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CLIPPING 31 de outubro de 2019 DIA NACIONAL DA POESIA homenagem ao poeta nascido em 31 de outubro de 1902

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CLIPPING 31 de outubro de 2019

DIA NACIONAL DA POESIA

homenagem ao poeta nascido em 31 de outubro de 1902

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Mecanização no campo beneficia meio ambiente ............................................................................... 4

Simpósio apresenta tecnologias, experiências e os desafios da restauração ecológica ............................ 5

Instituto de Botânica de SP promove Simpósio de Restauração Ecológica ............................................. 7

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 8

Microbacias II: Cooperativa apoiada pelo projeto inaugura sede em Guaratinguetá ................................ 8

Conferência nos Estados Unidos tem presença de representantes da Cetesb ....................................... 10

Práticas Sustentáveis no Polo do Grande ABC ................................................................................. 11

Olímpia recebe outorga para devolver esgoto tratado ao Córrego Olhos D'Água .................................. 12

Câmara autoriza lixo 'extra' em aterro ........................................................................................... 13

Padre Sérgio tenta emplacar de novo projeto antiagrotóxico ............................................................. 14

Mais lixo em Americana ................................................................................................................ 15

Fumaça de empresa causa queixas ................................................................................................ 16

Seminário em Ribeirão Preto debate licenciamento ambiental ........................................................... 17

Tornando quadrada a Economia Circular ......................................................................................... 18

Prefeita cria comitê para atenuar danos na área contaminada da Satúrnia .......................................... 21

Procedimento para a incorporação da Logística Reversa ................................................................... 22

Ameaçado de extinção, bicudinho-do-brejo-paulista ganha reserva ................................................... 23

Mogi vai sediar dia 13 o 1º Seminário de Turismo ........................................................................... 25

PM desativa fábricas clandestinas de palmito e suspeitos são multados em mais de R$ 1,5 milhão ........ 26

Vereadores de Mauá esclarecem dúvidas antes de discutir acordo com Sabesp ................................... 28

Prefeitura de São Bernardo cria Selo de Compromisso Ambiental ...................................................... 29

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 30

Desafios aos programas de compliance II ....................................................................................... 30

Desafios aos programas de compliance .......................................................................................... 33

'Há tendência de diminuição', diz Ricardo Salles sobre manchas de óleo ............................................. 36

Acidente com transporte de produtos químicos cai 54% em 10 anos .................................................. 37

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 38

Justiça de SP libera concessão do parque Ibirapuera para a iniciativa privada ..................................... 38

Painel: Polêmica menção a Bolsonaro no caso Marielle amplia críticas do STF à apuração no Rio e a vazamentos ................................................................................................................................ 40

O poder e a liberdade de imprensa ................................................................................................ 42

Painel S.A.: Fabricantes estrangeiras de armas investem em vendas para pessoas físicas no Brasil ....... 44

Ao menos duas empresas desistem de participar de megaleilão do pré-sal ......................................... 46

Apesar de vazamento, 2019 é ano excepcional para petróleo, diz chefe da Petrobras ........................... 47

Prazo para cadastro de geradores de lixo em SP acaba nesta quinta-feira .......................................... 48

Mourão diz que navio legal que ejetou combustível é provável culpado por óleo .................................. 50

Alta do nível do mar pode afetar mais de 1 milhão de brasileiros ....................................................... 51

Mônica Bergamo: Suspeito de matar Marielle desmente porteiro de Bolsonaro .................................... 53

ESTADÃO ................................................................................................................................... 55

Justiça libera concessão do Parque do Ibirapuera à iniciativa privada ................................................. 55

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Grupo de Comunicação

Diversão sem lixo: é possível grandes eventos serem lixo zero? ........................................................ 56

Sonia Racy: Direto da Fonte ......................................................................................................... 58

Ministro da Defesa admite o risco de manchas de óleo chegarem ao Sudeste ...................................... 60

Ex-ministros do Meio Ambiente fazem apelo para que Brasil reconsidere realizar Cúpula do Clima ......... 61

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 63

Petrobras solicita à Odebrecht troca no comando da Braskem ........................................................... 63

País foi convidado a entrar na Opep, diz Bolsonaro .......................................................................... 65

Anúncio de investigação sobre vazamento aguarda volta de Bolsonaro, diz Mourão ............................. 66

Manchas no caminho ................................................................................................................... 67

Comissão aprova marco do saneamento ......................................................................................... 69

ONU busca alternativas para a CoP 25 ........................................................................................... 70

O CAR como requisito para a venda externa da soja ........................................................................ 71

Amazônia, caminho para a inovação .............................................................................................. 73

Prós e contras da cessão onerosa dividem petroleiras ...................................................................... 75

Fabricantes se dividem em acordo de reciclagem............................................................................. 77

Bayer já enfrenta quase 43 mil processos nos EUA por causa do glifosato .......................................... 79

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal Unica

Data: 30/10/2019

Mecanização no campo beneficia meio

ambiente

Portal Unica / Noticias

A mecanização da colheita da cana-de-açúcar

e a antecipação do fim das queimadas

possibilitou grande transformação nas regiões

canavieiras do Centro-Sul do país e,

principalmente, do estado de São Paulo.

Com o fim da queima da palha de cana-de

açúcar, o setor sucroenergético já deixou de

emitir mais de nove milhões de toneladas de

CO2, além de 55 milhões de toneladas de

outros poluentes atmosféricos. Além disso, a

mecanização das lavouras também contribuiu

para o aumento da fauna nativa nas regiões

canavieiras, redução considerável do uso de

água pela indústria e recuperação e proteção

do solo.

'O fim da queima da cana, em São Paulo,

trouxe mudança de paradigma. Tivemos uma

questão legislativa, que estabelecia que seria

o fim até 2030, e conseguimos avançar bem

antes desse período. É um verdadeiro marco

de mudança. Mantendo o setor na vanguarda

no que diz respeito ao agro e ao ambiental no

Brasil', afirma Patrícia Iglecias, diretora

presidente da Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb).

Segundo o diretor de Sustentabilidade da

Tereos, Edilberto Bannwart, isso se dá pela

manutenção da palha da cana no campo.

'Durante a colheita, a palha acaba ficando no

campo. Isso previne a erosão, além de manter

a umidade do solo. Há uma recuperação cada

vez maior, em virtude de não se ter mais

queimada, como antigamente', explica o

diretor.

Em 2007, com a assinatura do Protocolo

Agroambiental, o setor sucroenergético

antecipou em sete anos a eliminação da

queima da palha da cana-de-açúcar em áreas

mecanizáveis e mais de 14 anos em áreas não

mecanizáveis

Menos água no processo

A redução no uso de água no processo

industrial do setor chegou a 95% após o fim

das queimadas, caindo de 20 metros cúbicos

por tonelada, para apenas 1 metro cúbico.

'Foram vários impactos positivos que tivemos

em relação ao meio ambiente. O setor estava

procurando diminuir a captação de água. Hoje,

sem a queima, a cana não precisa mais ser

lavada na indústria', conta o gerente de Meio

Ambiente da Raízen, Giuseppe Zermo.

Retorno da fauna

Cinco anos após a implementação total da

mecanização no estado de São Paulo, já é

possível observar o retorno da fauna nativa

para as áreas de mata nas regiões de

canaviais.

O diretor de Sustentabilidade da Tereos

ressalta que as lavouras acabaram se

tornando ecossistemas temporários.

'Temos indicadores, por exemplo, da presença

de animais de topo de cadeia. A gente vê

muito mais gavião hoje. Se tem gavião é

porque tem rato, cobra e outros animais

menores. A onça-parda, por exemplo, a gente

vê muito mais do que via antes. Enfim, o

alimento para ela ficou muito mais disponível.

E ela migra. À medida que você vai colhendo,

ela vai migrando e esse equilíbrio vai se

restabelecendo', diz.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33045710&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: ABC do ABC

Data: 30/10/2019

Simpósio apresenta tecnologias,

experiências e os desafios da restauração

ecológica

Evento organizado pelo Instituto de Botânica

chega a sua oitava edição

A restauração ecológica que se fazia há quinze

anos não é mais viável hoje. Quem afirma isso

é o diretor-geral do Instituto de Botânica

de São Paulo (IBt), Luiz Mauro. Para

debater os avanços sobre as novas técnicas de

restauração ecológica e outros assuntos

relacionados, o IBt promove o VIII Simpósio

de Restauração Ecológica com o foco nos

“Desafios do processo de restauração frente à

crise ambiental”.

O encontro é uma oportunidade para

professores, estudantes, pesquisadores e o

público em geral participar de palestras sobre

temas relacionados a conservação,

restauração e biodiversidade. Serão cinco dias

de evento na sede do IBt e na São Paulo Expo,

ambos na capital paulista.

No dia 6 de novembro, o evento recebe a

palestra internacional sobre os desafios da

restauração ecológica no mundo e no Brasil da

professora da Universidad Autónoma del

Estado de Morelos, México, Eliane Ceccon.

Pela primeira vez, o Simpósio terá a

participação da Plataforma do Projeto de

Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do

Solo do Brasil (MapBiomas). O sistema será

apresentado pelo coordenador técnico, Marcos

Rosa, uma iniciativa de monitoramento aberta

e colaborativa, criada em 2015. A rede é

suportada pelo Google Earth Engine e recebe a

participação de especialistas nos biomas, usos

da terra, sensoriamento remoto, SIG e ciência

da computação. Por meio de mapas, o

programa incorpora os fatores ecológicos,

econômicos e sociais para o planejamento da

restauração, que possibilita planejar a

restauração em larga escala, para cada um

dos biomas brasileiros, consolidando a

dimensão espaço-temporal do uso da terra.

Outro destaque do evento será apresentado

pelos diretores do Instituto Florestal, Luiz

Alberto Bucci e Marco Nalon, além da diretora

da Geoambiente, Izabel Cecarelli, sobre a

evolução do Inventário Florestal do Estado de

São Paulo. O levantamento está fazendo um

diagnóstico da situação da cobertura vegetal

do Estado para fornecer informações

fundamentais para a formulação da política

ambiental, com dados precisos sobre os

fragmentos de remanescentes florestais.

Também são realizadas análises comparativas

com levantamentos anteriores, para

conhecimento das razões históricas que deram

origem às modificações ou alterações

constatadas.

O Simpósio contará ainda com a apresentação

da professora da Universidade Federal de

Lavras, Soraya Alvarenga Botelho, a respeito

de restauração ambiental sobre o rejeito após

o rompimento da barragem em Mariana e o

cenário da política nacional de segurança de

barragens e a situação do Estado de São Paulo

que será apresentada pela diretora do

Instituto Geográfico, Sonia Aparecida Abissi

Nogueira.

Temas como, restauração ecológica de

florestas tropicais, educação ambiental

visando a sistemas agroflorestais, fisiologia da

conservação e técnicas de utilização de

sementes de espécies nativas, cadastro e

monitoramento dos projetos de restauração,

irrigação por capilaridade em campo, assim

como técnicas alternativas ou

complementaraes de restauração, pesquisa de

botânica também serão abordadas em

apresentações e debatidas em mesas-

redondas.

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) participa da abertura do

Simpósio com a presença do secretário

Marcos Penido, do subsecretário de Meio

Ambiente, EduardoTrani, da diretora

presidente da Cetesb, Patricia Iglecias, do

diretor executivo da Fundação Florestal,

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Grupo de Comunicação

Rodrigo Levkovicz e do coordenador de

fiscalização e biodiversidade da SIMA,

Sérgio Marçon.

Para conferir a programação completa ou se

inscrever acesse o site:

http://www.infobibos.com/rad/index.html

https://www.abcdoabc.com.br/brasil-

mundo/noticia/simposio-apresenta-

tecnologias-experiencias-desafios-

restauracao-ecologica-91598

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Joseense

Data: 24/10/2019

Instituto de Botânica de SP promove

Simpósio de Restauração Ecológica

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente por meio do Instituto de

Botânica (IBt) promove, entre os dias 4 e 8

de novembro em São Paulo, o VIII Simpósio

de Restauração Ecológica. O foco dessa edição

será os “Desafios do processo de restauração

frente à crise ambiental”.

“Ao longo dos seus 81 anos de existência, o

IBt vem contribuindo por meio de pesquisas

científicas e discussões técnicas os métodos

para difundir a preservação e a recuperação

da biodiversidade ecológica no Brasil”, explica

o Secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido.

Nesta edição, com base nas pesquisas

científicas e nos processos socioambientais, se

pretende promover o cumprimento da

legislação ambiental, as metas estabelecidas

para a conservação da biodiversidade e a

restauração ecológica, com sustentabilidade

social.

A abertura do evento tem a palestra

internacional da professora da Universidad

Autónoma del Estado de Morelos (México),

Eliane Ceccon, sobre os desafios da

restauração ecológica no mundo e no Brasil.

“O Simpósio é dirigido à comunidade que atua

no campo da restauração. Ele vai apresentar

as tendências e experiências da restauração

ecológica nos biomas nacionais. São diversas

mesas-redondas, palestras, cursos, estandes

de apresentações de trabalhos científicos e

atividades relacionadas à disponibilização de

produtos e serviços”, comenta o Diretor Geral

do IBt, Luiz Mauro Barbosa.

Dentre os assuntos que serão abordados pelo

Simpósio estão ainda, a restauração ecológica

de florestas tropicais, educação ambiental

visando à restauração ecológica,

geoprocessamento e sensoriamento remoto

aplicados à restauração ecológica, fisiologia da

conservação e técnicas de utilização de

sementes de espécies nativas, contaminação

do solo por elementos-traço, readequação

ambiental e produtiva em propriedades rurais,

restauração sobre o rejeito após o rompimento

de barragem, estratégias de sustentabilidade

econômica das pequenas propriedades,

sistema agroflorestal, MapBiomas e evolução

do inventário florestal de São Paulo.

Nas edições anteriores, o Simpósio reuniu

aproximadamente mil participantes entre

universidades, institutos de pesquisa, órgãos

oficiais, licenciadores, consultores ambientais,

grandes empresas, instituições financeiras,

Ministério Público, ONGs, alunos de graduação

e pós-graduação, órgãos de assistência

técnica entre outros.

A expectativa da organização é que essa

edição supere os eventos anteriores em

número de participantes, na qualidade dos

debates e, principalmente, nos seus

desdobramentos para promover avanços em

Restauração Ecológica e nas políticas públicas

para o setor.

VIII Simpósio de Restauração Ecológica

Para conferir a programação completa ou se

inscrever acesse o site www.infobibos.com.

Instituto de Botânica

Durante os dias 4 e 5 ocorrem os minicursos

nas dependências do Instituto de Botânica,

localizado na Avenida Miguel Estéfano, 3031 –

Água Funda e o Simpósio, entre os dias 6 e 8,

São Paulo Expo Exhibition & Convention

Center, Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 –

Água Funda, São Paulo.

https://jornaljoseensenews.com.br/instituto-

de-botanica-de-sp-promove-simposio-de-

restauracao-ecologica/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Governo SP

Data: 30/10/2019

Microbacias II: Cooperativa apoiada pelo

projeto inaugura sede em Guaratinguetá

Iniciativa do Governo do Estado permitiu o

investimento de mais de R$ 1,3 milhão em

instalações e equipamentos

Em cerimônia realizada em Guaratinguetá no

dia 23 de outubro, o Secretário de Estado de

Agricultura e Abastecimento, Gustavo

Junqueira, acompanhado pela coordenadora

da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural

Sustentável (CDRS), Juliana Cardoso, e pelo

coordenador da Coordenadoria de

Desenvolvimento dos Agronegócios

(Codeagro), Diógenes Kassaoka, conheceu as

instalações e os equipamentos adquiridos em

um investimento de mais de R$ 1,3 milhão,

resultado do Projeto Microbacias II, executado

pela pasta.

O produtor rural Rodolfo Kodel, presidente da

Cooperativa dos Produtores de Arroz do Vale

do Paraíba (Coopavalpa), está colhendo os

frutos ao lado dos mais de 50 cooperados que,

após anos de trabalho conjunto com os

extensionistas da CDRS Regional

Guarantiguetá, acreditaram ser possível se

tornar protagonistas do desenvolvimento

sustentável da cadeia produtiva da rizicultura

na região.

“Houve um momento em nossa trajetória de

mais de 30 anos no cooperativismo, que

pensamos em desistir e fechar as portas. Em

2010, os técnicos da Secretaria de Agricultura,

que trabalham na Regional de Guaratinguetá,

nos apresentaram novas tecnologias de

produção e nos incentivaram a apresentar

uma Proposta de Negócio no Projeto

Microbacias II”, destacou Rodolfo Kodel.

“A partir de então, depois erros e acertos e

muitos aprendizados, chegamos neste dia de

celebrar a nossa sede, os silos para

armazenamento de grãos, o armazém para

insumos, os laboratórios móveis de análise e

tantos outros equipamentos, inclusive de

informática e de escritório. Isso tudo é motivo

de muita gratidão”, completou o produtor

rural.

Gustavo Junqueira enalteceu a conquista dos

cooperados. “Hoje, são mais que produtores,

pois se tornaram empreendedores rurais”,

disse o secretário, reforçando o compromisso

do Governo do Estado com o fortalecimento do

empreendedorismo no campo, investindo em

modernização da extensão rural e da defesa

agropecuária, bem como em pesquisas

sintonizadas com as demandas do meio rural,

levando inovações e tecnologia que gerem

renda e emprego.

Parceria

O prefeito de Guaratinguetá, Marcus Augustin

Soliva, salientou a importância da

Cooperativa, da rizicultura e da agropecuária

em geral para a economia do município de da

região.

“A presença do secretário mostra a força e o

respeito que a pasta tem para com os nossos

produtores. A Coopavalpa é a entidade que dá

suporte aos produtores da rizicultura e falar

dessa cultura é falar da história da Colônia do

Piagui, onde temos uma área enorme área de

plantio, que no passado foi alvo de um grande

trabalho feito em parceria com o Governo do

Estado”, afirmou.

Para Jovino Paulo Ferreira Neto, diretor da

CDRS Regional Guaratinguetá, que junto com

o corpo técnico de extensionistas acompanha

os cooperados nas propriedades e na

Cooperativa, o sentimento foi muito além do

dever cumprido.

“A secretaria atua de forma presente desde a

fundação da Coopavalpa, há mais de 30 anos.

Em 2010, a entidade estava com

possibilidades de ser liquidada. Quando teve

início a execução do Projeto de Microbacias II,

vimos a oportunidade de incluir a cooperativa

entre os beneficiários. A partir daí, pudemos

dar condições para que produtores

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Grupo de Comunicação

recebessem investimentos da ordem de R$1,3

milhão”, explicou.

“Nos últimos oito anos, a Cooperativa passou

de 25 mil sacos de arroz comercializados, para

cerca de 280 mil sacos em 2019. Com

agregação de qualidade na produção,

mudaram as relações de comercialização e os

preços recebidos pelos produtores

aumentaram entre 8% e 15% acima do

mercado. E com o trabalho contínuo de

assistência técnica e extensão rural, nos 2.200

hectares assistidos pelos extensionistas da

secretaria, hoje o Vale do Paraíba atingiu uma

produtividade média de 9.000 quilos de arroz

por hectare”, acrescentou Jovino Paulo

Ferreira Neto.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/microbacias-ii-cooperativa-apoiada-

pelo-projeto-inaugura-sede-em-

guaratingueta/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 30/10/2019

Conferência nos Estados Unidos tem

presença de representantes da Cetesb

Evento reuniu técnicos, pesquisadores e

gestores públicos para a troca de

conhecimento e de práticas implementadas no

mundo

Divulgação/Cetesb

Representantes da Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo (Cetesb)

participaram da conferência internacional

realizada entre 22 e 26 de setembro em

Sacramento, na Califórnia, nos Estados

Unidos. O evento reuniu técnicos,

pesquisadores e integrantes de órgãos

governamentais das áreas de meio ambiente e

de transportes, constituindo um fórum para a

troca de conhecimento e práticas

implementadas em todo o mundo.

A iniciativa contou com sessões técnicas,

painéis, simpósios, workshops e sessão de

pôsteres, que abordaram as soluções técnicas

em estudo e que vem sendo adotadas para a

mitigação dos impactos acarretados por

infraestruturas lineares sobre os ecossistemas,

animais silvestres, corpos d´água e demais

ambientes naturais afetados direta ou

indiretamente por essas estruturas.

Atividades

A equipe do Setor de Avaliação de

Empreendimentos de Transporte

Rodoviário (IETR) da Cetesb, responsável

pela avaliação de impacto ambiental para

embasar a emissão das licenças ambientais de

obras rodoviárias no Estado de São Paulo, foi

representada na conferência com a

apresentação de pôster pela funcionária

Marcia Adinolfi Canton Pladevall.

O conteúdo, de autoria das funcionárias da

equipe do IETR Ticiana Risden Viana e

Marcia Adinolfi Canton Pladevall, além de

Camilo Fragoso Giorgi, gerente do setor,

tratou do seguinte tema: “As vantagens da

implementação de sistema de drenagem

temporário no controle de processos de erosão

e assoreamento de corpos d’água”.

O pôster foi elaborado com base nas vistorias

técnicas realizadas pela equipe aos

empreendimentos de transporte rodoviário do

Estado, que são objeto de licenciamento no

IETR. Os contatos realizados e o material

coletado durante a conferência serão

importantes para o Setor de Avaliação de

Empreendimentos de Transporte Rodoviário,

que poderá aprimorar a análise dos impactos

ambientais decorrentes da implantação dos

empreendimentos rodoviários propostos.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/conferencia-nos-estados-unidos-tem-

presenca-de-representantes-da-cetesb/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Petro & Química

Data: 25/10/2019

Práticas Sustentáveis no Polo do Grande

ABC

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33025879&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: DHoje

Data: 31/10/2019

Olímpia recebe outorga para devolver

esgoto tratado ao Córrego Olhos D'Água

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33050379&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal - Americana

Data: 31/10/2019

Câmara autoriza lixo 'extra' em aterro

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33059396&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal - Americana

Data: 31/10/2019

Padre Sérgio tenta emplacar de novo

projeto antiagrotóxico

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33059396&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal - Americana

Data: 31/10/2019

Mais lixo em Americana

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33059489&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal - Americana

Data: 31/10/2019

Fumaça de empresa causa queixas

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33059490&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Central de Notícias da

Construção

Data: 31/10/2019

Seminário em Ribeirão Preto debate

licenciamento ambiental

RIBEIRÃO PRETO - A diretora-presidente da

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), Patrícia Iglecias,

participou do seminário Investe RP, em

Ribeirão Preto. Na ocasião, a gestora

apresentou a empresários da região a política

de licenciamento ambiental adotada pela

agência, mais ágil e simplificado.

A iniciativa permitiu, nos primeiros dez meses

do ano, atender 47.610 solicitações de

expedição de licenças, representando 39% a

mais de produtividade do órgão ambiental em

comparação com 2018.

Segundo Patrícia Iglecias, o total de

investimentos dos projetos já licenciados

neste ano em todo o Estado chega a R$ 38

bilhões. Outros R$ 17 bilhões referentes a

empreendimentos previstos estão em processo

de análise para concessões de licenças. 'Esse é

o resultado de uma diretoria específica que

analisa somente o licenciamento para

empreendimentos de alto impacto', salientou.

Desde 2009, o Desenvolve SP - Agência de

Desenvolvimento Paulista já financiou cerca de

R$ 128,8 milhões em projetos da iniciativa

privada e do setor público em Ribeirão Preto.

De acordo com a superintendente de Negócios

do banco, Ana Paula Shuay, o objetivo é

ampliar os aportes, já que facilitou o acesso

ao crédito para pequenos empresários.

(Fonte: Notícia pública do Estado de São

Paulo)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33041193&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Dazibao

Data: 30/10/2019

Tornando quadrada a Economia Circular

Uma breve análise crítica da Decisão de

Diretoria da CETESB, que incorpora a

logística reversa ao licenciamento ambiental

dos empreendimentos no Estado de São Paulo

Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB) publicou Decisão de

Diretoria (DD) 114/2019/P/C, publicada no

Diário Oficial do Estado de São Paulo no último

dia 25 de outubro de 2019. A normativa

revoga a DD CETESB nº 76/2018 e redesenha

o procedimento para a incorporação da

logística reversa no âmbito do licenciamento

ambiental.

A DD CETESB nº 114/2019 mantém o

licenciamento ambiental condicionado à

comprovação da logística reversa pelo

interessado requerente, impondo metas e

parâmetros para os seguintes produtos:

- Óleo lubrificante, para a logística reversa do

óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC)

e de suas embalagens plásticas;- Baterias

automotivas;- Pilhas e baterias portáteis;-

Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e luz mista;- Pneus, para logística

reversa de pneus inservíveis;- Agrotóxicos,

para a logística reversa de suas embalagens

vazias;- Tintas imobiliárias, para a logística

reversa de suas embalagens.- Ã'leo

comestível;- Filtro de óleo lubrificante

automotivo;- Produtos alimentícios, para a

logística reversa de suas embalagens;-

Bebidas, para a logística reversa de suas

embalagens;- Produtos de higiene pessoal,

perfumaria e cosméticos, para a logística

reversa de suas embalagens;- Produtos de

limpeza e afins, para a logística reversa de

suas embalagens;- Produtos eletroeletrônicos

de uso doméstico e seus acessórios, com

tensão até 240 Volts;- Medicamentos

domiciliares, de uso humano, para a logística

reversa dos respectivos medicamentos

vencidos ou em desuso e suas embalagens.

A nova normativa foca na forma de

cumprimento da logística reversa e sua

comprovação junto à agência, como requisitos

ao licenciamento ambiental.

Se por um lado, parece cumprir com o espírito

da Política Nacional de Resíduos Sólidos ( Lei

Federal 12.305 de 2010), a normativa termina

atropelando o esforço de regulação da

economia circular em escala nacional - em

debate no Congresso Nacional, além de criar

uma série de problemas graves para

empreendedores grandes e pequenos, alguns

obrigados mesmo a provar à autoridade, nos

termos do disposto na Decisão de Diretoria,

que não estão obrigados a cumprir com o take

back - por ter quem o faça na sua cadeia de

relação econômica.

Dentre outros requisitos burocráticos, a

CETESB estabeleceu a necessidade de se

comprovar o cumprimento da logística reversa

por meio de nota fiscal ou apresentação do

certificado de reciclagem de embalagens

(CRE). Incluiu também novos parâmetros e

metas - quantitativas e geográficas, visando

otimizar o fluxo de retorno do material e

ampliar a abrangência territorial.

Para tanto elaborou tabela constante na

normativa.

Embora haja muitas dúvidas quanto à sua

aplicação, a DD CETESB nº 114/2019

entrará em vigor no curto espaço de 30 dias,

corridos a partir de sua publicação - vale

dizer, em 24 de novembro de 2019.

O texto da normativa, com todo o respeito

devido à valorosa agência ambiental -

configura um enorme desestímulo à economia

circular. Da forma como redigida, a normativa

literalmente ATROPELA os acordos setoriais -

'complementando-os' por meio de Termos de

Compromisso de Logística Reversa - de tal

forma que as articulações coletivas

convencionadas sob o manto da Política

Nacional de Resíduos Sólidos serão distorcidas

por metas e pretensões logísticas espaciais

projetadas pelo Estado e impostas no varejo,

had hoc, a cada empreendedor que busque

licenciar ou renovar a licença de sua atividade.

A regulação pretendida para a nova economia

ficará dissolvida em vários círculos - o que

muito beneficiará grandes fornecedores de

material sujeito à logística reversa e onerará

os pequenos, que os adquirem para insumo na

produção e se encarregarão de fazer a tarefa

da reversão no varejo.

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Grupo de Comunicação

Os critérios constantes na normativa, por usa

vez, não seguem um padrão jurídico

tecnicamente adequado. Aliás, a péssima

estrutura técnico-legislativa aplicada ao texto

misturou prosélitos com normas jurídicas,

autorizando todo tipo de subjetividades. Há

ítens com vários parágrafos, formando uma

concepção que bem caberia numa dissertação,

não em um texto de caráter normativo.

Grave verificar que o balanço de massa ainda

não chegou ao mundo da logística reversa no

Estado de São Paulo. De fato, o que poderia

ser um excelente exercício de articulação

entre volumes de produção destinação e

reciclagem - calculados dentro da melhor

técnica de engenharia, ficou reduzido a um

sistema de logística anacrônico de

rastreamento eletrônico de origem e destino

de resíduos estabelecidos no novo porém já

vetusto 'SIGOR' - que originalmente não visa

registrar a logística reversa e, sim o destino

ambientalmente adequado do resíduo

descartado.

Com efeito, embora apontem os formulários

para um balanço de massa, traçando fluxo de

materiais, mensurando volume de produção,

etc - a enorme diversidade de atores que

busca a normativa incluir na condicionante

para o licenciamento ambiental, diluirá o foco

- produzindo um 'mercado de recibos e notas'

e, da mesma forma, uma sobrecarga de

autuações, recursos e pareceres -

desembocando na judicialização do sistema.

Valia a pena a diretoria suspender o quanto

antes a entrada em vigor da normativa e?

buscar adequar o foco, visando SUPORTAR a

atividade econômica paulista e não

BUROCRATIZAR ainda mais a já fragilizada

economia, sem que se obtenha efetivo ganho

ambiental.

Destaque para as metas de curtíssimo prazo e

pretensões de realização geográficas

constantes na decisão, que certamente fariam

corar qualquer dirigente europeu que

vivenciou a implementação gradual dessas

metas por décadas?

Enfim, há de se aplicar à normativa os

princípios basilares do direito público e

administrativo - para restabelecer a hierarquia

de diplomas legais, a começar da lei.

Deve-se aplicar à Decisão da CETESB o

disposto na Lei de Introdução às Normas do

Direito Brasileiro - Decreto-Lei n.4.657 de

1942, em especial nos artigos 20 e seguintes,

que deixam claro ás esferas administrativa,

controladora e judicial, que não se decidirá

com base em valores jurídicos abstratos sem

que sejam consideradas as consequências

práticas da decisão.

Deve a normativa, também, ser observada sob

a égide do disposto na Lei que institui a

Declaração de Direitos de Liberdade

Econômica - Lei 13.874 de 2019, que

estabelece normas de proteção à livre

iniciativa e orienta a atuação do Estado como

agente normativo e regulador, nos termos do

inciso IV do caput do art. 1º, do parágrafo

único do art. 170 e do caput do art. 174 da

Constituição Federal.

A Decisão CETESB, com o devido respeito à

autoridade paulista, o volume crescente de

exigências, seja no largo espectro de

atividades que serão atingidas, seja nos

aspectos relacionados à subjetividade na

aplicação das orientações - transfere

obrigações que deveriam ser adotadas

coletivamente - por acordo setorial, para a

relação desproporcional entre tomador público

da obrigação e ente sujeito à satisfação dos

requisitos - tomados individualmente de cada

empreendedor sujeito ao licenciamento

ambiental (via Termos de Compromisso).

Esse sistema terminará limitando a livre

iniciativa e o direito de cada um a

empreender, com a aposição de uma cangalha

pública de inserção na cadeia da logística

reversa em duplo grau - somando o que deve

ser visto na larga escala do acordo setorial -

suas entidades gestoras e sua entidade

reguladora, a instrumentos autorizativos que

não teriam em absoluto essa finalidade.

Esse viés segue na contramão do liberalismo

buscado na economia brasileira.

O Estado Brasileiro, promulgou Lei federal,

estabelecendo um princípio a ser observado na

aplicação, inclusive na proteção ao meio

ambiente, de interpretação em favor da

liberdade econômica, da boa-fé e do respeito

aos contratos, aos investimentos e à

propriedade, de todas as normas de

ordenação pública sobre atividades

econômicas privadas.

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Grupo de Comunicação

Assim, urge que o Governador João Dória

atente para a natureza da normativa e que a

digna diretoria da CETESB reveja o texto,

como um todo - conciliando o diploma com o

esforço federal, traçado nos últimos anos, de

implementação efetiva de uma economia

circular no Brasil.

*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado

(USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio

do escritório Pinheiro Pedro Advogados.

Membro do Instituto dos Advogados

Brasileiros - IAB e Vice-Presidente da

Associação Paulista de Imprensa - API. É

Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e

responsável pelo blog The Eagle View'. Foi

integrante da equipe que elaborou o plano de

transição da gestão ambiental para o governo

Bolsonaro.

Fonte: The Eagle View

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33049888&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Diário de Sorocaba

Veículo2: Jornal Z Norte

Veículo3: Nave.org

Data: 30/10/2019

Prefeita cria comitê para atenuar danos

na área contaminada da Satúrnia

A prefeita Jaqueline Coutinho está criando

comitê para tratar da questão da área da

Satúrnia, antiga fábrica de baterias

automotivas localizada no bairro Iporanga,

que está contaminada por chumbo e outros

metais. Decreto de 22 de outubro, que trata

da criação do comitê de estudos referentes à

área da antiga Satúrnia - Sistemas de Energia,

foi publicado na terça-feira (29) pela Imprensa

Oficial Município.

Presidido pelo secretário do Meio Ambiente,

Parques e Jardins Prefeitura, Maurício Tavares

da Mota, o comitê é um órgão colegiado de

caráter propositivo e deliberativo com

premissas a conduzir as questões relacionadas

à elaboração de estudos, definição de

diretrizes e formulação dos instrumentos

técnicos, jurídicos e econômicos necessários

para mitigar, atenuar e reparar os danos e

impactos ocasionados pelo encerramento das

atividades e contaminação da área onde

funcionou a Satúrnia.

O grupo é formado por representantes do

Ministério Público, Cetesb, Câmara de

Vereadores, Prefeitura, Serviço Autônomo de

Água e Esgoto (Saae), Corpo de Bombeiros e

Polícia Ambiental. O prazo é de que esses

estudos sejam apresentados à prefeita em 180

dias.

DESCARTE IRREGULAR DE CHUMBO - A

Secretaria do Meio Ambiente do Município vem

acompanhando o caso com bastante atenção,

assim como todo o trabalho realizado pela

Câmara Municipal para apurar as denúncias de

crime ambiental; pela Cetesb, que é o órgão

licenciador e tem responsabilidade sobre o

fato, e também na esfera judicial, com a

participação do Ministério Público.

O chumbo é um dos principais componentes

da fabricação da bateria automotiva e, ao final

do seu uso, a bateria deveria ser reciclada,

porém isso não foi feito pela empresa. O

descarte irregular era feito na própria área,

contaminando o local e configurando-se num

grave crime ambiental.

Outro agravante é que a área está sendo

utilizada para o garimpo ilegal, o que causa

principalmente risco à vida dessas pessoas. O

material recolhido, sem nenhum equipamento

de segurança, é utilizado para comercialização

de cobre e da 'escória'. Em razão disso, desde

setembro blitzs fiscalizatórias estão sendo

realizadas no local para evitar que essas

pessoas se contaminem com o material

depositado. 'Essa é uma questão de saúde

pública, ambiental e social muito grave. Com a

criação desse comitê, vamos discutir ações

efetivas para que isso não se torne um

problema ainda mais grave', destaca o

secretário Maurício Tavares da Mota.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33050177&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33032724&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33034426&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Grupo Verde Ghaia

Data: 30/10/2019

Procedimento para a incorporação da

Logística Reversa

Publicado novo procedimento para a

incorporação da logística reversa pela CETESB

A CETESB - Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo publicou a nova

Decisão de Diretoria CETESB para

regulamentar a exigência da comprovação de

atendimento à logística reversa no

licenciamento ambiental, através da Decisão

de Diretoria CETESB Nº 114, de 23-10-2019, a

qual irá revogar a Decisão de Diretoria

CETESB Nº 76, de 03-04-2018.

Disposições trazidas pelas Normas

Uma das disposições trazidas pela norma é

que todos os empreendimentos sujeitos ao

licenciamento ordinário que se enquadrem nas

linhas de corte dos itens 2.4.2.2 e 2.4.2.3,

que não tenham feito solicitação ou renovação

da licença de operação nos anos de 2019,

2020 ou 2021 e que ainda não tenham

apresentado Plano de Logística Reversa à

CETESB apresentem um Plano de Logística

Reversa até o dia 31-03-2022, bem como o

Relatório Anual de Resultados até 31 de março

de cada ano, a partir de 2023, com dados

referentes ao período de 01 de janeiro a 31 de

dezembro do ano anterior.

Outra disposição da norma é que cumprimento

das obrigações referentes à estruturação e

implantação de sistemas de logística reversa

possa ser feito por adesão das empresas a um

dos Termos de Compromisso de Logística

Reversa (TCLR) firmados entre a Secretaria do

Meio Ambiente (atual Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente), CETESB

e representantes dos respectivos setores

empresariais (cuja relação encontra-se

disponível na página da CETESB na internet),

ou por meio da estruturação e implementação

de um sistema de logística reversa, individual

ou coletivo, sendo que em ambos os casos, as

empresas devem observar condições

estabelecidas neste Procedimento.

Atendimento à logística reversa ambiental

A nova Decisão de Diretoria revisou algumas

metas quantitativas e geográficas bem como

inova em relação à DD 76/2018 ao exigir, no

item 4.3.5.1, a comprovação de cumprimento

do art. 33, §7º, da Política Nacional de

Resíduos Sólidos. Apesar das alterações, a

nova norma manteve a mesma lógica no que

se refere à definição de metas quantitativas e

geográficas mínimas separadas por tipos de

produtos ou embalagens com base em

normas, acordos setoriais ou termos de

compromisso editados ou celebrados em

âmbito federal ou estadual.

Para mais esclarecimentos, acesse a íntegra

do texto desta Decisão de Diretoria por meio

do módulo LIRA do Sistema SOGI ou através

do site Future Legis.

Bruna Marques da Costa / Departamento

Jurídico

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33031993&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cidade de Bauru

Data: 30/10/2019

Ameaçado de extinção, bicudinho-do-

brejo-paulista ganha reserva

Um pequeno pássaro que só habita duas

regiões do Estado de São Paulo e está

criticamente ameaçado de extinção acaba de

ganhar uma área protegida equivalente a 2,5

mil campos de futebol para tentar sobreviver à

poluição e à caça predatória. A prefeitura de

Guararema (SP) criou o Refúgio de Vida

Silvestre Bicudinho-do-Brejo-Paulista, primeira

unidade de conservação de proteção total

dedicada a uma ave no Estado.

O pássaro, criticamente ameaçado na

natureza, segundo lista do Ministério do Meio

Ambiente, só foi encontrado nas regiões de

Guararema e de São José dos Campos, no

Vale do Paraíba.

A criação da unidade, com 2.372 hectares,

resulta de esforços da prefeitura e da

Sociedade para Conservação de Aves do Brasil

(Save Brasil), em parceria com organizações

da sociedade civil, como o Instituto Suinã e a

Guaranature.

Pássaro de apenas 15 cm, com bico alongado,

o bicudinho-do-brejo-paulista foi descoberto

em 2004, mas só entrou para a lista oficial de

espécies brasileiras em 2015.

A pequena ave foi avistada próxima ao maior

centro metropolitano da América do Sul, a

capital paulista, com registros confirmados em

Mogi das Cruzes, Biritiba-Mirim, Salesópolis,

Guararema, São José dos Campos e, mais

recentemente, Santa Branca.

Assim que foi reconhecido como nova espécie,

o bicudinho já entrou para a lista de aves em

alto risco de extinção. O problema é que o

pássaro habita áreas muito vulneráveis, de

brejos naturais que estão desaparecendo ou

sendo poluídos.

Conforme Pedro Develey, diretor executivo da

Save Brasil, a criação do refúgio de vida

silvestre representa uma garantia de

conservação em longo prazo do passarinho.

"O comprometimento da prefeitura de

Guararema e os parceiros locais foi crucial

para esse resultado e é um bom exemplo para

ilustrar como diferentes setores da sociedade

podem trabalhar juntos para promover a

conservação da biodiversidade", disse.

A expectativa, segundo ele, é de que a área

atraia o interesse de ornitólogos

internacionais, devido à raridade do pássaro.

Entre 2017 e 2018, com apoio da American

Bird Conservancy e da Fundação Boticário, a

Save Brasil realizou um levantamento sobre as

ocorrências e um censo das populações do

bicudinho-do-brejo-paulista.

A pesquisa, que envolveu também outras

espécies da avifauna na região, forneceu

insumos para a definição da área a ser

protegida.

Conforme Ricardo Moscatelli, da Secretaria de

Meio Ambiente e Planejamento Urbano de

Guararema, a reserva abrange os limites da

área com ocorrências do bicudinho e vai

proteger também o sagui-da-serra-escuro,

pequeno primata presente nesse perímetro e

igualmente ameaçado de extinção.

"Serão protegidos também todos os elementos

naturais da Bacia do Ribeirão do Putim, que

está dentro do refúgio e é um tributário

significativo do Rio Paraíba do Sul, um dos rios

mais importantes do País", disse.

As pesquisas da Save Brasil indicaram a

existência de 253 espécies de aves em

Guararema e região, várias delas também

ameaçadas, como a água-cinzenta e o pixoxó,

que é uma das maiores vítimas do comércio

ilegal de animais silvestres.

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Grupo de Comunicação

Em parceria com a prefeitura e as

organizações civis, a Save Brasil desenvolve

projeto para engajar a população nos esforços

de preservação do bicudinho e das outras

espécies. A criação da unidade teve o apoio da

Fundação Florestal do Estado de São

Paulo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33042067&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 31/10/2019

Mogi vai sediar dia 13 o 1º Seminário de

Turismo

No próximo dia 13 de novembro, a Secretaria

Municipal de Cultura e Turismo, em parceria

com o Sebrae Alto Tietê, vai realizar o 1º

Seminário de Turismo de Mogi das Cruzes. O

evento, que tem por objetivo debater o

turismo sob diversos ângulos, reunirá

programação extensa, gratuita e aberta a

todos os públicos. Os interessados em

participar já podem fazer inscrição.

A programação vai se estender por todo o dia,

começando pelo credenciamento e abertura

oficial pela manhã e depois partindo para um

ciclo de palestras e debates. A primeira

palestrante do dia será a escritora e

consultora de turismo digital, Marta Poggi, que

trará a temática 'Turismo Inteligente: Como

embarcar nesta nova era?'.

Ainda no período da manhã, quem conduzirá a

segunda palestra é o empresário José

Fernandes, que é proprietário de uma rede de

hotéis na cidade de Socorro, no interior do

Estado de São Paulo, conhecida pelo seu

potencial turístico, em especial o turismo de

aventura. Ao público, ele apresentará a

palestra 'A Importância da União dos

Empresários do Turismo'.

Após pausa para o almoço, terá início a

programação da tarde, com a palestra 'Como

se tornar Município de Interesse Turístico?',

conduzida por Waldirene Ricanelo, que é

diretora técnica da Associação de Municípios

de Interesse Turístico do Estado de São Paulo

(Amitesp). Depois, será a vez de Roberta

Oliveira e Carolina Paes de Andrade, ambas

representantes do Serviço Social do Comércio

(Sesc), falarem sobre o programa de turismo

do Sesc, que é desenvolvido desde o ano de

1948.

A partir das 15h30, começará o painel

'Ecoturismo e Preservação Ambiental: Turismo

Consciente', que contará com a participação

da analista de sustentabilidade do Instituto

Ecofuturo, Cleia Araújo e da gestora da

Estação Ecológica da Serra do Itapety,

Lucila Manzatti. A mediação ficará sob a

responsabilidade do secretário municipal do

Verde e Meio Ambiente e presidente do

Conselho Mogiano do Meio Ambiente

(COMOMA), Daniel Teixeira de Lima.

O encerramento, com networking, está

previsto para as 16h30. O 1º Seminário de

Turismo de Mogi das Cruzes também tem

apoio do Consórcio de Desenvolvimento dos

Municípios do Alto Tietê (Condemat), do

Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e do

Circuito Turístico das Nascentes.

O Centro Cultural de Mogi das Cruzes, onde o

evento será realizado, fica na Praça

Monsenhor Roque Pinto de Barros, 360, no

Centro. Mais informações podem ser obtidas

pelo telefone 4798-6900.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33059934&e=577

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Veículo: G1 Santos e região

Data: 30/10/2019

PM desativa fábricas clandestinas de

palmito e suspeitos são multados em

mais de R$ 1,5 milhão

Equipes da Polícia Militar Ambiental em Juquiá,

SP, desativaram duas fábricas clandestinas do

produto em dois dias.

Por G1 Santos

Policiais localizam cerca de 1770 unidades de palmito juçara em propriedade rural — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

Equipes da Polícia Militar Ambiental

desativaram duas fábricas clandestinas de

palmito em Juquiá, no interior de São Paulo,

em dois dias. Nesta quarta-feira (30), o

proprietário de um dos estabelecimentos

ilegais foi encontrando com cerca de 1770

unidades de palmito juçara e acabou sendo

multado em mais de R$ 1 milhão.

Conforme apurado pelo G1, a ação aconteceu

durante um patrulhamento a uma área rural

do bairro Diquê, em Juquiá. Após uma

denúncia de que uma residência operava como

fábrica, os policiais foram encaminhados até o

endereço, onde avistaram dois suspeitos

fugindo em direção a uma área de mata.

Dentro do local, os policiais confirmaram a

existência da fábrica e, acompanhados por

uma testemunha, apreenderam 1769 unidades

de palmito juçara, 26 vidros do produto em

conserva, totalizando mais de 46 kg, além de

botijões de gás, vidros e outros equipamentos

voltados para a produção clandestina do

alimento.

Confirmada a identidade do responsável, o

material foi apreendido e encaminhado à

Delegacia de Polícia de Juquiá. De acordo com

as autoridades, o suspeito foi multado em R$

1.061.400,00 pela posse de palmitos naturais

e R$ 28.080,00 pela produção do alimento em

conserva dentro de Unidade de Conservação.

Responsável foi multado em mais de R$ 1 milhão por produção de palmito em Juquiá, SP — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

Meia tonelada

Na última segunda-feira (28), a Polícia Militar

Ambiental também apreendeu outros 525 kg

de palmito juçara pronto para ser

comercializado. De acordo com as

autoridades, a responsável foi multada mais

de meio milhão de reais por cometer infrações

ambientais.

O caso também aconteceu durante um

patrulhamento das autoridades ambientais no

bairro Diquê, em Juquiá. Após denúncias do

funcionamento de uma fábrica clandestina na

área, os policiais chegaram a uma propriedade

rural, onde era possível ver vidros com

palmito em conserva.

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Grupo de Comunicação

Polícia Ambiental apreende mais de 525 kg de palmito clandestino em Juquiá, SP — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

No total, foram apreendidos cerca de 360

vidros de palmito em tamanhos variados,

pesando aproximadamente 525 kg. A PM

também 180 vidros vazios, 437 tampas de

metal, além de facas, botijões de gás e

equipamentos e produtos destinados à

produção do alimento.

Segundo a Polícia Ambiental, uma mulher

se apresentou como proprietária do imóvel e

confessou ser a responsável pela produção de

palmito, enquanto os policiais retiraram as

apreensões da residência. A infratora

acompanhou a vistoria até o encaminhamento

do caso à unidade policial.

A ação foi apresentada na Delegacia de Polícia

de Juquiá, onde é investigada. Ainda segundo

a PM, a infração foi registrada em Área de

Proteção Ambiental e a responsável pelo

imóvel foi multada em R$ 569.520,00 pela

produção ilegal de palmito.

Fábrica clandestina de palmito é desativada em Juquiá, SP — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/10/30/pm-desativa-

fabricas-clandestinas-de-palmito-e-suspeitos-

sao-multados-em-mais-de-r-15-milhao.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 31/10/2019

Vereadores de Mauá esclarecem dúvidas

antes de discutir acordo com Sabesp

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33056564&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33056565&e=577

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Veículo: Diário Regional

Data: 30/10/2019

Prefeitura de São Bernardo cria Selo de

Compromisso Ambiental

A Câmara de São Bernardo aprovou nesta

quarta-feira (30) projeto do Executivo que

prevê a criação do Selo de Compromisso

Ambiental SBC, cujo objetivo é valorizar e

reconhecer o engajamento de integrantes da

sociedade civil no desenvolvimento

sustentável da cidade.

'A criação do selo vai de encontro com uma

série de medidas adotadas por organismos

internacionais, como é o caso da ONU, que

incentivam toda a população e empresas a

adotar códigos de conduta socioambientais,

bem como princípios básicos relacionados à

preservação do Meio Ambiente', afirmou o

prefeito Orlando Morando (PSDB).

O chefe do Executivo afirmou que 'as pessoas

físicas e jurídicas que receberem o Selo de

Compromisso Ambiental SBC não apenas

terão uma certificação, mas agregarão

também fortalecimento de imagem junto à

sociedade'.

CRITÉRIOS

O Selo Compromisso Ambiental SBC será

conferido pela Administração municipal,

anualmente, após análise da Secretaria de

Meio Ambiente e Proteção Animal, de ofício ou

mediante prévio requerimento feito por pessoa

física ou jurídica interessada na participação

do projeto.

Os interessados deverão apresentar

documentos que comprovem o

desenvolvimento de projetos de ambientais

para melhoria da qualidade de vida da

população da cidade, conforme a Política

Municipal de Meio Ambiente e Proteção

Animal. Contribuições e à doação de ações

integradas destinadas à solução dos

problemas ambientais locais também poderão

ser utilizadas para obtenção do Selo.

Atualmente, a Prefeitura de São Bernardo atua

em diversas frentes para ampliar ações de

preservação ambiental no município. Em

setembro, o prefeito Orlando Morando

participou de ação de plantio de árvores na

Esplanada do Paço, proporcionando assim, um

novo espaço de lazer e diversão para

moradores da cidade. Atualmente, a área

verde conta com 298 mudas plantadas. O

objetivo é atingir a marca de 500 até o fim do

ano.

Às margens da Represa Billings, a prefeitura

também tem feito ações frequentes para

combater o desmatamento e a construção de

moradias irregulares em áreas de preservação

ambiental.

Moradores, por sua vez, têm atuado com

iniciativas próprias por toda cidade. Caso de

profissionais que atuam em hortas

comunitárias e que tem promovido o plantio

de mudas em garrafas pets.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33049374&e=577

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30

Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: JOTA

Data: 30/10/2019

Desafios aos programas de compliance II

Contornos do dever de diligência em

contratações com terceiros

ANA FRAZÃO

NATÁLIA DE MELO LACERDA

Desde a consolidação da necessidade de

autovigilância no ambiente empresarial,

muitas discussões se aprofundam sobre o teor

do dever de diligência (due diligence) das

empresas e de seus administradores, bem

como de suas repercussões práticas. Sob a

égide do compliance empresarial, o dever de

diligência ganha uma dimensão

organizacional, a exigir dos administradores

uma estrutura compatível com as atividades

desenvolvidas e com os riscos por ela

assumidos1.

Assim, como um dos pilares do dever de

diligência, posicionam-se estrategicamente as

políticas preventivas de compliance para

permitir que a organização detenha condições

de adotar contracautelas não apenas

internamente, mas também externamente,

como ocorre na contratação de terceiros, até

mesmo como medida de proteção dos riscos

de responsabilização administrativa,

incrementados a partir da Lei nº 12.846, de

2013 (Lei Anticorrupção).

O risco trazido pela contratação de terceiros

estará sempre presente, independentemente

da atividade, motivo pelo qual surge a

necessidade de envolvimento da área de

conformidade nos procedimentos de know

your vendor (procedimentos de

aprovação/monitoramento de fornecedores)2.

Nesse contexto, as diligências para a

contratação e a supervisão de fornecedores,

prestadores de serviço, agentes intermediários

e associados se insere como um dos critérios

de efetividade dos programas de integridade,

conforme o inciso XIII do art. 42 do Decreto

8.420, de 2015. Somente assim os programas

de conformidade alcançam uma efetiva

dimensão institucional, na medida em que os

esforços individuais de uma empresa se

projetam igualmente sobre outros agentes, a

fim de ser fator de modificação da cultura

corporativa como um todo.

Tal medida se faz ainda mais acertada dentro

de um cenário de expansão da

contratualização dos processos produtivos

(outsourcing) e de fronteiras cada vez mais

tênues para a definição das empresas a partir

de suas estruturas hierárquicas3. Nesse

contexto, a ausência de hierarquia sobre

várias fases do processo produtivo precisa ser

substituída ao menos por um eficiente sistema

de compliance, pois é provável que a

multiplicidade de contratos ocasione falhas e

envolva até mesmo a prática de ilícitos,

resultando em danos às próprias empresas

contratantes e a terceiros.

Com efeito, as diligências prévias à

contratação e à posterior supervisão dos

parceiros de negócios são importantes para a

garantia não somente da qualidade dos bens e

serviços ofertados, como também para o

fomento da ética negocial, da proteção do

meio ambiente e dos interesses de partes

muitas vezes hipossuficientes, como

trabalhadores e consumidores.

Nesse sentido, o novo manual prático da CGU4

– editado para orientar a avaliação de

efetividade dos programas de compliance –

recomenda que as organizações procedam à

prévia verificação do envolvimento de

terceiros em casos de corrupção e fraudes

contra a administração, e, também, analisem

a existência de programas de integridade. Por

oportuno, o Guia direciona a realização de

profundas análises anteriormente à pactuação

de novas parcerias, como consórcios,

associações, joint ventures e sociedades de

propósito específicos.

Para a CGU, as seguintes medidas servirão

para demonstrar o atendimento do comando

prescrito no inciso XIII do art. 42 do Decreto

8.420, de 2015: (i) estímulos para integridade

entre os parceiros de negócios, (ii) existência

de cláusulas que obriguem a observância das

normas éticas e das práticas de integridade

nos contratos firmados; (iii) previsão de

aplicação de penalidades ou da rescisão

contratual em caso de irregularidades; e (iv)

medidas de mitigação de riscos.

Assim, a entidade contratante passa a ter o

dever de fomentar e de manter uma cultura

de integridade também em relação aos

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31

Grupo de Comunicação

terceiros com quem se relaciona, de modo que

ela deve se estruturar para reger a conduta

ética de seus colaboradores, podendo aplicar o

seu Código de Ética ou de Conduta ou criar um

código específico. Para tal mister, é primordial

a realização de treinamentos específicos.

Nada obstante, trata-se de uma tarefa

extremamente complexa. Na fase pré-

contratual, pode ser difícil analisar as

condições internas dos contratados com

relação às políticas de conformidade, até

mesmo porque a avaliação de tais questões

implica acessar informações muitas vezes

sigilosas, por questões comerciais,

concorrenciais ou por envolverem dados de

terceiros protegidos pelo direito à intimidade e

à privacidade.

Por sua vez, na fase contratual, é bastante

delicada a implementação de redes de

monitoramento de terceiros, sobretudo em

virtude das assimetrias de informação e dos

enormes custos atrelados com a instituição de

mecanismos de vigilância. Ainda que sejam

adotadas medidas de monitoramento, não há

uma zona confortável de imunidade contra

infrações, mormente em grandes

organizações. Além disso, ao invés de focar

em vigilância propriamente dita, é de todo

recomendável que se formatem soluções

inteligentes de governança nas redes

contratuais, induzidas pelas empresas

líderes5.

Os pontos aqui destacados apenas se somam

a vários aspectos já antecipados pela doutrina

nos desafios relacionados à sua

implementação6. Agora, tais questões

começam a chegar no Poder Judiciário, que

será um importante ator no processo de

consolidação dos parâmetros de concretização

dos deveres de compliance.

Já no ano de 2017, o Tribunal de Justiça de

São Paulo acatou a resilição unilateral de um

contrato de conta corrente diante de violação

de regras de compliance pela pessoa jurídica,

fundamentada por indícios de movimentações

irregulares em suas contas e da prática de

crimes por seus sócios7.

Agora, em decisão publicada em 03 de

outubro de 2019, o Tribunal de Justiça do

Distrito Federal (TJDF) abordou os limites da

verificação de contratação de terceiros no

processo de licitação, inclusive em momento

posterior à habilitação8. O SEST-SENAT,

entidade do terceiro setor, obteve

pronunciamento judicial favorável sobre a

possibilidade de exclusão de uma empresa do

certame licitatório então realizado, pelo

preenchimento incorreto ou inverídico do

formulário de conformidade.

Neste caso, após análises das unidades de

compliance, verificou-se que a contratação

poderia trazer riscos negativos à imagem do

SEST-SENAT, porquanto identificada a

existência de ação penal em relação a

diretores, com poderes de administração, de

empresas que figuram nos quadros societários

da licitante enquanto quotistas (uma das

empresas detém a metade do capital social da

licitante).

Nesse sentido, a Desembargadora Relatora

destacou o acerto da decisão interlocutória

proferida em primeira instância, no sentido de

que

“não há que se falar em ‘preclusão’ ou

qualquer outro impedimento para obstar a

contratação, apesar de a autora ter sido

considerada habilitada durante o certame.

Afinal, a aparente manobra e a condenação

pelo crime praticado pelos seus dirigentes

somente foram descobertos após análise

minuciosa da Governança de Compliance,

ressaltando que a declaração do ANEXO X foi

assinada como se não existissem esses fatos

pretéritos” (ID 9763853).

A tendência, portanto, é que questões como

essa ganhem força, exigindo um

acompanhamento atento da comunidade

jurídica, no sentindo de incorporar os

parâmetros fixados pelo Poder Judiciário na

materialização dos deveres de diligência em

relação aos terceiros contratantes.

—————————————————

1 É o que defende Ana Frazão no artigo

“Dever de Diligência. Novas perspectivas em

face de programas de compliance e de

atingimento de metas”. Jota.

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/colunas/constituicao-empresa-e-

mercado/dever-de-diligencia-15022017

2 OLIVEIRA, Patrícia Godoy, Desafios para

implementação de programas de compliance

em multinacionais. In CUEVA, Ricardo,

FRAZÃO, Ana. Compliance: perspectivas e

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32

Grupo de Comunicação

desafios dos programas de conformidade ,

Belo Horizonte: Forum, 2018, p. 257.

3Ver, sobre o tema, ARAÚJO, Fernando. Teoria

económica do contrato. Coimbra: Almedina,

2007; FRAZÃO, A. Joint ventures contratuais

[mimeo], 2015; COSTA, Natália Lacerda

Macedo. Novas fronteiras da empresa e joint

ventures contratuais: repercussões sobre a

responsabilidade civil, Revista Jurídica da

Presidência, 2016.

4 https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-

integridade/arquivos/manual-pratico-

integridade-par.pdf

5 Eduardo Saad-Diniz (Ética negocial e

compliance: entre a educação executiva e a

intepretação judicial. São Paulo: Thomson

Reuters Brasil, 2019, p. 168)destaca um caso

importante de modificação do comportamento

ético pela construção de redes de governança

ou articulação de redes contratuais: é o que se

conhece como novo efeito Wal Mart, em que

uma empresa líder se vale de seus recursos

para provocar melhorias em toda sua cadeia

positiva.

6 FRAZÃO, Ana; MARTINEZ MEDEIROS.

Desafios para a efetividade dos programas de

compliance. In: Compliance: perspectivas e

desafios dos programas de conformidade. Belo

Horizonte: Fórum, 2018.

7TJ-SP 10130735720168260100 SP 1013073-

57.2016.8.26.0100, Relator: Sérgio Rui, Data

de Julgamento: 16/11/2017, 36ª Câmara

Extraordinária de Direito Privado, Data de

Publicação: 16/11/2017

8 TJ-DF 07220507720188070001 DF

0722050-77.2018.8.07.0001, Relator:

SANDRA REVES, Data de Julgamento:

12/09/2019, 2ª Turma Cível, Data de

Publicação: Publicado no DJE : 03/10/2019

ANA FRAZÃO – Sócia de Ana Frazão

Advogados. Professora de Direito Civil e

Comercial da UnB. Ex-Conselheira do CADE.

NATÁLIA DE MELO LACERDA – Procuradora

Federal com atuação no núcleo de ações

prioritárias da Equipe de Trabalho Remoto em

Matéria Ambiental da Procuradoria Regional

federal da 1ª Região. Mestranda pela

Universidade de Brasília-UNB.

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/colunas/constituicao-empresa-e-

mercado/desafios-aos-programas-de-

compliance-ii-30102019

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33

Grupo de Comunicação

Veículo: JOTA

Data: 23/10/2019

Desafios aos programas de compliance

Como avaliar efetividade das políticas de

conformidade e criar um sistema de incentivo

para a sua implementação

ANA FRAZÃO

NATÁLIA DE MELO LACERDA

Uma das mais problemáticas questões

relacionadas à efetividade dos programas de

compliance diz respeito à capacidade de

avaliação de sua efetividade, seja

internamente pela própria empresa, seja pelos

órgãos incumbidos do poder de impor as

sanções e proceder à dosimetria de penas.

Em primeiro lugar, os programas de

compliance envolvem características muito

dinâmicas e inerentes ao próprio contexto

organizacional. Daí por que é difícil

desenvolver uma abordagem holística para

aferir se a empresa detém capacidade

organizacional adequada para difundir a ética

em seus processos de decisão1.

Conforme alerta Maurice Stucke2, tal ponto

impacta de forma determinante na habilidade

de as empresas compreenderem o regime de

incentivos, e, a partir dele, moldarem a sua

conduta e sua organização rumo à

estruturação de programas de compliance

efetivos. Esse aspecto é ainda mais complexo

quando somado à inconsistência em relação

aos critérios e às metodologias a serem

utilizados na avaliação do compliance pelos

reguladores.

Ademais, ainda que existam diretrizes para

avaliação, a exemplo daquelas empregadas

pela CGU, diante da própria natureza que

assumem os programas de compliance, muitos

dos componentes de avaliação não são de fato

suscetíveis de gerarem um padrão avaliativo

uniforme e aplicável universalmente a diversos

setores.

Consequentemente, tem-se a delicada

situação em que o agente econômico, ao optar

pela implementação de um programa de

compliance, submete-se a suportar de

imediato os custos respectivos, sem muitas

vezes ter uma avaliação adequada da

necessária contrapartida, traduzida nos

benefícios que dele se esperam.

Logo, enquanto os custos do compliance são

certos e imediatos, os benefícios muitas vezes

se colocam em um horizonte de incerteza e de

longo prazo.

É fácil entender a razão pela qual, no contexto

descrito, não há garantias de que, a partir de

um modelo baseado em checklists, haverá de

fato o compromisso da empresa com a

conformidade efetivamente traduzido em suas

práticas. Desse modo, a apresentação formal

de atendimento das diretrizes emanadas pelos

guidelines pode não ter muita significância na

diferenciação de um programa de compliance

de fachada ou efetivo.

Daí a necessidade de que, partindo da

premissa de que a autorregulação não existe

em um vazio institucional e apenas será eficaz

em um contexto de corregulação, possa o

Estado avançar na tarefa de facilitar e

incentivar a adoção de programas de

compliance, o que não será possível sem a

construção de critérios e metodologias de

avaliação que criem os incentivos necessários

para a sua implementação de forma segura

pelas empresas.

Por isso, Eugene Soltes3 propõe um modelo

de avaliação flexível, baseado no atendimento

de duas condições necessárias pelas

empresas: (i) a existência de iniciativas para

apoiar cada dos três objetivos (prevenção,

detecção e alinhamento dos objetivos

regulatórios) de um programa eficaz e (ii) uma

rigorosa evidência científica para apoiar a

eficácia de cada uma das iniciativas de

compliance. Trata-se de uma abordagem que

reconhece que diferentes empresas irão

projetar seus programas de maneiras

diferentes, necessitando de uma avaliação

flexível nos respectivos componentes

específicos.

A análise de Soltes mostra-se acertada, pois o

incremento das rotas de responsabilização das

empresas e a concessão de benefícios pela

implementação dos programas de compliance,

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34

Grupo de Comunicação

sem ter em conta o conhecimento científico

sobre o comportamento esperado dos

regulados, pode dar um senso de

incredulidade ao compliance, especialmente

quando se depositam todas as esperanças na

autovigilância empresarial e não há

embasamento métrico para qualificar um

programa como efetivo.

Entretanto, os rumos para a avaliação de

efetividade dos programas de compliance no

Brasil ainda são incertos no que respeita os

seus efeitos nas penas e no estabelecimento

da culpabilidade. Tal dificuldade se apresenta,

em primeiro lugar, porque o tema ainda é de

desenvolvimento recente, além de ser

complexa a discussão sobre os fundamentos

da culpabilidade de pessoas jurídicas.

Entretanto, algumas questões sobre o tema

começam a surgir nos tribunais, sendo

oportuno abordar a discussão veiculada na TC

016.991/2015-0, que tramitou perante o

Tribunal de Contas na União4.

Em um processo que discutia a aplicação das

sanções de inidoneidade pelo prazo de 5 anos

pela Corte de Contas, foram opostos

embargos de declaração, nos quais uma das

empresas recorrentes argumentou a omissão

no acórdão quanto à consideração de

elementos que demonstram a observância das

regras de compliance. Segundo a embargante,

a eficácia e a implementação do programa

estariam comprovadas pela obtenção de

certificações ISO 19600:2014 e ISO

37001:2016, e pelo reconhecimento do

compliance pela CGU, no ano de 2016, com

atribuição de nota 9 no Programa Pró-ética.

Não obstante isso, o Tribunal não entrou no

mérito quanto ao ponto, apenas registrado a

falta de omissão, reafirmando seu

posicionamento a partir de transcrição o

acórdão embargado, nos seguintes moldes:

“(…) não há rol de agravantes e atenuantes

legalmente firmado. Mas, no caso concreto,

pelas tratadas consequências da fraude, a

punição deve ser a maior fixada pela lei”.

Ora, a existência de um programa de

compliance efetivo deveria ser analisada em

situações como essa. Na verdade, o ideal seria

até que se cogitasse de exclusão de

responsabilidade administrativa da empresa

em casos nos quais se afastasse a

reprovabilidade da conduta diante da

inexistência de defeito da organização, sem

prejuízo da responsabilidade civil objetiva da

empresa pelo ressarcimento de eventuais

danos e da responsabilidade das pessoas

naturais que praticaram o ilícito em nome da

empresa5.

Entretanto, é fundamental que a eficácia dos

programas de compliance seja considerada ao

menos como um atenuante, sob pena de se

reduzirem excessivamente os incentivos para

a sua adoção pelos agentes econômicos.

Espera-se, portanto, dos tribunais, que

possam estar preparados para enfrentar o

tema, cientes de que seus entendimentos

serão fundamentais para incentivar ou

desincentivar o engajamento dos agentes

econômicos no compliance.

Outra dificuldade que merece registro é a

ausência de adequada publicização ou

facilidade de acesso em relação às decisões da

administração pública proferidas no âmbito do

processo administrativo sancionador,

dificultando a análise e a sistematização dos

critérios concretos de dosimetria aplicados

pelas autoridades de enforcement nacional.

Assim, é necessário que os reguladores

encontrem meios de divulgação e consolidação

concreta dos aspectos ponderados na

avaliação de efetividade dos programas,

mesmo que para tanto tenham que filtrar a

informação por decorrência do sigilo das

investigações e dos envolvidos com os acordos

de leniência.

Desse modo, para compreender com maior

segurança a efetividade do compliance no

Brasil, será necessário acompanhar de perto

os dados sobre a aplicação do instrumento

pelas próprias empresas e pelos órgãos que

detenham a competência para avaliação dos

programas de compliance. Esses aspectos são

cruciais não só para academia, mas,

sobretudo para garantir a transparência da

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Grupo de Comunicação

efetividade da política regulatória para a

sociedade.

Conclui-se, portanto, que a implementação de

programas de compliance efetivos é um

objetivo que dificilmente será alcançado sem o

engajamento recíproco de reguladores e

regulados em construir, de forma clara,

segura e transparente, não somente critérios e

metodologias de avaliação, mas também os

incentivos para a adoção dos referidos

programas, especialmente no que diz respeito

à atenuação da responsabilidade no âmbito

punitivo.

————————————-

1 Tal questão não foi olvidada pela CGU. A

esse respeito, confira-se o Manual prático de

avaliação do programa de integridade em PAR,

2018, pp. 22-23, disponível em:

https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-

integridade/arquivos/manual-pratico-

integridade-par.pdf

2 Ver: STUCKE, M. In Search of Effective

Ethics & Compliance Programs. 39 Journal of

Corporation Law 769, 2014, p. 815. Disponível

em https://ssrn.com/abstract=2366209.

Acesso em 01.10.2019.

3 SOLTES, Eugene. Evaluating the

effectiveness of corporate compliance

programs: establishing a model for

prosecutors, courts, and firms. Journal of Law

& Business, Volume 14, Number 3, 2018, p.

992. Disponível em:

https://docs.wixstatic.com/ugd/716e9c_d2bbd

781bef742ba8f74bd65206dd0b2.pdf

4 TCU – ACOMPANHAMENTO (ACOM):

01699120150, Relator: WALTON ALENCAR

RODRIGUES, Data de Julgamento:

22/05/2019, Plenário.

5 Ver, sobre o tema, FRAZÃO, Ana. Programas

de compliance e critérios de responsabilização

de pessoas jurídicas por ilícitos

administrativos.. In: ROSSETTI, Maristela A.;

PITTA, Andre G.. (Org.). Governança

corporativa: avanços e retrocessos. 1ed.São

Paulo: Quartier Latin, 2017, v. 1, p. 23-57.

ANA FRAZÃO – Sócia de Ana Frazão

Advogados. Professora de Direito Civil e

Comercial da UnB. Ex-Conselheira do CADE.

NATÁLIA DE MELO LACERDA – Procuradora

Federal com atuação no núcleo de ações

prioritárias da Equipe de Trabalho Remoto em

Matéria Ambiental da Procuradoria Regional

federal da 1ª Região. Mestranda pela

Universidade de Brasília-UNB.

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/colunas/constituicao-empresa-e-

mercado/desafios-aos-programas-de-

compliance-23102019

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37

Grupo de Comunicação

Veículo: Revista Petro & Química

Data: 30/10/2019

Acidente com transporte de produtos

químicos cai 54% em 10 anos

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33025879&e=577

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Data: 31/10/2019

38

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Justiça de SP libera concessão do parque

Ibirapuera para a iniciativa privada

Empreiteira Construcap administrará seis

parques municipais por 35 anos

Guilherme Seto

SÃO PAULO

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu liberar

a concessão do parque Ibirapuera para a

iniciativa privada. O processo enfrentava

imbróglio judicial e estava suspenso desde

março, após ser questionado pelo Ministério

Público e pelo vereador Gilberto Natalini (PV).

Nesta quarta-feira (30), a juíza Cynthia Thomé

extinguiu as ações que pretendiam anular a

concorrência.

A empresa que reformará e administrará o

Ibirapuera e outros cinco parques da cidade será

a Construcap, empreiteira que foi arrolada na

Lava Jato. Ela venceu a licitação em março com

proposta de R$ 70,5 milhões.

Uma vez assinado o contrato, o que deve ocorrer

nas próximas semanas, a empresa ficará à frente

dos parques durante 35 anos. Em troca, poderá

instalar serviços comerciais em diferentes locais

deles e realizar eventos, entre outras

alternativas.

Conceder os parques foi uma das promessas de

início de mandato de João Doria (PSDB). Ele

deixou o cargo para concorrer ao governo do

estado sem conseguir vê-la realizada.

O pacote de parques foi montado com a ideia de

balancear a lucratividade do Ibirapuera com a

manutenção de espaços na periferia ou de menor

atratividade, no caso os parques Jacintho Alberto

(Pirituba), Eucaliptos (Morumbi), Tenente

Brigadeiro Faria Lima (Parque Novo Mundo),

Lajeado (Guaianases) e Jardim Felicidade

(Pirituba).

Com a principal área verde de lazer da capital em

suas mãos, a Construcap terá considerável

potencial de retorno financeiro, mas também terá

de implementar melhorias nos demais parques.

Em ações que apresentaram à Justiça em março

para solicitar a interrupção do processo de

concessão, Natalini e o Ministério Público

argumentaram que as responsabilidades de

preservação ambiental dos futuros

concessionários estavam colocadas de maneira

vaga no edital e que os órgãos técnicos foram

afastados da definição das funções

socioambientais que teriam que ser mantidas.

Em acordo costurado pela juíza Cynthia Thomé, a

prefeitura, a Promotoria e Natalini concordaram

que o projeto ficaria congelado durante um

período para elaboração de um plano diretor para

o Ibirapuera. A proposta era estabelecer

diretrizes para possíveis mudanças que venham a

ser implementadas no parque.

Entre as questões abordadas no documento, por

exemplo, estão a limitação de acesso a grupos

com atividades comerciais, como assessorias

esportivas e grupos de ioga, e a definição da

capacidade máxima de público em shows e

eventos realizados no parque.

Em setembro, a prefeitura entregou uma última

versão do plano diretor, construída após

contribuições da Secretaria do Verde e da

população, que participou por meio de audiências

públicas. Ao fim do processo, porém, não se

chegou a um consenso.

Enquanto o promotor do caso, Carlos Henrique

Prestes Camargo, aceitou a última versão do

plano, o vereador Natalini foi contrário a ela.

Na visão do promotor, "a maioria das

preocupações externadas [inicialmente] foram

atendidas pela Secretaria do Verde, que bem

tutelou os maiores pontos de interesse

socioambiental do parque".

Entre os pontos citados estão que ações que

afetem árvores só podem ser realizadas em

"caráter excepcional e devidamente justificado" e

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Data: 31/10/2019

39

Grupo de Comunicação

que é vetada qualquer redução da

permeabilidade do parque.

Já Natalini sustenta que o processo de realização

do plano diretor tem fortes indícios de fraude.

Segundo ele, as reuniões para discutir as regras

tiveram a presença de funcionários da

Construcap se passando por usuários do parque.

Por esse raciocínio, a empresa teria ajudado a

moldar as normas para si mesma.

De acordo com Natalini, essas pessoas somaram

62,58% dos presentes. "Ao todo, 83 pessoas

vinculadas ou ligadas à concessionária

participaram das atividades de 'participação

popular' como se fossem frequentadoras", diz.

O vereador também afirma que o plano de

negócios abre brechas para descontrole. "Ele

prevê que a partir do segundo ano a empresa

poderá ganhar até R$ 178 milhões por ano. Sabe

quanto é a arrecadação hoje? R$ 2 milhões", diz.

O vereador pretende recorrer da decisão da

Justiça de liberar a concessão.

Questionada pela Folha, a Construcap afirmou

que as participações dos funcionários em

audiências são legítimas e democráticas.

"A empresa participou de todas as reuniões

pertinentes, se manifestou nos autos, tinha

porta-voz oficial presente que se identificou em

todas as interações, bem como seus prestadores

de serviço assim o fizeram. A Construcap se fez

presente para ouvir os anseios da população", diz

em nota.

Sobre a Lava Jato, a empresa ressalta que foi

absolvida de todas as acusações em 2017.

Em 2016, um dos donos da Construcap, Roberto

Capobianco, foi preso e, no ano passado,

condenado pelo então juiz Sergio Moro a 12 anos

de prisão em regime fechado por corrupção

ativa, lavagem de dinheiro e associação

criminosa.

Após analisar as ponderações de Natalini e do

promotor, a juíza Cynthia Thomé resolveu,

então, que os argumentos do vereador não foram

suficientes para desqualificar o plano diretor da

prefeitura, liberando a concessão.

De acordo com a decisão, o plano diretor e a

atuação de órgãos como o Ministério Público e o

conselho gestor do Ibirapuera deverão garantir

que o parque não tenha danos no serviço

ambiental.

"Não há dúvida de que o plano diretor

apresentado não é perfeito, e dificilmente seria.

Contudo, tutela os interesses socioambientais, e

ainda, poderá ser aperfeiçoado em cinco anos,

por ocasião de sua revisão", escreveu Thomé.

Sobre a acusação de fraude na elaboração do

plano, a juíza observou que o consórcio não

impediu os demais munícipes de participarem

das audiências e, por isso, não teria prejudicado

o resultado.

Internado no hospital Sírio-Libanês para o

tratamento de um câncer, o prefeito Bruno Covas

(PSDB) gravou um vídeo em que comemora a

decisão da Justiça. Ele diz que a cidade terá

ganho de R$ 1,7 bilhão com a concessão dos

parques.

"Com isso teremos uma empresa cuidando do

parque, [que será] muito mais bem cuidado,

[com] serviços mais bem prestados", disse o

prefeito, que destacou que não será permitida a

cobrança para entrar nos parques. Segundo ele,

haverá apenas a cobrança de serviços prestados,

como restaurantes e estacionamentos.

"Assim poderemos focar no que é essencial ao

poder público, que é educação, saúde, habitação,

transporte", completou Covas.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1

0/justica-de-sp-libera-concessao-do-parque-

ibirapuera-para-a-iniciativa-privada.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Painel: Polêmica menção a Bolsonaro no

caso Marielle amplia críticas do STF à

apuração no Rio e a vazamentos

Tiro de festim

A suspeita de que houve tentativa de forjar

acusação que envolvesse Jair Bolsonaro na

investigação do assassinato de Marielle Franco

ultrapassa as fronteiras do Planalto e da PGR. A

avaliação de integrantes do Judiciário é a de que

buscaram manipular diversas instituições,

inclusive o STF. Integrantes da corte dizem que

as informações sobre o depoimento do porteiro

que mencionara Bolsonaro foram enviadas ao

Supremo a conta-gotas e com contradições

aparentes, o que causou desconfiança.

Diz que…

Fontes do STF relatam que a primeira notícia de

fato sobre o depoimento do porteiro do

condomínio no qual o presidente morava chegou

há cerca de 15 dias, já apontando

inconformidade da versão com registros oficiais.

…diz

Dias depois foi enviado o áudio que mostra que,

para ingressar no condomínio, o suspeito de ter

servido de motorista aos supostos assassinos de

Marielle ligou para a casa de um comparsa, e não

para a do presidente, como dizia o porteiro. Tudo

foi apenas remetido, sem análise ou juízo de

valor formal, à PGR.

Sobe som

O vazamento à imprensa –o depoimento foi

revelado pelo Jornal Nacional– ampliou o volume

das críticas à porosidade de investigações

sigilosas. Ministros chamaram Ministério Público e

polícias de “irresponsáveis”.

Ricochete

Há temor no Parlamento e no STF de que o

episódio só tenha servido para inflar o

radicalismo de Bolsonaro contra instituições

como a imprensa e o Ministério Público.

Vigiai

Deputados do RJ, de esquerda e de direita,

também desconfiam da chance de o depoimento

do porteiro ter sido obra de grupos que tentam

atrapalhar a apuração do assassinato de Marielle.

Vigiai 2

Esse grupo lembra de relatos de milicianos

infiltrados tanto no Ministério Público como na

Polícia Civil –e de que não é a primeira vez que

informações são vazadas para desviar o foco do

suspeito de ser mandante do crime, o ex-

deputado Domingos Brazão.

Efeito…

Responsabilizado publicamente por Bolsonaro, o

governador Wilson Witzel (RJ), é visto como um

que sai ferido do caso.

…colateral

A aposta é a de que ele terá dificuldade repactuar

a recuperação fiscal do estado. Flávio Bolsonaro

foi aconselhado a falar direto com prefeitos sobre

recursos federais, isolando o desafeto.

De baciada

A comissão de ética do PSL vai analisar cerca de

30 representações que pedem a suspensão de

deputados da ala ligada a Bolsonaro. Além de

denúncias coletivas, há acusações individuais.

Tempo de plantar Aliados do presidente apostam

que o procurador-geral, Augusto Aras, abrirá

uma ação civil pública para apurar se a cúpula do

PSL cometeu improbidade administrativa, gerindo

mal os recursos do fundo. A estratégia, que visa

bloquear a verba do partido, foi revelada pelo

Painel dia 17.

Sem fim

Deputados do PSL notaram a ausência de

Caroline de Toni (PSL-SC) na audiência pública

da Comissão de Constituição e Justiça, desta

quarta (30), que debateu a proposta que prevê a

prisão após condenação em segunda instância,

da qual ela é relatora. Foi acusada de só querer

“aparecer no Facebook”.

Chega mais

Líderes de PV, PDT, PSB e Rede querem costurar

alianças em cerca de 120 cidades na eleição do

ano que vem. Pela negociação, a cabeça de

chapa ficaria com o nome que se mostrasse mais

competitivo, e as demais siglas se

comprometeriam em apoiá-lo. Novas conversas

estão marcadas para novembro.

Tiro ao alvo

Renan Calheiros apresentou nova representação

ao Conselho Nacional do Ministério Público contra

Deltan Dallagnol, e dessa vez também acionou a

procuradora Thaméa Danelon. Motivo: o fato de,

segundo mensagens reveladas pelo The

Intercept, eles terem municiado pedido de

impeachment de Gilmar Mendes, do STF.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Vai flecha

Renan sustenta que Thaméa e Deltan exerceram

“advocacia privada através da redação

clandestina do pedido de impeachment” de

Mendes. Apesar de orientada pelos procuradores,

a ofensiva foi assinada por Modesto Carvalhosa.

Até agora, nenhum dos procedimentos contra

Deltan no CNMP deslanchou.

TIROTEIO

Seguimos apoiando o ministro Moro nas ações

contra a pirataria, mas é bom a assessoria do

presidente ficar mais atenta

De Fabio Lepique, da Comissão de Combate ao

Mercado Ilegal em SP, sobre a inclusão de

empresários chineses na comitiva de Bolsonaro

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/31/

polemica-mencao-a-bolsonaro-no-caso-marielle-

amplia-criticas-do-stf-a-apuracao-no-rio-e-a-

vazamentos/

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

O poder e a liberdade de imprensa

Bolsonaro não pode lançar mão de instrumentos

de poder para interferir na mídia

Segundo o Ministério Público, o porteiro mentiu.

É isso. Mesmo antes do MP se manifestar, muita

gente já “sabia” que era mentira. Uma outra

turma, mesmo depois, continua “sabendo” que é

tudo verdade. A verdade líquida, na era digital,

tem dessas coisas.

De qualquer forma, tenho uma intuição. Se tudo

se mostrar de fato um balão furado, Bolsonaro

sairá disso com um bônus retórico semelhante ao

que ganhou após o atentado que sofreu, antes

das eleições.

Mas há um tema complicado aí, que diz respeito

às relações do poder com a liberdade de

imprensa. É aí que Bolsonaro insiste em um erro.

Não um erro em sua estratégia política, mas para

nossa democracia. De um tipo que tem uma

longa história.

Todos se lembram de Leonel Brizola e sua

infatigável disputa com a Rede Globo. Segundo

Brizola, concessões de TV eram como linhas de

ônibus, “não pode transportar uns e não

transportar outros”. O problema, por óbvio, era

explicar o que isso significava exatamente.

Mesmo que o princípio abstrato do “transportar a

todos” seja correto, sua aplicação será dada pela

própria imprensa. Cada veículo definirá quando e

de que jeito cada um entra em cena. É injusto?

Talvez.

Justo seria um mundo onde uma equidistante

inteligência distribuísse a verdade, para todos, ou

desse espaços iguais a cada inverdade? Lamento.

Esta superinteligência não existe, e todas as

vezes que alguém tentou fantasiar algo nessa

linha foi um desastre.

No início de seu mandato, Lula protagonizou um

episódio dantesco, tentando expulsar do país o

então correspondente do The New York Times no

Brasil, Larry Rohter. Foi um episódio isolado, mas

revelador.

Todos se lembram, ainda há exatos três anos, do

repórter Caco Barcellos sendo agredido no centro

do Rio de Janeiro, aos gritos de “abaixo a Rede

Globo”. Os donos da verdade, à época, eram

outros.

Outros presidentes, incluindo-se aí Sarney,

Fernando Henrique, Dilma e Temer, tiveram

posturas de um modo geral republicanas com a

imprensa. Diante da quase obsessão de setores

da esquerda em “regular a mídia”, Dilma cravou

a frase que deveria ser exposta

permanentemente no Palácio do Planalto: “Sobre

a mídia, só o controle remoto”.

São exemplos importantes por uma simples

razão: é disso que é feita a democracia. O

argumento em favor da liberdade de expressão é

há muito conhecido. Um de seus heróis foi John

Stuart Mill, dizendo o óbvio: que a única razão

para permitir que apenas ideias verdadeiras

fossem veiculadas seria uma extrema confiança

na infalibilidade humana.

Tudo isso é sabido, ainda que frequentemente

esquecido por quem detém o poder.

Recentemente tivemos um exemplo disso, vindo

de nossa Suprema Corte. No episódio de

interdição da revista Crusoé, o presidente da

corte nos brindou como uma frase lapidar: “Se

você publica uma matéria chamando alguém de

criminoso (...) e isso é uma inverdade, tem que

ser tirado do ar. Ponto. Simples assim”.

Na verdade, é bem complicado. Ninguém tem, na

democracia, o dom de revelar a verdade. Ela

surge, a mais das vezes, do contraditório, da

fratura, do cotejo dos fatos. A condição para o

acerto, no mundo da informação, é precisamente

a possibilidade do erro.

É claro que se deseja que as pessoas ajam com

responsabilidade (por muito tempo se discutirá

se a Globo agiu com responsabilidade, neste

episódio, e imagino que a própria emissora fará

esta avaliação). É evidente que a imprensa pode

ser criticada, inclusive por quem ocupa posições

de poder. A imprensa está longe de ser uma

“instituição” que observa a sociedade de fora.

As democracias vêm assistindo, em nossa época,

a um processo agudo de polarização, e boa parte

da imprensa terminou igualmente polarizada.

Isto é um erro, sinal de mau jornalismo, na

minha visão, mas é a expressão de um direito. O

parcialismo da imprensa profissional fará apenas

com que ela perca mais e mais espaço e

credibilidade em meio ao caos informacional de

nossa época. Mas quem deve julgar isso são os

leitores, os ouvintes, os cidadãos. Não o poder.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

É exatamente nisso que consiste o erro do

presidente Bolsonaro. Ele tem o direito de criticar

este ou aquele veículo de mídia, e eventualmente

extravasar a sua indignação.

Mas não pode, sob nenhuma hipótese, lançar

mão de instrumentos de poder que a República

lhe confere para arbitrar ou interferir nesta ou

aquela opinião, neste ou naquele jornalista ou

veículo de mídia. E não pode por uma singela

razão: ele lida com poderes dos quais é um

guardião, mas que não lhe pertencem.

Porque somos uma república, afinal de contas.

Fernando Schüler

Professor do Insper e curador do projeto

Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da

Fundação Iberê Camargo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernando

-schuler/2019/10/o-poder-e-a-liberdade-de-

imprensa.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Painel S.A.: Fabricantes estrangeiras de

armas investem em vendas para pessoas

físicas no Brasil

Distribuidora da multinacional Sig Sauer começa

a entregar pistolas

Negócios carregados

O endosso do governo Bolsonaro à compra de

armas já leva fabricantes estrangeiros a

expandirem suas áreas de atuação. A

multinacional Sig Sauer, que opera no Brasil com

venda de armas para governo desde o fim de

2017, quando assinou seu primeiro contrato no

Ceará, agora investe no comércio para pessoas

físicas. Segundo sua distribuidora no país, a

Performa Extreme/Sig do Brasil, começam a ser

entregues neste mês as primeiras unidades de

uma série com 2.000 pistolas.

Alvo

A previsão é que venham 8.000 em 2020. O

fornecimento das armas será feito com

treinamento para categorias como defesa

pessoal, competição esportiva e proteção de

propriedades rurais, de acordo com a empresa.

Susto

A exaltação de Bolsonaro na live de terça (29)

sobre o caso Marielle foi um dos grandes

assuntos entre empresários nesta quarta (30).

Alguns ficaram preocupados com o risco de que

uma nova crise pudesse atrasar o anúncio de

medidas econômicas da próxima semana.

Calma sem medo

A calma veio dos sinais de tranquilidade

transmitidos nas manifestações públicas de Paulo

Guedes e Hamilton Mourão.

Segurança

A Bolsa subiu mais um pouco e ficou a impressão

de que a fala irritada do presidente foi mais do

mesmo, nas palavras de um grande empresário.

Outro ironizou o fato de que o próprio Bolsonaro,

na live, demonstrou um receio maior que o

mercado de que a situação poderia abalar a

confiança no país.

Pavio

Após recentes atritos que provocaram greve e a

exclusão de pais de funcionários dos Correios do

plano de saúde, os conflitos voltam a crescer na

estatal. Trabalhadores questionam a assembleia

geral extraordinária realizada na quinta passada

(24) sobre o novo estatuto do Postal Saúde, que

opera os planos de saúde dos profissionais.

Trilhos

No evento para potenciais investidores do

programa de concessões do governo paulista

realizado no Palácio dos Bandeirantes nesta

quarta (30), a exploração de receitas comerciais

nas áreas das estações de trens da linhas 8 e 9

da CPTM, em São Paulo, parece ter sido o grande

atrativo para interessados.

Fio

Segundo Rodrigo Abreu, diretor de operações e

negócios da Oi, a empresa pretende participar do

leilão do 5G, ainda sem data, mas estuda

alternativas. Uma opção é alugar os mais de 300

mil quilômetros de fibras óticas da rede da Oi

para outras operadoras conectarem suas

antenas.

Prêmio A 29ª edição do Folha Top of Mind reuniu

cerca de 1.300 pessoas no Tom Brasil na terça

(29). No evento, conduzido por Danielle Winits e

Marcelo Marrom, subiram ao palco empresários,

publicitários e representantes das marcas.

Camisa

A equipe de Omo, toda vestida com roupas

iguais, recebeu o Top do Top --na última edição,

dividiu troféu com Coca-Cola, Nike e Samsung--

e o Top Confiança. “Relançamos a marca e

inserimos a cultura popular na nossa linguagem”,

disse Giovanna Gomes, diretora de marketing da

Omo.

Conexão

Shell e Lubrax ganharam a categoria de óleo

lubrificantes. “Adotamos uma abordagem mais

digital e o prêmio sinaliza que isso faz sentido”,

afirmou Luiz Eduardo Passos, gerente-geral da

Shell Lubrificantes.

Futuro

Estações de carregamentos para carros elétricos,

como as que existem em postos da rede na

Europa, estão nos planos para o Brasil, de acordo

com Passos.

Viagem

Gol e CVC levaram o prêmio de turismo. A CVC

quer oferecer destinos com preços acessíveis

para driblar a lenta retomada da economia, disse

Lúcia Bittar, diretora de marketing.

Mar

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Segundo a executiva da CVC, a companhia está

ajudando a limpar as manchas de óleo das

praias, financiando equipamentos e fornecendo

transporte para voluntários.

Conta

Vencedor da categoria de bancos desde 1992, o

Banco do Brasil ganhou também o troféu Top

Aplicativo de Bancos, junto com Itaú, Bradesco e

Caixa. “Nossos 211 anos são de solidez, mas

trazemos inovação. Vamos lançar uma carteira

digital em novembro”, disse Paula Sayão,

gerente-executiva de marketing.

Visão

Volkswagen e Fiat foram as marcas de carro mais

citadas no Brasil. Leandro Ramiro, gerente-

executivo de marketing da Volkswagen, afirma

que a companhia vive sua maior ofensiva de

produtos. A empresa também testa a venda de

veículos feita com óculos de realidade virtual.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

colaborou Ricardo Ampudia

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/fabricantes-estrangeiras-de-armas-

investem-em-vendas-para-pessoas-fisicas-no-

brasil.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Ao menos duas empresas desistem de

participar de megaleilão do pré-sal

BP e Total ficam fora do certame marcado para o

dia 7

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

Ao fim do prazo para o depósito de garantias

para o megaleilão de áreas do pré-sal, ao menos

2 das 14 empresas inscritas anunciaram que

estão fora da disputa, agendada para o dia 7.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e

Biocombustíveis) informou que não divulgará

quantas continuam no páreo. A entrega das

garantias de oferta é obrigatória para garantir

presença no leilão.

Na terça (29), em teleconferência com analistas,

a britânica BP disse que já havia comunicado à

ANP sua desistência. A empresa segue os passos

da francesa Total, que já anunciou no início do

mês a decisão de não participar.

Na teleconferência de terça, diretor financeiro da

BP, Brian Gilvary, não explicou as razões da

desistência. Em julho, porém, o presidente da

companhia, Bob Dudley, havia dito que o leilão

“parece muito caro”.

Em nota no início do mês, a Total alegou que o

processo não lhe oferece a oportunidade de ser

operadora, ou líder do consórcio responsável

pelas áreas —embora a Petrobras tenha optado

por liderar apenas duas das quatro áreas

oferecidas.

No leilão, o governo oferecerá quatro

descobertas já feitas pela Petrobras no pré-sal da

bacia de Santos. A maior delas é a área de

Búzios, hoje a principal produtora de petróleo do

país, cujo bônus mínimo será de R$ 68,2 bilhões.

A segunda maior, Sépia, tem bônus de R$ 22,8

bilhões. O bônus mínimo de Atapu é R$ 13,7

bilhões, e o de Itapu, R$ 1,7 bilhões. A Petrobras

anunciou que disputará Búzios e Itapu, o que

garante ao governo uma arrecadação mínima de

R$ 70 bilhões.

Entre as outras 12 empresas inscritas, o mercado

tem dúvidas sobre a participação daquelas de

menor porte, como a colombiana Ecopetrol, a

alemã Wintershall e a portuguesa Galp, diante do

alto desembolso necessário para participar de

consórcios.

Reunidas em evento no Rio nesta semana, as

gigantes do setor preferiram não confirmar se

estarão presentes, embora em geral tenham

declarado que o Brasil está entre as prioridades

em seus portfólios de investimentos.

Na abertura do evento, o ministro de Minas e

Energia, Bento Albuquerque, chegou a dizer que

“diversas empresas” apresentaram garantia. O

diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que ao

menos 70% da arrecadação está garantida com a

participação da Petrobras.

Analistas dão como certa a participação da

americana Exxon e da anglo-holandesa Shell, por

exemplo. A também americana Chevron e a

norueguesa Equinor têm tido presença ativa nos

últimos leilões de petróleo realizados no país.

A grande dúvida no mercado é se haverá disputa

pelas áreas ou se o alto investimento levará as

empresas a se juntarem à Petrobras, que repetiu

duas vezes nesta semana que entrará para

ganhar na disputa pelas duas áreas.

Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é

fixo e vence o consórcio ou empresa que se

comprometer a entregar o maior volume de

petróleo para o governo durante a vida útil dos

projetos, após o desconto dos custos.

Além do desembolso inicial, as empresas terão

de ressarcir a estatal por investimentos já feitos,

em um valor estimado em até R$ 120 bilhões,

cuja forma de pagamento terá de ser negociada

entre as partes.

O governo prometeu dividir a receita do leilão

com estados e municípios, que dividirão, cada

grupo, 15% da arrecadação. Por estar em frente

às reservas, o Rio ficará com 3%.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/ao-menos-duas-empresas-desistem-de-

participar-de-megaleilao-do-pre-sal.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Apesar de vazamento, 2019 é ano

excepcional para petróleo, diz chefe da

Petrobras

Roberto Castello Branco citou recorde de

produção e megaleilão como pontos importantes

para o setor

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

O presidente da Petrobras, Roberto Castello

Branco, disse nesta quarta (30) que, apesar do

vazamento que atinge as praias do Nordeste,

2019 é um ano excepcional para a indústria

brasileira do petróleo.

Ele argumentou que a Petrobras atingiu seu

recorde de produção e, na semana que vem, o

governo realiza o maior leilão de petróleo da

história do país, o chamado leilão da cessão

onerosa, com a oferta de quatro descobertas

feitas pela estatal.

"Apesar do preço do petróleo relativamente baixo

e do desastre ambiental provocado pelo

vazamento de óleo venezuelano que danifica as

belas praias do Nordeste, este é um grande ano

para a indústria do petróleo no Brasil", disse, em

discurso durante evento que reúne as empresas

do setor no Rio.

As manchas de petróleo de origem desconhecida

já atingiram um teço do litoral brasileiro e o

governo ainda não consegue estimar o fim da

emergência. A Petrobras vem apoiando o

governo no processo de limpeza das praias.

Os recordes de produção mencionados por

Castello Branco foram obtidos no terceiro

trimestre, quando a empresa conseguiu, pela

primeira vez, manter sua produção acima de 3

milhões de barris por dia, em média, durante um

mês inteiro.

O desempenho é resultado da instalação de

novas plataformas no campo de Lula, o maior

produtor do país, e Búzios, o segundo maior,

ambos na Bacia de Santos. Maior descoberta de

petróleo do Brasil, este último é parte do leilão

da cessão onerosa, que oferecerá ao mercado

reservas excedentes aos cinco bilhões de barris

que a Petrobras tem direito de explorar.

Em seu discurso, Castello Branco disse que a

Petrobras certamente vai disputar as áreas de

Búzios e Itapu e repetiu que a empresa entrará

no leilão "para vencer". Mesmo se perder, porém,

terá o direito de ficar no consórcio vencedor, já

que manifestou ao governo interesse pelas duas

áreas, conforme previsto na legislação.

Na terça, o diretor-geral da ANP (Agência

Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis),

Décio Oddone, afirmou que apenas o interesse da

Petrobras já garante o sucesso do leilão, uma vez

que a estatal pretende levar metade das áreas

em oferta.

Se todas as áreas forem vendidas, o governo

levantará R$ 106 bilhões. No dia seguinte ao

megaleilão, a ANP promove outra licitação, dessa

vez com cinco áreas exploratórias do pré-sal.

Castello Branco disse que não vê, para os

próximos 20 anos, pico de demanda de petróleo,

apesar do crescimento de fontes renováveis na

matéria energética global. Ainda assim, afirmou

que os tempos de petróleo a US$ 100 (cerca de

R$ 400) por barril “pertencem à história”.

O presidente da Petrobras deixou o evento sem

dar entrevistas, por uma área usada pela

organização para servir o almoço em que a

estatal foi homenageada pelo desenvolvimento

tecnológico na área de Libra, também no pré-sal.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/apesar-de-vazamento-2019-e-ano-excepcional-

para-petroleo-diz-chefe-da-petrobras.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Prazo para cadastro de geradores de lixo em

SP acaba nesta quinta-feira

Possibilidade de multa assustou comerciantes da

cidade em setembro

Guilherme Seto

SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo irá aplicar multa de R$

1.639,60 em estabelecimentos comerciais

considerados grandes geradores de lixo (acima

de 200 litros por dia) que não estiverem

cadastrados no sistema de controle de lixo da

cidade até o final desta quinta-feira (31).

O registro não tem custo, e a prefeitura solicita

que seja feito tanto por pequenos como grandes

geradores de lixo no site do controle do sistema

de lixo da cidade. A multa por não se cadastrar

será aplicada somente aos grandes geradores.

Segundo a Folha apurou, o site é gerenciado pela

empresa Green Platforms, que doou a plataforma

em 2017 para o poder público. O dono, Francisco

Miguel Goulão Rego (conhecido como Chicko

Sousa), que assinou o contrato com a prefeitura

como procurador da empresa, também é

proprietário da Greening Inovação e

Sustentabilidade, empresa oferece ampla gama

de serviços ligados à cadeia de gestão de

resíduos sólidos.

A gestão Covas afirma que a empresa não

poderá usar os dados a que terá acesso na

plataforma para outros fins que não a gestão da

própria plataforma doada.

A prefeitura solicita que se cadastrem no sistema

todas as empresas com CNPJ (microempresa,

Mei, Eireli, entre outras) situadas no município,

assim como todas as empresas com sede fora da

capital, mas que prestam serviços no processo de

transporte, manuseio, reciclagem ou destino final

de resíduos sólidos gerados na cidade.

A ideia do cadastro, segundo a prefeitura, é

melhorar o gerenciamento das emissões e

destinos de resíduos sólidos gerados na cidade.

Ao realizar o cadastramento de forma virtual

(antes era presencialmente) e anualmente (antes

era a cada três anos), a prefeitura espera ter

métricas de controle de geração de resíduos mais

precisas, que possibilitarão a redução de gastos

com a coleta pública de lixo, o aumento do

controle das etapas do sistema e a minimização

da proliferação de pragas urbanas (roedores,

aves e insetos).

No site divulgado pela prefeitura para cadastro

de empresários, os pequenos geradores de lixo

têm de inserir dados como número do IPTU,

CPNJ e endereço. Eles também devem informar a

frequência de coleta, o número de colaboradores,

o consumo mensal de energia, o local do

empreendimento (prédio, casa, galpão,

shopping), a área total e a área construída.

Os grandes geradores deverão também informar

a massa mensal de resíduos sólidos produzidos

pelo estabelecimento, a empresa que contratou

para a realização dos serviços de coleta e a

destinação final dos resíduos sólidos.

Para calcular o volume de lixo produzido por dia

e descobrir se a empresa é uma grande

geradora, a prefeitura sugere a utilização de

sacos de lixo nos quais constam as suas

capacidades (50, 100, 200 litros etc).

O CADASTRO DE RESÍDUOS

O que é?

Cadastro de empresas municipais como

pequenas ou grandes geradoras de lixo na capital

Qual é o prazo?

O período de cadastro iniciou em abril e pode ser

feito até 31 de outubro

Quem precisa fazer?

Todos os estabelecimentos comerciais com CNPJ

situados no município e também as empresas

com sede fora da capital que prestam serviços

relacionados à cadeia de resíduos sólidos em SP

Como fazer o cadastro?

No site do sistema do controle de lixo da cidade,

tendo às mãos dados como CNPJ, número do

IPTU e declaração de volume e massa mensal de

resíduos sólidos produzidos, no caso de grandes

geradores

O que são grandes geradores?

Empresas que produzem mais de 200 litros de

lixo diariamente

Quanto custa?

Não há custos para se cadastrar. A taxa Amlurb,

cobrada anualmente de grandes geradores (R$

228) e de transportadores (R$ 117), continuará a

ser cobrada.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Qual é a punição para quem não se cadastrar?

Multa de R$ 1.639,60 (somente para grandes

geradores)

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1

0/prazo-para-cadastro-de-geradores-de-lixo-em-

sp-acaba-nesta-quinta-feira.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Mourão diz que navio legal que ejetou

combustível é provável culpado por óleo

Presidente interino disse que Bolsonaro pode

anunciar o responsável ainda nesta semana

Gustavo Uribe

BRASÍLIA

O presidente interino Hamilton Mourão afirmou

que o presidente Jair Bolsonaro pode anunciar

ainda nesta semana que navio causou o

derramamento de óleo no litoral brasileiro.

O general da reserva se reuniu nesta quarta-feira

(30) com o comandante da Marinha, Eduardo

Bacellar. Após o encontro, disse que a

investigação está na fase final.

"Temos uma boa chance", disse. "A gente

sempre aprende no quartel o seguinte: notícias

boas é o comandante que dá. As ruins é o

subcomandante. É assim que funciona",

ressaltou.

Segundo ele, o governo brasileiro chegou a um

número de 11 navios que podem ter derramado

combustível no litoral nordestino.

O responsável pelo desastre ambiental, de

acordo com o presidente interino, não estava

com o transponder desligado. O equipamento de

comunicação informa a posição da embarcação.

"Tem que cobrar, tem que multar. Existe uma

legislação do mar, existe um sistema de alerta

em relação ao meio ambiente. Qualquer navio

que ocorra um acidente desta natureza tem que

avisar. A legislação vai bater em cima dele",

afirmou.

Segundo Mourão, pelo que foi apurado até o

momento, o navio responsável pelo

derramamento não é ilegal e teria causado o

incidente ao fazer uma ejeção de óleo para

manter a estabilidade da embarcação.

"Eu acho que o cara fez uma ejeção de porão ali

pela quantidade de óleo", afirmou. "Se ele tá

com problema de flutuação, de balanço, aí ele

tira um pouco de óleo para ter estabilidade",

acrescentou.

Mourão lembrou que foram recolhidos até o

momento 2.500 toneladas de óleo e que um um

navio transporta cerca de 250 mil toneladas, o

que representa um 1%.

Desde o dia 30 de agosto, as manchas de óleo já

atingiram 283 localidades em 98 municípios dos

nove estados do Nordeste.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/mourao-diz-que-navio-legal-que-ejetou-

combustivel-e-provavel-culpado-por-oleo.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Alta do nível do mar pode afetar mais de 1

milhão de brasileiros

Projeções dizem quais áreas poderão ficar

submersas até 2050; no mundo todo, 300

milhões estarão sob risco

Matheus Moreira

Simon Ducroquet

SÃO PAULO

Projeções indicam que, até 2050, as terras onde

hoje vivem 1,4 milhão de brasileiros sofrerão

riscos de inundações anuais, e 1 milhão de

pessoas do país vivem em locais que poderão

ficar permanentemente submersos com o

aumento do nível do mar.

A conclusão foi publicada na prestigiosa revista

científica Nature Communications nesta terça

(29). O estudo aponta que a alta do nível do mar

fará com que, até 2050, locais em que vivem

pelo menos 300 milhões de pessoas em todo o

mundo estarão sob risco de inundações crônicas.

Até 2100, as terras que abrigam cerca de 200

milhões de pessoas podem ser permanentemente

submersas.

A estimativa foi feita por meio da plataforma

Coastal Risk Screening Tool (Ferramenta de

Rastreio de Risco Costeiro, em português), do

Climate Central —uma ONG de pesquisadores e

jornalistas dedicados a estudar as mudanças

climáticas.

Scott Kulp, principal autor do estudo e cientista

do Climate Central, afirmou que as mudanças

climáticas têm o potencial de remodelar cidades,

economias, litorais e regiões globais inteiras

durante a nossa vida.

“O Brasil e outras nações costeiras só terão

tempo suficiente para planejar e construir

sistemas de proteção caso a velocidade de

elevação do nível do mar seja reduzida pela

redução de emissão de gases do efeito estufa”,

disse à Folha por email.

José Marengo, coordenador-geral de pesquisa do

Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e

Alertas de Desastres Naturais), em São José dos

Campos (SP), e que não esteve envolvido no

estudo, afirma que muitas áreas do país já estão

vulneráveis.

“Em Santos, por exemplo, a prefeitura comprou

casas e realocou pessoas. A vulnerabilidade

existe. No futuro, com todas essas projeções, se

houver constância no combate às emissões de

gases do efeito estufa, o risco será menor”, diz.

Marengo e colegas estudaram, entre 2013 e

2017, os impactos das mudanças climáticas em

três cidades costeiras: Santos (SP), Broward, na

Flórida (EUA), e Selsey, no Reino Unido.

Os resultados apontaram que dois bairros da

cidade paulista — um mais rico e turístico e o

outro mais pobre —são igualmente vulneráveis a

eventos extremos oriundos das mudanças

climáticas, como as fortes ressacas, que são cada

vez mais comuns e provocam danos à

infraestrutura pública e privada.

Mas, segundo Marengo, o Brasil tem poucas

instalações capazes de fazer medições do nível

do mar apesar de o país ter um extenso litoral e

muitas áreas de risco. Sem dados, avaliar a

vulnerabilidade do país torna-se uma missão

quase impossível.

Outros países sob grande risco de inundações são

China, Bangladesh, Índia, Vietnã, Indonésia e

Tailândia. Mais de dois terços da população sob

risco estão nesses países.

Tempestades destrutivas alimentadas por

ciclones cada vez mais poderosos e a elevação do

nível dos mares atingirão a Ásia com mais força,

segundo o estudo.

A pesquisa refez as projeções para 2050 usando

inteligência artificial para corrigir dados de

elevação do solo. O problema é que os dados da

Missão Topográfica Radar Shuttle (SRTM),

fornecidos gratuitamente pela Nasa, confundiam

telhados e árvores com o nível do solo.

“As projeções do nível do mar não mudaram,

mas, quando usamos nossos novos dados de

elevação, encontramos muito mais pessoas

vivendo em áreas vulneráveis do que

anteriormente”, disse Ben Strauss, cientista-

chefe e diretor do Climate Central e coautor da

pesquisa.

Vários fatores contribuem para ameaçar

populações que vivem a poucos metros do nível

do mar, como a expansão da água à medida que

o clima aquece, o derretimento de camadas de

gelo da Groenlândia e da Antártida e as

tempestades tropicais —tufões, ciclones ou

furacões — amplificadas por uma atmosfera

quente.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

As grandes tempestades que até recentemente

ocorriam uma vez por século, por volta de 2050

acontecerão em média uma vez por ano em

muitos lugares, especialmente nos trópicos,

segundo o relatório do IPCC (Painel

Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas

da ONU).

“Não é preciso um grande aumento no nível do

mar para que problemas catastróficos ocorram”,

disse Bruce Glavovic, professor da Universidade

Massey, na Nova Zelândia, que não participou do

estudo.

Em agosto deste ano, a geleira Okjökull, na

Islândia, teve seu fim e até uma espécie de

velório organizado por cientistas. Segundo

projeções, nos próximos 200 anos todas as

geleiras da Islândia devem ter o mesmo destino.

Desde 2006, o nível do mar subiu 3,6 mm por

ano. Nesse ritmo, até 2100 o mar terá subido

mais de 1 metro, invadindo áreas costeiras e

desabrigando populações.

Se o aquecimento global ficar abaixo de 2°C, o

nível do mar deverá subir cerca de meio metro

até 2100. Nas taxas atuais de poluição de

carbono, no entanto, o aumento será quase o

dobro.

Com a previsão de que a população global

aumentará dois bilhões até 2050 e mais um

bilhão até 2100 —principalmente em

megacidades costeiras —, mais pessoas serão

forçadas a se adaptar ou a sair das zonas de

perigo.

“O aquecimento vai continuar, mas se houver

diminuição do desmatamento e das emissões de

gases-estufa, o ritmo pode diminuir e os

impactos serão menores”, diz o pesquisador José

Marengo. .

Jean-Pascal van Ypersele, professor de

climatologia da Universidade Católica de Louvain

da Bélgica e ex-vice-presidente do IPCC, disse

que o novo método representa “um progresso

muito significativo” na compreensão dos riscos

decorrentes do aumento do mar.

Com AFP

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/alta-do-nivel-do-mar-pode-afetar-mais-de-1-

milhao-de-brasileiros.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Suspeito de matar Marielle

desmente porteiro de Bolsonaro

O próprio Ministério Público do Rio afirma que o

funcionário mentiu

O ex-PM Élcio de Queiroz, um dos suspeitos de

matar a vereadora Marielle Franco, já havia

negado a investigadores que tivesse citado a

casa 58 para o porteiro quando visitou o

condomínio em que vive Jair Bolsonaro, no Rio —

o imóvel é do próprio presidente.

FAZ TEMPO

“Isso já havia sido esclarecido nos autos há

bastante tempo. Ele foi à casa do Ronnie Lessa

[outro suspeito do crime e vizinho de Bolsonaro].

Nunca disse na entrada que iria na casa do

presidente”, diz o advogado Henrique Telles, que

defende o ex-PM.

PLANILHA

“O porteiro anotou o número errado da casa. O

problema é dele”, segue Telles, afirmando que os

investigadores mostraram a Élcio de Queiroz os

registros da guarita do condomínio com o

número 58 ao lado de seu nome. “Ele disse que

estava errado.”

PLANILHA 2

Na terça (29), o Jornal Nacional revelou que o

porteiro não apenas anotou o número da casa de

Bolsonaro nas planilhas —mas também afirmou

ter interfonado para a residência e falado com o

“Seu Jair”. Detalhe: o presidente estava em

Brasília.

PINÓQUIO

O próprio Ministério Público do Rio afirma que o

porteiro mentiu.

PARA TUDO

E os advogados de Élcio e Ronnie Lessa vão

apresentar à Justiça um pedido de suspensão do

processo em que são acusados de matar a

vereadora.

PEDRA DURA

Eles vão sustentar que gravações que estão

numa denúncia sobre obstrução da Justiça

apresentada pela ex-procuradora Raquel Dodge

citam novos suspeitos de cometer o crime. “É

preciso suspender o processo até que esses fatos

sejam esclarecidos”, diz Telles.

ME EXPLICA

O ex-ministro José Carlos Dias, presidente da

Comissão Arns, entrará nesta quinta (31) no STF

(Supremo Tribunal Federal) com uma queixa-

crime contra o ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, em nome do Greenpeace.

ME EXPLICA 2

Salles insinuou que um navio da organização

internacional poderia ser responsável pelo

vazamento de óleo nas praias do Nordeste.

INTERCÂMBIO NA TELONA

O ator americano Willem Dafoe esteve no

Auditório Ibirapuera, em SP, na terça (29), para

lançar o filme “O Farol”. As atrizes Alessandra

Negrini, Carla Salle e Virgínia Cavendish

passaram por lá. O diretor do longa, Robert

Eggers, também compareceu.

PONTO FINAL

O filme "Chatô - O Rei do Brasil", teve as contas

aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas a União)

na quarta (30) –quase duas décadas depois de as

primeiras denúncias contra o ator e diretor

Guilherme Fontes terem sido divulgadas.

RECOMEÇAR

"Vou respirar fundo, reabrir minha empresa e

voltar a produzir", diz o ator, que chegou a

chorar com amigos ao receber a notícia. "O Brasil

não é para amadores."

EM DOBRO

Fontes segue: "Eu tinha 30 anos e milhões de

planos. O país vem e me diz que não poderia

mais fazer o que ele mesmo já tinha me

autorizado [o filme, que acabou lançado apenas

em 2015]. A gente tem que pensar duas vezes

antes de confiar".

ESPECTADOR

O ator americano Willem Dafoe, que esteve em

SP na terça (29) para lançar o filme “O Farol”, diz

que entendeu a situação política do Brasil quando

assistiu ao documentário “Democracia em

Vertigem”, de Petra Costa. “Aquele filme tornou

as coisas muito claras para mim.”

ESPECTADOR 2

“Sei o que está acontecendo [no Brasil]. As

florestas e como elas têm sido exploradas são

assuntos de muita discussão nos Estados Unidos.

Então eu realmente vejo, me preocupo, e torço

por um futuro melhor”, afirmou Dafoe.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

ATIVIDADE

O setor de comércios e de serviços paulista gerou

31.862 vagas de empregos formais em agosto. O

número é resultado da diferença entre as

308.873 contratações e os 277.011

desligamentos registrados no período no estado

SP, segundo levantamento da Fecomercio.

OCUPAÇÃO

É o terceiro mês consecutivo em esses setores

aumentaram o número de vagas. Em julho,

foram criadas 13.296 postos. Em junho, 9.238.

Em maio, 3.184. A FecomercioSP diz que há um

estoque ativo de 10,1 milhões de vagas.

RACISMO

O julgamento do processo em que quatro

pessoas são acusadas de promover ataques

racistas contra a apresentadora da Globo Maju

Coutinho pela internet está entrando na reta

final. A Justiça está recebendo as considerações

finais das partes.

CRIME

A ação tramita em segredo de justiça na 5ª Vara

Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O caso

se baseia em denúncia feita pelo Ministério

Público de São Paulo em 2016.

FUMAÇA

A Secretaria Municipal de Cultura de SP convocou

servidores de centros culturais, teatros e casas

de cultura para realizar um curso de formação de

brigada de incêndio. Serão ensinadas técnicas de

prevenção, isolamento e extinção de princípios

de incêndio e abandono de local com sinistro,

além primeiros socorros.

PREFÁCIO

A atriz Maria Bopp foi ao lançamento do livro “Na

Hora em que Acabar a Luz”, do escritor Lucca

Bopp, na Livraria da Vila da Fradique Coutinho,

em SP, na terça (29). O evento também contou

com a presença da jornalista Luíza Karam.

CURTO-CIRCUITO

Maria Fernanda Cândido, Mônica Waldvogel e

Paula Trabulsi participam de bate-papo hoje, na

abertura da mostra “O Incerto Lugar Do Desejo”.

Às 19h, na Unibes Cultural.

O Baile da Bruxa ocorre hoje no Four Seasons

Hotel SP.

Philippe Boutaud-Sanz lança hoje o “Glossário

Jurídico: Português - Inglês - Francês”. Às 19h,

na Livraria da Travessa, em Pinheiros.

O Oka Festival promove hoje edição de Dia das

Bruxas. A partir das 10h, no Okavango Espaço

Holístico.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/suspeito-de-matar-marielle-

desmente-porteiro-de-bolsonaro.shtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Justiça libera concessão do Parque do

Ibirapuera à iniciativa privada

Com a decisão, a empresa Construcap, que

ofereceu R$ 70 milhões para controlar o parque,

receberá a concessão da área verde por prazo de

35anos. A empresa diz se comprometer com a

conservação do espaço

Bruno Ribeiro, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O processo que se arrastava há

sete meses para decidir quem vai gerenciar o

Parque do Ibirapuera, zona sul de São Paulo,

terminou na tarde desta quarta-feira, 30. A juíza

Cynthia Tomé, da 6a. Vara da Fazenda Pública da

capital, autorizou a concessão do equipamento,

um dos cartões-postais da cidade, processo que

é tocado pela gestão Bruno Covas (PSDB).

Com a decisão da magistrada, a empresa

Construcap, que ofereceu R$ 70 milhões para

controlar o parque, receberá a concessão da área

verde por prazo de 35anos. A empresa diz se

comprometer com a conservação do espaço.

A concessão vinha sendo questionada por uma

ação do Ministério Público Estadual e outra do

vereador Gilberto Natalini (PV), ex-secretário do

Verde da gestão João Doria (PSDB). Em síntese,

as ações questionavam a falta de um plano

diretor que orientasse como o parque poderia ser

explorado pela empresa privada.

A juíza havia decidido que um plano era

necessário e determinou que a pasta municipal

do Verde e Meio Ambiente elaborasse tal projeto,

que deveria ser aprovado pelos autores das

ações e também pela Construcap. O plano ficou

pronto, mas Natalini não concordou com o

projeto, que obteve a concordância da Justiça e

do MPE. Agora, após audiência, a juíza decidiu

que os pontos problemáticos que haviam sido

questionados nas ações foram sanados, de forma

que a ação poderia ser extinta.

"No curso da ação buscou-se chegar a uma

solução comedida, atendendo ao interesse da

coletividade bem como ao interesse econômico,

submetido à lógica de mercado e do lucro, coibir

a degradação urbana e mitigar situações de

desigualdade, assegurando um equilíbrio entre o

desenvolvimento econômico e o social, de forma

sustentável”, escreveu a juíza, em sua decisão.

"Fui contra o plano diretor", disse Natalini. Ele

argumenta que as audiências públicas que

discutiram o plano tinham funcionários da

Construcap na plateia e que os potenciais de

geração de receita previstos na proposta tinham

aumento ano a ano, mas sem justificativa

adequada para isso. "Vou recorrer desta decisão

ao Tribunal de Justiça", complementou.

Essa será a primeira concessão de parque à

iniciativa privada. De seu quarto no hospital

Sírio-Libanês, onde trata uma tromboembolia e

um câncer no sistema digestivo, o prefeito Bruno

Covas (PSDB) gravou um vídeo em que destaca

que não haverá cobrança de entrada no local,

como diziam fake news divulgadas em grupos de

Whatsapp. O pacote de privatizações e

concessões é uma das principais bandeiras da

atual gestão.

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Diversão sem lixo: é possível grandes

eventos serem lixo zero?

Amcham Brasil

Nos municípios brasileiros, a taxa de reciclagem

não passa de 10% em média

Em 2019 aconteceu a oitava edição do festival de

música Rock In Rio. Embora o evento tenha sido

um sucesso de público e trazido grandes nomes

da música nacional e internacional, apenas no

primeiro fim de semana foram recolhidas 162,2

toneladas de resíduos na Cidade do Rock, local

onde o festival é sediado. O montante é 15

toneladas menor do que o recolhido no primeiro

fim de semana da edição de 2017, mas ainda

mostra o desafio de grandes cerimônias como

essa no Brasil em lidar com o lixo.

Segundo o presidente do Instituto Lixo Zero

Brasil (ILZB), Rodrigo Sabatini, o setor de

serviços – que inclui grandes eventos como o

Rock In Rio – tem um papel pedagógico maior na

sustentabilidade. “É nesses locais que nós

população estamos disponíveis a mudar os

comportamentos, porque nos adaptamos ao

ambiente e a forma com que ele é administrado”,

explica.

O instituto, representante da Zero Waste

International Alliance no país, levanta o debate

de reduzir a quase nada o volume de resíduos

que têm como destino os aterros sanitários. Na

prática, o conceito consiste no máximo

aproveitamento e correto encaminhamento dos

resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou

mesmo o fim – do encaminhamento destes

materiais para aterros sanitários ou para

incineração.

Por mais idealista que possa parecer, essa

prática já é realidade, mesmo em grandes

festivais. Saiu do Brasil, por exemplo, o título do

maior evento Lixo Zero do mundo: o Na Praia,

realizado em Brasília, que se tornou case de

sucesso e referência de gestão de resíduos

internacional. Ao longo de 11 finais de semana

do festival Na Praia 2018, em Brasília, o índice de

reutilização, reciclagem e compostagem de

resíduos foi de 98,02%.

Nos municípios brasileiros, essa taxa não passa

de 10% em média. O balanço final aponta ainda

que 27 toneladas de embalagens compostáveis e

resíduos orgânicos foram transformados em

adubo e 169 toneladas de resíduos foram

recicladas. “O Na Praia deixa um legado da

eficiência na gestão de resíduos, mas também

um novo comportamento, que muda a cultura do

público e da região”, completa Sabatini.

RESPONSABILIDADE POR SETOR

O presidente do ILZB explica que o Lixo Zero é

responsabilidade das indústrias, pela produção e

design dos produtos; do comércio, na venda

desses produtos; do consumidor, com seu uso e

descarte; e do governo, que deve harmonizar o

compromisso entre comunidade e indústria. “A

responsabilidade como valor é a mesma para

todos. Entretanto, cada agente deve saber qual

parte lhe é responsável”, afirma.

Segundo ele, a indústria já tende ao lixo zero por

quantificar a gestão do desperdício por custo e

eficiência. “A indústria ela se preocupa com os

dejetos e, principalmente, com o desperdício e o

lixo faz parte disso”. Além disso, a auto-

regulamentação deste setor com acordos

internacionais, por exemplo, também é um fator

que tende a ser positivo para incentivar a

sustentabilidade industrial.

Como exemplo, a multinacional Dow uniu

esforços com a startup Boomera e com a

Fundação Avina para criar o programa

Reciclagem que Transforma. A companhia foi

uma das vencedoras da premiação de

sustentabilidade corporativa da Câmara

Ameriana de Comércio no Brasil (Amcham

Brasil), Prêmio Eco, em 2016.

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

O programa, implantado em 2019, promove a

implantação de equipamentos e a capacitação de

colaboradores, sobretudo visando o

aperfeiçoamento do controle de qualidade no

processo de separação de resíduos. A Boomera

está responsável por auxiliar as cooperativas na

melhoria de processos e prototipagem, enquanto

a Avina vem promovendo programas de

coaching, treinamento e capacitação, a fim de

otimizar a administração e a gestão das

cooperativas.

Além de sustentabilidade, outro pilar do

Reciclagem que Transforma é a promoção da

cidadania, uma vez que o trabalho conjunto visa

valorizar as pessoas que participam deste

processo, melhorando a qualidade de vida dos

cooperados ao passo que há aumento da

produtividade e da renda.

“Neste ecossistema de atores, os catadores de

materiais recicláveis são fundamentais porque

eles, em sua maioria, acabam se tornando a

ponte entre o descarte do material pela

população e o caminho que leva até seu retorno

para a indústria de reciclagem, processo

essencial para a circularidade dos materiais”,

indica Anna Romanelli, gestora de Reciclagem

Inclusiva da Fundação Avina para o Brasil.

https://economia.estadao.com.br/blogs/ecoando/

diversao-sem-lixo-e-possivel-grandes-eventos-

adotarem-serem-lixo-zero/

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Data: 31/10/2019

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Sonia Racy: Direto da Fonte

Doria entra na mira de militância bolsonarista

Chegaram às mãos de Doria, ontem, prints de

redes sociais em que a militância bolsonarista o

liga ao governador carioca Wilson Witzel. A foto

mostra os dois em um restaurante, no Rio, com a

pergunta: “O que estariam tramando?”.

O referido encontro, no entanto, ocorreu em

novembro do ano passado.

Ex-PSL a caminho

do tucanato

Depois de abrigar o ex-PSL Alexandre Frota, o

PSDB de SP receberá Gustavo Bebianno,

convidado pelo próprio Doria – e o seguinte na

fila, tudo indica, será o general Santos Cruz.

Zero 3 e Palocci

no topo do Twitter

Carluxo – o Zero 3 de Bolsonaro – chegou a ter

47,8 mil menções ao seu nome no levantamento

do Twitter, ontem, e ficou o dia todo entre os

“assuntos do momento”. Mas quem surpreendeu

foi Palocci, que sequer tem rede social e teve

19,6 mil citações.

Em comum? Um porteiro, no caso do clã

Bolsonaro, e um caseiro, no de Palocci. O ex-

ministro, aliás, teve sua prisão domiciliar mantida

semana passada pelo TRF-4.

Atletas trans brigam

pela regra do COI em SP

Voltou ao plenário da Assembleia paulista,

ontem, o projeto que prevê que o sexo biológico

seja o único critério para que atletas possam

competir profissionalmente no Estado. O texto

pode ser aprovado hoje – se a oposição a ele não

barrar.

Advogados de Tifanny Abreu, atleta trans de

vôlei do Bauru e filiada ao MDB, fizeram vigília

ontem na Casa. Tentam adequar a proposta ao

que prega o Comitê Olímpico Internacional, que

aceita transgêneros.

Dor de cabeça

Tensão envolvendo quatro advogados. Todos

integrantes de grandes escritórios do Brasil. A

confusão chegou às redes sociais por meio do

marido de uma das partes, que teria descoberto

a traição da mulher com o colega de profissão.

O que ele fez? Resolveu usar suas redes para

contar o ocorrido, dando nomes e sobrenomes e

alardeando provas. Justificou a ação dizendo que

fazia isso para “reparar” danos psicológicos” que

sofreu.

Dor de cabeça 2

Um dos escritórios conseguiu tirar o post.

Entretanto, o advogado traído insistiu e repostou

“sua dor”. Pelo que se apurou, na classe

advocatícia, as críticas convergem para o traído,

que expôs gregos, troianos e jamaicanos.

Doria nos EUA, por

parceria com o MIS

João Doria faz visita a Los Angeles e São

Francisco em novembro. Em parceria com o MIS,

vai assinar um acordo para trazer duas

exposições holográficas para o recém-aberto MIS

Experience, novo espaço do museu paulista.

Top 10 de inovação

na Forbes

A revista Forbes Brasil que chega às bancas em

novembro listou dez empresas que mais

inovaram em 2019. Hospital Albert Einstein,

Natura, Basf, Quinto Andar, Loggi e Suzano estão

entre as escolhidas com auxílio de 5 jurados do

meio.

ONGs programam

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Finados ambiental em SP

Organizações sociais promovem neste sábado o

ato Finados Ambiental, em memória das vítimas

de recentes crimes ambientais. Será no vão livre

do Masp, seguido de cortejo fúnebre na Avenida

Paulista.

O evento marca os quatro anos do desastre

ambiental em Mariana, que deixou 19 mortos, e

também os nove meses do rompimento da

barragem em Brumadinho – as duas em Minas

Gerais –, que vitimou outras 250 pessoas.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-

fonte/doria-entra-na-mira-de-militancia-

bolsonarista/

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Ministro da Defesa admite o risco de

manchas de óleo chegarem ao Sudeste

Poluente já atingiu 283 pontos de 98 municípios

do Nordeste; principais preocupações são

santuários ecológicos, como Abrolhos

Heliana Frazão, especial para o Estado

SALVADOR - O ministro da Defesa, Fernando

Azevedo, admitiu no início da noite desta quarta-

feira, 30, em Salvador, que as manchas do óleo

que poluem as praias do Nordeste podem chegar

à Região Sudeste. A informação tinha sido

passada mais cedo pelo comandante da Marinha,

Ilques Barbosa Junior.

Segundo o ministro, essa é uma tendência, tendo

em vista o fato de o óleo estar descendo o litoral.

Ele observou, porém, que as manchas surgiram

em setembro, em pequenas quantidades, depois

arrefeceram e foram descendo pelas praias

nordestinas, já tendo chegado a Ilhéus, no sul da

Bahia, novamente em volume baixo.

"Mas estamos trabalhando para que isso não

aconteça. Estamos atuando com mais ênfase em

três subáreas: Ilhéus, Porto Seguro e Caravelas,

para identificar logo as manchas, caso

apareçam", afirmou Azevedo.

As principais preocupações são os santuários

ecológicos, como Abrolhos, onde nesta quinta-

feira, 31, "já haverá oito navios", segundo ele.

O ministro também declarou que o trabalho está

sendo realizado em três etapas: apuração do

ocorrido, por meio de inquérito instaurado pela

Polícia Federal para descobrir a autoria do

vazamento; contenção, com a identificação no

mar do local de aparecimento do óleo; e, por fim,

reparo dos danos e limpeza das praias.

Até esta quarta-feira, 30, segundo o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Ibama), 283 localidades de

98 municípios dos nove Estados nordestinos

foram atingidas pelo óleo.

Azevedo se reuniu na capital baiana com

representantes de diversos órgãos ambientais,

como Ibama e Secretaria Estadual de Meio

Ambiente, para se inteirar das ações que já são

adotadas no âmbito do Segundo Distrito Naval

para conter o avanço das manchas.

Sobre o inquérito, o ministro disse que tem

seguido em ritmo acelerado.

"Começamos investigando 100 navios com

possibilidade de terem derramado o óleo,

passamos para 30, agora são 11", comentou.

Já o governo da Bahia informou, por meio de

nota, que o Grupo de Avaliação e

Acompanhamento (GAA), do qual faz parte o

governo do Estado, realizou o monitoramento na

região e não identificou mancha de óleo com as

características indicadas por pesquisadores da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e

da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,ministro-da-defesa-admite-o-risco-de-

manchas-de-oleo-chegarem-ao-

sudeste,70003071018

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Data: 31/10/2019

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Ex-ministros do Meio Ambiente fazem apelo

para que Brasil reconsidere realizar Cúpula

do Clima

Sarney Filho e Edson Duarte argumentam que

País teria chance de superar desacertos na área

de meio ambiente que "marcaram início da

gestão"; Chile desistiu do evento por causa da

onda de protestos

Giovana Girardi

Depois que o governo chileno resolveu nesta

quarta-feira, 30, cancelar a realização da

Conferência do Clima da ONU no país por causa

da onda de protestos que ocorre há quase duas

semanas, os ex-ministros do Meio Ambiente da

administração Michel Temer – José Sarney Filho

e Edson Duarte – resolveram fazer um apelo para

que o Brasil reconsidere voltar a se oferecer para

sediar o evento.

O Chile só assumiu a realização da COP-25

depois que o Brasil voltou atrás na sua oferta de

receber a conferência no final do ano passado.

Sarney Filho tinha oferecido a candidatura no

final de 2017, na cúpula de Bonn. Depois que ele

deixou o cargo para concorrer ao Senado, Duarte

continuou o esforço e chegou a conseguir a

garantia de uma verba no orçamento deste ano

para a realização do evento. O Brasil foi aceito,

mas tão logo Jair Bolsonaro foi eleito, porém,

Temer retirou a oferta.

O governo alegou como motivo “dificuldades

orçamentárias” e o processo de transição

presidencial. Bolsonaro chegou a dizer que não

era uma decisão sua, mas depois defendeu que o

Brasil de fato não sediasse a conferência.

“Abrimos mão de sediar a Conferência Climática

Mundial da ONU, pois custaria mais de R$ 500

milhões ao Brasil”, escreveu em seu Twitter em

dezembro.

Ainda candidato, Bolsonaro em vários momentos

disse que pretendia tirar o País do Acordo de

Paris, que estabeleceu esforços do mundo inteiro

para conter o aquecimento do planeta a menos

de 2ºC até o final do século. E seu governo já fez

várias declarações indicando que não acredita no

papel humano nas mudanças climáticas. O

principal expoente disso é o ministro das

Relações Internacionais, Ernesto Araújo.

No final de agosto deste ano, em participação no

programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro

atual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao ser

questionado sobre a decisão de não sediar a

COP-25 no País, ele chegou a afirmar que não fez

parte dessa tomada de decisão, mas que, “talvez

hoje nós disséssemos ‘vamos fazer a COP no

Brasil’.

Os dois ex-ministros argumentam que a decisão

chilena pode ser uma “oportunidade única para

que o Brasil retome seu protagonismo e supere

os desacertos que marcaram o início da atual

gestão”, considerando o momento em que as

políticas ambientais do País são questionadas em

todo o mundo.

“Temos ciência das dificuldades logísticas e

financeiras de tal empreitada, mas estamos

confiantes de que, se o Governo der o passo

político e diplomático necessário, haverá esforço

suficiente da sociedade brasileira, assim como

das Nações Unidas, para a superação dos

problemas e a garantia da realização da

Conferência. Afinal, a mudança do clima é a

questão mais grave e urgente que ameaça a

humanidade. É responsabilidade de todos os

países e de todos os povos”, escrevem.

Leia abaixo a íntegra da carta

Como ex-ministros do Meio Ambiente – tendo um

apresentado a candidatura brasileira para sediar

a Conferência do Clima de 2019, perante a

Plenária da COP 23, em Bonn, e o outro

conseguido a aprovação do evento na Lei

Orçamentária deste ano –, diante do anúncio do

Governo do Chile de que aquele país não mais

sediará a COP 25, fazemos um apelo ao Governo

Federal para que reconsidere trazer para o Brasil

esse grande encontro.

Temos uma história marcada por avanços

importantes na defesa do meio ambiente e muita

tradição na negociação da pauta climática. Neste

momento, em que o mundo questiona nossas

políticas ambientais, abre-se uma oportunidade

única para que o Brasil retome seu protagonismo

e supere os desacertos que marcaram o início da

atual gestão.

Temos ciência das dificuldades logísticas e

financeiras de tal empreitada, mas estamos

confiantes de que, se o Governo der o passo

político e diplomático necessário, haverá esforço

suficiente da sociedade brasileira, assim como

das Nações Unidas, para a superação dos

problemas e a garantia da realização da

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Conferência. Afinal, a mudança do clima é a

questão mais grave e urgente que ameaça a

humanidade. É responsabilidade de todos os

países e de todos os povos.

José Sarney Filho, ex-Ministro de Estado do Meio

Ambiente

Edson Gonçalves Duarte, ex-Ministro de Estado

do Meio Ambiente

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a

mbiente-se/ex-ministros-do-meio-ambiente-

fazem-apelo-para-que-brasil-reconsidere-

realizar-cupula-do-clima/

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Data: 31/10/2019

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VALOR ECONÔMICO Petrobras solicita à Odebrecht troca no

comando da Braskem

Segunda maior acionista da Braskem, a

Petrobras pediu formalmente à Odebrecht a troca

do comando da petroquímica, apurou o Valor.

Segundo fontes, o pedido de substituição de

Fernando Musa foi apresentado há cerca de duas

semanas ao presidente da Odebrecht S.A.,

Luciano Guidolin, e ao presidente do conselho de

administração da Braskem, Roberto Simões, sob

a justificativa de que a estatal não está satisfeita

com a gestão de determinados assuntos, entre os

quais o problema da mineração de sal-gema da

companhia em Maceió (AL).

O pedido não teria sido levado em consideração

pela Odebrecht, embora dentro do grupo

também haja a percepção de que o tema Alagoas

foi subestimado pela administração da Braskem.

Além disso, num primeiro momento, o pedido

não tem efeito prático, já que a Petrobras não

tem o poder de decidir sobre o comando da

petroquímica. Pelo acordo de acionistas firmado

em fevereiro de 2010, cabe somente à Odebrecht

indicar o nome a ser considerado pelo conselho

de administração ao cargo de diretor presidente

da empresa.

O Valor apurou que, ainda assim, a Petrobras

pretende persistir nesse objetivo. A Odebrecht

detém 50,1% do capital votante da Braskem,

enquanto a petroleira tem 47%. No capital total,

o peso das duas sócias é quase equivalente:

38,3% pertence ao grupo privado e 36,1%, à

estatal.

Fernando Musa está na presidência da Braskem

desde 2016, vindo dos quadros da própria

companhia nos Estados Unidos, onde respondia

pelas operações no país e na Europa. Sob sua

gestão, a Braskem alcançou resultados

operacionais recordes, beneficiada também pelo

momento positivo do setor. Desde o fim do ano

passado, porém, a oferta adicional de eteno nos

Estados Unidos e a guerra comercial entre

americanos e chineses têm deixado marcas na

rentabilidade da indústria em todo o mundo.

Analistas que acompanham o setor revisaram

para baixo as projeções para os resultados da

Braskem em 2019 e 2020, diante do

prolongamento do ciclo de baixa da

petroquímica.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto.

A Odebrecht, por sua vez, manifestou “sua plena

confiança na administração da Braskem”.

O pedido da estatal não era de conhecimento

amplo do conselho de administração da Braskem

e pegou os membros do colegiado de surpresa,

além de executivos da própria Odebrecht. Fontes

próximas à gestão da petroquímica afirmam que

não há no ar um clima de tensão que justifique a

iniciativa ou que representasse um prenúncio de

que algo desse tipo pudesse ocorrer.

De acordo com uma das fontes, o estopim teria

sido a proposta de remuneração global dos

administradores da Braskem, que trouxe

aumento dos valores a serem pagos. Mas os

termos da proposta foram acertados há cerca de

um ano e já eram de conhecimento da própria

estatal.

Em Alagoas, a Braskem se tornou alvo de ações

civis públicas por causa do afundamento do solo

em três bairros na capital, que foi associado à

mineração de sal-gema da petroquímica pelo

Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). O episódio e

a falta de perspectiva quanto à solução do

problema foram decisivos para a desistência da

LyondellBasell de comprar a Braskem.

A petroquímica contratou especialistas

independentes para apurar as causas dos

eventos geológicos em Maceió e os primeiros

estudos indicaram que o laudo da CPRM contém

inconsistências de metodologia. Com esses

estudos, a companhia pretende ter informações

precisas para propor uma solução adequada ao

problema.

Na avaliação de outra fonte, o pano de fundo

para o pedido da Petrobras estaria relacionado ao

desejo de mudança na governança da Braskem,

com vistas à venda de sua fatia na petroquímica

sem depender do futuro da Odebrecht, que está

em recuperação judicial.

O Valor apurou que a controladora não planeja

retomar, neste momento, nenhuma discussão de

governança ou de migração da Braskem para o

Novo Mercado. O grupo sequer teria condições de

tocar tal agenda antes de aprovar um plano de

recuperação judicial. Qualquer definição sobre o

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Data: 31/10/2019

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futuro da Braskem passa pelos bancos credores

da Odebrecht.

Hoje, a petroquímica é o ativo de maior valor do

grupo e o único com liquidez. O futuro da

Odebrecht e o sucesso da recuperação judicial

estão fortemente atrelados à Braskem. O

conglomerado está negociando com bancos

credores um acordo que dê as bases para o plano

de recuperação e também para dívidas de R$ 15

bilhões que estão fora do processo Judicial.

Itaú, Bradesco, Santander, BNDES e Banco do

Brasil têm grande influência nas decisões sobre o

futuro da empresa. Eles possuem as ações

detidas pela Odebrecht na Braskem como

garantia para R$ 12,6 bilhões em dívida,

incluídos aí os dividendos. No acordo em

discussão, a Odebrecht solicitou quatro parcelas

anuais de R$ 250 milhões desses dividendos, que

serão a principal fonte para a gestão do plano

nos próximos anos.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/31/petrobras-solicita-a-odebrecht-troca-no-

comando-da-braskem.ghtml

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Data: 31/10/2019

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País foi convidado a entrar na Opep, diz

Bolsonaro

Presidente afirma que vai conversar com equipe

econômica e Ministério de Minas e Energia antes

tomar a decisão

A Arábia Saudita convidou informalmente o Brasil

para se juntar à Organização dos Países

Exportadores de Petróleo (Opep), disse o

presidente Jair Bolsonaro - um sinal da crescente

importância do país como produtor e do desafio

que se impõe à influência do cartel nos mercados

de petróleo.

Segundo Bolsonaro, o convite foi feito após

realizar reuniões nesta semana com autoridades

sauditas, incluindo o príncipe herdeiro

Mohammad bin Salman.

“É o primeiro passo para talvez implementar essa

política no Brasil", disse Bolsonaro,

acrescentando que precisaria consultar a equipe

econômica e o Ministério de Minas e Energia

antes de concordar em participar do cartel. Ele

chegou a afirmar durante painel da conferência

Future Investment Initiative, em Riad (Arábia

Saudita), que estava ansioso para o país aceitar

o convite.

Se ingressar, o Brasil poderá se tornar o terceiro

maior produtor da Opep, atrás de Arábia Saudita

e Iraque. A crescente produção brasileira está

complicando o esforço do cartel em sustentar os

preços do barril diante da alta da oferta dos

campos de xisto dos EUA e da perda de força da

demanda global.

O Brasil e o cartel, segundo Bolsonaro, poderiam

formar "uma grande parceria" ajudando a

estabilizar os preços globais de combustíveis

fósseis.

Em 2009, o então ministro de Minas e Energia,

Edison Lobão, disse que o país foi convidado

oficialmente para ingressar na Opep.

O Brasil produziu 2,71 milhões de barris por dia

em 2018, segundo a Agência Internacional de

Energia, que prevê que a produção do país

chegue a 2,9 milhões neste ano e 3,22 milhões

em 2020.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/3

1/pais-foi-convidado-a-entrar-na-opep-diz-

bolsonaro.ghtml

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Anúncio de investigação sobre vazamento

aguarda volta de Bolsonaro, diz Mourão

Comandante da Marinha afirma que sugerir

participação da Venezuela é ‘ilação perigosa e

antiética’

O vice-presidente Hamilton Mourão disse ontem

que o governo está perto de desvendar de quem

é a responsabilidade pelo vazamento de óleo no

litoral do país. A revelação do resultado das

apurações, acrescentou, deve ser feita em breve

pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.

“A nossa investigação está chegando lá. Estamos

aguardando o presidente chegar [para

anunciar]”, afirmou Mourão, que vem exercendo

interinamente a Presidência da República.

Após audiência com o comandante da Marinha,

almirante Ilques Barbosa Junior, Mourão também

indicou que a responsabilidade sobre o

derramamento de petróleo é de um único navio.

Essa embarcação seria regular e estaria

navegando com sistemas de identificação ligados.

“Vários ‘dark ships’ cruzaram aquela área, mas

não estavam carregando óleo”, explicou, em

referência a embarcações fantasmas, que

navegam com rastreadores desligados.

O comandante da Marinha confirmou que, nos

últimos dias, a apuração se aproximou da

hipótese de que um navio mercante tenha sido

responsável pelo incidente, mas não quis

antecipar outros detalhes. Questionado sobre a

possível relação do vazamento com o governo da

Venezuela, ele disse se tratar de “ilação perigosa

e antiética”. O posicionamento diverge de

recentes declarações de Bolsonaro e do ministro

do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Vamos ficar neste momento com a informação

da origem da Venezuela, de o petróleo ser da

Venezuela. Seria uma ilação perigosa, antiética,

envolver o governo da Venezuela nesse tipo de

atividade, mesmo que uma simples ilação. Não é

correto fazer isso”, ponderou o almirante.

Embora o governo brasileiro já tenha identificado

que o produto é de origem venezuelana, ainda

não concluiu a investigação sobre a

responsabilidade do transporte do óleo.

Bolsonaro solicitou à Organização dos Estados

Americanos (OEA) o envio de um ofício para que

o governo de Nicolás Maduro explique de onde

vem a substância.

Na semana passada, Salles afirmou, em

pronunciamento em cadeia nacional de rádio e

TV, que análises técnicas apontaram que o

petróleo tinha origem na Venezuela. Nos últimos

dias, o ministro do Meio Ambiente também

insinuou participação do Greenpeace no

vazamento.

O boletim mais recente da Marinha indica que já

foram retiradas mais de 2 mil toneladas de

resíduos de óleo do litoral nordestino. O material

atingiu ao menos 268 localidades, incluindo

praias, mangues e estuários.

Uma das principais preocupações da Marinha e

do Ibama é que as manchas avancem para

Abrolhos, na Bahia - área de maior

biodiversidade do Atlântico Sul. Ao todo, serão

envolvidos dez navios nesta operação.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/3

1/anuncio-de-investigacao-sobre-vazamento-

aguarda-volta-de-bolsonaro-diz-mourao.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Manchas no caminho

Por Malu Delgado

O desolador desastre ambiental no Nordeste -

que os governadores da região nominam de

crime - já oferecera elementos suficientes para

esgarçar a imagem do governo federal, seja pelo

imobilismo, seja pela falta de ação coordenada

para uma reação urgente ou pelo flagrante

desinteresse político em tratar o fato com a

seriedade e a maturidade que exige. Mas além

dos dois meses de óleo derramado e de 2,5 mil

quilômetros de costa litorânea contaminada, o

Executivo Federal voltou a lidar com outra

mancha tão viscosa e densa como o petróleo cru

que se alastra: as milícias cariocas.

Em 17 de setembro deste ano, a então

procuradora-geral Raquel Dodge, em seu último

dia no cargo, enviou um pedido ao Superior

Tribunal de Justiça (STJ) para que fosse aberto

novo inquérito para apurar os assassinatos da

vereadora Marielle Franco e do motorista

Anderson Gomes. Dodge denunciou o conselheiro

do Tribunal de Contas do Estado, Domingos

Brazão, por suposto envolvimento no assassinato

e por desvirtuamento das investigações em

curso, o que explicaria a necessidade de abertura

de novos inquéritos. Trata-se de um IDC

(Incidente de Deslocamento de Competência),

ou, em outras palavras, um pedido de

transferência da competência de investigação de

uma esfera judicial a outra. O que a PGR solicitou

ao STJ foi a federalização das investigações para

que autoridades locais - leia-se polícia,

Legislativo e Judiciário do Rio - não possam

interferir na delicada apuração desses

homicídios. Esse IDC do caso Marielle tramita no

STJ em segredo de justiça e a relatora Laurita

Vaz é da Terceira Seção. Cabe, a ela, pedir

informações sobre o processo e definir seu voto.

Finalizada essa etapa, a relatora submeterá o

voto aos colegas da Terceira Seção.

Qual é a proximidade dos Bolsonaro com os

acusados dos crimes?

Nas horas seguintes à revelação do “Jornal

Nacional”, na noite de terça-feira, sobre

depoimentos do porteiro do condomínio em que

morava o presidente Jair Bolsonaro,

parlamentares do Congresso já faziam cálculos

de ação política. O porteiro citou que Élcio

Queiroz, ex-militar acusado de matar Marielle e

Anderson, preso desde março, entrou no

condomínio horas antes do crime. Em

depoimento, o porteiro disse que Élcio teria

pedido para ir até a casa de número 58, de

Bolsonaro. No entanto, teria se dirigido, de fato,

à casa de Ronnie Lessa, o outro acusado pelos

homicídios da vereadora e do motorista.

Seria extrema leviandade fazer qualquer

insinuação sobre um suposto envolvimento de

Bolsonaro com a morte de Marielle, e

parlamentares experientes reagiram com grande

cautela diante do fato. Bolsonaro nem sequer

estava no condomínio no dia, é fato. Já pela

manhã havia uma avaliação política de grupos

ponderados de que, no Supremo Tribunal

Federal, nenhuma investigação prosperaria,

ainda que, de fato, esbarrasse no presidente.

Enxergava-se no novo procurador-geral da

República, Augusto Aras, um anteparo.

O filho do presidente, o vereador Carlos

Bolsonaro, morador do mesmo condomínio,

apressou-se para acessar o sistema de áudios da

cabine de controle de acesso da portaria com as

casas do condomínio e mostrou que não havia

registro nenhum de que o porteiro tivesse

interfonado à casa de Bolsonaro. Mas há, sim,

um registro de chamada para a casa de Ronnie

Lessa.

O que as revelações apontam até aqui é que

Élcio e Ronnie estiveram juntos no condomínio,

horas antes do crime, e teriam saído de lá

também juntos. Tudo, obviamente, terá que ser

investigado com rigor, em especial as

circunstâncias do depoimento do porteiro, que,

segundo afirmou ontem a promotora Simone

Sibilio, do Ministério Público do Rio, teria

mentido. Nas planilhas preenchidas à mão pelo

porteiro, para controlar as entrada, há o registro

com pedido de Élcio Queiroz para ir até a casa

58. Foi enfurecida e com promessa de vingança a

reação do presidente Bolsonaro e de sua

“entourage”. Ainda que os decibéis de

agressividade e deselegância sejam

compreensíveis aos que se julgam injustiçados,

há lacunas na história que os Bolsonaro não

querem explicar: qual é, de fato, a proximidade

da família com os personagens acusados de

assassinar Marielle e Anderson? A federalização

das investigações, pelo Ministério Público Federal

e pela Polícia Federal, como pediu Dodge, talvez

seja o único caminho, necessário, para elucidar

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esse crime bárbaro e as manchas que surgem no

caminho do presidente.

Falta de ação

Sobra à Marinha e ao Ministério da Defesa a

seriedade ausente nas ações do ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, para tratar do desastre

ambiental no Nordeste. O comandante da

Marinha, Ilques Barbosa Júnior, disse ontem que

é antiético e ilação perigosa responsabilizar o

governo venezuelano pelo vazamento de óleo no

litoral. Adepto das conspirações bolsonaristas,

Salles tem atuação crítica e lamentável nesta

crise. A consequência pode ser a abertura da CPI

do Vazamento de Óleo no Câmara, contida até

agora por ação do presidente da Casa, Rodrigo

Maia (DEM-RJ).

Os nove Estados do Nordeste informaram que já

retiraram 5 mil toneladas de óleo das praias ou

do mar. Os dados da União apontam para pouco

mais de 1 mil toneladas. Na terça-feira,

dirigentes estaduais de meio ambiente,

integrantes de sociedade civil e ONGs,

pesquisadores acadêmicos e Ministério Público

Federal debateram em ampla reunião os

impactos da crise ambiental.

Os governos estaduais consideram que “um

crime ambiental sem precendentes” não está

sendo combatido e mitigado de forma adequada

pelo governo federal e seus órgãos

competentes”. O Consórcio do Nordeste cobra

que seja colocado em operação, imediatamente,

o Plano Nacional de Contingência para Incidentes

de Poluição por óleo. Até o momento, alegam as

autoridades locais, esse plano não foi totalmente

efetivado. “Isso só se dará de forma concreta se

o governo federal se dispuser a uma gestão

integrada da crise com total transparência nos

dados e ações, inclusive com apoio da Marinha

Brasileira, universidades e demais pesquisadores

para a definição de metodologia para

identificação da origem do óleo e efetivo

monitoramento dos impactos a longo prazo”, diz

nota divulgada pelos Estados.

Malu Delgado é editora-assistente de Política.

E-mail: [email protected]

https://valor.globo.com/politica/coluna/manchas-

no-caminho.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Comissão aprova marco do saneamento

Expectativa do governo é que a votação ocorra

em novembro

Após seis horas de discussões estridentes e

tentativas de obstrução por partidos de

esquerda, o novo marco legal do saneamento

básico foi aprovado ontem em comissão especial

na Câmara dos Deputados e segue para plenário.

A expectativa do governo é que a votação ocorra

em novembro.

O relatório de Geninho Zuliani (DEM-SP), apoiado

pelo governo federal e criticado pela oposição por

facilitar a participação da iniciativa privada no

setor, recebeu 21 votos a favor e 13 contrários.

É a terceira vez em menos de um ano que a

Câmara aprecia mudanças no marco regulatório

do saneamento. Duas medidas provisórias sobre

o assunto já caducaram. A última delas, em

junho, provocou forte embate com governadores

das regiões Norte e Nordeste.

A votação do PL 3.261/19 seguiu o mesmo

roteiro de polêmica. Os deputados Alice Portugal

(PCdoB-BA) e Glauber Braga (Psol-RJ) lideraram

a estratégia de obstrução, com apoio do PT e do

PDT, buscando revisar atas de sessões anteriores

e aprovar pedidos de adiamento da análise.

Houve interrupções, bate-boca entre

parlamentares e queixas de mudança na

composição do colegiado para o encaminhamento

do projeto.

O parecer de Geninho impede a celebração de

novos contratos de programa (firmados

diretamente entre prefeitura e companhias

estatais de água e esgoto) e substitui esse

modelo por contratos de concessão (celebrados

mediante concorrência aberta ao setor privado).

Para o governo federal, isso é crucial para

destravar investimentos de R$ 600 bilhões

necessários à universalização dos serviços.

Geninho prevê uma "janela" para que as

empresas estatais prorroguem seus atuais

contratos por até cinco, mas eles não podem

ultrapassar o limite de 31 de dezembro de 2033.

A exigência é que elas tenham hoje um índice de

cobertura de 90% de abastecimento de água

potável e 60% de coleta e tratamento de esgoto.

Até o fim de 2033, seja por companhias públicas

ou privadas, esses índices deverão subir

respectivamente para 99% e 90%.

Pelo texto de Geninho, municípios deverão se

juntar em blocos de referência ou microrregiões

para terem seus serviços de saneamento

licitados. A União poderá dar prioridade nos

investimentos federais como forma de incentivar

os Estados e as prefeituras na constituição dos

blocos ou microrregiões.

Já a oposição, refletindo um temor dos

governadores do Norte e Nordeste, argumenta

que esse modelo quebrará o subsídio cruzado no

setor e que a iniciativa privada terá interesse

apenas nas cidades maiores. Uma das principais

críticas é que companhias estaduais serão

forçadas à privatização por falta de condições de

competir.

Bancadas das duas regiões, além dos próprios

governos estaduais, devem reeditar a briga no

plenário e lutar pelo voto em separado do

deputado Fernando Monteiro (PP-PE). A versão

alternativa de Monteiro permite estender os

contratos de programa e cria um Fundo Nacional

de Saneamento Básico.

Os dois textos, entretanto, convergem em outros

pontos. Um é o fortalecimento da Agência

Nacional de Águas (ANA), que passaria a editar

normas de referência para órgãos reguladores

estaduais ou municipais. Outra é a permissão

para a cobrança - hoje inexistente - de tarifa nas

residências ou estabelecimentos que têm acesso

à rede de saneamento e não se conectam

simplesmente para evitar o custo do serviço.

https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/10/

31/comissao-aprova-marco-do-

saneamento.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

ONU busca alternativas para a CoP 25

A regra diz que se não houver outro candidato, a

conferência acontecerá na sede da UNFCCC, em

Bonn, na Alemanha. Espera-se que ocorra no

começo de 2020

As negociações climáticas internacionais vivem

um momento de sobressalto com o cancelamento

da conferência no Chile, a CoP 25, anunciada

ontem pelo presidente chileno, Sebastián Piñera,

e pelo iminente processo formal de saída do

governo americano do Acordo de Paris, que pode

ocorrer na segunda-feira.

Com o Chile vivendo o período de maior

turbulência social desde o fim da ditadura militar,

seria difícil garantir a segurança de 30 mil

pessoas e 20 chefes de Estado que se reuniriam

em dezembro, em Santiago. “Este cancelamento

não tem nada a ver com as negociações em si”,

diz Leonardo de Athayde, o negociador-chefe

brasileiro. “Ninguém sabe exatamente o que vai

acontecer agora”, continua.

O secretariado da Convenção do Clima da ONU,

conhecido pela sigla UNFCCC, soltou comunicado

afirmando que estuda alternativas para a CoP 25.

Inicialmente, a rodada de negociações deveria

acontecer em algum país da América Latina e

Caribe. O Brasil havia se candidatado, mas ao

assumir o governo Jair Bolsonaro anunciou que o

país não sediaria a conferência. Chile e Costa

Rica se candidataram.

A regra diz que se não houver outro candidato, a

conferência acontecerá na sede da UNFCCC, em

Bonn, na Alemanha. Espera-se que ocorra no

começo de 2020.

“Preparar uma conferência como esta não é

simples questão de logística”, diz Carlos Rittl,

secretário-executivo do Observatório do Clima,

rede de 40 ONGs que atua com mudança do

clima no Brasil. “Importante é trabalhar para

uma solução que proteja a agenda e privilegie o

processo”.

A CoP 25 deve fechar o que ficou sem solução no

Livro de Regras do Acordo de Paris. O principal

ponto é o Artigo 6, que trata de mecanismos de

mercado. O Brasil tem posição controversa nesta

questão.

“Os outros aspectos têm a ver com aumentar o

financiamento e a ambição dos países”, diz Ana

Toni, diretora executiva do Instituto Clima e

Sociedade (iCS). “Para tanto é preciso ter

pressão política e participação das cidades, do

setor privado, da sociedade civil. Isso agora está

meio comprometido”, diz Ana Toni. Ela lembra,

por exemplo, que CEOs e políticos globais haviam

fechado a agenda para dezembro, no Chile.

No dia 4, segunda-feira, espera-se que Donald

Trump anuncie o início do processo formal de

saída dos EUA do Acordo de Paris.

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2019/10/

31/onu-busca-alternativas-para-a-cop-25.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

O CAR como requisito para a venda externa

da soja

A agricultura brasileira conquistou nas últimas

décadas uma grande importância na economia

nacional e no comércio internacional de

commodities. O aumento da produtividade e a

melhoria da governança marcaram esse período.

De 2005 a 2016 a produção de soja dobrou

enquanto o desmatamento diminuiu (mesmo que

ainda ficasse em níveis altos). A mudança foi

resultado de políticas públicas (como o PPCDAM,

Plano de Ação para Prevenção e Controle do

Desmatamento na Amazônia Legal) e de soluções

construídas no arranjo setor privado-sociedade

civil (como a moratória da soja na Amazônia).

O aumento da importância e influência do setor

traz consigo responsabilidades e a necessidade

de avanços contínuos até que o desmatamento

seja eliminado da soja e do agro brasileiro.

Contudo, a trajetória duplamente positiva (mais

produtividade e menos desmatamento) tem sido

posta à prova nos dois últimos anos e foi levada

ao extremo com as queimadas e o novo pico de

desmatamento na Amazônia.

Isto ocorre em um momento muito delicado da

geopolítica internacional, com grandes

implicações para o comércio de commodities,

como a soja. A batalha comercial EUA-China e o

acordo UE-Mercosul se desdobram enquanto a

Amazônia queima. Não somos ingênuos em

relação aos interesses econômicos em jogo, mas

não devemos nos surpreender que a

sustentabilidade e algumas garantias mínimas de

desempenho social e ambiental no campo

ganhem relevância. Aliás, esta era uma das

grandes oportunidades do Brasil neste tabuleiro.

Por incompetência e falta de visão, conseguimos

transformá-las em ameaça.

É fundamental dar visibilidade às conquistas da

moratória da soja e de um acordo em construção

para o fim do desmatamento pela cultura no

Cerrado. Mas não basta apagar o fogo e,

eventualmente, demonstrar que a soja não está

associada ao desmatamento. A soja e o agro

brasileiro têm outros compromissos assumidos.

Entre eles está cumprir o Código Florestal, uma

lei que posiciona o Brasil como protagonista na

produção agropecuária responsável e que

conserva a vegetação nativa. Várias etapas estão

envolvidas com o cumprimento desta lei.

Tudo começa com o registro voluntário do

proprietário da terra no Cadastro Ambiental Rural

(CAR), a sua validação, a adesão ao Programa de

Regularização Ambiental (PRA), até o Código

realmente se concretizar com o plantio de mudas

de árvores em áreas de preservação permanente

e reservas legais (que também podem ser

compensadas). Infelizmente aqui as notícias

também não são as melhores.

O Imaflora e a plataforma Trase - Transparency

for Sustainable Economies acabam de lançar um

relatório que avalia a área e percentual da soja

comercializada em propriedades rurais em função

do CAR.

Doze por cento da soja cultivada no Cerrado e na

Amazônia (ou 2,6 milhões de hectares da

cultura) estão em imóveis sem CAR. Quase 70%

desses casos se concentram no Mato Grosso,

Goiás e Mato Grosso do Sul. Desse total, 40% do

grão sem CAR foi exportado para a China e quase

12% da soja importada pela Europa. Isto

significa que essas propriedades não estão nem

na primeira etapa voluntária da governança do

Código Florestal.

Os outros números sobre a real implementação

do Código Florestal não são favoráveis ao

agronegócio brasileiro como um todo. A última

avaliação concluiu que mais de 25% da área total

cadastrada ainda não foi registrada. Menos de

5% dos registros do CAR foram validados no

país. Não temos nenhuma estatística sobre a real

implementação do Código no campo. Ou seja,

não sabemos quanto já fizemos da lição de casa

de recuperar os 20 milhões de ha de

descumprimento da lei, número que se alinha

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Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

com a nossa meta do Acordo de Paris de

restaurar 12 milhões de ha de vegetação nativa.

A hipótese é que fizemos muito pouco. Mas

sabemos que a maior parte da dívida está nos

grandes imóveis rurais. O Observatório do Código

Florestal concluiu que somente 4% dos imóveis

rurais não cumprem com os requisitos de

Reserva Legal, sendo eles majoritariamente

grandes fazendas.

O Brasil tem diversas iniciativas de pesquisas e

ações para dar conta da lição de casa. Não faltam

dados, inteligência, sistemas de rastreabilidade,

tecnologia. Não há barreiras à frente, exceto as

que alguns atores do agronegócio constroem.

Desde o início do ano, a Frente Parlamentar da

Agropecuária intensificou a tramitação de

Medidas Provisórias e Projetos de Lei que

pretendem alterar e reduzir a governança

ambiental prevista no Código Florestal. Ao invés

de usar a sua força para acelerar os incentivos

econômicos, bloqueia a sua implementação. Um

desserviço deselegante ao Brasil, que não cabe

num mundo voltado a tratar da emergência

climática e de outros impactos socioambientais

que já afetam o agronegócio brasileiro. Não se

justifica adiar por quatro vezes o prazo para a

conclusão do CAR e deixá-lo com prazo

indefinido, como definido na Medida Provisória

884.

Deveria ser lição de casa do agro cumprir com o

Código Florestal. Cabe aos produtores fazer a sua

parte e às empresas da cadeia produtiva exigir

que seja cumprido. Isto não se limita à

comprovação do registro do CAR, mas inclui as

etapas seguintes nas quais o produtor pode

avançar, independente das manipulações que o

desobrigam de fazer a sua parte.

Além disso, para excluir o desmatamento da

cadeia de suprimentos e avançar na

conformidade ambiental do setor, os atores

envolvidos com a importação da soja brasileira

precisam incluir o CAR como requisito. Seja em

acordos multilaterais, como o Mercosul-União

Europeia, seja nas diretrizes de compras de

associações setoriais como a Federação Europeia

de Rações (Fefac).

A China, por ser a principal importadora da soja

brasileira, apresenta um papel estratégico para

contribuir com a conformidade ambiental entre

produtores e fornecedores de soja no Brasil. A

inscrição no CAR pode ser incorporada aos

padrões que vêm sendo desenvolvidos para

garantir a sustentabilidade da importação de

commodities na China, incluindo as Diretrizes

para a Soja Sustentável da China, desenvolvidas

pela Plataforma de Comércio de Soja Sustentável

(SSTP), e mecanismos financeiros como parte

dos critérios do empréstimo de US$ 2,1 bilhões

vinculado à sustentabilidade obtido pela COFCO

International em julho deste ano.

Durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro à

China, a conformidade ambiental deveria ser

assunto prioritário entre as discussões de como

ampliar o comércio de commodities agrícolas

para o país asiático.

Luís Fernando Guedes Pinto é gerente do

Imaflora e membro do Observatório do Código

Florestal.

Toby Gardner é diretor da Trase e pesquisador do

Stockholm Environment Institute (SEI)

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/o-car-

como-requisito-para-a-venda-externa-da-

soja.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Amazônia, caminho para a inovação

A Mesa Redonda da Soja responsável, que reúne

sete mil produtores em países como Estados

Unidos, Brasil, Argentina e China reagiu à

recente aceleração na derrubada de florestas

tropicais com uma orientação clara:

desmatamento zero. Não se trata de

desmatamento ilegal zero até 2030, como

preconizado pelo Brasil. A ideia é: mesmo que a

lei o permita, o bom senso, a ética e o sentido

estratégico dos negócios não podem tolerar que

o avanço da produção de soja siga vinculado à

destruição florestal: “zero é zero”, tornou-se o

lema da organização.

Têm sentido bastante semelhante as recentes

tomadas de posição dos governadores do Pará,

do Amapá, do Amazonas e do Maranhão,

inclusive em encontros internacionais como a

Climate Week, em Nova York, quando da

abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Nesta ocasião houve reuniões empresariais cuja

tônica central era a urgência de um novo

paradigma para o crescimento econômico da

Amazônia. Como já preconizava documento da

Academia Brasileira de Ciências de 2008, o

grande desafio brasileiro do Século XXI consiste

em fazer com que este crescimento se apoie

fundamentalmente em ciência e tecnologia, não

em devastação.

Apesar do recente aumento na invasão de terras

indígenas, da intensificação de atividades ilegais

na exploração madeireira e no garimpo

clandestino e das ameaças a ativistas, é

impressionante o avanço e a consistência das

propostas elaboradas por cientistas, ONGs,

empresários e também por governos da região.

Mais que isso, os próprios povos tradicionais são

hoje protagonistas de iniciativas transformadoras

e ligadas à economia da floresta em pé. São

ainda poucos os produtos da floresta cujas

cadeias produtivas já têm impacto internacional.

Mas que se trate de sementes, do açaí, da

borracha ou da castanha do Pará, os dados

mostram rendimentos por hectare

sistematicamente superiores aos alcançados pelo

gado e pela própria soja, como vêm mostrando

os trabalhos com ampla repercussão nas

melhores revistas científicas internacionais de

Ismael e Carlos Nobre, de Raoni Rajão e de

profissionais que atuam em organizações não

governamentais como o Imazon, o Ipam e o

Instituto Socioambiental, entre outros. O

empreendedorismo ligado à valorização dos

produtos da biodiversidade, na produção e no

consumo (na gastronomia, por exemplo) vem

sendo incentivado por organizações como o

Centro de Empreendedorismo da Amazônia.

O diálogo entre atores sociais que até

recentemente estavam distantes entre si

intensifica-se e não só num horizonte de defesa

contra a barbárie, mas sobretudo em torno de

propostas construtivas. Neste contexto ganha

especial importância o recente trabalho do

Instituto Escolhas, “Impulsionando o

desenvolvimento sustentável do Amazonas”,

apresentado há alguns dias na Comissão Especial

de Reforma Tributária da Câmara dos Deputados.

Vincular este arco de forças sociais ligadas à

emergência da bioeconomia aos desafios de um

novo modelo de crescimento econômico da

região - e particularmente aos desafios da Zona

Franca de Manaus - é a principal originalidade da

contribuição do Instituto Escolhas.

Por mais importante que seja hoje a Zona Franca

de Manaus, o documento mostra que ela padece

de quatro problemas centrais: promove alocação

ineficiente de fatores, distorce mercados e

cadeias produtivas, seus incentivos não estão

condicionados a metas públicas e seus

beneficiários são completamente dependentes de

subsídios. Os ganhos sociais destes subsídios são

pífios. Mas o mais importante no trabalho do

Escolhas é o vínculo entre a bioeconomia e três

outras dimensões estratégicas para o Estados do

Amazonas e para a região.

Em primeiro lugar, é possível e necessário fazer

da Zona Franca de Manaus um polo da economia

de transformação digital. A tão almejada junção

entre tecnologias contemporâneas e

conhecimentos tradicionais, não se viabiliza sem

Internet de alta qualidade.

A terceira dimensão estratégica (além da

bioeconomia e da transformação digital) é o

ecoturismo, atividade que, no mundo, cresce

15% ao ano e que poderia ser muito maior do

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que é no Brasil. A quarta dimensão é a

piscicultura de água doce. Pouca gente sabe que

o pescado é a principal proteína animal na

produção e no comércio globais. A atividade é

muito menos emissora de gases de efeito estufa

que a criação de gado e exige área

correspondente a 3% da necessária à oferta do

equivalente em carne.

Tudo isso supõe, é claro, infraestrutura. Mas não

se trata fundamentalmente de construir estradas

e portos para o embarque de grãos e carnes e

sim de uma infraestrutura voltada ao

desenvolvimento sustentável, que fortaleça as

cadeias produtivas e as oportunidades de os

povos da floresta e os empreendedores da

Amazônia participarem da emergência da

bioeconomia. O estudo do Escolhas sintetiza esta

aspiração mostrando inúmeras vantagens de

converter a Zona Franca de Manaus numa

espécie de “Vale do Silício da bioeconomia”. Esta

orientação supõe, claro, o fortalecimento das

organizações científicas locais, seu vínculo com

os povos da floresta e um processo educativo

que valorize o patrimônio cultural de uma região

onde se fala mais de duzentos idiomas.

A bioeconomia é o caminho mais acessível para

que o Brasil deixe o triste lugar que hoje ocupa

como retaguarda da inovação tecnológica global.

Trilhar este caminho com o protagonismo dos

povos tradicionais, das ONGs que com eles

atuam, dos cientistas que lá estudam os serviços

ecossistêmicos da floresta e dos empresários

comprometidos com inovação e sustentabilidade

é o grande objetivo de um conjunto de forças

que já começa a compor um movimento social

para que a Amazônia se converta em vetor de

aproveitamento racional de nossas maiores

riquezas.

Ricardo Abramovay é professor sênior do

Instituto de Energia e Ambiente da USP e autor

de “Amazônia: Por uma Economia do

Conhecimento da Natureza” (Ed.

Elefante/Terceira Via).

https://valor.globo.com/opiniao/coluna/amazonia

-caminho-para-a-inovacao.ghtml

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Data: 31/10/2019

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Prós e contras da cessão onerosa dividem

petroleiras

Enquanto a Petrobras dobra a aposta no leilão

dos excedentes da cessão onerosa e assume um

discurso agressivo, às vésperas da concorrência,

ao menos duas das maiores petroleiras do

mundo, a francesa Total e a britânica BP,

declinaram da licitação, marcada para a próxima

quinta-feira. A ausência de duas gigantes mostra

que as áreas de alta produtividade ofertadas não

garantem, por si só, o interesse das

multinacionais. A rodada, que promete ser uma

das maiores da história, é encarada pela

indústria com misto de entusiasmo pelo potencial

dos ativos e cautela pelos altos valores

envolvidos. A licitação exigirá no curto prazo o

desembolso de R$ 106 bilhões só em bônus de

assinatura, fora outros investimentos vultuosos.

Ao todo, 13 petroleiras estrangeiras se

habilitaram inicialmente para participar da

rodada. A lista inclui, além da BP e Total, outras

grandes companhias do setor, como Chevron,

ExxonMobil, Equinor e Shell. As asiáticas CNODC

e CNOOC (China), Petronas (Malásia), QPI

(Catar) e a colombiana Ecopetrol, a portuguesa

Petrogal e a alemã Wintershall Dea completam a

relação. O prazo para apresentação das garantias

de oferta venceu ontem.

A BP confirmou publicamente a ausência na

terça-feira, durante conferência com

investidores. O diretor financeiro da companhia,

Brian Gilvary, disse, contudo, que mantém o

interesse no Brasil e lembrou da participação

ativa da empresa nos últimos leilões. No dia 10,

a Total já havia manifestado que não participaria

da rodada, diante da falta de oportunidades para

petroleiras interessadas em assumir a operação

dos ativos. A expectativa, no mercado, é que as

empresas vencedoras se associem à Petrobras

nos contratos e que a estatal, que já opera os

ativos da cessão onerosa, permaneça na

liderança dos consórcios.

Algumas companhias, no entanto, despontam

como potenciais candidatas. Uma fonte da

indústria relata, sob condição de anonimato, que

a Exxon mobilizou o seu corpo técnico ao longo

dos últimos meses para acompanhar de perto

cada passo da licitação. A Wood Mackenzie

destaca, por sua vez, que as estatais asiáticas

estão procurando repor reservas e que também

são candidatas a entrar como sócias minoritárias.

O chefe de pesquisa na área de exploração e

produção da consultoria na América Latina,

Marcelo de Assis, também deu o seu palpite

pessoal: Shell e Petrogal podem comprar Atapu,

já que elas são sócias da Petrobras no campo de

Oeste de Atapu, cujas reservas se conectam com

o ativo que será leiloado.

O leilão dos excedentes tem despertado

sentimentos ambíguos. Carlos Pascual, vice-

presidente sênior da IHS Markit, por exemplo,

acredita que a produtividade dos campos e as

mudanças regulatórias implementadas nos

últimos anos fazem do pré-sal, “se não a mais

atrativa, uma das ofertas mais atrativas que

estão no mercado globalmente”.

A Wood Mackenzie, porém, vê um “equilíbrio

complicado entre valor e volume” para as

empresas interessadas. A consultoria destaca

que o leilão é “superlativo” em seus números,

não só pelos grandes volumes de petróleo

envolvidos (de 6 bilhões a 15 bilhões de barris,

segundo a ANP), mas também pelas cifras

expressivas e as incertezas do negócio.

Para Assis, as barreiras de entrada são altas. A

consultoria calcula que as vencedoras da licitação

terão de desembolsar US$ 67,5 bilhões nos

próximos anos, entre bônus de assinatura,

investimentos futuros nos campos e o pagamento

da compensação financeira à Petrobras. Pelas

regras da rodada, as vencedoras da licitação

deverão assinar um acordo de coparticipação

com a Petrobras nos campos de Búzios, Atapu,

Itapu e Sépia e pagar uma compensação à

estatal pelos investimentos realizados pela

companhia nas áreas.

O consultor cita as incertezas que pairam sobre

essa compensação. A Wood Mackenzie pontua

que o Conselho Nacional de Política Energética

(CNPE) definiu as diretrizes para cálculo do

reembolso, mas que a resolução não é prescritiva

e que o valor final dependerá de uma negociação

assimétrica entre as empresas e a Petrobras após

a rodada. Todas essas incertezas para uma taxa

de retorno de investimentos provável de “um

dígito” para Sépia e Atapu. “Também há

incertezas sobre o real volume de petróleo dos

excedentes”, disse.

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Assis acredita que o leilão terá lances

conservadores. A expectativa é que poucos

consórcios sejam formados por várias empresas,

com fatias pequenas, de 10% a 20%, “para

mitigar riscos’. A Wood Mackenzie ressalta,

ainda, que a rodada será um teste real à

disciplina de capital das grandes petroleiras

internacionais, num momento de baixa nos

preços do barril. Para o diretor de exploração e

produção da Petrobras, Carlos Alberto de

Oliveira, por sua vez, isso não vai interferir no

megaleilão.

“Já tem cinco anos que a gente tem trabalhado

nesse cenário de preços baixos de petróleo. E as

companhias se reestruturaram para isso”, disse,

durante a OTC, no Rio. Nesta semana, Roberto

Castello Branco, presidente da Petrobras, já

havia dito que “vai entrar para ganhar” Búzios e

Itapu.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/31/pros-e-contras-da-cessao-onerosa-dividem-

petroleiras.ghtml

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Fabricantes se dividem em acordo de

reciclagem

A indústria está dividida em relação ao acordo de

logística reversa, negociado há nove anos e que

envolve também o comércio e o Ministério do

Meio Ambiente. O acordo, cuja assinatura está

prevista para ocorrer hoje em Brasília, estabelece

um sistema de coleta e reciclagem de ampla

gama de produtos eletroeletrônicos - de celulares

a geladeiras e fogões.

A Eletros, associação que reúne grandes

fabricantes de linha branca como Whirlpool (dona

das marcas Brastemp e Consul) e Electrolux, não

deve assinar o acordo. “Não existe segurança

jurídica”, disse ao Valor o presidente da Eletros,

Jorge Nascimento.

Posição diferente tem a Abinee, que reúne

fabricantes de produtos de informática como

Dell, HP e Lenovo. “O acordo não apenas atende

às exigências legais, como traz segurança

jurídica às empresas”, informou a entidade, em

nota.

Representantes da Abinee, ontem à tarde, já

haviam embarcado para Brasília, na expectativa

de assinar o acordo no Ministério do Meio

Ambiente. O presidente da Eletros, no início da

noite, continuava esperando um novo texto do

acordo para tomar o avião.

A principal crítica da Eletros é em relação ao

papel da Confederação Nacional do Comércio

(CNC), que representa o varejo no acordo. A CNC

é classificada no texto como “interveniente

anuente” e não como parte do acordo. Isso

significa que “a CNC não se compromete. Não

tem responsabilidade de trazer seus associados

para o acordo e nem de fomentar a logística

reversa entre seus associados”, diz o presidente

da Eletros.

Para Nascimento, o correto seria ter como

signatários do acordo entidades que representam

grandes varejistas como a Associação Brasileira

de Supermercados (Abras) ou o Instituto para

Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne

empresas como Carrefour e Magazine Luiza,

entre outras. O IDV e a Abras estavam

participando das discussões para desenhar o

acordo, mas deram lugar ao CNC.

O diretor financeiro da CNC, Marco Aurélio

Sprovieri Rodrigues, diz que o fato da

confederação ser classificada como “interveniente

anuente” no acordo significa que o setor

concorda com as regras estabelecidas nele. “Mas

a CNC não pode ser responsabilizada se uma

empresa não cumprir o acordo”, disse. Sobre o

IDV e a Abras, Rodrigues observa que são

entidades que representam apenas uma parte do

comércio

Para Ana Luci Grizzi, advogada especializada em

assuntos ambientais da Veirano Advogados, o

risco do varejo ser tratado de forma diferente,

com menos responsabilidades do que a indústria,

não existe. O decreto 9.177/2017 determina que

“qualquer ente que participe da cadeia de

produtos está sujeito a cumprir o que for

determinado no acordo.” Assim, fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes -

todos os elos da cadeia - estão sujeitos à

logística reversa obrigatória.

A advogada, que vem acompanhando a

elaboração de acordos setoriais de logística

reversa no país há mais de dez anos, como os

feitos para lâmpadas e pilhas, diz que se a

Eletros não assinar o acordo, ainda assim as

fabricantes de linha branca terão que cumprir as

normas. A discussão desse acordo é um

desdobramento da Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei 12.305), sancionada em 2010.

Nascimento, da Eletros, tem outros pontos de

preocupação. O texto final do ministério -

elaborado após consulta pública feita em agosto,

quando foram feitas cerca de 1.500

manifestações - estabelece um cronograma

gradual para a reciclagem dos produtos

eletroeletrônicos. A meta para 2021 é reciclar 1%

do que foi vendido em 2020; 3% em 2022; 6%

em 2023, 12% em 2024 e 17% em 2025.

A expressão “a cada ano” abriu uma

interpretação que o percentual final seria de

39%, e não de 17%. “Pedimos para mudar essa

parte pois há risco de interpretação errada”,

disse Nascimento.

Outros pontos que ainda não foram solucionados

dizem respeito a uma possível tributação de

ICMS na carga de produtos destinados à

reciclagem, quando fossem transportados de um

lado para o outro; e a classificação de “produto

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perigoso”, o que implicaria em obtenção de

licenças ambientais por parte das empresas

encarregadas de fazer a coleta, encarecendo o

produto. “Mas estes pontos estão bem

encaminhados e devem mudar”, disse

Nascimento.

O que a indústria não conseguiu mudar foi a

tributação do “ecovalor”. Trata-se do valor que

vai ser cobrado do consumidor quando ele for

comprar uma geladeira, por exemplo. No caso da

geladeira, é de R$ 20. Para um celular, R$ 0,12.

Esses recursos vão financiar o sistema de

reciclagem. Em 2025, deverá somar R$ 2,5

bilhões.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

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reciclagem.ghtml

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Page 79: LIPPING - Microsoft · de mudança. Mantendo o setor na vanguarda no que diz respeito ao agro e ao ambiental no Brasil', afirma Patrícia Iglecias, diretora presidente da Companhia

Data: 31/10/2019

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Grupo de Comunicação

Bayer já enfrenta quase 43 mil processos

nos EUA por causa do glifosato

O número de ações judiciais contra a Monsanto

envolvendo o herbicida glifosato nos Estados

Unidos chegou a 42,7 mil, anunciou ontem a

alemã Bayer, que comprou a empresa americana

em junho de 2018, por US$ 63 bilhões. Em julho

deste ano, eram 18,4 mil processos.

Segundo a Bayer, o aumento expressivo foi

motivado pela publicidade feita por advogados

em busca de denunciantes. As ações pedem

indenizações milionárias devido à ocorrência de

problemas de saúde derivados da exposição de

produtores aos agrotóxicos à base da molécula,

como o surgimento do linfoma não-Hodgkin e

mielomas.

Até o momento, a Bayer foi condenada em três

processos na Califórnia que a obrigam a indenizar

pessoas que tiveram câncer. A múlti apelou

contra as sentenças por considerar que nenhuma

agência reguladora no mundo determinou que o

glifosato, à venda desde a década de 1970, é

perigoso para a saúde.

“Continuamos a acreditar que temos defesas

meritórias e pretendemos nos defender

vigorosamente em todos esses processos”,

afirmou a empresa em comunicado sobre seus

resultados no terceiro trimestre.

No período, as vendas líquidas globais da Bayer

Crop Science, divisão agrícola da gigante alemã,

somaram € 3,95 bilhões, 5,8% maiores que no

mesmo período de 2018. Nos nove primeiros

meses de 2019, as vendas alcançaram € 15,18

bilhões, alta de 58% ante igual intervalo do ano

passado.

Na América Latina, as vendas cresceram 12% no

terceiro trimestre, para € 1,74 bilhão, puxadas

por fungicidas, herbicidas e sementes no Brasil.

Na América do Norte, o incremento foi de 9,5%,

para € 1,06 bilhão, mas houve retração na

Ásia/Pacífico (8,1%, para € 418 milhões) e na

região compreendida por Europa, Oriente Médio e

África (6,7%, para € 733 milhões).

De acordo com a Bayer, as vendas de herbicidas

cresceram 1,1% no trimestre, para € 1,18 bilhão.

A área de sementes e ‘traits’ de milho registrou

avanço de 24,8%, para € 749 milhões. No caso

de produtos para soja, as vendas cresceram

14%, para € 447 milhões.

A divisão de inseticidas apresentou resultado

2,5% menor (€ 344 milhões), a de ciência

ambiental cresceu 7,3% (€ 221 milhões), e a de

sementes de vegetais recuou 30,1% (€ 186

milhões).

Apesar da elevação nas vendas, o lucro antes de

juros, impostos, depreciação e amortização

(Ebitda, na sigla em inglês) da Bayer Crop

Science caiu 88,3% no terceiro trimestre e

somou € 420 milhões. Nos nove primeiros meses

ano, houve queda de 37,3%, para € 3,1 bilhões.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20

19/10/31/bayer-ja-enfrenta-quase-43-mil-

processos-nos-eua-por-causa-do-glifosato.ghtml

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