LÍNGUA PORTUGUESA COORDENADORA: JOSIANE DE LIMA · As letras notam ou substituem a pauta sonora...
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LÍNGUA PORTUGUESA
COORDENADORA: JOSIANE DE LIMA
SMED / 2015
LÍNGUA PORTUGUESA
EM GRUPO RESPONDA:
1) O que são hipóteses de escrita?
2) Você tem propiciado tentativas de escrita em
seus PTDs?
3) Você compreende e valoriza as tentativas de
escrita de seus alunos?
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HIPÓTESES DE ESCRITA
1) Fase pré-silábica: nesta fase o aluno não busca relação
entre escrita e pauta sonora acredita que a escrita está
relacionada as propriedades dos
objetos.EXEMPLO:AITAAFE (BOI), AVE (FORMIGA).
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2) Fase Silábica: No momento em que o aluno percebe que é
preciso dirigir a análise para a pauta sonora, ele ingressa em
outro estágio de compreensão.Nesse momento, ele demonstra
que compreendeu o primeiro dos princípios do SEA,ou seja,
percebeu que “ o nosso sistema de escrita tem propriedades
da palavra e não do objeto representado”.
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É no estágio silábico,que o aluno compreendeu que
“as unidades do texto são as palavras e que as palavras
podem ser segmentadas em partes”. Então representa cada
sílaba com uma letra.
Alguns alunos passam por um período em que a
preocupação é exclusivamente quantitativa, colocam
qualquer letra para representar as sílabas( utilizam
geralmente letras do seu nome ou outras que conheçam).
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Depois, passam a demonstrar preocupação com as correspondências,
colocando letras que tenham relação com os sons
representados estado qualitativo. Neste período ainda
utilizam uma letra para representar cada sílaba porém, com
valor sonoro.
EXEMPLO QUANTITATIVO: OAMR ( PIRULITO).
EXEMPLO QUALITATIVO:IUIO ( PIRULITO) OU LO(LOBO)
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3) Fase Silábico – Alfabético:paulatinamente, os alunos começam
perceber que as sílabas podem ser compostas de unidades menores
(fonemas) e começam a colocar mais letras em cada sílaba.No entanto,
ainda não há consistência quanto a tais relações. Algumas sílabas são
representadas por uma letra, e outras, por mais de uma letra.
Eles demonstram, então, que estão incorporando, em sua
escrita,conhecimentos de que na escrita alfabética as letras representam
as unidades sonoras – fonemas – através das correspondências
grafofônicas. EXEMPLO: PLA ( BALA), OVTI ( SORVETE).
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4) Fase Alfabética: Neste estágio, os alunos colocam uma letra para cada
fonema que pronunciamos. Acredita que cada letra equivale a um único som
e cada som é notado por uma única letra. Assim, ao colocar uma letra para
cada som, tal como pronuncia as palavras, ela tende a pensar que seus
problemas de escrita estão resolvidos.
EXEMPLO: PIROLITO. KAZA,TELEVIZÃO.
Não podemos confundir ter alcançado uma hipótese alfabética de
escrita com estar alfabetizado.
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COMO INTERVIR EM CADA UMA DAS
HIPÓTESES?
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Trabalhar com as propriedades da
escrita.
Mas o que são as propriedades da escrita?
Você tem contemplado em seus PTDs?
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PROPRIEDADES DA ESCRITA:
Precisamos reconhecer que, para o aprendiz da
escrita alfabética, as “regras de funcionamento” ou
propriedades do sistema não estão já “disponíveis”,
“dadas” ou “prontas” na sua mente.De início, ele não
sabe como as letras funcionam.
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Desse modo,é importante ressaltar que, para
aprendizagem da escrita, é necessário que o aluno
compreenda alguns princípios básicos que constituem
o nosso sistema, tais como:
1. Escreve-se com letras que não podem ser inventadas, que têm
repertório finito e que são diferentes de números e outros símbolos;
2. As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem
mudanças em sua identidade ( p,q,b,d), embora uma letra assuma
formatos variados (P, p, P, p);
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3. A ordem das letras no interior da palavra não pode ser
mudada;
4. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em
diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas
palavras compartilham as mesmas letras;
5. Nem todas as letras podem ocupar certas posições no
interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas
de quaisquer outras;
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6. As letras notam ou substituem a pauta sonora das
palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as
características físicas ou funcionais dos referentes que
substituem;
7. As letras notam segmentos sonoros menores que as
sílabas orais que pronunciamos;
8. As letras notam têm valores sonoros fixos, apesar de
muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons
poderem ser notados com mais de uma letra.
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9. Além de letras, na escrita de palavras usam-se, também,
algumas marcas (acentos) que podem modificar a
tonicidade ou o som das letras ou sílabas onde aparecem;
10. As sílabas podem variar quanto às combinações entre
consoantes e vogais ( CV,CCV,CVV,CVC,V,VC,
VCC,CCVCC...), mas a estrutura predominante no
português é a sílaba CV ( consoante – vogal ), e todas as
sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.
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A compreensão de tais princípios é que rege o
processo de construção da escrita alfabética. Esses
princípios são compreendidos gradativamente, através do
contato que os alunos estabelecem com a escrita nas
diversas situações sociais. Mas é nas situações escolares
que as reflexões são sistematizadas e explicitadas.
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A apropriação do SEA depende das
oportunidades vividas dentro da escola, as
crianças precisam conviver e desfrutar
diariamente , de práticas de leitura e
produção de textos escritos, mas refletir
sobre as palavras, brincando
curiosamente, com sua dimensão sonora
e gráfica.
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Como afirma Soares( 2003), um dos
grandes problemas brasileiro de
“desinvenção” da alfabetização foi
acreditar que o investimento exclusivo em
ler e produzir textos na sala de aula de
alfabetização, sem um ensino do SEA,
faria os alunos se alfabetizarem,
espontânea ou naturalmente.
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Para aprender a escrever, é fundamental que o aluno tenha
muitas oportunidades de fazê-lo, mesmo antes de saber grafar
corretamente as palavras: quanto mais fizer isso mais aprenderá sobre o
funcionamento da escrita.
A oportunidade de escrever quando ainda não se sabe permite
que o aluno confronte hipóteses sobre a escrita e pense como ela se
organiza, o que representa, para que serve.
Mesmo quando ainda não sabem escrever convencionalmente, os
alunos já apresentam hipóteses sobre como fazê-lo.
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Na fase Pré-Silábica as crianças têm dificuldades em
diferenciar letras e números e muitas vezes “escrevem”
usando desenhos, rabiscos, garatujas, pseudoletras,números
ou alguns desses elementos misturados.
O principal desafio para este nível é auxiliar os alunos a
perceber que a escrita representa os sons da fala, e não os
objetos em si e suas características.
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A exploração oral, mas, sobretudo, escrita de poemas, trava-
línguas,parlendas, e outros textos que explorem sons iniciais e finais são
bastante interessantes nesta fase.
O trabalho com palavras estáveis, como o nome dos alunos da
turma, também podem auxiliar na percepção de que partes iguais se
escrevem de forma semelhante, e partes ( sílabas ou letras) presentes no
nome de um aluno também podem ser encontradas nos nomes dos
outros colegas.
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O trabalho com palavras estáveis, como o nome próprio
auxilia o aluno a avançar na apropriação do SEA. ( Quando a criança
reescreve de memória seu nome ou outra palavra, tem que
observar as propriedades que determinam que a ordem e o
repertório de letras que constituem uma palavra não podem ser
mudados, porque a palavra deixa de existir,podendo se
transformar em algo que não é palavra ou que é outra palavra).
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O nome próprio deve ser fonte de consulta para o
aprendizado das letras e recurso para a escrita de outros
nomes. Uma boa prática para a sala de aula é a seguinte:
escreva os nomes dos alunos em ordem alfabética em caixa
alta, em um cartaz, para que os alunos possam identificar o
próprio nome e o dos colegas, fazendo uso constante para a
construção da escrita de novas palavras. Nesse cartaz
devem apenas estar escritos os nomes dos alunos e não
conter fotos, para promover reflexão constante.
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Proponha uma sequência de atividades com nomes próprios, como:
Trabalhar as diferenças entre as letras e outros sinais gráficos;
A orientação esquerda-direita da escrita;
A estabilidade dos nomes em relação à quantidade de letras;
A ampliação do repertório de letras;
A possibilidade de perceber que nomes diferentes se escrevem formas
distintas;
A variedade e posição das letras para se escrever um nome.
Realizar escrita do nome no crachá;
Promover chamada todos os dias, pedindo para que os alunos encontrem os
nomes de quem não compareceu à aula, no cartaz de nomes;
Pedir que encontrem o ajudante do dia no cartaz de nomes dos alunos;
Brincadeiras com o crachá dando pistas das letras para que adivinhem de
quem é o nome.
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1. Organize os alunos em roda, sorteie um dos crachás e instigue-os a descobrir
de quem é o nome.
2. Mostre apenas a primeira ou última letra do nome.É importante que você
realize intervenções para cada como por exemplo: ao aparecer a letra
pergunte: “Qual o nome dessa letra?” ou “Quais são os nomes que iniciam ou
terminam com tal letra?”. Sugira dicas quando necessário. Por exemplo: “Esse
nome é escrito com poucas letras”; “esse nome é de uma menina”; “procure no
quadro de nomes, quais são os alunos que possuem o nome terminado ou
começado com tal letra.
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Além das palavras estáveis, a exploração de textos
conhecidos de memória ajudará na construção da base
alfabética, uma vez que, ao lerem textos de cor, as crianças
podem ajustar a pauta sonora à pauta escrita e assim,
podem perceber que eles lêem o que está grafado no
papel.
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A prática de montagem e desmontagem de
palavras, com alfabeto móvel, também têm se
revelado boas alternativas para auxiliar o aluno a
avançar na apropriação do SEA.
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Outro aspecto importante para a apropriação do SEA é o
trabalho de consciência fonológica envolvendo a análise de
sílabas, de rimas e de palavras dentro de palavras.
Desse modo, é importante que os alunos sejam
estimulados a vivenciar atividades de contar e comparar
palavras quanto ao número de letras e sílabas.Comparar
as sílabas quanto ao número de letras;
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Quando a criança conta quantas sílabas e quantas letras
algumas palavras têm, vive a constatação de que o número
de letras tende sempre a ser maior que o número de sílabas
que pronunciamos ;
Quando compara nome de pessoas conhecidas e conta as
sílabas e letras, observa que a quantidades daqueles
“pedaços” nos nomes não têm a ver com características
físicas das pessoas ( de modo que, por exemplo, RUI pode
ser o mais alto da sala e ter o nome com menos letras);
Quando compara determinadas palavras estáveis, sejam
nomes próprios ou não, podem observar que as letras não
“pertencem exclusivamente” a fulano ou beltrano, que dentro
de um mesmo nome algumas letras podem se repetir, que
as mesmas letras podem ocorrer em palavras diferentes,
apresentando-se na mesma posição ou em posições
diferentes;
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Quando analisa as letras que aparecem nas palavras que
estão sendo comparadas, podem descobrir que certas letras
estão muito presentes nas palavras de nossa língua, ao
passo que outras são raras; podem ver que certas letras
aparecem mais em nomes estrangeiros, e que certas letras
(como o Q) não aparecem sem outras ( como o U).
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Outras atividades que auxiliam o aluno a avançar na
apropriação do SEA.
Dizer uma palavra maior ou menor que outra;
Identificar palavras que começam com a mesma sílaba;
Produzir palavras que começam com a mesma sílaba;
Identificar palavras que rimam;
Produzir palavras que rimam com outra;
Identificar palavras que começam com o mesmo fonema.
Localizar e pintar os espaços entre as palavras ( Este tipo de
atividade ajuda o aluno a compreender que o limite gráfico indica
onde começa e onde terminam as palavras).
Formar palavras acrescentando ou excluídos letras ou sílabas;
Encontrar no texto palavras com o número de letras ou sílabas
estabelecidos;
Formar novas palavras trocando a ordem das sílabas.Ex BOLO.
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Identificar as sílabas iniciais das figuras e ligar,
completar;
Formar nova palavra excluindo a última sílaba.
Exemplo:PAREDE, SACOLA, BATATA;
Formar novas palavras que comecem com a mesma letra
ou sílaba;
Atividades de completar letras que estão faltando.
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