librasaspectoslinguisticos-140131045446-phpapp02

34
Aspectos Linguístic os da Língua Brasileira de Sinais ANDRÉ LUÍS ONÓRIO CONEGLIAN [email protected]

description

libras

Transcript of librasaspectoslinguisticos-140131045446-phpapp02

  • Aspectos Lingusticos da Lngua Brasileira de SinaisANDR LUS ONRIO [email protected]

  • Sobre a Lngua de SinaisNo universal; cada pas possui uma lngua de sinais prpria. Ex.: Lengua de Seas de Chile, American Sign Language, Lngua Gestual Portuguesa, Lngua Brasileira de Sinais, etc.

    Porque, assim, como nas lnguas orais, pertencem a uma determinada comunidade ou cultura, estando a elas intrinsecamente ligadas.

    No est subordinada Lngua Portuguesa, ainda que sofra influncia da mesma; ouvintes aprendizes da LIBRAS buscam constantemente a relao entre os sinais e as palavras do Portugus; digamos que em 90% essa relao no existe. As lnguas so arbitrrias, a Lngua de Sinais tambm.

  • Sobre a Lngua de Sinais

  • Sobre a Lngua de Sinais Assim como na Lngua Portuguesa, temos palavras diferentes para nos referir ao mesmo objeto/coisa, a LIBRAS possui sinais diferentes para objetos/coisas semelhantes.

  • Termos e NomenclaturasDeficiente Auditiv@: termo mais usado na rea da sade; profissionais como otorrinolaringologistas e fonoaudilogos. Est relacionado aos graus de perda:

    Audio Normal:0 25 dBDeficincia Auditiva Leve:26 40 dBDeficincia Auditiva Moderada:41 70 dBDeficincia Auditiva Severa:71 90 dBDeficincia Auditiva Profunda:Acima de 91 dB

  • Termos e NomenclaturasSurd@: pessoas com surdez profunda, provavelmente sero usurias da lngua de sinais, dependendo da poca do diagnstico da perda, da habilitao oral, uso de aparelhos, podem tambm oralizar. Preferem ser referidas como Surdas do que como Deficientes Auditivas.

  • Termos e NomenclaturasSurd@-mud@: termo obsoleto, inadequado e incorreto, pois o dficit auditivo, em nenhum momento prejudica as pregas vocais. O surdo no oraliza porque no ouve!

    Mudinh@: diminutivo do termo inadequado e incorreto, pejorativo, despersonaliza o indivduo, normalmente conhecido por mudinh@, faz com que as pessoas nem saibam seu verdadeiro nome. Muito desrespeitoso!

  • Parmetros LingusticosAs reas da lingstica que estudam os vrios aspectos da linguagem humana so: a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semntica e a pragmtica. (QUADROS & KARNOPP, 2004)

  • Fontica / FonologiaEstudo dos sons como entidades fsico-articulatrias isoladas.

    Estudo dos sons do ponto de vista funcional como elementos que integram um sistema lingstico determinado.

  • PORTUGUSproduo e expresso

  • PORTUGUSrecepo

  • LIBRASproduo e expresso

  • LIBRASrecepo

  • Circuito da ComunicaoOuvintes

  • Circuito da ComunicaoSurdos

  • Produo, Expresso e RecepoLNGUA PORTUGUESA: oral-auditivaPrincipal caracterstica: linearidade

    LNGUA DE SINAIS: espao-motora-visualPrincipal caracterstica: simultaneidade

  • PortugusUnidades MnimasOs fonemas da lngua portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.A Lngua Portuguesa tem:12 fonemas voclicos (vogais e semivogais):Ex.: /a/ // /i/ // /u/ // /e/ /i/ /o/ /u/ // //19 fonemas consonantais:Ex.: /p/ /b/ /m/ /f/ /v/ /t/ /d/ /n/ /nh/ /l/ /lh/ /r/ /rr/ /z/ /s/ /j/ /x/ /g/ /q/Obs.: 26 letras / 31 fonemas

  • LIBRASConfiguraes de Mosunidades mnimas sem significado

  • Alfabeto Manual ou Datilologia

  • Alfabeto Manual ou DatilologiaO Alfabeto Manual NO Lngua de Sinais, faz parte dela. Usado para soletrar com a mo o nome das coisas/objetos na forma do Portugus. Ex.: nomes pessoais (M-A-R-I-A/ J-O-S-); endereo ou palavras que no possuem sinais.

  • Nmeros

  • LIBRASParmetros Primrios:Configuraes de Mos (CM)Ponto de Articulao (PA)Movimento (M)

    Parmetros Secundrios:Expresso Facial e ou CorporalOrientao da(s) palma(s) da(s) mo(s)Direcionalidade

  • LIBRASexemplos de parmetrosAPRENDER:CM: C e SPA: testaMovimento: abrir e fechar

    SBADO:CM: C e SPA: frente bocaMovimento: abrir e fechar

  • LIBRASexemplos de parmetrosSBADO:CM: C e SPA: frente bocaMovimento: abrir e fechar

    LARANJA (fruta e cor):CM: C e SPA: frente bocaMovimento: abrir e fecharExpresso facial: bochechas comprimidas, chupando.

  • Curiosidades sobre a comunidade surdaNo necessrio gritar ao falar com o surdo, nem articular a boca exageradamente;A maioria dos surdos profundos no fazem leitura orofacial;Nem todos os surdos profundos compreendem textos escritos;Convenes sociais, normalmente devem ser ensinadas ou reforadas: comer de boca fechada, sem fazer barulhos; levantar os ps enquanto andam, outros...

  • Curiosidades sobre a comunidade surdaO surdo hiper-sensvel expresses faciais e movimentos diversos;Em palestras e demais eventos para surdos e, que tenha servio de interpretao, preciso considerar um espao adequado para todos os surdos, evitando distraes visuais (movimento constante de pessoas, por exemplo);Sndrome de Usher (surdocegueira).

  • Surdez, Interpretao e ticaExatamente, todas as informaes sonoras (a fala humana e fontes sonoras diversas) precisam ser transmitidas ao surdo; anti-tico falar apenas por meio da oralidade, na presena de surdos que no fazem leitura orofacial; e se faz, preciso falar, olhando em sua direo;Qualquer informao transmitida aos ouvintes, precisam ser transmitidas, tal e qual, aos surdos tambm (considerando que muitos deles no fazem uso da leitura e escrita em lngua portuguesa);Etc...

  • Acessrios TecnolgicosDespertador com vibradorAlarme visualTDD ou TSe outros...

  • Os surdos por eles mesmos...Helen Keller (1880-1968, escritora surdacega americana) Vrias vezes pensei que seria uma beno se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a viso e o silncio lhe ensinaria as alegrias do som.

    Emmanuelle Laborrit (atriz e escritora surda francesa) A gaivota cresceu e voa com suas prprias asas. Olho o mundo do mesmo modo com que poderia escutar. Meus olhos so meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo com que me exprimo por sinais. Minhas mos so bilnges. Ofereo-lhes minha diferena. Meu corao no surdo a nada neste duplo mundo...

    Gladis Perlin (1 doutora surda do Brasil) - evidente que as identidades surdas assumem formas multifacetadas em vista das fragmentaes a que esto sujeitas face presena do poder ouvintista que lhe impe regras, inlcusive, encontrando no esteretipo surda uma resposta para a negao da representao da identidade surda ao sujeito surdo.

  • O corpo fala...em lngua de sinaisA Lngua de Sinais nos remete a uma percepo diferenciada em tempo e espao, sobretudo da expresso do corpo e do ambiente produzido por esse movimento, por essa dinmica. O rosto se dilata, o corpo requerido em posies, posturas, sentidos que nos tiram do eixo construdo por uma prvia educao culturalmente ouvinte (LULKIN, 1998, p. 56).

  • ReflexoAprender sempre adquirir uma fora para outras vitrias, na sucesso interminvel da vida. Os adultos aconselham freqentemente s crianas a vantagem de aprender, vantagem que to pouco conhecem e que a si mesmos dificilmente seriam capazes de aconselhar. Pode ser que um dia cheguem a mudar muito, e dem tais conselhos a si mesmos. Da por diante, o mundo comear a ficar melhor (Ceclia Meireles).

    A lngua a chave para o corao de um povo. Se perdemos a chave, perdemos o povo. Se guardamos a chave em lugar seguro, como um tesouro, abriremos as portas para riquezas incalculveis, riquezas que jamais poderiam ser imaginadas do outro lado da porta (Eva Engholm)

  • AGRADECIMENTOSCorreio eletrnico: [email protected]

  • RefernciasFERNANDES, S.; STROBEL, K. L. Aspectos lingusticos da lngua brasileira de sinais. Secretaria de Estado da Educao. Superintendncia da Educao. Departamento de Educao Especial. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 1998.

    FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramtica de lngua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingustica e Filologia, 1995.

    ______ [et al.]. Lngua brasileira de sinais. V. 3. Braslia: SEESP, 1998.

    KARNOPP, L. B.; QUADROS, R. M. Lngua de sinais brasileira: estudos lingusticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

    LULKIN, S. A. O discurso moderno na educao dos surdos: prticas de controle do corpo e a expresso cultural amordaada. In: SKLIAR, C. (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenas. 1 ed.Porto Alegre: Mediao, 1998, p. 33-49.

    SALLES, H. M. M. L. [et al.] Ensino de lngua portuguesa para surdos: caminhos para a prtica pedaggica. V. 1, Braslia: MEC, SEESP, 2004.

    WILCOX, S.; WILCOX, P. P. Aprender a ver. Petrpolis: Editora Arara-azul, 2005.