Levamos a Primavera até si · O jornalismo entre nós e como tudo o mais ou é bom ou mau. O bom,...

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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL | PREÇO: 1,00€ | ISSN: 1646 - 4389 | ANO VII - Nº 56 | MARÇO/ABRIL 2020 Levamos a Primavera até si Mãos Unidas Jornal

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Mãos UnidasJornal

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ÍndiceEDITORIAL 3 Jornalismo

ESPAÇO SAÚDE & BEM-ESTAR 4 As melhores actividades para

proteger as suas articulações

6 O regime nórdico – excelente plano alimentar antienvelhecimento

ESPAÇO SOCIEDADE 7 O Covid-19 e as crianças

8 Covid-19 – Tempo para fazer silêncio e ter esperança

EFEMÉRIDES10 Páscoa: itinerário de libertação

A NOSSA MISSÃO12 Equipa do polo de Carregal do Sal

14 Casos de vida – Balanço do primeiro trimestre do ano de 2020

16 Casos de vida novos

18 Casos de vida que acompanhamos

21 Grande heróis

22 Testemunho de uma mãe…

24 Ação social: casos de sucesso

TESTEMUNHO27 Uma militar missionária…

ESPAÇO CULTURAL29 Missas e Terços online e na televisão

30 Visitas virtuais a museus portugueses

FICHA TÉCNICA EDITOR E PROPRIETÁRIO: Associação Mãos Unidas P. Damião. Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD)Rua Sarmento de Beires, 19A-1º, 1900-410 LISBOATel.: 213 515 720 | E-mail: [email protected]: www.maos-unidas.ptwww.facebook.com/MaosUnidasP.Damiao

SOMOS MEMBROS: CNOD – Confederação Nacional dos Organismosde DeficientesILEP – Federação Internacional das Associações que Lutam Contra a LepraPLATAFORMA Nacional Saúde em DiálogoPLATAFORMA ONGDPLATAFORMA do Voluntariado Missionário (FEC)

DIRETOR:António Câmara Cordovil

COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO:Sofia Carrondo

SEDE DE REDAÇÃO: Rua Sarmento de Beires nº 19A – 1º, 1900-410 Lisboa

PERIODICIDADE: Bimestral

COMPOSIÇÃO e DESIGN: Nuno Veiga

ESTATUTO EDITORIAL:Consultar: www.maos-unidas.pt

IMPRESSÃO:CAFILESA Soluções GráficasNúcleo Emp. da Venda do Pinheiro SulQuinta dos Estrangeiros, Arm. 97 e 1072665-602 Venda do Pinheiro

DEPÓSITO LEGAL: 24013/06

ISSN: 1646-4389

REGISTO NA ERC: 126 233

TIRAGEM: 16.000 exemplares

ASSINATURA ANUAL:Portugal: 10,00€ | Europa: 18,00€Resto do Mundo: 27,00€

PESSOA COLETIVA: 504 072 722

FOTOS: Arquivo Institucional

António Câmara CordovilPresidente da Direção daAssociação Mãos UnidasP. Damião

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Março/Abril 2020 3Março/Abril 2020 3

O jornalismo entre nós e como tudo o mais ou é bom ou mau.

O bom, feito por jornalis-tas, respeita factos com rigor e exactidão, dignifi-cando o jornalismo.

O mau, feito por “jorna-leiros”, deturpa e mani-

pula factos e situações, próprio de um “jornalixo” de sargeta a mais das vezes a soldo de gratifi-cadas encomendas, manchando transversal-mente órgãos que se consideram de referência!

O que assistimos no programa “Sexta às 9” na RTP1 nos passados dias 7 e 14 de Fevereiro sobre a Associação Mãos Unidas foi jornalismo. Traba-lho pautado por rigor, não se limitando a apon-tar as situações tidas por anómalas. Houve igualmente o cuidado de mostrar a acção que a Associação dá a quem mais precisa e a neces-sidade de manter esse desígnio. Provavelmente estas reportagens poderão carregar engulhos para alguns que terão o momento próprio para

assumirem as suas responsabilidades. À exigível transparência evita-se uma política da avestruz, ou seja colocar a cabeça no buraco da areia como se nada tivesse acontecido!

A Direcção em gestão já havia apresentado a quem de direito, ou seja ao Procurador da Co-marca de Lisboa e ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social o resultado de uma sindicância sumária, mas suficiente para expurgar o que contraria a Associação no seu desígnio estatutário de estar com os necessita-dos que lhe batem à porta.

A transparência impõe-se desde logo como im-perativo, clarificando toda esta situação e per-mitindo o realinhamento com os objectivos da Associação. É agora este o novo caminho que deve ser trilhado com a confiança para com to-dos aqueles que se mantêm imbuídos no espíri-to solidário de minorar o esforço diário, por ve-zes titânico, designadamente de crianças e jovens que clamam por um dia menos doloroso.

São estes os desígnios que devem nortear a As-sociação neste seu novo folgo. n

JornalismoTexto: Pedro Mourão

EDITORIAL

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Março/Abril 20204

ESPAÇO SAÚDE & BEM-ESTARTexto: Alexandra Machado | Fotografia: Arquivo Institucional

As melhores atividades para

Proteger as suas articulações

Estar em boa forma física limita também os ris-cos de traumatismos como entorses e luxações que favorecem o aparecimento de artroses. Me-xer-se regularmente ajuda a manter um peso estável. O sobrepeso é particularmente prejudi-cial para as articulações dos joelhos.

Mas tranquilizem-se aqueles que não são desportistas, pois não estamos a falar de pre-paração para a maratona. Para a maioria, trata-se em primeiro lugar, de lutar contra o sedentarismo.

A marcha tonifica o corpo dos pés à cabeça

Acessível a todos, em todas as idades, a mar-cha promove a manutenção física de forma suave. Caminhar uma meia-hora por dia, a bom ritmo, sem velocidade excessiva, é sufi-ciente para tonificar os músculos das pernas. Balançar os braços, permite trabalhar os mús-culos dos ombros, dos braços e das costas. Para caminhar, basta um simples par de sa-

patilhas confortáveis. Para um efeito adequa-do, deverá caminhar diariamente pelo menos 6 000 passos, mas atingir 10 000 passos será ainda melhor.

Uma caminhada de 30 minutos, corresponde a 2,5 km e a 4 000 passos.

A bicicleta faz bem aos joelhos

É um excelente meio de transporte na cidade e no campo. Andar de bicicleta deve ser prati-cado sem moderação (mas com capacete!). Características específicas que beneficiam a saúde: tonifica os músculos das pernas e refor-ça os ligamentos tornando-os mais flexíveis e, portanto, menos sujeitos a tendinites. A força exercida ao nível das articulações, sobretudo do joelho é bem mais fraca do que aquela que é exercida na corrida. Logo, a bicicleta não é prejudicial quando as articulações dos joelhos são frágeis. A bicicleta fixa é também uma boa solução.

O desporto intensivo prejudica as articulações, mas a falta de exercício físico fá-las envelhecer mais rapidamente. A atividade física ideal, reforça a musculatura,

protege as articulações e permite desfrutar de um corpo com flexibilidade e sem dores.

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ESPAÇO SAÚDE & BEM-ESTAR

A natação promove a musculação de forma suave

Ir à piscina uma vez por semana é recomenda-do. Com efeito, o facto de estar dentro de água, faz com que os músculos e as articulações tra-balhem sem se traumatizarem. A natação é re-comendada para todos, qualquer que seja a idade, o peso ou a condição física. É mesmo possível combinar a bicicleta com a atividade náutica como a aquabiking. Contudo, existem duas restrições: 1) não praticar bruços quando tiver lesões da coluna vertebral; 2) não é acon-selhada quando as articulações dos joelhos es-tão fragilizadas.

Atenção aos traumatismos desportivos

Uma atividade desportiva demasiado intensa, demasiado frequente, não é boa para as arti-culações. Mas este risco diz respeito sobretudo a desportistas profissionais ou a fanáticos da maratona. No entanto, esquecemos com fre-quência que os traumatismos (entorses e luxa-ções) devidos a atividade desportiva exercida na adolescência, aumentam o risco de desen-volvimento de uma artrose anos mais tarde. Sobretudo se não forem corretamente tratados e recuperados.

Em caso de pequenos traumatismos durante um jogo ou atividade desportiva de Domingo, o me-lhor é pôr a perna em repouso e ir a um médico na segunda-feira. Os desportos mais agressivos para as articulações são o futebol, o rugby, o basquetebol, o voleibol e o andebol.

Mexa-se! Pela sua saúde! n

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Março/Abril 20206

Texto: Alexandra Machado | Fotografia: Arquivo institucional

O regime nórdico– excelente plano alimentar

antienvelhecimento

Se as dietas mediterrânica e japonesa são hoje em dias reputadas pelos seus benefícios para a saúde e pela excecional longevidade dos seus adeptos, o regime nórdico, mais discreto, mere-ce também a nossa atenção. Da Islândia à No-ruega, passando pela Suécia e pela Dinamarca, encontramos uma alimentação simples, autên-tica, próxima da natureza e sobretudo muito rica em nutrientes protetores.

As águas marítimas frias oferecem peixes gor-dos ricos em ómega-3, ácidos gordos essen-ciais excelentes para o coração, o cérebro e a visão. Quanto aos solos, submetidos a longos e rigorosos invernos, fornecem frutos ricos em

antioxidantes, que contrariam o envelhecimen-to celular e cereais ricos em minerais e fibras que favorecem o trânsito e a flora intestinal. Sem esquecer os legumes saciantes e vitami-nados, perfeitos para manter o tónus muscular. Um cocktail muito interessante para prevenir as doenças que continuam a prevalecer nas socie-dades modernas: cancro, diabetes, doença car-diovascular, depressão, obesidade, etc.

O regime nórdico adota o conceito do “natu-ral”, privilegiando os produtos locais, simples e saborosos e respeitando a natureza. Mas o convívio também tem um papel importante. Durante os longos meses cinzentos e frios do inverno, os escandinavos gostam de convidar e de se reencontrar à volta de uma grande mesa. O prazer de cozinhar, e não de consumir alimentos processados e pré-preparados, alia-do à felicidade da partilha, e não de engolir a comida solitariamente em frente à televisão, são ótimas medidas para manter um bom es-tado de saúde. Inspira-se também em ativida-des relaxantes e dinâmicas vindas do Norte: sauna, ski, snowboard, marcha nórdica, pas-seios na floresta… n

Deixa uma impressão rústica ao primeiro olhar, mas o prato nórdico oferece um vasto leque de sabores e sobretudo excelentes nutrientes, muitas vezes

em défice na nossa alimentação (ómega-3, antioxidantes, etc.).

ESPAÇO SAÚDE & BEM-ESTAR

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Março/Abril 2020 7

Texto: Nair Coelho

O Covid-19 e as crianças

Toda esta situação pode causar stresse nas crianças, fazendo com que algumas manifes-tem ansiedade e alguns medos. De forma a ate-nuar a ansiedade e os medos, podemos apre-sentar-lhes os factos sobre o que já se passou, explicar o que se passa agora e dar-lhes infor-mação clara sobre como reduzir o seu risco de infeção pelo Covid-19 com palavras adaptadas à sua idade, garantindo que as compreendem.

De uma forma tranquilizadora, explique o que pode acontecer (por exemplo, se um familiar e/ou a própria criança se começarem a sentir mal, terão de ir para o hospital durante algum tempo e receber ajuda dos médicos, que os vão ajudar a sentir-se melhor).

As crianças podem responder ao stresse de for-mas diferentes. Por exemplo, podem pedir mais colo; mostrarem-se mais dependentes, ansiosas, agitadas ou zangadas; isolarem-se, terem comportamentos regressivos (ex.: volta-rem a fazer xixi na cama), etc. Responda às reações da criança sendo compreensivo e mostrando apoio, escutando as suas preocu-pações e dando-lhe uma dose extra de aten-ção e carinho.

Procure manter as crianças próximas dos seus pais/familiares e evite, na medida do possí-vel, separá-las dos seus cuidadores. Se a se-paração ocorrer (por exemplo, hospitaliza-ção) garanta que existe um contacto regular (por exemplo, via telefone) e mantenha a criança tranquila e segura. As crianças preci-sam do amor e da atenção dos adultos du-rante períodos difíceis. Dê-lhes mais tempo e atenção.

Lembre-se de escutar o(s) seu(s) filhos, fale com eles com carinho e tranquilize-o(s).

Se possível, crie oportunidades para a criança brincar e relaxar.

Caso não seja suficiente, procurem ajuda pro-fissional. n

Nas últimas semanas, são muitas as informações que nos chegam diariamente sobre o Covid-19, e quem tem crianças em casa, já se apercebeu que é inevitável que as mesmas

as oiçam e se apercebam de que há algo de novo e que preocupa os adultos.

ESPAÇO SOCIEDADE

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Março/Abril 20208

Texto: João Nuno Almeida

Covid-19Tempo para fazer silêncio

e ter esperança

As condições higiénico -sanitárias, não são de todo em todo as mais adequadas e o amontoa-mento de gaiolas onde estão presos os animais, é observável. Foi assim, que surgiu o vírus do momento. Não há certezas da origem específi-ca do virus e a partir de que animal surgiu. Fala--se em morcegos ou pangolins,passando para os humanos, mas o secretismo em que está en-volvida toda esta questão é sepulcral.

O mercado foi mandado fechar pelas autorida-des chinesas, após o drama do vírus ter come-çado a ter consequências na população.

O contágio, como sabemos alastrou a todo o mundo, pois numa sociedade globalizada, com fronteiras abertas, em que há livre circulação de pessoas e bens, permitiu inexoravelmente, o contágio a uma velocidade alucinante. A sinto-matologia, patente no Covid - 19, são febre alta, tosse seca e falta de ar nos casos em que o foco infecioso está revestido de maior gravidade, não sendo obrigatório que se manifestem todos os sintomas apresentados.

Neste momento, os países mais afetados por este vírus, são os Estados Unidos da América, a Itália e Espanha. Portugal até à data, não está

a ser tão afetado como outros países da Euro-pa. O vírus tomou dimensões globais, estando a afetar o nosso mundo, havendo milhares de pessoas infetadas e de pessoas mortas.

Milhões de pessoas em todo o mundo, estão em casa, estando a atividade laboral nos serviços mínimos e essenciais. Tudo isto se reflete na economia, e tudo isto está a gerar uma crise económica, sem precedentes e com consequên-cias imprevísiveis.

Perante tudo isto a atitude deve ser a da espe-rança. Todos os dias acontecem coisas boas, onde o espírito de união e de solidariedade, vem ao de cima: famílias unidas, apoio aos vi-zinhos e amigos, sobretudo às franjas mais desprotegidas, como é o caso das crianças e dos idosos. Não é tudo uma tragédia e uma fatalidade. O silêncio reina sobre a terra, sendo o Homem obrigado a parar. Esta paragem, é um convite à reflexão pessoal sobre toda a nossa vida, para daí se dar o salto para um maior espírito de amor entre todos. Sabemos que virão tempos difíceis, em que todos nos teremos de unir em prol de uma sociedade me-lhor. Portugal e os portugueses, sempre foram um povo solidário e que soube dar a volta a

O assunto da atualidade, é sem sombra de dúvida, o surgimento do Covid-19 (coronavírus). O Covid-19, teve origem em Wuhan, província chinesa de Hubei, num mercado onde se vendem animais de todo o tipo, tanto de origem doméstica como de origem selvagem.

ESPAÇO SOCIEDADE

ESPAÇO SOCIEDADE

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tantas situações difíceis, ao longo da nossa his-tória secular de quase nove séculos de história. Este é o momento de fazer silêncio total, de ajudarmos o nosso próximo, de nos levantar-mos como nação valente e imortal, mostrando

que somos um povo de garra e que não se ver-ga perante a adversidade. Todos juntos, tenha-mos esperança e fé em Deus. Tudo isto vai pas-sar e sairemos mais fortes, construindo uma sociedade melhor. n

ESPAÇO SOCIEDADE

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Março/Abril 202010

Texto: Luís Costa

Páscoa: itinerário

de libertação

Os israelitas estiveram cerca de 400 anos subju-gados aos faraós do Egito. No séc.XIII a.C., no reinado de Ramsés II, Moisés, por intervenção de Deus, e depois de várias peripécias, consegue finalmente libertar o povo de Israel do cativeiro do Egito, e lidera -o em direção à Terra Prometi-da. É o Êxodo. É essa passagem que os judeus celebram na Páscoa, sendo a festa da liberdade. É celebrada sempre no início da Primavera, du-rante 8 dias (este ano ocorre de 8 a 16 de abril – no calendário judaico, de 15 a 22 do mês de Nissan). O sêder, na primeira noite do Pessach, o momento principal, é uma refeição festiva, ri-tual em que se junta a família, se narram os acontecimentos do Êxodo e se come pão ázimo, ervas amargas e outros alimentos, todos com uma simbologia própria, e obedecendo a uma espécie de coreografia realizada em 15 passos. Num dos momentos, a pessoa mais nova, nor-malmente uma criança, faz a pergunta central: «Porque é que esta noite é diferente de todas as outras noites?». É nesse instante que se inicia a leitura da história do Êxodo.

A palavra Páscoa (do hebraico, Pessach) significa passagem. Para os judeus, a Páscoa é a festa que celebra o episódio bíblico

da passagem da escravidão à liberdade.

EFEMÉRIDES

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Março/Abril 2020 11

Para os cristãos, a Páscoa é a celebração do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Trata -se também de uma passagem, a passa-gem da morte para a vida.

Em ambos os casos, a Páscoa implica a noção de liberdade: liberdade negada ao povo de Is-rael durante o cativeiro do Egito, e liberdade negada a Jesus aquando da sua condenação à morte. A liberdade é afirmada e reconquistada no Êxodo dos israelitas em direção à Terra Pro-metida, e na Ressurreição de Jesus, que vence a própria morte.

Na Páscoa, Deus revela -se o Deus da liberdade, que recusa a escravidão e a morte, porque foi para a liberdade e para a vida que Deus criou o homem.

A Ressurreição de Cristo é o acontecimento cen-tral da fé cristã. É um acontecimento que mudou radicalmente a Humanidade. Sem a centralida-de da Ressurreição, a mensagem de Jesus Cristo não passaria de uma mensagem de um homem bom, que tinha umas máximas que até podiam servir como uma bússola para a vida de alguns seguidores.

Jesus Cristo, confundido com um mestre, um ra-bino, um profeta, anda a anunciar coisas estra-nhas para as autoridades religiosas do seu tem-po, mas coisas maravilhosas para as multidões que O seguem. O facto de fazer milagres ao sábado, não seguindo os protocolos da religião judaica, o comer com os pecadores, e sobretu-do, afirmações como, «Eu sou o Caminho, a Ver-dade e a Vida» (Jo 14,6), «Meu filho, os teus pecados te são perdoados» (Mc 2,5), e a pior, o dizer -se Filho de Deus (Jo 10, 22 -38), entendido como uma blasfémia para a religião judaica, levaram -No à prisão, ao Tribunal, à flagelação, à coroação, ao caminho do Calvário, à Cruz, à

morte. Tudo isto acontece com o silêncio de to-dos os que O amavam e O seguiam. Não perce-biam o que estava a acontecer. É verdade que Jesus Cristo tinha dito que ao terceiro dia ressus-citaria (Mt 27,63), mas isso era ininteligível para eles. É com a Ressurreição, com a presença de Jesus glorioso no meio deles, que estes passa-ram a perceber tudo o que tinha acontecido na-queles dias e o propósitos da Sua pregação ao longo daqueles três anos. A Ressurreição abriu--lhes os olhos, retirou -lhes o medo, libertou -os, porque tinham percebido o sentido da vida de Jesus Cristo, e por consequência, o seu próprio sentido.

É no Mistério Pascal que o cristão encontra a sua própria compreensão. n

EFEMÉRIDES

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Março/Abril 202012

A NOSSA MISSÃOTexto: Equipa do Polo de Carregal do Sal

Equipa do polo de Carregal do Sal

O Carnaval é cor, alegria e música, ou seja, engloba -se numa só festa tudo aquilo que as crianças gostam.

Assim, o Ateliê Mãos Unidas não poderia passar esta época em vão, e nos dias 19 e 20 de feverei-ro, realizou atividades alusivas a esta festividade.

As crianças foram confrontadas com dois desa-fios, o de fazer a “Máscara mais Colorida” e o de usar a sua criatividade e imaginação para criar uma “Máscara Única”.

Entre a procura das melhores cores, observou -se um momento de partilha entre as crianças, as me-

sas encheram -se de canecas, lápis e marcadores vindos de cada estojo e não se ouviu um único “Isso é meu!”, ouviam -se apenas trocas de ideais para que todas as máscaras fossem especiais.

Assim, os nossos meninos trabalharam em equi-pa, deixaram de parte a competição e demons-traram que valorizando as capacidades de cada um, todos chegaram ao objetivo pretendido. Todas as máscaras de Índio, apesar de iguais na forma, foram diferentes e originais nas cores e, quando cada um criou a sua, fomos presentea-dos com magníficos desenhos originais e ao gosto de cada um. n

Carnaval no Ateliê Mãos Unidas Centro de Estudos

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Março/Abril 2020 13

A NOSSA MISSÃO

4.º Aniversário Ateliê Mãos Unidas Centro de Estudos

Equipa do Polo de Carregal do Sal

O Ateliê Mãos Unidas | Centro de Estudos, come-morou no dia 18 de março 4 anos de existência e desde então já acompanhou 150 crianças, num total de 366 inscrições.

Tem sido um percurso enriquecedor e gratifican-te para todas nós, que todos os dias, trabalha-mos e lutamos para melhorar a prestação dos nossos serviços, através da aplicação de estra-tégias diferentes e adaptadas a cada criança.

Num mundo onde as novas tecnologias domi-nam a nossa sociedade, a dificuldade em cati-var os alunos para trabalharem a sua criativida-de, convívio e entreajuda é eminente. Todas as crianças precisam de brincar, saber estar e aci-ma de tudo confiar… confiar nos outros e, prin-cipalmente, confiarem em si próprios. Assim, a equipa incide o seu trabalho de forma a poten-ciar estes sentimentos e valores, instruindo a

criança para que acredite em si, nas suas capa-cidades e nos seus valores através do reforço positivo.

A questão que nos rodeia todos os dias é “Qual será a melhor forma de despertar o interesse pelos estudos em cada criança?”

Na verdade, cada criança é única e é no reco-nhecimento dessa singularidade, que reside a capacidade de cada um de nós agir e ajudar no seu crescimento. Portanto, temos de acreditar, elogiar e envolver o aluno no seu processo de aprendizagem pessoal, social e cognitiva. Só as-sim, recebemos aqueles sorrisos e alegria que surgem de uma forma espontânea.

Neste sentido, conseguimos atingir a nossa mis-são com a certeza que estamos a contribuir para a autoconfiança de cada criança, o que se re-flete, consequentemente, no seu seio familiar e escolar. n

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Março/Abril 202014

Texto: Sara Correia

Casos de vidaBalanço do primeiro

trimestre do ano de 2020

Jorge Loureiro: pagamento da renovação do contrato da garrafa de oxigénio

João Sobral: compra de um esquentador e apoio no acesso a bens alimentares

Paulo e Filipe: compra de uma máquina de lavar a roupa, atribuição de cabazes alimentares, pro-dutos de higiene e de suplementos alimentares

Érica Nóbrega: compra de uma almofada de gel e pagamento da instalação de um aparelho contra humidade na habitação

Régis Mendes: atribuição de cabazes alimen-tares e outros bens de primeira necessidade

Duarte Crista: comparticipação de 10 sessões de fisioterapia e 9 de terapia da fala/método Padovan

Gonçalo Teixeira: comparticipação de 44 ses-sões de fisioterapia

José Pedro Martins: apoio na compra de me-dicamentos

Fábio Costa: comparticipação de plano de va-cinação obrigatório de situação pós transplan-te cardíaco

Edna Rodrigues: atribuição de cabazes alimen-tares e outros bens de primeira necessidade, compra de garrafas de gás para aparelho que garante o aquecimento da habitação

Rodrigo Pereira: comparticipação de 23 ses-sões de fisioterapia ao domicílio

Ivo Melo: apoio no acesso a bens alimentares e de primeira necessidade

Jorge com o aparelho de ozonoterapia

Esquentador do João Sobral Entrega de cabazes alimentares

A NOSSA MISSÃO

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Março/Abril 2020 15

Afonso Matos: comparticipação de 10 sessões de fisioterapia e 5 de terapia da fala

Lara Vida: comparticipação de 10 sessões de fisioterapia e 5 de terapia da fala

Matilde Santos: comparticipação de 12 ses-sões de fisioterapia, 6 de terapia da fala e 5 de terapia ocupacional

Santiago Palos: comparticipação de 6 sessões de fisioterapia, 7 de terapia ocupacional e 2 de musicoterapia

Simão Sousa: pagamento do total das despe-sas de funeral

Matilde nas suas terapias

Aparelho contra humidade instalado na habitação da Érica

Érica com almofada de gel

Simão Sousa

O Simão foi uma criança muito especial que vínhamos a acompanhar desde o último trimestre de 2019, através da comparticipação de sessões de fisioterapia que realizava semanalmente no seu domicílio.

Este nosso pequeno anjo, faleceu no pas-sado dia 25 de janeiro e com o valor dos donativos que tão generosamente os nossos benfeitores nos tinham feito che-gar para o ajudar nas suas dificuldades, a Associação Mãos Unidas assegurou o pagamento de todos os encargos com seu funeral.

Com a SUA AJUDA, foi possível honrar com dignidade a memória deste menino.

Recordamos o Simão com enorme sau-dade.

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Março/Abril 202016

Texto: Sara Correia

Casos de vida novos

Fábio Costa

O Fábio é um jovem com 15 anos que muito recentemente teve de ser submetido a um transplante cardíaco.

É o mais velho de quatro irmãos, o mais novo tem apenas 4 meses, e os restantes 8 e 12 anos.

A mãe do Fábio era empregada doméstica e atualmente encontra-se de licença de materni-dade para dar assistência ao irmão mais novo e o pai é neste momento a única fonte segura de rendimento da família.

Após ter sido sujeito a uma cirurgia ao coração, o Fábio permaneceu internado no Serviço de Cardiologia Pediátrica de um Hospital em Lis-boa para realização de um plano de vacinação obrigatório na situação após transplante car-díaco, de forma a evitar o surgimento de outras doenças que pudessem potenciar a rejeição de órgão.

Dada a vulnerabilidade económica desta famí-lia, o Fábio corre o risco de incumprimento te-rapêutico uma vez que, uma única toma desta vacina não comparticipada, tem um valor de 95,05€ e este jovem necessita de duas tomas.

A efetivação da alta hospitalar estava compro-metida com a toma desta injeção e a nossa Associação conseguiu comparticipar na totali-dade a primeira toma, permitindo assim que o Fábio pudesse vir passar o Natal a casa, junto

dos pais e dos irmãos, longe da exposição a uma série de riscos hospitalares.

O Fábio precisa agora do nosso apoio para ga-rantir a próxima toma obrigatória desta vacina e para aliviar os encargos com os vários medi-camentos que tem de tomar e que a família tem imensa dificuldade em conseguir suportar sozinha. n

A NOSSA MISSÃO

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Março/Abril 2020 17

Diogo Souza

O Diogo tem 12 anos e é portador de paralisia cerebral com 95% de incapacidade. Foi aban-donado pela mãe quando ainda era muito pe-queno e estando o pai a trabalhar no estrangei-ro, o Diogo foi entregue aos cuidados da avó, que luta agora para que lhe seja atribuída a tutela do neto.

A avó está desempregada e cuida do Diogo a tempo inteiro. As dificuldades económicas são inúmeras e acresceram nos últimos tempos, de-vido às consequências das últimas tempestades que fizeram voar o telhado da casa onde vivem e afetaram ainda mais a situação de fragilida-de em que esta família já vivia. Com todas as dificuldades que enfrentam, esta família conse-guiu juntar todas as suas economias para con-sertar o telhado da casa.

No que toca ao Diogo, a progressão do seu es-tado de saúde e a sua qualidade de vida estão seriamente comprometidos com a falta de tra-tamentos de fisioterapia que a avó sozinha, não tem meios para conseguir suportar. n

O Fábio e o Diogo precisam de si!

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Março/Abril 202018

A NOSSA MISSÃO

Casos de vida que acompanhamos

Texto: Sara Correia

Afonso MatosSituação de Saúde: 12 anos, portador de paralisia cerebral – tetraparesia com predomínio de hipotonia mais acentuada no hemicorpo esquerdo.Maiores necessidades: Apoio no pagamento de sessões de fisioterapia e te-rapia da fala.

Gonçalo TeixeiraSituação de Saúde: 7 anos, portador de paralisia cerebral, não consegue andar, nem brincar como qualquer outra criança saudável.Maiores necessidades: Apoio no pagamento de sessões de fisioterapia.

Ivo MeloSituação de Saúde: 7 anos, teve já 24 septicemias, foi submetido a 26 cirur-gias e, ficou com sequelas no baço, no fígado e na vesícula derivado das sepcis e do uso prolongado da nutrição parentérica.Maiores necessidades: Apoio na comparticipação de terapias específicas.

Beatriz MorgadoSituação de Saúde: 8 anos, portadora de paralisia cerebral, não consegue andar nem utilizar os braços e as mãos.Maiores necessidades: Apoio no pagamento de terapias e tratamentos intensivos.

Duarte CristaSituação de Saúde: 7 anos, doença rara – Síndrome Lennox Gastaut que lhe afeta toda a parte motora e neurológica, tem epilepsia grave, hipotonia, não consegue segurar a cabeça, não se senta, não fala, não segura nada com as mãos, entre outras limitações.Maiores necessidades: Apoio no pagamento de terapias (terapia da fala, fisioterapia, terapia ocupacional, hidroterapia).

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Março/Abril 2020 19

Quero continuar a Ajudar os Casos de Vida da Associação Mãos Unidas Pe. Damião, pelo que envio o meu donativo de: ______________________ euros (Mencione o valor que quer doar)

Para o(s) Caso(s) de Vida do/a:

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(Indique o nome da criança que quer ajudar)

Dados para recibo:

NOME: _______________________________________

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MORADA: ____________________________________

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LOCALIDADE: _______________________________

CÓDIGO POSTAL: __________-_____

DATA NASCIMENTO: _____/_____ /_____

TEL.: ___________________________________________

NIF: ___________________________________________

EMAIL: ________________________________________

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Pagamento por:

Cheque: endossado à Assoc. Mãos Unidas P. Damião Multibanco: Entidade: 20970; Referência: 555 555 555 Vale Postal Transf. Bancária/IBAN: PT50 0033 0000 0021 7312 9810 5

NOTA: Favor enviar cópia/comprovativo de talão de multibanco e/ou de Transferência Bancária)

João sobralSituação de Saúde: 8 anos, portador de paralisia cerebral, microcefalia e uma incapacidade motora grave, tendo sido operado recentemente às articulações dos membros inferiores.Maiores necessidades: Apoio no paga-mento de sessões de fisioterapia e bens de primeira necessidade.

João TeixeiraSituação de Saúde: 10 anos, portador de paralisia cerebral severa, bilateral es-pástica com desenvolvimento de Síndro-me West (tipo de epilepsia refratária), cifoescoliose muito grave e dificuldade respiratória com aspirações recorrentes e suporte de O2 durante a noite.Maiores necessidades: Apoio na com-participação de terapias específicas.

Jorge loureiroSituação de Saúde: 7 anos, aos 11 me-ses sofreu de uma estenose bilateral das artérias renais e hipertensão arte-rial secundária que lhe afetaram a vi-são, motricidade, rins, coração, bexiga e consequente atrofia medular nos planos C7 e D6. Tem um grau de incapacidade de 80% e não consegue andar.Maiores necessidades: Apoio na com-participação de filtros, sondas e serin-gas, e apoio no pagamento de sessões de fisioterapia e quiroprática.

Luis NevesSituação de Saúde: : 13 anos, portador de paralisia cerebral, recentemente com maiores problemas a nível respiratório.Maiores necessidades: Apoio no paga-mento de sessões de fisioterapia e tera-pia da fala.

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Março/Abril 202020

Marcos FanicoSituação de Saúde: 9 anos, portador de paralisia cerebral com tetraparesia e 100% de incapacidade (encefalopa-tia hipóxico isquémica de grau III), vive numa zona do país onde os apoios são quase inexistentes.Maiores necessidades: Apoio no paga-mento de sessões de fisioterapia intensi-va; Ajudas técnicas: colete postural, ca-deira de rodas, cadeira de alimentação.

Matilde SantosSituação de Saúde: 10 anos, portadora de paralisia cerebral distónica e epilepsia.Maiores necessidades: Apoio na com-participação de terapias específicas e tratamentos intensivos de elevado valor.

Quero continuar a Ajudar os Casos de Vida da Associação Mãos Unidas Pe. Damião, pelo que envio o meu donativo de: ______________________ euros (Mencione o valor que quer doar)

Para o(s) Caso(s) de Vida do/a:

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(Indique o nome da criança que quer ajudar)

Dados para recibo:

NOME: _______________________________________

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MORADA: ____________________________________

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LOCALIDADE: _______________________________

CÓDIGO POSTAL: __________-_____

DATA NASCIMENTO: _____/_____ /_____

TEL.: ___________________________________________

NIF: ___________________________________________

EMAIL: ________________________________________

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Pagamento por:

Cheque: endossado à Assoc. Mãos Unidas P. Damião Multibanco: Entidade: 20970; Referência: 555 555 555 Vale Postal Transf. Bancária/IBAN: PT50 0033 0000 0021 7312 9810 5

NOTA: Favor enviar cópia/comprovativo de talão de multibanco e/ou de Transferência Bancária)

A NOSSA MISSÃO

Rodrigo PereiraSituação de Saúde: 9 anos, portador de paralisia cerebral, tem uma doença pulmonar obstrutiva crónica, contraindo infeções respiratórias recorrentemente.Maiores necessidades: Apoio no paga-mento de sessões de fisioterapia pulmonar de forma a evitar as constantes infeções.

Tiago CoelhoSituação de Saúde: 12 anos, portador de paralisia cerebral.Maiores necessidades: Apoio no paga-mento de sessões de fisioterapia e fre-quência no centro de treino funcional.

Viviane CostaSituação de Saúde: 8 anos, portadora de síndrome de deleção 1p36 e um atra-so psicomotor grave, que se manifesta com falta de autonomia.Maiores necessidades: Apoio na com-participação de umas botas ortopédi-cas, medicamentos específicos, vacinas, algálias e bens de primeira necessidade.

Em tempos que se adivinham tão difíceis, só com a ajuda e união de todos, será possível continuar a assegurar

o apoio a cada uma destas crianças e às suas famílias.

Agora e mais do que nunca, as nossas crianças precisam de si!

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Março/Abril 2020 21

Texto: Sara Correia

Grande heróisO Diogo Almeida, o António Leite e o Fábio Moreira são três jovens portadores de paralisia cerebral e que se encontram impossibilitados de andar.

Embora com patologias diferentes, todos par-tilham a mesma paixão, jogar Boccia!

Com o avançar da idade, o quadro clínico des-tes jovens vai -se agravando, especialmente no que toca às alterações motoras. Caso não exis-ta um investimento na sua estimulação física e cognitiva, o risco de agravamento das deformi-dades inerentes às suas patologias é enorme.

Estes três jovens, que dependem inteiramente do apoio de uma terceira pessoa para a realização das suas atividades de vida diária, passam a maior parte dos seus dias na CERCI Lamas.

É através desta Instituição que estão integrados na modalidade desportiva de Boccia, fazendo parte da equipa de jogadores federados. No entanto, estes jovens provêem de famílias mui-to vulneráveis, que não têm capacidade finan-ceira para suportar os gastos associados à pra-tica desta modalidade.

Para que possam continuar a participar em jo-gos oficiais e em provas de campeonato nacio-nal, estes três atletas precisam da nossa ajuda.

Una -se a nós e ajude -nos a apadrinhar estes três jovens, permitindo que voem mais alto nos seus sonhos e lhes possam ser garantidas todas as condições necessárias para continuarem a competir a nível nacional. n

António Leite Diogo Almeida Fábio Moreira

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Março/Abril 202022

Texto: Lúcia Melo

Testemunho de uma mãe…

Se há uns anos atrás me dissessem que a minha vida ia dar uma volta de 180 graus eu dizia que era mentira, que ia ter um filho deficiente e doente crónico muito grave e que eu iria deixar para trás toda a minha vida profissional e pes-soal, que ia aprender À FORÇA termos, condi-ções e técnicas médicas, também os iria achar uns loucos...

O Ivo nasceu em 2012, depois de uma gravidez de alto risco e muito vigiada, com uma cirurgia inclusive pelo meio.

Nasceu prematuro extremo, com 26 semanas de gestação, mas com uma força e vontade de viver sobre-humana. Desde esse dia tem lutado

bravamente, tanto pela sobrevivência, como pela mobilidade e autonomia.

Ficou ligado ao ventilador 61 dias, foi operado 29 vezes, teve 24 septicemias e 2 tromboses ve-nosas profundas. Tem paralisia cerebral, epilep-sia, displasia pulmonar, ambliopia profunda do olho direito, disfunção plaquetária, insuficiên-cia intestinal com dismotilidade muito grave. Sobrevive graças a nutrição parentérica admi-nistrada por um cateter central, qualquer me-dicação é exclusivamente endovenosa, tem uma ileostomia, uma colostomia e uma gastros-tomia. As três estomias são para descompres-são devido à ausência de motilidade gastrintes-

A NOSSA MISSÃO

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Março/Abril 2020 23

tinal, que causa estase de conteúdos, gástricos e intestinais.

Como família tivemos de aprender e adaptar-mo-nos a esta nova realidade, mas não tem sido fácil. Imaginem ter de fazer um penso de cateter central, trocar um saco ou placa de es-tima com o intestino de fora, ter de aspirar se-creções ou colocar uma sonda nasogástrica, isto tudo, a um FILHO.

Temos lutado e trabalhado muito pela melhoria de qualidade de vida do Ivo, e muitas vezes sem saber, ter ou poder.

A Associação Mãos Unidas tem-nos ajudado em momentos pontuais nos últimos tempos, entre eles o pagamento de diversas terapias muito dispendiosas, com cabazes alimentares e até com uma palavra e ombro amigo. Tenho de res-salvar o trabalho da Assistente Social Sara nos

últimos meses, e agradecer, por ouvir-nos sem-pre e tentar sempre ajudar o mais que pode, não só a nós como a várias famílias que conhe-ço e sei que acompanham e ajudam.

É graças a este tipo de instituições como a As-sociação Mãos Unidas que a nossa vida e bata-lha se torna menos difícil. Serei eternamente grata pelo excelente trabalho que têm feito por todos nós.

Por último, quero agradecer muito a todos os leitores e parceiros que através do jornal da As-sociação nos têm ajudado, que Deus vos retri-bua a dobrar é o meu maior desejo.

Quando falta saúde, falta tudo, mas com o apoio de todos os que nos acompanham e apoiam, temos e VAMOS conseguir.

Um gigante abraço a todos. n

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Março/Abril 202024

Texto: Sara Correia

Ação social: casos de sucesso

O Amândio é um dos vários rostos de alguém que viveu preso à dependência do consumo de drogas.

Abandonado pelo pai, cresceu e morou com a mãe até ao dia da sua perda, altura em que passou a viver entregue a si próprio.

Dias, meses e anos a diambular pelas ruas, abandonado à sua própria sorte, vítima de vio-lência, de maus tratos e de fome. Descobriu o mundo da vida na rua, a luta diária de um sem--abrigo pela sobrevivência.

Portador de HIV/SIDA, sem um plano de trata-mento adequado a seguir, o organismo foi fi-cando cada vez mais fraco e o Amândio foi per-dendo algumas das suas capacidades físicas e cognitivas.

Foi num período de chuvas fortes, temperaturas muito baixas, exposto ao frio e ao gelo, sozinho e desprotegido num banco de jardim, que de-cidiu pedir ajuda e procurar um novo rumo.

Aceitou a primeira oportunidade de ilusoria-mente ganhar o conforto de um teto, e com os seus poucos recursos financeiros, mudou -se para casa de um amigo acumulador de lixo, acertando o pagamento de uma renda para usufruir de um pequeno quarto, sem quaisquer condições de higiene e salubridade. Foi assim que conhecemos o Amândio (ver foto na página seguinte).

“Tenho fome e sinto falta de higiene, quero muito um banho” – foi uma das primeiras frases que nos disse. Entre viagens para o acompa-nhar até ao balneário público mais próximo, a roupas lavadas e refeições quentes, tudo fize-mos para garantir a dignidade mínima a este homem.

Em dezembro de 2017 é colocado fora de casa pelo proprietário do quarto onde permanecia até então, e é assim que debilitado e extrema-mente vulnerável, dá entrada nas urgências de um Hospital, de onde só vem a sair cerca de um ano depois. A equipa da Associação Mãos Unidas, em articulação com o Hospital acionou todos os meios para o impossibilitar de regres-sar à vida passada, procurando proporcionar--lhe todas as garantias possíveis de um futuro melhor.

A NOSSA MISSÃO

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Março/Abril 2020 25

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Janeiro/Fevereiro 202026

Mãos sempre unidas

Na droga tu estás Quer para onde vás Levas sempre a droga atrás As ressacas são más...

Horas no vício são perdidas Não encontras saídas Eis que surge as mãos unidas...

Vives na rua pobre A fome, a chuva e o frio é quem te cobre Por pesadelos as tuas esperanças são perseguidas E eis que o teu destino descobre as mãos unidas...

És uma criança amargurada Pelos pais abandonada Convives com as tuas sociais feridas Para sará-las, existem as mãos unidas...

Com o padre Damião e Jesus Cristo aparece o milagre imprevisto!

Nicha Poeta 08 -02 -2020

Mãos Unidas

Amor à vida É o lema das Mãos Unidas Cada alma perdida Por elas são socorridas…

Pelo sistema esquecidos Pelos homens incompreendidos Frágeis e inativos Pela doença e fome cativos

São rotulados de vagabundos E vivem em desespero nos seus mundos Já não lhes importa a hora nem os segundos São tratados como cães imundos…

As Mãos Unidas Ajudam a curar os traumas e as feridas Pelo Padre Damião foram concebidas Para acolher as causas perdidas!

Nicha Poeta 21 -01 -2020

Sem critérios que o enquadrassem dentro de algum dos vários tipos de respostas sociais existentes no nosso país, Amândio foi perma-necendo num quarto do Hospital à espera de uma solução quase que milagrosa para o seu caso.

Em Maio de 2018 é -lhe concedida a tão dese-jada alta social e Amândio é integrado numa Unidade de Cuidados de Longa Duração onde passa a viver e a receber todos os cuidados ne-cessários e inicia toda a terapêutica recomen-dada, nomeadamente a nível da sua recupera-ção motora.

Hoje o “Nicha”, nome artístico e como gosta de ser chamado, adquiriu novos hábitos, tanto de

higiene, como de alimentação e está visivel-mente mais forte e recuperado. Dedica os seus dias à grande paixão da sua vida, a poesia. Es-creve os seus poemas e procura aperfeiçoar o dom com que nasceu.

No passado dia 6 de Março, aquele rosto, ou-trora esquecido e ignorado por tantos, comple-tou 49 anos, num ambiente repleto de carinho e atenção, com direito a uma exposição dedi-cada à sua vida e às suas obras poéticas.

Amândio é o exemplo de sucesso e superação de um ex sem -abrigo, que aceitou segurar as mãos que o quiseram salvar de um destino que o quis atraiçoar. n

A NOSSA MISSÃO

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Março/Abril 2020 27

Texto: Segundo Furriel, Polícia Aérea, Carina Barbosa

Uma militar missionária…

Chamo -me Carina Barbo-sa, nascida na cidade de Lisboa, a 21 de Abril de 1995, 24 anos.

Fui criada no bairro de Chelas, sou a mais velha de cinco irmãos e a se-gunda de treze netos. Desde muito cedo, foi--me imposta muita res-

ponsabilidade, por ser a filha mais velha. Tive de aprender a liderar, a ajudar os mais peque-nos, a incentivar/motivar e a compreender tan-to o lado adulto como o lado infantil. Não foi nada fácil para mim ter de desempenhar este papel, pois vi -me privada da minha liberdade de ser criança com a enorme carga de tarefas que tinha sobre mim.

Hoje sou uma jovem autónoma, determinada, corajosa, dedicada e capaz de ultrapassar qualquer desafio.

Gosto de aventuras, viajar e tive a sorte de fazer parte de um grupo de jovens através do qual conheci o mundo fora da minha cidade e do meu país. Gosto de cantar, interpretar, dançar livremente numa pista de dança e de tocar guitarra. Gosto de crianças, de fazer amizades e de conhecer as experiências de outras pessoas, de fazer voluntariado e de partilhar com os outros tudo aquilo que tenho de melhor.

Desde nova que tive vários sonhos que gostava de realizar. Um deles era ser militar para poder integrar -me em missões e poder assim ajudar todas as vítimas que perderam os seus familia-res e que passam fome e necessidades, por causa das guerras. Também tive outros sonhos, como ser Missionária da Caridade para poder ajudar as famílias de todo o mundo, ir ao en-contro dos “mais pobres dos pobres” ou ser pro-fessora para poder transmitir tudo aquilo que me foi ensinado de coração aberto e poder mi-mar todas as crianças, principalmente aquelas que não tinham amor nos seus lares. Também sonhei em ser bailarina e comprovar que mes-mo tendo uma vida difícil, podemos sorrir. Ser médica para ajudar os feridos ou psicóloga para ajudar as pessoas a se compreenderem melhor.

Todos estes sonhos que passaram por mim ti-nham o mesmo objetivo comum – ajudar o pró-ximo. O desejo de poder mostrar que, não é por sermos crianças de um bairro social que temos de seguir o estereótipo estilo de vida a que nos associam ou como a maioria da sociedade as-sim nos vê. Procurei ir atrás dos meus sonhos, fazendo sempre o meu melhor para atingir o que tanto desejava. Porém, nem sempre foi fá-cil ou como nós gostaríamos. Os obstáculos, os desgostos, as frustrações e até a própria socie-dade da qual fazemos parte, foram trazendo entraves e deixando várias pedras no meu ca-minho, mas hoje tenho a plena convicção que

TESTEMUNHO

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Janeiro/Fevereiro 202028

tudo isso só serviu para me ajudar a amadure-cer e a tornar -me numa pessoa melhor.

Missionárias da Caridade, fiéis seguidoras da Madre Teresa de Calcutá: cresci com os seus ensinamentos e não sendo freira, sinto -me uma missionária de coração e alma (orgulho-sa e agradecida). Depois de ter terminado o meu percurso na catequese, dos 4 aos 16 anos, senti que não era suficiente para mim, e então pedi às Irmãs para me integrarem como monitora nas colónias de férias, que são rea-lizadas todos os anos no verão, com as crian-ças do bairro, e nas quais também participei quando era criança. Estas colónias são sempre dinamizadas por um grupo de 10 jovens volun-tários vindos de Espanha e eu juntei -me a eles

para servir como tradutora. Estes voluntários marcaram o meu percurso de vida e lembro--me de sempre dizer: “um dia, quero ser como os espanhóis, cantar, dançar e animar as crianças que não são felizes nas suas casas”. A cada ano que passa, o meu coração enri-quece, são 10 novas amizades, 10 experiên-cias de vida para partilhar e 10 novas vonta-des de ajudar o próximo. E aqui estou eu, com o coração a transbordar de amor e gratidão e a fazer os possíveis por participar em todas as atividades que vão surgindo, de guitarra na mão e rodeada dos meus meninos.

Neste momento, estou a realizar, talvez de to-dos, o maior sonho de pequena, ser militar.

Estou na Força Aérea e desta nova aventura te-nho retirado várias lições importantes de vida, como a de aprender que também tenho de fa-zer por mim, descobrir a importância de lutar por aquilo que sou ou tenciono me tornar, e que para amar/ajudar os outros tenho também que ter amor próprio. CAMARADAGEM – palavra mui-to sublinhada e praticada no meu dia -a -dia de tropa, onde aprendemos que a solução para as dificuldades não passa por fazer pelo outro ou sacrificar -se por aquele que não sabe, mas sim, ensiná -lo, encorajá -lo, motivá -lo e fazer em conjunto com ele, tornando -nos assim melhores militares e melhores pessoas.

Sei que não posso ser a mulher maravilha e sal-var o mundo, mas sei que se partilhar tudo aquilo que também me foi dado, estarei a con-tribuir para um futuro melhor.

E porque não, ser militar, aplicando tudo aquilo em que me tornei e todos os ensinamentos que recebi até hoje? Uma militar missionária... pa-rece ser a minha onda!

“Flutuat nec mergitur”

TESTEMUNHO

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Março/Abril 2020 29

Missas e Terçosonline e na televisão

Também face ao Estado de Emergência decre-tado no dia 18 de Março no nosso país, todas as celebrações religiosas católicas presenciais fo-ram suspensas, podendo, em alternativa, seguir as suas transmissões online ou pela televisão:

1 Missa na televisão Portuguesa – Podemos assistir à Eucaristia Dominical às 10h30 na RTP ou às 11h00 na TVI;

2 Vespertina (Sábado) – Podemos assistir à Eucaristia Vespertina às 19h00 (NOS – Canal 186 e MEO – Canal 182);

3 Terço (diariamente) – Todos os dias, através da Rádio Renascença às 18h30 (rádio FM:103.4) ou através do canal da TV Canção Nova;

4 Missa diária com o Papa Francisco – Pode-mos assistir diariamente às 06h00 (em Por-tugal) a Missa na Capela de Santa Marta, através do canal do Youtube do Vaticano.

ESPAÇO CULTURAL

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Março/Abril 202030

ESPAÇO CULTURALTexto: Equipa do Polo de Carregal do Sal

Visitas virtuaisa museus portugueses

Mesmo que nada supere uma ida real aos mu-seus, esta nova era digital permite-nos fazer in-críveis visitas virtuais.

Seguindo as orientações da Direção Geral de Saú-de, no sentido de nos mantermos em casa de forma a evitar um maior risco de contágio, muitas foram as sugestões nacionais para conhecermos e usufruirmos da cultura sem ter de sair de casa.

Neste tempo de novas tecnologias, várias são as opções que temos para viajar através do nosso

ecrã. E nesta fase, muitas foram as entidades que nos privilegiaram com visitas virtuais, no-meadamente a Museus Nacionais, para nos aju-dar a cumprir o isolamento profilático que nos foi pedido pela DGS, sem ficarmos com a abs-tenção desta área que tanto nos enriquece, a Cultura, Arte e Espetáculos.

Descobrimos e deixamos aos nossos leitores al-gumas sugestões para que possam “viajar no tempo e no espaço” através do seu ecrã:

1 Museu Natural de História Nacional e da Ciência https://museus.ulisboa.pt/pt-pt/visita-virtual

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Março/Abril 2020 31

2 Museu Calouste Gulbenkian https://gulbenkian.pt/museu/colecoes/visita-virtual/

5 Palácio Nacional de Mafra https://artsandculture.google.com/partner/mafra-national-palace

4 Museu de São Roque https://artsandculture.google.com/partner/museu-de-s%C3%A3o-roque

3 Museu Nacional dos Coches https://my.matterport.com/show/?m=crADZwGeEXF

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SEJA SOLIDÁRIO. AJUDE-NOS A CONSTRUIR UM MUNDO MAIS FELIZ!

O SEU GESTO FAZ TODA A DIFERENÇA!

CONSIGNAÇÃO0,5% IRS

Sabia que pode ajudar a Associação Mãos Unidas Pe. Damião sem qualquer custo?

Como? Simples!Basta preencher no quadro 11 do Modelo 3 o campo 1101 do anexo H com um [X]

e inserir o número de contribuinte da Associação Mãos Unidas Pe. Damião 504 072 722.Deve também assinalar com outro [X] o campo IRS que se encontra ao lado

ASSOCIAÇÃO MÃOS UNIDAS P. DAMIÃO • PORTUGALRua Sarmento de Beires, 19A – 1º, 1900-410 LISBOA

Tel.: 213 515 720 | E-mail: [email protected] | Site: www.maos-unidas.ptPT50 0033 0000 0021 7312 9810 5 Millenium