LICAO11 O HOMEM VESTIDO DE LINHO

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  • Igreja Evanglica Assembleia de Deus Recife / PESuperintendncia das Escolas Bblicas Dominicais

    Pastor Presidente: Alton Jos AlvesAv. Cruz Cabug, 29 Santo Amaro CEP. 50040 000 Fone: 3084 1524

    LIO 11 O HOMEM VESTIDO DE LINHO - 4 TRIMESTRE 2014 (Dn 10.1-6; 9,10,14)

    INTRODUOVeremos que os trs ltimos captulos de Daniel constituem uma unidade proftica, pois, no anunciam novos

    orculos. Estes ltimos captulos (Dn 10 a 12), preenche os detalhes do futuro de Israel, concentrando-se no perodo doAnticristo e na questo relacionada com "as ltimas coisas" a saber: a Grande Tribulao, a ressurreio dos mortos, asrecompensas e os castigos finais. Estudaremos tambm a viso do homem vestido de linho, que uma apario de Cristono Antigo Testamento.

    I INFORMAES SOBRE A VISO DE DANIEL CAPTULO 10Os captulos 10, 11 e 12 de Daniel faz parte da ltima viso do profeta Daniel. Como vimos em lies

    passadas, Daniel viveu tempo suficiente para ver a profecia de Jeremias se cumprir e o primeiro grupo de judeus exiladosvoltar para a terra e comear a reconstruir o templo. Se o profeta, como j estudamos em lies passadas, estava entre 14a 17 anos quando foi levado para a Babilnia. Ento na poca desta viso, ele estava entre seus 80 e 87 anos, algunssugerem 90. A viso foi dada no ano terceiro de Ciro (Dn 10.1), dois anos aps o retorno dos judeus Palestina. Ora,Ciro decretou o regresso dos judeus do Exlio no primeiro ano do seu reinado (Ed 1.1-5). Ento o terceiro ano deCiro, rei da Prsia era (c. 536 a.C.). A restaurao e a reconstruo do templo j comeara (Ed caps. 1 ao 3), mas foiinterrompido por presso dos inimigos (Ed 4.4-5). Tais notcias devem ter ferido o corao de Daniel estimulando-o abuscar a face de Deus uma vez mais. Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por trs semanas... (Dn 10.2,3)(ADEYEMO et al, 2012, p. 1034).

    II ANALISANDO A REVELAO DE DANIELO fato de Daniel estar junto ao rio Hidquel (rio Tigre) oferece-nos a razo dele no ter voltado a Jerusalm com

    os demais peregrinos. Aparentemente, esse retorno era impossvel para Daniel, primeiro devido sua idade, segundo porcausa de suas ocupaes como um dos administradores do imprio (Dn 6.1-3). possvel que sua presena no rio Tigre sedevesse a negcios do governo, e a o profeta v em viso o prprio Filho de Deus na sua preencarnao (GILBERTO,1984, p. 53), atravs de uma teofania, do grego theos Deus e phania manifestao em forma humana (cap. 10)(ANDRADE, 2006, p. 339). Daniel registrou o momento em que recebeu esta viso: No dia vinte e quatro do primeiroms, estando eu borda do grande rio Tigre (Dn 10.4). Analisemos esta viso:

    2.1 A preocupao do profeta Daniel (Dn 10.1-3). Daniel havia jejuado, orado e no se ungiu com leo durante trssemanas enquanto buscava o Senhor. Um dos motivos para isso era, provavelmente, sua preocupao com os quasecinquenta mil judeus que haviam sado da Babilnia e viajado para sua terra natal a fim reconstruir o templo. Uma vezque Daniel tinha acesso a relatrios oficiais, sem dvida ficou sabendo que o remanescente havia chegado em seguranaem Jerusalm e que todos os tesouros do templo estavam intactos. Tambm deve ter ouvido que os homens haviamlanado os alicerces do templo, mas que o trabalho havia sofrido oposio e, por fim, parado (Ed 4). Sabia que seu povoestava sofrendo privaes na cidade arruinada de Jerusalm e perguntou-se se Deus iria deixar de cumprir as promessasque havia feito a Jeremias (Jr 25.11, 12; 29.10-14) (WIERSBE, 2010, p. 368).

    2.2 O duplo sentido dos 70 anos. possvel que Daniel no tivesse compreendido que a profecia dos setenta anos tinhauma aplicao dupla, primeiro para o povo e depois para o templo. Os primeiros judeus foram deportados para aBabilnia em 605 a.C., e os primeiros cativos voltaram em 535 a.C., exatamente setenta anos depois. O templo foidestrudo pelo exrcito babilnio em 586 a.C., e o segundo templo foi completado e consagrado em 516 a.C., outroperodo de exatamente setenta anos. Daniel estava aflito para que a Casa do Senhor fosse reconstruda o quanto antes,mas no percebeu que Deus estava realizando seus planos com perfeio. As obras foram interrompidas em 536 a.C.,continuaram em 520 a.C. e foram completadas em 516 a.C. Esse adiamento de dezesseis anos manteve tudo dentro docronograma. (WIERSBE, 2010, p. 368).

    III - UMA VISO EXTRAORDINRIA

    3.1 O MOTIVO DO JEJUM DE DANIEL. Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por trs semanas completas(Dn 10.2). A razo do seu lamento e tristeza acompanhada de jejum certamente explicada pela data mencionada noversculo 1: "No terceiro ano de Ciro". que por volta do terceiro ano de Ciro, a obra iniciada da reconstruo dotemplo, fora embargada (Ed 1-3; 4.4,5). Daniel, como patriota e membro da nao eleita, preocupava-se com o futuro desua nao; como j vimos este exemplo na sua orao do captulo 9. Contudo, havia ainda outro motivo para Daniel jejuare orar: desejava entender melhor as vises e profecias que j havia recebido e ansiava por mais revelaes do Senhorsobre o futuro de israel.

  • 3.2 A DURAO DO JEJUM DE DANIEL. Alimento desejvel no comi, nem carne nem vinho entraram naminha boca... at que se cumpriram as trs semanas (Dn 10.3). O presente versculo apresenta um jejum intensivo feitopor Daniel por 21 dias. A perseverana do profeta na orao e no jejum por trs semanas pela situao do povo emJerusalm ocasionou a resposta divina (Dn 10.12). O israelita jejua quando est de luto (1Sm 31.13; 2Sm 1.12; 3.35), ouquando est em graves dificuldades e espera de Deus o auxlio de que necessita (2Sm 12.16; 1Rs 21.27; Sl 35.13).Tambm se jejua em preparao para receber a revelao de Deus, como bem pode ser depreendido do texto de x 34.28e do presente texto, ou antes de um empreendimento difcil (Ed 8.21-23; Et 4.16) (SILVA, 1986, p. 187).

    3.3 O TEMPO DO JEJUM DE DANIEL. E no dia vinte e quatro do primeiro ms... (Dn 10.4). Algunspesquisadores defendem que trs dias depois do fim de seu jejum de trs semanas, Daniel teve uma viso assustadoraquando estava beira do rio. J outros dizem que a expresso no dia vinte e quatro do primeiro ms quer dizer queDaniel iniciou esta abstinncia no terceiro dia do ms e concluiu no 24 dia. O rio Hidquel traz este nome que em assrioe grego corresponde ao rio Tigre. Era um dos rios que assinalavam a localizao do jardim do den (Gn 4.2,14) (SILVA,1986, p. 187).

    3.4 A RESPOSTA DO JEJUM. "[] o prncipe do reino da Prsia". (Dn 10.13). Esse prncipe no era de origemterrena, tratava-se de um anjo diablico to forte, que a vitria s foi decidida quando Miguel, o poderoso arcanjo, entrouem ao e assim a resposta da orao chegou a Daniel (Dn 10.13). Assim como Deus tem anjos que protegem naes,Satans tambm tem os dele, que operam, mas a seu modo. Ao que parece, h anjos perversos especficos incumbidos nasdiversas naes; que alguns estudiosos de angelologia chamam esses seres de "espritos territoriais". Esse anjo mau daPrsia controlava os destinos desse pas, mas foi desbancado pelos anjos de Deus. E eu obtive vitria sobre os reis daPrsia (v. 13) (GILBERTO, 1984, p. 55).

    3.5 GABRIEL E MIGUEL: DOIS MENSAGEIROS DO SENHOR. "[] e eis que Miguel, um dos primeirosprncipes, veio para ajudar-me..." (v.13). A expresso "primeiros" literalmente "principais". Isto mostra que os anjosdividem-se em categorias, j a palavra "prncipe", no hebraico "sor", corresponde a chefe; aquele que domina. Oarcanjo Miguel anjo guardio de Israel (Dn 10.21; 12.1). A palavra arcanjo do grego archangelos significa anjoprincipal. O prefixo arch sugere tratar-se de um anjo chefe, principal ou poderoso. Na Bblia Sagrada, maisprecisamente em Judas v.9 e I Tessalonicenses 4.16, aparece a meno de apenas um arcanjo: Miguel. Seu nome emhebraico significa: Quem como Deus. Nas Escrituras, Miguel descrito como: o arcanjo (Jd v.9); o lder das hostesanglicas no conflito com Satans e os seus anjos maus (Ap 12.7); um dos primeiros prncipes (Dn 10.13); vossoPrncipe (Dn 10.21); e o grande prncipe, defensor dos filhos do teu povo (Dn I2.I). Gabriel, cujo nome quer dizerhomem de Deus ou heri de Deus. Significa, tambm, o poderoso, evidenciando o que o nome sugere(GILBERTO et al, 2008, p. 454,455).

    IV - A DESCRIO DO HOMEM VESTIDO DE LINHOSe considerarmos como dizem alguns telogos que esse homem vestido de linho dos versculos 5 ao 9 o

    mesmo ser que tocou e falou com Daniel nos versculos 10 a 15, ento, teramos de optar por Gabriel ou algum outroanjo, pois impossvel que Jesus precisasse da ajuda de Miguel para derrotar um anjo perverso como est escrito noversculo 13. Contudo, o ser que tocou Daniel e que falou com ele nos versos 10 a 15, no foi o mesmo homem vestidode linho que lhe apareceu na viso anterior. A descrio do homem vestido de linho assemelha-se a descrio doCristo glorificado que encontramos em (Ap 1.12-16), e a reao de Joo frente a este homem E, eu, quando vi, ca aseus ps como morto... (Ap. 1.17) foi a mesma de Daniel ... e no ficou fora em mim; e transmudou-se em mim aminha formosura em desmaio, e no retive fora alguma (Dn 10.5). Esse homem em ambas referncias era o Cristopr-encarmado, pois a linguagem semelhante nestes dois livros e as caractersticas tambm so as mesmas (Dn 10.5-9;comparar com (Ap 1.12-20). O ponto de vista da maioria dos estudiosos da escatologia bblica, que de fato, a pessoade Jesus no livro de Daniel. A vestimenta de linho fino, a veste celeste, os lombos cingidos de ouro puro, o seu corpoluzente como berilo, o rosto como um relmpago, os olhos como tochas de fogo, os braos e os ps luzentes e como sefossem de bronze polido, e a voz como a voz de muitas guas, so caractersticas INERENTES EXCLUSIVAMENTEao Filho de Deus e no de algum anjo seu.

    CONCLUSOVimos que apesar de ter vivido durante oito dcadas numa terra pag, Daniel manteve seu corao e sua vida

    puros diante de Deus. Orava para que o remanescente que habitava em Jerusalm fosse um povo santo para o Senhor, afim de que fossem abenoados em seu trabalho.

    REFERNCIAS ADEYEMO, Tokunboh. Comentrio Bblico Africano. Mundo Cristo. GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD. _______________. et al. Teologia Sistemtica. CPAD. SILVA, Severino Pedro da. Daniel versculo por versculo. CPAD. STAMPS, Donald C. Bblia de Estudo Pentecostal. CPAD. WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento. Vol. IV. Geogrfica.