Lição 4- O amor ao dinheiro, a raiz de todos os males...

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Lição 4- O amor ao dinheiro, a raiz de todos os males

Texto Bíblico: 1Timóteo 6.10

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, vivemos sob as mais diversas pressões, para fazermos

das riquezas a base da nossa segurança e da nossa felicidade. A todo instante

somos bombardeados por uma série formidável de impulsos emocionais

externos, que tentam fazer de nós meros consumidores e possuidores de bens.

Se não estivermos precavidos, até mesmo a nossa interpretação acerca de

textos, como “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja

alimento em minha casa. Ponham-me à prova, diz o Senhor dos Exércitos, e

vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas

bênçãos que nem terão onde guardá-las” que está em Malaquias 3.10, sem

que o queiramos, através de um processo inconsciente, pode ser uma base

para gerar sentimentos de amor ao dinheiro.

Satanás sabe como usar uma passagem bíblica, distorcendo o seu real

significado, para nos afastar do propósito de Deus. Ele usou essa tática com o

próprio Cristo (Mt 4.1-11). Os cristãos precisam estar atentos para que o amor

ao dinheiro, de uma forma ou de outra, não venha se aninhar no coração da

igreja. Neste estudo, abordaremos alguns princípios importantes nos quais

devemos pensar.

A NECESSIDADE DE ENSINO DA DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA

O ensino constante da doutrina bíblica da mordomia municiará os

crentes, de recursos poderosos para se defenderem dos constantes assédios

realizados através dos apelos da mídia, para que eles adotem as filosofias do

mundo em relação aos bens materiais. O crente precisa discernir, à luz da

Bíblia, onde, como, quando, e em que deve empregar o seu dinheiro. A Bíblia é

rica em ensinamentos que ajudarão os crentes a não serem consumistas

inveterados.

Olhemos alguns textos:

“Então lhes disse: Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de

ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens" (Lc

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12.15). O ensino de Jesus é claro, o crente precisa ser cauteloso quanto à

conquista de bens, pois eles não são as coisas mais importantes da vida.

“Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a

adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e

sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer

situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando

necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). Nesse

ensino, Paulo, mostra toda a nossa dependência de Deus e torna o crente mais

forte. Além de ensiná-lo a viver mais sabiamente.

“Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas

jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido.

Quando aumentam os bens, também aumentam os que os consomem. E que

benefício trazem os bens a quem os possui, senão dar um pouco de alegria

aos seus olhos?” (Ec 5.10,11). O sábio observou que a alegria dos olhos,

baseada na aquisição e consumo, é passageira; na realidade, frustra a alma.

“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,

pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;

por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso

satisfeitos” (1Tm 6.6-8). A insatisfação com a providência divina tem levado

muitos crentes a se afastarem de Deus, com isso, tornam-se frios

espiritualmente e já não mais desenvolvem seus dons e talentos para servirem

a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23).

O CRENTE PRECISA FAZER DA IGREJA UMA COMUNHÃO DE AMOR

“Ezequias designou os sacerdotes e os levitas por turnos, cada um de

acordo com os seus deveres, para apresentarem holocaustos e sacrifícios de

comunhão, ministrarem, darem graças e cantarem louvores junto às portas da

habitação do Senhor. O rei contribuía com seus próprios bens para os

holocaustos da manhã e da tarde e para os holocaustos dos sábados, das luas

novas e das festas fixas, conforme o que está escrito na Lei do Senhor. Ele

ordenou ao povo de Jerusalém que desse aos sacerdotes e aos levitas a

porção que lhes era devida a fim de que pudessem dedicar-se à Lei do Senhor”

(2Cr 31.2-4).

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Vivendo em amor, fazendo da igreja uma comunhão de amor, eliminando

a louca corrida em busca de posição social, segundo os padrões do mundo,

criando um ambiente de ajuda mútua e fraternidade, sendo uma comunidade

onde os valores espirituais são predominantes, a igreja se constituirá em um

refúgio, onde a família cristã estará abrigada contra as ondas avassaladoras do

materialismo, sejam quais forem as cores ideológicas com que ele venha

pintado.

CADA FAMÍLIA, UMA TRINCHEIRA CONTRA AS CILADAS DO DIABO

“Quando a festa acabou, os israelitas saíram pelas cidades de Judá e

despedaçaram as pedras sagradas e derrubaram os postes sagrados. Eles

destruíram os altares idólatras em todo o Judá e Benjamim, e em Efraim e

Manassés. Depois de destruírem tudo, voltaram para as suas cidades, cada

um para a sua propriedade” (2Cr 31.1).

A busca intensa da vida cristã no lar, como base do poder espiritual da

igreja, fará de cada família uma trincheira contra as artimanhas do diabo, e um

comando eficiente em testemunhar da fé nos valores mais altos. Se os lares

forem consolidados na Palavra de Deus, dificilmente os seus membros serão

levados pelas ondas da visão materialista do mundo. Famílias espiritualmente

fortalecidas jamais passarão privações. Jamais cederão aos desejos de

adquirirem aquilo que está além das suas posses. Jamais irão se endividar

com coisas desnecessárias.

A PRÁTICA DA GENEROSIDADE NA CONTRIBUIÇÃO

“Assim que se divulgou essa ordem, os israelitas deram com

generosidade o melhor do trigo, do vinho, do óleo, do mel e de tudo o que os

campos produziam. Trouxeram o dízimo de tudo. Era uma grande quantidade.

Os habitantes de Israel e de Judá que viviam nas cidades de Judá também

levaram o dízimo de todos os seus rebanhos e das coisas sagradas dedicadas

ao Senhor, o seu Deus, ajuntando-os em muitas pilhas” (2Cr 31.5,6).

Isto fortalecerá os crentes para que não sejam contaminados pela

avareza. Ao separar uma parte da sua renda para servir a Deus, o Cristão está

defendendo a si mesmo de colocar no dinheiro a razão de ser da sua própria

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vida, ao mesmo tempo em que estará contribuindo para que muitos outros, por

meio da obra da igreja, sejam libertados dessa doença maligna.

OS BENS SÃO UMA DÁDIVA DE DEUS

"Prometemos não dar nossas filhas em casamento aos povos vizinhos

nem aceitar que as filhas deles se casem com os nossos filhos. Quando os

povos vizinhos trouxerem mercadorias ou cereal para venderem em dia de

sábado ou de festa, não compraremos deles nesses dias. Cada sete anos

abriremos mão de trabalhar a terra e cancelaremos todas as dívidas.

Assumimos a responsabilidade de, conforme o mandamento, dar anualmente

quatro gramas para o serviço do templo de nosso Deus: para os pães

consagrados, para as ofertas regulares de cereal e para os holocaustos, para

as ofertas dos sábados, das festas de lua nova e para as festas fixas, para as

ofertas sagradas, para as ofertas pelo pecado para fazer propiciação por Israel,

e para as necessidades do templo de nosso Deus. Também tiramos sorte entre

as famílias dos sacerdotes, dos levitas e do povo, para escalar anualmente a

que deverá trazer lenha ao templo de nosso Deus, no tempo determinado, para

queimar sobre o altar do Senhor, o nosso Deus, conforme está escrito na Lei.

Também assumimos a responsabilidade de trazer anualmente ao templo do

Senhor os primeiros frutos de nossas colheitas e de toda árvore frutífera” (Ne

10.30-35).

Não importa o seu gênero ou a sua qualidade. Os bens, sejam humanos

ou materiais, devem ser adquiridos conforme a santidade de Deus e usados

sob a soberania de Deus, para a glória de Deus. Essa é a consciência da

mordomia cristã total. Deus é o Senhor de tudo em nossa vida – da nossa alma

e do nosso corpo com todos os seus envolvimentos, potencialidades,

necessidades, aptidões, e isso não significa somente que Ele nos supre o que

é necessário, mas também que Ele tem direito de exigir contas de nós.

CONCLUSÃO

O dinheiro pode ser uma benção ou uma maldição, dependendo da

nossa submissão ou rejeição aos princípios da Palavra de Deus em relação

aos bens materiais que estão sob a nossa guarda temporária. O dinheiro é o

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melhor escravo – o mais dócil e versátil, mas o pior senhor – o mais violento e

cruel.

O amor ao dinheiro cega a consciência, perverte princípios éticos mais

elevados, gera uma ambição obcecante, tira a sensibilidade da pessoa para

com as necessidades do próximo, deteriora o convívio do homem com a sua

família e com a sociedade, gera conflitos, separação de casais, orfandade com

pais vivos, desequilíbrios emocionais, traumas psíquicos, desvios de conduta,

desajustamento de personalidade, sendo difícil imaginar que o inferno seria um

tormento maior. Talvez seja a doença espiritual mais difícil de curar. Jesus

mesmo afirmou: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm

riquezas!” (Mc 10.23).

Devemos colocar a nossa confiança em Deus, que pode prover todas as

nossas necessidades, e não deixarmos a avareza ocupar todos os espaços do

nosso coração em lugar da fé.

PARA REFLETIR:

Qual o lugar que o dinheiro tem ocupado em minha vida?

Eu e minha família temos sido prudentes em nossas aquisições?

Leia atentamente 1Timóteo 6.10, e veja as consequências da cobiça.

Leitura diária:

Segunda – Malaquias 3.1-12

Terça – Provérbios 3.1-10

Quarta– 2Crônicas 31.1-10

Quinta– 2Crônicas 31.11-21

Sexta– Neemias 10.32-39

Sábado– Lucas 16.1-14

Domingo– 2Timóteo 3.1-9