Lição 5 o poder da intercessão

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Lição 5 02 de maio de 2010 Subsídios Lições Bíblicas Página 1 O Poder da Intercessão Autor deste subsídio: Pastor Ronaldo Batista. Mestre em Teologia. Convites: (21) 3904-3738 [email protected] ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução I. O que é a intercessão II. Jeremias intercede por Judá III. Por que devemos interceder Conclusão Texto áureo: "E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito (1 Samuel 12:23)." INTRODUÇÃO Será que a intercessão tem poder, então qual é? É o poder de tocar o coração de Deus convencendo-o a liberar ou estender a sua misericórdia de várias maneiras: curando, trazendo arrependimento e libertando, etc. Você já pensou mais profundamente porque Deus se recusou em ouvir Jeremias. Por que ele foi teimoso em interceder? São segredos bíblicos que essa lição se ocupa em responder. I. O QUE É A INTERCESSÃO 1. Definição A princípio, interceder é pedir em favor de alguém. No caso da oração, a intercessão pode assumir alguns contornos interessantes, que vão além do pedir em favor de. A intercessão faz com que o intercessor, assuma a culpa dos outros, embora não seja sua, ele a confessa como sendo participante daquele pecado. Leia atentamente Jeremias 14.7 e vide também Daniel 9.4-7. O intercessor pode orar em favor de pagãos como os de Sodoma e Gomorra como fez Abraão, Gn 18.23-33. É capaz de interceder por pessoas que não mereçam a sua oração, como fez Jó em 42.8 e 10. O que nos leva a concluir que a intercessão é um ato de amor resignado, principalmente nessas circunstâncias: momentos de oposição, de incompreensão e de perseguição. 2. A eficácia da oração intercessória Muito da eficácia da intercessão reside na perseverança. Jeremias permaneceu intercedendo pelo seu povo ainda que não via mudança aparente; Noé também agiu pela

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Lição 5 – 02 de maio de 2010

Subsídios – Lições Bíblicas Página 1

O Poder da Intercessão

Autor deste subsídio: Pastor Ronaldo Batista. Mestre em Teologia.

Convites: (21) 3904-3738 [email protected]

ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução I. O que é a intercessão II. Jeremias intercede por Judá III. Por que devemos interceder Conclusão

Texto áureo:

"E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes,

vos ensinarei o caminho bom e direito (1 Samuel 12:23)."

INTRODUÇÃO Será que a intercessão tem poder, então qual é? É o poder de tocar o coração de Deus convencendo-o a liberar ou estender a sua misericórdia de várias maneiras: curando, trazendo arrependimento e libertando, etc. Você já pensou mais profundamente porque Deus se recusou em ouvir Jeremias. Por que ele foi teimoso em interceder? São segredos bíblicos que essa lição se ocupa em responder.

I. O QUE É A INTERCESSÃO

1. Definição

A princípio, interceder é pedir em favor de alguém. No caso da oração, a intercessão pode assumir alguns contornos interessantes, que vão além do pedir em favor de. A intercessão faz com que o intercessor, assuma a culpa dos outros, embora não seja sua, ele a confessa como sendo participante daquele pecado. Leia atentamente Jeremias 14.7 e vide também Daniel 9.4-7. O intercessor pode orar em favor de pagãos como os de Sodoma e Gomorra como fez Abraão, Gn 18.23-33. É capaz de interceder por pessoas que não mereçam a sua oração, como fez Jó em 42.8 e 10. O que nos leva a concluir que a intercessão é um ato de amor resignado, principalmente nessas circunstâncias: momentos de oposição, de incompreensão e de perseguição.

2. A eficácia da oração intercessória

Muito da eficácia da intercessão reside na perseverança. Jeremias permaneceu intercedendo pelo seu povo ainda que não via mudança aparente; Noé também agiu pela

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fé como intercessor, Ez 14.20; Samuel, vendo o povo pecando ao pedir um rei não os desamparou com sua intercessão, 1Sm 12.19-25; Moisés com a sua oração ousada disse: “perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te do teu livro” Ex 32.32.

Senhor professor, é bom que lembremos aos nossos alunos que Deus, não depende das nossas orações, para vencer o diabo e o pecado. Pois, Ele é Deus onipotente, transcendente e que não precisa ser servido por nenhuma criatura sua, Atos 17.25. E nem mesmo precisa delas, todavia ele opera por leis que decidiu soberanamente intervir mediante a intercessão do seu povo.

II. JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ

1. A intercessão O lado prático da intercessão de Jeremias nos ensina que não devemos desistir

dos nossos parentes, amigos e compatriotas pelo fato de viverem atolados no pecado. Incontáveis são os resultados em cônjuges, filhos e vizinhos que foram contemplados pela intercessão perseverante de alguém ou uma igreja, e que, como resultado sofreram uma tremenda mudança. O marido ou esposa que deixou o lar, mas retornaram como fruto da intercessão. Filhos envolvidos com amigos e em drogas, mas que ao verem a intercessão perseverante de um pai e ou uma mãe abandonaram as vias tortuosas e caminhos de morte que antes trafegavam.

2. Deus rejeita a intercessão de Jeremias Uma coisa muito séria deve ser esclarecida nesse aspecto. Pensemos, porque

Deus rejeitou a oração de Jeremias? Foi apenas porque o povo estava pecando desenfreadamente? Isso aí é o mais evidente, mas não foi apenas por isso. É claro que Jeremias era um profeta fervoroso e que intercedia poderosamente pelo seu povo, mas Deus não atende a Jeremias porque não havia mais ninguém que se ocupasse de tal ofício, esse é um lado real da questão. Como será isso? Bem, partindo do critério de Deus usado para livrar a Sodoma e Gomorra do juízo, era ter o número mínimo de justos necessários, que lá estivessem para que evitasse o terrível castigo que os aguardava. Não havendo esse número mínimo, Deus trouxe seu juízo sem escapatórias, Gn 18.23-33. Bem sabemos que lá só havia Ló, que teve de ser resgatado às pressas com sua família, Gn 19.16-17. De igual modo foi a população noética que sofreu o juízo diluviano, mesmo sendo Noé um poderoso intercessor, Ez 14.20. Por outro lado, Nínive não teve intercessor, apenas Jonas, o pregador reclamão que denunciou o iminente juízo divino. Como todos se arrependeram, todos escaparam, Jn 3.10.

3. A persistência da intercessão de Jeremias Há pelo menos menos três textos em que o Senhor Deus, diz a Jeremias: “não

ores por este povo”, Jeremias 7.16; 11.14. “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo”, Jr 15.1. Como vimos acima, o que Deus queria agora era um arrependimento profundo dos judeus, como houve nos ninivitas. A força intercessória naquele momento para tapar a brecha pecaminosa era insuficiente, como já explicamos. Todavia, coube a Jeremias permanecer em sua posição de intercessor. Ainda que os resultados de sua oração só viessem muitos anos depois, com os filhos e netos daquela geração.

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Caros professores, Deus está despertando o povo brasileiro para um compromisso sério com o retorno a Palavra, a oração e conversão pessoal. Ele conta com o sacerdócio legítimo da sua Igreja, para que esta nação seja transformada. Será que Deus pode rejeitar a oração de seu povo, como fez com Jeremias, Noé e Abraão? Claro que sim, daí a necessidade de não apenas intercedermos, mas sermos eficazes, ousados e perseverantes anunciadores das Boas Novas. Pois, só interceder, em certa época não resolve, note que Paulo disse a Timóteo sobre a necessidade de oração (1Tm 2.1-7), mas também dele cumprir o ministério de um evangelista, 2Tm 4.5. Pois, prevendo mudanças em seu espírito naquela época, sentindo que ondas de perseguições estavam por vir, foi por isso que orientou a Timóteo a agir assim.

III. POR QUE DEVEMOS INTERCEDER

1. É uma recomendação bíblica Abraão orou por Abimeleque e sua mulher e servas e Deus as sarou da

esterilidade, Gn 20.17-18. O rei Ezequias orou pelo povo de Israel e Deus os curou, 2 Crônicas 30:18-20, etc. No Novo Testamento somos convocados, como Igreja, a exercer o ofício intercessório de nosso sacerdócio. O Senhor Jesus ensinou os seus discípulos como perseverar na intercessão em favor de um amigo, Lc 11.5-8; devemos orar por todos os santos, Ef 6.18; Cl 4.2; por todas as autoridades, 1Tm 2.1-7; uns pelos outros para a cura, Tg 5.16.

2. É uma demonstração de amor cristão

Orar por nós é uma necessidade, mas orar pelos outros é um ato de amor. Jó orou

pelos seus amigos; o Senhor Jesus orou pelos seus ofensores, Lc 23.34. Este é um nível de maturidade que Deus espera de nós, principalmente em tempos de oposição, 1Pe 2.20-23; 3.9.

3. É um exercício de Piedade

A oração é um excelente exercício, como bem disse Spurgeon: “A oração é a

melhor ginástica para a alma”. O exercício físico traz muitos benefícios ao organismo: aumenta a aptidão física, melhora a saúde, reforça a musculatura, aperfeiçoa as habilidades atléticas, etc. Agora pense nessa ginástica da alma: aumenta nossa aptidão espiritual, melhora nossa saúde, reforça e aperfeiçoa nossas habilidades a serviço de Deus e dos outros, pois piedade é o amor demonstrado ao próximo e a nossa pátria, que inclui a intercessão.

CONCLUSÃO Creio sinceramente que Deus tem orientado seus servos na condução destas lições da CPAD. Pois, é importante que estejamos atentos ao momento que vivemos, neste tempo chamado pós-modernidade. Cheio de pluralismo e relativismo moderno, quando então precisamos reforçar as bases em torno da Palavra, isto é, da leitura e estudo perseverante. Bem como utilizá-la como base para as nossas orações, ou seja, orarmos

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de acordo com ela. O que Deus quer é que ajamos preventivamente, pois senão, pode chegar a uma situação de não haver mais jeito, como foi nos dias de Jeremias.