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Acetato de cromo (II) Acetato de cromo (II) Alerta sobre risco à saúde Nome IUPAC Chromium(II ) acetate hydrate Outros nomes acetato cromoso, diacetato de cromo Identificadores Número CAS 14976-80-8 Número RTECS AG3000000 Propriedades Fórmula molecular C 8 H 16 Cr 2 O 10 Massa molar 376.2 g/mol Aparência sólido vermelho tijolo Densidade 1.79 g/cm 3 Ponto de fusão desidrata- se >100C Solubilidade em água solúvel em água quente e metanol Estrutura

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Acetato de cromo (II)Acetato de cromo (II)Alerta sobre risco à saúde

Nome IUPAC

Chromium(II) acetate hydrate

Outros nomesacetato cromoso,diacetato de cromo

Identificadores

Número CAS 14976-80-8

Número RTECS AG3000000

Propriedades

Fórmula molecular C8H16Cr2O10

Massa molar 376.2 g/mol

Aparênciasólido vermelho tijolo

Densidade 1.79 g/cm3

Ponto de fusão desidrata-se >100C

Solubilidade em águasolúvel em água quente e metanol

Estrutura

Estrutura cristalina monoclínico

Geometria decoordenação

octahédricacounting the Cr-Cr bond

Forma molecularligação quádrupla Cr--Cr

Momento dipolar 0 D

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Acetado de cromo (II), mais conhecido como acetato cromoso, é o composto químico de fórmula Cr2(CH3CO2)4(H2O)2. Esta fórmula é comumente abreviada Cr2(OAc)4(H2O)2. Este composto e alguns de seus simples derivados ilustram uma das mais marcantes propriedades de alguns metais - a habilidade de formar ligações em ligações quádruplas. A preparação de acetato cromoso já foi uma prova padrão em síntese para estudantes devido a seu considerável sensibilidade ao ar. Ele existe nas formas de dihidrato e anidro.

Cr2(OAc)4(H2O)2 é um pó diamagnético avermelhado, embora cristais laminares em forma de diamante possam se formar. Consistente com o fato que ele é não iônico, Cr2(OAc)4(H2O)2 exibe pobre solubilidade em água e metanol.

Estrutura

A molécula de Cr2(OAc)4(H2O)2 contém dois átomos de cromo, duas moléculas ligantes de água, e quatro monoiônicos acetatos ligantes. O ambiente de coordenação ao redor de cada átomo de cromo consiste de quatro átomos de oxigênio (um de cada acetato ligante) em um quadrado, uma molécula de água (na posição axial), e o outro átomo de cromo (oposto à molécula de água), dando a cada cromo central uma geometria octaédrica. Os átomos de cromo são mantidos juntos por uma ligação quádrupla, e a molécula tem simetria D4h (ignorando-se a posição dos átomos de hidrogênio).

A mesma estrutura básica é apresentada pelo Rh2(OAc)4(H2O)2 e Cu2(OAc)4(H2O)2, embora estes espécimes não tenham tais contatos curtos M---M.1

As ligações quádruplas entre os dois átomos de cromo leva à sobreposição de quatro orbitais d sobre cada metal com os mesmos orbitais sobre cada metal: os orbitais z² sobrepõe-se dando um componente ligação sigma, os orbitais xz e yz sobrepõe-se resultando em dois comonentes ligação pi , e os orbitais xy dão uma ligação delta . Esta ligação quádrupla é também confirmada pelo baixo momento magnético e curta distância intermolecular entre os dois átomos de 236.2±0.1 picômetros. As distâncias Cr-Cr são ainda mais curtas, 184 pm sendo o record, quando o ligante está ausente ou o carboxilato é substituído com ligantes nitrogenados isoeletrônicos.2

Ordem de ligação

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Ver artigo principal: Ordem de ligação

Ordem de ligação é um termo científico usado para descrever o número de pares eletrônicos compartilhados entre os átomos que formam a ligação covalente. O tipo mais comum de ligação covalente é a simples, em que ocorre o compartilhamento de um único par eletrônico entre dois átomos individuais. Aquelas em que mais de um par é compartilhado são chamadas ligações covalentes coordenadas ou simplesmente dativas. O compartilhamento de dois pares é denominado de ligação dupla, e o de três, ligação tripla. Um exemplo de ligação dupla ocorre no ácido nitroso (entre N e O), e um exemplo de ligação tripla ocorre no cianeto de hidrogênio (entre C e N).

A ligação covalente permite, em certos casos, a formação de longas moléculas, tais como a da substância presente no cabelo, a queratina.

Ligações quádruplas, embora raras, também existem. Tanto o carbono quanto o silício podem teoricamente formá-las; entretanto, as moléculas formadas são extremamente instáveis. Ligações quádruplas estáveis são observadas, normalmente entre dois metais de transição em compostos organometálicos. Ligações de ordem 6 também foram observadas em metais de transição na fase gasosa e são ainda mais raras.

Na ligação covalente normal a diferença de eletronegatividade deve ser menor que 1,7. Se essa diferença for maior, a ligação é iónica.

SINTESE DE MESTRE: ACETATO DE CROMO II

Realmente essa é uma síntese de mestre, devido à grande dificuldade para se obter essa substância. O acetato de cromo II (ou acetato cromoso, Cr2(CH3COO)4.2H2O) é um

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composto vermelho-tijolo não muito solúvel em água, que contém cromo no estado de oxidação +2, muito raro para esse elemento. Esse composto é extremamente vulnerável à oxidação pelo oxigênio do ar, por isso sua produção requer um ambiente com ausência total de oxigênio. Por esse motivo, ele foi utilizado para testar se a pessoa é um bom químico ou não. Eu, por exemplo (sem querer me gabar), já consegui sintetizar ele sem uso de aparelhos especiais, só com frasco de remédio e uma seringa de injeção pra remover o oxigênio. Para produzir esse composto, você vai precisar de:

- Pedaços de zinco metálico;

- Dicromato de potássio (K2Cr2O7);

- Ácido clorídrico (HCl);

- aparelhagem semelhante à do vídeo;

- Solução alcalina de acetato de sódio (Na(CH3COO));

- Água destilada ou deionizada.

Dissolva o K2Cr2O7 na água e adicione o HCl em grande excesso, dentro de um frasco, e no outro adicione uma solução de Na(CH3COO) com um pouco de NaOH para alcalinizar. Adicione os pedaços de zinco no frasco com o dicromato. Irá ocorrer liberação do gás hidrogênio. A cor laranja da solução (devida ao dicromato) vai mudando gradativamente até se tornar verde esmeralda (por causa do íon Cr(+3) presente devido à redução do dicromato pelo H2 gerado). A partir desse ponto, deve-se excluir o oxigênio: o H2 arrasta o O2 presente na solução e no interior do frasco para fora, por meio da mangueira de escape, até que o gás do interior do frasco passe a ser praticamente hidrogênio puro. Nesse momento, o Cr(+3) começa a ser reduzido pelo Zn a Cr(+2), e a solução verde se torna gradualmente azul celeste (a partir desse estágio se inicia o vídeo). Quando a solução ficar totalmente azul sem qualquer vestígio de tonalidade esverdeada, fecha-se a torneira de escape do H2. A pressão gerada pelo H2 acumulado empurra o líquido pela mangueira até o outro frasco, que contém uma solução alcalinizada de acetato de sódio, onde ocorre a reação, dando acetato cromoso avermelhado. Note que quando o líquido azul começa a subir pela mangueira, a região em contato com o ar se torna verde pela reação com um pouco de O2 ainda presente dentro dela.

Zn + 2H(+) (do HCl) --> Zn(+2) + H2

K2Cr2O7 + 8H(+) + 3H2 --> 2Cr(+3) + 2K(+) + 4H2O

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Zn + 2Cr(+3) --> Zn(+2) + 2Cr(+2)

2Cr(+2) + 4Na(CH3COO) + 2H2O -->

 Cr2(CH3COO)4.2H2O + 4Na(+)

.

Estrutura do acetato cromoso. Note a ligação quádrupla entre os átomos de Cr.