Lilica & Tigor #01
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Transcript of Lilica & Tigor #01
Paris com as criançasviagem
Como você cuida do planeta?enquete
Cinema, música, arte, livros,brincadeiras e muito mais
Playground
Tons suaves e estampas delicadas para fazer a festa
moda
agosto | setembro | outubro 2010
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1608692_Lilica_01_Capa.pdf - 213.0 x 275.0 mm - pág. 1 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 01:25:29 2010
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lilicaripilica.com.br
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EDITORIAL
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Você já deve ter ouvido muito a expressão, em conversas por aí: quando alguém quer dizer que um projeto ou uma iniciativa evoluiu, se
aperfeiçoou, cresceu, não raro encerra a frase com “é coisa de gente grande”. Nem preciso dizer que aqui a gente pensa diferente. O que fazemos de melhor com as marcas Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre vem em es-cala reduzida, do tamanho das crianças de até 10 anos.
Lilica&Tigor é, claro, uma revista de moda e estilo, mas não é só isso: é sobre aquilo que aproxima pais e fi lhos, avós e netos, tios e sobrinhos. Esse é o nosso negócio. Mais do que um jeito confortável e divertido de vestir, o que a gente procura é criar roupas que ajudem as crianças a se expressar e a interagir com o mundo dos adultos. Cada estampa, combinação de cores ou tecido molinho que dá origem a um pijama para embalar o sono, cada vestido para fazer a festa ou bermudão para brincar, nada disso seria Lilica ou Tigor se não nascesse da relação entre o universo infantil e o mundo dos adultos.
Por isso, aqui na Lilica&Tigor, nos aventuramos a enxergar as coisas – pode ser moda, estilo, viagem, comportamento, livro ou comida – na perspectiva das crianças. Se a gente vem fi cando mais colorida, mais bem-acabada, mais divertida com o passar do tempo, posso dizer sem exagero que, mais do que o resultado do trabalho duro de nossa equipe de pesquisa, criação e produção (ei, vocês são incríveis!), isso é refl exo direto desses anos todos de convivência em 1.500 lojas pelo Brasil afora. É coisa de gente grande – ou melhor, de gente pequena.
Um beijo e divirta-se,
Rafaela Donini,e equipe da Lilica&Tigor
Marisol Indústria do Vestuário Ltda.
Presidente Giuliano Donini Diretor executivo
Jair Pasquali Diretor unidade premium
Marcos Zick Coordenação e consultoria
de relacionamento Rafaela Donini
LILICA & TIGOR | Editor Paulo lima Diretor editorial
Fernando luna Diretora de criação Ciça Pinheiro
Diretora de gestão e novos negócios Adriana
Naves Diretor fi nanceiro Renato B. Zuccari Diretor
de núcleo Tato Coutinho Conselho editorial
Giuliano Donini, Jair Pasquali, Marcos Zick, Rafaela
Donini, José Henrique Falbo, Lilian Bianca Nazario
e Rodrigo Branco (Marisol); Paulo Lima, Fernando
Luna, Carlos Sarli e Ciça Pinheiro (Trip) Diretora de
redação Ana Paula Orlandi Projeto gráfi co Paula
Carvalho e Ciça Pinheiro Direção de arte Paula
Carvalho Pesquisa de imagens Coordenação
Aldrin Ferraz Pesquisador Fernando Cambe-
tas Indexadora Livia Lopes Assistente Daniel
Andrade Estagiária Juliana de Almeida Revisão
Coordenação Daniela Lima Revisoras Ecila Cianni,
Janaína Mello e Léa Tosold Produção gráfi ca
Coordenadores Walmir Graciano e Monica Yama-
moto Produtora gráfi ca júnior Mariana Pinheiro
Tráfego comercial Jessica Osseki Departamento
comercial Diretor comercial Rogério Rocha
Analista de marketing Nancy Minervini Assistente
Priscila Queiroz Assistente de arte Amanda Mussi
Projetos especiais e eventos Diretora Ana Paula
Wheba Editora de arte Camila Fank Assistente
Tahisa Pavan Trade e logística Diretora Daniela
Basile Gerente de logística Jéssica Panazzolo
Analista de Trade Thais Meneghello Assistente
Bruna Costa Colaboraram nesta edição Editora
Luciana Jardim Editora assistente Liana Mazer Re-
pórteres Carol Sganzerla e Luciana Mattiusi (São
Paulo), Simone Raitzik (Rio de Janeiro) Editores de
arte Kiki Saraiva e Maria Mello Produtora executiva
Carol Signorini Assistente de produção Ana Rosa
Sardenberg Produtores Cyhthia Gyuru, Michelle
Grein e Paulo Lagreca (São Paulo), Ana Hora (Rio)
Stylist (moda) Letícia Toniazzo Cabelo e maquia-
gem Jô Castro Fotografi a Caio Vilela, Carol Sachs,
Carol Quintanilha, Debby Gram, Eduardo Delfi m,
Marcelo Naddeo, Miro, Nino Andrés, Tavinho Cos-
ta, Thiago Pompéia, Victor Aff aro e Xico Buny (São
Paulo), Daryan Dornelles (Rio) Ilustração Maria Va-
lentina e Pedro Inoue Colunistas Alê Abreu, Benny
Novak, Clarice Reichstul, Helio Schwartsman,
Juva Batella, Marcello Araújo, Maria Ercilia Galvão
Bueno, Odilon Moraes e Taciana Barros
CAPA Foto Debby Gram, styling Leticia
Toniazzo, hair e make up Jô Castro (Capa
MGT), modelos: Mariana Sanches (Agência
Vogue) e Pietro Possagno (Fifi Kids)
Gente grande e gente pequena
ocê já deve teer r oconversas por aque um projeto
aperfeiçoou, cresceuee , nãcoisa de gente grande”. Ngente pensa diferente. OOO
Lili Ri ili
Pré-impressão Arizona
Impressão IBEP Gráfi ca LILICA
&TIGOR é uma publicação da
Trip Editora e Propaganda SA,
sob licença da Marisol Indústria
do Vestuário Ltda. Redação e
publicidade: caixa postal 11485-5,
CEP 05422-970, São Paulo, SP.
Tel.: (11) 2244-8786/8797.
www.tripeditora.com.br
A Trip Editora, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza
papéis Suzano com certifi cação FSC (Forest Stewardship Council) na
impressão deste material. A certifi cação FSC garante que uma matéria-
prima fl orestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e
economicamente adequado e outras fontes controladas. Impresso na
Ibep Gráfi ca Ltda. – certifi cada na cadeia de custódia – FSC.
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Ele rabiscou a revista
nicolas
Corinthiano nas-cido em Londres, Nicolas, 3 anos, é fã da elefanta Elly, amiga do Pocoyo. São dele as interferências que você vai descobrir quando começar a folhear a revista.
daryan dornelles5
O fotógrafo carioca retrata músicos e espor-tistas para revistas como Serafina, Bravo! e Placar. Nesta edição, registrou crianças que praticam esportes aquáticos.
Há dois anos o catarinense trocou a car-reira de designer gráfico pela de fotógrafo de moda. Nesta edição, ele fez o ensaio “Tchibum”. Da infância, não se esquece da piscina de plástico da casa dos pais.
1 debby gram
Debby clicou os editoriais “Piquenique sem formiga” e “Conto de fadas”. “Não tenho muito apego a objetos, mas guardo com carinho as fotografias da minha infância.”
2 simone raitzik
Simone trabalhou no jornal O Globo e hoje colabora para títulos como Casa Claudia. Do Rio, onde nasceu e mora, assina a reportagem “Diversão na água”.
7 luciana mattiussi
A jornalista paulistana passou pelo Jornal da Tarde e colabora para revistas como Época e Galileu. É dela a matéria “Grande família”.
8 maria valentina
A artista venezuelana ilustrou os stills de moda. “Adorava brincar de amarelinha com meus primos”, diz Valentina, que aprendeu a desenhar com a mãe.
9 pedro inoue
Colaborador da Adbusters Media Founda-tion, o designer paulistano ilustrou os títulos das matérias de comportamento desta edição. Da infância, lembra do boneco Ultra Seven, que a avó trouxe do Japão.
3 carol sganzerla
Carol é editora da revista Tpm. Para nós, escreveu “Memória afetiva”. “Fiquei com saudade do balanço do jardim...”
4 letícia toniazzo
Colabora da Marie Claire e da Vogue, a stylist gaúcha assina o estilo dos nossos editoriais de moda. “Não combina” foi uma das primeiras frases que falou.
colaboradores
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 18 00:52:21 2010
decoraçãoA vida em movimento Parede de escalada na sala. Yellow Submarine no quarto. O apartamento do fotógrafo Caio Vilella foi pensado para estimular a imaginação dos filhos e o convívio em família
playground 12
Música 14
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Comida
Seria impossível educar as crianças sem as canções infantis
Quem disse que eles não gostam de novidade no prato?
Mundo digitalO que é a leitura nos tempos do computador
21CinemaA aventura de um mundo novo na sala escura
LiteraturaNem todo livro sem palavra é um livro sem texto
por Taciana Barros
por Benny Novak
por Maria Ercília
por Alê Abreu
por Odilon Moraes
por Clarice ReichstulEstiloComo investir na liberdade que o guarda-roupa infantil proporciona
Literatura, cinema, música, arte, museus, mundo digital, moda, gastronomia, viagem, decoração, bichos, cultura de rua, brin-cadeiras, comportamento, memória. Criança tem assunto que não acaba mais. Nossos colunistas estão de olho em tudo
O que você faz pelo seu planeta?
enquete
Cinco crianças contam como usam a imaginação para transformar o mundo em um lugar melhor parar viver
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conexões 40
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Minha turmaAs relações e afinidades de uma turma de crianças. E também de suas mães
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viagem
Julia, 5 anos, foi a “guia” da mãe, Vanina, nas férias em Paris
“A Juju me ajudou a descobrir uma Paris que eu não conhecia”
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prateleira
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1608692_Lilica_01_Sumario_P010.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 10 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:14 2010
Piscina 86
Estampas 64
Festa 48
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moda
Tendências 26
Bebês 94
A chegada do verão abre os guarda-roupas às cores, às estampas, aos tecidos molinhos e confortáveis e, claro, ao mar e às piscinas. A linha Atelier completa o figurino para fazer a festa na estação
Casa & cia. 58GRANDE FAMÍLIA Como a casa pode aumentar ou encolher no ritmo dos filhos
O editor Marcello Araújo investiga o mundo na perspectiva das crianças
O escritor Juva Batella e os desafios da vida doméstica masculina
O pai doméstico
Olho mágico 108
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Os meus, os seus e os nossos
Frase da infância
comportamento
colunas
Infância
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Esporte 80DIVERSÃO NA ÁGUA Surf, vela, canoa polinésia... Como espantar o tédio no verão
MEMÓRIA AFETIVA Objetos que mar-caram a infância e crescem com a gente
Helio Schwartsman e as grandes questões – e as pequenas também – na educação dos filhos
“Quem vai segurar o cabrito?”
Como comecei a surfar antes e sou mais experiente, dou muitos toques no papai. Ele leva jeito e aprende rápidoAntônio, 7 anos, surfista do Arpoador, no Rio de Janeiro
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1608692_Lilica_Sumario_P011.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 11 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 18 00:53:27 2010
Não por acaso, o skate desenvolvido pelo estúdio carioca Fibra Design foi batizado de Folha Seca: o material usado éum composto que mescla camadas de laminado de pupunha e laminado de bambu orgânico. A tábua de 90 centímetros, sem os acessórios, custa R$ 620 e o prazo de entrega é de até 30 dias. Para andar de skate no Rio de Janeiro, a equipe da Fibra Design recomenda lugares como:
Toda a orla da zona sul, principalmente aos domingos, quando a pista da praia é exclusiva para o lazer.
O bairro do Cosme Velho abriga ladeiras para iniciantes.
Fibra Design (www.fibradesign.net)
Radical e ecológico
Em 2004, após se for-mar em moda na Facul-dade Santa Marcelina, em São Paulo, Paola Abiko foi trabalhar em uma fábrica de chapéus de feltro, em Limeira, interior do Estado. Encantada com a versatili-dade do material, começou a criar itens como carteiras e chaveiros – algumas dessas criações chegaram à loja do Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York, no ano passado. As almofadas custam a partir de R$ 90 na loja Angelina Vai às Compras, em São Paulo. Tel. (11) 3845-6828.
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Tudo de felTro
É pelo trampolim do riso, não pela lição de moral, que se chega ao coração das crianças”José Paulo Paes (1926-1998), poeta, tradutor, crítico e ensaísta paulista
Fotos still xico buny produção michelle grein
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1608692_Lilica_01_Playground_P012.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 12 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
É o bichoCabeças de pelúcia, como este elefante com 50 centímetros de altura (R$ 520), vêm da Bélgica para enfeitar paredes dos quartos das crianças. Urso-polar, tigre e girafa são outras opções divertidas. Na Coisas da Dóris, São Paulo. Tel. (11) 3083-1962, www.coisasdadoris.com.br.
SimpleS aSSimAs ideias de brinquedos e brincadeiras do artista plástico californiano Joel Henriques são daquelas fáceis de copiar e ótimas para envolver toda a família. No blog Made by Joel (madebyjoel.blogspot.com) ele ilustra o passo a passo de diferentes projetos com imagens de seus dois filhos pequenos, Jack e Tess, curtindo as criações.
Lilica&Tigor Como você começou a criar brinquedos?Joel Henriques Eu fazia os meus próprios brinquedos quando era criança e nunca mais parei. Quando meus filhos nasceram, fiquei entusiasmado com montar brinquedos para eles também.
L&T Quais são as criações que as pessoas mais gostam?JH A cidade de papel e os discos de papel (acima) com cortes para montar. Sou artista plástico e então é divertido incorporar desenhos e pinturas em meus brinquedos. Eles se tornaram bem populares desde que os pais começaram a baixar os modelos do meu blog e montar as peças com seus filhos.
No planetário da Gávea, no Rio, foram inauguradas as sessões Janela mágica (que ensina com desenho animado os princípios básicos da astronomia para crian-ças a partir de 4 anos) e Projeto científico (marionetes apresentam o céu para pré-adolescentes). E todas as quartas-feiras, entre 18h30 e 19h30, há observação pra valer do céu, no terraço panorâmico. Os ingressos das exposições custam R$ 4 (meia) e R$ 8 (inteira). E das sessões de cúpula, R$ 8 (meia) e R$ 16 (inteira).
A céu aberto (e fechado)
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1608692_Lilica_01_Playground_P013.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 13 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
Sempre curti tocar violão enquanto meus filhos brincavam. O problema é quando eles começam a engatinhar e conse-guem vir na direção do som. Daí, de re-pente, o sossego é interrompido por uma mãozinha abafando as cordas, seguida de uma boca querendo comer o instrumento. Mas aos poucos eles foram crescendo e se acostumando com música em casa. Tenho certeza de que a música faz companhia para a criança, assim como tem adulto maluco que deixa a televisão ligada para não se sentir só. Uma boa musiquinha pode ser um grande conforto. Ou estímulo.
Lá em casa inventei música para tudo: para a hora de tomar banho, de comer, de guardar os brinquedos, de largar a chu-peta... Às vezes, as primeiras notas da melodia já vinham acompanhadas de um “jáaaa voooooooou!!!!”. Depois de muitos nana-nenês e sapos-cururus fui inventan-do a minha própria canção de ninar que com o tempo batizei de “Meu Anjinho”. Ela funcionou durante um bom tempo, como um mantra que também me acal-mava nessa difícil missão de fazer um ser-zinho muuuuuito animado sossegar.
Um dia desses minha irmã mais ve-lha soltou esta: “Seria impossível criar-mos nossos filhos se não existisse ba-nana!”. Concordei totalmente e agora digo mais: sem música também seria bem complicado!
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dobRaR, colaR e sentaRO arquiteto suíço Nicola Enrico Stäubli colocou em seu site Fold School (www.foldschool.com) modelos de bancos e cadeiras de pa-pelão para serem feitos em casa. O recurso possibilita baixar as ima-gens (o download é gratuito), imprimi-las em folha A3 ou A4 e usá-las como molde. Nicola, que defende a democratização do design, acon-selha a fazer primeiro uma peça de teste para entender o processo antes de montar algo maior e reforçado.
Sobre canções e bananas
taciana barros, aos 3 anos
Música
Taciana Barros é integrante da banda Pequeno Cidadão em parceria com Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e Antonio Pinto. É mãe de Daniel, 22 anos, e Luzia, 9
À frente do ateliê Uauá (www.uauababy.blogspot.com), as amigas Fabiane e Juliana criam adesivos de parede, brinquedos de pano e bonecos per-sonalizados – é o caso da coruja (ao lado), um enfeite de porta para maternidade feito à mão. Encomendas pelo e-mail [email protected].
Feito à mão
“A música é o barulho que pensa”
Victor Hugo (1802-1885), escritor e poeta francês
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1608692_Lilica_01_Playground_P014.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 14 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
Lançamento
Taciana Barros indica
10 CDs para ninar Crianças1 The Melody At Night, With You Keith Jarrett, ECM
2 Amoroso/Brasil João Gilberto, WEA
3 Águas da Amazônia uakti e philip Glass, point Music
4 Beatles André Mehmari, MpBaby, MCd World Music
5 Urubu tom Jobim, WEA
6 Villa-Lobos para Crianças Vários, Acervo Funarte
7 My Funny Valentine Chet Baker, Blue Note
8 História de Pescadores dorival Caymmi, EMi/odeon
9 Cravo bem Temperado Bach, Ariola
10 Ballads Jonh Coltrane Quartet, impulse
Este kit produzido pela ONG mineira Emcantar, que trabalha com arte e educação, traz dois CDs – um com canções e brincadeiras como “Corre Cutia” e outro com playbacks para todo mundo cantar junto. Mais: um DVD com brincadeiras populares en-cenadas pelos integrantes do grupo. Encomendas pelo e-mail [email protected].
Ritmo e consciência
Na Teca Oficina de Música, crianças a partir de 3 anos podem apren-der a tocar ou construir um instrumento com material reciclado. “O ob-jetivo é trabalhar a criatividade, a concentração e a capacidade de escutar o outro”, explica a musicista Teca Alencar de Brito, que fundou a escola há 24 anos e integra o Comitê Permanente do Movimento Latino-americano e Caribenho da Canção Infantil. De quebra, em cada último sábado do mês acontecem os encontros musicais, quando con-vidados como Barbatuques e Orquestra de Bandolins de São Paulo se apresentam para alunos, pais e convidados. Teca Oficina de Música, São Paulo. Tel. (11) 3064-2853, www.tecaoficinademusica.com.br.
ImagInação à soltaHá cerca de dois anos, a artista francesa Sandrine Boulet passeava pelas ruas de Paris, onde mora, quando começou a “enxergar” coisas. Ela então teve a ideia de tirar fotos de cenas reais para depois, com ajuda do computador, inserir na imagem o que havia imaginado. Hoje, suas interferências aparecem em objetos como hidrantes, em paisagens, roupas e até nas fotos das filhas de 10 e 7 anos. Confira no site www.sandrine-estrade-boulet.com.
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
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Na minha casa, a alimentação é tão importante quanto a leitura de livros infantis, as brincadeiras e a escovação dos dentes. Em suma, é um tema que eu e minha mulher tocamos com se-riedade, embora de uma maneira bem leve. Gostamos bastante de comer, principalmente em família, todos jun-tos, dando risadas, contando histórias. Desde que minha primeira filha, Sofia, nasceu, decidimos que ela experimen-taria de tudo, sem frescura.
Deu certo. Como gostamos de co-midas variadas e não apenas do tri-vial, eles aprenderam também a va-lorizar a alimentação. É o caso, por exemplo, das rãs que sirvo em meu restaurante e que meus filhos pe-dem pra comer desde pequenos. Foi divertido o dia em que minha filha descobriu o que realmente era uma rã. Estávamos vendo um programa na TV e, quando apareceu o bicho, ela olhou pra mim na hora e pergun-tou: “É isso que eu como no ICI? Um sapo?”. E mesmo assim ela continua comendo com gosto.
Hoje, meus quatro filhos também gostam de coisas como tabasco verde (mais leve que o vermelho), sopa de feijão com beterraba, salada de acel-ga e mariscos. Até os gêmeos André e Gabriel, com 1 ano e 4 meses, já comem de tudo: purê de mandioqui-nha, fígado de boi e geleia de mocotó. Tudo isso para dizer: criança gosta de novidade no prato, sim!
Tome noTa
Sem frescura
benny novak, aos 5 anos
Pai de Sofia, 7 anos, Fernando, 5, e dos gêmeos André e Gabriel, 1 ano e 4 meses, o chef Benny Novak é dono do ICI Bistrô e de outros restaurantes em São Paulo
Comida
aventuras em sérIeCom uma vista incrível para a lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro, o parque da Catacumba oferece várias atividades para pais e filhos se exercitarem – e se divertirem.
MUrO DE ESCALADA Com 7 metros de altura e três níveis diferentes de dificuldade. Para crianças a partir de 4 anos.
ArVOrISMO A trilha com 120 metros de comprimento e nove obs-táculos diferentes fica a 7 metros de altura. Há uma opção mais baixa, com 2 metros e 65 metros de comprimento.
TIrOLESA Atravessa a parte baixa do parque. De brinde, o visual im-pressionante da mata e da lagoa. Idade mínima: 7 anos.
rAPEL É praticado na pedra do Urubu, a 130 metros do nível do mar. Para chegar até a base, bastam 15 minutos de caminhada.
LAGOA AVENTUrAS, Rio de Janeiro. Tel. (21) 4105-0079,www.lagoaaventuras.com.br.
Embalagens de suco e guloseimas são algumas das inspirações dos blocos de nota da Papelaria. No site www.designnmaniaa.com.br, os blocos Picolé de Groselha e Suco de Tuti Fruti saem por R$ 14 (cada).
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
Touca (acima) e kit Petit-Chef com formas, avental e colher de pau da A de Aurélia, São Paulo. Tel. (11) 3061-2888, www.adeaurelia.com.br. Preço sob consulta.
mão na massa
À moda do chef
Com especialização no Institute of Culinary Education, de Nova York, a nutricionista e confeiteira Denise Haendchen ensina crianças a partir dos 3 anos a preparar receitas saudáveis nas oficinas que organiza no buffet Turma do Haroldo, em São Paulo. Tel. (11) 2528-5628. A nosso pedido ela indica três livros de culinária para iniciantes.
100 reCeiTAs PArA CriANçAs iNTeLi-geNTes (Publifolha) – Pratos sem compli-cação para café da manhã, almoço, lanche, jantar e sobremesa. Inclui alternativas para quem tem restrição ou intolerância alimentar .
PrATo do diA PArA CriANçAs (Editora Paz e Terra) – A chef Tiça Magalhães apre-senta receitas de pães, bolos, sopas, molhos. As crianças curtem pratos como picolé de peixe e nuvem de abóbora.
deLiCiosos e disFArçAdos (Ediouro) – A norte-americana Jessica Seinfeld (esposa do comediante Jerry Seinfeld) mostra como faz para seus filhos comerem alimentos sau-dáveis sem notar.
A marca tailandesa Plan Toys é conhecida pelo compromisso ambiental e pelo design inovador graças aos brinquedos feitos com tinta atóxica e ma-deira de seringueira – árvore que costuma ser cortada e queimada quando para de dar borracha por volta dos 25 anos de idade. Da fábrica abastecida com energia solar e de biomassa saem brinquedos como o Kit Breakfast (foto acima). Vale R$ 117,30, na loja Pindorama, em São Paulo. Tel. (11) 3032-7871, www.pindoramabrinquedos.com.br.
Com um catálogo que reúne clássicos do design assinados por gente como o casal Charles e Ray Eames, a loja MiCasa exibe também criações di-vertidas do espanhol Javier Mariscal como a casa de papelão Villa Julia, (acima, por R$ 1.192). Outro destaque é o Paradise Tree, cabideiro assinado pelo finlandês Oiva Toikka que reproduz os galhos de uma árvore. De aço galvanizado e polietileno, sai por R$ 3.120.
MiCAsA, São Paulo. Tel. (11) 3088-1238,www.micasa.com.br.
cafÉ da manhã veRde
Conversa de gente grande
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
playground
CoIsa de CIentIsta
surf no asfaLto
Projeto do laboratório de mídia do Massachusetts Institute of Tecnolo-gy (MIT), nos Estados Unidos, o Lifelong Kindergarten (http://llk.media.mit.edu/index.php) cria softwares para crianças. É o caso do Singing Fingers, aplicativo de iPhone, iPod e iPad (o computador portátil da Apple) que permite desenhar com os dedos na tela e, ao mesmo tem-po, conectar figuras aos sons previamente gravados. Assim, se você faz um risco com o dedo enquanto grita, por exemplo, quando tocar o mesmo risco, o som será reproduzido. Dá para baixar de graça no http://itunes.apple.com.
Premiado no Good Toy Gold Award, na Inglaterra, o patinete Mini Micro tem três rodas e permite que crianças de 3 a 5 anos façam manobras com segurança. De acordo com o fabri-cante, a marca suíça Micro, a sensa-ção é a de surfar no asfalto. Custa R$ 380, na Imaginarte Empório Lúdi-co, em São Paulo. Tel. (11) 3085-5346, www.imaginarteonline.com.br.
“Toda criança é um artista” Pablo Picasso (1881-1973), artista espanhol
aS palavraS e o mundoEste é o nome da exposição em cartaz no Sesc Pom-peia, em São Paulo, até o dia 17 de outubro. A mostra ocupa parte de um galpão de cerca de 1.200 metros quadrados e explora as possibilidades da linguagem de maneira interativa. No Berçário do Abecedário, crian-ças de até 3 anos brincam com objetos que remetem às etapas do desenvolvimento da fala. Outra ativi-dade divertida é a Pesca Palavras, instalada no lago do centro de convivência, que substitui os peixes por fichas de palavras.
SESC POMPEIA, São Paulo. Tel. (11) 3871-7700, www.sescsp.org.br.
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1608692_Lilica_01_Playground_P018.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 18 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
Mundo digital
Games + mitos
a volta do saCkboy
Novo romance do escritor anglo-indiano Salman Rushdie, Luka e o Fogo da Vida inspira-se nos video-games e em mitologia arcaica para contar a história de um garoto que mergulha no jogo Mundo da Magia – espécie de versão literária de Wiis e Playstations – para salvar o pai moribun-do. “Os games apresentam um modo muito novo de contar uma história”, disse o autor, fã dos jogos eletrônicos. O livro, que Rushdie dedicou ao filho Milan, 11 anos, acaba de sair no Brasil pela Companhia das Letras.
Little Big Planet, jogo de plataforma para Playstation 3 que permite personalizar o simpático boneco de pano Sackboy e criar diferentes fases que podem ser compartilhadas em uma comunidade on-line, ganhará uma nova versão. A previsão é que o game chegue às lojas norte-americanas no próximo mês de novembro.
Cenas do Little Big Planet 2
Meu filho ainda não aprendeu a ler, mas já começa a empinar o nariz para as estantes de casa e fazer per-guntas. Vejo que está a um passo de entrar numa outra dimensão, o mun-do dele nunca mais vai ser o mesmo depois que começar a ler; revivo mi-nhas memórias dessa época, da cu-riosidade que se acendeu e nunca mais se apagou, do cheiro dos livros velhos, o mistério que eles guarda-vam, a vontade de ler tudo o que ti-nha sido escrito neste mundo. E fico pensando como a viagem dele vai ser diferente da minha.
Até ontem éramos homens das cavernas do conhecimento. O Brasil dos anos 1970 era a terra da Man-chete, do Fantástico, da enciclopédia Barsa. Eu devorava isso tudo, mais os inacreditáveis best-sellers dos anos 1940 que meu avô me emprestava, e a coleção de Tarzan do meu tio...
Tudo isso acabou tão rápido. Acor-damos de repente num planeta do futuro em que palavras, sons e ima-gens jorram continuamente das telas abertas, feito um maná bíblico. Vejo meu filho brincando no computador, todo absorto, desvendando o abrir e fechar das telas. Estragadinho pelo YouTube, não entende por que os se-riados da TV não passam na hora em que ele quer. Quase dá pra ver as lu-zinhas se acendendo na sua cabeça a cada descoberta, os pontinhos se conectando... eu, que comecei estes parágrafos saudosista, me encanto e vou junto... que delícia assistir um serzinho tão novo a passear nesse universo tão em explosão, e pegar carona nessa viagem...
De carona
maria ercilia, aos 7 anos
Maria Ercília Galvão Bueno passou a infância com o nariz nos livros, os 20 enfiada num jornal e depois dos 30 se afundou na internet. É mãe de Theodoro, 4 anos
Clube virtualAs crianças adoram brincar, jogar e fazer amigos pela internet. E isso tudo elas podem encontrar nos sites do Clube Lilica e do Clube Tigor, aberto a crianças de até 11 anos. Em Meu Clube/Minha Toca, os sócios criam grupos de amigos, escrevem diários e postam fotografias – essas informações são acessadas apenas pelos amigos virtuais. Nos clubes é também possível imprimir desenhos para colorir, além de baixar papéis de parede e protetores de tela com imagem da Lilica e do Tigor. Há várias opções de jogos, como de corrida, de dança e kung-fu, e nos blogs estão dicas de livros, filmes, videoclipes, passeios, brinquedos e promoções. Outra vanta-gem é enviar mensagens e sugestões para os personagens com direito à resposta da equipe Lilica e Tigor.
Vai lá: clubelilicaripilica.com.br e clubetigorttigre.com.br
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
playground
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POR luciana Jardim
RETRATO marcelo naddeo
a atriz JULiANA ArAriPe e a filha, CALú, contam o que aPrenderam uma com a outra
A atriz paulistana Juliana Araripe, 32 anos, não abre mão
da companhia da única filha, Calú, 5. “A gente sempre faz as refeições juntas e adora bater papo”, conta a mãe, que participou da série Mothern, do GNT, e atualmente está em cartaz em São Paulo com a peça Confissões das Mulheres de 30. De vez em quando, a menina fica no camarim brincando de massinha, desenhando e comendo pão de queijo enquanto Juliana se apresenta no palco. “Calú é tranquila e querida”, derrete-se. Graças a tantas afinidades, Juliana não titubeia ao contar o que de mais importante aprendeu com a filha: “Eu aprendi que dá tempo de fazer tudo. Dá tempo de trabalhar, de ser mãe, de ser mulher, de ser amiga. E também que, para estabelecer uma relação de confiança, é preciso sempre falar a verdade”. Decidida como a mãe, Calú emenda: “Com ela eu aprendi a amar!”.
lição de casa
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
Cinema
alê abreu, aos 5 anos
vem aíA primeira parte de HArrY PoTTer e As reLíqUiAs dA MorTe, que encer-ra a série de J. K. Rowling no cinema, estreia aqui no dia 19 de novembro. O trailer do filme está disponível em harrypotter. warnerbros.com.
Com estreia prevista para 2011, os
sMUrFs – o FiLMe comemora o cinquen-tenário da série de animação belga. Saiba mais em www.smurfhappens.com.
Agora em dvdthomas & friends – novas aventuras com thomas (st2 Vídeo)
Peixonauta – Volume 5 – mais um Caso resolvido (Paramount)
Quatro novos episódios da série inglesa. Em uma das aventuras, a locomotiva Thomas quer ir a uma festa à fantasia.
Oito episódios estrelados pelo peixe misto de astro-nauta e agente secreto. A série, primeira totalmente concebida e produzida no Brasil, é dirigida por Célia Catunda e Kiko Mistrorigo.
Alê Abreu é desenhista e cineasta de animação. Realizou diversos curtas e o longa infantil Garoto Cósmico
Cinema mexe com a gente. Não falo exatamente dos filmes, mas principal-mente das nossas próprias histórias envolvendo a sala de cinema, em-bora muitas vezes seja difícil separar as duas coisas. Certa vez meu so-brinho, com 5 anos de idade, tomou um susto tão grande ao ver o trailer de A Noiva Cadáver que nunca mais quis voltar ao cinema. Eu, então, me encarreguei de reaproximá-lo da sala escura: compramos pipoca e começa-mos assistindo ao filme do lado de fora, através do vão da porta de en-trada que ficava nos fundos da sala e de onde se podia enxergar uma pequena fatia da tela. Depois pas-samos para o interior da sala, bem encostados na porta. Daí até o seu assento reservado numa das fileiras da frente, junto da irmã, dos primos e dos pais, houve mais duas paradas estratégicas nos degraus do corredor “para acostumar”. Psicologia barata, pensei. Talvez eu estivesse aplicando nele a mesma ideia que teve meu pai quando me ensinou a gostar de quei-jo me oferecendo primeiro os furinhos para experimentar. Mas o que mais me marcou naquele dia foi a leveza e a alegria contagiantes com que meu sobrinho saiu no fim da sessão. Ele e o cinema tinham feito as pazes.
De volta à sala escura
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
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Primeiro: nem todo livro sem palavras é um livro sem texto. Existem outras manei-ras de narrar sem palavras. O gesto do mímico é um texto, embora efêmero. No livro, outra possibilidade de criar textos, escrever, é com imagens. A linha, a cor, a textura, o contraste, além de serem ex-pressões plásticas, podem se configurar também como escrita. É só pensarmos que antes da escrita fonética (essa com a qual me comunico agora) o homem já se utili-zou do desenho para se comunicar. O livro de imagens nos remete à experiência pri-mitiva, ancestral de escrever antes da exis-tência da palavra, ou prescindindo dela.
Segundo: não é por não ter palavras que um livro de imagens se destina necessariamente ao público pré-alfa-betizado, isto é, às crianças pequenas. Ler imagens, entender a narrativa que acontece num encadeamento de de-senhos, exige uma habilidade especí-fica, seja de uma criança, seja de um adulto. É preciso educar-se para ler ima-gens, como para ler palavras.
Aliás, a literatura infantil tem cada vez mais se aberto a experiências narra-tivas nas quais a ilustração e a palavra contribuem igualmente na construção do texto. Ao lado, acima, dois exemplos da força narrativa do desenho: Zoom, de Istvan Banyai (Brinque-Book), e ida e Volta, de Juarez Machado (Agir).
Livros
Outra maneira
odilon moraes, aos 8 anos
Odilon Moraes, 44 anos, é escritor e ilustrador de títu-los como A Princesinha Medrosa (2002) e Pedro e Lua (2004), ambos considerados melhor livro do ano pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.É pai de João, 4 anos, e Francisco, 1
Leitura experimental Criada no ano passado pelas amigas Pétula Lemos e Daniela Padilha, a editora Jujuba conta hoje com autores como Ana Terra e Ilan Brenman. Os livros podem ser comprados no site www.jujubaeditora.com.br, mas a partir de agosto estão nas livrarias de São Paulo. Da Índia, onde mora há poucos meses, Pétula falou por e-mail sobre a proposta da editora.
Lilica&Tigor Por que vocís decidiram abrir a Jujuba?Pétula Para poder fazer livros que a gente acredita den-tro de uma nova proposta de leitura: a do experimentar. Uma de nossas coleções é “Folia de Papel” [na foto aci-ma, um dos títulos da série]: uma folha de papel impressa com uma história que pode acontecer da forma que a criança quiser sem precisar apertar botões ou acender luzinhas. Como a gente acredita também que o livro infan-til é, acima de tudo, para a criança, decidimos não ter nas quatro capas dos livros aqueles textos mercadológicos ou politicamente corretos direcionados a professores e pais. Na Jujuba, todos os textos de capa não podem ter mais do que uma linha.
L&T Como é o processo de trabalho de vocís? Vocí mora na Índia e daniela, a outra sócia, vive em são Paulo... Pétula A editora tem uma proposta de não ter espaço físico. Fazemos tudo pela internet: usamos skype, MSN e e-mail para falar com nossos autores, com a gráfica, com nossa distribuidora nos Estados Unidos e para nossas reu-niões semanais. Basicamente funcionamos com home office na Índia e em São Paulo e as reuniões presenciais acontecem sempre em cafés ou livrarias.
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
menina maluquinha
quando estela era muito, muito Pequena, de marie-Louise gay, Brinque-Book. A personagem acredita que as árvores falam e vê formigas nas páginas.
“Gosto muito dos livros da Estela: ela é maluquinha e tem um irmão menor, como eu. E os desenhos são lindos, bem coloridos” Beatriz Delfim, 5 anos
um olhaR PoPA arte contemporânea do norte-ame-ricano Keith Haring (1958-1990) anali-sada por meninos e meninas de 5 a 15 anos é o tema do livro Ah, se a Gente não Precisasse Dormir!, lançado pela Cosac Naify. Aqui, os trabalhos mais representativos do artista pop, ícone da cultura underground da década de 1980, ganham interpretações inusita-das aos olhos de crianças e adoles-centes, que constroem suas próprias narrativas baseadas nas obras de arte. Em cada imagem há um texto ex-plicativo e perguntas para os leitores, estimulando a reflexão. A edição brasileira apresenta uma reportagem sobre Haring e sua relação com o Bra-sil, país que visitou várias vezes. Em tempo: quem assina a quarta capa é a dupla de grafiteiros osgemeos.
Palavras nunca mudam de ideia”adriana Falcão, escritora e roteirista
“
ZooM, de istvan banyai, editora brinque-book
“Um dos livros de imagens mais famosos do mundo. A sequência de ilustrações, em vez de sugerir a passagem do tempo, altera o ponto de vista do leitor para vis-lumbrar a mesma cena. A com-preensão da narrativa é transfor-mada a cada página.”
imagem em açãoidA e VoLTA, de Juarez machado, editora agir
“É considerado o precursor do gênero livro de imagens no Brasil. Conhecido como pintor e mímico (coincidência ou não?) nos anos 1970, Jua-rez Machado aqui se utiliza do desenho de pegadas para dar sentido à narrativa.”
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:02 2010
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Estilo
clarice reichstul, aos 5 anos
Dois clientes Das marcas LiLica RipiLica e TigoR T. TigRe
elegem seus itens favoritos Da coleção De verão
Múltipla escolha
Que beleza! Liberdade de vestirQuando descobri que estava grávi-da, demorou um pouco para cair a ficha. É que no começo as mudan-ças no corpo não são muito visíveis e eu tive um início de gravidez bem tranquilo. Só fui perceber que tinha que fazer um certo enxoval para o meu filho no fim do oitavo mês. Nes-sa hora, acabei comprando o que faltava um pouco na correria, um tanto sem olhar, dando preferência a roupas lisas, sem estampa localiza-da e, quando possível, em cores me-nos banais.
com o nascimento de Benja-mim fui ficando mais interessada na moda infantil. eu me perguntava, por exemplo, por que é que não tem roupinha de bebê preta. Sério! Você já se fez essa pergunta? os bebês ficam lindos de preto, contrasta com a pele fina e clarinha, uma graça. en-contrei poucas as peças pretas, mas todas as vezes que ele usava, ficava um charme.
Fui ficando menos gótica com o passar dos meses, mas segui um padrão, ou melhor, uma ideia, que ainda sigo: procuro desconjuntar tudo, misturar cores, estampas e es-tilos. as crianças têm uma liberdade que a gente esquece ou não percebe, elas podem experimentar todas as cores, todas as estampas sem se preocupar com o que é certo e erra-do, com o que é apropriado ou não.
clarice Reichstul é produtora de pro-gramas para tv, assina a coluna de moda no blog minas de ouro e é mãe de Benjamim, 2 anos
Davi costa dos Santos, 7 anos, veste calça (r$ 139,90) e camisa (r$ 109,90).
Beatriz Ferraz Monteiro, 4 anos, gostou do vestido (r$ 229,90).
com cheirinho fresco e adocicado, o perfume pink Melon (r$ 89,90) é uma das novidades da coleção de verão da lilica ripilica e chega em setembro às lojas franqueadas e multimarcas de todo o Brasil. inspirada no mundo alegre e divertido da marca, a fragrância desenvolvida para meninas de 5 a 12 anos combina notas frutadas, como laranja e melancia, e florais, caso do jasmim e do gerânio, além de musk, vanilla, cedro e caramelo sândalo. outros lançamentos da lilica para a próxima estação são dois modelos de gloss com glitter e um brilho labial nos sabores morango (shiny red), uva (fantastic Purple) e melancia (fresh Pink) – as bisnagas e roll-on valem r$ 14,90 cada uma. Para completar a linha de beleza, o xampu e o condi-cionador Pink Bubbles (r$ 24,90 cada um; exclusivos das lojas franquedas) têm esferas de manteiga de karité que se desmancham durante o banho para garantir hidratação, maciez e brilho aos cabelos.
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 15:27:29 2010
Menos é mais
O verão é transparen-te, fluido e, acima de tudo, muito sexy. Rendas e recortes colocam o corpo em evidência com elegân-cia e sofisticação
A moda está de volta ao básico com itens de mode-lagem seca e tecidos lisos. Aqui, a década de 1960 e as formas geométricas surgem como principais referências
PASSARELAS E FAMOSAS CONFIRMAM O QUE VAI ESTAR EM ALTA NA PRóxIMA TEMPORADA DE VERãO
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transparênCIa
Gisele Bündchen
Alexandre Herchcovitch
Cavalera
Maria Bonita
Osklen
Liv Tyler
“No mar de desejos da tem-porada, o que está em jogo é uma certa provocação de olhares. O prazer de mostrar a própria pele e imaginar como os olhos alheios vão se deliciar com a imagem”Vivian Whiteman, editora de moda da folha de s.paulo, na revista serafina
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:57:01 2010
Azul e vermelho vêm com tudo na estação do calor. Aqui, a dobradinha surge em itens de malha, cambraia e jacquard.
Dupla dinâmica
Vestido de cambraiaR$ 139,90
Blusa R$ 119,90
Vestido de jacquard R$ 159,90
Vestido e colete bebêR$ 159,90
Vestido meia malha R$ 99,90
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Mala dobrávelPanacéiaR$ 280
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:36:09 2010
Passe o protetor e deixe apenas uma área seca para colar o peixinho.
Quando o adesivo mudar de cor, troque o peixinho e proteja-se do sol.
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compor looks divertidos com outras estampas
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sem fazer feio. Aproveite: é tempo de brincar!
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:36:08 2010
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O tom do verão colore os acessórios da temporada. Para as meninas, sapatilhas e sandálias de couro. Tiaras arrematam o look. Confortável, o tênis não sai dos pés dos meninos
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SUMMER 2011 . COMING SOON
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Na foto maior, Artur escala os suportes instala-dos pela Vertical Indoor (www.verticalindoor.com.br). À es-querda, o garoto no quarto que divide com os irmãos, Tomás (na foto) e Martin
Parede de escalada na sala. um submarino amarelo
no quarto das crianças. ideias assim fazem deste
aPartamento Paulistano quase um Parque de diversÕes
A vida em movimentopor luciana jardim fotos caio vilela
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TRIP EDITORA Processado em Thu Aug 12 23:58:31 2010
Diversão é o mote deste apê em São Paulo, onde moram
a jornalista Ana Busch e o fotógrafo Caio Vilela com os filhos, Tomás, 6 anos, e os gêmeos Artur e Martin, 4. Repleto de curiosidades e surpresas, o espaço de 260 metros quadrados retrata, antes de tudo, o estilo de vida de uma família que gosta de movimento – Caio já visitou mais de 70 países e junto com Ana compilou fotos e experiências de via-gens, com ou sem os filhos, no livro Um Mundo de Criança (Panda Books). Não por aca-so, a necessidade dos garotos de brincar, pular e correr pautou as escolhas da deco-ração, a exemplo da parede de escalada com suportes coloridos na sala de estar. No quarto dos irmãos, um submarino amarelo pintado na parede traz nas escotilhas os rostos de Tomás, Martin e Artur. “Para completar o quarteto e ocupar uma das janelinhas, eles elegeram Pablo, da série Backyardigans”, conta o pai. Conheça a seguir outras ideias diverti-das deste apartamento de alma pop.
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TRIP EDITORA Processado em Thu Aug 12 23:58:31 2010
decoração
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1 A sala é livre de itens como luminária de piso e mesa de centro para não atrapalhar a circulação. O pufe vermelho e o tapete de borracha evitam que as crianças se machuquem
2 Os gêmeos, Martin (à esquerda) e Artur, brincam em um canto da sala – o banco de madeira que apoia o computador portátil também funciona como baú. A parede ao fundo foi pintada na cor favorita da dona da casa
3 No lugar de estante, os nichos abrigam livros, aparelho de som e toca-discos, além do aquário decorado com mobília de plástico. As aberturas ovaladas reforçam o clima retrô da casa
4 A partir da esquerda, Artur, Ana, Tomás, Martin e Caio na sala do apê onde moram no bairro paulistano da Vila Madale-na. O desenho da parede é inspirado no movimento da op art
5 Artur se diverte com a coleção de bonecos no banheiro. Pôsteres com fotos de crianças clicadas por Caio em vários lugares do mundo enfeitam as paredes
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TRIP EDITORA Processado em Thu Aug 12 23:58:31 2010
Cecília Zamboti Pessoa, 6 anos
Como na minha casa a água demora a esquentar, co-loco uma bacia embaixo do chuveiro para depois molhar as plantas.”
O que você faz peloplaneta?
ENQUETE
CinCo Crianças Contam Como zelam pelo futuro da terra Com atitudes simples e sustentáveis
por Liana Mazer fotos nino andrés
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:13 2010
Guilherme Pereira Bolzan, 9 anos
Se vejo a tor-neira pingan-do, fecho na mesma hora. Se o problema continuar, peço para minha mãe chamar o encanador.”
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Aurora Vinci de Moraes, 8 anos
Bárbara Pires de Lima, 7 anos
Tom Himmelstein Altman, 5 anosSalvei uma aranha com a ajuda de seu Wilson, que trabalha na minha escola. Ela estava caída no chão e colocamos o bichinho de volta na árvore.”
Não jogo papel na rua para não entupir os bueiros e provocar enchentes. E sempre trato as plantas com carinho.”
No dia do lanche sem lixo, que acontece uma vez por semana na minha esco-la, não levo nenhum alimento em embalagem descartável.”
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:14 2010
Já dormiu na casa
São irmãos
Já foi à casa de campo
Já brigou
turmaminha
Julia, Anna, Daniela e as irmãs gêmeas Ma-rina e Luiza se conhe-ceram aos 2 anos em uma escola paulistana. Hoje, estudam na mesma classe, no 4º ano, e formam uma turma de meninas bastan-te unida, que compartilha várias afinidades, mas tem lá suas diferenças. Laura, 5, e Nicolas, 2, são irmãos de Julia e, de certa maneira, os mascotes dessa turma animada. Ao lado, conheça as relações entre as amigas e alguns gostos semelhantes.
marina, 9 anoS
“Sou parecida com minha mãe e com meu pai”
conexões
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luiza, 9 anos
relações
“Adoro sorvete de framboesa”
laura, 5 anoS
“Faço natação, balé e francês”
Fo
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Vic
tor
Aff
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Por luciana jardim fotos victor affaro
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 01:28:18 2010
natação
Brinca de pega-pega
Conhece o zoológico
Gosta de cheesebúrguer
Livro Querido Diário otárioGosta de cantar
Gosta de dançar
Gosta de sorvete de chocolate
daniela, 9 anoS
“Prefiro brincar de pega-pega”
anna, 9 anoS
“Gosto de berinjela à parmegiana”
afinidades
julia, 9 anoS nicolas, 2 anoS
“Tenho medo de tarântula”
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 01:28:18 2010
cristina,mãe de Luiza e Marina
andrea,mãe de Julia, Laura e nicolas
Ao levar as filhas na casa de uma amiga aqui, de outra ali, logo se estabele-ceu o contato entre Cris-tina, Andrea, Carolina e Eliana. Com o tempo, elas descobriram diversos assuntos em comum e, assim, nasceu também uma amizade. Hoje, elas gostam de se reunir para saborear um bom vinho e, claro, conversar sobre as meninas.
Unidas pelas filhas
conexões
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 01:28:19 2010
Gosta de Woody allen
Gosta de salada
Gosta de dançar
Gosta de beber vinho
Já recebeu para jantarRevezam-se na caronaJá foi à casa de campo
carolina,mãe de anna
eliana,mãe de Daniela
relações afinidades
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 01:28:18 2010
viagem
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Se Paris não se encaixa de primeira na lista dos destinos mais desejados pelas crian-
ças, a culpa não é dela. Não que tenha o mesmo apelo de, digamos, Orlando e seus parques incríveis, mas, conve-nhamos, nem tudo é montanha-russa e toboágua no imaginário infantil quando o assunto é viagem. Assim como os filhos têm o poder de trans-formar a Disney em um lugar legal para os adultos, os pais também po-dem fazer o mesmo com as crianças ao planejar uma viagem para uma cidade como Paris. A publicitária carioca Anna Paula Pomarico, por exemplo, não pensou só nos passeios mais bacanas para fazer com o filho, Gabriel, 2 anos e meio: ela foi atrás de um voo direto que minimizasse ao máximo as inconveniências e longas esperas em aeroportos. A fotógrafa Bebete Viégas e o marido, Guga, que viajaram com o filho, João, 5 anos, se organizaram para neutralizar as inevitáveis filas das principais atra-ções de Paris: compraram ainda em São Paulo as entradas para a Torre
1 Piquenique no Palácio Ir ao palácio de Versalhes pode virar uma visita solene ou uma brincadeira de faz de conta. “No trem de Paris a Versalhes, comecei a pre-parar o clima, disse à Juju que íamos visitar a casa de um rei e de uma rainha”, conta Vanina. “Só foi difícil explicar depois por que não tinha nenhuma princesa lá.” Além do passeio, Julia gostou também do piquenique que fizeram nos lendários jardins do palácio.
www.chateauversailles.fr
Parispara brincar lá fora
Mães que fizeraM prograMas incríveis coM as crianças na capital francesa abreM seus álbuns e anotações
Julia descobriu novas atrações na place des Vosges
Eiffel e o Paris Museum Pass, que permite visitar 60 museus. A dire-tora de arte Vanina Batista, de São Paulo, tomou todos os cuidados na escolha de destinos que agradassem tanto ela quanto a filha, Julia, 5 anos: como Bebete e Anna Paula, negociou os passeios com cuidado, evitando, em locais históricos, a solenidade e a pompa cultural. Com a ajuda básica de guias como Paris com as Crianças (Publifolha), passaram dias divertidíssimos, ajudando a desfazer a impressão de que cidades assim não têm nada para fazer. Sentiu vontade de também se aventurar com seus filhos em francês? Dê uma espiada nos álbuns de viagem de Bebete, Vanina e Anna Paula.
Julia numa das caixas de areia da place des Vosges
Por liana Mazer
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1608692_Lilica_01_Viagem_PARIS_P044.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 44 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 22:34:00 2010
3 Paisagem vista do barcoOutro ponto alto da viagem, para Julia, foi passear de barco pelo rio Sena. “É uma delí-cia ver a cidade sem precisar andar”, diz Vanina. Os barcos saem da Torre Eiffel ou da catedral de Notre-Dame a cada 40 minutos. Menores de 3 anos não pagam ingresso.
www.bateauxparisiens.com
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2 a cidade dos ParquesQuem viaja com filhos pequenos acaba descobrindo que Paris, quem diria, é a cidade dos playgrounds. O da place des Vosges, no bairro de Marais, era um dos preferidos de Julia. “Lá todo mundo senta no gramado e as crianças brincam em dois tanques de areia”, diz Vanina. Outra opção é o Jardim das Tulherias, com carrossel e roda-gigante.
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Antes de embarcarpara comprar seus ingressos antecipadamente utilize os sites www.parismuseumpass.com e www.tour-eiffel.fr
Julia com a mãe, Vanina,em Versalhes
No carrossel das Tulherias
No tour de barco pelo rio Sena
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1608692_Lilica_01_Viagem_PARIS_P045.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 45 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 22:34:00 2010
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um trote no jardimO jardim de Luxemburgo, que circunda o senado francês, tem passeios de pônei, um playground enorme e teatro de marionetes. “Foi um dos lugares que o Gabriel mais curtiu”, diz Anna. “O espetáculo é bem-feito e as crianças adoram, mesmo sem entender as falas.”
museu de motorOutra dica de Anna é a Cidade das Crianças, localizada no parque La Villette, dentro da Cidade das Ciências e da Indústria. “É perfeito para um dia de frio”, diz. O lugar reúne dois ambientes – um para crianças de 3 a 5 anos e outro para os maiores, entre 6 e 12. As estações explicam temas como o desenvolvimento do motor e as diferenças entre os animais.
No parque La Villette, Gabriel brincou com a ciência
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No jardim de Luxemburgo
Anna Paula, Gabriel e André
Na Cidade das Ciências e da Indústria
Na Mala“No verão faz muito ca-lor: boné e protetor solar são indispensáveis” bebete viégas
“Como o tempo em Paris é instável, não esqueça da capa de chuva e de camisetas de manga comprida” anna paula pomarico
“Leve uma bolsa para guardar lembranças dos lugares, como cartões, mapas, ingressos, além de um tênis confortável para caminhadas”vanina batista
viagem
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1608692_Lilica_01_Viagem_PARIS_P046.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 46 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 22:34:00 2010
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esguichos e balãoO parque André Citroën tem uma praça com fontes de água que esguicham do chão. “As crianças ficam loucas, correm sem parar no meio da água”, conta Bebete. “Como não tínhamos levado sunga, o João brincou de cueca mesmo.” Além das fontes, o parque tem playground, me-sas de pingue-pongue e jardins, mas a principal atração é um balão preso ao chão, que sobe aproximadamente 150 metros de altura. “A vista de Paris lá de cima é incrível!”, conta Bebete.
bichos, Plantas e esqueletos“O museu de História Natural de Paris é cheio de surpresas”, descreve Bebete. Uma de suas atrações é a Grande Galeria da Evolução, com 3 mil espé-cies de animais e um incrível esqueleto de baleia-branca. Outra é o Jardin des Plantes, o jardim botânico de Paris. Dentro dele fica o zoológico da cidade, o Ménagerie, o mais antigo do mundo, criado em 1794.
João se esbaldou nas fontes do parque Citroën
No parque Citroën Bebete, João e Guga
João no zoológico, dentro do jardim botânico
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 22:34:00 2010
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fotos debby gram
fadasConto
de
Tons suaves e esTampas delicadas inspiram o figurino das princesas conTemporâneas. os vesTidos ganham laços e babados para uma ocasião especial
moda
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1608692_Lilica_01_Moda_quartoB_P048.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 48 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:06 2010
styling letícia toniazzo
Vestido r$ 229,90 e sapatilha r$ 119,90
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1608692_Lilica_01_Moda_quartoB_P049.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 49 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
Vestido r$ 139,90, sapatilha r$ 119,90 e faixa de cabelo r$ 39,90 H
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:06 2010
Vestido r$ 219,90. Pijama r$ 46,90
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
Vestido r$ 219,90, bolero r$ 169,90 e faixa de cabelo r$ 39,90.camisete r$ 94,90 e calça r$ 169,90.Pijama r$ 46,90
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
camisa r$ 124,90
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TRIP EDITORA Processado em Mon Aug 16 17:56:57 2010
Vestido r$ 169,90,sandália r$ 114,90 e faixa de cabelo r$ 39,90
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:06 2010
camisa r$ 124,90, calça r$ 109,90 e sapatilha r$ 119,90
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1608692_Lilica_01_Moda_quartoB_P057.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 57 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:59:07 2010
casa & cia
alguns preferem dis-ciplina, outros são mais informais. não
importa. todo mundo que tem muitos filhos
inventa um jeito de lidar com o dia a dia
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Por Luciana Mattiussi Fotos caroL sachs
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:03 2010
A história dos DJs Iggor Cavalera e Laima Leyton renderia o roteiro de uma comédia romântica.
Quando se conheceram, os dois haviam acabado de se separar e a identificação foi imediata, mas ainda faltava a aprovação dos filhos de cada um – Iggor é pai de Joanna, 14, Raíssa, 10, e Ícaro, 8; Laima é mãe de Pedro, 12. Resolveram então mar-car um encontro entre todos num parque no Guarujá, litoral paulista. A ideia deu certo: o casamento dura seis anos e o casal acrescentou à trupe o caçula Antonio, 4. A família vive junta, mas não em tempo in-tegral. Laima explica: “Todo mundo mora e não mora. Inclusive a gente, que viaja muito. Aqui é uma base e a divisão não é muito regrada. Eles vêm pra cá quando querem. Quando Iggor e eu viajamos, é hora de irem para as casas dos outros pais. Mas fazemos esforço para que todos fiquem aqui quando estamos na cidade”.
Ao contrário dos Cavalera, a família Guterman sempre buscou planejar cada detalhe. Desde a época de namoro, a pro-fessora Conceição e o engenheiro Marcelo
acima, o casal de DJs iggor cavalera e Laima Leyton com os cinco filhos: videogame e liberdade de horários
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1608692_Lilica_01_Comport_familia3_P059.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 59 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:03 2010
3vivem em um apartamento de
quartos.um é dividido entre os dois filhos
mais velhos, e o outro entre os mais novos
2carros por uma minivan coM sete lugares
trocaraM
Família Cavalera:
50kgpor seMana são LavaDos
Família arruda
os horários são rígiDos. Nas Férias, BruNo, 10, aNdré, 8, Marcela, 6, e FerNaNda, 3, segueM uMa taBela de tareFas coMo a de uM acaMPaMeNto de rouPa
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casa & cia
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1608692_Lilica_01_Comport_familia3_P060.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 60 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:13 2010
a partir da esquerda, Marcela, elaine, Fernanda, andré, Mauro e Bruno (atrás). “eles têm hora para acordar, comer e tomar banho”, diz a mãe
sonhavam em ter muitos filhos. Hoje são pais de sete: Mariana, 19, Ivo, 17, Ál-varo, 15, Maria Isabel, 13, João Paulo, 10, Maria Ester, 7, e Carlos José, 5. “Acho que, com mais gente em casa, é mais fácil educar, impor limites”, defende Conceição, que abandonou a profis-são depois do quarto filho para cuidar exclusivamente da prole. Com exceção da primogênita, que está passando uma temporada nos Estados Unidos, a famí-lia mora toda em um apartamento de três suítes. Como são mais numerosos, os meninos ficaram com o que seria a suíte do casal e ganharam um beliche duplo projetado com ajuda de uma decoradora. Para a casa não ficar cheia o tempo todo, os irmãos se revezam por lá durante o dia. Os mais velhos vão para a escola de manhã e os mais novos, à tarde. “Cada um se responsabiliza por suas coisas e temos uma tabelinha com o dia de cada um lavar a louça. Eu lavo nos fins de semana”, conta Marcelo.
sem bagunçaPara manter a ordem em casa, a solução do publicitário Mauro Arruda e da engenheira Elaine Conchon, pais de quatro crianças, foi estabelecer horários para diferentes tarefas. E en-quanto estão trabalhando contam com a ajuda de duas empregadas domés-ticas. “Somos bem rígidos com isso, pois é muita gente. Eles têm hora para acordar, comer e tomar banho; assim funciona superbem”, ressalta Elaine. Nas férias em casa, Bruno, 10 anos, André, 8, Marcela, 6, e Fernanda, 3, seguem uma tabela de tarefas como a de um acampamento. O café da manhã é servido das nove às dez horas. Até às 12h30, hora do almoço, eles podem assistir televisão, ficar no computador ou jogar videogame. Das 13 às 16 horas, os quatro escolhem se querem jogar, brincar ou descansar. “Até as 18h30, eles leem e estudam música no estúdio aqui de casa”, explica Elaine. O jantar
36litrospor Mês são consuMiDos
de leite
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1608692_Lilica_01_Comport_familia3_P061.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 61 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:14 2010
é servido às 19h30. Às 22 horas, todos devem ir para a cama. “Assim, com regras definidas, o cotidiano flui bem na casa”, diz a mãe.
Mais liberais, Iggor e Laima não impõem tantas regras em relação aos horários, prin-cipalmente para as crianças dormirem. Sem-pre que possível elas também acompan-ham os pais em seus shows. “Nas férias, a gente libera 100% o horário de dormir, até porque quando estão em aula eles mesmos se organizam. A gente fica trabalhando na sala e eles vão para o quarto, pois sabem que no outro dia têm que acordar”, ob-serva Iggor. Quando o assunto é refeição, entretanto, as três famílias se parecem. As crianças e os adolescentes comem o que está na mesa. “Eles não participam do cardápio, senão vira bagunça e cada um vai querer uma coisa diferente”, explica Elaine. E Conceição ressalta que, na hora de sair, também não é possível ser muito democrático. “Já tentamos perguntar aonde eles queriam ir no fim de semana, mas não dá certo. Então somos nós que escolhemos”, estabelece.
na estradaNa casa dos Guterman, as saídas em conjunto não acontecem com frequência, principalmente pela diferença de idade dos irmãos, mas as viagens em família para des-tinos como Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro continuam sagradas e precisam de planeja-mento. Detalhe: para transportar os filhos na estrada e na cidade, o casal comprou uma van – que Conceição aprendeu a dirigir grávida do quinto filho. Antes de partir, o pai elabora a programação para as férias dentro do que ele chama de POV (Plano de Ocu-pação do Veículo). “O POV determina onde cada um irá sentar nas etapas do percurso e evita aquela briga: ‘Agora é minha vez de ficar na janela!’”, diverte-se Marcelo.
Família Guterman
por Mês, consoMeM
15kgde arroz
a família guterman e a van com que andam em são paulo e também viajam para destinos como rio de Janeiro e Foz do iguaçu 62
casa & cia
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:13 2010
a caDa reFeição é serviDo
1,5kgDe carne
o casal cedeu a suíte mais espaçosa do apartamento para os quatro filhos e dorme em um quarto menor
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1608692_Lilica_01_Comport_familia3_P063.pdf - 208.0 x 275.0 mm - pág. 63 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 00:30:13 2010
moda
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1608692_Lilica_01_Moda_parque2B_P064.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 64 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:40:41 2010
fotos debby gram styling LetÍcia toniazzo
piqueListras, xadrez, fLoraL. a combinação esperta de estampas coLore as aventuras de um grupo de amigos em um dia de soL no parque
nique piqueniquesemformiga
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1608692_Lilica_01_Moda_parque2B_P065.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 65 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:40:41 2010
Da esquerda para direita: calça R$ 139,90 e camiseta listrada R$ 79,90. Camisa R$ 99,90, bermuda R$ 189,90 (conjunto) e sandália R$ 124,90. Blusa R$ 44,90 e short R$ 114,90. Regata R$ 59,90, macacão R$ 159,90 e sapatilha R$ 124,90
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1608692_Lilica_01_Moda_parque2B_P066.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 66 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:40:42 2010
Camisa R$ 94,90,regata R$ 39,90 e short R$ 114,90
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1608692_Lilica_01_Moda_parque2B_P067.pdf - 210.0 x 280.0 mm - pág. 67 BLACK YELLOW MAGENTA CYAN
TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:40:40 2010
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Camisa polo R$ 94,90, camiseta R$ 39,90, calça R$ 99,90 e tênis R$ 134,90. Camisa R$ 109,90, camiseta R$ 59,90, calça R$ 139,90 e tênis R$ 144,90
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Vestido R$ 114,90 e sandália R$ 119,90. Camisa polo R$ 89,90, cinto (acompanha pulseira) R$ 54,90, calça R$ 179,90 e sandália R$ 129,90
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Vestido de jacquard R$ 159,90
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Regata R$ 59,90, macacão R$ 159,90 e sapatilha R$ 124,90
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Blusa R$ 144,90 e calça R$ 49,90. Camisa R$ 109,90 e bermuda R$ 129,90
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Camisa R$ 109,90 e bermuda R$ 129,90. Camisa R$ 99,90, camiseta R$ 166,90 (conjunto), calça R$ 139,90 e tênis R$ 134,90
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Vestido R$ 99,90 e sandália R$ 109,90
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Blusa R$ 69,90, calça R$ 179,90 e sandália R$ 134,90. Blusa R$ 144,90, cinto (acompanha pulseira) R$ 54,90, calça R$ 136,90 e sandália R$ 109,90
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Camisa R$ 104,90, calça R$ 139,90 e tênis R$ 134,90. sobreposição de camisetas R$ 39,90 e R$ 79,90, bermuda R$ 119,90 e sandália R$ 124,90
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Camisa R$ 94,90, short R$ 129,90, meia-calça legging R$ 42,90, sandália R$ 114,90 e mochilas R$ 129,90 cada uma
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 02:40:41 2010
nem tudo é o pra lÁ pra cÁ da natação quando o assunto é es-porte aquÁti-co. pode ser mais diverti-do, pode ter muito mais adrenalina
Quatro irmãos, com idades entre 3 e 12 anos, remam em ritmo cadenciado e fazem avançar a canoa de fibra de vidro pela baía de Guanabara, aos pés do Pão de Açúcar. Sob a supervisão do pai, o biólogo e ambientalista francês Nicolas Bourlon, eles praticam uma modalidade esportiva chamada canoa polinésia. “Conheci esse esporte na adolescência, quando mo- rei no Havaí”, conta Nicolas, diretor do Rio Va’a Clube (va’a é o nome da canoa na Polinésia), entidade que fundou em 2000. Tradicional na Polinésia, esse esporte incentiva o trabalho em equipe e a disciplina e pode utilizar canoas de um, dois, quatro, seis e 12 lugares. “As culturas indonésia e polinésia dão muita ênfase às crianças, e canoa é um importante meio de transporte nesses lugares”, explica.
Os filhos mais velhos, do primeiro casamento,
herdaram o gosto de Nicolas pelo remo. “Em 2001, Thomas tinha 3 anos e Leon, 1, e saíam para dar umas voltas comigo”, lembra. “Em 2004 começaram a participar de competições.” Os caçulas Luca Moana (oceano, em taitiano), 5 anos, e Sofia Marie, 3, filhos de seu segundo casamento, com a fotógrafa e artista plástica Fábia Schnoor, também entraram na brincadeira. “Os dois praticamente nasceram dentro de uma canoa”, constata Nicolas. “A gente vê muito peixe e aprende a domar as ondas”, diz Luca.
Um por todos,todos por Um
Por Simone Raitzik, do rio de janeiro Fotos DaRyan DoRnelleS/fotonauta
O QUE MAIS de acordo com nicolas Bourlon, crianáas a partir de 4 anos podem comeáar a praticar a modalidade, sempre de colete e sob a supervisão de um adulto. “mas é por volta dos 8 anos que elas passam a interagir melhor com o esporte”, diz. saiba mais no site www.riovaa.com
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:37 2010
os irmãos thomas, leon, luca moana e sofia marie com os pais singram a baía de Guanabara na canoa polinésia
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:37 2010
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velejar é o esporte preferido de Gabriel mello (acima, com a mãe, daniela). “a gente ainda encontra muitos golfinhos na baía de Guanabara”, conta
Sempre disposto a andar de skate, surfar e nadar em mar aberto com o avô mater-no na praia de Ipanema, Gabriel Mello é um esportista nato. Entre tantas pos-sibilidades, contudo, o garoto de 9 anos não esconde a predileção por conduzir um barco a vela na baía de Guanabara ou no sul da Bahia, para onde viaja frequen-temente com a família. “Adoro a sensação de liberdade e do vento batendo no rosto quando estou velejando”, conta Gabriel, que aprendeu a prática com a mãe, a advogada Daniela Mello.
Na escola C&L, onde está matriculado desde o ano passado, Gabriel já concluiu dois níveis básicos e o avançado da classe Optmist, voltado para crianças a partir de 7 anos. Durante as aulas, que acon-tecem na Marina da Glória, aprendeu a fazer diferentes tipos de nós, conduzir o leme, regular a vela e manobrar o barco
conforme o sabor do vento, sempre acompanhado pelo instrutor, que navega num bote inflável. “A vela me deixou mais concentrado, pois preciso prestar atenção no vento para não me machu-car”, constata. Apesar de focado em todos os detalhes do barco, ele também tem olhos para descobrir maravilhas em meio à bela, mas poluída, baía de Guanabara. “A gente ainda encontra muitos golfinhos por lá”, revela.
“no nível básico, dois alunos dividem o mesmo barco e se revezam nas atividades”, explica a professora de Gabriel, cinthia Knoth. “Já no avançado, a criança faz tudo sozinha: precisa cuidar do leme e da vela simultaneamente.” na escola c&l (www.clvela.com.br), o pacote com quatro aulas sai por r$ 195. saiba mais sobre o esporte no site da confederação Brasileira de vela e motor (www.cbwm.com.br)
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:37 2010
o surfista antônio estimulou o pai, marlan, a também pegar onda. agora, a dupla planeja viajar pelo mundo com suas pranchas
Geralmente é o pai que influencia o filho na escolha de um esporte. Mas na história de Antônio José Marinho, 7 anos, foi o contrário: começou às vésperas do Natal de 2007, quando ele entregou à avó pater-na, Madalena, uma carta para Papai Noel. O menino queria ganhar uma prancha de surf, desejo inusitado numa família como a dele, que jamais tivera, até então, um aficionado pelas ondas. “Vi alguns surfis-tas na internet e fiquei curioso para saber o que era aquilo”, lembra Antônio.
Com o presente em mãos, Antônio, na época com 5 anos, começou a tomar aulas particulares na praia do Arpoador, em Ipanema, com o surfista Roberto Montilho, o Mér. A desenvoltura do garoto sobre as ondas logo contagiou o pai, o advogado Marlan Marinho Jr., 45 anos. No ano passado, sob o olhar atento do filho, ele passou a ter aulas com o mesmo professor. “Como comecei antes e sou mais experiente, dou muitos toques no papai”, diz Antônio. “Mas ele leva jeito e aprende rápido.” Graças a essa afini-dade, os dois agora se preocupam com a preservação do mar, trocam experiências e fazem planos. “Já programamos pegar onda juntos no Havaí e em Biarritz, na França”, avisa Marlan.
“a idade mínima para começar a surfar é 5 anos, quando a criança aprende a remar e adquire equilíbrio”, explica o professor roberto montilho, tel. (21) 9131-2368, que cobra r$ 50 por uma hora de aula. “com apenas um dia de treino, muitos já conseguem ficar de pé sobre a prancha.” veja mais no site da confederação Brasileira de surf (www.cbsurf.com.br)
de filho para pai
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:37 2010
mãe radical, filha campeã
acima, rafaela pratica wakeboard na lagoa rodrigo de Freitas, no rio. ao lado, com a mãe, a publicitária renata schvartzer
Equilibrada sobre uma prancha de wakeboard, em manobras velozes na Rodrigo de Freitas, a publicitária Renata Schvartzer dava saltos radicais diante do olhar fascinado da filha pequena, Rafaela. “Ela era minha companhia constante. Ia na lancha que me puxava e ficava entusiasmada”, descreve Renata, praticante do esporte que é um misto de surf, snowboard e skate. Com 5 anos, Rafaela disse que queria experimentar. Aos 8, praticando semanalmente, com direito a tombos e conquistas, tornou-se uma radical de primeira. É a mais jovem atleta a participar de competições nessa categoria. Em 2008, foi campeã carioca mirim. “Ela é bem mais corajosa do que eu”, aplaude Renata. “Desde a primeira vez, nunca titubeou. Pulou na água e logo ficou em pé na prancha, o que não é nada fácil.”
Entre mãe e filha, a atividade esporti-va é base da educação e da convivência. “Só é difícil explicar que certas mano-bras são proibidas para crianças, pois ela acha que vale tudo”, comenta Renata a respeito da verve aventureira da rebenta, hoje com 9 anos. Bem-humorada, a menina se diverte com o zelo “excessi-vo” da mãe. “O mais difícil nesse esporte é aprender a se equilibrar sem cair para a frente”, minimiza Rafaela. “Depois que você pega o jeito, dá vontade de ir todo dia, é uma sensação muito legal!”
O QUE MAIS usar o colete salva-vidas e saber nadar são cuidados essenciais para fazer wakeboard. “no início, aprende-se apenas a ficar de pé na prancha, não é preciso fazer manobras radicais”, diz o professor de rafaela, o belga Greg stassen. a aula, para crianças a partir de 6 anos, custa r$ 180, dura uma hora e inclui equipamento e lancha. você pode ligar para ele no telefone (21) 9961-0817. mais informações na associação Brasileira de Wakeboard (www.abw.com.br)
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:36 2010
As irmãs Maria Clara, 11 anos, e Gabriela, 8, trocam qualquer sessão de cinema com as amigas por uma prova de nado sincronizado. “É um esporte coletivo, com música e ritmo que me conquistou nas primeiras au-las”, diz Maria Clara. Para elas, o amor pelo esporte veio no DNA: Clarinha e Gabi são filhas e netas de ex-campeãs da modalidade. A mãe, a publici-tária Cristiana Lobo, foi atleta por 15 anos, participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e de dois campeonatos mundiais, em 1990 e 1994. Atualmente, trabalha como assessora da diretoria do Flamengo, onde as meninas nadam. A mãe de Cristiana, Ana Maria Lobo, é uma das precurso-ras do nado sincronizado no Brasil: competiu em 1963 no Pan-americano, em São Paulo, e até hoje é árbitra da Confederação Brasileira.
Cientes da tradição, as meninas prometem perpetuar o sucesso do clã nas piscinas. “Minha meta é entrar para a seleção brasileira juvenil no ano que vem”, avisa Maria Clara. “Para isso treino quatro horas e meia todos os dias, faça chuva ou faça sol.” Apesar de iniciante, Gabriela compartilha do mesmo entusiasmo da irmã e só reclama do cuidado necessário para não engordar e manter o corpo elegante de bailarina. “Precisei reduzir os doces, que adoro”, conta. “Mas quando vejo as piruetas que fazemos na piscina, percebo que todo esforço vale a pena.”
acima, maria clara, de azul, e Gabriela com a mãe, a pu-blicitária e ex-campeã de nado sincronizado cristiana lobo. no alto, as irmãs na piscina do Flamengo, onde treinam
peqUenas sereias
O QUE MAIS o nado sincronizado é indicado para crianças a partir de 5 anos. as aulas incluem alongamento e exercícios de solo. na piscina, treinam-se os quatro estilos de natação, as posições básicas e coreografias da modalidade. o clube regatas do Fla-mengo – tel. (21) 2159-0201 –, aceita crianças acima de 8 anos, mas é preciso ser sócio para frequentar a escolinha. saiba mais sobre o esporte na confederação Brasileira de desportos aquáticos (www.cbda.com.br)
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TRIP EDITORA Processado em Wed Aug 11 23:01:37 2010
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 03:04:04 2010
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camiseta r$ 26,90Jaqueta r$ 129,90Short r$ 64,90Sandália r$ 89,90lenço r$ 29,90
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Sobreposição de camisetas r$ 29,90 cada umacalça r$ 99,90tênis r$ 119,90
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Vestido r$ 79,90meia-calça legging r$ 26,90Sandália r$ 89,90
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conjunto de camisa poloe bermuda r$ 124,90camiseta azul r$ 29,90tênis r$ 119,9098
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camiseta r$ 26,90Jardineira (parte do conjunto de blusa e jardineira) r$ 129,90Sandália r$ 89,90
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conjunto de vestido e colete r$ 159,90Sandália r$ 89,90lenço r$ 29,90
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camisa r$ 92,90calça r$ 99,90tênis r$ 134,90
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Da esquerda para a direita:Blusa r$ 59,90, short r$ 49,90.Body r$ 62,90. camisa polo r$ 69,90, camiseta vermelha r$ 29,90, bermuda r$ 94,90, meia soquete r$ 14,90 e tênis r$ 119,90
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TRIP EDITORA Processado em Sat Aug 14 06:14:22 2010
convidados por LILICA & TIGOR, TRês AduLTOs viajam no tempo
ao Lembrar as diversões mais marcantes da infância
Por caroL sganzerLa
Fotos thiago pompéia
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TRIP EDITORA Processado em Fri Aug 13 02:20:55 2010
o Nintendo Wii e acho aquilo histérico, funciona em outra velocidade, é tudo muito rápido. Mas me esforço para brincar junto, porque acho que os pais devem tentar sempre se aproximar das crianças. Mesmo achando os jogos um pouco chatos, tento me atualizar. Jogo o tênis com ele por um tempo, mas o João é capaz de se divertir com isso por três horas sem parar. Como eu, no passado com meu Atari.”
Maria Ribeiro, 34 anos, é atriz e mãe de joão, 7 anos, e de bento, 8 meses
“Sou caçula de três irmãos bem mais ve-lhos do que eu: nasceram 12, 11 e 9 anos antes de mim. Por isso, quando eu era criança, não havia muitas brincadeiras em comum. Uma das poucas era o videogame Atari, que teve a função de juntar a família e me aproximou muito do meu pai. Era um momento nosso e o objetivo era nos divertir, não apenas ganhar. Adorava o jogo Pacman e outro em que as galinhas atravessavam a rua em meio aos carros. E como o Atari era diferente dos video-games de hoje! Vejo meu filho João com
Ganhar não era tão importante
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O menino e a turma“Até os 11 anos, eu só lia os livros pedidos pela escola. O primeiro livro que li por vontade própria foi Os Meninos da Rua Paulo, depois que as-sisti na TV Cultura ao filme baseado no romance de Ferenc Molnár. Na década de 1970, todos os domingos, o canal passava longas-metragens europeus e tive a felicidade de vê-lo. Depois, pedi o livro ao meu pai e, por coincidência, a professora mandou a classe inteira comprar. É a história de uma turma de crianças que luta pelo terreno onde brinca e o defende de outro grupo. Seguem-se, então, situa-ções emocionantes de companhei-rismo e traição. Na época, eu tinha uma turma na Vila Mariana (bairro de São Paulo) e brincava num terreno baldio, no lugar existe hoje um prédio de luxo. De certo modo, também lutávamos para mantê-lo reservado para nossas brincadeiras – guerra de mamona, esconde-esconde, futebol e pega-pega. Me apaixonei pela história a ponto de fazer uma música e um disco com o mesmo nome muitos anos depois.”
o músico Edgard scandurra, 48 anos, é pai de daniel, 22 anos, Lucas, 17, joaquim, 10, e estela, 6
“eu me apaixonei peLa histÓria a ponto de fazer uma música e um disco com o mesmo nome”
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Música de família“Desde que eu era menina, meu pai sempre tocou violão para os filhos. Meus três irmãos e eu cantávamos juntos, em volta dele. Sempre gostei de cantar. Uma das brincadeiras que fazíamos era tentar adivinhar as músicas nos primeiros acordes. Pedia sempre ao meu pai para tocar Legião Urbana, que eu adorava. Quando fiz 9 anos, ele me deu um violão de aniversário. Logo depois, comecei a ter aulas, mas eu era tímida e meu pai me incentivava muito. Um ano depois, eu já tocava bem. Não lembro exatamente a razão de ter parado com as aulas. Recentemente senti muita vontade de voltar a tocar. Tenho um violão no apartamento de Paris, onde moro, e outro dia o peguei, mas não lembrava mais de nota alguma. Até hoje, quando venho ao Brasil, a família se reúne para jam sessions. É uma delícia.”
Talytha Pugliesi, 28 anos, é modelo
“uma das brincadeiras que fazíamos era tentar adivinhar as músicas nos primeiros acordes”
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Ouvir algumas dessas frases é como provar os bis-coitos que a personagem de Alice come para mudar de tamanho e passar para o outro lado da porta. É passar com a Laura para o lado da invenção e exer-citar a imaginação. “Minha amiga falou que ela não existe pra nada!”, disse ela. “Sério? E você, existe para quê?”, perguntei. “Pra comer chocolate e trepar nas coisas!”, respondeu com uma risada.
Como já estamos quase no fim do texto, vou contar a minha predileta. E, depois, prometo que deixo você contar a sua. “Se eu aceito o seu já volto, por que você não aceita o meu já vou?”, falou em resposta a um, dois, três pedidos para que fosse escovar os dentes. Depois dessa, troquei a cara séria de quem dava uma ordem por um sorriso. Não me entenda mal. Concordo com a importância dos limites e coisa e tal, mas tem horas em que é preciso admitir a derrota. A imaginação no poder… antes de ir escovar os dentes!
Será que essas frases divertidas um dia crescem e ficam sérias? Será que frasear é como desenhar? Todo mundo faz quando é criança, mas depois de uma idade acaba dizendo: “Ih, sou péssimo para desenho…”. Como não tenho a resposta, continuo anotando as histórias da Laura no caderninho, nossa cápsula do tempo escrita à mão.
Vida, me dá força pra pular nessa boia!”, disse a Laura em voz alta, momentos antes de pu-lar da borda da piscina para dentro de uma
boia quase do tamanho de um pneu de caminhão. Perguntei que “vida” era essa. Ela me respondeu batendo no peito: “A vida! Meus pulmões! Meu coração!”. Essa história de “pulmões e coração” começou no dia em que Laura, então com 4 anos, me perguntou o que tinha debaixo da pele e do que era feito o corpo. Não tirei uma foto do salto para dentro da boia, repetido até que as pontas dos dedos enrugassem de frio, mas registrei o que ela falou, anotando, tempos depois, num caderninho.
Tenho tanto orgulho das frases da minha fi-lha que já pensei em guardá-las em tiras de papel dobradas na carteira. E nas conversas, quando o assunto chegasse aos filhos, mostraria as frases em vez de fotos. Alguns retribuíram com frases de seus filhos. Até hoje ninguém me desafiou para um duelo de frases. Imagine a cena, um repente de pais coruja cada um com um pandeiro na mão!
Já contei os ditos da Laura para muita gente. Em geral, ao contar as histórias, emendo uma na outra, quase nunca na mesma ordem. Tem uma que guardo sempre para o fim da conversa. Essa não vou contar ainda. Por favor, tenha paciência.
Quer ouvir mais uma? Aqui, a Laura fala do milagre da multiplicação de avós. “Minha família é uma maluquice”, disse, puxando conversa enquanto cortava o cabelo no salão. “Minha irmã não é filha da minha mãe, meu pai não é filho do meu avô, eu tenho um monte de avós!”
*Pai de Laura, 6 anos, e de Carolina, 17, o ilustrador Marcello Araújo é autor das coleções “Sapo” e “1, 2, 3 e já!”, da editora Nova Fronteira.
O que as frases das crianças têm a dizer sObre O mundO dOs adultOs
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imaginação
olho mágico | por marcello araújo*
Ouvir algumas dessas frases é cOmO prOvar Os biscOitOs que a persOnagem de Alice cOme para mudar de tamanhO e passar para O OutrO ladO da pOrta – e exercitar a imaginaçãO
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110*Doutor em literatura brasileira, Juva Batella, 40 anos, é autor de, entre outros livros, A cabine & O trânsito (7Letras, 2002), que teve o conto “A cabine” adaptado pela Globo na série Brava Gente. Pai de Alice, 7 anos, e de Clara, 3, mora atualmente em Lisboa.
o pai doméstico | por juva batella*
Um doUtor entre as qUestões da academia e fraldas trocadas em 17 segUndos
Pai paratoda obraAlém de fazer de tudo, ainda fiz uma tese de douto-rado, começando o meu batente às sete da manhã, com tapinhas nas costas da Pipoca, à espera paciente de um arrotinho libertador, que me liberaria então para iniciar uma sessão de leitura, usando o olho direito, de algum teórico da literatura, ao mesmo tempo em que, com o esquerdo, vigiava a pequena para que não se virasse no berço e ficasse de barri-ga para baixo. O resto da manhã alongava-se até a hora do almoço, quando, a seguir a uma nova quota de leite, eu me punha novamente a implorar por um arrotinho, depois do qual ela dormia a sesta e durante a qual eu despencava ao seu lado, exausto, não tanto dos meandros da semântica, da semiótica e da hermenêutica, mas dos desafios e das grandes questões que me propunha a Pipoca, a interpretar criticamente o mundo, ali do seu berço.
Ao fim da tarde lá ia eu, a passear com a Pipoca pelo Leblon, digo, pelos corredores da livraria Ar-gumento, onde me punha a pesquisar os livros de “teoria”, não de “teoria literária”, claro está, mas aqueles que contivessem a palavra “bebê” no título — sempre em busca de uma orientação, um padrão, uma forma de bem lidar com a minha nova condição: a condição de “pai doméstico”.
É-se pai de um bebê de um segundo para ou-tro, e dizer isso não é cair em redundância. Antes de ser “pai de um bebê”, um sujeito
é, no máximo, “pai de uma barriga” que cresce e se arredonda. Aquela barriga não é apenas uma barriga, sabe-se disso, mas pouco mais se sabe. Uma barriga sempre será, para um pai, uma abstração. As mães vão tornando-se mães aos bocadinhos, mês a mês e a cada pequeno chute daqueles seres tão minúscu-los e ao mesmo tempo bem maiores, bem maiores do que o mundo em que se vive e a história que se atravessa.
E, um dia, a barriga, num átimo, deixa de ser barriga, e o sujeito torna-se pai. E é tudo tão rápido que todas as águas se misturam, as da barriga e as dos olhos, que, estupefatos, assistem àquele que seria o segundo nascimento, porque o nascimento mes-mo, o primeiro, ninguém sabe quando é que se dá, só os bebês e as mães. O segundo, embora ainda privado, é mais público, e desse os pais participam, e cada vez mais.
De “pai de uma barriga” para “pai de um bebê”, é inevitável que o sujeito, trabalhando em casa, entre na condição de “pai doméstico”, a categoria de pai que mede o seu quotidiano em quotas — de leite, arrotos, fraldas e choros. É o chamado “pai pra toda obra”. E eu, como “pai doméstico”, fiz de tudo. Só dar o peito é que não dei. Fiz camas e compras, lavei louças e mamadeiras e troquei fraldas como ninguém, batendo o recorde nacional para a “categoria um”, com 17 segundos para uma troca completa, e ficando em terceiro lugar na “categoria dois” (bem mais complexa), com 28 segundos.
eu, como pai doméstico, fiz de tudo. só dar o peito é que não dei. ainda fiz uma tese de doutorado, começando o batente Às sete da manhã, À espera de um arrotinho libertador
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*Bacharel em filosofia, Hélio Schwartsman é articulista da Folha de S.Paulo e pai dos gêmeos Ian e David, 8 anos.112
“Meu filho acordou com uma tosse parecida com a diag-nosticada pelo pediatra como alérgica e não contagiosa. Como não tinha com quem deixá-lo em casa, mandei-o para a escola mesmo sabendo que ele talvez pudesse conta-minar os colegas. Agi certo?” Paula, arquiteta
Paula, se você pergunta, é porque temos, sim, um problema ético. O risco de espalhar doença é uma atitude socialmente condenável. Só que a ciência por trás da propagação de moléstias é complicada e desafia os raciocínios morais. Para começar, nesta época do ano, é provável que a tosse seja alérgica e não infecciosa. Ainda que tenha etiologia viral, segurar o garoto em casa não seria suficiente para evi-tar o contágio. No máximo, o limitaria um pouco, pois normalmente os vírus são transmissíveis antes de aparecerem os sintomas. Deve-mos limitar as situações de contágio, mesmo cientes de que equivale a enxugar gelo. Nenhuma epidemia é freada só com tal medida. É nessa fresta de incerteza que abusamos, especialmente quando temos uma “emergência” do tipo “a babá faltou”. É feio, mas é humano.
Ação virAl
Regina, regras são, evidentemente, negociáveis, ou o Código de Hamurabi ainda estaria em vigor. A questão é que, assim como precisamos ter um bom motivo para baixar uma nor-ma, precisamos também de boas razões para modificá-las. Será que o simples fato de o menino ficar irritado é suficien-te? Já resvalando na área da psicologia, eu ousaria dizer que crianças precisam ouvir alguns “sins” e muitos “nãos”, para aprender que existem normas e para exercitar a capacidade de assimilar frustrações – uma habilidade útil para a vida toda. E é até difícil imaginar uma situação mais propícia do que essa para escutar um sonoro “não”. Afinal, não está em jogo aqui nada além de um capricho infantil, cuja recusa não traria consequências físicas ou psicológicas duradouras.
BrincAndo em serviço“Meu filho de 3 anos tem o hábito de levar um brinque-do com ele sempre que sai. Mas na escola ele só pode levar em um único dia, determinado pela diretoria. Como ele fica irritado com isso, acabo cedendo. Devo ser taxativa e proibi-lo de levar o brinquedo para a escola ou regras são negociáveis?” Regina, fotógrafa
“Um dos meus filhos bate no outro várias vezes ao dia sem motivo. Após muitas conversas sem resul-tado, agora peço para aquele que apanhou revidar. Vai funcionar?” Luciana, professora de inglês
Defender-se de agressões não pro-vocadas é uma prática autorizada por todas as éticas e sistemas legais conhecidos. Assim, o revide estaria em princípio justificado. O problema aqui, contudo, não parece ser de ética, mas de emoções. O irmão que bate está certamente tentando chamar a aten-ção para alguma coisa. Seria interes-sante descobrir por que ele age assim e atuar sobre as verdadeiras causas.
BrigA entre irmãos
Alguns “sins”Pequenas e grandes questões em torno da educação dos filhos
e muitos“nãos”
os meus, os seus e os nossos | por hÉlio schwartsman*
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frase da infância
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”
Poucos imaginam que, aos 4 anos, o ex-nadador Gustavo Borges, ganhador de duas medalhas de prata e duas de bronze em Jogos Olímpicos, sonhava em ser boiadeiro. Na época, ele vivia com a família em Ituverava, no interior de São Paulo, onde José Jovino, pai de Gustavo, era dono de uma fazenda. O menino conhecia e adorava brincar com todos os bichos. Tanto que, num almoço de domingo, quando Jovino falou que ia até o restaurante buscar um cabrito para o almoço, o filho logo se prontificou: – Quem vai segurar o cabrito? O pai, rindo, respondeu: – Não, filho, o cabrito já está morto e ensopado! A situação virou pretexto para Jovino, muito brinca-lhão, pegar no pé de Gustavo, que cresceu forte e disposto, como se mostrou no “dia do cabrito”. Tanto que bateu três vezes o recorde mundial dos 100 metros livres em piscina curta (25 metros) e recentemente lançou o livro infantil Tchibum!, editado pela Cosac Naify.
Quem vai segurar o cabrito?
Gustavo Borges”
Gustavo Borges, aos 4 anos, na piscina da casa onde morava em Ituverava, interior de São Paulo
por Liana Mazer
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