Linfomas e llc

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Tatiana Pina Lobo – R1 CM Drª. Daniela Leão – Orientadora LINFOMAS E LLC Universidade Federal de Goiás Hospital das Clínicas Programa de Residência Médica Goiânia/2012

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Aula Residencia de Clinica Médica - Bloco Hemato

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Tatiana Pina Lobo – R1 CM

Drª. Daniela Leão – Orientadora

LINFOMAS E LLC

Universidade Federal de GoiásHospital das Clínicas

Programa de Residência Médica

Goiânia/2012

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Definição:

• Neoplasia hematológica indolente, em que o clone neoplásico é um linfócito B maduro;

• Não há transformação em plasmócitos;

• Pelo reduzido turn over dos linfócitos é definida como cumulativa;

• Ocorre acúmulo de clones neoplásicos na medula óssea, sangue periférico, fígado e tecidos linfóides.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Epidemiologia:

• Segunda leucemia mais comum 30%;

• Acomete maiores de 60 anos;

• 2♂:1♀;

• EUA/2012:

• Casos novos: 16.060;

• Mortes: 4.580.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Manifestações clínicas:

• Assintomáticos;

• Astenia, dispnéia, febre, perda ponderal;

• Linfadenomegalia (2/3 cervical);

• Esplenomegalia (40-50%);

• Hepatomegalia (10%);

• Infecções de repetição por bactérias encapsuladas.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Manifestações Laboratoriais:

• Linfocitose (>5.000/mm³);

• Anemia (hipoproliferativa ou hemolítica autoimune);

• Plaquetopenia (autoimune);

• Smudge cells;

• Hipogamaglobulinemia.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Imunofenotipagem:

• CD 19, CD 20, CD 21, CD 23, CD 24 Linfócitos B;

• CD 5 Linfócitos T;

• Ausência de FCM 7;

• Pior prognóstico: CD 38 e ZAP 70;

• Expressam baixos níveis de imunoglobulina na membrana celular.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Linfocitose persistente > 5.000/mm³

+

Aspirado de MO > 30% de linfócitos

+

IF mardadores relevantes Linf.B CD5+

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Estadiamento:

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Estadiamento:

• Padrão de Infiltração Linfocítica da MO:

• Difuso (pior prognóstico);

• Não-difuso – nodular/intersticial (melhor prognóstico);

• Misto.

Síndrome de Richter

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Watch and wait:

• Estadios: 0, I, II, sem sintomas constitucionais;

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Tratar:

• Estadios: III, IV, C de Binet;

• Sintomas constitucionais;

• Adeno e esplenomegalia;

• Linfocitose (>300.000/mm³ ou ↑ >50% em 2meses);

• Anemia hemolítica ou PTI refratárias.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Objetivo:

• Qualidade de vida.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Resposta Parcial:

• Redução persistente e significativa da linfocitose, adenopatia, hepatoespleno, anemia e plaquetopenia.

• Hb >11g/dL, Plaq >100.000/mm³, NT >1.500/mm³.

• Resposta Total:

• Linfócitos <4.000/mm³ e <30% na MO.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Agentes alquilantes corticóides:

• Clorambucil, ciclofosfamida, prednisona.

• Análogos nucleosídicos purínicos:

• Fludarabina, cladribina.

• Anticorpos Monoclonais:

• Rituximab, alemtuzumab.

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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA

• Tratamento:

• Transplante alogênico:

• <50 anos.

• Terapia adjuvante:

• Esplenectomia (PTI);

• Radioterapia (grandes massas);

• Leucoférese (síndrome de leucostase);

• Imunoglobulina (infecções de repetição).

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LINFOMA HODGKIN

LINFOMAS

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LINFOMA HODGKIN

• Epidemiologia:

• EUA/2012:

• Novos casos: 9.060;

• Mortes: 1.190.

• Distribuição bimodal: 1º pico na 3ª década de vida e o 2º pico após os 50 anos.

• Entre 15-39 anos: associada a escolaridade materna, nº de irmãos, nº de famílias numa mesma habitação.

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LINFOMA HODGKIN

• Patologia:

• Células de Reed-Sternberg (CD15+, CD30+);

• “Pano de fundo” com linfócitos, plasmócitos e eosinófilos.

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LINFOMA HODGKIN

• Classificação OMS:

• LH clássico:

• Esclerose nodular (65%);

• Celularidade mista (25%);

• Rico em linfócitos (5%);

• Depleção linfocítica.

• LH com predomínio linfocítico (CD20+).

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LINFOMA HODGKIN

• Manifestação clínica:

• Adenomegalia (centrípeta/continguidade);

• Esplenomegalia;

• Acometimento extranodal é menos comum que LNH;

• Sintomas B;

• Febre de Pel-Ebstein.

• Prurido;

• Dor no linfonodo à ingesta de álcool.

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LINFOMA HODGKIN

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LINFOMA HODGKIN

• Laboratório:

• Anemia de doença crônica;

• Leucocitose, linfopenia, eosinofilia, monocitose, trombocitose;

• VHS e DHL ↑;

• β-2 microglobulina ↑;

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LINFOMA HODGKIN

• Diagnóstico:

• Histopatológico:

• Células RS + “pano de fundo”;

• Imunohistoquímica:

• CD15+ e CD30+.

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LINFOMA HODGKIN

• Estadiamento:

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LINFOMA HODGKIN

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LINFOMA HODGKIN• Tratamento:

• Radioterapia;

• Quimioterapia (ABVD):

• Estágios I e II:

• Prognóstico favorável: < 50 anos, Esclerose Nodular, sem sintomas B, ≤ 3 cadeias, sem Bulky, VHS < 50 mm/h;

• Prognóstico desfavorável: > 50 anos, Celularidade Mista, sintomas B, > 3 cadeias, Bulky +, VHS > 50 mm/h.

• Estágio III e IV.

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LINFOMA HODGKIN

• Prognóstico:

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LINFOMA HODGKIN

• Prognóstico:

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

LINFOMAS

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Epidemiologia:

• Malignidade com grande aumento de incidência;

• Quinto mais comum nos EUA;

• Idade média ao DX: 45-50 anos

• ♂ > ♀, brancos > negros;

• EUA/2011:

• Novos casos: 66.360;

• Mortes: 19.320.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

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LINFOMA NÃO-HODGKIN• Manifestações clínicas:

• Adenomegalia periférica não dolorosa;

• Fadiga, prurido, tosse, desconforto torácico, abdominal, esplenomegalia;

• Acometimento extranodal;

• Sintomas B:

• Febre >38º C;

• Sudorese noturna;

• Perda ponderal >10% em 6 meses.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Prognóstico:

• IPI (International Prognostic Index):

• Idade > 60 anos;

• DHL elevado;

• Status performance ≥ 2;

• Ann Harbor III ou IV;

• Acometimento extranodal > 1.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Prognóstico:

• FLIPI ( Follicular Lymphoma International Prognostic Index):

• Idade > 60 anos;

• DHL elevado;

• Hg < 12mg/dL;

• Ann Harbor III ou IV;

• Acometimento extranodal > 4.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Classificação:

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• LNH Indolentes:

• Linfoma folicular (70%):

• Segundo LNH mais comum;

• Derivado de linfócitos B dos centros germinativos;

• Idade: 60 anos, ♀, estágio III ou IV;

• Adeno e hepatoesplenomegalia (50%);

• MO acometida em até 60%;

• 5-10% ao ano transformação neoplásica.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN• LNH Indolentes:

• MALT (5%):

• Linfoma primário indolente de mucosas;

• Doença benigna inflamatória estimula à formação de tecido linfoide:

• Gastrite crônica pelo H. pylori;

• Poliinfestação parasitária;

• Tireoidite de Hashimoto;

• Síndrome de Sjögren.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• LNH Indolentes:

• Micose fungóide:

• Linfoma T indolente, cutâneo primário;

• Derivados de linfócitos T helper (CD4+);

• Idade: 55-60 anos, ♂.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• LNH Agressivos:

• LNH difuso de grandes células B (90%):

• 30% dos LNH;

• Derivados dos linfócitos B em transformação blástica dos centros germinativos;

• Idade: 64 anos, ♂;

• Massa linfonodal de crescimento rápido;

• Acometimento extranodal em 40%;

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LINFOMA NÃO-HODGKIN• LNH Agressivos:

• LNH difuso de grandes células B:

• Sintomas B (40%);

• Ao DX:

• Estágios I, II (50%);

• IPI alto.

• AIDS:

• Linfoma B difuso imunoblástico;

• Linfoma primário de SNC (CD4<50/mm³)

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LINFOMA NÃO-HODGKIN• LNH Altamente agressivos:

• Linfoma de Burkitt:

• Segundo mais comum na infância e no HIV+;

• Crescimento tumoral muito rápido;

• Derivado de linfócitos B do centro germinativo;

• 3 formas:

• Esporádica (EUA/Europa);

• Endêmica africana;

• HIV +.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Tratamento:

• Linfomas indolentes:

• Estágios I e II: radioterapia direcionada;

• Estágios III e IV:

• Oligossintomáticos: expectante;

• Sintomática/Avançada: rituximab em monoterapia ou terapia combinada (Fludarabina, COP, CHOP).

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Tratamento:

• Linfomas agressivos:

• Poliquimioterapia precoce:

• Estágio I e II: R-CHOP (3ciclos) + Radio;

• Estágios III e IV: R-CHOP (8 ciclos);

• Profilaxia de SNC: MTX+Ara-C intra tecal.

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LINFOMA NÃO-HODGKIN

• Tratamento:

• Linfomas altamente agressivos:

• Profilaxia as Síndrome da Lise tumoral:

• Linfoma de Burkitt:

• Doença localizada: CODOX-M;

• Demais pacientes: CODOX-M/IVAC;

• Profilaxia do SNC.

Cura em 80% dos casos

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OBRIGADA!!!

• Epidemiologia:

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• Wintrobe's Clinical Hematology, 12th edition John P. Greer, MD; John Foerster, MD,

FRCPC; George M. Rodgers, MD, PhD; Frixos Paraskevas, MD; Bertil Glader, MD, PhD; Daniel A. Arber, MD; Robert T. Means, Jr., MD.

• PDQ Cancer Information Summaries [Internet].Bethesda (MD): National Cancer Institute (US); 2002. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK66035/. Acessado dia 15/06/2012, às 20Hs.

• PDQ Cancer Information Summaries [Internet].Bethesda (MD): National Cancer Institute (US); 2002. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK66057/Acessado dia 15/06/2012, às 20Hs.

• PDQ Cancer Information Summaries [Internet].Bethesda (MD): National Cancer Institute (US); 2002. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK66038/Acessado dia 15/06/2012, às 20Hs.

• Leucemia Linfocítica Crônica/Linfoma Não-Hodgkin Linfocítico de Pequenas células. Mendes, MSD. Universidade da Beira Interior, 2010.