LHO REGIÃO GRÃO MOGOL · 2015-10-28 · O banco de dados do MTE disponibiliza registros de perfil...

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Página 1 bb Ano de Referência RAIS/MTE 2012 OBSERVATÓRIO DO TRABALHO BOLETIM – Ano Referência RAIS/MTE 2012 MICRORREGIÃO GRÃO MOGOL

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Referência

RAIS/MTE 2012

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Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

SUMÁRIO

O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO ..................................................................................... 3

1 A MICRORREGIÃO DE GRÃO MOGOL ................................................................................................... 4

1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................................. 4

1.2 ANÁLISE ECONÔMICA ....................................................................................................................... 6

2 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO ................................................................................................ 7

2.1 Análise dos Estabelecimentos ....................................................................................................... 7

2.2 Os Vínculos: Por Município, Faixa Etária e Escolaridade ............................................................... 8

2.3 Análise de Remuneração ............................................................................................................. 10

2.4 Tempo de Emprego ..................................................................................................................... 11

3 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS.................................................................................................. 12

3.1 Botumirim ................................................................................................................................... 12

3.2 Cristália ....................................................................................................................... ...............13

3.3 Grão Mogol ................................................................................................................................ 14

3.4 Itacambira ...................................................................................................................................15

3.5 Josenópolis ..................................................................................................................................16

3.6 Padre Carvalho ...........................................................................................................................17

4 A MICRORREGIÃO versus MESORREGIÃO .......................................................................................... 21

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O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO

O presente Boletim do Observatório do Trabalho no Norte de Minas surgiu como

resultado de um projeto de pesquisa coordenado pelo Professor Doutor Roney Versiani

Sindeaux e co-coordenado pela Professora Mestre Simone Viana Duarte, ambos da

Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.

O projeto de pesquisa denominado Observatório do Trabalho no Norte de Minas é

executado pelos professores supracitados juntamente com acadêmicos bolsistas e voluntários,

no Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração (GEPAD). Entre seus objetivos busca-se

identificar a situação do mercado de trabalho no Norte de Minas, tendo como base os anos

2011/2012 e a partir de então, um acompanhamento que possibilite aos gestores públicos da

região uma melhor orientação acerca de políticas públicas voltadas para capacitação de mão-

de-obra, incentivo a determinados setores da economia e vislumbre oportunidades para se

empreender.

No âmbito do mercado de trabalho, o foco a ser abordado é conforme o

entendimento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2010) nas relações de emprego,

estabelecidas sempre que ocorre trabalho remunerado. São consideradas como vínculos as

relações de trabalho dos celetistas, dos estatutários, dos vínculos regidos por contratos

temporários, por prazo determinado, e dos empregados avulsos, quando contratados por

sindicatos. O número de empregos em determinado período de referência corresponde ao total

de vínculos empregatícios efetivados, assim o número de empregos difere do número de

pessoas empregadas, uma vez que o indivíduo pode estar acumulando, na data de referência,

mais de um emprego.

O banco de dados do MTE disponibiliza registros de perfil dos empregados e dos

estabelecimentos empregadores em uma série histórica. A proposta é transformar dados em

informações úteis para o tomador de decisões público e privado interessado. A opção é pelo

mercado formal mesmo que com registros incompletos, pela possibilidade de trabalhar com

dados confiáveis.

É com vistas a estes propósitos e com base nos dados disponibilizados pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, relacionado com outras fontes como Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Índice

Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), dentre outros, que as análises são realizadas.

Por fim, expressamos o desejo que este BOLETIM seja de utilidade pública e que

constitua para os leitores fonte de reflexão, crítica, entendimento e orientação prática sobre o

mercado de trabalho no Norte de Minas.

Boa leitura.

Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração

GEPAD

Montes Claros/MG, julho de 2014

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

1 MICRORREGIÃO DE GRÃO MOGOL

1.1 Características gerais

O Estado de Minas Gerais é composto hoje por cerca de doze mesorregiões e

sessenta e seis microrregiões. Uma das mesorregiões, localizada ao norte do Estado refere-se

ao Norte de Minas, composta por sete microrregiões, sendo uma delas a de Grão Mogol.

A microrregião de Grão Mogol está dividida em seis municípios: Botumirim, Cristália,

Grão Mogol, Itacambira, Josenópolis e Padre Carvalho. Possui uma população estimada para

2011 em 42.826 habitantes e área total de 9.071 Km² (IBGE, 2011). O GRÁF. 1 mostra a

evolução populacional durante os anos.

Os dados referentes à região apontam expectativa de vida da população de 72,36

anos; taxa de fecundidade de 2,64 por mulher (em período reprodutivo, entre 15 e 49 anos) e

mortalidade infantil de 19,73 por cada mil habitantes (ATLAS, 2013).

A taxa de analfabetismo da população de 25 anos ou mais de idade é de 29,36%, e

o percentual da população de 6 a 17 anos de idade frequentando o ensino básico que não tem

atraso idade-série, em torno de 59,74%. A taxa de frequência bruta ao ensino superior é de

9,58% (se levado em consideração o número total de pessoas de qualquer idade frequentando

o ensino superior e a população na faixa etária de 18 a 24 anos).

Em termos de renda e distribuição social, a microrregião apresenta os seguintes

dados:

- Renda per capita média - R$253,56;

- Renda domiciliar per capita máxima do 1º quinto mais pobre - R$79,07;

- Renda domiciliar per capita máxima do 2º quinto mais pobre - R$152,67;

- Renda domiciliar per capita máxima do 3º quinto mais pobre - R$224,42;

- Renda domiciliar per capita máxima do 4º quinto mais pobre - R$361,15;

- Renda domiciliar per capita mínima do décimo mais rico - R$521,11.

Quando analisados os índices de distribuição de renda e pobreza, no ano de 2010,

percebe-se que a microrregião tem um Índice de Gini médio de 0,47. O Índice de Gini,

segundo o Atlas (2013), mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos

segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a

renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a

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desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda). A proporção de

extremamente pobres é de 18,15%, a proporção de pobres é de 37,83% e a proporção de

vulneráveis à pobreza de 65,79% do total da população da microrregião.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio da microrregião é de

0,597; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Educação é de

0,488; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Longevidade é de

0,789; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Renda é de 0,554.

GRÁFICO 1

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Fonte de dados IMRS (2011) dados de 2000 a 2010. Estimativa de 2011* (IBGE, 2011)

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1.2 Análise econômica

GRÁFICO 2

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2011)

GRÁFICO 3

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE(2011)

Os GRÁF. 2 e 3 mostram as variações entre municípios com maior e menor PIB nesta

microrregião e a representatividade por município, com destaque no período, para Grão

Mogol distanciado dos demais municípios da micro.

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2 ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO

2.1 Análise dos Estabelecimentos

Segundo dados da RAIS/MTE (2012) a microrregião de Grão Mogol apresenta no

ano de 2012 aproximadamente 87% dos seus estabelecimentos do tipo micro empresa (até 9

vínculos) em um total de 279 estabelecimentos. A composição dos setores na microrregião

por grande setor tem com maior número de estabelecimentos o comércio (42,65%), seguido

por serviços 31,54%) e agricultura (17,20%). Os setores indústria e construção apresentam o

menor número de estabelecimentos na microrregião, ambos com 4,30%. Observa-se também

um decréscimo de 3,13% no número de estabelecimentos se comparado 2012 ao ano de 2011.

Os subsetores a apresentam a maior parte dos estabelecimentos com até dez vínculos, salvo o

subsetor Administração Pública que apresenta 50% dos estabelecimentos com mais de 100

vínculos.

A microrregião de Grão Mogol tem a distribuição dos estabelecimentos bem

concentrada no município de Grão Mogol (49,10%). Os demais municípios apresentam uma

variação de participação, oscilando entre 6,81% e 12,90%.

Ao analisar a dinâmica dos estabelecimentos por município, percebe-se que a

maioria dos municípios segue a lógica de, cerca de 87% dos estabelecimentos com até dez

vínculos, 8% com até cem vínculos, e um valor percentual residual de estabelecimentos com

mais de cem vínculos. Verifica-se ainda, que 17,56% dos estabelecimentos da microrregião de

Grão Mogol não possuem empregados, e que não há nenhum estabelecimento com mais de

999 empregados.

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2.2 Os Vínculos: Por Município, Faixa Etária e Escolaridade

Segundo dados da RAIS/MTE, a distribuição dos vínculos por município na

microrregião apresenta-se em 2012, concentrada em três municípios que, juntos, são

responsáveis por quase 76% dos vínculos. Sendo estes, Grão Mogol (42,10%), Padre

Carvalho (16,91%) e Itacambira (16,59%). Observa-se ainda que, o município de Josenópolis

apresenta o menor percentual de participação, sendo responsável por cerca de 6,46% do total

de vínculos existentes na microrregião. Entretanto, cada um dos demais municípios possuem

um percentual de participação inferior a 10%.

Analisada a distribuição dos vínculos por tamanho de estabelecimento, observa-se

na microrregião a concentração de vínculos nas grandes empresas. As empresas com

quantidade entre 100 e 249 vínculos são responsáveis por 35,65%, logo após vem aquelas

com 500 a 999 vínculos representando cerca de 26,43%, em seguida com 250 a 499 vínculos

responsáveis por 15,31% do total da microrregião; do outro lado, as empresas com até quatro

vínculos são responsáveis por 5,54% e as com até nove vínculos responsáveis por 2,78%.

Observa-se ainda, que não há, na microrregião de Grão Mogol, estabelecimentos com mais de

999 vínculos. Ressalta-se, portanto, a interferência da Administração Pública, sendo este

subsetor o grande responsável pelo alto número de vínculos em grandes empresas, aquelas

com mais de 250 vínculos empregatícios.

Em termos de características dos vínculos, a microrregião de Grão Mogol

apresenta 65,75% dos seus vínculos trabalhistas relativos às pessoas do sexo masculino frente

aos 34,25% do sexo feminino. Observa-se ainda, que quanto à faixa etária, a maior

concentração de vínculos está nas faixas etárias entre 25 e 49 anos, com destaque entre 30 e

39 anos (32,15%). Percebe-se a existência de apenas dois vínculos de trabalhadores com

menos de dezoito anos na microrregião. Quanto à faixa etária acima dos sessenta e cinco anos,

observa-se participação irrisória, com pouco mais de 0,54% de participação. As faixas com

maior participação são a de 30 a 39 anos (32,15%), a de 40 a 49 anos (22,49%), a de 25 a 29

(18,13%) e seguidas pela de 18 a 24 anos (16,21%) e pela de 50 a 64 anos (10,44%).

A microrregião de Grão Mogol apresenta ainda, segundo os níveis de

escolaridade, uma perspectiva de baixa escolaridade, ao ter um percentual alto dos vínculos

(65,67%) sem ter o ensino médio completo, apresenta um irrisório avanço em 2012 frente à

2011, quando tinha mais de 67,46% sem ensino médio completo. Observa-se ainda, que a

maior parte dos vínculos apresenta ensino médio completo (27,21%), e que um percentual

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mínimo extrapolou esse nível de escolaridade (7,12%), sendo que 5,60% apresenta ensino

superior completo e o percentual residual apresenta formação superior incompleta ou em

curso.

Quando analisadas as participações percentuais por sexo na microrregião,

observa-se um quase equilíbrio entre vínculos relacionados aos homens (65,75%) e às

mulheres (34,25%). Em contrapartida, Josenópolis é o único que apresenta uma quantidade

superior de vínculos do sexo feminino, cerca de 52,94% do total do município.

Analisados os aspectos de escolaridade por sexo na microrregião, percebe-se que

os vínculos relacionados às mulheres apresentam uma escolaridade superior. Conquanto para

os homens, com escolaridade superior ao ensino médio é de exatos 3,01%, já em relação às

mulheres, esse percentual ultrapassa os 15%. Mesmo o "ensino médio completo" apresenta

uma maior participação do sexo feminino (35,57%) em relação ao sexo masculino (22,85%).

Observa-se ainda a participação relevante que os níveis de ensino "fundamental incompleto" e

"até 5ª série incompleta" apresentam para os vínculos de sexo masculino, com 14,67% e

19,81% de participação, respectivamente.

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2.3 Análise de Remuneração

A microrregião de Grão Mogol apresenta a remuneração dos vínculos trabalhistas

fortemente concentrados nas faixas de menor valor. Observa-se que 10,60% dos vínculos

apresentam remuneração média de até um salário mínimo (diminuição de 0,27% em 2012

frente à 2011), outros 52,16% entre um salário mínimo a um e meio (diminuição de 0,65%

frente à 2011), 22,19% entre um e meio e dois salários mínimos, e 9,64% entre dois e três

(aumento de 1,41% e diminuição de 0,80, respectivamente, em 2012 frente à 2011). Os

outros 4,08% residuais distribuem-se em demais faixas com remuneração até o valor superior

a vinte salários mínimos, sendo essas últimas faixas com percentuais inferiores a 1,5% do

total de vínculos.

Analisada a remuneração em cada um dos grandes setores, observa-se que em

todos os setores, a faixa salarial que apresenta o maior número de vínculos é a de um salário

mínimo até um salário mínimo e meio. É perceptível ainda a concentração de vínculos nas

três primeiras faixas nos seguintes setores: indústria (77,39% - diminuição de 4,39% em 2012

frente à 2011), construção civil (81,82% - aumento de 9,60% frente à 2011), comércio

(83,61% - diminuição de 6,68% em 2012 frente à 2011) e agropecuária (63,06%). O setor de

serviços apresenta uma distribuição mais concentrada, com percentuais significativos nas

faixas entre um salário mínimo até dois salários, 51,09% e 21,98%, em 2011 e 2012,

respectivamente.

Uma análise da microrregião de Grão Mogol, permite visualizar a concentração de

cerca de 94,60% do total de vínculos nas faixas salariais de meio a três salários mínimos. Essa

análise geral é confirmada na verificação individual dos municípios integrantes da

microrregião, permanecendo basicamente indistinta. O município com maior quantidade de

vínculos da microrregião, Grão Mogol possui concentração de vínculos nas faixas de

remuneração de meio a três salários mínimos, com cerca de 92,49% do total municipal – um

decréscimo de 0,57% em comparação 2012 ao ano de 2011. Por sua vez, Josenópolis,

município com menor quantidade de vínculos da microrregião, concentra também, seus

vínculos nas faixas salariais de meio a três salários mínimos, a saber, 95,05% – um aumento

de 1,49% em 2012, em relação ao ano de 2011.

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2.4 Tempo de Emprego

A microrregião de Grão Mogol apresenta em 2012 uma distribuição de tempo de

permanência dos empregados bem dispersa, visto que cerca de 87,23% do total de vínculos

encontram-se nas faixas de 6 a 120 meses ou mais, em média 14,54% em cada período. As

faixas de tempo com menor concentração de vínculos são as de até 2,9 meses e de 3 a 5,9

meses, com 5,92% e 6,84%, respectivamente. Percebe-se que 58,06% dos vínculos

apresentam mais de dois anos na mesma empresa destaca-se ainda que destes, 16,45% estão a

mais de cinco anos e 15,3% a mais de dez anos (aumento de 8,27% em 2012 em relação a

2011). Os outros 41,94% apresentam menos de dois anos de empresa, sendo que apenas

12,77% apresentam menos de seis meses de vinculação (diminuição de 1,16% em 2012 em

relação a 2011).

Analisados os grandes setores (indústria, construção civil, comércio, serviços e

agropecuária), observa-se que os setores comércio e agropecuária tem distribuição similar dos

vínculos dentre as faixas de tempo de permanência, nestes setores, entre 65,55% e 56,35%

dos vínculos apresentam menos de dois anos numa mesma empresa. O setor de serviços

destaca-se ao apresentar 68,27% dos vínculos com mais de 2 anos de empresa, sendo 22,99%

com mais de dez anos (aumento de 1,45% em 2012 em relação a 2011). A construção civil

por outro lado apresenta situação oposta, 90,91% dos vínculos apresentam menos de um ano

de empresa (aumento de 40,91% por cento), sendo destes, apenas 18,18% com menos de seis

meses. A indústria possui grande concentração de tempo de permanência no emprego nas

faixas com menos de dois anos, apresentando 80,43% do total de vínculos, destes, 61,30%

possuem tempo superior a seis meses. Ainda em relação à indústria, apenas 2,17% dos

vínculos permanecem no emprego por mais de cinco anos.

Observa-se que na Microrregião de Grão Mogol o tempo de permanência dos

empregados apresenta uma distribuição bem homogênea nos intervalos de tempo. No

município de Botumirim, 64,79% dos vínculos permanecem por menos de três anos no

emprego. Em Cristália, 61,01% dos vínculos permanecem por mais de dois no emprego. Em

seguida, Grão Mogol apresenta 73,10% dos seus vínculos na faixa tempo superior a um ano

de trabalho. Na cidade de Itacambira, cerca de 68,76% dos vínculos permanecem entre um e

dez anos no emprego. Em contrapartida, 62,85% dos vínculos de Josenópolis, permanecem no

emprego por mais de cinco anos. Por fim, em Padre Carvalho, 74,44% dos vínculos

permanecem por até três anos no emprego.

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3 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

3.1 Botumirim

O município de Botumirim destaca-se por apresentar em 2012 segundo dados da

RAIS/MTE, apenas um estabelecimento no setor construção civil, sendo a agricultura

responsável por 19,35%, o setor de serviços responsável por 32,26%, e o comércio por

45,16% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de

estabelecimentos apenas em três subsetores de transporte e comunicações, alojamento e

comunicação, administração técnica profissional e administração pública.

O município conta em 2012 com 93,55% dos estabelecimentos com até cinquenta

vínculos empregatícios, sendo o restante (6,45%) relativo à estabelecimento que tem de 100 a

249 vínculos, relacionado à administração pública e administração técnica profissional.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 79,23%

destes são referentes aos homens e 20,77% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a

39 anos destaca-se, sendo característica de 30,70% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com

23,70%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (22,57%)

apresenta o ensino médio completo, seguido pelo “até o 5ª incompleto” (21,67%) e 5ª

completo fundamental (15,12%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número

de mulheres com esta escolaridade é mais de nove vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, 81,94% dos vínculos em 2012, estavam

alocados em estabelecimentos com 100 a 249 vínculos. E apenas 18,06% em

estabelecimentos com até quarenta e nove vínculos.

A maioria dos vínculos do município permanece nos estabelecimentos por mais

de dois anos (67,72%), sendo que apenas 7,22% apresentam menos de seis meses de

vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, é o setor em que os

vínculos permanecem por mais de dez anos representando 91,07% do total dessa faixa de

tempo.

Em termos de remuneração, verificou-se que 65,91% dos vínculos no município

tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 32,05% com um e meio até

três salários mínimos e 1,13% entre três e dez salários mínimos. Não há vínculos que recebem

acima de dez salários mínimos de remuneração

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3.2 Cristália

O município de Cristália não apresenta em 2012 estabelecimentos relacionados ao

setor de construção civil e apenas um estabelecimento na indústria. O comércio é responsável

por 50%, o setor de serviços por 36,67% e a agricultura por 10% dos estabelecimentos.

Observa-se ainda, no setor de indústria, a existência de estabelecimentos apenas no subsetor

de produção mineral não metálico.

O município conta em 2012 com 73,33% dos estabelecimentos com até nove

vínculos empregatícios, sendo o restante relativo a estabelecimentos que não possuem

vínculos (16,67%), outros 3,33% que têm entre 20 e 49 vínculos e 6,67% possuem de 100 a

249 vínculos.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 75,99%

destes são referentes aos homens e 25,01% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a

39 anos destaca-se, sendo característica de 32,38% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com

23,12%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (27,53%)

apresenta o ensino médio completo, seguido pelo 6ª a 9ª fundamental (19,16%) e até 5ª

incompleto (15,64%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, apenas dois vínculos

possuem ensino superior completo, sendo um de cada gênero.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, 83,92% dos vínculos estão alocados em

estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E apenas 16,08% estão alocados em

estabelecimento com até cinquenta vínculos.

Os vínculos em Cristália apresentam um tempo de permanência relativamente alto

nos estabelecimentos, sendo que 38,11% apresentam mais de cinco anos de vinculação.

Observa-se que o setor agropecuário é o maior empregador do município apresentando

53,74% dos vínculos, seguido pelo setor de serviços, com 39,87%.

Em termos de remuneração, verificou-se que 61,01% dos vínculos no município

têm remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 37,44% com até três salários

mínimos e 0,88% entre três e dez salários mínimos.

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3.3 Grão Mogol

???? Em 2012, segundo a RAIS/MTE, o município de Grão Mogol destaca-se por

apresentar apenas 8,03% de estabelecimentos no setor da indústria e 1,46% na construção

civil, sendo o setor de comércio responsável por 41,61%, serviços por 31,39% e a agricultura

por 17,52% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de

estabelecimentos nos em subsetores instituição financeira, administração técnica profissional,

transporte e comunicações, alojamento e comunicação, médicos odontológicos, ensino e

administração pública.

O município conta em 2012, com 91,24% dos estabelecimentos com até dezenove

vínculos empregatícios, sendo o restante (8,76%) relativo a estabelecimento que tem vinte ou

mais vínculos, relacionados ao comércio e administração pública.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 60,46%

destes são referentes aos homens e 30,54% às mulheres. Em termos de faixa etária, destaca-se

a de 30 a 39 anos, sendo característica de 32,51% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com

22,72% e, 25 a 29 com 18,25%.

Quanto à escolaridade, observou-se que 28,56% apresentam o ensino médio

completo, seguido por “até 5ª incompleto” (17,25%) e 5ª completo fundamental com 15,16%.

Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior completo e em andamento, as mulheres são

maioria, representando, respectivamente, 64,63% e 73,81% do total dessas faixas no

município.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, os vínculos estão alocados em maior

concentração em estabelecimentos com 500 a 999 vínculos, representando 36,74%. E apenas

15,49% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Grão Mogol apresentam um tempo de permanência bem

distribuído nos estabelecimentos, sendo que 31,32% apresentam mais de cinco anos de

vinculação, 25,90% permanecem de dois a três anos e, 15, 87% mantêm-se de doze meses a

um ano no emprego. Do restante, 14,88% conservam-se de seis meses a um ano, e 12,02%

não chegam a seis meses de permanência no trabalho.

Em termos de remuneração, verificou-se que 61,83% dos vínculos no município

tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 30,89% com até três salários

mínimos e 5,28% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,86%, recebem acima de dez

salários mínimos de remuneração.

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3.4 Itacambira

O município de Itacambira destaca-se em 2012, por não apresentar

estabelecimentos no setor indústria, sendo o setor de construção civil responsável por apenas

3,85%, o comércio por 34,62%, e os setores de agricultura e serviços, ambos com 30,77% dos

estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de estabelecimentos nos

subsetores administração técnica profissional, transporte e comunicações, alojamento e

comunicação, e administração pública.

O município conta em 2012, com 88,46% dos estabelecimentos com até nove

vínculos empregatícios, sendo o restante relativo à estabelecimento que tem de 100 a 249

vínculos (7,69%) e 250 a 499 (3,85%), relacionados à administração pública e à

administração técnica profissional.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 84,80%

destes são referentes aos homens e 15,20% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a

39 anos destaca-se, sendo característica de 30,88% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com

24%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (34,74%)

apresenta o ensino médio completo, seguido pelo “até 5ª incompleto” (16,89%) e 5ª completo

fundamental (13,39%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior completo, 60% são

do sexo feminino.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, 59,47% dos vínculos estão alocados em

estabelecimentos com 250 a 499 vínculos, e 36,67% em estabelecimentos 100 a 249. E os

outros 3,86% estão alocados em estabelecimentos com até nove vínculos.

Os vínculos em Itacambira, em 2012 apresentam um tempo de permanência

regular nos estabelecimentos, sendo que 58,75% apresentam mais de dois anos de vinculação.

Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência

ao apresentar 57,78% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes,

28,59% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 63,82% dos vínculos no município

têm remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 30,64% com um e meio a três

salários mínimos e 3,02% entre três e dez salários mínimos.

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

3.5 Josenópolis

O município de Josenópolis não apresenta em 2012, estabelecimentos

relacionados aos setores indústria e construção civil. O comércio é responsável por 57,89%, o

setor de serviços por 31,58% e a agricultura por 10,53% dos estabelecimentos. Observa-se

ainda, no setor de serviços, a existência de estabelecimentos dos subsetores administração

técnica profissional, transporte e comunicações, alojamento e comunicação e administração

pública.

O município conta em 2012, com 84,21% dos estabelecimentos com até quatro

vínculos empregatícios, sendo o restante relativo a estabelecimentos que têm entre 20 a 49

vínculos (10,53%), sendo este último relacionado à agricultura.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 52,94%

destes são referentes às mulheres e 47,06% aos homens. Em termos de faixa etária a de 30 a

39 anos destaca-se, sendo característica de 33,13% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com

28,79%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (22,60%)

apresenta o ensino médio completo, seguido pelo “até 5ª incompleto” (16,41%) e 5ª completa

fundamental (13,62%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de

mulheres com esta escolaridade é mais de quatro vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, 74,92% dos vínculos estão alocados em

estabelecimento com 100 a 249 vínculos. Apenas 25,08% estão alocados em estabelecimentos

com menos de cinquenta vínculos.

Os vínculos em Josenópolis apresentam um tempo de permanência relativamente

alto nos estabelecimentos, sendo que 62,85% apresentam mais de cinco anos de vinculação.

Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência

ao apresentar 89,47% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes,

81,78% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 60,06% dos vínculos no município

têm remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 34,98% com até três salários

mínimos e 4,95% entre três e sete salários mínimos. Nenhum dos vínculos do município

recebe acima de sete salários mínimos de remuneração.

Página 17

3.6 Padre Carvalho

O município de Padre Carvalho é, dentre os municípios da microrregião, aquele

que apresenta uma economia mais diversificada em 2012, se levada em consideração a

variedade de subsetores que apresentam estabelecimentos. A construção civil representa

22,22% na participação no total de estabelecimentos no município. O setor da agricultura é

responsável por 13,89%, de serviços 27,78% e o comércio por 36,11% dos estabelecimentos.

Observa-se ainda, no setor de serviços os subsetores administração técnica profissional,

transporte e comunicações, alojamento e comunicação, médicos odontológicos e

administração pública.

O município conta em 2012 com 94,44% dos estabelecimentos com até dezenove

vínculos empregatícios, sendo o restante (5,56%) relativo à estabelecimentos que tem entre

500 e 999 vínculos (2,78%) e de 100 a 249 vínculos (2,78%), sendo este último relacionado à

administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 54,79%

destes são referentes aos homens e 45,21% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a

39 anos destaca-se, sendo característica de 32,78% dos vínculos, seguida de 18 a 24 com

23,20%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (20,47%)

apresenta o ensino médio completo, seguido pelo “até 5ª incompleto” (19,88%) e 6ª a 9ª

fundamental (19,05%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de

mulheres com esta escolaridade é cerca cinco vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério

de porte destes, verifica-se que no município, 64,65% dos vínculos estão alocados em

estabelecimento com 500 a 999 vínculos e, 25,21% com 100 a 249 vínculos. O restante

(9,94%) encontra-se em estabelecimentos com até dezenove vínculos.

Os vínculos em Padre Carvalho apresentam um tempo de permanência

relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 48,28% apresentam mais de dois anos de

vinculação. Observa-se que o setor de serviços, segundo maior empregador, puxa o alto

tempo de permanência ao apresentar 68,40% dos vínculos com mais de dois anos de

vinculação, sendo destes, 46,80% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 64,38% dos vínculos no município

têm remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 31,01% com até três salários

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

mínimos e 2,72% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,12%, recebem acima de dez

salários mínimos de remuneração.

4 INDICADORES SÓCIOECONÔMICOS

Visando uma análise para além do mercado de trabalho, o presente boletim traz

aqui outros índices e indicadores relevantes ao diagnóstico da situação econômico-social da

microrregião e respectivos municípios, bem como no auxílio à elaboração e direcionamento

de políticas públicas.

Em busca destes índices, recorreu-se ao Índice Mineiro de Responsabilidade

Social (IMRS)(2011), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013) e ao Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2011). Entre os conceitos aqui apresentados,

entende-se:

- Razão de dependência – é considerada a razão entre a população definida como

economicamente dependente, nas faixas etárias de 14 anos ou menos e de 65 anos ou mais de

idade, e a população definida como potencialmente produtiva, na faixa etária de 15 a 64 anos,

em percentual;

- Índice de Envelhecimento – considera o número de pessoas residentes de 65

anos ou mais anos de idade, dividido pelo número de pessoas residentes menores de 15 anos

de idade, multiplicado por 100.

- Percentual da População Urbana – é a razão entre a população residente em área

urbana e a população total residente no município, multiplicado por 100.

Buscando analisar tais dados, observa-se que os municípios da microrregião de

Grão Mogol em 2012 e neste caso, destaca-se Josenópolis (70,10%), apresentam um alto nível

de dependência, ou seja, a população em idade economicamente ativa apresenta-se,

quantitativamente, mais próxima da população em idade economicamente inativa.

O índice de envelhecimento auxilia na projeção de crescimento populacional,

possibilitando validar a necessidade de políticas públicas voltadas à natalidade ou seu

controle, bem como direcionadas à terceira idade. Em destaque os municípios de Itacambira

(32,15%) e Grão Mogol (24,29%) (ver QUADRO 1).

Quando relacionados os dois índices (razão de dependência e índice de

envelhecimento) pode-se tomar direcionamentos quanto a determinadas políticas públicas que

auxiliem na manutenção de um mercado de trabalho dinâmico.

Página 19

A razão de dependência próxima de 100%, ou 1, deve-se atentar para esta índice,

pois indica uma população economicamente ativa igual a inativa, podendo trazer um

contrabalanço previdenciário caso o índice de envelhecimento esteja alto, apontando que há

mais idosos do que jovens (entendido aqui até os quinze anos de idade). Quanto ao

envelhecimento, índices baixos projetam uma sociedade que tende a uma situação de “fartura”

de mão de obra frente ao número de aposentados, dentro dos próximos dez anos, pelo menos.

O percentual de população urbana, que na microrregião apresenta valores bem

díspares, favorece o mapeamento da população. Se analisado junto aos dados dos setores,

poder-se-á verificar necessidade de políticas direcionadas ao campo e às atividades ligadas à

agropecuária e agricultura.

Os índices apresentam análises superficiais, mas que, se relacionados entre eles ou

com outros índices, dão base para diagnósticos e direcionamentos de políticas públicas que

podem ser direcionadas ao mercado de trabalho ou sociais.

QUADRO 1

Razão de dependência, índice de envelhecimento e população urbana em 2012 da

microrregião de Grão Mogol

Município Razão de

dependência

(%)

Índice de

envelhecimento

(%)

Percentual de

população urbana

(%)

Botumirim 57,97 21,52 53,94

Cristália 67,67 15,9 79,39

Grão Mogol 54,06 24,29 36,08

Itacambira 48,75 32,15 20,86

Josenópolis 70,1 21,8 54,17

Padre Carvalho 62,95 19,95 60,79

Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS, 2011)

Outra análise de dependência apresentada neste boletim refere-se à dependência

das famílias dos municípios ao Programa Bolsa Família, Programa Federal de transferência de

renda. Entre os conceitos aqui usados, entende-se:

- Número de famílias beneficiadas com transferências do Programa Bolsa Família,

em outubro de cada ano de referência. Dados disponíveis: 2007-2011;

- Número total de famílias – de acordo com o registrado pelo IBGE (2011);

- Percentual de dependência do Programa Bolsa Família – razão entre o número

total de famílias e o número de famílias dependente do Programa Bolsa Família.

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

A microrregião de Grão Mogol desponta com uma população de 42.826

distribuída em 10.498 famílias; uma média de 4,08 pessoas por família. Observa-se que a

microrregião apresenta 5.504 famílias dependentes do Programa Federal, um percentual de

52,43%.b

Algumas das disparidades observadas referem-se na mudança dos municípios que

despontam entre os primeiros lugares nos três índices:

- Número total de famílias beneficiárias: Grão Mogol, Botumirim e Cristália;

- Número total de famílias: Grão Mogol, Botumirim e Padre Carvalho;

- Percentual de dependência: Josenópolis, Cristália e Botumirim.

Observa-se que os mesmos municípios ocupam as mesmas posições, sejam as

primeiras ou as últimas, quanto ao número total de famílias e o número total de família

beneficiadas, no entanto, os nomes são diferentes quanto ao percentual de dependência. Nos

últimos lugares (menores percentuais):

- Número total de famílias beneficiárias: Itacambira, Josenópolis e Padre

Carvalho;

- Número total de famílias: Josenópolis, Itacambira, Cristália;

- Percentual de dependência: Grão Mogol, Itacambira e Padre Carvalho.

Dentre os municípios da microrregião destaca-se o município com menor

dependência é Grão Mogol (34,65%) e o com maior Josenópolis (67,67%). Grão Mogol

destaca-se por apresentar-se com o maior número de famílias e o menor percentual de

famílias dependentes do Programa Bolsa Família. (ver QUADRO 2).

QUADRO 2

Dependência das famílias dos municípios ao Programa Bolsa Família, dados do

período 2007-2011

Município Número de famílias

beneficiárias do Programa

Bolsa Família

Número

Total de

famílias

Percentual de

dependência do

Bolsa Família

Botumirim 962 1593 60,39%

Cristália 942 1401 67,24%

Grão Mogol 1295 3737 34,65%

Itacambira 697 1213 57,46%

Josenópolis 741 1095 67,67%

Padre Carvalho 867 1460 59,38%

Microrregião 5504 10498 52,43%

Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS, 2011)

Página 21

5 A MICRORREGIÃO versus MESORREGIÃO

A mesorregião do Norte de Minas é composta por sete microrregiões, a saber:

Bocaiúva, Grão Mogol, Januária, Janaúba, Montes Claros, Pirapora e Salinas. Com uma

população estimada em 1.619.489 habitantes (IMRS, 2011), a mesorregião apresenta 204.380

vínculos empregatícios formais e 23.296 estabelecimentos registrados no ano de 2012 (MTE).

Dentre os estabelecimentos, em 2012, um grande número concentra-se na

microrregião de Montes Claros (47% - 10.876), sendo o restante disperso entre as demais

microrregiões: Janaúba (14% - 3.319), Pirapora (12% - 2.724), Salinas (2.504 - 11%),

Januária (2.377 - 10%), Bocaiúva (5% - 1.217) e Grão Mogol (1% - 279). (GRÁF.1).

Ao analisar a distribuição destes estabelecimentos formais por setor de atividade

econômica, o Comércio é o setor com o maior número (45% - 10.549), seguido pelo setor de

Serviços (27% - 6.262), Agropecuária (17% - 3.944), Indústria (7% - 1.551) e Construção

Civil (4% - 990). (GRÁF.4 e 5).

Gráfico 4 Gráfico 5

Fonte: RAIS/MTE, 2012

Fonte: RAIS/MTE, 2012

Distribuídos entre as microrregiões, os vínculos na mesorregião apresentam em

2012, a seguinte distribuição: Bocaiúva (5% - 9.936), Grão Mogol (2% - 4.998), Januária

(10% - 19.410), Janaúba (13% - 26.998), Montes Claros (48% - 97.545), Pirapora (12% -

25.510) e Salinas (10% - 19.983).

10%

14%

11%12%47%

1%

5%

Participação das Microrregiões no total de estabelecimentos do

Norte de Minas

Januária Janaúba

Salinas Pirapora

Montes Claros Grão Mogol

Bocaiúva 7% 4%

45%27%

17%

Participação dos setores no total de estabelecimentos do Norte de

Minas

Indústria Construção Civil

Comércio Serviços

Agropecuária

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

Quando avaliado a distribuição dos vínculos pelo setor de atividade econômica,

em 2012, percebe-se que no Norte de Minas o setor de serviços é o que mais emprega (49% -

99.930), seguido pelo comércio (23% - 47.328), Indústria (13% - 26.080) e Agropecuária

(11% - 22.506), ficando a Construção Civil (4% - 8.536) com o quinto lugar e o setor que

menos emprega na mesorregião.

Observa-se para tanto que, se analisados o número de estabelecimentos e

relacionado com o número de vínculos gerados por cada microrregião e setor de atividade

econômica, pode-se chegar a uma média de vínculos/estabelecimento para cada uma das

análises geradas. Em termos de microrregião, percebem-se percentuais aproximados entre a

participação de cada uma destas no total de estabelecimentos e do total de vínculos na

mesorregião. Mantêm-se o “grau de importância” de cada uma das microrregiões em ambas

as análises.

Em termos de setor de atividade econômica, verificam-se disparidades entre os

percentuais de participação: os percentuais dos setores de comércio e serviços quase

apresentam inversão ao sair da participação de estabelecimentos para a de vínculos. A

agropecuária perde participação no número de vínculos e a indústria ganha. O “nível de

importância” é alterado, se mudado o âmbito de análise de estabelecimentos para vínculos e

chega-se a uma razão de vínculos por estabelecimento para cada setor na mesorregião:

Indústria – 17; Construção Civil – 9; Comércio – 4; Serviços – 16, e; Agropecuária –

6.(GRÁF. 6 e 7).

Gráfico 6 Gráfico 7

Fonte: RAIS/MTE , 2012 Fonte: RAIS/MTE, 2012

10%

13%

10%12%48%

2%

5%

Participação das Microrregiões no total de vínculos do Norte de

Minas

JANUÁRIA JANAÚBA

SALINAS PIRAPORA

MONTES CLAROS GRÃO MOGOL

BOCAIÚVA 13% 4%

23%49%

11%

Participação dos setores no total de vínculos do Norte de Minas

Indústria Construção Civil

Comércio Serviços

Agropecuária

Página 23

Fonte: RAIS/MTE, 2012

79.91%

94.62%

60.80%

44.94%

86.00%

59.74%

20.09%

5.38%

39.20%

55.06%

14.00%

40.26%

Participação do sexo por setor na mesorregião

Homens Mulheres