOGIA DAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS...................... 13

2. BIOMECÂNICA DA FORMAÇÃO DAS CAVIDDES DE ABFRAÇÃO....... 18

3. OPÇÕES DE TRATAMENTO DAS LESÕES DE ABFRAÇÃO…............... 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 28

REFERÊNCIAS.............................................................................................. 29

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INTRODUÇÃO

A perda de estrutura dentária na região cervical dos dentes, levando a formação

de cavidades podem decorrer de múltiplos fatores: Infeccioso - associado a doença

cárie, e não infeccioso – vinculado a ação de agentes químicos e mecânicos. A

etiologia da perda de estrutura dentária na junção cemento-esmalte pode se vincular

a concentração de forças que se propagam perpendicular ao longo eixo do dente

decorrente de trauma vinculado às desordens oclusais, deficiência na técnica de

escovação dentária, tipo e forma das partículas abrasivas contidas nos dentifrícios,

além da ação erosiva de alguns alimentos ou substancias utilizadas no ambiente

laboral.

A cavidade dentária por abfração é uma lesão cervical não cariosa, que pode

ocasionar sensibilidade dentinária pela perda de estrutura amelocementária,

causando dor com intensidade variada, além de favorecer periodontopatias e

comprometer a estética dentária. O trauma oclusal é considerado o fator etiológico

primário deste tipo de lesão, sendo reconhecido nas pesquisas odontológicas com

frequência. Lesões de abfração podem ser confundidas com as recessões gengivais

sequelas das doenças periodontais. Por isso é de fundamental importância o exame

clinico para estabelecimento de diagnóstico diferencial.

Esse tipo de lesão é mais frequente em indivíduos que já tem a dentadura

permanente, com maior prevalência na fase adulta, fase da vida de intensa atividade

social e laboral. Assim, a busca pelo tratamento odontológico habitualmente vincula-

se a queixa estética, ou sensibilidade dentinária, levando ao tratamento restaurador

estético. O cimento de ionômero de vidro e a resina composta têm sido os materiais

restauradores de escolha.

Assim, essa revisão de literatura de cunho acadêmico tem como problema de

pesquisa a seguinte pergunta: frente as possíveis consequências dentárias e

periodontais da abfração cervical, qual vai ser a técnica diagnóstica para identificação

/ diferenciação das lesões cervicais não cariosas durante exame clínico e como tratá-

las?

O objetivo primário do trabalho é realizar revisão na literatura científica

publicada nos últimos 10 anos a respeito das lesões cervicais não cariosas (LCNC),

destacando as lesões provocadas por abfração. Os objetivos específicos desse

trabalho que será abordado no capitulo 1 será: como identificar os fatores etiológicos

primários das lesões cervicais não cariosas (LCNC), descrever a técnica de

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diagnóstico, destacando o diagnóstico diferencial das LCNC. No capítulo 2,

abordaremos A biomecânica da formação das cavidades de abfração destacando a

importância das interferências oclusais e dos hábitos bucais deletérios e

parafuncionais e a relação das LCNC e a doença periodontal, no capitulo 3

discutiremos as opções de tratamento e os possíveis materiais restauradores

destacando a importância de tratamento na fase etiológica e na fase reabilitadora.

Para a realização dessa revisão de literatura foram realizadas buscas nas

principais bases de dados, utilizando a combinação das palavras–chave indexadas:

Abfração, diagnostico, diferenciação das lesões cervicais não cariosas, tratamento,

causas. Foram selecionados preferencialmente, os artigos publicados nos últimos 10

anos.

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1. ETIOLOGIA DAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS

Atualmente com a diminuição da atividade de carie, temos o crescimento das

lesões cervicais não cariosas, que são lesões que se caracterizam pela perda de

tecido duro, ou seja, de esmalte, e muitas vezes até de dentina, que ficam localizadas

na região cervical do dente e que a principal queixa do paciente é a sensibilidade

dentinária. (PORTELA, et al, 2009)

As lesões cervicais apresentam grande variedade de forma e podem ocorrer

nas superfícies vestibular, lingual e/ou proximal de adultos e idosos, embora possam

se manifestar em todos os grupos etários. (PORTELA et al, 2009, p.5). Quanto mais

velha a população, maior a prevalência de indivíduos que apresentam essas lesões e

maior o número de lesões profundas neles encontradas. (CARVALHO, PAULO, 2010,

p. 4)

Frequentemente, as lesões apenas são detectadas e tratadas quando já são

claramente visíveis na região cervical, num estado já avançado, fase essa em que os

possíveis tratamentos têm maior probabilidade de insucesso. Assim, é ainda mais

importante conhecer os fatores predisponentes das lesões e atuar ao nível preventivo

(CARVALHO, PAULO, 2010, p. 4)

O conhecimento da etiologia dessas lesões é importante para prevenir o

desenvolvimento de novas lesões, interromper a progressão de lesões já existentes,

e determinar o tratamento apropriado. Os fatores etiológicos mais comumente citados

que podem levar ao desenvolvimento de lesões cervicais são erosão, abrasão e

abfração. Normalmente, fatores de risco de natureza diversas estão presentes,

atuando com intensidade, duração e frequência variáveis, de forma isolada ou em

associação entre si, o que caracteriza a condição como de natureza multifatorial.

(PORTELA et al, 2009, p.5)

Figura 1- Lesão cervical não cariosa de origem multifatorial.

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Fonte: PORTELA, et al, 2009.

O termo clínico Erosão Dental é usado para descrever um resultado físico de

uma patológica, crônica, localizada e indolor perda de tecido dental duro pelo ataque

químico de ácidos, sem envolvimento de bactérias. (MARSIGLIO et al, 2009, p.15)

Os ácidos responsáveis pela erosão não são produtos da microbiota intrabucal,

mas provenientes de fontes extrínsecas (dietárias e ocupacionais) ou intrínsecas.

(PORTELA et al, 2009, p.5) A erosão de natureza extrínseca ocorre devido à ação de

ácidos extrínsecos (produzidos fora do organismo) sobre a estrutura dental; como

ácidos presentes no ar de ambientes de trabalho (ácidos industriais), na água de

piscinas (ácido clorídrico), ou os relacionados à administração oral de medicamentos

com baixo pH. (MARSIGLIO et al, 2009, p. 16)

Os fatores internos ou intrínsecos são endógenos do paciente, como ácidos

gástricos que ficam em contato com a superfície dental durante uma anorexia nervosa,

bulemia, hipertireoidismo ou distúrbio gastresofágico e em alguns pacientes

portadores de necessidades especiais. (GONÇALVES, 2011, p. 147)

A localização destas lesões, acometem severamente e principalmente a região

cervical, onde é difícil de higienizar e mais passível de contaminação e mais exposta

aos agentes ácidos. (DE AQUINO et al, 2009, p.17)

Diferenciam-se neste aspecto das lesões de abrasão e abfração por muitas

vezes se estenderem a toda a superfície dentária na sua totalidade. Quando

originadas por fatores extrínsecos, verificam-se sobretudo nas faces

vestibulares dos dentes anteriores, enquanto que as lesões oriundas de

fatores intrínsecos se encontram mais frequentemente nas faces palatinas

dos dentes anteriores. (PORTELA et al, 2009, p.5)

A perda de estrutura faz os incisivos parecerem encurtados em relação à sua

largura. Geralmente as lesões culminam na exposição dentinária, gerando

sintomatologia dolorosa e, por vezes, pode mesmo ocorrer exposição pulpar e perda

de vitalidade pulpar. (PORTELA et al, 2009, p.5)

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A frequência da lesão de erosão, tem se intensificado com o surgimento cada

vez mais de novos alimentos industrializados com muito ácido em sua composição.

(VASCONCELOS et al, 2010, p. 60)

Figura 2: Lesão de erosão na unidade 11.

Fonte: carvalho, et al, 2010, p. 22

Abrasão é a perda de tecido dentário, por um processo mecânico que se repete

diariamente, que envolve objetos (escovas de dentes) ou substancias como por

exemplo, a pasta de dente. Podendo ser localizada ou em vários dentes.

A abrasão ocorre quando uma superfície áspera e dura desliza ao longo de

uma superfície mais mole, cortando-a ou sulcando-a na forma de uma série

de ranhuras. Muitos fatores estão envolvidos, entre eles: técnica, força

aplicada e frequência de escovação; rigidez das cerdas da escova dental;

abrasividade do dentifrício usado; uso abusivo do palito e/ou escova

interdental e local onde é iniciada a escovação. Hábitos de interpor objetos

duros entre os dentes – lápis, objetos metálicos, onicofagia - podem levar aos

graus diversos de abrasão dental. (PORTELA et al, 2009, p.5)

Uma escovagem linear é mais abrasiva que uma escovagem rotativa e, quanto

maior a frequência da escovagem e a força aplicada nas mesmas, maior é o desgaste

dos tecidos duros. As escovas macias promovem menor desgaste que as escovas

duras, e escovas com filamentos arredondados na ponta são menos abrasivas que as

de terminações não arredondadas. (CARVALHO, PAULO, 2010, p. 7)

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A área da lesão cervical geralmente é em forma de “V”, tendo aspesto lisa e

brilhante, livre de placa bacteriana e sem descoloração. Muitas vezes as lesões de

erosão e abrasão agem juntos, em distintos graus e em tempos diferentes. A abrasão

e erosão podem mascarar as lesões de abfração, por isso é muito importante o

diagnostico diferencial entre essas lesões. (PORTELA, et al, 2009, p. 5)

Os caninos e os pré-molares são os dentes que apresentam maior incidência

destas lesões, o que se deve ao facto de possuírem uma convexidade mais acentuada

que os restantes dentes na área cervical. (CARVALHO, PAULO, 2010, p. 9)

Figura 3: Abrasão por bebida carbonada- desgaste provocado por consumo

excessivo de refrigerante, paciente com bruxismo.

Fonte: AMARAL, et al, 2012

No universo das lesões dentárias cervicais temos as lesões que se associam

as forças oclusais excessivas, que podem ser por iatrogênicas que não respeitam a

relação de cúspides, e então fica com contato prematuro, movimentação sejam elas

movimentação dentária patológica associada a ausência de dentes antagonistas, a

associação de fatores oclusais que geram dissipação de força para região cervical

interferência lateral ou protusiva, ou ainda por parafunção que pode ser bruxismo,

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apertamento, sendo assim uma lesão de caráter multifatorial. (SOUZA et al, 2012, p.

23)

O termo abfração é usado para descrever uma forma especial de defeito em

forma de cunha na região cervical de um dente. Essas lesões podem ser observadas

geralmente em um único dente ou em dentes não adjacentes e tem etiologia

associada à forças oclusais aplicadas em sentido não axial, levando à flexão do dente

e gerando esforços excêntricos de tração. (PORTELA et al, 2009, p.5-7)

De acordo com a teoria da flexão do dente, forças parafuncionais em áreas

em que ocorrem interferências - principalmente em lateralidade - podem

expor um ou mais dentes a fortes esforços tensionais, compressivos ou de

cisalhamento. Essas forças se concentram na junção cemento-esmalte, onde

provocam micro fraturas no esmalte, através das quais moléculas de saliva e

água penetrariam, tornando a região suscetível ao efeito solubilizador de

ácidos e efeito abrasivo da escovação. Acredita-se que, com o tempo, as

micro fraturas se propagam perpendicularmente ao longo eixo dos dentes sob

pressão até o esmalte e a dentina serem “quebrados”. Os defeitos resultantes

em forma de cunha têm bordas afiadas. (PORTELA et al, 2009, p.5-7)

As lesões de abfração apresentam-se em forma de V, geralmente profundas,

com margens bem definidas e ângulos muito vivos e afiados. Estas lesões localizam-

se na zona cervical das faces vestibulares, sendo mais frequentes nos pré-molares,

seguidamente de molares e caninos, respectivamente. (CARVALHO, PAULO, 2010,

p. 9)

Segundo Freitas et al. Citado por Portela (2009) encontraram prevalência de

52% de lesões de abfração ao avaliar 25 pacientes portadores de hábitos de bruxismo.

Conhecer o quanto cada agente etiológico está contribuindo em uma determinada

etapa no processo da lesão instalada é fundamental para tratar e prevenir futuras

lesões. Falhas na detecção desses fatores pode resultar em perda continuada da

estrutura dental, sensibilidade dental, enfraquecimento do dente, necessidade de

tratamento endodôntico, ou perda do dente e a ocorrência de novas lesões em outros

dentes.

Se existe um forte, vincada e comprovada percentagem de contributo do estado

psicoemocional do indivíduo no desenvolvimento destas, então, profissões que

envolvam elevados níveis de stresse, pressão e ansiedade, assim como horários de

trabalho prolongados, constituem um fator de risco na incidência de lesões de

abfracção. (CARVALHO, PAULO, 2010, p. 9)

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De acordo com a literatura pertinente consultada, pode-se concluir que a

sobrecarga oclusal, a ação mecânica dos abrasivos dentais, a ação química dos

ácidos ou a combinação desses fatores pode ocasionar a perda irreversível de

estrutura dental na região cervical dos dentes. (PORTELA et al, 2009, p.5-7)

Apesar desta classificação, a realidade clínica não nos apresenta estes

fenómenos como processos independentes. Quase sempre estão envolvidos

numa mesma lesão cervical não cariosa vários fatores de risco de diversas

naturezas, os quais atuam com intensidade, duração e frequência variáveis,

conferindo a este tipo de lesões uma dimensão multifatorial que as

caracteriza e que dificulta muito o trabalho do médico dentista1-3. Em grande

parte dos casos, a abrasão anda de mãos dadas com a abfração, sendo muito

complicado realizar um diagnóstico diferencial eficaz. Mais ainda, cada um

dos tipos de fatores etiológicos pode despoletar e potenciar o efeito dos

restantes numa mesma lesão (CARVALHO, PAULO, 2010, p. 9)

Para qualquer tipo de plano de tratamento para as lesões envolvidos, temos

que primeiro identificar o fator etiológico e trata-lo, seja ele por alimentos ácidos ou

por vômitos recorrentes, interferência oclusal, temos que diagnosticar e assim depois

passar para a etapa de restauração, devovendo a estética e funcionalidade que muitas

vezes é perdida.

Figura 4: Abfração com um certo grau de abrasão

Fonte: AMARAL, et al, 2012

Quadro 1: diferenciação das lesões cervicais não cariosas.

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Fonte: Gonçalves et al 2011 P.149

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2 BIOMECÂNICA DA FORMAÇÃO DAS CAVIDADES DE ABFRAÇÃO

As lesões por abfração, durante a função oclusal, podem originar-se de

interferências oclusais, do apertamento dental ou até mesmo da mastigação,

principalmente quando forças oclusais excêntricas são introduzidas, e podem ou não

ter uma localização subgengival (Guimarães et al, 2013 p. 264), As interferências

oclusais nós temos o contato prematuro, por uma restauração que ficou alta, não

respeitando a relação entre cúspides, do apertamento, que é o ato de exercer forças

sobre o dente, além do normal, é involuntariamente, quando temos interferência

também na protrusão e na lateralidade também causa essas microfraturas.

As cavidades das lesões de abfração que podem surgir através de algum habito

parafuncional, o principal deles, o bruxismo ou o apertamento, em que o paciente pode

apresentar, que são cargas flexivas que são transmitidas a região cervical do dente,

causando então a cavidade não cariosas, com perda de esmalte até mesmo de

dentina.

Parece haver uma forte associação entre lesões de abfração e hábitos

parafuncionais. Estudos de forças demonstram que o stress concentrado na zona fina

de esmalte cervical e a magnitude desse stress quando excedida leva à ruptura do

esmalte. (Rees et al., 2003)

Segundo Hoeppner et al, (2008); Sousa et al, (2012) Citado por Cavaco, (2015)

durante a mastigação, as peças dentárias são submetidos a três tipos de forças,

compressão, tração e cisalhamento. Comparativamente ao esmalte e decorrente das

suas características histológicas, a dentina deforma-se sem risco de fraturas. Durante

a mastigação, as forças laterais, geradas na superfície oclusal dos dentes posteriores,

podem resultar na deflexão dos dentes. Consequentemente, observamos compressão

na região cervical para o lado que o dente está a flexionar e tração para o lado oposto.

Considerando que os substratos esmaltem e dentina possuem elevada resistência à

compressão e baixa à tração, o stress da deformação gera quebra nas ligações

químicas entre os cristais de hidroxiapatite, havendo o aumento da permeabilidade a

substâncias nos espaços formados, o que dificulta o restabelecimento dessas ligações

químicas rompidas.

Foi avaliado o efeito da variação da posição da força oclusal no estresse gerado

na região cervical de segundos pré-molares inferiores. Os resultados mostraram que,

quando a carga foi aplicada verticalmente ao dente, os menores valores de estresse

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foram encontrados, ao passo que as forças aplicadas no aspecto interno das cúspides

vestibular e lingual produziram valores de estresse que excediam os valores limites

de fadiga do esmalte. (ALVES, 2012, p 3)

Muitos acreditam que a presença de cavidades classe V em alguns dentes, são

causadas pela junção do stress oclusal em que são submetidas, pela parafunção

exercida sobre ela, e a abrasão e erosão, juntas, levando a conclusão então que se

trata de uma lesão multifatorial, mas nós sabemos que só pelo fato de ter uma dessas

disfunção, já podemos encontrar essas lesões na cavidade dentária.

Burke et al. em 1995 citado por Andreaus et al (2011) chegaram à conclusão

de que as lesões cervicais ocorrem em dentes sujeitos a forças laterais e que, dentes

adjacentes que não sejam sujeitos a estas forças permanecem não afetados; as

lesões são raramente vistas na face lingual dos dentes; e estas lesões podem ocorrer

em zonas subgengivais.

Segundo Lima et al., o aparecimento e a formação de LCNCs deve-se a um

efeito sinergético de fatores como o bruxismo, trauma oclusal, ingestão de substâncias

ácidas e distúrbios sistémicos que provocam regurgitação do suco gástrico. (Lima et

al., 2005)

Diferentes estudos determinam que há fatores que influenciam a localização e

desenvolvimento das lesões, tais como, a espessura do osso, a anatomia da raiz, a

direção da carga, o suporte periodontal, assim como a estrutura dentária, a idade –

dente mais quebradiço- e o envelhecimento dentário. (Cuniberti et al., 2011)

As lesões de abfração são muito confundidas pelos cirurgiões dentistas com as

recessões gengivais, que são devidas a doença periodontal, que é o deslocamento

da gengival na região de junção cemento-esmalte, muitas vezes causando a

exposição de raiz. Por isso é extremamente importante o minucioso exame clinico,

para traçar o diagnostico diferencial. Mas nós sabemos que as lesões cervicais são

identificadas muitas vezes tardiamente, quando já envolve toda a superfície cervical.

(SOARES et al, 2013, p. 264)

Desta forma faz-se necessário o exame clinico físico-anamnésico minucioso

para identificação precoce da lesão e vinculação dos fatores causais as lesões de

abfração prejudicariam o suporte da gengiva marginal, podendo gerar uma pressão

aumentada que levaria a uma recessão gengival rápida. Todavia, a literatura

periodontal explora pouco esta relação, já que não se consegue estabelecer uma

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relação de causa e efeito. Autores acreditam existir relação entre a oclusão e o

periodonto, afirrmando ainda que o fator traumatizante oclusal não pode ser

considerado um cofator de destruição periodontal. (Guimarães et al, 2013 p. 264)

O trauma oclusal não causa doença periodontal, este pode contribuir para o

aumento de mobilidade e a alteração na posição dentária e abfração. (Soares et al

2015, p. 267)

Como estudado por vários autores, parece haver uma relação entre a área do

ligamento periodontal e as lesões de abfração (Antonelli et al.; Pereira et al., 2008.

Rees et al. (2003) concluíram que os picos de stress são mais elevados nos incisivos

maxilares, intermédios nos primeiros pré-molares e baixos para os caninos. Estes

resultados podem estar associados com o facto da área de ligamento periodontal

presente em cada um deste grupo dentário, sendo que os incisivos têm uma baixa

área de LP, estando estes menos aptos para suportar as cargas oclusais e

parafuncionais. (Rees et al., 2003)

Figura 5: – Paciente com má- oclusão e presença de múltiplas recessões

gengivais associadas às lesões de abfração.

Fonte: Soares et al 2013

Clinicamente, a recessão resulta na exposição do tecido dentinário radicular

que, somado a frequente queda do pH da cavidade bucal e/ou ao desgaste mecânico,

decorrente da escovação traumática, pode favorecer o aparecimento das lesões

cervicais não cariosas (HOEPPNER, 2008, p. 84)

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O fato de termos maior incidência dessas lesões em dentes inferiores, muitos

autores acreditam que seja pelo fato de ter menor diâmetro coronário na região

cervical desses dentes.

As lesões em forma de V, ou seja, a lesão de abfração, muitos autores

acreditam que esse tipo de lesão amplifica a tensão exercida nesse dente,

apresentando então um comportamento mecânico desfavorável. E as lesões mais

profundas, obviamente prejudica mais a dentina. (PORTELA et al, 2009, p. 5-7)

O tipo de carga oclusal tem enorme influência no modo de distribuição das

tensões: os movimentos não funcionais evidenciaram causar bastante maior tensão

que os movimentos funcionais. Estas conclusões corroboram a necessidade do

restabelecimento de uma harmonia oclusal para um correto tratamento de lesões de

abfração e até das lesões cervicais não cariosas em geral (CARVALHO, 2010, p. 13)

As forças oclusais excessivas seriam um fator de codestruição do periodonto,

onde a ação destas forças sobre o periodonto resultaria na formação de defeitos

ósseos angulares ou bolsas periodontais infraósseas, pela alteração da via de

disseminação da inflamação associada à placa bacteriana. Segundo esta teoria, o

padrão de comprometimento periodontal seria diferente em um dente “não

traumatizado”. (SOARES et al, 2013, p 266)

A abfração pode comprometer um único dente, ou múltiplos dentes, mesmo

com um bom suporte ósseo, nós cirurgiões dentistas temos que destacar que primeiro

vamos tratar a etiologia desse trauma, a sobrecarga oclusal, para depois fazer o

procedimento restaurador. Sendo que o fato que temos que mais nos conscientizar é

que temos que distribuir as forças por todo o periodonto. A presença de recessões

gengivais, pode estar ligada ao fato de o paciente esteja escovando de forma que

lesione o periodonto, com muita força, temos que orientar para a escovação menos

traumática, com o objetivo de prevenir a recessão gengival. (SOARES et al, 2013, p.

265)

A falta da cobertura do tecido gengival na superfície radicular deixa exposta

uma superfície de cemento ou dentina, menos resistente que o esmalte dental,

deixando a região cervical exposta aos efeitos deletérios da escovação traumática.

Além disso, a abfração poderia, por exemplo, indicar a presença de interferências

oclusais sobre os tecidos periodontais, onde já foi demonstrada a existência de maior

reabsorção óssea quando a doença periodontal e a oclusão traumatogênica estavam

atuando juntas. Foi demonstrado também que dentes que são submetidos a ajuste

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oclusal concomitante ao tratamento periodontal têm maior ganho de inserção clínica

e maior diminuição da mobilidade do que dentes que não o recebem. (GUIMARÃES

et al, 2013, p. 266)

A destruição óssea observada em dentes que sofreram trauma oclusal é

reversível, uma vez que tiramos o fator desencadeador do trauma oclusal.

Nessa imagem vemos tudo que foi dito nesse capitulo, temos um fator

desencadeante oclusal, que faz uma força obliqua no longo eixo do dente, causando

a lesão de abfração na região cervical dos dentes.

Figura 6: O surgimento das lesões de abfração

Fonte: (Cuniberti et al, 2011)

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3 OPÇÕES DE TRATAMENTO DAS LESÕES DE ABFRAÇÃO

O tratamento efetivo das cavidades por abfração deve envolver a identificação

e controle dos fatores causais associado, a escolha racional do material restaurador

e a técnica reabilitadora. As lesões de abfração, tem etiologia multifatorial, por isso

ainda é um grande desafio para os cirurgiões dentistas. Por isso a importância de

saber diagnosticar corretamente as lesões cervicais não cariosas. Desta forma, a

elaboração de protocolos terapêuticos envolvendo o controle etiológico e o bem-estar

estético-funcional ainda se faz necessário de serem discutidos e estabelecidos na

rotina odontológica. (BRAGA et al, 2010, p. 433)

As principais queixas do paciente é a sensibilidade dental e a estética que se

dá por conta da perda de tecido dentário na região cervical. Segundo Imfeld (1996),

esta deve ser tratada com a obliteração dos túbulos dentinários, utilizando métodos

como: aplicação de materiais fluoretados, dentifrícios dessensibilizantes, laser de

baixa potência e oxalato de potássio. As lesões de abrasão apresentam maiores

níveis de hipersensibilidade dentinária cervical, em segundo as lesões por abfração e

em terceiro as lesões de erosão.

A hipersensibilidade dentinária está ligada ao fato de termos dentina exposta,

e o grau de dor vai depender do paciente, do quanto está exposta, essa dor pode ser

exacerbada por um simples copo de agua gelada, ou por um café muito quente, ou

um alimento muito ácido, por isso é uma queixa sempre dos pacientes, por ser uma

rotina nas vida deles. (AMARAL et al, 2012, p. 99)

De acordo com Portela e Junior (2009, p. 7). Outras situações que justificariam

a restauração dessas lesões seriam: quando o dente está sob risco de exposição

pulpar, a possibilidade de comprometer o planejamento de prótese parcial removível

ou fixa devido à localização da lesão, quando a integridade estrutural do dente está

ameaçada, para deter ou retardar o desenvolvimento da lesão e para melhorar a

saúde gengival por facilitar o controle de placa.

Para a indicação de materiais restauradores temos que ver a profundidade da

lesão, se tem sintomatologia dolorosa ou não, para sabermos indicar quais materiais

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restauradores utilizar. Quando ainda não identificou a etiologia corretamente, o

material restaurador torna-se paliativo. (AMARAL et al, 2010, p. 99)

Por sua vez, Pegoraro et al. (2000) ressaltam a importância do diagnóstico das

lesões cervicais ainda em estágio inicial para a implementação de um programa

preventivo com o propósito de evitar a evolução do quadro ou mesmo o aparecimento

de novas lesões.

Segundo Portela, (2009, p.7) falhas na detecção desses fatores pode resultar

em perda continuada da estrutura dental, sensibilidade dental, enfraquecimento do

dente, necessidade de tratamento endodôntico, ou perda do dente e a ocorrência de

novas lesões em outros dentes.

As lesões de abfração, no quesito remover os fatores etiológicos e identifica-

los, talvez seja a mais complicada das lesões cervicais não cariosas, pela dificuldade

principalmente em identificar a disfunção oclusal, dependendo do que seja essa

disfunção vai envolver um extenso plano de tratamento. Os desgastes seletivos

permitem a eliminação dos contatos oclusais que estejam interferindo os movimentos

de lateralidade e protrusão, o restabelecimento de uma correta guia canina previne a

extrusão dos dentes posteriores ao desocluirem em grupo nas lateralidades, quando

falamos em hábitos parafuncionais, pensamos no bruxismo, o principal tratamento

para essa patologia seria então o dispositivo oclusal, Em casos de o paciente não ter

dentes posteriores, uma correta reabilitação protética é essencial para a distribuição

de carga. Tratamento ortodôntico ou a cirurgia ortognatia também podem entrar no

plano de tratamento, um enxerto mucogengival naquelas lesões que perderam tecido

mole, e os pacientes que precisam de apoio psicológicos precisam de uma equipe

multidisciplinar. (CARDOSO, 2007, p. 17)

Figura 7: Controle do hábito parafuncional por meio do uso da placa oclusal lisa

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Fonte: Alves et al 2012

Depois de eliminar os agentes etiológicos, e tratada a sensibilidade que

provavelmente essa lesão vai causar, temos que pensar na fase reabilitadora, temos

que ver o quanto esse dente está comprometido estético e funcional. Os materiais que

mais utilizamos para restaurações nessas cavidades, são as resinas compostas,

Cimento de ionômero de vidro, amalgama, ou a associação deles.

Após diagnosticada a lesão cervical não cariosa, o material restaurador de

escolha deve ter as seguintes características potencial do material reproduzir e manter

a cor e textura de superfície em longo prazo, além da resistência ao desgaste, e

também, o módulo de elasticidade do material. (BRAGA et al, 2010, p. 434)

O ionômero de vidro modificado por resina era o material de principal escolha,

devido a ter um alto poder retentivo, mas hoje em dia sabemos que a resina composta

tem propriedades estéticas, mecânicas e adesivas melhores que o ionômero de vidro.

As resinas compostas e os cimentos de ionômero de vidro têm-se revelado

como os materiais de eleição na restauração das lesões cervicais não

cariosas em forma de cunha. As resinas compostas apresentam melhores

qualidades físicas e biomecânicas do que os ionómeros de vidro e produzem

um melhor resultado estético (CARVALHO, 2010, p. 18)

As causas para a não fixação dos materiais restauradores depois de já tratado

a etiologia seria o isolamento, para a inserção do material, o contorno e

dificuldade de acabamento e polimento, devido à localização cervical. Além

disso, as abfrações apresentam margens em esmalte e em dentina radicular

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que respondem de maneira independente às forças mastigatórias. (PEREZ

et al., 2012)

Segundo Pecie et al (2011) citado por Medeiros (2014, p. 33). Durante muito

tempo, o desempenho clínico das resinas compostas em LCNCs foi considerado

insatisfatório, devido às suas formas não retentivas e margens deixadas em dentina.

Além do mais, a contração de polimerização, as mudanças térmicas e as forças

oclusais geram tensões nas interfaces adesivas, ocasionando consequentemente

falhas nas mesmas.

Ao optar-se pelo uso de resinas compostas neste tipo de cavidades, devem

escolher-se resinas com baixo módulo de elasticidade, visto que grande parte

das cargas mastigatórias vão ser absorvidas pela restauração. As resinas

nanoparticuladas e microparticuladas apresentam menor módulo de

elasticidade que as microhíbridas, pelo que são capazes de acompanhar a

flexão do dente sob pressão, em vez de se desagregar deste [...]. As resinas

fluidas (tipo flow) podem também ser usadas com algumas vantagens em

cavidades pouco profundas, embora a sua dificuldade no manuseamento seja

um ponto a desfavorável. ( CARVALHO, 2010, p19)

Todavia, os ionômeros de vidro obtêm melhores resultados no que diz

respeito à retenção e qualidade marginal da restauração em comparação com

os compósitos, sendo muito duradouros em restaurações cervicais. Além

disso, têm como vantagens a adesão química à estrutura dentária cervical, a

libertação de flúor e a sua biocompatibilidade. ( CARVALHO, 2010, p19)

Além disso, o uso de uma base de CIV associada à resina composta, a técnica

chamada "sanduíche", ou técnica mista, permite associar as boas características de

compósitos e CIVs, sendo considerada bastante útil na restauração dos defeitos

cervicais não cariosos. (FRANCO et al., 2006)

O tratamento das lesões cervicais não cariosas é diversificado e depende da

quantidade de estrutura dental perdida, presença ou não de sensibilidade e grau de

envolvimento estético. Conhecer a etiologia para o diagnóstico antes que resulte na

perda acentuada dos tecidos dentais mineralizados é de grande valia para instituir um

tratamento no sentido de modificação dos hábitos nocivos (HOEPPNER, 2008, p. 85)

Muitos autores dizem que a contração de polimerização está diretamente

relacionada à flexão do dente, o que poderá causar a deterioração do material

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empregado com o tecido dentário, ao longo do tempo, levando a falha das

restaurações cervicais.

As restaurações devem ser realizadas quando, as lesões estiverem ativas, e

não termos sucesso na nossa interrupção, quando a estrutura do dente estiver

ameaçada, quando houver risco de exposição pulpar que são aquelas lesões mais

profundas em que só são descobertas tardiamente, podendo afetar até mesmo a

polpa do dente, quando está comprometendo a estética, e a funcionalidade do dente,

quando a dentina está exposta, comprometendo e hipersensibilizado os dentes, por

ter uma cavidade no tecido dentário, ter a associação da doença carie. (BARBOSA et

al, 2009, p. 9)

A preparação de uma caneleta, a confecção de preparo cavitário, ou um bisel.

É algo que é bastante discutido já que a própria forma da cavidade, já é capaz de

receber os materiais restauradores, então quanto menos invasivo nós formos, melhor.

Os procedimentos periodontais incluem enxertos autólogos livres de mucosa,

enxertos de tecido conectivo sub-epitelial, entre outros. A abordagem periodontal deve

ser considerada nos casos de exposição radicular devido à recessão gengival, e

quando as lesões cervicais não-cariosas de estendem para além da junção amelo-

cementária. O recobrimento radicular pode não ser efetivo mesmo em casos em que

existe ligamento interproximal suficiente, o uso de compósito combinado com cirurgia

periodontal foi proposto com o intuito de melhorar o resultado estético. (Pecie et al.,

2011)

As falhas nos procedimentos restauradores das cavidades de lesões cavitarias

não cariosas, são principalmente, a falta de retenção do tecido dentário com os

materiais, a localização que é na região cervical, a idade do paciente, o tipo de dente,

o quanto de dentina e esmalte foram perdidos, o tamanho da lesão, se o fator

etiológico foi retirado com sucesso mesmo, a não escolha do adesivo da resina

composta de maneira correta. (GUIDA et al, 2010, p.16)

Para a escolher o sistema adesivo (a adesão da resina ao dente) as evidencias

científicas demonstram que os sistemas adesivos de condicionamento de três passos

são os mais eficazes quanto a duração das restaurações devido a sua capacidade em

formar uma camada híbrida consistente, uniforme e com baixo módulo de elasticidade,

capaz de suportar e absorver o estresse gerado pela abfração e pela oclusão.

(CAVACO, et al, 2010, p. 29)

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No entanto os sistemas adesivos autocondicionantes de dois passos e os

considerados de média e fraca acidez vem ganhando destaque devido a menor

sensibilidade da técnica e por causar menor sensibilidade pós-operatória quando

comparado à estratégia de condicionamento ácido total, porém quando os sistemas

adesivos autoconticionamente forem utilizados, recomenda-se que as superfícies de

esmalte sejam previamente condicionadas com ácido fosfórico a 37% com a finalidade

de aumentar a resistência de união da restauração2 (KINA, 2015 p. 26)

Para um sucesso nos procedimentos restauradores, o controle da umidade

quando estamos falando de resina principalmente, é de extrema importância, pois são

materiais extremamente sensíveis a umidade, por isso a utilização de isolamento

absoluto com grampo é sempre válida. (CAVACO, et al, 2015, p.29)

Diante de tudo que foi pesquisado, fica evidente a eficácia das resinas

compostas nas restaurações de lesões cervicais não cariosas, principalmente nas

abfrações, são as que mais necessitam de restauração para se reestabelecer

principalmente função e estética uma vez que causam bastante hipersensibilidade

dolorosa e desconforto ao paciente.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essa revisão de literatura teve como objetivo apresentar a diferenciação das

lesões cervicais não cariosas, que como vimos antes, tem caráter multifatorial, mas

que é possível traçar um diagnóstico diferencial entre elas. Assim sendo, as lesões de

Erosão caracterizada pelo processo gradual de destruição da superfície dental por

meio de substancias acidas e sem envolvimento bacteriano, as lesões de abrasão que

são perda de substância dental por ação mecânica, decorrente da escovação

traumático, uso de dentifrícios com muito abrasivo ou hábitos nocivos, e as lesões de

abfração que tem como etiologia a ação de forças tensionais e apresenta-se

clinicamente como um defeito em forma de cunha na região cervical do dente.

A cavidade causada pela abfração na região cervical dos dentes, sem

envolvimento bacteriano, tem como fatores etiológicos contato oclusal/incisal

excessivo e repetitivo, acumulo de tensões em locais específicos (região cervical dos

dentes), perda dentária de dentes essenciais para a mastigação e fonética, e

parafunção.

Então o tratamento para as lesões de abfração, é primeiro retirar o fator

etiológico, e depois passamos para a fase reabilitadora, os principais tratamentos são

o ajuste oclusal, uso de placas miorelaxantes para controlar a parafunção, próteses e

por fim restaurações que podem ser com resina comporta, sendo o material mais

indicado, já que tem bom polimento e boa adesão. A prevenção e o tratamento

adequados das lesões não cariosas dependem do conhecimento dos fatores causais

e das características clinicas de cada tipo de lesão.

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