Linguístico Fala Da Origem Do Termo Rabeca Variante de Arrabeca

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U N I V E R S I D A D E D O M I N H O 17/1 2 0 0 3 17/1 2 0 0 3 REVISTA DO CENTRO DE ESTUDOS HUMANÍSTICOS

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  • U N I V E R S I D A D E D O M I N H O

    17/12 0 0 3

    17/12 0 0 3

    REVISTA DO

    CENTRO DE ESTUDOS HUMANSTICOS

  • DIRECO

    MARIA EDUARDA KEATINGANA GABRIELA MACEDO

    COORDENADORA

    MARIA ALDINA MARQUES

    COMISSO REDACTORIAL

    LVARO IRIARTE SANROMNERWIN KOLLERJOS TEIXEIRAMANUEL SILVAMARIA ALDINA MARQUESMARIA DO PILAR BARBOSA

    COMISSO CIENTFICA

    LVARO IRIARTE (U. Minho), AMADEU TORRES (UCP), ANTNIO MIRANDA (U. Aveiro), BRIAN HEAD(U. Minho), DIETER MESSNER (U. Salzburgo), EDUARDO PAIVA RAPOSO (U. da Califrnia), ERWINKOLLER (U. Minho), FERNANDA BACELAR (Centro de Lingustica da U. de Lisboa), HANS SCHEMANN(U. Minho), ISABEL ERMIDA (U. Minho), IVO CASTRO (U. Lisboa), JOAQUIM FONSECA (U. Porto),JORGE MORAIS BARBOSA (U. Coimbra), JOS LUS CIFUENTES HONRUBIA (U. Alicante), JOS LUS RODRIGUES (U. Santiago de Compostela), JOS TEIXEIRA (U. Minho), MARIA ALDINA MARQUES(U. Minho), MARINA VIGRIO (U. Minho), MARY KATO (U. Campinas), PILAR BARBOSA (U. Minho),SNIA FROTA (U. Nova de Lisboa)

    PUBLICAO SUBSIDIADA PELA

    FUNDAO PARA A CINCIA E A TECNOLOGIA

    Os artigos propostos para publicao devem ser enviados ao Coordenador.

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    CAPA: LUS CRISTVAM

    ISSN 0807-8967

    DEPSITO LEGAL N. 18084/87

    COMPOSIO E IMPRESSOOFICINAS GRFICAS DE BARBOSA & XAVIER, LIMITADARUA GABRIEL PEREIRA DE CASTRO, 31 A e C 4700-385 BRAGATELEFONES 253263063/253618916 FAX 253615350

    DIACRTICArevista do centro de estudos humansticosuniversidade do minho

    Srie CINCIAS DA LINGUAGEM

  • presente edio da Diacrtica, o n. 17 Srie Lingustica,inicia um novo ciclo na vida da revista do Centro de Estu-

    dos Humansticos da Universidade do Minho, com uma novaestrutura e uma nova direco, tendo como principal objectivocontinuar a ser a voz credvel das Humanidades na Universidadedo Minho, segundo as palavras do seu fundador, Prof. VtorManuel de Aguiar e Silva, director do Centro de Estudos Huma-nsticos durante mais de vinte anos.

    Dado o desenvolvimento e diversificao da investigao realizada no CEHUM ao longo dos ltimos anos e a consequenteconsolidao do trabalho das diferentes linhas de aco do Centro, verificou-se a necessidade de reestruturar a revista Dia-crtica, no sentido de uma maior coerncia interna e de umamaior visibilidade das diferentes reas de investigao. Foi entodecidido que a revista passaria a organizar-se em trs sriesanuais Lingustica, Literatura, Filosofia e Cultura de modo apermitir uma edio mais homognea dos trabalhos de investiga-o, sem prejuzo do carcter eminentemente transversal e inter-disciplinar da investigao em Cincias Humanas nos nossos diase que desde sempre presidiu orientao e definio do CEHUM.

    Assim, a esta primeira srie dedicada s Cincias da Lingua-gem, seguir-se- muito em breve a edio da segunda srie Filo-sofia e Cultura e posteriormente a terceira srie Literatura.

    Nota de Apresentao

    A

  • Pretendemos manter o nvel cientfico j alcanado pela Dia-crtica a nvel nacional e, dentro do possvel, desenvolver umamaior implantao a nvel internacional, incentivando a permutade revistas congneres e solicitando colaboraes de especialistasnas distintas reas. A Revista, atravs de cada uma das sries espe-cficas, continuar a dar voz investigao dos membros desteCentro e das suas linhas de aco, promovendo sempre, contudo,os saberes interdisciplinares.

    MARIA EDUARDA KEATING

    ANA GABRIELA MACEDO

  • RESUMO

    No pretende este estudo ser uma abordagem geral da categoria aspecto,nem sequer constituir argumento sobre a controversa existncia da ditese passivaem francs (sobre este assunto, ver Hugot 1981: 2-13). Queremos apenas, a partirde uma anlise semntico-enunciativa de algumas estruturas pertencentes a umamesma famlia parafrstica, mostrar que um estudo atento e pormenorizado deuma construo como a activa ou a passiva tem de dar conta de todos os valoresem jogo (aspecto, tempo e determinao nominal). O nosso objectivo precisa-mente descrever e analisar essas interaces e a forma como se manifestam nasrelaes que os argumentos de enunciados activos e passivos estabelecem com opredicado. Para tal, recorremos a um quadro terico especfico, a Teoria das Opera-es Predicativas e Enunciativas de A. Culioli, que se mostra adequado para adescrio e anlise dos fenmenos em questo, na medida em que fornece ummodelo de explicao global, que integra e inter-relaciona as diferentes categoriase os valores que podem ter.

    Palavras-chave: ditese passiva, aspecto, tempo, relao predicativa, termosde partida, complemento de grau zero.

    1. Introduction

    Trop souvent, lacquisition et lassimilation dune catgorie gram-maticale, en enseignement de franais langue trangre, est effectueisolment, indpendamment des autres et on laisse lapprenant lini-tiative de les mettre en uvre et dtablir les liens. Et malheureu-sement, lapprenant donne souvent de la langue seconde limpressiondun objet compartiment. Or, toute contribution une globalisationde lenseignement grammatical peut tre considre comme positive.Le rle du professeur est bien alors de mettre en vidence les relations

    DIACRTICA, CINCIAS DA LINGUAGEM, n. 17-1 (2003), 5-38

    Diathse et aspect en franaiscontemporain

    SLVIA LIMA GONALVES ARAJO

    Universidade do [email protected]

  • caches derrire les tlescopages, les effacements, les enchevtrementsqui affectent la mise en forme linaire.

    Notre propos est ici de poser les bases dune analyse des rapportsentre la diathse et laspect, en faisant appel la Thorie des Opra-tions Prdicatives et nonciatives de A. Culioli. Aprs un rapide aperude la littrature qui tche de faire ressortir les liens entre le passif etlaspect, nous verrons de quelle faon on peut mettre en uvre unsystme dcriture qui permette de rendre compte des oprations deconstruction de lnonc, et plus spcifiquement, de lorientationdiathtique 1 du prdicat. Et cest partir de ces jeux dorientation etdes choix faits au moment de linstanciation 2 dun mme schma tho-rique abstrait que nous essayerons de dcrire les variables dfinis-santlaspect. On verra de la sorte que le jeu des valeurs aspectuelles sous-jacentes aux diffrents membres dune mme famille paraphras-tiqueest largement tributaire de lorganisation de la distribution des rlesde sujet et dobjet dans un prdicat (Franckel 1994: 231).

    2. Analyse classique des valeurs aspectuelles du passif

    Nous navons pas pu nous livrer une analyse approfondie desconstructions passives du franais, mais nous avons rencontr chezGougenheim 1938, Klum 1961, cit daprs le compte-rendu de R.Martin 1965: 67-79, Wagner et Pinchon 1962 et Authier 1978 des obser-vations convergentes qui ont orient notre dmarche.

    Klum 1961 observe que la phrase (a) qui a un verbe fini perfectifnest interprtable que comme une phrase au passif daction para-phrasable par (b) tandis que la mme phrase sans mention du compl-ment dagent (c) est interprte comme une phrase au passif dtatou passif rsultatif, donc non paraphrasable par (d) 3:

    (a) larbre est abattu par le bcheron (b) larbre est en train dtreabattu par le bcheron

    DIACRTICA6

    1 Nous empruntons ce terme Descls et Guentchva (1993: 83).2 Linstanciation est une opration qui consiste remplir au moyen de notions

    spcifiques les places dun schma thorique abstrait que Culioli (1976: 64 et 76) appelleschma de lexis.

    3 Gougenheim (1938: 222) signale en outre que ce type de valeur (qui exprimeltat rsultant dun procs antrieur) ne vaut que si tre est conjugu au prsent, lim-parfait ou, selon lui, au futur. Il oppose ainsi: cette maison est construite en pierres detaille ( on construit cette maison en pierres de taille / cette maison fut construite enpierres de taille ( on construisit cette maison en pierres de taille).

  • (c) larbre est abattu (d) larbre est en train dtre abattu

    (exemples repris de Martin 1965: 78)

    Cette alternative lie la mention du complment dagent ne seprsente pas pour les verbes imperfectifs qui ne connaissent pas depassif rsultatif.

    Wagner et Pinchon (1962: 286-7) observent paralllement que:

    (i) si une forme passive dun verbe perfectif se prsente dansune phrase lmentaire sans complment dagent, la phrasedcrit un tat conscutif une action acheve, par ex.: lechteau est restaur on a restaur le chteau (ibid.: 286)

    (ii) si une forme passive dun verbe perfectif se prsente dansune phrase lmentaire avec complment dagent, la phrasedcrit le droulement dune action perfective (du point devue du patient), par ex.: le chteau est restaur par une quipedouvriers habiles une quipe douvriers habiles est en trainde restaurer le chteau (ibid.: 287)

    (iii) que si une forme passive dun verbe imperfectif se prsenteavec ou sans complment dagent dans une phrase lmen-taire, la phrase dcrit toujours le droulement dune actionimperfective, par ex.: ce chien est tenu en laisse (par sonmatre) quelquun/son matre est en train de tenir ce chien en laisse.

    Les observations concordantes de Klum et de Wagner et Pinchonsont corrobores pour ce qui concerne linterprtation aspectuelle desphrases passives sans complment dagent par trois tests appliqus parAuthier (1978: 160-1) deux couples de phrases mettant en contrasteune construction [on V] et une construction [SN est V-]:

    (e) on rpare la serrure vs la serrure est rpare.

    (f) on surveille la gare vs la gare est surveille.

    (i) (g) personne ne rpare la serrure, elle est (dj) rpare

    est acceptable linverse de:

    (h) *personne ne surveille la gare, elle est (dj) surveille.

    (ii) (i) la serrure nest pas (encore) rpare, on la rpare

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 7

  • est acceptable linverse de:

    (j) *la gare nest pas surveille, on la surveille.(iii) (k) je voudrais savoir si on rpare la serrure, ou bien si elle est (dj)rpare

    est acceptable linverse de:

    (l) *je voudrais savoir si on surveille la gare, ou bien si elle estsurveille.

    Authier en conclut que pour un type de verbe donn quelle appelle[B] (= verbes imperfectifs de Wagner et Pinchon 1962) un instantdonn, si [on V y] est vrai, alors [y est V-] lest aussi, contrairement un autre type de verbes quelle appelle [A] (= verbes perfectifs). Lesexpansions possibles dj, encore (cf. supra, (g), (i), (k)) lincitent caractriser la non quivalence de [on V y] et de [y est V-] en termesde phases successives (ibid.: 161) pour les verbes du type [A].

    A la lumire de tous ces exemples tirs de certains travaux consa-crs la diathse passive, on constate assez rapidement le carac-tredissymtrique de celle-ci par rapport la diathse active. Si lon ne peut nier, bien sr, lexistence de liens trs forts entre ces deuxformes 4, on sattachera dmontrer que la diathse passive nest pas

    DIACRTICA8

    4 Lquivalence vriconditionnelle de lactif et du passif est un point de vue tradi-tionnel. Ainsi Martin (1976: 108), par ex., affirme que lactif et le passif sont des para-phrases. De mme, durant la priode de la grammaire transformationnelle olinterprtation smantique seffectuait sur la structure profonde, lactif et le passiftaient considrs comme ayant la mme structure profonde. Mais il y a de toutevidence des problmes, surtout avec des phrases contenant des quantificateurs et desngations (cf. ce propos Van Der Auwera 1987: 217-220, Descls 1987: 205-209). Enconsquence, les transformationnalistes ont peu peu abandonn cette hypothse tradi-tionnelle. Chomsky ([1957] 1969: 48, 49, 87-91, 114) reconnat, en effet, quil nexiste pasde vritable quivalence entre les deux formes. Lhypothse selon laquelleles transformations nimpliquent aucune addition ou modification du sens (Dubois1969: 16) nest pas linguistiquement fonde, sauf la limiter aux transformations obli-gatoires; et dans ce cas, le critre smantique na aucune pertinence puisquil sagit dunsimple rarrangement formel. Or, comme le fait remarquer Benveniste (1975: 6) qui selivre, lui aussi, une rflexion sur les relations de synonymie: Au-del des conclusionsparticulires o nous amne chacun de ces problmes, notre dmonstration vrifiera unprincipe simple: quand deux formulations vivantes fonctionnent en concurrence, elles nesauraient avoir la mme valeur. Dans la formulation dA, Culioli (1968: 7): Tout chan-gement syntaxique entrane un changement smantique. Il faut donc avoir lesprit

  • simplement un avatar de la forme active, mais dans de nombreux cas elle a une vritable autonomie par rapport celle-ci.

    Il convient donc de systmatiser les multiples manifestations dupassif et de souligner ce qui fait sa spcificit par rapport lactif, etaussi danalyser quelles stratgies sont mises en uvre par lnon-ciateur lintrieur de lnonc produit, quand il fait porter lattentiondu co-nonciateur sur un constituant particulier.

    3. Cadre thorico mthodologique

    Cest que nous allons voir maintenant en donnant un aperu desoprations constitutives dun nonc, suivant le modle thorique la-bor par A. Culioli

    3.1. Notions primitives relations primitivesou relations ordonnes

    Prcisons, dores et dj, que lun des concepts fondamentaux du cadre thorique de Culioli est le concept de notion. Tout individu ou groupe dindividus apprhende la ralit extralinguistique et ladcoupe en fonction de son exprience, de son environnement, de sa culture 5. Il en tire des notions dites primitives quil traduit en sons,puis en mots crits. Celles-ci appartiennent donc au niveau des repr-sentations mentales (i.e., au domaine cognitif et non pas linguistique).

    Dans lactivit langagire courante, le sujet nonciateur part dunerelation primitive 6 entre deux notions de type lexical (a), /a/ et /b/ qui

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    quun nonc passif nest pas le rsultat dune transformation mcanique partir dunnonc de base actif, ni une reformulation paraphrastique contenu propositionnelconstant.

    5 On remarquera, par ex., quil y a des dcoupages, effectus par les nonciateurs,qui sont diffrents en anglais et en franais: il est bien connu, par ex., que le mme tasde bagages est vu par des anglais comme un tas inscable, continu (luggage) et comme untas dunits spares par un franais (des bagages), ce qui montre bien que la rfrence la distinction unique/multiple ne saurait correspondre au codage immdiat des propritsphysiques de lobjet reprsent par tel ou tel nom; ces derniers fonctionnent selon lavision quen ont les nonciateurs. Cest le mode dapprhension de lobjet (cf. Charreyre1980) qui fera que tel nom fonctionnera dune faon ou dune autre.

    6 Notons que la relation primitive est une hypoyhse de travail: elle na, ce stade,pas encore reu dexpression proprement linguistique. Bien quelle soit de nature prlin-guistique, elle est indispensable pour comprendre des noncs linguistiques rels

  • est spcifie par une troisime notion, galement de type a, /r/. Il sagitdune relation ordonne, dans la mesure o on peut distinguer unenotion source et une notion but.

    Par exemple, entre Jean et linge, la relation est immdiatementperue comme allant du laveur vers le lavable en ce sens o si on a unlaveur et du linge, dans quelque langue que ce soit, cest le laveurqui lave le linge et non pas linverse. Cette relation va seffectuer aumoyen dun relateur, la notion de lavage.

    Nous voil donc dots dune relation ordonne, allant de la sourceJean vers son but ou son point darrive linge, au moyen de loprationde laver. Il est donc bien clair que les notions symbolises par a, r et b ont des proprits primitives (anim humain/non humain/inanim,prdicat n-places, entres autres) qui, si lon en croit Gauthier (1981:223) sordonnent les unes par rapport aux autres en fonction decritres qui ne sont ni linguistiques, ni spcifiquement langagiers, maisqui incluent certains aspects de la connaissance du monde (cf. Culioli1976: 40). Ce sont ces associations donnes (entre laveur/lavable,berger/moutons, joueur/jeu, par ex.) qui vont permettre de construirelnonc et de le rendre interprtable. Mais lnonciateur a cependantun degr de libert qui fait que la production dnoncs nest pas unprocd mcanique de gnration de parties de discours dont les rela-tions auraient t pr-tablies.

    Comme nous le verrons, la diathse passive donne justement lalibert (mais sous certaines contraintes) dorganiser lordre linaire de lnonc linverse de la relation primitive 7. Avec les notions et

    DIACRTICA10

    de type: (i) Jean se lave tous les jours ou (ii) les nourrissons se lavent tous les jours.Comme le remarque juste titre Rivire (1995: 190), entre (i) et (ii), on constate quil yaune perte dautonomie, une chosification du sujet. En (i), Jean est considr commeun adulte responsable, ce qui permet la construction du rflchi (a a); en revanche,il est impossible de linterprter, en (ii), comme rflchi, car, bien quanims ethumains, les nourrissons nont aucune autonomie: on a donc affaire ici une cons-truc-tion en se de sens passif qui met en position de sujet syntaxique le terme but de la rela-tion primitive (b ( )). Notons finalement que dans un nonc du type (iii) les enfants selavent tous les jours, linterprtation nest pas de sens passif de faon vidente. En effet,on hsite entre, dune part, sens passif, parce que la construction en question pourraitfort bien tre nonce comme un conseil par un pdiatre (les enfants, a se lavent tousles jours), et dautre part le sens rflchi, dans la mesure o un enfant peut tre auto-nome. Il est bien clair que lon ne se trouve plus ici dans le cadre bien balis dune repr-sentation rigide, immuable de la signification. La dformabilit (cf. Culioli 1986: 5),cest--dire la possibilit de faire varier des structures dans un jeu interprtatif sembletre une des proprits du langage en acte.

    7 Comme le fait remaquer Chevalier (1981: 34), la diathse est une architecture;elle nest quune faon dajuster des lments.

  • les relations primitives, on a donc affaire, ds le dpart, des faisceauxde traits et de proprits hybrides, qui dterminent entre les termes un ordre compatible avec plusieurs orientations de la relation pr-dicative, et quon ne confondra pas avec lordre linaire des agen-cements de surface.

    3.2. De la relation primitive la relation prdicativeou relation oriente

    Pour quitter cette premire tape prlinguistique qui reste dudomaine du psycholinguistique, il nous faut, prsent, lexicaliser etcatgoriser les notions qui composent, on la vu, la relation primitive.On procde ainsi la constitution de termes qui vont remplir unschma thorique abstrait 8 dit schma de lexis. Ce schma relie uneplace de dpart o une place darrive 1 par lintermdiaire dunoprateur pi (cf. Descls 1992: 211), selon la formule:

    < o 1 pi>Aprs linstanciation de ce schma par les termes-notions de la

    relation primitive, nous obtenons une relation prdicative lmen-taire 9 (du type < Djamel vendre tapis>) qui fonctionne comme une

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 11

    8 Dans la mesure o ce schma abstrait la fois contenu propositionnel etschma vide (Culioli 1985: 74) se situe en dehors du positionnement linaire de surface,il vite, comme le remarque juste titre Rivire (1977: 138), lcueil classique de lacorrespondance entre le schma profond et le schma de surface: lcriture habituelle,qui ne dispose que dun seul procd, la concatnation de gauche droite, empche dedistinguer lordre profond du positionnement de surface. Voil pourquoi, nous nousdmarquons de lhritage des grammaires traditionnelles mais aussi des thories plusrcentes qui traitent les phnomnes observables en surface comme des remaniementsmineurs qui naffectent lordre des constituants que dans un but rhtorique. Nous allonsessayer de montrer comment partir dun mme schma abstrait, il est possible deramener une srie doprations homognes plusieurs phnomnes qui se manifestent la surface.

    9 Prcisons, dores et dj que la relation prdicative (ci-aprs ) nest pas unnonc, puisquelle nest pas prise en charge par un nonciateur. On ne peut lui assignersa rfrence quen la reprant par rapport une situation dnonciation particulire(note Sit). Cette opration est reprsente par la formule: < Sit > o est lopra-teur de reprage et Sit est la variable dnonciation (Culioli 1982: 10). Lopration sef-fectue, comme on peut le voir, grce un oprateur de reprage (symbolis par un epsilon soulign: ) qui fait correspondre un terme repr avec un terme repre: X

  • forme gnratrice partir de laquelle nous pouvons tablir une famillede relations prdicatives, et, par consquent, une quantit dnoncs de surface diffrents 10 comme:

    (1) Djamel vend des tapis

    (2) Djamel, il vend des tapis

    (3) Djamel (qui) vend des tapis!

    (4) (hier), Djamel a vendu les tapis en moins dune heure

    (5) les tapis, Djamel les a vendus

    (6) cest Djamel qui a vendu les tapis

    ou bien encore:

    (7) ces tapis ont t vendus

    (8) ces tapis ont t vendus par Djamel

    (9) ces tapis sont vendus

    (10) ces tapis sont vendus rabais

    (11) ces tapis sont vendus (en promotion) par Djamel

    Comme on peut le constater, lorganisation syntactique des non-cs (1)-(11) qui sont, entre eux, en relation paraphrastique 11 varie en fonction du choix du terme de dpart 12 (ou repre prdicatif)

    DIACRTICA12

    (= repr) Y (= repre). Le reprage correspond donc la construction dune relationbinaire du type X Y qui se lit X est repr par rapport Y. Grce cette opration, Xvoit ainsi son degr de dtermination accru (cf. entre autres, Culioli 1976: 107; 1982: 4-5).

    10 Dans ce corpus, on ne prend que le franais commme exemple et on sest restreint quelques formes, afin de ne pas compliquer ou alourdir un expos volontairement sch-matique Ce corpus doit donc se concevoir comme une illustration minimale. Il est destin tre dvelopp et approfondi tout au long de cette tude.

    11 Prcisons que lappartenance dun nonc une famille paraphrastique nestpas fonde sur une intuition smantique ou sur des critres morpho-syntaxiques, maispar une succession doprations, qui, partir dun schma dnonc instanci, permet dedriver les noncs dune mme famille.

    12 Prcisons que le terme de dpart est au sens strict le thme, ou ce propos dequoi il est prdiqu quelque chose. Notons, nanmoins, que ltiquette thme poseproblme, car elle confond deux oprations de niveaux diffrents (niveau prdicatif =organisation de la relation; niveau nonciatif = organisation de lnonc). Ces deuxoprations sont pourtant distinctes et mme distinguables en surface dans certaineslangues. Tel est le cas en franais, par exemple dans des structures thmatisatrices dutype: (20) moi, mon frre, ses tapis, il les vend au march o, comme on le voit, les termesthmatiss (moi, mon frre et ses tapis) qui sont sortis de la relation prdica-tive ne correspondent pas au terme de dpart de celle-ci: dans lexemple (20), le terme de

  • partir duquel sorganise la relation prdicative (cf. supra, < Djamel vendre tapis>): Djamel en (1), (2), (4) et (5), les tapis en (7) et (11),et la relation non sature 13 en (6). En (3), aucun des termes estdistingu, la relation prdicative est bel et bien repre en bloc parrapport la situation dnonciation 14.

    La diffrence cruciale avec loptique transformationnelle, cestquaucune de ces structures nest pose comme initiale ou canonique.Mme lorsque le terme de dpart concide avec le terme-source de larelation primitive, comme cest le cas dans les exs (1), (2), (3) et (4)transcrits ci-dessus, il sagit encore dune structure drive, savoir laconstruction dite active qui est plus simple et plus naturelle vuquelle respecte lordre primitif: < a r b > (a est alors source etterme de dpart et b est but et arrive de la relation). Aussi cetteconstruction est-elle atteste dans toutes les langues, et plus prco-cement acquise par lenfant que les structures dites de passivation qui inversent lordre sous-jacent en prenant pour terme de dpart leterme-but de la relation primitive: < a r b > ou bien < b r a > (b peuttre choisi comme terme de dpart, mais il conserve son rle de but),comme cest le cas en (7)-(11). Il est donc clair quen choisissant unterme de dpart, lnonciateur se donne une contrainte qui va con-ditionner lorientation de la relation prdicative 15 et, par la mme

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 13

    dpart est il dans il vend des tapis. On remarquera que les termes qui sont poss enpremier lieu ont leur reprsentant anaphorique dans la relation prdicative: il (pourmon frre), les (pour ses tapis). En ce sens, on peut dire que la construction de cestermes thmatiss (que Culioli 1982: 16 appelle repres constitutifs) marque une re-thmatisation (ou thmatisation forte) de certains lments de la relation prdicative.

    13 En effet, lnonc (6) ne peut tre engendr qu la suite dune question (du type:qui a vendu les tapis?) qui cherche dterminer le dclencheur anim humain qui est lorigine du processus vendre les tapis. Autrement dit, cette question est bel et bien leterme de dpart de lnonc (6) qui nest, en ralit, que la rponse donne cette ques-tion initiale. Il semblerait que lunique terme qui instancie la place non sature repr-sente par le marqueur qui soit Djamel. Cest donc lui qui permet la validation de larelation prdicative (cf. Campos 1993: 52).

    14 On notera que lintonation est alors diffrente de celle qui correspondrait lexemple (1) mentionn ci-dessus: elle est facilement exclamative dans la mesure olnonc prend, en (3), une valeur de surprise. Celle-ci tient au fait que lnonc est inter-prt comme un procs unique, ancr dans une situation spcifique qui peut segloser par: en ce moment, Djamel est occup vendre des tapis. Il est clair que partout laprosodie (intonation et accent) joue un rle trs important dans lorganisation thma-tique de lnonc.

    15 On ne peut pas prendre, en effet, nimporte quel terme pour tre repre de larelation prdicative. Un lment but dans la relation prdicative ne peut devenir Co quesi une opration de dtermination quantitative a eu lieu. Ceci expliquerait lacceptabilit

  • occasion, les variations possibles au niveau de lassignation de valeursrfrentielles (temps, aspect, modalit, etc.).

    4. Approche smantico-nonciative du corpus

    En effet, les noncs (1)-(11) donns ci-dessus permettent, commenous le verrons, de faire jouer conjointement variation diathtique etvariation temporo-aspectuelle. Ces variations ne se laissent pinglerfacilement que si lon apporte, tout dabord, une rponse claire laquestion suivante: comment dcrire des occurrences aussi diverses, etcomment mettre en vidence ce quelles peuvent avoir en commun? 16

    DIACRTICA14

    douteuse de squences telles que: (a) *de la viande est mange par les tigres. La phrase gnrique: (b) les tigres mangent de la viande ne peut pas tre passive car avec la phraseactive (b), on prdique quelque chose de tigres: on dit que les tigres ont une certaineproprit, alors quen (a), la phrase passive, ce sont les proprits de viande qui seretrouvent au centre de lopration de prdication. On a donc bien compris que:

    i(i) la thmatisation dun terme ne peut pas tre considre comme une oprationqui viendrait se surajouter, elle est lie la quantification, lorientation duprdicat, et toutes ces oprations sont lies entre elles (Culioli 1976: 67);

    (ii) le choix dutiliser le passif nest pas une simple manipulation syntaxique, maisun choix nonciatif, celui du thme sur lequel centrer le propos. La ncessitde la dtermination de largument terme de dpart de la relation prdicative la diathse passive bloque lapplication dun schma mcaniste qui consisterait oprer la permutation.

    16 Lorsquon cherche examiner les phnomnes aspectuels et diathtiques en se fondant sur de telles classes paraphrastiques ou quasi-paraphrastiques, on peutadmettre, en effet, quon se propose toujours comme but premier dexhiber la fois les proprits diffrentielles qui distinguent les uns des autres les membres dun para-digme donn et les proprits communes qui constituent ces membres en une classeparadigmatique unique. Do la double contradiction fondamentale de lnon-ciation,entendue au sens de production et reconnaissance interprtative de textes; dun ct, ilnexiste pas dnonc isol: tout nonc est un parmi tant dautres, pingl par lnonciateurdans le paquet des noncs quivalents possibles (Culioli 1973: 86); de lautre, il nexistepas dnonc qui ne soit modul, cest--dire qui ne soit un phnomne unique (ibid.: p.87). Cest cette dialectique entre appartenance une famille et unicit que nous propo-sons de considrer dans cette tude. Notre intrt se portera en priorit sur tout ce quipeut constituer une variation. Il y a, nous semble-t-il, plusieurs faons de les faire appa-ratre. La premire consiste mettre le corpus en relation avec lui-mme. Nous compa-rerons alors les diffrents oprateurs qui sont successivement associs aux occurrencesdun mme lexme. Cela nous amnera, par ex., nous demander pourquoi un verberpt plusieurs fois (tel est le cas du verbe vendre dans notre corpus) apparat dabordavec lauxiliare tre, puis avec lauxiliaire avoir ou bien encore avec les deux

  • Si lon dcrit les noncs (1)-(11) transcrits ci-dessus du seul pointde vue des formes verbales, en laissant de ct toute rfrence descatgories, on constate, dores et dj, des similarits entre quatregroupes dnoncs:

    Groupe I:

    (1) Djamel vend des tapis;

    (2) Djamel, il vend des tapis

    (2) Djamel (qui) vend des tapis!

    qui se caractrisent par une absence dauxiliaire (nous parleronsdauxiliaire zro, not AUX ) et par la forme nue du verbe (quenous considrerons comme une dsinence zro, et que nous note-rons V-);

    Groupe II:

    0(9) ces tapis sont vendus

    (10) ces tapis sont vendus rabais

    (11) Ces tapis sont vendus (en promotion) par Djamel

    qui se caractrisent par lauxiliaire tre (not AUX E) et la dsinencedu participe pass sur le verbe (que lon notera V-u);

    Groupe III:

    (4) Djamel a vendu les tapis en moins dune heure

    (5) les tapis, Djamel les a vendus

    (6) cest Djamel qui a vendu les tapis

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 15

    auxiliaires en concomitance. La seconde procde linverse. Une fois repr unmarqueur rcurrent, il sagira de distinguer les diffrences de valeurs qui rsultent de sesemplois. Cela nous amnera, par ex., essayer de voir quelles sont les oprations qui permettent dinvestir une mme forme de plusieurs significations: par exemple, laprsence des mmes marqueurs tre + participe pass dans le pass compos (il estvenu), et dans le passif prsent (il est cass) (cf. Vassant 1980: 144 ou Okiwelu 1981: 131).Dans les deux cas (les rptitions de lexme avec changement doprateurs tout comme les rptitions doprateurs avec changement de valeur), le linguiste doit avoirune nette ide des prsupposs, des points de vue, et des raisons qui ont guid lnon-ciateur dans ses choix (aspectuo-temporels et diathtiques), ses jeux dcriture et ses agencements.

  • qui se caractrisent par lauxiliaire avoir (not AUX A) et la dsi-nence V-u.

    Par ailleurs, seules constructions deux auxiliaires de notrecorpus, les noncs:

    (7) ces tapis ont t vendus

    (8) les tapis ont t vendus par Djamel

    qui se caractrisent par AUX A, suivi de AUX E, lui-mme affect dela dsinence - (soit: AUX E-), suivi de V-u. On considrera que cetteconstruction dfinit un groupe IV.

    Si lon convient de noter Co le sujet de lnonc pour viter touteinterfrence 17, on peut caractriser les quatre groupes comme suit:

    groupe I: Co AUX V- groupe II: Co AUX E V-u

    groupe III: Co AUX A V-u

    groupe IV: Co AUX A AUX E- V-u 18

    Nous allons nous interroger sur les contraintes qui font que lesujet nonciateur se trouve oblig de choisir lun de ces quatre types enfonction de ce quil a dire, et des rgles de la langue. Se poser unetelle question, cest tenter de dgager le smantisme propre chacunedes formes rencontres dans notre corpus, cest--dire celui de chacundes trois auxiliaires , E et A, ainsi que celui de chacune des deux dsi-nences - et -u.

    DIACRTICA16

    17 En effet, pour viter davoir recours un systme htrogne mlant propritsinterprtatives de lobjet, construction nonciative, paramtres syntaxiques, Culioli(1968: 10) ne parle pas de sujet (ou de complment dobjet) mais de complment de rang0 (Co) (et de complment de rang 1, C1). On a ainsi, au niveau strictement positionnel,un ordonnancement dtermin par la seule linarit de la phrase: de gauche droite, Co, puis, (ventuellement) C1, puis C2.

    18 En jetant un coup doeil sur les quatre groupes prsents ci-dessus, on constateque notre corpus comporte deux marques principales de morphologie: lauxiliarisationet la sur-auxiliarisation. Lauxiliarisation est porte par avoir ou tre (formes simples) etla sur-auxiliarisation est assure par avoir t (forme compose de lauxiliaire tre).

  • 4.1. Auxiliaires tre et avoir et valeurs du participe pass

    Lauxiliaire, dans le modle propos par Culioli, noccupe aucunmoment de place privilgie ni ne fait lobjet dune tude autonome. En ce sens, il serait envisag, au mme titre que larticle, commemarqueur dun certain type de dtermination des valeurs rfrentielles.Cette dtermination se fait en surface sur le prdicat plus prcisment,mais concerne en fait la relation prdicative tout entire dans sa priseen charge par un sujet nonciateur. Quil sagisse de lorientation de cette relation (problmes de diathse), ou du marquage du temps,de laspect ou de la modalit, on saperoit assez rapidement que, chezCulioli, lauxiliation se rattache aux phnomnes plus fondamentauxque sont les oprations prdicatives et nonciatives, cest--dire la miseen relation par reprages successifs des diffrents lments-argumentset prdicat- qui vont constituer une relation prdicative et la mise enrelation par dautres reprages de la relation ainsi constitue avec lescoordonnes nonciatives (Chuquet 1987: 103).

    On notera, par exemple, que lon passe de lemploi de lauxiliaireavoir dans:

    (4) Djamel a vendu les tapis en moins dune heure

    lauxiliaire tre dans:

    (9) ces tapis sont vendus,

    et que si dans lnonc (4) lauxiliaire avoir marque intrinsque-ment un changement dtat, il nen va pas de mme pour (9). En effet,la forme en tre, en (9), correspond un tat dtach de ses conditionsdapparition. Un tel tat marque donc une indpendance par rapportaux facteurs agentifs du changement dtat dont il peut par ailleurstre considr comme une consquence: il y a eu franchissement defrontire un moment indtermin, et lnonciateur nenvisage pasdautre franchissement de frontire, do la valeur stative, et lutilisa-tion du participe pass avec une valeur adjectivale. tre vendu corres-pondrait donc une homognisation de lintrieur 19 (ci-aprs I) du

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 17

    19 Voyons, trs rapidement ce que signifie ce concept en imaginant le domainenotionnel partir de la notion chien. Rappelons seulement que cette notion, qui est uneentit purement pr-lexicale, ne peut tre apprhende qu travers des occurrences decette notion. Cest donc en construisant autour de cette notion ce que Culioli (1981: 66-

  • domaine notionnel du vendu, excluant tout ce qui nest pas vendu. Il ny a donc temporalisation que de I, en ce sens que autre que I naaucun statut sur la classe des t 20.

    En dautres termes, le participe pass (vendu) marque, dans ce cas,une homognisation qualitative du domaine notionnel associ auprocs (ci-aprs P), et du mme coup lauxiliaire tre marque une iden-tification de ce domaine homognis la classe des t, ce qui nestpoint le cas, on sen doute, lorsque le participe pass se compose aveclauxiliaire avoir: dans ce cas, il y a demble temporalisation de ce qui nest pas I, en ce sens quil y a temporalisation du passage dunotionnellement non structur au notionnellement structur (stabilis,homognis) (Franckel, 1989: 105).

    Sur le plan conceptuel, avoir, employ dans les temps composs,apparat de la sorte en premier lieu comme lauxiliaire de lantriorit(cf. De Kock 1969: 32; Okiwelu 1981: 126) pour tous les verbes aussibien intransitifs (ex.: il a couru) que transitifs (ex.: il a vendu tous sestapis). Il soppose un auxiliaire de forme zro dans les temps simples

    DIACRTICA18

    -67) appelle un domaine notionnel que lon va pouvoir la dlimiter et que lon va pouvoirainsi distinguer ce qui est chien, cest--dire lIntrieur du domaine, not I, ce quinest pas chien, lExtrieur, not E, et ce qui nest pas tout fait chien et quonappelle la Frontire, note F. On a ainsi un domaine qui localise toute occurrence dansune zone (centre, intrieur, frontire, extrieur). Il nest pas sans intrt de souligner quecertains verbes autorisent de telles variations lintrieur du domaine. Cest ce qui seproduit dans des noncs comme: la maison nest pas encore entirement construite ou lamaison est presque construite, o pas encore entirement et presque indiquent quon est lextrieur du domaine, trs proche de la frontire, mais quon nest pas lintrieur.Dans ces deux noncs, la localisation du procs dans le temps peut sinterprter commepas encore I (susceptible de correspondre pas encore fini de) ou pas vraiment I: lamaison qui est en train dtre construite nest pas encore (tout fait) construite. Si lonprend, prsent, des exemples comme ceux qui suivent: la maison, il a fini de laconstruire; a y est! Il la construite sa maison; il a enfin construit sa maison, onremarque quil y a, au contraire, concidence entre lattendu, le souhait, le vis (le construire) et leffectivement ralis (le construit). Cette conformit du procs P I vali-dable correspond ici une forme de russite, entendue dans un sens trs large. Il est donc bien clair que lintrieur I nest valid que ds lors quil nexiste plus de t localisant autre chose que I, cest--dire ds lors que le domaine notionnel associ P est au-del dune non structuration.

    20 Culioli 1980 prfre ce concept celui plus classique daxe temporel, parce que rien ne prouve que les instants qui reprent les procs soient ordonns sur un axe ( moins de confondre temps linguistique et temps chronique), et parce que la structu-ration est au moins autant aspectuelle que temporelle: il sagit non seulement dun rep-rage par rapport linstant-origine (To) mais aussi de la construction dinter-vallescorrespondants aux valeurs aspectuelles obtenues.

  • (ex.: il vend des tapis). Son absence dans les formes passives (dans lestemps composs du passif, avoir est seulement auxiliaire de tre) faiten outre que cet auxiliaire naccompagne que des Co agentifs quilcontribue de la sorte dsigner. Il ne faut donc pas stonner si cestlauxiliaire avoir qui prvaut ds lors que le procs est construit relati-vement une finalit, comme en tmoigne assez bien lnonc (4) ci-dessus. Cette forme en avoir constitue, en effet, la trace dun tatindissociable du changement qui lengendre. tant donn que cet tatest repr relativement un sujet humain (cf. supra, Djamel), il y aagentivit: il y a, en fait, une corrlation directe entre la prsence de lhtrognit sur la classe des t telle que la marque le temps T2

    21

    de lvnement linguistique dcrit en (4) et lapparition dune valeuragentive. On notera, nanmoins, que celle-ci nest pas totalementincompatible avec la forme en tre. Bien que ltat marqu par cetteforme chappe, on la vu, tout contrle agentif, cela nempche pasdes constructions secondaires permettant, de faon dissocie, une arti-culation un changement dtat,

    soit travers des jeux dinfrences extra-linguistiques:

    (14) les tapis sont vendus, le magasin est vide,

    soit par mise en relation un agent:

    (15) les tapis sont vendus, cest ton frre (qui les a vendus)

    ou (16) les tapis sont vendus par M. Dubreuil au march deBrtigny sur Orge.

    Comme on peut le constater, lintroduction dun certain type dedtermination (cest ton frre, par M. Dubreuil, etc.,) sur cette cons-truction en tre la fait basculer de la valeur de passif dtat celle

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 19

    21 Prcisons que le passage de la relation prdicative lnonc correspond laconstruction de valeurs rfrentielles (de temps, aspect, mode, etc.,), et plus prcisment la construction dun vnement linguistique (auquel correspond un temps abstrait quenous noterons symboliquement T2) repr par rapport au paramtre nonciatif situationdnonciation-origine (So, To) ou Sito, dfini par les paramtres nonciatifs noncia-teur-origine So et temps dnonciation-origine To. Il sagit de paramtres abstraits et nonde situations, sujets ou temps historiquement dtermins.

  • de passif daction, ce qui prouve quil ne sagit pas dun simple tat,mais dune construction dont la dynamique est double 22: vers un tat rsultant 23 ( || ), sans agent ou ralisation zro du SNsujet que nous noterons () (soit: < , ( ), |vendre| > tapis (cf. Culioli1968: 21; Culioli, Fuchs et Pcheux 1970: 21) i.e. les tapis sontvendus lheure quil est = ils ne sont plus vendre) et

    vers un processus imperfectif ( ][ ) la diathse passive avec agentspcifi (soit: < M. Dubreuil, ( ), ]vendre[ > tapis fi i.e. M. Dubreuilvend des tapis = les tapis sont vendus par M. Dubreuil).

    On notera quun passif dtat peut tre galement rassoci unagent lorsquun circonstant de localisation:

    (17) ces tapis sont vendus Auchan 24

    ou un circonstant de manire:

    (10) ces tapis sont vendus rabais

    est prsent dans lnonc: on a alors un prsent valeur ouvert. Le faitque le participe pass soit associ lauxiliaire tre nentrane donc

    DIACRTICA20

    22 On voit donc bien quun verbe ne renvoie pas de faon permanente un tat ou un processus, mais lun ou lautre, en fonction dune srie de facteurs dont le prin-cipal est la prsence ou non dun terme valeur agentive.

    23 Vog (1991: 52) dfinit ainsi ltat rsultant: Les paramtres sont: (i) lattribu-tion de proprits lobjet (ce que marque la copule tre applique lobjet); (ii) la stabi-lisation de ces proprits (ce que marque le participe pass). Si le verbe est tlique et silauxiliaire tre nest pas lui-mme une forme compose, le passif peut prendre, en effet,une lecture rsultative: (9) ces tapis sont vendus dcrit ltat du sujet passif qui rsulte duprocs voqu par la phrase (7) ces tapis ont t vendus, mais dtach des circonstancesde sa production. Alors que la phrase (9) peut tre prcde de la forme a y est marquant laspect parfait du procs elle rpond, en effet, aux questions dutype: ces tapis sont-ils toujours en vente? , la phrase (7) renseigne certes sur ltat du sujet, mais elle ne le fait quindirectement (par infrence) et rpond des questionsvnementielles telles que: que sest-il pass? quest-il arriv (aux tapis)? Laddition dun complment dagent associe automatiquement la phrase (9) une lecture pro-cessive (cf. supra, (11) ces tapis sont vendus (en promotion) par Djamel) qui en fait uneparaphrase de la phrase active correspondante: (21) Djamel vend des tapis (en promotion);la mme addition ne modifie pas linterprtation originellement processive de la phrase(8) cf. supra, ces tapis ont t vendus par Djamel , mais y introduit lidentification du rfrent qui jouerait le rle de sujet dans la phrase active correspondante: Djamel avendu ces tapis.

    24 La prsence du circonstant en caractres gras peut, en effet, tre analysecomme la trace dun agent par infrence.

  • pas ncessairement que lon aboutisse linterprtation non-vne-mentielle ou adjectivale 25, mme si nombreux linguistes saccordentpour reconnatre que le fonctionnement fondamental des adjectifs et des participes est le mme (Dubois 1967: 15).

    Comme le remarque trs justement Rivire (1990: 166), linterpr-tation dpend des relations marques par: le type de procs exprimpar le verbe, la prsence ou labsence dun complment dagent, lescirconstants prsents.

    Le point commun entre ces deux emplois du participe pass (celuiqui correspond un tat rsultant dans lnonc dans (9) ces tapis sontvendus et celui qui est li un processus imperfectif dans lnonc: (10) ces tapis sont vendus rabais) est que tous deux ne semblent consi-drer que le rsultat du procs: soit le rsultat aprs achvement duprocs (dans lnonc (9)) soit le rsultat qui se dveloppe au fur et mesure que le procs se dveloppe (dans lnonc (10)).

    Aussi pensons-nous que la valeur passive du participe pass danslnonc (10) rsulte de la prsentation comme un procs accompli dece qui nest dans les faits que la partie accomplie dun phnomne en cours. Le mcanisme est bien mis en lumire par la prsence dunquantificateur: demi-digres, moiti peignes (exemples repris deChevalier 1969: 142) qui montre larrt de P (digrer/peigner) dans sondveloppement, mais comme dans lnonc (10), P a t simplementeffectu et interrompu sans atteindre son terme (il est possible depoursuivre plus loin laction de digrer ou celle de peigner): il sagitdonc dun P simplement accompli (mais en aucun cas achev). Parcontre, dans (9), le participe pass signifie que P (vendre) a atteint toutnaturellement son tat final (tous les tapis sont effectivement/bel etbien vendus): il sagit donc dun P accompli et achev.

    Aprs ce petit dtour sur tre et avoir, force nous est de constaterque lauxiliarisation des noncs prsents ci-dessus reflte dune

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 21

    25 En effet, comme le remarque trs justement Culioli (1971: 13), le participe passpeut renvoyer aussi bien une agentivit qu une proprit. Les valeurs sont prochesde celles de ladjectif lorsque la proprit est prdique hors agentivit, ce qui exclut, enportugais ou en espagnol par ex., la forme avec lauxiliaire ser. Afin de pouvoir rendrecompte de ces valeurs, le franais comme langlais ne possde quun seul verbe qui estcompltement neutre (Culioli 1985: 106) (tre ou be). A ce sujet, nous rappelons quenespagnol ou en portugais, pour les formes daccompli sans agent explicit, cest lauxi-liaire estar qui rend compte du rsultatif, en ce sens quavec la combinaison estar + pp,ltat dcrit est vu comme le rsultat dune vision descriptive: la casa est construida(la maison est construite, on la construite antrieurement) ( Dabne 1979: 64).

  • certaine manire les diffrentes oprations de dtermination (donc de reprage) intervenues dans leur constitution. On saccordera pourreconnatre quelle se trouve plonge dans des analyses portant sur lesdomaines plus vastes de la diathse et de laspect. Il ne nous reste plusmaintenant qu poser les bases dune analyse des rapports entre cesdeux domaines en poursuivant ltude de notre corpus dans une pers-pective de lnonciation.

    4.2. Construction des valeurs aspectuelleset des valeurs diathtiques

    Dans la troisime partie de cette tude, nous avons montr que le problme de la diathse tait, en premier lieu, li au choix duneorientation de surface, cest--dire une opration dfinissant a ou bcomme Co. Nous avons surtout cherch montrer que la forme pas-sive nest pas, vrai dire, la tranformation de lactif et que, par cons-quent, lnonciateur choisit, au dpart, la voix active ou la voix passiveen fonction du message quil veut transmettre.

    Si, par exemple, lnonciateur veut faire de la source de la relationprimitive le Co de son nonc, il aboutit alors des noncs du typecommentaires sur la source tels que:

    (18) Djamel est vendeur de tapis

    ou (19) Djamel est un bon vendeur de tapis,

    o lattribut du sujet vendeur correspond ce que Culioli-Atwood(1992: 31) appelle nom dagent ou de mtier. En fait, dans des phra-ses de ce genre, on construit une proprit que lon attribue au sujet de lnonc. Le Co est thmatis 26; il sert de terme de dpart la rela-tion prdicative.

    DIACRTICA22

    26 On remarquera que la thmatisation du Co se traduit par une rduction sur lechoix des dterminants possibles sur C1. En effet, lnonc se prsente, dans la plupartdes cas, sous la forme: Co tre {/un} V-eur (de tapis), o indique labsence dedterminant, et o les parenthses (qui isolent le complment du nom de tapis) indiquentque ce dernier peut ventuellement tre supprim (ex.: Djamel est vendeur). Si, au con-traire, on a un reprage par rapport une situation unique, on peut avoir sur la classedsigne par la notion-but des oprations dextraction et de flchage (pour une descrip-tion de ces concepts, cf. Culioli 1976: 165 ou Campos 1993: 56-60) il vend/est en train devendre un tapis (on extrait un lment unique avec larticle un); hier, il a vendu quelquestapis (on peut aussi extraire plusieurs lments); ce matin, il a vendu trois tapis (avec

  • De faon moins technique, cest dire que le sujet de lnonc, dansce cas, est le terme propos duquel on dit quelque chose.

    On notera au passage quune phrase comme: (1) Djamel vend destapis renvoie, elle aussi, une proprit. Ds lors Djamel fonctionnecomme thme (et terme de dpart), on ne parle que de Djamel. En re-vanche, la proprit vendre des tapis est donne comme une caract-ristique (et donc comme une des caractristiques) de Djamel. Cest direque Djamel est ventuellement caractrisable par dautres propritsque celle de vendre des tapis. Mais (1) peut galement tre interprtecomme un procs unique, ancr dans une situation spcifique qui peutse gloser par: en ce moment, Djamel est occup vendre des tapis;dans cette seconde interprtation, la relation prdicative est bel et bienrepre en bloc par rapport au repre situationnel (ou par rapport une autre relation, dans un enchanement interpropositionnel). Dans ce cas, il ny a pas de terme de dpart dans la relation prdica-tive. On notera que lintonation est alors tout fait diffrente de celle qui correspondrait au cas prcdent: elle est facilement excla-mative dans la mesure o lnonc prend, dans ce cas, une valeur desurprise. ce mode de reprage pourrait, en effet, correspondre une forme du type: (3) Djamel qui vend des tapis! ou (3) il y a Djamelqui vend des tapis!

    Il est clair que les noncs du type de (1) sont la frontire de deuxfonctionnements puisque litration ne peut qutre itration dunesituation spcifique (i.e. en ce moment, Djamel vend des tapis = vne-ment imperfectif concomitant au temps dnonciation To) et que,dautre part, elle fonde en mme temps une proprit du sujet valide la fois pour toute situation et hors situation (i.e. en gnral, Djamelvend des tapis = construction dune classe ouverte dvnements).

    Cest pour cette raison que nous introduisons ici une valeur aspec-tuelle neutre (note *) qui peut correspondre soit (i) une thma-tisa-tion de a pris comme Co (= renvoi un nonc valeur habituelle),

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 23

    un numral, on peut faire une extraction multiple quantifie objectivement). Quant lemploi de le/les (tapis), il peut tre justifi: (i) soit par le contexte (flchage situationcontextuelle): une vente de tapis a eu lieu hier. Les tapis se sont vendus comme des petispains; (ii) soit par la situation (flchage justification situationnelle): il est en train devendre le tapis que tu vois l. Il semblerait donc que la construction dun procs unique,ancr dans une situation spcifique autorise un nombre plus grand de dterminants sur C1. Comme on peut le constater, les reprages aspectuels et les oprations de quan-tification portant sur C1 ne sont pas indpendants les uns des autres.

  • soit (ii) un traitement en bloc de la relation prdicative (= renvoi un nonc spcifique valeur de procs en cours) 27.

    Une mme structure peut donc visiblement renvoyer plusieursmodes de reprage qui fondent des noncs diffrents, relevant de con-textualisations nettement discriminables. Et comme on vient de le voir,les noncs au prsent simple font apparatre lune des propritsessentielles du prsent simple, savoir son extrme mallabilit, ou,pour mieux dire, son ouverture une trs grande varit de spcifica-tions temporelles et aspectuelles. A ce stade de notre raisonnement, onpeut dj tirer des conclusions en ce qui concerne la compatibilit delopposition procs hors situation (rfrant une proprit ou uneitration)/procs en situation (qui correspond en gros un droule-ment) avec les phnomnes de la diathse. Les noncs de propritsdu type de (1) Djamel est vendeur de tapis sont incompatibles avec lepassif 28 (cf. ce propos Lanc 1981: 196), alors que la valeur de procsenvisag dans son droulement est compatible non seulement avec

    DIACRTICA24

    27 Linterprtation (ii) dite spcifique ou vnementielle est celle selon laquelleest voque loccurrence effective du procs dnot par le verbe. Langlais, dans ce cas, arecours la forme be + ing. Linterprtation (i), diamtralement oppose, nest pas sou-mise la condition de moment: elle permet dvoquer Djamel comme vendeur de faongnrale. Il ne sagit pas proprement parler, selon certains, dune phrase gnrique,mais dune phrase habituelle; en tout tat de cause, elle est troitement associe lagnricit, pour autant quelle exprime, en effet, lexistence dune pluralit ou classedoccurrences, dune itration, dune rptition vnementielle, prsente comme gn-rale ou comme vnement type (Kleiber 1987: 11). Le jugement quelle exprime con-cerne, non pas des vnements spcifiques, mais, comme le dit Kuroda (1973: 88) danssa dfinition globale de la gnricit, un certain tat de choses, gnral, habituel oucourant. Elle porte, par consquent, non seulement sur les occurrences actuelles, con-tingentes, mais galement sur les situations potentielles et contrefactuelles. On remar-quera que linterprtation habituelle de (1) prsente une difficult aspectuelle cruciale:elle ncessite le passage dun verbe intrinsquement non statif (Djamel vend des tapis) un SV qui exprime peu ou prou une proprit (Djamel est (un) vendeur de tapis) du typede celle qui apparat dans (18) Djamel est vendeur de tapis ou (19) Djamel est un bonvendeur de tapis. On peut donc dire que linterprtation habituelle de (1) implique nces-sairement une forme de compactisation du procs, dans la mesure o la manifes-tationde ce dernier nest plus fonde que sur son seul sujet (cf. supra, Djamel) qui fonctionne,dans ce cas, comme le support de vendre.

    28 Cela semble pouvoir sexpliquer de la faon suivante: la proprit consiste fabriquer, partir dun prdicat binaire pi (o, 1) un prdicat unaire pi (o).Ds lors, le passif devient impossible: on ne peut plus inverser la relation source but,puisquil ny a plus de but (cf. limpossiblit de construire un passif avec les verbesintransitifs: marcher, dormir, etc.).

  • lactif (par ex., (1) Djamel vend des tapis) mais aussi avec le passif (parex., (11) ces tapis sont vendus par Djamel).

    Si lon considre, prsent, lexemple (11) quon vient tout juste detranscrire, force nous est de constater que lnonciateur peut, en con-servant peu prs le mme matriel lexico-morphologique que dansles noncs actifs prcdents, dcider de prendre comme terme dedpart le terme but de la relation primitive; il aboutit, dans ce cas, desstructures du type commentaires sur le but, comme celle qui suit:

    0(9) ces tapis sont vendus (a y est, cest termin),

    qui est perue comme un au-del (Blanche-Benveniste 1984: 10) de:

    (20) moi, mon frre, ses tapis, il les vend au march

    ou de:

    (21) Djamel vend ces tapis (en promotion).

    On parlera ici de non concordance daspect entre la formulationactive et la formulation passive (cf. ce propos Blanche-Benveniste(1984: 9)). On remarquera que ce dcalage ne sobserve:

    ni au pass:

    0(4) Djamel a vendu les tapis en moins dune heure (8) les tapisont t vendus par Djamel (en moins dune heure)

    ni au prsent, si lon ajoute lnonc:

    0(9) ces tapis sont vendus

    un circonstant expressment discriminant (pour reprendre une expres-sion de Milner 1986: 36), par ex., un complment dagent:

    (11) ces tapis sont vendus (en promotion) par Djamel

    Lnonc est alors trs proche de la formulation active correspon-dante:

    (21) Djamel vend ces tapis (en promotion).

    On parlera, dans ce cas, dune concordance daspect entre les deux formulations, lactive et la passive. On constate, en effet, que, dupoint de vue de laspect, lagent (introduit, en (11), par le marqueurpar) a pour proprit de filtrer une valeur dinaccompli (cest ce qui

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 25

  • permet, dailleurs, lnonc (11) de se rapprocher aspectuellement de (21)) alors qu laspect accompli, on la possibilit deffacer lagent,mais dans ce cas on obtient des noncs du type de (9) ces tapis sont vendus qui sloignent alors de linterprtation aspectuelle de laphrase active (21).

    Comme on peut voir, la diffrence entre les noncs (9) ces tapissont vendus et (11) ces tapis sont vendus (en promotion) par Djamel estque, dans (11), la place xo est instancie (< b r a > a >) et on a affaireici un nonc dcrivant un vnement linguistique imperfectif, tandisque dans (9), la place xxo nest pas instancie (< b r ( ) >) 29 et la valeurde P est, dans ce cas, un parfait au sens de Benveniste (1966: 246):cette squence montre clairement que cest la situation actuelle (lestapis sont vendus) conscutive lvnement (X a vendu les tapis) quiimporte.

    On notera, toutefois, que la relation dimplication pose ci-dessusentre le schma dinstanciation (< b r ( ) >) de (9) et laspect parfaitsous-jacent ce mme schma nest plus valable ds lors que lon situece dernier dans un contexte narratif o chaque procs (except le der-

    DIACRTICA26

    29 A la suite Descls et de Guentchva (1993: 76) pour qui la construction debase du passif nest pas la passive longue, mais la passive courte , nous posons que leschma de base du passif doit laisser une place non instancie: < b r ( ) > Sit repr-sente ici par des parenthses vides ( ) qui permettent de poser lexistence dune classedagents. Sagissant de la diathse passive, cest donc le terme-but de la relation primi-tive qui instancie la place o dans le schma de lexis: au lieu davoir une relation: source but, nous avons une relation: but (source) ou but ( ). Cest ce que Roggero(1984: 36) dcrit de la faon suivante: Il faut donc penser que lessentiel de la diathseest () dans les inversions de rle. Mais contrairement ce quon pourrait croire, cenest pas dans lchange des positions des arguments du verbe, sujet et objet, que rsidelunit du passif, mais plutt dans le fait que cette inversion tend vincer lagent de larelation prdicative de base sans pour autant supprimer laffirmation de son existence. Lyons (1970: 289) peut ainsi crire que sil existe, pour le passif, une fonc-tion commune toutes les langues quon dcrit habituellement comme ayant une voixpassive (et pour certaines, il semble que ce soit son unique fonction, en turc parexemple), cest de permettre la construction de phrases sans agent: Bill a t tu. Cestce que Touratier (1984: 87) dcrit, lui aussi, en ces termes: il est manifeste que lemorphme du passif a avant tout une fonction dintransitivant () mais, prcisons-le,cest un intransitivant particulier: il ne supprime pas le second actant comme dans lesemplois intransitifs ou absolus il lit, il mange des verbes transitifs lire ou manger, mais ilsupprime le prime actant (cf. aussi Joffre 1984: 43): cf. supra, ex. (7) ces tapis ont tvendus. Milner (1986: 31) reprend exactement la mme ide: le comportement en parnest pas, malgr lapparence, une caractristique ncessaire du passif verbal. Il nest lquau titre du circonstant, en ce sens quil nest pas ncessaire la bonne formationdun nonc passif.

  • nier, bien entendu) sert de repre au suivant, crant ainsi une squencechronologiquement ordonne:

    (22) aussitt aprs louverture des portes, les tapis sont pris dassaut,ils sont aussitt vendus, en quelques instants, le magasin est vid.

    Sans que le complment dagent (i.e. la notion-source) soit prsentdans lnonc, la forme sont vendus est interprte comme un procs bornes fermes, non comme un procs bornes semi-ouvertes, i.e.comme un tat rsultant. Comme on peut le constater, il y a des cas o la prsence dun focus temporel exclut une lecture statique. Cest lecas, par ex., dadverbiaux squentiels comme puis ou aussitt aprs (cf. ce propos Vikner 1985: 111-112).

    En tout cas, il est bien clair que les noncs passifs donns ant-rieurement (par ex., (11) ces tapis sont vendus (en promotion) parDjamel ou (8) les tapis ont t vendus par Djamel) conviennent lex-pression dun procs deux actants, avec la possibilit den omettre un, savoir lagent, comme en tmoignent les noncs qui suivent:

    (9) ces tapis sont vendus

    et (7) ces tapis ont t vendus

    qui sont parfaitement naturels. Ce nest videmment pas le cas pour lesconstructions pronominales du type de:

    (23) ces tapis se vendent bien cette annequi conviennent lexpression dun procs o seul le patient estnomm ou envisag. Lagent a, en effet, dans cet nonc, quelques diffi-cults trouver sa place, du moins sous la forme institutionnalise ducomplment prpositionnel avec par:

    (23) *les tapis se vendent bien par X cette anne

    et ceci malgr le fait que laction dnote par le verbe [vendre] exigela participation dun agent (la vente suppose, bien sr, un vendeur)(Lyons 1989: 178). On ne peut donc avoir ensemble la mention de la source et du but.

    Avec ce type de constructions passives en se (selon les termes deDescls et Guentchva 1993: 93), on est dans le domaine qualitatif: onprend en compte les qualits intrinsques dun sujet; le sujet joue un rle dans laction, ntant pas simplement affect (ou patient)comme la diathse passive classique. Dans:

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 27

  • (23) ces tapis se vendent bien cette anne,

    ladverbe de manire bien introduit une opration de qualification(Gross 1975: 102) par opposition :

    (23) ?les tapis se vendent,

    qui impliquerait une proprit inhrente (attribue hors de toute agen-tivit) au Co. Pour que lex. (23) devienne acceptable, il faudrait unesituation particulire instituant le Co repre constitutif, thme delnonc. Tel est le cas dans la squence qui suit:

    (23) Tiens, les tapis se vendent ici.

    En fait, dans lexemple (23), on ne dit pas que les tapis ont pourproprit de pouvoir tre vendus, mais on construit une relation qui estdu type: pour tout X vendeur, alors la relation prdicative a de grandes chances dtre valide. Cette relation (que lon inter-prtera ici comme ces tapis sont bien vendus par quiconque vend destapis) met en vidence la prsence dun agent implicite distinct duterme de dpart b: elle permet donc dintroduire une agentivitmarque, dans (23), par un se qui est la trace de largument source dela relation primitive (Rivire 1995: 192). Par ailleurs, le terme dedpart de la relation est bel et bien b (ce qui correspond au passif),dans la mesure o il a subi un reprage pralable qui lui confre cestatut. La projection sur le schma de surface donne:

    Cette prsentation rend compte du fait que lorientation duprdicat ne se trouve pas modifie. La place de la source (o) tantinstancie par se (cf. ce propos Rothemberg 1974: 63-64 ou Rivire1995: 198-199), lune des rgles pour le retournement du relateur (lasource de la relation nest pas instancie) nest pas remplie. Il faut eneffet bien distinguer la non instanciation de la source qui aboutit auretournement du relateur (forme passive du verbe dans lnonc desurface), de linstanciation par une image, ce qui est le cas de se, quibloque le retournement. Si un nonc comme:

    (23) ces tapis se vendent bien cette anne

    DIACRTICA28

    a r b

    ces tapis vendent se

  • est interprt comme passif, cest que dune part b (but de la relation)est instanci alors que la source nest pas lexicalement prsente et quedautre part b remplit en surface la place Co, ce qui correspond auremplissage du schma de surface au passif 30 (cf. Rivire 1995: 189).Aussi nest-il pas tonnant quil y ait entre lemploi du passif pri-phrastique et celui du passif en se deux grandes diffrences:

    (i) le passif conserve linterprtation vnementielle, le moyen[le passif en se dans notre terminologie] est intgralement non-vne-mentiel 31. Empiriquement, cela se marque au contraste entre la possibilit et limpossibilit de lagent en par () (Milner 1986: 55):que le passif en se soit non-vnementiel, cela se marque, notamment,aux formes de sujet qui est prefrentiellement un nom gnrique (dola frquence de lanaphorique gnrique a): par ex., le pain, a semange frais. Ce nest pas tout fait ce qui se produit dans (23).

    Sil est vrai que les formulations:

    0(9) ces tapis sont vendus

    et (23) ces tapis se vendent bien cette anne

    ont en commun de ne pouvoir impliquer grammaticalement de maniredirecte un second actant (la notion-source) dans le procs, il est vraiaussi qu la diffrence de (9) qui correspond, on le rappelle, un tatrsultant, le procs exprim dans (23) est considr comme non arriv son terme, dans la mesure o il est dfini par rapport une situationlargie, contraste avec un tat de fait permanent: cette anne marque,

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 29

    30 Si au lieu de choisir b comme terme de dpart, ce qui aboutit une construc-tion personnelle (passive), on choisit Sit comme repre de la relation prdicative, onobtient un impersonnel du type: (tous les jours), il se vend une centaine de tapis la Foire-fouille . Lnonc de surface garde la trace de cette opration: il, image de Sit, est en Coet b (une centaine de tapis) est en C1. On notera que dans ce cas, on ne commence ni parle vendu, ni par le vendeur, mais par ce qui nest ni vendu, ni vendeur, et commele remarque Culioli (1976: 66), dans les langues o il y a des passifs impersonnels cest trs souvent ainsi. En effet, on peut dire que dans ce genre de constructions, il y a, linstar de qui se produit dans les noncs de prdication existentielle avec valeur desurprise (du type: il y a Pierre qui mange un gteau!), reprage en bloc de la relationprdicative par rapport au repre situationnel Sit.

    31 Il est toutefois beaucoup plus important de noter avec Zribi-Hertz que cettecaractrisation aspectuelle de Milner rencontre de nombreux problmes. Elle (1987:349) signale, en effet, des noncs comme la question se traite actuellement lAssemble;la question sest discute hier dans la salle du conseil. Ils rapportent un fait ponctuel et nesont ds lors pas gnriques ou habituels. On distinguera donc deux types de passif en se: lun vnementiel et lautre non vnementiel, cest--dire gnrique ou habituel.

  • en effet, un contraste implicite avec les conditions de vente habituelles(i.e. dhabitude, ces tapis ne se vendent pas aussi bien); un adverbe du type bien nest dailleurs compatible qu cause de ce contraste.Dans un nonc comme (24) Djamel vend beaucoup en ce moment, laquantification beaucoup porterait encore sur ce contraste ((24) con-trasterait avec la faon dont Djamel vendait auparavant). Par ailleurs,

    (ii) dans le moyen, il ny a quun seul verbe et, dans le passif,deux (Milner 1986: 55): comme on la vu, cela tient au fait que, dansles constructions pronominales personnelles de sens passif, le pr-dicat nest pas retourn puisque la place de lagent est instancie parlimage se. videmment, pour mettre le verbe de la construction prono-minale passive:

    (23) ces tapis se vendent bien cette anne

    un temps compos, le franais fait appel lauxiliaire tre:

    (25) les tapis se sont bien vendus cette anne.

    Il semblerait, en effet, que, dans les formes pronominales compo-ses, tre soit signe dantriorit (cf. De Kock 1969: 33) face lauxi-liaire zro dans les temps simples (cf. supra, (23)). Il y a doncincoh-rence. En prenant lauxiliaire tre, les formes pronominalessatisfont au systme actanciel, mais elles se servent dun auxiliaireinusuel dans lexpression de lantriorit 32. Si elles prenaient lauxi-liaire avoir, comme le systme chronologique lexigerait 33, dans lamesure o tre est par excellence lauxiliaire de la voix passive ()(Joly 1977: 27)), elles feraient appel un auxiliaire qui partout ailleursnaccompagne que des Co agentifs. Il y a donc incohrence quel quesoit le choix. En choisissant tre, le franais donne la priorit la coh-rence de lexpression de lactance (i.e. au fait que la position de b en tte de lnonc entrane ncessairement lemploi de tre) sur cellede la chronologie.

    Jusqu prsent, nous avons travaill avec a ou b comme terme dedpart. Mais il nous faut encore raisonner sur des exemples qui impli-

    DIACRTICA30

    32 La diffrence a t souligne par Benveniste (1974: 186 ss), et appele par luidissymtrie, sans que, toutefois, les mmes conclusions aient t tires.

    33 Rappelons, en effet, quen franais, on obtient laccompli par le jeu dun auxi-liaire qui est, pour la majorit des verbes, avoir, et pour une faible partie, tre (Perrot1981: 110-111)).

  • quent le reprage en bloc de la relation prdicative par rapport aurepre situationnel Sit. Tel est, par exemple, le cas dans lnonc qui suit:

    (4) hier, Djamel a vendu les tapis en moins dune heure

    dans lequel nest mise en uvre quune simple localisation du procssur la classe des t. Cet nonc sopre, en effet, en dehors de toute stabi-lisation sur le plan qualitatif: il y a simple construction dune occur-rence quantitative (hier il y a eu vnement de vendre des tapis ou bienencore il y a eu vente de tapis hier), qui est dailleurs localise tempo-rellement (hier).

    Dans la construction de cette occurrence, le repre ultime est belet bien la situation dnonciation Sit, qui sert de repre la rela-tion prdicative elle-mme: < Sit < Djamel vendre tapis >>. Cestpourquoi, on parle classiquement de ce type de construction en termedvnement. Celui-ci na dautre dtermination que celle que luiconfre sa survenue. Ce type de dtermination (purement spatio-temporelle) est videmment bloqu ds lors que le pass compos (ci-aprs PC) exprime les consquences actuelles dun vnement passet implique un tat rsultant en cours To 34. Cest ce qui se produit,par ex., dans:

    (26) a y est, il a vendu les deux tapis

    qui permet de renvoyer une intentionnalit, en ce sens que la quan-tit de tapis fait ncessairement lobjet dune double construction: elleest dune part dlimite, du fait de la prsence de les, comme quantitde tapis vendre et fonctionne ds lors comme dlimitation hors-temps du procs dans la mesure o (26) signifie que les deux tapistaient, dans un premier temps, dtermins comme tapis vendre,indpendamment de tout ancrage temporel du procs; dautre part,

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 31

    34 On utilise souvent le terme parfait pour se rfrer la valeur aspectuelle illus-tre par lex. (26) a y est,il a vendu les deux tapis (voir Benveniste 1966: 248-49) quidcrit le parfait comme un pass subjectif, et loppose laoriste de cette manire: il fit objectivise lvnement en le dtachant du prsent; il a fait, au contraire, met lv-nement pass en liaison avec notre prsent (cf. aussi Brunot 1936: 458). On est doncoblig de poser, pour le PC, deux valeurs aspectuelles distantes (cf. ce propos Perrot1981: 112), valeurs que rvle trs clairement le choix de ladverbe temporel quon luiadjoint: hier, il a vendu tous ses tapis; A lheure quil est (ou maintenant), il a vendu tousses tapis, car si lui seul le temps verbal est capable de modifier la valeur aspectuelledune situation, cest encore plus vrai lorsquil se couple avec un adverbe temporel ()(Borillo 1991: 100).

  • du fait du PC, comme quantit de tapis effectivement vendue: nousdirons, la manire de Franckel (1989: 34), quil y a construction duneoccurrence de procs fonde par la dlimitation extrinsque intro-duite par les deux tapis. Lnonc dfinit ici aussi un tat rsultant, etpermet la prdication dune proprit: les deux tapis sont vendus,ou, plus prcisment, les deux tapis sont effectivement vendus, bel etbien vendus. Ainsi non seulement le C1 (les deux tapis) est affect parle procs (il se trouve dans ltat rsultant de P), mais, par un effet enretour, le C1 dfinit la quantit lextensit- de procs en jeu: cest cequi dfinit dailleurs le concept dachvement.

    On a affaire, en mme temps quune vente accomplie, une ventequalitativement stabilise. Comme le souligne juste titre Culioli(1980: 188), linterprtation rsultative du PC implique un intervalleferm gauche (= jusqu lachvement du procs) et indfinimentouvert droite (= dbut de ltat rsultant), ce que lon peut reprsentercomme suit 35:

    On ne peut parler dtat rsultant qu la condition o en To, onest dans une situation o lvnement a t stabilis et o cet tatprovient de la clture de lvnement antrieur: voil pourquoi, nousreprsentons lvnement situ en T2 au moyen dun intervalle p ferm,et ltat rsultant au moyen dun intervalle p semi-ouvert (i.e. ouvert droite) qui est adjacent lintervalle p (Campos et Xavier 1991: 317).Nous avons donc affaire la construction dune valeur aspectuelle

    DIACRTICA32

    35 Un tel schma risque, cependant, dtre trompeur parce quil est incomplet: ilprsente un ordre linaire qui ne lest que partiellement. En effet, la valeur p valide enTo rsulte bien du franchissement de la borne marquant la clture du procs p (pouravoir fini de vendre, il faut avoir t en train de vendre), mais le rapport de conscutionentre p et p nest, en To, que reconstruit par le sujet nonciateur. Le temps de lnon-ciation To marque ici deux faits qui ne sont pas sur le mme plan et qui sont pourtantindissociables: dune part, on valide p en To, dautre part, on reconstruit lintervalle dedroulement de lvnement et le franchissement de la borne, ncessaires pour que lonsoit pass de p p. En To, on est droite de la borne parce que lon est pass de lagauche la droite, mais ce passage est reconstruit depuis la droite, depuis To.

    36 Cf., supra, note 21.

    T236 To

    - - - - -[ ] - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - [ - - - - - - - - - -p p

    jai vendu les deux tapis Ces tapis sont vendus

  • imperfective: To est un des instants de lintervalle p. On peut donc direque lnonc:

    (4) hier, Djamel cousin a vendu les tapis en moins dune heure

    construit une occurrence situationnelle de procs dans la mesure ola quantit de tapis vendue nest ici dtermine qu travers la localisa-tion temporelle du processus de vente (do le traitement en bloc de larelation prdicative), alors que lnonc:

    (26) a y est, il a vendu les deux tapis

    construit une dlimitation notionnelle de procs (do la thmatisa-tion de b choisi comme C1): on passe donc dune simple localisationde P dans le temps (cf. (4)) un accomplissement qui sinterprtecomme le centrage dune proprit 37 (cf. (26)).

    5. Conclusion

    Dans cette tude qui aborde le phnomne capital de la transca-tgorialit, nous avons pu graduellement constater que ce qui nousapparaissait, tout dabord, de faon un peu nave, comme une opra-tion bien tablie et claire (partir de tel ou tel terme pour aboutir unerelation oriente) savre fort complexe et clate en une multiplicitde phnomnes spcifiques. Ceci tient surtout au fait que lorientationdiathtique du prdicat ne dtermine pas seulement les valeurs classi-ques de la diathse (actif ou passif, entre autres), mais encore, etsimultanment, celles de laspect (imperfectif ou perfectif). Commenous lavons vu, cette orientation fait apparatre en franais, selon lescas, lauxiliaire tre ou avoir. Du point de vue du marquage des tempset des aspects, nous aurons donc, selon les cas, reprage dun procs(perfectif ou imperfectif) par rapport une situation dtermine avecun agent identifi ou bien, avec un procs terminatif, lassertion duntat rsultant propos de largument but. Il est clair que la construc-tion dune stabilisation qualitative est plus grande la diathse passive

    DIATHSE ET ASPECT EN FRANAIS CONTEMPORAIN 33

    37 Il semblerait, par consquent, que les diffrences aspectuelles notes entre (4)et (26) ne dpendent pas exclusivement du verbe mis en uvre dans lnonc, mais ausside la structuration syntaxique globale et mme de la situation nonciative. Pour uneprsentation plus dtaille des diffrents paramtres qui dterminent le comportementdun prdicat au sein de lnonc, voir Arajo (1998-1999: 420-426).

  • qu la diathse active 38, et cela pour plusieurs raisons, comme nousavons essay de le montrer:

    (i) passiver, cest inverser lordre des relations primitives (anim >inanim) en mettant le but de la relation primitive en position de termede dpart au niveau de la prdication;

    (ii) passiver, cela veut dire passer dun schma transitif unschma non transitif et on retrouve alors ncessairement lauxiliairetre. Avec ce marqueur de reprage valeur didentification, on prdi-que une proprit dun b qui est ici choici comme Co, cest--dire quelon reconnat lexistence dune proprit par rapport un Co qui nestpas source de la relation primitive. Le Co est alors caractris par uneproprit distinctive;

    (iii) passiver permet donc dnoncer ltat rsultant dunprocessus dont le terme a t atteint, mais rappelons que lon peutventuellement adjoindre lagent qui a provoqu ce nouvel tat, ennous livrant un reprage supplmentaire dont le reprsentant peuttre la prposition [par ou de (a)] ou bien un circonstant de localisationou de manire.

    Comme on peut le constater, une opration, premire vue fortsimple, (celle qui consiste effacer a et inverser lordre de la relationprimitive) a un certain nombre de consquences, en particulier sur letemps-aspect et sur la thmatisation. En faisant de b le terme de dpartet le thme de son nonc, lnonciateur opre, en effet, un choix vri-table. Et il est rare quil y ait latitute de choix entre la forme active etla forme passive. De plus, un nonc ne peut pas tre actif ou passifselon le contexte. Par contre, il peut arriver quun mme nonc ren-voie, selon la situation, tantt une thmatisation de a/b, tantt untraitement en bloc de la relation prdicative par rapport Sit. Cest,par exemple, le cas des noncs qui renvoient une ambigut aspec-tuelle du type: valeur gnrique/valeur situationnelle du procs.

    Comme on peut le voir, larticulation entre laspect et la diathsene va pas de soi, bien que tout semble se ramener, en fait, un schma

    DIACRTICA34

    38 Cest ce que Vassant (1980: 148) dcrit de la faon suivante, en reprenant lestermes de Moignet doprativit pour dnommer la phase dynamique du processusverbal et celui de rsultativit pour dnommer sa phase statique: A lactif, nous avonsaffaire lexpression dune oprativit verbale; au passif, celle de loprativit (tre)dune rsultativit verbale (participe pass).

  • danalyse o source (relation primitive), terme de dpart (relation pr-dicative) et thme (en surface) jouent un rle essentiel. En tout cas, ilest bien vident que si lon tient vraiment procder une tude desliens daffinits et des contraintes dexclusion qui existent entre lesdeux catgories grammaticales en question, il nous faut ncessaire-ment prendre en compte tous les indices aspectuo-temporels (tempsmorphologique(s), types de circonstanciels temporels et/ou aspectuels,diffrence qui apparat entre la valeur prise par les formes en tre et enavoir, lorsquelles sont toutes deux possibles pour un mme verbe auparticipe pass, etc,) et diathtiques (prsence ou absence du com-plment dagent, orientation du prdicat, etc.,) contenus dans lnonc.

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  • RESUMO *

    O argumento da Terra Gmea de Hilary Putnam (l975) constitui uma das principais objeces apresentadas na literatura contra as teorias do significado dependor mentalista ou internalista. O argumento tem a forma de uma experinciamental da qual se conclui que a teoria tradicional acerca da natureza do significadodas palavras falsa na medida em que no se pode defender simultaneamente: (i) que saber o significado de uma palavra consiste em apreender a sua intenso,ou seja, estar num determinado estado mental ou psicolgico; (ii) que a intenso de um termo corresponde sua extenso. Putnam defende uma verso de (ii), masrejeita (i). Neste artigo, defende-se que nenhum dos argumentos de Pu