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CLIPPING 23 de outubro de 2019 DE 23 A 29 DE OUTUBRO .

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CLIPPING 23 de outubro de 2019

DE 23 A 29 DE OUTUBRO

.

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Meio Ambiente leva programa Água é Vida para Vale do Ribeira .......................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

Danos ambientais provocados por queimadas em canaviais resultam em multas de quase R$ 1 milhão a usinas sucroalcooleiras ................................................................................................................... 6

Guarulhos tem uma remoção de área invadida a cada cinco dias ......................................................... 8

Sucesso de participantes e ações, a última edição do Cleanup recolheu 310kg de lixo subaquático em Ilhabela ....................................................................................................................................... 9

PAINEL S.A. - Eternidade.............................................................................................................. 10

Tecnologias Limpas Na Indústria De Alimentos ................................................................................ 11

TJ-SP derruba liminar que fechou hospital veterinário de faculdade ................................................... 15

Bombeiros da Suzano são treinados para atender também ocorrências externas ................................. 16

Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental .................................................................... 17

Empresários investem em novo Campo Santo em Andradina ............................................................ 19

Terça-feira nublada com sol fim de tarde maré altas ondas . ............................................................. 21

Caçador de aves silvestres é detido com armas de fogo em Lagoinha ................................................ 22

Estado prevê entregar Piscinão Jaboticabal em agosto de 2021 – ...................................................... 23

Câmara de Mauá blinda do MP acordo Sama e Sabesp ..................................................................... 24

São Paulo terá rede de recarga ultrarrápida para carros elétricos ...................................................... 25

Conta de energia elétrica ficará em média 5% mais barata a partir desta quarta-feira no Alto Tietê ....... 27

Estado regulamenta proibição de canudos plásticos ......................................................................... 28

Tony Elias entrevista o vereador de São Vicente Jatobá .................................................................... 29

Relatório da CETESB mostra índice satisfatório no Rio Paraíba .......................................................... 30

Justiça suspende aterramento de lagoa em Várzea Paulista .............................................................. 31

Cetesb nega qualquer emissão de fluidos ou poluentes que possam ter causado a morte de peixes no Rio Sapucaí ...................................................................................................................................... 32

Vereadores cobram secretário sobre incêndios no Horto ................................................................... 33

Informações da sessão da câmara de Avaré ................................................................................... 34

Estiagem prolongada ameaça corte de água em cidades da região .................................................... 35

Marquinhos Guti presidente da câmara de Ilha ................................................................................ 36

Diretora Executiva da Agem cobra maior participação do setor .......................................................... 37

Bairros de Taubaté ficam sem água ............................................................................................... 39

Esgoto invade casas em comunidade de São Paulo .......................................................................... 40

Comentário de ouvinte sobre abastecimento de água ....................................................................... 42

Situação da barragem em Iaras .................................................................................................... 43

Prefeito de Pedreira sofre nova derrota .......................................................................................... 44

Entrevista com Geninho Zuliani, deputado federal, sobre o novo marco do Saneamento básico ............. 46

Rodovia Rio-Santos vai ficar interditada para obra da Sabesp ........................................................... 47

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 48

Audiências públicas ..................................................................................................................... 48

Pesquisadores da USP desenvolvem novo plástico biodegradável ....................................................... 49

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Grupo de Comunicação

Pesquisadores da UFRN encontram óleo a 3 metros de profundidade nos Parrachos de Pirangi .............. 51

Óleo terá impacto por décadas no ecossistema e afetará animais e seres humanos, dizem biólogos ....... 53

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 56

Deputado do PSL insufla praças contra projeto do governo que reforma aposentadoria de militares ....... 56

Seis anos depois, vazamento de óleo em litoral paulista aguarda resolução ........................................ 58

Fazendeiros e empresários organizaram 'dia do fogo', apontam investigações ..................................... 60

Marinha investiga cerca de 30 navios e 'dark ships' na busca por origem de óleo................................. 62

'Não julgávamos necessário', diz ministro sobre usar Exército para limpar praias ................................ 64

Mônica Bergamo: Pernambuco pede 50 mil luvas e 10 mil botas a governo Bolsonaro para recolher óleo

das praias .................................................................................................................................. 66

ESTADÃO ................................................................................................................................... 68

Águas turvas .............................................................................................................................. 68

Amazônia e litoral do Nordeste, hora de mudar ............................................................................... 70

Os desafios do compliance ambiental ............................................................................................. 72

Sonia Racy: Vai à Assembleia projeto que altera pagamento de dívidas do Estado ............................... 74

De peneira de cozinha a itens de jardinagem: o que voluntários usam para tirar óleo .......................... 75

Descontaminação de tartarugas cobertas de óleo pode levar 6 meses ................................................ 77

Mourão diz que vai analisar se decreta emergência ambiental por causa de óleo ................................. 78

Almirante compara óleo em praias a 'bombardeio' e diz que investigação mira navio irregular .............. 79

Tamanho do buraco na camada de ozônio em 2019 é o menor já registrado ....................................... 82

Pesquisa aponta falta de cuidados preventivos com animais de estimação .......................................... 83

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 85

Aéreas fazem acordos para reduzir ICMS do querosene .................................................................... 85

NE discute efeito de vazamento de óleo no turismo ......................................................................... 87

Pagamento por cessão onerosa será adiado .................................................................................... 88

Aneel deixa de aplicar arredondamento na bandeira tarifária ............................................................ 89

Toyota estreia em elétricos puros com modelos inclusivos ................................................................ 90

Projeto da EDP une montadoras, fornecedores e pesquisadores ........................................................ 92

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 22/10/2019

Meio Ambiente leva programa Água é

Vida para Vale do Ribeira

Iniciativa, que faz parte do Vale do Futuro,

beneficiará dois mil imóveis nas áreas rurais

isoladas da região

Para melhorar a qualidade de vida da

população nas áreas rurais isoladas do Vale do

Ribeira, a Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente oferece o Programa Água é Vida,

em duas vertentes: Fossas Sépticas e

Reciclagem. A iniciativa integra o Vale do

Futuro, programa anunciado pelo Governo de

São Paulo para alavancar o desenvolvimento

econômico e social da região.

Já as áreas urbanas que contam com a

operação da Sabesp (Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo) receberão R$ 80 milhões de

investimentos para ampliação e melhorias dos

sistemas de abastecimento de água e

esgotamento sanitário.

Recentemente, a Companhia inaugurou obras

de ampliação e melhorias no Vale do Ribeira,

que já beneficiam as cidades de Barra do

Turvo, Cajati, Eldorado, Itariri, Jacupiranga,

Juquiá, Pedro de Toledo, Registro, Tapiraí,

Iguape, Ilha Comprida, Cananéia e Pariquera

Açu.

A atuação da Sabesp dentro do programa

Vale do Futuro irá contemplar os municípios

de Registro, Iguape e Cananéia com melhorias

no sistema de abastecimento de água. Já

Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo,

Cajati, Cananéia, Iguape, Ilha Comprida,

Itaóca, Itapirapuã Paulista, Itariri,

Jacupiranga, Juquiá, Pariquera Açú, Pedro de

Toledo, Registro, Ribeira e Tapiraí receberão a

implantação de sistemas de esgotamento

sanitário.

Com essas ações, a região terá um aumento

na reservação de água, melhorias nas

estações de tratamento de água (ETAs);

aumento da conectividade dos imóveis à rede

pública de esgoto, que por sua vez geram

melhoria da saúde pública; balneabilidade das

praias; desenvolvimento sustentável e

preservação do meio ambiente.

Projeto-piloto

O eixo do “Programa Água é Vida –

Reciclagem” será um projeto-piloto de gestão

de resíduos sólidos em áreas isoladas. O

objetivo é implantá-lo a partir de 2020 em

quatro comunidades que não possuem coleta

seletiva. A expectativa é reaproveitar o lixo e

gerar renda por meio destes materiais, além

de contribuir para o aumento da vida útil do

aterro sanitário.

Em ambos os casos, os custos serão

financiados pelo Estado, mas os municípios

serão os responsáveis pela licitação e

acompanhamento da execução das obras.

Há também previsão de novas linhas de

crédito e rotas de negócios, além de

ampliação da segurança jurídica para

mineradoras que adotem boas práticas

ambientais, uma vez que o Vale do Ribeira é a

região de maior diversidade mineral e com a

maior reserva de calcário do Estado.

A Secretaria busca também a concessão dos

parques Carlos Botelho, Intervales e Petar,

que totalizam uma área de 116 mil hectares, a

fim de desenvolver o turismo sustentável e

gerar emprego e renda para a população local.

O Vice-Governador Rodrigo Garcia afirmou que

o turismo é um dos vetores para o

desenvolvimento na região. “Faremos um

esforço para atrair a iniciativa privada para a

concessão dos parques estaduais”, disse

Garcia durante a entrevista coletiva sobre o

Vale do Futuro, na quinta-feira (17).

Também entre as ações previstas para a área

ambiental está a ampliação do ICMS

Ecológico, que prevê repassar mais recursos

originários do imposto para as prefeituras do

Vale do Ribeira que tiverem ações de

preservação. O Estado vai propor à

Assembleia Legislativa novo percentual de

repasse do IPM (Índice de Participação dos

Municípios) para cidades em áreas de proteção

e alíquotas diferenciadas a empresas com

compromisso de responsabilidade ambiental.

“[O ICMS Ecológico] atinge o Estado como um

todo, mas é mais impactante no Vale do

Ribeira, tendo em vista o percentual de Mata

Atlântica que existe ali”, afirmou o Secretário

de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: G1

Data: 22/10/2019

Danos ambientais provocados por queimadas em canaviais resultam em multas de quase R$ 1 milhão a usinas

sucroalcooleiras

Estragos foram constatados pela Polícia Militar

Ambiental em fazendas nos municípios de

Estrela do Norte e Teodoro Sampaio nesta

terça-feira (22).

Por G1 Presidente Prudente

A Polícia Militar Ambiental aplicou nesta

terça-feira (22) multas que totalizaram quase

R$ 1 milhão contra duas usinas

sucroalcooleiras em decorrência de estragos

provocados por queimadas em áreas de

cultivo de cana-de-açúcar em propriedades

rurais em Estrela do Norte (SP) e Teodoro

Sampaio (SP).

No caso de Estrela do Norte, os policiais,

depois de tomarem conhecimento de focos de

queimadas detectados por um satélite de

referência, realizaram vistoria nos locais, com

base nas coordenadas indicadas, e encontram

as seguintes situações:

137 árvores danificadas pelo fogo; 310,16

hectares de área de cana-de-açúcar já colhida

atingidos pelo fogo; 4,72 hectares em área de

reserva legal atingidos pelo fogo; e 8,39

hectares de vegetação objeto de especial

preservação em estágio inicial de regeneração

também atingidos pelo fogo.

Os militares fizeram contato com funcionários

das duas fazendas onde foram constatados os

danos ambientais e eles informaram que as

áreas de cana-de-açúcar são de

responsabilidade de uma usina

sucroalcooleira.

De acordo com a corporação, os trabalhadores

ainda disseram que presenciaram as equipes

da empresa combatendo o incêndio.

As multas, aplicadas com base nos artigos 50,

51, 53 e 58 da resolução SMA 48/2014,

totalizaram R$ 476.436,50 e os autos de

infrações foram entregues a um analista

ambiental da empresa.

No total, foram elaborados pelos militares

quatro autos de infrações ambientais. O maior

deles, com multa no valor de R$ 310.160,00,

foi por fazer uso de fogo em área agropastoril,

correspondente a 310,16 hectares, sem a

devida autorização. Depois, houve multa de

R$ 69.226,50 pelos danos em 8,39 hectares

em vegetação objeto de especial preservação,

sendo vegetação nativa secundária em estágio

inicial, com o uso de fogo. Os danos em 137

árvores isoladas mediante o uso de fogo

resultaram em R$ 61.650,00 de multa. Já os

danos em 4,72 hectares em área de reserva

legal, com o uso de fogo, levaram, por fim, à

aplicação de um auto de infração ambiental de

R$ 35.400,00.

Teodoro Sampaio

Já no caso de Teodoro Sampaio, os policiais

constataram o uso de fogo com nexo de

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Grupo de Comunicação

causalidade em meio a duas fazendas, sendo

provocado por uma colhedora de cana-de-

açúcar.

Na ocasião, foram lavrados contra uma usina

sucroalcooleira seis autos de infrações

ambientais, no total de R$ 510.270,00,

também com base na resolução SMA

48/14:

Artigo 58 – no valor de R$ 232.590,00 – área

de 232,59 hectares de cana-de-açúcar e

pastagem;

Artigo 50 – no valor de R$ 64.350,00 – área

de 7,80 hectares de vegetação nativa objeto

de especial preservação/estágio inicial;

Artigo 58 – no valor de R$ 119.940,00 – área

de 119,94 hectares de cana-de-açúcar e

pastagem;

Artigo 44 – no valor de R$ 8.325,00 – 0,37

hectare de Área de Preservação Permanente

(APP) de curso d’àgua/estágio inicial;

Artigo 50 – no valor de R$ 35.640,00 – área

de 4,32 hectares de vegetação nativa objeto

de especial preservação/estágio inicial; e

Artigo 44 – no valor de R$ 49.425,00 – 6,59

hectares de Área de Preservação Permanente

(APP) de nascente/estágio pioneiro.

Ainda segundo a Polícia Militar Ambiental, o

caso de Teodoro Sampaio também

desencadeará a apuração do possível

cometimento dos crimes previstos nos artigos

38 e 50 da lei federal 9.605/98, que tratam,

respectivamente, de destruir ou danificar

floresta considerada de preservação

permanente, mesmo que em formação, ou

utilizá-la com infringência das normas de

proteção, e de destruir ou danificar florestas

nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de

dunas, protetora de mangues, objeto de

especial preservação.

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/10/22/danos-ambientais-

provocados-por-queimadas-em-canaviais-

resultam-em-multas-de-quase-r-1-milhao-a-

usinas-sucroalcooleiras.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 22/10/2019

Guarulhos tem uma remoção de área

invadida a cada cinco dias

Ulisses Carvalho

O Departamento de Acompanhamento e

Controle de Ocupações Irregulares (Dacoi), da

Secretaria de Justiça da Prefeitura de

Guarulhos, já recebeu neste ano 240

denúncias sobre invasão de área, realizando

210 vistorias e executando 56 remoções neste

ano, de acordo com dados da administração

municipal.

Desse número total de remoções, 18 são em

áreas e vias públicas e 38 foram

desfazimentos para contenção da expansão da

ocupação irregular. Segundo informou a

prefeitura, os bairros onde mais ocorrem

essas ações são a região do Bonsucesso,

Pimentas, Jardim São João, Taboão e Cabuçu.

“Infelizmente ainda existe na cidade uma

cultura de que área pública pode ser invadida,

portanto, há diversas apropriações de espaços

para desenvolvimento irregular de atividades”,

informou em nota o governo, destacando que

do total de áreas invadidas, os casos de

ocupações para fins de moradia estão em

torno de 90%.

Segundo a prefeitura, o Dacoi atua

principalmente no combate a ocupação de

áreas públicas, porém, também participa de

negociações em áreas irregularmente

ocupadas, mesmo sendo particulares. “O

Dacoi atua no desfazimento da ocupação

irregular vazia, sem ocupante no local, mas

geralmente quando notificamos o ocupante,

informamos o porquê está sendo notificado

(ocupando área em APP, de risco e área

pública) e orientamos para que ele realize um

cadastro no CRAS da região da ocupação e

que se dirija a Secretaria da Habitação para

estar se cadastrando ao benefício de obter

uma moradia através dos projetos

habitacionais da cidade”.

Em uma das fiscalizações realizadas na

semana passada, os agentes do Dacoi

removeram uma construção de alvenaria que

ocupava irregularmente parte da calçada da

avenida Dona Catharina Maria de Jesus, na

região do Bonsucesso. Nessa pequena invasão

funcionava uma floricultura, e o proprietário

havia sido notificado há dois meses, porém,

teria desrespeitado o prazo.

Os bairros onde atualmente existe o maior

número de ocupações irregulares, segundo a

prefeitura são Bonsucesso, Pimentas, Jardim

São João, Taboão e Cabuçu.

Ação na Serra Cantareira contará com

sobrevoo de aeronaves para mapear invasões

No dia 16 deste mês foi firmado um Grupo de

Trabalho para Fiscalização Integrada de

Invasões na Serra da Cantareira, com o

objetivo de realizar um trabalho intensivo nas

áreas de proteção ambiental do parque

estadual. Este grupo é composto pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente de São Paulo, Secretaria de Meio

Ambiente de Guarulhos, Polícia Militar

Ambiental, Guarda Civil Ambiental de

Guarulhos e Subprefeitura do

Jaçanã/Tremembé.

“Os órgãos municipais e estaduais realizarão

ações de rotina e atenderão denúncias sobre

invasões, contando ainda com aeronaves para

sobrevoos na área para mapeamento das

invasões. Para denunciar ilícitos ambientais

em Guarulhos, a Sema disponibiliza o número

0800-772-2006, que não requer identificação

do denunciante”, informou a prefeitura.

A administração municipal também afirmou

que a fiscalização na Serra da Cantareira tem

a missão de impedir as invasões que ocorrem

quase diariamente na região, além de realizar

a retirada de invasores já estabelecidos na

área, que se aproveitam da imensidão da

serra para se consolidar irregularmente no

local.

https://www.guarulhoshoje.com.br/2019/10/2

2/guarulhos-tem-uma-remocao-de-area-

invadida-a-cada-cinco-dias/

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Veículo: Prefeitura de Ilhabela

Data: 22/10/2019

Sucesso de participantes e ações, a

última edição do Cleanup recolheu 310kg de lixo subaquático em Ilhabela

A programação da Semana do Lixo Zero, teve

início na última sexta-feira (18), e segue até o

próximo domingo (27), uma promoção da

Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria

de Meio Ambiente, trazendo a segunda edição

do World Cleanup Day (Mutirão de Limpeza

dos Mares). A ação ocorrerá no dia 26

(sábado), a partir das 10h, em diversas praias

da cidade.

Sucesso de participantes e ações, a última

edição do Cleanup recolheu 310kg de lixo

subaquático em Ilhabela. A ação está aberta

aos praticantes de mergulho autônomo,

mergulho livre e voluntários, os interessados

em colaborar devem entrar em contato com

empresas de mergulho locais para avaliar a

disponibilidade da operadora.

A Secretaria de Meio Ambiente informa que,

de acordo com a Organização das Nações

Unidas (ONU), cerca de 20 milhões de

toneladas de plástico são despejadas

anualmente nos mares, prejudicando assim, a

vida dos animais marinhos e também, o ciclo

biogeoquímico do planeta. Além de prejudicar

a vida marinha, essa poluição afeta

diretamente a vida dos seres humanos, uma

vez que, duas a cada cinco pessoas vivem

perto do ambiente marinho e três entre cada

sete dependem dos recursos marinhos para

sobreviver.

A pasta responsável complementa ainda que o

ambiente marinho também exerce influência

na vida daqueles que não moram em regiões

litorâneas, pois é o maior responsável pela

absorção de carbono e, consequentemente,

pela regulação climática. Atualmente, os

oceanos são vistos pela ONU como foco de

conservação, pois são considerados

fundamentais para manutenção da vida na

Terra.

Os materiais classificados como rejeitos serão

entregues a empresa Peralta Ambiental que

realiza a coleta pública municipal para

transporte ao aterro sanitário licenciado fora

da cidade. As bitucas de cigarro serão

destinadas para a empresa Poiato Recicla que

tem como compromisso oferecer soluções

ambientais integradas para o tratamento

adequado dos resíduos de cigarros a partir do

processamento da reciclagem com a

devolução de massa celulósica.

Empresas Participantes:

Mar e vida, Ilha Divers, Narwall, Oceano Sub,

Alpha Mergulho e Colonial Diver. Também

participarão, APA Marinha Litoral Norte, Sea

Shepherd, Pesca Seleta, Pesca Sub, Operação

Praia Limpa, Argonauta e Programa

Município Verde Azul.

Semana Lixo Zero

A Semana Lixo Zero está em mais de 100

cidades brasileiras com ações de

conscientização sobre a gestão do lixo. Em

Ilhabela o evento é organizado pela Flow

Desenvolvimento Sustentável e Consciente em

parceria com o Instituto Lixo Zero (ILZ) e tem

apoio da Prefeitura de Ilhabela e pasta

responsável. “Devemos criar e adquirir novos

hábitos para colaborar com a preservação do

meio ambiente. A maior parte do lixo que

produzimos é transportado para um aterro em

outra cidade, o que gera um alto custo ao

município, que já vem tomando medidas como

as compostagens nas escolas e no hospital e a

instalação de bituqueiras por toda cidade”,

declarou a prefeita Maria das Graças Ferreira,

a Gracinha.

https://www.ilhabela.sp.gov.br/blog/segunda-

edicao-do-world-cleanup-day-em-ilhabela-

acontece-neste-final-de-semana/

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Veículo: Folha de SP

Veículo2: Jornal Tijucas

Veículo3: Plantão Diário

Data: 23/10/2019

PAINEL S.A. - Eternidade

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel

sa/2019/10/seis-anos-depois-vazamento-de-

oleo-em-litoral-paulista-aguarda-

resolucao.shtml

http://jornaltijucas.com.br/geral/seis-anos-

depois-vazamento-de-oleo-em-litoral-paulista-

aguarda-resolucao/

http://www.plantaodiario.com.br/portal/artigo

s/noticias/2019/10/23/seis-anos-depois-

vazamento-de-oleo-em-litoral-paulista-

aguarda-resolucao.html

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Veículo: Blog Ifope

Data: 22/10/2019

Tecnologias Limpas Na Indústria De

Alimentos

Com o advento da Revolução Industrial no

século XVII, houve um crescimento expansivo

das tecnologias e do uso das matérias primas

disponíveis.

Fabricar alimentos de qualidade e implementar

técnicas para conservá-los passou a ser uma

realidade à medida que a população aumentou

exponencialmente e se conscientizou dos

benefícios de uma alimentação equilibrada e

saudável.

No entanto, com o aumento da oferta de

alimentos e a consequente melhoria de saúde

e longevidade dos indivíduos, vieram as

consequências para o meio ambiente. E foi na

década de 70, durante a Conferência das

Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano, que surgiu o termo TECNOLOGIA

VERDE OU TECNOLOGIA LIMPA NA PRODUÇÃO

DE ALIMENTOS.

O que é a Tecnologia Limpa?

Trata-se da necessidade de controlar o

lançamento de substâncias tóxicas e outros

compostos no meio ambiente bem como de

verificar se essas quantidades ou

concentrações excedem a capacidade de

absorção pelo meio ambiente.

Na década de 70, quando foi levantada essa

questão, a sociedade científica já detectava

graves problemas futuros por razão da

poluição atmosférica, provocada pelas

indústrias. No entanto, a preocupação com a

indústria alimentícia passou a ser objeto de

estudo apenas na década de 90, com maior

ênfase a partir de 2005 (QUADRO 1).

Os primeiros trabalhos e as primeiras

pesquisas sobre Tecnologias Verdes ou Limpas

foram voltadas para a indústria de carnes.

Afinal, quais os impactos ambientais causados

pela indústria alimentícia?

As empresas de alimentos contribuem

diariamente para a produção de diversos

dejetos e substâncias danificadoras que

impactam negativamente o meio ambiente.

De acordo com a Companhia de Tecnologia

e Saneamento Ambiental (CETESB), os

resíduos gerados pelos diversos setores da

indústria de alimentos se constituem em:

Efluentes líquidos

lavagens de garrafas ou embalagens;

derramamento do produto;

limpeza dos equipamentos;

limpeza dos pisos e das paredes com

detergentes;

soro;

óleos e graxas;

água quente;

solventes;

resto e impurezas das matérias primas.

Emissões

gases da combustão;

poeiras;

gases refrigerantes;

odor;

ruído;

calor;

vapor;

amônia;

gás carbônico.

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Grupo de Comunicação

Resíduos Sólidos

pasta celulósica;

produtos danificados;

produtos vencidos;

embalagens;

garrafas quebradas;

terra diatomácea;

lodo;

bagaço do malte;

cinzas;

levedura adicional;

meio de cultura;

pallets.

Apesar do grande potencial poluidor, as

indústrias de alimentos, em sua maioria, têm

procurado adotar estratégias para incluir a

variável ambiental em suas atividades e

processos, na tentativa de adequação à

legislação e normas vigentes como garantia de

produção mais eficiente.

Além disso, os próprios consumidores cobram

desse setor atitudes que conciliem a

produtividade e menor impacto ambiental.

O resultado é sempre bastante favorável, uma

vez que todas as esferas são beneficiadas: o

meio ambiente, por ser preservado; os

consumidores, por terem a tranquilidade de

consumirem produtos de qualidade; e as

empresas por aumentarem a competitividade.

Como é a aplicação da Tecnologia Limpa na

indústria alimentícia?

A inclusão da variável ambiental na fabricação

de alimentos visa evitar e diminuir os

resíduos, reciclá-los e reaproveitá-los.

Dessa forma:

a água residual de determinados processos

pode ser utilizada na lavagem de pisos; o

bagaço do malte pode ser destinado para

ração animal; o biogás pode ser reaproveitado

como combustível para as caldeiras;

a instalação de uma turbina a gás natural para

recuperação de calor para energia elétrica e

produção de vapor para o processo.

A adesão ao Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) é uma alternativa que tem sido cada

vez mais utilizada para controle de resíduos na

indústria alimentícia.

O SGA envolve planificação de ideias,

programação, organização e distribuição de

recursos.

Por meio dela as organizações estabelecem e

restabelecem seus objetivos e metas à

proteção ambiental e selecionam estratégias

adequadas para atingir seus objetivos no

tempo estipulado.

O gerenciamento das questões ambientais nas

indústrias baseia-se principalmente na

obrigatoriedade do cumprimento das

legislações ambientais, sendo cada empresa

responsável pelo seu sistema de Gestão

Ambiental, com procedimentos

sistematizados, ferramentas e programas

computacionais que permitam a melhoria

contínua dos processos e o cumprimento das

exigências legais.

Tecnologia Limpa X Indústria Cárnea

Aliado aos sistemas de gestão ambiental,

algumas tecnologias são amplamente

utilizadas, principalmente na indústria de

carne.

Os resíduos gerados na fabricação de produtos

cárneos, bem como a utilização em larga

escala de recursos do meio ambiente alertam

para a necessidade da busca por meios

alternativos de produção.

Segundo o professor e pesquisador do Centro

de Tecnologia de Alimentos da UFSM, Juliano

Smanioto Barin, para cada tonelada de carne

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produzida, gasta-se entre 2.000 e 20.000

litros de água. Além disso, pesquisas apontam

que a produção de carne elimina mais dejetos

e substâncias tóxicas que a própria indústria

petrolífera.

Considerando a alta produção de carne no

Brasil, é fácil entender que medidas

alternativas não são mais apenas uma escolha

da indústria, mas uma obrigatoriedade para as

empresas que desejam manter a

produtividade elevada em vigor.

Quais os métodos de tecnologias limpas?

As tecnologias limpas aplicadas em alimentos

podem ser classificadas entre métodos físicos

ou químicos.

Os métodos físicos são aqueles que utilizam

ultrassom, ondas eletromagnéticas (micro-

ondas e luz pulsante) ou radiações para

promover alterações no alimento.

Os métodos químicos, por sua vez, são

aqueles que utilizam substâncias químicas

para produzir novas.

Abaixo alguns exemplos bastante empregados

na indústria de alimentos.

Micro-ondas

Sua função é aquecer rapidamente o alimento.

No entanto, atua diretamente na desinfecção

de alimentos ou de utensílios que entram em

contato com eles.

Luz pulsante Ultravioleta

É empregada para eliminação de

microrganismos dos alimentos. Permite o

processamento do alimento sem causar seu

aquecimento.

Quando concilia-se com a luz ultravioleta

pulsada, esse processo pode ser ainda mais

rápido e eficiente, pois o tempo é reduzido de

20 minutos para alguns segundos.

Isso é vantajoso, pois permite-se aumento da

produtividade e diminui as chances de

ocorrência de erros durante o processo.

A desvantagem é que a descontaminação é

superficial, não penetra no alimento.

Ultrassom

É uma onda mecânica que associado ao calor

e/ou pressão permite a eliminação de

microrganismos, ocasionando a

descontaminação dos alimentos.

Também tem várias outras aplicações

relacionadas a misturas, preparação de

emulsões, quebra de espuma e melhoria do

congelamento que tornam sua aplicação

diversificada no processamento de alimentos.

Água eletrolisada

É um método químico que consiste na

eletrólise de uma solução contendo sal de

cozinha para gerar cloro e outras espécies que

possuem ação frente aos microrganismos.

A grande vantagem é a possibilidade de

geração in situ das espécies ativas a partir de

soluções salinas, minimizando o impacto do

transporte, armazenamento e manuseio de

produtos químicos pelas indústrias,

aumentando a segurança e a eficácia do

tratamento.

Você pode gostar de ler também: Saiba Tudo

Sobre Fraudes em Alimentos de Origem

Animal e Seus Métodos de Detecção

Vale a pena aplicar Tecnologias Limpas?

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A aplicação dessas tecnologias, aliadas à

adoção do SGA e de outros programas

ambientais, possibilita aumento de

produtividade na indústria alimentícia,

garantia na qualidade dos produtos, aumento

de vida de prateleira dos alimentos e redução

de impactos ambientais.

Os resultados ainda estão aquém do esperado,

pois, como em toda mudança drástica, são

necessários anos de estudo e de

conscientização.

No entanto, a importância a que se tem dado

essa questão revela a busca por uma mudança

relativamente rápida e eficaz.

E-book Gestão da qualidade

Clique aqui e baixe gratuitamente.

Bibliografia Consultada

BARBIERI, Carlos José. Gestão ambiental

empresarial: conceitos, modelos e

instrumentos. 3. ed. São Paulo: Saraiva,

2011.

CETESB- Companhia de Tecnologia e

Saneamento Ambiental. Guia Técnico

Ambiental da Indústria de Produtos Lácteos:

Série P+L. São Paulo, 2008. 95f. Disponível

em:

<http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/prod

ucao_limpa/documentos/laticinio.pdf> Acesso

em: 10/08/2019

SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001 sistemas de

gestão ambiental: implantação objetiva e

econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

https://www.bol.uol.com.br/noticias/2018/07/

19/industria-da-carne-e-mais-poluente-que-

petroliferas-diz-estudo.htm/ Acesso em:

10/08/2019

http://centralsul.org/2014/tecnologias-limpas-

inovam-o-modo-de-elaborar-produtos-

carneos/ Acesso em: 10/08/2019

http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstr

eam/1/7514/1/PG_COALM_2013_1_03.pdf/

Acesso em: 09/08/2019

Autoria da redato

https://blog.ifope.com.br/tecnologias-limpas-

na-industria-de-alimentos/

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Veículo: Advocacia Laercio Doacei

Data: 22/10/2019

TJ-SP derruba liminar que fechou hospital veterinário de faculdade

A antecipação de tutela requer a

verossimilhança das alegações, pois se trata

de verdadeiro adiantamento do que a

sentença possa futuramente conceder. Com

base nesse entendimento, a 2ª Câmara

Reservada de Meio Ambiente do Tribunal de

Justiça de São Paulo derrubou uma liminar

concedida em primeira instância e que

determinava o fechamento do hospital

veterinário de uma faculdade de Campinas.

ReproduçãoPor não vislumbrar irregularidades,

TJ-SP autorizou hospital veterinário de

faculdade a funcionar normalmente

O juízo de primeiro grau acolheu pedido do

Ministério Público e concedeu a liminar para

suspender todas as atividades do hospital até

o julgamento final de uma ação civil pública

ambiental, sob pena de multa diária de R$ 10

mil em caso de descumprimento. O MP acusa

a faculdade de manter o hospital veterinário

em funcionamento sem as devidas licenças

ambientais. A instituição de ensino recorreu ao

TJ-SP, que cassou a liminar por unanimidade.

“Inexistindo qualquer prova idônea, ao menos

neste momento de cognição sumária, que

ampare a alegação de que o hospital

veterinário comandado pela agravante está

em funcionamento sem as devidas licenças

ambientais, ocasionando danos ambientais de

graves proporções, estando ausentes,

portanto, a verossimilhança das alegações e o

periculum in mora, requisitos exigidos pelo

artigo 300 do CPC, de rigor a revogação da

tutela antecipada”, disse o relator,

desembargador Paulo Ayrosa.

No voto, o relator destacou que Prefeitura de

Campinas emitiu em favor da faculdade um

certificado de dispensa de licenciamento

ambiental e também citou exames técnicos

municipais, alvarás, licença de funcionamento

da vigilância sanitária e certificados de

regularidade da coleta de esgoto e lixo que

comprovam o funcionamento regular do

hospital veterinário.

Além disso, afirmou o relator, o Decreto

Estadual 62.973/17 excluiu os hospitais

veterinários do rol de atividades licenciadas

pela Cetesb: “Antes de determinar a

suspensão das atividades do hospital

veterinário, em caráter liminar, deve-se

aguardar manifestação definitiva da Cetesb

quanto à exigência ou não de licença prévia,

instalação e de operação em casos como o

aqui discutido, porque ao que consta, o

Decreto Estadual 62.973/2017 de fato não

elencou as atividades de hospitais veterinários

como aquelas que necessitam de

licenciamento”.

O fechamento do hospital veterinário, que

atende a população carente de Campinas, foi

criticado pelos desembargadores durante a

sessão de julgamento. “É uma daquelas

decisões que não dá para entender por que

acontecem. O hospital funciona bem, presta

atendimento. Se há algo errado, apresente-se

isso, mas suspender o funcionamento? Às

vezes, fico estarrecido com algumas decisões.

Não se aponta o motivo do fechamento”,

afirmou o desembargador Paulo Alcides. “Não

se apontou nenhuma irregularidade”,

completou o relator.

Processo: 2145907-11.2019.8.26.0000

Fonte:http://www.conjur.com.br/

http://www.laercio.adv.br/site/noticia/tj-sp-

derruba-liminar-fechou-hospital-veterinario-

faculdade

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Veículo2: Notícias de Mogi

Data: 22/10/2019

Bombeiros da Suzano são treinados para atender também ocorrências externas

Brigada de incêndio da Suzano

A Suzano, empresa resultante da fusão entre

a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, conta,

atualmente, com uma equipe de atendimento

a emergências formada por 370 colaboradores

em sua Unidade na cidade de Suzano. Essa

equipe é composta por brigadistas, bombeiros

industriais, técnicos de enfermagem,

segurança do trabalho, enfermeiros e médicos

que são capacitados para atender não apenas

ocorrências internas, mas também externas,

por meio do Plano de Auxílio Mútuo (PAM),

estratégia de segurança formada por

empresas do Alto Tietê e entidades públicas

que viabilizam e colaboram no atendimento de

grandes ocorrências.

“A Suzano participa ativamente de simulados

e treinamentos para atendimento a grandes

ocorrências como incêndios, vazamentos

químicos e salvamento em espaços confinados

em empresas e equipamentos públicos como

hospitais e escolas com grande concentração

de pessoas”, disse Wellington Salvador,

técnico em Prevenção e Combate Emergência

da Suzano, completando em seguida: “Ações

como esta contribuem para a capacitação dos

nossos brigadistas e também auxiliam na

melhoria da gestão das atividades

desempenhadas pelas equipes”.

Como parte da estratégia para a capacitação e

atualização da brigada de incêndio, a empresa

inaugurou este ano, em Suzano, um campo de

prevenção a incêndio, credenciado pela

Companhia Ambiental de São Paulo

(CETESB). O espaço, com 220m², conta com

uma estrutura composta por uma trincheira,

um reservatório de água e um simulador de

tanque de combustível.

Simulação de acidente

Para aprimorar os treinamentos, uma equipe

de bombeiros industriais e técnicos em

prevenção e atendimento a emergências da

companhia, participou de um Simulado de

Emergências Médicas de grande porte em

Mogi das Cruzes. O treinamento simulou um

acidente de trânsito com 16 vítimas

envolvendo um carro, uma moto e um micro-

ônibus.

A equipe da Suzano atuou no salvamento,

resgate e transporte das vítimas reforçando a

capacitação da equipe na utilização da

metodologia START, que classifica as pessoas

acidentadas com base nas necessidades de

cuidados e chance de sobrevivência.

https://noticiasdemogi.com.br/bombeiros-da-

suzano-sao-treinados-para-atender-tambem-

ocorrencias-externas/amp/

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Veículo: O Atibaiense

Data: 22/10/2019

Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental

O governador João Doria entregou 89 viaturas

à Polícia Militar Ambiental do Estado de São

Paulo. Os veículos fazem parte de um pacote

de 152, os outros 63 serão entregues até

novembro. A aquisição foi realizada pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (Sima), com um investimento

total de R$ 16,8 milhões, para reforçar a frota

da PM Ambiental e, consequentemente, sua

atuação na fiscalização às infrações contra o

meio ambiente em todo o território estadual.

'Com estes veículos, nós estamos ampliando a

fiscalização ambiental para evitar

desmatamentos, extrações ilegais e monitorar

focos de incêndio e de conservação. São Paulo

tem desmatamento zero. A cobertura vegetal

foi ampliada nestes últimos dois anos e assim

continuará como política pública', disse Doria.

Do total dos veículos, 100 são do modelo Fiat

Palio e 52 tipo pick-up, modelo Toyota Hilux.

As novas viaturas serão destinadas aos quatro

Batalhões de Policiamento Ambiental

existentes no Estado.

'As equipes responsáveis pela fiscalização

ambiental do Estado vêm realizando um

grande trabalho de monitoramento,

especialmente no que diz respeito à

prevenção. Por esse motivo nós temos

buscado equipá-las com equipamentos

modernos que melhoram as condições de

trabalho. No início deste ano, pela primeira

vez, incluímos drones na fiscalização das

Unidades de Conservação, estamos renovando

a frota e, em breve, entregaremos novos

uniformes para os agentes', explica o

Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido.

Compra de pistolas

O governador João Doria também assinou

contrato para compra de 40 mil pistolas

semiautomáticas de calibre .40 e anunciou

que outras 10 mil armas serão adquiridas.

Para a compra das 40 mil pistolas, foram

investidos R$ 35,6 milhões. Cada uma delas

foi adquirida pelo valor unitário de R$ 891,86,

o que representou uma economia total de

cerca de R$ 53 milhões aos cofres públicos. A

aquisição foi realizada por meio de processo

licitatório e teve como vencedora a empresa

austríaca Glock.

'A nossa vantagem foi que, com o valor

correspondente para aquisição de 40 mil

armas, estamos comprando 50 mil. São 40 mil

que já foram incorporadas e mais 10 mil,

mantida a mesma condição de preço por

arma. Essas são as armas que a polícia

americana utiliza. São as melhores pistolas do

mundo', afirmou o governador.

A aquisição faz parte de um pacote de

investimento de R$ 108,9 milhões que inclui a

compra de 1 mil fuzis calibre 7,62, 300 fuzis

calibre 5,56, dois fuzis de alta precisão, dez

metralhadoras leves e 1 mil armas de

incapacitação neuromuscular, além de 500

escudos e 5,5 mil coletes balísticos. As armas

foram testadas em setembro de 2019.

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'Estamos adquirindo ferramentas de trabalho.

Isso é um respeito ao profissional que passa a

ter melhores condições de trabalho', disse o

secretário da Segurança Pública, general João

Camilo Pires de Campos.

As pistolas serão entregues em cinco lotes

diferentes, com 8 mil armas em cada um

deles. O primeiro deverá ser entregue em até

90 dias da assinatura do contrato e o último

até o final do primeiro semestre do próximo

ano.

Para o Comandante geral da Polícia Militar,

coronel Marcelo Vieira Salles, a aquisição das

pistolas representa um avanço para a

corporação no combate ao crime. 'Era uma

aspiração muito antiga de ter uma pistola com

esse padrão', afirmou.

O processo licitatório para a compra das

armas seguiu a norma internacional

AC/225/D14 da Organização do Tratado

Atlântico (Otan) para armas leves, que incluiu

testes de tiro, precisão e força da puxada de

gatilho e queda, por exemplo.

Operação Corta-Fogo

A Operação Corta-Fogo 2019 registrou até o

dia 10 de outubro uma redução de 41% no

número de ocorrências de incêndios florestais

em Unidades de Conservação e de 37% de

área queimada em comparação ao ano

anterior. Em 2018, foram registradas 125

ocorrências em áreas de proteção integral ou

de uso sustentável que consumiram 3.460

hectares de vegetação, enquanto neste ano

foram registradas 74 ocorrências que afetaram

2.167 hectares.

O Governo do Estado promove um conjunto de

ações para reduzir incêndios florestais durante

o inverno. A ação é coordenada pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente

e conta com a parceria do Corpo de

Bombeiros, da Coordenadoria Estadual de

Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), da Polícia

Militar Ambiental, da Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo (Cetesb), da

Fundação Florestal e o Instituto Florestal.

Gestores, monitores e voluntários no entorno

de áreas verdes são capacitados para atuar

em prevenção, controle, monitoramento e

combate ao fogo. Também há parcerias com

empreendedores de usinas de álcool e açúcar

e por meio dos Planos de Auxílio Mútuo. Neste

ano, 267 municípios aderiram à Operação

Corta-Fogo.

http://site.oatibaiense.com.br/2019/10/22/go

verno-de-sp-entrega-89-veiculos-para-pm-

ambiental/

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Veículo: Paparazzi News

Veículo2: Portal de Notícias Abarros News

Veículo3: Prefeitura de Andradina

Veículo4: Folha da Região

Data: 23/10/2019

Empresários investem em novo Campo Santo em Andradina

A prefeita Tamiko Inoue recebeu, na tarde

desta segunda-feira (22), um grupo de

empresários que anunciou a abertura de um

cemitério particular com previsão de

funcionamento para o final de janeiro de 2020.

Com as obras iniciadas, o cemitério já

denominado Campus Elysium, terá

aproximadamente 35 mil metros quadrados,

ampla área verde, capela de velório e

estacionamento próprio, com investimento

aproximado de R$ 2,5 milhões.

Segundo o empresário e engenheiro

responsável, Marcos Antonio Sanches, o

espaço será todo gramado e estarão

disponibilizados 19 mil jazigos. Além disso,

contará com um sistema de monitoramento de

proteção ambiental conforme as exigências da

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo).

Deste total de túmulos o município terá direito

a 5% dos lotes para uso social. Este

investimento atende uma demanda da cidade

que sofre com a falta de espaço para novos

túmulos no cemitério municipal inaugurado

nas primeiras décadas de Andradina e uma

média de 30 sepultamentos ao mês.

'Faz muitos anos que tentávamos viabilizar um

novo Campo Santo para Andradina. O

interesse pelo Governo de Andradina a em

atender essa demanda que já havia e o apoio

da prefeita Tamiko Inoue foi fundamental para

que este empreendimento acontecesse. A

escolha da área foi estudada de forma que

atendesse à população com fácil acesso e as

normas ambientais, com cinturão verde e

sistema especial de drenagem e isolamento',

comentou Marcos explicando que o Campo

Santo fica no prolongamento da Rua Sebastião

Arantes, próximo ao aeroporto estadual de

Andradina.

A gestão para este novo empreendimento

começou ainda na administração do ex-

prefeito Jamil Ono. Para Tamiko, além de ser

uma forma de solucionar o problema de vagas

no cemitério local, o novo projeto mostra

como a iniciativa privada vem confiando no

trabalho do executivo nos últimos anos.

Recentemente a população local contou com a

geração de 100 empregos diretos pelo

SuperAtacado Leve Mais, Pague Menos e de

300 novas vagas pela JBS/Friboi. A empresa

MultMudas Brasil (antigas instalações da

Eucalipto Brasil.) também gerou 150

empregos diretos.

'Isto mostra que com trabalho sério, os

empresários investem na cidade, que se

desenvolve cada vez mais, garantindo um

crescimento econômico voltado à geração de

emprego', comenta a prefeita.

Participaram da reunião os empresários

Marcos Roberto Ruella, Edson Ferreira Batista

e Marcos Antonio Sanches, o Coordenador de

Apoio ao Gabinete, Flavio Antonio Moreira; o

Secretário de Gestão Parlamentar e Fiscal,

Antonio Francisco Fonzar Filho e o Secretário

de Administração Antonio Sergio da Fonseca

Filho. (SECOM).

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Veículo: SOS Itaguaré

Data: 22/10/2019

Terça-feira nublada com sol fim de tarde maré altas ondas .

Terça feira nublada com sol entre nuvens a

tarde maré alta , altas ondas sem aulas stand-

up padle por motivos que não entendo mais a

causa onde mora perigo remar sobre as ondas

no mar .

Continuam as perfurações na obra sem

banheiro quimico com trocador roupa atráz

portão madeira .

Condições precárias que se submetem os

trabalhadores , sondagens , em meios aos

ratos e pombos tomam , café , almoçam ,

descansam sobre tabuas sobre sol e chuva .

Cadê Cetesb , Sanitária se é que ainda existe

, tirando lama próximo ao canal 7 com bomba

sapo sem luvas , proteção .

Mar com ondas de 0,70m dependendo do pico

, vento sudoeste moderado .

Aloha

http://sositaguare.blogspot.com/2019/10/terc

a-feira-nublada-com-sol-fim-de.html

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Veículo: Jornall Atos

Data: 23/10/2019

Caçador de aves silvestres é detido

com armas de fogo em Lagoinha

Após uma denúncia anônima, a Polícia

Militar Ambiental resgatou 22 aves

silvestres de um cativeiro ilegal na tarde da

última segunda-feira (21), em Lagoinha.

Segundo o boletim de ocorrência, a PM

recebeu informações que um morador do

Centro aprisionava diversos pássaros em sua

casa. Ao invadir o imóvel, os agentes se

deparam com os animais distribuídos por

diversas gaiolas no quintal.

Já em outro cômodo da residência, os policiais

encontram três espingardas e um revolver. De

acordo com o proprietário, o armamento era

utilizado para caçar as aves na região rural do

município.

O infrator foi encaminhado ao Distrito Policial

de Lagoinha, onde foi multado em R$ 11 mil.

Ele responderá em liberdade por crime

ambiental e posse ilegal de arma de fogo.

http://jornalatos.net/editoriais/policia/cacador

-de-aves-silvestres-e-detido-com-armas-de-

fogo-em-lagoinha/

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Veículo: A Tribuna – Turismo

Data: 23/10/2019

Estado prevê entregar Piscinão

Jaboticabal em agosto de 2021 –

O governo do Estado abriu licitação para

contratar empresa que ficará responsável

pelas obras do Pisicnão Jaboticabal, que será

construído nos limites dos municípios de São

Paulo, São Bernardo e São Caetano, com meta

de amenizar as enchentes na região dos

ribeirões dos Couros e dos Meninos, próximos

à Via Anchieta. A estimativa é entregar o

reservatório em agosto de 2021.

Pelo cronograma desenhado pelo Daee

(Departamento de Águas e Energia

Elétrica), responsável pelo certame, as

propostas têm de ser entregues até o dia 4 de

dezembro e o vencedor deve ser anunciado

em fevereiro. Se não houver intercorrências

(como recursos brecando os trâmites), o

contrato é assinado em fevereiro, com prazo

de conclusão das intervenções em 18 meses.

O custo da obra é de R$ 189,1 milhões e não

inclui desapropriações, orçadas em R$ 115

milhões. A soma dos valores faz com que a

intervenção demande R$ 304,1 milhões, com

recursos de empréstimo que o Estado vai

contrair junto à Caixa – a transação financeira

foi autorizada pela Assembleia Legislativa na

semana passada.

Superintendente do Daee, Alceu Segamarchi

Júnior argumentou que a autarquia já trabalha

com negociações junto aos proprietários dos

terrenos impactados pelo projeto. “A área é

grande, de 150 mil metros quadrados, são

alguns proprietários diferentes, mas há um

maior, onde há depósito do Detran e lá

estamos em tratativas adiantadas. Claro que

depende de negociação, mas depende mesmo

de dinheiro. Contrato com a Caixa com

recursos do FGTS (Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço) cobre, além dos custos da

obra, as desapropriação. Então não vejo

problemas com relação a isso.”

O Piscinão Jaboticabal será o maior do Estado,

com capacidade de armazenamento de 910

mil metros cúbicos de água. Sua construção é

tema de debate há uma década, mas ganhou

força após as cheias de março, que resultaram

em morte de dez pessoas. Esse impasse, aliás,

foi citado por Segamarchi. “Fizemos a licitação

em tempo recorde. Esse projeto está em

discussão há dez anos, nunca viabilizaram

recursos de obras ou de desapropriações. Em

dez meses estamos conseguindo colocar o

edital na rua. Não temos mais espaço para

erros ou amadorismo.”

O Daee assegurou que o reservatório terá

interligação com os demais piscinões da

região, com objetivo de trazer eficiência no

escoamento de águas pluviais. Segamarchi

citou que, recentemente, a Prefeitura de São

Bernardo inaugurou o Piscinão do Paço –

capacidade de armazenamento de 220 mil

metros cúbicos de água – e que a autarquia

iniciou cronograma de limpeza dos

equipamentos sob sua responsabilidade.

“Eliminar as inundações é pretensão muito

grande. Hoje os piscinões da Bacia do Rio

Tamanduateí absorvem 3,7 milhões de metros

cúbicos sem o Piscinão Jaboticabal. Com o

piscinão, a capacidade vai para quase 5

milhões. Algo muito significativo”, disse

Segamarchi.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3150672/e

stado-preve-entregar-piscinao-jaboticabal-em-

agosto-de-2021

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Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 23/10/2019

Câmara de Mauá blinda do MP acordo

Sama e Sabesp

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3150673/c

amara-de-maua-blinda-do-mp-acordo-sama-

e-sabesp

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Grupo de Comunicação

Veículo: Automotive Businness

Veículo2: Revista Planeta

Veículo3: G1

Data: 23/10/2019

São Paulo terá rede de recarga ultrarrápida para carros elétricos

Projeto de R$ 32,9 milhões une empresas

automotivas e de energia para a instalação de

30 eletropostos em até três anos

Sete empresas dos setores automotivo e

elétrico se uniram em um consórcio para criar

a primeira rede de recarga para carros

elétricos em São Paulo. Liderado pela EDP,

empresa do ramo de energia, o projeto prevê

o investimento de R$ 32,9 milhões pelos

próximos três anos para a instalação de 30

pontos de recarga (eletropostos) ao longo de

rodovias do Estado (veja a relação das

rodovias no fim do texto). Do valor total

anunciado, 80% serão aplicados pela própria

EDP, enquanto os demais 20% serão aportes

das demais parceiras. Enquanto a ABB,

Electric Mobility e Siemens vão fornecer a

tecnologia de carregamento, Audi, Porsche e

Volkswagen vão realizar os testes com os seus

veículos elétricos para fins de homologação da

infraestrutura. O Gesel, Grupo de Estudos do

Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio

de Janeiro (UFRJ) também participa do

projeto.

A EDP instalou um eletroposto para

demonstração durante o evento de anúncio do

projeto à imprensa, realizado na terça-feira,

22, em São Paulo. Participaram do evento

Andreas Marquardt, diretor presidente da

Porsche Brasil; Johannes Roscheck, CEO e

presidente da Audi; Eduardo Sousa, diretor da

Eletric Mobility Brasil; Pablo Di Si, presidente e

CEO da VW América Latina; Antonio Mexia,

CEO global da EDP; André Clark, presidente e

CEO da Siemens; Rafael Paniagua, presidente

da ABB; e Miguel Setas, presidente da EDP

Brasil.

O presidente da EDP no Brasil Miguel Setas

explica que o plano de trabalho começou há

três anos e atende a uma chamada pública da

Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica,

para o tema mobilidade elétrica eficiente. No

total, os projetos de mobilidade elétrica

apresentados pela EDP na chamada pública da

Aneel somam R$ 50 milhões, via Fundo de

Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel,

recursos próprios e de parceiros.

No projeto de recargas ultrarrápidas em São

Paulo, serão instalados carregadores do tipo

ultrarrápido, capazes de reabastecer 80% da

bateria de um carro entre 25 e 30 minutos.

Serão 29 eletropostos de 150kW e uma

unidade de 350kW. Segundo Setas, os

eletropostos terão um raio médio de 100 a

150 quilômetros de distância e a tarifa de

recarga (o preço da energia a ser paga) ainda

não tem definição.

“O preço da energia no posto de recarga é um

assunto que permeia nosso plano de negócio,

que está sendo desenhado. Ainda não temos

uma tarifa definida”, afirma Setas.

OS ELÉTRICOS VÊM PARA O BRASIL

A nova rede de recarga ultrarrápida se unirá a

outras já existentes, como o corredor elétrico

da Rodovia Presidente Dutra, que conta com

seis eletropostos entre São Paulo e Rio de

Janeiro: inaugurada em julho do ano passado

também é uma parceria da EDP com a BMW.

Considerando outras redes, como uma que

está sendo implementada também pela EDP

no Espírito Santo, com oito postos de recarga

em fase de instalação, a empresa calcula que

vai conectar um total de 64 pontos de

carregamento que interligam São Paulo, Rio

de Janeiro, Vitória (ES), Curitiba (PR) e

Florianópolis (SC), formando um corredor de

abastecimento de automóveis elétricos com

mais de 2.500 quilômetros de extensão.

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Grupo de Comunicação

“Pela primeira vez, uma parceria público-

privada está trabalhando junta com o mesmo

objetivo; é um projeto divisor de águas”,

declarou o presidente e CEO da Volkswagen

para a América Latina, Pablo Di Si.

Ele lembrou que a VW planeja lançar seis

carros, entre híbridos e elétricos, para a região

nos próximos cinco anos: o primeiro deles

será apresentado para a imprensa

especializada no início de novembro, o Golf

GTE híbrido plug-in, cuja autonomia somada

dos dois motores (um a combustão e outro

elétrico) chega a 900 quilômetros, dos quais

50 km podem ser rodados só no modo

elétrico.

Por sua vez, a Audi confirma a chegada do

100% elétrico e-Tron SUV até maio de 2020

no mercado brasileiro, com pré-venda a partir

de novembro. “Estamos construindo um futuro

e no Brasil esse futuro também será elétrico”,

disse o CEO e presidente da Audi do Brasil,

Johannes Roscheck.

Sobre a integração das redes de recarga para

veículos elétricos, o diretor-presidente da

Porsche Brasil, Andreas Marquadt, ressaltou a

importância de promover a expansão dos

corredores visando o aumento da participação

do carro elétrico na frota nacional. Estima-se

que até 2030, os elétricos serão cerca de 2

milhões de unidades no Brasil. “Participar

desse projeto demonstra o compromisso da

Porsche com a mobilidade elétrica e nos

permite oferecer aos clientes tornar o futuro

elétrico mais presente.”

Marquadt confirmou que o 100% elétrico

Taycan chega ao Brasil em 2020. A Porsche é

uma das parceiras globais da ABB para o

desenvolvimento do carregar ultrarrápido de

350kW.

“A estação de carregamento rápido de 350kw

é capaz de carregar 80% da bateria do Taycan

em apenas 22,5 minutos, o equivalente a um

alcance aproximado de 400 quilômetros”,

destacou.

As rodovias paulistas que receberão os

eletropostos são:

•Tamoios

•Imigrantes

•Carvalho Pinto

•Governador Mário Covas (conexão com o

litoral paulista e Espírito Santo)

•Dom Pedro

•Washington Luís

•Régis Bittencourt (conexão com corredores

do Paraná e Santa Catarina).

http://www.automotivebusiness.com.br/inova

cao/519/sao-paulo-tera-rede-de-recarga-

ultrarrapida-para-carros-eletricos-

https://www.revistaplaneta.com.br/rodovias-

paulistas-receberao-30-pontos-de-carga-

ultrarrapida-para-carro-eletrico/

https://g1.globo.com/carros/carros-eletricos-

e-hibridos/noticia/2019/10/22/audi-porsche-e-

volkswagen-fazem-parceria-para-instalar-30-

pontos-de-recarga-de-carros-eletricos-em-

sao-paulo.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Veículo2: Istoé Online

Data: 22/10/2019

Conta de energia elétrica ficará em média 5% mais barata a partir desta

quarta-feira no Alto Tietê

A cada quatro anos, a Agência Nacional de

Energia Elétrica faz uma revisão tarifária da

distribuidora.

Concessionária anuncia redução de 5% no

valor da conta de luz no Alto Tietê

A EDP São Paulo anunciou nesta terça-feira

(22) uma redução de 5% na tarifa de energia

elétrica. A cobrança fica mais em conta a

partir desta quarta-feira (23).

Uma padaria de Mogi das Cruzes fica aberta

das 6h até as 22h. O custo com a iluminação,

os refrigeradores e tudo que usa energia

chega a passar de R$ 8 mil por mês. De

acordo com o comerciante, eles precisam

vender 15 mil pãezinhos para pagar essa

conta.

O comerciante Airton de Almeida conta que

energia elétrica representa de 4 a 5% do

faturamento da empresa. “Esse é o impacto

do nosso consumo”, diz.

Para tentar reduzir o valor da conta, o

comerciante instalou esse aparelho para

detectar os picos de energia e diminuir os

gastos.

“Nós estamos fazendo essa medição.

Possivelmente vamos contratar essa empresa,

para que ela coloque esse banco de

capacitores, que consiga nivelar o consumo de

energia durante o mês todo”, conta o

comerciante.

A boa notícia para o comerciante e para todos

os clientes da EDP São Paulo é que a partir

desta quarta-feira, o valor da tarifa de energia

foi reduzido. A cada quatro anos, a Agência

Nacional de Energia Elétrica faz uma revisão

tarifária da distribuidora.

O gestor de regulação da EDP São Paulo,

Marcos Soares, explicou que nos anos de 2013

e 2014, todas as concessionárias do Brasil

contraíram empréstimos para poder quitar as

termelétricas.

“O valor chegou a R$ 32 bilhões. Os

consumidores da EDP São Paulo arcaram com

cerca de R$ 750 milhões. Ou seja, essa

redução dos encargos a nível nacional teve

também uma redução aos consumidores”, diz.

No Alto Tietê, o valor médio da redução

anunciado pela distribuidora de energia é

5,33%. Para os consumidores residenciais,

que usam as chamadas unidades de baixa

tensão, o desconto na conta pode chegar a

6,45%.

“Um consumidor tem uma conta de R$ 100. A

partir do dia 23 de outubro, ele passará a

pagar R$ 94”, diz.

Mas mesmo com a redução, é importante

continuar a economia de energia, sobretudo

na economia de água.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/10/22/conta-de-energia-

eletrica-ficara-em-media-5percent-mais-

barata-a-partir-desta-quarta-feira-no-alto-

tiete.ghtml

https://www.istoedinheiro.com.br/aneel-

aprova-reducao-nas-tarifas-de-energia-

eletrica-da-edp-sao-paulo/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Sorocaba

Data: 23/10/2019

Estado regulamenta proibição de

canudos plásticos

http://cloud.boxnet.com.br/y4hhxjvt

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Cacique Santos

Data: 22/10/2019

Tony Elias entrevista o vereador de São Vicente Jatobá

http://cloud.boxnet.com.br/y32b6e2f

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band Vale

Data: 22/10/2019

Relatório da CETESB mostra índice satisfatório no Rio Paraíba

http://cloud.boxnet.com.br/y5j6whx6

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV TEM

Data: 22/10/2019

Justiça suspende aterramento de lagoa em Várzea Paulista

http://cloud.boxnet.com.br/y3qzcrvw

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Imperador

Data: 23/10/2019

Cetesb nega qualquer emissão de fluidos ou poluentes que possam ter

causado a morte de peixes no Rio Sapucaí

http://cloud.boxnet.com.br/y4ec5wpp

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Comarca Avaré

Data: 23/10/2019

Vereadores cobram secretário sobre incêndios no Horto

http://cloud.boxnet.com.br/yycdlcag

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Avaré

Data: 22/10/2019

Informações da sessão da câmara de Avaré

http://cloud.boxnet.com.br/y496rkwj

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Morada do Sol

Data: 22/10/2019

Estiagem prolongada ameaça corte de água em cidades da região

http://cloud.boxnet.com.br/yyvcsqsn

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band Vale

Data: 22/10/2019

Marquinhos Guti presidente da câmara de Ilha

http://cloud.boxnet.com.br/y2wm9uqs

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Veículo2: G1

Data: 22/10/2019

Diretora Executiva da Agem cobra maior participação do setor

Raquel Chini pede que representantes da

construção civil contribuam para as questões

de mobilidade urbana

"A classe da construção civil tem que se

manifestar. Vocês precisam sentar com o

Poder Público e impor seu conhecimento.

Porque vocês vivem o dia a dia". A frase é da

diretora-executiva da Agência Metropolitana

da Baixada Santista (Agem), Raquel Chini. Ela

cobra do setor uma maior participação nas

discussões sobre mobilidade urbana.

Raquel foi uma das palestrantes do painel "O

quanto a mobilidade pode auxiliar a

construção civil e o desenvolvimento regional",

apresentado nesta terça-feira (22), no

Seminário da Indústria da Construção Civil -

Santos e Região, realizado no auditório do

Grupo Tribuna, em Santos.

A diretora da Agem foi questionada sobre

como o setor privado pode confiar nos

projetos do Poder Público, uma vez que o

governo muda de quatro em quatro anos.

Raquel Chini avaliou que o descompasso entre

as eleições municipal e estadual, realizadas

num espaço de dois anos, é prejudicial para a

segurança da execução dos planos de

mobilidade.

"Quando estamos no primeiro ano do

municipal, o estadual está no terceiro, no pico

das ações. Quando ele (governo municipal) vai

engatar a segunda, é o último ano do governo

estadual, que já está passando a régua para

deixar tudo em ordem", comentou.

Ela defendeu o Plano Metropolitano de

Mobilidade Urbana. "Nós estamos sempre

aperfeiçoando o nosso plano, com o

conhecimento das demandas de cada

município", destacou.

Segundo ela, os municípios têm conversado

melhor com os órgãos estaduais, evitando a

sobreposição de obras como asfaltamento de

vias e trabalhos da Sabesp.

Já Ricardo Correa, CEO na TC Urbes

Arquitetura e Urbanismo, falou sobre o

planejamento urbano para empreendimentos.

Ele citou diversos projetos em que sua

empresa já atuou.

Ricardo Correa avaliou que o Brasil é um país

com um olhar urbano recente (Foto: Vanessa

Rodrigues/AT)

Segundo ele, o trabalho visa quatro

premissas: mais pessoas, menos carros, locais

vibrantes e ambiente mais saudável.

"Você deve fazer da cidade um lugar, um

ambiente de desejo. As pessoas devem

desejar estar naquele lugar e percorrê-lo, seja

a pé, seja de bicicleta. Um lugar agradável",

comentou.

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Grupo de Comunicação

Correa avaliou que o Brasil é um país com um

olhar urbano recente. "Estamos na primeira

leva dos planos de mobilidade. Nada mais que

a pressão da iniciativa privada para que (os

planos) aconteçam. Se não, fica tudo a cargo

do grande pai Estado para que isso aconteça,

e não vai ocorrer", avaliou.

https://www.atribuna.com.br/trieventos/const

rucaocivil/diretora-executiva-da-agem-cobra-

maior-participa%C3%A7%C3%A3o-do-setor-

1.72574

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/10/22/diretora-executiva-

da-agem-cobra-maior-participacao-do-

setor.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Vale

Veículo2: Gazeta de Taubaté

Data: 23/10/2019

Bairros de Taubaté ficam sem água

http://cloud.boxnet.com.br/y5jr7svw

http://cloud.boxnet.com.br/y44kjbcf

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Grupo de Comunicação

Veículo: R7

Data: 23/10/2019

Esgoto invade casas em comunidade de São Paulo

O problema afeta dezenas de famílias e pode

ter contribuído com pelo menos uma morte

Um provável problema de encanamento

tornou insalubre a vida de moradores da

comunidade Vietnã, no Jabaquara, zona sul de

São Paulo.

Há pelo menos um ano, segundo relatos, o

nível da água com esgoto se eleva e já chega

dentro de moradias locais, em viela que se

inicia na rua General Aldevio Barbosa de

Lemos.

Segundo a moradora Solange Josefa Ventura,

de 37 anos, a Sabesp não está conseguindo

resolver a situação.

"Já vieram funcionários da Sabesp para

consertar, mas pouco tempo depois volta

tudo. Chegaram a nos dizer que não poderiam

fazer mais nada. Há um problema nos canos

que faz toda a água que utilizamos, da

descarga, da pia, ir parar na frente das casas.

Está insuportável."

Solange afirma que o problema afeta dezenas

de famílias. E pode ter contribuído com pelo

menos uma morte.

"Uma moça perdeu recentemente a filha, de

10 anos. Foi muito triste. A menina tinha

algum tipo alergia. Certamente esse cheiro e

esse ar fétido não contribuíram em nada para

a situação", diz.

E não há nada que os faça se acostumar a tais

condições de vida.

"Não conseguimos dormir e nem comer por

causa do cheiro. E não sabemos para onde vai

toda a água. E se for para debaixo das casas?

Corremos risco até de desabamento, dá medo.

E pagamos a conta de água normalmente",

reclama.

Solange teve até de parar de trabalhar por

causa da situação.

"Trabalho com bolos, faço encomendas. Mas

tive de interromper. Como vou fazer comida

com essa água? Nem dá para trazer ninguém

aqui", afirma.

A possibilidade de as chuvas de verão

piorarem o cenário aumenta ainda mais a

apreensão das pessoas.

"Quando chove, a água chega dentro das

casas, afetando a saúde dos moradores", diz

Solange.

Segundo lideranças locais, as moradias estão

incluídas no projeto de reurbanização da

região, em função da construção da avenida

Água Espraiada, inaugurada em 1995.

Idosos e crianças praticamente pisam em

excrementos que têm se acumulado e têm

feito a rua ficar em condições degradantes.

"No corredor que leva às casas só tem idoso,

criança, o cheiro está muito forte, o odor é

insuportável. É muito dificil, senhoras de idade

estão andando em cima de madeiras

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Grupo de Comunicação

improvisadas, é complicado, a situação está

caótica", afirma Jhones Rodrigues, líder

comunitário.

No Brasil, apenas 46% da população tem o

esgoto tratado e coletado, segundo dados do

SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento) de 2017.

Outro lado

Em nota, a Sabesp informou que enviou uma

equipe à rua General Aldévio Barbosa de

Lemos, mas não localizou o imóvel no número

12. A companhia ressaltou que, nesta rua, a

rede coletora de esgoto está "operando

normalmente". A Sabesp também informou

que os imóveis instalados às margens do

corrégo Água Espraiada são irregulares,

tornando "o atendimento para coleta de

esgoto tecnicamente inviável".

Veja a nota da Sabesp na íntegra:

A Sabesp informa que enviou uma equipe à

Rua General Aldévio Barbosa de Lemos, mas

não localizou o imóvel no número 12. Nesta

rua, a rede coletora de esgotos está operando

normalmente. A reclamação deve ser

referente à Comunidade Vietnã, instalada às

margens do Córrego Água Espraiada, e que

fica próxima ao endereço citado. A Companhia

ressalta que os imóveis instalados às margens

do córrego são irregulares, e com isso o

atendimento para coleta de esgoto é

tecnicamente inviável. No entanto, a sub-bacia

de esgotamento do Córrego Água Espraiada

está contemplada no programa Novo

Pinheiros, em fase de contratação de projetos

e obras que têm, dentre outros, o objetivo de

promover a conexão de imóveis regulares ao

sistema de esgotamento sanitário e, por

consequência, o encaminhamento do esgoto

gerado à estação de tratamento em Barueri.

http://cloud.boxnet.com.br/yxpa7kl2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Cacique

Data: 23/10/2019

Comentário de ouvinte sobre abastecimento de água

http://cloud.boxnet.com.br/y66yduef

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV TEM

Data: 22/10/2019

Situação da barragem em Iaras

http://cloud.boxnet.com.br/y54yf3fa

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Veículo: Correio Popular

Data: 23/10/2019

Prefeito de Pedreira sofre nova derrota

Juiz indefere pedido para paralisação da

construção e, por consequência, julga extinto

o processo

Maria Teresa Costa

DA AGÊNCIA ANHANGUERA

[email protected]

O prefeito de Pedreira, Hamilton Bernardes

(PSB), sofreu nova derrota na Justiça, na

tentativa de paralisar a construção de uma

barragem no Rio Jaguari, que integra projeto

do governo do Estado para garantir reserva de

água bruta para a região de Campinas. O juiz

da 2Vara de Pedreira, Rafael Imbunito Flores,

indeferiu o pedido do prefeito para a

paralisação da construção e, em

consequência, julgou extinto o processo e o

condenou ao pagamento dos honorários

advocatícios, de R$ 2 mil, do Departamento

de Águas e Energia Elétrica (Daee),

responsável pela obra.

Cidade ainda terá de pagar R$ 2 mil dos

honorários advocatícios

Cabe recurso à decisão. Procurado, o prefeito

não se manifestou. O Daee comentou que a

decisão judicial “vai ao encontro das diretrizes

do Governo Estadual com relação à segurança

hídrica na região’’. A construção da barragem

de Pedreira vai beneficiar 5,5 milhões de

pessoas e garantir o abastecimento em 20

cidades da Região Metropolitana de Campinas,

informou.

Em maio, o juiz havia negado liminar ao

pedido do prefeito, para a interrupção das

obras e em junho, rejeitou os embargos de

declaração interpostos pela Prefeitura da

cidade, que visavam reverter a paralisação da

construção da barragem no Rio Jaguari.

O prefeito chegou a embargar a obra em

fevereiro, mas elas não foram paralisadas.

Bernardes se apoiou no argumento de que o

Departamento de Água e Energia Elétrica

(Daee), responsável pela obra, não tem

licença municipal para a construção,

Fotos: Leandro Ferre ira/AAN

A barragem que está sendo construída em

Pedreira beneficiará cerca de 5,5 milhões de

pessoas e garantirá o abastecimento em 20

cidades da RMC

não apresentou o plano de segurança e de

emergência, e os projetos detalhados, os

planos de execução e as exigências técnicas

não foram analisados pelo Município.

Bernardes também afirmou que não houve

estudo prévio dos impactos sociais e na

infraestrutura urbana.

Na decisão, o juiz afirma que não foi

“comprovado o desrespeito à legislação local,

dada a prévia ciência da Prefeitura, que se

manteve inerte e delegou as providências

necessárias ao órgão ambiental, revela

temerária e sem sustentação legal a pretensão

formulada nestes autos”.

Ele também afirma que a Prefeitura se

absteve de analisar questões referentes à

licença ambiental, ao admitir ausência de

capacidade técnica para isso. Parecer do

Ministério Público no processo avaliou que

Pedreira sediou

audiência pública sob re O Em maio deste ano,

outra liminar do prefeito para a interrupção

das obras já havia sido negada pela Justiça

SAIBA MAIS

A barragem ocupará uma área de 2,1

quilômetros quadrados, terá capacidade para

acumular um total de 31,9 milhões de metros

cúbicos de água e vai permitir uma vazão

regularizada de 8,5 mil litros de água por

segundo.

O investimento será de R$ 256 milhões, sendo

R$ 231 milhões na construção da barragem e

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Grupo de Comunicação

R$ 25 milhões na desapropriação da área do

lago. empreendimento, emitiu certidão sobre o

uso e ocupação do solo, e todas as licenças

necessárias foram obtidas pelo empreendedor.

“Embora se possam fazer críticas à alternativa

locacional escolhida pelo Governo do Estado,

situação essa que ascendeu mais fortemente a

discussão após a tragédia ocorrida no

município mineiro de Brumadinho, não pode o

município vir a juízo e praticamente se dizer

“surpreso” com a envergadura da obra e a não

emissão de alvará”, disse o promotor Rodrigo

Sanches Garcia, do Grupo de Atuação Especial

do Meio Ambiente (Gaema) de Campinas

Na manifestação, o promotor observou, com

base nos documentos apresentados pelas

partes, que Pedreira recebeu cópia impressa

do relatório de caracterização do

empreendimento, objeto do requerimento de

licença prévia para realização de obras de

regularização de vazões pela implantação do

Empreendimento de Barragem Pedreira no Rio

Jaguari e que, não dispondo o município de lei

de uso e ocupação do solo, o processo de

licenciamento deveria ser feito pela Secretaria

de Estado de Meio Ambiente. Dada a ausência

de corpo técnico especializado no município,

acabou por declarar que não possuía

competência técnica para analisar a sua

emissão.

http://cloud.boxnet.com.br/yyv7vmg9

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Gazeta

Data: 22/10/2019

Entrevista com Geninho Zuliani, deputado federal, sobre o novo marco

do Saneamento básico

http://cloud.boxnet.com.br/y6l37dfk

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Tribuna

Data: 22/10/2019

Rodovia Rio-Santos vai ficar interditada para obra da Sabesp

http://cloud.boxnet.com.br/y57bp2r8

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Diário de Mogi

Data: 23/10/2019

Audiências públicas

“Os reclamos são infinitos, enquanto os

recursos são sempre finitos”

As audiências públicas para análise de

projetos de interesse coletivo foram instituídas

pela Constituição Federal de 1988 (inciso II, §

2º do Artigo 58), com o objetivo de promover

o diálogo entre organismos estatais e a

sociedade. Assim foi na segunda-feira, quando

a Artesp – Agência de Transporte do Estado de

São Paulo apresentou a proposta de

concessões viárias na região. Em particular, as

rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga.

Segundo o anunciado pelo diretor-geral do

organismo, Giovanni Pengue Filho, um trecho

de 7,8 quilômetros da Mogi-Bertioga será

duplicado, haverá bolsões no trajeto que

percorre a Serra do Mar, bem como a

duplicação da Estrada do Pavan. Para a Mogi-

Dutra, pouco além da adequação do acesso à

Via Dutra, já em Arujá. Em adição, prevê-se a

instalação de uma praça de pedágio na altura

da Casa do Queijo.

Como era de se esperar, os presentes à

audiência pública firmaram posição contrária a

dois pontos: querem a duplicação total de

Mogi-Bertioga e rejeitaram a cobrança de

pedágio.

Calma lá: a audiência foi convocada,

primordialmente, para apresentar o projeto de

concessão. E um projeto de concessão,

qualquer seja ele, prevê contrapartida

financeira. É assim em todas as bem-

sucedidas concessões rodoviárias do Estado de

São Paulo, do que são exemplos, mas não só:

Imigrantes, Bandeirantes, Anhanguera, Ayrton

Senna. E, na esfera federal por aqui, a

Rodovia Presidente Dutra. Só quem passava

pela Dutra antes da privatização sabe a

diferença entre o hoje e o ontem.

Não estamos cá a defender pedágio algum,

mas apenas a abordar o foco principal. Pelo

que testemunhamos na audiência de segunda-

feira, todas as manifestações seguiram na

toada de defender a duplicação total da Mogi-

Bertioga e a combater o pedágio na Mogi-

Dutra. Equação simples: sem pedágio, não há

concessão e, sem concessão, não há

duplicação alguma, nem mesmo dos 7,8

quilômetros anunciados.

Há uma máxima em administração pública,

até agora não contestada: os reclamos são

infinitos, enquanto os recursos são sempre

finitos.

https://www.odiariodemogi.net.br/audiencias-

publicas/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 23/10/2019

Pesquisadores da USP desenvolvem novo plástico biodegradável

Parceria envolve cientistas da Escola Superior

de Agricultura Luiz de Queiroz e da Escola

Politécnica da universidade

O Grupo de Estudos em Engenharia de

Processos (Ge²P), da Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e o

Laboratório de Engenharia de Alimentos (LEA),

da Escola Politécnica da Universidade de São

Paulo (USP), estabeleceram uma parceria que

resultou na produção de um novo plástico

biodegradável.

Segundo os pesquisadores, o material, que

tem origem no amido de mandioca, apresenta

propriedades melhores que o tradicional, que

possibilitarão outras aplicações e melhores

resultados. “A busca por alternativas

renováveis para a produção de plásticos

biodegradáveis é crescente, sendo foco do

estudo de diversos grupos de universidades no

mundo inteiro”, salienta o coordenador do

Ge²P, professor Pedro Esteves Duarte

Augusto.

“Uma das possíveis matérias primas para a

produção desses plásticos é o amido,

ingrediente natural obtido de vegetais como

milho, mandioca, batata e arroz, entre

outros”, completa o docente.

Parceria

De acordo com o professor, a união de

esforços entre os laboratórios ocorreu porque

a produção de plásticos a partir de amidos tem

sido explorada há 15 anos pelo grupo da

professora Carmen Cecilia Tadini, da Poli e do

Food Research Center (FoRC), um dos centros

de pesquisa apoiados pela Fundação de

Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo

(Fapesp).

O docente destacou que, embora o grupo já

tenha desenvolvido trabalhos com as

tecnologias de ultrassom e irradiação, os

estudos com modificação de amidos com

ozônio têm resultado em diversas aplicações,

como a melhoria da expansão no forno e

impressão 3D.

Com isso, o desenvolvimento do projeto em

parceria com a Poli conseguiu unir uma

demanda às experiências dos grupos

envolvidos. A pesquisadora boliviana e

engenheira química e de alimentos Carla

Ivonne La Fuente Arias é o elo dessa união. A

profissional desenvolve o pós-goutorado no

Ge²P, em parceria com o LEA e com bolsa da

Fapesp. “O professor Pedro fez parte da minha

banca de qualificação no doutorado e, a partir

de então, teve início essa aproximação que

hoje se consolida no pós-doc”, enfatiza.

Carla Ivonne La Fuente Arias conta que o

aspecto inovador do projeto consiste na

modificação do amido de mandioca a partir da

ozonização para a produção de filmes. “Trata-

se de uma tecnologia verde, amigável com o

ambiente. O foco é modificá-lo com o ozônio

de maneira a melhorar suas propriedades na

forma nativa. Produzimos assim esse plástico

biodegradável e, mesmo ainda na etapa

inicial, já obtivemos produto de boa qualidade.

A próxima etapa, a ser executada na Poli, é a

produção em escala semi-industrial”, diz a

pesquisadora.

Etapas

Para a concretização do projeto, são realizadas

na Esalq as etapas de ozonização, secagem e

caracterização das amostras de amido. Na

sequência, a cientista leva o material até a

Escola Politécnica para preparar e caracterizar

o plástico biodegradável.

Entre os benefícios do novo produto estão

maior resistência, transparência e

permeabilidade. “O processamento dos amidos

com ozônio permitiu a obtenção de filmes

plásticos mais resistentes e homogêneos, com

diferente interação com a água e, em alguns

casos, melhor transparência”, explica a

engenheira química e de alimentos.

“Essas são características de grande interesse

industrial, demonstrando como a tecnologia de

ozônio pode ser útil para a fabricação de

plásticos biodegradáveis com propriedades

melhores do que utilizando apenas o amido

nativo”, detalha.

Aplicações

Carla Ivonne La Fuente Arias lembra que o

produto deverá ser utilizado no mercado de

várias formas. “As aplicações são inúmeras, já

que embalagens mais resistentes e

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Grupo de Comunicação

transparentes são desejáveis em grande parte

das aplicações”, afirma.

Um pedido de patente já foi depositado, com

vistas à transferência de tecnologia para a

indústria. Os resultados obtidos a partir desse

estudo foram apresentados no artigo científico

Ozonation of cassava starch to produce

biodegradable films, publicado na revista

International Journal of Biological

Macromolecules.

O trabalho teve, ainda, a participação das

pesquisadoras Andressa de Souza, Bianca

Maniglia e Nanci Castanha, com financiamento

pela Fapesp e Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq), além de bolsas da Fapesp, CNPq e

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior (CAPES).

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/pesquisadores-da-usp-desenvolvem-

novo-plastico-biodegradavel/

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Veículo: G1 RN

Data: 22/10/2019

Pesquisadores da UFRN encontram óleo a

3 metros de profundidade nos Parrachos

de Pirangi

Fato preocupa, já que maior parte das

manchas tem aparecido na superfície. Cadeia

ecológica marinha pode ser prejudicada e há

receio da proporção do dano.

Por G1 RN

Manchas de óleo foram encontradas em até 3

metros de profundidade nos Parrachos de

Pirangi — Foto: Anastácia Vaz/Agecom

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN) encontraram

manchas de óleo em sedimentos marinhos e

corais a até 3 metros de profundidade nos

Parrachos de Pirangi, no litoral Sul potiguar. O

material foi recolhido na quarta-feira passada

(16), durante um trabalho de campo realizado

pelo grupo do Laboratório de Geologia e

Geofísica Marítima e Monitoramento Ambiental

da UFRN.

Ao todo, 30 amostras de sedimentos do fundo

do mar foram coletadas. Elas vão ser

analisadas e servirão para diagnosticar os

impactos causados nas condições ambientais

que suportam a vida marinha. A pesquisa foi

no ambiente recifal e adjacências, se

estendendo 5 quilômetros costa afora entre o

estuário do Rio Pium e o mar.

A profundidade na qual foi encontrada o óleo

preocupa os pesquisadores. “Esse é um alerta

importante, pois aparentemente o óleo não

está mais apenas na superfície. É necessário

um estudo mais detalhado para verificar se o

produto está em profundidades e dimensões

maiores”, disse a coordenadora do laboratório,

Helenice Vital. Ela reforça ainda que os órgãos

ambientais devem se preocupar também com

a região marinha e não apenas com a costa do

Nordeste.

As amostras apontaram manchas de óleo na

areia, na lama e em fragmentos de

organismos vivos da superfície do fundo do

mar. O óleo foi encontrado na camada

superficial e também interna, o que pode

impedir trocas gasosas e provocar alterações

no pH essencial para a vida dos habitantes da

superfície (chamada de epifauna) e do interior

do sedimento (infauna).

Entre os habitantes estão os foraminíferos,

microrganismos que são usados para

prospecção de petróleo e como parâmetro de

avaliação dos impactos ambientais. A

mortalidade desses microrganismos provoca

um desequilíbrio geral na vida marinha,

segundo a professora Patrícia Eichler,

pesquisadora visitante do Programa de Pós-

Graduação em Geodinâmica e Geofísica

(PPGG/UFRN), que faz parte do Programa de

Pós-Graduação em Ciências Ambientais da

Universidade do Sul de Santa Catarina

(Unisul). Ela participou in loco da coleta das

amostras nos Parrachos.

“O fim da infauna acarreta a perda completa

daquele ecossistema como um todo. Lá estão

os consumidores primários da cadeia

alimentar e sem eles não temos os

consumidores secundários, e por aí vai.

Quando há um problema na base, teremos em

toda a cadeia ecológica, que vai chegar ao

homem”, disse Eichler.

Os foraminíferos estão presentes nos corais,

onde o óleo absorvido compromete as trocas

gasosas, a alimentação e, consequentemente,

provoca a morte desse organismo, que abriga

uma diversidade de espécies marinhas.

Os pesquisadores dizem que ainda não é

possível afirmar se o óleo encontrado nos

corais é o mesmo que tem sido encontrado na

costa do Nordeste desde o fim de agosto. A

procedência do material ainda deve ser

verificada por análises químicas. Segundo

eles, no entanto, é possível garantir que a

presença do material é recente, já que não

havia sido encontrado em amostras coletadas

há menos de um ano no local.

Segundo o coordenador do projeto Ciências do

Mar II, professor Moab Praxedes, responsável

pelo trabalho de campo, com a análise dessas

coletas será possível saber o impacto do óleo

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Grupo de Comunicação

no local. "Há urgência para identificar a

magnitude do impacto e, dessa forma, ser

elaborado um planejamento de medidas

mitigadoras tanto para remoção quanto para o

monitoramento e recuperação do ambiente”,

disse.

Manchas

As manchas de petróleo em praias do

Nordeste já atingiram 178 localidades em 71

municípios de 9 estados desde o final de

agosto. Os estados em que elas apareceram

são Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e

Sergipe.

A substância é a mesma em todos os locais:

petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida

de animais marinhos e causado impactos nas

cidades litorâneas. A origem da substância

poluente está sob investigação.

Inicialmente o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama) divulgou que as primeiras manchas

apareceram em 2 de setembro nas cidades de

Ipojuca e Olinda, em Pernambuco. No entanto,

em atualizações mais recentes, o instituto

concluiu que as os primeiros registros

surgiram ainda em 30 de agosto na Paraíba,

nas praias de Tambaba e Gramame, no

município de Conde, e na Praia Bela, em

Pitimbu.

As investigações sobre a origem do material

são conduzidas pela Marinha em coordenação

com o Ibama, o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a

Polícia Federal, a Agência Nacional de Petróleo

(ANP) e a Força Aérea Brasileira. Participam

ainda os governos de alguns estados e

municípios afetados.

Na quarta-feira (16), um navio da Marinha do

Brasil encontrou um tambor de óleo fechado

na costa potiguar. O material foi levado para

análise laboratorial e, segundo a Marinha, não

há ainda como precisar se o que tem dentro

do barril é a mesma substância que está

aparecendo nas praias.

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-

norte/noticia/2019/10/22/pesquisadores-da-

ufrn-encontram-oleo-a-3-metros-de-

profundidade-nos-parrachos-de-pirangi.ghtml

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Veículo: G1 PE

Data: 22/10/2019

Óleo terá impacto por décadas no

ecossistema e afetará animais e seres

humanos, dizem biólogos

Segundo especialistas, por causa do desastre

ambiental no litoral nordestino, existe o perigo

de contaminação de toda a cadeia alimentar.

Por G1 PE

O impacto causado pelas manchas de óleo no

litoral nordestino vai durar décadas nos

ecossistemas atingidos pelo desastre

ambiental, de acordo com biólogos. Os

especialistas apontam que haverá prejuízo

para espécies marinhas, para toda a cadeia

alimentar e para os seres humanos.

Nesta terça-feira (22), o professor Clemente

Coelho Junior, do Instituto de Ciências

Biológicas da Universidade de Pernambuco

(UPE), explicou que os impactos causados ao

meio ambiente podem ser divididos em dois

grupos.

Segundo ele, há o impacto agudo, como o

recobrimento de praias, arrecifes, mangues,

áreas consolidadas, além de solos rochosos,

que são "extremamente difíceis de serem

limpos". Assim, afirma o doutor, são criadas

zonas mortas "que nunca serão recuperadas".

Ainda de acordo com o especialista, os

animais mais vulneráveis a serem afetados

pelas manchas de óleo no litoral são as

tartarugas e as aves.

Clemente Coelho Júnior explica que as

tartarugas são afetadas por causa do

comportamento de subir à superfície para

respirar. As aves, afirma, sofrem o impacto

em virtude elo período de migração.

"O impacto é infinitamente maior. E aí coloca

na conta os micro-organismos que não vemos,

pequenos animais como caranguejos, peixes

que começam a aparecer mortos e fica difícil

ver se foi por causa do óleo ou não. É

imensurável”, disse.

Para a bióloga Clélia Rocha, do Departamento

de Zoologia da Universidade Federal Rural de

Pernambuco (UFRPE), as grandes manchas de

óleo têm um impacto muito grande por causa

do soterramento das espécies vivas, sejam

elas vegetais, animais, vertebrados ou

invertebrados.

Ela afirma também que as pequenas manchas

provocam igual preocupação. A especialista

aponta para o risco da fragmentação do

produto, a partir do manuseio.

"Quando chegarem a pequenas porções, elas

podem ser absorvidas por organismos

marinhos, sejam peixes, aves ou pequenos

crustáceos, vão intoxicar esses organismos

que, por sua vez, dentro da cadeia alimentar

podem ser ingeridos por outros organismos

que vão se intoxicar também", declara.

Clélia Rocha ressalta que, por causa da

consistência, que é viscosa, o óleo vai aderir

aos tecidos desses organismos e intoxicá-los

também.

“Isso pode causar uma grande mortandade

nessas comunidades, que vai ter um impacto

econômico trágico na população de

marisqueiros do nosso litoral. Também pode

provocar intoxicação na população humana

que ingerir os organismos”, acrescenta.

A especialista diz, ainda, que é preciso levar

em consideração a situação os pequenos

animais, algas e pequenos corais, que são

impregnados por óleo.

“As pessoas, leigalmente, lavam eles e

devolvem ao ambiente. Esses organismos

devem ser retirados do ambiente, porque se

tornam contaminantes ambientais. Eles devem

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Grupo de Comunicação

ser entregues aos órgãos de defesa

ambiental”, declara.

Acionamento tardio do plano

Segundo Clemente Coelho Júnior, os efeitos

seriam menos catastróficos se o Plano

Nacional de Contingência tivesse sido acionado

logo após o início do surgimento das primeiras

ocorrências na costa da região.

Apesar de ter sido criado em 2013 e de as

primeiras manchas terem surgido no final de

agosto, o plano que contém medidas que

deveriam ser tomadas foi acionado na

primeira quinzena de outubro.

“Sem dúvida nenhuma, se fosse agilizado, não

teria esse forte impacto, como aconteceu no

litoral. Podia sim ser contido esse impacto

mais próximo as costas se tivesse uma

logística mais eficiente ou maior em relação a

isso, mas o que vivenciamos foi uma corrida

atrás do óleo”, afirmou Clemente Coelho

Júnior.

De acordo com o especialista, o documento

continha um conselho responsável por

operacionalizar o plano. “O conselho foi

derrubado por um decreto de abril deste ano.

Então o plano está no papel, quem devia

operacionalizar não existe mais e seria esse

conselho quem iria passar as diretrizes

buscando expertise para ter mais eficiência”,

declarou.

Clemente criticou o trabalho para minimizar o

impacto ambiental das manchas de óleo. “São

52 dias de um evento que poderia ser menos

catastrófico. Acredito que teríamos tempo

suficiente para minimizar o impacto do

começo de outubro para cá, quando as

manchas ficaram maiores, emulsificadas,

cobrindo áreas maiores”, disse.

Ministro do Meio Ambiente visita Itapuama e

fala sobre trabalho do governo contra óleo

Ministros

Três ministros cumpriram agendas no Recife,

nesta terça-feira (22), para acompanhar as

ações de combate ao desastre ambiental

provocado pelas manchas de óleo no litoral.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

afirmou, em entrevista coletiva, que descobrir

a origem do petróleo que vem atingido praias

do litoral do Nordeste há quase dois meses

não é a prioridade agora.

Segundo ele, esse é o momento de trabalhar,

recolher o óleo e dar o destino necessário e,

depois, aprofundar as causas desse acidente

(veja vídeo acima).

O ministro da Defesa, general Fernando

Azevedo e Silva, afirmou ao que “não julgava

ser necessário empregar o Exército” na

limpeza do óleo das praias antes desta terça

(22), quando as equipes iniciaram o trabalho

de limpeza.

Além deles, o ministro do Desenvolvimento

Regional, Gustavo Canuto, chegou ao Recife.

Na tarde desta segunda-feira, ele teve

encontros com autoridades estaduais e com o

governador Paulo Câmara (PSB).

Em entrevista coletiva, disse que se os

estados precisarem de recursos devem fazer o

decreto de situação de emergência. Na

segunda (21), o ministro da Justiça, Sérgio

Moro, disse, após um evento em Pernambuco,

que o governo federal "tem feito a sua parte".

Prevenção

Nesta terça, o governo pernambucano

informou que colocou boias de contenção na

entrada do Porto do Recife, no Centro da

cidade, para impedir a passagem do óleo.

Segundo a Secretaria de Imprensa, barcos

contratados pelo governo estão colocando

essas barreiras. Até agora, informou o estado,

foram instalados quase dois mil metros de

equipamentos desse tipo em seis áreas, com o

objetivo de proteger os rios (veja vídeo

abaixo).

Óleo em Pernambuco

Entre a quinta (17) e a segunda (21),

Pernambuco recolheu 257 toneladas de óleo

das praias do estado. O material foi

encaminhado ao Centro de Tratamento de

Resíduos de Igarassu, para ser usado como

combustível pela indústria cimenteira.

Na quinta (17), a substância chegou a São

José da Coroa Grande. Na sexta-feira (18), o

óleo chegou até praias de Tamandaré, como a

Praia dos Carneiros, de Sirinhaém e Barreiros.

No sábado, praias de Ipojuca, vizinhas a Porto

de Galinhas, foram atingidas.

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Grupo de Comunicação

No domingo (20), o óleo chegou às praias de

Suape, Calhetas, Itapuama, Xaréu e à Ilha de

Tatuoca, no Cabo de Santo Agostinho.

Voluntários e equipes se uniram para retirar o

material da água, da areia e do mangue.

Na segunda (21), também no Cabo,

voluntários escreveram pedidos de socorro na

areia. Na mensagem, o grupo também

solicitou trator e luvas para auxiliar na retirada

do material das praias do município.

Durante todo esse período, voluntários

participam de operações para ajudar a limpeza

das praias atingidas. As equipes precisam de

apoio, equipamentos de segurança individual,

água e alimentos.

Nordeste

Pelo menos 900 toneladas de resíduos tinham

sido recolhidas das praias afetadas pelas

manchas de óleo no Nordeste, segundo

balanço divulgado pela Marinha na segunda-

feira (21). As manchas de petróleo surgiram

em 30 de agosto e já afetaram mais de 200

locais em nove estados, segundo o relatório

do Ibama.

Também na segunda, o vice-presidente

Hamilton Mourão (PRTB) informou que o

Exército decidiu disponibilizar a 10º Brigada de

Infantaria Motorizada, sediada no Recife,

como “reforço” para as ações de vigilância e

limpeza das praias com manchas de óleo. Os

militares começaram a atuar nessa terça-feira

(22).

A medida foi tomada após a Justiça Federal

determinar o cumprimento de ações para

retirada do óleo das praias de Pernambuco à

União e ao Ibama.

A liminar foi concedida no domingo (20), após

cobranças do governo estadual. Entre as

medidas estão a distribuição de boias de

contenção e Equipamentos de Proteção

Individual, inclusive para voluntários.

https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/

2019/10/22/oleo-tera-impacto-por-decadas-

no-ecossistema-e-afetara-animais-e-seres-

humanos-dizem-biologos.ghtml

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Data: 23/10/2019

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FOLHA DE S. PAULO Deputado do PSL insufla praças contra

projeto do governo que reforma aposentadoria de militares

Risco de contágio

No que pode ser um prenúncio dos embates no

plenário, a briga do PSL não só paralisou os

trabalhos da principal comissão da Câmara, a

CCJ, como também tumultuou o debate de

mudanças nas aposentadorias de militares, um

projeto caro a Jair Bolsonaro. Durante discussão

da proposta, o Delegado Waldir (PSL-GO), até

esta segunda (21) líder da sigla, insuflou praças

contra o texto do governo dizendo que, com o

apoio de “judas, verdadeiros traidores”, ele é

usado para privilegiar os oficiais.

Confronto

Na comissão que debate a previdência dos

militares, Waldir disse a uma plateia de praças

que a norma defendida pelo Planalto divide as

Forças Armadas. Ele ainda atacou o líder do

governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e o

próprio presidente. Disse que Bolsonaro “está

sendo covarde com a principal base dele”.

Cada um por si

Na Câmara, o mantra é empurrar a pauta

econômica “apesar do PSL”. Mas, em vez da

reforma administrativa, como prega o presidente

da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a centro-direita

quer priorizar o texto da tributária. O relator,

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tem dito que é

possível votá-lo na comissão especial ainda este

ano.

Perdigueiros

Aliados de Bolsonaro escalaram uma equipe para

vasculhar as contas do PSL. O que for encontrado

será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral e ao

Ministério Público Federal.

Que não amava ninguém

O presidente tem tido dificuldade para encontrar

um partido que o agrade. O Patriota, por

exemplo, não é mais opção.

Vinde a mim

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou pedido

para convocar Carlos Bolsonaro, o ex-ministro

Gustavo Bebianno e a deputada Joice

Hasselmann (PSL-SP) à CPMI das fake news. Os

requerimentos serão votados nesta quarta (23).

Nasci pronta

O parlamentar decidiu ouvir Joice depois de ela

ter dito que os filhos de Bolsonaro têm uma rede

especializada em campanhas de difamação e fake

news. A deputada, líder do governo no Congresso

até a semana passada, já afirmou que, se for

chamada, vai à CPMI.

Você amanhã

A decisão judicial que travou a disputa pelo

controle do PSL foi criticada por líderes de outros

partidos. “É uma interferência desnecessária”, diz

Augusto Coutinho (PE), do Solidariedade.

Catimba

O PT vai judicializar a votação da reforma da

Previdência no Senado. Advogados da sigla vão

questionar o rito adotado pelo presidente da

Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no STF. A

alegação é a de que alguns artigos da norma

foram aprovados no segundo turno, mas não no

primeiro.

Catimba 2

Os petistas vão provocar a Justiça a se

manifestar sobre: 1) trecho que institui a nova

fórmula de cálculo, 2) o que cria o pedágio de

100% nas regras de transição; e 3) o que trata

dos novos regimes próprios da Previdência. A

legenda provocou Alcolumbre sobre o assunto

nesta terça (22), mas ele ignorou a contenda.

Cabo de guerra A taxação de entidades

filantrópicas, em discussão na PEC que trata de

temas complementares à reforma, divide o

governo. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,

defende isenção. Já Paulo Guedes (Economia)

advoga pela contribuição.

Limites

O relator, Tasso Jereissati (PSDB-CE), pretende

limpar o terreno em projeto de lei complementar

que versará só sobre o assunto. Ele deve separar

as entidades que atendem público de alto poder

aquisitivo das assistenciais. E quer evitar que as

que não são nem sequer filantrópicas usufruam

da baixa tributação.

Carta na manga

Ministros do STF avisam que, caso um colega

decida pedir vista para interromper julgamento

sobre a prisão em segunda instância, o plenário

será instado a discutir a aprovação de uma

liminar que espelhe o entendimento da maioria

sobre o tema.

Carta na manga 2

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Data: 23/10/2019

57

Grupo de Comunicação

Há pressão nas redes para que magistrados a

favor da prisão em segunda instância travem o

debate, por isso o antídoto.

Visita à Folha

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, visitou a

Folha nesta terça (22), onde foi recebido em

almoço. Estava acompanhado do secretário de

Comunicação, Marco Antonio Sabino.

TIROTEIO

O governo está inerte. A Justiça teve que

provocar medidas. Enquanto isso, o nordestino

mostra união pelo meio ambiente

Do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que acusa

o governo Bolsonaro de inação diante da crise de

vazamento de óleo nas praias do NE

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/23/

deputado-do-psl-insufla-pracas-contra-projeto-

do-governo-que-reforma-aposentadoria-de-

militares/

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Data: 23/10/2019

58

Grupo de Comunicação

Seis anos depois, vazamento de óleo em

litoral paulista aguarda resolução

Caso em terminal da Transpetro foi multado

em R$ 10 mi pela Cetesb

Eternidade

Ainda que a origem do óleo no Nordeste seja

identificada, a compensação dos danos poderá

ser uma longa luta, a exemplo do histórico de

ataques ambientais no país. Um caso de

proporção muito inferior que ocorreu em 2013 no

litoral paulista ainda espera reparação às vítimas.

Segundo o processo judicial, 3.500 litros de óleo

vazaram em um terminal da Transpetro em São

Sebastião, atingindo barcos, fazendas de

mexilhões e pescadores, com multa de R$ 10

milhões pela Cetesb.

Calendário

A ação do vazamento de São Sebastião, que

ainda se arrasta na Justiça, teve uma audiência

no começo deste mês, mas foi convocada uma

nova sessão para o mês de abril do ano que vem.

Procurada pela coluna, a Transpetro não

comentou.

Pé na estrada

Os primeiros resultados do relatório do IPT

(Instituto de Pesquisas Tecnológicas) sobre a

situação dos lotes 4 a 6 do Rodoanel Norte

devem ser divulgados em breve, com a

expectativa de que afastarão os receios de

problemas estruturais graves.

Acostamento

Já para os lotes de 1 a 3, as conclusões apenas

devem ficar prontas no fim de novembro. As

estimativas mais atualizadas são de que a

retomada do Rodoanel pode custar R$ 1,7 bilhão.

Fila

Mais de 80% dos países terão crescimento

superior ao do Brasil neste ano, de acordo com

análise de Marcel Balassiano, pesquisador do FGV

Ibre, com base nas novas projeções do FMI. No

ano que vem, o país ficará atrás de 73%.

Poço

Os resultados pioraram em relação a abril, depois

de revisões do fundo. Para Balassiano, a

aprovação da reforma da Previdência era

necessária para o país voltar a crescer com vigor,

mas não garante retomada.

Nuvem

Uma chuva de granizo em São José dos Pinhais

(PR) atrasou a entrega de carros da Volkswagen.

A empresa perdeu venda quando circulou a

informação de que foi preciso usar martelinho de

ouro para ajustar a lataria avariada.

Para-brisa

Procurada, a Volkswagen diz que tem

compromisso com a qualidade de seus produtos

e que veículos fora do padrão da marca não são

colocados no mercado.

Fábrica

Um galpão de metalúrgica desativada há cinco

anos no bairro paulistano Vila Leopoldina vai

abrigar mil profissionais de inovação de cerca de

cem grandes empresas e startups. Chamado

State, o empreendimento foi instalado em

terreno da Votorantim e será lançado em

novembro, ocupando 7.000 m².

Sangue de beterraba

Os hambúrgueres vegetarianos da moda, que

imitam a carne animal, chegaram há quatro

meses e já somam 30% das vendas da categoria

nas lojas paulistanas do Pão de Açúcar. A rede

vende as marcas Futuro Burger e Incrível Burger.

Estudos

A compra da Adtalem pela Yduqs, nesta

segunda-feira (21), mostra que o mercado de

educação retomou de vez o processo de

consolidação que perdeu fôlego após o fracasso

da tentativa de compra da Estácio pela Kroton há

três anos.

Aula

Neste ano, a Ânima comprou a UniAges, a

Cruzeiro do Sul levou a Braz Cubas e a Arco ficou

com o sistema de ensino do Positivo. No médio

prazo, investidores sentem interesse pela

Laureate.

À venda

William Klein, da Hoper Educação, diz que seu

portfólio de instituições à venda está no maior

patamar já registrado na empresa. São escolas

de até 10 mil alunos.

Tomada

A cogeração de energia por biomassa avançou no

portfólio da Raízen. Na semana passada, a

companhia arrematou um dos lotes do leilão A-6

com o projeto de ampliação da Univalem, sua

unidade agroindustrial de Araçatuba (SP).

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Data: 23/10/2019

59

Grupo de Comunicação

Prato

O consumo de energia subiu cerca de 2% em

setembro ante o mesmo mês de 2018, de acordo

com a Comerc. O resultado foi impulsionado pelo

setor de alimentos, com 5%, maior alta desde

abril de 2018, e por veículos e autopeças (5,6%).

No ano, o cenário dos alimentos é de estagnação

(0,7%), diz a empresa.

com Filipe Mauro e Mariana Grazini

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/seis-anos-depois-vazamento-de-oleo-

em-litoral-paulista-aguarda-resolucao.shtml

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Data: 23/10/2019

60

Grupo de Comunicação

Fazendeiros e empresários organizaram 'dia do fogo', apontam investigações

Operação da PF apreendeu documentos e

computador de presidente do Sindicato Rural de

Novo Progresso

Daniel Camargos

NOVO PROGRESSO (PARÁ) | REPÓRTER BRASIL

Os principais suspeitos pelo "dia do fogo",

ocorrido nos dias 10 e 11 de agosto, são

fazendeiros, madeireiros e empresários, segundo

investigações das polícias Civil e Federal a que a

Repórter Brasil teve acesso.

Também segundo a polícia, os responsáveis

fizeram uma "vaquinha" para pagar os custos do

combustível —uma mistura de óleo diesel com

gasolina—, usado para alastrar as chamas. Além

disso, contrataram motoqueiros para entrarem

nas estradas de terra próximas à floresta

espalhando o líquido inflamável.

Após a queima coordenada de pasto e de áreas

em processo de desmate, a cidade de Novo

Progresso, no Pará, sofreu um aumento de 300%

em casos de focos de incêndio naqueles dois

dias.

Um dos primeiros suspeitos ouvidos pela Polícia

Civil é Agamenon Menezes, presidente do

Sindicato dos Produtores Rurais da cidade e alvo

de operação de busca e apreensão da Polícia

Federal nesta terça-feira (22).

A operação "Pacto de Fogo" apreendeu

documentos na sede do sindicato, além do

computador pessoal de Menezes. Os policiais

cumpriram outros três mandados de busca e

apreensão, mas não informaram quais foram os

alvos.

"Quem não deve não teme", disse Menezes por

telefone à reportagem após ter o seu computador

apreendido nesta terça. Em entrevista anterior,

realizada no início de outubro, Menezes negou

que tenha havido uma combinação entre os

produtores rurais para queimar a floresta e

atribuiu o aumento dos focos de incêndio ao

período seco.

A Polícia Civil já estava investigando o

empresário Ricardo de Nadai, proprietário da loja

Agropecuária Sertão. Ele teria sido o criador de

um grupo de WhatsApp chamado 'Sertão', com

70 integrantes, onde foram combinados os

detalhes sobre o "dia do fogo".

A reportagem foi duas vezes à loja para

entrevistar Nadai, mas um funcionário informou

que seu patrão não queria falar. Para a polícia, o

empresário negou a existência da combinação

das queimadas pelo WhatsApp.

Os detalhes sobre o ataque incendiário foram

costurados no grupo Sertão, mas as conversas

sobre a ação começaram em outro grupo, com

256 pessoas, chamado Jornal A Voz da Verdade.

Nesse, estavam presentes também autoridades

da região, como o delegado da Polícia Civil

Vicente Gomes, chefe da Superintendência da

Polícia Civil do Tapajós, sediada em Itaituba (a

400 km de Novo Progresso).

Gomes determinou que o delegado de Novo

Progresso não repassasse à Polícia Federal os

depoimentos que já haviam sido tomados pela

Polícia Civil na cidade. O fato deteriorou a relação

entre as duas instituições responsáveis pela

investigação.

O delegado Vicente Gomes disse que não

comentaria a apuração do "dia do fogo" porque a

investigação corre em sigilo por determinação

judicial nem respondeu se estava no grupo de

WhatsApp Jornal A Voz da Verdade.

O acordo entre fazendeiros e madeireiros que

resultou no "dia do fogo" foi revelado em 5 de

agosto pelo jornalista Adécio Piran, do site

paraense Folha do Progresso. Após a publicação,

Piran ficou fora da cidade por dois meses após

ter recebido ameaças de morte.

Os responsáveis pelo fogo também dificultam as

investigações, segundo um policial federal que

apura o caso e que foi ouvido pela Repórter

Brasil na condição de anonimato. O policial

afirma que os fazendeiros da região são bem

relacionados com deputados e senadores do Pará

e têm interlocução com o alto escalão do governo

federal.

Ele destacou ainda o poder do Sindicato dos

Produtores Rurais de Novo Progresso, que tem

influência na Federação da Agricultura e Pecuária

do Pará (Faepa). Essa, por sua vez, é próxima da

Frente Parlamentar Agropecuária, a chamada

bancada ruralista.

Um dos principais representantes dos ruralistas

no governo federal, o secretário especial de

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia,

esteve em Castelo dos Sonhos, distrito de

Altamira vizinho a Novo Progresso, para

participar da Festa do Boi no Rolete no início de

setembro. Nabhan Garcia atribui parte da culpa

dos incêndios na Amazônia aos povos indígenas e

disse, durante Comissão do Meio Ambiente no

Senado, que os produtores rurais não são

responsáveis pelas queimadas. Entre os

convidados do Boi do Rolete estava Agamenon

Menezes.

Além das pressões dos envolvidos, a investigação

sobre o "dia do fogo" foi prejudicada pela rixa

entre as polícias Federal e Civil. A disputa entre

as organizações começou em novembro de 2018,

quando três policiais federais foram presos por

policiais civis e militares em Novo Progresso.

Após o caso, um delegado da Polícia Civil de

Novo Progresso foi afastado do cargo.

As investigações também esbarram em desafios

logísticos, já que a delegacia da PF em Santarém

fica a 700 km de Novo Progresso. A de Altamira

fica a 970 km de Castelo dos Sonhos.

O procurador Paulo de Tarso Moreira de Oliveira,

do Ministério Público Federal em Santarém,

também participa das investigações e afirma que

o objetivo do "dia do fogo" era inviabilizar a

fiscalização ambiental diante da profusão de

focos de incêndio.

"Investigamos se as lideranças locais se

associaram para mascarar a identificação da

autoria, porque não há fiscalização capaz de

fiscalizar tantos focos ao mesmo tempo", afirma

Oliveira. "Dizer que não aconteceu o 'dia do fogo'

é ignorar claramente as informações dos

satélites."

Em toda a Amazônia, as queimadas no mês de

agosto foram as maiores desde 2010, com

aumento de 196% neste ano em comparação

com o mesmo mês de 2018 (31 mil focos contra

10 mil).

A destruição da floresta tropical despertou

interesse mundial e a reação de chefes de

Estado. Em seu discurso de abertura no 74°

Congresso da ONU, em 24 de setembro, o

presidente Jair Bolsonaro negou a existência das

queimadas.

Dois meses depois do "dia do fogo", porém,

ainda há grandes trechos de floresta queimada

nas estradas de terra que partem da BR-163. Há

também destruição dentro da Flona (Floresta

Nacional) Jamanxim e da Reserva Biológica

Nascentes Serra do Cachimbo.

O DIA DO FOGO

A queima coordenada de pasto e áreas em

processo de desmate ocorreu nos dias 10 e 11 de

agosto, no entorno da BR-163, no sudoeste do

Pará;

Principal cidade da região, Novo Progresso (1.643

km a sudoeste de Belém) sofreu um aumento de

300% em casos de focos de incêndio do dia 10

em comparação com o dia anterior, com 124

registros. No dia 11, foram 203 registros;

Em Altamira, cuja parte do território está na área

de influência da BR-163, o salto foi ainda maior:

743%, com 194 casos.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/fazendeiros-e-empresarios-organizaram-dia-

do-fogo-apontam-investigacoes.shtml

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Marinha investiga cerca de 30 navios e 'dark

ships' na busca por origem de óleo

Comandante também afirmou que não há indícios

do envolvimento do governo da Venezuela no

vazamento

Angela Boldrini

João Valadares

BRASÍLIA e RECIFE

O comandante da Marinha, almirante Ilques

Barbosa Júnior, afirmou nesta terça-feira (22)

que a investigação sobre a origem do vazamento

de óleo que atinge a costa do Nordeste está

focada em cerca de 30 navios, provenientes de

dez países, que passaram perto da costa

brasileira.

O almirante diz, porém, que não descarta a

possibilidade de um dos outros 970 navios

identificados pela Marinha ter envolvimento com

o caso.

Há, além disso, a possibilidade de ser um navio

sem identificação, os "dark ships". "Vamos

continuar até onde for necessário. Se demorar

200 anos, vamos ficar 200 anos nisso até achar",

afirmou.

Barbosa Júnior também afirmou que não há

indícios de que o vazamento de óleo que atinge

as praias do Nordeste tenha envolvimento do

governo ou de indústria venezuelana.

"O que se sabe pelos cientistas é que o petróleo

é de origem venezuelana, não quer dizer que

houve em algum momento, e não houve isso,

envolvimento de qualquer setor responsável

tanto no público quanto no privado na

Venezuela", afirmou depois de encontro com o

presidente interino Hamilton Mourão.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez

acusações nesta segunda-feira (21) no Twitter.

Ao discutir com a deputada Sâmia Bomfim

(PSOL-SP), afirmou: “Vc é que não tem

vergonha. Mas deveria ter, e muita, pois o

petróleo que está atingindo o Nordeste e o Brasil,

é venezuelano, cujo governo ditatorial comunista

vocês apoiam (sic).”

Barbosa disse que a não comunicação do

derramamento de óleo em si já é um ato

criminoso pelas normas internacionais de

navegação e que o governo considera pouco

provável que a causa esteja ligada a uma

transferência de petróleo entre navios em alto

mar, considerada muito arriscada.

"Todo incidente de navegação pelas regras

internacionais é obrigação que os comandantes

informem, o que não ocorreu", afirmou.

O ministro do Desenvolvimento Regional,

Gustavo Canuto, afirmou que o trabalho

investigativo para descobrir de onde vazou o óleo

investiga 30 navios de dez bandeiras diferentes.

Ele não mencionou os nomes dos países. O

ministro comunicou que estão em análise as

embarcações que passaram por algumas rotas

entre os dias 25 de agosto e 3 de setembro.

Canuto explicou que o óleo fica submerso e por

isso não é rastreável. “Dez bandeiras

internacionais estão sendo levantadas. É um

processo difícil porque envolve vários países. Não

é possível observar [o óleo] por satélite. É algo

inédito.”

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

'Não julgávamos necessário', diz ministro

sobre usar Exército para limpar praias

Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, afirmou

que imprevisibilidade dificulta o planejamento do

trabalho

João Valadares

RECIFE

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,

declarou na manhã desta terça-feira (22) que o

Exército não atuou antes na limpeza das praias

atingidas por óleo porque a avaliação era de que

não havia necessidade. As manchas, espalhadas

por todos os estados do Nordeste, foram

avistadas pela primeira vez em 30 de agosto, na

Paraíba.

Desde então, 900 toneladas de petróleo foram

recolhidas das praias por mutirões que contaram

com ajuda de voluntários.

“Não julgávamos ser necessário, mas, quando foi

preciso, nós empregamos o Exército”, disse o

ministro.

Questionado durante visita a Pernambuco sobre

por que o governo federal ainda não havia se

mobilizado efetivamente, Silva afirmou que o

esforço é coletivo. “Não é só responsabilidade

das Forças Armadas”, disse.

Ele afirmou ainda que existe uma dificuldade

muito grande porque não se sabe onde o óleo vai

aparecer.

O ministro não soube informar o valor

empregado pelo Ministério da Defesa nas ações

para minimizar a poluição.

Azevedo e Silva também minimizou a extinção

por parte do governo Jair Bolsonaro, em abril, de

comitês que integravam o Plano Nacional de

Contingência para Incidentes de Poluição por

Óleo em Água (PNC).

“Eu acho que se extinguiu um comitê ou outro,

não se extinguiu o planejamento como um todo.

O plano está em execução”, respondeu.

O ministro da Defesa autorizou o reforço de

5.000 militares da da 10ª Brigada de Infantaria

Motorizada, sediada no Recife, nas ações. Já o

Ministério do Desenvolvimento Regional

comunicou na segunda (21) que vai disponibilizar

equipamentos de proteção individual para as

pessoas que atuam na limpeza das praias.

Fernando Azevedo e Silva falou nesta terça (22)

ao lado do governador de Pernambuco, Paulo

Câmara (PSB), que, um dia antes, afirmou que

havia improviso nas ações federais para tratar o

problema.

Em tom mais ameno, o governador agradeceu a

ajuda do governo federal, mas não citou o nome

do presidente Jair Bolsonaro. Câmara preferiu

citar duas vezes o nome do presidente em

exercício, Hamilton Mourão. “Fiquei satisfeito

com o pronunciamento do presidente em

exercício, Mourão, da colocação do Exército e da

Aeronáutica para ajudar nesse reforço. Isso para

nós é fundamental.”

Mais cedo, em visita relâmpago ao litoral sul de

Pernambuco, o ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, voltou a dizer que o óleo que

atinge o Nordeste é venezuelano e afirmou que o

governo federal não vai gastar tempo para

polemizar ou politizar a questão.

“Nosso trabalho é técnico, nosso trabalho é de

dedicação, remoção e identificação do óleo desde

o início da crise que afeta todo o Nordeste. Nós

não gastamos nem um minuto em polemizar ou

politizar esse assunto”, afirmou.

Na segunda (21), o ministro utilizou um vídeo

editado para criticar o Grennpeace sobre

ausência de voluntários da ONG em ações de

limpeza de praias do Nordeste. Ele também já

havia discutido em redes sociais com o

governador da Bahia, Rui Costa (PT), e com a

deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

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Data: 23/10/2019

65

Grupo de Comunicação

Salles desceu de helicóptero na praia de

Itapuama, litoral sul do estado. A visita durou

aproximadamente dez minutos. “Nós sabemos

que o óleo é venezuelano, mas a investigação é

no sentido de como esse óleo chegou na costa

brasileira”, declarou.

O ministro participou de uma reunião na

Capitania dos Portos, no centro da cidade, que

durou dez minutos.

As manchas de óleo voltaram com força a

Pernambuco e em Alagoas desde a quarta-feira

(16). Na quinta-feira (17), o governo de

Pernambuco conseguiu capturar uma tonelada de

óleo, em São José da Coroa Grande, litoral sul do

estado, antes que ele chegasse à areia da praia.

Na sexta-feira (18), a praia de Carneiros, joia do

litoral pernambucano, amanheceu coberta por

óleo. Um mutirão, que envolveu mais de 500

pessoas, incluindo donos de pousadas,

pescadores e servidores do estado e da

prefeitura, removeu o material.

No fim de semana, a mancha avançou ainda

mais, e as praias de Serrambi, Toquinho, Pontal

de Maracaípe, Cupe, Muro Alto, em Ipojuca, e

Itapuama e Suape, no Cabo de Santo Agostinho,

acabaram afetadas pelo petróleo.

O óleo invadiu o estuário de quatro rios

pernambucanos e o manguezal de Suape.

Também chegou às praias de Itapuama e do

Paiva, também no Cabo de Santo Agostinho.

A preocupação agora é de que o material chegue

à praia de Boa Viagem, no Recife. A prefeitura

está mobilizada e planejou uma grande operação

para retirada do material.

Até o momento, foram contaminados 2.250

km da costa litorânea nordestina. O dano

pode prejudicar o trabalho de 144 mil pescadores

e marisqueiros que sobrevivem do mar e dos

rios.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/nao-julgavamos-necessario-diz-ministro-sobre-

usar-exercito-para-limpar-praias.shtml Voltar

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Pernambuco pede 50 mil

luvas e 10 mil botas a governo Bolsonaro

para recolher óleo das praias

Estado pede maior apoio à administração federal

para minimizar impactos do desastre

O governo de Pernambuco entregou ao ministro

do Meio Ambiente, Ricardo Salles, um ofício

pedindo “maior apoio” do governo federal para

minimizar os efeitos do vazamento de óleo que

atingiu o estado.

FALANDO NISSO

O secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, diz

que Salles chegou no estado na terça (22) “sem

avisar”. E que ele aproveitou para entregar

cópias de ofícios já enviados e até agora

ignorados.

ORLA

O governo cobra um plano de contingenciamento

e material para as equipes que coletam o óleo

nas praias: 50 mil luvas de PVC, 10 mil botas,

300 protetores solares e 5 mil máscaras, entre

outros materiais.

ORLA 2

“Ele se irritou, mas disse que vai cumprir”,

afirma Bertotti. O ministro não foi encontrado

para comentar.

LISTA

Uma lista de cargos no governo de Jair Bolsonaro

que teriam sido oferecidos para parlamentares do

Distrito Federal pela deputada Bia Kicis (PSL-DF),

uma das mais próximas do presidente, voltou a

circular em grupos de WhatsApp em meio à

disputa no PSL.

MESMA COISA

A ideia é provar que, apesar dos discursos contra

a velha política, o bolsonarismo adota os mesmos

métodos.

PLANILHA

Em maio, Bia marcou uma reunião em seu

gabinete, quando teria oferecido os cargos.

PLANILHA 2

“Ela mostrou uma planilha e disse que falava em

nome do governo”, diz a deputada federal Flávia

Arruda (PL-DF). A deputada Celina Leão (PP-DF)

e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) estavam

presentes.

MUITO OBRIGADA

“Eu e Celina fomos até duras: dissemos que não

queríamos cargo algum”, diz Flavia.

OBRIGADA 2

“O assunto não agradou os parlamentares

presentes. Porém, prefiro não comentar”, diz

Miranda.

OUTRO LADO

A coluna enviou mensagens e telefonou para Bia

Kicis, mas ela não respondeu até o fechamento

desta edição.

NOITE DE BEM

A apresentadora Ana Hickmann e a primeira-

dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, foram ao

jantar de dez anos da ONG Américas Amigas, que

tem Barbara Sobel como cofundadora. O

banqueiro Alfredo Setubal e sua mulher, Rose, o

secretário Fabio Wajngarten e o ministro Luiz

Eduardo Ramos estiveram lá. Maria Antônia

Civita, Renata Feffer e Andréa da Veiga Pereira,

membros fundadores da ONG, também

compareceram, assim como o ex-ministro Nelson

Jobim, sua mulher, Adrienne, o presidente do

conselho de administração do Credit Suisse no

Brasil, Ilan Goldfajn, e os empresários Philippe de

Nicolay Rothschild e Fábio Carvalho. O evento

ocorreu na segunda (21), no Palácio Tangará.

VODU

O ex-vereador de São Carlos (SP) Lineu Navarro

(PT) pediu ao Ministério Público de SP (MPSP)

que abra um inquérito contra o vereador Leandro

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Data: 23/10/2019

67

Grupo de Comunicação

Guerreiro (PSB) para investigar a prática de falta

de decoro, improbidade administrativa e

homofobia no plenário da Câmara da cidade.

TENHO...

Em setembro, Guerreiro levou um boneco de

fralda representando Lineu, o qual xingou e

esbofeteou com um chicote. “Não vou tirar [a

fralda] porque não sei o que tem aqui dentro, se

é hominho ou se é menina”, disse ele, citando

que Lineu é “defensor da ideologia de gênero”.

... DITO

“Eu disse que queria ver dentro da fraldinha, já

que a ideologia de gênero prega que quando

nasce alguém não se sabe se é masculino ou

feminino. Estão ofendidinhos?”, disse Guerreiro à

coluna.

BRIGA DE RUA

O DJ e produtor sergipano André Almeida, 34,

militante do projeto Escola sem Partido que diz

ter sido agredido nas proximidades da Faculdade

de Direito da USP na semana passada, conta que

a polícia vai requisitar as imagens da câmera da

prefeitura na esquina em que o episódio ocorreu,

no centro de SP.

SEM FITA

Segundo ele, os investigadores informaram que a

câmera do bar em que ele tentou se abrigar das

agressões não faz gravações. Almeida e uma

amiga relatam ter sido emboscado por cinco

pessoas quando saíram do prédio da USP para

comer em uma lanchonete vizinha.

SUSTO

A dupla integra o Movimento Conservador, nome

atual do antigo Direita São Paulo. Os dois

participavam de um debate sobre o projeto

Escola Sem Partido na faculdade de direito

AGENDA

O ator americano Noah Schnapp —conhecido por

sua atuação na série “Stranger Things”— foi

convidado para assistir no Theatro Municipal de

SP, no sábado (19), à estreia do filme “Abe”, em

que ele é o protagonista ao lado do cantor Seu

Jorge. Teve que recusar: está gravando nos

Estados Unidos.

DOU-LHE UMA

A Santa Fé realiza seu sétimo leilão beneficente,

em comemoração aos 26 anos da instituição,

nesta quarta (23), no salão de festas do clube

Pinheiros, em São Paulo. O jantar será assinado

pela chef Morena Leite, e Aloisio Cravo conduzirá

o leilão de artes.

CURTO-CIRCUITO

O Itaú Cultural e a 43ª Mostra Internacional de

Cinema realizam o 3º Fórum Mostra. De quarta

(23) até sexta (25).

Felipe Barreto Veiga, sócio do BVA Advogados,

palestra na Conta Azul [CON]. Nesta quarta (23),

na Transamerica Expo Center.

Baco Exu do Blues, Demetrio Teodorov e Dani

Noce participam do Moto Experience. Na quinta

(24), em SP.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/pernambuco-pede-50-mil-luvas-

e-10-mil-botas-a-governo-bolsonaro-para-

recolher-oleo-das-praias.shtml

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Águas turvas

A mancha de óleo se espalhou pelo litoral do

Nordeste também como consequência da

dificuldade do atual governo de tratar deste ou

de qualquer outro tema de forma realista

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

O desastre ambiental causado pelo vazamento de

óleo que atinge a costa do Nordeste desde o final

de agosto vem sendo tratado pelo governo

federal de maneira pouco transparente. A

dimensão do problema exige o engajamento de

um grande número de autoridades e

especialistas, além de uma considerável

mobilização de recursos, o que demanda o mais

amplo compartilhamento de informações e uma

liderança sólida no gerenciamento desse trabalho

conjunto. Pouco disso se tem visto por parte da

Presidência da República, do Ministério do Meio

Ambiente e de outros órgãos federais envolvidos.

A Petrobrás e a Marinha mantêm em sigilo

relatórios de investigação sobre o caso, ao

mesmo tempo que o presidente da República,

Jair Bolsonaro, reiteradas vezes vem lançando no

ar suspeitas sobre a possível natureza criminosa

do vazamento e insinuando que a Venezuela

seria a responsável. Se o governo sabe de algo a

esse respeito, deve dizer claramente, mostrando

a íntegra dos documentos nos quais baseia suas

conclusões. Do contrário, estaremos no terreno

da fofoca, o que não condiz com a seriedade que

se espera da administração federal, em especial

diante de um grande desastre ambiental como

esse.

Enquanto o governo parece mais empenhado em

implicar a ditadura venezuelana no caso, o óleo

se espalha – já atinge quase 140 pontos do

litoral de nove Estados do Nordeste – e há uma

clara descoordenação de esforços para enfrentar

o problema.

Em primeiro lugar, o governo reagiu de forma

tardia e atabalhoada. O ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, informa que desde o

dia 2 de setembro está em ação um grupo de

acompanhamento formado pela Marinha, pelo

Ibama e pela Agência Nacional do Petróleo. No

entanto, o Plano Nacional de Contingência para

Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob

Jurisdição Nacional, estabelecido por decreto em

2013 para casos como esse, só foi acionado no

dia 11 de outubro passado, mais de um mês

depois. É esse plano de contingência que distribui

responsabilidades entre os diversos órgãos

envolvidos e estabelece os procedimentos e as

ações em cada etapa.

Ao que parece, o problema nesse caso é que o

comitê executivo responsável por acionar o Plano

de Contingência foi um dos comitês extintos por

Bolsonaro no começo do ano com o objetivo,

segundo o presidente, de “reduzir o poder de

entidades aparelhadas politicamente”. A área

técnica do Ministério do Meio Ambiente chegou a

sugerir o restabelecimento do comitê, mas foi

ignorada.

Assim, o governo parece ter optado pelo

improviso, sem uma resposta organizada. A

última providência a denotar esse despreparo foi

a convocação do Exército para atuar no

recolhimento do óleo.

Como tem acontecido com lamentável

frequência, o Exército tem sido chamado para

atuar em situações para as quais seus

integrantes não foram treinados, seja para

combater incêndios na Amazônia, seja para

garantir a segurança pública em capitais com

altos índices de criminalidade. Agora, por força

mais uma vez da incapacidade dos governos de

enfrentar de maneira eficiente os problemas que

só a eles cabe resolver, o Exército é acionado

para atuar numa área que lhe é estranha. A

justificativa dada pelo presidente em exercício,

Hamilton Mourão, foi explícita: o governo

precisava mostrar serviço. “A gente faz o

trabalho e não está tendo visibilidade. Então

vamos botar mais visibilidade nisso aí”, disse

Mourão. Enquanto o governo faz campanha para

tentar melhorar sua imagem nesse caso, as

autoridades dos municípios atingidos pela

mancha de óleo queixam-se de que a

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

administração federal está tomando decisões

sem ouvi-las, de forma desordenada.

Em resumo, a mancha de óleo se espalhou como

consequência não apenas da enormidade do

vazamento, mas também da dificuldade do atual

governo de tratar deste ou de qualquer outro

tema de forma realista, preferindo quase sempre

atribuir os problemas a criativas conspirações.

Para o presidente Bolsonaro, por exemplo, é

natural questionar se o vazamento “poderia ser

uma ação criminosa para prejudicar o leilão” de

áreas do pré-sal, previsto para novembro.

Enquanto se tenta entender o que uma coisa tem

a ver com a outra, o óleo se espalha.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,aguas-turvas,70003060124

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Amazônia e litoral do Nordeste, hora de

mudar

Chega de amadorismo no Ministério do Meio

Ambiente. Reação beira o improviso

João Lara Mesquita*, O Estado de S.Paulo

“Estamos pagando hoje o preço (...) com os

desastres de Mariana e Brumadinho. E o governo

Bolsonaro não ajudou nada, até agora, a resolver

os problemas reais do setor ao reduzir o status

do Ministério do Meio Ambiente (que até cogitou

de extinguir) e tolerar entrevistas e declarações

de membros de sua administração

desqualificando a defesa do meio ambiente.”

Frases de José Goldenberg, professor emérito da

USP e ex-ministro do Meio Ambiente, no artigo

Licenciamento e desastres ambientais (18/2, A2).

Foi no início do governo. O desastre de

Brumadinho era considerado, até o

derramamento de óleo no Nordeste, o maior

desastre ambiental brasileiro. E é considerado o

pior acidente de mineração do mundo, com 252

mortos e 18 pessoas desaparecidas até hoje.

Outubro de 2018 – Campanha presidencial. “Isso

vai nos colocar em uma saia-justa enorme no

mundo. Enchem a boca, como se apenas nós

exportássemos soja, carne. Mas temos muitos

concorrentes. A União Europeia já não tem boa

vontade nenhuma em nos fazer concessões.

Imagine em um governo que confirme seus

piores temores. Seremos marginalizados. Vão

dizer que é carne e soja produzidas à base da

destruição da Amazônia.” Vaticínio de Rubens

Ricupero, ex-ministro do Meio Ambiente, a O

Estado de S. Paulo na matéria Absurdo falar em

desmatamento zero, que repercutia os disparates

de Bolsonaro ameaçando transformar o Ministério

do Meio Ambiente (MMA) em apêndice do

Ministério da Agricultura. Menos de um ano

depois, o acordo da União Europeia com o

Mercosul está ameaçado.

“Não vou mais admitir o Ibama sair multando a

torto e a direito por aí, bem como o ICMbio. Essa

festa vai acabar”, disse reiteradas vezes o

presidente desde a campanha. Foi copiado pelo

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que,

seguindo diretrizes, afrouxou multas e

fiscalização (o número de operações do Ibama na

Amazônia caiu 70% de janeiro a abril de 2019

em relação ao mesmo período de 2018).

Ao demonizar a academia, multas e o ministério,

Bolsonaro e Salles deram sinal verde aos

desmatadores ilegais. Quando começaram as

queimadas, como esperado no período seco, o

Ibama já havia sido decepado de 21 de seus 27

superintendentes regionais. Salles, sempre

disposto ao confronto, mandou para casa “a

memória do ICMBio” (fevereiro, 2019) e com

eles, a eficiência. Deu no que deu. Enquanto o

presidente perdia tempo acusando ONGs,

inimigos do agro aproveitaram. Começou a

pressão internacional. Só então veio a reação.

Bolsonaro despachou o Exército para conter as

queimadas. Era tarde. O estrago à imagem do

País, e ao agronegócio, estava feito (dados do

Prodes, do Inpe, ainda não disponíveis, devem

confirmar até o final do ano a porcentagem de

floresta perdida. Os do Deter, também do Inpe e

motivo da exoneração de Ricardo Galvão,

apontam aumento da área desmatada de 45%

em comparação com os três anos anteriores).

Outubro de 2019 – Calamidade pública no litoral

do Nordeste. “Não obstante a extrema gravidade

do desastre ambiental, com os dados e impactos

demonstrados, e ainda a decretação de

emergência pelos Estados de Sergipe e da Bahia,

fato é que a União se mantém omissa, inerte,

ineficiente e ineficaz. Não há, pois, razão

plausível mínima para não se implementar, de

imediato, o Plano Nacional de Contingência para

Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob

Jurisdição Nacional. É, pela legislação e pelos

fatos reais, o que se impõe.” O trecho entre

aspas é parte da ação que procuradores de nove

Estados do Nordeste ajuizaram para obrigar o

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

governo federal a acionar em 24 horas o Plano

Nacional de Contingência para Incidentes de

Poluição por Óleo em Água, cujos Conselhos

Executivo e de Suporte Bolsonaro destituiu.

O governo federal não sabe o que fazer. Perdido,

dispara acusações, sugerindo ação criminosa da

Venezuela e, atrasado, despacha funcionários da

Petrobrás para limparem praias. Enquanto isso,

mutirões trabalham precariamente, retirando o

óleo sem proteção e instrução adequadas.

Passados 50 dias do que já é considerado o

maior acidente ambiental do Brasil, o governo

ainda não decretou emergência ambiental.

Espera o quê? “Um alarme nacional deveria ter

sido dado. Não entendo por que não foi.

Investigar a causa é preciso, mas conter danos é

essencial. Prevenir custa mais do que remediar.

Agora a conta será cara.” Declaração de Miguel

Accioly, especialista em gerenciamento costeiro

da Universidade Federal da Bahia, em declaração

ao jornal O Globo (15/10).

O mar e o litoral não chamam a atenção como a

Amazônia. Não há escândalo internacional.

Ninguém vê o que está debaixo d’água, só o que

aparece nas praias. E elas são apenas um dos

ecossistemas marinhos atingidos. Talvez o menos

importante. Mas recifes de corais e mangues, os

dois mais importantes, estão comprometidos por

décadas!

Quase dois meses depois do início dos derrames

o ministério de Ricardo Salles não tomou

providências eficazes. Especialistas alertam e

membros do Ministério Público Federal ajuízam

ações. Mas ele mesmo não faz senão retirar óleo

de modo burocrático, como se nada de anormal

estivesse acontecendo. Faltam gente,

equipamentos e instrução. Colocar o perigoso

piche onde? Já são 900 toneladas! Foi preciso o

vice assumir para o Exército de novo ser

despachado. Tardiamente. Agora o óleo se

aproxima de Abrolhos, o único banco de corais do

Atlântico Sul. Sem providências do governo. A

reação beira improvisação de leigo. Nada de mais

se fosse obra de um dono de casa de segunda

residência. Mas não é aceitável vinda do ministro

do Meio Ambiente, sob pena de comprometer o

País, especialmente, mas não apenas, os

nordestinos.

É no que dá “reduzir o status do Ministério do

Meio Ambiente”. O Brasil paga mais uma conta

pelo descaso do governo federal e por um alheio

ministro do Meio Ambiente.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,amazonia-e-litoral-do-nordeste-hora-de-

mudar,70003060146

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Os desafios do compliance ambiental

Letícia Yumi Marques*

O Projeto de Lei n.º 2.787/2019, que objetiva

tipificar o crime de ecocídio, é uma resposta

direta às tragédias de Mariana e Brumadinho.

Apresentado pelos deputados em maio, poucos

meses após o episódio de 25 de janeiro, o PL é

criticado por conter conceitos abrangentes, pouca

técnica legislativa e ignorar as responsabilidades

das agências e órgãos estatais em eventos dessa

natureza. No contexto do PL, apenas empresas e

seus executivos seriam responsáveis por

desastres ambientais.

Ao propor a inclusão, na Lei de Crimes

Ambientais, de artigo que torna crime dar causa

a rompimento de barragem pela inobservância,

dentre outros, de norma técnica ou de

determinação de autoridades ambientais e de

fiscalização de segurança de barragens, o PL

parte do pressuposto de que a atuação do Estado

é sempre correta e adequada e que as normas

produzidas por esses órgãos e sua fiscalização

são sempre eficientes.

De fato, para o direito, os atos da Administração

Pública são presumidamente legítimos,

verdadeiros e legais. Compete ao investigado

relativizar essa presunção, apresentando provas

que demonstrem o contrário. Contudo, no caso

do PL 2.787, essas provas já existem. Em

fevereiro, antes da apresentação do PL, o

Tribunal de Contas da União (TCU) já havia

publicado acórdão no qual apontava “deficiência

crônica” da Agência Nacional de Mineração

(ANM), com problemas relacionados à falta de

planejamento, ausência de padrões e de

avaliação dos processos de fiscalização. Ainda,

em vídeo publicado no canal do TCU no

Youtube[1] no mês de março, a ANM é apontada

como agência de “altíssima exposição à fraude e

à corrupção”.

Nesse cenário, que medidas empresas e seus

executivos podem adotar para cumprir a

legislação ambiental e regulatória de forma

eficiente, sem estarem expostas às deficiências

dos órgãos estatais?

É nesse contexto que devemos encarar a

necessidade de ferramentas de gestão que

permitam à empresa – e seus diretores –

navegarem com um mínimo de segurança e

respaldo na execução de suas atividades. E,

dentre tais ferramentas, merece efetivo destaque

a implementação de um programa de integridade

que contemple medidas de fiscalização, controle

e treinamento específicas para as questões

ambientais.

Além de toda a gama de riscos inerentes a

qualquer negócio, empresas como madeireiras,

mineradoras, etc. devem estar preparadas para

lidar adequadamente com aqueles riscos

específicos decorrentes de uma atividade que,

por definição legal, é presumidamente agressiva

ao meio ambiente. Isso demanda uma

customização ainda maior dos programas de

integridade aplicáveis a essas empresas.

E, ao contrário do que alguns empresários desse

setor ainda parecem acreditar, essas medidas

são fundamentais para garantir a longevidade do

negócio – ao mesmo tempo em que constituem a

mais alta camada de proteção aos seus

executivos (num momento em que está cada vez

mais difícil atrair talentos para esse mercado).

Desta forma, diante de um cenário em que, como

dito acima, nem mesmo as normas e agências

reguladoras parecem oferecer um porto

efetivamente seguro aos que se aventuram em

atividades de alto grau de risco ambiental, é

fundamental que cada empresário redobre seus

cuidados com relação a esses riscos, o que, na

prática significa aprimorar – constantemente –

suas atividades de monitoramento, treinamento e

repressão a toda e qualquer conduta que possa

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

colocar em risco o meio ambiente, atividades

essas que representam, justamente, o cerne de

um efetivo programa efetivo de compliance.

*Letícia Yumi Marques é advogada, Consultora de

Direito Ambiental em Peixoto & Cury Advogados

e mestranda em Sustentabilidade pela USP

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/os-desafios-do-compliance-ambiental/

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Sonia Racy: Vai à Assembleia projeto que

altera pagamento de dívidas do Estado

Chegou à Assembleia paulista projeto mandado

por Doria que reduz o limite das chamadas

Obrigações de Pequeno Valor de R$ 30.119 para

R$ 11.678. Traduzindo: o PL 899 afetará, uma

vez aprovado, todo trabalhador, mesmo

aposentado, que ganhe ação contra o governo

acima desses R$ 11 mil. Daí para mais, o recurso

entra na fila dos precatórios.

Como está hoje, esse pagamento feito pelo

Estado tem prioridade sobre outras dívidas e é

quitado em um ano.

O desencontro entre

Salles e Câmara

Ficou no desencontro entre ministro e

governador a visita de Ricardo Salles, ontem, a

Pernambuco. Aparentemente, porque o Salles

mandou whatsApp ao governador Paulo Câmara,

na sexta-feira, e não recebeu de volta nenhuma

resposta.

Além disso, na segunda-feira, Câmara – que é do

PSB – afirmou também que o governo federal

trata “com improviso” o combate ao óleo nas

praias de lá. Resultado: Salles fez visita

relâmpago avisando apenas que, se o governador

quisesse, poderia acompanhar.

Desencontro 2

O titular do Meio Ambiente foi à Capitania dos

Portos de manhã, horas antes de encontro

marcado ali mesmo entre Câmara e o ministro da

Defesa, Fernando Azevedo. E retornou a Brasília

sem ver o governador, que teve agenda, ainda,

com o ministro Gustavo Canuto, do

Desenvolvimento Regional.

Re-remarcado

Martelo batido: será nesta sexta a entrega do

Colar de Honra ao Mérito, pela Assembleia

paulista, a Eduardo Bolsonaro – iniciativa do

deputado Douglas Garcia, do PSL.

A mãe do novo líder do PSL na Câmara deverá

estar lá.

Esquenta

Randolfe Rodrigues resolveu dar um calor à CPMI

das Fake News. Protocolou ontem a convocação,

de uma só vez, de Carlos Bolsonaro, Gustavo

Bebianno e Joice Hasselmann. A comissão decide

hoje se concorda — e em caso positivo, já

marcará as datas dos depoimentos.

Reciclando

Mais de 1,5 milhão de paulistanos que circulam

pelo metrô nas linhas Azul, Verde e Vermelha

vão ter acesso, até sábado, a aulas de reciclagem

de resíduos.

O Recicla Sampa montou parceria com a Amlurb

e a Cia. do Metrô para exibir 120 telas digitais na

Sé e em mais onze estações da capital.

Meirelles ganha quatro

prêmios por ‘Dois Papas’

Meirelles não tem do que se queixar. Em uma

semana, seu longa Dois Papas, produzido para a

Netflix, ganhou quatro prêmios internacionais.

Um no Mill Valley Film Festival, na Califórnia,

outro na Islândia, mais um em Miami e o quarto

no Hamptons Festival, no Estado de Nova York.

O filme será exibido dia 30 na 43.a Mostra de

Cinema de SP e chega à Netflix em dezembro.

Diversa arte

Maria Bonomi e Maria Helena Perez, sua

companheira, inauguram hoje mais um exposição

com temática LGBTQIA+. “Sempre Gay, Meninas

de Azul e Meninos de Rosa”, será exibida na

Transarte, mostrando obras, entre outros, de Bia

Leite, Eduardo Mafea, Liz Under e Pedro Stephan.

Vinte velinhas

Serginho Groisman já está avançando seus

planos para as atrações comemorativas dos 20

anos do seu Programa Livre.

Uma das ideias do apresentador é reunir bandas

já extintas, para se apresentarem novamente no

evento. Outra é trazer participantes antigos da

plateia para o palco novamente.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-

fonte/vai-a-assembleia-projeto-que-altera-

pagamento-de-dividas-do-estado/

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

De peneira de cozinha a itens de

jardinagem: o que voluntários usam para

tirar óleo

Grupo atua na limpeza da Praia de Itapuama, em

Cabo de Santo Agostinho, desde a chegada do

poluente no domingo

Priscila Mengue, enviada especial de O Estado de

S. Paulo a Pernambuco

Voluntário usa peneira de cozinha para limpar

vazamento de petróleo da praia Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

CABO DE SANTO AGOSTINHO (PE) - Peneira de

macarrão, espátula de obra, itens de jardinagem

e outros instrumentos domésticos foram algumas

das ferramentas utilizadas pelas centenas de

voluntários que foram nesta terça-feira, 22, à

Praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho,

a 40 minutos do Recife. Aos voluntários, que

atuam no local desde a chegada da mancha de

óleo no domingo, 20, somam-se integrantes da

Marinha e, ainda, dezenas de militares que

também chegaram nesta terça.

O cenário pode até parecer um tanto confuso

inicialmente, com a quantidade de trabalho feita

simultaneamente. Como a parte mais "grossa" do

óleo foi retirada, o foco estava nos "detalhes",

isto é, em retirar pequenas quantidades de óleo

ao peneirar a areia ou utilizar uma escova nas

pedras.

As atividades podem parecer simples, mas

exigiam esforço pela consistência de chiclete ou

bala derretida da substância, como

exemplificavam alguns voluntários.

"Fica grudado demais nos buraquinhos. A gente

só tira o excesso, não consegue tirar na

integralidade", desabafa a advogada Gilmara

Ribeiro, de 35 anos, que usava um instrumento

de jardinagem já um tanto torto pelo esforço.

Como a maior parte do óleo já tinha sido retirada,

voluntários focaram em retirar pequenos fragmentos Foto: TIAQGO QUEIROZ/ESTADÃO

Como estava sem instrumentos, o empresário

Danilo Araújo, de 27 anos, catou o excesso de

óleo com as mãos, retirando-o de buracos entre

as pedras. Sócio de uma academia de crossfit,

estava de folga para participar do mutirão.

"Fui criado no Cabo. Minha infância foi aqui,

nesta praia", comentou. "Isto aqui é a casa da

gente."

Já outros voluntários foram até dentro do mar,

como a aluna de Engenharia Thamires

Cavalcante, de 20 anos. Com a água até o

pescoço, ela usava uma peneira atrás de

pequenas quantidades de óleo, do tamanho de

bolas de gude. Thamires já estava no segundo

dia seguido na praia.

"Não é fácil, a luva escorrega. O que me

preocupa é deixar a praia assim."

A aposentada Ladjane Lima, de 58 anos, também

lembra da situação antes dos mutirões.

"Domingo eram placas imensas", diz ela, que

usava uma grande peneira. "Mas agora também

é preocupante, por causa dos peixinhos. Amo a

natureza, feriu a alma ver um negócio desses."

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

"Eu ia mergulhando e tirando de dentro do mar,

não tem muita gente para fazer isso, nem todo

mundo está disposto", comenta o professor de

surfe Henrique Almeida, de 25 anos, que vestia

só a bermuda e estava com a pele cheia de

fragmentos de óleo. "A gente puxa e vem

trazendo."

Nem pôr do sol desmobiliza grupo

Logo após as 17 horas, o entardecer já começa a

subir a maré e dificultar os trabalhos. Algumas

dezenas de voluntários seguiram mais uma hora,

com a luz de dois tratores e de outras formas

improvisadas, enquanto os militares já haviam se

retirado.

A cirurgiã-dentista Morgana Manoela, de 31 anos,

utilizava uma lanterna na cabeça para ajudar a

repassar os últimos sacos de óleo.

"Estou aqui desde as 9 horas (da manhã). Já

raspei a pedra, usei peneira, agora estou

ajudando a tirar o sargassum (tipo de alga)",

relata. "Nasci e me criei no litoral pernambucano.

Essa área é uma parte de mim."

Embora o foco atual seja retirar o óleo aparente

da praia, a situação já preocupa pelos danos

futuros.

"A gente não sabe se atingiu um lençol freático",

comenta Estêvão Santos, de 41 anos, da ONG

Onda Limpa.

Já Daniel Galvão, do Salve Macaraípe, admite a

necessidade de mais itens de segurança para

voluntários. Eles ajudam a recolher e distribuir

máscaras, luvas e galochas, além de alimentação

e água.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,de-peneira-de-macarrao-a-equipamento-

de-jardinagem-o-que-voluntarios-usam-para-

tirar-oleo-das-praia,70003060214

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Descontaminação de tartarugas cobertas de

óleo pode levar 6 meses

Existe risco ainda de répteis não conseguirem

voltar ao hábitat natural; balanço do Ibama

indica que 39 animais foram afetados

Ricardo Araújo , especial para o Estado

NATAL - Animais atingidos pelo óleo e resgatados

por voluntários e especialistas podem levar seis

meses para a descontaminação completa. E há

ainda o risco de não conseguirem voltar ao seu

hábitat natural. O último levantamento do

Ibama, de domingo, 20, indicava que 39 animais

haviam sido afetados pelo material que se

espalhou pela costa brasileira – 19 tartarugas

morreram e 11 foram resgatadas.

Flávio José de Lima, que coordena o Projeto

Cetáceos da Costa Branca da Universidade do

Estado do Rio Grande do Norte (UERN),

responsável pelo resgate dos animais atingidos

pelo óleo cru no Estado, descreve o caso como

uma “catástrofe ambiental”. “É uma perda

significativa, pois são animais em processo de

extinção.”

Segundo ele, os animais são atingidos de forma

intensa. “As tartarugas, quando sobem saindo da

água para respirar, se deparam com uma

mancha de óleo e acabam contaminadas em

poucos instantes, o que pode levar à morte

imediata”, explica.

A recuperação dos animais é complexa e envolve

até medicamentos. Por causa da dificuldade,

Lima alerta que voluntários não devem devolver

imediatamente ao mar os animais atingidos pelo

óleo. “A gente oferece barreiras, que são

protetores gástricos, renais e hepáticos, porque o

animal pode estar se contaminando pela mucosa,

pela corrente sanguínea.”

Após 24 horas desse procedimento, é iniciada a

descontaminação. O excesso de óleo é retirado

das mucosas e partes moles do corpo. Os

animais são lavados com água, detergente

neutro e outros produtos. Em seguida, são

colocados em um tanque com água salgada para

que sejam assistidos por veterinários e biólogos.

“Serão analisados processos de natação,

alimentação e excreção. Se ele está eliminando

óleo pelas fezes ou não. Quando o animal para

de eliminar óleo pelas fezes, é um sinal de que a

substância já não está mais no trato

gastrointestinal.”

Ao longo de 30 anos de docência e pesquisa,

Lima diz que jamais presenciou cenário tão

preocupante. “As cenas são as mais chocantes

que já vi na vida", diz. "Não sabemos o grau de

contaminação do mar. Só vimos o que chega às

praias”.

Os profissionais que atuam no resgate e

reabilitação das tartarugas marinhas atuam de

forma voluntária. Nesta quarta-feira, 23, eles vão

treinar equipes emergenciais que atuam da Bahia

ao Maranhão. “Formamos um grupo de

instituições do Nordeste que trabalham com

tartarugas e mamíferos para atender a essa

demanda”, diz o pesquisador.

O Projeto Cetáceos da Costa Branca foi criado em

1998 e, desde 2013, atua no processo de

atendimento e resposta à emergência de fauna

em casos de derramamento de óleo em

decorrência da exploração do mineral em partes

do litoral potiguar.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,descontaminacao-de-tartarugas-cobertas-

de-oleo-pode-levar-seis-meses,70003060140

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Mourão diz que vai analisar se decreta

emergência ambiental por causa de óleo

Sugestão veio de senadores da comissão do Meio

Ambiente; o general disse que vai analisar

proposta com a área jurídica

Mateus Vargas, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente em exercício, general

Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira, 22,

que vai analisar se decreta estado de emergência

ambiental por causa do avanço de óleo pelas

praias do Nordeste. Ele recebeu senadores da

comissão de Meio Ambiente, que fizeram essa

sugestão ao governo.

Ele afirmou que irá analisar com a área jurídica a

proposta."Uma vez que seja viável, vou

conversar com o presidente Bolsonaro e, se for o

caso, tomar a decisão", disse o general.

Nos últimos dias, o governo federal tem sido

cobrado na Justiça e por mais ações para conter

o espalhamento do poluente pelas praias e

descobrir os responsáveis. Nesta terça, o

comandante da Marinha, almirante Ilques

Barbosa Júnior, disse que o culpado ainda não foi

identificado, mas está entre os navios que

circularam em alto-mar, na faixa de 300 a 500

quilômetros da costa leste de Sergipe.

O governo federal diz não poder garantir que o

óleo tenha sido contido. Nessa terça, um grupo

de pescadores e ambientalistas ocuparam a sede

do Ibama, em Salvador. Eles acusam o governo

de inércia no combate ao óleo que contamina o

Nordeste brasileiro desde o dia 30 de agosto.

Há ainda o risco de o petróleo se espalhar por

outras regiões do País. Os governos estaduais do

Espírito Santo e Pará intensificaram o

monitoramento de suas praias na tentativa de

rastrear uma eventual chegada do poluente a

outras regiões. O governo paraense chegou a

encontrar vestígios de óleo em uma praia no

nordeste do Estado, mas descarta ser o mesmo

que já atingiu pelo menos 200 pontos da costa

brasileira desde o início de setembro.

No Pará, o óleo foi achado na Praia de Beja, na

cidade de Abaetetuba. O governo concluiu ser um

material diferente do que foi visto no Nordeste

após sobrevoo de helicóptero por cerca de 360

quilômetros nesta segunda-feira, 21, em que não

foi vista nenhuma mancha em alto-mar.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,mourao-diz-que-vai-analisar-se-decreta-

emergencia-ambiental-por-causa-de-

oleo,70003060197

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Almirante compara óleo em praias a

'bombardeio' e diz que investigação mira

navio irregular

Em entrevista ao 'Estado', comandante da

Marinha diz que culpado ainda não foi

identificado, mas está entre os navios que

circularam em alto-mar na costa de Sergipe

Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O comandante da Marinha, almirante

Ilques Barbosa Júnior, compara o avanço da

mancha de óleo pelo litoral do Nordeste, desde o

início de setembro, a um "bombardeio" contra o

País. "Uma ameaça dessa magnitude não é a um

governo. É ao Brasil", disse ele, em entrevista ao

Estado.

Nos últimos dias, o governo federal tem sido

cobrado na Justiça e por mais ações para conter

o espalhamento do poluente pelas praias e

descobrir os responsáveis. Conforme o militar, o

culpado ainda não foi identificado, mas está entre

os navios que circularam em alto-mar, na faixa

de 300 a 500 quilômetros da costa leste de

Sergipe.

Uma das hipóteses é ser um “dark ship”, navio

que navega “nas sombras” para evitar

rastreamento por transportar cargas sob algum

tipo de sanção comercial. É o caso de

embarcações de países que fazem negócios com

a Venezuela e Cuba, hoje sob embargo dos

Estados Unidos.

Segundo o comandante, a Marinha desenvolve

um sistema de detecção por radares de alta

frequência no litoral, justamente para melhorar o

monitoramento. Ele sugere ainda mudança na

convenção dos direitos do mar para obrigar todos

os navios de marinha mercante a identificarem

suas rotas, como é a regra para aviões.

O que falta para descobrir quem derramou esse

óleo?

Primeiro, precisa identificar a origem. A segunda

frente está relacionada com a neutralização, o

máximo possível, dos impactos ambientais e

econômicos. É inédita uma agressão que alcance

2.200 quilômetros de costa. É uma situação sem

registro na história marítima. Eu diria até, em

termos militares, é como se o Brasil sofresse um

ataque militar, um bombardeio contra o Estado

brasileiro, que teve impacto na nossa sociedade.

Foi uma agressão ambiental que afetou os

interesses nacionais, sejam eles políticos,

econômicos, estratégicos ou ambientais. Uma

ameaça dessa magnitude não é a um governo. É

ao Brasil.

Isto está sendo considerado algo como um

ataque, uma guerra?

Isso representa uma agressão ambiental muito

importante que, do ponto de vista das ameaças

modernas, se caracteriza sim como uma ameaça

contundente a um País e, por isso a nossa reação

foi imediata, desde que as primeiras manchas de

óleo apareceram no Nordeste. Essa agressão

vem unindo todos os níveis de governo: federal,

estadual e municipal, além dos voluntários, para

minimizar os impactos ambientais.

Qual a principal suspeita?

Pela nossa área marítima, Atlântico sul, passam

diariamente dois mil navios. Destes, filtraram

para mil e chegaram a 30 embarcações suspeitas

de transporte do óleo. O vazamento

aparentemente ocorreu nas proximidades de

onde a corrente marítima que vem da África

bifurca – Guiana e Brasil – o que explica a grande

espalhamento do óleo. Estamos investigando os

navios que transitaram entre 300 e 500

quilômetros da costa Leste de Sergipe, que não

se identificaram ou comunicaram o incidente, que

podem ser chamados de “dark ships”, que é um

navio que tem seus dados concretos informados,

mas em função de qualquer restrição ou

embargo, tem uma carga que não pode ser

comercializada. Então, ele busca meios de

comunicação marítima que não são tão

frequentadas.

Isso descarta completamente a possibilidade de

um acidente não intencional?

Não descarta. Pode ter sido mero acidente, mas

pode ter sido intencional. Mas as probabilidades

ficam cada vez mais baixas. Descartamos várias

possibilidades e restou o trânsito de navios. Vai

depender do que vamos apurar. Mas podem ser

os "dark ships" que não se identificam. O

inquérito investiga o caso, mas não se sabe se é

culposo ou doloso, ainda que sempre qualifique

como ato criminoso. Mas é possível que nunca se

descubra quem vazou o óleo. Sendo culposo ou

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

doloso, temos de estar preparados para evitar

que fatos como esses se repitam.

O petróleo é mesmo venezuelano?

Tivemos identificação pela Petrobrás. Não

estamos dizendo que foi a Venezuela, mas o

produto é de origem venezuelana, pelos dados

geológicos e estudos da Marinha e Petrobrás.

Estamos dizendo também que o óleo não é

processado ou comercializado no Brasil. Temos

um mosaico de peças para montar para chegar à

origem. A investigação tem área de sigilo porque

envolve outros países e empresas estrangeiras e

não seria correto divulgarmos nada

antecipadamente.

E os tambores que foram achados da Shell?

Esses tambores estão grafados como Shell e com

os dizeres de uma empresa. A Shell foi

questionada pelo Ministério do Meio Ambiente

para saber. As informações foram prestadas e

estão fazendo parte do rol de investigação em

curso. Que empresa é essa? Que trabalho foi

esse? Onde foi? Precisamos saber se essas

empresas contrataram que navios, se os navios

estão nesse rol dos 30. O importante nesse

momento é que o Brasil foi atingido e não foi

contra o governo A, B ou C. É um tema que tem

de passar por cima de questões políticas, pois o

nosso foco é técnico porque, caso contrário,

vamos ficar discutindo o que não interessa.

O derrame de óleo mostra algum tipo de

fragilidade do País ao monitorar a costa?

Pode acontecer na costa de qualquer país,

porque foi um fato criminoso. Infelizmente

acontece homicídio no Brasil, nos Estados

Unidos, na China, na Rússia, em todo lugar. Se

houve acidente ou intenção, o sistema de

patrulhamento, de gerenciamento, deveria estar

preparado para prevenir uma área de 5,7

milhões de km² - o tamanho da nossa Amazônia

Azul. Reagir a um acidente desta magnitude

exige uma quantidade de recursos financeiros,

materiais e de equipamentos que, convenhamos,

nenhum país possui.

O que faltou fazer para não termos detectado

isso?

Essa pergunta é muito difícil. Mas, se fosse na

costa dos EUA aconteceria do mesmo jeito. Se

fosse na França, também. O navio mercante tem

o direito de não se identificar. Aí, ele produz um

derrame desta natureza, extremamente difícil de

detectar por satélite. É exigir da sociedade

brasileira a capacidade de vigilância em uma área

oceânica que você pode aprimorar, não só por

causa do derrame porque, existe pesca

predatória, por exemplo.

O sr. falou do aprimoramento do gerenciamento

da Amazônia Azul? Como seria isso? Quanto

custaria?

Uma solução é colocar um sistema de detecção

ativa por radares em todo o litoral, de alta

frequência, com alcance de até 350 milhas do

litoral com custo estimado em R$ 1 bilhão. Para

instalação por fases, durante cinco anos. Mas não

há previsão de instalação desse sistema em toda

a costa brasileira porque as prioridades, em

função da atual situação, são outras. A Marinha

vem tocando esse projeto por conta própria,

paulatinamente.

Hoje não temos nada disso?

Hoje só temos, experimentalmente, na região de

Albardão (RS). Fazemos desenvolvimento de um

projeto-piloto do sistema de gerenciamento da

Amazônia Azul. São radares de alta frequência,

que projetam até dentro d’água, até 350 milhas.

É um sistema que estamos trabalhando para

espalhar em áreas vitais no Brasil. Além de

Albardão, tem mais uma etapa já instalada no

Rio, mas não com essa dimensão de radar.

Precisamos colocar na área de Campos, no platô

de São Paulo, para vigiar o pré-sal. Um sistema

paralelo como esse, com 350 milhas, só existe no

Canadá, para detectar pesca predatória do atum.

O Brasil não tem dinheiro para bancar em uma

vigilância em uma área como essa?

O que temos de ter é cada vez mais uma

mentalidade marítima, de proteção dos oceanos,

das nossas fronteiras e das nossas coisas. Essa

mentalidade de proteção não é só proteção

militar. E proteção militar parece ameaça de

Estado contra Estado. Só que uma ameaça

ambiental tem o mesmo efeito de um

bombardeio contra o Estado brasileiro. Não pode

acontecer uma ameaça dessa magnitude. E aí, se

você pergunta, o que faltou? Faltou mentalidade

marítima. Faltou mentalidade de proteção das

nossas coisas, que inclui proteção de fronteira

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Data: 23/10/2019

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terrestre, proteção de fronteira marítima. E isso

não tem nada a ver com o assunto militarização

da proteção. Tem a ver com proteção no aspecto

científico. A nossa Amazônia Verde e Azul é

muito rica em biodiversidade e precisam ser

protegidas.

Está havendo uso político desse desastre para

responsabilizar o governo?

Não diria que está ocorrendo. Se estiver

ocorrendo, não é correto de acontecer. Temos de

entender que desde o dia dois de setembro

estamos trabalhando diuturnamente. A gente até

ouve dizer...'ah...eles não estão fazendo nada'.

Nosso pessoal está virando noite. E faz tempo.

Dá até uma sensação de indignação. Estamos

trabalhando sim, com o máximo empenho.

Agora, não é um assunto trivial. Ao contrário, é

muito difícil.

Ainda tem muito mais óleo para aparecer?

A gente trabalha com possibilidades. Para cada

uma, temos de ter um plano de contingência. Se

foi um acidente, pode acontecer outro. Se foi

intencional, pode acontecer de novo. A repetição

do caso é possível, mas qual a probabilidade?

Nesse momento, desconheço. O óleo fica

submerso e só aparece na arrebentação, muitas

vezes, não há como detectar antes.

O governo quer mudar regra internacional para

obrigar os navios a se identificarem?

Vamos propor ao Ministério das Relações

Exteriores que leve à Convenção Internacional

sobre o Direito do Mar , da Organização das

Nações Unidas (ONU), que se exija, mesmo que

em alto-mar, além da nossa margem territorial,

que todos os navios mercantes informem as suas

posições, como acontecem com os aviões em

voo. Vamos ter de caminhar nesta direção.

O que deixou de ser feito?

Talvez o que faltou, pelo ineditismo, foi fazer

uma melhor comunicação, melhor divulgação do

trabalho que estamos realizando desde 2 de

setembro. Não houve falta de agilidade. Todos os

órgãos responderam imediatamente. Diante da

surpresa precisávamos entender qual era o

fenômeno que estava acontecendo.

E ainda demora muito a saber quando se saberá

quem foi esse agressor?

Esta é a resposta de 100 milhões de dólares.

Mas existe sim, infelizmente, o risco de nunca se

descobrir quem foi o agressor. Mas, como a

Marinha é órgão de Estado, um dia vai aparecer.

O que garanto que não vai faltar é empenho na

busca do agressor. Essa lacuna será fechada. É

um quebra-cabeça, só que já temos algumas

peças.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,almirante-compara-oleo-no-nordeste-a-

bombardeio-e-diz-que-investigacao-mira-navio-

irregular,70003059831

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Data: 23/10/2019

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Tamanho do buraco na camada de ozônio

em 2019 é o menor já registrado

Nasa aponta que tamanho médio calculado este

ano é de 9,3 milhões de quilômetros quadrados;

todo ano o buraco atinge seu pico em setembro e

outubro e desaparece no final de dezembro

O tamanho do buraco na camada de ozônio,

próximo ao Polo Sul, é o menor desde que foi

descoberto, em 1985. A Agência Aeroespacial dos

Estados Unidos (Nasa) informou que a redução é

mais resultado do clima antártico do que dos

esforços para reduzir a poluição.

Buraco do hemisfério sul, que cobre a Antártida,

deve desaparecer por volta dos anos 2060 Foto:

Nasa

A agência calcula regularmente o tamanho do

buraco. Neste ano, o tamanho médio do buraco

na camada protetora de ozônio da Terra é de 9,3

milhões de quilômetros quadrados. O maior

tamanho já registrado foi de 26,6 milhões de

quilômetro quadrados, em 2006.

"Essas são realmente boas notícias, disse nesta

terça-feira, 22,Paul Newman, cientista da Nasa.

"Isso significa mais ozônio no hemisfério, menos

radiação ultravioleta no superfície", explicou.

A camada de ozônio da Terra protege a vida na

superfície contra radiação solar prejudicial, mas

compostos de cloro produzidos pelo homem, que

podem durar no ar por até 100 anos,

desgastaram a proteção. Em todos os anos, o

buraco atinge seu pico em setembro e outubro e

desaparece no final de dezembro.

O Protocolo Internacional de Montreal de 1987 -

o único tratado das Nações Unidas ratificado por

todos os países da Terra - baniu muitos dos

compostos de cloro usado em refrigerantes e

aerossóis. A proibição resultou na redução do

buraco nos últimos anos, mas os cientistas

destacam que a significativa diminuição deste

ano não é resultado desses esforços.

Segundo Newman, o cloro no ar precisa de

temperaturas frias na estratosfera e nuvens para

converter em uma forma do produto químico que

come ozônio. Neste ano, as temperaturas

registradas na atmosfera foram, em média, 16ºC

mais quentes que a média. "Isso é algo que

acontece ocasionalmente, já havia sido

registrado em 1988 e em 2002, mas não tão

extremo como o registro de agora", disse

Newman. "Recebemos uma ajuda neste ano",

completou.

https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,nas

a-diz-que-buraco-na-camada-de-ozonio-e-o-

menor-desde-1985,70003059766

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Data: 23/10/2019

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Pesquisa aponta falta de cuidados

preventivos com animais de estimação

POR LUIZA CERVENKA DE ASSIS

Tutores brasileiros estão falhando na atenção

para prevenção de acidentes com os pets

Foi realizada uma pesquisa inédita pelo IBOPE

Inteligência, em todo o território nacional. Foram

2002 entrevistas em mais de 140 municípios

brasileira. Isso com o fim de conscientizar a

população sobre a importância da posse

responsável de um pet e entender como está o

cuidado do brasileiro com estes companheiros. A

intenção da iniciativa é de fazer um alerta, uma

vez que este mercado representa, atualmente,

mais de 139,3 milhões de animais domésticos no

Brasil.

O levantamento identificou que, apesar da

grande parcela dos entrevistados não ter

vivenciado qualquer tipo de acidente doméstico

com seus pets, eles acontecem e muitas famílias

não estão atentas a esses riscos. O cuidado com

relação à adaptação das residências ao bem-

estar dos animais, a preparação para receber

esse novo membro da família e mudanças em

ações rotineiras que podem impactar o pet,

muitas vezes são tópicos que não são levados em

consideração.

“Hoje, os animais de estimação trazem inúmeros

benefícios para os seus tutores, como o carinho a

uma pessoa idosa, que já não mora mais com a

família, ou a companhia durante uma caminhada,

por exemplo. Com esta parceria com o Ibope,

nós queremos reforçar a importância deste

cuidado mútuo, conscientizando a população

sobre a responsabilidade dos tutores pela saúde,

alimentação e segurança dos seus pets”, explica

Fernanda Frantz, gerente de negócios de animais

de companhia da Saúde Animal da Bayer.

Os dados mostram que 76% dos respondentes

que afirmaram ter ou já tiveram um pet não

fizeram nenhuma ação ou mudança em suas

casas para receber os animais de estimação. Um

exemplo é que, apesar do crescimento do

número de gatos e cachorros no país, segundo o

último levantamento do Instituto Pet Brasil,

apenas 28% dos tutores de felinos e 19% dos

“dogueiros” telam suas janelas. Além disso,

somente 16% dos entrevistados disseram ter

alguma atenção com os perigos domésticos com

o animal, como restringir o acesso deles aos

objetos e ambientes que possam colocar a saúde

deles em risco.

Entre a parcela da população que já sofreu algum

acidente doméstico com seu animal de

estimação, os principais motivos relatados foram

quedas de lugares altos, como janelas, 17% cães

e 22% gatos. Além disso, 16% dos tutores

tiveram problemas com ingestão de substâncias

tóxicas, como produtos de limpeza, higiene,

remédios, plantas ou objetos. Todos estes

responderam não terem feito adaptações

preventivas na casa.

“Muitas vezes os tutores não consideram fatores

importantes para a proteção do pet e não

executam medidas simples, como adequação do

local em que esse animal irá morar ou a ida

regular ao médico veterinário. Os animais estão

em posição de destaque na composição familiar,

por serem considerados mais um membro dela,

então estar alerta a esses itens também é um

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

sinal de carinho e atenção”, completa Fernanda

Frantz.

A pesquisa destaca, ainda, que a maioria das

pessoas ainda não possuem o hábito de utilizar

medicamentos veterinários de forma preventiva.

O levantamento revela que apenas 47% fazem a

aplicação de produtos contra pulgas e carrapatos

de forma preventiva (2 a 3 vezes ao ano) – 51%

cães e 46% gatos. Os demais, ou não utilizam ou

só aplicam quando é identificado o problema no

animal.

“O tutor precisa sempre fazer consultas ao

veterinário e aplicar a medicação antes ser

identificado a contaminação do animal. A

preocupação principal para isso é que, ao picar, o

inseto pode transmitir doenças para o pet – como

verminoses, doença de Lyme, leishmaniose,

entre outras – que são debilitantes e podem vir a

atingir toda a família, justamente por serem

transmissíveis do animal ao ser humano”, finaliza

Ana Leticia Gulin, gerente de marketing de Saúde

Animal da Bayer .

Como evitar acidentes em casa

Tele todas as janelas (inclusive do banheiro) com

material próprio para pet. Tenha certeza que não

há espaços por onde o peludo possa passar.

Certifique que todas as plantas que você tem em

casa são apropriadas para os pequenos. Caso

haja alguma tóxica (saiba mais aqui), coloque em

locais elevados ou inacessível ao pet.

Mantenha medicamentos em caixas fechadas,

dentro do armário ou da gaveta. Nunca deixe em

cima de mesas ou criados mudos.

Guarde todos os produtos de limpeza dentro de

locais fechados (nada de deixar no pé do

tanque). Baldes com produtos ou roupas de

molho devem ficar em locais elevados.

Nunca deixe alimentos em locais que o pet possa

alcançar. Mesas de centro podem ser acessadas

até por cães pequenos e obedientes.

Não permita o acesso a locais sem proteção,

como varandas não teladas ou lajes.

Para cães de pequeno porte, coloque escadas ou

rampas para eles subirem e descerem de sofás e

camas.

A qualquer alteração de comportamento ou

apetite, leve seu pet imediatamente ao médico

veterinário.

Mesmo que o nosso amigo peludo seja super

bonzinho e nunca tenha aprontado nada, é muito

importante se atentar para os cuidados

preventivos. Muito melhor prevenir do que

remediar!

https://emais.estadao.com.br/blogs/comportame

nto-animal/pesquisa-aponta-falta-de-cuidados-

preventivos-com-animais-de-estimacao/

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Data: 23/10/2019

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VALOR ECONÔMICO Aéreas fazem acordos para reduzir ICMS do

querosene

As companhias aéreas reforçaram neste ano as

negociações diretas com governos estaduais para

ampliar a oferta de voos, em troca da redução na

alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação

(QAV). Até agora, Gol, Latam e Azul fecharam

acordos com 12 Estados e o Distrito Federal.

Neste momento, companhias negociam a

ampliação da oferta de voos no Rio de Janeiro,

que aprovou em julho a redução na alíquota de

ICMS de 12% para 7%.

O fim da cobrança do ICMS sobre o combustível

de aviação é uma demanda antiga do setor. “O

Brasil é o único país que fixa um tributo regional

sobre o querosene de aviação. Isso faz com que

os custos do combustível no país correspondam a

cerca de 30% dos custos do transporte aéreo. No

mundo, a média é de 20% a 22%”, comparou

Eduardo Sanovicz, presidente da Associação

Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A

entidade representa Gol, Latam, Latam Cargo,

Boeing, MAP Linhas Aéreas, Passaredo e

TwoFlex.

Em um Estado onde a alíquota de ICMS sobre o

querosene de aviação é 25%, o imposto

representa 7,5% do custo total do transporte

aéreo. Em São Paulo, onde a alíquota foi

reduzida de 25% para 12%, o custo das aéreas

com o tributo caiu pela metade.

As empresas não divulgam quanto já

economizaram com a redução na carga

tributária. Mas todas garantem que o efeito em

custos é direto. Juntas, Gol, Latam e Azul

registraram no primeiro semestre gastos de R$

7,19 bilhões com combustíveis, aumento de 19%

sobre o desembolsado nos seis primeiros meses

de 2018.

“O ICMS do combustível chega a representar 8%

dos nossos custos em algumas localidades.

Portanto, qualquer redução nesse custo tem um

impacto tremendo”, disse Marcelo Bento, diretor

de relações institucionais da Azul. O executivo

estima que a redução do ICMS sobre o querosene

de aviação pode gerar uma queda de 2% nos

custos do transporte.

No primeiro semestre, a Azul registrou despesa

com querosene de aviação de R$ 1,44 bilhão,

com alta de 26,5% em relação ao mesmo

intervalo de 2018. Esses gastos representaram

32,2% das despesas operacionais da companhia.

Neste ano, a Azul fechou acordos com São Paulo,

Tocantins, Sergipe, Alagoas e Paraíba. Como

contrapartida, anunciou a criação de 250 partidas

semanais em São Paulo, 21 voos semanais na

Paraíba, 5 em Alagoas, 5 em Sergipe e 1 em

Tocantins.

A Gol, por sua vez, fechou acordos com São

Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do

Norte, Bahia, Sergipe e Alagoas, Amapá, Acre e

Distrito Federal. Em contrapartida, anunciou a

criação de 32 novos voos semanais em São

Paulo, 350 voos em Alagoas na alta temporada

(a partir de dezembro), 5 voos a mais em

Sergipe por semana e 230 na alta temporada, 96

em Natal, 55 na Bahia, 28 no Rio Grande do Sul

e 55 no Paraná.

A Gol tem um gasto anual com querosene de

aviação entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões. “O

custo com querosene de aviação representa de

35% a 40% do nosso custo. A redução no ICMS é

um custo valioso a ser trabalhado”, disse Claudio

Borges, diretor de relações institucionais da Gol.

No primeiro semestre, os gastos da companhia

com o combustível somaram R$ 1,97 bilhão, com

alta de 17,6% em relação ao mesmo intervalo de

2018. Os desembolsos com ICMS sobre o

querosene somaram R$ 300,5 milhões, 16,3%

mais que um ano antes. Os gastos com o tributo

representaram 5,4% dos custos e despesas

operacionais totais da Gol no primeiro semestre

deste ano, ante 5,7% no mesmo período de

2018.

A Latam não divulga o seu custo médio com

ICMS sobre o querosene de aviação. De acordo

com o balanço da companhia, no primeiro

semestre, os gastos com combustíveis no mundo

cresceram 4,6%, para US$ 1,47 bilhão. Esses

custos representaram 30,8% das despesas

operacionais, ante 29,5% no primeiro semestre

de 2018.

Neste ano, a Latam fez acordos com os Estados

de Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito

Federal, Ceará e São Paulo. Em contrapartida, a

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

empresa adicionou 78 voos semanais em São

Paulo, 8 em Alagoas, 13 no Rio Grande do Norte,

35 em Fortaleza e 70 no Paraná. No Distrito

Federal, a Latam anunciou a ampliação em 8%

da oferta de assentos em Brasília e o lançamento

de três rotas internacionais.

A companhia informou, em comunicado, que

“mantém diálogo aberto com todos os Estados

brasileiros e implementa oportunamente novas

contrapartidas para aderir ou seguir aderindo aos

benefícios fiscais anunciados por cada unidade

federativa”.

As alíquotas de ICMS sobre o querosene de

aviação são definidas por cada Estado. Pela

legislação, o Conselho Nacional de Política

Fazendária (Confaz) estabelece um piso e um

teto para essas alíquotas, que atualmente fica

entre 12% e 25%. Quando um Estado decide

adotar percentuais fora dessa faixa, é preciso

obter aprovação dos demais governos no Confaz.

As empresas negociam individualmente com os

Estados já há alguns anos. A Azul começou a

negociar benefícios fiscais em 2012 e

atualmente, tem acordos com 22 Estados. A

Latam começou em 2013 e hoje mantém acordos

com 12 unidades da federação. A Gol começou a

fazer negociações do tipo em 2014. A empresa

não informou quantos estão vigentes.

Neste ano, segundo fontes do setor aéreo, houve

uma aceleração nessas negociações entre as

companhias e os Estados, devido à demora do

Confaz em aprovar a revisão nas tarifas. Em

julho, o Confaz autorizou a redução do ICMS do

querosene de aviação para 3% nos Estados da

região Norte; 7% no Centro-Oeste, Nordeste,

Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro

e Distrito Federal; e 10% em São Paulo.

Na visão da Abear, a redução do ICMS sobre o

combustível de aviação tem sido a política mais

eficaz para estimular o aumento na oferta de

voos e rotas no país. “Em todos os Estados onde

foram fechados acordos do tipo a oferta de voos

aumentou, sejam voos dentro do próprio Estado,

como no Rio Grande do Sul e em São Paulo,

sejam voos internacionais, como em Pernambuco

e Ceará, ou voos entre os Estados”, afirmou

Sanovicz.

Adriana Simões, especialista no setor aéreo e

sócia do escritório Mattos Filho Advogados,

ponderou que a redução do ICMS sobre o

combustível ajuda a melhorar a competitividade

das empresas aéreas brasileiras, que tiveram

prejuízos bilionários em anos recentes. A

mudança também pode favorecer a entrada de

empresas ‘low cost’ no mercado doméstico.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/23/aereas-fazem-acordos-para-reduzir-icms-

do-querosene.ghtml

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Data: 23/10/2019

87

Grupo de Comunicação

NE discute efeito de vazamento de óleo no

turismo

Embarcação que navega de forma irregular é

principal suspeita de desastre ambiental,

segundo comandante da Marinha, Ilques Barbosa

Junior

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio,

afirmou que convocou uma reunião para hoje

com secretários de Estados nordestinos e

empresários para analisar o impacto no setor do

derramamento de óleo que atinge a região.

“O governo federal está fazendo tudo que é

possível para minimizar esse problema”, disse

ontem em audiência no Senado para falar sobre

a denúncia de que comandava um esquema de

candidaturas laranjas no PSL de Minas Gerais.

De acordo com ele, o objetivo do encontro é

“entender pontualmente” a situação de cada

Estado e traçar uma “linha de atuação” para

diminuir o impacto negativo do desastre

ambiental.

Para o comandante da Marinha, Ilques Barbosa

Junior, “o mais provável” é que o vazamento

tenha sido causado por um “dark ship”,

embarcação que navega de forma irregular,

geralmente levando carga não autorizada.

Porém, não descarta o envolvimento de um navio

regular. Além de navios irregulares, os

investigadores analisam 30 embarcações, de dez

nacionalidades diferentes, que apresentam maior

probabilidade de envolvimento no incidente.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

3/ne-discute-efeito-de-vazamento-de-oleo-no-

turismo.ghtml

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Data: 23/10/2019

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Grupo de Comunicação

Pagamento por cessão onerosa será adiado

Decisão atende a recomendação do TCU para

evitar risco fiscal

O governo decidiu adiar o pagamento de US$

9,05 bilhões à Petrobras, referente à revisão do

contrato de cessão onerosa do pré-sal. A medida

foi anunciada na noite de ontem em edição extra

do “Diário Oficial” da União. A decisão atende a

um alerta feito pelo Tribunal de Contas da União

(TCU), em relatório técnico que trata do novo

contrato e que será submetido hoje ao plenário

do órgão de controle.

Pelo o que estava previsto, a Petrobras receberia

os US$ 9,05 bilhões (R$ 34 bilhões) no dia 27 de

dezembro, quando era esperado o pagamento

dos bônus de assinatura do leilão, no valor de

cerca de R$ 106 bilhões.

Apesar de detectar várias falhas no processo da

cessão onerosa, o TCU decidiu aprovar com

ressalvas o novo compromisso. A justificativa é

de que um eventual cancelamento do leilão traria

prejuízos maiores que os eventuais ganhos

resultantes dos ajustes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, visitou

alguns ministros do TCU ontem. Na saída, disse

apenas que a visita teve o objetivo de esclarecer

as últimas dúvidas em relação ao novo contrato

da cessão onerosa.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

3/pagamento-por-cessao-onerosa-sera-

adiado.ghtml

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Data: 23/10/2019

89

Grupo de Comunicação

Aneel deixa de aplicar arredondamento na

bandeira tarifária

Medida valerá a partir de novembro

A diretoria da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) decidiu ontem não aplicar mais o

arredondamento dos valores adicionais cobrados

no sistema de bandeiras tarifárias. A medida

valerá a partir de novembro.

A mudança de critério veio em resposta à

demanda de deputados federais da Comissão de

Minas e Energia (CME), da Câmara dos

Deputados. Conforme o Valor havia noticiado no

dia 9 deste mês, os parlamentares ameaçaram

impor, por medida legislativa, o fim do

arredondamento dos valores da bandeira

tarifária.

A revisão dos adicionais das cores amarela e

vermelha foi um compromisso assumido pelo

diretor-geral da Aneel, André Pepitone da

Nóbrega, com o deputado Joaquim Passarinho

(PSD-PA). Para atender ao pedido dos

integrantes da comissão com a máxima urgência,

a diretoria da Aneel colocou a mudança para

valer já a partir do próximo mês, em caráter

extraordinário.

A regra deve ser aplicada de forma definitiva

após audiência pública, também aprovada

ontem, que colherá críticas e sugestões sobre o

tema entre 23 de outubro a 9 de dezembro.

O valor adicional é cobrado nas cores de bandeira

amarela e vermelha (patamar 1 e 2). No caso da

amarela, a Aneel havia arredondado o valor para

R$ 1,50 a cada 100 killowatts-hora (kWh)

consumidos. A bandeira vermelha patamar 1

conta com o valor adicional arredondado para R$

4,00 a cada 100 kWh e a do patamar 2 para R$

6,00 a cada 100 kWh.

A partir de novembro, o adicional cobrado pela

bandeira amarela passará para R$ 1,343 a cada

100 kWh. Já a bandeira vermelha patamar 1

passará para R$ 4,169 e a bandeira vermelha

patamar 2 passará para R$ 6,243 a cada 100

kWh consumidos.

O diretor da Aneel Sandoval Feitosa assegurou

que o arredondamento não trazia qualquer

prejuízo ao consumidor. “A incerteza do

comportamental das variáveis é esperada e a

metodologia empregada pelas superintendências

visa mitigar os desvios que por ventura

ocorrerem”, disse, durante a reunião pública da

diretoria.

Em outubro, as contas de luz indicam a bandeira

amarela. A cor de novembro deverá ser

anunciada pela agência até o fim deste mês.

Há duas semanas, Passarinho havia afirmado que

o arredondamento dos valores promovido pela

Aneel geraria um aumento de R$ 314 milhões na

arrecadação da chamada Conta Bandeira, que

acomoda os superávit ou déficit na arrecadação

dos recursos.

O parlamentar alegava que havia a promessa de

que, no ano que vem, a arrecadação excedente

seria devolvida para a conta. “Alguém aceita

pagar a mais no cartão de crédito e receber de

volta só no ano que vem?", questionou.

O sistema de bandeiras tarifárias serve para

cobrir o aumento do custo da geração em

períodos de baixa no nível dos reservatórios das

hidrelétricas, quando são acionadas as usinas

térmicas. Na bandeira verde não há cobrança de

valor adicional.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/23/aneel-deixa-de-aplicar-arredondamento-na-

bandeira-tarifaria.ghtml

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Data: 23/10/2019

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Toyota estreia em elétricos puros com

modelos inclusivos

No ano passado, 918,3 mil bebês japoneses

vieram ao mundo, a menor taxa de nascimentos

no país desde que esse dado começou a ser

registrado, em 1899, segundo o Ministério da

Saúde. Num dos países onde a população mais

encolhe e envelhece, os idosos começam a

alterar conceitos de transporte. A Toyota decidiu

aproveitar essa tendência em seu país de origem

e fazer a sua estreia no mercado de veículos

100% elétricos com uma linha que inclui modelos

para os que não têm ou perderam a capacidade

de mover-se.

A Toyota foi uma das primeiras a apostar na

eletrificação dos veículos, com o lançamento de

um híbrido, o Prius, em 1997. Mas é a última,

entre as grandes montadoras, a entrar no

segmento dos carros puramente elétricos, que

precisam de tomada para carregar as baterias.

Sua estratégia nesse mercado será, no entanto,

diferente.

Dos cinco modelos apresentados à imprensa

mundial, ontem, em Tóquio, apenas um é carro

de verdade. Os demais são soluções de

mobilidade individual que incluem uma “scooter”

coberta, um modelo tipo patinete no qual o

condutor vai em pé, outro com assento e um

exclusivo para cadeirantes que funciona acoplado

à cadeira de rodas. Segundo Akihiro Yanaka,

engenheiro chefe da linha de elétricos

ultracompactos, a linha de veículos 100%

elétricos se volta principalmente à população

idosa e com mobilidade reduzida, mas também à

necessidade de transporte simples e rápido em

centros urbanos congestionados.

Tóquio foi, ontem, uma exceção nesse cenário

imaginado pela Toyota. Com feriado decretado

em razão do entronamento do imperador

Naruhito, as ruas da capital japonesa estavam

vazias. A menos de dez quilômetros do Palácio

Imperial, o local da cerimônia, a Toyota exibiu

seus ultracompactos e micro veículos elétricos

como umas das soluções para a redução do

efeito estufa, um mantra que tem sido repetido

por toda a indústria automobilística. Não fosse a

chuva forte e previsões de novo tufão, até os

patinetes teriam sido testados ao ar livre.

A direção da Toyota sabe que é vista por alguns

como “atrasada” por não ter ainda lançado carros

100% elétricos e sempre mostrou não ter pelos

veículos que precisam de tomada para carregar

as baterias o mesmo entusiasmo com que

sempre defendeu os híbridos - cujos motores

elétricos são acionados por outro a combustão.

Há menos de um mês, a montadora começou a

produzir no Brasil uma versão do sedã Corolla

que representa o primeiro híbrido do mundo que

pode ser abastecido com etanol.

Executivos e engenheiros da montadora

passaram boa tarde do dia, ontem, tentando

mostrar que a opção, até agora, pelo híbrido não

representa uma dificuldade tecnológica, mais

uma análise de mercado. Yanaka mostrou, com

gráficos, mercados onde elétricos são vendidos

às custas de incentivos. “A questão é saber como

sair da fase em que se produz carros elétricos e

começar a fazer o cliente comprar”, destacou,

apontando entraves como custos e preços ainda

elevados das baterias.

Shigeki Terashi, vice-presidente e chefe mundial

da engenharia da Toyota, aproveitou a presença

de jornalistas de várias partes do mundo, que

estão no Japão para a apresentação do salão do

automóvel de Tóquio, para captar impressões

sobre a imagem da Toyota no conceito da

eletromobilidade.

Ao questionar quantos, na plateia, usam carros

elétricos, Terashi comentou que o número dos

que ergueram o braço ficou acima do que ele

imaginava. Mas chamou ainda mais sua atenção

ao questionar quantos gostariam que seu

próximo carro fosse elétrico. A quantidade de

respostas positivas aumentou significativamente,

mesmo levando em conta a parte da plateia

vinda de países onde essa realidade está ainda

bem distante, como o Brasil.

O primeiro carro Toyota puramente elétrico

chega ao mercado japonês no fim de 2020. O

chamado BEV tem 2,49 metros de cumprimento.

Com dois lugares, é bem menor que compactos

como o Fiat 500 e o Volkswagen up!, com 3,54 e

3,60 metros, respectivamente. É menor até que

a menor versão do Smart, da Mercedes-Benz

(2,69 metros). A altura do assento e o assoalho

sem desníveis foram desenhados pensando no

consumidor idoso. A velocidade máxima é de 60

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quilômetros por hora e a autonomia é de 100

quilômetros com uma carga de bateria completa.

Mas não são apenas os compactos que definirão

a estratégia de eletromobilidade da Toyota. De

olho, principalmente, no mercado dos Estados

Unidos, em 2020 será lançada uma versão do

luxuoso Lexus 100% elétrico.

Apesar de ser uma das últimas a entrar no

mercado de veículos totalmente elétricos, a

Toyota está, porém, entre as que mais apostam

no desenvolvimento de carros movidos a célula

de hidrogênio. Em 2014, a empresa lançou o

luxuoso Mirai, que usa essa tecnologia, e no

salão de Tóquio exibirá a segunda geração do

modelo, com maior capacidade de estocar

hidrogênio.

Na tecnologia de células de hidrogênio, sobre a

qual ainda pouco se fala no Brasil, esse elemento

químico é usado para gerar energia nos carros

elétricos, o que elimina a necessidade de

carregamento em tomadas. Em relação aos

combustíveis fósseis, a grande diferença é que o

escapamento do veículo libera apenas água, o

que o torna livre de emissões de poluentes.

Uma das maiores preocupações da Toyota, hoje,

é aumentar a capacidade das baterias. “Quando

os carros estiverem totalmente conectados e

automatizados vamos precisar de duas vezes

mais energia das baterias”, afirma Terashi. Além

disso, diz, “a visão de energia do futuro difere

conforme o país”. “E isso depende da velocidade

do desenvolvimento da infraestrutura de cada

região”.

(A repórter viajou a convite da Anfavea)

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/23/toyota-estreia-em-eletricos-puros-com-

modelos-inclusivos.ghtml

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Data: 23/10/2019

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Projeto da EDP une montadoras,

fornecedores e pesquisadores

Volkswagen, Audi, Porsche, ABB, Siemens,

Electric Mobility Brasil e Gesel participam da

instalação de rede de recarga ultrarápida de

carros elétricos

A companhia elétrica EDP conseguiu reunir em

um projeto para instalação de uma rede de

recarga ultrarrápida de carros elétricos no Estado

de São Paulo o que chamou de “ecossistema”

para a eletrificação da mobilidade: uma

companhia de energia elétrica, três montadoras,

três fornecedores de carregadores e

pesquisadores.

O projeto prevê a instalação de 30 estações de

recarga ultrarrápida que pretende atender todo o

Estado. O investimento total será de R$ 32,9

milhões e terá a parceria da Volkswagen, Porsche

e Audi que vão realizar os testes com seus

veículos para homologação da infraestrutura. A

ABB, Siemens e Electric Mobility Brasil serão as

fornecedoras da tecnologia de recarga. O projeto

conta ainda com participação do Grupo de Estudo

do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ. Os presidentes

de todas as empresas participaram da

apresentação.

A iniciativa da companhia portuguesa tenta

quebrar o dilema: não há mercado para o carro

elétrico porque não existe infraestrutura e não

existe infraestrutura porque não há carros

elétricos no mercado. “É um projeto que une

parceiros líderes mundiais e que formam um

ecossistema essencial para nossa iniciativa. É o

primeiro grande projeto nessa área da EDP no

Brasil, que cria o maior corredor estadual e o

maior da América Latina", afirmou Miguel Setas,

presidente da EDP no Brasil.

Com a nova rede, serão 64 pontos de

carregamento interligando São Paulo, Vitória,

Curitiba e Florianópolis, somando 2,5 mil

quilômetros. A instalação dos novos pontos

começa ainda neste ano e deve ser concluído até

2022. As primeiras estações serão entregues em

2020. Elas terão distância máxima de 150

quilômetros nas rodovias Tamoios, Imigrantes,

Carvalho Pinto, Governador Mário Covas, Dom

Pedro, Washington Luís e Régis Bittencourt. O

carregador ultrarrápido reabastece 80% da

bateria entre 25 e 30 minutos. Cada ponto de

recarga terá uma estação ultrarrápida e uma

semirrápida.

A EDP já investe em dois projetos menores nessa

área. Montou uma rede de seis pontos de

carregamento na rodovia Dutra, que une São

Paulo ao Rio. E outra no Espírito Santo, com oito

estações.

O presidente da Volkswagen, Pablo Do Si,

também recorreu ao termo “ecossistema” para

destacar a importância da parceria entre

montadoras, companhias de energia, de

tecnologia e a universidade. “É um divisor de

águas. É a primeira parceria entre empresas

privadas e universidades trabalhando juntos”,

afirmou. A Volkswagen planeja lançar seis

modelos elétricos no Brasil em cinco anos.

Rafael Paniagua, presidente da ABB no Brasil,

disse que 85% da matriz energética brasileira é

limpa e o país precisa aproveitar isso. “Temos de

aproveitar esse privilégio para investir em carros

leves elétricos, mas também nos veículos

pesados e no transporte público.” Sobre o temor

de falta de energia na medida que a frota elétrica

crescer, Paniagua afirmou que o país consegue

rapidamente aumentar a geração renovável para

atender a nova demanda. “Até porque essa

demanda vai ocorrer rapidamente. Não há risco

de falta de energia.”

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/23/projeto-da-edp-une-montadoras-

fornecedores-e-pesquisadores.ghtml

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