LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara...

12
LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Psicologia - Turma Turma 101E 101E Profª Dinamara Selbach

Transcript of LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara...

Page 1: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

LIDANDO COM A MORTE

Curso Técnico de Enfermagem

Psicologia - Turma 101ETurma 101EProfª Dinamara Selbach

Page 2: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Ao pensar na morte, Ao pensar na morte, seja a simples idéia seja a simples idéia

da própria morte ou a da própria morte ou a expectativa mais do expectativa mais do que certa de morrer que certa de morrer um dia, seja a idéia um dia, seja a idéia

estimulada pela estimulada pela morte de um ente morte de um ente

querido ou mesmo de querido ou mesmo de alguém alguém

desconhecido, o ser desconhecido, o ser humano maduro, humano maduro, normalmente, é normalmente, é

tomado por tomado por sentimentos e sentimentos e

reflexões.reflexões.

Page 3: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Os 5 Estágios Os 5 Estágios da Morte  da Morte  

A A reação psíquica reação psíquica determinada pela determinada pela

experiência com a morte experiência com a morte foi descrita por Elisabeth foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo Kubler-Ross como tendo

cinco estágios cinco estágios (Berkowitz, 2001):(Berkowitz, 2001):

Page 4: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Primeiro Estágio:Primeiro Estágio: Negação e Negação e

IsolamentoIsolamento         A Negação e o Isolamento A Negação e o Isolamento

são mecanismos de defesas são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a temporários do Ego contra a

dor psíquica diante da dor psíquica diante da morte. A intensidade e morte. A intensidade e

duração desses mecanismos duração desses mecanismos de defesa dependem de de defesa dependem de

como a própria pessoa que como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao sofre e as outras pessoas ao

seu redor são capazes de seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o geral, a Negação e o

Isolamento não persistem Isolamento não persistem por muito tempo. por muito tempo.

Page 5: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

  Segundo Estágio: Raiva   Por causa da raiva, que

surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o

Isolamento, os relacionamentos se

tornam problemáticos e todo o ambiente é

hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a

raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.  

Page 6: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta; - porque comigo? A revolta pode assumir proporções quase paranóides; “com

tanta gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre

fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto”...  

Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou

menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio,

haver compreensão dos demais sobre a angústia

transformada em raiva na pessoa que sente

interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.  

Page 7: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Terceiro Estágio:

Barganha  Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento,

“percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A

maioria dessas barganhas é feita com Deus e,

normalmente, mantidas em segredo.  Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de

sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou

não, as barganhas assumem mais as

características de súplicas.  

Page 8: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

A pessoa implora A pessoa implora que Deus aceite sua que Deus aceite sua “oferta” em troca da “oferta” em troca da

vida, como por vida, como por exemplo, sua exemplo, sua

promessa de uma promessa de uma vida dedicada à vida dedicada à

igreja, aos pobres, à igreja, aos pobres, à caridade ... Na caridade ... Na

realidade, a realidade, a barganha é uma barganha é uma

tentativa de tentativa de adiamento. Nessa adiamento. Nessa fase o paciente se fase o paciente se mantém sereno, mantém sereno,

reflexivo e dócil (não reflexivo e dócil (não se pode barganhar se pode barganhar

com Deus, ao com Deus, ao mesmo tempo em mesmo tempo em que se hostiliza que se hostiliza

pessoas).  pessoas).  

Page 9: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Quarto Estágio:

Depressão     

A Depressão aparece quando o paciente toma

consciência de sua debilidade física, quando

já não consegue negar suas condições de doente, quando as

perspectivas da morte são claramente sentidas.     Evidentemente, trata-

se de uma atitude evolutiva; negar não

adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não

resolveu. Surge então um sentimento de

grande perda.

Page 10: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como

ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos

sozinhos.     Aqui a depressão assume um

quadro clínico mais típico e característico; desânimo,

desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.

Page 11: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Quinto Estágio: Aceitação Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um

momento de repouso e serenidade antes da longa

viagem. É claro que interessa, à psiquiatria e à medicina

melhorar a qualidade da morte (como sempre tentou fazer em

relação à qualidade da vida), que o paciente alcance esse estágio

de aceitação em paz, com dignidade e bem estar

emocional.

Page 12: LIDANDO COM A MORTE Curso Técnico de Enfermagem Turma 101E Psicologia - Turma 101E Profª Dinamara Selbach.

Assim ocorrendo, o processo até a morte pôde ser

experimentado em clima de

serenidade por parte do paciente e, pelo lado dos que ficam, de

conforto, compreensão e

colaboração para com o paciente.

(fonte: Kübler-Ross, Elisabeth. A roda da vida: memórias do viver e

do morrer. Rio de Janeiro: GMT,

1998. 320 p. )