LÁGRIMAS - UFMGSó restaram minhas lágrimas Eu deixei escapar, eu não fui forte como queria Perdi...

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31 | 3586 2511 www.teiadetextos.com.br www.ufmg.br/ciencianoar [email protected] Aqui você vai encontrar importantes informações do curioso mundo da Ciência. Contamos com sua ajuda para conservar este texto, que também está disponível em nosso site. 11| 5ª etapa teia de textos LÁGRIMAS Só restaram minhas lágrimas Eu deixei escapar, eu não fui forte como queria Perdi o pouco que nha E agora eu só quero esquecer o que me fez chorar. Lipsck As lágrimas aparecem nas letras de muitos ritmos musicais como samba, sertanejo, jazz ou rock´n roll. Sejam de sofrimento ou alegria, as lágrimas citadas nessas músicas são pracamente as mesmas que você derrama quando está cortando cebola ou quando cai um cisco no seu olho. Elas não passam de gonhas produzidas pelas glândulas lacrimais nas pálpebras superiores do olho humano e são formadas por sais minerais, proteínas e gorduras. Mas as lágrimas emocionais são as que mais intrigam os cienstas, pois elas não trazem nenhum benecio especial para a córnea ou para a supercie ocular. Por que, então, o olho, movado por uma emoção qualquer, produz uma secreção? A hipótese mais aceita é que o choro tenha surgido antes da linguagem falada. O choro teria a mesma função dos recursos faciais, como os movimentos musculares de levantar a sobrancelha ou de morder os lábios para revelar estados de curiosidade, surpresa ou medo. E as pessoas ulizam muito o choro como recurso para expressar suas emoções. Uma pesquisa realizada com mais de 1.100 episódios de choro entre jovens universitários levou a algumas conclusões. Dentre elas, descobriu-se que as garotas choram aproximadamente três vezes na semana e os rapazes, duas vezes. Os pesquisadores também concluíram que sextas-feiras e sábados são dias especiais para o choro, dias em que as relações interpessoais são mais intensas. A choradeira também é mais comum à noite, quando as pessoas saem do trabalho, encontram a família, veem os namorados e mergulham em sua vida pessoal. Choro serve para lavar os olhos, mas às vezes lava a alma também. Texto originalmente escrito por Michelle de Melo para o programa Ritmos da ciência, da Rádio UFMG Educava FM 104,5 e adaptado por Joyce Padilha de Melo. Projeto realizado com o apoio do PROEXT 2011 - MEC/SESu.

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Aqui você vai encontrar importantes informações do curioso mundo da Ciência. Contamos com sua ajuda para conservar este texto, que também está disponível em nosso site.

11| 5ª etapa

teia de textos

LÁGRIMASSó restaram minhas lágrimas

Eu deixei escapar, eu não fui forte como queria Perdi o pouco que tinha

E agora eu só quero esquecer o que me fez chorar.Lipstick

As lágrimas aparecem nas letras de muitos ritmos musicais como samba, sertanejo, jazz ou rock´n roll. Sejam de sofrimento ou alegria, as lágrimas citadas nessas músicas são praticamente as mesmas que você derrama quando está cortando cebola ou quando cai um cisco no seu olho. Elas não passam de gotinhas produzidas pelas glândulas lacrimais nas pálpebras superiores do olho humano e são formadas por sais minerais, proteínas e gorduras.

Mas as lágrimas emocionais são as que mais intrigam os cientistas, pois elas não trazem nenhum benefício especial para a córnea ou para a superfície ocular. Por que, então, o olho, motivado por uma emoção qualquer, produz uma secreção?

A hipótese mais aceita é que o choro tenha surgido antes da linguagem falada. O choro teria a mesma função dos recursos faciais, como os movimentos musculares de levantar a sobrancelha ou de morder os lábios para revelar estados de curiosidade, surpresa ou medo.

E as pessoas utilizam muito o choro como recurso para expressar suas emoções. Uma pesquisa realizada com mais de 1.100 episódios de choro entre jovens universitários levou a algumas conclusões. Dentre elas, descobriu-se que as garotas choram aproximadamente três vezes na semana e os rapazes, duas vezes.

Os pesquisadores também concluíram que sextas-feiras e sábados são dias especiais para o choro, dias em que as relações interpessoais são mais intensas. A choradeira também é mais comum à noite, quando as pessoas saem do trabalho, encontram a família, veem os namorados e mergulham em sua vida pessoal. Choro serve para lavar os olhos, mas às vezes lava a alma também.

Texto originalmente escrito por Michelle de Melo para o programa Ritmos da ciência, da Rádio UFMG Educativa FM 104,5 e adaptado por Joyce Padilha de Melo.

Projeto realizado com o apoio do PROEXT 2011 - MEC/SESu.