Lição 6

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Escola Bíblica Dominical 1º Trimestre de 2012 TEMA: A Verdadeira Prosperidade. A vida cristã abundante. LIÇÃO 6 A prosperidade dos bem aventurados CLASSE BETEL TEMPLO CENTRAL

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Escola Bíblica Dominical

1º Trimestre de 2012

TEMA: A Verdadeira Prosperidade. A vida

cristã abundante.

LIÇÃO 6 A prosperidade dos bem aventurados

CLASSE BETELTEMPLO CENTRAL

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INTRODUÇÃONa continuidade do estudo a respeito de distorções sobre a noção bíblica de prosperidade, analisaremos o sermão das bem-aventuranças, o introito do sermão do monte, onde Jesus nos explica qual o significado da felicidade dos Seus discípulos.O sermão das bem-aventuranças mostra claramente que a prosperidade bíblica nunca se confundiu com bem-estar material.

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I – O DISCÍPULO DE JESUS É BEM-AVENTURADOBem-aventuranças como “promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus” (R.N. Champlin). “Bem-aventurado” - grego “makarismós” (μακαρισμός) - “felicidades”; hebraico“ ‘esher” (רIֶשIֶא) - “quão feliz”.Para os gregos antigos, ser “bem-aventurado” era viver livre de sofrimentos e de preocupações, ideia pagã que foi completamente apropriada pela “teologia da prosperidade”.Os próprios judeus, por influência da cultura grega, passaram a entender que a “bem-aventurança” era, principalmente, um estado de

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bem-estar material, ainda que como recompensa pela observância fiel da lei.Este significado materialista de “bem-aventurança” não tem respaldo no Antigo Testamento, pois a palavra “bem-aventurado” é quase sempre utilizada com um significado senão totalmente, predominantemente espiritual.O professor judeu David Flusser (1917-2000) demonstrou que, entre os essênios (um das seitas judaicas existentes nos dias de Jesus), como mostram os Manuscritos do Mar Morto, a ideia de “bem-aventurança” era muito próxima a que Jesus apresentou no sermão do monte, ideia esta

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despida de conotações materialistas, mas embebidas de forte conotação social e espiritual.Na abertura do sermão do monte, considerado um verdadeiro resumo da doutrina cristã, o Senhor Jesus apresenta as “bem-aventuranças”, sem apresentar nem uma só conotação material para elas, o que o Mestre repete no “sermão da planície”.As “bem-aventuranças” são nove qualidades, nove características que têm aqueles que servem a Cristo Jesus e não é nenhuma coincidência que o número de características seja o mesmo das qualidades que o apóstolo Paulo elenca como sendo “o fruto do Espírito” (Gl.5:22).

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 Ao fazer esta descrição das “bem-aventuranças”, o Senhor Jesus mostra-nos, com absoluta clareza, o que é ser “feliz”, “mais do que feliz”, o que é ser “abençoado” segundo o ponto-de-vista divino, o que, certamente, mostra quão distante das Escrituras estão os ensinos falsos da “teologia da prosperidade”.As nove bem-aventuranças, assim como as nove qualidades do “fruto do Espírito” estão também umbilicalmente relacionadas com os “dois grandes mandamentos da lei” (Mt.22:37-40), que se resumiram no “mandamento novo” de Cristo (Jo.15:12), que são as diretrizes, as regras

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essenciais para que o homem mantenha comunhão com Deus.As três dimensões das bem-aventuranças ou das qualidades do fruto do Espírito, a saber:a) a dimensão vertical – o relacionamento entre Deus e o homem;b) a dimensão horizontal – o relacionamento entre os homens;c) a dimensão interna – o relacionamento do homem consigo mesmo.

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II – AS BEM-AVENTURANÇAS ATINENTES AO RELACIONAMENTO ENTRE DEUS E O HOMEMa) “bem-aventurança dos pobres de espírito” (Mt.5:3; Lc.6:20) – reconhecimento da dependência de Deus, da necessidade de perdão dos pecados, o “espírito quebrantado”, o “coração contrito” (Sl.51:17) – o amor de Gl.5:22.b) “bem-aventurança dos que choram” (Mt.5:4; Lc.6:21) – reconhecimento de adversidade na vida, mas que são superadas pelo consolo divino, a alegria que vem de dentro para fora – a alegria(ou gozo) de Gl.5:22.

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c) “bem-aventurança dos mansos” (Mt.5:5) – o resultado do aprendizado contínuo com o Senhor (Mt.11:29), a humildade, a obediência incondicional a Deus – a mansidão de Gl.5:22.O falso ensino da “teologia da prosperidade” afasta-nos das bem-aventuranças atinentes ao relacionamento entre Deus e o homem, pois nos ensina:a) a ser soberbos, a querermos ser “ricos materialmente” em vez de “pobres de espírito”;b) a que o crente nunca pode chorar – “pare de sofrer”;c) a mandarmos em Deus em vez de obedecer-Lhe.

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III – AS BEM-AVENTURANÇAS ATINENTES AO RELACIONAMENTO ENTRE OS HOMENSa) “bem-aventurança dos misericordiosos” (Mt.5:7) - a ação de fazer bem – a bondade de Gl.5:22.b)  “bem-aventurança dos limpos de coração” (Mt.5:8) – querer o bem – a benignidade de Gl.5:22.c)  “bem-aventurança dos pacificadores” (Mt.5:9) – ter paz com Deus e levar a paz de Deus aos outros – a paz de Gl.5:22.

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O falso ensino da “teologia da prosperidade” afasta-nos das bem-aventuranças atinentes ao relacionamento entre os homens, pois nos ensina a:a) ser egoístas, querendo apenas o bem próprio e não do outro;b) ter inveja da prosperidade material dos outros, móvel para a ganância;c) competir, ser individualistas, o que promove a dissensão e a contenda.

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IV – AS BEM-AVENTURANÇAS ATINENTES AO RELACIONAMENTO DO HOMEM CONSIGO MESMOa) “bem-aventurança dos que têm fome e sede de justiça” (Mt.5:6; Lc.6:21) – ter falta da justiça divina e buscar a Deus em virtude disto, sabendo aguardar novos céus e terra onde ela existirá – a temperança de Gl.5:22.b) “bem-aventurança dos perseguidos por causa da justiça” (Mt.5:10) – perseguir a justiça, buscar a Deus, e, em razão disto, ser perseguido neste mundo, sabendo esperar a ação de Deus – a longanimidade de Gl.5:22.

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c) “bem-aventurança dos injuriados e perseguidos por causa do nome de Jesus” (Mt.5:11,12; Lc.6:22) – suportar as ofensas por servir a Cristo, sabendo que seu galardão está nos céus – a fé (fidelidade) de Gl.5:22.O falso ensino da “teologia da prosperidade” afasta-nos das bem-aventuranças atinentes ao relacionamento do homem consigo mesmo, pois nos ensina a:a) ter falta apenas das coisas desta vida, pouco se importando se há injustiça apesar de possuirmos as benesses deste mundo;

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b) não perseguir a justiça, mas, sim, as coisas desta vida, querendo conforto e não perseguição;c) jamais ter perdas nesta vida e buscar galardão aqui na Terra.Jesus Cristo apresenta-nos as características dos Seus discípulos, que são as bem-aventuranças.A “teologia da prosperidade” quer nos afastar destas características, não quer que sejamos discípulos de Jesus. Por que, então, confiarmos nestas mentiras? Fiquemos com a Palavra de Deus, fiquemos com o Senhor Jesus, que é a verdade (Jo.14:6)!!

Slide Compilado pelo Ev. Ventura Neto do Plano de Aula do Prof. Ev. Caramuru Afonso Belenzinho SP.