LIPPING - Microsoft · 2019. 10. 18. · Guarulhos integra grupo de fiscalização contra invasões...
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CLIPPING 18 de outubro de 2019
SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Governo de SP apresenta megaprojeto de desenvolvimento para o Vale do Ribeira ............................... 4
Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental ...................................................................... 7
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 9
Ribeirão tem evento sobre o setor sucroenergético e o futuro do planeta nesta sexta-feira, 18 ............... 9
Artesp não envia representante em audiência pública sobre obras das marginais ................................ 10
Comissão da Câmara aprova projeto de lei que proíbe cavas subaquáticas ......................................... 11
Sema apresenta estratégias para dar mais eficiência ao licenciamento ambiental ................................ 12
Evento na ACIRP discute propostas para desenvolvimento econômico da região .................................. 13
Fazenda convoca contadores para apresentação do programa Via Rápida Empresa .............................. 14
Distrito Industrial de Silvânia receberá 7 novas empresas ................................................................ 15
Governo de SP regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado ............................................. 16
Guarulhos integra grupo de fiscalização contra invasões na Serra da Cantareira .................................. 17
Centro logístico ignora Justiça e segue processo de licenciamento ..................................................... 18
Programa Metrópole Em Foco / Decreto sobre a proibição de canudos no estado de São Paulo foi assinado
/ Parte II .................................................................................................................................... 19
Prefeitura gasta quase R$ 300 mil para evitar novos deslizamentos no aterro ..................................... 20
Pardini apresenta mais documentos para construção da Represa no Rio Pardo .................................... 21
Seminário discute a economia da RMRP ......................................................................................... 22
Poluição em São Paulo está caindo ................................................................................................ 24
Acidente entre ônibus e caminhão deixa feridos na Rodovia Anhanguera em Porto Ferreira .................. 27
Parque ecológico do Guarapiranga recebe 370 mil pessoas por ano ................................................... 28
Âncora pergunta ao empresário André se terá final feliz o projeto Andaranguá .................................... 29
Praça da Cidadania será inaugurada no dia 27 de outubro em Santo André ........................................ 30
Trabalhadores de usina sucroalcooleira encontram filhote de gato-do-mato em meio a canavial em Junqueirópolis ............................................................................................................................. 31
Campanha propõe R$ 0,25 a mais no preço de sanduíche para reduzir sofrimento de milhões de frangos 33
Flagra da semana ........................................................................................................................ 35
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 36
Resgate do propósito ................................................................................................................... 36
Macacos obrigados a girar, gatos com 13 extrações de sangue por dia ............................................... 38
A natureza já não pode mais sustentar os humanos ......................................................................... 40
SP lança ‘São Paulo Mais Humana’ para aproximar voluntários e entidades assistenciais ...................... 42
'Blob': o que é a misteriosa criatura com 720 sexos e sem cérebro .................................................... 44
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 46
Painel: Briga intestina fragiliza imagem de Bolsonaro no Congresso e desmoraliza o PSL ...................... 46
Com pré-sal, Petrobras anuncia recordes de produção no 3º trimestre ............................................... 48
Meio ambiente sem achismo ......................................................................................................... 49
Justiça aceita recuperação judicial da Renova Energia e nomeia KPMG como gestora ........................... 50
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Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Bolsonaro não irá se opor caso STF vete condenação em 2ª instância ....................... 52
Opinião: Amazônia: esse debate tá errado, certo? ........................................................................... 54
Se Amazônia virasse pasto, região ficaria 5,5ºC mais quente e continente teria menos chuva ............... 56
Anvisa dá aval para venda de água do mar dessanilizada ................................................................. 58
Em livro, FHC diz que se sentia como goleiro de Lula contra desconfiança internacional ....................... 59
Doria cria app para facilitar doações a ONGs em meio a cortes de gastos para assistência .................... 62
ESTADÃO ................................................................................................................................... 65
Uma fusão improvável ................................................................................................................. 65
Choro sobre o óleo derramado ...................................................................................................... 66
Começa o debate sobre a reforma sindical ...................................................................................... 68
Clima, prioridade do FMI .............................................................................................................. 69
Petrobrás bate recorde de produção no 3º trimestre ........................................................................ 71
Governo federal é cobrado por plano contra avanço de óleo no litoral ................................................ 72
Tambores da Shell achados no Nordeste eram de empresas dos Emirados Árabes e da Libéria .............. 74
FHC: ‘Huck vai deixar de ser celebridade e ser líder?’ ....................................................................... 76
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 78
Cenário econômico mundial continua com risco negativo, diz FMI ...................................................... 78
José de Souza Martins: O mundo que o Sínodo da Amazônia se propõe a decifrar é o mundo da alienação ................................................................................................................................................. 80
Recuperação da Renova consolida nova relação entre Cemig e Light .................................................. 82
State Grid indica interesse na privatização da Eletrobras .................................................................. 83
Pré-sal puxa alta na produção da Petrobras .................................................................................... 84
SP prepara mudança na previdência, afirma Meirelles ...................................................................... 85
Para FHC, Bolsonaro se destaca pelo anacronismo ........................................................................... 86
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP
Veículo2: Diário do Litoral
Veículo3: Diário Comercial
Veículo4: Jornal Regional
Data: 17/10/2019
Governo de SP apresenta megaprojeto de desenvolvimento
para o Vale do Ribeira
Iniciativa prevê R$ 2 bilhões em investimentos
públicos e privados e criação de 30 mil
oportunidades de emprego e geração de renda
até 2022
Governo de São Paulo vai alavancar economia
das cidades do Vale do Ribeira e eliminar
gargalos sociais de curto prazo
Programa prevê R$ 1 bilhão em investimentos
públicos e atração de mais R$ 1 bilhão em
recursos privados
Fomento econômico irá apoiar vocações da
região, como agricultura, piscicultura,
gastronomia regional e turismo ecológico e
cultural
O Governador João Doria lançou, nesta quinta-
feira (17), um megaprojeto de políticas
públicas para impulsionar ações de curto,
médio e longo prazo de desenvolvimento
econômico e social do Vale do Ribeira.
Denominado Vale do Futuro, o programa
prevê R$ 1 bilhão em investimentos públicos e
atração de mais R$ 1 bilhão em recursos
privados, além de 30 mil oportunidades de
emprego, renda e empreendedorismo até o
final de 2022.
“Este é o maior e mais importante projeto
para o desenvolvimento social e redução da
pobreza em São Paulo. É um projeto inovador
e transformador e que vai envolver todas as
áreas do nosso governo”, afirmou Doria na
cerimônia de lançamento no Palácio dos
Bandeirantes. O evento reuniu cerca de 2 mil
pessoas, entre autoridades públicas,
empresários, representantes da sociedade civil
e lideranças comunitárias do Vale do Ribeira.
Embora São Paulo seja o Estado brasileiro com
os mais altos índices de desenvolvimento,
condições históricas e geográficas acabaram
isolando os municípios do Vale do Ribeira das
demais regiões paulistas.
Como consequência, as cidades do Vale do
Ribeira têm médias piores em indicadores
como PIB per capita, percentual de inscritos
em programas sociais, renda média de
emprego formal e mortalidade infantil, entre
outros. O IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) da região é de 0,711 (nível médio),
abaixo da média estadual de 0,783 (nível
alto).
“[A criação desse programa] é um trabalho de
muitos meses, que ilustra a visão integrada de
20 secretarias, com todos os prefeitos do Vale
do Ribeira e com todos que estão aqui hoje. O
objetivo é criar o maior exemplo de emprego e
geração de renda, mas a forma de trabalhar é
o que vai fazer com que a gente alcance um
resultado diferente”, afirmou a Secretária de
Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da
Silva.
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Grupo de Comunicação
A meta do Governo de São Paulo é alavancar
a atividade econômica nas cidades do Vale do
Ribeira e eliminar gargalos sociais de curto
prazo, em benefício de uma população somada
de 340 mil habitantes. Ao mesmo tempo, o
Estado organiza ações intersetoriais entre 20
secretarias para obras e projetos de melhoria
da qualidade de vida na região, com ênfase
em saneamento, saúde, educação,
infraestrutura urbana, logística e habitação.
“O Vale do Futuro é uma grande esperança de
futuro para o Vale do Ribeira, uma região de
grande potencial de desenvolvimento”,
destacou o Secretário de Desenvolvimento
Regional, Marco Vinholi.
O fomento econômico prevê apoio às vocações
da região, como agricultura, piscicultura,
gastronomia regional e turismo ecológico e
cultural. O Governo de São Paulo pretende
aliar o aumento de oportunidades no Vale do
Ribeira à preservação ambiental e ao
desenvolvimento sustentável. A região conta
com 100 km de litoral e 21% de toda a Mata
Atlântica remanescente do país, além de
abrigar 30 comunidades quilombolas e 10
aldeias indígenas.
A agência estadual Desenvolve SP, por
exemplo, vai disponibilizar R$ 100 milhões
com taxas subsidiadas em crédito para micro,
pequenas e médias empresas do Vale do
Ribeira. Outra meta é oferecer, até 2022, R$
75 milhões em microcrédito pelo Banco do
Povo para empreendedores formais (pessoas
jurídicas – MEI e ME).
O Estado também vai oferecer capacitação
profissional pelos programas Novotec, Via
Rápida, Meu Emprego Cidadão Trabalhador,
Meu Emprego Trabalho Inclusivo e qualificação
empreendedora pelo Sebrae-SP. No próximo
dia 29, a cidade de Registro receberá o
programa Empreenda Rápido, que incentivar
empreendedores por meio da concessão de
linhas de crédito, cursos de qualificação em
gestão de negócios e formalização de
empresas.
Presente na cerimônia, o Presidente da
Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado
Cauê Macris, enfatizou a importância de se
priorizar a gestão social em paralelo às ações
de desenvolvimento econômico. “O Governo
do Estado de São Paulo já avançou em muitas
áreas: criou Fatecs, Etcs, criou [linhas de]
metrô, trilhos, hoje é o Estado mais rico da
federação. Mas é a primeira vez que eu vejo a
sensibilidade com aqueles que mais precisam
do nosso Estado de São Paulo”, disse.
Educação e mobilidade social
Para ampliar a mobilidade social, o programa
Prospera prevê oferta de bônus financeiro a 4
mil estudantes da rede estadual do último ano
do ensino fundamental e de todo o ensino
médio. Serão beneficiados jovens com renda
familiar per capita de até R$ 178 para
melhorar indicadores educacionais e a
qualidade da aprendizagem. A ação piloto será
feita com 22 municípios e prevê investimento
inicial de R$ 5 milhões. O Estado também
dobrará o repasse das verbas do Fundo
Estadual de Assistência Social para a região,
passando de R$ 2,7 milhões para R$ 5,4
milhões anuais.
O Fundo Social de São Paulo, por sua vez,
participa do projeto com oferecimento de
cerca de 500 vagas das escolas de qualificação
para pessoas em situação de vulnerabilidade
social em 17 municípios da região.
Logística e transportes
A reduzida malha viária é um dos entraves
para o desenvolvimento econômico do Vale do
Ribeira. O Estado vai investir R$ 200 milhões
em 12 obras em rodovias, vicinais e pontes no
Vale do Ribeira. Ao todo, são quase 200 km de
serviços em rodovias como a SP-165
(Eldorado, Iporanga e Apiaí), SP-193
(Eldorado e Jacupiranga) e SP-057 (Juquitiba).
O Vale do Ribeira também será beneficiado
pela futura concessão rodoviária do Litoral Sul,
que prevê a duplicação de 45 quilômetros da
SP-055 entre Miracatu e Peruíbe,
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Grupo de Comunicação
modernizando o principal corredor viário até a
Região Metropolitana de Santos e o Litoral
Norte.
Tributação
A ampliação do ICMS Ecológico é outra
inovação para injetar mais recursos nos caixas
das prefeituras do Vale do Ribeira. O Estado
vai propor à Assembleia Legislativa novo
percentual de repasse do IPM (Índice de
Participação dos Municípios) para cidades em
áreas de proteção e alíquotas diferenciadas a
empresas com compromisso de
responsabilidade ambiental.
Habitação
O Estado também já confirmou investimento
de R$ 25 milhões em 2020 no programa Viver
Melhor. A meta é requalificar até 5 mil
moradias no Vale do Ribeira com melhorias
habitacionais e urbanas e emissão de títulos
de propriedade por meio de regularização
fundiária.
Saneamento e meio ambiente
Nas ações ambientais, o Governo de São Paulo
pretende levar saneamento básico a regiões
isoladas onde a Sabesp não atua e dar
tratamento adequado para o esgoto
residencial rural. A meta de curto prazo é
instalar 2 mil fossas sanitárias e beneficiar 4
mil habitantes. Outra proposta é criar quatro
projetos piloto de coleta seletiva e reciclagem
de lixo no Vale do Ribeira.
Turismo
No primeiro semestre de 2020, o Vale do
Ribeira será palco da primeira edição da
Adventure Week São Paulo, em parceria com a
Adventure Travel Trade Association. A
proposta é inserir destinos da região no
catálogo de operadores nacionais
internacionais. Com três parques ecológicos
estaduais e mais de 300 cavernas, o Vale do
Ribeira é classificado como patrimônio natural
e cultural pela Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura).
Saúde
Nos próximos meses, o Estado prevê entregar
Unidades Básicas de Saúde em Miracatu e
Iguape, sob investimento total de R$ 6,4
milhões. Em novembro, outro investimento de
R$ 40 milhões deve ser feito para
complementação e finalização do novo hospital
de Pariquera-Açu, com entrega prevista para o
final de 2021. A nova sede do Direção
Regional de Saúde de Registro recebeu R$ 16
milhões e deve funcionar em janeiro de 2020.
Além disso, a reforma do Pronto Atendimento
de Juquiá deverá ser concluída em maio, ao
custo de R$ 1,5 milhão.
Para mais informações:
www.saopaulo.sp.gov.br/valedofuturo.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/gov
erno-de-sp-anuncia-investimentos-para-o-
vale-do-ribeira/
https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/p
ara-governo-do-estado-futuro-do-vale-do-
ribeira-passa-pelo-programa/129642/
http://cloud.boxnet.com.br/yy6m35vy
http://cloud.boxnet.com.br/y23qqkk4
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Grupo de Comunicação
Veículo: Sistema Costa Norte
Data:
Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental
Governador também assinou contrato para a
compra de 40 mil pistolas e anunciou a
aquisição de mais 10 mil armas
Ogovernador João Doria entregou, na
segunda-feira (14), 89 viaturas à Polícia
Militar Ambiental do Estado de São Paulo.
entregues até novembro. A aquisição foi
realizada pela Secretaria de Infraestrutura
e Meio Ambiente (Sima), com um
investimento total de R$ 16,8 milhões, para
reforçar a frota da PM Ambiental e,
consequentemente, sua atuação na
fiscalização às infrações contra 'Com estes
veículos, nós estamos ampliando a fiscalização
aos quatro Batalhões de Policiamento
Ambiental existentes no Estado. O governador
João Doria também assinou contrato para
compra de 40 mil pistolas semiautomáticas de
calibre .40 e anunciou que outras 10 mil
armas serão adquiridas. Para a compra das 40
mil pistolas, foram investidos R$ 35,6 milhões.
Cada uma delas foi adquirida pelo valor
unitário de R$ 891,86, o que representou uma
economia total de cerca de R$ 53 milhões aos
cofres públicos. A aquisição foi realizada por
meio de processo licitatório e teve 'A nossa
vantagem foi que, com o valor correspondente
para aquisição de 40 mil armas, estamos
comprando 50 mil. São 40 mil que já foram
incorporadas e mais 10 mil, mantida a mesma
condição de preço por arma. Essas são as
armas que a polícia americana utiliza. São as
melhores pistolas do mundo', afirmou o
governador. A aquisição faz parte de um
pacote de investimento de R$ 108,9 milhões
que inclui a compra de 1 mil fuzis calibre 7,62,
300 fuzis calibre 5,56, dois fuzis de alta
precisão, dez metralhadoras
leve e 1 mil armas de incapacitação
neuromuscular, além de 500 escudos e 5,5 mil
coletes balísticos. As armas foram testadas em
setembro de 2019. As pistolas serão
entregues em cinco lotes diferentes, com 8 mil
armas em cada um deles. O primeiro deverá
ser entregue em até 90 dias da assinatura do
contrato e o último até o final do primeiro
semestre do próximo ano.
O processo licitatório para a compra das
armas seguiu a norma internacional
AC/225/D14 da Organização do Tratado
Atlântico (Otan) para armas leves, que incluiu
testes de tiro, precisão e força da puxada de
gatilho e queda, por exemplo, ocorrências em
áreas de proteção integral ou de uso
sustentável que consumiram 3.460 hectares
de vegetação, enquanto neste ano foram
registradas 74 ocorrências que afetaram 2.167
hectares. reduzir incêndios florestais durante o
inverno.
A ação é coordenada pela Sima e conta com a
parceria do Corpo de Bombeiros, da
Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa
Civil (Cepdec), da Polícia Militar Ambiental, da
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), da Fundação Florestal e o Instituto
Florestal. Gestores, monitores e voluntários no
entorno de áreas toramento e combate ao
fogo. Também há parcerias com
empreendedores de usinas de álcool e açúcar
e por meio dos Planos de Auxílio Mútuo. Neste
ano, 267 municípios aderiram à Operação.
Os veículos fazem parte de um pacote de 152,
os outros 63 serão o meio ambiente em todo o
território estadual. ambiental para evitar
desmatamentos, extrações ilegais e monitorar
focos de incêndio e de conservação. São Paulo
tem desmatamento zero. A cobertura vegetal
foi ampliada nestes últimos dois Do total dos
veículos, 100 são do modelo Fiat Palio e 52
tipo como vencedora a empresa austríaca
Glock.
Operação Corta-Fogo
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Grupo de Comunicação
A Operação Corta-Fogo 2019 registrou até o
dia 10 de outubro uma redução de 41% no
número de ocorrências de incêndios florestais
em Unidades de Conservação e de 37% de
área queimada O contrato foi assinado no dia
14 de outubro, no Palácio dos Bandeirantes
em comparação ao ano anterior. Em 2018,
foram registradas 125 O Governo do Estado
promove um conjunto de ações para verdes
são capacitados para atuar em prevenção,
controle, monitoramento.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32559160&e=577
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Portal Revide
Data: 17/10/2019
Ribeirão tem evento sobre o setor sucroenergético e o futuro do planeta nesta sexta-feira, 18
1º Fórum do Meio Ambiente da AEAARP traz
especialistas para debater questões
ambientais
O avanço do setor sucroenergético e a
normatização ambiental do setor são os temas
do 1º Fórum de Meio Ambiente que a
Associação de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP)
promoverá nessa sexta-feira, 18, a partir das
8h.
Autoridades, profissionais, empresários,
produtores e pesquisadores pautarão o tema
“O setor sucroenergético e os desafios do
planeta”.
Antônio Luiz Lima Queiroz, dirigente da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), diz que o desafio atual é
aprimorar as regulamentações para o uso da
vinhaça, da torta do filtro do processamento
do etanol e da cinza da caldeira no cultivo na
cana-de-açúcar.
O setor sucroenergético responde por 2% do
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Significa que mais de R$ 40 bilhões são
movimentados em negócios que envolvem a
cana, do campo à industrialização. Para
Queiroz, que vai compor a mesa de debates
do Fórum, o desafio é otimizar a utilização do
subproduto, colaborando para os resultados
ambientais e financeiros.
Serviço
1º Fórum de Meio Ambiente
18 de outubro – das 8h às 13h
Local: AEAARP (entrada pela Rua Almirante
Gago Coutinho, 333)
Inscrições no site da AEAARP
Ingresso solidário: 2 quilos de alimentos não
perecíveis
https://www.revide.com.br/noticias/agronegoc
io/ribeirao-tem-evento-sobre-o-setor-
sucroenergetico-e-o-futuro-do-planeta-nesta-
sexta-feira-18/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio 94 FM
Data: 17/10/2019
Artesp não envia representante em audiência pública sobre obras das
marginais
Conforme a 94 antecipou, a Artesp não enviou
representante à audiência pública realizada na
manhã desta quinta-feira (17), para discutir o
projeto de passagem em nível da marginal da
rodovia Marechal Rondon, com a avenida
Duque de Caxias. Mesmo com a ausência de
representantes do governo estadual, a
audiência foi bastante concorrida, contando
com a presença de vereadores, representantes
da Assenag, comerciantes e de conselhos
municipais, além do vice-prefeito Toninho
Gimenez, secretários municipais e os
presidentes da Emdurb, Eliseu Eclair e da Via
Rondon, Fábio Abritta. Mais informações com
o repórter Emerson Luiz.
Durante a audiência, foi cogitada a
possibilidade da realização das obras a partir
do Gasparini. A 94 já noticiou que ainda não
há licença ambiental emitida pela Cetesb,
para a realização das obras nesse trecho.
O post Artesp não envia representante em
audiência pública sobre obras das marginais
apareceu primeiro em 94FM.
https://94fm.com.br/artesp-nao-envia-
representante-em-audiencia-publica-sobre-
obras-das-marginais/
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Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Veículo2: Rádio Peão
Veículo3: Gazeta SP
Data: 17/10/2019
Comissão da Câmara aprova projeto de lei que proíbe cavas subaquáticas
Projeto de lei também estabelece fechamento
das cavas já existentes. O texto define que
destinação final deve ser feita em solo.
Por G1 Santos
A Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos
Deputados aprovou, nesta quarta-feira (16),
um projeto de lei que proíbe a construção de
cavas subaquáticas em oceanos, rios, lagos,
lagoas ou estuários. O texto segue agora para
a Comissão de Constituição e Justiça e, se
aprovada, vai para sanção do presidente Jair
Bolsonaro.
O Projeto de Lei nº 3285/2019, de autoria da
deputada federal Rosana Valle (PSB/SP),
busca evitar que empresas depositem resíduos
sólidos, semissólidos e pastosos ou
sedimentos contaminados em ambientes
aquáticos. Além de proibir a abertura das
novas cavas, o projeto também estabelece o
fechamento dos depósitos já existentes no
prazo de cinco anos.
A destinação final, ainda segundo o texto da
lei, deve ser feita em solo. O projeto também
determina que os resíduos passem por um
sistema de tratamento específico para ser
descontaminado antes da disposição final
adequada ou também para o caso de ser
reaproveitado como material reciclado.
Além disso, os cursos de remoção, tratamento
e disposição dos resíduos contaminados serão
de responsabilidade das empresas que
produzirem o material ou as que tenham o
interesse na remoção. Aquelas que forem
flagradas depositando os resíduos tóxicos de
forma ilegal, podem ser penalizadas com a
perda de benefícios fiscais ou de créditos.
Cava subaquática
Em Cubatão, uma cratera de 25 metros de
profundidade e 400 metros de largura,
escavada às margens de um manguezal no
Largo do Casqueiro para receber o passivo
ambiental do início da exploração do Polo
Industrial de Cubatão, está instalada há quase
meio século.
Os sedimentos contaminados depositados nela
estavam no fundo de Piaçaguera, cuja
navegabilidade foi ampliada. A cava
subaquática está preenchida com cerca de 2,4
bilhões de litros de sedimentos tóxicos.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) e o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) afirmam que a cava não
oferece riscos à natureza ou à comunidade.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/10/17/comissao-da-
camara-aprova-projeto-de-lei-que-proibe-
cavas-subaquaticas.ghtml
http://radiopeao.blog.br/comissao-da-camara-
aprova-projeto-de-lei-que-proibe-cavas-
subaquaticas/
http://cloud.boxnet.com.br/y3teg6mb
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: Bem Notícias
Veículo2: Celeiro do Norte
Veículo3: O Documento
Veículo4: O Estado Mato Grosso do Sul
Veículo5: Portal MT
Data: 17/10/2019
Sema apresenta estratégias para dar
mais eficiência ao licenciamento ambiental
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(Sema) apresentou em São Paulo as
estratégias do Governo de Mato Grosso para
aumentar a eficiência do licenciamento
ambiental para o setor energético. A palestra
foi feita pela secretária de Meio Ambiente e
vice-presidente da Associação Brasileira de
Entidades Estaduais de Meio Ambiente
(Abema), Mauren Lazzaretti, durante a
abertura do Lase 2019 – Licenciamento e
Gestão Socioambiental no Setor Elétrico.
“O licenciamento digital será um marco na
gestão ambiental do Estado. A tecnologia irá
reduzir em, pelo menos, 20% o tempo de
resposta ao empreendedor, eliminando a
tramitação burocrática do processo físico. O
sistema também permitirá mais transparência
das informações e visão geoespacial do
Estado”, destacou Mauren Lazzaretti.
A previsão é de que o sistema, que permitirá a
integração entre as diversas ferramentas
utilizadas atualmente na Sema, esteja
implementado em 2020.
A redução no tempo de resposta ao
empreendedor é uma das principais metas da
atual gestão da Sema. Desde o início de 2019,
a Pasta, por meio da revisão de fluxos e
processos, reduziu em 52% o tempo médio de
análise dos processos de licenciamento, ou
seja, 230 dias para análise dos processos a
média caiu para 111 dias, abaixo do limite
legal de seis meses.
Também estavam presentes na abertura do
Lase 2019, o presidente da Centrais Elétricas
Brasileiras S.A (Eletrobras), Wilson Ferreira
Júnior; secretário de Estado de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável de Minas
Gerais e presidente da Associação Brasileira
de Entidades Estaduais de Meio Ambiente
(Abema), Germano Vieira; a secretária de
Estado da Secretaria do Ambiente e
Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Ana Lúcia
Santoro e a diretora-presidente da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), Patrícia Faga Iglecias
Lemos.
Lase 2019
Há dez anos, o Lase reúne governos e
empresas do setor de geração e transmissão
de energia para discutir temas da gestão
socioambiental dos empreendimentos. Os
debates e palestras apresentam as
experiências dos empreendedores, aspectos
regulatórios e técnicos da pauta ambiental e
social dos projetos do setor elétrico.
“Esta é uma oportunidade para debatermos
temas relevantes na agenda ambiental como a
Lei Geral do Licenciamento, as autorizações
ambientais para o setor energético, além de
discussões relevantes sobre alternativa de
fontes de energia e planejamento estratégico
para garantir a matriz energética do País”,
finaliza a gestora do órgão ambiental mato-
grossense.
A conferência reúne mais de 60 palestrantes
de diversos setores ligados ao setor elétrico e
segue até 17 de outubro. O evento é realizado
no Rooftop 5 & Centro de Convenções no
bariro Pinheiros, em São Paulo.
https://bemnoticias.com.br/sema-apresenta-
estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-
licenciamento-ambiental/
http://www.celeirodonorte.com.br/VerNoticia/
26024
https://odocumento.com.br/sema-apresenta-
estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-
licenciamento-ambiental/
https://oestadodematogrosso.com.br/noticias/
cidades/3471-sema-apresenta-estrategias-
para-dar-mais-eficiencia-ao-licenciamento-
ambiental.html
http://portalmt.com.br/sema-apresenta-
estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-
licenciamento-ambiental/
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Facesp
Data: 17/10/2019
Evento na ACIRP discute propostas
para desenvolvimento econômico da região
Investe Ribeirão é uma realização da
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto em
parceria com a Investe SP e a ACIRP, com
apoio do Ciesp, Sincovarp e Assilcon;
seminário será dia 21, às 8h30
A ACIRP – Associação Comercial e Industrial
de Ribeirão Preto, e a Prefeitura Municipal
promovem na próxima segunda-feira, dia 21,
o seminário “Investe RP SP – Diálogos &
Oportunidades”, com o objetivo de debater
propostas para acelerar o desenvolvimento
econômico da Região Metropolitana.
Realizado no período da manhã, das 8h30 às
12h, o evento será gratuito e oferecerá três
palestras aos participantes, todos com o
Prefeito Municipal, Duarte Nogueira como
moderador.
A primeira palestra, às 9h30, será
“Licenciamento e Simplificação”, ministrada
por Patrícia Iglesias, diretora presidente da
Cetesb, e terá como debatedores o presidente
da ACIRP, Dorival Balbino, e a secretária
municipal de Meio Ambiente, Dra. Sônia Valle.
Às 10h15 ocorre a palestra “Linhas de
Financiamento”, ministrada por Ana Paula
Shuay, superintende de Negócios - Setor
Privado, do Desenvolve SP, tendo como
debatedores André Fávero, subsecretário de
Competitividade da Indústria, Comércio e
Serviços, e Edsom Ortega, secretário
municipal de Planejamento e Gestão Pública.
A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento
da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e
Oportunidades”, começa às 11h e será
ministrada por Wilson Melo, presidente da
Investe SP, tendo como debatedores André
Fávero, subsecretário de Competitividade da
Indústria, Comércio e Serviços; Nelson Rocha
Augusto, economista e presidente do Banco
Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor
regional da Ciesp.
O prefeito Duarte Nogueira será o moderador
das três palestras.
O seminário será realizado na sede da ACIRP,
no Auditório Amin Antônio Calil, à rua
Visconde de Inhaúma, 489 – 6º andar –
Centro. A inscrição deve ser feita no site da
ACIRP.
Investe RP SP – Diálogos & Oportunidades
Data: 21 de outubro, segunda-feira
Horário: 8h30 às 12h
Local: Sede da ACIRP, no Auditório Amin
Antônio Calil, à rua Visconde de Inhaúma, 489
– 6º andar – Centro
Inscrição:
https://www.acirp.com.br/eventos/evento_list
.php?cod=1416
https://facesp.com.br/noticia/evento-na-acirp-
discute-propostas-para-desenvolvimento-
economico-da-regiao
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Exemplo Indaiatuba
Data: 17/10/2019
Fazenda convoca contadores para apresentação do programa Via Rápida
Empresa
Novo método de abertura de empresa vigora a
partir de hoje, dia 17
A Prefeitura de Indaiatuba por meio da
Secretaria da Fazenda firmou convênio com o
Governo do Estado por meio da Junta
Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp),
para utilizar o programa de licenciamento de
empresas Via Rápida Empresa (VRE). O novo
método para abertura de CNPJ passa valer a
partir do dia 17 de outubro e para integrar os
contadores com o novo sistema o
Departamento de Rendas Mobiliarias realiza na
terça-feira (15) às 10h no auditório da
Prefeitura a apresentação do Módulo Estadual
de Licenciamento do Via Rápida Empresa, e
convoca a participação dos contadores da
cidade.
O Via Rápida Empresa integra os sistemas
Cadastro Web e o Sistema Integrado de
Licenciamento (SIL), para coleta de dados
para o registro empresarial, consulta prévia de
viabilidade de localização apenas para
municípios conveniados, e as licenças para o
exercício das atividades econômicas,
envolvendo os municípios paulistas
(conveniados ou não) e os órgãos estaduais
responsáveis pelo licenciamento: Vigilância
Sanitária (representada pelo Centro de
vigilância Sanitária – CVS), Meio Ambiente
(representado pela Cetesb) e Corpo de
Bombeiros.
Anteriormente ao convênio a Prefeitura não
mantinha o controle de quantas empresas
iniciavam atividade na cidade, com esse
método qualquer abertura de CNPJ depende
de prévia da administração municipal.
“Atualmente temos mais de cinco mil CNPJs
sem cadastro mobiliário municipal na
Prefeitura. Com o Via Rápida Empresa, além
de desburocratizar o processo teremos um
controle melhor das aberturas, alterações e
encerramento de empresas”, comenta o
responsável pelo Departamento de Rendas
Mobiliarias, Luiz Antônio Cezário dos Santos.
As atividades econômicas de baixo impacto
relacionadas no CNAE (Código Nacional de
Atividade Econômica), serão analisadas em
primeiro momento pela Prefeitura,
manifestando quanto aprovação ou não. Caso
a empresa não atenda aos critérios de
zoneamento, o pedido será reprovado.
http://www.jornalexemplo.com.br/jornal/faze
nda-convoca-contadores-para-apresentacao-
do-programa-via-rapida-empresa/
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura de Novo Matão
Data: 17/10/2019
Distrito Industrial de Silvânia
receberá 7 novas empresas Lucas Marcelino
Empreendimentos animam setor de
construção civil e abrirão vagas de trabalho;
Nova licitação será realizada dia 13 de
novembro para mais interessados em adquirir
lotes
Após a abertura dos envelopes da
Concorrência Pública no dia 9 de outubro, a
Prefeitura de Matão, por meio da Secretaria de
Planejamento e Desenvolvimento Econômico,
informa sobre as empresas que serão
instaladas no Distrito Industrial de Silvânia.
Até o fechamento desta edição na tarde de
quinta-feira (17), nenhuma empresa havia
entrado com pedido de recurso, sendo que o
prazo máximo era até as 17h. Portanto, 18
lotes foram comprados por sete empresas de
diferentes ramos, sendo elas Orivaldo Montor -
ME, Israel Henrique da Silva, Polymers High
Performace Iindústria de Revestimento
Termoplástico LTDA, Redentor Rebarbação,
Usinagem e Fundição LTDA, Rhaifel Montagens
Industriais LTDA, Sofer Cotton Máquinas e
Equipamentos LTDA e Terravam Construtora
LTDA. Empreendimentos animam o setor de
construção civil e abrirão novas vagas no
mercado de trabalho.
De acordo com o prefeito Edinardo Esquetini,
ainda estão disponíveis 112 terrenos de 1000
m² até 1800 m². 'Quero lembrar que é uma
grande oportunidade para o empresário que
pagará 10% do valor de um terreno que já
está com toda infraestrutura pronta, sendo
guias, sarjetas, água e esgoto, energia e o
mais importante para o empresário: licenciado
pela Cetesb. Lembrando que a maioria dos
terrenos são de 1000 m², apenas os de
esquina chegam a 1800 m², de qualquer
forma, a pessoa pode comprar dois, três,
quatro, cinco ou mais lotes com o pagamento
de 10% do valor, lógico que a licitação abre a
possibilidade dos lances, ou seja, alguém dá
10% ou 12%, vai outro e dá 15% ou 20%,
então quem dá mais pela área fica com o
terreno', fala.
Desta forma, empresários que estiverem
interessados em adquirir lotes, uma nova
Concorrência Pública acontecerá no dia 13 de
novembro, às 8h30, no Departamento de
Compras e Licitações. 'Abrimos mais uma vez
esta possibilidade aos empresários que
desejam comprar um lote, porque queremos
gerar emprego e renda por meio do Distrito
Industrial de Silvânia. Este é um processo que
será de desenvolvimento da cidade, ou seja,
esta é uma oportunidade importante para os
empresários porque será um investimento de
baixo custo e que, após a instalação das
empresas, aproximadamente 400 empregos
serão gerados de forma direta, além dos
empregos indiretos durante o processo de
construção e de elaboração dos projetos',
explica Hudson Martins, secretário da pasta
responsável.
Empresas de médio e grande portes serão
instaladas no local. Lembrando que as antigas
concessões foram revogadas, portanto, as
empresas interessadas devem participar da
licitação para poder adquirir os terrenos. É
importante observar quais os tipos de
atividades que podem ser realizadas (Cetesb).
As empresas terão o prazo de seis meses para
fazer o projeto, aprová-lo e iniciar as obras. Já
a finalização deve ocorrer no máximo de 360
dias, caso não seja cumprida, a Prefeitura de
Matão poderá retomar essas áreas para
concessão a uma nova empresa.
Lembrando que, após 14 anos do protocolo
feito junto à Cetesb, a atual gestão resolveu
as pendências que existiam desde 2003. Ao
longo de 2017, aconteceu um amplo trabalho
de adequação do distrito e a liberação foi
amparada pelos trâmites legais, que ainda
incluiu a licença de operação publicada pela
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb). Dentre os ajustes realizados
estão a recuperação das galerias de águas
pluviais, pavimentação, interligação da rede
de esgoto, construção das calçadas ecológicas
e adequações na área verde, instalação da
bomba d'água, outorga do poço, plantio de
árvores e outras questões ambientais.
http://novo.matao.sp.gov.br/distrito-
industrial-de-silvania-recebera-7-novas-
empresas/
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal A Rua
Veículo2: O Liberal
Veículo3: Tribuna de Ribeirão
Veículo4: Jornal SP Norte
Veículo5: Jornal do Comércio Matão
Data: 18/10/2019
Governo de SP regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32555376&e=577
https://liberal.com.br/brasil-e-
mundo/brasil/governo-regulamenta-lei-que-
proibe-canudos-plasticos-no-estado-de-sp-
1091843/
https://www.tribunaribeirao.com.br/site/canu
dos-plasticos-ja-estao-proibidos-em-sp/
https://www.jornalspnorte.com.br/distribuicao
-de-canudos-plasticos-estao-proibidos-no-
estado-de-sao-paulo/
http://cloud.boxnet.com.br/y4dp2h8w
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos Hoje
Data: 17/10/2019
Guarulhos integra grupo de fiscalização contra invasões na Serra
da Cantareira
A preservação do meio ambiente na região
metropolitana de São Paulo ganhou um
importante aliado na manhã desta quarta-feira
(16). Em encontro realizado na sede da
Secretaria Estadual de Segurança Pública, as
prefeituras de São Paulo, Guarulhos e Governo
do Estado criaram o Grupo de Trabalho para
Fiscalização Integrada de Invasões na Serra
da Cantareira, que realizará um trabalho
intensivo nas áreas de proteção ambiental do
parque estadual.
A fiscalização integrada tem a missão de
impedir invasões que ocorrem quase que
diariamente na Serra da Cantareira, além de
realizar a retirada de invasores já
estabelecidos na região, que se aproveitam da
imensidão da serra para se consolidar
irregularmente no local. O Grupo de Trabalho
é composto pela Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente de São Paulo, Secretaria de
Meio Ambiente de Guarulhos, Polícia Militar
Ambiental, Guarda Civil Ambiental de
Guarulhos e Subprefeitura do
Jaçanã/Tremembé.
A Prefeitura de Guarulhos foi representada na
reunião pelo secretário de Meio Ambiente,
Adbo Mazloum, e pelo secretário-adjunto de
Segurança, Joel Bomfim, que estiveram
acertando os detalhes da implantação do
grupo com o secretário-executivo de
Segurança de São Paulo, coronel Álvaro
Batista Camilo, e com técnicos das secretarias
de Meio Ambiente de Guarulhos e São Paulo.
Os órgãos municipais e estaduais realizarão
ações de rotina e atenderão denúncias sobre
invasões, contando ainda com aeronaves para
sobrevôos na área para mapeamento das
invasões. Para denunciar ilícitos ambientais
em Guarulhos, a SEMA disponibiliza o número
0800-772-2006, que não requer identificação
do denunciante.
https://www.guarulhoshoje.com.br/2019/10/1
7/guarulhos-integra-grupo-de-fiscalizacao-
contra-invasoes-na-serra-da-cantareira/
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 18/10/2019
Centro logístico ignora Justiça e segue
processo de licenciamento –
Apesar de a juíza da 1° Vara de Fazenda
Pública de Santo André, Daniele Machado
Toledo, ter anulado, em 23 de setembro, as
duas audiências públicas realizadas no
processo de obtenção de licenciamento
ambiental para o CLCG (Centro Logístico
Campo Grande) e barrado a construção de
empreendimento em área próxima a
Paranapiacaba, o empreendedor tenta dar
andamento ao processo que autoriza a obra
junto à Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo).
A decisão judicial cancelou também dois
alvarás de uso de solo expedidos pela
Prefeitura de Santo André e um parecer
técnico de 2014 emitido pela Cetesb, órgão
responsável pelo licenciamento. No mesmo dia
23 de setembro, foi enviada pelo
empreendedor à Cetesb certidão de uso de
solo emitida pela administração municipal que
atesta que o empreendimento é compatível
com a Luops (Lei de Uso e Ocupação do Solo)
e com o Plano Diretor. Ocorre que o artigo da
Luops que permitia a instalação de atividade
logística na área – dentro da macrozona de
proteção ambiental da Mata Atlântica – foi
revogado no ano passado. O projeto de
revisão do Plano Diretor foi retirado da
Câmara no início de setembro e não tem prazo
para retornar.
Em ofício enviado à Cetesb, o empreendedor
justifica que a Lei 4.169, de 1973, determina
que todas as áreas do município localizadas
fora do perímetro urbano foram consideradas
de expansão urbana, logo, compatíveis com o
empreendimento. No entanto, Virgílio Alcides
de Farias, advogado e ambientalista autor da
ação judicial que tenta barrar a construção,
argumenta que desde 1988 o zoneamento das
cidades é regido pela Luops e pelos planos
diretores. O documento vigente em Santo
André é de 2004.
Farias fez nova representação junto ao MP
(Ministério Público) pedindo que tanto o CLCG
quanto a administração municipal, bem como
os responsáveis pela certidão emitida pela
Prefeitura e pelo EIA/Rima (Estudo de Impacto
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental)
sejam punidos por crime ambiental e, os
agentes públicos, por improbidade
administrativa.
“O empreendedor está agindo como quem não
respeita a legislação municipal. Apresentando
essa documentação, que não condiz com as
leis em vigência, também desrespeitam a
decisão da juíza de Santo André”, argumentou
Farias. O advogado declarou, ainda, que o
projeto do centro logístico foi apresentado
recentemente ao Contur (Conselho Municipal
de Turismo) da cidade, o que, na sua
avaliação, também vai contra a decisão
judicial que anulou todo o processo de
licenciamento.
Questionado, o CLCG informou que todos os
atos e documentos que têm sido utilizados no
licenciamento do projeto foram obtidos em
absoluta conformidade com a legislação.
“Quanto a eventuais alegações em sentido
contrário, o CLCG irá se manifestar quando e
se houver um comunicado oficial, o que até o
momento não ocorreu.”
A Prefeitura informou que não há nenhum tipo
de relação entre o processo jurídico e a
apresentação realizada ao Contur e que, como
a ação não está transitada em julgado, o
conselho não pode se omitir em debater o
tema. A Cetesb confirmou que a certidão de
uso municipal foi protocolada dentro do prazo
concedido e que dará continuidade à análise
do relatório.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3147589/c
entro-logistico-ignora-justica-e-segue-
processo-de-licenciamento
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Trianon
Veículo2: Super Rádio Piratininga
Data: 17/10/2019
Programa Metrópole Em Foco / Decreto sobre a proibição de canudos no estado de São Paulo foi assinado /
Parte II
http://cloud.boxnet.com.br/y4ynvsug
http://cloud.boxnet.com.br/yyrw5rqf
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos Hoje
Data: 18/10/2019
Prefeitura gasta quase R$ 300 mil
para evitar novos deslizamentos no aterro
http://cloud.boxnet.com.br/yxvr2bak
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: Leia Notícias Botucatu
Data: 18/10/2019
Pardini apresenta mais documentos
para construção da Represa no Rio Pardo
NA CESTEB. Prefeito disse que saiu otimista
com a obra e ansioso pelo licenciamento de
instalação e construção.
Haroldo Amaral
O Prefeito Mário Pardini esteve nesta semana
na CETESB, em São Paulo, onde apresentou
mais documentos relacionados à construção
da Represa no Véu de Noiva, que permitirá
abastecimento de Botucatu por
aproximadamente 40 anos. Essa Represa está
projetada no Rio Pardo.
Conforme informou, Pardini fez uma defesa
oral do plano de licenciamento da obra, onde
garantiu que todas as exigências estão sendo
cumpridas, inclusive as dúvidas que os
técnicos do órgão levantaram. "Fiz a defesa do
projeto, entendendo que ela permitirá o
abastecimento de Botucatu por mais algumas
décadas, sua importância regional, e
apresentamos novos documentos que foram
solicitados à medida que o projeto avança’,
destacou o Prefeito.
“Eles pediram informações sobre a obra de
represamento, plano relacionado à
preservação da fauna e flora, e pediram
detalhes sobre alguns afluentes que fazem
parte da bacia do Tietê, como o Pardo eo
Tejupá, entre outros. Questões muito técnicas
sobre armazenamento, tempo médio de
retenção de águas, entre outras questões”,
finalizou.
Complexo
Pardini ressaltou, ainda. que saiu otimista com
a obra, ansioso pelo licenciamento de
instalação e construção da represa,
ambicionada desde o tempo em que o atual
chefe do executivo era Superintendente da
Sabesp.
“É muito complexa a construção de uma
represa e estamos falando de uma das
maiores obras de abastecimento e
represamento em andamento no Estado”
destacou.
A CETESB deve se manifestar sobre os
documentos apresentados pela Prefeitura de
Botucatu e a defesa oral da obra feita por ele
na próxima semana. "Agora é aguardar, estou
muito otimista, pois já estamos vendo cidades
na região sem abastecimento e ainda nem
começou o Verão”. comentou.
Licitação
A obra que dará forma à Represa do Véu de
Noiva no Rio Pardo já tem um consórcio de
empresas selecionado em licitação pública
conduzida pela Sabesp, que executará a
construção. Em abril, o Consórcio DP Barros,
Novatec Construções e ETC Empreendimentos
venceu a licitação com o valor de R$
44.300.000.00.
O projeto prevê a inundação de 150 hectares
de área entre os municípios de Botucatu e
Pardinho. Diversos proprietários de terras
cederam às áreas e em outros casos houve
acordo judicial em relação aos valores da área
ocupada.
http://cloud.boxnet.com.br/y3k59tel
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Joranl Tribuna
Data: 18/10/2019
Seminário discute a economia da RMRP
A prefeitura e a Associação Comercial e
Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) promovem,
na próxima segunda-feira, 21 de outubro, o
seminário “Investe RP SP - Diálogos &
Oportunidades”, com o objetivo de debater
propostas para acelerar o desenvolvimento
econômico da Região Metropolitana (RMRP),
responsável por cerca de 2,95% das riquezas
produzidas no País, segundo estudo do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de
2016 - o mais recente.
O evento será no período da manhã, das 8h30
às 12 horas, com entrada franca. Quem
comparecer poderá acompanhar três palestras
que terão como moderador o prefeito Duarte
Nogueira Júnior (PSDB), também presidente
do Conselho de Desenvolvimento da RMRP. A
primeira palestra, às 9h30, será
“Licenciamento e Simplificação”, ministrada
por Patrícia Iglesias, diretora presidente da
Companhia de Tecnologia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb), e te rá como
debatedores o presidente da Adrp, Dorival
Balbino, e a secretária municipal de Meio
Ambiente, Sônia Valle Walter Borges de
Oliveira.
Às 10hl5 ocorre a palestra “Linhas de
Financiamento”, ministrada por Ana Paula
Shuay, superintende de Negócios - Setor
Privado, do Desenvolve SP, tendo como
debatedores André Fávero, subsecretário de
Competitividade da Indústria, Comércio e
Serviços, e Edsom Ortega, secretário
municipal de Planejamento e Gestão Pública.
A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento
da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e
Oportunidades”, começa às onze horas e será
ministrada por Wilson Melo, presidente da
Investe SP, tendo como debatedores André
Fávero, subsecretário de Competitividade da
Indústria, Comércio e Serviços; Nelson Rocha
Augusto, economista e presidente do Banco
Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor
regional do Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp).
O seminário será na sede da Acirp, no
Auditório Amin Antônio Calil, na rua Visconde
de Inhaúma n° 489, sexto andar, no Centro. A
inscrição deve ser feita no site
https://www.adrp.om.br/eventos/evento_list.
php?cod=1416. O evento tem o apoio do
Ciesp e do Sindicato do Comércio Varejista de
Ribeirão Preto e Região (Sincovarp).
A Região Metropolitana de Ribeirão Preto
(RMRP), formada por 34 cidades, tem uma
população de 1.720.469 habitantes,
crescimento de 1,05% em relação aos
1.702.479 do ano passado, segundo
estimativa do IBGE divulgada em 29 de
agosto.
Houve um acréscimo de 17.990 moradores no
período. O índice de crescimento foi inferior ao
de 2018, quando a população da RMRP
avançou 1,4%. A metrópole é a mais
populosa, com 703.293 pessoas. Ribeirão
Preto também é a 23a cidade que mais produz
riquezas no Pais, mas é apenas a 414a no
ranking do PIB per capita. Segundo o estudo,
em 2016, quando a cidade tinha 674.405
habitantes de acordo com o próprio IBGE, o
Produto Interno Bruto da cidade era de R$
29,98 bilhões, o 23° do BrasiL A participação
de Ribeirão Preto na produção das riquezas
nacionais é de 0,48% - era de 0,46% em
2015 e de 0,49% no período anterior. No
ranking estadual, a cidade, que havia galgado
uma posição entre 2014 e 2015, subindo do
11° para o 10° lugar - era o 12a em 2013 -,
agora voltou para o 11° lugar . A participação
do PIB ribeirão-pretano no Estado é de 1,43%,
contra 1,44% do estudo anterior.
Ribeirão Preto perdeu onze posições no
ranking do PIB per capita - divisão da
produção local pelo número de habitantes -
e caiu do 403“ para o 414° lugar.
O valor que cada trabalhador da cidade recebe
por ano, no entanto, aumentou 6,5%, de R$
41.736,07 em 2015 para R$ 44.463,80 em
2016, acréscimo de R$ 2.727,73 - pelo valor
atual (R$ 954), são quase três salários
mínimos a mais.
Compõem a RMRP as cidades de Altinópolis,
Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia
dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba,
Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis
Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo,
Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal,
23
Grupo de Comunicação
Pradópolis, Ribeirão Preto, Sales Oliveira,
Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa
Quatr o, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio
da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana,
Sertãozinho, Taiuva, Tambaú e Taquaral.
Serviço
Seminário: "Investe RP SP -
Diálogos & Oportunidades"
Quando: segunda-feira, 21 de outubro
Horário: das 8h30 às 12 horas
Local: Auditório Amin Antônio Calil, sede da
Acirp
Endereço: rua Visconde de Inhaúma n° 489,
sexto andar, Centro
Inscrição:
https://www.acirp.com. br/eventos/eventojist.
php?cod=l416
RAFAEL CAUTELLA Seminário será na sede da
Acirp com o objetivo de debater propostas
para acelerar o desenvolvimento econômico da
Região Metropolitana (RMRP)
http://cloud.boxnet.com.br/y5vqnjvu
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: Estadão
Data: 18/10/2019
Poluição em São Paulo está caindo
Estudo da Cetesb mostra que os níveis de
poluição no Estado de São Paulo têm
diminuído ao longo dos anos
COM A RENOVAÇÃO GRADUAL DA FROTA DE
AUTOMÓVEIS E A CHEGADA DE NOVAS
TECNOLOGIAS, O NÍVEL DE POLUIÇÃO TEM
MELHORADO AO LONGO DOS ANOS
Crédito: Werther Santana/Estadão
Ainda é cedo para comemorar, mas a poluição
no Estado de São Paulo tem diminuído ao
longo dos últimos anos. Dados da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
demonstram que o nível dos gases poluentes
tem caído. Para se ter uma ideia, nos últimos
12 anos a emissão de monóxido de carbono
(CO) caiu pela metade.
De acordo com o gerente do setor de emissões
veiculares do órgão, Marcelo Pereira Bales, a
redução gradual pode ser creditada ao
Proconve, programa instituído nos anos 80
para controlar as emissões veiculares.
Carro elétrico x gasolina
Naquela época, os automóveis ainda
utilizavam carburador. Atualmente o programa
está na sexta fase, chamada de L6. A cada
etapa, os limites de emissão foram sendo
restringidos, o que exigiu a introdução de
motores mais modernos. Segundo o órgão
ambiental, fatores como renovação gradual da
frota de automóveis (entrada de novos
veículos e sucateamento de modelos velhos) e
introdução de novas tecnologias (injeção
eletrônica e catalisador, por exemplo) podem
explicar a diminuição da poluição.
Mesmo assim, de acordo com a Cetesb, ainda
que as emissões estejam decrescendo, a
qualidade do ar nas grandes cidades
apresenta altos níveis de concentração de
ozônio e de material particulado. Nesse caso,
embora não se trate de material poluente, eles
“não protegem a saúde das populações
expostas”.
Índice de monóxido de carbono caiu pela
metade
O gráfico abaixo mostra que em 12 anos
(entre 2006 e 2017) as emissões de monóxido
de carbono (CO) caíram das 658 mil toneladas
emitidas no Estado em 2006 para 328 mil
toneladas em 2017. Assim, embora a queda
tenha sido relevante, os níveis atuais ainda
são muito elevados.
É preciso levar em conta, no entanto, que não
há uma relação direta entre os dados
referentes a cada poluente. O nível de emissão
de cada um é muito diferente. Eles só
aparecem próximos para poder figurar no
mesmo gráfico.
O vetor vertical refere-se a 1.000 toneladas de
emissões, enquanto o horizontal representa os
anos.
25
Grupo de Comunicação
Além da redução no monóxido de carbono, a
queda é verificada também nos outros
poluentes. Os óxidos de nitrogênio (NOx)
caíram de 238 mil toneladas em 2006 para
155 mil t em 2017. O nível de hidrocarbonetos
não metano (NMHC) foi reduzido de 128 mil
toneladas para 70 mil toneladas. O dióxido de
enxofre (SO2) caiu de 13,9 mil toneladas para
4,7 mil toneladas. Nesse caso, houve uma
brusca redução em 2014, época em que o
nível de enxofre na gasolina foi reduzida
fortemente.
De acordo com a Cetesb, 60% dessas
emissões estão concentradas em regiões
metropolitanas. Os automóveis foram os
maiores responsáveis pela emissão de CO e
NMHC. Caminhões respondem pela emissão de
material particulado (MP), NOx e SO2. O
Estado de São Paulo detém cerca de 40% da
frota nacional.
Poluição pode até causar câncer
O monóxido de carbono reduz a oxigenação no
sangue. Já o material particulado é uma
espécie de fuligem que, devido a seu pequeno
tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera
e pode atacar as defesas do organismo.
Entre os sintomas causados no corpo humano
estão irritação de olhos e garganta, dor de
cabeça, bronquite, asma e até câncer de
pulmão.
Em grande parte, o material particulado é
representado pela fumaça preta emitida por
motores a diesel desregulados. Mas ele
também pode ser causado por partículas de
pneus no asfalto e materiais de freio e
embreagem, por exemplo. Embora esse
material normalmente fique depositado no
chão, ele tende a voltar à atmosfera por causa
de ventos ou movimentação de veículos. É o
que a Cetesb chama de “emissão de
ressuspensão”.
Veja como economizar combustível
Como o nível de emissão está diretamente
relacionado ao consumo de combustíveis, é
importante economizar. Para conseguir esse
objetivo, basta seguir algumas dicas simples.
Em primeiro lugar, não se deve encher o
tanque até a boca. Pare o abastecimento logo
que a bomba desligar automaticamente.
Tentar colocar mais combustível é puro
desperdício, já que o excesso pode ir direto
para o cânister.
Esse filtro de carvão tem a função de eliminar
gases provenientes do combustível. Além de
jogar dinheiro fora, a prática pode estragar o
filtro. Além disso, quanto mais combustível
entrar no tanque, maior é a emissão
evaporativa. O tanque tem em seu interior
vapores de combustível. À medida que o
líquido entra, esses vapores são expulsos para
a atmosfera.
Pneus descalibrados são um dos principais
vilões do alto consumo de combustível.
Pressão mais baixa que a recomendada
aumenta a área de contato com o piso. E, com
isso, o atrito fica mais elevado.
Se a direção estiver desalinhada, o motor terá
de fazer mais força para movimentar o
veículo. Procure calibrar todos os pneus a cada
abastecimento.
Dirigir como piloto não é boa ideia
A maneira como você dirige é essencial para
economizar combustível. Não acelere mais que
o necessário. Deixe a velocidade subir
gradativamente. Excesso de rotação eleva
muito o consumo. E, se o semáforo à frente
26
Grupo de Comunicação
estiver fechado, diminua a aceleração com
antecedência, para não precisar frear muito.
Agindo assim, além de economizar
combustível, você também vai poupar freios.
Também é importante não esticar as marchas.
Procure trocá-las dentro da faixa de maior
torque do motor, mais ou menos em torno de
3.000 rpm. Fazer mudanças com rotações
muito elevadas aumenta muito o consumo.
Segurar o carro em subidas com os pés na
embreagem e no acelerador não só eleva o
consumo de combustível como também
acelera o desgaste da embreagem.
E não se esqueça de manter a manutenção em
dia. Verifique as condições de velas, cabos de
ignição e filtros de ar. Se a queima de
combustível não estiver sendo bem feita,
haverá elevação de consumo. O meio
ambiente e seu bolso agradecem.
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/p
oluicao-em-sao-paulo-esta-caindo/
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Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 18/10/2019
Acidente entre ônibus e caminhão deixa feridos na Rodovia Anhanguera
em Porto Ferreira
Ao menos 13 pessoas foram socorridas para o
Hospital Dona Balbina na cidade.
Um ônibus bateu na traseira de um caminhão
carregado com combustível em Porto Ferreira
(SP) na madrugada desta sexta-feira (18) e
deixou feridos.
Segundo o Hospital Dona Balbina, 13 pessoas
foram atendidas, sendo 12 passageiros e um
familiar que foi à unidade e passou mal. A
assessoria de imprensa do hospital informou
nesta manhã que oito vítimas já receberam
alta. Quatro ainda estão internadas em estado
grave.
A concessionária Intervias, que administra o
trecho da rodovia, informou que o
congestionamento na pista sentido capital
chegava aos 10 km por volta das 8h.
Alguns veículos de carga pesada fazem um
desvio por uma estrada de terra no km 231.
O acidente
O acidente aconteceu no km 208 da Rodovia
Anhanguera (SP-330). O ônibus da Viação
Comenta saiu de Franca com destino a
Campinas.
Segundo a Polícia Rodoviária, a pista ainda
está interditada, porque houve vazamento de
cerca de cinco mil litros de combustível.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) foi chamada para avaliar os
impactos no meio ambiente causados pelo
vazamento.
Desde as 6h, a equipe de uma empresa
especializada realiza o transbordo do
combustível para outro caminhão.
A previsão da concessionária é que a pista
seja totalmente liberada até meio-dia.
Socorro
A Viação Cometa informou que os feridos
foram encaminhados para atendimento. Os
demais passageiros já seguiram viagem para
Campinas.
A empresa lamentou o ocorrido e está
prestando assistência às vítimas.
A empresa reitera que está apurando os fatos
e se mantém à disposição das autoridades
para esclarecimentos.
http://cloud.boxnet.com.br/y54gkd65
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Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 18/10/2019
Parque ecológico do Guarapiranga recebe 370 mil pessoas por ano
http://redeglobo.globo.com/videos/v/parque-
ecologico-do-guarapiranga-recebe-370-mil-
pessoas-por-ano/8013562/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Jovem Pan
Data: 18/10/2019
Âncora pergunta ao empresário André se terá final feliz o projeto Andaranguá
http://cloud.boxnet.com.br/yya35b6y
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Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 18/10/2019
Praça da Cidadania será inaugurada no dia 27 de outubro em Santo André
http://cloud.boxnet.com.br/y3qwglu5
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Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Presidente Prudente e região
Data: 17/10/2019
Trabalhadores de usina sucroalcooleira
encontram filhote de gato-do-mato em
meio a canavial em Junqueirópolis
Fêmea, que apresentou o peso de 240
gramas, foi resgatada pela Polícia Militar
Ambiental e levada a uma clínica veterinária
particular em Dracena. Espécie está ameaçada
de extinção.
Por Carlos Volpi, TV Fronteira
Filhote de gato-do-mato foi resgatado em
Junqueirópolis — Foto: Polícia Militar
Ambiental
A Polícia Militar Ambiental resgatou na
manhã desta quinta-feira (17) um filhote de
gato-do-mato-pequeno que foi encontrado em
meio a um canavial em Junqueirópolis (SP).
A corporação foi acionada, por volta das 10h,
por trabalhadores de uma usina
sucroalcooleira que se depararam com o
animal na área de plantação de cana-de-
açúcar.
A fêmea apresentou o peso de 240 gramas.
(CORREÇÃO: Inicialmente, a Polícia Militar
Ambiental havia identificado o animal como
um filhote de jaguatirica. Porém,
posteriormente, a mesma corporação retificou
a informação, salientando que, após "uma
melhor identificação", concluiu que se trata de
um filhote de gato-do-mato-pequeno. A
reportagem foi atualizada às 17h54, com a
correção.)
De acordo com informações do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), o gato-do-mato-pequeno
(Leopardus guttulus) está na Lista Nacional
Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de
Extinção.
Como se trata de um filhote ainda em estágio
de lactação, que estava no local sem a mãe,
os policiais levaram o animal a uma clínica
veterinária particular na cidade vizinha de
Dracena (SP). No local, a fêmea está sob os
cuidados do médico veterinário Colombo
Guerra Carvalho Júnior.
Segundo a polícia, o filhote terá de ficar sob
cuidados humanos em cativeiro por um
período de aproximadamente dois meses até
ganhar peso e desenvolvimento.
Depois disso, ainda de acordo com a
corporação, o animal será solto em habitat
natural no Parque Estadual do Rio
Aguapeí.
Segundo a polícia, é comum o aparecimento
desse tipo de espécie nos canaviais, porque se
tornam um refúgio natural, devido à restrição
do uso do fogo para a queima da palha da
cana-de-açúcar.
O ICMBio disponibiliza, através do Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação de
Mamíferos Carnívoros (Cenap), as seguintes
informações sobre a espécie:
Nome comum: gato-do-mato-pequeno.
Ameaças e conservação: caça para o comércio
de peles, destruição das florestas, população
reduzida devido a fragmentação e conversão
de habitat natural em plantações e pastagens
e restrito conhecimento sobre sua biologia. É
32
Grupo de Comunicação
classificado pelo Ministério do Meio Ambiente
como espécie vulnerável.
Comprimento total: 83,5cm (média).
Peso: 1,5kg a 3kg.
Alimentação: composta por mamíferos muito
pequenos (menos de 100 gramas), aves e
répteis.
Número de filhotes: 1 a 4.
Gestação: 73 a 78 dias.
Longevidade: 11 anos.
Estrutura social: solitário.
Padrão de atividade: noturno e diurno.
Distribuição geográfica: ocorre nas regiões sul,
sudeste e centro-oeste do Brasil, além do
Paraguai e do nordeste da Argentina,
ocupando geralmente ambientes variados,
desde áreas mais abertas àquelas com
vegetação densa.
Habitat: ocupa vários ambientes, desde áreas
mais abertas à vegetação densa.
Descrição física: junto com o gato-macambira
(Leopardus tigrinus), é o menor gato silvestre
da América do Sul, com tamanho semelhante
ao de um gato doméstico. A coloração é bem
variável, com tonalidades entre o amarelo-
claro e o castanho-amarelado. O melanismo
também é comum na espécie. A pelagem
dessa espécie, comparada com a L. tigrinus,
tende a tons mais escuros e com rosetas
maiores e mais arredondadas, além de ser
levemente mais encorpada, com uma cauda
mais grossa e orelhas menores e mais
arredondadas. A pelagem da barriga é pálida
coberta com manchas escuras. As orelhas são
pretas na porção posterior, com uma mancha
central branca. A cauda equivale a 60% do
comprimento da cabeça e do corpo. Os pelos
são todos voltados para trás, inclusive os da
cabeça e da nuca. Recentemente, por meio de
estudos moleculares, a subespécie Leopardus
tigrinus guttulus foi elevada para espécie.
Gato-do-mato foi levado a uma clínica veterinária
em Dracena — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira
Gato-do-mato foi levado a uma clínica veterinária
em Dracena — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira
https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-
regiao/noticia/2019/10/17/trabalhadores-de-
usina-sucroalcooleira-encontram-filhote-de-
jaguatirica-em-meio-a-canavial-em-
junqueiropolis.ghtml
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Agro
Data: 17/10/2019
Campanha propõe R$ 0,25 a mais no
preço de sanduíche para reduzir
sofrimento de milhões de frangos
Segundo estudo, custo adicional permitiria que
animais fossem criados com alto nível de bem-
estar em vez de passarem por crescimento
acelerado e de conviverem em espaços
apertados.
Por Reuters
Frangos criados de maneira convencional —
Foto: Governo do Santa Catarina/Divulgação
Basta uma moeda a mais para que milhões de
animais de produção tenham uma vida melhor
antes de virarem alimento em redes de fast
food do Brasil, defende campanha lançada na
quarta-feira (16) pela organização
internacional Proteção Animal Mundial, que
toma como base estudo comparativo de custos
de criação de frangos no país.
Segundo a entidade, ONG anteriormente
conhecida como Sociedade Mundial de
Proteção Animal, um sanduíche de uma rede
de fast food no Brasil que usa frango criado
com alto nível de bem-estar sai R$ 0,25 mais
caro que aquele que contém carne de um
animal criado em condições que estimulam
crescimento acelerado e alta concentração de
animais por metro quadrado.
A pesquisa, realizada em parceria com a
consultoria internacional IHS Markit, analisou
custos fixos e variáveis de diferentes
sanduíches de carne de frango e outros
produtos de frango como nuggets. Segundo o
levantamento, a carne de frango representa
entre 8% e 11% do custo total do produto.
A campanha da Proteção Animal Mundial é
lançada em um momento de crescimento no
número de consumidores que se declaram
como vegetarianos ou que têm interesse em
produtos alternativos à carne animal.
Empresas como Fazenda Futuro, Superbom,
Seara e Marfrig lançaram este ano produtos à
base de plantas alternativos a itens como
hambúrgueres de carne de boi e bife de
frango, de olho em um mercado que está
movimentando bilhões de dólares nos Estados
Unidos.
"Nenhuma rede fast food hoje no Brasil tem
compromissos de aquisição de produtos que
zelam pelo bem-estar dos animais. Estamos
procurando comprometimentos no Brasil das
grandes redes internacionais, que lá fora têm
compromissos firmados", acrescentou ela,
referindo-se a frango de corte e citando como
exemplos redes como KFC , Burguer King e
Subway.
Crescimento acelerado
Rueda comentou que atualmente o tempo
médio de crescimento dos frangos no Brasil
até o abate é de 42 dias, ganhando 65 gramas
de peso por dia. Segundo ela, essa velocidade
causa uma série de problemas aos animais e
prejuízo às próprias granjas, uma vez que o
desenvolvimento acelerado dos frangos gera
dores crônicas e até fraturas, o que leva ao
descarte.
"Hoje, o frango cresce muito rapidamente por
causa de melhoramentos genéticos, mas as
articulações não aguentam essa velocidade de
crescimento muscular. Um dos nossos pontos
é que esses animais tenham um crescimento
saudável, um pouco mais lento, passando de
42 para 52 dias antes do abate", disse Rueda.
Espaço de criação
Além do crescimento acelerado, a entidade
também cita um quadro de aumento na
densidade das granjas, que podem chegar a
34
Grupo de Comunicação
destinar um espaço menor que uma folha de
papel A4 para cada frango viver.
O pedido da Proteção Animal Mundial é para
uma redução na média de animais por metro
quadrado de 11 para 8,5. Essa redução, além
de dar mais espaço às aves, ajudaria, junto
com a desaceleração no crescimento, a reduzir
o nível de estresse dos frangos, fortalecendo o
sistema imunológico dos animais, disse Rueda.
"Animal sem estresse crônico fica menos
sujeito a ficar imunossuprimido e a
possibilidade das bactérias se reproduzirem é
menor", disse ela, citando a salmonella como
exemplo.
Nas contas da entidade, incluir cuidados como
instalação de poleiros e fardos de feno nas
granjas e garantir seis horas contínuas de
escuro por dia para descanso adequado das
aves, custariam 38 centavos de real a mais
por quilo de ave viva.
"A ideia aqui não é defender a criação de
frango solto, o que geraria um custo absurdo
para os produtores... O que o estudo mostra é
que se mexer em todos esses outros aspectos,
o bem-estar dos animais melhora muito e o
custo não é tão caro."
O que os restaurantes fazem?
A rede Subway afirmou em comunicado que
dá preferência de compra a fornecedores que
compartilham do compromisso do grupo com
o bem-estar animal e que todo frango servido
nas lojas no país vem de aves livres de
confinamento em gaiolas.
"Nós já iniciamos uma transição para
trabalharmos apenas com fornecedores que
utilizam ovos de galinhas não confinadas em
gaiolas. Nos comprometemos que até 2025 ou
antes, 100% dos ovos utilizados nas fórmulas
dos produtos nos restaurantes da Subway
Brasil, serão de galinhas não submetidas a
confinamento."
Por sua vez, a KFC Brasil, franquia master da
rede KFC, afirmou em comunicado que
"embora alguns mercados estejam mais
avançados do que outros nessas áreas (de
bem estar animal), nosso objetivo é a
melhoria contínua dos padrões de cuidados
com animais em todo o mundo".
A companhia afirmou ainda que sua política
global é concentrada em quatro áreas
principais de saúde e bem-estar animal: taxas
de mortalidade reduzidas, saúde animal
aprimorada, mobilidade animal e redução do
estresse.
O Burguer King Brasil afirmou que "possui
políticas rígidas relacionadas ao bem estar
animal que precisam ser cumpridas para que
um fornecedor seja homologado. A rede
reforça o seu compromisso na escolha de seus
parceiros para oferecer respeito e qualidade
em toda cadeia produtiva".
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/
noticia/2019/10/17/campanha-propoe-r025-a-
mais-no-preco-de-sanduiche-para-reduzir-
sofrimento-de-milhoes-de-frangos.ghtml
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35
Grupo de Comunicação
Veículo: Ita News
Data: 18/10/2019
Flagra da semana
http://cloud.boxnet.com.br/y3njeau2
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Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Tempo
Data: 18/10/2019
Resgate do propósito
A centralidade e a valorização das pessoas é o
fio conector das tendências
Por LUÍS MÁRCIO ARAÚJO RAMOS |
CONSELHEIRO DA ABRH E DIRETOR
EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO
XAVIER
Vivemos tempos de profundas mudanças no
comportamento da comunidade global. Novas
formas de consumo, concorrência acirrada,
disputas pelos mercados, barreiras
econômicas e muitas outras dinâmicas de um
mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo
(Vuca) nos passam uma sensação de
permanente desorganização. Somos
acometidos pelas dúvidas em relação aos
melhores caminhos e incertezas quanto ao
futuro das nossas empresas. Diante de tudo
isso, como ser sustentável, perene e
transmitir às futuras gerações os genes
daqueles que nos idealizaram?
Estaremos cada vez mais sujeitos às novas
tecnologias, robotização, inteligência artificial
e outros importantes componentes da
transformação digital, mas tudo isso somente
tem sentido quando feito em benefício do
próprio homem, da sua produtividade e da
qualidade de vida.
Em meio à velocidade das transformações,
nasce um forte movimento global de resgate e
valorização do propósito empresarial e das
pessoas. E isso parece fazer todo o sentido! A
recente conferência da Society for Human
Resource Management, maior encontro
mundial de recursos humanos, trouxe
importantes reflexões sobre a forma de
inserção do capital humano nesta jornada de
transformações. A centralidade e a valorização
das pessoas é o fio conector das tendências.
Iniciativas de estímulo à diversidade e à
pluralidade das formas de ser, pensar e agir
suscitam novas ideias e trazem a inovação
para o dia a dia das empresas. A diversidade
tem sido encarada como uma forma de
garantir a necessária renovação e evolução
das práticas e comportamentos para fazer
frente ao mundo Vuca. Novas gerações,
apoiadas por tutores mais experientes,
mulheres em posições gerenciais e de alta
liderança, pessoas com deficiências, presença
de todos os gêneros, raças e etnias são
expressões da inclusão e do acolhimento ao
amplo espectro das diferenças humanas, que
ainda se deparam com padrões inconscientes
e fortes barreiras. Estimulando ainda mais a
prática de uma força de trabalho diversa,
estudos começam a apresentar seus impactos
na performance organizacional, demonstrando
sua associação direta com a geração de
resultados em todas as dimensões, inclusive
financeiras.
Outra tendência é a constituição de uma
agenda permanente de bem-estar e qualidade
dos ambientes de trabalho. As jornadas e
formas de exercê-las também mudam.
Flexibilidade, informalidade e conectividade
aparecem com força total. Os investimentos
em saúde mental e felicidade chegam como
importantes alavancas ao fortalecimento do
engajamento e da geração de resultados, além
da contribuição direta ao desenvolvimento da
sociedade.
As empresas, por meio de seus líderes,
precisam caminhar no sentido da ampliação da
compreensão do negócio e de suas conexões.
Criada uma empresa, ela se torna do mundo,
das pessoas, das famílias, dos clientes e das
comunidades. Torna-se ativo de todos e, o
mais incrível, quanto maior essa capacidade,
maior seu sucesso e valor.
37
Grupo de Comunicação
As empresas que conseguem estabelecer suas
conexões e transmitir com transparência e
clareza o seu propósito, a razão mais profunda
da sua existência – a sua alma – são capazes
de “tornar o trabalho mais significativo,
atrativo, motivante e reter pessoas
excepcionais”, segundo Jim Collins, um dos
maiores expoentes da administração
contemporânea. Nesta perspectiva, tais
empresas conseguem, seguramente, superar
os desafios do hoje e construir pontes para o
futuro.
A construção de espaços de confiança é uma
distintiva competência capaz de gerar
colaboração, produtividade, inovação e
resultados. Estimular o desenvolvimento e a
realização das pessoas, o pleno exercício do
respeito. Incentivar ambientes favoráveis à
criatividade, em que as pessoas sejam
valorizadas por suas fortalezas e façam a
diferença. Fazer a diferença para clientes,
conhecer suas estratégias e participar dos
seus desafios. Atuar com transparência junto
aos stakeholders e às comunidades e ter
muita coragem para assumir riscos e seguir
em frente. Talvez estes sejam os caminhos
para a perenidade. Então, vamos lá. Vamos
ser de todos, ter propósito inspirador e deixar
um forte legado!
https://www.otempo.com.br/opiniao/conexao-
rh/resgate-do-proposito-1.2250053
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: El País
Data: 17/10/2019
Macacos obrigados a girar, gatos com 13
extrações de sangue por dia
Revelado na Alemanha um grande caso de
maus-tratos a animais num laboratório que faz
testes para a indústria
Macacos presos pelo pescoço, em cena de
vídeo gravado pelo ativista infiltrado.
ANA CARBAJOSA VICENTE
Berlim -
O Ministério Público alemão investiga um caso
de suposto maus-tratos a animais depois do
vazamento de um vídeo gravado de forma
secreta em um laboratório que faz testes com
animais. Promotores de Stade, no norte do
país, abriram um inquérito nesta semana após
receberem a ação proposta por ativistas de
defesa de direitos dos animais e os resultados
das inspeções feitas por autoridades regionais.
Macacos pendurados pelo pescoço e obrigados
a girar descontrolados sobre si mesmos e cães
presos em celas ensanguentadas são algumas
das imagens que aparecem no vídeo gravado
por um infiltrado da organização alemã Soko.
“Infiltramos um de nossos membros durante
quatro meses como funcionário no laboratório
e ele gravou as imagens. Há gatos dos quais
tiravam sangue 13 vezes por dia. As pessoas
têm o direito de saber o que acontece nesses
laboratórios”, afirma Friedrich Mülln, um dos
fundadores da Soko e responsável pelas
investigações da organização. O infiltrado
gravou imagens entre dezembro de 2018 e
abril de 2019 no LPT, um laboratório de
Mienenbüttel, perto de Hamburgo, que usa
animais para testar produtos de empresas
químicas e farmacêuticas do mundo todo. O
laboratório não respondeu aos contatos do EL
PAÍS por telefone e e-mail para apresentar
sua versão.
“Desde sexta-feira passada recebemos várias
ações judiciais e começamos a investigar”,
confirma Johannes Kiers, porta-voz do
Ministério Público, acrescentando que o
processo pode durar meses. As autoridades
veterinárias do distrito de Hargurg, que
abrange Mienenbüttel, disseram que as
imagens mostram “falhas consideráveis” no
laboratório, segundo um comunicado
divulgado pelo jornal Süddeutsche Zeitung.
Desde 2015 foram feitas nove inspeções, sete
delas sem aviso prévio. Nas inspeções feitas
após a apresentação do vídeo, foram
encontrados 44 macacos em “jaulas muito
pequenas”, em torno de um metro cúbico, o
que lhes causa “um sofrimento considerável e
prolongado”, apesar de naquele momento não
estarem sendo submetidos a experimentos. As
autoridades advertem, entretanto, que “nem
todas as imagens e vídeos publicados e que o
público corretamente percebe como cruéis
representam violações legais”.
A diretriz europeia 2010/63 relativa à proteção
dos animais usados para fins científicos
estabelece que “os animais, exceto os que
forem naturalmente solitários, devem ser
alojados em grupos estáveis de indivíduos
compatíveis”. Indica além disso que “todos os
animais devem dispor de um espaço da
complexidade suficiente para lhes permitir
expressar uma ampla gama de
comportamentos normais”. Prevê ainda que as
jaulas para o caso dos macacos tenham um
mínimo de 1,8 metro cúbico. No ano passado,
a Comissão Europeia abriu um procedimento
de infração contra a Alemanha por deficiências
em sua aplicação desta diretriz europeia.
Suspeita de crimes
Uma fonte do escritório de Proteção do
Consumidor e Segurança Alimentar (LAVE),
também competente no caso, disse que o
laboratório investigado realiza experimentos
com animais que são exigidos por lei no
processo de aprovação de medicamentos, e de
39
Grupo de Comunicação
acordo com 88 alvarás expedidos pelo LAVE. O
órgão também moveu uma ação na semana
passada após conhecer as suspeitas de delitos
penais, além de suspender a concessão de
novas autorizações até conhecer o resultado
da investigação. Segundo essa fonte, as
inspeções encontraram 250 macacos, 200
cães e 50 gatos “em um estado geral que não
é contestável”.
De Londres, Katy Taylor, da ONG Cruelty Free
International, que trabalhou com a Soko neste
projeto, considera que o modus operandi no
laboratório de Hamburgo é muito similar a de
outros centros onde há experiências com
animais. “Esse laboratório não é único, o que
acontece é que as pessoas não sabem como
funcionam esses lugares, porque são muito
pouco transparentes”, argumenta a diretora
de ciência e regulação da organização. Taylor
acredita, entretanto, que neste caso “a
maneira como manipulavam os animais era
especialmente rude, e os cachorros tinham
que suportar um nível de sofrimento contrário
ao que estabelece a diretriz”.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/16/in
ternacional/1571243767_832110.html
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Grupo de Comunicação
Veículo: El País
Data: 15/10/2019
A natureza já não pode mais sustentar os
humanos
Metade da população mundial sofrerá com a
redução de benefícios naturais como a
polinização e a limpeza da água nos próximos
trinta anos
NATURAL CAPITAL PROJECT
MIGUEL ÁNGEL CRIADO
Em 30 anos, mais de metade da população
mundial sofrerá as consequências de uma
natureza gravemente ferida. Um amplo estudo
modelou o que os diferentes ecossistemas e
processos biológicos oferecem hoje aos seres
humanos e o que poderão lhes dar em 2050.
Por diversas causas, a maioria antropogênicas,
processos naturais como a polinização dos
cultivos e a renovação da água reduzirão sua
contribuição ao bem-estar humano. A pior
parte caberá a regiões que hoje têm um maior
capital natural, como a África e boa parte da
Ásia.
Os autores da pesquisa determinaram a
contribuição natural dos diversos ecossistemas
a três processos cruciais para os humanos: a
polinização por parte de insetos e aves, a
regeneração da água mediante a retirada do
excesso de nitrogênio procedente da
agropecuária e a proteção que diversas
barreiras naturais oferecem na linha de costa.
"A natureza oferece muito mais aos humanos:
em um anterior trabalho propusemos 18
grandes famílias de contribuições naturais,
mas não há dados de todas elas e para todo o
planeta", diz o pesquisador Unai Pascal, do
Basque Centre for Climate Change (BC3),
coautor do estudo, explicando a escolha
destas três contribuições.
Sobrepuseram esses dados aos da população
atual e a prevista em 2050 em escala local. O
modelo incluiu também os diferentes fatores
que mais estão deteriorando a natureza, como
as mudanças no uso da terra em forma de
desmatamento e o avanço da agricultura, a
acelerada urbanização e a mudança climática.
Por último, aplicaram seu modelo a três
possíveis cenários: um em que as sociedades
continuarão baseadas no uso dos combustíveis
fósseis, como agora, outro emergente, que
denominaram de rivalidade regional, e um
terceiro protagonizado pela sustentabilidade.
O trabalho, publicado na Science, conclui que,
no pior dos cenários, até 4,45 bilhões de
pessoas poderiam ter problemas com a
qualidade da água por causa da incapacidade
dos diferentes ecossistemas para regenerá-la.
Além disso, quase cinco bilhões de humanos
sofrerão uma diminuição significativa no
rendimento de seus cultivos por causa da
polinização deficiente.
Os piores resultados não se dão no cenário
onde o petróleo (e as emissões de CO2) são a
base do sistema, e sim no novo, de rivalidade
regional. "É num cenário de geração de
blocos, onde o comércio internacional se
regionaliza, algo que já estamos vendo com o
Brexit e Trump", comenta Pascal, que é
também copresidente do relatório de Avaliação
sobre os Valores da Natureza da IPBES
(Plataforma Intergovernamental sobre
Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas).
Neste panorama de nacionalização da
globalização, o aumento da população
intensificará a pressão sobre os recursos que a
natureza pode oferecer em muitas regiões do
planeta.
Só uma aposta por uma trajetória sustentável
poderia reduzir a um terço ou até um décimo
o número de pessoas afetadas pela
deterioração dos ecossistemas. Entretanto,
seja qual for o cenário que se dê dentro de 30
anos, 500 milhões de habitantes das zonas
costeiras enfrentarão um maior risco de
erosão do litoral ou de inundações.
O trabalho, plasmado numa poderosa
ferramenta visual do Projeto Capital Natural,
permite saber quem serão os maiores
perdedores. Até 2,5 bilhões de pessoas do
41
Grupo de Comunicação
leste e sul da Ásia e outros 1,1 bilhão na
África sofrerão uma redução na qualidade de
sua água. Os riscos costeiros se concentrarão
no sul e o norte da Ásia. Enquanto isso, os
maiores problemas com a polinização natural
caberão de novo ao Sudeste Asiático e África,
mas também à Europa e América Latina.
Nessas regiões, as pessoas afetadas poderiam
se aproximar de 900 milhões.
"Os países em desenvolvimento, que já
estavam em desvantagem social e econômica,
contavam com supostas vantagens do maior
capital natural, mas é aqui onde se degrada
mais rapidamente", diz Pascal.
Embora a tecnologia venha suprindo um
número crescente de serviços antes prestados
pela natureza, desta vez ela poderia não ser a
resposta. "Se nos referimos a tecnologias
como aquelas que substituam por completo as
contribuições da natureza, como a polinização
manual de cultivos que fazem na China, ou
usinas de tratamento de água para eliminar o
nitrogênio, ou a elaboração de estruturas
sólidas para proteger as costas, não me
parece que sejam a solução", opina por email
a pesquisadora da Universidade Nacional
Autônoma do México (UNAM) Patricia
Balvanera, não relacionada com o estudo.
Especializada na inter-relação entre
biodiversidade e bem-estar humano,
Balvanera explica: "Não são soluções, por um
lado, porque elas não cumprem todas as
funções que cumpre a natureza. Ter vegetação
ao longo dos rios ou à beira dos lagos não só
contribui para a retenção de nitrogênio, mas
também para a infiltração da água, para
bombear água para a atmosfera, além de ser
um lugar apto para a recreação. O mesmo
com os mangues, recifes, pastos marinhos.
Não só contribuem para a proteção costeira
como também são os ninhais dos peixes e,
portanto, contribuem para a regulação
pesqueira".
A
concentração das maiores perdas de capital
natural nas zonas mais pobres revelada pelo
estudo também torna inviável a aposta
tecnológica. Assim argumenta a pesquisadora
mexicana: "Não é realista que Madagascar
possa investir em construções custosas para a
proteção costeira. Não é realista que a Índia
pudesse instalar centenas ou milhares de
usinas de tratamento de água. Tampouco é
realista que a China compense toda a
polinização com trabalho manual".
Mais realista parece ser conservar a
biodiversidade onde ela mais tem a oferecer.
E, como diz em nota a cientista Becky Chaplin-
Kramer, do Projeto Capital Natural e coautora
do estudo, "contamos com a informação que
necessitamos para evitar os piores cenários
que projetam nossos modelos e avançar para
um futuro justo e sustentável".
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/ci
encia/1570701640_165943.html
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Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 17/10/2019
SP lança ‘São Paulo Mais Humana’ para
aproximar voluntários e entidades
assistenciais
Aplicativo é a primeira plataforma digital
pública voltada para doações e permite
cidadão encontrar instituições mais próximas
O Governador João Doria lançou, nesta quinta-
feira (17), o aplicativo ‘São Paulo Mais
Humana’ para facilitar a busca do cidadão por
organizações não-governamentais que
necessitam de ajuda, aproximando ações de
voluntariado e doações. Por meio da
ferramenta, o usuário terá acesso a
organizações cadastradas próximas a ele e
poderá, a partir de filtros de pesquisa,
escolher a forma como deseja ajudar.
“O ‘São Paulo Mais Humana’ é
importantíssimo, pois agiliza e amplia o
processo de forma digital. Não é mais
analógico e nem distante. Agora se faz de
forma digital no seu celular”, disse Doria. O
lançamento foi realizado no Palácio dos
Bandeirantes, com a participação da Primeira-
Dama e Presidente do Conselho do Fundo
Social de São Paulo (FUSSP), Bia Doria, do
Presidente do Fundo Social, Filipe Sabará, e do
Presidente da Prodesp, André Arruda.
Desenvolvida com tecnologia da Prodesp, a
“São Paulo Mais Humana” conta com layout
moderno e navegação intuitiva. Por meio do
recurso de geolocalização (disponível no site
www.saopaulomaishumana.sp.gov.br e
aplicativo), o cidadão pode definir um raio de
busca, que varia de 1 a 50 km do endereço
indicado, para localizar instituições que
estejam dentro da sua área de interesse.
“Há anos venho trabalhando com especialistas
na área do serviço social, voluntariado,
filantropia e desenvolvimento tecnológico na
busca por uma solução prática que facilite a
cultura de doação e engaje mais a sociedade.
O resultado se materializa hoje com o
lançamento da ‘São Paulo Mais Humana’, que
em formato de aplicativo conecta pessoas e
empresas a entidades beneficentes de forma
simples, rápida e eficaz”, afirmou Sabará.
O processo de doação é muito simples. O
primeiro passo é definir raio de localização da
entidade, depois selecionar a causa desejada:
Crianças e adolescentes; Idosos; Mulheres;
Pessoas com deficiência e Pessoas em situação
de rua. E por último, o cidadão escolhe de que
forma pode ajudar as mais de 16 mil
entidades cadastradas no FUSSP: doação de
materiais; serviço voluntário ou vaga de
trabalho (para jovens e adultos atendidos
pelas ONGs cadastradas). Antes de fazer a
doação, certifique-se que o produto está em
bom estado e dentro das condições de uso.
“A plataforma é uma importante ferramenta
de integração social para conectar pessoas e
empresas que desejam fazer o bem, ser
solidárias, doando materiais, tempo como
voluntário ou vagas de trabalho. A solução é
intuitiva, como toda tecnologia deve ser. O
objetivo principal é estreitar a relação do
cidadão que quer ser um doador com a
43
Grupo de Comunicação
entidade que precisa do voluntariado”, explica
Arruda.
Para Bia Doria, a plataforma “São Paulo Mais
Humana” vai impulsionar campanhas como a
do Agasalho, que a partir de agora poderão
ser contínuas. “Esse programa era o nosso
sonho desde o começo. Assim [com o
aplicativo] o processo [de comunicação entre
entidades e quem quer doar] vai ser direto e
rápido”, complementou Bia Doria.
Tecnologia
Um dos diferenciais adotados pela Prodesp na
elaboração da plataforma foi o conceito
Progressive Web App (PWA), solução que
permite ao site ter as mesmas funcionalidades
e a agilidade de navegação, no acesso via
celular, semelhante a dos aplicativos. Já a
versão mobile conta com a função de
notificações push, tecnologia que permite o
envio de mensagens quando o usuário
cadastrado passar próximo ao endereço da
instituição da sua área de interesse.
Para os usuários da ‘SP Mais Humana’, as
informações registradas são 100% seguras e a
plataforma ainda permite o acompanhamento
das instituições, oferecendo mais
transparência ao processo de doação. Outra
funcionalidade da ferramenta é a parceria
direta com a Defesa Civil do Estado, que
oferecerá ajuda emergencial para os casos de
catástrofes e desastres ambientais.
Como participar
Após o usuário baixar o aplicativo, ele deve
seguir os passos:
1. Autorize sua localização ou digite o CEP do
local que gostaria de consultar;
2. Escolha a causa quem tem mais afinidade;
3. Selecione a instituição que quer ajudar;
4. Preencha o cadastro detalhadamente;
5. Aguarde o retorno da ONG;
6. A partir do contato, o voluntariado é
realizado diretamente com a entidade;
Para fazer parte da “São Paulo Mais Humana”,
a entidade deve se cadastrar e aguardar a
avaliação do Fundo Social de São Paulo.
O Fundo Social de São Paulo desenvolve a
promoção de autonomia, renda e cidadania
para pessoas em situação de vulnerabilidade
social através de escolas de capacitação nas
áreas de Beleza, Bioconstrução, Gastronomia,
Informática, Mecânica e Moda. Atualmente,
está sob o comando da Primeira-Dama e
Presidente do Conselho, Bia Doria, e do
Presidente Executivo, Filipe Sabará.
A Prodesp é a empresa de Tecnologia da
Informação do Governo do Estado de São
Paulo. Criada em 1969, também é responsável
pela gestão e operação do Programa
Poupatempo, que tem 99% de aprovação dos
usuários e foi eleito o ‘Melhor Serviço Público
de SP’ em 2019, pelo quinto ano consecutivo.
Em 2016, foi eleita a melhor empresa do
segmento Indústria Digital do Brasil, no
ranking Melhores & Maiores da revista Exame.
Por quatro anos consecutivos (2016, 2017,
2018 e 2019), a empresa foi contemplada com
o Destaque do Ano do Anuário Informática
Hoje, na categoria “Prestador de Serviços para
Governo (empresas de grande porte)”.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/governo-de-sp-lanca-sao-paulo-mais-
humana/
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Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 18/10/2019
'Blob': o que é a misteriosa criatura com
720 sexos e sem cérebro
Um dos organismos mais curiosos da Terra —
que não é animal, planta, tampouco fungo —
será exibido em zoológico de Paris.
Por BBC
O Physarum polycephalum é considerado um dos
maiores mistérios da natureza — Foto: Reuters/BBC
Ele não tem boca, estômago, olhos, tampouco
pode detectar ou digerir alimentos. Também
não tem braços ou pernas, mas consegue se
locomover — e, em um único dia, dobrar de
tamanho.
É capaz de aprender e transmitir
conhecimento, apesar de não ter cérebro. Se
for cortado ao meio, tem a capacidade de se
regenerar em dois minutos.
Os cientistas sabem que não se trata de uma
planta, tampouco de um animal ou fungo —
embora aja como uma mistura destes dois
últimos. E, no seu mundo, não existem
machos ou fêmeas, mas 720 sexos diferentes.
Nota: Em termos científicos, a quantidade de
sexos de um organismo refere-se ao número
de células sexuais que este organismo produz,
sem nenhuma relação com o conceito cultural
normalmente usado, muitas vezes confundido
com o gênero de cada indivíduo. As células
sexuais são produzidas pelos organismos para
serem combinadas com as de outros
indivíduos da mesma espécie com objetivo de
reprodução.
É o Physarum polycephalum, que literalmente
quer dizer "bolor de várias cabeças".
Conhecido como "Blob", o curioso organismo
será exibido no zoológico de Paris, na França,
a partir deste fim de semana.
"Existe há milhões de anos e ainda não
sabemos muito bem o que é. Não se sabe
muito bem se é um animal, se é um fungo ou
se é algo entre os dois", acrescentou.
O apelido "Blob" vem de um filme de ficção
científica de 1958, A Bolha Assassina (The
Blob, em inglês), estrelado por Steve
McQueen, no qual uma forma de vida
alienígena, a "Bolha" (ou "Blob"), consome
tudo que vê pela frente em uma pequena
cidade da Pensilvânia, nos EUA.
Como é essa criatura?
O Physarum polycephalum já vivia na Terra
500 anos antes dos seres humanos.
Durante muito tempo, foi considerado um
fungo, mas, na década de 1990, um estudo o
reclassificou no grupo dos mixomicetos, ou
bolor limoso, uma subcategoria da família das
amebas.
Consiste em uma única célula — às vezes,
com muitos núcleos, que podem replicar seu
DNA e se dividir.
É frequentemente encontrado em locais onde
há decomposição de folhas e em troncos de
árvores, locais frescos e úmidos.
Parece que não se movimenta, mas se
locomove a um centímetro por hora em busca
de presas, como esporos de fungos, bactérias
e micróbios.
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Grupo de Comunicação
O 'Blob' é geralmente encontrado em locais úmidos e frescos, como a casca de algumas árvores —
Foto: AFP/BBC
É capaz de pensar
Para os cientistas, uma das características
mais fascinantes do "Blog" é sua capacidade
de raciocinar.
"Ele é capaz de memorizar, é capaz de
adaptar seu comportamento, é capaz de
resolver problemas, de se movimentar por um
labirinto, procurar soluções de otimização, de
se comportar um pouco como um animal",
explica David.
A análise deste organismo chegou, inclusive, a
redefinir o entendimento de como a
inteligência — de qualquer tipo — funciona,
após a publicação de um estudo em 2016.
Os pesquisadores concluíram que essa
criatura, apesar de não ter um sistema
nervoso central, é capaz de "aprender" com
suas experiências e mudar seu
comportamento de acordo com elas.
Em experimentos de laboratório, os cientistas
observaram como o bolor se adaptava ao
longo do caminho até uma fonte de
alimentação.
E, quando se funde com outro, pode transmitir
conhecimento.
O Physarum polycephalum não possui espécimes
femininos e masculinos, mas uma variedade de 720
sexos — Foto: Reuters/BBC
'Quase imortal'
Se os espectadores do zoológico de Paris
esperam uma atração com movimentos
espetaculares, podem ficar desapontados com
um ser vivo cujo movimento dificilmente é
percebido.
Por isso, o zoológico terá uma tela interativa
que inclui um vídeo acelerado da locomoção
de "Blob", que se move por meio da extensão
de saliências, chamados pseudópodes.
Mas as características do Physarum
polycephalum são espetaculares por si só.
Ele se reproduz mediante a produção e
liberação de esporos, que se tornam novos
"Blobs".
Mas, como na maioria das outras espécies, a
sobrevivência é impulsionada pela diversidade
genética, que no caso do "Blob" acontece
quando dois organismos geneticamente
diferentes se encontram e se fundem em um
novo "Blob".
Também se deve a seu mecanismo de defesa
— quando se vê ameaçado, ele entra em
estado de hibernação e "seca".
Esse modo vegetativo está "próximo da
imortalidade", informou à AFP Audrey
Dussutour, especialista em "Blob", do Centro
Nacional de Pesquisa Científica da França.
"Você pode, inclusive, colocá-lo no micro-
ondas por alguns minutos" — e com algumas
gotas de água, voilà!, ele volta à vida,
disposto a se alimentar e procriar.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1
0/18/blob-o-que-e-a-misteriosa-criatura-com-
720-sexos-e-sem-cerebro.ghtml
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Briga intestina fragiliza imagem de
Bolsonaro no Congresso e desmoraliza o
PSL
Saiu menor do que entrou
A briga intestina do PSL fragilizou a imagem do
presidente e de seus aliados no Congresso. O
fato de Jair Bolsonaro ter entrado em campo para
fazer do filho Eduardo líder da sigla na Câmara e
ter perdido a primeira batalha foi visto como erro
crasso. “Se ele entra, tem que entrar para
matar”, explica um dirigente da centro-direita. Já
a sequência de gravações ocultas maculou a
agremiação toda, classificada como um
aglomerado de “gente inconfiável, sem palavra,
sem ética nem lealdade”.
Entre mortos…
Dois dos nomes mais proeminentes do PSL na
Câmara foram afetados pelo tiroteio interno.
Joice Hasselmann (SP), que perdeu a liderança
do governo no Congresso, terá que
“experimentar pela primeira vez a planície”, nas
palavras de um colega, sem cargos de assessoria
e regalias que tinha no posto.
…e feridos
Já o presidente da Comissão de Constituição e
Justiça, Felipe Francischini (PR), que agia para se
projetar para o Planalto como uma opção para o
comando da Casa, foi gravado falando mal de
Jair Bolsonaro e rapidamente classificado como
agente duplo.
Retorno triunfal
A queda de Joice e a consequente ascensão do
senador Eduardo Gomes (MDB-TO) ao posto de
líder do governo no Congresso é o marco de uma
era de maior dependência de Bolsonaro do
partido que foi o fiel da balança para FHC, Lula e
Dilma.
Retorno triunfal 2
Melhor: dependência do MDB do Senado, ala que
congrega as figuras mais experientes da sigla,
como Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM)
e Jader Barbalho (PA). O líder do governo no
Senado já é do partido, Fernando Bezerra (MDB-
PE).
Você manda Assim que assumiu, Gomes
telefonou para líderes da Câmara. Disse que,
apesar de ser senador, “tem cabeça de
deputado”. O ministro Luiz Eduardo Ramos
(Secretaria de Governo) também comunicou
dirigentes do centrão. Resposta: “Líder de
governo quem escolhe é o Planalto. A gente não
opina”.
A bola é sua
O presidente do MDB, Baleia Rossi, fez questão
de deixar claro que, apesar de “ter orgulho dos
quadros que o partido tem e de seguir apoiando
a agenda do governo”, a direção da sigla não tem
ingerência nem responsabilidade pela escolha de
Gomes –e segue independente.
Fresta
Das grandes legendas, a que menos resiste a
receber Bolsonaro e seu grupo é o PRB.
Última que morre
Mesmo céticos, aliados do presidente do PSL,
Luciano Bivar (PE), propuseram entregar a
Bolsonaro 50% dos postos da direção da
legenda. Antes de a crise explodir, o clã do
Planalto reivindicou a secretaria-geral e a
tesouraria da sigla.
Nem vem
A chance de a oferta surtir efeito é mínima. “Que
haja a cisão e a atual gestão facilite a saída do
bloco [bolsonarista], em vez de dificultar, retaliar
e criar inimizades”, diz Luiz Philippe de Orleans e
Bragança.
Alma lavada
O ex-presidente Michel Temer celebrou a
absolvição sumária da acusação de obstrução de
Justiça gerada pela gravação de Joesley Batista,
mas indicou que a história ainda não acabou.
“Essa irresponsabilidade quase paralisou o país.
Não podem ficar impunes”, disse.
Alma lavada 2
“Desde o primeiro instante [eu disse] que a frase
criada pelo pgr (ele não merece a maiúscula) era
falsa; que o diálogo era monossilábico; que neste
e nos feitos desdobrados só havia ilações,
nenhuma prova”, escreveu o ex-presidente ao
Painel.
Penca
A reforma tributária da Câmara recebeu mais de
190 sugestões de emenda. Só o PT apresentou
11. Uma delas sugere taxar lucros e dividendos.
Selva
Acaba na próxima semana a GLO (Garantia da
Lei e da Ordem) criada para combater queimadas
na Amazônia.
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Visitas à Folha
Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde
(Federação Nacional de Saúde Suplementar),
visitou a Folha nesta quinta (17). Estava
acompanhada de Dil Mota, assessora de
comunicação, e André Lacerda, consultor de
comunicação.
Sylvio Mode, diretor-geral da Autodesk Brasil,
visitou a Folha nesta quinta. Estava
acompanhado de Priscilla Fiorin, gerente de
Comunicação da empresa, e Carlos Brazil,
consultor de comunicação.
TIROTEIO
Estranho quem jurou a Constituição tentar de
novo tutelar o STF e impedir julgamento de
questão que faz valer a Carta
Do deputado Paulo Pimenta, líder do PT, sobre
texto publicado pelo general Villas Bôas às
vésperas de decisão sobre a segunda instância
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/18/
briga-intestina-fragiliza-imagem-de-bolsonaro-
no-congresso-e-desmoraliza-o-psl/
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Data: 18/10/2019
48
Grupo de Comunicação
Com pré-sal, Petrobras anuncia recordes de
produção no 3º trimestre
Vendas de combustíveis, porém, caem 7% em
relação ao mesmo período do ano anterior
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
A Petrobras informou nesta quinta (17) o registro
de recordes diário e mensal de produção durante
o terceiro trimestre de 2019.
Na média trimestral, a empresa produziu 2,878
milhões de barris de petróleo e gás, alta de 9,3%
em relação ao trimestre anterior e de 14,6% na
comparação com o mesmo período de 2018.
Os dados fazem parte do Relatório de Produção e
Vendas da empresa, que passou a divulgar esses
dados antes da publicação do balanço, a exemplo
do que faz a Vale.
Segundo o texto, o crescimento da produção é
resultado da instalação de sete plataformas de
produção entre 2018 e 2019, seis delas no pré-
sal da Bacia de Santos.
Juntas, elas contribuíram com 555 mil barris por
dia para a média trimestral.
Em agosto, a empresa bateu seu recorde mensal
de produção, chegando a três milhões de barris
por dia.
No mesmo mês, bateu seu recorde diário, com
3,1 milhões de barris por dia.
No relatório, a empresa diz que o resultado
mostra "sólido desempenho operacional" no
período. No quarto trimestre, uma nova
plataforma entrará em operação, também no
pré-sal da Bacia de Santos.
Os campos do pré-sal já representam 60% da
produção da estatal no Brasil. Já as operações
fora do pré-sal mostraram estabilidade, fechando
o trimestre na média de 706 mil barris por dia –
0,8% a mais do que no trimestre anterior e 4,9%
a menos do que no mesmo período de 2018.
Na área de refino, a Petrobras ampliou a
utilização de suas refinarias, que operaram com
80% da capacidade no trimestre, contra 76% no
trimestre anterior.
A empresa produziu 1,816 milhão de barris de
combustíveis por dia, 2,9% a mais do que no
trimestre anterior e praticamente estável com
relação ao registrado um ano antes.
As vendas, porém, representam queda de 7%
com relação ao mesmo trimestre de 2018,
quando o preço do diesel estava tabelado e a
concorrência com importados caiu.
O volume de vendas do combustível registra
queda de 8,7% nessa base de comparação,
chegando a 770 mil barris por dia. Segundo a
estatal, o desempenho reflete o "aumento da
participação de competidores no mercado".
A maior competição também impactou nas
vendas de gasolina pela estatal, que caíram
2,7% em um ano, para 377 mil barris por dia.
Com menor venda de combustíveis e maior
produção de petróleo, o saldo comercial da
companhia cresceu 708,6% com relação ao
mesmo período de 2018, chegando a 469 mil
barris por dia –a empresa exportou 801 mil e
importou 332 mil barris por dia.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/com-pre-sal-petrobras-anuncia-recordes-de-
producao-no-3o-trimestre.shtml
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Meio ambiente sem achismo
É preciso pôr a mão na massa e ampliar o
investimento em soluções inovadoras
Grandes rupturas de valores a que estamos
habituados desde sempre não costumam ser
suaves, como conta a história, e é o que estamos
assistindo com a discussão sobre a mudança
climática. É tão quente quanto os efeitos do
aquecimento da Terra que se quer combater,
politizado por alguns, como se houvesse
ideologia do clima, e contestado pelos que não
lhe dão importância.
Causaria menor dissabor aos críticos saber que a
economia de baixo carbono se tornou o novo
paradigma do desenvolvimento, graças a
tecnologias poupadoras de recursos naturais e
menos agressivas ao meio ambiente.
Desde os anos 1970 a economia global produz
mais bens com menos aço, papel, energia,
fertilizantes, como demonstra o cientista principal
do MIT, Andrew McAfee, em livro lançado dias
atrás.
Seu título: “More From Less: The Surprising
Story of How We Learned to Prosper Using Fewer
Resources —and What Happens Next”, ou mais
com menos, em tradução livre.
Só que esse ganho de eficiência é ainda
insuficiente para enfrentar a crise climática ao
não levar em conta as demandas ambientais.
É disso que trata o Acordo de Paris, com medidas
para reduzir a emissão de gases de efeito estufa,
implicando o aumento da temperatura no mundo
e catástrofes naturais cada vez mais intensas.
Aprovado em 2015 com o compromisso de se
conter o aquecimento global abaixo de 2ºC, o
acordo foi aprovado por 195 países. Em 2017,
Donald Trump tirou os EUA do acordo. Jair
Bolsonaro disse que faria o mesmo, mas não
levou a ameaça adiante.
A verdade é que estamos em meio a
transformações profundas no mundo em todos os
campos do conhecimento, sem lugar para
achismos. Eles se agravam no Brasil devido ao
nosso enorme atraso na economia, na tecnologia
e na governança pública. É mais racional
incentivar a boa ciência, envolver os
empresários, fomentar a inovação, coisas assim.
Tome-se o caso das derrubadas e queimadas de
florestas protegidas, portanto, ações criminosas,
na Amazônia, sem nexo com a agricultura
moderna. Ela progride com produtividade e uso
racional do solo, assegurando a proteção integral
das áreas preservadas.
Assim vem se dando em todas as atividades,
como diz McAfee. Sua análise deixa claro que, ao
contrário do barulho dos alarmistas e
negacionistas, o desenvolvimento sustentável é
possível. Mas precisamos pôr a mão na massa,
redobrando os aportes em tecnologia inovadora
—a solução mais eficaz contra a crise climática.
A área de energia da consultoria McKinsey, por
exemplo, prevê que a demanda por petróleo
deverá parar de crescer ao redor de 2035, e a de
gás, uma a duas décadas adiante.
Energias renováveis (solar e eólica) e o motor
elétrico são os novos protagonistas.
Poluição da água e do ar e contaminação dos
oceanos com resíduos plásticos são apontados
como causas de mortes em países díspares como
EUA e Índia e fazem parte do mesmo problema.
O futuro pode ser promissor com outro olhar
sobre o desenvolvimento. A boa nova é que não
nos falta legislação contra tais males, falta é
capacidade de execução pelos nossos
governantes.
Também não faltam recursos. Desafio climático e
inovação tecnológica são temas afins, sinalizando
uma miríade de oportunidades para nos tirar da
estagnação.
O futuro será sombrio se prevalecerem o
obscurantismo e o desprezo à ciência. A questão
climática é emergência global.
O Brasil ainda não se deu conta de que a
integração da questão climática à agenda de
longo prazo é crucial para o progresso com
equidade social.
Pedro Luiz Passos
Empresário, conselheiro da Natura.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/pedropas
sos/2019/10/meio-ambiente-sem-achismo.shtml
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Data: 18/10/2019
50
Grupo de Comunicação
Justiça aceita recuperação judicial da
Renova Energia e nomeia KPMG como
gestora
Empresa opera pequenas hidrelétricas e tem um
complexo eólico com obras paralisadas na Bahia
SÃO PAULO | REUTERS
A elétrica Renova Energia teve deferido pela 2ª
Vara de Falências e Recuperações Judiciais da
Comarca do Estado de São Paulo seu pedido de
recuperação judicial, que listou R$ 3,1 bilhões em
dívidas, das quais quase R$ 1 bilhão junto ao
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
A Renova disse em comunicado ao mercado na
noite de quarta-feira (16) que a Justiça ainda
nomeou a KPMG Corporate Finance, representada
por Osana Mendonça, para atuar como
administradora judicial, e determinou a
suspensão de execuções contra empresas do
grupo por 180 dias.
A Renova Energia opera pequenas hidrelétricas e
tem um complexo eólico com obras paralisadas
na Bahia, o parque Alto Sertão III. As suas
subsidiárias que operam as usinas hídricas não
entraram no pedido de recuperação. A empresa
tem como controladores a estatal mineira Cemig
e o fundo CG 1, dos fundadores da Renova,
Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral.
A companhia deverá prestar contas até o dia 30
de cada mês enquanto perdurar o processo de
recuperação, sob pena de afastamento dos
controladores e substituição dos administradores
das empresas do grupo.
Ainda foi determinada a expedição de edital com
prazo de 15 dias para apresentação de
habilitações ou divergências de créditos no
âmbito da recuperação judicial.
"O Grupo Renova possui, atualmente, sérias
deficiências de caixa, possuindo valores
absolutamente ineficientes para fazer frente às
suas despesas imediatas caso não haja
suspensão dos pagamentos de dívidas sujeitas à
recuperação judicial", afirmou a empresa na
petição à Justiça.
A companhia alegou no documento que uma
demanda similar já foi apresentada e acatada no
caso de recuperação judicial do aeroporto de
Viracopos.
PARQUE EÓLICO PARALISADO
O movimento da Renova acontece após o
fracasso neste mês de uma tentativa da
companhia de vender à AES Tietê o parque eólico
Alto Sertão III, que está paralisado por falta de
recursos após quase 90% das obras concluídas.
Se concluído com sucesso, o negócio pelo ativo
na Bahia teria envolvido a transferência para os
compradores de uma dívida de quase R$ 1 bilhão
do empreendimento eólico com o BNDES.
Como as negociações não evoluíram, a Renova
disse não ter capacidade para suportar os custos
e as condições de prorrogação do empréstimo
junto ao BNDES, que venceria em 15 de outubro.
A Renova apontou que, de suas dívidas
envolvidas no processo de recuperação, R$ 834
milhões correspondem a débitos "intercompany",
enquanto R$ 980 milhões são débitos com os
atuais acionistas.
A companhia ainda listou dívidas extraconcursais
de R$ 614 milhões, das quais R$ 434 milhões
junto a seus acionistas.
Criada em 2001, a Renova chegou a ser vista
como uma das mais promissoras empresas do
setor de energia limpa do Brasil e atraiu em 2011
aportes da Cemig e da Light, que queriam utilizar
a companhia como veículo para expansão em
renováveis.
Mas a empresa passou a sofrer problemas para
implementar seu ousado plano de negócios após
o cancelamento de uma associação com a
americana SunEdison em 2015 e em meio a
dificuldades financeiras à época em suas
controladoras Cemig e Light. Com isso, entrou
em um longo processo de reestruturação e
vendas de ativos.
No pedido de recuperação, a Renova disse que
buscou socorro por meio de captações junto aos
acionistas, antecipando valores de contratos de
venda de energia, mas destacou que o nível de
recursos exigido tem sido proibitivamente alto, o
que segundo ela impediu a continuidade dessa
estratégia.
Agora, com o plano de recuperação, a Renova
defendeu que pretende restabelecer seu
equilíbrio econômico-financeiro e honrar seus
compromissos.
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Grupo de Comunicação
A companhia também afirmou que pretende, "em
um futuro próximo, retomar uma trajetória de
crescimento sustentável, dentro das reais
possibilidades operacionais e financeiras da
Renova e de seus acionistas".
Hoje a Renova é controlada pela elétrica mineira
Cemig e pelo fundo CG I, que reúne participações
em empresas de seus fundadores, Ricardo Lopes
Delneri e Renato do Amaral.
A empresa ainda tem como acionistas relevantes
BNDESPar (braço de participações do BNDES),
com 5% do capital, e o FIP Caixa Ambiental, com
3,93%.
A Light, que fazia parte do bloco de controle,
deixou a empresa na terça-feira (15), ao concluir
a venda de sua participação de 17% na
companhia ao fundo CG 1 por valor simbólico de
R$ 1. A decisão ocorreu na sequência de uma
oferta de ações em julho, após a qual a Light
deixou de ser controlada pela Cemig.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/justica-aceita-recuperacao-judicial-da-renova-
energia-e-nomeia-kpmg-como-gestora.shtml
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Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Bolsonaro não irá se opor
caso STF vete condenação em 2ª instância
Ele afirma a interlocutores que se a corte voltar a
esse entendimento, resta aceitar o resultado
O presidente Jair Bolsonaro deixou claro a
interlocutores do universo político, militar e da
área jurídica que não vai se contrapor a eventual
decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que
vete a prisão depois de condenação em segunda
instância.
PÁGINA VIRADA
Está na Constituição que a presunção de
inocência só acaba depois de exauridos todos os
recursos na Justiça, disse Bolsonaro, segundo
relatos. Para completar: se a corte voltar a esse
entendimento, é aceitar o resultado. E ponto
final.
EM OUTRA
Bolsonaro não colocaria, portanto, o peso do
governo para aprovar a proposta de emenda
constitucional apresentada pelo PSL para
ressuscitar a segunda instância no Congresso,
como deseja o ministro da Justiça, Sergio Moro.
GAFE
Na quinta (17), Carlos Bolsonaro, filho do
presidente, chegou a pedir desculpas
publicamente por postar no Twitter do pai
afirmação de que ele é favorável à prisão em
segunda instância.
SOZINHO
E as postagens do ex-comandante do Exército
Eduardo Villas Bôas, que falou de “convulsão
social” às vésperas do julgamento do STF, não
encontraram eco entre militares da ativa no
Ministério da Defesa, que as consideraram fora
de hora.
COM A PALAVRA
A defesa de Lula apresenta nesta sexta (18) sua
resposta à possibilidade de progredir para o
regime semiaberto.
ONDE ESTOU
O ex-presidente não aceita nem mesmo sair da
prisão para ficar em casa tendo horário para
voltar, uma das medidas mais comuns para
presos que estão em situação semelhante.
PONTO FINAL
E o STF arquivou o caso do desembargador
Rogerio Favreto, que deu uma liminar para que
Lula fosse solto no ano passado. Ele era acusado
de prevaricação.
O desembargador foi representado pelo escritório
Bottini e Tamasauskas.
CANETA
“Para além de constatar a inegável instabilidade
gerada pelo ato no caso concreto, o magistrado é
livre para julgar conforme seu convencimento,
desde que o faça fundamentadamente”, escreveu
o ministro Luís Roberto Barroso em seu voto.
GARFO E FACA
O advogado Augusto de Arruda Botelho e a sua
mulher, a modelo Ana Cláudia Michels,
receberam convidados na 1ª edição do jantar
“Voices for Justice”, organizado pela Human
Rights Watch na Pina Estação, em SP, na quarta
(16). O ex-embaixador do Brasil Rubens Barbosa,
o presidente da Human Rights Watch, Kenneth
Roth, o economista Pérsio Árida e a ex-consulesa
da França Alexandra Loras também estiveram lá.
O RETORNO
A saída do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) da
direção do PSL no Rio abre as portas para o ex-
ministro Gustavo Bebianno, desafeto da família
Bolsonaro, voltar para a legenda.
LONGE DELE
Questionado, ele diz: “Posso me filiar a qualquer
partido, desde que [Jair] Bolsonaro não faça
parte dele. Não gosto de conviver com quem trai
os seus melhores amigos e aliados”.
HOMENAGEM
A fotógrafa Vania Toledo e o publicitário Ruy
Nogueira organizam evento em SP no sábado
(19) em homenagem ao artista argentino Patricio
Bisso, morto no domingo (13). Na ocasião, será
vendida, pelo melhor preço, uma foto de Patricio
feita por Vania —o valor será destinado à mãe do
argentino.
CORRIDA
Na cerimônia de abertura da Mostra Internacional
de Cinema de SP, na quarta (16), o secretário
municipal de Cultura, Alê Youssef, brincou com a
possibilidade da presidente da SPcine, Laís
Bodanzky, concorrer a cargos eletivos. “Imagina
a Laís deputada federal? Ou como presidente?”,
disse no palco.
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Grupo de Comunicação
CORRIDA 2
Apesar de a plateia ter respondido com
entusiasmo, a cineasta afirmou à coluna que não
considera essa possibilidade. “Mas o que posso te
falar é que estou adorando estar do lado de
dentro da máquina pública. A gente tem esse
olhar de que o que é público não é nosso, é do
governo. Como se isso não pertencesse ao
cidadão. Mas é o contrário: o que é público é
nosso. Temos que nos apropriar e participar”, diz
a cineasta.
RESISTÊNCIA
E a atriz Bárbara Paz, que se diz “sempre
otimista”, classificou a noite como “histórica”. “Se
a Renata de Almeida [diretora da mostra]
conseguiu manter esse festival, é porque a gente
pode. É resistência mesmo, ninguém vai parar a
gente”, disse.
ACABOU CHORARE
O ator Lucio Mauro Filho assina o texto do
musical “Novos Baianos”, que apresenta a
trajetória do grupo musical de mesmo nome e
estreia no Sesc Vila Mariana no dia 8 de
novembro. O espetáculo tem direção de Otávio
Müller e direção musical de Davi Moraes e Pedro
Baby.
TELONA
O filme francês “Retrato de uma Jovem em
Chamas”, de Céline Sciamma, e inédito no país,
vai abrir o Festival Mix Brasil deste ano. O evento
ocorre entre 13 e 20 de novembro em São Paulo.
TAPETE VERMELHO
A atriz Bárbara Paz e o produtor Rodrigo Teixeira
foram à abertura da 43ª Mostra Internacional de
Cinema em SP, no Auditório Ibirapuera, na
quarta (16). O apresentador Serginho Groisman
e a diretora da mostra, Renata de Almeida,
compareceram, assim como o escritor e
jornalista Fernando Morais e a atriz Sandra
Corveloni.
CURTO-CIRCUITO
Teago Oliveira lança o CD “Boa Sorte” em show
nesta sexta (18), às 21h, no Auditório
Ibirapuera.
A exposição “Galvão - 50 anos de carreira -
Cores” é inaugurada nesta sexta (18) no
B_arco/Galeria Virgílio.
A fisioterapeuta Marina Berti, da clínica
Landecker, faz treinamento do uso de
equipamento de laser para tratar a flacidez. No
dia 28.
Mônica Bergamo
Jornalista e colunista.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/bolsonaro-nao-ira-se-opor-caso-
stf-vete-condenacao-em-2a-instancia.shtml
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Opinião: Amazônia: esse debate tá errado,
certo?
Caetano Scannavino
Alimentar o embate entre desenvolvimento vs
meio ambiente é estar na vanguarda do atraso.
Esse debate tá errado. Ninguém é contra
energia, transportes, internet, muito menos a
favor do fim das florestas, mesmo quem planta
—salvo o lado ogro do agro. Sem elas não tem
água, sem água não tem agricultura.
Se é pra falar sério, que debatamos sobre qual
modelo de desenvolvimento está em jogo, se
para muitos ou para poucos, se só para as
gerações de agora ou também para as próximas,
se para frente ou para trás.
Por exemplo, devastamos uma área igual a duas
Alemanhas de florestas, para que 63% dela fosse
ocupada por pastagens de baixíssima
produtividade, com menos de um animal por
hectare, e outros 23% fossem abandonados —
dados do Inpe e da Embrapa.
Desmata-se a Amazônia para ficarmos ainda
mais pobres. É sobre essa falta de sentido que
precisamos falar.
Não bastasse isso, o governo eleito quer mostrar
a que veio receitando mais do mesmo, inclusive
liberar o agronegócio dentro das áreas indígenas.
Se quisesse de fato fazer a diferença, estaria
blindando as florestas e focando no aumento da
produtividade nas zonas agrícolas já consolidadas
do bioma, incentivando técnicas modernas, mais
amigáveis ao meio ambiente, para se fazer mais
com menos terra, menos desmatamento, menor
pressão sobre as Unidades de Conservação e
Territórios Indígenas.
Se é para crescer, que seja para cima, até
porque para o lado é caso de polícia diante do
lucro fácil de especuladores e grileiros de terras.
Rumar nesse sentido já seria um passo para o
manejo racional da agricultura de grande escala
na região, como estratégia de redução de danos.
Além do que se perde, é preciso falar também do
que deixamos de ganhar. É insano que o país
com a maior biodiversidade do planeta não tenha
até agora uma política robusta de bioeconomia,
voltada para o processamento de produtos da
floresta como o açaí, cacau, cupuaçu, castanha,
andiroba e tantos outros.
Beneficiados na forma de manteigas, polpas,
óleos, essências, extratos, agregam valor com
alta demanda de mercado junto as indústrias de
fármacos, alimentos e cosméticos. Mobilizam não
só os grandes, como também as associações e
cooperativas comunitárias. Os conhecimentos
tradicionais são valorizados, e a floresta é
conservada ao se demonstrar que em pé tem
mais valor do que caída.
Como bem lembra o cientista Carlos Nobre: “os
sistemas agroflorestais com açaí podem render
anualmente 200, até 1500 dólares por hectare,
enquanto o gado fica em torno de cem dólares
por hectare. O grande potencial do Brasil é o
potencial da biodiversidade, aí nos precisamos de
uma indústria da biodiversidade, e de uma
ciência e tecnologia que desenvolva esse
potencial”.
Soluções existem, muitas construídas a partir da
academia, dos povos indígenas,
agroextrativistas, empreendedores locais e
projetos demonstrativos do terceiro setor. O que
não dá mais é perder tempo debatendo paranoias
sobre soberania e nacionalismo, alimentadas por
fake news generalizadas de ONGs que botam
fogo na floresta —aliás, atirando assim acabou
fortalecendo-as, surtindo efeito contrário, o tal
"bumerONG".
Esbraveja-se sobre a internacionalização da
Amazônia, mas nada do Brasil ratificar o
Protocolo de Nagoya, que reconhece os direitos
de soberania das nações detentoras sobre sua
biodiversidade.
Quanto ao Acordo de Paris, o debate não pode se
acomodar em apenas continuarmos nele. É
preciso cobrar do Governo que aponte caminhos
de como será cumprido, por exemplo, a meta de
redução do desmatamento anual na Amazônia
para algo em torno de 3,8 mil km² até 2020,
quando tudo indica que superaremos os 10 mil
km².
O fato é que até agora o Brasil não tem um
projeto efetivo para a Amazônia, em pé,
pactuado entre os diversos setores, a começar
pelos amazônidas. Sim, seria pedir muito, ainda
mais nestes tempos.
Mas há luz. Justamente por estes tempos, que
geraram toda essa mobilização nacional pela
Amazônia, com a sociedade brasileira sinalizando
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que não quer ver mais queimadas nem sangue
indígena derramado. Nem ela nem quem compra
da gente lá fora.
Quem sabe esse despertar, pautando ao invés de
se deixar pautar, possa ser a semente por um
debate mais civilizado. E civilizatório, sem medo
de novos paradigmas, sem medo do futuro, a
partir da nossa Amazônia de todos.
Sem ilusões, mas na batalha para que o combate
ao fogo não seja fogo de palha.
Táoquei?
Caetano Scannavino
Coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria,
com atuação na Amazônia e integrante da Rede
Folha de Empreendedores Socioambientais;
trabalho vencedor do Prêmio Empreendedor
Social de 2005
https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc
ial/2019/10/amazonia-esse-debate-ta-errado-
certo.shtml
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Grupo de Comunicação
Se Amazônia virasse pasto, região ficaria
5,5ºC mais quente e continente teria menos
chuva
Pesquisadores da Universidade de Princeton
tentaram responder à questão com simulação de
computador
Reinaldo José Lopes
SÃO CARLOS
O que aconteceria se toda a floresta tropical que
hoje existe na Amazônia fosse magicamente
transformada em pasto? Uma simulação
computacional feita por pesquisadores da
Universidade de Princeton (EUA) tentou
responder a essa pergunta, e o cenário tem ares
de distopia.
Caso isso ocorresse de fato, calculam os
cientistas, a região amazônica poderia esquentar
2,5 graus Celsius a mais do que o resto do
mundo na segunda metade deste século,
dependendo do cenário global. Poderia ficar,
portanto, 5,5 graus Celsius mais quente do que
era no século 19.
Tal aumento de temperatura, porém, seria
apenas a ponta do iceberg. Sem a mata, a região
também perderia entre 700 mm e 800 mm de
chuva por ano (o equivalente a mais ou menos
metade da chuva que cai no município de São
Paulo anualmente). Isso reduziria tanto o fluxo
de água dos rios da Amazônia quanto a
pluviosidade que a área exporta para o resto do
Brasil e da América do Sul.
Os dados foram apresentados por Stephen Pacala
e Elena Shevliakova durante a conferência
“Amazonian Leapfrogging” (algo como “pulo-do-
gato amazônico”). O evento foi realizado pelo
Brazil Lab, órgão da universidade americana
dedicado a estudos sobre questões brasileiras.
Especialistas e representantes da sociedade civil
de ambos os países se reuniram para debater
soluções inovadoras para a crise enfrentada pela
Amazônia —os tais “pulos-do-gato” do título da
reunião. “Na minha opinião, enfrentamos quatro
grandes crises ambientais no mundo: clima,
alimentos, água e biodiversidade. A Amazônia
está no epicentro de todas elas”, declarou Pacala.
“A modelagem que fizemos ajuda a comunicar a
urgência por trás disso.”
Segundo Shevliakova, a equipe de Princeton se
inspirou numa pesquisa similar dos anos 1990
que tinha entre seus coautores o climatologista
brasileiro Carlos Nobre (um dos convidados do
evento nos EUA). “O impressionante é como a
magnitude dos efeitos, em grande medida,
acabou se mantendo”, contou ela.
Os modelos matemáticos do novo estudo levam
em conta detalhes específicos da interação entre
a atmosfera e a superfície terrestre em florestas
tropicais, em especial a química atmosférica e a
presença de aerossóis —no caso da Amazônia,
partículas de matéria orgânica, de diferentes
tamanhos e composições, que são emitidas pela
própria floresta.
Tudo indica que os aerossóis atuam como
“sementes” de nuvens, ajudando a manter nos
elevados níveis atuais a chuva que costuma cair
em território amazônico.
Sem a mata, portanto, os modelos mostraram
grandes alterações na precipitação e na umidade,
o que contribui para o excesso de calor. “São
mudanças tremendas as que nós vemos. Tanto o
mundo quanto a Amazônia jamais seriam os
mesmos”, declarou Shevliakova. Caso a
devastação alcance 50% da floresta, os impactos
na temperatura regional também seriam mais ou
menos a metade do que aconteceria com o
desmate completo.
Para evitar que esse cenário acabe se
concretizando —convém lembrar que 20% da
floresta já foi desmatada desde os anos 1970—,
os participantes do evento defendem que é
preciso combinar desenvolvimento econômico
“inteligente” e inovação tecnológica de maneira a
gerar renda na região sem mais desmatamento.
É basicamente essa a receita defendida pelo
engenheiro florestal Tasso Azevedo, do projeto
MapBiomas, e do engenheiro agrônomo Beto
Data: 18/10/2019
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Veríssimo, do Imazon (Instituto do Homem e
Meio Ambiente da Amazônia).
“Uma área desmatada de 20% na Amazônia já é
uma coisa imensa, equivalente a todo o território
usado para a agricultura no resto do Brasil. A
gente não precisa desmatar mais do que isso,
não faz sentido”, diz Azevedo. Ele sugere que
outros 40% da região poderiam ter o uso
sustentável da madeira e de outros produtos
florestais, enquanto os restantes 40% seriam
reservas ambientais “puras”. Veríssimo propõe
números ligeiramente diferentes (50% de uso
econômico sustentável da floresta em pé, 30%
de reservas).
Os especialistas, porém, defendem que o
verdadeiro “pulo-do-gato” para a região seria o
uso de abordagens inovadoras para diminuir a
dependência de estratégias econômicas
destrutivas. “Seria viável rastrear
eletronicamente todo o gado criado no país para
evitar que ele venha de áreas desmatadas
ilegalmente. Também seria possível criar
laboratórios que unissem num só lugar a
pesquisa básica sobre a biodiversidade
amazônica e a criação de produtos com base
nessas descobertas”, diz Azevedo.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/se-amazonia-virasse-pasto-regiao-ficaria-55oc-
mais-quente-e-continente-teria-menos-
chuva.shtml
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Anvisa dá aval para venda de água do mar
dessanilizada
Agência definiu requisitos sanitários e vai exigir
registro de produtos
Sede
O mercado de água ganha nova fonte. A Anvisa
definiu requisitos sanitários para regular a água
do mar dessalinizada, potável e envasada. Só as
fontes de água doce eram autorizadas para
produzir a bebida envasada. Agora, passa a ter
no Brasil quatro tipos: a água mineral natural, a
natural, a adicionada de sais e a dessalinizada
potável.
Água de beber
Pelo regulamento, publicado nesta sexta (18),
esse novo tipo de água deve ser registrado na
agência, que avaliará a especificação do produto,
a forma de captação, o processo de
dessanilização e o padrão.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/10/anvisa-da-aval-para-venda-de-agua-do-
mar-dessanilizada.shtml
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Data: 18/10/2019
59
Grupo de Comunicação
Em livro, FHC diz que se sentia como goleiro
de Lula contra desconfiança internacional
Em quarto e último volume de diários, ex-
presidente diz que se viu obrigado a defender
adversário
Fábio Zanini
SÃO PAULO
Um "goalkeeper", defendendo Lula das bolas que
a comunidade internacional tentava lançar por
baixo das suas pernas.
Era assim que o então presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) se sentia ao final de
seu governo, em 2002, forçado a ser uma
espécie de goleiro para seu ex-adversário contra
a desconfiança de muitos, sobretudo
estrangeiros.
O relato consta do quarto e último volume dos
"Diários da Presidência" (ed. Companhia das
Letras), que será lançado em 21 de outubro.
"Eu, como um goalkeeper, tratando de defender
as bolas que querem passar pelas pernas do
Lula. Eu o estou defendendo o tempo todo, é do
meu interesse que haja calma no Brasil [...] O
Lula não é nenhum ferrabrás", afirma FHC,
usando outro termo datado, que significa algo
como valentão, inconsequente.
O volume cobre o biênio final de seu mandato
(2001-02) e, a exemplo dos três anteriores,
registra observações feita a quente pelo então
presidente, geralmente gravadas ao final de dias
extenuantes.
O tema principal, obviamente, é a campanha que
elegeu Lula, seguida por uma transição de poder
vista na época como exemplar, mas que nada
teve de tranquila.
O pano de fundo econômico, com dólar
disparando, desconfiança internacional sobre o
novo governo de esquerda e o ainda fresco
acordo de US$ 30 bilhões assinado com o FMI,
tornava tudo nebuloso.
FHC se converteu em defensor de Lula depois de
meses tendo os mesmos temores que depois
buscou dissipar.
"Acho que a crise vem pela figura do Lula. Claro,
eu vou atuar como presidente, vou fazer o
possível para acalmar tudo isso e para haver uma
transição pacífica e democrática, mas não
podemos tapar o sol com a peneira."
"O Brasil está escolhendo um caminho na
contramão do momento atual da história.
Vejamos o que vai acontecer", registra FHC ainda
antes da eleição, mas em um momento em que a
vitória do petista já se mostrava iminente.
Para o tucano, Lula se mostrava um
"despreparado", mas ainda pior que ele era o
também candidato Ciro Gomes (PPS), um
"destrambelhado". "Meu Deus do Céu, quem diria
isso, a candidatura do PT dando mais segurança
quanto ao futuro [do que a do Ciro]", exaspera-
se.
Já José Serra (PSDB), embora contasse com sua
torcida e fosse considerado por ele o mais apto a
exercer a Presidência, ainda precisava se
converter totalmente ao novo mundo da
economia internacionalizada.
A metáfora escolhida, nesse caso, foi científica.
"Acho que a visão dele [Serra] é a de quem
ainda não fez totalmente a revolução copernicana
ou, se quiserem, para falar em Galileu, ele ainda
não falou 'Eppur si muove'".
A volatilidade econômica, com fuga de capitais e
um ataque ao real, criava uma situação difícil
para os tucanos. Grande parte da tensão era
causada pelo próprio Lula, mas era o petista que
ganhava discurso fácil com a deterioração da
situação.
Os meses anteriores ao fechamento do acordo
com o FMI foram de embate. Os petistas
gritavam "Fora já, fora já daqui, o FHC e o FMI",
mas o tucano é quem tinha de bater de frente
com exigências vistas como impraticáveis.
"O Fundo quer aumentar o esforço fiscal, que já
está a 3,75% do PIB. Querem ir para 4,5%, é
inviável", reclama.
Num momento de desabafo, FHC chega a flertar
com medidas heterodoxas que à época sua
equipe econômica negava de forma veemente.
Entre elas, a que despertava mais temores no
mercado, a centralização do câmbio (controle do
fluxo de dólares pelo Banco Central).
"Se não houver um apoio forte do Fundo, o que
vai acontecer? O radicalismo será imediato, de
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Grupo de Comunicação
todos. Vai ter uma saída: a centralização de
câmbio, uma visão mais antiglobalizadora, mais
nacional-estatismo, isso é automático. Estamos
numa situação que não é de brincadeira.
Precisamos de uma solução desse assunto com
certa urgência", afirma.
O livro traz uma revelação importante: foi por
sugestão do próprio diretor-geral do FMI, o
alemão Horst Köhler, que FHC convidou os
principais candidatos à Presidência para
conversar sobre o acordo. O então presidente a
princípio resistiu.
"Köhler perguntou o que eu acho de falar com os
três candidatos, o Serra e os outros. 'Em
princípio tudo bem, mas', disse eu, 'como é que
vou falar com alguém que ainda não é
presidente?' Isso vai ser visto como uma espécie
de uso do cargo antes da vitória. Não acho
prudente", afirmou.
Mas FHC cedeu e, em 19 de agosto, recebeu os
quatro principais candidatos, um de cada vez,
num momento memorável da história das
campanhas eleitorais brasileiras.
Como relata o ex-presidente, Ciro chegou "tenso,
muito tenso, com as mãos geladas e suadas".
Lula foi "ultrassimpático" e tornou o ambiente
descontraído. Já Anthony Garotinho foi um
desastre, quase agressivo. "Entrou assobiando,
com pouca educação", lembra FHC. Com Serra,
ele tomou apenas um lanche. "Na chegada, todo
mundo se queixou que ele [Serra] não
cumprimentou os funcionários", diz.
A boa relação de FHC e Lula se estendeu para
uma transição amistosa, em que o petista chegou
a revelar nomes de seu ministério em primeira
mão para o tucano.
FHC ficou pouco impressionado com a equipe de
seu sucessor, com exceção de alguns nomes,
como Antônio Palocci para a Fazenda. Achou o
time "adequado para os anos 1970, pouco apto a
enfrentar os problemas e a realidade de hoje".
Mas guardou para si sua avaliação e não tocou
no assunto num dos vários cafés e jantares que
teve com Lula e sua mulher, Marisa, durante o
período de transição.
Não foi apenas a situação interna que testou a
fleuma de FHC durante seus últimos dois anos no
poder. O volume cobre os atentados de 11 de
setembro de 2001 e mostra o receio do então
presidente de que as regras de convivência
internacional fossem reescritas pelos EUA, o que
de fato aconteceu.
"É possível que eles queiram refazer a agenda do
mundo, mas não para o lado que eu desejo, que
é, como eu disse ao [George] Bush, tentar abrir
um espaço de negociação mais amplo no mundo.
Eles estão aumentando a ação unilateral",
registra, apenas três dias após os ataques.
Da mesma forma, mantinha-se tenso um ano
depois, quando Bush começou a dar sinais de
uma invasão ao Iraque, o que de fato ocorreria
no início de 2003.
"E me disse o Armínio [Fraga, presidente do BC]
que a situação internacional é preocupante. De
fato, ontem o Bush fez um discurso sobre o
Iraque. Ele não foi muito claro, ameaçou, mas
não cumpriu. O panorama mundial é ruim, é
pesado, é difícil", afirma, em setembro de 2002.
Curiosa, vista com os olhos de hoje, é a relação
de FHC com Hugo Chávez (morto em 2013), que
chama a atenção pela cortesia.
"O Hugo é amável, é caloroso comigo, e o Serra
está atacando a Venezuela. Teve a gentileza de
não tocar no assunto. Ele, claro, está feliz com a
vitória do Lula. Mas tem sido comigo mais do que
correto, amigo", diz.
FHC se queixa de reportagens da Folha no final
de seu governo
A exemplo do que ocorreu nos três livros
anteriores, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso faz uma série de críticas à imprensa no
volume final de seus diários (2001-2002).
Há diversas queixas sobre a cobertura da Folha,
sobretudo no caso do falso dossiê das Ilhas
Cayman, um conjunto de documentos forjados
que atribuía a existência de recursos não
declarados de membros da cúpula tucana no
paraíso fiscal do Caribe.
"O que a mídia tem feito nessa matéria é
inacreditável, sobretudo a Folha", registra o
tucano em março de 2001, comentando uma
reportagem do jornal.
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Grupo de Comunicação
Sobre o mesmo assunto, FHC descreve um tenso
jantar com o publisher da Folha Octavio Frias de
Oliveira (morto em 2007).
"No final [Frias] disse que se magoou comigo
porque, quando fiz um desabafo contra a Folha,
disse que ela não tinha a hombridade de voltar
atrás. É uma falta de escrúpulo, durante quase
32 meses, fazer de conta que os papéis eram
verdadeiros! Não houve hombridade nenhuma! É
inacreditável", afirma.
Em junho de 2002, numa conversa bem mais
amistosa segundo o relato do tucano, Frias de
Oliveira passa a FHC em primeira mão o
resultado de uma pesquisa Datafolha que
mostrava Lula caindo quatro pontos e Serra
subindo quatro. "Eu estava no carro quando me
telefonou o Frias, eufórico, para me dar esses
dados", registra o tucano.
Há também reclamações pontuais sobre
reportagens e textos de colunistas. "Clóvis
[Rossi, morto em junho passado] acabou de
publicar um artigo hoje bastante azedo contra
mim, contra o governo e a favor do Serra. Enfim,
o Clóvis é o Clóvis, nasceu de mau humor."
Em outro momento, FHC expressa preocupação
com a saúde financeira dos jornais O Globo e O
Estado de S. Paulo e faz menção de ajudá-los de
alguma forma.
"Estou tentando ver se arranjo uma solução para
esses jornais, eles estão mal de finanças. Esses
jornais são instituições nacionais, é bom que
sejam preservadas", afirma, sem detalhar que
tipo de ajuda poderia ser dada pelo governo.
DIÁRIOS DA PRESIDÊNCIA 2001-2002 (VOLUME
4)
Autor Fernando Henrique Cardoso
Editora Companhia das Letras
Preço sugerido R$ 129,90
Lançamento 21 de outubro
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/e
m-livro-fhc-diz-que-se-sentia-como-goleiro-de-
lula-contra-desconfianca-internacional.shtml
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Data: 18/10/2019
62
Grupo de Comunicação
Doria cria app para facilitar doações a ONGs
em meio a cortes de gastos para assistência
Governo de SP vai terminar o ano com R$ 108
milhões a menos que o planejado para área
SÃO PAULO
O governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira
(17) um aplicativo para conectar ONGs e
entidades que precisam de doação a pessoas que
querem ajudar, mas não sabem como fazê-lo.
No São Paulo Mais Humana (disponível pelo site e
por aplicativo, para Android e iOS), o cidadão
pode procurar ONGs próximas, definir a causa
desejada (crianças e adolescentes, idosos,
mulheres, pessoas com deficiência ou moradores
de rua) e marcar como quer ajudar —doando
dinheiro e materiais, oferecendo trabalho
voluntário ou ofertando vagas de emprego.
A plataforma foi criada pelo Fundo Social de São
Paulo e pela Prodesp (companhia de dados do
governo de SP), em parceria com a Oi, a Gocil
(empresa de segurança) e a Gazit
(administradora de shopping centers). Segundo o
governo, 16 mil entidades já se cadastraram no
aplicativo.
O lançamento da plataforma de doações
acontece em um momento em que o governo
corta gastos na área social. A gestão João Doria
(PSDB) deverá terminar este ano com R$ 108
milhões a menos que o planejado para a área,
que abriga programas como Bom Prato, Viva
Leite e atendimentos a adolescentes e idosos em
situação de vulnerabilidade.
Seguindo uma trajetória de redução nos últimos
anos, num contexto de aumento do desemprego
e da pobreza, os gastos programados em 2019
para a função assistência social caíram de R$ 833
milhões para R$ 725 milhões, uma variação
negativa de 13%.
Questionado nesta quinta, Doria afirmou que vê
nas doações uma saída para a suprir o
contingenciamento de gastos, e alfinetou a
gestão passada, o governo Márcio França (PSB),
que elaborou o orçamento deste ano.
"Nós suprimos uma deficiência, porque havia um
orçamento artificial. Nós não podemos trabalhar
com orçamentos artificiais. Também não estou
aqui criticando o passado. O passado passou.
Mas de fato ficamos com orçamento deficitário
em mais de R$ 15 bilhões. Portanto foi um
orçamento mal elaborado, ou pelo menos que fez
expectativas de crescimento econômico e de
arrecadação que não aconteceram. Mas como
superar esse contingenciamento? Com apoio do
setor privado", afirmou Doria.
O governador lançou nesta quinta também o que
pretende ser seu principal programa social, o
Vale do Futuro, para ajudar o desenvolvimento
do Vale do Ribeira, região mais pobre de São
Paulo. O objetivo é trazer a região para o
patamar médio do estado em 2022 e a
desenvolver plenamente até 2030.
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1
0/doria-cria-app-para-facilitar-doacoes-a-ongs-
em-meio-a-cortes-de-gastos-para-
assistencia.shtml
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
ESTADÃO Uma fusão improvável
O Ministério da Economia quer desvincular o
pagamento das bolsas do CNPq do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico e transferir os recursos para o
BNDES
Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
O governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a
deixar a comunidade científica e os meios
acadêmicos perplexos. Desta vez, o motivo foi o
anúncio de que o Ministério da Economia está
estudando, como estratégia para reduzir custos,
a fusão da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes) com o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq). Os dois órgãos foram
criados em 1951 com funções distintas, mas
complementares. Além disso, o Ministério da
Economia quer desvincular o pagamento das
bolsas do CNPq do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico e
transferir os recursos para o BNDES. Atualmente
esses recursos são geridos pela Financiadora de
Inovação e Pesquisa (Finep).
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC),
desde sua origem a Capes tem a atribuição de
aprimorar a formação dos professores
universitários, estimulando a expansão da pós-
graduação e avaliando a qualidade dos cursos
oferecidos. Além de conceder bolsas para
doutorado no País e no exterior e de financiar
seminários e simpósios acadêmicos, ela ajuda na
qualificação do ensino básico e baliza a expansão
do ensino a distância no País. Periodicamente, a
Capes divulga um ranking de qualidade das
universidades brasileiras.
Já o CNPq tem por atribuição estimular o
desenvolvimento científico e tecnológico,
financiando não apenas as universidades, mas,
igualmente, institutos de pesquisa. Vinculado ao
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), a agência também
patrocina eventos, concede bolsas de iniciação
científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado
e financia projetos complexos e sofisticados.
Um deles é o projeto Sirius, que exigiu a
construção de um laboratório de luz síncrotron de
4.ª geração, que tem um equipamento do
tamanho de um estádio de futebol e é o mais
caro e sofisticado da ciência brasileira. Quando
estiver concluído, em 2020, os pesquisadores
poderão analisar diferentes materiais em escalas
de átomos e moléculas, o que pode revolucionar
a pesquisa brasileira e mundial em áreas
essenciais, como saúde, agricultura e exploração
de gás e de petróleo. Atualmente, existe somente
um laboratório de 4.ª geração de luz síncrotron
em todo o mundo, instalado na Suécia. Com toda
a obra civil já concluída e aguardando testes no
principal acelerador de partículas, o laboratório
do projeto Sirius está instalado em Campinas, é a
maior estrutura científica do País e prevê, a partir
do momento em que estiver funcionando, pelo
menos 13 linhas de pesquisas.
Como a proposta do Ministério da Economia foi
feita com base em critérios exclusivamente
financeiros, e por técnicos que não conhecem os
campos de atuação da Capes e do CNPq, as
entidades da área estão criticando duramente o
ministro Paulo Guedes. “A fusão traria confusão
para um sistema que trabalha de forma
harmônica desde a década de 1950”, afirma o
presidente da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Castro
Moreira. Em nota, 13 instituições acadêmicas e
de pesquisa – como a Academia Brasileira de
Ciências, a Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior e a
própria SBPC – afirmaram que a proposta do
Ministério da Economia é “equivocada em todos
os sentidos”. Entre outros motivos, porque não
apenas desfigura um sistema consolidado que
funciona bem, como desestrutura os mecanismos
de financiamento do setor. O MCTIC se opôs à
fusão da Capes com o CNPq, alegando que ela é
“prejudicial ao País”. Mas o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, a defende, sugerindo que
Bolsonaro a implemente o mais rapidamente
possível, por meio de Medida Provisória.
Que a crise fiscal do País é grave, isso não é
novidade. Contudo, nada justifica que, para
enfrentá-la, o governo aja com base em critérios
exclusivamente econômicos, desorganizando
áreas essenciais do Estado brasileiro.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,uma-fusao-
improvavel,70003054308
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Choro sobre o óleo derramado
Inútil culpar a esquerda, que levou anos para ver
o verde e deve levar séculos para ver o azul
FERNANDO GABEIRA*, O Estado de S.Paulo
Há três semanas ando pelas praias do Nordeste e
não consigo chegar a uma conclusão sobre esse
desastre. Foi relativamente fácil seguir os efeitos
da mancha, no sentido norte-sul, observar seus
efeitos na areia e nos seres marinhos. No
entanto, é muito complicado seguir a mancha
para trás, em busca de suas origens. Satélites
americanos foram usados para isso e não
encontraram rastros. Parece que a mancha
engana satélites.
Baseado em fotos postas à disposição pelos
europeus, pesquisadores da Universidade da
Bahia chegaram a ver o que poderia ser uma
nova mancha de 22 quilômetros quadrados a
caminho da costa baiana. Essa possibilidade foi
desmentida. O Ibama sobrevoou a região e não a
viu. Chegou a supor que os pesquisadores se
tivessem enganado, pois havia nuvens
dificultando a visibilidade. A técnica usada para
calcular a mancha baseia-se na rugosidade da
água. A região apontada como problemática era
lisa, chata. A suposição era de que o óleo
dominasse a superfície.
Os americanos, ao afirmarem não ter conseguido
rastrear a mancha, confirmam indiretamente a
ideia de que o óleo, mais pesado, afunda e
navega numa camada inferior.
Minha experiência induz a uma comparação com
o desastre na Galícia, que cobri em 2003. Um
petroleiro chamado Prestige derramou 770 mil
toneladas de óleo na costa da Espanha. A Galícia,
região cruzada por petroleiros mal equipados e
semiclandestinos, já conhecera outros
vazamentos.
Pode ser que isso esteja acontecendo com navios
que saem da Venezuela, de onde veio o petróleo
vazado. Pressionados pelas sanções americanas,
fazem de tudo para escoar a produção, que, de
modo geral, vai para a Índia e a China.
Barris de rejeitos foram encontrados nas praias
com inscrições da Shell. Pesquisadores dizem que
rejeitos e óleo derramado na praia são a mesma
substância. A Marinha discorda. A Shell também
desmente.
Tudo isso se passa com relativo desinteresse
nacional. Deputados e senadores foram ao
Vaticano e deram as costas para as praias
manchadas. O próprio Bolsonaro acusou
esquerda, ONU e ONGs de ocultarem o desastre
por a origem do óleo ser a Venezuela.
Além de denunciar a esquerda, Bolsonaro pouco
fez. Em Sergipe foi preciso uma determinação
judicial para que protegessem a foz dos Rios São
Francisco, Sergipe, Vaza Barris e Real, entre
outros.
Embora possa haver um componente político no
relativo desinteresse, vejo outras razões para
ele. Há muita atenção para certos biomas, como
a Amazônia, pois são vistos como decisivos para
as mudanças climáticas. Ignoram-se em grande
escala o papel dos oceanos e a importância das
correntes marinhas no aquecimento do planeta.
Num encontro internacional realizado na
Inglaterra, alguns cientistas chegaram a dizer
que as correntes marinhas e sua dinâmica é que
iam determinar a irreversibilidade do
aquecimento global.
Uma semana antes do desastre comecei a ler o
livro de Rachel Carson sobre o litoral. Além de
excelente escritora, Rachel Carson dedicou-se à
zoologia marinha. A riqueza biológica do litoral é
descrita por ela com detalhes, desde caranguejos
do tamanho da unha do polegar a seres maiores,
passando por medusas, nereidas, uma paisagem
visual e verbalmente encantadora. Na medida em
que conseguirmos transmitir a riqueza da vida
oceânica, talvez o interesse aumente.
Na Galícia, em 2003, vi muitos voluntários
limpando as praias. Neste desastre no Nordeste
também houve movimento, crianças em Alagoas,
artistas na Bahia, todos empenhados em tirar a
sujeira da praia. Discussão política,
requerimentos, comissões, enfim, todo o zum-
zum em torno de um desastre tem o seu papel.
Usar uma pá e sujar os pés é mais eficaz.
Assim como na Galícia, estamos diante de um
problema internacional. Como controlar os navios
bandalhas que enganam a fiscalização e
descumprem normas de segurança?
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Se o desastre foi mesmo provocado por um
petroleiro, o que me parece mais lógico, o Brasil
teria de acionar mecanismos internacionais de
controle. Não fazer nada implica esperar um
novo desastre, que fatalmente virá.
Ainda não sabemos o impacto real do óleo
derramado. Temos as praias como alvo porque
sua limpeza é essencial para o turismo. Mas há
os manguezais e o consumo de crustáceos e
moluscos tem um grande papel na dieta da
população litorânea. Aí se joga também um jogo
mais difícil: limpar os mangues demanda técnica
e roupa especial. Ainda assim, é difícil.
Fico pensando num peixe-boi que é
acompanhado pela Fundação de Mamíferos
Aquáticos. Chama-se Astro e nada agora entre a
Praia do Coqueiro e Mangue Seco, na Bahia.
Astro é tão tranquilo quanto à presença humana
que foi atropelado por barcos 13 vezes. Depois
de escapar com vida dessas trombadas, enfrenta
um novo momento. O equipamento que o
monitora está coberto de óleo. Ele parece que
segue bem.
Mas, sem dúvida, a vida no mar, que é o berço
da própria vida, tornou-se uma aventura
perigosa. O transporte clandestino de
combustível é um tema que merece cuidado
especial. Tende a produzir desastres.
Inúmeras vezes, entre Boa Vista e Pacaraima, na
fronteira com a Venezuela, parei para
documentar os destroços de carros incendiados.
Em geral eram de pequenos contrabandistas
fugindo da polícia.
Não adianta apenas criticar a esquerda e as
ONGs que cuidam mais dos biomas que estão na
moda. Ou culpar a esquerda, que levou anos
para descobrir o verde e possivelmente levará
séculos para ver o azul.
O transporte marítimo de petróleo depende de
um controle internacional das embarcações. O
Brasil foi vítima. Precisa fazer algo, caso
contrário as possibilidades de novo desastre
aumentam. O oceano que deixaremos para as
novas gerações nunca mais será o que
encontramos. Mesmo assim, é preciso resistir.
* FERNANDO GABEIRA É JORNALISTA
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,choro-sobre-o-oleo-
derramado,70003054292
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Data: 18/10/2019
68
Grupo de Comunicação
Começa o debate sobre a reforma sindical
Governo pretende substituir modelo varguista de
sindicato único por categoria profissional em cada
cidade ou região pelo modelo americano, que
aceita a existência de sindicatos por empresa;
centrais sindicais se opõem a esse modelo
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Os presidentes das principais centrais sindicais
do País se reuniram ontem com representantes
do Ministério da Economia para discutir a reforma
que o governo pretende promover no setor.
Embora as diretrizes dessa reforma ainda não
tenham sido anunciadas, o governo pretende
substituir o modelo varguista de sindicato único
por categoria profissional em cada cidade ou
região pelo modelo americano, que aceita até
mesmo a existência de sindicatos por empresa.
As centrais sindicais se opõem a esse modelo,
mas a maioria tem consciência de que a
estrutura atual do sindicalismo brasileiro,
concebida quando eram outras as condições da
economia do País, já se exauriu. Entre outros
motivos, porque o desenvolvimento tecnológico
extinguiu várias profissões e criou outras.
A economia brasileira também é hoje de tal modo
diferenciada, em termos funcionais, que a
estrutura sindical não consegue representar os
novos profissionais que nela atuam. É o caso dos
metalúrgicos do setor aeronáutico. Quase todos
têm diploma universitário e suas demandas
conflitam com as dos metalúrgicos do setor
automobilístico, onde muitos têm apenas o
ensino fundamental.
Além disso, com a crescente informatização das
linhas de produção, o aumento do desemprego
estrutural levou muitos sindicatos a perderem
filiados. No setor financeiro, foram extintas 400
mil vagas, entre as décadas de 1990 e 2010. O
mesmo ocorreu no setor montador, no qual o
número de filiados hoje é bem menor do que o
de há três décadas. Atualmente, há no País 17
mil sindicatos. Conjugada com a reforma
trabalhista de 2017, que proibiu o desconto da
contribuição sindical em folha, o aumento do
desemprego estrutural levou muitas entidades ao
colapso financeiro.
Para as centrais, a reforma sindical vem em má
hora, pois, como os sindicatos estão
enfraquecidos, eles não teriam poder de
barganha com o governo. Também alegam que o
fim da unicidade sindical dificultará a negociação
de greves em setores estratégicos da economia.
Por mais procedentes que sejam esses
argumentos, uma coisa é certa: a estrutura
sindical brasileira tem de ser modernizada. Por
isso, se não souberem negociar essa reforma de
modo responsável com o governo, as centrais
sindicais só aumentarão os problemas que já
enfrentam e enfraquecerão ainda mais a defesa
dos interesses de seus filiados.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-
economico,comeca-o-debate-sobre-a-reforma-
sindical,70003053805
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Clima, prioridade do FMI
Fundo alerta que o aquecimento é ameaça
presente, as ações e compromissos foram
insuficientes e, quanto mais se esperar, maiores
serão os danos e perdas de vida
Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
Furacões, secas, degelo e outros males ligados à
mudança climática são assuntos para bancos
centrais e Ministérios de Finanças? Nada mais
natural que uma resposta positiva, a julgar pelas
posições defendidas no Fundo Monetário
Internacional (FMI), nesta semana, por dirigentes
da instituição e participantes de pelo menos 16
debates sobre temas ambientais. Dois grandes
alertas marcaram as apresentações de técnicos e
diretores da instituição, nos últimos dias. O
primeiro, de maior impacto imediato para os
formuladores de política, veio no estilo
tradicional: a economia global está em
desaceleração, riscos financeiros se acumulam e
é preciso agir para evitar um desastre. O
segundo indicou uma visão renovada, e mais
ampla, da política econômica: “Ministros de
Finanças devem ter papel central na promoção e
na implementação de políticas fiscais para deter
a mudança climática”, disse o diretor do
Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vítor
Gaspar.
Estará o Fundo, execrado tantas vezes como um
dos símbolos mais hediondos do capitalismo,
contaminado pela esquerda? Terá sido enfim
subjugado pela influência da China, uma das
fontes do “climatismo”, como já asseguraram o
presidente Donald Trump e seu devoto Jair
Bolsonaro? Se esse for o caso, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, terá acertado ao
desistir, em cima da hora, de participar da
assembleia anual do FMI e do Banco Mundial. As
alegadas prioridades internas podem ter sido
apenas uma desculpa diplomática.
Para centenas de milhões de outras pessoas, a
ampliação da pauta do FMI, de fato iniciada há
anos, pode ser estimulante, sem prejuízo da
melhor tradição. Quem se deleita com números,
contas públicas, crise, crescimento e emprego
evita perder as entrevistas de Vítor Gaspar. Ele
dirige há anos o Departamento de Assuntos
Fiscais do FMI e uma de suas tarefas é
supervisionar o Monitor Fiscal, um relatório
semestral sobre o estado das contas públicas, as
políticas de receitas e despesas e seus efeitos
sobre a economia. A informação é de alta
qualidade e as questões centrais são
normalmente tratadas com vigor.
Neste ano, sua apresentação incluiu dois apelos.
Para animar a atividade e prevenir um novo
tombo é hora de usar estímulos fiscais, porque os
incentivos monetários, até com juros negativos,
chegaram ao limite. A outra convocação veio fora
do formato tradicional. O aquecimento global é
uma ameaça clara e presente, as ações e
compromissos foram até agora insuficientes e,
quanto mais se esperar, maiores serão os danos
e perdas de vida. Para conter o aquecimento em
2% ou menos, dentro dos limites considerados
seguros pela ciência, será preciso fazer mais para
limitar as emissões de carbono.
A solução mais evidente, segundo o estudo
apresentado por Vítor Gaspar, é uma tributação
eficaz, calculada para encarecer as emissões e
facilitar a transição para uma nova economia,
com padrões ambientais mais saudáveis e
sustentáveis. Nos principais países emissores a
taxação poderia crescer rapidamente e atingir
US$ 75 por tonelada de carbono em 2030.
Seriam afetados, entre outros, o preço da
gasolina e as tarifas de eletricidade. Isso
dependeria das características de cada país.
Tributar, no entanto, seria só uma parte das
ações.
Os governos poderiam, por exemplo, compensar
o aumento desses custos com a diminuição de
Data: 18/10/2019
70
Grupo de Comunicação
outros impostos. Poderiam criar compensações
para as famílias mais pobres. Deveriam, de modo
geral, investir parte do dinheiro arrecadado em
programas de transição para a nova economia.
Os planos deveriam incluir assistência aos
trabalhadores mais afetados pela mudança
energética.
Ameaça clara e presente foi a primeira noção
usada para a abordagem do tema no Monitor
Fiscal. Com outro vocabulário, o tema foi usado
pela nova diretora-gerente do Fundo, Kristalina
Georgieva, para mostrar a importância
econômica da questão climática: “No FMI sempre
olhamos para riscos e essa categoria de risco tem
de ser absolutamente central para nosso
trabalho. (…) A transição de uma economia de
alto para uma de baixo carbono não é tarefa
trivial e temos a responsabilidade de cuidar da
compreensão desses riscos, de classificá-los e –
mais importante – de apresentar políticas para
geri-los”. No FMI, o calendário indica o século 21.
E no Palácio do Planalto?
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,clima-prioridade-do-
fmi,70003054300
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Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
Petrobrás bate recorde de produção no 3º
trimestre
Diante do desempenho, a projeção é que
alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de
barris por dia
Fernanda Nunes e Cristian Favaro, O Estado de
S.Paulo
Com a entrada de novas plataformas no pré-sal,
a Petrobrás bateu novos recordes de produção
diários no terceiro trimestre, deixando para trás
dificuldades enfrentadas nos três meses
anteriores. De julho a setembro, foram extraídos
2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia
(boe/d, que inclui petróleo e gás) no Brasil. No
período, teve destaque o mês de agosto, quando
a produção atingiu nível recorde, de 3,1 milhões
de barris. Diante do desempenho, a projeção é
que alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de
barris por dia.
A maior parte do volume produzido no período
saiu da região de águas ultraprofundas do pré-
sal, que responde por 60,4% do resultado da
empresa. “A Petrobrás está atravessando um
momento muito positivo com relação ao seu
desempenho operacional. Isso é bom para o
setor de óleo e gás do país porque aumenta a
confiança no potencial de crescimento do setor”,
disse Edmar Almeida, professor do Grupo de
Economia da Energia (GEE) da UFRJ.
Ele destaca ainda que o “bom desempenho
operacional é uma dimensão fundamental para a
recuperação da empresa”, que entrou em crise
em 2014, após o preço da commodity despencar
no mercado internacional e a Operação Lava
Jato, que investigou escândalos de corrupção
envolvendo a estatal.
Para o diretor e sócio-fundador do Centro
Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires,
nenhum outro setor tem tanta capacidade de
gerar emprego e renda no Brasil como o de
petróleo e gás. Para Maurício Canedo,
especialista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o
desempenho da Petrobrás comprova a aposta
correta da empresa no pré-sal.
Além do crescimento no pré-sal, Pires destacou a
utilização das refinarias, que passou de 76% para
80% do segundo para o terceiro trimestre. Com
isso, caíram as importações. “Desde a
administração de Pedro Parente, a Petrobrás vem
buscando um ponto ótimo no refino. Dessa vez,
optou por ampliar a produção interna, o que deve
ter contribuído para reduzir os custos”, afirmou.
Ele destacou que, ante igual trimestre do ano
passado, houve queda do consumo interno de
combustíveis. As vendas de gasolina, por
exemplo, passaram de 387 mil barris por dia
para 377 mil. Sem ter como escoar
internamente, a Petrobrás optou por exportar
petróleo e derivados. O volume vendido ao
exterior subiu de 322 mil barris por dia para 583
mil, alta de 81,1% em um ano. “Falta
investimento no refino, o que faz com que a
capacidade de produção de combustíveis seja
limitada. A tendência é que o País se torne
exportador de petróleo e comprador de
derivados”, disse Pires.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
petrobras-bate-recorde-de-producao-no-3-
trimestre,70003054188
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Data: 18/10/2019
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Governo federal é cobrado por plano contra
avanço de óleo no litoral
Técnicos e especialistas veem falta de ação
coordenada para rastrear deslocamento da
mancha; ministério diz tomar medidas cabíveis e
destaca ineditismo do problema
Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A resposta do governo federal ao
vazamento de óleo no Nordeste vem opondo, nas
últimas semanas, Ministério Público, técnicos
ambientais e cientistas ao Ministério do Meio
Ambiente. O grupo tem alertado que não foi
acionado um plano de contingenciamento que
poderia ter acelerado a resposta ao desastre. Já
o governo federal diz tomar as providências
cabíveis e destaca o ineditismo do problema. O
poluente já foi achado em 187 pontos do litoral,
e as autoridades ainda investigam a origem do
material.
No País, existe o Plano Nacional de Contingência
para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas
sob Jurisdição Nacional (PNC), estabelecido por
decreto em 2013. Ele “fixa responsabilidades,
estabelece estrutura organizacional e define
diretrizes, procedimentos e ações, com o objetivo
de permitir a atuação coordenada de órgãos da
administração pública e entidades públicas e
privadas para ampliar a capacidade de resposta
em incidentes de poluição por óleo”.
Por lei, o responsável por acionar o plano é o
ministro do Meio Ambiente. Ele é o coordenador
do comitê executivo. Ao Estado, o ministro
Ricardo Salles disse que o plano foi, sim,
acionado desde o início de setembro e que todas
as medidas previstas foram colocadas em
andamento.
Nessa quinta-feira, 17, em audiência pública na
Comissão de Meio Ambiente do Senado, o
presidente do Ibama (órgão ligado à pasta do
Ambiente), Eduardo Bim, também deu a mesma
informação. Mas, quando os órgãos foram
solicitados a enviar à reportagem ofícios ou
portarias que indiquem o acionamento do PNC e
a composição do Grupo de Acompanhamento e
Avaliação, não houve resposta.
Conforme o Estado apurou, o comitê executivo,
responsável por acionar o plano, foi extinto
durante o “revogaço” de todos os conselhos feito
pelo presidente Jair Bolsonaro no começo do ano.
A área técnica do ministério chegou a produzir
parecer reforçando a importância de se restituir a
comissão, mas não foi atendido.
Mesmo sem o comitê, porém, a prerrogativa de
acionamento cabe a Salles. A Associação de
Servidores do MMA (Assemma) comentou que
havia todo um arcabouço legal para responder de
modo melhor ao desastre. Tanto o PNC quanto
documentos relacionados a ele traziam, por
exemplo, um manual de contingenciamento e de
boas práticas de manejo de fauna oleada, que,
segundo os técnicos ouvidos pelo Estado, não
foram usados.
MPF aponta omissão de autoridades federais
Na audiência pública no Senado, o procurador da
República no Rio Grande do Norte Victor Mariz
questionou que, apesar de se perceber esforço de
ação dos órgãos federais para tentar conter o
desastre, monitorando as praias e fazendo ações
de limpeza, isso não foi suficiente. “Os sinais
indicam que não, porque as áreas mais sensíveis
estão sendo atingidas."
Ele aponta que documentos importantes, como
as cartas SAO, que são cartas de sensibilidade ao
óleo, e o Mapeamento de Área para Resposta
Emergencial no Mar (Marem), ferramentas para
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
ajudar no contingenciamento do dano, não foram
levadas em conta.
Na terça-feira, 15, o Ministério Público Federal na
Bahia já tinha entrado com ação civil pública
contra a União alegando “omissão contundente
do Ibama, e consequente do Ministério do Meio
Ambiente, que age de forma retardada, tão
somente providenciando a mitigação do dano já
existente”. O documento segue: “Nas reuniões
diárias que se seguem do grupo de trabalho
formado, nenhuma decisão acerca de
implementação de medidas de proteção às áreas
sensíveis foi tomada”.
Mancha de óleo atinge praias do Nordeste
Apesar de o governo dizer que o PNC foi posto
em vigor, técnicos do ministério dizem que isso
não ocorreu e que especialistas em
gerenciamento costeiro, tanto da pasta quanto
de universidades, não foram chamados para, de
modo integrado, pensarem em soluções.
“A primeira atuação seria disparar ferramentas
imediatas de mitigação, como retirada de óleo
por sucção da superfície, uso de barragens de
contenção ou de dispersante de óleo. Nada disso
foi feito”, comenta Ronaldo Francini-Filho,
biólogo, professor da Universidade Federal da
Paraíba.
"Não houve medidas para tentar prever para
onde as manchas iriam. Estamos falando do
maior desastre do litoral do Brasil”, critica a
oceanógrafa Yara Schaeffer-Novelli, professora
sênior da Universidade de São Paulo (USP) e
sócia do Instituto BiomaBrasil, .
Ela explica que, após um tempo do vazamento, o
óleo vai perdendo a característica mais fluída e
de fato afunda, movendo-se na sub-superfície,
como alega o governo, o que torna difícil a
visualização. “Mas as primeiras manchas, na fase
aguda do vazamento, eram mais líquidas e
flutuantes. Era mais fácil de ver por satélite ou
aviões. A reação, porém, demorou demais”, diz.
O primeiro comunicado da Marinha sobre as
manchas, por exemplo, é de 27 de setembro,
sendo que a primeira notificação em praia na
Paraíba foi de 30 de agosto.
“Para dar a resposta, tem de se pensar em ações
que vão além das medidas do Ibama, que tem
competência sobre a poluição. As instituições dos
Estados, municípios se organizaram para dar a
resposta, mas de modo individual, não
organizado. Cada um fazendo de um jeito. Não
se convocaram especialista para todos juntos
pensarem na melhor resposta”, informou a
Assemma ao Estado.
Plano foi criado para acidentes com causa
determinada, diz ministro
Salles disse que “nada foi deixado para trás”.
Mas afirmou que o PNC “foi concebido para
acidentes com causa determinada”, o que não é
o caso do desastre atual. O presidente do Ibama
também usou o mesmo argumento na audiência
pública. “É tudo muito inédito. Tem soluções que
não se aplicam. Fizemos modelagem, mas saber
de antemão onde as manchas vão aparecer não é
tão simples quanto parece. Não se consegue ter
previsibilidade."
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,governo-federal-e-cobrado-por-plano-
contra-avanco-de-oleo-no-litoral,70003054351
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Data: 18/10/2019
74
Grupo de Comunicação
Tambores da Shell achados no Nordeste
eram de empresas dos Emirados Árabes e
da Libéria
Autoridades brasileiras cobraram explicações da
multinacional; governo investiga se óleo dos
recipientes é o mesmo que se espalhou por 178
pontos do litoral
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Os tambores da companhia Shell
encontrados no litoral do Nordeste, em meio ao
derramamento de borra de petróleo em 2 mil
quilômetros da costa brasileira, foram
produzidos e comercializados por empresas do
grupo Shell localizadas na Europa e no Oriente
Médio. O governo ainda investiga se o material
da empresa é o mesmo que polui 187 pontos da
costa brasileira desde o fim de agosto.
O Estado obteve, com exclusividade, detalhes
das informações repassadas pela companhia
anglo-holandesa às autoridades brasileiras. No
documento sigiloso, a Shell encaminha ao
governo brasileiro dados de dois compradores
dos produtos encontrados no Brasil. A primeira é
a empresa Hamburg Trading House FZE, uma
distribuidora baseada nos Emirados Árabes , que
adquiriu 20 tambores do lote encontrado na
costa brasileira. O segundo cliente é a empresa
Super-Eco Tankers Management, baseada em
Monrovia, na Libéria, na África Ocidental, que
comprou cinco tambores do lote da Shell.
Segundo informações técnicas da Shell, a Super-
Eco Tankers Management, que comprou cinco
tambores, “potencialmente opera em águas
brasileiras”. A distribuidora dos Emirados Árabes,
na avaliação da empresa, é menos provável que
passe pela costa do Brasil. A multinacional
informa ainda, no documento, que a identificação
do produto no tambor como “Argina S3-30” é
produzido e comercializado em vários países. Foi
por meio do código do tambor iniciado com o
número “55”, que a empresa identificou que se
trata de produtos produzidos na Europa e no
Oriente Médio.
O lote de tambores, que tem data de 17 de
fevereiro de 2019, foi produzido em Dubai pela
Shell Markets. Depois, esses tambores foram
comercializados por outra empresa do grupo, a
Shell Eastern Trading (SET) no Porto dos
Emirados Árabes. As informações foram enviadas
à Shell Brasil por meio da SET.
No documento, a Shell informa que o primeiro
tambor encontrado com a logomarca da empresa
“não foi produzido ou comercializado pela Shell
Brasil” e que se trata, efetivamente, de um
“produto líquido límpido, de coloração âmbar”,
diferente do que está invadindo o litoral do
Nordeste.
No momento da venda dos lotes, afirma a
empresa, houve “transferência de titularidade e
custódia do produto e da sua embalagem pela
SET ao cliente e ao distribuidor”. Por isso, alega
a SET, empresa do grupo Sheel, que a
informação encaminhada sobre detalhes dos
lotes e seus compradores “não indica
necessariamente que tais empresas (cliente e
distribuidor) sejam proprietários ou possuidores
dos tambores investigados”.
Material da Shell e óleo achado nas praias têm
parentesco, mostra estudo da UFS
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
visitou nesta quarta-feira áreas afetadas pelo
vazamento de óleo no Nordeste em Bahia,
Alagoas e Sergipe. Ele se reuniu com o professor
Alberto Wisniewski, do Departamento de Química
da Universidade Federal do Sergipe (UFS) e
responsável pela análise do material encontrado
nos barris da Shell e nas praias de Sergipe. "Ele
(Wisniewski) explicou para nós que são
fisicamente diferentes porque um está diluído,
com contato com o mar, e o outro concentrado
no barril, mas a fonte molecular é a mesma. O
DNA é o mesmo", afirmou Salles ao Estado. "O
que está nos barris está em conformidade com o
que está na costa", disse.
Data: 18/10/2019
75
Grupo de Comunicação
Na avaliação do governo, a hipótese mais forte
sobre a origem do crime ambiental, neste
momento, é de “navio fantasma”, embarcação
clandestina que faz o contrabando de petróleo.
Análises da Petrobrás e da Marinha já apontaram
a origem venezuelana do material encontrado
nas praias. O governo Nicolás Maduro, porém,
nega que o óleo seja do país vizinho.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,autoridades-brasileiras-cobraram-
explicacoes-da-multinacional,70003053968
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Data: 18/10/2019
76
Grupo de Comunicação
FHC: ‘Huck vai deixar de ser celebridade e
ser líder?’
Tucano afirma que apresentador da Globo precisa
começar a exercer liderança política se quiser ser
candidato
Entrevista com
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do
Brasil
Pedro Venceslau, Marcelo Godoy e Paula
Reverbel, O Estado de S.Paulo
No momento que lança o quarto e último volume
de seus Diários da Presidência, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assiste com
ceticismo as articulações de Luciano Huck para as
eleições de 2022. Em entrevista ao Estado, FHC
diz que o apresentador precisa ser líder, e não
uma celebridade. “É preciso ver se Huck vai
deixar de ser celebridade para ser líder”, afirmou.
Em 2018, FHC mostrou simpatia pela ideia de
que Huck saísse como candidato e quebrasse a
polarização entre Bolsonaro e PT, mas o
apresentador desistiu de disputar. Geraldo
Alckmin, que contou com uma coalizão de centro,
teve só 4,76% dos votos.
1. O sr. fala no livro sobre excessos dos
procuradores. Vê semelhanças entre abusos da
época com supostos abusos da Lava Jato?
Não sei se há paralelo. O que estão tomando
como abuso da Lava Jato: a interceptação
telefônica. No telefone você fala com
naturalidade. E as pessoas trabalham juntas, o
procurador e o juiz. É provável que na Lava Jato
haja também, como houve no passado, uma
visão política. No passado, no meu tempo, era
uma visão contra o governo e pró-PT,
basicamente. Na Lava Jato pode ter havido uma
visão política. Mas o juiz quando julga tem fatos.
Não dá para dizer que contaminou todo o
processo.
2. Compartilha da mesma opinião do senador
Aloysio Nunes?
Tem que separar bem. Houve alguma coisa
específica que incidiu sobre a decisão? Aí tem
que rever. Mas se a decisão está embasada em
fatos, então não tem sentido. São fatos. Posso
não me conformar, por exemplo, com o caso do
Eduardo Azeredo. Acho um absurdo. Foi
condenado a mais de 20 anos por uma coisa que
me parece que ele não tinha responsabilidade
direta.
3. Vê abuso na Lava Jato?
Não sei dizer. Na média a Lava Jato foi positiva.
Colocou na cadeia ricos e poderosos que nunca
iam presos. Não gosto de ver gente na cadeia,
não tenho satisfação. Mas não posso deixar de
reconhecer que a Lava Jato foi uma reação à
corrupção do sistema democrático.
4. No livro, o sr. fala que o Brasil poderia pagar
um alto preço pela eleição do Lula. O preço seria
o governo Bolsonaro?
Para o meu gosto, os dois são um preço alto. Mas
que eu saiba, não teve nada no governo
Bolsonaro até agora que tivesse sido contra a lei.
Não votei no Bolsonaro e não apoio o governo,
mas é preciso ter equilíbrio nessas coisas. Há
liberdade, imprensa livre, Justiça e Congresso
funcionando. Outra coisa é discordar das medidas
que são tomadas. Não vejo que o governo
Bolsonaro tenha incorrido em alguma coisa que
fosse crime, contra a lei.
5. E a suspeita de “rachadinha” no gabinete de
Flávio Bolsonaro e a suposta proximidade com
milícias?
Mas isso não é ele. Não posso condenar o
presidente por sua família. Tem que ver caso a
caso. Me parece suspeito que alguém que ligado
a Presidência da República tenha ligações com
milícias.
Data: 18/10/2019
77
Grupo de Comunicação
6. Em 2018, o PSDB teve o pior resultado de sua
história e hoje se fala em ‘novo PSDB’. Onde o
partido errou e o que acha do discurso do
governador João Doria de um novo PSDB, mais
conservador?
Não foi o PSDB só. O sistema político que nós
montamos na Carta de 1988 está se
desmilinguindo. O exemplo mais óbvio disso é
que o partido majoritário hoje – chama-se PSL –
está brigando entre si agora e tem só 54
deputados. Na Câmara, tem 513. É uma
proporção pequena.
7. O PSDB não errou então?
Todos erraram. Vou dar um exemplo simples: o
PSDB nunca aceitou a realidade contemporânea,
que é a internet. Quer organizar um movimento
ou um partido como? Com reuniões físicas? Isso
é uma coisa antiga.
8. O que acha dos expurgos que governador
Doria está fazendo no PSDB?
Sou contra expulsão a menos que a pessoa seja
condenada.
9. Em 2002, disse que Lula não estava preparado
para ser presidente. Acha que Bolsonaro está?
Estava errado no caso do Lula, não quero fazer a
mesma coisa com o Bolsonaro. O que Lula fez
que outros não conseguiram? Formar uma
maioria, explicar ao País para onde é que vai.
10. Lula é um preso político?
Não, eu não acho. Pode ter motivação contra ele,
inclusive por juízes, mas não é por isso que ele é
condenado. É condenado por fatos.
11. Há um movimento que busca um candidato
de centro para evitar os extremos. Luciano Huck
poderia ser esse nome?
Eventualmente sim, mas o que significa isso?
Significa que a pessoa tem que exercer a
liderança política. Sou amigo do Luciano, etc.
Agora, preciso ver se ele vai deixar de ser
celebridade para ser líder. Celebridade é uma
coisa importante, tem acesso ao povo, mas líder
é outra coisa. Se ele fizer esse passo, ele tem
chance. Às vezes pessoas são eleitas sem ter
essa qualidade, chegam ao governo e não
governam. Ou governam com dificuldade.
12. O governador Doria pode ser esse nome?
Ser eleito presidente depende de você entender e
lidar com a diversidade do Brasil. Não sei se o
Doria tem capacidade de expressar um
sentimento nacional.
13. O senhor acha que Bolsonaro fica até o final
do governo?
Eu sou democrata, profundamente. Em um duplo
sentido: institucional e olhar para a maioria, o
povo. Ele foi eleito e está começando a governar.
Tem de ser respeitada a decisão do povo.
14. O PT está cumprindo o papel de ser
oposição?
O PT tem uma única consigna: Lula livre.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fhc
-huck-vai-deixar-de-ser-celebridade-e-ser-
lider,70003054328
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Data: 18/10/2019
78
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Cenário econômico mundial continua com
risco negativo, diz FMI
A nova diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, fez um
breve resumo ontem dos objetivos a serem
perseguidos pela instituição em sua gestão,
iniciada neste mês. Boas práticas nas relações
multilaterais, governança dos bancos centrais,
políticas inclusivas e atenção às mudanças
climáticas estão entre as questões a serem
defendidas pelo Fundo junto aos países-
membros.
Segundo Georgieva, o cenário econômico
mundial continua precário e com riscos
negativos, refletindo as ameaças da guerra
comercial e do aumento da vulnerabilidade
financeira. Ela disse que é crescente o risco de
que a guerra comercial transborde para a política
monetária, cambial ou para o setor financeiro,
ameaçando a estabilidade financeira global e
comprometendo o avanço dos ganhos
econômicos.
Para a executiva, é preciso encontrar soluções
para as disputas comerciais, inclusive removendo
distorções domésticas e fortalecendo o sistema
de comércio multilateral. Políticas domésticas
devem buscar economias mais resilientes,
adaptáveis e com mais inclusão. “Trabalhando
juntos, formuladores de políticas podem construir
pontes para um crescimento seguro que beneficie
todas as pessoas.”
Segundo Georgieva, mesmo com as ações dos
bancos centrais, a perspectiva de crescimento
econômico em 2020 ainda é frágil. “Políticas
domésticas e reformas devem reforçar a
resiliência e endereçar mudanças sociais para
assegurar sustentabilidade, inclusive crescimento
e emprego”, afirmou.
“Para proteger o crescimento e mitigar os riscos,
é imperativo reduzir a incerteza atual, resolvendo
as tensões entre fronteiras e reduzindo as
barreiras comerciais”, afirmou. Para ela, ter uma
coordenação da taxação internacional que
preserve as reformas pós-crise, a regulação
financeira global e previna que um
endividamento excessivo dos países de baixa
renda pode reforçar a confiança. “Os
formuladores de política devem garantir uma
rede global de segurança financeira adequada
com um forte Fundo em seu centro, que continue
a apoiar os países necessitados.”
Georgieva disse que o FMI está desenvolvendo
uma ampla agenda para aprimorar seus
conselhos sobre questões monetárias e
macrofinanceiras. Também está olhando para as
práticas de governança dos bancos centrais e
trabalhando numa nova estrutura de
transparência para os BCs.
O Fundo também continua buscando opções para
que os países reforcem o crescimento inclusivo e
ajudem a reduzir a desigualdade e a pobreza,
com o objetivo de garantir oportunidade para
todas as pessoas contribuírem e dividirem os
benefícios da atividade econômica. “Gastos
sociais adequados, eficientes e fiscalmente
sustentáveis são a chave para um crescimento
econômico inclusivo, e nós estamos trabalhando
para operacionalizar a estratégia adotada
recentemente de envolvimento do fundo em
gastos sociais.”
“O Fundo foi criado para promover a cooperação
monetária internacional e para ajudar os países a
resolver disputas monetárias e cambiais. Nós
vamos continuar a fornecer uma solução única,
rigorosa, imparcial e consistente em termos
multilaterais”, disse Georgieva. E alertou ainda:
“Os países devem evitar manipular as taxas de
câmbio com o objetivo de obter um equilíbrio
efetivo de ajuste de pagamentos ou uma
vantagem competitiva injusta”.
A diretora-gerente do FMI cobrou ainda dos
formuladores de política que intensifiquem
esforços para combater as mudanças climáticas.
“A mudança climática é uma crise global”, disse.
Data: 18/10/2019
79
Grupo de Comunicação
“Em resposta à cobrança por mais envolvimento
de muitos membros, o FMI está avançando nos
trabalhos sobre mudanças climáticas, incluindo
ajuda aos membros para cumprir seu
compromisso com o Acordo de Paris.”
A diretora-geral do Fundo disse haver “forte
vontade” para seguir adiante com o plano de
recuperação acordado em junho do ano passado,
quando o FMI ainda estava sob o comando de
Christine Lagarde, mas frisou que tal passo só
será dado após conhecer os detalhes da política
econômica a ser implementada na Argentina.
“Estamos muito interessados em ver qual será o
marco político que se estabelecerá e, quando
soubermos, poderemos continuar a conversa”,
disse.
A declaração ocorreu na véspera da reunião entre
o FMI e a equipe econômica do governo de
Maurício Macri, que estará representada pelo
ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, e o
presidente do Banco Central argentino, Guido
Sandleris.
Sobre o Brexit, Georgieva disse que sem um
acordo pode haver um impacto sobre o PIB do
Reino Unido de 3,5% “ou mais”. Até mesmo uma
saída com acordo teria um impacto relevante, de
2% do PIB, de acordo com a executiva. “Mesmo
com um acordo, o Brexit também tem suas
implicações, que já estão sendo absorvidas, já
que esse acordo está sendo construído há três
anos”, afirmou há pouco.
A diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional afirmou que o acordo entre Estados
Unidos e China, chamado pelos governos dos
dois países como “fase 1”, pode amenizar os
efeitos negativos sobre o crescimento econômico
mundial. As medidas anunciadas na sexta-feira
passada, segundo ela, podem reduzir o impacto
negativo previsto sobre o PIB global em 2020 de
0,8 ponto para 0,6 ponto percentual.
Em entrevista concedida na manhã de ontem,
Georgieva classificou como “positiva” a notícia de
acordo do Reino Unido para deixar a União
Europeia, embora ainda espere por mais
informações sobre o teor desse entendimento.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2019/10
/18/cenario-economico-mundial-continua-com-
risco-negativo-diz-fmi.ghtml
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Data: 18/10/2019
80
Grupo de Comunicação
José de Souza Martins: O mundo que o
Sínodo da Amazônia se propõe a decifrar é o
mundo da alienação
As prováveis implicações sociais e religiosas do
Sínodo Pan-Amazônico, inaugurado pelo papa
Francisco neste mês, em Roma, pedem análises
sociológicas apropriadas para compreender o que
está acontecendo. Não só e nem principalmente
na Igreja Católica, mas na sociedade
subdesenvolvida que somos.
Há um conflito no âmago do Sínodo que se situa
no cenário relativamente novo das conflitividades
sociais que já não são, essencialmente, as das
classes sociais, mas dos valores sociais.
O mundo conhecido se desmantela. Lucrar sem
contrapartida social e sem respeito pelo outro
está no cerne das pobrezas do mundo. O
capitalismo deixou de existir na sua matriz
clássica, a da ética do lucro no marco da
responsabilidade social de quem lucra. É hoje
uma economia de jogatina, que reúne executivos
e ricaços na voracidade do ganho pelo ganho,
com a cumplicidade dos que usurparam a
democracia de seus legítimos protagonistas.
O mundo que o Sínodo se propõe a decifrar e
vencer é o mundo da alienação contemporânea,
a do homem desfigurado por essa economia
coisificadora de todos. O mundo em que, cada
vez mais, a idolatria da coisificação toma o lugar
da fé. A Amazônia é o lugar do mundo em que o
homem criado à imagem e à semelhança de
Deus, na concepção judaico-cristã, está mais
ameaçado. É onde o bem comum da natureza
mediadora da revitalização da vida virou
propriedade e mercadoria para o bem de alguns
e danação de todos.
É, pois, um imenso erro analisar o crescimento
numérico dos evangélicos nominais em
comparação com o decréscimo numérico dos
católicos nominais como se fosse uma disputa
futebolística entre igrejas e fosse a motivação do
Sínodo.
Pensamos o mundo em que vivemos sem a
consciência social de que, de fato, nele não
vivemos. Tornamo-nos seres adjetivos de um
mundo que já não nos pertence. Um mundo em
que as pessoas são tratadas como seres
descartáveis. Em que até mesmo cresce a
degradação da escravidão contemporânea: 25
milhões de trabalhadores em cativeiro, em 2016,
segundo a Organização Internacional do
Trabalho. Um mundo de imensos retrocessos em
relação às grandes promessas e possibilidades do
capitalismo que emergiu da Segunda Guerra
Mundial.
Estamos em face de uma grande disputa entre a
religiosidade e a forma da fé, de um lado, e a
indiferença religiosa própria da consciência
coisificada e sem alternativa da sociedade
moderna, a sociedade do lucro pelo lucro. Uma
questão em relação à qual a Igreja Católica é
muito consciente e autora de ação crítica desde,
ao menos, o Concílio Vaticano II, convocado por
João XXIII no final de 1961, há quase 60 anos.
A suposta disputa numérica entre católicos e
evangélicos só existe na mentalidade linear e
viesada da cultura da coisificação. A Igreja
Católica de verdade cresceu qualitativamente no
Brasil inteiro e, também, na Amazônia, até pela
conversão de católicos nominais ao catolicismo
encarnado e de doutrina, o catolicismo
consciente.
Para compreender o catolicismo amazônico, suas
características e suas dificuldades, é essencial
tomar em conta que a maior celebração religiosa,
católica, do país é a Festa do Círio de Nazaré,
imensa, popular e comovente. Tive oportunidade
de participar dela há alguns anos. Desde então, o
número de participantes da Festa do Círio só tem
crescido. Mais de 2 milhões de participantes na
procissão principal, a de condução da berlinda da
santa de volta da catedral a sua basílica, em
Belém, um rito sacrificial de restituição e de
reencontro.
Uma procissão que dura cerca de 12 horas, sob
sol inclemente, como se diz. Sem contar a
procissão naval, de que também participei num
pequeno barco em que foi celebrada missa, como
Data: 18/10/2019
81
Grupo de Comunicação
em vários outros que acompanhavam a
embarcação da Marinha que conduzia a santa
num dos dias de procissão da festa que se
estende por mais de uma semana.
O aspecto principal do Sínodo é, portanto,
completamente outro. Desde o Concílio Vaticano
II, o ecumenismo e a unidade dos cristãos têm
sido um norte de igrejas como a Católica, a
Anglicana, a Metodista, a Luterana. A unidade na
diferença, como sublinhou o próprio papa na
abertura do Sínodo, a universalidade da fé
encarnada. Uma volta à concepção libertadora e
emancipadora do Evangelho, a recusa de uma
religiosidade de escravidão.
Essa causa é a do combate religioso e ético
contra a coisificação do ser humano na sociedade
moderna, cujos ídolos são hoje a mercadoria e o
dinheiro. O catolicismo renovado pelo Concílio em
nome de uma revalorização cristã do ser humano
e de uma humanização do homem no marco dos
valores evangélicos do reconhecimento do amor
ao próximo e no respeito às mediações que
recolhem a gratuidade da natureza como dom.
José de Souza Martins é sociólogo. Pesquisador
Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista
de Letras. Entre outros livros, autor de "A
Sociabilidade do Homem Simples" (Contexto).
https://valor.globo.com/eu-e/coluna/jose-de-
souza-martins-o-mundo-que-o-sinodo-da-
amazonia-se-propoe-a-decifrar-e-o-mundo-da-
alienacao.ghtml
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Data: 18/10/2019
82
Grupo de Comunicação
Recuperação da Renova consolida nova
relação entre Cemig e Light
O processo de recuperação judicial da Renova
Energia marca um novo momento na relação
entre as elétricas Cemig e Light. Controladora da
distribuidora fluminense por pouco mais de 13
anos, a estatal mineira reduziu, em julho deste
ano, sua fatia na Light, de 49,9% para 22,6%,
após operação de oferta de ações. Com isso, a
Cemig perdeu poder de decisão e influência na
Light, que passou a ser uma “corporation” (sem
controle definido).
O Valor apurou que a proposta da Light de
vender a totalidade de suas ações (17,17%) e
sair do bloco de controle da Renova Energia,
antes de a geradora renovável entrar em
recuperação judicial, desagradou a Cemig. A
mineira integra o bloco de controle da Renova,
junto com o fundo CG I FIP Multiestratégia, dos
sócios-fundadores da empresa, Reinaldo do
Amaral e Ricardo Delneri. De acordo com
comunicado da Renova, após a saída da Light, o
CG I passou a ter 34,62% e a Cemig manteve
36,23% da empresa.
O Valor apurou que a estratégia da Light foi
apresentada e discutida entre os sócios
controladores da geradora renovável desde a
semana passada. Segundo uma fonte a par do
assunto, todos os integrantes do bloco de
controle tinham acesso a todas as informações
do caso e da proposta da companhia fluminense.
A situação da Renova Energia se agravou na
última semana, quando foram encerradas sem
sucesso as negociações com a AES Tietê para a
venda do projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia.
A partir de então, a Light iniciou negociações
para a venda da sua participação na Renova para
os sócios-fundadores da empresa. A transação,
realizada pelo valor simbólico de R$ 1, foi
anunciada na segunda-feira.
De acordo com a operação, e pelo acordo de
acionistas, a Cemig tinha direito de comprar
parte da fatia da Light na Renova ou, ao
contrário, acompanhar a elétrica fluminense na
venda da totalidade de suas ações na companhia,
deixando apenas os sócios-fundadores no bloco
de controle. A estatal mineira, no entanto, não
tomou nenhuma posição sobre o negócio.
A operação da Light foi concluída na terça-feira.
No dia seguinte, a Renova apresentou pedido de
recuperação judicial. No pedido, em que declarou
ter dívidas de R$ 3,1 bilhões, a companhia
creditou a crise financeira aos desdobramentos
da não conclusão das obras do parque eólico de
Alto Sertão III, interrompidas desde 2016.
O pedido contemplou a Renova Energia e um
conjunto de sociedades controladas pela
empresa, relativas a projetos de geração. Não
foram incluídas no pedido a Brasil PCH e a
Enerbrás Centrais Elétricas e suas respectivas
subsidiárias, por serem empresas operacionais e
financeiramente equacionadas.
Na própria terça-feira, o juiz Paulo Furtado de
Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e
Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de
São Paulo deferiu o pedido de recuperação. Na
ocasião, também foi nomeada a KPMG Corporate
Finance para atuar como administradora judicial.
O juiz também determinou a apresentação de
contas da companhia até o dia 30 de cada mês,
sob pena de afastamento dos seus controladores
e substituição dos seus administradores.
Ontem, os papéis da Renova sofreram nova
queda na B3. As units, papéis mais líquidos,
recuaram 5,45%, cotadas a R$ 11,10.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/18/recuperacao-da-renova-consolida-nova-
relacao-entre-cemig-e-light.ghtml
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Data: 18/10/2019
83
Grupo de Comunicação
State Grid indica interesse na privatização
da Eletrobras
A gigante elétrica chinesa State Grid sinalizou
ontem com a possibilidade de participar do
processo de privatização da Eletrobras. Segundo
o presidente da empresa no Brasil, Chang
Zhongjiao, no entanto, é preciso aguardar o
modelo a ser apresentado pelo governo brasileiro
para decidir se de fato o negócio fará sentido
para a companhia.
“Temos interesse em aquisições [no Brasil], se
estiverem em conformidade com os planos do
grupo. Não temos muito detalhes [sobre o plano
de privatização da Eletrobras]. Se for algo que
esteja em conformidade com o nosso plano de
expansão, por que não?”, disse o executivo, em
evento de divulgação do relatório de
responsabilidade social da companhia, no Rio.
Mantido sob sigilo, o modelo de privatização da
Eletrobras já está desenhado e aprovado entre os
Ministérios da Economia e de Minas e Energia e o
presidente Jair Bolsonaro. A expectativa do
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,
é encaminhar o projeto de lei sobre o assunto
para o Congresso ainda neste mês.
Chang afirmou também que a empresa pretende
participar do próximo leilão de linhas de
transmissão da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), em 19 de dezembro. Na ocasião,
serão ofertados 12 lotes, somando 2.470 km de
extensão de linhas, com investimentos previstos
de R$ 4,1 bilhões. “Vamos participar, sim”, disse
o executivo.
A estratégia da State Grid Brazil Holding (SGBH),
explicou o presidente da empresa, é investir em
novos negócios no Brasil, desde que haja
oportunidades de leilões e aquisições de ativos.
O executivo também apresentou ontem um
balanço dos investimentos da companhia no
Brasil. Segundo ele, a empresa já investiu US$
12,4 bilhões no Brasil desde 2010, quando iniciou
as atividades no país. O montante corresponde a
60% do total de desembolsos do grupo fora da
China no mesmo período.
“Estamos confiantes e com visão de longo prazo.
Queremos participar do desenvolvimento do
Brasil e contribuir para o fortalecimento das
relações entre o Brasil e a China”, afirmou
Chang.
Entre os investimentos no país, o executivo
destacou a aquisição, em 2017, da CPFL Energia,
empresa da qual o grupo possui cerca de 83% de
participação, e a construção dos dois linhões que
escoam energia da hidrelétrica de Belo Monte, no
rio Xingu (PA), para a região Sudeste.
Presente ao evento, Qin Xuan, consultora de
comunicação da CPFL Energia, afirmou que o
lucro da empresa em 2018 cresceu cerca de 70%
ante o ano anterior, totalizando R$ 2,1 bilhões.
“Depois da compra pela State Grid, os resultados
melhoraram”.
Com relação ao sistema de transmissão de Belo
Monte, o Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS) concedeu nesta semana a liberação para
operação plena do segundo linhão, de 2.539 km
de extensão. A linha, que teve a operação
iniciada em agosto deste ano, com quatro meses
de antecedência em relação ao prazo contratual,
interliga a hidrelétrica no rio Xingu a Paracambi,
na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Maior linha de transmissão do mundo, com
tensão de 800 quilovolts (kV), o empreendimento
é resultado de investimentos da ordem de R$ 9
bilhões.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/18/state-grid-indica-interesse-na-privatizacao-
da-eletrobras.ghtml
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Data: 18/10/2019
84
Grupo de Comunicação
Pré-sal puxa alta na produção da Petrobras
A produção de petróleo e gás da Petrobras
avançou no terceiro trimestre baseada na curva
de crescimento de novas plataformas, que
entraram em produção em 2018 e 2019. A
estatal fechou o terceiro trimestre com aumento
de 9,3% na produção de óleo e gás, ante o
trimestre anterior. A companhia produziu, em
média, 2,878 bilhões de barris diários de óleo
equivalente (BOE/dia) entre julho e setembro, o
que representa alta de 14,6% na comparação
com igual período de 2018.
A empresa ressaltou, em comunicado divulgado
ontem, que, com os resultados, mantém a
“trajetória para o cumprimento da meta de
produção anual”, de 2,7 milhões de BOE/dia, com
variação de 2,5% para mais ou para menos.
A petroleira frisou que houve alta na produção de
sete novas plataformas que entraram em
produção em 2018 e 2019 nos campos de Búzios
(P-74, P-75, P-76 e P-77) e Lula (P-67 e P-69),
no pré-sal da Bacia de Santos, e em Tartaruga
Verde (FPSO Campos dos Goytacazes), na Bacia
de Campos.
Os dados operacionais da empresa foram
puxados pela produção de petróleo do pré-sal,
que produziu 1,367 milhão de BOE/dia e já
representa 60,4% do total de óleo no Brasil. A
produção de petróleo na região abaixo da
camada de sal cresceu 17% em relação ao
segundo trimestre e 40,2% frente ao terceiro
trimestre e 2018.
Já a produção de óleo do pós-sal em águas
profundas e ultra-profundas permaneceu estável
(alta de 0,8%) ante o trimestre anterior,
principalmente por causa da entrada de novos
poços produtores no campo de Tartaruga Verde,
que ajudaram a compensar o declínio natural da
produção nessa região. Na comparação com o
terceiro trimestre de 2018, porém, houve
redução de 4,9%.
A produção de óleo em águas rasas, objeto de
desinvestimento da empresa hoje, foi de 69 mil
barris/dia, aumento 9,8%, decorrente do retorno
a produção das plataformas PPM-1 e PCH-2, que
tiveram parada para manutenção no trimestre
anterior. Na comparação anual, houve uma
redução de 22,7%, devido ao declínio natural e a
parada das plataformas PCP-1, PCP-2 e P-9.
Já a produção de derivados da companhia subiu
2,9% no terceiro trimestre, ante o segundo
trimestre, para uma média de 1,816 milhão de
barris/dia. Segundo a companhia, a alta
acompanha a maior demanda no mercado
brasileiro.
O fator de utilização do parque de refino cresceu
de 76% para 80%. Com o crescimento da
produção interna, houve uma redução das
importações, especialmente de gasolina e gás
liquefeito de petróleo (GLP). As compras de óleo
e derivados do exterior caíram 14,7% no terceiro
trimestre, ante o trimestre anterior, para 332 mil
barris/dia.
As vendas de derivados aumentaram 3,5% na
comparação com o trimestre anterior, para uma
média de 1,785 milhão de barris/dia. O destaque
foi o diesel, cujas vendas subiram 5,2%,
impulsionadas pelo plantio da safra de grãos e
pela atividade industrial.
As vendas de GLP subiram 3,2% na comparação
com o segundo trimestre principalmente pelas
temperaturas médias mais baixas.
A Petrobras registrou, ainda, aumento de 32,2%
na exportação de óleo e derivados, para 801 mil
barris/dia, acompanhando o aumento da
produção interna.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/18/pre-sal-puxa-alta-na-producao-da-
petrobras.ghtml
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Data: 18/10/2019
85
Grupo de Comunicação
SP prepara mudança na previdência, afirma
Meirelles
O Estado de São Paulo não vai esperar a
tramitação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) paralela que visa incluir Estados e
municípios na reforma da Previdência do governo
federal e deve apresentar nas próximas semanas
sua própria proposta de reforma à Assembleia
Legislativa, disse ontem o secretário da Fazenda
e Planejamento do Estado de São Paulo,
Henrique Meirelles.
Segundo Meirelles, o impacto da PEC paralela
seria de R$ 34 bilhões para o Estado de São
Paulo e de até R$ 300 bilhões para todos os
Estados. Ele não especificou em que horizonte de
tempo seria gerada essa economia.
“Nós não vamos aguardar a definição da PEC,
vamos apresentar nosso projeto antes”, disse a
jornalistas após participar de evento em São
Paulo. “É uma questão de semanas, ainda neste
ano.”
Segundo Meirelles, se a PEC paralela for
aprovada, o processo de uma reforma no Estado
de São Paulo se torna mais fácil. “Nós podemos
simplesmente apresentar um projeto ordinário na
Assembleia Legislativa, que precisa de maioria
simples para ser aprovado, simplesmente
adotando a PEC paralela”, afirmou.
Sem a PEC, o processo é mais complexo. “Vamos
apresentar um projeto de São Paulo que é
bastante similar ao projeto da PEC paralela, mas
esse é um projeto com mudança na Constituição
e na lei complementar. É mais complicada a
votação, mas acreditamos que dá para passar”,
completou.
Segundo ele, se no meio da tramitação do
projeto paulista a PEC paralela foi aprovada,
pode-se apenas transformar o projeto de lei
complementar e de mudança da Constituição em
lei ordinária.
Quanto à reforma tributária, Meirelles disse
acreditar na aprovação do projeto de lei de
reforma dos Estados, que prevê a criação de um
Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), unificando
ICMS e ISS, com alíquota única.
“Se caminham os projetos federal e estadual e se
faz um IVA [imposto sobre valor agregado] dual,
legal. Mas, se não, vai só o dos Estados”,
afirmou. “Acho que o projeto dos Estados tem
chance de passar, o federal, não sei.”
Em relação à reforma administrativa, Meirelles
disse considerá-la uma iniciativa positiva. “Seria
o próximo passo depois da Previdência, mas
acredito que, para este ano, não.”
A possível aquisição da fábrica da Ford em São
Bernardo do Campo pelo Grupo Caoa, do
empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade,
ainda aguarda financiamento, disse o secretário
da Fazenda e Planejamento de São Paulo.
No início de setembro, o governador de São
Paulo, João Doria, havia dito que uma solução
para a questão da fábrica deveria acontecer em
45 dias, que seria o tempo necessário para as
partes se acertarem.
“O Carlos Alberto está lutando, mas ele precisa
conseguir financiamento”, afirmou o secretário
da Fazenda de São Paulo.
Segundo ele, o Estado de São Paulo ajuda dentro
dos limites do Desenvolve SP, mas o valor é
pequeno perto do necessário para o pagamento à
Ford e o investimento na fábrica.
“É um valor elevado”, disse Meirelles, sem
revelar o montante. O secretário disse ainda que
sugeriu ao empresário que, como ele está em
conversações para desenvolver o projeto junto a
um sócio chinês, que eles busquem apoio do
banco de desenvolvimento da China, que teria
US$ 10 bilhões para projetos de investimentos e
interesse no Brasil e em São Paulo.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/1
8/sp-prepara-mudanca-na-previdencia-afirma-
meirelles.ghtml
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Data: 18/10/2019
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Para FHC, Bolsonaro se destaca pelo
anacronismo
Às vésperas de lançar o quarto e último volume
de seus “Diários da Presidência”, com a síntese
das gravações que realizou nos anos de 2001 e
2002, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso diz que o governo do presidente Jair
Bolsonaro se destaca sobretudo pelo
anacronismo. “ O Brasil está em uma guerra
contra o marxismo cultural quando se sabe que
hoje em dia não existe mais comunismo”, disse.
Ele disse não existir “nova política”, mas apenas
a política tradicional, da qual Bolsonaro não é
exceção, de distribuir posições para exercitar o
poder.
O ex-presidente aponta sua artilharia contra as
gestões de seus dois sucessores diretos, Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Para FHC,
o PT no poder promoveu a corrupção da própria
democracia, o que foi “devastador”.
“Criaram um sistema com a bênção do governo
para extorquir empresas em troca de
pagamentos para o partido. Isso aí foi uma
corrupção da democracia. Não me lembro disso
em outros governos”, afirmou em entrevista ao
Valor.
Fernando Henrique reconheceu no livro e na
conversa com a reportagem o fenômeno da
politização da Justiça, mas indicou ser contra a
revisão da punição a seu sucessor, que cumpre
pena por corrupção em Curitiba. “Não tenho
prazer em ver líder político preso, mas não tenho
prazer em deslegitimar a Justiça. A Justiça
condena porque tem fatos, mesmo que seja
movida ideologicamente. Não posso negar que
em certas circunstâncias é isso.”
No biênio final de seu governo, FHC foi um
presidente permanentemente acuado, o que fica
nítido na leitura do livro. Ele lidou o tempo todo
com denúncias de corrupção, alimentadas por um
desafeto, Antonio Carlos Magalhães (1927-2007),
que foi presidente do Senado, e pelo que chama
de “aliança tácita” entre o Ministério Público e a
oposição.
O livro mostra que FHC cogitou em diversos
momentos impor limites ao MP. Em dezembro de
2001, conversou com Gilmar Mendes (então
advogado-geral da União) e Pedro Parente (então
ministro da Casa Civil) sobre fazer um decreto
para que a Polícia Federal só colaborasse com o
Ministério Público em investigações sobre o
Executivo com a concordância expressa do
Ministério da Justiça. A ideia não foi concretizada.
O ex-presidente arcou, ainda, com o desgaste do
que reconhece ter sido um erro grave: a falta de
medidas preventivas contra a escassez de
energia elétrica, o que provocou um
racionamento entre maio e junho de 2001.
“Como um presidente pode ter sido
surpreendido? Falha minha, claro. Deveriam ter
me informado, mas quem deveria me informar e
não me informou estava ali porque eu escolhi.
Houve imprevidência”.
Enfraquecido, FHC pouco pôde influir em favor de
seu candidato à sucessão, o hoje senador José
Serra (PSDB-SP). FHC diz também ter
menosprezado a capacidade de Lula de forjar
uma aliança para ter maioria na eleição de 2002.
A seguir, trechos da entrevista com o ex-
presidente:
Valor: O quarto volume de suas memórias indica
que a corrupção é o preço que a sociedade
Data: 18/10/2019
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Grupo de Comunicação
brasileira teve que pagar para viver em uma
democracia de massas. É isso?
Fernando Henrique Cardoso: Não acho que eu
tenha me referido em minhas gravações à
corrupção, mas sim ao atraso. Não se pode ceder
à corrupção. Mas o que é que o atraso? É o
sistema patrimonialista, de nomeações, de
cargos. É complicado enfrentar os desafios do
Brasil tendo em vista que esta cabeça atrasada é
parte do Brasil. Qualquer sistema de poder
implica em partilhar o poder. Quando se tem
sistemas autoritários, sem a imprensa em cima,
acontece e nós que não ficamos sabendo. É
preciso distinguir a negociação que a democracia
requer da corrupção. Aqui se trata do toma-lá-
dá-cá.
Valor: O toma-lá-dá-cá é realidade presente na
política atual?
FHC: Tem graus maiores ou menores. O que
aconteceu no Brasil foi um processo diferente. A
partir de um certo momento houve a corrupção
da democracia, ou seja, o apoio ao governo
dependia de uma mesada, o mensalão. É um
processo devastador para a democracia, além do
que pode ter acontecido desde sempre, que são
casos individuais de corrupção. O que não se
pode evitar no poder é distribuir posições. Isto é
inevitável. Ou tem isso dentro de uma tirania, ou
tem isso com o controle da opinião pública. A
repartição do poder faz parte do jogo da
democracia. Repartir o poder, não o roubo.
“Não tenho prazer em ver líder preso, mas
não tenho prazer em deslegitimar a Justiça;
ela condena porque tem fatos”
Valor: O presidente Jair Bolsonaro gosta de se
dizer um representante da nova política. Ele
representa algo novo em que medida?
FHC: Esta coisa de nova política é ideológica, é
maneira de falar. Como é que compõe
ministério? Ou com partidos ou com grupos
sociais. Você distribui. Este presidente tem uma
retórica, que entendo até a razão, depois que a
Lava-Jato demonstrou a corrupção a que se tinha
chegado. Ele parece pretender as coisas da
maneira mais correta possível em um
determinado sentido. Agora, no outro, o de
distribuição de posições, este vai sempre existir.
Não digo criticamente. Não tem nova política,
tem política, que pode ser mais aberta, mais
transparente, ou mais fechada. Quanto mais
transparente, mais grupos participam. Quem
exerce o poder tem que conquistar a população,
trazer a sociedade. Este governo é deficiente
neste aspecto. A democracia requer não só
distribuir posições, mas explicar qual é o
caminho.
Valor: Mas este governo distribuiu posições?
FHC: Não estou lá, não sei até que ponto. Mas
ele tem apoio de governadores, prefeitos,
deputados. A dificuldade deste governo é que ele
não tem maioria estável. Para cada questão há
uma maioria nova. É uma maneira de governar,
mais trabalhosa. Está faltando a compreensão de
quais são os objetivos maiores. Os valores você
sabe quais são: os anacrônicos. O Brasil está em
uma guerra contra o marxismo cultural quando
se sabe que hoje em dia não existe mais
comunismo. Todos os países do mundo entrariam
em uma economia em graus variáveis de
mercado. Em nome deste objetivo, assustam a
população com um fantasma. Compare com o
regime militar: ali havia pessoas propondo a
destruição da ordem existente para criar uma
outra ordem. Agora não existe. Quem é que está
propondo um tipo de organização diferente?
Valor: Em seu livro o senhor diz que no Brasil
não existia direita. Quem pariu a direita no
Brasil?
FHC: No meu tempo o maior problema era o
atraso, era não se entender quais eram os
desafios reais do Brasil. Hoje tem o começo de
organização de uma direita extrema. É uma visão
ideológica, além do conservadorismo, que tem
correspondência internacional, não é só aqui.
Antes se acusava o comunismo de subversão
global, agora é a direita.
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Valor: Mas quem é responsável pelo fenômeno
no Brasil? A conjuntura internacional, o fracasso
da política petista ou a permanência do toma-lá-
dá-cá?
FHC: É um pouco de cada uma dessas coisas. É
inegável que a definição ‘Nós ou eles’, veio nos
governos do PT. Tudo que não era a favor do PT
era contra o Brasil. Essa atitude mais agressiva,
verbal pelo menos, começa com o PT. E foi
assumida pelo lado contrário de forma quase
similar. Por outro lado, há a revivescência do que
é impropriamente chamado de ‘populismo da
direita’. E por que impropriamente? Porque é um
populismo que exclui. O populismo tradicional era
inclusivo. Este é de exclusão. Mas se caracteriza
muito mais por uma questão de valores, não
aceitar diversidade. É algo muito contrário à
cultura brasileira, que é a cultura da transigência.
Agora tem a cultura da intransigência.
Valor: Partindo do pressuposto de que a
corrupção no Brasil é um problema de raízes
muito antigas, o senhor considera que o seu
governo permaneceu dentro da regra ou
representou uma exceção?
FHC: Não teria a pretensão de ser exceção. Lutei
sempre contra a dominação oligárquica. No fim
do meu governo, estava rompido com chefes
locais, que eram oligarcas. Tenho uma formação
democrática e venho de uma família de origem
militar. Na minha cultura familiar, esta ideia de
se beneficiar individualmente do poder é
inaceitável. Nunca tive aspirações oligárquicas e
mesmo nunca tive uma preocupação de que o
meu partido fosse o dominante. Minha
preocupação sempre foi ter maioria para aprovar
as reformas. Não se esqueça que o PT me acusou
de ser um neoliberal, como um xingamento.
Sempre fui bastante tolerante com os
movimentos sociais, inclusive com o MST.
Ocuparam uma fazenda minha e chamei a
Justiça. Não usei a força do poder para exercer
controle. Sou muito institucional, respeitava os
limites do poder.
Valor: Seu livro mostra como o grupo político que
dominava foi perdendo as condições de manter o
poder nas eleições de 2002. Um dos detonadores
deste processo foi a eleição de Aécio Neves para
a presidência da Câmara, que deixou o PFL sem
comando das casas legislativas e colaborou para
desagregar a aliança majoritária. Por que o
senhor não interveio neste processo?
FHC: Era a última eleição da Mesa no meu
governo. Durante todo o tempo eu segurei o
PSDB, porque achava que era preciso uma
aliança mais ampla. Sabia e disse a Aécio que
isso podia custar a vitória no futuro. O governo
estava baseado em um tripé: PSDB, PMDB, PFL.
Se quebrasse uma das pernas, complicava. Mas
seria interferir demais no Congresso forçar o
Aécio a não ser presidente, porque ele tinha a
maioria. Mas não foi só por isso que perdemos
em 2002. O exercício do poder desgasta, houve
crises. Convém que haja alternância. É preciso
que se aceite a derrota, desde que seja fruto de
decisão popular. Você toma decisões erradas, às
vezes a situação é desfavorável, tive que
enfrentar quatro crises financeiras. Governei
contra a maré do mundo.
Valor: A crise do racionamento de energia em
2001 o pegou de surpresa. Aquilo foi
determinante para a derrota?
FHC: Não sei se determinante, mas teve peso
grande. Fui surpreendido realmente. Houve
muito investimento em energia elétrica. Como
um presidente pode ter sido surpreendido? Falha
minha, claro. Deveriam ter me informado, mas
quem deveria me informar e não me informou
estava ali porque eu escolhi. Houve
imprevidência. A seca que tivemos em 2001 não
explica tudo. Era possível ter tomado medidas
antes.
Valor: O interesse em privatizar o setor elétrico,
com a resistência da classe política, não produziu
um impasse que ajuda a explicar isso?
FHC: A questão não foi essa. Faltou chuva,
investimento e conhecimento oportuno para
tomar medidas de prevenção.
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“Quem exerce o poder tem que conquistar a
população, trazer a sociedade. Este governo
é deficiente nisso”
Valor: Na sucessão em 2002, o senhor estava
muito preocupado em isolar e inviabilizar as
candidaturas de Ciro Gomes e Itamar Franco e
pouca atenção dava a Lula. Por que eles
preocupavam mais?
FHC: Avaliei que o Lula tinha menos chances do
que eles. E também porque os que estão
próximos te criam mais dificuldades. Itamar,
pessoa a quem devo muito, àquela altura, como
governador de Minas Gerais, atuava de maneira
pouco preocupada com o país, ao declarar uma
moratória que era tecnicamente inviável. Sempre
tive preocupação com temperamentos não
institucionais, turbulentos. Ciro é assim. Tem seu
valor, sabe falar, mas é turbulento. Itamar
também era. Queria dar sequência às
transformações que aconteciam e talvez por isso
tenha minimizado a capacidade que o Lula tinha
de construir maioria. Achei que era possível ao
governo fazer seu sucessor. Existe uma intriga
de que apoiei o Lula contra o José Serra; não é
verdade.
Valor: A relação entre o senhor e o Serra em
2002 era estranha.
FHC: Minha relação com Serra é muito próxima.
O Serra foi meu aluno, meu ministro duas vezes,
é meu amigo. O que era difícil era convencer o
eleitorado de que ele deveria ser o presidente.
Teria sido um bom presidente, mas não basta ter
competência. Houve muita discussão sobre o
Serra não assumir a posição do governo durante
a campanha, mas compreendo, o governo estava
muito desgastado.
Valor: O senhor acha que o governo Lula foi uma
inflexão na história do Brasil de que maneira?
FHC: Lula representava àquela altura a
reinvidicação social. As pessoas achavam que ali
estava a inauguração do futuro. Lula aparecia
como o novo, o líder sindical que ia à
Presidência, um fato jornalístico mais
interessante do que eu representei. O desgaste
do PT advém do que aconteceu depois: ele
representou a corrupção da própria democracia.
Não quer dizer que eles não sejam democráticos,
porque o PT no poder não fez estripulias
autoritárias. Tem a história do hegemonismo,
mudar a sociedade a partir do Estado. É
equivocado. A direita está tendo esta visão
impositiva também, mas o PT tinha esta visão.
Valor: O senhor tornou-se presidente no décimo
ano da democracia, em 1995. E quem corrompeu
a democracia foi o Lula?
FHC: Lula não. O PT. No período anterior. A
corrupção não é uma característica do PT. O
governo Collor foi acusado de corrupção
abundantemente. Todos os governos tiveram,
mas ali foi diferente. Criaram um sistema com a
benção do governo para extorquir empresas em
troca de pagamentos para o partido. Foi uma
corrupção da democracia. Não me lembro disso
em outros governos.
Valor: E no seu governo? O senhor nunca negou
que houve corrupção...
FHC: Não sei. Eu não participei e nem fui
conivente.
Valor: O senhor se queixa de que o Brasil vivia
uma cultura da denúncia, incentivada pelo
Ministério Público, pela imprensa, que gerava um
clima de jacobinismo, que poderia levar à
ingovernabilidade. Isso mais de uma década
antes da Lava-Jato e das redes sociais. Existe
esta cultura no Brasil?
FHC: Não posso afirmar assertivamente. O que
aconteceu? Na Constituição de 1988
transformamos o Ministério Público quase em um
poder autônomo. Antes havia uma aliança tácita
entre a oposição, no caso o PT, e o MP. E
denunciavam, denunciavam, era um inferno, e
não tinha consequência judicial, porque não
tinham consistência. Hoje é diferente. O MP
encontrou base de sustentação. Não tenho prazer
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em ver líder político preso, mas não tenho prazer
em deslegitimar a Justiça. A Justiça condena
porque tem fatos, mesmo que seja movida
ideologicamente. Não posso negar que em certas
circunstâncias é isso. Mas não condena porque
tem má vontade ideológica só. Nos EUA é assim
também. Quando está no exercício do poder,
reage contra. Depois entende. Quando está na
vida pública, está na chuva, vai se molhar.
Valor: O senhor diz que a carreira judiciária era
uma das que tinha mais interferência política. A
politização da Justiça é um problema?
FHC: Na questão da Justiça, tem a lista tríplice,
você escolhe um dos três para desembargador
[de tribunais regionais federais]. No caso do
Supremo você indica quem quer, o Senado julga.
O desembargador você nomeia. Os interesses
locais se apresentam com força, em alguns
casos. Sempre tive o cuidado de passar para o
ministro da Justiça a decisão.
Valor: Mas os ministros da Justiça de seu
governo com frequência foram da cota política,
como Renan Calheiros e Iris Rezende.
FHC: Quem ficou mais tempo como meu ministro
da Justiça foi o Nelson Jobim (1995-1997), que
foi escolha pessoal, nome meu. Os que foram
políticos ficaram pouco tempo. Sempre fui
favorável que houvesse carreiras nestas funções.
A burocracia estatal não é ruim, ao contrário do
que as pessoas pensam. Veja em relação aos
militares, eu venho de família militar.
Valor: Há uma imensa mágoa de militares que
estão agora no governo Bolsonaro em relação ao
senhor.
FHC: Sabe por que isso? Porque acabei com a
promoção automática de dois cargos. Antes,
quando passava para a reserva, ganhava dois
cargos. Isto caiu mal, mas acabaria de novo. Não
tenho pessoalmente nenhuma reclamação em
relação às Forças Armadas em meu governo.
Como não tinha recursos para dar aumento de
salário e nem equipamento, dava prestígio. A
queixa vem de preconceitos. Sobre o pagamento
de indenizações a vítimas da ação do Estado no
regime militar, disse que ia fazer. A questão dos
direitos humanos para mim não é retórica. Fui à
Oban, botaram capuz na minha cabeça, vi gente
torturada. Rubens Paiva era meu amigo,
mataram ele.
https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/10/
18/para-fhc-bolsonaro-se-destaca-pelo-
anacronismo.ghtml
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