Liderando Uma Grande Missao de Ala

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Liderando uma Grande Missão de Ala

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L i d e r a n d o u m a

G r a n d eMissão de Ala

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Este guia foi preparado para o uso dos líderes missionários de A Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias na Nova Inglaterra.

Deve ser estudado em conjunto com Pregar Meu Evangelho (referenciado aqui por

PME, seguido pelo número da página), e a Carta da Primeira Presidência de

fevereiro de 2005, Trabalho Missionário na Ala (referenciado por TMA)

Este guia não é uma publicação oficial da Igreja.

Cópias deste guia e outros materiais mencionados aqui podem ser obtidos no

missionaryleaders.org ou enviando um e-mail para [email protected].

Créditos das Fotos: Angela Barlow; LDS.org; photographybybritta.comDesign feito por Angela Barlow 2007

Traduzido por Rafael Rocha 2010Revisado por Leonardo Rocha 2010

Tradução de: Leading a Great Ward MissionPortuguese Version 1.0

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Sumário

Visão Geral: Os Deveres de um Líder de Missão da Ala

Seção 1: Liderar os Membros

Tornando-se um Membro Missionário Exemplar

Criando e Usando um Plano para Liderar os Esforços Missionários de Sua Ala

Ajudando os Seus Missionários de Ala a ter Sucesso e Crescer

Seção 2: Fortalecendo os Recém-Conversos

Transformando Conversos em Santos dos Últimos Dias Engajados

Três Coisas que Amigos, Responsabilidade e Nutrição Provêm

Seção 3: Apoiar os Missionários

Organizando Reuniões Semanais de Coordenação Missionária Efetivas

Contribuindo para Reuniões do Conselho da Ala e do Comitê Executivo do Sacerdócio

Implementando o Programa das Cinco Famílias

Organizando Serviços Batismais Inspiradores e Efetivos

Anexos

Anexo A: “Trabalho Missionário na Ala”, uma Carta da Primeira Presidência, Fev 2005

Anexo B: “Sete Lições para Compartilhar o Evangelho”, Christensens, A Liahona, Fev 2005

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Os Deveres de um Líder de Missão da Ala

1. Liderar os Membros de Sua Ala Para Se Tornarem Membros Missionários Entusiasmados e EngajadosSer um membro missionário exemplar. Ensinar os membros de sua ala como compartilhar o evangelho com os outros e inspirá-los a fazê-lo.

Ajudar o bispo a liderar o conselho da ala para desenvolver e implementar um plano de missão da ala. Certificar-se de que os membros do conselho da ala consideram-se responsáveis por atingir as metas traçadas nesse plano.

Ajudar os outros missionários da ala a tornarem-se grandes membros missionários e a terem uma experiência produtiva, recompensadora e edificante enquanto servem em sua designação.

2. Fortalecer os Novos ConversosExaminar o processo na sua ala pelo qual os novos conversos se tornam fortes, comprometidos e capazes Santos dos Últimos Dias.

3. Apoiar os MissionáriosAjudar os missionários de tempo integral a trazer novos membros para a Igreja.

• Inspirar os membros da sua ala a encontrar pessoas para os missionários, ensinar através do seu exemplo e através disso desenvolver e implementar seu plano de missão da ala. Esta é a maneira mais poderosa de apoiar seus missionários.

• Fazer uma reunião de coordenação com os missionários toda semana. Planejar como os membros da ala irão ajudar cada pesquisador a progredir para o batismo e aumentar em fé a partir daí.

Como membro do conselho da sua ala e do comitê executivo do sacerdócio, tome a frente em revisar assuntos missionários nessas reuniões, assegurando-se de que esse tempo seja gasto produtivamente.

Assista o bispo e o líder do grupo de sumo sacerdotes em sua responsabilidade de trazer membros menos ativos para a atividade plena através do Programa das Cinco Famílias.

Planeje e conduza serviços batismais que edifiquem a fé de todos que comparecerem.

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Seção 1:

Liderar os Membros

Tornando-se um Membro Missionário ExemplarA maior contribuição que você pode fazer como líder de missão da ala é liderar os membros de sua a ala, por preceito e exemplo, a tornarem-se membros missionários ativos (PME pág. 237). Você não foi chamado para ser um administrador de missão da ala, mas para ser o líder. Os profetas de Deus chamaram membros da Igreja para compartilhar o evangelho e prometeram grande regozijo, perdão de pecados e outras bênçãos para todos que o fazem. Ainda assim, muitos membros são tão tímidos e preocupados com outras coisas que eles não buscam ativamente trazer outros para a Igreja de Jesus Cristo.

Não há uma solução administrativa para esse problema. Ele requer liderança. Os membros precisam de exemplos a serem seguidos. Visualize seu desafio dessa forma: é como se os membros de sua ala andassem através de uma geleira e estão desordenados ao longo da beira de uma profunda fenda, impedidos de prosseguir porque estão com medo de pular. A fenda é o trabalho missionário feito pelos membros. Se você ou outros líderes da Igreja tentarem empurrar os membros por trás, eles irão resistir. Se ao invés você pedir para que abram espaço, pular para o outro lado, e voltar-se para falar com uma mão estendida para ajudar, “Esta é uma deliciosa e inspiradora experiência! Assim é como deve se fazer. Deixem-me ajudá-los,” muitos membros irão seguir seu exemplo.

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Aprender Como você pode tornar-se um membro missionário de sucesso?O artigo “Sete Lições para Compartilhar o Evangelho”, de A Liahona, ajudou muitas pessoas que não sabiam como compartilhar o evangelho, ou estavam com medo de fazê-lo, de se tornarem missionários entusiasmados. Uma de suas mensagens é de que muitos membros acham o trabalho missionário difícil e assustador porque eles vinham seguindo um conjunto de princípios incorretos. Um resumo daquele artigo está na próxima página, mas encorajamos que você leia o artigo completo no anexo deste guia.

Fazer

Ler é apenas o começo. O próximo passo é começar a seguir as sete lições sobre compartilhar o evangelho. Você aprenderá melhor quando o fizer.

Ensinar

Após você ter “pulado a fenda” você precisará ensinar esses princípios para os membros de sua ala. Poucos não estarão interessados. Mas a maioria dos membros da Igreja quer compartilhar o evangelho com outros – eles apenas não sabem como. Uma série de três lições da Escola Dominical de membros missionários foi preparada para ajudar você ou outro missionário de ala a ensinar esses sete princípios para os membros de sua ala. Essas lições podem ser encontradas no web site, missionaryleaders.org ou por e-mail para [email protected].

Testificar

Enquanto você ensina os membros de sua ala a compartilhar o evangelho, você pode motivá-los a fazer o que eles têm sido ensinados ao prestar seu testemunho pessoal do regozijo que você experimentou quando você o fez. Testemunhos motivam ação. Você e seus missionários de ala não devem esconder suas candeias debaixo de um alqueire. Após você estudar os sete princípios na página seguinte, leia na outra página a história verdadeira da Ala Cambridge I após alguns membros deixarem sua luz missionária brilhar. Os nomes foram alterados.

A maioria dos membros deseja compartilhar o evangelho com outros - só não

sabe como.

Tornar-se um Líder Missionário em Sua Ala Requer Quatro Passos:

1) Aprender; 2) Fazer; 3) Ensinar e 4) Testificar.

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Sete Princípios do Trabalho do Membro Missionário

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Apesar destas afirmações serem falsas, muitos dos esforços dos membros em compartilhar o evangelho parecem ser

guiados por eles:

Os princípios nesta coluna deveriam orientar a forma como tentamos compartilhar o

evangelho:

1. Nós podemos saber através do comportamento, aparência e hábitos se ele ou

ela estará interessado em aprender sobre o evangelho.

1. Nós não podemos saber com antecedência – e não devemos pré-julgar – se alguém estará

preparado para estar em sintonia com o Espírito.

2. Não podemos convidar pessoas para aprender sobre o evangelho até que as

tenhamos “preparado”. Precisamos transformar nosso relacionamento numa

amizade mais profunda antes de eles estarem preparados para receber nosso convite.

2. Não precisamos transformar as pessoas em amigos antes que possamos convidá-las. Nós

podemos convidar qualquer um – amigos, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de classe e

estranhos. Desde que os convidemos com sinceridade para que eles possam sentir nosso

amor por eles, e não ficaram ofendidos.

3. As pessoas se interessarão pela Igreja se mostrarmos o quanto a Igreja pode ajudá-las.

3. A maioria das pessoas tem uma necessidade mais profunda de prestar serviço do que de

receber. Quando convidamos as pessoas para servir no trabalho do Senhor, elas costumam

sentir o Espírito e percebem o significado que o evangelho pode trazer para suas vidas.

4. Tendremos éxito únicamente si las personas que invitamos aceptan recibir las

charlas misionales y se bautizan.

4. Apenas somos bem sucedidos se as pessoas que convidamos aceitam as palestras dos

missionários e são batizadas.

5. Como os missionários são jovens e inexperientes, eu não tenho certeza se posso

confiar neles para ensinar meus amigos adequadamente.

5. Nós podemos confiar nos missionários. Deus sempre escolheu os simples, os fracos e o jovens para serem Seus mensageiros da verdade. Ele os magnífica através do poder de Seu Espírito.

6. Eu quero compartilhar o evangelho, mas estou ocupado hoje. Pretendo começar

amanhã.

6. Prazos nos ajudam a fazer as coisas importantes. Elder Ballard prometeu que se

definirmos uma data como um comprometimento ao Senhor de que acharemos alguém para os missionários ensinar, Deus irá

nos abençoar para achar alguém.

7. Como estou muito ocupado fazendo tudo que posso para magnificar meu chamado e

cuidar de minha família, eu simplesmente não tenho tempo para o trabalho missionário. Por causa das minhas circunstâncias o Senhor irá

me eximir de guardar este mandamento.

7. Se nos falta o tempo e a energia para fazer o Deus ordenou, mas ainda assim estamos

dispostos a fazer o bem, Deus nos abençoará com milagres. Quando Ele confia que iremos

convidá-las, Ele irá colocar as pessoas no nosso caminho.

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Repare como nessa história o testemunho de uma pessoa inspirou outras duas. Essas, por sua vez, inspiraram mais membros – até que o espírito do trabalho missionário se espalhou por toda a ala. Se você e seus missionários de ala fizerem os que esses membros fizeram, vocês farão mais para acelerar o ritmo do trabalho missionário na sua ala do que quase qualquer outra coisa que vocês possam fazer.

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Uma h!tó"a verdadeira

Os membros da Ala Cambridge I não haviam dado referências para os missionários em mais de um ano quando as Sísteres Susan Jones e Laura Winn foram transferidas para lá alguns anos antes.

Spencer Quinn, um membro que estava fazendo pós-graduação na Nova Inglaterra, sentiu que devia convidar um conhecido, Chip, a se encontrar com as sísteres. O Espírito estava forte enquanto as sísteres ensinavam a primeira lição. Depois que Chip foi embora, o irmão Quinn disse, “Isso é tão bom. Nós tivemos um espírito especial em nossa casa durante a semana enquanto nos preparávamos para isso.”

Síster Jones respondeu, “No próximo domingo é reunião de jejum e testemunho. Você prestaria seu testemunho sobre como isso fez você se sentir? Eu acho que isso realmente ajudaria os outros membros.” No domingo seguinte o irmão Quinn prestou seu testemunho. “Duas semanas atrás eu estava sentando aqui na reunião sacramental quando eu senti que devia ligar para um colega de classe, Chip, para perguntar se ele gostaria de aprender a respeito da Igreja. A impressão foi uma grande surpresa porque eu não tenho muito intimidade com o Chip. Mas eu liguei e disse, “Como você deve saber, eu sou um membro da Igreja Mórmon. Isso sempre significou muito para mim. “Eu tive um sentimento de que devia ligar para você para ver se, antes que o semestre acabe, nós poderíamos convidá-lo para vir à nossa casa para que possamos explicar um pouco sobre o que acreditamos.”

“Para minha surpresa, Chip disse que sabia que eu era Mórmon e que havia anos que queria saber sobre a Igreja. Ele não me perguntou a respeito porque estava com vergonha. Então lhe disse sobre as grandes sísteres em nossa ala e como elas têm lições preparadas para introduzir as pessoas às coisas básicas da nossa crença – e ele combinou de recebê-las. O que eu queria era prestar meu testemunho sobre o Espírito que está em nosso lar desde que começamos a ensinar Chip com as Sísteres Jones e Winn.

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Não há paz no mundo como a que o evangelho traz quando é ensinado pelo Espírito de Deus na sua casa. Eu sou muito grato por essa oportunidade que o Senhor nos deu e queria compartilhar isso com vocês”

Duas semanas mais tarde, o irmão Quinn estava almoçando na escadaria da biblioteca de sua escola quando um colega de classe SUD, Gary Muir, se juntou a ele.

“Spence,” Gary começou, “você se lembra de quando você prestou seu testemunho sobre estudar com Chip e as missionárias? Enquanto você falava eu disse para mim mesmo, ‘Se o Spence pode fazer isso, eu também posso.’ Então hoje de manhã eu perguntei para um cara na minha seção se ele iria ate minha casa para aprender sobre a Igreja e ele disse, ‘Sim’! Eu tive essa sentimento sobre ele e então eu pensei a respeito de como você convidou o Chip. Então, obrigado pela inspiração!”

Posteriormente, na mesma semana, outro estudante SUD, Richard Slovacek, convidou um de seus colegas para ouvir as palestras dos missionários e ele aceitou.

Após ensinar a primeira lição em suas casas, Síster Jones pergountou aos irmãos Muir e Slovacek, “Na próxima reunião de testemunho, vocês poderiam prestar seus testemunhos sobre como foi convidar seu amigo para conhecer o evangelho – e sobre como isso afetou sua família? Eu acho que muitos membros querem convidar pessoas, mas têm vergonha. Vocês podem ajudar.”

Os irmãos Muir e Slovacek prestaram seus testemunhos na reunião de jejum e testemunho seguinte. Nas semanas subseqüentes, muitos outros membros da ala encontraram pessoas para as Sísteres Jones e Winn ensinar. Na reunião de testemunhos de dezembro quase todos os testemunhos foram sobre a experiência de compartilhar o evangelho. Quando a Síster Jones foi transferida, três meses depois, os membros da Ala Cambridge I tinham encontrado 35 pesquisadores e 14 tinham sido batizados.

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Criando e Usando um Plano para Liderar os Esforços Missionários de Sua Ala

Seu plano de missão da ala pode ser uma das melhores ferramentas para se tornar um líder efetivo dos esforços missionários de sua ala. O plano de missão da ala envolve todos os líderes e membros da ala num esforço conjunto de compartilhar o evangelho e para aumentar e fortalecer a ala através do trabalho missionário e reativação (TMA; PME págs.238 & 239).

Um grande plano de missão da ala é simples e efetivo. Simplicidade e efetividade provêm de cada organização na ala designada para fazer uma ou duas coisas específicas repetidamente e consistentemente. Um bom plano de missão da ala pode ser escrito em meia página, como o que está na página seguinte.

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O Plano de Missão da Ala Waltham (um exemplo típico)

Nossa Visão Para a Ala Waltham: Em cinco anos queremos duas alas em Waltham, e não apenas uma. Cada ala terá mais membros com recomendação para o templo do que a nossa ala tem no presente.

Metas desse Ano: Esse ano aumentaremos a freqüência à Reunião Sacramental de 136 para 160; e encontraremos 48 pessoas para os missionários ensinarem.

Nossas Táticas: 1. Preparar a nós mesmos espiritualmente para sermos missionários efetivos, pediremos para cada família estudar o Pregar Meu Evangelho na Reunião Familiar em cada semana. 2. A Sociedade de Socorro irá convidar um amigo não-membro para liderar a classe em cada reunião de Aprimoramento.3. A Primária irá pedir para a família de cada criança batizada para que os missionários entreguem convites para as famílias de diversos amigos das crianças para que assistam a reunião.4. O bispo irá convidar todos os adultos e os jovens, dez pessoas de cada vez, para assistir aulas sobre como compartilhar o evangelho durante três semanas.5. Os missionários serão mestres familiares de cinco famílias menos ativas, conforme designados pelo bispo. Nós as consideraremos como pesquisadores, usando o Relatório de Progresso6.Os sumo sacerdotes irão certifcar-se de que cada recém-converso visite o templo para fazer batismos pelos ancestrais após dois meses de seu batismo.7. As presidências da OR e da OM irão convidar um amigo não-membro cada mês para conduzir uma atividade. 8. O Quórum de Élderes organizará quarto serões sobre como ser bons pais e maridos, para os quais amigos não-membros serão convidados. 9. Um membro do bispado, de cada sacerdócio e presidência das auxiliares,e os missionários irão se reunir cada domingo após as reuniões para listar os membros que faltaram à Igreja. Nós os contataremos no mesmo dia para dizer que sentimos suas faltas, para expressar nossa preocupação com seu bem-estar e para oferecer ajuda para que possam ir à Igreja no domingo seguinte.

Como você lerá na carta da Primeira Presidência em anexo, criar e implementar um plano de missão da ala não é uma opção. É a ferramenta central que você deve usar para organizar e liderar a missão de sua ala (PME cap. 13). Planos como o acima consistem em três seções. Você pode visualizá-las como uma pirâmide, como mostrado na página ao lado. O alicerce de cada plano é uma visão de longo prazo para o crescimento e fortalecimento de sua ala (Provérbios 29:18). O alicerce também define metas missionárias anuais específicas que os membros do conselho da ala decidem que irão atingir tendo em vista o progresso até tal visão. Isso inclui o comprometimento dos membros do conselho da ala de liderar pelo exemplo. Sem um alicerce desses elementos – visão, metas e comprometimento – o plano será um exercício administrativo vazio. Esse alicerce deve ser colocado após os membros do conselho da ala terem jejuado e orado juntos a respeito desse comprometimento (Alma 6:6). As metas devem ser as que o Senhor quer que ala alcance.

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A Estrutura de um Grande Plano de Missão da Ala

A segunda seção do plano consiste em princípios edificadores, como os listados nos itens 1-9 no exemplo acima. Cada organização auxiliar e sacerdócio na ala deve contribuir com princípios edificadores. Para ser simples e efetivo, os princípios edificadores devem ter as características citadas abaixo. Como os membros do conselho de sua ala propõem os princípios edificadores que eles talvez usem para contribuir com seu plano, você deve ajudá-los a dar forma as suas idéias para que elas atendam ao padrão do “simples e efetivo”.

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Características de Princípios Edificadores Complicados e Pouco

Efetivos

Características de Princípios Edificadores Simples e Muito Efetivos

Criar novos programas e eventos é mais difícil, porém novas tradições às vezes são

importantes.

É mais simples transformar o que já fazemos em oportunidades

missionárias.

As atividades que incluem princípios edificadores acontecem uma vez, ou

esporadicamente.

Atividades que incluem a princípios edificadores ocorrem regularmente ou

repetidamente então elas se tornam habituais.

Responsabilidade é difuso e vago. Cada quórum, auxiliar ou pessoa envolvida em implementar o plano tem uma ou duas

coisas específicas para fazer.

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Alguns terão um instinto de fazer princípios edificadores simples e efetivos para o plano de missão da ala. Outros talvez não. Para ajudar, nós obtivemos de diversos planos de missão de alas por toda Nova Inglaterra, idéias para princípios edificadores simples e efetivos que os líderes de cada organização devam considerar fazer uma adaptação para sua ala. Essas idéias incluem princípios edificadores para famílias individuais que querem fazer sua parte. Podem ser obtidas no missionaryleaders.org o u p e d i d a s a t r a v é s d o [email protected]. Você pode imprimir e distribuir cópias necessárias para ajudar os líderes de sua ala definir as iniciativas adequadas para as organizações.

O terceiro aspecto que um grande plano de missão da ala é o ponto crucial representado na pirâmide ac ima : Se r r e sponsáve l po r

implementar seu plano e atingir suas metas. O plano é a sua ferramenta para liderar o esforço missionário. Não faça apenas escrevê-lo numa folha de papel e guardá-lo em algum lugar na sala do bispo para não perdê-lo. Ao invés disso, os membros do conselho da ala devem usar o processo descrito aqui para serem responsáveis em atingir as metas que você traçou. Isso deve ser feito mensalmente, numa reunião do conselho da ala.

Cada ala deve ter ao menos uma reunião do conselho por mês. Se seu bispo decide fazer uma reunião, então o ajude a organizá-la para que de 20 a 30 minutos sejam devotados a avaliar o progresso em direção às metas do plano de missão da ala. Anúncios e calendário podem ser manejados por e-mail e fotocópias. As alas e estacas que tiveram mais sucesso em inspirar os membros para serem melhores missionários costumam ter duas reuniões do conselho da ala mensalmente. Uma delas focaliza exclusivamente no plano de missão da ala.

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Presidente Thomas S. Monson aconselhou,

“Quando lidamos com coisas gerais,Nunca teremos sucesso.Quando lidamos com coisas específicas,Raramente falharemos.Quando a performance é medida,A performance melhora.Quando a performance é medida e relatada,O passo da performance acelera.”

Favorite Quotations from the Collection of Thomas S. Monson,pg 61, Deseret Book, 1985

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Para ajudar o bispo nessa discussão, você deve criar uma tabela como a acima ou pode fazer o download de uma tabela em branco no missionaryleaders.org. Ela divide as metas anuais em 12 passos mensais. Este exemplo é para a Ala Waltham, cuja meta é aumentar a freqüência à reunião sacramental de 136 em dezembro para 160 em dezembro próximo (um aumento de 24). A cada mês duas pessoas adicionais devem começar a assistir as reuniões para que o ritmo de atingir a meta anual seja mantido. A outra meta é a achar 48 pessoas para os missionários ensinarem. Então, até o fim de janeiro os membros da ala devem achar quatro pessoas; oito até o fim de fevereiro, 24 até o fim de junho e por aí.

Você deve atualizar a tabela mensalmente e colocá-la na parede durante a coordenação e reuniões do conselho da ala para que todos você possam visualizar seu progresso e

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Metas Missionárias da Ala Waltham

Pessoas Encontradas para os Missionários

EnsinaremFreqüência da

Reunião Sacramental

Janeiro 138 135 4 1

Fevereiro 140 137 8 3

Março 142 143 12 6

Abril 144 140 16 10

Maio 146 144 20 12

Junho 148 24

Julho 150 28

Agosto 152 32

Setembro 154 36

Outubro 156 40

Novembro 158 44

Dezembro 160 48

Meta Realizado Meta Realizado

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serem responsáveis por fazer o que disserám que iriam fazer. Se estiverem falhando, você precisa ajudar o bispo a fazer uma discussão sobre o que mais os líderes da ala podem fazer para voltar ao caminho. No exemplo da Ala Waltham, eles estão fazendo um bom trabalho progredindo em direção à meta de aumentar a freqüência à reunião sacramental; para estar no ritmo para atingir a meta de 160 no fim do ano,eles precisam estar com 146 no fim de Maio – e eles estão com 144. O que quer que estão fazendo, está funcionando. Mas se eles estão perdendo o ritmo de encontrar pessoas para os missionários ensinarem. Eles precisam fazer uma tempestade de idéias (brainstorm) sobre o que mais eles podem fazer para inspirar os membros.

Você pode usar uma tabela com a acima ou achar um jeito melhor de reportar. Você precisa criar e seguir com vigilância um método como esse. É crucial que você e seu bispo sejam sérios sobre sua visão e suas metas de tal forma que vocês nunca aceitem relaxar. Perder o ritmo requerido para atingir suas metas deve fazer soar os alarmes na reunião do conselho da ala, trazendo uma conversa sobre o que mais vocês precisam fazer para voltar ao caminho. Se você não leva suas metas a sério, sua visão de crescimento e fortalecimento da ala nunca irá se realizar. O DVD incluso, “A Missão da Ala Wilmington,” pode ajudar você visualizar a como usar o seu plano de missão para liderar os esforços missionários de sua ala.

Como os membros do conselho da ala são desobrigados e novos são chamados, você deve se encontrar com os novos líderes para ajudá-los a entender o papel que sua organização se comprometeu a fazer no plano de missão da ala. Isso é importante porque na maioria das alas a composição do conselho da ala muda significativamente todos os anos.Seu sumo conselheiro responsável pela obra missionária deve entregar a você uma cópia do atual plano de missão da sua ala, se um existir, durante seu treinamento. Após ter lido, avalie seu plano:

Se seu plano de missão da ala ainda não atinge esse padrão, converse com seu sumo conselheiro responsável pela obra missionária e seu bispo sobre como e quando guiar seu conselho de ala para criar e começar a implementar um grande plano de missão da ala.

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Ele está num alicerce de visão, metas e comprometimento?

Cada sacerdócio e organização auxiliar na sua ala contribuiu com um princípio edificador? E são simples e efetivos em criar oportunidades para os membros convidarem pessoas para aprender sobre o evangelho?

Os membros do conselho da ala estão levando a visão e metas deles a sério? E estão dando retorno e relatando para si próprios, sendo responsáveis em atingir as metas que traçaram?

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Ajudando os Seus Missionários de Ala a ter Sucesso e a Crescer

Sua terceira responsabilidade como líder é estruturar o trabalho com os missionários de sua ala para que cada um deles cresça em fé, em suas capacidades como líderes e professores, e sua vontade de servir como missionários (PME pág. 237)

Comece pedindo para cada um deles dedicar um tempo específico toda semana para o trabalho missionário. Assim como os líderes das moças e dos rapazes separam toda noite de terça ou quarta para servir em seus chamados, os missionários de ala devem dedicar um tempo estabelecido toda semana – diversas horas – nas quais irão magnificar sua responsabilidade.

Dedicar um tempo para servir ajudar os missionários de ala em diversas formas. Primeiro, os coloca num ritmo. Serviço que é regularmente agendado não costuma ser adiado. Por exemplo, professoras da primária não mudam o horário das aulas para uma hora mais conveniente. Estão marcadas para todo domingo. O agendamento as ajuda a magnificarem seu chamado. Marcando para um tempo regular de serviço automaticamente agenda os missionários de ala para fazerem semanalmente visitas como as de mestre familiar que são cruciais para manter os novos membros ativos, por exemplo (veja mais sobre isso abaixo). Um segundo benefício é de que os missionários de tempo integral saberão quando os membros estarão disponíveis para ajudá-los a ensinar pesquisadores.

Você pode fazer quatro coisas específicas para ajudar os missionários de sua ala, que estão na seqüência:

Dê a Cada Missionário de Ala Responsabilidades Específicas

Assegure-se de que cada missionário de ala tem um dever semanal tangível e a responsabilidade sobre um princípio edificador específico em seu plano de missão da ala. Cada um deve se comprometer a servir em um horário estabelecido toda semana.Isso os ajuda a servir semanalmente como mestres familiares/professoras visitantes de novos membros e a acompanhar os missionários enquanto eles ensinam. Em particular, um missionário de ala deve ser responsável pelo princípio edificador de relações públicas no plano de missão. Se sua ala tem um especialista de relações públicas, essa pessoa deve ser chamado como missionário de ala. Quando possível; o presidente da Escola Dominical deve designar um missionário de ala para dar a aula dos Princípios do Evangelho. Outro deve dar a aula de Membros Missionários. Eles precisam dessas oportunidades para crescer mais do que você. Sua mentalidade deve ser a de estruturar o trabalho deles para que ao fim de cada semana, seus missionários de ala possam colocar as mãos na cintura e dizer, “Eu fiz alguma coisa importante!”. Missionários de ala devem comparecer as suas reuniões semanais de coordenação missionária. Lá é que vocês revisarão seu progresso em direção suas metas do plano de missão de ala.

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Inspirar e Ensinar Como Ser um Membro Missionário Através do Exemplo

Ensine-os como compartilhar o evange lho , u sando o mesmo material que você estudou. Designe um missionário de ala para ensinar na classe de Membros Missionários da Escola Dominical. Exorte todos os missionários de ala para que tirem suas candeias de debaixo do alqueire e prestem freqüentemente testemunho sobre como eles se sentem e sobre como eles crescem ao compartilhar o evangelho com outros, como descrito acima.

Treiná-los a Como Ajudar os Missionários a Ensinar

Separe um horário específico cada semana para ajudar os missionários de tempo integral a saber quando os membros estarão disponíveis para ajudá-los a ensinar pesquisadores. Missionários de ala devem estudar todas as cinco lições do capítulo 3 de Pregar Meu Evangelho. Eles devem dominar também o capítulo 11, “Como Posso Ajudas as Pessoas a Assumirem e Cumprirem Compromissos?” . A página 173 irá ajudá-los a ver que o principal papel que os membros devem exercer é deixar os missionários ensinarem e dar suporte ao ensino prestando seu testemunho.Dominar este material irá permitir que eles possam apoiar os missionários de tempo integral, que devem ser guiados pelo Espírito enquanto ensinam.

O caso de estudo “Comprometendo-se a Compromissos na Missão Maine Augusta”, disponível no missionaryleaders.org ou por email para [email protected], contém treino adicional valioso. Ele mostra que quando pesquisadores não mantêm seus compromissos de ler o Livro de Mórmon, orar e ir à igreja, nós costumamos concluir que eles não querem guardar os compromissos. Geralmente eles não o fazem porque não sabe como fazer essas coisas. Esse caso de estudo pode ajudá-lo a apoiar os missionários de tempo integral em sua responsabilidade de guiar os pesquisadores a fazerem e guardarem compromissos que os levaram a um testemunho profundo do evangelho de Jesus Cristo.

Dirigi-los em Fortalecer Novos Membros

Recém-conversos experimentam um choque após o batismo, passando de repente de visitas diárias dos missionários para (na melhor das hipóteses) visitas mensais dos

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Os missionários de ala numa ala na Nova Inglaterra fizeram um compromisso como parte de seu plano de missão: Em cada reunião de jejum e testemunho, pelo menos do is de les contar ia uma exper iênc ia inspiradora que tiveram ao compartilhar o evangelho durante o mês anterior, e testificar sobre o Espírito que isso trouxe em suas vidas. Isso significa, logicamente, que eles precisavam ter experiências inspiradoras para q u e p u d e s s e m c u m p r i r c o m e s s e compromisso!Seus esforços em liderar pelo exemplo funcionaram. Naquele ano os membros da ala encontraram 68 pessoas para os missionários ensinarem em suas casas – um ritmo de trabalho de membro missionário que era muito mais vibrante do que jamais fora.

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mestres familiares. Para ajudá-los nessa transição, missionários de ala devem ser designados como mestres familiares e professoras visitantes dos recém-conversos para os primeiros quatros meses após o batismo. Eles devem visitar cada um dos recém-conversos semanalmente, geralmente no período de tempo que reservaram durante a semana para esse tipo de serviço. Imediatamente após o batismo eles devem ajudar recém-conversos a começar a pesquisa da história de sua família para que eles possam ir ao templo para serem batizados pelos ancestrais no período entre 1 e 3 meses após seus batismos. Eles devem (ou sozinhos ou com os missionários de tempo integral) ensinar as cinco lições novamente (PME cáp. 3). Devem ensinar os novos membros a como magnificar seus chamados na Igreja. A seção seguinte deste guia mostra em mais detalhes como você pode ajudar a transformar recém-conversos em Santos dos Últimos Dias capazes e compromissados.

Entreviste cada um dos seus missionários de ala uma vez por mês, para que possam relatar a você sobre administração deles sobre as responsabilidades específicas que eles têm na missão da ala e em seu plano.

O serviço como missionário de ala foi uma experiência frustrante para muitos. Isso é habitual porque líderes de missão da ala não dão a eles responsabilidades desafiadoras, significativas e específicas para cumprir. Disserám a eles para compartilhar o evangelho e a ajudar os missionários, mas essa foi toda a direção que lhes deram. Eles não sabiam o que tinham que fazer, quando deviam fazer e se estavam tendo sucesso ou fracasso em seus chamados. Como resultado, muitos bispos hesitam em chamar membros para servirem como missionários de ala porque a maioria deles foi improdutiva no chamado. Em muitas alas não há missionários de ala, além do próprio líder de missão da ala.

Se esse for o caso em sua ala, não peça imediatamente ao seu bispo por missionários de ala. Primeiro, defina uma estrutura na qual esses missionários irão trabalhar. Defina um conjunto de responsabilidades significativas, específicas e tangíveis que serão dadas para cada pessoa. Então peça ao seu bispo para chamar missionários de ala para preencherem essas responsabilidades. Se você ficar as coisas recomendadas nessa seção para que os seus missionários de ala sejam produtivos e cresçam em seus chamados, seu bispo estará ansioso para chamar mais pessoas para servir com você na missão da ala.

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Page 20: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Tornando-se um Grande Líder de Missão da Ala: Revisão 1

Nesse ponto de seu aprendizado de como se tornar um grande líder de missão da ala, nós convidamos você a parar.Nos próximos dias – ou numa noite ou num domingo – dedique duas horas para completar a tarefa a seguir num local tranqüilo.Se você está ocupado, mas irá fazer essa tarefa, isto irá te poupar incontáveis horas em seu serviço como líder de missão de sua ala – e irá ajudá-lo a ser um líder muito mais efetivo.Por favor, não se isente disto. Faça sete coisas:

1. Ajoelhe e ore em voz alta. Diga a seu Pai Celestial que você foi chamado para ser um líder de missão de ala, não um administrador de missão,e peça a Ele para te ajudar a entender e magnificar seu chamado. Informe-O que você irá ler as páginas 1-15 novamente, assim como os Anexos, “Trabalho Missionário na Ala” e “Sete Lições para Compartilhar o Evangelho”. Peça por Sua ajuda para que enquanto você lê, o Espírito Santo ajude-o a entender o que você precisa fazer para magnificar seus chamado e satisfazê-Lo em seu serviço.

2. Leia novamente o material neste guia até este ponto.

3. Escreva respostas de dois parágrafos para cada uma destas três questões:

a. Que coisas específicas em preciso começar a fazer em minha vida para que eu possa ser um líder exemplar e efetivo dos esforços missionários de minha ala?

b. Que mudanças nós precisamos fazer em nosso plano de missão da ala, e de que forma usaremos nosso plano, para que todos os líderes e membros na ala possam engajar-se num esforço unido para compartilhar o evangelho e crescer e fortalecer a ala através do trabalho missionário e reativação?

c. O que eu tenho que fazer para ajudar os nosso missionários de ala a crescer e ter sucesso enquanto eles servem comigo? Como podemos, como um grupo comprometido de membros missionários, inspirar os membros de nossa ala a compartilhar o evangelho entusiasmadamente?

4. Ajoelhe-se novamente em oração verbal. Explique ao nosso Pai Celestial o que você escreveu. Diga-O que você irá agora revisar esses parágrafos, e pedir para que o Espírito Santo possa inspirá-lo a entender ainda mais profundamente o que você deve fazer, e como fazer, para que você possa se tornar um grande líder de missão da ala.

5. Revise o que você escreveu e mude esses parágrafos conforme for guiado pelo Espírito.

6. Ajoelhe-se novamente e ore em voz alta uma terceira vez. Faça uma meta com Deus de que você irá fazer as coisas que você escreveu. Peça-O para que te abençoe e te magnifique, para que você possa realmente ser o líder de missão da ala que Ele quer que você seja – para ser tornar uma ferramenta em Suas mãos para ajudar muitas, muitas pessoas a virem ao Seu Reino durante o seu tempo em que servir. Então ouça o que Ele te responde, através do Espírito Santo.

7. Na sua próxima reunião de treinamento com seu sumo conselheiro missionário, e na sua próxima reunião com seu bispo, dê a eles cópias do que você escreveu para que eles possam te apoiar de maneira melhor.

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Page 21: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Seção 2:

Fortalecendo os Recém-Conversos

Transformando Conversos em Santos dos Últimos Dias Engajados

Sua primeira área de responsabilidade, como discutido acima, é inspirar os membros de sua a se tornarem membros missionários entusiasmados. Sua segunda área de responsabilidade é fortalecer os recém-conversos de sua ala para que se tornem Santos dos Últimos Dias engajados e capazes (PME pág. 233) Na Nova Inglaterra a proporção de pessoas batizadas que ainda estão ativas na Igreja cinco anos depois tem sido historicamente de menos de 20%. Ajudar nossos conversos a se tornarem fortes, fiéis e membros para a vida toda é urgente. Eles são os filhos do nosso Pai Celestial.

Esta seção deste guia resume um estudo, “Como Ajudar nossos Novos Membros a Se Tornarem Santos dos Últimos Dias Fortes e Engajados,” que presidentes das estacas da Nova Inglaterra prepararam para examinar porque tantos novos membros saem da Igreja e como resolver esse problema. Alas que fazem coisas simples recomendadas nesse estudo tem mostrado que a proporção de seus recém-conversos que continuam ativos é significativamente maior do que o que acontecia em nosso passado. Cópias desse estudo p o d e m s e r o b t i d a s n o m i s s i o n a r y l e a d e r s . o r g o u p o r e m a i l p a r a [email protected].

O Presidente Hinckley nos relembrou que novos membros precisam de amigos, uma responsabilidade e de serem nutridos pela boa palavra de Deus (PME págs. 233 & 234;

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Page 22: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Morôni 6:4).De qualquer forma, prover essas coisas após o batismo somente não costuma ser suficiente para transformar nossos novos membros em SUDs fortes e ativos. Nós precisamos fazer um trabalho melhor antes do batismo preparando-os para receberem essas coisas. Então nós precisamos providenciá-las.

As três seções abaixo explicam como devemos preparar melhor os pesquisadores para que eles: 1) Tenham amigos que os apóiam em casa; 2) Estejam prontos para aceitar responsabilidades após o batismo; e 3) Saibam como ser nutridos pelo Espírito. A seção final fala sobre como fazer um trabalho melhor para providenciar essas coisas após o batismo.

Melhor Preparação I: Amigos em Casa

O lar é onde as decisões-chave sobre manter-se digno e ativo são tomadas – como continuar a obedecer a palavra de sabedoria e acordar para ir à igreja. Não é surpreendente, então, que quando recém-conversos são batizados onde há outros membros ativos (família, colegas de quarto e amigos) no lugar onde moram, a probabilidade de que continuem ativos seja de 85%. Se novos membros são as únicas pessoas no lugar onde moram que estão comprometidas a viver o evangelho, a probabilidade de que permaneçam ativas é de apenas 8%.

Sempre que os missionários listarem um pesquisador em seu relatório de progresso na sua reunião de coordenação que está sendo ensinado sozinho (significando que não há membros ativos da Igreja no local em que vivem e não há amigos ou família que estejam sendo ensinados com aquele pesquisador) isso deve ser o início de uma discussão sobre o que os membros da ala podem fazer para ajudar os missionários a ensinar familiares e amigos desse pesquisador. O propósito disso não é apenas ensinar e batizar mais pessoas. É um elemento crítico na fórmula para manter o pesquisador forte e comprometido à Igreja após o batismo.

Melhor Preparação II: Preparado para Aceitar Responsabilidades

Se pesquisadores aceitam responsabilidades de fazer e manter compromissos pessoais enquanto estudam com os missionários, eles estarão melhor preparados para aceitar um chamado da Igreja. Cada vez que pesquisadores aceitam fazer um

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Amigos

Responsabilidade

Nutrição pela Boa Palavra de Deus

Page 23: Liderando Uma Grande Missao de Ala

compromisso, eles estão exercendo fé. Quando eles mantêm esse compromisso, eles estão se arrependendo. Enquanto eles fazem e mantêm, eles repetem ciclos de fé e arrependimento. Batismo é uma ordenança na qual eles fazem um compromisso maior de aceitar nosso Salvador; de guardar Seus mandamentos; e de servir outros (Mosias 18:8-11) na Igreja. No começo de cada lição, os missionários devem usar um tempo significativo revisando a experiência do pesquisador em guardar os compromissos feitos na última lição.Após ensinarem a lição, os missionários devem deixar tempo suficiente para convidá-los a aceitar os próximos compromissos e ensiná-los a como guardá-los (PME cáp.11). Seu presidente de missão tem a responsabilidade principal de ensinar esses princípios aos missionários. Você precisa apoiar esse ensinamento enquanto você e seus missionários de ala trabalham com os missionários de tempo integral, porque fazer e manter compromissos são a preparação crucial para que eles continuem ativos na Igreja depois do batismo.

Em particular, nós devemos fazer um trabalho melhor ao ensinar os pesquisadores como chegar à igreja e guardar o domingo por conta própria.Quando pesquisadores respondem ao convite dos missionários de ir até a igreja dizendo “Eu não tenho carro,” os missionários devem perguntar, “Quem você conhece que poderia te levar até a igreja?” e explorar totalmente essas possibilidades. Se realmente não há ninguém que possa, os missionários devem explorar outros meios como transporte público, bicicletas ou ir andando. Apenas em último caso, depois de todos os outros meios terem sido explorados, os missionários devem oferecer que membros os levem até lá. Isso é por causa de que os pesquisadores precisam aprender a tomar a responsabilidade de ir à igreja como um prelúdio a magnificar outras responsabilidades como um membro.

Melhor Preparação III: Ensinar Como Ser Nutrido

Os missionários não devem apenas pedir para que seus pesquisadores leiam o Livro de Mórmon e orem. Eles devem ensinar como fazê-lo – porque não deve ser lido da forma que nos ensinam a ler histórias e outros textos. Seguindo o padrão contido em Pregar Meu Evangelho (págs. 111-112), eles devem organizar suas lições envolta de perguntas que pesquisadores querem respostas e dar a eles tarefas de leitura no Livro de Mórmon que contenham essas respostas. Eles devem pedir aos pesquisadores para escreverem as respostas para essas perguntas de forma que os façam ponderar e orar profundamente sobre o que estão lendo.

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Há um processo de transformação

pelo qual conversos de passaram por

diversas experiências

podem se tornar Santos dos

Últimos Dias fortes e

engajados.

O processo começa antes do

batismo e continua após a

ordenança.

Com direções dadas pelos

membros da ala, uma porção

muito maior de recém-conversos irá permanecer

fiel.

Page 24: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Semelhantemente, eles precisam cuidadosamente ensinar os pesquisadores a como oferecer orações particulares, pessoais e efetivas, porque nas religiões em que muitos pesquisadores foram criados, eles aprendem a recitar orações decoradas ou raramente oram.

Novamente, seu presidente de missão tem a responsabilidade de ensinar esses princípios aos missionários. Sua responsabilidade é de apoiar esse ensinamento. Esses são explicados mais completamente no folheto, “Como Ajudar nossos Novos Membros a Se Tornarem Santos dos Últimos Dias Fortes e Engajados,” e no caso de estudo “Comprometendo-se a Compromissos”, os quais ambos podem ser obtidos no missionaryleaders.org ou por email para [email protected].

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Page 25: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Três Coisas Que Amigos, Responsabilidade e Nutrição Provêm As seções acima falaram sobre preparar os pesquisadores com amigos em suas casas, com uma habilidade e boa disposição para aceitar responsabilidades, e um entendimento de como ser nutrido pelo Espírito quando eles oram e estudam a boa palavra de Deus. Esta seção descreve como você pode prover amigos, responsabilidade e nutrição após o batismo. A tabela abaixo lista três coisas simples, porém poderosas, que você deve fazer – cada uma delas irá prover a cada membro novo uma dessas três necessidades

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Coisas que você deve fazer Amigos Responsabilidade

Nutrição pela Boa Palavra de Deus

1. Formule o chamado ideal para cada um dos

membros novos que tenha as cinco

características listadas na próxima página com

1 ou 2 semanas de antecedência ao

batismo. Recomende isso ao seu bispo e se

ele for inspirado a tal, ele irá dar esse

chamado no momento do batismo.

Num chamado ideal, membros novos sempre

servem com outra pessoa. Trabalhar em

conjunto cria amizades muito mais profundas do que qualquer outro

meio.

Receber o chamado no momento do batismo

ajuda cada novo membro a se sentir

importante e necessário na ala.

Em um chamado ideal, o membro novo irá

aprender o evangelho enquanto serve.

2. Leve cada um dos membros novos ao templo para serem

batizados pelos antepassados, se

possível, após 1 ou 2 meses do batismo.

Ir ao templo com os amigos da ala. Sentir o amor e a proteção dos

antepassados pelos quais o trabalho no

templo o converso está fazendo.

Batismos por membros da família mortos é uma responsabilidade cuja

importância cada membro novo pode

sentir.

Ir ao templo dá aos novos membros uma

meta espiritual de curto prazo para se

prepararem. Eles irão sentir o Espírito no

templo.

3. Pedir aos missionários de ala

para separarem 1 ou 2 horários consistentes

durante a semana para irem servir. Designá-

los como mestres familiares/professoras

visitantes dos membros novos durante os

primeiros 3 ou 4 meses após o batismo. Eles

devem visitá-los semanalmente durante

o período escolhido.

Visitas semanais dos missionários de ala irão criar amizade, e aliviar a

transição das visitas diárias dos missionários.

Durante as visitas semanais, os

missionários de ala podem ajudar os

conversos a preparar os nomes de familiares

para serem batizados no templo; e ensiná-los como magnificar o

chamado que o bispo lhes deu.

Missionários de ala podem ensinar as cinco

lições para membros novos durante essas

visitas semanais.

Page 26: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Aqui há maiores detalhes sobre porque e como você pode ajudar seu bispo em dar chamados aos recém-conversos. O bispo é ocupado e não conhece o converso tão bem quanto você. Você pode ajudar formulando cuidadosamente e propondo o chamado. O chamado ideal para membros novos deve ter estas cinco características:

• Ajuda-os a sentirem-se importantes e necessários para a ala;

• Requer que eles vão à igreja para que cumpram o chamado;

• Simplifique as responsabilidades: o que fazer e como fazer são coisas diretas; não ambíguas;

• Provê amizade: o membro novo serve com outra pessoa, não sozinho; e

• Requer deles que aprendam o evangelho mais profundamente enquanto eles servem.

Você deve recomendar ao seu bispo uma responsabilidade para cada converso uma semana antes do batismo. Se for inspirado para tal, o bispo deve então dar esse chamado na hora do batismo. Isso é crucial, porque a maioria dos conversos que ficam inativos começam a cair já nas primeiras semanas após o batismo. Seus membros novos precisam sentir-se importantes e necessários na sua ala desde o começo.

Nem toda responsabilidade é boa para os recém-conversos. A tabela na próxima página mostra como você pode moldar ou criar responsabilidades que tenham cada uma das cinco características de um chamado ideal. Por exemplo, chamar um membro novo para ser professor dos Princípios do Evangelho possui três das características, mas é complicado e ele ou ela irá servir sozinho (a). Um chamado como professor assistente, no entanto, adiciona as outras duas características. Ele ou ela irá servir com outra pessoa.O professor principal pode dar tarefas simples, como ensinar um princípio específico em cinco minutos e gradualmente dar a ele ou ela mais tempo na lição. Essa é uma grande responsabilidade para um membro novo. Num outro extremo, como mostrado no fim da tabela, chamar um novo membro para servir como membro do Comitê de Atividades da ala é uma má idéia.

Porque muitos chamados ideais contêm servir como um professor assistente, você deve aconselhar-se com os presidentes dessas organizações para determinar qual de seus professores seria melhor em nutrir o recém-converso. Isso irá certificar que cada um tenha uma experiência recompensadora enquanto serve.

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Page 27: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Possíveis Chamados para Membros Novos

Nota: Os chamados que não são ideais estão escritos de maneira regular. Os que foram moldados para ter as características de um chamado ideal para membros novos estão escritos em negrito.

1. Professor da Classe de Princípios do Evangelho X X X

Assistente do Professor dos Princípios do Evangelho X X X X X

2. Professora da Primária da 3ª Hora X X X

Assistente da Professora da Primária, 3ª Hora X X X X X

3. Arrumar as cadeiras nas salas de aula X X

Arrumar as cadeiras nas salas de aula com outra pessoa

X X X

Arrumar as cadeiras nas salas de aula com outra pessoa e estocar cada estação de ensino com materiais do centro de mídia que cada professor precisa

X X X X

4. Regente para Reunião Sacramental, Soc.Soc. ou Sacerdócio

X X X

Regente; perguntar a um membro diferente a cada semana para achar seu hino favorito e explicar o porquê logo antes de cantá-lo

X X X X

Regente; perguntar a um membro diferente a cada semana para achar seu hino favorito e explicar o porquê logo antes de cantá-lo; ler escrituras relevantes e incluí-las no programa escrito

X X X X X

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Page 28: Liderando Uma Grande Missao de Ala

5. Missionário de Ala (como normalmente funciona)

Missionário de Ala designado como companheiro de outro missionário de ala, com a responsabilidade de servir num horário regular cada semana ajudando a ensinar pesquisadores e dando lições para novos membros em suas casas – ensinando as lições para membros novos, ajudando-os a ir ao templo, sentando-se com eles na igreja, etc.

X X X X X

6. Recepcionista na Reunião Sacramental X X

7. Membro do Comitê de Atividades X

ExtensãoNós decidimos na Nova Inglaterra que permanecer dignos de irem ao templo é nossa meta para todos os membros, novos e antigos. A cada quinze dias pedirão ao seu bispo para se reportar ao sumo conselheiro missionário sobre as seguintes estatísticas:

Sobre as pessoas batizadas nos últimos 24 meses,

• Quantas o bispo sabe que são dignas de uma recomendação parcial ou plena do templo?

• Quantas estão freqüentando regularmente a igreja, mas não são dignas de ir ao templo?

• Quantas raramente ou nunca vão à igreja?

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Possíveis Chamados para Membros Novos

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Page 29: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Seção 3:

Apoiar os Missionários

Tornando-se um Grande Administrador de Missão da Ala

Apesar de termos enfatizado na Seção 1 que você foi chamado para ser um líder de missão da ala, líderes de missão da ala também devem assumir responsabilidades administrativas importantes.

• Organizar reuniões de coordenação missionária motivadoras e produtivas;

• Participar efetivamente no Conselho da Ala e no Comitê Executivo do Sacerdócio;

• Ajudar o bispo e o líder do grupo de sumo sacerdotes em sua responsabilidade de trazer os menos ativos de volta para a atividade plena através do Programa das Cinco Famílias; e

• Organizar serviços batismais que aumentam a fé de todos os que comparecem.

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Page 30: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Organizando Reuniões Semanais de Coordenação Missionária Efetivas

Pregar Meu Evangelho e a carta da Primeira Presidência, “Trabalho Missionário na Ala” enfatizam a importância de uma reunião de coordenação missionária semanal. Você, seus missionários de ala, todos os missionários de tempo integral e os conselheiros nas presidências dos Sumo Sacerdotes, Sociedade de Socorro e Quórum de Élderes comparecem a essa reunião.Sem exceção, as alas cujos membros estão ativamente cumprindo seus papéis em seu plano de missão da ala e em encontrar pessoas para os missionários ensinarem são alas onde conselheiros dessas três organizações comparecem à reunião de coordenação. Em alas onde esses conselheiros não vão, o trabalho missionário é tipicamente visto como uma responsabilidade isolada dos missionários e do líder de missão da ala. Embora pareça conveniente fazer essas reuniões antes ou depois das reuniões de domingo, nós sugerimos que você encontre um momento melhor porque quando as famílias estão esperando no carro, é difícil ter discussões produtivas sobre os tópicos de importância listados abaixo.

Você deve tentar fazer essa reunião antes do Comitê Executivo do Sacerdócio ou conselho de ala terem sido feitos. Se essas reuniões são feitas no domingo, faça sua reunião de coordenação no sábado. Isso irá ajudá-lo a coletar informações e definir assuntos para tratar no Comitê Executivo do Sacerdócio e no conselho de ala. Após você checar as designações feitas na última reunião, sua agenda deve cobrir os seguintes temas:

1. Revisar o Progresso dos Pesquisadores:

• Membros são designados para estar com os missionários quando eles ensinam pesquisadores? Como podem os membros serem de mais ajuda?

• Pesquisadores são ensinados sobre como manter os compromissos de santificar o Dia do Senhor, de ler o Livro de Mórmon e de orar?

• Se quaisquer pesquisadores estejam sendo ensinados sozinhos, como os membros podem ajudar os missionários a começar a ensinar amigos ou membros da família? Lembre-se,

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Cada Reunião de Coordenação Deve Revisar:

Pesquisadores

Membros Novos

Plano da Ala

Experiências Missionárias Pessoais

Page 31: Liderando Uma Grande Missao de Ala

este é um elemento muito importante de seu plano para manter todo membro novo ativo.

• Assegure-se de que os pesquisadores que freqüentem a reunião sacramental sentem-se próximo à frente e ao centro da capela. Isso minimiza a distração que eles teriam no fundo da capela.

2. Revisar o Progresso de Membros Novos; Relatório de Missionários de Ala Visitantes:

• Progridem em direção ao templo para serem batizados por membros da família dentro de 1 a 3 meses de batismo?

• Magnificam o chamado que lhes foi feito sob medida?

• Estão lhe sendo ensinadas as cinco lições para membros novos semanalmente?

• Possuem amigos em casa que ajudam seus esforços para viverem o evangelho?

• Ajudam a ensinar o evangelho à amigos ou familiares que foram dados como referência aos missionários?

3. Revisão Detalhada do Plano de Missão da Ala:

• Ao lado de você mesmo ser um membro missionário exemplar, a coisa mais importante que você pode fazer pelo sucesso da missão de sua ala é que você e aqueles que comparecem à reunião de coordenação missionária levem a sério as metas que vocês fizeram para fortalecer e crescer sua ala. Se vocês estão realmente sérios sobre crescer a freqüência da reunião sacramental e se você mostra conforme a tabela na página 11 que vocês não estão atingindo sua meta, aqueles na reunião irão explorar o que mais precisar ser feito para conseguir que os menos ativos, e mais pesquisadores, comecem a ir à igreja mais fielmente. Se o ritmo das referências de membros não está igual ao de suas metas, irá causar uma discussão similar, explorando o que deve ser feito para inspirar mais membros da ala a achar pessoas para que os missionários ensinem.

4. Testemunho de uma Experiência Inspiradora em Compartilhar o Evangelho:

• Como voluntário ou através de uma designação, você ou outro membro presente à reunião deve encerrar contando uma experiência inspiradora em compartilhar o evangelho. É importante que isso seja feito, porque isso pode transformar uma reunião

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Page 32: Liderando Uma Grande Missao de Ala

de caráter administrativo em um onde o Espírito testifique no coração de cada pessoa o propósito sagrado do trabalho missionário.

Contribuindo para Reuniões do Conselho da Ala e do Comitê Executivo do Sacerdócio Você é um membro do comitê executivo do sacerdócio e do conselho de sua ala. O tempo nessas reuniões deve ser gasto revisando pesquisadores que estão progredindo e as famílias menos-ativas que os missionários têm ensinado. Os missionários normalmente comparecem para relatar sobre pesquisadores que estão progredindo e porque comparecer a essas reuniões é um treinamento valioso para quando eles se tornarem líderes de ala após suas missões. O intento é de que os missionários devam estar presentes; de qualquer forma, se for a vontade do bispo, os missionários podem não comparecer quando assuntos que ele considera confidenciais estão sendo discutidos (PME pág. 233).

Essas reuniões são os principais fóruns durante os quais o bispo trabalha com os líderes da ala em todas as suas dimensões. O tempo (15-30 minutos) que é separado para assuntos do trabalho missionário é uma preciosa mordomia. Gerencie-o com cuidado para que não se desperdice um minuto (TMA).

Usar o tempo missionário nessa reunião para se ter o efeito máximo requer que se façam recomendações e dar as informações que os líderes da ala precisam para ajudar você e os missionários com seus pesquisadores. A não ser que você os guie, alguns missionários saberão pouco além do nome do pesquisador quando eles apresentarem o relatório de progresso. Os missionários devem providenciar ricas informações sobre os pesquisadores – sobre os outros membros da família, hobbies, educação e onde ele ou ela trabalha. Esses pedaços de informação são “ganchos” que os líderes da ala podem usar para ligar os pesquisadores (e seus familiares e amigos) com membros que tenham interesses em comum. Isso também pode ajudar líderes da ala a dar aos pesquisadores oportunidades de começar a servir na ala antes do batismo.

Se possível, peça aos missionários para tirarem fotos digitais de seus pesquisadores. Se você puder projetá-las numa parede ou imprimi-las e distribuí-las para esses membros do conselho da ala quanto você entregar cópias do relatório de progresso. Isso ajuda grandemente os líderes da ala a associar nomes à rostos e a

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Revisando pesquisadores e

membros menos-ativos com os

líderes da ala os ajuda a:

Dar boas-vindas conscientemente aos pesquisadores na igreja

Ver como eles podem ajudar os missionários a expandir sua rede de ensino; e

Ajudar com a transição dos membros novos

Page 33: Liderando Uma Grande Missao de Ala

visualizar que essas são pessoais reais que realmente merecem sua atenção e nutrição espiritual.

Em um conselho de ala por mês você deve usar 20 minutos para ajudar os líderes da ala a dar retorno e relatar a e l e s m e s m o e n q u a n t o e l e s i m p l e m e n t a m s e u s p r i n c í p i o s edificadores do plano de missão da ala para atingir as metas que traçaram. Muitos líderes de ala traçam metas como um exercício administrativo e nunca pensam nelas novamente. Não deixe isso acontecer. Mostre-os sua tabela (como a do exemplo na página 11) , e inspire os membros do conselho a levar a sério as metas que e l e s t r a ç a r a m . S e e l e s e s t ã o comprometidos a fazer esse progresso, eles irão discutir ativamente o que mais eles podem fazer para manter o ritmo.Se seu conselho de ala tornar-se enérgico sobre seus esforços de reativação e missionários, isso irá transformar o espírito de sua ala. Seu plano de missão da ala tem um grande potencial se você o levar a sério.

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Presidente Hinckley prometeu,

“Se você inspirar os membros de suas alas a convidar pessoas em suas casas para que os missionários as ensinem, o Espírito do Senhor virá para dentro de seus corações; e muitos outros problemas em nossos lares e nossas alas se resolverão.”

Reunião de Treinamento dos Setenta em Salt Lake City, 4 de abril de 2002.

Page 34: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Implementando o Programa das Cinco Famílias Em Agosto de 2006, o Élder Earl C. Tingey, presidente sênior dos Quóruns dos Setenta, pediu a cada uma das estacas das áreas Leste e Nordeste da América do Norte que instituíssem uma prática onde bispos e líderes do grupo de sumo sacerdotes (que são responsáveis pelos élderes em perspectiva) designassem os missionários de tempo integral para visitar regularmente cinco famílias menos-ativas – famílias que, em seu juízo, tenham grande potencial de serem ativas e dar referências aos missionários. Quóruns do Sacerdócio podem considerar essas visitas como visitas de mestres familiares.

Os missionários devem tornar-se amigos dessas famílias. Assim que parece apropriado, os missionários devem pedir permissão para começar a ensinar as lições missionárias para eles novamente. Os missionários devem tratar essas famílias como qualquer pesquisador, inclusive relatando seus progressos durante o Comitê Executivo do Sacerdócio ou conselho da ala. Eles devem usar os mesmos formulários do relatório de progresso.

Se uma família não progride, o bispo e os missionários podem concordar em tirá-la da lista das cinco, fazendo um relato cuidadoso no livro de área sobre o que foi feito. Da mesma maneira, se uma família torna-se completamente ativa, os missionários de ala devem começar a visitá-la semanalmente como seus mestres familiares, tratando-a do mesmo jeito como se fossem recém-conversos.

Quando uma família sai da lista, ou porque não progrediu ou ficou ativa novamente, o bispo deve designar outra família menos-ativa para os missionários, para que eles sempre estejam com a tarefa de visitar cinco famílias. Nós descobrimos que fazer esse trabalho beneficia significativamente o esforço missionário – não apenas através de reativação, mas através de referências dadas por essas famílias.

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Page 35: Liderando Uma Grande Missao de Ala

Organizando Serviços Batismais Inspiradores e Efetivos Há três razões pelas quais devemos fazer um serviço batismal ao invés de ter a ordenança feita privativamente: 1) Prover uma experiência espiritual profunda que irá confirmar no coração dos recém-conversos que eles tomaram a decisão correta (PME pág. 226); 2) Ajudar seus amigos e família que estão presentes a sentirem o Espírito e terem o desejo de conhecer mais (PME pág. 227); e 3) Colocar no coração dos membros da ala a determinação de continuar a nutrir esses conversos e a entusiasticamente encontrar mais pessoas para os missionários ensinarem.

O formato que propomos abaixo segue as diretrizes contidas no Pregar Meu Evangelho. Ele também sintetiza ideias de muitas alas da Nova Inglaterra para atender esses três propósitos. Você deve seguir a inspiração do Espírito enquanto planeja serviços batismais, mas esperamos que essas diretrizes sejam úteis. Usaremos os pronomes “ela” e “ele” no texto na seqüência para referir-se tanto para conversos masculinos quanto femininos.

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C h e c k l i s t d o S e r v i ç o B a t i s m a l Prepare o serviço com antecedência para que você tenha um programa

impresso. Algumas alas presenteiam o membro novo com uma cópia emoldurada do programa para recordação.

Assegure-se de que o serviço seja suficientemente anunciado para os membros, e especialmente para amigos e familiares do converso. É muito importante que eles venham.

Arranje roupas batismais limpas e do tamanho correto.

A pia demora normalmente duas horas para encher – então comece isso com tempo de sobra. Assegure-se de que o converso chegue cedo, para poder vestir-se com a roupa batismal e iniciar o serviço a tempo.

Quem está batizando deve ensaiar com o converso numa sala de aula como um deve segurar no pulso do outro e segurar o nariz. Deve-se dizer para o converso sentar-se sobre seus tornozelos (ficar de cócoras), ao invés de cair direto de costas.

Diga para os conversos trazer roupas de baixo extras e uma toalha. É uma boa idéia sugerir às mulheres que elas vistam mais de uma roupa de baixo, como uma camiseta branca, enquanto são batizadas, para que quando emergirem da água com a roupa molhada não haja problemas de falta de modéstia.

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O serviço precisa ser planejado e anunciado com bastante antecedência para que muitos amigos, familiares e membros da ala possam comparecer. Você ou um membro do bispado deve dirigir o serviço. Após um hino e uma oração, um orador pode descrever a restauração do evangelho e o significado do batismo na Igreja de Jesus Cristo. Tais palavras são voltadas ao converso. Elas devem ser voltadas para os amigos e membros da família do converso, para que eles entendam que ele está fazendo convênios importantes, e estejam preparados e comprometidos a apoiá-lo. O discurso deve terminar com um testemunho sincero que convide o Espírito. Isso pode ser seguido de um número musical, onde for possível. O batismo pode então ser feito, testemunhado por dois membros que tenham ao mínimo o ofício de sacerdote.

Para durante o tempo que vocês esperam pelo novo membro a se vestir, você precisará planejar algo que traga o Espírito com mais força ainda para o serviço. Em algumas alas um missionário ensina uma versão curta de uma das lições missionárias.Em outras alas os membros que ajudaram os missionários a ensinarem o novo converso falam ao grupo. Eles podem ajudar os outros membros a conhecê-lo melhor e testificar do espírito que eles sentiram quando participaram em sua descoberta pela verdade.

Depois que o recém-converso juntar-se novamente à reunião, ele pode ser convidado e prestar o testemunho do que ele aprendeu e sentiu enquanto pesquisava o evangelho e suas aspirações espirituais como um membro da Igreja de Jesus Cristo nos meses e anos seguintes. Muitos conversos não conseguem fazer isso espontaneamente, então aqueles que o vinham ensinando precisam prepará-lo para essa tarefa. Se o converso não se sente confortável em prestar seu testemunho, você pode pedir a um membro para falar sobre o dom do Espírito Santo. Um bom serviço não deve passar dos 45 minutos de duração, então se certifique de que os oradores falem rapidamente, focando no testemunho. Você pode então terminar com um hino e uma oração. Um lanche pode ser servido.

Problemas logísticos podem afastar o Espírito dos serviços batismais. O missionário de ala que você designar como responsável por eles deve usar a checklist da página anterior para ter certeza de que todos os detalhes sejam resolvidos antes de cada serviço batismal.

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Tornando-se um Grande Líder de Missão da Ala: Revisão 2 e 3

Agora que você já leu todo o guia, Liderando uma Grande Missão de Ala , convidamos você a parar novamente para refletir sobre o que aprendeu e o que irá fazer com o que aprendeu. Assim como você fez na sua tarefa na página 14, pedimos que dedique duas horas durante os próximos dias para completar a tarefa seguinte. Fazê-la irá poupar incontáveis horas de seu serviço como líder missão da sua ala. Isso irá ajudá-lo a ser um líder muito mais efetivo.

1. Ajoelhe-se ore em voz alta. Peça ao Pai Celestial ajuda para entender o material nas seções deste guia para que você possa magnificar seu chamado. Informe-O de que irá ler as páginas 16-25 novamente, assim como o folheto, “Como Ajudar nossos Novos Membros a Se Tornarem Santos dos Últimos Dias Fortes e Engajados.” Peça por Sua ajuda para que enquanto lê, o Espírito Santo ajude-o a entender o que você tem que fazer para magnificar seu chamado e agradá-Lo com seu serviço.

2. Leia novamente o material neste guia até este ponto, assim como o folheto, se possível, que você pode fazer o download no missionaryleaders.org ou por email para [email protected].

3. Escreva respostas de dois parágrafos para cada uma destas três questões:

a. O que precisamos fazer em nossa ala para transformar mais de nossos membros em Santos dos Últimos Dias fiéis, engajados e capazes?

b. Das coisas que identifiquei em (a) que precisam ser feitas, quais posso eu mesmo fazer e que tarefas precisam ser feitas pelos outros membros da ala? Como irei ajudá-los a entender o que eles precisam fazer e porque precisam fazer?

c. Quais são as coisas que preciso fazer toda semana e todo mês, para poder magnificar a parte administrativa de meu chamado? Que mudanças eu preciso fazer em minha vida para me assegurar de que faço essas coisas de uma maneiras que agrada a Deus?

4. Ajoelhe-se novamente em oração verbal. Explique a Deus o que você escreveu. Diga a Ele que você irá rever o que escreveu. Peça-O que inspire você para entender o que fazer e como fazer, para que você possa se tornar um grande líder de missão da ala.

5. Reveja o que escreveu e revise esses parágrafos conforme o Espírito guiar você.

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6. Ajoelhe-se mais uma vez em oração. Faça um compromisso com Deus de que irá fazer as coisas que você escreveu. Peça-O que te abençoe e magnifique, para que você verdadeiramente se torne uma ferramenta em Suas mãos para ajudar muitas, muitas pessoas a virem ao Seu Reino durante o tempo de seu serviço e que permaneçam fortes e fiéis durante toda sua vida. Então ouça enquanto Ele te responde através do Espírito Santo.

7. Na sua próxima reunião de treinamento com seu sumo conselheiro missionário, e na sua próxima reunião com seu bispo, dê a eles cópias do que você escreveu para eles possam apoiá-lo melhor.

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Anexo A:

Trabalho Missionário na AlaUma Carta da Primeira Presidência

Fevereiro de 2005

INTRODUÇÃO

Em uma carta datada de 28 de fevereiro de 2002, a Primeira Presidência anunciou que bispos e alas estavam recebendo maiores responsabilidades para o trabalho missionário. Outras cartas datadas de 28 de março de 2002 e 11 de dezembro de 2002 trouxeram maiores informações. O manual missionário Pregar Meu Evangelho (36617) também possui instruções atualizadas sobre como missionários de tempo integral e líderes de ala e estaca coordenam seu trabalho. Como resultado dessas mudanças, partes de “Trabalho do Membro Missionário e de Estaca”, seção do Manual de Instruções da Igreja, Livro 2, estão desatualizadas e estão sendo substituídas pelas instruções a seguir.

Estas instruções incluem diversas referências ao formulário de Relatório de Progresso (36985). Esse formulário é usado para revisar o progresso de pesquisadores, membros novos e membros menos-ativos. Para mais informações sobre o formulário de Relatório de Progresso, veja Pregar Meu Evangelho, página 151.

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PLANO DE MISSÃO DA ALA

O comitê executivo do sacerdócio, auxiliado pelo conselho da ala, desenvolve um plano de missão da ala. O propósito desse plano é encorajar e organizar atividades missionárias para fortalecer os membros em seus esforços missionários. O plano deve incluir metas, iniciativas e atividades para:

1. Convidar pessoas para serem ensinadas.

2 . E n s i n a r, b a t i z a r e c o n fi r m a r pesquisadores.

3. Fortalecer e fazer amizades com membros novos.

4. Apoiar os líderes do sacerdócio na ativação de membros menos-ativos.

Convidar Pessoas para Serem Ensinadas

O Senhor ordenou cada membro a compartilhar o evangelho (veja D&C 88:81). O plano de missão da ala deve incluir sugestões sobre como encorajar membros a envolverem-se pessoalmente em preparar pessoas para serem ensinadas pelos missionários de tempo integral. Todos os meios apropriados devem ser usados para convidar pessoas que estão dispostas a ouvir a mensagem da Restauração. Ênfase deve ser dada em convidar famílias cujos membros virão juntamente para a Igreja. Sugestões para preparar pessoas são encontradas em Pregar Meu Evangelho (167-192,238-239) e a seção “Trabalho do Membro Missionário e de Estaca” do Manual de Instruções da Igreja, Livro 2.

E n s i n a r , B a t i z a r e C o n fi r m a r Pesquisadores

O presidente de missão possui as chaves para os batismos de conversos.Sob sua direção, missionários de tempo integral têm a responsabilidade primária de ensinar pesquisadores. O bispo revê o progresso de pesquisadores que são ensinados, batizados

e confirmados. Pesquisadores costumam ser batizados, confirmados e continuam ativos quando eles possuem amizades com os membros da Igreja. Sempre que possível, os membros deve estar com os missionários de tempo integral quando eles ensinam os pesquisadores (ver PME, 193). Os membros podem ajudar muito ao compartilharem suas experiências e sentimentos e prestando testemunho. O ensino e o desenvolvimento de amizades são mais efetivos quando os pesquisadores são ensinados na casa de membros.

Para sugestões adicionais sobre ensino, veja Pregar Meu Evangelho (29-90, 189-210).

Fortalecer e Fazer Amizades com Membros Novos

O Presidente Gordon B. Hinckley ensinou que todo membro novo precisa de um amigo n a I g r e j a , u m a d e s i g n a ç ã o o u responsabilidade e ser nutrido pela boa palavra (ver A Liahona, julho de 1999, p. 122). O plano de missão da ala deve dizer c o m o o s q u ó r u n s d o s a c e r d ó c i o , organizações auxiliares e membros podem fortalecer e fazer amizade com os membros novos após as lições missionárias terem sido ensinadas. A simpatia deve ser estendida por todos na ala. O bispo e seus conselheiros devem considerar em espírito de oração maneiras de ajudar cada membro novo a se sentir bem-vindo.

Parte do plano de fortalecer membros novos do sexo masculino que tenham 12 anos de idade ou mais deve incluir o recebimento do sacerdócio. O bispo assegura-se de o Sacerdócio Aarônico seja conferido a esses irmãos pouco após serem confirmados. Para sugestões adicionais, ver Pregar Meu Evangelho (231-242) e a seção “Ensino do Evangelho e Liderança” do Manual de Instruções da Igreja, Livro 2.

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Ajudar a Ativar Membros

O plano de missão da ala deve focar também em como ajudar todos os membros a gozar de todas as bênçãos da Igreja.Da mesma forma, o plano deve incluir sugestões sobre como ensinar o evangelho para os membros menos-ativos, convidá-los a assistir as reuniões e atividades da Igreja, e ajudá-los a participar em ordenanças do evangelho e guardar os convênios associados. O plano deve também incluir sugestões para atividades sociais e de serviço que possam trazer membros menos-ativos para mais perto da Igreja. Conforme necessário, o bispo pode requisitar que missionários de tempo integral ajudem nas visitas de mestres familiares e que as sísteres de tempo integral ajudem as professoras visitantes nas visitas às famílias onde nem todos são da Igreja e aos membros menos-ativos, ou de outra maneira visitem esses membros. Essas visitas são mais efetivas quando os missionários de tempo integral estão acompanhados por um membro da ala. Normalmente, os missionários de tempo integral não devem ser separados de seu companheiro. Porém, eles podem ser separados para irem com membros da ala diferentes quando for necessário cobrir um grande número de compromissos. Para sugestões adicionais, ver a seção “Ensino do Evangelho e Liderança” do Manual de Instruções da Igreja, Livro 2.

LIDERANÇA DE ALA E DE ESTACA

Líderes do sacerdócio da ala têm a responsabilidade primária para o trabalho missionário. Líderes de estaca provêm suporte, instrução e responsabilidade.

Presidência da Estaca

Os membros da presidência da estaca devem fazer com que os líderes do

sacerdócio e outros sejam instruídos em suas responsabilidades missionárias. Eles também se certificam que doutrinas e princípios do trabalho missionário sejam ensinados na estaca.

Os membros da presidência da estaca monitoram o progresso de membros novos e revisam seu estado em reuniões regulares com os líderes do sacerdócio.

Em entrevistas mensais com bispos, o presidente da estaca revê o formulário de Relatório de Progresso e discute metas e planos para pesquisadores, membros novos e membros menos-ativos. Ele se assegura de que cada unidade possui um plano de missão de ala efetivo.

O presidente da estaca encontra-se regularmente com o presidente da missão para coordenar o uso dos missionários de tempo integral na estaca, incluindo a assistência que eles dão em esforços de ativação. Quando há grandes números de estacas em uma missão, isso pode ser feito em reuniões de conselho de coordenação. Quando se reúne com o presidente da missão, o presidente da estaca recomenda o número e a localização de missionários de tempo integral para trabalharem na estaca. Ele pode pedir assistência em treinamento de líderes e membros. Se necessário, um dos conselheiros do presidente da estaca pode representá-lo nessas reuniões.

Sumo Conselheiro

A presidência da estaca designa um sumo conselheiro para ajudar a supervisionar o trabalho missionário. Esse sumo conselheiro reporta sobre o trabalho missionário nas reuniões do comitê executivo do sacerdócio da estaca e do conselho da estaca. Ele também ajuda a presidência da estaca a planejar e a conduzir treinamento para líderes de missão de ala, e ele mesmo pode conduzir esse treinamento sob a direção do

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presidente da estaca. Por requisição de um bispo, o sumo conselheiro pode ajudar a instruir líderes do sacerdócio da ala e de auxiliares e missionários de ala.

Bispado

O bispo dirige o trabalho de compartilhar o evangelho, de retenção e de ativação na ala. Ele reporta ao presidente da estaca sobre todos esses esforços.

O bispo chama e designa um portador do Sacerdócio de Melquisedeque digno e com orientação missionária para ser o líder de missão da ala. O bispo ou seus conselheiros chamam e designam outros membros para servirem como missionários de ala. O líder de missão da ala e os missionários de ala devem ser apoiados na reunião sacramental.

Membros do bispado também possuem as seguintes responsabilidades:

Eles usam o comitê executivo do sacerdócio e o conselho da ala para desenvolver e implementar o plano de missão da ala e para coordenar esforços missionários, de retenção e de ativação (ver “Plano de Missão da Ala” páginas 1 e 2).

Eles revisam regularmente o formulário de Relatório de Progresso em reuniões do comitê executivo do sacerdócio e do conselho da ala. Conforme necessário, eles fazem designações específicas para ajudar pesquisadores, membros novos e membros menos-ativos.

Eles irão conhecer cada pesquisador pessoalmente e supervisionarão esforços para ensinar e fazer amizades com eles.

Eles supervisionam esforços para ministrar aos membros novos e apoiar sua atividade.

Eles supervisionam a assistência dos missionários de tempo integral nos esforços de ativação.

Um membro do bispado costuma presidir os serviços batismais de conversos na ala. Geralmente ele ou o líder de missão da ala conduz os serviços.

Líderes do Sacerdócio da Ala e das Auxiliares

Líderes do sacerdócio da ala e das auxiliares devem saber o estado de cada membro novo e menos-ativo para que eles sejam ministrados pessoalmente (ver Manual de Instruções da Igreja, Livro 2, 309). Esses líderes devem assegurar que mestres familiares e professoras visitantes sejam designados para fortalecer e dar apoio aos membros novos e menos-ativos, estabelecendo amizades genuínas, e ajudando-os a se sentirem bem-vindos na ala.

Nas reuniões do comitê executivo do sacerdócio e do conselho da ala, os líderes devem vir preparados para discutir os esforços missionários, de retenção e de ativação.

Líder de Missão da Ala

O líder de missão da ala ajuda o comitê executivo do sacerdócio a desenvolver e a implementar o plano de missão da ala. Ele p o s s u i t a m b é m a s s e g u i n t e s responsabilidades:

Ele prepara itens da agenda sobre trabalho missionário de retenção para reuniões do comitê executivo do sacerdócio e do conselho da ala. Ele reporta sobre o progresso de pesquisadores e membros novos específicos nessas reuniões. Ele também revisa o formulário do Relatório de Progresso.

Ele conduz a reunião semanal de coordenação missionária (ver página 4).

Ele assegura que após o batismo, as quatro primeiras l ições missionárias sejam

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ensinadas novamente e que a lição 5 seja ensinada (ver Pregar Meu Evangelho, 29-90). Ele também provê os líderes do sacerdócio e das auxiliares com relatórios regulares sobre membros novos que precisam de uma responsabilidade na Igreja.

Ele dirige o trabalho dos missionários de ala e os instrui. Sob direção do bispo, ele arranja membros para ajudarem os missionários de tempo integral a ensinar pesquisadores (ver “Ensinar, Batizar e Confirmar Pesquisadores”, página 1).

Ele organiza serviços batismais dos c o n v e r s o s e m c o o p e r a ç ã o c o m o s missionários de tempo integral, e ele pode conduzir esses serviços se for designado pelo bispado.

Missionários de Ala

Missionários de ala são chamados e desobrigados pelo bispado. Eles servem sob direção do líder de missão da ala. O número de missionários deve ser suficiente para apoiar os esforços missionários, de retenção e de ativação, incluindo o ensino com os missionários de tempo integral.

Missionários de ala podem ser portadores do sacerdócio, irmãs ou casais. Eles devem atender aos padrões de d ignidade necessários para uma recomendação para o templo.

Não existe um tempo de serviço ou número de horas específico por semana para o trabalho dos missionários de ala. Eles n o r m a l m e n t e n ã o t ê m o u t r a s responsabilidades na Igreja, exceto as designações de mestre familiar e professora visitante, de preferência para famílias menos-ativas ou onde nem todos são membros da Igreja. Eles não usam plaquetas com seus nomes.

Missionários de ala não precisam ter um companheiro designado, mas não devem ir

sozinhos quando visitarem lares. Um homem e uma mulher não devem fazer visitas juntos, a menos que sejam marido e mulher.

Missionários de ala possuem as seguintes responsabilidades:

Eles ajudam os missionários de tempo integral a achar, ensinar e fazer amizade com pesquisadores.

Eles ajudam a ensinar novamente as quatro primeiras lições e a ensinar a quinta l ição para os membros novos , em cooperação com os missionários de tempo integral e mestres familiares (ver Pregar Meu Evangelho, 29-90).

Eles também fazem amizades com membros menos-ativos e podem ensiná-los c o n f o r m e f o r e m d e s i g n a d o s . E l e s comparecem às reuniões semanais de c o o r d e n a ç ã o m i s s i o n á r i a c o m o s missionários de tempo integral (ver a próxima coluna).

Comitê Executivo do Sacerdócio e Conselho da Ala

Reuniões do comitê executivo do sacerdócio são usadas para tomar decisões, d a r d e s i g n a ç õ e s e a s s e g u r a r responsabilidades. Membros do comitê desenvolvem um plano de missão da ala que e s t á f o c a d o n a s n e c e s s i d a d e s d e pesquisadores, membros novos e membros menos-ativos específicos. Eles coordenam os esforços dos quóruns do sacerdócio, auxiliares e missionários para realizar o plano. Eles também dão direções para a r e u n i ã o s e m a n a l d e c o o r d e n a ç ã o missionária.

O conselho da ala ajuda o comitê executivo do sacerdócio a preparar e a implementar um plano de missão da ala. Trabalho missionário, de retenção e de ativação está na agenda de cada reunião do conselho da ala.

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Conforme necessário, o bispo pode convidar os missionários de tempo integral a comparecerem à parte das reuniões do comitê executivo do sacerdócio ou do conselho da ala quando o trabalho missionário é discutido.

Reunião de Coordenação Missionária

O líder de missão da ala planeja e conduz uma reunião semanal de coordenação missionária. O propósito dessa reunião é coordenar os esforços missionários, de retenção e de ativação dos missionários de tempo integral e dos membros da ala. Nessa reunião comparecem os missionários de tempo integral (onde estão disponíveis), os missionários de ala, um assistente do líder do grupo de sumo sacerdotes e um conselheiro das presidências do quórum de élderes e da Sociedade de Socorro.

Nessa reunião o líder de missão da ala revisa em detalhes o progresso de cada pessoa listada no formulário de Relatório de Progresso. Ele coordena compromissos de visitas e de ensino com os pesquisadores, com membros novos e com os membros menos-ativos.

Apoio para os missionários de tempo integral, incluindo transporte e alimentação, é coordenado nessa reunião.

Essa reunião é usada também para planejar serviços batismais após consultar o bispado.

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Anexo B:

Sete Lições para Compartilhar o Evangelho

Clayton M. Christensen y Christine Quinn ChristensenArtigo contido em A Liahona de fevereiro de 2005, páginas 16-21

Antes de Sua ascensão ao céu, o Salvador deixou o seguinte mandamento a Seu pequeno grupo de discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações”. (Mateus 28:19) Embora pareça uma ordem e tanto, o Presidente Boyd K. Packer, Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos, exortou-nos a agir com fé: “Alguns que julgam depressa demais esse desafio dizem: ‘Mas isso é impossível! Não há como!’ A essas pessoas, respondemos simplesmente: ‘Talvez, mas vamos fazê-lo assim mesmo’”.1

A capacidade de compartilhar o evangelho não é um “dom” que foi concedido apenas a alguns poucos santos dos últimos dias e negado aos demais. Concluímos, a partir de nossas experiências e ao observar as pessoas, que encontrar pesquisadores para os missionários ensinar pode ser fácil e natural para todos nós — basta que o façamos à maneira do Senhor. Apresentamos a seguir sete das lições que aprendemos sobre a maneira Dele.

“Mórmons Ideais” e “Fortes Amizades”

As primeiras duas lições — aprendidas logo no início de nossas tentativas de ser bons membros missionários — facilitaram muito nosso trabalho de proclamar o evangelho: Simplesmente não podemos prever quem se interessará ou não pelo evangelho, e fazer amizade não é um pré-requisito para convidar as pessoas para aprenderem a respeito do evangelho. Aprendemos esses princípios quando éramos recém-casados e os missionários de nossa ala pediram que fizéssemos uma lista de pessoas com as quais poderíamos partilhar o evangelho. Deveríamos começar pelas pessoas do topo da lista, preparando-as por meio de um processo de doze passos. Primeiramente, deveríamos convidá-las a nossa casa para jantar e, em seguida, iríamos a um evento cultural juntos. O sexto, sétimo e oitavo passos eram convidá-las à Igreja, dar-lhes um Livro de Mórmon e pedir que ouvissem as palestras missionárias. O programa culminava com o décimo segundo passo: o batismo.

Muito obedientes, fizemos a lista, colocando no topo as famílias que achávamos que se interessariam mais pelo evangelho. Elas pareciam “mórmons ideais”: seus valores, como a conduta irrepreensível e o comprometimento para com a família, eram semelhantes aos nossos. Em seguida, começamos a estreitar nossos laços de amizade com elas, acrescentando eventos sociais a nossa vida já bastante atarefada. Uma por uma, as pessoas que achávamos que se interessariam pelo evangelho recusaram nossos convites quando chegamos aos passos seis a oito. Elas não se ofenderam, mas a seu modo disserám estar satisfeitas em sua religião. Depois

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de um trabalho intenso de vários meses, não encontramos ninguém interessado em aprender mais a respeito do evangelho.

Então, novos missionários foram transferidos para nossa ala. Sem conhecer nossos esforços anteriores, vieram a nossa casa, abriram a mesma pasta em nossa mesa e pediram que criássemos uma lista de pessoas com as quais iríamos fazer amizade a fim de as prepararmos para ouvirem o evangelho. Protestamos: “Já tentamos antes. Passamos muito tempo, e não funcionou”. Explicamos que sentíamos ter-nos empenhado honestamente com todas as pessoas que considerávamos candidatas a ouvir as palestras.

Desesperados por referências, os missionários suplicaram: “Vocês não conhecem ninguém que poderíamos visitar?” Demos-lhes o nome de quatro casais que tínhamos excluído de nossa lista inicial. Entre eles, estavam os Taylors (o nome foi alterado). Avisamos que, embora eles pudessem bater à porta dessa família, seria uma perda de tempo. O Ken tinha sentimentos negativos em relação à religião organizada em geral e, além do mais, era um jogador aguerrido de rúgbi e adorava tomar cerveja.

Algum tempo depois, os élderes voltaram, exultantes. Os Taylors convidaram-nos para entrar, ouviram a primeira palestra e aceitaram receber a segunda. Tornamo-nos bons amigos dos Taylors ao estudarmos juntos as palestras missionárias. Jamais poderíamos imaginar que teriam o menor interesse pelo evangelho.

Aprendemos com essa experiência que é simplesmente impossível saber de antemão quem se interessará ou não pela Igreja. Achávamos que podíamos julgar e assim excluíramos de nossa lista muitos cujo estilo de vida, hábitos ou aparência os tornavam candidatos pouco prováveis. Ao pensarmos nos que vieram a filiar-se à Igreja, porém, fica claro que, por ocasião de seus primeiros contatos com a Igreja, poucos deles figurariam em nossa lista de “membros prováveis”.

Muitas pessoas que aceitam o evangelho estão perturbadas ou carentes. (Ver Alma 32:2–3.) A prática do evangelho transforma-as. A única maneira pela qual todas as pessoas têm a oportunidade de aceitar ou rejeitar o evangelho de Jesus Cristo é serem convidadas por nós, sem julgamentos, a seguirem o Salvador.

Essa experiência também ensinou-nos que, na maioria das vezes, não precisamos transformar nossos relacionamentos em forte amizade como pré-requisito para convidar as pessoas para aprenderem sobre o evangelho. Para a maioria de nossos vizinhos, colegas de classe ou de trabalho, vendedores e companheiros de viagem, isso não foi necessário.

Os missionários de tempo integral, por exemplo, não esperam para tornar-se grandes amigos de seus contatos, mas falam com todos. Um relacionamento de confiança edifica- se quando eles têm a oportunidade de ensinar. Nos últimos vinte anos, não observei nenhuma correlação entre o grau de proximidade dos amigos e a probabilidade de interessarem- se em aprender o evangelho. Contudo, o contrário é quase sempre verdade: todas as pessoas que aceitam um convite acabam por tornar-se amigos mais próximos, quer aceitem ou não no final o desafio do batismo. Também aprendemos que, mesmo quando as pessoas recusam nossos convites, não se ofendem caso sintam nosso amor e o amor de Deus quando as convidamos para aprender

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sobre o evangelho de Cristo. Em geral, mostram-se gratas pelo fato de termos nos importado com elas a ponto de desejarmos partilhar algo tão pessoal e importante.

Confiar nos Missionários

Aprendemos uma terceira lição quando os missionários estavam em nossa casa ensinando o Jack, um colega do Clayton. Um Élder tinha acabado de chegar à missão e seu companheiro sênior da Argentina ainda falava inglês com dificuldade. Assim, quando surgiam perguntas, o Jack instintivamente perguntava ao Clayton, que respondia — confiante de poder expressar-se de modo mais claro e convincente do que os missionários. Entramos num ritmo no qual os élderes ensinavam um conceito, o Jack fazia uma pergunta, o Clayton respondia e depois os missionários ensinavam o princípio seguinte. Então, o Jack fez uma pergunta difícil para a qual o Clayton não tinha uma resposta imediata. Durante a pausa do Clayton, o Élder argentino deu uma resposta profunda, guiada pelo Espírito. Quando o Jack fez outra pergunta, o Clayton esperou para ver se o Élder agiria da mesma forma — e ele o fez. Aprendemos uma lição importante sobre partilhar o evangelho. Mesmo que sejam inexperientes, podemos confiar que os missionários ensinarão bem o evangelho, pois a quem o Senhor chama, Ele qualifica.

As Pessoas Precisam Sentir-se Necessárias

A quarta lição surgiu quando tiramos uma geladeira velha e pesada do sótão de uma irmã idosa que o Clayton visitava como mestre familiar. Tentáramos achar outro membro da ala para ajudar, mas não conseguimos. Desesperados, chamamos o Jim, um vizinho não-membro, que se prontificou com alegria a ajudar-nos. Era um dia de verão quente e terrivelmente úmido, e logo nossas roupas estavam encharcadas de suor. Quando terminamos o primeiro lance de degraus e equilibramos a geladeira no chão, o Jim perguntou: “Então, fale-me um pouco sobre a Igreja Mórmon”.

Limpando o suor do rosto, o Clayton respondeu: “Para ser honesto, é nisto que consiste sua essência”. Então, explicou como funciona o ensino familiar e comentou o quanto aquela irmã precisava de nós. Dissemos-lhe também que, como no bairro sempre havia muitos estudantes de pós-graduação chegando e saindo, nossa família volta e meia estava ajudando alguém a carregar ou esvaziar um caminhão de mudanças.

O Jim ficou incrédulo. “Em nossa igreja, apenas ouvimos o sermão e depois vamos para casa. Nem temos idéia de quem está precisando de auxílio. Eles nunca pedem, assim não sei a quem oferecer. Podem convidar-me para ajudar na próxima vez que precisarem de braços fortes? Gosto desse tipo de coisa”. Embora o Clayton tivesse tentado sem sucesso falar de religião com o Jim anteriormente, ele não demonstrara interesse. Contudo, estava interessado em oportunidades para ajudar o próximo.

Eis o que essa experiência nos ensinou: muitas pessoas que estão satisfeitas com sua vida sentem a necessidade de servir. A Luz de Cristo cria esse desejo de ajudar. Quando nossos convites para pesquisar a Igreja estão centrados na doutrina, muitas vezes não conseguimos tocar as pessoas que a princípio não estão numa busca religiosa. Quando as envolvemos em atividades de serviço, elas descobrem que a Igreja atende a necessidades importantes.

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Convidar as pessoas para auxiliar-nos na Igreja ajuda-as a sentirem-se necessárias e a serem tocadas pelo Espírito. Quando esses sentimentos afloram, muitas pessoas tendem a perceber que algo está faltando em sua vida. Ao ajudar-nos a realizar a vontade de Deus, o Jim aprendeu muito mais sobre a Igreja do que poderia ter feito numa conversa ou numa atividade social da ala. Conseqüentemente, o Jim veio a aceitar posteriormente nosso convite para ouvir as palestras missionárias.

O Que É o Sucesso?

Apesar de ver muita verdade e outros aspectos positivos em nossa Igreja, o Jim decidiu depois da terceira palestra não continuar sua pesquisa. Embora soubéssemos que muitos que interrompem as palestras voltam a ouvi-las depois e aceitam o evangelho, ficamos decepcionados. Mas isso nos ensinou nossa quinta lição valiosa sobre o trabalho de membros missionários: percebemos que tínhamos tido sucesso como missionários. O Jim tornara-se um grande amigo, e tínhamos dado a ele a oportunidade de compreender o evangelho de Jesus Cristo em maior profundidade. Quer entre nas águas do batismo ou não, ele deu um passo no caminho de seu progresso eterno e fez algumas escolhas corretas importantes. A maioria de nós teme o fracasso. Uma vez que percebemos que temos êxito como membros missionários quando convidamos as pessoas a aprenderem e aceitarem a verdade, muito do medo que nos impedia de compartilhar o evangelho desapareceu.

Prazos

Ao seguirmos os conselhos do Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, aprendemos nossa sexta lição: Como temos tantos afazeres em nossa vida agitada, precisamos de prazos. Invariavelmente, tendemos a adiar as atividades que não têm prazo definido, ao passo que as coisas que precisam ser concluídas antes de uma data específica costumam ser realizadas. Sem prazos estabelecidos, até mesmo responsabilidades gratificantes de valor eterno — como a obra missionária — podem ser facilmente relegadas a segundo plano.

A fim de ajudar-nos, o Élder Ballard pediu-nos que estipulássemos regularmente uma data. Aconselhou-nos explicitamente que não é preciso anotar um nome. Contudo, desafiou-nos a escolher uma data como compromisso para com o Senhor. Prometeu que se então buscarmos todas as oportunidades de falar do evangelho a todas as pessoas que pudermos, o Senhor nos abençoará até essa data para encontrarmos alguém que aceitará nosso convite de ouvir os missionários.2 Juntos aceitamos o desafio do Élder Ballard e encontramos alguém para os missionários ensinarem todos os anos. A cada vez que fixamos uma data em espírito de oração, o Senhor conduziu-nos a alguém para ensinarmos.

Contudo, raramente foi fácil encontrar as pessoas. Foi preciso orações diárias, jejuns freqüentes e a criação de oportunidades para falar do evangelho. Achamos útil usar termos “mórmons” em nossas conversas — referências a atividades da Igreja, nossos filhos na missão, experiências que tivemos em designações da Igreja e assim por diante. Quando usamos essas palavras e expressões, é como se estivéssemos abrindo uma porta, convidando o interlocutor para entrar e ouvir mais sobre a Igreja. A maioria das pessoas prefere não entrar por essa porta, e não faz mal. Contudo, às vezes elas fazem-nos perguntas sobre a Igreja e então respondemos. E se nos parecer adequado, abrimos uma segunda porta: o convite para uma reunião da Igreja ou para nossa casa a fim de conversarmos mais. A maioria das pessoas que

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convidamos recusou, mas algumas aceitaram. A despeito do resultado, percebemos que se elas sentirem nosso amor, costumam expressar gratidão por termos nos importado com elas a ponto de fazer-lhes o convite.

Há vários anos, o Élder Christensen fixou 31 de janeiro como data. O mês de janeiro começou e, apesar de ele ter iniciado conversas com inúmeras pessoas e convidado várias delas a receberem os missionários, não encontrou ninguém interessado. Ele tinha uma viagem marcada para Honolulu, Havaí, para participar de uma conferência acadêmica no dia 20 de janeiro e, ao olhar sua agenda, parecia óbvio que seria preciso encontrar a pessoa para apresentar aos missionários durante o vôo para Honolulu ou na volta. Não haveria outras oportunidades. Todos os dias, ele orava a Deus e suplicava que Ele colocasse a seu lado um passageiro que aceitasse seu convite.

Depois de todo esse esforço, ele mal conseguiu crer em seus olhos quando viu seu companheiro de vôo: um homem chamado Vinnie, com uma chamativa camisa havaiana desabotoada até o peito, deixando à vista três correntes de ouro na altura do tórax cabeludo. O Vinnie explicou que trabalhava onze meses por ano a fim de economizar o bastante para uma escapada de um mês no Havaí no inverno para divertir-se com mulheres. O Clayton ficou decepcionado, pois empenhara-se e orara muito para encontrar alguém, mas terminara ao lado de alguém que não apresentava o menor interesse por religião. Desanimado, o Clayton começou a ler.

Quando a comissária de bordo trouxe o almoço, o Clayton pôs a leitura de lado e passou a conversar sobre amenidades com o passageiro ao lado. O Vinnie perguntou se o Clayton já conhecia o Havaí, e o Clayton respondeu que tinha participado de um programa de treinamento lingüístico em Laie a caminho de uma missão para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na Coréia. Surpreso, o Vinnie largou o garfo e disse: “Então você é mórmon? Algo engraçado aconteceu comigo no ano passado. Nunca me interessei por religião, mas comecei a ter uma curiosidade crescente pelos mórmons. Não sei por quê. Poderia me falar um pouco mais sobre sua Igreja?”

Nas três horas seguintes, tocados por um espírito maravilhoso, eles falaram sobre o evangelho de Jesus Cristo, abordando cada uma das regras de fé. Por várias vezes no decorrer do vôo, o Vinnie interrompeu o Clayton para agradecer-lhe por falarlhe sobre a Igreja. Quando o avião aterrissou, o Clayton disse a Vinnie que havia missionários em sua cidade e perguntou se gostaria de recebê-los quando voltasse. O Vinnie perguntou se poderia contatar os missionários já em Honolulu. O Clayton recebeu esta resposta dourada a suas orações ao usar termos “mórmons” para abrir as portas de uma conversa e ao resistir à tentação de emitir julgamentos sobre as possíveis reações do Vinnie.

Constantes e Variáveis

Aprendemos uma sétima lição com esta experiência: Quando estamos ocupados servindo na Igreja, podemos esperar que Deus nos abençoará com milagres quando fizermos o que Ele nos ordenar. (Ver 1 Néfi 3:7.) Na equação que determina se vamos achar pessoas para os missionários ensinarem, o papel de Deus é uma constante, não uma variável. Ele sempre cumpre Suas promessas. A única variável é se nós temos a fé necessária para comprometernos, obedecer e esperar os milagres. Ainda mais do que os outros membros, os homens e mulheres

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atarefados que lideram as alas e estacas (ou ramos e distritos) precisam exercer esta fé simples. Afinal, se eles mesmos não conseguirem realizar a obra missionária, não conseguirão inspirar os demais membros a cumprirem o chamado de membros missionários conferido pelo profeta.

Bênçãos

Muitos de nós conhecemos pessoas que parecem ter a obra missionária no sangue — um dom inato para pregar o evangelho. Em nosso caso, não é tão simples. No início, achamos o trabalho um tanto desafiador e desconcertante, mas ao aprendermos e seguirmos essas lições, começamos a partilhar o evangelho de modo natural.

As bênçãos que nossa família recebeu ao realizar essa obra são incalculáveis. A obra missionária trouxe o Espírito de Deus a nosso lar e nosso coração. Há uns quatro anos, por exemplo, convidamos um dos ex-alunos do Clayton, o Sunil, para ouvir as palestras missionárias em nossa casa. Os missionários fizeram um trabalho excelente e, ao fim da palestra, ambos testificaram das verdades que nos haviam ensinado. Nós dois também prestamos nosso testemunho, e o Clayton pediu a um dos missionários que fizesse a oração de encerramento. Então, nosso filho Spencer ergueu a mão: “Pai, posso dizer uma coisa?” Ele levantou-se e, olhando o Sunil com um olhar puro, testificou: “Sunil, só tenho 11 anos. Mas quero que saiba que as palavras dos missionários são verdadeiras. Sei que Deus vive, sei que somos todos Seus filhos e que Joseph Smith foi realmente um profeta de Deus”. Enquanto ele externava seus sentimentos, um espírito doce e envolvente dominou a sala.

No dia seguinte, o Sunil enviou um e-mail dizendo ter apreciado a explicação clara de nossas crenças feita pelos missionários e nós durante a palestra. Contudo, escreveu, “quando seu filho se levantou e disse aquelas palavras, senti algo dentro de mim que nunca sentira antes. Deve ser isso que vocês chamam de Espírito Santo de Deus”.

Muitas bênçãos e amizades entraram em nossa vida ao procurarmos partilhar o evangelho. Contudo, esta bênção foi uma das melhores: como nossa família teve contato regular ao longo dos anos com os missionários em nosso empenho para ensinar o evangelho a amigos novos e antigos, o poder do Espírito Santo afetou profundamente a fé de nossos cinco filhos e trouxe o Espírito de Deus a nosso lar.

NOTAS

1. “The Redemption of the Dead”, Ensign, novembro de 1975, p. 97.

2. Ver “Write Down a Date”, Ensign, novembro de 1984, pp. 15–17;

ver também “We Proclaim the Gospel”, Ensign, novembro de 1986,

pp. 31–33.