Lição 8 ebd 2014

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Daniel teve o privilégio de desvendar e trazer ao monarca caldeu, o conhecimento dos acontecimentos vindouros,compreendidos desde o seu reino até a vinda gloriosa doReino Milenar Messiânico.

Deus confirma ao profeta tudo que havia mostrado aNabucodonosor e acrescenta um fato novo: o surgimento deum poder que haveria de perseguir e tentar extinguir os santosdo Altíssimo.

Confirma também a passagem do reino, hoje nas mãos dosgovernantes terrenos, para o domínio dos Seus santos.

I - LEÃO – O PRIMEIRO IMPÉRIO - Dn 7.1-8

O Império Babilônico, representado na grandeestátua pela cabeça de ouro (Daniel 2:32), éapropriadamente representado aqui por umleão, o primeiro desses quatro grandes animais(Daniel 7:4). O profeta Jeremias se refere àBabilônia como um leão (Jeremias 4:6 e 7). Ossímbolos de Babilônia são todos superlativos: Oouro (uma representação de Babilônia,conforme Daniel 2:38) é o mais precioso dentretodos os metais; o leão é o rei dos animais; aáguia é o rei do ar. A Babilônia foi um reino ricoe poderoso. Exerceu o seu domínio de 606 a538 a.C. Quanto às asas de águia sem dúvidadenotam a rapidez com que Babilônia estendeusuas conquistas sob o reinado deNabucodonosor. Ao lhe serem arrancadas asasas, lembre-se do que aconteceu comNabucodonosor (Daniel 4:33 e 34).

II - URSO – O SEGUNDO IMPÉRIO - Dn 7.1-8

O Império Medo-Persa, simbolizado na grande estátua pelo peito e braços de prata (Daniel 2:32 e 39), é aqui representadopelo segundo animal, semelhante a um urso. Dominou de 538 a 331 a.C. O animal tinha três costelas na boca,simbolizando a conquista de três reinos: Babilônia, Egito e Lídia, que deram grande poder aos persas. A profecia indica queo urso se “levantou de um lado”. A história confirma que, apesar de os Medos e Persas terem se unido nas batalhas, osPersas eram mais fortes. Uma outra referência quanto a esta desigualdade de forças, nós encontramos registrado emDaniel 8:3, onde diz que o carneiro tinha dois chifres. Eles eram altos, mas um era mais alto do que o outro. O carneirorepresentava a Medo-Persa (Daniel 8:20).

III - LEOPARDO – O TERCEIRO IMPÉRIO - Dn 7.1-8

A Grécia é simbolizada na grande estátua pelo ventre e coxas de bronze Daniel 2:32 e 39). Este poderosoImpério é aqui representado pelo terceiro animal, semelhante a um leopardo. A própria Bíblia confirma aseqüência destes reinos. Grécia é também representada pelo bode (Daniel 8:21), o qual derrotou ocarneiro, uma representação da Medo-Persa (Daniel 8:20). Grécia governou o mundo de 331 a 168 a.C. Oanimal tinha nas costas quatro asas de ave. As quatro asas representam a grande velocidade nas conquistas.A Grécia, sob o comando de Alexandre, o Grande, literalmente voou em sua conquista de dominação domundo. A profecia relata que este animal tinha quatro cabeças, significando que, com a morte prematurade seu maior comandante, Alexandre, o Grande, quatro generais o substituíram. Eram eles: Cassandro(Macedônia), Lisímaco (Trácia), Ptolomeu (Egito) e Seleuco (Síria).

IV - ANIMAL TERRÍVEL E ESPANTOSO – O QUARTO IMPÉRIO - Dn 7.1-8

O quarto animal (7.7,8,11,19-24) corresponde às pernas e pés da estátua do capítulo 2, ou seja,ao Império Romano, e ainda à sua última forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus.Tinha dez chifres. Entre esses dez surgiu um pequeno. Três dos outros foram derrubados pelochifre pequeno (vv. 8,24).O quarto império mundial dos tempos dos gentios: Roma. Período: 146 a-C- a 476 d.C.quandose deu a queda de Roma. Tinha dez chifres (Dn 7.7,8,19-24). O quarto animal (7.7,8,11,19-24)corresponde às pernas e pés da estátua do capítulo 2, ou seja, ao Império Romano, e ainda à suaúltima forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus. Tinha dez chifres. Entre esses dezsurgiu um pequeno. Três dos outros foram derrubados pelo chifre pequeno (vv. 8,24).

O chifre pequeno (7.8)

O Anticristo. Ele, ao emergir entre os dez reinos,abaterá três reis. Essa expressão do ImpérioRomano em dez reinos ainda não ocorreu, poisquando esse império deixou de existir tinhaapenas duas formas, correspondentes às duaspernas da estátua do capítulo 2, isto é, o ImpérioRomano do Ocidente e o Império Romano doOriente. O primeiro caiu em 476 d.C. O segundo,em 1453. A divisão do império em dois deu-se em395 d.C. Portanto, os fatos proféticos do versículo8 são ainda futuros, como bem mostra o livro deApocalipse. O versículo 8 em apreço revelatambém que o Anticristo será muito inteligente("olhos" - vv. 8,20), e também um oradorinflamado e magnetizador de massas ("boca quefalava com insolência" - vv. 8,20). Com issoconcorda Apocalipse 13.5,6. [3]

INTERPRETAÇÃO

A décima primeira ponta, que se levantou entre as dez, representa o mandatário da Igreja de Roma. Para se estabelecer, derribou três das dez tribos: Hérulos, Vândalos e Ostrogodos. O profeta Daniel descreve as atividades desta ponta pequena, a sua arrogância, os seus desafios a Deus e como conseguiu mover uma intensa perseguição aos santos do Altíssimo.A profecia fornece vários elementos que ajudam a fazer uma identificação correta:a) O chifre pequeno surge do quarto animal (7:8 e 24);b) A ascensão do chifre pequeno tem-se consolidado depois do colapso e a divisão do império romano em dez partes;c) Ele era pequeno no início, mas com o passar do tempo veio a tornar-se maior do que os outros chifres (7:20);d) Diante desse chifre deveriam cair três outros, de modo que, a fim de ter espaço para exercer sua grandeza, três poderes são eliminados (7:8 e 24);e) Nesse chifre havia olhos como os de homem, e uma boca que falava com insolência, dirigindo suas palavras contra o Altíssimo (7:8 e 25);f) Ele haveria de destruir os santos do Altíssimo (7:25);g) Uma de suas pretensões seria mudar os tempos e a lei (7:25);h) Foi-lhe concedido poder especial durante um tempo, dois tempos e metade dum tempo (7:25).

1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14).

A escatologia está sendo abandonada por muitasigrejas e pregadores, porque entendem que a igrejanão deve se preocupar com Israel, nem com o seufuturo. Algumas igrejas e pregadores preferem umateologia horizontalizada que se preocupa,essencialmente, com “o aqui e agora”, com o “hoje”.Ensinam alguns que as profecias de Daniel eApocalipse têm um caráter apenas alegórico e quepode ser descartado por temas atuais. Entretanto,não podemos descartar a importância dessasprofecias que apontam para o futuro.

III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM

A visão (vv.13, 14).

“e eis que vinha nas nuvens do céuum como o filho do homem”

(7.13,14). Nestes dois versículos,Daniel chega ao clímax das visões erevelações. A Palavra de Deus nuncase contradiz nem submerge comcontradição. Pelo contrário, ela secomplementa, se interpreta e seaplica a si mesma conforme asnecessidades dos que servem a Deus.

2. O “Filho do Homem” (VV.13,14)

Uma tradução do aramaico bar'enas e do grego huios touanthropou. A expressão tem vários significados nas Escrituras,dependendo do contexto. Em Salmos 8.4, significa "homem"em geral; em Ezequiel 2.1, enfatiza a diferença entre o profetahumano e o Senhor que fala com ele e por meio dele; emDaniel 7.13, a expressão refere-se a uma figura semelhante aum ser humano, mas também sobrenatural, líder dos santosdo Altíssimo (Dn 7.18); enquanto no Novo Testamento aexpressão é normalmente usada como um título para o SenhorJesus (exceto em Apocalipse 1.13; 14.14).

3. A Grande Tribulação (vv.24,25).

“tempo, tempos e metade de um tempo” (7.25). Esse textoaponta, literalmente, o período de tempo em que ocorreráum grande sofrimento no mundo, especialmente, contraIsrael. Será o período quando “o chifre pequeno”, e nalinguagem do Novo Testamento o “anticristo”, firmará oconcerto com Israel por “uma semana” (Dn 9.27). Esseperíodo ganha uma linguagem metafórica quando fala de“um tempo, e tempos, e metade de um tempo”(v. 25). Esseperíodo equivale a “três anos e meio”, ou a “42 meses”, ou“a 1260 dias” (Dn 12.7; 9.27; Mt 24.21,22; Ap 7.14).

III - A VINDA DO FILHO DO HOMEM

A visão (vv.13, 14).

“e eis que vinha nas nuvens do céuum como o filho do homem”

(7.13,14). Nestes dois versículos,Daniel chega ao clímax das visões erevelações. A Palavra de Deus nuncase contradiz nem submerge comcontradição. Pelo contrário, ela secomplementa, se interpreta e seaplica a si mesma conforme asnecessidades dos que servem a Deus.

2. “Os santos do Altíssimo” (v.18).

“os santos do Altíssimo” (7.18). Quem são?Os amilenistas que negam a literalidade do Milênio e o veem alegoricamente, isto é, não creem nesta realidade; “ossantos do Altíssimo” são os anjos. Na visão milenista e pré-tribulacionista, “os santos do Altíssimo” são,indubitavelmente, os judeus (Dn 7.21; 9.24; Ap 13.7; 17.6). Jesus Cristo, “o filho do Homem” reinará literalmente naterra por mil anos. Esses santos são, de fato, os judeus fiéis salvos quando o Messias voltar para reinar literalmente. Oreino milenar não é para a igreja de Cristo, mas é para os judeus e o mundo depois da Grande Tribulação. O milênionão é mera alegoria. O milênio será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer opoder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta. Segundo o autor D. Pentecost, diz que“o propósito original de Deus era o de manifestar sua absoluta autoridade, e este propósito se realizará quando Cristoreunir a teocracia terrenal com o reino eterno de Deus.

3. Destruição do Anticristro(vv.26,27).

Até chegar a esse ponto, Cristo descerá sobre a terra literal evisivelmente sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14.1-4). Cristo éo Messias sonhado e desejado por Israel e virá para essepovo. Na sua vinda gloriosa e visível, especialmente paraIsrael promoverá espanto no mundo inteiro. O Diabo saberáque o seu poder de destruição do povo de Israel estarádetido. O Messias, Jesus Cristo, então, destruirá esse reiblasfemo e déspota, o Anticristo, e assumirá com autoridadeo governo do povo de Deus naqueles dias e iniciará seugoverno milenar na terra. “E o reino e o domínio, e amajestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados aopovo dos santos do Altíssimo” (7.27). O Anticristo nãopoderá resistir ao poder daquEle que é mais poderoso doque ele, que é o Senhor Jesus Cristo o qual destruirá aoAnticristo e tomará o seu domínio e o passará aos “santos doAltíssimo” que são israelitas naqueles dias.

CONCLUSÃO

Depois da visão do quarto animal e do chifre pequeno que perseguiu os santos, o profeta Daniel viu que um tribunal foi instalado, presidido por nosso Deus Altíssimo (Daniel 7:9 e 10). O tribunal se assentou em juízo para:

a) Tirar o domínio do animal e posteriormente destruí-lo, queimando-o no fogo (Daniel 7:11). Ver também Apocalipse 19:19 e 20;

b) Enviar o Filho do Homem (Jesus Cristo) para tomar posse de Seu reino sobre os povos, nações e línguas, quando os santos assumirão parte deste governo (Daniel 7:13, 14 e 27). Ver também Apocalipse 11:15; 7:9 e 10; 20:6.

Estas cenas vistas pelo profeta Daniel são revelações do futuro, que atestam a vinda gloriosa do Messias e a implantação de Seu Reino na Terra.

O fato de que em meio a um capítulo cheio de monstruosas bestas e chifres, esse mesmo Deus nos faz recordar que Ele tem cuidado de nós, de que Ele realmente toma conhecimento de tudo o que ocorre conosco. Ele é o nosso muito amante Pai Celestial que deu o Seu único Filho para nos salvar (João 3:16).