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COLÉGIO ESTADUAL TÚLIO DE FRANÇA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E
PROFISSIONAL Av: Interventor Manoel Ribas, s/nº - Fone (42)3523-1736
CEP: 84.600-000 – União da Vitória – Paraná E-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
UNIÃO DA VITÓRIA
2013
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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, no decorrer dos anos, vem sendo
modificado desde os primórdios do tradicionalismo passando por uma série de
tendências metodológicas que visaram sempre a melhoria do processo ensino-
aprendizagem.
As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigados a
atender as expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir as
novas gerações de aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Para tanto, ensino de Língua Portuguesa considera a perspectiva do
multiletramento nas práticas a serem adotadas, tendo em vista o papel de
suporte para todo o conhecimento exercido pela língua materna. Entendendo
que multiletramento, aqui significa “compreender e produzir textos” e não se
restringe ao trato verbal (oral ou escrito), mas à capacidade de colocar-se, em
relação às diversas modalidades de linguagem – oral, escrita, imagem, imagem
em movimento, gráficos – para delas tirar sentido.
Sendo assim, a prática referente à língua, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem o aluno não só a leitura
e a expressão oral ou escrita, mas também refletir sobre o uso que se da
linguagem nos faz diferentes contextos e situações.
O domínio da Língua Nacional, no campo do falar, do escrever e
interpretar constitui o pressuposto básico essencial sobre esta mesma
realidade. Supondo isto, um ensino não compartimentalizado, sempre dentro
de um contexto, a análise e interpretação crítica de quaisquer mensagens
(divulgadas através dos diferentes meios de comunicação), constante dos
conteúdos essenciais para o bem falar e escrever.
Quando o núcleo é a língua, ou melhor, as atividades sócio-verbais, a
tarefa é mais árdua, há questões e práticas que deverão estar presentes em
todas as séries, portanto, os conteúdos serão trabalhados de forma global.
No que se refere às Diretrizes Curriculares, esta proposta procura
contemplar o referencial básico, o discurso, que envolve o texto e suas
condições de produção, bem como o contexto sócio-histórico e ideológico no
qual foi produzido.
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Sendo assim, Conteúdo Estruturante será aquele que traz a língua de
forma dinâmica – o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das
práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
A disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, mas a preocupação
com a formação dos professores dessa disciplina aconteceu somente nos anos
30 do século XX. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna
obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o
estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das
disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura.
Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de
Português e em 1871 foi criado no Brasil, por decreto imperial, o cargo de
Professor de Português.
As primeiras práticas de ensino da língua materna tinham como modelo
o Latim (para os poucos que tinham acesso à escola). Portanto, era um ensino
eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental, voltado para a perpetuação
de uma ordem patriarcal, estamental e colonial (onde a obediência à fé, ao rei e
à lei era prioridade).
Tal prática pedagógica manteve-se até meados do século XX e a partir
de 1967 começou no Brasil a chamada democratização do ensino, com a
ampliação de vagas e a eliminação dos exames de admissão, entre outros.
Com o número de alunos se multiplicando, a Língua Portuguesa
precisou de novas propostas pedagógicas, pois estes chegavam à escola
trazendo modos, valores culturais e registros linguísticos que até então não
eram admitidos.
Entre 1970 e 1980, ensinava-se a língua materna através de exercícios
estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. E para
atender a este grande número de alunos, foi preciso a contratação de um
quadro capaz de atendê-los em curto espaço de tempo. A desvalorização do
professor ou professora inicia neste ponto, primeiro pelo rebaixamento
significativo dos salários. Em consequência deste rebaixamento, os
professores aumentaram a carga horária e lançaram mão do livro didático para
ministrar suas aulas.
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A força e a preponderância do livro didático retiraram do professor a
autonomia e a responsabilidade quanto à sua prática pedagógica,
desconsiderando seu conhecimento, experiência e senso crítico em função de
um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão.
Assim, com base na estrutura dos livros didáticos, tem-se um ensino de
Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de
textos apenas, ao invés dos textos integrais; no campo do ensino da Língua
Materna, exercícios estruturais, do tipo preenchimento de lacunas, ou
questionários de simples verificação de ocorrências para a expansão dos
sentidos da leitura.
Esse quadro, além dos altos índices de evasão e repetência das classes
populares, do arrocho salarial dos professores e da abertura indiscriminada de
faculdades comprometeu ainda mais a qualidade do ensino.
Este modelo de ensinar através da memorização (pedagogia tecnicista)
começou a sofrer transformações a partir de estudos lingüísticos, aqui no Brasil
nos anos 80, principalmente por Bakhtin e outros pensadores de seu círculo.
Quanto aos professores de Língua Portuguesa, pode-se dizer que se
apropriaram desses novos conceitos, onde o texto é a unidade fundamental da
análise e que a língua configura um espaço de interação entre os sujeitos.
Entretanto, apropriar-se não quer dizer mudar a prática pedagógica de
fato. E foi o que aconteceu. No ensino da literatura, até as décadas de 1960-
70, a literatura do texto literário, no ensino primário e ginasial, tinha por
finalidade transmitir a norma culta da língua.
A partir dos anos 70, passou a ser ensinada apenas no “2º grau”, com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. A historiografia
literária, que ainda resiste nas salas de aula, também excluía (e exclui) o aluno
de um papel ativo no processo de leitura, ao colocá-lo em contato com
intermináveis listas de autores e resumos de obras nos quais devem ser
encontrados – à semelhança dos “caça-palavras” – características de época
estabelecidas a priori, sem nenhum estímulo à reflexão crítica.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 90, também
fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
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concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos
usos da linguagem oral e escrita.
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o
processo de ensino:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/
leitura;
refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, bem como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura,
a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um longo processo de ensino e aprendizagem que, por meio da
inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral
e escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida
acadêmica do aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por
toda a sua vida.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
2.1. CONTEÚDOS - 6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: gêneros textuais, elementos composicionais,
forma e estilo.
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Gêneros textuais que serão trabalhados:
literários/artísticos: contos de fadas, lendas, causos e fábulas, história em
quadrinhos, poema, cantigas, parlendas, trovas e trava-línguas;
argumentativos: comentários, carta do leitor, propaganda.
Prescritivos: regras de jogos, verbetes de dicionário, receita culinária.
Correspondência: carta pessoal, e-mail, cartão postal, aviso.
Imprensa/midiática: notícia, classificados.
Outros: diário.
2.2. CONTEÚDOS - 7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: gêneros textuais, elementos composicionais,
forma e estilo.
Conteúdos específicos (em relação aos gêneros que serão trabalhados).
Literários/artísticos: contos fantásticos, provérbios, poema, contra
fábulas, não verbais
memórias;
Argumentativos: resenha de filme, enquete, assembléia;
Prescritivos: bula de remédio, manual de instrução, mapas.
Correspondência: carta comercial, panfletos, folder;
Imprensa/midiática: reportagem, manchete, notícia;
2.3. CONTEÚDOS - 8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: gêneros textuais, elementos composicionais,
forma e estilo.
Narrativos/literários: crônica, dramáticos, contos de aventuras, fábula
moderna,
música;
Argumentativos: depoimento, carta ao leitor, carta de reclamação;
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Publicitários: comercial televisivo, propaganda, slogan;
Imprensa/mídia: reportagem televisiva, entrevista, vídeo clip, infográfico;
Outros: resumo.
2.4. CONTEÚDOS - 9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: gêneros textuais, elementos composicionais,
forma e estilo.
Narrativos/literários: romance, fábulas contemporâneas, cordel,
pinturas,
crônica;
Argumentativos: editorial, debate regrado, júri simulado, resenha de
artigo de opinião;
Prescritivos/jurídicos: leis, regimentos;
Científicos: relato histórico, artigos científicos, verbetes de enciclopédias,
pesquisa;
Imprensa/mídia: sinopse de filmes e livros, cartum, entrevista;
Outros: resumo, seminário, ata.
2.5. CONTEÚDOS – 1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Literários: crônica, fábulas contemporâneas, biografia, letras de
músicas, contos;
Argumentativos: resenha crítica de filmes e documentários;
Científicos: relatório, relato de experiências, Seminário, pesquisa;
Jurídicos: ofício, requerimentos, procuração;
Midiáticos: reportagem televisiva, blog, foto blog.
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CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS DENTRO DAS PRÁTICAS DE
ORALIDADE, LEITURA, ESCRITA, ANÁLISE LINGÜÍSTICA E
LITERATURA:
- tema do texto;
- finalidade;
- intencionalidade;
- interlocutor;
- intertextualidade;
- situacionalidade;
- aceitabilidade;
- condições de produção;
- vozes sociais presentes nos textos;
- informatividade;
- elementos semânticos, lingüísticos e extralingüísticos;
- variedade lingüística;
- léxico, ortografia, acentuação e pontuação;
- coesão e coerência;
- processo de formação de palavras;
- turnos de fala;
- concordância verbal e nominal;
- tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;
- polissemia;
- relação entre as partes do texto;
- aspectos estéticos nos textos literários;
- inferências.
2.6 CONTEÚDOS – 2ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Literários: contos contemporâneos, romance, música, pintura, poema;
Argumentativos: artigo de opinião, debate regrado, júri simulado;
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Científicos: resenha de textos, filmes e livros, seminário, palestra,
pesquisa;
Jurídicos: contrato, petição, procuração, leis;
Midiáticos: filmes, telenovelas, vídeo clip, documentários;
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS DENTRO DAS PRÁTICAS DE
ORALIDADE, LEITURA, ESCRITA, ANÁLISE LINGÜÍSTICA E
LITERATURA:
- tema do texto;
- finalidade;
- intencionalidade;
- interlocutor;
- intertextualidade;
- situacionalidade;
- aceitabilidade;
- condições de produção;
- vozes sociais presentes nos textos;
- informatividade;
- elementos semânticos, lingüísticos e extralingüísticos;
- variedade lingüística;
- léxico, ortografia, acentuação e pontuação;
- coesão e coerência;
- processo de formação de palavras;
- turnos de fala;
- concordância verbal e nominal;
- tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;
- polissemia;
- relação entre as partes do texto;
- aspectos estéticos nos textos literários;
- inferências.
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2.7 CONTEÚDOS – 3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA
SOCIAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Literários: romance, dramáticos, música, poemas, crônica;
Argumentativos: artigo de opinião, editorial, carta ao leitor;
Científicos: resenha, seminário, pesquisa;
Jurídicos: leis, decretos, edital, artigos, emenda;
Midiáticos/Imprensa: caricatura, charge, mesa redonda, infográficos.
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS DENTRO DAS PRÁTICAS DE
ORALIDADE, LEITURA, ESCRITA, ANÁLISE LINGÜÍSTICA E
LITERATURA:
- tema do texto;
- finalidade;
- intencionalidade;
- interlocutor;
- intertextualidade;
- situacionalidade;
- aceitabilidade;
- condições de produção;
- vozes sociais presentes nos textos;
- informatividade;
- elementos semânticos, lingüísticos e extralingüísticos;
- variedade lingüística;
- léxico, ortografia, acentuação e pontuação;
- coesão e coerência;
- processo de formação de palavras;
- turnos de fala;
- concordância verbal e nominal;
- tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;
- polissemia;
- relação entre as partes do texto;
- aspectos estéticos nos textos literários;
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- inferências.
OBS: Para os Cursos profissionalizantes: Curso Técnico em Meio
Ambiente e Curso Formação de Docentes, além dos conteúdos já
mencionados, com enfoque para a linguagem técnica (jargão) de cada
curso, por meio de textos que abordem temáticas relacionadas a essas
profissões, acrescentamos outros conteúdos específicos concernentes à
ementa dos referidos cursos, quais sejam:
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA – CURSO TÉCNICO EM
MEIO AMBIENTE
EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.
Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.
CONTEÚDOS:
Oralidade:
- Coerência global;
- Unidade temática de cada gênero oral;
- Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições
pronominais, sinônimos, etc.);
- Intencionalidade dos textos;
- As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de
uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à
escrita;
- Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional,
institucional, etc; (reconhecimento das diferentes possibilidades de
uso da língua dados os ambientes discursivos);
- Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
discursivos de uso em diferentes esferas sociais;
- Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala
formal e a informal;
- Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
- Participação e cooperação;
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- Turnos de fala;
- Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;
- Observância da relação entre os participantes (conhecidos,
desconhecidos, nível social, formação, etc.);
- Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;
- Ampla variedade X modalidade única;
- Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação
cênica) X sinais gráficos;
- Prosódia e entonação X sinais gráficos;
- Frases mais curtas X frases mais longas;
- Redundância X concisão;
- Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do
verso);
- Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada,
dos cantadores e repentistas;
Leitura:
- Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma
colaborativa: inferências, coerência de sentido, previsão,
conhecimento prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão
da subjetividade por meio do diálogo e da interação;
- Intertextualidade;
- A análise do texto para a compreensão de maneira global e não
fragmentada (também é relevante propiciar ao aluno o contato com a
integralidade da obra literária);
- Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes
objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,
produzir outros textos, revisar, etc;
- Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;
- Finalidade;
- Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes
presentes no texto;
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
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- Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o
conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis
sociais representados, intencionalidade e valor estético;
- Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da
enunciação e sua relevância na progressão textual;
- A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus
efeitos de sentido;
- Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
- Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do
texto;
- Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos,
adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido;
- O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
- Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem
no texto;
- A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos
de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do
texto;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e
sequenciação do texto;
- Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero
discursivo;
- Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;
- Em relação ao trabalho com literatura:
- Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e
ampliem seu horizonte de expectativas);
- Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento
(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);
- O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua
leitura;
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Escrita:
- Unidade temática;
- Escrita como ação / interferência no mundo;
- Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
- Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;
- Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação
pública, privada, cotidiana, solene, etc);
- Relevância do interlocutor na produção de texto;
- Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial,
recorrencial e sequencial);
- Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais,
intencionais, contextuais, intertextuais;
- Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;
- Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
discursivos de uso em diferentes esferas sociais;
- Fonologia;
- Morfologia;
- Sintaxe;
- Semântica;
- Estilística;
- Pontuação;
- Elementos de coesão e coerência;
- Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função
das conjunções; sequenciação, etc.
Análise linguística:
- Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);
- A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
- Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
- O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante
em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);
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- Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes
que falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência
na construção do texto;
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
- A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;
- A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
- O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
- Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem
no texto;
- A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos
de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do
texto;
- Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhando, parênteses, etc;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero
discursivo;
- A elipse na sequência do texto;
- A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/
indeterminado; ativo/ passivo) e a relação com as intenções do texto;
- O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito
da frase;
- Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;
- Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor, ironia,
ambiguidade, exagero, expressividade, etc);
- As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos
diferentes gêneros;
- As particularidades linguísticas do texto literário;
- As variações linguísticas.
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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA - CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
EMENTA: Concepções teóricas e práticas da Língua Portuguesa. O discurso
e as práticas de oralidade, a leitura, a escrita e a análise lingüística como
princípios norteadores do Ensino de Língua Materna. Concepções teóricas e
práticas da Literatura, acrescentando-se os conteúdos acima referenciados no
Técnico em Meio Ambiente, como os conteúdos já mencionados para o
Ensino Médio.
OBSERVAÇÃO: No decorrer do ano letivo, em cada Série/Ano, ao organizar
os Conteúdos Específicos dessa Disciplina, observar-se-á a
inclusão/articulação dos Conteúdos dos quais tratam as seguintes Leis:
- Lei nº 11.525/2007 – acrescenta § 5º ao art.32 da Lei nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, para incluir o conteúdo que trate dos Direitos das
Crianças e dos Adolescentes no currículo do ensino fundamental.
- Lei nº 11.645/08 - Educação Escolar Indígena: de acordo com a, que
enfatiza no parágrafo segundo, (§ 2o Os conteúdos referentes à
história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros
serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileiras.),
- Lei nº 10639/03 - Educação para as Relações Étnicorraciais e
Afrodescendência: os conteúdos podem estar relacionados a vencer
preconceitos, bem como, a ampliar conhecimentos sobre estes povos.
- Lei nº 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental –
conforme Art. 1º “Entendem-se por educação ambiental os processos
por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
- Decreto nº 1143/99 e Portaria nº 413/02 – Educação Tributária.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente; Sexualidade Humana,
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Educação Ambiental, Educação Fiscal; Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas – (que são demandas que possuem uma historicidade, por vezes fruto
das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios
dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea e
estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de
educandos e educadores),serão incluídos/articulados nos/com Conteúdos
Básicos/Específicos em algum momento do trabalho disciplinar no decorrer do
ano letivo.
3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa como Prática
Pedagógica resulta da articulação entre o aluno, os conhecimentos com os
quais se opera nas práticas de linguagem e a mediação do professor.
A escola deve acompanhar a velocidade das mudanças sociais e
tecnológicas, ocupando-se das necessidades prioritárias de seu alunado, pois,
cada vez mais os meios de comunicação penetram na vida dos alunos,
permitindo que eles interajam, muitas vezes, ao vivo em diferentes lugares,
colocando públicos diversos em transmissão simultânea e instantânea dos
fatos.
Assim, para trabalhar e valorizar o imaginário do aluno é essencial que
se aprofundem as mediações de seu lugar com o mundo, percebendo como o
local e o global interagem.
Desse modo, torna-se necessário a criação de estratégias que auxiliem
o aluno a se apropriar da língua, enquanto expressão de seu mundo. Para isso,
verificaremos esse novo conhecimento através das estratégias variadas e
criativas, aproveitando ao máximo todas as oportunidades possíveis para que a
apropriação aconteça, visando o domínio da língua oral, da leitura e da escrita.
Sendo assim, cabe ao professor reconhecer o conhecimento cultural do
educando e acrescentar novas bases ao seu intelecto, dessa forma os temas
apresentados terão sentido em sala de aula, desenvolvendo assim as quatro
habilidades básicas: falar, ouvir, ler e escrever.
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Para tanto, é necessário organizar situações de aprendizagem para que
os conhecimentos sejam construídos, pois, segundo a teoria enunciativa, não
pode ocorrer produção do discurso vazio.
Em relação ao ensino gramatical será uma prática constante, porém,
derivada dos próprios textos produzidos ou lidos, que permita a análise e
reflexão, para desta forma, expandir e construir instrumentos que permitam ao
aluno ampliar sua competência discursiva.
Despertar o gosto pela leitura e o prazer de ler em momentos de
interação entre professor e alunos, através de diálogos e valorização à leitura
do outro.
Valorizar todo tipo de texto literário, informativo, publicitário e
dissertativo, colocando as linguagens em confronto, não apenas as suas
formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado
nelas, de forma que contemple a diversidade de gêneros textuais presentes
nas mais diversas esferas da sociedade.
Propor situações didáticas onde o aluno utilize a linguagem oral com
clareza e proficiência.
O estudo de Língua Portuguesa, numa perspectiva bakthiniana, visa
interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos através da linguagem que se
apropriam e transmitem algum tipo de experiência já adquirida.
O dialogismo e o estudo dos gêneros discursivos suscintam novos
caminhos para o trabalho pedagógico com nova abordagem para o ensino de
língua.
Assim, o estudo vai se constituir principalmente no trabalho com o texto,
uma vez que este é o material articulador de novas metodologias. Não apenas
o texto verbal, mas textos em todas as linguagens ( nas artes visuais, na
música, no cinema, na fotografia, na semiologia gráfica, no vídeo, na televisão,
no rádio, na publicidade, nos quadrinhos, nas charges, na multimídia e em
todas as formas infográficas), de tal modo que os alunos possam perceber pelo
viés do mesmo assunto, as diferentes formas da realização das práticas
textuais.
Nesse sentido as ações pedagógicas criadas, devem abranger a leitura,
a produção e a análise, envolvendo todo tipo de texto: literário, informativo e
publicitário, não apenas de atores consagrados, mas também texto dos alunos,
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do professor, do jornal, da revista, do folheto de rua, da publicidade. Esses
textos devem ser colocados em confronto, não apenas em suas formas, mas
também o conteúdo vinculado neles e suas marcas ideológicas.
É importante descobrir tais marcas, sensibilizando o aluno à força
ilocutória presente em cada texto, conscientizando-o que a linguagem é uma
das formas de influenciar no comportamento do outro.
Dessa forma se instaura o debate e a criação de situações concretas
para que o aluno se aproprie da linguagem oral e escrita, transformando a sala
de aula num espaço de debate permanente, onde o aluno deverá saber ouvir,
escutar e falar adequadamente o seu discurso ao outro, numa demonstração
de respeito e atenção.
Quanto a escrever, queremos que o nosso aluno tenha em mente um
interlocutor, isto é, que escreva para alguém ler, assim daremos incentivo à
realização de produções textuais para serem expostas em jornais e murais,
para participar de concursos, para que sejam lidas por colegas, pais ou
professores, enfim que se perceba a função social da escrita.
Os conteúdos gramaticais serão abordados através da análise
linguística, contextualizadas e de forma funcional, destacando a flexibilidade
estrutural da língua e a riqueza expressiva à disposição do falante.
A literatura favorece a intertextualidade, portanto, o texto literário e
temas da história literária brasileira serão o elemento motivador da discussão
de temas relacionados com as Artes, História, Sociologia, Filosofia, Biologia,
cultura-afro e outros.
As aulas de literatura, embora planejadas, devem estar abertas a
mudanças súbitas de seu rumo, dependendo da reação do aluno, incorporando
suas ideias e as relações textuais por ele estabelecidas.
Assim, deverá partir da leitura de textos literários integrais, ao invés de
resumos e aceitará no seu desenvolvimento os textos sugeridos pelos alunos
(a lembrança de um filme, de uma música, de outras leituras relacionadas a
qualquer disciplina, mesmo a lembrança de fatos vividos ou a produção do
próprio aluno), como ponto de partida para outros textos.
O professor, de Língua Portuguesa e Literatura, poderá utilizar vários
meios para aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos seus alunos nos
níveis da oralidade, leitura e escrita, ao mesmo tempo em que o pensamento
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se expande, permitindo que os alunos façam suas próprias escolhas ante as
oportunidades que surgirem em sua vida social, educando-os para a liberdade
de ação e expressão.
Para atender as leis número 10.639/2003 e 11.645/2008, que
determinam o ensino dos conteúdos relacionados à História e Cultural Afro-
brasileira e Africana e Cultura dos povos Indígenas, a Educação do Campo
(quando houver esta especificidade), as questões de Gênero e Diversidade
Sexual, os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação ambiental Lei
número 9795/99, Prevenção ao Uso indevido de drogas, Enfrentamento à
Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e Educação Fiscal),
Direitos das Crianças e dos adolescentes conforme prevê o ECA Lei de
número 11525/2007, serão contemplados em todas as séries, na medida em
que serão trabalhados os gêneros textuais.
Apresenta-se alguns exemplos de como ocorrerão essas demandas:
Trabalho e desenvolvimento de atividades com: literatura africana, lendas
indígenas; música(letra e ritmo), filmes, reportagens sobre o português falado
em alguns países do continente africano; artigo de opinião sobre preconceito e
discriminação, autores brasileiros como Castro Alves, Machado de Assis,
Dalton Trevisan, Mia Couto, gráficos estatísticos , leis, mapas (educação
ambiental), notícias, dentre outros gêneros que abordem estas questões.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em língua Portuguesa faz parte de todo o processo de
ensino/aprendizagem devendo ser contínua, e permanente. A leitura, a
oralidade e a escrita, serão avaliados em contextos reais de comunicação, a
partir de critérios anteriormente estabelecidos e considerados adequados para
a turma. As atividades de avaliação devem ser vistas também, como reflexão
sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o
desenvolvimento dos alunos, mas principalmente para verificar o rendimento
das práticas pedagógicas.
Entendemos que a avaliação da aprendizagem deve subsidiar a
construção da aprendizagem bem sucedida, tendo o papel de auxiliar o
crescimento, e tem por objetivo a inclusão, seja do ponto de vista individual,
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seja do ponto de vista coletivo, integrando o educando num grupo de “iguais”,
os diferentes da sociedade.
Os avanços obtidos pelos alunos em relação aos conteúdos já
adquiridos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
Demonstrar compreensão de textos orais nos gêneros previstos, por
meio de
Retomada dos tópicos do texto;(elementos de coesão);
Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente
diante deles;
Compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre
diversos segmentos do próprio texto, e entre o texto e outros
diretamente implicados por ele;
Redigir textos na modalidade escrita nos gêneros previstos
considerando as especificidades das condições de produção;
Escrever textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas
pelo gênero;
Redigir textos utilizando recursos próprios do padrão escrito relativos à
paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto
textual;
Escrever textos sabendo utilizar os padrões da escrita, observando
regularidades linguísticas e ortográficas;
Revisar os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los;
Utilizar os conceitos e procedimentos constituídos na prática da análise
linguística;
A princípio a avaliação é um julgamento de valor que conduz a uma
tomada de decisão envolvendo um processo de observação do aluno em face
aos objetivos propostos e será um processo contínuo, de forma progressiva,
dentro das observações feitas em cada atividade desenvolvida.
Tanto em trabalhos individuais ou em grupos, em sala ou atividades
extra-classe, todas as atividades devem ser avaliadas, pois são todas,
elementos de sequência dos conhecimentos básicos a serem ensinados.
A avaliação deve considerar aquele que ensina, aquele que aprende e a
relação que se estabelece entre todos os participantes do processo da
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aprendizagem. Com isto, analisar-se-ão todos os avanços e as lacunas dos
alunos, fugindo da tradicional visão de punição, passando a ser uma
observação daquilo que já se sabe, o que não se aprendeu direito e o que mais
deve saber.
Para contemplar o PPP da escola a avaliação deve ter caráter
diagnóstico com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos bem como o trabalho do professor. Assim, a
avaliação também será contínua, concomitante e bimestral, com prevalência
dos aspectos qualitativos incidindo sobre o desempenho individual do aluno,
utilizando técnicas e instrumentos diversificados e dando-se maior importância
à atividade crítica, à capacidade de síntese e elaboração pessoal.
Todas as estratégias para avaliação devem fazer parte de uma proposta
voltada para as necessidades e realidades dos alunos. Portanto, essas ações
devem ser constantemente avaliadas e reavaliadas para que a prática
pedagógica ganhe credibilidade.
Para que o aprendizado ganhe suportes fortalecedores, propiciando
resultados satisfatórios, serão utilizados vários recursos. A partir dos conteúdos
lançados e da metodologia definida, faz-se necessário uma avaliação mediante
os seguintes pontos:
Reconhecer as ideias básicas do texto;
Estabelecer a sequência;
Concluir fatos a partir do texto;
Reconhecer o gênero discursivo do texto;
Resumir a informação básica do texto;
Identificar informações específicas em textos;
Relacionar expressões to texto com outras equivalentes;
Reconhecer a tese do texto;
Identificar recursos coesivos;
Concluir fatos a partir do texto;
Determinar a intenção do texto;
Reconhecer informações implícitas;
Relacionar texto e imagem;
Identificar recursos poéticos;
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Interpretar linguagem figurada;
NA ESCRITA
Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante
deles.
Compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos
segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por
ele.
Explanar diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas,
gestos, dentre outros.
Compreender e analisar os argumentos no discurso do outro/outra.
Expor objetivamente seus argumentos.
Organizar a seqüência da fala de modo que as informações não se percam.
Analisar os argumentos das colegas e dos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados.
Utilizar intencional e conscientemente expressões faciais, gestuais e
corporais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos
lingüísticos.
Analisar recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Questionar idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas e diálogos, entre outros.
NA LEITURA
O aluno perceba e determine seu horizonte de expectativas, ampliando e
incentivando o gosto pela leitura.
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal.
Identifique o tema e a idéia principal do texto.
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto.
Posicione-se argumentativamente.
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Realize leitura compreensiva do texto.
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Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas.
Localize informações implícitas e explicitas no texto.
Perceba o ambiente no qual circula o gênero.
Analise as intenções do autor ou da autora.
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo.
Redija textos na modalidade escrita nos gêneros previstos, considerando as
especificidades das condições de produção.
Escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo
gênero.
Produza textos utilizando recursos próprios do padrão escrito relativos à
paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual.
Escreva textos de acordo os padrões da escrita, observando regularidades
lingüísticas e suas variações.
Revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los (refacção).
Utilize adequadamente os conceitos e procedimentos constituídos na prática
da análise lingüística, como o uso e função das classes de palavras.
Expresse suas idéias com clareza.
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal.
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo.
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Diferencie o estilo próprio de cada gênero.
NA ORALIDADE
Expresse oralmente suas idéias com clareza e fluentemente, utilizando
adequadamente o discurso formal/informal de acordo com a situação.
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, encenações e
dinâmicas, entre outros propostos para a classe.
Respeite e compreenda os turnos da fala.
Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade.
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Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.
Referente à obra literária, amplies seu horizonte de expectativas, perceba os
diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto atual (no caso do ensino médio).
5. REFERÊNCIAS
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BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de Língua Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa: uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.
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BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e Alfabetização: da concepção mecanicista à sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.
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