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‘Vale do Silício’ brasileiro SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/009 Operação Limpeza A opção da indústria pela produção mais limpa Lições da Crise ‘Vale do Silício’ brasileiro Região de Petrópolis (RJ) desponta como polo de tecnologia Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades” Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades”

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‘Vale do Silício’ brasileiro

SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/�009

Operação LimpezaA opção da indústria pela produção mais limpa

Lições da Crise

‘Vale do Silício’ brasileiroRegião de Petrópolis (RJ) desponta como polo de tecnologia

Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades”Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades”

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Orestes QuérciaPresidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.

Recentemente, um grupo de empresas lançou um compromisso

com a prática de produção sustentável. Para reduzir a emissão de

poluentes, elas concordaram em assumir uma série de procedimentos

unindo os conceitos de desenvolvimento e sustentabilidade.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)

não assinou o documento, mas, com a antecedência de meses,

promoveu a Conferência de Produção Mais Limpa, com base nessa

consciência que vem contaminando (no bom sentido) o mundo em-

presarial. Para falar sobre o assunto, entrevistamos nessa edição

Paulo Skaf, o presidente da federação.

Skaf e as indústrias associadas da Fiesp chamaram as univer-

sidades para se empenharem no esforço pela pesquisa de novas

tecnologias e uso de fontes de energia renovável.

Também peso-pesado da indústria, nosso outro entrevistado

é o presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, que veio repassar

uma lição de casa aos atuais e aos aspirantes capitães de empre-

sas: como se comportar em tempos de crise.

Experiente timoneiro, ele adotou a prática de manter os tri-

A força da combinação educação e tecnologia

pulantes calmos e de conservar todos a bordo do navio, até a

tempestade passar. Notem que não estamos nos referindo à for-

mação de marola, mas da intempérie financeira que envolveu o

Planeta, cujos efeitos ainda não foram totalmente absorvidos.

Assim, quando tudo voltar ao normal, a nave que se mantiver

intacta estará em posição de vantagem em relação às demais.

Ainda sobre desenvolvimento, a combinação educação e tecno-

logia é essencial para o crescimento das nações. Nunca é demais

bater nessa tecla. Os países que adotaram essa estratégia logra-

ram alcançar um índice invejável de bem-estar para seus concida-

dãos. Como acreditamos nessa premissa, fomos buscar em algumas

cidades-polo de tecnologia os nossos “Vales do Silício”, regiões que

vêm se firmando no campo da pesquisa tecnológica do País.

Os homens sérios deste País têm que assumir, assim como

fizeram as empresas que nos referimos acima, um pacto sério de

compromisso com a educação e com o desenvolvimento tecnoló-

gico. Esse é o caminho, e os exemplos começam a pipocar aqui e

acolá. Vamos lutar para que se espalhem pelo Brasil inteiro.

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NOTAS |

Cultura, imagem, música e boa alimenta-

ção. Características peculiares de um restauran-

te aniversariante que propõe dedicação e bom

atendimento aos seus clientes

Em meio ao formalismo e a rigidez do am-

biente corporativo, há um espaço onde os do-

miciliados do Centro Empresarial de São Paulo

podem fazer as suas refeições no Restaurante

Cult em um ambiente descontraído que come-

mora um ano neste mês de setembro.

A administração fica por conta do empresá-

rio Marcelo Porto, formado em Comércio Exterior

e gastronomia com o Chef Nicolau Rosa. Com

o objetivo de atender melhor as exigências de

seus clientes e aperfeiçoar seus conhecimentos,

ele decidiu fazer o MBA em gastronomia na

Universidade Anhembi Morumbi.

Segundo Marcelo, o Restaurante Cult é uma

extensão do Café Cultura, localizado no bairro do

Itaim Bibi, que pertence à sua família, atuante na

área de gastronomia há mais de �0 anos. A pro-

posta do Cult é oferecer ao público do Centro Em-

presarial um momento de “cultuar as coisas boas

da vida”. Entre elas, o prazer de se alimentar.

O restaurante oferece aos clientes um menu

diversificado e elaborado cuidadosamente com

carnes, frutos do mar, especiarias e sobremesas,

a um custo super acessível, tornando o momen-

to de almoço um verdadeiro prazer.

Arte e Gastronomia em um só lugar

Os frequentadores do restaurante ainda

podem desfrutar de um ambiente cultural com

exposição de fotografias de pontos turísticos da

cidade de São Paulo, boa música e referências

cinematográficas.

“Há quem frequente o restaurante pela en-

tradinha, oferecida ao sentar à mesa”, acrescen-

ta o empresário.

Para festejar e presentear os clientes do Cult

em comemoração de 1 ano de existência, Mar-

celo e a direção de marketing do restaurante

preparam atividades especiais e diferenciadas,

que acontecem em todo o mês de setembro.

Visite o site http://www.culgastronomia.com.br/

e conheça um pouco mais das novidades da

casa. •

Marcelo Porto

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O Centro Empresarial de São Paulo contra-

tou a Johnson Controls para uma reforma em

sua central de água gelada. Foram instalados

três Chillers YK, marca YORK, fabricados pela

Johnson Controls, que operam com gás refrige-

rante ecológico e geram �100 TRs de refrigera-

ção, resultando na redução dos gastos com a

produção de frio em cerca de �0 a �0%.

A instalação de modernos chillers otimiza-

ram o sistema de ar condicionado, garantindo

maior eficiência energética. Foi atualizado o

gerenciamento da operação das controlado-

ras dos fan-coils, sistema de automação que

condiciona a temperatura dos ambientes de

escritórios e lojas, espalhados nos andares dos

edifícios.

Com esse sistema, ao invés de os opera-

dores circularem pelos andares para alterar a

temperatura manualmente a cada mudança

climática, o controle será feito de uma sala

que supervisiona todo o sistema do Centro

Empresarial, fazendo a alteração de maneira

rápida e eficiente.

O novo sistema começou a operar em

abril de �009. Ele coordena a operação das

mais de �00 controladoras de fan-coils e per-

mite que toda a programação do sistema de

ar-condicionado seja feita numa tela de com-

putador. Assim, os ajustes de temperatura

são imediatos e eliminam o serviço manual,

proporcionando redução de gastos e tempo

de manutenção.

“O sistema Metasys de gerenciadoras

NAE e controladoras de fan-coil regulam com

maior eficiência a temperatura nos ambientes

de trabalho e escritórios, possibilitando maior

conforto térmico para as pessoas e melhor

gestão da temperatura pela central de água

gelada. O Centro Empresarial elimina custos

desnecessários, otimiza tempo e gera eficiên-

cia energética, em função da gestão integrada

das unidades instaladas, além de aumentar

a satisfação de seus usuários”, explica Emílio

Miranda, gerente de Contas da área de Siste-

mas, da Johnson Controls. •

A GE Enterprise Solutions reuniu cinco uni-

dades de negócios em um único local: o Cen-

tro Empresarial de São Paulo. Segundo Karla

Cheli, do Departamento de Marketing da GE

FanucSolutions, “a idéia do grupo de usar um

endereço único é para gerar sinergia, escala e

padronizar processos”.

Na nova sede estão as unidades GE Fanuc,

Digital Energy, Inspection Tecnologies, Security

e Sensing. “Temos um espaço maior e bem

planejado, com sala de demonstração das solu-

ções aos clientes, laboratórios por equipamento

e sala de treinamento. Os colaboradores estão

trabalhando lado a lado, o que facilita a inte-

Automação e eficiência energética

Empresas do Grupo GE têm novo endereçogração entre as diversas áreas, desde a cotação

da solução, suporte técnico e comercial, até a

entrega do pedido ao cliente”, diz Karla.

A GE Fanuc opera há 1� anos no merca-

do brasileiro como fornecedora de soluções de

automação industrial. A companhia atende

indústrias dos segmentos de celulose e papel,

siderúrgico, tratamento de águas, geração de

energia, farmacêutica, petrolífero, açúcar e ál-

cool, utilidades, tais como Vale do Rio Doce, Cia.

Suzano, Petrobras, Grupo Nova América, além

de outros setores. As unidades GE Corporate e

GE Health Care permanecem no prédio da ave-

nida das Nações Unidas, 8�01. •

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SUMÁRIO

Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.

PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: SE-

TEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/�009 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁ-

VEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/�/1�� DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 1�.�9�) REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES:

Rita Gallo, Davi Brandão e Roberto Shinyashiki COMERCIALIZAÇÃO: Mart Bureau e Editora Tel.: �81�-���� ramal: �� FOTOS: Paulo Bareta e

Márcia D’Ambrósio IMPRESSÃO: Arvato Digital Services CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, �1� Blo-

co B ASSESSORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) ���1-��8� /Fax: (11) ���1-�1��. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS

é uma publicação do Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores

e formadores de opinião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade

de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta

publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected]

EXPEDIENTE

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O� EDITORIAL | 1� QUALIDADE DE VIDA | �� ECONOMIA | �� TI

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FINANÇAS

A crise financeira já teve reflexos no país.

Até mesmo os que acreditavam que seria ape-

nas uma “marola” já afirmaram que o reflexo na

economia será muito maior, como é o caso do

ministro da Fazendo, Guido Mantega. Apesar de

já haver consultores que afirmam que os efeitos

já passaram, é cedo para afirmar que isso real-

mente aconteceu. Assim, o que os empresários

devem fazer nesse momento? É hora de investir

ou de ficar quieto esperando a crise passar? Essa

resposta dependerá da situação que sua empre-

sa se encontra nesse momento. Mas uma coisa é

certa, isso mostra como é fundamental a educa-

ção financeira para os empresários.

O problema é que muitos empresários fi-

cam acuados pela falta de perspectiva finan-

ceira de seus negócios e param de investir,

porque não sabem a forma adequada de gerir

o dinheiro do caixa da empresa. Mas sempre

observo que em momento de crise é que se

constrói grandes impérios. Isso porque as opor-

tunidades aparecem nestes momentos já que

repensamos muitos dos nossos negócios, abrin-

do nossa visão para oportunidades que antes

não conseguíamos observar, além de passar-

mos a respeitar mais as finanças.

Assim, para o empresário sair das dificulda-

des fortalecido, a dica é muito simples: reforce

sua gestão financeira. E o primeiro passo é fa-

zer um diagnostico da atual situação da empre-

sa, ou seja, fazer uma análise aprofundada do

caixa, do que receberá e do que pagará. Sem-

pre observando essa situação em curto, médio

e longo prazo.

É importante ressaltar que a aplicação dos

recursos disponíveis nesse momento vai depen-

der das ações e metas que serão traçadas a

partir do diagnóstico da empresa. Por exemplo,

Educação financeira é fundamental para as empresas crescerem

se o dinheiro é para capital de giro, este valor

deverá ser aplicado em tipos de investimento

com disponibilidade imediata, como fundo DI. Já

para aqueles objetivos e projetos de médio pra-

zo, o dinheiro deve ser aplicado em investimen-

tos com prazos maiores, que pagam melhores

taxas, já que o mercado oferece boas taxas, vis-

to que as instituições financeiras buscam fideli-

dade. Para o longo prazo, a dica é a mesma.

Mas um alerta se faz necessário, essa é a

pior hora para o empresário que não possui ca-

pital realizar empréstimos para investimentos,

uma vez que a tendência é que os juros subam,

fazendo com que essa ação se torne uma “bola

de neve” nos próximos meses. O que levará a

empresa a rumos perigosos, podendo ocasionar

até mesmo a falência.

Empréstimos só devem ser feitos em casos

de retorno garantido. E, mesmo assim, nego-

ciando taxas de juros para índices muito abai-

xo do mercado. Caso não se tenha certeza do

retorno rápido para o dinheiro emprestado, o

melhor a fazer é manter a situação da empresa

sem alterações. Esperar o fim da crise para in-

vestir em novas idéias.

São nos momentos de crise que o merca-

do abre novas frentes para serem trabalhadas.

O empresário empreendedor deve observar o

que está interferindo neste momento de crise

em seu negocio e combater com alternativas

inovadoras, mantendo o ânimo de toda equi-

pe. É muito importante que a insegurança do

mercado não reflita nas lideranças da empresa,

pois isso poderá ser fatal para a sua saúde fi-

nanceira. O momento é de assumir a liderança

com atitudes positivas.

Motivar e mostrar o verdadeiro momento vi-

vido são importantes, sem pessimismo, mostran-

do que a estabilidade dependerá muito do em-

penho de todos para melhorar a produtividade.

Também é importante mostrar a importância de

novas ideias dos colaboradores, mostrando op-

ções para a empresa crescer nesse momento de

crise, pois, muitas vezes, eles conhecem melhor

o mercado e os riscos do ramo em que a atuam.

Infelizmente, o momento não é de contratações.

Assim, os problemas devem ser resolvidos por

seus próprios líderes e colaboradores.

Empreender, ser empresário no Brasil ou

em qualquer lugar do mundo é correr risco, ser

flexível nos momentos difíceis, vibrar pelas con-

quistas e, principalmente, combater de frente

os obstáculos, buscando alternativas e novas

opções de negócios, porque onde existe crise

existe oportunidade e lucros.

Reinaldo Domingos, consultor e terapeuta fi-nanceiro, presidente do DiSOP Instituto de Educa-ção Financeira (www.disop.com.br), autor dos Livros Terapia Financeira e O Menino do Dinheiro (Editora Gente) e presidente do Grupo Confirp, referencia em contabilidade no Brasil

REINALDO DOMINGOS

Reinaldo Domingos

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TELECOMUNICAÇÕES |

Instalar uma empresa exige, quase sem-

pre, gastos em infraestrutura de telecomuni-

cações. As empresas que funcionam no Centro

Empresarial de São Paulo, no entanto, podem

se dedicar exclusivamente ao seu negócio

principal sem precisar se preocupar com esse

requisito.

A Associação dos Usuários do Sistema de

Telecomunicações e Afins do Centro Empresa-

rial de São Paulo (Austacem) garante para todo

o complexo de escritórios o fornecimento de

sistemas completos de telefonia, com ramais

analógicos, digitais e a base de IPs, infraes-

trura de dados, acesso a internet, soluções de

multimídia e de call centers.

O modelo de serviços de telecomunicação

da Austacem é um diferencial do Centro Empre-

sarial de São Paulo. Ele constitui uma marca do

empreendimento desde sua origem, em 19��.

A criação de uma associação que provê todos

os recursos de telecomunicações aos condômi-

nos foi uma solução original que acabou se

reinventando ao longo de sua existência. Hoje,

essa entidade, sem fins lucrativos, apresenta

aos usuários os mais variados recursos e o que

há de mais novo no mundo nas telecomuni-

cações.

FlexibilidadeA Austacem cobra pelos serviços que as

empresas demandam. Se a necessidade é,

por exemplo, de �0 ramais, serão fornecidos

Eficiência e tecnologia de pontaServiço de telecomunicações do Centro Empresarial de São Paulo se reinventa permanentemente

os �0. Se a empresa quiser ampliar ou reduzir,

conforme sua necessidade de expansão ou de

redução, basta redimensionar. Há total flexibili-

dade para obtenção da quantidade de ramais

desejada, pelo prazo que for necessário, inclu-

sive inferior a um mês.

Profissionais treinados e capacitados aten-

dem todas as demandas dos usuários. Com �0

funcionários, a Austacem dispõe de equipes

que cuidam da programação, da administração

de call centers, da tarifação, das redes corpora-

tivas, do tráfego com as operadores, além de

desenvolverem projetos e instalações.

O chefe da Seção de Telecomunicações da

Austacem, Renato Marquart, explica que a ma-

nutenção é gratuita, sem ônus para o cliente,

e feita de forma imediata. “Quando solicitada,

a equipe de manutenção se apresenta em até

�� minutos no local de onde foi feito o chama-

do para a realização dos serviços requisitados,

seja troca de fiação ou de aparelhos ou repro-

gramação na central telefônica.”

Tarifas e controlesAs empresas têm à sua disposição equi-

pamentos e facilidades como aparelhos ana-

lógicos e digitais, correio de voz, desvio de

chamada, identificador, transferência, audio-

conferência, videoconferência, entre outros.

Tudo isso com tarifas diferenciadas.

Como o Centro Empresarial é grande e

absorve muitas empresas num único espaço,

ele tem um poder de barganha junto às ope-

radoras. A Austacem trabalha hoje com 11 de-

las. Pode, portanto, negociar preços com elas

e obter valores bem mais baixos do que se

cada empresa negociasse isoladamente. “Todo

esse poder de negociação e os benefícios ad-

vindos dele são revertidos para o usuário, que

passa a dispor de tarifas bastante atraentes”,

diz Marquart.

Toda a tarifação é realizada pela própria

Austacem. Isso permite que os usuários pos-

sam controlar via internet as tarifas incidentes

em cada ramal. Todas as ligações ficam dispo-

níveis on line no máximo �8 horas após serem

efetuadas. Esse modelo foi implantado há três

anos e é um sucesso para o controle e raciona-

lização das contas telefônicas.

Redes corporativasPara as empresas que têm várias unida-

des e precisam mantê-las constantemente

interligadas, as redes corporativas, formadas

por links digitais ou analógicos, oferecem van-

tagens de comunicação, economia, rapidez e

eficiência. A Austacem fornece uma série de

serviços capazes de integrar diversas unidades

das empresa em todo o Brasil e no mundo,

por meio de comunicações de voz, fax, dados

e videoconferência, com grande variedade de

alternativas tecnológicas.

“As empresas que desejam facilitar os

contatos internos entre suas unidades têm à

disposição sistemas que permitem o funcio-

namento de redes corporativas, nas quais a

comunicação entre as diversas unidades, situa-

das em diferentes locais, podem ser feitas sem

custos. Essa comunicação pode ser feita como

se fosse de ramal a ramal”, explica Marquart.

Por Fernando CaldasFoto: Paulo Bareta

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Recentemente, foram instalados circuitos

de fibra ótica em todo o condomínio. A Rede

Backbone interliga todos os blocos do Centro

Empresarial de São Paulo. Sua arquitetura foi

baseada no padrão 10 Gigabit Ethernet entre os

ativos da rede tendo Switchs de acesso Gigabit

Ethernet nas pontas (1 Gbps).

“Hoje em dia, essa conexão é muito utiliza-

da para o acesso a internet. As empresas que

contratam Austacem só precisam de um cabo

conectado a essa rede para acessar a banda de

internet que ela desejar”, completa o gerente

da Seção de Telecomunicações.

Tecnologia de pontaA tecnologia empregada no sistema de co-

municação do Centro Empresarial de São Paulo

representa o que existe de mais avançado no

mundo, tanto em termos de equipamentos

quanto de técnicas e soluções.

Desde a construção do complexo, em 19��,

existe uma parceria com a Siemens, que vem

permitindo a constante atualização tecnológi-

ca da plataforma de comunicação. Segundo

Marquart, a empresa alemã tem o comprometi-

mento de oferecer ao Centro Empresarial o que

existe de mais avançado em tecnologia. “Tudo

que está sendo lançado na Europa, assim que

começa a ter a linguagem em português, a

Siemens nos traz para que possamos fazer a

demonstração ou utilizar o produto. Se for um

produto de fácil comercialização ou que caia no

gosto do Brasil, nós o trazemos e implantamos

no Centro Empresarial.”

A Austacem tem capacidade para atender

empresas de todos os portes. Ela dispõe sempre

de uma quantidade de ramais em estoque, para-

dos e prontos para serem ativados, além de ca-

pacidade excedente de infraestrutura. “Podemos

oferecer até 100 mil ramais, o que demonstra nos-

sa capacidade de fornecimento para um grande

parque de instalações”, completa Marquart. •Renato Marquart, chefe da Seção de Telecomunicações da Austacem

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ENTREVISTA |

O que é exatamente o programa “Produção

Mais Limpa” ou “P+L”?

PAULO SKAF: Sempre costumo dizer que,

mais do que industriais, somos cidadãos bra-

sileiros. E mais do que brasileiros, somos seres

humanos. Assim, temos consciência da impor-

tância de promover o desenvolvimento econô-

mico aliado ao equilíbrio ambiental. E foi per-

seguindo esse lema que conheci o programa

Produção Mais Limpa, ainda lá atrás, quando

a Companhia de Tecnologia de Saneamento

Ambiental (Cetesb), inspirada em práticas inter-

nacionais de produção limpa, buscou setores

produtivos para realizar projetos pilotos. Naque-

la época, eu presidia a Associação Brasileira da

Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), e fizemos

um movimento para que o setor fosse o pri-

meiro a se engajar e colaborar com o progra-

ma para desenvolver uma gestão ambiental

consciente e responsável. Mais tarde, à frente

da Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo (Fiesp), busquei incrementar essa parceria

e envolver toda a indústria paulista no progra-

ma, uma ação que promove tecnologias e pro-

cessos que possibilitam a fabricação de bens e

a prestação de serviços com menor consumo

de material e de energia e geração mínima ou

nula de poluentes. Hoje, a meu ver, a indústria

já está preparada para produzir sem poluir, pre-

servando o meio ambiente.

Quais objetivos a Fiesp pretende alcançar?

Qual é o principal ganho que o programa “Produ-

ção Mais Limpa (P+L)” oferece? Já há resultados con-

cretos de redução de resíduos com o programa?

Operação LimpezaPaulo Skaf, presidente da Fiesp, diz como a indústria brasileira está aderindo a novas práticas de produção

Paulo Skaf, presidente da Fiesp

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PAULO SKAF: Todos ganham com a produ-

ção mais limpa: o meio ambiente, porque há

economia de recursos naturais e menor descar-

ga de poluentes; a indústria, com mais produ-

tividade, retorno financeiro e o valor agregado

da cidadania empresarial; o trabalhador, com

mais segurança e salubridade no ambiente

profissional; e, por fim, toda a sociedade. Afinal,

mitigar os impactos ambientais da produção

melhora a qualidade de vida, economiza água,

energia e reduz o uso de matérias-primas tóxi-

cas. Diversos programas vencedores, que eco-

nomizaram energia e ainda geraram empre-

gos, foram apresentados durante a Conferência

Paulista de Produção Mais Limpa, que a Fiesp

realizou em março deste ano. Além disso, no

mesmo evento, assinamos um acordo com 1�

instituições paulistas de ensino superior para

promover e difundir ações de cooperação que

buscam a conscientização de profissionais do

setor produtivo e do meio acadêmico sobre a

importância de práticas relevantes no uso racio-

nal dos recursos naturais.

O que é exatamente o Guia Técnico Am-

biental da Indústria Têxtil – Série P+L, produ-

zido pela Companhia de Tecnologia de Sane-

amento Ambiental (Cetesb) e pelo o Sindicato

das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo

– Sinditêxtil?

PAULO SKAF: O Guia condensa práticas po-

sitivas aplicadas pelas empresas engajadas no

projeto e foi lançado durante a Conferência Pau-

lista de Produção Mais Limpa, a qual sediamos

na Fiesp. É um material bastante útil, que con-

templa um conjunto de soluções significativas

para os aspectos primordiais no relacionamento

entre meio ambiente e indústria e que, tenho

certeza, terá um bom efeito multiplicador.

Fale sobre o protocolo assinado entre a

Fiesp e universidades paulistas, visando ações

de cooperação mútua para inserir o tema da

P+L nas universidades?

PAULO SKAF: Nos países desenvolvidos, as

pesquisas e a inovação tecnológica se concen-

tram nas universidades. Aqui no Brasil, a uni-

versidade ainda participa pouco desse proces-

so. O fundamento deste acordo é disseminar

o conceito de produção mais limpa e integrar

os estudantes que hoje estão nos centros de

formação e que, dentro de pouco tempo, esta-

rão no mercado de trabalho. Com o protocolo,

vamos realizar ações de cooperação mútua en-

tre as universidades como Unicamp, FGV, USP,

Mackenzie, entre outras. Isto porque a produção

mais limpa só funcionará em sua plenitude se

houver um modo de pensar diferente, uma cul-

tura nova por parte das novas gerações, que,

atentas a essas questões, vão acrescentar ao

que já se faz no setor produtivo.

Quais os segmentos privados e públicos e

as entidades técnicas ligados ao “Produção Mais

Limpa”?

PAULO SKAF: A produção mais limpa per-

meia todos os setores da sociedade, o setor

produtivo industrial, as universidades e a Ce-

tesb, como órgão de controle ambiental.

No Brasil, as empresas preocupadas com a

emissão de gases de efeito estufa ainda são

minoria. O desenvolvimento de tecnologias lim-

pas depende, em sua opinião, da ampla cons-

cientização do empresariado?

PAULO SKAF: O empresariado já está cons-

ciente da necessidade de utilizar mecanismos

de produção mais limpa e tem se esforçado

bastante para diminuir emissões poluentes

de um modo geral. As emissões de materiais

particulados, hidrocarboneto, óxidos de enxo-

fre e nitrogênio, entre outros poluentes, foram

drasticamente reduzidas ao longo dos anos e

hoje são comparáveis às emissões industriais

dos países desenvolvidos. Muitas empresas até

extrapolam as exigências legais e investem

em práticas ambientais mais amplas, voltadas

à economia de recursos hídricos e energéticos,

por exemplo. Para a redução das emissões de

CO�, a Fiesp lançou, no ano passado, uma am-

pla campanha chamada “Menos Carbono Mais

Sustentabilidade”. A idéia é promover encontros

públicos e envolver todos os setores da socieda-

de no esforço de compreender e amenizar os

impactos ambientais provocados não apenas

pelas atividades produtivas, mas, também, pela

simples existência cotidiana.

Como o senhor analisa as potencialidades

do Brasil no campo do desenvolvimento das

energias alternativas? E qual o modelo de fi-

nanciamento de pesquisas ideal para que o

país possa ingressar definitivamente na era da

economia do carbono?

PAULO SKAF: O Brasil possui condições

inigualáveis para a produção de energias al-

ternativas. Temos uma matriz energética reco-

nhecidamente limpa e que possui potencial de

desenvolvimento em várias frentes. No campo

da energia solar, nosso país é privilegiado. Já

a expansão das energias de biomassa, eólica

e das marés deverá ter grande incremento

num futuro próximo. Outra alternativa é a pro-

dução de energia proveniente do lixo. Com a

crescente urbanização, áreas disponíveis para

novos aterros sanitários são cada vez mais di-

fíceis, o que nos impele a criar soluções para

aproveitamento energético do lixo.

O programa norte-americano de estímulo à

utilização de tecnologia limpa envolve gastos di-

retos do governo e créditos fiscais. As companhias

que lidam com tal tecnologia também têm sido

ajudadas por empresários de investimentos de ris-

co. No caso do Brasil, como devem atuar os agen-

tes públicos e privados para enfrentar os desafios

do desenvolvimento de novas tecnologias?

PAULO SKAF: O setor produtivo não pode es-

perar o público para fazer investimentos em novas

Todos ganham com a produção mais limpa: o meio ambiente, a indústria, o tra-balhador e toda a sociedade. Afinal, mitigar os impactos ambientais da produção

melhora a qualidade de vida

Paulo Skaf, presidente da Fiesp

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1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1�

tecnologias. Estímulos e iniciativas em conjunto são

bem-vindos, mas a indústria precisa realizar ações

por conta própria, o que, apesar dos percalços buro-

cráticos, tem feito com muita diligência.

A crise econômica mundial pode prejudicar

os projetos da indústria de estimular esse tipo

de procedimento, de aumentar a produtivida-

de e ao mesmo tempo economizar recursos

naturais utilizados na produção e não poluir o

ambiente?

PAULO SKAF: O setor industrial, assim como

toda sociedade brasileira, já enfrentou diversas

crises econômicas, externas e internas, como o

esmagador período de inflação galopante, e

sempre soube buscar alternativas para produ-

zir. Os novos tempos compelem o industrial ao

desenvolvimento sustentável, ou seja, deve-se

buscar produzir cada vez mais com menos. E

a questão ambiental pode ser um bom fator

de competitividade, neste momento de crise.

Resíduos são desperdícios que devem ser evi-

tados ao máximo; efluentes líquidos lançados

em padrões melhores que a qualidade dos rios

podem e devem ser reusados. Tudo isto já faz

parte da rotina do setor industrial, mas a busca

por melhoria deve ser contínua.

Existe certo consenso de que alguns pro-

cedimentos tomados pelo governo, como a

formação de reservas financeiras, ajudaram o

país a absorver melhor os impactos da crise

financeira internacional. Assim mesmo, o FMI

projeta um PIB negativo para este ano com re-

cuperação em �009. Projeta-se também uma

acentuada retração no comércio internacional,

embora isso deva afetar mais a exportação de

produtos primários. Como essa situação irá se

refletir na indústria brasileira?

PAULO SKAF: Não há dúvidas de que a crise

internacional afeta todos os países, em menor

ou maior grau, e o Brasil não é exceção. Nosso

país foi atingido, principalmente, com quedas

na demanda interna, no comércio exterior, no

crédito e na confiança. Destes aspectos, as ven-

das internas têm respondido positivamente e

apresentaram crescimento, principalmente com

o auxílio fiscal dado a determinados setores. A

falta de confiança, embora ainda não totalmen-

te mitigada, parece dar sinais de que o pior já

passou. As taxas de juros e o spread bancário

começam a retornar aos patamares pré-crise

e há espaço para o governo derrubar a Selic,

melhorando ainda mais o panorama. No entan-

to, quando falamos da demanda externa, não

vemos melhora. As exportações continuam de-

saquecidas, com nível que regrediu ao de �00�.

Ainda por cima, outros fatores, como imposição

de barreiras ao comércio e câmbio depreciado,

castigam setores como a indústria de aviões,

máquinas, têxteis, calçados e móveis. Neste

cenário, o que tem sustentado nosso saldo co-

mercial são as commodities.

Qual o peso das exportações para a indús-

tria brasileira?

PAULO SKAF: As últimas análises da Fiesp

mostram que aproximadamente ��% do que é

produzido pela indústria brasileira é vendido ao

exterior – uma parcela considerável e que não

deve ser menosprezada, em especial pela capa-

cidade de gerar empregos de qualidade e em

grande quantidade.

A Fiesp critica os juros altos, contemplando

assim a questão dos spreads bancários. Qual é a

consequência dessa política monetária para o país e

para o desenvolvimento da indústria, em particular?

PAULO SKAF: O medo do Banco Central em

fazer cortes que levem a taxa básica de juros a

patamares condizentes com o momento econô-

mico em que vivemos e o alto custo do crédito

no país são extremamente nocivos à atividade

produtiva no Brasil. Cada redução na taxa de

juros leva seis meses para produzir efeito, isso

significa que a morosidade do Comitê de Po-

lítica Monetária do Banco Central não atende

à urgência de reação que o país precisa dar

em resposta a crise econômica. Se tivéssemos

baixado os juros em outubro do ano passado,

em abril estaríamos sentindo seus reflexos. A

demora contribuiu para quedas do PIB e do

emprego. O ideal é termos taxa de juros de �%

ao ano, número compatível com uma inflação

sob controle. Além disso, nosso spread bancário

é o maior do mundo, o que é um absurdo. É

necessário promover a concorrência dos bancos

com a adoção do cadastro positivo de clientes.

O Banco Central também precisa pressionar

o setor financeiro, principalmente os grandes

bancos, a emprestar dinheiro ao mercado e, ao

mesmo tempo, reduzir os juros. Já o governo

tem que dar o exemplo, fazendo com que os

bancos públicos cobrem taxas mais baixas. •

ENTREVISTA |

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1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1� SET/OUT/NOV - �009 | | 1�

Em busca da paz interior

Nos grandes centros urbanos, é impossível

fugir dos problemas. Nossa cabeça parece uma

floresta onde as preocupações são como ma-

caquinhos pulando de galho em galho. Uma

boa indicação para tornar a mente mais forte

para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia é

a meditação. Mas fica a dúvida: será que é

possível meditar no trânsito caótico das cida-

des ou no ambiente competitivo do trabalho?

À primeira vista, parece difícil silenciar a mente

diante das atribulações, em busca da paz ante-

rior. Mas para a Brahma Kumaris, organização

que trabalha com o desenvolvimento de valo-

res espirituais em 1�0 países e tem cursos gra-

tuitos de meditação raja ioga, é possível com-

patibilizar a vida urbana com a meditação.

Segundo Luciana Ferraz, coordenadora na-

cional da organização, é possível meditar no

relacionamento com o mundo. Ela diz que em

cada ação do dia é possível meditar. “Ao reali-

zar cada ação do seu dia, o indivíduo deve se

concentrar e realizar da melhor maneira pos-

sível cada uma das suas tarefas, meditando

através dela.”

Ponderar e refletir antes de cada ação

também é um meio de meditar: “Temos que

conectar mente e espírito, o que nos deixará

em estado de meditação”. Esse treinamento di-

ário dará habilidade para iniciar o processo de

meditação tradicional. “Ao nos preencher com

pensamentos positivos e elevados, automati-

camente vamos silenciando a mente”, explica

Luciana. Mas todo esse processo é gradativo,

pois é “impossível frear um carro a �00 quilô-

metros por hora”.

Saúde em gotas

| SAÚDE

Luciana Ferraz, coordenadora nacional da Brahma Kumaris

Por Rita GalloFotos: Paulo Bareta

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1� | | SET/OUT/NOV – �009

Vazio espiritual

Luciana diz que ao nos concentrarmos em

nossas tarefas vamos ganhando gradativamen-

te o “estado de silêncio”. Muitas vezes, a pessoa

está presa em um turbilhão de ideias negativas

e sente um vazio espiritual. “A meditação é um

estado de limpeza espiritual, onde o medo e a

confusão cessam e o homem ganha luz inter-

namente”, afirma a coordenadora do Brahma

Kumaris. Ela acrescenta ainda que “com a medi-

tação devemos buscar a matriz original interna

de amor e paz que todos nós, seres humanos,

carregamos, o que nos transporta para uma

experiência de encontro com Deus”. Segunda a

filosofia de Luciana, Deus é como um sol espi-

ritual, que nos toca com raios de luz qualifica-

dos, repletos de amor e compreensão. “Com a

meditação, é possível criar um sintonia com a

luz divina e com a nossa verdade interna.” A

Brahma Kumaris foi fundada na Índia em 19��

com o propósito de resgatar valores espirituais.

Mais informações no site www.bkwsu/brasil.org.

“A raja ioga é a arte de viver em equilíbrio, ser

feliz e pacífico”, diz Luciana.

Sem pressão

Um estudo publicado recentemente pelo

American Journal of Epidemiology demonstrou

a relação direta entre o ganho de peso e o es-

tresse no trabalho. Durante nove anos, 1,� mil

pessoas foram acompanhadas e conseguiu-se

demonstrar que a falta de desafios no trabalho,

falta de poder de decisão e dificuldade em pa-

gar as contas foram os fatores relevantes para

o ganho de peso nos homens. Para as mulhe-

res, as dificuldades de conciliar o trabalho com a

vida pessoal e também a dificuldade de pagar

as contas provocaram o aumento do peso. O

estudo revela ainda que o estresse pode dificul-

tar o controle de peso, especialmente quando

já se está acima do peso.

Alimentos versus estresse

Regina Célia Pereira, em seu livro “Dieta

dos �”, indica sete alimentos que devem ser

consumidos regularmente para combater o es-

tresse. Segundo ela, um desses alimento é o

açaí, fonte de carboidrato. Já o arroz integral

é cheio de vitaminas do complexo B e a carne

vermelha dá energia por combinar vitamina

B1� e ferro.

Tetris

Jogar Tetris pode combater o estresse pós-

traumático. Uma pesquisa publicada no periódi-

co Public Library of Science One mostra a boa

evolução em �0 voluntários saudáveis que

testaram o jogo. Todos assistiram a vídeos que

continham imagens traumáticas de ferimen-

tos. Os voluntários foram, então, divididos em

dois grupos de �0. Após �0 minutos, o primeiro

grupo jogou Tetris por 10 minutos, enquanto o

outro não realizou atividade alguma.

Os cientistas mediram, na semana seguin-

te, a quantidade de flashbacks (visões, sons ou

aromas percebidos durante o incidente traumá-

tico que voltam frequentemente à mente da

vítima), e constataram que os voluntários que

jogaram Tetris tiveram um número menor dos

episódios do que o segundo grupo.

Os pesquisadores afirmam que o Tetris aju-

da a bloquear a formação de memórias dolo-

rosas, caso seja jogado imediatamente após o

evento traumático. Para eles, o Tetris interfere

na forma como as memórias sensoriais são re-

gistradas no período depois do trauma e, assim,

reduz o número de flashbacks.

Estresse animal

Os seres humanos têm pelo menos uma

coisa em comum com os animais: ambos sen-

tem estresse. No processo de domesticação,

os animais perderam os desafios e oportu-

nidades que tinham na vida selvagem. Se-

gundo a veterinária Isabella Vincoletto, os

Saude em go

tas

SAÚDE |

Outros alimentos que devem estar no car-

dápio diariamente são a castanha, rica em co-

bre, e a mandioca, como fonte de vitamina C e

fósforo. Os sucos de frutas nos oferecem fruto-

se e a semente de abóbora fornece potássio.

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SET/OUT/NOV – �009 | | 1�

animais domesticados não podem mais for-

mar bandos, correr em grandes espaços, mas

têm de conviver com a solidão, principalmente

nas cidades. “É muito comum, as pessoas que

moram em apartamentos comprarem cachor-

rinhos, que passam o dia sozinhos à espera

do dono”, diz a veterinária. Essa solidão causa

atitudes como cavar, morder, arranhar portas

e janelas, uivar, latir, chorar e urinar e defecar

em lugares impróprios, sintomas diretamente

relacionados com o estresse. “Normalmente, o

dono acredita que o animal é desobediente

ou mal-educado, mas o que pode estar acon-

tecendo são sintomas diretamente relaciona-

dos ao estresse”, afirma Isabella.

Os cachorros de pequeno porte têm uma

relação de dependência muito intensa com o

dono e costumam enfrentar problemas psi-

cológicos, diferente dos animais de grande

porte. Os sintomas surgem com a falta ou ex-

cesso de exercícios, mudanças na rotina, entre

outros fatores. Animais estressados podem

desenvolver problemas gástricos ou até torna-

rem-se agressivos. Para combater a doença, o

dono precisa identificar a fonte do problema

e propor mudanças na rotina do animal. “É

necessário que o dono se coloque no lugar do

seu cachorrinho e entenda que ele precisa sair

de casa, pelo menos, uma vez por dia”, explica

a veterinária.

Gatos e outros bichos

Como os cachorros, os gatos domésticos

também apresentam manifestações de estres-

se, mas em escala menor. “Os gatos são ani-

mais independentes e conseguem se adaptar

com mais facilidade ao meio ambiente, mas

podem ser acometidos de estresse”, explica a

veterinária Isabella Vincoletto.

A veterinária diz ainda que o gato estressa-

do se assemelha muito ao personagem de de-

senho animado Garfield, gordo e pesado, com

sintomas como recusa em beber água e olhar

apático. “Esse tipo de animal também precisa

de brincadeiras, pois ele é um caçador nato”,

conta a veterinária.

Em relação aos peixinhos ornamentais,

o principal cuidado para evitar o estresse é a

manutenção permanente do aquário. Já os

pássaros devem ter apenas um tratador, evi-

tando que as aves se assustem com estranhos

em contato com a sua gaiola. Finalmente, os

cavalos também sofrem estresse, que pode ser

evitado se forem respeitados os calendários de

provas equestres e férias desse calendário. •

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1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1� 1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1�

O consumo de café no Brasil cresce a cada

ano, principalmente entre os maiores de 1� anos. O

ritmo é tão acelerado que o consumo do produto

perde apenas para a água e já está à frente dos

refrigerantes. Estudos realizados pela empresa de

pesquisa Interscience revelam que nove em cada

dez brasileiros consomem café, diariamente.

Minas Gerais é o principal estado produtor

de café, Espírito Santo é o segundo e São Paulo

aparece em terceiro lugar. O Brasil é o segun-

do mercado consumidor de café do mundo. A

meta brasileira é chegar a �011 e �01� com um

consumo interno de �1 milhões de sacas, pas-

sando a ser o maior consumidor do planeta.

Hoje, o país se destaca como o maior produtor e

exportador do grão. Para suprir as necessidades

de conhecimento deste mercado em constante

crescimento e com o objetivo de difundir novas

tecnologias, foi criada a Universidade do Café

Octavio, ou simplesmente a UniOctavio. A co-

ordenadora da UniOctavio é Silvia Magalhães,

uma das baristas mais renomadas do Brasil.

A UniOctavio tem como diferencial direcio-

nar seus cursos a baristas, donos de cafeterias,

donas-de-casa, amantes do café, estudantes e

consumidores que apreciam café de alta qua-

lidade, oferecendo aulas que abordam temas

como a colheita do café, o processo de torra

e o momento do preparo da bebida. Segundo

Silvia Magalhães, na Universidade do Café Oc-

Universidade do Café

tavio existem cursos básicos, intermediários e

avançados, inclusive para leigos. “Nosso objeti-

vo é levar amplo conhecimento sobre a bebida,

desde a lavoura até a obtenção da xícara do

café, divulgando esse produto tão precioso para

o brasileiro”, afirma Silvia.

Os cursos também servem para a formação

de mão-de-obra especializada para o mercado

de cafés especiais, além de ofertar conhecimento

sobre o universo do café para “apaixonados” pela

bebida, abastecer o mercado com novidades e ofe-

recer workshops com profissionais internacionais.

Cafés especiaisO consumo de cafés gourmet, que até �001

praticamente inexistia no Brasil, tem crescido em

média 1�% ao ano. Assim como na Europa e Ar-

gentina, os brasileiros das grandes cidades come-

çam a frequentar cafeterias para experimentar

os chamados cafés especiais, feitos com proces-

sos, grãos e blends – mistura de vários tipos de

grãos– de alta qualidade. O boom de novas cafe-

terias no Brasil e o lançamento de cafés especiais

no varejo colaboram para a criação de uma nova

safra de profissionais, os chamados baristas.

A profissão, que existe há mais de �0 anos

na Europa, recentemente começou a crescer no

Brasil. Considerados os “sommeliers” do café, os

baristas não preparam apenas bons expressos

e capuccinos, como também criam drinques

gelados da bebida. Um bom profissional ainda

pode dar treinamentos, cursos, palestras ou até

participar de campeonatos.

Outro curso oferecido pela UniOctavio é o

destinado aos “coffee lovers”. “Esse público não

pretende se tornar profissional da área, mas

adora um bom café”, explica Silvia. Ela conta ain-

da que o curso tem duração de duas noites.

A UniOctavio conta com forte estrutura ofe-

recida pelo Café Octavio, totalmente produzido,

processado e embalado na Fazenda Nossa Se-

nhora Aparecida, que faz parte da região da

Alta Mogiana, em São Paulo, e possui certifica-

ções internacionais, como a da ONG Rainforest

Alliance. A universidade conta ainda com a es-

trutura do Octavio Café, uma cafeteria localiza-

da na avenida Faria Lima, em São Paulo, com

ambiente moderno, conceito inovador, prêmios

conquistados e um café especial e sofisticado.

Nesse local, são realizados os cursos destinados

aos “coffee lovers”.

A UniOctavio usufrui também da estrutura

da Dallis Coffe, empresa de torrefação com sede

na cidade de Nova York (EUA), especializada em

cafés especiais. Desde 191�, ela importa grãos

de café de diversas partes do mundo, inclusi-

ve do Brasil, para compor seus famosos blends,

hoje presentes em hotéis, restaurantes, lojas e

butiques de café de �� estados norte-america-

nos e em 1� países do mundo.

UniOctavio promove cursos para difundir conhecimentos e novas tecnologias de produção do café

ESPECIAL |

Por Rita Gallo

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1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1� 1� | | SET/OUT/NOV – �009 SET/OUT/NOV – �009 | | 1�

Localizada no Centro Empresarial de São Paulo,

a UniOctavio possui três salas que comportam até

1� alunos cada. Há ainda a possibilidade de am-

pliar esse espaço e contar com uma sala para aula

prática com capacidade de até �0 alunos. Nessas

salas estão instaladas TVs de última geração para

projeção das aulas e apresentações.

A universidade conta ainda com sala de torra,

que possui um probatino (torrador de até 1 kg) para

as aulas de torra de café. A UniOctavio disponibi-

liza também para seus alunos três máquinas de

café diferentes: a máquina La Cimbali e moinhos,

sendo um konico; a máquina La Spaziale e moi-

nhos; e uma máquina Nuova Simonelli, modelo

Aurelia (máquina oficial do campeonato mundial

de baristas) e moinho. Os alunos contam também

com uma máquina de água quente e moinho de

prova da Bunn, fogão vitrocerâmico, máquina de

lavar louça e todos os utensílios de uma cafeteria

completa. Mais informações sobre os cursos podem

ser obtidas no link: http://www.unioctavio.com.br/

cursos/ . •

O tradicional cafezinho deixou de ser um ritual do brasileiro

para se tornar uma verdadeira experiência gustativa. O Octavio Café,

centro de referência desde que foi inaugurado em �00�, acaba de

lançar cinco blends internacionais provenientes de fazendas na Co-

lômbia, Quênia, Etiópia, Costa Rica e Papua Nova Guiné. “Todos são

produzidos com grãos da espécie arábica e são importados já tor-

rados a partir da subsidiária do grupo em Nova York, a Octavio Inc.”,

explica Mario Chierighini, diretor comercial. “A ideia é trazer caracterís-

ticas e notas de cafés de outros países para que o brasileiro conheça

e tenha acesso”, informa Cristiane Quércia, diretora de marketing da

marca Octavio.

O blend Costa Rica traz grãos provenientes da fazenda Don

Mayo Beneficio, na região de Tarrazu. O café apresenta um toque

de chocolate, com notas doces de mel e frutas tropicais, sabor balan-

ceado e bem equilibrado. É aromático e possui corpo intenso.

De pequenas fazendas na região de Wagih Valley, na distante

Oceania, o exótico Papua Nova Guiné conta com quatro diferentes

variedades. O café apresenta aroma de marzipan, sabor amanteigado,

com toques de caramelo e chocolate, corpo médio e acidez agradável.

Com aromas e sabores muito diversificados, os cafés da Etiópia

são considerados os mais distintos e vibrantes do mundo. O blend Eti-

ópia vem de múltiplas plantações em Ayinage, uma região de Harrar,

considerada a Meca dos cafés. Este blend tem aroma floral, corpo leve

pronunciado e doçura acentuada com agradável acidez cítrica.

O Colômbia possui grãos das regiões central e leste do país e das

encostas dos montes andinos. Com reconhecimento internacional, o

café colombiano é controlado rigidamente por entidades federais.

A versão produzida pelo Octavio apresenta aroma complexo, com

notas de chocolate, corpo médio e equilibrado e acidez agradável.

Já o café queniano é um dos mais apreciados do mundo. O blend

Quênia, trazido agora pelo Octavio, incorpora grãos de diversos produ-

tores regionais. O solo vulcânico dá ao café notas incomparáveis, como

aroma de cassis com frutas vermelhas, corpo intenso, acidez pronuncia-

da e refinada, sabor que lembra vinho e uma doçura acentuada.

Os novos blends podem ser degustados na cafeteria ou levados

para casa, em grãos torrados ou torrados e moídos. Uma forma de

ter os cafés mais exclusivos do mundo ao alcance de uma xícara.

Além dos novos blends, o Octavio Café segue oferecendo seu

blend original, de origem nacional, chamado Alta Mogiana. Os grãos

vêm da fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Pedregulho (SP), lo-

calizada na região mais alta do Estado a produzir café, a 1.0�0 m

de altitude. A fazenda possui certificações de qualidade (Utz Kapeh),

certificações de qualidade socioambiental (Rainforest Alliance) e cer-

tificação de denominação de origem controlada (AMSC). Seu café

apresenta um corpo intenso, acidez equilibrada e notas de chocolate,

caramelo suave, baunilha e nozes.

Octavio Café lança blends internacionaisCasa é a primeira no Brasil a produzir cafés especiais com grãos de outros países

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18 | | SET/OUT/NOV – �009

O presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zu-

rita, decidiu ignorar a estratégia adotada pela

grande maioria das empresas diante do agra-

vamento da crise econômica, em setembro do

ano passado. A companhia não cortou os inves-

timentos previstos para o país em �009 – ao

contrário, manteve o plano de fazer aportes de

R$ ��0 milhões no período. Também se recu-

sou a fazer demissões e manteve seus planos

de aquisições, incluindo a entrada em novos se-

tores (a Nestlé já atua em �8 segmentos). Para

completar, não mexeu em sua meta de dobrar

de tamanho no Brasil até �01�, depois de já

ter duplicado suas vendas no país nos últimos

oito anos.

“Não se pode restringir investimentos em

períodos de turbulência”, afirma Zurita ao justi-

ficar sua estratégia diante da crise. “Sem riscos

não há oportunidades”, resume. Para ele, a ou-

sadia de continuar investindo durante a crise

deu resultado: “Nossas vendas estão a todo

vapor, continuamos a fazer lançamentos e esta-

mos fechando novas aquisições. O consumidor

não se intimidou diante da crise, nem mesmo

os que compõem as classes C, D e E”. A empresa

calcula que seu produto de maior sucesso – o

Leite Moça – tenha registrado vendas de sete

latas por segundo no primeiro semestre.

Com os resultados positivos, a Nestlé do

Brasil vai manter o segundo lugar no ranking

mundial de vendas do Grupo Nestlé, com fatu-

ramento em torno de R$ 1� bilhões. Para ocu-

par essa posição de destaque na corporação,

Zurita aposta na agressividade comercial e se

Lições a tirar da crisemantém sempre atento a novos segmentos do

mercado: “É preciso ser veloz e ter capacidade

para enfrentar e gerenciar os riscos”.

Para o presidente da Nestlé, a busca por

novos mercados não deve significar que as

áreas tradicionais de atuação devam ser ne-

gligenciadas: “Deve-se estar sempre atento,

porque os mercados são dinâmicos e a con-

corrência também está atenta. Vejam o caso

do setor de leite. Várias empresas entraram

nesse segmento nos últimos anos com planos

ambiciosos, mas depois tiveram que aban-

donar o setor. Se não tivéssemos nos man-

tido atentos, poderíamos ter reduzido nossa

presença na área de leite, talvez de maneira

irreversível. Felizmente, isso não aconteceu,

porque nossa equipe continuou a atuar no

aperfeiçoamento desse mercado”.

Com essa visão, ele garante não temer

iniciativas da concorrência, como a fusão entre

Perdigão e Sadia. “Concorrência faz bem para os

negócios”, assegura. Zurita, no entanto, faz uma

ressalva nesse caso: lembra que os órgãos que

acompanham a concorrência empresarial, como

o Cade, devem usar na avaliação da união Sa-

dia-Perdigão os mesmos critérios utilizados para

julgar a compra da Garoto pela Nestlé. “Não se

pode ter dois pesos e duas medidas em uma

economia como a brasileira”, ressalta. No caso

da Garoto, o Cade julgou a transação como

um risco para a concorrência – decisão que não

teve resultados práticos porque a aquisição foi

adiante e se concretizou, com o suporte de uma

decisão judicial a favor da Nestlé.

“Não se pode restringir investimentos em períodos de turbulência”, afirma Ivan Zurita. O presidente da Nestlé opta por uma saída diferente dos concorrentes

EMPRESA |

Por Rita Gallo

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PB | | SET/OUT/NOV – 2009 SET/OUT/NOV – 2009 | | 19

No mercado interno, Ivan Zurita lembra

que as empresas devem dar importância às

classes de renda mais baixa. Essa estratégia foi

adotada pela Nestlé com resultados positivos.

“Estudamos durante anos os consumidores de

menor poder aquisitivo para atendê-los de ma-

neira adequada”, recorda. “Chegamos à conclu-

são, por exemplo, que a venda porta a porta

funciona muito para essas faixas da população

e hoje temos 6 mil vendedoras fazendo esse

tipo de trabalho para as classes C, D e E.” As

vendas da Nestlé para esse público já somam

atualmente R$ 1 bilhão.

Outro foco de atenção para as empresas

terem sucesso no mercado interno é a regio-

nalização, garante Zurita. A Nestlé tinha 80%

de suas vendas concentradas no Sul e no Su-

deste, e em cinco anos reduziu esse peso para

67%, desbravando novos mercados nas outras

regiões. “Nossas vendas crescem no Nordeste o

dobro da média brasileira”, afirma.

No front externo, o presidente da Nestlé diz

que o Brasil precisa abrir seu mercado. “O país está

condenado ao sucesso, mas falta abrir o merca-

do”, ressalta Zurita. “Precisamos, por exemplo, de

acordos bilaterais no comércio exterior, para impul-

sionar nossa presença no mercado internacional.

Um exemplo: poderíamos fazer um acordo com a

China que incluísse a venda de leite para aquele

gigantesco mercado.”

O crescimento da presença brasileira no

mercado externo, afirma Ivan Zurita, é uma ta-

refa a ser tocada pela iniciativa privada: “Não

faz sentido querer que o governo brasileiro ven-

da nossos produtos lá fora. Essa é uma tarefa

das empresas. O governo ajuda, sim, ao abrir a

possibilidade de mais países comprarem nos-

sos produtos. É o trabalho de abrir as portas

das outras nações – o restante é trabalho das

empresas”. Confiante, ele assegura que o Bra-

sil ganhará espaço rapidamente na economia

mundial se adotar essa estratégia: “Se abrirmos

nossas fronteiras, ninguém consegue concorrer

conosco. Somos muito competitivos em todas

as áreas”. •

Ivan Zurita, presidente da Nestlé do Brasil

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20 | | SET/OUT/NOV – 2009

O site do Centro Empresarial de São Paulo

ganhou novas cores, novo formato, conteúdos

variados e muitas informações sobre o condomí-

nio e as empresas instaladas. A nova apresenta-

ção está mais leve e com visual mais moderno.

“A ‘reconstrução’ do site teve como propos-

ta a apresentação do Centro Empresarial de

São Paulo ao mercado imobiliário e às empre-

sas com perfil para ocupação de seus espaços

locáveis”, explica Alvino José de Oliveira, diretor

da Panamby Empreendimentos e Participações

Ltda, empresa que administra o condomínio.

A criação e o projeto visual do novo site

foram desenvolvidos por programadores e

webdesign da agência Estúdio Copacabana

(www.estudiocopacabana.com.br). De acordo

com o diretor de negócios da agência, Nicho-

las Sales, o projeto perseguiu o propósito de

criar um site mais bonito, agradável e com in-

formações bem organizadas.

Atração virtual O Centro Empresarial renova seu site (www.centroempresarial.com.br) para atrair novos negócios

As mudanças foram muitas. Porém, o

mais importante são as melhorias na usabi-

lidade. O site do Centro Empresarial pode ser

encontrado com mais facilidade nos sites de

busca. Ou seja, ele está melhor ranqueado em

buscadores como Google e Yahoo.

“O visual ficou mais clean e o foco princi-

pal foi dirigido para o negócio do Centro Em-

presarial”, avalia Sidnei Bertazzoli, diretor da

Panamby Empreendimentos e Participações

Ltda. Ele destaca que os internautas podem

acessar os conteúdos com muita facilidade.

Podem assistir ao vídeo do Centro Empresa-

rial e fazer um tour virtual pelos espaços do

condomínio, conhecer as empresas que fun-

cionam dentro do complexo – todas elas clas-

sificadas por nome e localização –, consultar

os classificados, anúncios internos e todas as

ofertas de serviços das lojas e restaurantes do

Shopping Panamby.

NOTAS |

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Alvino José de Oliveira, diretor da Panamby

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SET/OUT/NOV – 2009 | | 21

O novo site tem apresentação bilíngue.

“Uma novidade é a versão em inglês, que an-

tes não existia. Pelo próprio perfil dos clientes

do Centro Empresarial, era inevitável que o site

tivesse essa opção”, acrescenta Bertazzoli.

Voltado para o público que tem interesse

em conhecer e alugar espaços no conjunto, há

uma página específica com o título “Tenha seu

espaço”, onde estão elencadas as principais van-

tagens do condomínio: flexibilidade, tecnologia,

segurança, qualidade de vida e serviços.

O Centro de Eventos Panamby–Cenesp

tambem ganhou uma apresentação especial.

Uma série de fotos e a planta baixa mostram

todas as suas instalações, o auditório, nove sa-

las, área para almoços e exposições, além de

informações sobre a realização de reservas.

Para quem deseja obter mais informacões

e notícias sobre o condomínio e as empresas,

o site oferece várias edições da revista Centro

Empresarial SP News, cujos arquivos em PDF

estão disponíveis para download.

Em pouco tempo, todas essas mudanças feitas

já surtiram efeito sensível. De acordo com Alvino

José de Oliveira, a proposta do novo site conseguiu

atingir plenamente o objetivo. Isso se comprova

facilmente pelos acessos registrados já no primeiro

mês, quando se atingiu aproximadamente 10 mil

visitas, com tempo médio superior a 3 minutos.

“O novo site contempla todas as facilidades

que os usuários encontram no seu ambiente de

trabalho, como a magnífica área verde, o shopping

e sua enorme variedade de lojas e ótimos restau-

rantes, o Centro de Eventos e uma academia de

primeira linha. Seguramente, o empenho e dedica-

ção dos profissionais que trabalharam no desenvol-

vimento do site estudando novas cores, fotografias

e matérias contribuíram para que atingíssemos o

nível de qualidade pretendida e, por consequência,

o excelente número de visitas. Estimulado por este

sucesso, estamos trabalhando agora no desenvol-

vimento do site da Austacen”, completa Alvino. •

Segundo Sidnei Bertazzoli, uma das novidades é a versão em inglês do site

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22 | | SET/OUT/NOV – 2009

ECONOMIA |

A cidade de Petrópolis, na região serrana do

Rio de Janeiro, tem uma meta ambiciosa: tornar-se

o “Vale do Silício” brasileiro. Com o movimento Pe-

trópolis-Tecnópolis, já foi possível viabilizar a instala-

ção na cidade da multinacional Orange, do Grupo

France Telecom, que formalizou a decisão de levar

para a cidade um centro de trabalho onde empre-

gará até 2010 cerca de 400 pessoas.

Outro grande trunfo obtido pelo movi-

mento foi fazer parte da criação da primeira

empresa de bioengenharia de células e te-

cidos do Brasil: a Excellion Serviços Médicos.

“O Brasil tem um potencial absurdo para criar

soluções na área de tecnologia”, afirma a

gerente do Movimento Petrópolis-Tecnópolis,

Ana Hofmann. Segundo ela, as iniciativas vêm

crescendo. Hoje, a cidade já é reconhecida in-

ternacionalmente por suas atividades na área

da tecnologia da informação.

“Nosso trabalho permanente é que o movi-

mento atraia empresas e instituições de base

tecnológica”, conta Ana. Para a gerente, o Brasil

tem competência para desenvolver soluções

próprias. “Nós não temos apenas um perfil

programador (ou seja, voltado para softwares),

como é o caso da Índia”, diz ela.

Para a gerente do Movimento Petrópolis-

Tecnópolis, o Brasil tem um perfil produtor cria-

tivo de softwares. “Veja, por exemplo, a possi-

bilidade da Petrobras de prospectar em águas

O município de Petrópolis tem 65 empresas de tecnologia, cerca de 30 delas instaladas nos últimos quatro anos

profundas. É produto de desenvolvimento de

softwares específicos feitos por brasileiros, o

que também já acontece em outros grandes

projetos de empresas como a Vale do Rio Doce

e outras do mercado financeiro”, afirma Ana.

Não é de hoje a ideia de tornar Petrópolis

uma “tecnópolis”. A cidade precisava de uma

nova vocação desde meados do século XX,

quando houve um esvaziamento econômico

provocado pelo fechamento de inúmeras indús-

trias do setor têxtil, tradicional base econômica

do município. “A primeira iniciativa para a cons-

trução de um polo de tecnologia foi a criação

do curso de Ciência da Computação da Universi-

dade Católica de Petrópolis, em 1984”, diz Ana.

Três anos depois, foi criada a Fundação Parque

de Alta Tecnologia de Petrópolis (FUNPAT), com

o objetivo de fomentar o desenvolvimento cien-

tífico e tecnológico da região.

Mas foi há 10 anos que o Sistema Federa-

ção das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

(FIRJAN) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro

e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) contrataram os

serviços da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para

fazer um estudo que deveria avaliar as poten-

cialidades de oito regiões do Estado do Rio de

Janeiro. ”Para a região serrana, o estudo mostrou

que haveria ali espaço para um polo de alta tec-

nologia”, explica a gerente. E desde aquela época

a ideia vem se tornando realidade.

O ‘Vale do Silício’ brasileiroO ‘Vale do Silício’ brasileiro

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SET/OUT/NOV – 2009 | | 23

Atualmente, existem 65 empresas de base tec-

nológica por lá, principalmente nas áreas de desen-

volvimento de software e telecomunicações – cerca

de 30 delas se instalaram nos últimos quatro anos.

“O objetivo principal do nosso projeto é tornar Pe-

trópolis um portal de entrada para investimentos

em tecnologia, longe dos grandes centros, o que é

uma tendência nessa área”, diz Hofmann. A estra-

tégia é investir em ações de infraestrutura para as

empresas e no incentivo à pesquisa na área.

No ano passado, Petrópolis sediou o 1o Fes-

tival de Tecnologia de Petrópolis (FTP), com o

objetivo de reunir estudiosos da área de tec-

nologia da informação para discutir de maneira

ampla temas que vão desde a robótica à medi-

cina, passando pela arte digital.

O evento teve a participação de palestran-

tes de centros como o Instituto de Tecnologia

de Massachusetts (MIT) e das universidades de

Harvard, de Paris, de Londres e de Cambridge.

Os organizadores do evento, capitaneado pelo

Movimento Petrópolis-Tecnópolis, afirmam que o

principal diferencial do festival é a aposta na

transmissão de conhecimento, sem atividades

comerciais – não há venda ou apresentação de

produtos. “O encontro foi um sucesso e devere-

mos repeti-lo em 2010”, prevê Ana.

Petrópolis não é a única cidade brasileira

que conta com o projeto batizado de Tecnó-

polis. A cidade paranaense de Cascavel é ou-

tro exemplo de desenvolvimento de projetos

focados em tecnologia. Segundo a Fundação

para o Desenvolvimento Científico e Tecnológi-

co (Fundetec), situada em Cascavel, a tecnópolis

local começará a mostrar resultados no longo

prazo, mas consolidará a cidade como um polo

de desenvolvimento regional. Inciativas seme-

lhantes também podem ser encontradas em

outras cidades do Paraná, de Minas Gerais e

de Santa Catarina. Os polos tecnológicos visam

atender a expansão digital do planeta.

Dentro desta visão, as tecnópolis são

unidades territoriais (cidade, região ou esta-

do) com abundante capital humano e social,

contendo estruturas, organizações e pessoas

ativamente engajadas em gerar desenvolvi-

mento social e econômico através da ciência,

tecnologia e inovação e cuja interação pro-

porciona a alta concentração de empresas

baseadas em tecnologia e no conhecimento

de empreendores altamente qualificados. As

tecnópolis trabalham em cidades ou regiões

que se preparam para enfrentar os desafios

da sociedade do conhecimento.

Conexão digital Inserido em um contexto de acelerado

desenvolvimento digital, o Centro Empresarial

de São Paulo abriga hoje cerca de 15 empre-

sas da área de Tecnologia da Informação (TI).

Essas empresas atuam nas áreas de Out-

sourcing (serviços, processos e infraestrutura)

e especializadas em consultorias, ERP, BI e

fábricas de software. “O Centro Empresarial

de São Paulo conta com modernos sistemas

de informática, que operam pela internet

para oferecer maior mobilidade e conforto

aos usuários”, afirma Eduardo Castro da Silva,

gerente de Tecnologia da Informação.

“Hoje, todas as empresas que se insta-

lam no Centro Empresarial de São Paulo, in-

clusive as da área de TI, podem contar com

diversos serviços via web, como instalação e

manutenção civil, hidráulica, elétrica e de te-

lecomunicações, além de cadastro e liberação

de acesso ao empreendimento para funcio-

nários, visitantes e veículos em seu estacio-

namento”, conta Castro da Silva.

Eduardo Castro da Silva explica que a

área de TI do Centro Empresarial de São

Paulo também atua na administração e su-

porte dos sistemas de automação predial

do empreendimento, além de fazer toda

gestão tecnológica do Cenesp. Por meio da

Austacem, o Centro Empresarial oferece um

sistema de telecomunicações que reúne cha-

madas de voz, e-mail, fax e Internet a partir

das redes de computadores das próprias em-

presas. Também oferece uma rede Wi-Fi aos

usuários e às empresas, que podem se co-

nectar à Internet banda larga por palm-tops

e notebooks em uma área de aproximada-

mente 36 mil metros quadrados. •

Outras tecnópolis brasileiras

“O Brasil tem um potencial absurdo para criar soluções

na área de tecnologia”, avalia Ana Hofmann

Centro Empresarial de São Paulo abriga cerca de 15 empresas da área de TI

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Assuma o que é importante para você POR ROBERTO SHINYASHIKI

Há muita gente que não define o que quer porque pensa que, para realizar um sonho, precisa abdicar

de outro. Reveja suas crenças.

Você já parou para pensar que a cada minuto do seu dia você es-

colhe como vai ser a sua vida? Seu destino é criado com base em cada

decisão tomada. No entanto, muita gente tem medo de decidir e de

assumir as consequências de seus atos. Fica com medo de arriscar e não

acredita na própria capacidade de realizar a vocação.

Geralmente, são pessoas que, na infância, escutaram muitos nãos:

“Não se atreva! Não dê palpites em assuntos que você não conhece”. Mais

tarde, só sabem reconhecer o que não querem fazer.

— Eu só sei que não quero lidar com números...

— Eu só sei que não quero ninguém mandando em mim...

— Eu só sei que não quero trabalhar com meu pai...

São firmes no que não querem fazer, mas completamente indecisas

sobre o caminho a seguir. Vivem se torturando, sempre insatisfeitas, re-

clamando de tudo. Falam que vão mudar, mas jogam seu tempo fora

reafirmando apenas o que não querem. Outras não conseguem decidir

porque se mobilizam com base apenas no que os outros pensam. Que-

rem agradar aos outros, mas não conseguem agradar a si mesmas.

Não desperdice sua vida procurando a aprovação alheia. Descobrir o

que se quer fazer é fundamental. E assumir as perdas que essa decisão

representa, também.

Você quer ser treinador de futebol. Tudo bem, mas saiba que isso vai

prejudicar a sua convivência com a família. Você gostaria de ser gerente.

Ótimo, mas vai ter de aprender a lidar com as pessoas.

Definir o que se quer facilita a vida.

Há muita gente também que não define o que quer porque pensa

que, para realizar um sonho, precisa abdicar de outro: trabalho ou casa-

mento, filhos ou carreira, viver bem ou guardar dinheiro.

Ao contrário dos nossos avós imigrantes, que tinham de decidir entre

comer no almoço ou no jantar, hoje raramente precisamos eliminar coisas

importantes de nossa vida para realizar algo. Porém, muitas mulheres

ainda abrem mão de ter filhos para se dedicar à vida profissional. Mui-

tos homens ainda abrem mão do casamento para fazer carreira. Muitas

pessoas ainda abrem mão dos prazeres da vida para acumular dinheiro.

Não deixe de dar atenção ao que é importante para você.

O campeão nunca dirá: esse projeto é demais para mim. Ao contrá-

rio, vai pensar no que precisa aprender para realizar o seu sonho, no

que precisa mudar para conseguir o que quer. Está sempre se fazendo

perguntas: “O que preciso fazer para desenvolver bem este projeto?”, “O

que preciso mudar para conseguir ficar mais tempo na companhia dos

meus filhos?”

O campeão sabe que as novas conquistas são resultado de novos apren-

dizados. Claro, você pode optar por uma vida tranquila. Pode montar uma pe-

quena pensão numa praia deserta e enfrentar poucos riscos, poucos desafios.

A escolha é sua. O importante é saber como quer viver a sua vida.

Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos, en-tre eles: Sempre em Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial www.clubedoscampeoes.com.br)

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26 | | SET/OUT/NOV – 2009

ACESSIBILIDADE |

A circulação no Centro Empresarial de São

Paulo ficará mais fácil. Os prédios que compõem

o conjunto do empreendimento ganharão seis

anexos dotados, cada um deles, de dois eleva-

dores, que permitirão mais fluidez na circulação

e contribuirão para o controle de acesso dos

usuários aos blocos de escritórios.

O novo sistema de controle de acesso, ins-

talado nos níveis dos jardins, do shopping e do

piso Panamby, será formado por catracas e siste-

ma de circuito fechado de televisão (CFTV). Nas

entradas de cada bloco serão colocados totens,

onde pessoas pré-autorizadas poderão fazer a

emissão de crachás para a entrada nos prédios,

principalmente os visitantes autorizados.

Todo o sistema será dotado de muita au-

tomação, segundo o gerente de Segurança do

Centro Empresarial de São Paulo, Adauto Luiz

Silva. “Preocupamo-nos, fortemente, em não

aumentar o efetivo de mão-de-obra para fazer

esses controles, de modo a obter custos opera-

cionais adequados.”

AcessoNos anexos haverá estações de parada de

elevadores nos pisos Panamby, Shopping e Jar-

dim, incluindo os estacionamentos intermediá-

rios. Isso permite interligar diretamente as áre-

as de conveniência e lazer, Shopping e Jardim,

com os estacionamentos internos e pontos de

entrada e saída dos blocos. “A circulação tam-

bém fica muito facilitada para as pessoas com

deficiência, uma vez que barreiras arquitetôni-

cas serão eliminadas. O objetivo é proporcionar,

Novo controle de acessoSeis novos anexos, 14 elevadores, substituição de duas escadas rolantes e novo sistema de controle de acesso vão facilitar a circulação no Centro Empresarial de São Paulo

Em cima: controle de acesso na recepção do Piso Jardins. Embaixo: visão do anexo e

de sua platafroma de acesso entre as garagens e o Piso Shopping

além de segurança, maior conforto aos usuá-

rios”, completa Adauto.

Todas as modificações foram longamente

estudadas por uma equipe de funcionários das

áreas de Manutenção/Obras, de Segurança, de

Administração e de Tecnologia da Informação.

Durante meses, uma equipe de profissionais

Por Fernando Duarte CaldasFotos: Paulo Bareta

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discutiu a logística de circulação no condomínio,

que resultou na concepção dos novos controles

de acesso.

“Estudamos as alternativas capazes de

agregar vários benefícios e de trazer mais valor

para os usuários. As obras para o novo sistema

de acesso abarcam um conjunto de inovações

que vão facilitar a circulação e promover uma

vivência diferente na utilização do Centro Em-

presarial”, sintetiza Marcos Maran, gerente de

Manutenção e Obras.

Controles de acessoOs usuários poderão entrar nos prédios

normalmente com o porte de crachás. “Para

facilitar, iremos integrar nosso sistema web

atual (SASWeb), que as empresas instaladas no

condomínio já estão acostumadas a utilizar, ao

novo sistema de controle de acesso, tornando

funcional para nossos usuários, as operações

de cadastro e de liberação de seus funcioná-

rios ou de visitantes para acesso aos blocos”,

informa Eduardo Castro da Silva, gerente do

Departamento de Tecnologia da Informação

do Centro Empresarial de São Paulo.

Castro da Silva explica que serão utilizados

crachás com tecnologias diferentes para o públi-

co interno e visitantes. Para os visitantes, serão

emitidos cartões descartáveis com código de

barras, enquanto para o público interno serão

crachás de proximidade. Todas as barreiras ele-

trônicas para acesso aos blocos estarão adapta-

das para as duas tecnologias.

No sistema de CFTV, serão implantandas

modernas câmeras IP com recursos de análise

de comportamento que, integradas ao sistema

de controle de acesso, vão facilitar a administra-

ção e operação diária da área de Segurança.

Novas escadas rolantesAs entradas e saídas pelos níveis Panamby,

Shopping e Jardim continuarão a ser franque-

adas ao público em geral. O acesso para quem

vem da rua também será facilitado com a subs-

tituição das duas escadas rolantes que ligam os

pisos Panamby e Shopping por outras, novas

e com maior capacidade de transporte de pes-

soas. Como complemento ao uso das escadas

rolantes, também está previsto a implantação

de uma escada fixa entre esses dois pisos.

O piso Panamby será utilizado também

para as operações de carga, que terão dois ele-

vadores exclusivos para utilização dos lojistas

do piso Shopping. Esses dois elevadores serão

instalados nos blocos A e B.

CronogramaO condomínio já está dando andamen-

to a um programa de comunicação para es-

clarecer ao público e às empresas sobre o

conjunto de mudanças. Esse programa inclui

sinalização e treinamento para o uso das

novas instalações, do sistema de cadastra-

mento de funcionários e de autorização de

acesso, informam Patrícia De La Sala e Már-

cia D´Ambrosio, da Assessoria de Relações

Institucionais.

Marcos Maran finaliza informando que o

cronograma de obras prevê que os anexos do

Blocos A e B, além dos dois elevadores de car-

ga, entrem em operação em janeiro próximo.

Os demais anexos devem ser entregues numa

sequência linear, tão logo fiquem prontos. To-

dos devem estar concluídos até o final de junho

de 2010.

Hall de entrada do Piso Shoppingterá controle de acesso, com

catracas e sistema de circuito fechado de televisão (CFTV)

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28 | | SET/OUT/NOV – 2009

José Maria Marin

Ele pintou paredes, fez instalações de to-

madas, puxou cabos e fios, trocou lâmpadas,

fez desenhos, viu a primeiras empresas se ins-

talarem, participou da inauguração, desenhou

o traçado das vagas dos estacionamentos e fez

locações. Já foi até içado em uma cestinha do

Corpo de Bombeiros por um helicóptero num

treinamento da brigada de incêndio. Uma his-

tória de 33 anos e uma convicção: “o Centro Em-

presarial de São Paulo é a minha vida”.

Quando José Aurélio Françoso chegou ao Cen-

tro Empresarial, em 1976, este se encontrava ainda

em fase de obras. Ele participou da construção

como contratado pela Carneiro Monteiro Engenha-

ria, empresa prestadora de serviços de instalações,

na qual trabalhava como desenhista.

Seu primeiro local de trabalho foi o canteiro

de obras, instalado onde hoje está o estacio-

namento 18. “Quando cheguei para trabalhar

como desenhista, não havia ainda um local

para eu desenvolver minha função. Então fui

designado a coordenar a instalação de toma-

das, com dez eletricistas”, lembra Aurélio.

Somente após cumprir essa tarefa inicial,

pôde se dedicar ao seu ofício de desenhista,

participando do projeto da cozinha central, na

área de alimentação da empresa Lubeca.

Quando o condomínio começou a funcio-

nar de fato, Aurélio foi contratado pelo Departa-

mento de Manutenção como desenhista. Fazia

plantas com a atualização de todas as novas

instalações. Chamaram-no logo para fazer o

controle de qualidade e, em seguida, para ser

chefe da seção que cuidava das ordens de ser-

viços executados pelo departamento.

Porque eu gosto do Centro Empresarial de São PauloJosé Aurélio Françoso tem uma história de amor com o Centro Empresarial de São Paulo. Ele conta como esse sentimento foi construído ao longo de 33 anos

Em 1994, foi convidado por uma das direto-

rias para cuidar da locação dos andares vagos

do Centro Empresarial. “Como eu conhecia muito

bem o empreendimento, todas as instalações e

as facilidades, sabia que era muito fácil alugar

os espaços. No final daquele ano, quase todos

os andares já estavam ocupados.”

Aurélio sempre soube demonstrar para as

empresas as vantagens do Centro Empresarial.

Seus espaços, o tamanho dos andares, 2.844,05

m2, as facilidades das instalações graças aos inte-

randares, o paisagismo com seus lindos jardins.

“A beleza do empreendimento está na sua

arquitetura. Há facilidade para se deslocar de um

bloco para outro, as comodidades oferecidas pelo

shopping e a segurança incomparável do empre-

endimento. Sempre digo para as empresas com

as quais faço contato que posso sair do meu an-

dar, ir até o banco, sacar dinheiro e voltar contan-

do as notas, sem qualquer preocupação. Pois sei

que não existe nenhum risco aqui dentro.”

Nesses 33 anos, Aurélio fez muitos amigos

no Centro Empresarial. Sabe que é muito queri-

do, pois não há lugar por onde passe que não

tenha sempre alguém que o cumprimente. Por

tudo isso, se lhe perguntam por que ele gosta

do Centro Empresarial, a resposta vem fácil:

– Eu não gosto, eu amo o Centro Empresa-

rial. Foi toda uma vida aqui. Cheguei garoto, aos

20 anos. Nunca trabalhei em outro lugar. Aqui

passei alguns momentos tristes e muitos outros

felizes. O prazer, o amor, a felicidade de traba-

lhar neste empreendimento, o querer bem, o

gostar, o interesse por tudo que lhe diz respeito

e o cuidado com ele continuam como sempre.

O empreendimento faz parte de mim e eu faço

parte dele. Eu vivo aqui e tenho uma história

toda que não se apaga. •

OPINIÃO |

José Aurélio Françoso

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SET/OUT/NOV – 2009 | | 29

| TURISMO

Uma categoria que se mantém em ascen-

são no setor de turismo. Deste modo se apre-

senta o segmento de cruzeiros marítimos, tra-

dicional entre os europeus e que nos últimos

anos entrou no gosto também dos brasileiros.

Prova disso é que, a cada temporada, o núme-

ro de navios que ancoram na Costa do Brasil é

crescente. Para este verão estima-se mais de

15 opções, além das sugestões internacionais.

Segundo especialistas, essa “onda” foi im-

pulsionada, em especial, pela crise aérea eclo-

dida no período de 2007 e 2008 e que, até os

dias atuais —principalmente nas datas festivas

e temperadas—, se coloca presente nos aero-

portos do país e, por vezes, transforma a cha-

mada viagem dos sonhos em pesadelo. Outro

fator ponderável para tal elevação da demanda

de passageiros nos últimos anos foi a elevação

do dólar perante o real, tendo em vista que

Diversão em alto marEm constante ascensão, segmento de cruzeiros manterá temporada com excelentes opções aos viajantes, tanto nacional quanto internacionalmente

Texto: Davi Brandão

Fotos: Divulgação

os turistas que optavam pelos destinos aéreos

internacionais passaram a frequentar os navios

da costa brasileira.

Para atender tantos novos visitantes, as

empresas especializadas neste segmento de

viagem apresentam, a cada temporada, uma

série de novidades. Nos últimos anos, a propos-

ta dos cruzeiros temáticos foi a mais observada

entre os turistas. Hoje, é possível fazer pacotes

especiais para encontros de qualidade de vida,

enogastronomia, dança e, mais recentemente,

para curtir em alto mar o seu cantor predileto.

Pois, outra explosão marítima são os shows em

alto mar.

Após o sucesso de Roberto Carlos, cantores

como Fábio Junior, Zezé di Camargo e Luciano,

Bruno e Marrone e outros apostaram na pro-

posta e já confirmaram apresentações do tipo

para a temporada de 2010.

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TURISMO |

Boas novidadesPara marcar sua estreia na temporada

brasileira, a Ibero Cruzeiros oferecerá duas op-

ções de cruzeiros, o “Anos Dourados” e o “Mo-

vida Latina”, ambos a bordo do navio Grand

Celebration. A primeira opção promoverá uma

viagem pelo túnel do tempo, tendo em vista

que os participantes podem recordar momen-

tos inesquecíveis que marcaram os anos 50,

como a boa música das orquestras americanas.

Ao todo, nove noites, com partida do porto de

Tradição em alto marUma das empresas de referência no

mercado, a Costa Cruzeiros, promete mais

uma temporada de animação para a sua

clientela, que ao longo dos anos se tornou

habitué das opções ofertadas pela empresa.

Entre as opções estão os cruzeiros “Fitness”

e “Bem-Estar”, que valorizam a qualidade

de vida, a alegria e a boa forma. A bordo

do navio Concórdia, os participantes terão a

oportunidade de buscar uma sintonia entre

corpo e mente. Para a primeira opção, cin-

co noites, com saída de Santos e passagem

pelo Rio de Janeiro, Búzios e Porto Belo. E a

segunda dica são as sete noites, com saída

do porto de Santos e passagem pelo Rio de

Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela.

Outro temático da empresa é o “Dan-

çando a Bordo”, no dia 7 de fevereiro, tendo

passagem pelo Rio de Janeiro, Salvador e

Ilhéus. A bordo do navio Concórdia, os via-

jantes participarão de uma grande festa

dançante. A dança de salão será predomi-

nante, com ritmos como bolero, samba, for-

ró, tango, salsa, country, valsa, zouk, danças

gaúchas, merengue, soltinho, chá-chá-chá e

pagode fazendo parte da programação.

Música e gastronomia estarão presentes

no “Prata All’ Italiana”, durante nove noites,

no navio Costa Mágica. Em sua décima edi-

ção, o cruzeiro terá um programa culinário

regado de aromas e sabores, no qual estão

previstos jantares temáticos, que apresenta-

rão a cozinha de diferentes régiões italianas,

como Napoli, Firenze, Milano e Bologna, en-

tre outras. No quesito musical, os viajantes

terão o prazer de ouvir do lírico ao popular.

Com o tema “Tango e Milonga”, o Cos-

ta Mágica também apresentará a emoção e

sensualidade do ritmo portenho, ao longo

de nove noites. No pacote, aulas da dança

que encanta o mundo e alguns dos princi-

pais nomes do tango argentino.

Santos e passagem pelo Rio de Janeiro, Buenos

Aires, Punta del Leste e Porto Belo.

Muitos afirmam que dançar faz bem para

o corpo e para a mente. E se a ideia for essa,

o Movida Latina, ao longo de suas sete noites,

fará os participantes se revelarem verdadeiros

“pés de valsa”. Para animar a galera, destaques

para os estilos salsa, samba e zouk, que esta-

rão presentes na programação. Com partida do

Porto de Santos, o navio passará pelo Rio de

Janeiro, por Salvador e por Búzios.

Restaurante do Costa Victória

Cassino Costa Victória

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ExóticosRequinte e sofisticação são garantidos nas

opções de viagem dos cruzeiros ofertadas pela

Silversea, com seus seis navios, para até 500

passageiros: Silver Cloud, Silver Wind, Silver Sha-

dow, Silver Whisper, Prince Albert II e o novo

Silver Spirit. Todos os pacotes da empresa ofe-

recem o sistema de “all inclusive”, ou seja, com

todas as refeições e gratificações incluídas.

Com saída marcada para o próximo mês de

novembro, o cruzeiro Amazônia fará o trecho

Manaus–Rio de Janeiro. Ao todo 14 noites, ten-

do como destaque a passagem pelo coração da

Amazônia, com destaque ainda para as visitas

a Natal, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Tam-

bém em novembro, o navio Silver Wind fará o

trajeto Egito–Dubai, com viagem iniciando em

Port Said, no Egito, cruzando o Canal de Suez,

com paradas em Sharm-El-Sheikh (Egito), Aga-

ba (Jordânia), Safaga (Egito), Salalah e Muscat,

em Oman. Ao todo, são 15 dias de puro luxo

e glamour.

Os demais temáticos da empresa serão:

“Cingapura a Sidney”, com passagem pela Sa-

marang (Indonésia), chegando até Darwin, na

Austrália, por onde percorrerá várias cidades.

Fechando as saídas, o “Índias e Ilhas Seichelles”,

com partida de Mumbai, na Índia, passará por

Cochin (Índia), Colombo (Sri Lanka), Male (Maldi-

vas), até chegar as Ilhas Seichelles, onde fará as

Ilhas Curie, La Dique, Praslin e Mahé. Serão 12

dias de aventura e culturas exóticas. •

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Cruzeiros oferecem gastronomia sofisticada e variada

Vista Suite

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LULU SANTOSDias 11 e 12 de setembro - sexta e sábado Horário: 22hShow Longplay UMA NOITE NA ÍNDIADias 18 e 19 de setembro - sexta e sábado Horário: 22h

INIMIGOS DA HPDia 25 de setembro - sexta-feira Horário: 22hShow de aniversário de 10 anos

DIOGO NOGUEIRADia 2 de outubro - sexta-feira Horário: 22hDe volta a São Paulo

HSBC BRASILR. Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo, SPTel: 4003-1212

JOJODia 3 de outubro - sábado Horário: 22hJojo Brasil Tour VÍDEOS GAMES LIVESDia 7 de outubro - quarta-feira Horário: 20h30O maior show da game music TONY BENNETTDia 26 de outubro - segunda-feiraHorário: 22hIn Concert ANAHIDia 3 de novembro - terça-feira Horário: 20h30World Tour 2009

Agenda Cultural

Anahi se apresenta em novembro no HSBC Brasil

Diogo Nogueira Tony Bennett

Dicas de atrações culturais que acontecem bem próximo ao Centro Empresarial de São Paulo

CULTURA |

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CREDICARD HALLAv. Nações Unidas 17.955 (Marginal Pinheiros), entre as pontes João Dias e Transamérica. Ao lado do Hotel Transamérica. Acesso à ponte Transamérica.

Tel: (11) 2846-6000

BLUE MAN GROUPDias 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 de setem-broHorário: diversos

JERRY LEE LEWISRockDia 18 de setembroHorário: 22h

LAURA PAUSINIPop InternacionalDias 6 e 7 de outubroHorário: 21:30h

RITA LEEDias 9 e 10 de outubroHorário: 22h

PALAVRA CANTADAInfantilDias 12 de outubroHorário: 18h

ANA CAROLINADias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de outubroHorário: 22h/22h/20h

SARAH BRIGHTMANPop InternacionalData: 20 e 21 de outubroHorário: 21:30h

PINA BAUSCH TANTZTHEATER WUPPERTALA Sagração da PrimaveraDireção artística e coreografia: Pina BauschCoreografias: Café MüllerDias 24 a 26 de setembro.Horários: 21h (quinta) e 21h30 (sábado)

BALLET NATIONAL DE MARSEILLEMétamorphosesDireção artística e coreografia: Frédéric Fla-mand / Cenário e Figurinos: Humberto e Fernando CampanaDias 2 a 4 de outubroHorários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.)

CIA. DE DANÇA QUASARCéu na BocaDireção artística e coreografia: Henrique RodovalhoDias 17 e 18 de outubroHorários: 21h (sábado) e 18h (domingo)

SÃO PAULO CIA. DE DANÇACoreografia inédita ainda sem título, de Da-niela Cardim; Gnawa (2005), de Nacho Du-ato, para 14 bailarinos; e Polígono (2008), coreografia de Alessio Silvestrin, Ricardo Scheir e Maurício de OliveiraDireção artística: Iracity CardosoDireção Artística Adjunta: Inês BogéaDias 22 a 25 de outubroHorários: 21h (quinta e sábado), 21h30 (sexta) e 18h (domingo)

BALLET PRELJOCAJBlanche NeigeDireção artística e coreografia: Angelin Pre-ljocajMúsica: Gustav MahlerFigurinos: Jean Paul GaultierCenário: Thierry LeproustDias 6 a 8 de novembroHorários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.)

TEATRO ALFA – TEMPORADA DE DANÇA 2009 Endereço: R. Bento Branco de Andrade Filho, no 722, Santo Amaro. (Altura do no 18.591 da Avenida das Nações Unidas. O Teatro Alfa localiza-se anexo ao Hotel Transamérica.) Tel: (11) 5693-4000 ou 0300 789 3377

Bailarinas do Pina Bausch Tantztheater Wuppertal

Sarah Brightman

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O Centro Empresarial está implantando um

novo modelo de gerenciamento de serviços de

TI. Para atender às necessidades do condomí-

nio, o Departamento de Tecnologia de Informa-

ção escolheu o Information Technology Infras-

tructure Library (ITIL), biblioteca de boas práticas

nos serviços de tecnologia da informação.

Eduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Cen-

tro Empresarial de São Paulo, explica que não se

pode confundir boas práticas com burocracia. Me-

lhor seria falar em espírito de colaboração. Desse

modo, todos tiveram que documentar com deta-

lhes o próprio trabalho. Hoje, após a implantação,

todos analistas e os usuários colaboram com as

novas regras de atendimento dos serviços de TI.

Em agosto de 2008, O Centro Empresarial

contratou a empresa Kalendae & FoxIT, que re-

alizou um diagnóstico de maturidade dos pro-

cessos adotados. Foi definido, então, um plano

de implementação. Uma equipe de projeto

composta por consultoras Kalendae e analistas

internos de TI começou a desenhar os proces-

sos, apresentando fluxos detalhados, descrição

das atividades, papéis, responsabilidades etc.

Após um ano de trabalho, foram definidos

e implementados os processos de gerencia-

mento de incidentes, problemas, cumprimento

de solicitações, catálogo de serviços e mudan-

ças, além da função service desk, que opera os

processos com ferramenta ITIL. Algumas lições

foram apreendidas nesse processo, avalia Edu-

ardo Castro da Silva. Uma delas é não imple-

mentar todas as boas práticas de uma vez.

“Realizar o Outsourcing de nosso primeiro nível

(service desk) foi uma decisão fundamental, pois,

apesar de reduzirmos o quadro interno, nossos ana-

listas agora ficam totalmente focados em soluções

de TI para a operação da empresa, aproximando-se

muito mais do negócio. Para o service desk, contra-

tamos os serviços de Call Center da Austacem, com

três posições de atendimento”, explica Silva.

Um novo modelo de governança de TIÁrea de TI do Centro Empresarial de São Paulo adota novos processos de gerenciamento

Service deskO service desk centraliza o fluxo de atendi-

mento, ou seja, é um ponto único de contato

entre clientes e a área de TI do Centro Empresa-

rial. O service desk realiza o atendimento inicial

(nível 1), resolvendo os incidentes e as solicita-

ções mais comuns. Somente quando o service

desk não consegue encontrar uma solução a

esses pedidos, o atendimento é passado para a

equipe de analistas de TI (nível 2).

A maioria dos atendimentos é remota. O

usuário só deve receber a visita de um analista

quando todas as tentativas falharem e o prazo

para resolução do chamado começar a compro-

meter a operação da empresa.

O usuário sabe o que pode solicitar a TI,

através do catálogo de serviços. Há diversos in-

dicadores diários, o que permite uma atuação

rápida sobre a causa-raiz e a redução de custos

operacionais. “Hoje, o usuário solicita serviços,

acompanha, aprova o fechamento e tem um

feedback. Tudo via web. Resultado disso é ana-

listas de TI e usuários finais mais satisfeitos.

Nosso objetivo é reduzir falhas, evitar surpre-

sas; melhorar a detecção automática dos pro-

blemas; reduzir tempo médio de manutenção;

melhorar a produtividade do usuário final; e a

disponibilidade dos sistemas”, diz Silva.

Ainda este ano, o gerenciamento da con-

figuração será concluído. Em 2010, serão im-

plementados os outros processos do ITIL. O

treinamento de toda a equipe de TI do Centro

Empresarial em ITIL Foundations V3 deve ser

concluído até o inicio de 2010.

“Começamos o projeto em 2008 com ape-

nas dois colaboradores treinados. Hoje, temos

quatro e, até o final do ano, mais quatro serão

treinados. Para não haver aumento dos gastos

de TI, conseguimos treinamentos sem custos,

através de acordos de troca de benefícios com a

empresa Kalendae. Posso dizer que o processo

é complexo, mas o resultado final traz benefí-

cios relevantes para a empresa e para os cola-

boradores”, conclui Eduardo Castro da Silva. •

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |

Eduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Centro Empresarial de São Paulo

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