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LETRANOVA Publicação livre e informativa de cultura e assuntos profissionais Ano I - Número 06 - Janeiro/2008 EDITORIAL Enfim o Ano é Novo Atingimos nesta edição, o sexto mês, ou seja, meio ano de existência da LETRANOVA. Como já é fato e hábito, neste número apresenta-se algo novo. É a indicação musical. A linha editoral começa dar sinais de alguma definição, com seções que se tornam fixas e a flexibilidade suficiente para a aparição de temas e seções de acordo com as circunstâncias e o que dita o momento. E por falar, em momento, e como esta é a primeira edição de 2008, é bem propício aproveitar para desejar um ano repleto de conquistas em todos os campos da vida. Que seja também um ano produtivo para o avanço das questões econômicas no mundo e no Brasil em especial, e para a evolução das relações sociais, da justiça, dos direitos humanos, e das relações do Homem com o ecossistema. A Revista continua contando com o apoio cultural da Livraria Virtual CLIQUELIVROS. Esperamos que neste ano, conquistemos outros apoios culturais, pois isto ajuda a garantir a continuidade da publicação. Continuamos aí, abertos a novas propostas e a novos apoios, afinal o objetivo é que a revista perpetue e aumente seu público leitor. Tratando, agora dos temas desta edição, abordaremos o Amor, a educação e a sala de aula, a relação professor-aluno, o tráfico internacional de mulheres para a prostituição, entre outros assuntos. E tem mais: indicação de filme, leitura fundamental, prestação de serviço, classiNOVA , vamos interagir, e muito mais. Esta edição é, a exemplo da anterior, muito especial, pois é o momento de desejarmos a todos os nossos leitores: feliz ano novo! CAMPANHA entre Profissionais Envie o link da LETRANOVA para seus amigos “A presunção – tão desculpável e divertida nos moços – é o mais certo sinal de burrice nos velhos. O verdadeiro fruto da árvore do conhecimento é a simplicidade. “ (Mário Quintana)

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Revista digital gratuita sobre cultura e assuntos profissionais

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LETRANOVA

Publicação livre e informativa de cultura e assuntos profissionais

Ano I - Número 06 - Janeiro/2008

EDITORIAL Enfim o Ano é Novo

Atingimos nesta edição, o sexto mês, ou seja, meio ano de existência da LETRANOVA. Como já é fato e hábito, neste número apresenta-se algo novo. É a indicação musical. A linha editoral começa dar sinais de alguma definição, com seções que se tornam fixas e a flexibilidade

suficiente para a aparição de temas e seções de acordo com as circunstâncias e o que dita o momento. E por falar, em momento, e como esta é a primeira edição de 2008, é bem propício aproveitar para desejar um ano repleto de conquistas em todos os campos da vida. Que seja também um ano produtivo para o avanço das questões econômicas no mundo e no Brasil em especial, e para a evolução das relações sociais, da justiça, dos direitos humanos, e das relações do Homem com o ecossistema. A Revista continua contando com o apoio cultural da Livraria Virtual CLIQUELIVROS. Esperamos que neste ano, conquistemos outros apoios culturais, pois isto ajuda a garantir a continuidade da publicação. Continuamos aí, abertos a novas propostas e a novos apoios, afinal o objetivo é que a revista perpetue e aumente seu público leitor. Tratando, agora dos temas desta edição, abordaremos o Amor, a educação e a sala de aula, a relação professor-aluno, o tráfico internacional de mulheres para a prostituição, entre outros assuntos. E tem mais: indicação de filme, leitura fundamental, prestação de serviço, classiNOVA , vamos interagir, e muito mais. Esta edição é, a exemplo da anterior, muito especial, pois é o momento de desejarmos a todos os nossos leitores: feliz ano novo!

CAMPANHA entre Profissionais

Envie o link da LETRANOVA para seus amigos

“A presunção – tão desculpável e divertida nos moços – é o mais certo sinal de burrice nos velhos. O

verdadeiro fruto da árvore do conhecimento é a simplicidade. “ (Mário Quintana)

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Sumário

ESPECIAL DO MÊS Tráfico Internacional de Mulheres para Prostituição

O tráfico internacional de mulheres trata da promoção ou da facilitação tanto da entrada de mulheres no território brasileiro, quanto da saída de brasileiras para outros países, e que estas venham exercer a prostituição. Página três

LINK PARA ARTIGO CIENTÍFICO Nesta edição, a LETRANOVA indica um link. Trata-se de um artigo de Edner Braga, cujo título é “A relação professor –aluno: por que as

mentes são perigosas?” publicado no site www.ebragaconsultoria.profissional.ws no mês corrente. Página quatro

A COR DO AMOR

O amor tem cor? Se tiver, qual é a cor do amor? Ao longo da história da humanidade a questão do amor, suas definições, seus conceitos, seus sentidos são recorrentes e parecem ser frutos da própria necessidade do homem em explicar a si mesmo e a sua existência.Tanto é, que o amor é tema de uma grande parte dos trabalhos, estudos e escritos dos grandes pensadores e filósofos. Página seis

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL O GERENCIAMENTO DO FLUXO DE ATIVIDADES EM SALA DE AULA

Desenvolvendo competências e prevenindo indisciplina A indisciplina em sala de aula apresenta-se hoje, pela dimensão que, aos poucos, tem ganho e exibido, como sendo um dos maiores problemas da escola atual. Alguns autores e suas pesquisas apontam para uma percepção generalizada dos problemas disciplinares, da violência e da falta de civismo, num ambiente que se vê marcado pela falta de autoridade, pelas facilitações e permissividades mútuas (entre professores e alunos). Página oito

INDICAÇÃO DE SITE LEITURA FUNDAMENTAL DHnet Página onze Homens, Engenharias e Rumos Sociais

Página cinco INDICAÇÃO MUSICAL

MONOGRAFIA Nana Caymmi – Brasil MPB Página doze As principais causas e consequências dos acidentes de trabalho Página onze

CLASSINOVA Classificados Gratuitos Página doze

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Palestras e oficinas Página treze INDICAÇÃO DE FILME VAMOS INTERAGIR? Baden Powell Página quatorze Cultura Organizacional Página treze ORIENTAÇÃO DE CARREIRA

Página quatorze

POESIA DA HORA Narciso Página quinze PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Formação de Consultores Página quinze

“O lugar da alma é onde se tocam o mundo interior e o exterior. Porque ninguém se conhece, a si mesmo, se é só ele mesmo e não também o outro, ao mesmo tempo.” (Novalis)

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ARTIGO EM DESTAQUE

Tipos de delitos relacionados ao tráfico de seres humanos: o tráfico internacional de mulheres para prostituição

O tráfico internacional de mulheres para prostituição é um dos tipos de delitos associados ao tráfico de seres humanos, que começamos a tratar na edição de

novembro de 2007. . Este crime está previsto no nosso Código Penal, que no artigo 231 define-o como “promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de mulher que venha exercer a prostituição, ou a saída de mulher que vá exerce-la no estrangeiro”. A pena prevista para tal ato criminoso varia de três a oito anos, e pode ser aumentada se

há uso de violência, ameaça ou fraude, se do ato violento resulta lesão corporal grave ou morte. Se o crime é cometido devido a ganância por lucros, há também aplicação de multa. A situação do criminoso fica pior ainda se a vítima for menor de idade, se for alienada ou se tem necessidades especiais. Segundo os comentários do IBISS-CO (Instituto Brasileiro de Inovações Pró-Sociedade Saudável/Centro-oeste), o autor do crime é qualquer pessoa que o cometa – homem ou mulher – e a vítima só pode ser mulher. Não há relevância se há aceitação ou não da mulher que pode ser “levada ao erro com promessas de trabalho e ganho (conceito de fraude)”. O crime fica assim caracterizado quer tenha se concretizado ou não a efetiva prostituição, e o objetivo de lucro não é um determinante do crime, mas sim, um agravante. O artigo que define o crime, não torna claras as possibilidades de responsabilização de toda a rede de tráfico, e, portanto, faz-se necessário pesquisar outros artigos e a sustentação legal para isto. A composição do crime se dá primordialmente por dois elementos: mulher e prostituição, e assim, o tipo penal não protege pessoas do sexo masculino. A situação brasileira em relação ao tráfico de mulheres para prostituição é bastante complicada, pois é um tipo de crime pouco investigado, principalmente porque de forma geral há funcionários públicos e até políticos envolvidos com as quadrilhas. Em 2004, uma investigação realizada no Rio de Janeiro e que se relacionava com lavagem de dinheiro, fizeram chegar numa quadrilha de policiais e funcionários públicos que facilitavam o embarque de mulheres brasileiras. Nesta época a Organização Internacional de Migrações (OIM) apontava as rotas de tráfico de mulheres entre o Brasil e a Europa, e estimava que setenta e cinco mil brasileiras trabalhavam na prostituição. O número de prostitutas brasileiras na Europa é sempre crescente. As vítimas destas quadrilhas de prostituição internacional são mulheres bonitas, menores de 30 anos, mães solteiras ou mulheres separadas e com sérios problemas financeiros. Promete-se excelentes salários, ajudas aos familiares e trabalho digno, mas quando chegam aos seus destinos retém-se seus documentos e obrigam-nas a prostituir-se para pagar as despesas de viagem, documentos falsos e estadia.

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Os recordistas em recepção de prostitutas brasileiras são a Espanha e Portugal. Entende-se que seja assim devido às facilidades de comunicação pela proximidade com o idioma. É muito complicado conseguir dados estatísticos sobre tal crime, pois a maior parte das mulheres vítimas deste crime tem vergonha de fazer denúncia, porque terão que revelar que foram enganadas e que trabalharam na prostituição. E das poucas denúncias que são efetivadas, há poucas condenações. Se você se interessou em saber mais sobre o assunto, e até quem sabe participar de alguma organização de combate ao tráfico internacional de mulheres para prostituição, como uma forma de fazer sua parte para o avanço do respeito aos direitos humanos no Brasil, entre em contato com a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, através do e-mail [email protected] ou acesse o site www.social.org.br . Ou ainda acesse estas opções: www.ubmulheres.org.br e http://www.interlegis.gov.br. Edner Braga, psicólogo, mestre em gestão de pessoas, professor universitário e consultor.

LINK PARA ARTIGO CIENTÍFICO

Nesta edição, a LETRANOVA indica um link. Trata-se de um artigo tem como objetivo refletir sobre a relação professor-aluno, a partir da análise do filme Mentes Perigosas. Com base em alguns trechos do filme, vai-se abordando o tema em seus diversos aspectos: atenção, interesse, motivação, orientação, desenvolvimento, vinculação e afetividade. Ao considerar-se cada aspecto revela-se com este se traduz concretamente na relação:

sentido de realidade, formação para a vida pessoal, construção do conhecimento, mentalidade científica, adaptabilidade, formação profissional, realização pessoal, espírito de tolerância, participação social, cidadania e respeito ao ser humano. Conclui-se abordando a importância desta relação no que se refere qualidade do processo ensino-aprendizagem, pois é esta relação que permite ao educando significar o conteúdo, e que o enfoque nesta relação se define a partir de uma abordagem humanista e sistêmica da educação. O acesso ao artigo na íntegra pode ser feito através do www.ebragaconsultoria.profissional.ws

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“ O real não está na saída e nem na chegada, ele se dispõe pra gente é na travessia.” (Guimarães Rosa)

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LEITURA FUNDAMENTAL

Homens, Engenharias e Rumos Sociais

Nesta edição, com a colaboração da Cliquelivros, indicamos a obra de Gilberto Freyre. Para apresentar o livro

vamos deixar que o próprio autor se pronuncie a partir de fragmentos do seu prefácio. “Engenhar, dizem os dicionários, é inventar, engendrar, maquinar. Vem de engenho: faculdade universitária. Da mesma origem é engenharia: arte de aplicar conhecimentos científicos ou empírico á criação de estruturas a serviço do homem. Arte ou ciência. Arte ou ciência - em sentido mais restrito - do emprego de dispositivos e de processo na conversão de recursos naturais ou humanos em formas adequadas ao atendimento de necessidades do mesmo homem. Sempre engenho, invenção criativa, a serviço do homem. A serviço do seu físico. De necessidades físicas. Mas também de relações do seu físico com o ambiente. Com a natureza. Mas, indo além: a serviço do homem social que inclui o homem econômico, o homem político, o homem aprendiz, (existem máquinas de ensinar ou de aprender), o próprio homem lúcido ( que são patins, raquetes, bastões de jogar golfe, taco de bilhar, senão engenhos para fins recreativos?). Além do que, dentro de uma moderna concepção de engenharia humana, é engenharia

o ajustamento do homem físico a engenhos, a máquinas, a veículos, a dimensões, iluminação, aeração de casas de residência e de locais de trabalho ou de lazer ou de devoção ou de recreação.” [...] “O que principalmente se sugere neste livro, desde as primeiras páginas do seu prefácio, é que dependem de engenharias - de três, que se completam - quer o desenvolvimento global do homem - ou de grupos humanos constituídos em sociedades, de que são exemplos as nacionais - quer a preservação, por essas sociedades, dos característicos de seus ambientes ou de suas ecologias, com as quais precisam de ajustar suas formas de vivência, de convivência e de desenvolvimento. Quer de desenvolvimento global, quer de desenvolvimentos específicos. As três engenharias: a física, a humana e social. A física, a mais evidente. Ela se manifesta em quase todas as coisas técnicas, ou construções, a serviço essencial e imediato dos homens: casas, pontes, instrumentos de trabalho, veículos, equipamentos: inclusive o culinário. Das relações técnicas ao mesmo tempo que antropométricas, dos homens com tais coisas, cuida a engenharia humana. E das inter-relações de ordem social entre homens uns com os outros e de métodos com instituições de várias espécies dentro de uma sociedade humana, cuida a engenharia social. Todas consideradas nas suas sistemáticas e nos seus objetivos definidos: definições recentes.” [...] “Que é ‘engenharia humana’? Define-a o professor Ernest J. McCormick no seu Human Engineering, aparecido em 1957, mas desde logo um clássico na matéria, como "adaptação ao uso humano de espaço, equipamento e ambiente de trabalho". Alguns preferem á expressão ‘engenharia humana’ a palavra ‘biomecânica’; outros, a palavra ‘ergonomia’, ainda outros, a expressão ‘engenharia psicológica’. A discrepância é significativa: indica que se trata de uma especialidade complexa. Interessa ao engenheiro físico. Interessa no administrador. Mas interessa também ao antropólogo, ao médico, ao fisiólogo ao psicólogo. Todos esses, segundo o professor McCormick, vêm contribuindo para o desenvolvimento da nova especialidade através de conhecimentos diversos do ser humano e de métodos diferentes de pesquisa em torno do assunto.” [...] Lembre-se, a propósito, que do Brasil vêm partindo, no campo da engenharia social, no que essa engenharia significa ciência social aplicado ou aplicável, várias conceituações originais de operação econômica ou social. Entre as primeiras, a de ‘valorização’, iniciada em São Paulo com a valorização do café quando superabundante sua produção, através de técnica em seguida adotada por vários países; e mais recentemente, a chamada ‘correção monetária’: outro brasileirismo. Brasileiríssimos são os conceitos socioantropológicos de ‘homem situado no trópico’ - aprovado publicamente pela Sorbonne - de ‘ecologia telúrica’, de ‘pluralismo metodológico em estudos sociais’, de ‘tempo tríbio’, de ‘metarraça’, de ‘morenidade’. Brasileiro, também, uma arquitetura de casa vinda dos dias coloniais do Brasil e adaptável a circunstâncias atuais através de modernizações possíveis e necessárias. Tanto assim que a sugestões desse tipo de casa tradicional e ecologicamente brasileira recorreu - repita-se aqui - o moderníssimo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer para, de acordo com elas, construir em Brasília casa para sua própria residência. Você pode encontrá-lo no www.cliquelivros.com

FREIRE, Gilberto. Homens, engenharias e rumos sociais. São Paulo, Record, 1987. 223p.

“Lá fora, quando terminar a chuva, haverá sol.” (Oswald de Andrade)

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A Hora do Ensaio

A Cor do Amor O amor tem cor? Se tiver, qual é a cor do amor? Ao longo da história da h umanidade a questão do amor, suas definições, seus conceitos, seus sentidos são recorrentes e parecem ser frutos da própria necessidade do homem em explicar a si mesmo e a sua existência. Tanto é, que o amor é tema de uma grande parte dos trabalhos, estudos e escritos dos grandes pensadores e filósofos. Além disso, amor e paixão parecem às vezes andar de mãos dadas e em outras,

separados por caminhos paralelos sem nunca poderem se encontrar. O amor é assunto de livros, artigos, poesias, músicas, e mesmo quando não é escrito e cantado, é falado e praticado (ainda que se diga que o mundo esteja carecendo de amor). Ao tentar definir o conceito de paixão, Lebrum (1987:17) cita Leibniz: “Prefiro dizer que as paixões não são contentamentos, desprazeres, nem opiniões, mas tendências, ou antes, modificações de tendência, que vem da opinião ou do sentimento e que são acompanhadas de prazer ou desprazer”.

Parece-nos que esta passagem a respeito das paixões acaba por colocá-la como fruto do amor e põe por terra a idéia de que paixão nasce antes do amor como aparece em diversos pensamentos sobre a questão. Prosseguindo, podemos encontrar em Platão uma tentativa de explicar o amor, e neste sentido indica que o verdadeiro amor não passa pela conveniência de quem realmente deve amar e nem por questões de condições de honradez ou não entre amado e amante, e se coloca a refletir sobre a essência do amor. Faz uma discussão sobre sua essência, e por fim, acaba relacionando o amor com a lógica e com a razão. Neste sentido, será que poderíamos dizer que a paixão é uma manifestação mais irracional de um sentimento, enquanto que o amor se traduz numa manifestação do sentimento através da razão? Encontramos diversas explicações sobre as origens e sobre a essência do amor em todas as culturas e mitologias. Num plano mitológico, o amor é explicado através da saga de Eros e Psiquê. Psiquê é jovem e bela, mas que não encontra um noivo porque sua beleza excessiva põe medo aos homens. Por aconselhamento do oráculo, ela é colocada num cume de uma montanha, vestida de noiva e fica a espera de um monstro que vem para levá-la e desposá-la. É carregada para o fundo de um vale e passa a habitar um castelo em que só se relaciona com vozes sem poder ver seus interlocutores. Vive feliz com seu marido sem poder vê-lo, pois ele lhe diz que se ela o vir, o perderá para sempre. Tem vontade de rever seus pais, volta para casa para passar uns dias e suas irmãs despertam-lhe as desconfianças. De volta ao seu lar, durante a noite, ao dormir ao lado do seu marido, acende uma lâmpada e vê um belo adolescente adormecido. Nesse instante, uma gota de azeite quente cai da lâmpada sobre o marido. Eros, ao ser descoberto, desperta e foge. Assim começa uma série de agruras na vida de Psiquê que passa a ser vítima da raiva de Afrodite, sua sogra. Entretanto, Eros não consegue mais viver sem Psiquê, e esta também não. Eros consegue permissão de Zeus para casar com sua amada e Psiquê reconcilia-se com Afrodite. Como sabemos Eros é símbolo do amor e conforme Chevalier e Gheerbrant (1990:47), em especial ele simboliza o desejo de gozo. Psiquê é a alma que deseja conhecer esse amor. Os pais simbolizam a razão. O castelo representa a luxúria. Vejamos a continuidade desse sentido na citação a seguir:

“A noite, a proibição aceita de ver o amante, e a sensação de uma presença significam a renúncia do espírito e da consciência em face do desejo e imaginação exaltados, e o abandono cego ao desconhecido. O retorno a casa dos pais é um despertar da razão, as indagações das irmãs são as do espírito, curioso e inseguro [...] Descoberto, o amor foge [...] mas, desta vez, autorização para o casamento é pedida a Zeus, o que significa que a união de Eros e Psiquê se realizara já não mais apenas no nível dos desejos sexuais, mas de acordo com o espírito.” (CHEVALIER e GHEERBRANT, 1990:47)

Por essa passagem podemos entender que a frase o amor é cego é improcedente, porque cega é a paixão. O amor vê tudo a partir dos olhos da razão. A paixão está no campo do desejo puro e imediato e o amor na compreensão lógica e vidente do objeto do amor.

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7Numa busca nas obras completas de Sigmund Freud, encontram-se inúmeras menções ao amor, e entre elas o que nos chamou a atenção é a reflexão que o autor faz sobre o amor ser um dos fundamentos da civilização. E mais uma vez o amor é colocado como um sentimento humano racional. Esta referência pode ser encontrada no seu texto “O mal estar na civilização”. Mas se o amor não é cego e pode ver, com que cor ele se apresenta? Num breve levantamento que fizemos não localizamos nenhuma referência ou alusão a cor do amor. Será que o amor não tem cor? Por que ele não haveria de ter? Se recorrermos aos estudos da cromatologia, talvez possamos encontrar algumas pistas que nos elucidem tal questão. De forma geral estes estudos dão simbologia e encaminham alusões e associações do vermelho como a cor associada ao amor e a paixão. Entretanto, faz-se interessante abordar brevemente as mais diversas simbologias associadas às certas cores para podermos pensar mais profundamente sobre com qual cor se tinge o amor:

• Vermelho: fogo, mal, avidez, violência, maldade, perversidade, sangue, vida, conhecimento, graça divina, luz do espírito, luz do juízo, concupiscência, estímulo, paixão, sentimento, inteligência, rigor e glória.

• Amarelo: ar, nutrição, ouro, imortalidade, neutralidade, crença, luz do coração, imaginação, natureza, intuição.

• Branco: ar, promessa, esperança, alegria, fé, castidade, cura, bom agouro, natureza do espírito, alma, sabedoria, vitória.

• Verde: água, juventude, saúde, esperança, iniciação, boa sorte, paz, devoção, crescimento.

• Preto: terra, origens, germinações, invisibilidade, renascimento, penitência, provação, sofrimento, mistério, existência divina, primeira inteligência.

• Azul: benefício, intuição, meditação, exorbitância, pacificante, pensamento, beleza, fundamento. Poderíamos pressupor diversas cores conforme o tipo de amor? Assim teríamos um amor vermelho para aquele sentimento que nos consome feito fogo e que desperta a avidez ou que gera uma personalidade perversa, maldosa e violenta; ou um amor amarelo, aquele tipo de sentimento que se assemelha a uma crença ao ser amado, um amor duradouro, natural, intuitivo e cheio de imaginação; ou ainda podemos pensar num amor alegre, cheio de esperança, casto, um sentimento que cura, que bate forte, que é sábio e que envolve a própria alma, um amor branco; ou o amor pode ser verde, jovial, saudável, pacífico, devotado e que faça o ser amado crescer. Pode ser também preto, misterioso, existencial, temporal, que faça renascer ou que faça sofrer, que represente provações e imponha resistências. E por fim, que seja azul, benéfico, pacificante, belo e fundamental. Que seja multicolor!!! Qual a cor do seu amor? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 3 ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio Editora, 1990. CARDOSO, Sérgio et al. Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia das Letras, 1997. FREUD, Sigmund. Obras completas. Edição em CD-ROM, s.n.t.

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“ Não apresse o rio, ele corre sozinho”

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Provérbio Zen PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

O GERENCIAMENTO DO FLUXO DE ATIVIDADES EM SALA DE AULA Desenvolvendo competências e prevenindo indisciplina

José Antonio Lourenço Simas

1. Introdução:

A indisciplina em sala de aula apresenta-se hoje, pela dimensão que, aos poucos, tem ganho e exibido, como sendo um dos maiores problemas da escola atual. Alguns autores e suas pesquisas

apontam para uma percepção generalizada dos problemas disciplinares, da violência e da falta de civismo, num ambiente que se vê marcado pela falta de autoridade, pelas facilitaç ões e permissividades mútuas (entre professores e alunos). O papel do professor, tradicionalmente confinado à transmissão de conhecimentos, teve que evoluir e o professor necessita, atualmente, ser um bom administrador em sala de aula, um organizador da aprendizagem, o detentor de um conjunto de competências relacionais a par das competências

didáticas e de outras tantas inerentes à disciplina que leciona. A preparação dos professores para os aspectos relacionais em geral e, particularmente, para os

aspectos disciplinares é uma das grandes preocupações atuais, podendo o gerenciamento das atividades em sala de aula contribuir para a prevenção da indisciplina e dar, relativamente a estes últimos, uma valiosa contribuição. Como faz referência o relatório Elton citado por Estrela (1992), onde diz que o problema central da indisciplina poderá ser consideravelmente reduzido se ajudarmos os professores a encontrar elementos e procedimentos que sirvam de apoio para se tornarem organizadores mais eficazes das aulas. 2. A Formação do Docente:

Em sua formação inicial, no domínio disciplinar, os professores têm um papel a desempenhar, mas, apesar de se justificar cada vez mais uma formação docente relacionada à função “organizador da aprendizagem” é mister que nela se integre uma preparação para a prevenção dos problemas disciplinares dos alunos em classe,. O que se percebe é que os programas de formação inicial e contínua de professores parecem continuar a atribuir menor importância a esses aspectos, ou quando não, chegam mesmo a ignorá-los. A formação de professores é hoje considerada simultaneamente, por vários autores como sendo uma das pedras angulares do projeto de reforma do sistema educativo (GARCIA, 1995:54) e, possivelmente, um dos pontos mais críticos deste processo (CORTESÃO, 1991; FERRY, 1987; e ESTRELA, 1977) e, segundo diz o próprio Perrenoud (1993), essa tem sido, também, o bode expiatório de quase todas as críticas do sistema escolar.

A insatisfação da sociedade ocidental causada pelo fato da preparação técnico-científica ou da formação cultural e humana não terem alcançado o grau de satisfação prometido (GOMEZ, 1995), tem contribuído para que a formação de professores tenha vindo progressivamente a se tornar a protagonista, e o professor tem se tornado, atualmente, o foco das atenções. Isto está bem patente nas afirmações de Patrício (1989) quando diz que uma sociedade que queira construir um futuro repleto de prosperidade e de felicidade para os que a compõem necessita investir a fundo na educação; o professor, cada vez mais, é visto como um elemento-chave no funcionamento da escola e no êxito ou no fracasso de todas as políticas educativas que adaptarmos, e a grande aposta na educação bem estruturada não pode deixar de ser um investimento no professor como sendo o principal instrumento da realização da educação escolar.

Se parece impossível negar que nenhum outro corpo profissional conseguirá produzir, a longo prazo, efeitos tão importantes e profundos no futuro da sociedade (LESOURNE, 1988 citado por RODRIGUES e ESTEVES, 1993), então, o que justifica a atual preocupação com a formação do professor. Percebe-se, também, que ela não pode ser considerada como a panacéia para todos os males nem ser transformada num meio miraculoso que permitiria ultrapassar os limites e as contradições do sistema educacional (PERRENOUD, 1993:94).

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Entretanto, dado o atual ritmo das transformações sociais, os processos das mudanças para um novo sentido da escola e da educação escolar, aquelas preocupações não podem permanecer dissociadas da formação dos professores. Algumas mudanças têm repercutido na concepção da formação e no modelo a utilizar e, atualmente, segundo Patrício (1989), o professor que a lei de Bases do Sistema educacional determina que se forme é praticamente idêntico ao que vem sendo formado no âmbito das licenciaturas do ensino no país. É agora já dentro de um modelo existente e não lutando por outro modelo, é que os avanços qualitativos precisam ser revistos e, obviamente, alcançados.

Existe uma diversidade de modelos de formação de professores, espalhados pelo mundo, uns seqüenciais, outros integrados, mas o que se faz necessário é ter a consciência que, mesmo quando oficialmente se adotam estes últimos, a integração se faz, por vezes, mais formal do que real.

Entretanto, apesar das questões que a formação do docente sugere, a fé nela depositada parece se assentar em dois pressupostos: se por um lado esta tem repercussões nas práticas do professor, isto é, almeja-se que ela seja um meio privilegiado do desenvolvimento da ação; por outro lado, percebe-se que a transformação das práticas pedagógicas contribuirá para mudar a escola e possivelmente o homem e a sociedade (PERRENOUD, 1993). Para o autor, sendo a formação inicial, o início de um processo de desenvolvimento profissional docente, essa merece ser periodicamente repensada em função da evolução das condições de trabalho, da formulação do pedido do mercado de trabalho, das novas tecnologias disponíveis ou do estado dos saberes. Vejamos, então, quais as principais contribuições que podem ser adicionadas à formação docente, para atender o mercado.

3. A Contribuição à Formação Docente:

Como contribuição na formação do Docente Principiante, é que vemos sentido nesta reflexão, realizada a partir das leituras referidas e suas contextualizações. A ssim, a partir das reflexões dos autores expostos e das nossas próprias tornou-se possível identificar um conjunto de competências que são consideradas necessárias para uma bem sucedida administração do fluxo das atividades em sala de aula, bem como as concepções que se têm da formação inicial do professor, o que faz emergir algumas necessidades dentro da própria formação.

Dentre todos, três aspectos mereceriam maior importância, que seriam: da vigilância dos comportamentos individuais, como sendo a preocupação dominante, a evidenciar que a indisciplina ainda é o maior problema com que os professores se confrontam em

sala de aula; e as estratégias de início do ano, sendo que essas são os elementos reveladores da importância da aprendizagem dos comportamentos e dos procedimentos nesta fase, percebendo aqui que os primeiros encontros entre os professores e os alunos são episódios determinantes para o que vai acontecer ao longo do período letivo; a motivação e a manutenção do interesse do grupo discente que, ao evitar a saturação e aborrecimento dos alunos, evita correr riscos dentro dos quais os alunos desmotivados se tornariam elementos desviantes do foco do grupo.

Esta diversidade de aspectos evidencia a grande complexidade do gerenciamento da vida ativa dentro da sala de aula e, a necessidade que se tenham procedimentos conjugados a uma abordagem sistêmica à administração da sala de aula como metodologia para prevenção da indisciplina. Nesse sentido em que as atitudes e os comportamentos a serem descritos complementam-se e reforçam-se uns aos outros, ganha ênfase a idéia que é necessária a formação de uma abordagem sistemática e internamente consistente, segundo reflexões dos autores Good e Brophy (1978).

Em todo esse conjunto, foi possível identificar um leque de competências de administração das atividades em sala de aula como método de prevenção da indisciplina. Portanto, baseados nas reflexões feitas, julgamos plausível agrupá-las em três grandes blocos, conforme descrito abaixo:

1. A gestão do ambiente de ensino-aprendizagem, 2. A gestão da instrução e 3. A gestão dos comportamentos. O primeiro bloco abrange as estratégias de início do ano, as estratégias prévias às atividades e as

outras conducentes ao estabelecimento das boas relações interpessoais; no segundo bloco, encontramos as estratégias do início da aula, as estratégias para motivação e manutenção do interesse do grupo discente e da manutenção do ritmo da aula; o último inclui as estratégias de vigilância e supervisão dos comportamentos individuais.

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São as ações que combinassem e articulassem as estratégias destas três áreas e não as ações individuais do professor apenas com estratégias de uma dessas áreas, que conduziriam a um gerenciamento bem sucedido do fluxo das atividades dentro da sala de aula. Uma gestão da sala de aula bem sucedida e eficaz pode por isso ser representada pela forma contida na confluência dessas três dimensões. Vejamos, então, quais as aplicações que, combinadas, poderiam articular as estratégias supracitadas objetivando uma eficácia no gerenciamento sistêmico dentro da sala de aula. 4. Conclusões:

O que podemos perceber é que, os temores naturais e a falta de preparo que é manifestada pelos professores não são, certamente, estranhos à tensão que eles têm com a experiência principalmente no início do estágio e contribuem, certamente, para um choque contra a realidade no início da sua atividade profissional. Atendendo a seqüência de idéias, também Smith (1980) citado por Veenman (1988) propõe um conjunto de áreas nas quais se devem assentar a formação dos professores, sendo uma delas o gerenciamento dentro da sala de aula. Para aquele autor esta é a competência, excetuando a do diagnóstico, aquela que mais tempo se deve dedicar na formação dos professores. Para reforçar esta necessidade estão os autores Fuller (1969) e Veenman (1984) citadas por Evertson (1990), que fazem referência à organização e gerenciamento das atividades em a sala de aula como sendo das primeiras preocupações dos professores principiantes.

Por sua vez, o que nos parece ser urgente é dar resposta às necessidades e dificuldades vivenciadas pelos docentes nesta área e isso aponta para os currículos da formação, que passem a contemplar o campo disciplinar. Segundo ESTRELA (1992:99), numa perspectiva pedagógica e de acordo com a investigação atual nesta área, a formação deve ser “mais orientada por princípios de prevenção da indisciplina do que por princípios de correção” e “deve assentar essencialmente em dois eixos aglutinadores de outros elementos da investigação científica sobre o processo pedagógico dentro da sala de aula e sobre a escola: o professor enquanto agente normativo e o professor enquanto organizador do ensino e aprendizagem em sala de aula”. José António Lourenço Simas é Arquiteto e Professor em Curso de Edificações. 5. Referências Bibliográficas: CORTESÃO, L. (1991), Supervisão Numa Perspectiva Crítica, Ciências da Educação em Portugal. Situação Actual e Perspectivas, Porto, SPCE, pp. 617-625 ESTRELA, M. T. (1992), Relação Pedagógica, Disciplina e Indisciplina na aula, Porto, Porto Editora ESTRELA, M.T. (1996), Prevenção da Indisciplina e Formação de Professores, Noésis, Janeiro/Março IIE, pp. 34-36 ESTRELA, M.T., ESTRELA, A. (1977), Perspectivas Actuais sobre a Formação de Professores, Lisboa, Estampa EVERTSON, C. (1990), Classroom Organition and Management, in M. C. REYNOLDS, (ed.), Knowledge Base for the Beginning Teacher, 2ª ed., Oxford, Pergamon Press FERRY, G. (1987), Le Trajet de la Formation, Paris, Dunod G. E. P. (1986), Licenciaturas do Ramo de Formação Educacional e Licenciaturas em Ensino, Lisboa, M. E. C. GARCIA, C. (1995b), A Formação de Professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor, in A. NÓVOA (coord.), Os Professores e a sua Formação, Lisboa, D. Quixote, pp. 51-76 GOOD, T., BROPHY, J. (1978), Looking in Classroom, London, Harper and Row HUBERMAN, M. (1989), La Maîtrise Pédagogique à Différents Moments de la Carrière de l’Enseignant Secondaire, European Journal of Teacher Education, vol. 12, nº 1, pp. 35-41 PATRÍCIO, M. (1989), Traços Principais do Perfil do Professor do Ano 2000, Revista Inovação, vol. 2, nº3, pp. 229-245 PERRENOUD, P. (1993), Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação. Perspectivas Sociológicas, Lisboa, D. Quixote RODRIGUES, A., ESTEVES, M. (1993), A Análise de Necessidades na Formação de Professores, Porto, Porto Editora SCHÖN, D. A. (1991) The Reflective Turn: Case Studies In and On Educational Practice, New York: Teachers Press, Columbia University. VEENMAN, S. (1988), El Proceso de llegar a ser Profesor: un análisis de la formación inicial, in A. VILLA (coord.), Problemas e Perspectivas de la Funcion Docente, Madrid, Nancea Enquanto você está ainda

pensando... já tem gente anunciando no

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INDICAÇÃO DE SITE

DHnet Nesta edição, e já que temos desde o início desta revista, falado de Direitos

o site Humanos, indicamos http://www.dhnet.org.br. Vá neste endereço eletrônico e veja quanta informação útil você pode obter para tomar conhecimento. O portal trabalha com os seguintes macrotemas: Direitos Humanos, Desejos Humanos, Educação e Direitos Humanos, Cibercidadania, Memória Histórica, entre outros. Mantém informação sobre uma extensa rede de direitos humanos em nível nacional e estadual, com dados de

conselhos de direitos, ministério público, poder executivo, legislativo e judiciário, sociedade civil e mídia. Você ainda encontra o Dicionário dos Desejos Humanos e o ABC dos Direitos Humanos.Se você é cidadão, não deixa de passear um pouquinho por lá!

MONOGRAFIA

As principais causas e conseqüências dos acidentes de trabalho.

PEREIRA, Jani de Araújo. As principais causas e conseqüências dos acidentes de trabalho. São Paulo, Faculdade Campos Elíseos, 2006. 51p. (Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Administração).

Resumo: Os acidentes de trabalho na vida do Homem há muito vêm sendo objeto de estudo na história da humanidade. No Brasil, esta questão necessita ser melhor compreendida, principalmente pelo fato de possuir um dos melhores arcabouços legislativos referente a esta matéria. Os aspectos preventivos, se colocados em prática e aliados a um processo educativo voltado ao trabalho, seriam fatores importantes para a eliminação dos eventos infortunísticos a que estão submetidos os trabalhadores. Para tanto, delineamos como objeto do nosso trabalho, o estudo da literatura pertinente ao assunto, com entrevistas a trabalhadores e profissionais ligados diretamente ao tema. Traçando um paralelo entre os entrevistados, verificamos que os trabalhadores ainda são vítimas da violência e da precarização social. Isso indica que ainda há um longo caminho pela frente para se obter melhores condições de trabalho e para que este possa contribuir para a realização do homem. Capítulos: Introdução, Revisão de literatura, Acidente de trabalho, Procedimentos e atenção sobre o cumprimento das normas de trabalho, Metas de produção e acidente de trabalho, O papel do treinamento e qualificação profissional na prevenção de acidentes, Pesquisa, Conclusão, Recomendação e Referências bibliográficas. Para acesso a outros resumos é só clicar www.ebragaconsultoria.profissional.ws

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INDICAÇÃO MUSICAL

NANA CAYMMI – Brasil MPB A grande intérprete e cantora Nana Caymmi dispensa qualquer apresentação. Não é? Quem gosta de ouvir boa música, e principalmente, se for bem brasileira, com certeza, conhece esta brilhante artista. Se não conhece, é bom conhecer!!!! Principalmente neste raro trabalho que se compõe de 11 faixas, mas que perfazem um total de 22 músicas. Mais de duas dezenas das melhores canções gravadas por Nana até o ano de 1991. Em todas as faixas a cantora está acompanhada somente por belos arranjos de piano. É um dos poucos títulos da Academia Brasileira de Música. Vale a pena conferir pela beleza e raridade. As faixas são: 01.Você não sabe amar/Nem eu - 02. Insensatez/De onde vens -03. Eu

sei que vou te amar/O bem e o mal - 04. Vitoriosa/Outra vez - 05. Acontece/Dom de iludir -06. Atrás da porta/Canção do Amanhecer - 07. Canção da volta/Até quem sabe - 08. Não me culpe/Sem companhia - 09. Ninguém me ama/Prece - 10. Dois pra lá, dois pra cá/Ouça - 11. De volta pro meu aconchego/Faltando um pedaço. Lançado nacionalmente em 1991 pela Columbia através da Coleção Brasil MPB, volume 8. Pode procurar, mas esta raridade você só vai encontrar na www.cliquelivros.com. Confira!

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

PALESTRAS E OFICINAS

As palestras e oficinas relacionadas e oferecidas às empresas, faculdades, universidades, centros culturais e de estudos, foram elaboradas a partir de estudos próprios, e já apresentadas e aprovadas pelos públicos que às assistiram.

• A Compreensão Sistêmica da Cultura Organizacional • A Cultura Organizacional nas Empresas Tradicionais • Atuação do Administrador no Teletrabalho • Características de um Modelo de Gestão Brasileiro • Empreendedorismo, Mercado de Trabalho e Empregabilidade • O Processo de Consultoria e o Perfil do Consultor • Os Elementos Formadores da Cultura Organizacional e os Tipos de Cultura • Qualidade de Vida no Trabalho (Oficina) • Qualidade Pessoal e Satisfação do Usuário da Saúde • Responsabilidade Social das Organizações • Traços Culturais Brasileiros e Práticas Organizacionais

(para ver o conteúdo de cada um dos temas acima, basta pressionar a tecla Ctrl e clicar em cima do título escolhido)

Para contatar o Prof. Ms. Edner Braga para proferir uma destas palestras, basta acessar www.ebragaconsultoria.profissional.ws e utilizar o link de contato ou se preferir pode ligar diretamente para 013 31133353.

VAMOS INTERAGIR?

CULTURA ORGANIZACIONAL

Comunidade para os interessados em discutir, refletir, trocar experiências, postar artigos, indicar livros, e expor metodologias para diagnóstico e intervenção na cultura organizacional. Conta atualmente com quase trinta participantes e já foram postados por lá trinta tópicos, como por exemplo: Liderança masculina e feminina, Direitos Humanos, Assédio Sexual, assédio moral e outras ocorrências no trabalho, Vídeo sobre Cultura

Organizacional, O que é cultura organizacional?, Cultura Organizacional, Bin Laden e Paradigmas, Filme para trabalhar Gestão de Mudanças, entre outros. Você também poderá acessar a partir da comunidade, todos os meses, a última edição da LETRANOVA. Acesse http://cultura_organizacional.com.via6.com, faça sua filiação e participe! Abraços

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INDICAÇÃO DE FILME

BADEN POWELL

Este documentário permite compreender a trajetória incomum seguida por Baden Powell e, acima de tudo, conhecer o homem que ele foi. Baden Powell foi um virtuoso do violão. Na história da música brasileira, ele se destaca como o músico que partiu em busca de suas raízes

africanas, abrindo caminho para as novas gerações de cantores e violonistas. Como resultado do seu trabalho, inúmeros ritmos brasileiros foram catalogados e salvos do esquecimento. Na história da música ocidental, ele se destaca como um músico ímpar, dominando a literatura do violão clássico, do folclore brasileiro na sua forma mais completa, da música barroca e do jazz. Um violonista excepcional, que nunca caiu na armadilha do virtuosismo meramente técnico, que deu provas de sensibilidade e criatividade exemplares que, lhe permitiram se firmar como um compositor notável. Suas parcerias com Vinicius de Moraes ou Billy Blanco imediatamente vêm à mente como exemplos dessa faceta de seu talento. Jean Claude Guiter, o diretor do

documentário, era amigo de Baden Powell. Longe de querer traçar um retrato superficial do músico, ele passou três anos seguindo o violonista que, pouco a pouco, relatou toda a história de sua vida. Juntos eles retornaram a lugares importantes para Baden no Brasil e em Paris. Através das visitas a esses lugares, nos é oferecido um excepcional panorama que inclui o seu aprendizado, seu começo como músico profissional no Rio dos anos cinquenta, sua parceria com Vinicius de Moraes, seu encontro com o poeta francês Pierre Barouh e com Claude Nougaro e o seu amor pela Europa, que o recebeu de braços abertos e o aclamou. O documentário foi lançado em 2003, tendo a duração de 54 minutos. É distribuído pela Universal. O idioma original é o português, mas tem também legendas em português, inglês e francês. O formato é Full Screen, o processo digital é Ntsc, e vem com uns videoclipes como extras. Pode ser encontrado na www.cliquelivros.com.

Orientação de Carreira

Coordenado por Prof. Ms. Edner Braga Março e Junho de 2008 (de 8 a 12 encontros)

Sábados das 11h30 às 13h30 Em datas previamente agendadas

As Inscrições devem ser feitas entre fevereiro

Informações e inscrições: Informações poderão ser obtidas na Faculdade Campos Elíseos através do telefone (011) 3661-

5400 com Bárbara ou através de nosso campo de Contato no site www.ebragaconsultoria.profissional.ws ou ainda pelo fone 013 31133353

“Não é na maneira como uma alma se aproxima da outra, mas da maneira como se afasta, que reconheço seu parentesco e afinidade com a outra.” (F. Nietzche)

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POESIA DA HORA

NARCISO

Ah! Narciso! Mar ciso! Mar cisudo do amar, verde mar cisudo de amar. Ciso do juízo do mar. Cisão de Narciso: o outro no espelho a se admirar. O outro de Narciso é o ciso do mar. O outro é traidor atrai a dor de Narciso Ao mar. Trai a sua dor ao lhe espelhar. Atrai o dom de Narciso Pro fundo do mar, Trai o dom de Narciso Ao lhe afogar. Narciso tão lindo caído no rio, virou mar.

(Nillo Chamas)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSO

FORMAÇÃO DE CONSULTORES

Inicia-se em 15 de Março de 2008, a segunda turma do Programa de Pós Graduação para formação de consultores da FCE. O curso dá direito a titulação de especialista e permite o acesso ao Ensino Superior como docente. As inscrições e participação no processo seletivo se iniciam em 11 de Fevereiro de 2008 e se encerram no dia 14 de Março de 2004, e enquanto existirem vagas. Serão apenas 40 vagas, e o processo seletivo terá as seguintes etapas: Entrevista via internet e Análise de Curriculum. As aulas serão quinzenais, ou seja, dois sábados por mês, no horário das 8h às 18h. Interessados devem fazer contato através do e-mail [email protected] ou pelo telefone 011 36615400 com Bárbara, a partir das 13 horas. Acesse www.fce.edu.br e veja mais detalhes.