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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 2 de agosto de 2019 LEI Nº 12.305, 2 DE AGOSTO DE 2010

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 2 de agosto de 2019

LEI Nº 12.305, 2 DE AGOSTO DE 2010

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SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Cetesb divulga resumo do Relatório de Qualidade das Águas Interiores ................................................ 4

Dicas: cinco lugares para visitar com a família no fim de semana ........................................................ 5

SP Sem Papel é oficializado por decreto nesta quinta (1º) .................................................................. 6

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 8

Iran Gonçalves Jr: Estamos respirando um ar que nos faz mal ............................................................ 8

Baixada Santista deve receber investimentos de R$ 2,8 bilhões em saneamento ................................. 10

Governo de SP e Sabesp assinam contratos de prestação de serviço de saneamento ........................... 10

O Governador João Doria e o Secretário de infraestrutura e meio ambiente Marcos Penido assinaram nesta semana contrato de prestação de serviços de saneamento com 13 municípios .................................... 11

Baixada santista deve receber investimento R$ 2,8 bilhões em saneamento ....................................... 11

Baixada santista vai receber investimento em saneamento ............................................................... 11

Gregorio anuncia construção do primeiro Parque Municipal de Pirapora .............................................. 12

Novo Plano. Nova Vida? ............................................................................................................... 13

Área interditada em Marília continua sendo utilizada para descarte de entulho .................................... 17

Obras da estação de trem João Dias, da Linha 9-Esmeralda, devem começar ainda em 2019 ................ 18

MP abre inquérito para investigar mortandade de abelhas em Leme por suspeita de intoxicação ........... 19

Com vazão e nível baixos, pedras aparecem e espuma se forma no Rio Piracicaba, em Piracicaba ......... 21

Incêndio em canavial obriga moradores a deixar casas em Sertãozinho, SP ........................................ 22

Rio Preto ganha mais de 12 mil árvores com obras de mobilidade ..................................................... 23

Descarte irregular pode render multa de R$ 15 mil para empresa ...................................................... 24

São Sebastião vai receber mais de R$ 600 milhões em investimentos para saneamento ....................... 25

Congresso Brasileiro do Agronegócio contará com Ministra Tereza Cristina ......................................... 26

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 27

Após 9 anos, nenhuma meta da gestão do lixo foi cumprida no País .................................................. 27

Logística reversa: a importância na atividade econômica .................................................................. 29

Lei que define como o lixo deve ser tratado completa nove anos e os avanços são poucos ................... 30

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 31

Painel: Forte, reação do STF desagrega apoio a Deltan e a métodos da Lava Jato na PGR e no Judiciário 31

Por unanimidade, STF derrota Bolsonaro e mantém demarcação indígena na Funai ............................. 33

Mônica Bergamo: Barroso interpela Bolsonaro para explicar declarações sobre pai de presidente da OAB 35

Bolsonaro dá sinal verde para privatização da Eletrobras .................................................................. 38

Maioria dos brasileiros rejeita abrir mineração em terras indígenas .................................................... 39

Bolsonaro diz que dados de desmate foram 'espancados' para atingir governo .................................... 41

ESTADÃO ................................................................................................................................... 43

Ibama autua barco de família de secretário .................................................................................... 43

Bolsonaro dá sinal verde para privatização da Eletrobrás .................................................................. 45

Bolsonaro quer mudar regras de saneamento ................................................................................. 46

Velório para a Amazônia ............................................................................................................... 47

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'Pacto foi político', diz presidente de estatal elétrica do Paraguai ....................................................... 49

Para onde vamos todos nós?......................................................................................................... 51

Os excêntricos planos de ação do governo Bolsonaro abafam os alertas da ciência .............................. 51

BR Distribuidora será uma nova empresa a partir de 2021 ............................................................... 53

Modelo de garimpo tem de ser melhorado, diz secretário ................................................................. 54

Petrobrás vende negócios e vê lucro saltar 87% no trimestre para R$ 18,9 bi ..................................... 55

Festa das Cerejeiras começa nesta sexta no Parque do Carmo .......................................................... 56

Bolsonaro admite erro em MP para demarcação de terras indígenas: 'Falha minha' .............................. 57

Governo vai adotar novo modelo de monitoramento do desmatamento, diz Salles ............................... 58

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 59

Acordo retoma a negociação técnica em torno de Itaipu ................................................................... 59

Produção de petróleo vai crescer 40% em 5 anos, prevê ANP ........................................................... 61

Petrobras registra seu maior lucro trimestral da história ................................................................... 62

Bolsonaro contesta dados do Inpe sem apresentar correção ............................................................. 64

BR já inicia nova gestão e visa corte de custos ................................................................................ 66

STF derrota governo e mantém demarcação de terras com Funai ...................................................... 68

Amazônia corre graves riscos com descaso ativo do governo ............................................................ 69

A perigosa ilusão do aquecimento ótimo ......................................................................................... 71

José de Souza Martins: Índios têm direito da posse sobre suas terras ................................................ 74

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ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 02/08/2019

Cetesb divulga resumo do Relatório de

Qualidade das Águas Interiores

Aberto à população para consulta, documento

mostra que 85% dos 471 pontos monitorados

em 2018 pelo órgão estão entre Ótima, Boa e

Regular

Quem quiser conferir os resultados da

qualidade das águas interiores do Estado, do

ano 2018, avaliadas pelo Índice de Qualidade

das Águas (IQA), pode conferir o resumo do

relatório aqui. O documento mostra que não

houve alteração, mantendo aproximadamente

85%, dos 471 pontos monitorados,

classificados nas condições Ótima, Boa e

Regular.

O percentual de tratamento dos esgotos

domésticos manteve-se superior a 60%.

Novas estações de tratamento de esgotos

entraram em operação nos municípios de

Americana, Bebedouro, Birigui, Conchal,

General Salgado, Guaraçaí, Itararé, Lavrinhas,

Lourdes, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Monte

Mor, Nova Canaã Paulista, Palestina, Pontal,

Quatá, Roseira, São José dos Campos,

Sorocaba, Sumaré e Timburi.

Um dos exemplos bem sucedidos na

ampliação do tratamento dos esgotos foram os

registrados na bacia hidrográfica do Rio

Piracicaba, que atingiu uma porcentagem de

77%, além dos investimentos em saneamento

aplicados na sub-bacia do Zavuvus, afluente

do Alto Pinheiros, que obteve recuperação dos

níveis de oxigênio em suas águas.

Em 2018, a qualidade das águas do rio Tietê,

no trecho localizado na cidade de Pirapora,

para onde converge todo escoamento dos

municípios que formam a Região

Metropolitana de São Paulo (RMSP), pela

primeira vez nos últimos 5 anos apresentou

uma melhora do IQA, passando de Péssimo

para Ruim, com um um decréscimo de 20%

na carga orgânica que é exportada para o

Médio Tietê.

Os menores índices pluviométricos, verificados

nesta bacia em 2018, auxiliaram, também, na

redução desta carga poluidora, em função do

menor arraste de poluentes causados pelas

chuvas.

As captações de água bruta, utilizadas para

abastecimento público, em 80% dos pontos,

foram classificadas nas categorias Ótima, Boa

e Regular, de acordo com o índice específico

(IAP). O Relatório completo será publicado no

segundo semestre de 2019.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/cet

esb-divulga-resumo-do-relatorio-de-

qualidade-das-aguas-interiores/

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Veículo: Portal do Governo SP

Data: 1º/08/2019

Dicas: cinco lugares para visitar com a

família no fim de semana

Não é preciso viajar para se divertir em família

em São Paulo, cidade com infinitas

possibilidades de passeios e atrações; confira

Quem não sabe o que fazer no fim de semana

com a família não precisa se preocupar. São

Paulo conta com uma lista enorme de opções

de passeios em que não é preciso viajar ou

gastar muito para se divertir. Confira as dicas

abaixo:

Jardim Botânico de São Paulo

Os apaixonados por piquenique encontrarão

no Jardim Botânico a opção perfeita, graças ao

cenário convidativo com muito verde e belezas

naturais. Quem quiser garantir uma mesa, é

bom chegar cedo.

Parque da Água Branca

Ideal para toda a família, o Parque da Água

Branca também tem diferentes opções de

lazer com playgrounds e ambientes para

piqueniques. Quem for lá às terças, sábados e

domingos ainda pode saborear um café da

manhã orgânico, servido no quiosque perto da

Feira do Produtor.

Zoo de São Paulo

O Zoológico de São Paulo se tornou um dos

passeios mais procurados da cidade. O destino

reúne mais de 3 mil animais de diferentes

espécies nativas e de outras partes do mundo.

Dessa vez, o Zoo tem um novo atrativo: uma

girafa recém-nascida. Filha do casal Mel e

Palito, a filhote, geralmente, aparece aos

visitantes pela manhã, quando mãe e filha

saem para tomar sol.

Ciclovia entre os parques Cândido

Portinari e Villa-Lobos

São 11 km de pura diversão. A ciclovia liga os

parques Cândido Portinari e o Villa-Lobos.

Além do trajeto ideal para curtir o visual, os

parques contam com playgrounds, espaço

para piquenique, quadras, campos de futebol

e aparelhos de ginástica. Lembrando que o

visitante pode levar sua própria bike ou alugar

uma no local.

Pedra Grande

Localizada no Parque Estadual da Cantareira,

do alto da Pedra Grande os visitantes podem

apreciar uma vista skyline para a cidade. Para

isso, é preciso um pouco de fôlego para subir

uma trilha de uma hora e meia. Mas, sem

dúvida, o esforço vale a pena.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/dica

s-cinco-lugares-para-visitar-com-a-familia-no-

fim-de-semana/

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Veículo: Portal do Governo SP

Data: 1º/08/2019

SP Sem Papel é oficializado por decreto

nesta quinta (1º)

Programa que tem como finalidade a

eliminação de documentos impressos na

administração estadual foi desenvolvido pela

Prodesp

O Governo de São Paulo publicou nesta

quinta-feira (1º), no Diário Oficial do Estado, o

decreto 64.355, que institui a implantação do

SP Sem Papel. O texto prevê ainda a criação

do Comitê de Governança Digital, vinculado à

Secretaria de Governo, para assegurar a

implantação do programa, além de propor

ações, procedimentos e estratégias de

preservação à segurança digital.

O programa tem o objetivo de reduzir e/ou

eliminar o trâmite de papel entre os órgãos da

administração estadual, e também na relação

do governo com os municípios e com o

cidadão.

Entre os benefícios, a mudança do meio físico

para digital proporcionará maior eficiência e

agilidade na criação e fluxo de processos;

facilidade para a geração de documentos a

partir de modelos padronizados disponíveis no

próprio sistema; e redução de gastos com

papel, impressão, transporte e correios.

“Com a implantação do programa, o governo

do Estado ganha em economia e agilidade no

andamento dos processos que serão digitais e

poderão ser consultados em qualquer hora e

lugar”, afirma o Vice-Governador e Secretário

de Governo, Rodrigo Garcia.

O SP Sem Papel foi desenvolvido pela Prodesp,

empresa de Tecnologia da Informação do

Estado, e está sendo implantado em três

ondas. A primeira delas, em agosto,

contemplará a Secretaria de Governo, Casa

Civil, Fazenda e Planejamento, Educação,

Saúde, Desenvolvimento Regional e também a

Prodesp.

A segunda onda acontecerá entre setembro e

dezembro de 2019, e incluirá todas as demais

Secretarias do Governo do Estado de São

Paulo. E a última etapa, será em 2020, para a

administração indireta.

“O SP Sem Papel tornará os procedimentos

digitais mais simples, intuitivos e

extremamente seguros. Os principais ganhos

para a administração pública são eficiência,

transparência e agilidade”, destaca o

Presidente da Prodesp, André Arruda.

Para assegurar o sucesso do programa, os

servidores de todas as áreas do Governo serão

habilitados para conduzir a iniciativa. Até o

momento, servidores das Secretarias da

Educação, Governo, Casa Civil e

Desenvolvimento Regional passaram por

capacitação para utilização do sistema SP Sem

Papel. O processo de aprendizagem vem

sendo conduzido pela Fundação Vanzolini.

Além da capacitação presencial de

multiplicadores de cada secretaria, estarão

disponíveis tutoriais e treinamento em

plataforma de aprendizado a distância.

“O sistema digital facilita o trabalho dos

servidores. Por meio de assinatura digital, que

pode ser única ou em lote, os processos

ficarão mais rápidos”, afirma o

Superintendente da Prodesp, Ernesto

Mascellani Neto.

O SP Sem Papel é um marco na história da

administração estadual, pois além de reduzir

drasticamente o uso de papéis, vai aproveitar

todo potencial das tecnologias digitais para

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dar mais agilidade no atendimento de

processos e demandas do Estado.

O programa conta com o apoio do Arquivo

Público, responsável por garantir que a

solução seja aderente às políticas públicas de

gestão documental do Governo do Estado, e

da Fundação Vanzolini, para a capacitação dos

servidores.

Prodesp

A Prodesp é a empresa de Tecnologia da

Informação do Governo do Estado de São

Paulo. Criada em 1969, também é responsável

pela gestão e operação do Programa

Poupatempo, que tem 99% de aprovação dos

usuários e foi eleito o ‘Melhor Serviço Público

de SP’ em 2019, pelo quinto ano consecutivo.

Em 2016, foi eleita a melhor empresa do

segmento Indústria Digital do Brasil, no

ranking Melhores & Maiores da revista Exame.

Por três anos consecutivos (2016, 2017 e

2018), a empresa foi contemplada com o

Destaque do Ano do Anuário Informática Hoje,

na categoria “Prestador de Serviços para

Governo (empresas de grande porte)”.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sp-

sem-papel-e-oficializado-por-decreto-nesta-

quinta-1o/

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Valor Econômico

Data: 02/08/2019

Iran Gonçalves Jr: Estamos respirando

um ar que nos faz mal

Meu amigo querido está internado há mais de

um mês. No inverno do ano passado sofreu

um bocado, mas não precisou ser internado.

Ele tem problemas pulmonares relacionados

ao tabagismo. Como quase todo fumante

brasileiro da sua idade, começou a fumar

cedo, como um dos ritos de passagem para a

vida adulta. Não fumou durante muito tempo

e nem foram muitos cigarros por dia, mas o

suficiente para que desenvolvesse um certo

grau de enfisema pulmonar com o passar dos

anos.

Ele está internado porque não tolera respirar o

ar da cidade de São Paulo, principalmente

durante o inverno. Caso residisse em outra

cidade, meu amigo não sofreria, a cada

inverno, o mesmo grau de dificuldade

respiratória. Na falta dos sofisticados

equipamentos que a Cetesb dispõe e que

permitem uma monitoração adequada da

qualidade do ar, meu amigo poderia ser o

sinal de alerta para o nível de poluição.

Quando ele sentisse falta de ar ou a tosse

piorasse, seria um sinal de alerta de que a

qualidade do ar estava piorando. Quando ele

fosse internado, seria um aviso de que é

melhor não sair de casa. Talvez ele queira

criar uma startup e desenvolver um aplicativo

do drama de respirar em São Paulo...

A Cetesb disponibiliza os dados diários da

qualidade do ar na região metropolitana da

cidade no site bit.ly/2ylVQtT. No momento em

que escrevo este texto, a qualidade está no

nível N2, "Moderada", com o poluente que

caracteriza essa classificação no índice 76. Se

esse poluente chegar em 81, a qualidade do ar

vai para N3, "Ruim".

Meu amigo não está mais tolerando esse N2

muito próximo do N3. A secreção pulmonar

piora, a quantidade de oxigênio no sangue cai,

a radiografia de tórax piora, a frequência

cardíaca sobe. O ar da cidade sufoca o meu

amigo.

Podemos, literalmente, "ver" a poluição do ar.

Quando olhamos para o horizonte, a partir de

qualquer ponto da cidade, notamos que o céu

deixa de ser azul quanto mais próximo ao

solo. A impressão óptica é de uma névoa

esbranquiçada mais abaixo e o céu azul mais

acima. Essa coloração esbranquiçada e

brilhante se deve ao acúmulo de partículas de

poluentes nas camadas mais baixas da

atmosfera. Nos dias mais poluídos vemos uma

coloração marrom escura. Nos fins de tarde

esses mesmos poluentes são os responsáveis

pela bela paleta de cores do pôr do sol. Bela,

porém tóxica. É nessa massa de poluição que

vivemos, é ela que respiramos.

Crianças são a outra faixa etária muito

sensível aos efeitos da poluição atmosférica.

Tenho um outro amigo querido, ainda na

infância. Meu amiguinho não consegue

brincar. Tosse com frequência, fica cansado

quando corre, tem que usar inalador, o

pulmão fica com chiado. O ar da cidade sufoca

o meu amiguinho.

A principal causa da poluição atmosférica em

São Paulo não é a atividade vulcânica da

cidade ou consequência de chuvas de

meteoros. É a emissão de poluentes

relacionados aos automóveis. Os dados são

conhecidos e mensurados há anos. Temos

cientistas de renome que realizam pesquisas

publicadas nas mais importantes revistas

internacionais, são consultores de organismos

internacionais.

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Por que, então, ainda sofremos com isso?

Qualidade do ar não dá voto? Diga, amigo

leitor, qual o programa de controle da

qualidade do ar que você conhece? Não

lembrou de nenhum? É porque eles não

existem como política de longo prazo. O que

respiraremos em 5, 10 ou 20 anos? Você não

tem ideia? Nem eu.

Provavelmente alguém que se sinta

incomodado vai tirar da gaveta um plano de

ação que supostamente já existe e que nós,

ignorantes, desconhecemos. Quem quiser, que

compre. O fato é que se não houver um amplo

acordo, com prazos e metas, entre refinarias

de petróleo, fábricas de motores, órgãos de

controle com poder de decisão e nós, o tal do

povo, nada sairá do papel e seguiremos na

mesma toada de hoje.

O ar que respiramos hoje tem um efeito

deletério sobre todos nós. Hoje, suportamos

os tais níveis N2 e N3 - a escala vai até N5-,

mas a que preço e por quanto tempo?

Diferentemente de quem já sofre com a

qualidade do ar, muitos de nós ainda não

associamos diversos sintomas que

apresentamos à poluição. Pensamos: "Todos

no escritório estão com uma virose" ou "Estou

desidratado" ou "O ar-condicionado estava

muito gelado". Muito provavelmente o que

está acontecendo é que estamos respirando

um ar que nos faz mal.

Diversos estudos descrevem a associação do

ar poluído com o desenvolvimento de diversas

doenças pulmonares, cardiovasculares e

oncológicas no futuro. Quando você for ao

médico e for questionado sobre seus hábitos

de saúde, mesmo que nunca tenha fumado,

não se esqueça de falar há quanto tempo vive

em São Paulo. Esse tempo de exposição ao ar

poluído pode explicar uma grande quantidade

de sintomas e doenças.

Essa situação não é insolúvel. Outras grandes

cidades conseguiram controlar e melhorar a

qualidade do ar. As ferramentas existem, a

pressão dos grupos mais afetados existe, o

conhecimento dos especialistas existe. Falta a

decisão dos que são responsáveis pelas

políticas públicas.

Meus dois amigos têm outros amigos que

vivem na cidade. Somos mais de 12 milhões

de pessoas. Ficamos com os olhos

avermelhados, rinite, sinusite, dor de

garganta, sensação de boca seca. Ficamos

irritados, insones, cansados para trabalhar e

para o lazer, desanimados sem saber o

porquê. O ar da cidade nos sufoca.

Iran Gonçalves Jr, médico, escreve neste

espaço mensalmente

https://www.valor.com.br/cultura/6374117/ira

n-goncalves-jr-estamos-respirando-um-ar-

que-nos-faz-mal

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Veículo: Rádio Litoral Santos

Data: 1º/08/2019

Baixada Santista deve receber

investimentos de R$ 2,8 bilhões em

saneamento

RÁDIO LITORAL 102,1 FM/SANTOS | JORNAL

LITORAL Data Veiculação: 01/08/2019 às

08h21

Duração: 00:02:08

Transcrição

baixada santista, investimentos, saneamento,

Doria, Marcos Penido, Sabesp, assinatura,

contrato, prestações de serviço, saúde pública,

qualidade de vida, avaliação,

http://cloud.boxnet.com.br/y6rkc699

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Veículo: Rádio SP Rio

Data: 02/08/2019

Governo de SP e Sabesp assinam

contratos de prestação de serviço de

saneamento

RÁDIO SP RIO + /SÃO JOSÉ DOS CAMPOS |

ABRE ASPAS Data Veiculação: 01/08/2019 às

09h55

Duração: 00:01:39

Transcrição

Não há texto a ser exibido.

http://cloud.boxnet.com.br/y6yhl4w8

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Veículo: Rádio Santos

Data: 1º/08/2019

O Governador João Doria e o Secretário

de infraestrutura e meio ambiente Marcos

Penido assinaram nesta semana contrato

de prestação de serviços de saneamento

com 13 municípios

RÁDIO SANTOS 92,5 FM/SANTOS | SANTOS

NEWS Data Veiculação: 01/08/2019 às 10h00

Duração: 00:00:42

Transcrição

Serão, investidos, cerca de 7 Bilhões de reais,

em Serviços, e obras, para, ampliação,

distribuição, de água, coleta, e tratamento, de

esgoto, expectativa, 19 mil empregos, diretos,

e indiretos, sejam, gerados, com novos,

contratos, os municípios, beneficiados, na

baixada santista são, Bertioga, Guarujá,

Mongaguá, Itanhaém, e Peruíbe

http://cloud.boxnet.com.br/y5n7o8f7

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Veículo: Rádio Guarujá Paulista

Data: 1º/08/2019

Baixada santista deve receber

investimento R$ 2,8 bilhões em

saneamento

RÁDIO GUARUJÁ PAULISTA 1550 AM/SANTOS

| BOA TARDE CIDADE Data Veiculação:

01/08/2019 às 17h18

Duração: 00:01:04

Transcrição

Não há texto a ser exibido.

http://cloud.boxnet.com.br/y5tfbz47

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Veículo: Rádio Litoral

Data: 1º/08/2019

Baixada santista vai receber investimento

em saneamento

RÁDIO LITORAL 102,1 FM/SANTOS | CDL NO

AR Data Veiculação: 01/08/2019 às 18h43

Duração: 00:04:17

Transcrição

Governo de SP, Sabesp, municípios, região,

João Doria, evento, Secretário Infra, Marcos

Penido, Benedito Braga, contrato,

prestação,serviços, Guarujá, Bertioga,

Itanhaém, coleta, tratamento, esgoto,

ampliação, gerar, empregos, falta, esgoto

http://cloud.boxnet.com.br/yydykbnk

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Grupo de Comunicação

Veículo: Página Zero Osasco

Data: 02/08/2019

Gregorio anuncia construção do primeiro

Parque Municipal de Pirapora

http://cloud.boxnet.com.br/y3qqo47v

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Veículo: Exame SP

Data: 02/08/2019

Novo Plano. Nova Vida?

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http://cloud.boxnet.com.br/yybwvusk

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Veículo: G1 Bauru e Marília

Data: 01/08/2019

Área interditada em Marília continua

sendo utilizada para descarte de entulho

Terreno já recebeu três multas que

ultrapassam R$ 185 mil; empresários

reclamam dos danos à saúde.

Por G1 Bauru e Marília

Área interditada em Marília continua sendo

utilizada para descarte de inertes — Foto:

Reprodução/TV TEM

Uma área utilizada como solução provisória

pela Prefeitura de Marília (SP) para o aterro

sanitário continua recebendo entulho e lixo

doméstico. Desde janeiro, o local não deveria

mais receber lixo, já que foi interditado.

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) já aplicou três multas à

prefeitura por conta da situação irregular do

terreno, além de advertências por disposição

inadequada e queima de resíduos no local. O

valor das multas ultrapassa R$ 185 mil.

Lixão industrial de Marília segue no mesmo

local depois de ser interditado

A empresária Nádia Mohamed Abbud é sócia

de uma indústria de metalurgia que fica em

frente ao aterro e sofre com a falta de

estrutura do local. Além do lixo depositado de

forma irregular, o efeito das queimadas

também incomoda.

"Desde janeiro está muito difícil ficar por aqui.

É fumaça, é fogo, lixo. Bichos peçonhentos,

muita poeira, não tem infraestrutura na rua",

conta.

Para tentar resolver o problema, o empresário

Magno Donizeti Coneglian, que também tem

firma próxima, fez vários boletins de

ocorrência e procurou autoridades

responsáveis, mas até agora nada mudou.

"O investimento aqui foi muito grande, as

exigências foram grandes, nossa parte foi feita

e aqui só piorou até agora. Não conseguimos

nada de melhoria. Nos sentimentos

envergonhados de trazer clientes aqui", afirma

Magno.

https://g1.globo.com/sp/bauru-

marilia/noticia/2019/08/01/area-interditada-

em-marilia-continua-sendo-utilizada-para-

descarte-de-entulho.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 São Paulo

Data: 1º/08/2019

Obras da estação de trem João Dias, da

Linha 9-Esmeralda, devem começar ainda

em 2019

Segundo o governo, estação será construída

pela Tegra Incorporadora e doada ao Estado.

Por Abrahão de Oliveira, G1 SP — São Paulo

Maquete da estação João Dias — Foto:

Divulgação/CPTM

A futura estação João Dias, que fará parte da

Linha 9-Esmeralda, deve ter suas obras

iniciadas ainda em 2019. A Companhia

Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)

entrou com pedido de licença ambiental junto

à Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) e, segundo informações da

empresa, assim que esse documento for

expedido os trabalhos poderão ter início.

Para o desenvolvimento da nova estação, a

CPTM avalia quais serão as intervenções

necessárias no trânsito e na operação da Linha

9. Futuramente, a linha deverá ter a via férrea

e a rede aérea (fios que fornecem eletricidade

para que os trens circulem) remanejadas no

trecho onde as plataformas da nova estação

serão construídas. A estação ficará na altura

do Complexo 17007, um conjunto de torres

empresariais construído pela Tegra, na

Avenida das Nações Unidas,

O prazo previsto de construção da estação é

de 37 meses; a demanda prevista é de cerca

de 10.500 usuários por dia útil. O

investimento será de R$ 60 milhões.

Doação

O modelo de construção da estação João Dias

é inédito em São Paulo. O aparelho será

construído pela Tegra, que manifestou o

desejo de investir na estação e doa-la ao

Estado.

A CPTM, por obrigação legal, organizou um

chamamento público em abril deste ano para

que outros interessados pudessem manifestar

interesse na construção da estação, mas não

houve nenhum novo projeto enviado.

Dessa forma, a incorporadora arcará com os

custos da estação, que terá edifício principal,

passarela de acesso à plataforma central,

escadas rolantes/fixas e elevadores, além de

equipamentos de acessibilidade.

A estação terá uma entrada dentro do prédio

da incorporadora e uma entrada principal na

pista local da Marginal Pinheiros.

https://g1.globo.com/sp/sao-

paulo/noticia/2019/08/01/obras-da-estacao-

de-trem-joao-dias-da-linha-9-esmeralda-

devem-comecar-ainda-em-2019.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo1: G1 São Carlos e Araraquara

Data: 1º/08/2019

MP abre inquérito para investigar

mortandade de abelhas em Leme por

suspeita de intoxicação

Comportamento dos insetos não se assemelha

com casos de doenças, mas pode estar ligado

ao uso de inseticida, segundo especialista.

Investigação busca apoio de órgãos

responsáveis.

Por EPTV1

Ministério Público abre inquérito para apurar

as causas da mortandade de abelhas na região

O Ministério Público abriu um inquérito para

investigar se a mortandade de abelhas na

região de Leme (SP) tem relação com o uso

irregular de agrotóxicos. Vários apiários

registraram perda de grande parte dos insetos

por suspeita de intoxicação.

A prefeitura também foi notificada pela

promotoria para identificar as causas e criar

ações para que não aconteçam novos casos.

Em nota, a administração municipal disse que

o problema é regional e já enviou as

informações solicitadas sobre as medidas para

colaborar com o MP. Disse ainda que tem um

programa para conscientização sobre o uso de

defensores agrícolas.

Inquérito

O inquérito aberto pelo MP pede o apoio do

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (Ibama),

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) e a Polícia Ambiental para

identificar a causa das mortes em massa das

abelhas.

Segundo relatos de vários apicultores, o

comportamento das abelhas, antes de morrer,

é o mesmo: elas saem das caixa e se debatem

em círculos, todas de uma vez.

De acordo com o biólogo especialista em

abelhas Osmar Malaspina, é uma característica

típica de intoxicação.

“Quando se trata de doença, as 50 mil abelhas

da colmeia não pegam a mesma doença ao

mesmo tempo, nem morrem ao mesmo

tempo. Quando o sintoma está relacionado ao

inseticida, você tem esse sintoma e a colmeia

acaba morrendo em 24h, no máximo 48h”,

disse.

Prejuízo

Inquérito do MP busca investigar mortandade

de abelhas em Leme e região por suspeita de

intoxicação — Foto: Wilson Aiello/EPTV

O apicultor Carlos Fernando Celano foi um dos

prejudicados pela mortandade inesperada das

colmeias.

Por causa da perda de quase 4 milhões de

abelhas mortas, ele prevê uma redução

drástica na produção de mel deste ano.

“Fazendo a conta, mais ou menos, chega no

R$ 65 mil de prejuízo”, contou.

Segundo Sandra Maria dos Santos Celano,

esposa de Carlos e presidente da Associação

de Apicultores de Araras e Região, outros

associados perderam abelhas da mesma

forma.

“Nós estamos precisando mesmo que tenha

mais fiscalização e conscientização dos

agricultores ao uso de agrotóxicos”, disse.

Fiscalização

A Polícia Militar Ambiental tem ação

limitada nesse caso. De acordo com a

legislação, o responsável só poderia ser

multado pelo problema caso houvesse morte

de abelhas nativas.

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Grupo de Comunicação

“Na apicultura é utilizada as abelhas europeias

africanizadas, que são exemplares híbridos.

Nesse caso, não teria medidas da Polícia

Militar Ambiental. Mas realmente é um

problema muito sério”, disse o comandante do

1º Pelotão Ambiental de Pirassununga,

Tenente Ivo Fabiano Morais.

Conscientização

Investigação quer saber se uso indevido de

inseticida está intoxicando abelhas em Leme

— Foto: Paulo Chiari/ EPTV

Para Malaspina, além da fiscalização, é preciso

que os produtores rurais pratiquem o uso

consciente de inseticidas.

“As pessoas têm que entender que é um

perigo e isso é altamente prejudicial, não só

ao meio ambiente, mas também à saúde

humana e tentar fazer a coisa mais correta

possível”

Segundo o biólogo, as abelhas são

responsáveis pela polinização de 73% das

culturas para produção de alimentos o mundo.

Orientação para apicultores

O Colmeia Viva, um movimento do setor de

defensivos agrícolas organizado pelo Sindicato

Nacional das Indústrias de Produtos para

Defesa Vegetal (Sindiveg), conta com uma

assistência técnica para esclarecer dúvidas e

compartilhar boas práticas de prevenção à

mortalidade de abelhas.

Os agricultores, criadores de abelhas,

aplicadores de defensivos agrícolas,

distribuidores e outros profissionais ligados ao

uso de pesticida podem entrar em contato

pelo 0800 771 8000, todos os dias, das 7h às

19h.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/08/01/mp-abre-inquerito-

para-investigar-mortandade-de-abelhas-em-

leme-por-suspeita-de-intoxicacao.ghtml

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Veículo: G1 Piracicaba

Data: 1º/08/2019

Com vazão e nível baixos, pedras

aparecem e espuma se forma no Rio

Piracicaba, em Piracicaba

Segundo rede telemétrica do Daee, manancial

está com profundidade 78 centímetros mais

baixa que o normal.

Por EPTV 1

Vazão do Rio Piracicaba está 51% abaixo do

normal para época do ano

O Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP), estava

com vazão 51% abaixo da média para o

período do ano na manhã desta quinta-feira

(1º), segundo medição da rede telemétrica do

Departamento de Águas e Energia

Elétrica do Estado de São Paulo (Daee).

Além disso, o nível do rio estava 78

centímetros abaixo do normal.

Imagens feitas pela produção da EPTV, afiliada

da TV Globo, mostram que por causa da baixa

vazão e profundidade era possível ver as

pedras do rio. Uma espuma também se

formou sobre a água próximo ao Engenho

Central.

Espuma no Rio Piracicaba na manhã desta

quinta-feira — Foto: Edijan Del Santo/EPTV

A medição feita pela manhã mostra que a

vazão era de 26 metros cúbicos por segundo,

enquanto a média para o período é de 53,52

m³. Já o nível do manancial estava em 1,15

metro, profundidade 40,3% abaixo da média,

que é de 1,93 metro.

Segundo a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo, a concentração de

espuma é causada por causa da poluição na

água. "Este fato é recorrente e acontece

sempre que a vazão do rio está baixa, com

baixa oxigenação e, principalmente, pela

presença de surfactantes no corpo d'água, que

são os detergentes domésticos", informou a

nota.

Pedras ficaram aparentes no Rio Piracicaba —

Foto: Edijan Del Santo/EPTV Pedras ficaram

aparentes no Rio Piracicaba — Foto: Edijan Del

Santo/EPTV

Pedras ficaram aparentes no Rio Piracicaba —

Foto: Edijan Del Santo/EPTV

https://g1.globo.com/sp/piracicaba-

regiao/noticia/2019/08/01/com-vazao-e-nivel-

baixos-pedras-aparecem-e-espuma-se-forma-

no-rio-piracicaba-em-piracicaba.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 CI

Data: 18/07/2019

Incêndio em canavial obriga moradores a

deixar casas em Sertãozinho, SP

Queimada durou quatro horas e atingiu áreas

pertencentes a três usinas. Fumaça densa

impossibilitou permanência em diferentes

regiões da cidade.

Moradores tiveram que deixar suas casas às

pressas nesta quinta-feira (1º) durante um

incêndio que durou quatro horas em canaviais

de Sertãozinho (SP).

As chamas começaram por volta das 11h30 e

se alastraram por áreas pertencentes a três

usinas. Uma fumaça densa se formou e se

deslocou à cidade, dificultando as condições

de permanência em alguns pontos.

O incêndio foi praticamente controlado até o

fim da tarde com a ajuda de 15 caminhões-

pipa das usinas, segundo o sargento do Corpo

de Bombeiros Anderson Belarmino.

"O tempo já está muito seco, prejudicando

muito, principalmente quem tem problema

respiratório e o maior dano causado hoje aqui

na cidade foi a fuligem, o vento estava a favor

da cidade, acabou levando toda a fumaça e

fuligem para o interior da cidade", disse.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a

suspeita é de que o incêndio tenha sido

provocado por ação humana e facilitado pelo

clima seco na região.

Em nota, a Biosev, uma das usinas

responsáveis pelos canaviais, informou que o

caso vai ser apurado pelas empresas com a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=28389690&e=577

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Veículo: DHoje SJRioPreto

Data: 02/08/2019

Rio Preto ganha mais de 12 mil árvores

com obras de mobilidade

http://cloud.boxnet.com.br/y3jh5oxl

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Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 02/08/2019

Descarte irregular pode render multa de

R$ 15 mil para empresa

http://cloud.boxnet.com.br/y4yvmles

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Grupo de Comunicação

Veículo: SPRio Mais

Data: 1º/08/2019

São Sebastião vai receber mais de R$ 600

milhões em investimentos para

saneamento

São Sebastião está entre as cidades que

receberão os investimentos em serviços e

obras para a ampliação da distribuição de

água, coleta e tratamento de esgoto.

Gabriela Barreto/SPRIO

O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto

(PSDB), participou nesta quarta-feira (31) da

assinatura do contrato de prestação de

serviços de saneamento entre Estado e

municípios, no Palácio dos Bandeirantes, em

São Paulo.

A cerimônia teve a participação do governador

João Doria (PSDB), do secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido, e do presidente da Sabesp,

Benedito Braga. Na ocasião, foi anunciado o

investimento de R$ 6,8 bilhões para 13

cidades no Estado.

A matéria continua após a publicidade

Publicidade

“Com a assinatura desses contratos damos um

salto extraordinário no saneamento de São

Paulo e no objetivo de atingirmos a

universalização em todo o Estado. É também

um passo importante para a despoluição dos

rios Pinheiros e Tietê”, declarou Doria.

São Sebastião está entre as cidades que

receberão os investimentos em serviços e

obras para a ampliação da distribuição de

água, coleta e tratamento de esgoto. O

município vai receber R$ 610,5 milhões em 30

anos, sendo R$ 203,6 milhões em água e R$

386,09 milhões em esgoto, mais R$ 20,8

milhões em bens de uso geral.

O prefeito Felipe Augusto falou sobre a

importância de o programa contemplar todas

as regiões da cidade, já que atualmente os

investimentos são concentrados, em sua

maioria, na região sul.

“É um momento muito importante para o

Litoral Norte e para a cidade de São

Sebastião. São mais de R$ 600 milhões em

investimentos em água tratada e também em

coleta e tratamento do esgoto, melhorando as

condições de meio ambiente, melhorando as

condições de balneabilidade das nossas praias

e levando saúde para as próximas gerações de

moradores e visitantes”.

https://www.spriomais.com.br/2019/08/01/sa

o-sebastiao-vai-receber-mais-de-r-600-

milhoes-em-investimentos-para-saneamento/

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Veículo: Agrolink

Data: 1º/08/2019

Congresso Brasileiro do Agronegócio

contará com Ministra Tereza Cristina

Vários analistas vão debater o momento

decisivo do agro brasileiro em São Paulo, no

dia 5 de agosto

A ministra da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, Tereza Cristina confirmou

presença na solenidade de abertura do

Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma

realização conjunta da ABAG – Associação

Brasileira do Agronegócio e da B3 – Brasil,

Bolsa, Balcão, que será promovido na próxima

segunda-feira, dia 5 de agosto, no Sheraton

WTC São Paulo Hotel.

A ministra estará acompanhada de Marcos

Montes, secretário Executivo do MAPA; Andréa

Figueiredo Procópio de Moura,

Superintendente; Esequiel Liuson,

Superintendente Substituto; e de Fernando

Camargo, Secretário de Inovação,

Desenvolvimento Rural e Irrigação. Também

está prevista a presença do vice-governador

de São Paulo, Rodrigo Garcia (no cargo de

Governador substituto) e acompanhado dos

secretários Marcos Penido, de

Infraestrutura e Meio Ambiente; João

Octaviano Machado Neto, de Logística e

Transportes; Hugo Suenaga, do

Desenvolvimento Agropecuário e Pesca; e de

Iran Lima, do Desenvolvimento Econômico,

Mineração e Energia.

Na edição deste ano, o evento terá um

convidado internacional: o executivo Jingtao

(Johnny) Chi, chairman da chinesa COFCO

International, uma das maiores tradings

mundiais de agronegócio mundial, que fará a

palestra de abertura sobre o tema “O Mercado

Chinês e a Produção Sustentável”. (Em razão

de compromissos assumidos anteriormente, o

palestrante não poderá conceder entrevistas à

imprensa).

Além da palestra de abertura, o programa

abaixo do Congresso prevê a participação de

um seleto grupo de especialistas dos diversos

segmentos relacionados com os diferentes

elos da cadeia produtiva da agropecuária

brasileira.

Integram o corpo de palestrantes e

debatedores, ex-ministros, economistas com

passagem por decisivos postos de comando

em diferentes instâncias governamentais,

além de executivos das maiores e mais

importantes empresas de, praticamente, todos

os segmentos da atividade econômica. Confira

o perfil completo dos palestrantes no site do

evento.

Além das 900 pessoas que devem compor a

plateia do Congresso, as palestras e debates

poderão ser acompanhados por meio de uma

transmissão em tempo real pela web. Para

tanto, basta entrar no site do evento

https://cbaabagb3.com.br/ e acionar o botão

Transmissão Ao Vivo.

Serviço:

Congresso Brasileiro do Agronegócio ABAG e

B3 – Agro: Momento Decisivo

Data: 5 de agosto de 2019 = Horário: das 8hs

às 19h00

Local: Sheraton WTC São Paulo Hotel - Av.

das Nações Unidas, 12.559

https://www.agrolink.com.br/noticias/congres

so-brasileiro-do-agronegocio-contara-com-

ministra-tereza-cristina_422762.html

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Terra

Data: 02/08/2019

Após 9 anos, nenhuma meta da gestão do

lixo foi cumprida no País

Brasil ainda tem cerca de 3 mil lixões a céu

aberto, segundo associação de empresas de

limpeza; produção de lixo aumentou 28%,

quando meta era reduzir

Tulio Kruse

SÃO PAULO - Nove anos após a aprovação da

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),

o Brasil não conseguiu cumprir nenhuma meta

para a gestão do lixo. Em alguns aspectos, o

País inclusive caminha na direção contrária de

diretrizes que levaram duas décadas para

serem aprovadas no Congresso.

A produção de lixo aumentou 28% de 2010 a

2017, segundo os dados mais recentes da

Associação Brasileira de Empresas de Limpeza

Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe),

divulgados nesta sexta-feira, 2. A meta para

este ano era reduzir, na mesma proporção, a

produção de resíduos destinados a aterros.

O País ainda tem 3 mil lixões a céu aberto,

que deveriam ter sido extintos em 2014. A

taxa de reciclagem ficou praticamente

estagnada - foi de 2% para 3% no período.

Cerca de 7 milhões de toneladas de lixo por

ano continuam fora do sistema de coleta

regular e não vão sequer para os lixões,

segundo a Abrelpe.

"As práticas de gestão de resíduos no Brasil

vão na direção contrária daquilo que é

recomendado, e que já foi entendido como a

direção correta a ser seguida", diz o

presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

"Ninguém se mobilizou até o momento para

tirar a lei do papel."

Os motivos apontados por especialistas para o

fracasso da PNRS vão da penúria financeira de

prefeituras à falta de articulação entre

municípios, Estado e a União. Boa parte das

normas previstas na lei, que servem para

regulamentar a política, não foram publicadas

pelo governo federal. Segundo Silva Filho, isso

deixou municípios sem orientação para como

desativar lixões, por exemplo, ou incentivos

para a reciclagem.

O Índice Índice de Sustentabilidade Urbana

(Islu), elaborado pelo Sindicato Nacional das

Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) e pela

consultoria PwC Brasil, mostra uma espécie de

abismo entre o desempenho de cidades que

cobram taxas para a gestão do lixo e aquelas

que dependem apenas de orçamento próprio.

Quase 80% dos municípios que têm

arrecadação específica para o lixo usam

aterros sanitários. Entre as cidades que não

cobram pelo serviço de coleta, só 35% estão

em situação regular.

"Precisamos modernizar nosso modelo de

custeio. Estamos com um modelo de custeio

do século passado", diz o diretor de

sustentabilidade do Selurb, Carlos Rossin.

Prejuízo

A Abrelpe estima que o País desperdice entre

R$ 13 bilhões e R$ 15 bilhões por ano com as

falhas no cumprimento da PNRS. Só o prejuízo

pela falta de reciclagem do que vai para

aterros é calculado entre R$ 8 bilhões a R$ 10

bilhões por ano. São gastos, ainda, cerca de

R$ 5 bilhões com medidas de recuperação

ambiental e com tratamentos de saúde por

problemas causados pelo descarte irregular de

lixo.

Há uma enorme desigualdade entre regiões,

como mostram dados do Islu. O uso de

aterros sanitários chega a 88,6% dos

municípios pesquisados na região Sul. O índice

foi praticamente igual ao do ano anterior. A

região Norte piorou seu desempenho - de

14,1% para 12,8%. O maior avanço foi no

Sudeste, onde subiu de 51,1% para 56,9%.

No Centro-Oeste, foi de 14,4% para 18,6%. O

Nordeste é a região com o pior resultado, mas

melhorou seu índice de 11,4% para 12,6%.

Dos 3,3 mil municípios pesquisados, o índice

mostra 51% com desempenho considerado

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Grupo de Comunicação

médio. Outros 35% têm desempenho baixo ou

muito baixo, e apenas 14% nível alto ou muito

alto. Para o economista Jonas Okawara,

responsável pelo estudo que elabora o Islu, a

dificuldade de se adequar à lei do lixo foi

agravada pela crise econômica que o país

viveu, especialmente a partir de 2014.

"Os municípios que já tinham dificuldade para

pagar a execução da coleta e o custeio da

destinação (aterros), e acabam optando por

soluções 'mais baratas', reativando lixões", diz

Okawara. "Aqueles que tinham a possibilidade

de manter o custeio por causa da arrecadação

específica, eles sim conseguiram mantar a

gestão de resíduos adequada e avançar no

cumprimento da PNRS."

https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/sus

tentabilidade/apos-9-anos-nenhuma-meta-da-

gestao-do-lixo-foi-cumprida-no-

pais,bda152cb84f1391ae3ba28015b0402f3jbj

bqt4e.html

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Veículo: Agora Vale

Data: 29/07/2019

Logística reversa: a importância na

atividade econômica

Apesar de ainda ser uma grande desafio no

Brasil, medida traz benefícios para empresas e

para o meio ambiente e à economia

Redação

O Brasil é um país que tenta aliar seu

crescimento econômico às boas práticas

ambientais. Desde a implantação da Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS Lei federal

nº 12.305 de 2010, do Ministério do Meio

Ambiente), a logística reversa faz parte das

medidas para a redução dos impactos

ambientais gerados pelos resíduos sólidos.

Mas, na prática, a logística reversa é o

recolhimento de produtos (ou suas

embalagens) realizado pela empresa

fabricante após seu descarte pelo consumidor.

Isso deve ocorrer pois muitos materiais têm

um impacto gigantesco ao meio ambiente e

precisam de um tipo de processamento

adequado, diferente da reciclagem de resíduos

sólidos comuns, que podem ser feitos por

catadores e cooperativas, como alumínio,

plástico, vidro e papel, por exemplo.

O que diz a legislação?

Algumas categorias de materiais e produtos

precisam, obrigatoriamente, realizar a logística

reversa de seus materiais. Entram nessa lista

baterias, pilhas, pneus, lâmpadas

fluorescentes, eletrodomésticos, peças de

computadores e eletrônicos, óleos lubrificantes

automotivos e frascos de produtos químicos e

agrotóxicos. Esses materiais representam um

grande impacto ao meio ambiente e não

podem ser descartados em aterros sanitários,

por isso devem voltar ao seu fabricante.

O mercado de resíduos sólidos dentro da

logística reversa

Para colocar a logística reversa em prática, a

empresa tem uma série de custos e medidas a

serem tomadas. Além de conscientizar seus

consumidores sobre os potenciais danos que o

produto pode causar, é necessário criar um

canal de atendimento e postos de coleta

adequados para receber seus produtos.

Isso envolve um bom planejamento e

gerenciamento dos resíduos sólidos, que

devem ser acondicionados em locais

apropriados e transportados de volta com

segurança, através de uma estrutura

apropriada e mão de obra qualificada.

Quando o material retorna à empresa, é

possível reintroduzi-lo na cadeia produtiva,

como pneus que podem dar origem a

materiais utilizados em calçados ou mesmo no

asfalto.

As empresas que não dispõe de tecnologia

para processar seus resíduos sólidos pode

experimentar parcerias com tratadores

especializados. A experiência está

conquistando o mercado, como acontece na

plataforma Mercado de Resíduos, da startup

VG Resíduos. Nela, os resíduos sólidos podem

ser comercializados e destinados ao tratador

qualificado mais próximo ou que ofereça o

melhor lance pelo material, como em uma

espécie de leilão.

Mesmo seguindo lentamente a tendência dos

países desenvolvidos, a implantação da

logística reversa no Brasil pode ampliar

mercados de reciclagem, fomentar

cooperativas e reduzir custos de obtenção de

matérias-primas, além de reduzir

drasticamente o impacto ambiental dos

resíduos sólidos como poluidores hídricos ou

do solo, tirando de circulação toneladas de

materiais que poderiam parar nos lixões.

Investir em logística reversa e reciclagem é

investir no futuro.

https://www.agoravale.com.br/noticias/Econo

mia/logistica-reversa-a-importancia-na-

atividade-economica

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Bom Dia SP

Data: 02/08/2019

Lei que define como o lixo deve ser

tratado completa nove anos e os avanços

são poucos

4 min

Exibição em 2 Ago 2019

O prazo para o fim dos lixões foi prorrogado e

muitas cidades estão longe de dar o destino

correto para o que é descartado.

https://globoplay.globo.com/v/7812816/progr

ama/

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Data: 02/08/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Forte, reação do STF desagrega

apoio a Deltan e a métodos da Lava Jato na

PGR e no Judiciário

A montanha se move Não foram poucos nem

discretos os sinais enviados pelo STF, nesta

quinta (1º), indicando que a crise aberta pelo

vazamento de mensagens da Lava Jato subiu de

patamar. O impacto dos reveses impostos pela

corte à Receita e aos que pretendiam restringir

as apurações do hackeamento à Justiça Federal

foi sentido de imediato. A resposta do Supremo

desagregou o apoio a Deltan Dallagnol na PGR, e,

no Judiciário, aos métodos da operação. O clima

para os procuradores nunca foi tão pesado.

Em chamas

“Canalhas!”, exclamou um ministro em

mensagens a pessoas próximas após reportagem

publicada pela Folha e pelo The Intercept mostrar

que o chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan

Dallagnol, estimulou um cerco ao presidente do

Supremo, Dias Toffoli, em 2016.

Pessoal

A mulher de Toffoli teve o sigilo quebrado pela

Receita. Os dados vazaram. O mesmo ocorreu

com o casal Gilmar Mendes e Guiomar.

Prepara

O chefe do Fisco, Marcos Cintra, foi avisado de

que, se não entregar de maneira pormenorizada

a lista de servidores que acessaram os sigilos de

agentes públicos e a justificativa legal para a

devassa, o órgão —e não só os auditores— vai

entrar na mira do STF e de outros tribunais.

Que fase

Na semana que vem o plenário do TCU vai julgar

o mérito do bônus de eficiência da Receita. O

processo foi pautado pelo ministro Bruno Dantas

e pode levar a uma perda de cerca de R$ 3 mil

nos salários de auditores.

Não tá comigo!

A reportagem que revelou mensagens de Deltan

sobre Toffoli fez com que integrantes da PGR se

distanciassem do procurador e lembrassem que

não foram poucos os embates de Brasília com a

força-tarefa do Curitiba motivados pela

desenvoltura com que ela extrapolava suas

atribuições.

Subiu

Aliados da procuradora-geral, Raquel Dodge,

apostam que ela só agirá contra Deltan se for

provocada pelo Supremo. A cúpula da PGR, que

já havia sido informada de que apuração contra

investigador de Curitiba seria retomada no

Conselho Nacional do Ministério Público, agora

prevê punição a ele.

Orelha quente

O nome do presidente do Coaf, Roberto Leonel,

foi muito citado em Brasília. Auditor da Receita,

ele atuou na Lava Jato de Curitiba e, depois, foi

promovido por Sergio Moro (Justiça).

O ovo…

Integrantes do Ministério Público Federal que

acompanham a Comissão de Mortos e

Desaparecidos Políticos do governo federal dizem

que a descaracterização do colegiado começou

em abril, com a indicação do procurador Ailton

Benedito.

…da serpente

Benedito coleciona postagens polêmicas e

equivocadas em suas redes. Ele vinculou o

nazismo a socialistas —ou seja, à esquerda—,

tese rechaçada por todos os historiadores de

credibilidade e pelo Museu do Holocausto.

Indigesto Em agosto de 2017, após tratar do

assunto, Benedito escreveu: “Fato: a praga

SOCIALISTA alastra-se pelo Brasil. Mais algumas

gerações, e o homo sapiens tupiniquim saboreará

cadáveres no desjejum [sic]”.

Gregos e troianos

O anúncio do Médicos Pelo Brasil, o fruto da

reformulação do Mais Médicos, recebeu elogios

até de críticos do governo Bolsonaro. “É muito

bom sabermos que a preocupação com as

populações dessas regiões remotas foi retomada,

e os postos de trabalho até ampliados”, diz Lígia

Bahia, da UFRJ.

Gregos e Troianos 2

“Outro aspecto positivo é o de que critérios de

alocação de profissionais estão mais adequados”,

aponta. Bahia, porém, afirma que há dúvidas

sobre de onde virão os recursos para o programa

e que a nova versão repete pontos frágeis da

anterior ao exigir “dois anos de especialização e

não residência”.

Senhor do tempo

Depois de indicar a colegas que discutiria no STJ,

nesta quinta (1), a indicação de um relator

provisório para os casos de Lula, o presidente do

tribunal, João Otavio de Noronha, decidiu esperar

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Grupo de Comunicação

ao menos 30 dias de afastamento médico do

titular do posto, Felix Fischer.

Tato

A aliados, Noronha disse que seria uma

“deselegância” tratar do assunto neste momento.

Fischer sofreu uma embolia pulmonar.

TIROTEIO

Lamentável. Não foram tirados em função de

falhas cometidas, mas sim devido à seriedade do

trabalho que fizeram

Do ex-procurador-geral Cláudio Fonteles, sobre

Bolsonaro ter trocado membros da Comissão de

Mortos e Desaparecidos Políticos

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/02/f

orte-reacao-do-stf-desagrega-apoio-a-deltan-e-

a-metodos-da-lava-jato-na-pgr-e-no-judiciario/

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Grupo de Comunicação

Por unanimidade, STF derrota Bolsonaro e

mantém demarcação indígena na Funai

Presidente havia tentado reverter decisão do

Congresso e devolvido atribuição para a

Agricultura

Reynaldo Turollo Jr.

Thais Arbex

BRASÍLIA

Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal

Federal manteve suspensa uma medida

provisória (MP 886) do presidente Jair Bolsonaro

(PSL) que visa transferir da Funai (Fundação

Nacional do Índio) para o Ministério da

Agricultura a responsabilidade de demarcar

terras indígenas.

Bolsonaro editou uma segunda medida provisória

depois que o Congresso Nacional rejeitou uma

primeira que também havia tentado fazer essa

mudança na estrutura da administração pública.

A MP 886 já havia sido suspensa em junho pelo

ministro do STF Luís Roberto Barroso, atendendo

a pedido dos partidos Rede Sustentabilidade, PDT

e PT. Nesta quinta-feira (1º), o plenário da corte

referendou a decisão liminar de Barroso, por 10

votos a 0. Somente o ministro Alexandre de

Moraes não votou porque não estava presente na

sessão.

A Constituição impede o presidente reedite, na

mesma legislatura, uma medida provisória que

tenha sido rejeitada ou que tenha caducado sem

ser apreciada a tempo pelo Congresso.

Após a liminar de Barroso, o presidente do

Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) declarou sem

validade o trecho da medida provisória que

tratava da demarcação de terras indígenas e

quilombolas. Davi, assim como o ministro do

STF, entendeu que Bolsonaro tentou reeditar

uma MP que já havia sido rejeitada pelos

parlamentares. De acordo com o regimento

interno, o presidente da Casa tem a prerrogativa

de impugnar proposições que lhe pareçam

contrárias à Constituição.

Em seu voto na sessão desta quinta, Barroso

disse que a última palavra sobre o que deve ser

lei cabe ao Parlamento.

O voto mais enfático foi o do decano do

Supremo, o ministro Celso de Mello, que viu na

reedição da MP, a despeito da vedação

constitucional, um resquício de autoritarismo.

“O comportamento do atual presidente da

República, revelado na reedição de medida

provisória clara e expressamente rejeitada pelo

Congresso Nacional, traduz uma clara,

inaceitável transgressão à autoridade suprema da

Constituição Federal e representa inadmissível e

perigosa transgressão ao princípio fundamental

da separação de Poderes”, afirmou.

"Uma visão do processo político institucional que

se recuse a compreender a supremacia da

Constituição e que hesite em submeter-se à

autoridade normativa dos seus preceitos [...] é

censurável”, completou o decano. “É preocupante

essa compreensão pois torna evidente que

parece ainda haver, na intimidade do poder hoje,

um resíduo de indisfarçável autoritarismo,

despojado sob tal aspecto, quando transgride a

autoridade da Constituição, de qualquer

coeficiente de legitimidade ético-jurídica.”

Logo após a edição da MP, no fim de junho,

Bolsonaro disse que assumia o bônus e ônus

sobre o processo de demarcação de terras

indígenas no país. “Quem demarca terra indígena

sou eu! Não é ministro. Quem manda sou eu.

Nessa questão, entre tantas outras. Eu sou um

presidente que assume ônus e bônus”, afirmou.

O presidente tem dito que não vai liberar a

demarcação de novas terras e que planeja

legalizar a extração de minério em áreas

indígenas.

"É intenção minha regulamentar garimpo,

legalizar o garimpo. Inclusive para índio, que tem

que ter o direito de explorar o garimpo na sua

propriedade. Terra indígena é como se fosse

propriedade dele. Lógico, ONGs de outros países

não querem, querem que o índio continue preso

num zoológico animal, como se fosse um ser

humano pré-histórico", afirmou na segunda (29),

ao comentar a suspeita de assassinato de um

líder indígena no oeste do Amapá.

Na visão de Bolsonaro, as demarcações indígenas

estão "inviabilizando o negócio" no Brasil.

"Está inviabilizando nosso negócio. O Brasil vive

de commodities, daqui a pouco o homem do

campo vai perder a paciência e vai cuidar da vida

dele. Vai vender a terra, aplicar aqui ou lá fora, e

cuidar da vida dele. A gente vai viver do quê? O

que nós temos aqui além de commodities? Será

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Grupo de Comunicação

que o pessoal não acorda para isso? Se esse

negócio quebrar todo mundo vai para o barro,

acabou o Brasil."

O VAIVÉM DA MP DE BOLSONARO

Reforma administrativa

Em janeiro, Bolsonaro editou a MP 870, que

reduzia o número de ministérios, propunha

mudanças na organização do governo e deixava

a cargo da pasta da Agricultura a demarcação de

terras indígenas e quilombolas

Congresso

No fim de maio, ao votar a MP, o Congresso

devolveu a competência sobre terras indígenas e

quilombolas para o Ministério da Justiça, onde

voltou a estar lotada a Funai (Fundação Nacional

do Índio)

Nova MP

Em 19 de junho, o governo editou nova MP para

reverter a decisão do Congresso

‘Quem manda sou eu’

Logo depois de lançar a medida, Bolsonaro disse

que ele tinha o poder de decidir sobre terras

indígenas e que não iria autorizar novas

demarcações

Liminar no STF

Em 24 de junho, o ministro Barroso concedeu

liminar (decisão provisória) suspendendo a nova

MP por entender que o governo tentou reeditar

medida provisória já derrubada no Congresso, o

que não é permitido

Definição

Nesta quinta (1º), o plenário do Supremo decidiu

manter a MP suspensa

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/08/p

or-unanimidade-stf-derrota-bolsonaro-e-

mantem-demarcacao-indigena-na-funai.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Barroso interpela

Bolsonaro para explicar declarações sobre

pai de presidente da OAB

Presidente disse que se Felipe Santa Cruz

quisesse saber como o pai tinha morrido, ele

poderia contar

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF

(Supremo Tribunal Federal), interpelou Jair

Bolsonaro para que ele esclareça "eventuais

ambiguidades ou dubiedades dos termos

utilizados" nesta semana, ao falar sobre a morte

de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da

OAB, Felipe Santa Cruz.

O presidente tem 15 dias para responder à

interpelação.

A decisão atende a um pedido do advogado, que,

de acordo com o despacho de Barroso, "se sentiu

pessoalmente ofendido e entendeu que, das

declarações do senhor Presidente da República,

se poderia inferir a prática dos crimes de calúnia

contra a memória de seu pai".

Na segunda (29), Bolsonaro disse que poderia

explicar a Felipe Santa Cruz como o pai dele

desapareceu durante a ditadura militar (1964-

1985). "Por que a OAB impediu que a Polícia

Federal entrasse no telefone de um dos

caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB?

Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da

OAB quiser saber como é que o pai dele

desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele

não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele."

Fernando Santa Cruz desapareceu na época da

ditadura militar depois de ser preso por agentes

do Estado. Até hoje, sua morte é um mistério e

seu corpo nunca foi encontrado.

Depois de afirmar que sabia qual tinha sido o

destino de Santa Cruz, Bolsonaro voltou ao

assunto. Numa live enquanto cortava o cabelo, o

presidente afirmou que ele foi morto por

integrantes da AP, a Ação Popular, de oposição à

ditadura, que chamou de "grupo mais

sanguinário e violento da guerrilha lá de

Pernambuco".

A declaração contraria documentos oficiais que

dizem que Fernando Santa Cruz foi preso por

agentes do Estado e desapareceu. A AP, por sua

vez, nunca foi um grupo armado. Ex-militantes

da organização anunciaram que também vão

processar o presidente.

Comissão Arns entrará como 'amicus curiae'

em ação de presidente da OAB contra

Bolsonaro

Entidade integrada, entre outros, pelos ex-

ministros José Carlos Dias e José Gregori

A Comissão Arns entrará como amicus curiae

(interessada na causa) na ação em que o

presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirma que

Jair Bolsonaro cometeu crime de calúnia contra a

memória do pai dele, Fernando Santa Cruz.

PESO

Bolsonaro afirmou que sabe como Fernando

Santa Cruz, que é desaparecido político, morreu:

assassinado por militantes de esquerda. A

afirmação contraria documentos oficiais do

próprio governo.

PESO 2

A entidade é integrada, entre outros, pelos ex-

ministros José Carlos Dias e José Gregori, pelo

economista e também ex-ministro Luiz Carlos

Bresser-Pereira, pelos advogados Antonio Claudio

Mariz de Oliveira e Fábio Konder Comparato e

pelas cientistas políticas Maria Hermínia Tavares

de Almeida e Maria Victoria Benevides.

PRAZO

Bolsonaro foi interpelado na quinta (1º) para

esclarecer, em 15 dias, as declarações sobre

Santos Cruz.

EM CASA

E os ataques se estenderam a uma das filhas do

presidente da OAB. Duda Santa Cruz, de 13

anos, é atriz —ela está em cartaz em “Elis, o

musical”, em que interpreta a cantora quando

adolescente.

PALCO

Duda foi apontada, nas redes sociais, como

beneficiária de R$ 790 mil, por meio da Lei

Rouanet, para fazer uma peça infantil.

PALCO 2

Santa Cruz diz que o projeto foi autorizado a

captar recursos mas que, por decisão tomada no

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Grupo de Comunicação

fim do ano passado, nem mesmo R$ 1 foi

arrecadado até agora. Nem será.

VAI TRABALHAR...

O deputado Filipe Barros (PSL-PR), indicado por

Bolsonaro para a Comissão sobre Mortos e

Desaparecidos Políticos, percorreu a cidade de

Londrina, na greve geral de 2017, fazendo o que

definiu como “bullying” contra manifestantes.

... VAGABUNDO

Num carro com amigos, ele, que era então

vereador, se debruçava na janela e gritava, cada

vez que via um grevista: “Vão trabalhar, seus

vagabundos”. “O negócio é bullying, bullying em

grevista.”

NO PORRETE

Disse ainda que, se fizessem protesto na frente

de determinada loja, ele desceria “o porrete”.

CORTINAS ABERTAS

O ator Roberto Cordovani protagoniza “A Dama

das Camélias”, que estreia no sábado (3) no

teatro do shopping West Plaza, em SP; os

figurinos são de grifes francesas de luxo e foram

restaurados no Rio por carnavalescos

DEIXA ASSIM

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que

analisa a decisão da polícia de não indiciar o

jogador Neymar por estupro, praticamente

descarta pedir exame psicológico da modelo

Najila Souza, como já cogitou anteriormente.

NINGUÉM QUER

A promotora Flavia Cristina Merlini explica que o

exame é pedido em favor da vítima, mas diz que

o próprio advogado de Najila, Cosme Araújo,

discorda da ideia.

CHÃO

A saída do apresentador Dony de Nuccio da TV

Globo depois da descoberta de que ele prestava

serviços para empresas privadas causou um

terremoto nos bastidores da emissora.

PEDRA

A carta do diretor de jornalismo, Ali Kamel,

apesar do tom amistoso, foi considerada dura

nas entrelinhas —e um sinal de que a TV Globo

será implacável em casos semelhantes.

TOM

Kamel escreveu a Dony que “com certeza” a

saída do jornalista era “o melhor caminho a

seguir”. De acordo com um integrante da

emissora, o diretor, apesar do tom sereno,

mostrou que estava indignado.

DETALHE

A emissora rediscute internamente a questão de

convites de terceiros para seus jornalistas. E

pretende lançar um novo comunicado reiterando

o que é e o que não é proibido, “em detalhes”.

PALAVRA

Convites para palestras remuneradas e media

training são comuns no mercado, especialmente

para profissionais da TV Globo, que têm maior

visibilidade.

ASSIM, NÃO

A situação de Dony, no entanto, ficou

insustentável depois que o UOL revelou que ele

estrelou um vídeo interno do Bradesco. Além

disso, admitiu que negociou diretamente com

empresas e ofereceu serviços

de assessoria.

NO CÉU

Os altos valores também impressionaram: só

com o Bradesco, o contrato da empresa de Dony

era de R$ 7 milhões.

CARTEIRINHA

Impulsionado pela exposição “Tarsila Popular”, o

clube de sócios do Masp, Amigo Masp, teve um

aumento de 81% no número de seus associados.

De 2.250 pessoas no começo do ano, o programa

cresceu para 4.074 inscritos até segunda-feira

(29).

CRÉDITOS FINAIS

A presidente da SPCine, Laís Bodanzky, a

diretora Tata Amaral e o diretor Diego da Costa

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Grupo de Comunicação

estiveram presentes na cerimônia de

encerramento da 14ª edição do Festival de

Cinema Latino-Americano de São Paulo, realizada

no Cine Sesc, na quarta-feira (31). A curadora

Vicky Romano também passou por lá.

CURTO-CIRCUITO

O Festival Palco Giratório, do Sesc, chega à sua

22ª edição. De sexta (2) até 31 de agosto.

A Casa Triângulo abre exposição de Eduardo

Berliner. No sábado (3), às 14h.

O Grupo Carmin apresenta o espetáculo “A

Invenção do Nordeste”. De sexta (2) a domingo

(4), no Sesc 24 de Maio

Lázaro Ramos participa do 2º Encontro Nacional

da Rede de Leitura Inclusiva, da Fundação Dorina

Nowill para Cegos. De 7 a 9 de agosto, em SP.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi, Gabriel

Rigoni E Victoria Azevedo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/barroso-interpela-bolsonaro-

para-explicar-declaracoes-sobre-pai-de-

presidente-da-oab.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/comissao-arns-entrara-como-

amicus-curiae-em-acao-de-presidente-da-oab-

contra-bolsonaro.shtml

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro dá sinal verde para privatização

da Eletrobras

Modelo de venda de ações da companhia na

Bolsa deve ser realizado ainda neste ano

Julio Wiziack

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde,

nesta quinta-feira (1), para que a União saia do

controle da Eletrobras. A partir de agora, serão

feitos estudos para definir o modelo de venda de

ações da companhia na Bolsa. A expectativa é de

que o processo seja realizado ainda neste ano.

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, fez o comunicado à CVM (Comissão

de Valores Mobiliários). No documento, ele

informa que Bolsonaro concordou com o modelo

de capitalização que, quando realizado, levará à

saída da União do controle da empresa.

Isso porque haverá uma venda de ações

ordinárias (sem poder de voto) na Bolsa e a

União não fará compras. Dessa forma, sua

participação ficará reduzida a menos de 50%.

Segundo pessoas que participam das discussões

no governo, mesmo que a União saia com uma

participação elevada desse processo (mas inferior

a 50%), não poderá votar nas assembleias com

mais do que 10% das ações.

Na prática, a Eletrobras se tornará uma empresa

de capital pulverizado, sem controle definido.

O comunicado também menciona uma

reestruturação da Eletrobras antes desse

processo. Na prática, será preciso separar a

Eletronuclear e a usina de Itaipu da estatal.

Isso porque a Eletronuclear continuará sob

controle da União, conduzindo a obra da usina de

Angra 3 junto com um parceiro privado que está

sendo procurado. Itaipu é uma hidrelétrica

binacional.

Ainda segundo técnicos envolvidos nesse

processo, a modelagem desse aumento de capital

da Eletrobras está praticamente concluída e deve

movimentar algo entre R$ 18 bilhões e R$ 20

bilhões a depender do apetite dos investidores

institucionais à “nova Eletrobras”.

O ex-presidente Michel Temer tentou realizar

essa operação, mas foi barrado no Congresso

Nacional que sequer concluiu o processo de

venda de seis distribuidoras de energia da

estatal, justamente as que mais davam prejuízos

à Eletrobras. Sem isso, a capitalização ficou

comprometida e foi preciso esperar pela chegada

do novo governo.

Sem as distribuidoras, cujo processo de venda já

foi concluído, o governo Bolsonaro agora

consegue atribuir mais valor à Eletrobras. Antes,

a capitalização previa R$ 12,2 bilhões em

recursos para a União.

O processo será submetido ao Congresso

Nacional, para que, segundo o fato relevante,

seja seguido o “rito legislativo”.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08

/bolsonaro-da-aval-para-capitalizacao-da-

eletrobras.shtml

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Grupo de Comunicação

Maioria dos brasileiros rejeita abrir

mineração em terras indígenas

Pesquisa Datafolha aponta que 86% no país

discorda do plano do presidente Jair Bolsonaro de

abrir exploração mineral nessas áreas

Rubens Valente

BRASÍLIA

A abertura da mineração em terras indígenas,

um dos projetos mais citados pelo presidente Jair

Bolsonaro (PSL-RJ) em entrevistas e

pronunciamentos, é amplamente reprovada pelos

brasileiros.

Pesquisa Datafolha contratada pela organização

não governamental ISA (Instituto

Socioambiental) apontou que 86% dos brasileiros

discordam da permissão à entrada de empresas

de exploração mineral nas terras indígenas, que

hoje é ilegal mas que Bolsonaro pretende

autorizar.

O Datafolha realizou, de 4 a 6 de junho, 2.088

entrevistas distribuídas em 168 municípios de

todas as regiões do país. A margem de erro é de

dois pontos percentuais, para mais ou para

menos, com um nível de confiança de 95%.

Para Márcio Santilli, sócio-fundador do ISA e

presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio)

entre 1995 e 1996, a pesquisa revela “uma

vontade inequívoca dos brasileiros de preservar

as terras, o que o Congresso precisa considerar

nessa discussão”. “A pesquisa indica que até os

que apoiam o presidente discordam da sua

intenção de promover o garimpo e o ingresso de

mineradoras estrangeiras nessas terras”, disse

Santilli.

A Constituição prevê que a mineração em

territórios indígenas pode ser realizada a partir

da aprovação de uma lei pelo Congresso

Nacional. A Convenção 169 da OIT (Organização

Internacional do Trabalho), que é lei no Brasil

desde 2004, estabelece que os povos indígenas

devem ser consultados em todas as etapas sobre

eventual projeto de mineração “a fim de se

determinar se os interesses desses povos seriam

prejudicados, e em que medida, antes de se

empreender ou autorizar qualquer programa de

prospecção ou exploração dos recursos

existentes em suas terras”.

Segundo a pesquisa, a rejeição à mineração é

muito alta, com um mínimo de 80% em todas as

regiões, escolaridades, idades, sexos,

classificações econômicas e ocupações. Chama a

atenção a repulsa de 80% nas regiões Norte e

Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte

das terras indígenas do país e que seriam os

alvos principais do plano de Bolsonaro. No

Sudeste, onde a rejeição foi a mais alta, 88% dos

brasileiros disseram que discordam da afirmação

de que “o governo deve permitir a entrada de

empresas de mineração para explorar as terras

indígenas”. No Brasil todo, apenas 14% disseram

concordar com a formulação - o índice cai para

12% no Sudeste.

O indígena Luiz Eloy Terena, assessor jurídico da

APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil),

uma das principais organizações indígenas do

país, disse que a maioria dos índios é contrária à

mineração, com exceção de “alguns poucos

indígenas, um número insignificante, às vezes

visando interesses particulares”. “O que o

Bolsonaro está dizendo é que ‘os índios querem

mineração’. Os índios não querem mineração. A

nossa relação com a terra é totalmente diferente,

é de preservação da terra e dos recursos

naturais”, disse Terena. Para o advogado, o

governo Bolsonaro tenta cooptar alguns

indígenas em torno da mineração para promover

a divisão no movimento indígena.

A professora indígena e escritora Eliane Potiguara

disse que permitir a mineração em terras

indígenas é “um projeto fascista e

neocolonialista”. “A ditadura militar [1964-1985]

tentou isso. Parece que estamos vivendo de novo

os anos 70 e 80. Eles querem desqualificar a

identidade dos povos indígenas, dizer que eles

querem tirar proveito econômico das terras. É

um projeto genocida”, disse Potiguara.

OUTRO LADO

O secretário de Geologia e Mineração do MME

(Ministério de Minas e Energia), Alexandre

Vidigal, confirmou que o governo Bolsonaro

elabora, por meio de um grupo de trabalho

interministerial, um projeto de lei a fim de

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permitir a mineração em terras indígenas. A

estimativa é que o projeto fique pronto até

setembro, quando será enviado ao Congresso

Nacional.

Vidigal disse que o governo não detém números

e levantamentos detalhados sobre o potencial

mineral em terras indígenas. Para isso, seriam

necessárias pesquisas in loco.

Indagado por que os indígenas não estão

participando dessa fase da discussão do novo

projeto, Vidigal disse que o momento certo da

participação indígena é quando o projeto chegar

ao Congresso. “É uma lei geral que está sendo

tratada [nesse momento]”, disse o secretário.

Vidigal disse que o governo quer “trazer para a

formalidade” atividades que são “nocivas e

clandestinas”. “Nosso único propósito é o bem

coletivo.”

A Folha indagou se o projeto do governo vai

incluir a possibilidade de os indígenas vetarem a

mineração em suas terras, após análise da

degradação ambiental trazida com o negócio.

Vidigal disse que não e que a Constituição não

prevê tal veto. Ele falou da necessidade de “um

consenso” entre empresários, indígenas e órgãos

de controle antes dos supostos

empreendimentos, que seriam discutidos caso a

caso.

A assessoria de comunicação do CPRM (Serviço

Geológico do Brasil), empresa pública vinculada

ao MME, informou que foram realizados estudos

nos anos 70 e 80 em terras que posteriormente

foram demarcadas como territórios indígenas,

mas hoje não existe um trabalho completo e

detalhado que aponte o real potencial minerário

dessas terras. Nos anos 70 e 80, o CPRM

identificou indícios, ocorrências e depósitos de

ouro, diamante, alumínio, cobre, ferro e

molibdênio em Roraima, mas não se sabe a

dimensão exata dessas jazidas e se a exploração

delas é economicamente viável.

Procurado, o MMA (Ministério de Meio Ambiente)

não se manifestou até a publicação deste texto. É

a terceira vez consecutiva que a reportagem

procura a comunicação do MMA, chefiada por um

capitão da reserva do Exército, e não recebe

nenhuma resposta.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/maioria-dos-brasileiros-rejeita-abrir-

mineracao-em-terras-indigenas.shtml

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Bolsonaro diz que dados de desmate foram

'espancados' para atingir governo

Ministro do Meio Ambiente voltou a dizer que

quer novo monitoramento; presidente disse que

intenção não é abafar aumento

Gustavo Uribe

Danielle Brant

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta

quinta-feira (1º) que os dados de desmatamento

no país foram “espancados” para atingir a

imagem do Brasil e seu governo, em evento

organizado para anunciar a mudança de

metodologia usada para apurar a redução da

cobertura vegetal na floresta amazônica.

A entrevista, de uma hora, foi convocada para

rebater dados do Inpe (Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais), órgão do próprio governo,

que mostram que o desmatamento aumentou

88% em junho na comparação com um ano

antes.

Segundo o presidente, os números foram

"espancados" com o objetivo de "atingir o nome

do Brasil e do atual governo". "Eu não quero

inferir, começar a falar de possíveis ligações com

isso ou aquilo, questões pessoais. Mas é muito

estranho porque aconteceu num momento em

que o Brasil dá sinais claros de que vai recuperar

sua economia", afirmou.

O Inpe respondeu às críticas em nota enviada à

imprensa nesta quinta, na qual reafirma sua

confiança na qualidade dos dados produzidos e

diz prezar pela honestidade científica, pela

excelência e transparência.

"Os alertas são produzidos seguindo metodologia

amplamente divulgada e consistentemente

aplicada desde 2004. É amplamente sabido que

ela contribuiu para a redução do desmatamento

na região amazônica, quando utilizada em

conjunto com ações de fiscalização", diz a nota

do instituto, que "reafirma sua confiança na

qualidade dos dados produzidos pelo Deter".

O evento, no Palácio do Planalto, contou com a

participação do ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, com o chanceler Ernesto Araújo e

com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de

Segurança Institucional), general Augusto

Heleno.

Bolsonaro repetiu mais de uma vez que, apesar

da mudança na metodologia, seu objetivo não é

manipular os dados ou abafar um eventual

aumento do desmatamento. Ele ponderou,

contudo, que não houve responsabilidade

necessária para divulgar os dados de junho e

julho.

Salles, que fez uma apresentação com mapas

que mostravam a evolução do desmatamento,

avaliou que o formato atual, mensurado pelo

Sistema Deter (Detecção do Desmatamento em

Tempo Real), não detecta de maneira adequada

nem os percentuais de aumento nem as regiões

de desmatamento.

O ministro afirmou que a análise feita pelos

satélites do órgão federal tem duplicidade de

áreas desmatadas, ou seja, que já tinham sido

computadas em meses diferentes, e registros

tardios de regiões desmatadas no governo

anterior.

Sobre o dado de junho deste ano, Salles afirmou

que, retirando o que chamou de equívocos de

análise, o total desmatado pode ser menor em

pelo menos 31%. Ele, no entanto, não soube

dizer quanto seria área desmatada.

Segundo ele, o governo federal vai fazer um

processo licitatório para a contratação de

empresas que façam monitoramentos diários, em

tempo real e em alta resolução, e vai combinar

os dados captados com os do TerraClass, sistema

que mede a regeneração da vegetação e que tem

metodologia diferente. Ele é adotado pela

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária) e pelo Inpe (Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais) para medir a produção

agrícola em terras já desmatadas.

"A fórmula adotada até agora não é a mais

adequada. É preciso retirar do sensacionalismo

que está por trás da divulgação desses

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percentuais e colocar um pouco de mais

racionalidade em um tema que é do interesse de

todos os brasileiros", disse.

O ministro disse ainda que vai reforçar o quadro

do corpo técnico do Inpe e sugeriu que a

interpretação equivocada era de responsabilidade

bolsistas do CNPq (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

“Vamos ajudar o Inpe a ter o seu quadro técnico

recomposto. Porque hoje quem faz análise do

Deter não são funcionários do Inpe, mas

bolsistas do CNPq que prestam serviço para o

Inpe e que têm uma rotatividade de funções

grande”, disse. “Nós queremos que seja um

corpo técnico permanente, capacitado, que

conheça a fundo esses detalhamentos para que a

gente tenha uma maior acurácia dos dados.”

Na entrevista, Bolsonaro voltou a criticar o

diretor do Inpe, Ricardo Galvão, e disse que será

demitido sumariamente quem quebrar a sua

confiança. O servidor tem mandato no órgão

federal até 2020.

"Se quebrar a confiança, vai ser demitido

sumariamente. Perdeu a confiança, no meu

entender, isso é uma pena capital", disse. "Eu

lamento que alguns tenham mandato, não sei se

no caso dele tem mandato ou não. A gente não

pode tomar uma decisão mais drástica no

tocante a isso, porque o estrago é muito grande",

acrescentou.

Bolsonaro reconheceu ainda que sua fama no

exterior “é péssima“ e ressaltou que a culpa é de

rótulos colocados nele. Ele não especificou quem

seriam os responsáveis pela crítica e a motivação

da fama.

“A fama do Brasil e a minha é péssima lá fora

ainda, tendo em vista os rótulos que foram

colocados em mim. E esses rótulos têm que ser,

aos poucos, combatidos na forma da verdade”,

afirmou. “Esses números que foram

apresentados agora, [uma] completa

irresponsabilidade. Até eu costumo dizer que se

esses números todos fossem verdadeiros, a

Amazônia já teria sido desmatada 3 vezes ao

longo dos últimos 20 anos.”

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/bolsonaro-diz-que-dados-de-desmate-foram-

espancados-para-atingir-governo.shtml

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ESTADÃO Ibama autua barco de família de secretário

Embarcação de pai de Jorge Seif Júnior, que

comanda área da Pesca, é multada em R$ 70

mil; ele diz que se afastou da empresa após

nomeação

André Borges, O Estado de S. Paulo

A família do secretário da Pesca, Jorge Seif

Júnior, foi multada na semana passada em R$ 70

mil, por causa de pesca ilegal em Angra dos Reis,

no Rio de Janeiro. As multas aplicadas pelo

Ibama flagraram a ação de uma embarcação de

pesca industrial que pertence à empresa do pai

do secretário, Jorge Seif. O barco foi autuado no

mesmo local onde o presidente Jair Bolsonaro foi

multado, em 2012, por pesca irregular.

Informações obtidas pelo Estado revelam que

foram emitidas duas multas e uma notificação

contra Sara Kischener Seif, madrasta do

secretário da Pesca. Uma multa de R$ 40 mil foi

aplicada após os agentes do Ibama encontrarem

250 quilos de iscas vivas de peixes (sardinhas),

espécie que está em época de defeso, ou seja,

tem a sua pesca proibida por estar em período de

reprodução. Outra multa de R$ 30 mil aplicada

contra a embarcação “Dona Ilva” refere-se a

problemas técnicos identificados no barco e que,

segundo a fiscalização, impediam o seu

rastreamento constante. A terceira autuação

notificou Sara Seif para consertar os aparelhos

de identificação.

Barco "Dona Ilva"

‘Dona Ilva’ foi multado por pesca de sardinhas

em época de reprodução da espécie Foto: Ibama

A baía de Angra dos Reis é o local que Bolsonaro

tem afirmado que transformará em uma “Cancun

brasileira”. No fim do ano passado, quando já

estava eleito, Bolsonaro teve sua multa

ambiental anulada pelo Ibama. Em março deste

ano, o fiscal que o multou foi exonerado do

cargo.

A família do secretário da Pesca, Jorge Seif

Júnior, atua com atividade pesqueira em Santa

Catarina há mais de 40 anos. Até dezembro

passado, o secretário, que esteve presente ao

lado de Bolsonaro em várias “lives” publicadas

em redes sociais, era sócio dos negócios

pesqueiros do pai. Por causa de conflitos de

interesse apontados pela Comissão de Ética da

Presidência, ele deixou os negócios para assumir

o posto no governo.

A autuação contra a família Seif ocorreu na

quinta-feira da semana passada, 25 de julho. O

barco estava ancorado em Angra dos Reis e foi

flagrado com o tanque cheio das iscas vivas, que

a tripulação pretendia usar para pescar atum na

região Sul do País.

Questionado pela reportagem, o secretário disse

não podia responder pelos atos da empresa de

sua família. “Hoje eu sou governo. Em dezembro,

assinei, no conselho de ética, o meu afastamento

total das questões das empresas. Essas

perguntas devem ser feitas ao meu pai, que toca

as empresas e os barcos.”

O secretário, no entanto, disse que a

responsabilidade pela pesca ilegal das sardinhas

é do capitão do barco e sua tripulação. “Segundo

a Marinha, a autoridade máxima da embarcação

é o comandante, conhecido como mestre ou

proeiro. A decisão de pescar ou não, de jogar

rede ou não, de entrar numa área de proteção ou

não, não é dos donos da embarcação.”

O Estado ouviu o pai do secretário, o empresário

Jorge Seif, dono da JM Seif Transportes, sediada

em Itajaí (SC). Ele disse que não sabia onde o

barco de sua empresa pescava e que vai demitir

toda a tripulação quando chegar em terra.

“É expressamente proibido fazer qualquer coisa

errada, principalmente depois que meu filho foi

eleito secretário da pesca. Acontece que eu estou

em casa dormindo, e eles estão no mar. E a

autoridade máxima lá são eles”, disse o

empresário. “Como é que eu vou autorizar, eu

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sendo pai do secretário, alguém a fazer uma

coisa errada? Jamais isso vai acontecer. Não

posso, estou proibido disso, ainda mais com meu

filho sendo autoridade máxima do setor.”

No momento das autuações, o barco era liderado

pelo capitão Jhon Lennon Teixeira Santos e mais

seis tripulantes. Segundo o empresário, Jhon

Lennon trabalha para sua empresa há dois

meses. “Para facilitar a vida deles, cometem

deslizes. O que eu vou fazer, quando chegarem

em terra, é mandar as demissões de toda a

tripulação. Todos serão demitidos.”

O empresário disse que vai pagar as multas pela

pesca ilegal. “Como é que ele me vai pescar

proibitivamente, sem minha autorização, e ele

sabendo que eu sou pai do secretário da pesca?”,

disse. “Não tem defesa, ele está errado. O que

vou fazer é ganhar tempo, nada mais. Vou ter de

pagar.”

A família já foi multada em diversas ocasiões. Em

fevereiro, quando Seif Júnior já estava no cargo,

o Ibama também autuou a família por pesca

irregular.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,iba

ma-autua-barco-de-familia-de-

secretario,70002951637

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Bolsonaro dá sinal verde para privatização

da Eletrobrás

Segundo fato relevante, processo deverá ser

analisado pelo Congresso; governo,

anteriormente, previu receita de R$ 12 bi

Reuters

A Eletrobrás afirmou nesta quinta-feira, 1.º, em

fato relevante, que o presidente Jair Bolsonaro

autorizou que sejam aprofundados estudos para

a privatização da companhia. Os estudos, disse a

estatal, serão para que o processo ocorra por

“aumento de capital social, mediante subscrição

pública de ações ordinárias da Eletrobrás ou de

eventual empresa resultante de processo de

reestruturação”.

De acordo com o comunicado, o processo de

desestatização da companhia deverá ser

apreciado pelo Congresso Nacional. Bolsonaro

participou ontem de reuniões sobre o assunto

com o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira

Jr., que fez o comunicado à Comissão de Valores

Mobiliários (CVM). Com as notícias da reunião, as

ações ordinárias (com direito a voto) da estatal

atingiram no dia máximas históricas nominais,

terminando a sessão com avanço de 6,9%, a R$

42,11.

O governo brasileiro vem trabalhando para

privatizar a Eletrobrás desde o governo Michel

Temer, como parte de um esforço maior para

vender ativos estatais. Anteriormente, o governo

previu receitas de R$ 12 bilhões com a

privatização da empresa. Mas o ministro de

Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou

recentemente que o total obtido na operação

dependeria das condições de mercado.

Os recursos captados com a emissão das ações

seriam utilizados para pagar ao Tesouro Nacional

bônus de outorga em troca de uma renovação

por 30 anos e em condições mais favoráveis dos

contratos de uma série de hidrelétricas antigas

da Eletrobrás, que hoje vendem a produção a

preços regulados pela Agência Nacional de

Energia Elétrica (Aneel).

O governo avaliava cinco alternativas para a

privatização, disseram fontes com conhecimento

do assunto em meados de junho. Uma hipótese

que chegou a ser discutida envolveria a

capitalização não da holding Eletrobrás, mas de

uma subsidiária da companhia que detém

participações em outras empresas de energia, a

Eletropar, disse uma fonte à Reuters

anteriormente.

Por esse modelo, a Eletropar absorveria as

principais empresas de geração e transmissão da

estatal – Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul.

Após a emissão de novos papéis, a Eletrobrás

ficaria com menos de 50% da Eletropar,

enquanto manteria participação integral em

ativos que não serão privatizados, como a

subsidiária de energia atômica Eletronuclear e a

usina binacional de Itaipu.

Assunto esteve em banho-maria

Desde o início do governo Jair Bolsonaro, a

privatização da estatal ficou em banho-maria

enquanto os técnicos discutiam a possibilidade de

revisão do modelo de venda anunciado na gestão

anterior. A necessidade de receitas novas para

fechar as contas, no entanto, acelerou as

discussões.

A medida faz parte da agenda pós-reforma da

Previdência, que começa a sair do forno. O

governo reconhece as dificuldades para avançar

com o projeto no Congresso, mas espera ter o

apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia,

principal articulador e responsável pelo êxito na

tramitação da reforma da Previdência.

Maia, no entanto, já disse que pautas sobre

privatização têm pouquíssimas chances de obter

votos. Ele deixou claro que está disposto a

“abraçar” pautas de Estado, e não de governo.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

bolsonaro-da-sinal-verde-para-privatizacao-da-

eletrobras,70002951608

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Bolsonaro quer mudar regras de

saneamento

Texto enviado pelo presidente ao Congresso é

diferente do projeto do Senado, aprovado em

junho, que atendia a pedidos de governadores

Daniel Weterman e Eduardo Rodrigues, O Estado

de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro enviou ao

Congresso ontem um novo projeto de lei que

altera o marco regulatório do saneamento no

País. O texto retira as mudanças que o Senado

havia feito em outro projeto, que foi aprovado

em junho, e que atendiam a pedidos de

governadores, especialmente do Nordeste.

O projeto do governo prevê a substituição dos

chamados contratos de programa, que permitem

a operação do sistema apenas por empresas

públicas, por contratos de concessão, que podem

ser disputados pela iniciativa privada. O item

recupera o conteúdo de uma medida provisória

assinada pelo ex-presidente Michel Temer que

perdeu a validade após não ser apreciada pelo

Congresso.

Se a proposta do governo for aprovada, abre

caminho para as prefeituras privatizarem os

serviços de saneamento (abastecimento de água

potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza

urbana e redução e reciclagem do lixo).

O projeto determina a abertura de licitação, com

a participação de empresas públicas e privadas, e

acaba com o direito de preferência das

companhias estaduais. O formato do contrato

poderá ser, por exemplo, a Parceria Público-

Privada (PPP), firmada entre empresa privada e o

governo federal, estadual ou municipal.

O texto do governo não traz a possibilidade de os

contratos atuais com as estatais permanecerem

em vigor e ainda serem prorrogados para

amortização dos investimentos necessários à

universalização dos serviços, como aprovou o

Senado. Com as mudanças feitas pelos

senadores, a licitação dos serviços à iniciativa

privada passou a ser, na prática, facultativa – o

que foi retirado do texto do governo.

Na proposta enviada ontem pelo governo

também não há a opção de assinar contratos de

concessão sem licitação com empresas públicas

ou sociedades de economia mista. No projeto do

Senado, havia a possibilidade para os casos de

uma licitação não atrair interessados ou não

existir “viabilidade econômica que justificasse a

privatização”.

A proposta do governo manteve a permissão

para que Estados criem blocos de municípios

para licitar serviços de cidades pouco atrativas

para a iniciativa privada com grandes centros

urbanos. O dispositivo foi incluído para evitar que

empresas assumam contratos apenas em lugares

considerados “filé mignon” para a iniciativa

privada.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

bolsonaro-quer-mudar-regras-de-

saneamento,70002951638

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Velório para a Amazônia

O Brasil tem o poder de salvar a maior floresta

da Terra - ou destruí-la

The Economist, O Estado de S.Paulo

Embora seu berço seja uma savana

esparsamente arborizada, a humanidade há

muito tempo busca nas florestas alimento,

combustível, madeira e inspiração. Ainda um

meio de sobrevivência para 1,5 bilhão de

pessoas, as florestas sustentam os ecossistemas

local e regional e, para outros 6,2 bilhões elas

são uma defesa - frágil - contra a mudança

climática.

Hoje as secas, os incêndios florestais e outras

mudanças induzidas pelo homem se somam aos

danos advindos do uso de motosserras. Nos

trópicos, que abrigam metade da biomassa

florestal do mundo, a perda de áreas cobertas de

árvores acelerou em dois terços desde 2015; se

fosse um país, esse encolhimento tornaria a

floresta tropical a terceira maior emissora de

dióxido de carbono, depois da China e dos

Estados Unidos.

Revista britânica diz que o presidente Bolsonaro

usa argumentos falhos e sem base científica para

refutar alertas de países ricos sobre a

necessidade de preservar a floresta Foto: Andrea

Ucini/The Economist

Em nenhum lugar os riscos são mais altos do que

na bacia do Amazonas - e não só porque ela

abriga 40% das florestas tropicais e de 10% a

15% das espécies terrestres de todo o mundo.

Essa maravilha natural da América do Sul pode

estar perigosamente próxima do ponto crítico,

além do qual sua transformação gradativa em

um terreno similar a uma estepe não poderá ser

contida ou revertida, mesmo se as pessoas

abandonarem seus machados. O presidente Jair

Bolsonaro está acelerando o processo - em

nome, diz ele, do desenvolvimento. O colapso

ecológico que suas políticas podem precipitar

será sentido de modo mais agudo dentro das

fronteiras do seu país, que circunda 80% da

bacia - mas irá bem mais além. Isso tem de ser

evitado.

Os humanos vêm desbastando a floresta

amazônica desde que se estabeleceram ali, há

mais de dez milênios. A partir da década de

1970, a mata começou a ser derrubada em

escala industrial. Nos últimos 50 anos, o Brasil

cedeu 17% da extensão original da floresta -

uma área maior do que a da França - para as

estradas, construção de barragens, mineração,

exploração madeireira, plantação de soja e

criação de gado.

Depois de um esforço governamental de sete

anos para reduzir a velocidade da destruição, ela

aumentou por causa de uma fiscalização débil e

uma anistia para o desmatamento passado. A

recessão e a crise política reduziram ainda mais a

capacidade do governo de fazer valer as regras.

Agora Jair Bolsonaro, de forma prazenteira, vem

acabando com elas. Embora o Congresso e os

tribunais tenham bloqueado algumas das suas

medidas visando a retirar a proteção de partes

da Amazônia, ele tem deixado claro que aqueles

que violam as regras não têm nada a temer,

apesar do fato de ter sido eleito para restaurar a

lei e a ordem. Como 70% a 80% do

desmatamento na Amazônia é ilegal, a destruição

chegou a nível recorde. E desde que Bolsonaro

assumiu a presidência em janeiro as árvores vêm

desaparecendo a uma taxa equivalente a mais de

duas áreas de Manhattan por semana.

A bacia amazônica é única no sentido de que

recicla a maior parte da própria água. À medida

que a floresta diminui, menos água é reciclada.

Em um determinado ponto, isso provoca mais

seca da mata, de modo que em questão de

décadas o processo continua por si próprio. A

mudança climática torna esse limiar mais

próximo a cada ano. Bolsonaro está fazendo com

que ele chegue ao limite da tolerância.

Os pessimistas temem que o ciclo de degradação

descontrolada ocorra quando outros 3% a 8% de

floresta desaparecerem - o que, sob o governo

Bolsonaro, poderá se verificar em breve. Há

indícios de que eles estão certos. Nos últimos 15

anos, a Amazônia registrou secas severas e os

incêndios florestais aumentaram.

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O presidente brasileiro rejeita essas conclusões,

como faz com a ciência de modo geral. E acusa

os estrangeiros de hipocrisia - os países ricos não

derrubam suas próprias florestas? E às vezes

utilizam o dogma ambiental como pretexto para

manter o Brasil pobre, disse ele. “A Amazônia é

nossa”, afirmou recentemente. Para o presidente,

o que ocorre na Amazônia brasileira é problema

do Brasil.

Mas não é. Uma “morte” afetará diretamente os

sete outros países com os quais o Brasil

compartilha a bacia ribeirinha. E reduzirá a

umidade canalizada ao longo dos Andes até o sul

em Buenos Aires. Se o Brasil estiver arruinando

um rio real, não obstruindo um aéreo, as nações

que ficam mais embaixo podem considerar isto

um ato de guerra. À medida que a vasta região

armazenar carbono queimado e putrefato, o

mundo sofrerá com um aumento do aquecimento

de 0,1ºC em 2100, o que não é muito, você pode

pensar, mas a meta estabelecida pelo acordo de

Paris é de apenas 0,5ºC.

Outros argumentos oferecidos por Bolsonaro são

falhos. Sim, o mundo rico derrubou suas

florestas. O Brasil não deve copiar seus erros,

mas aprender com eles, fazendo como a França,

ou seja, reflorestar enquanto é possível. A

economia do conhecimento valoriza a informação

genética capturada na floresta muito mais do que

a terra ou as árvores mortas. Mesmo que não

fosse assim, o desmatamento não é um preço

necessário ao desenvolvimento.

A produção brasileira de soja e de carne

aumentou entre 2004 e 2012, quando o

desmatamento caiu em 80%. Na verdade, além

da Amazônia, a agricultura do país pode ser a

maior vítima do desmatamento. Em 2015, os

agricultores do Estado de Mato Grosso que

cultivam milho perderam um terço da colheita

por causa da seca.

Por todas essas razões, o mundo tem de deixar

claro para Bolsonaro que não vai tolerar seu

vandalismo. As empresas de alimentos,

pressionadas pelos consumidores devem renegar

a soja e a carne produzida em terras da

Amazônia ilegalmente exploradas, como fizeram

em meados de 2000. Os parceiros comerciais do

Brasil devem condicionar os acordos ao bom

comportamento do país. O tratado firmado em

junho pela União Europeia e pelo Mercosul, bloco

comercial sul-americano do qual o Brasil é o

maior membro, já inclui cláusulas para proteger

a floresta tropical. E é do interesse das partes

que sejam implementadas.

E isto vale também para a China, que está

inquieta com o aquecimento global e precisa da

agricultura brasileira para alimentar seu gado. Os

signatários ricos do acordo de Paris, que

prometeram pagar as nações em

desenvolvimento para plantarem árvores que

consomem o carbono, devem cumprir o

prometido. O desmatamento representa 8% das

emissões globais de gases de efeito estufa, mas

atrai somente 3% da ajuda destinada ao

combate da mudança climática.

A madeira e as árvores. Se existe um aspecto

positivo nas táticas de terra-arrasada de

Bolsonaro no tocante à floresta tropical, é o fato

de ele ter tornado o problema da Amazônia mais

difícil de ser ignorado - e não só no caso dos

estrangeiros. A ministra da Agricultura brasileira

pressionou o presidente a manter o país no

acordo de Paris. O desmatamento descontrolado

irá prejudicar os agricultores brasileiros, se ele

acarretar boicotes estrangeiros dos produtos

agrícolas brasileiros. O brasileiro comum tem de

pressionar seu presidente a reverter seu curso.

Os brasileiros foram abençoados com um

patrimônio planetário único, cujo valor é tão

intrínseco e vital quanto comercial. Deixá-lo

perecer será uma catástrofe desnecessária. /

Tradução de Terezinha Martino

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,velorio-para-a-amazonia,70002951626

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'Pacto foi político', diz presidente de estatal

elétrica do Paraguai

Fabián Cáceres não descarta a possibilidade de

lobby de empresários brasileiros junto ao

governo paraguaio

Fabio Leite e Ricardo Galhardo, O Estado de

S.Paulo

O presidente interino da Administração Nacional

de Eletricidade do Paraguai (Ande), Fabián

Cáceres, afirmou que a adesão do governo do

presidente Mario Abdo Benítez ao acordo bilateral

de Itaipu foi “mais política do que técnica” e a

estatal de energia paraguaia não participou das

negociações do acerto fechado em maio com o

governo brasileiro.

A ata foi anulada na quinta-feira, 1, após seus

termos provocarem uma crise política que

ameaçava o presidente paraguaio de

impeachment.

“O acordo não teve participação da Ande. A

chancelaria brasileira tinha o apoio dos técnicos

da Eletrobrás e de Itaipu, enquanto que a

representação do Paraguai não tinha corpo

técnico. Realmente, a decisão final foi mais

política do que técnica", afirmou Cáceres em

entrevista ao Estado.

"Acho que pessoas que estiveram nessa reunião

não dimensionaram o que estavam assinando. O

nível de contratação ali era muito elevado e

causaria um sobrepreço da compra de energia

para o Paraguai da ordem de US$ 350 milhões

em quatro anos”

Diretor técnico da Ande, ele pediu demissão na

semana passada em solidariedade ao então

presidente da estatal, Pedro Ferreira, que

renunciou ao cargo por discordar dos termos do

acordo.

Mas como o sucessor de Ferreira, Alcides

Jiménez, também pediu demissão no domingo,

após poucos dias no cargo, a exoneração de

Cáceres não foi deferida e ele agora acumula a

presidência da Ande interinamente.

Por telefone, ele afirmou que o acordo “não

continha nenhum benefício para o Paraguai” e

não descartou a possibilidade de que empresários

brasileiros tenham feito um lobby junto ao

governo paraguaio para a retirada de uma

cláusula do acordo que era defendida pela Ande:

a possibilidade de a estatal paraguaia vender

energia excedente de Itaipu dentro do mercado

brasileiro.

“Isso (lobby) é uma possibilidade. O (ex)

presidente da Ande (Pedro Ferreira) manifestou

que isso pode ter acontecido. Eu não vi e não

posso falar a respeito. Ouvi isso pela imprensa”,

afirmou.

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Jornal relata pressão do Brasil

Segundo o jornal paraguaio ABC Color, o

advogado José Rodríguez González interferiu em

uma reunião com empresários brasileiros para

que essa cláusula fosse retirada do acordo.

Ligado ao vice-presidente Hugo Velázquez, ele

teria atuado para beneficiar a empresa brasileira

Léros Comercializadora de Energia.

O encontro teria ocorrido no dia 10 de maio, em

Ciudad del Leste, e contado com a participação

do empresário Alexandre Giordano, suplente do

senador Major Olímpio (PSL-SP).

Em um áudio divulgado pelo veículo paraguaio,

Rodríguez fala que Giordano se apresentou como

senador na reunião e teria respaldo do governo

do presidente Jair Bolsonaro.

Empresário nega vínculo com Bolsonaro

Ao Estado, Giordano confirmou ter participado de

uma reunião no Paraguai com a Ande ao lado de

um representante da Léros, mas para tratar do

interesse de um leilão de energia elétrica aberto

pela estatal paraguaia. Ele negou ter usado no

encontro uma suposta influência no governo

Bolsonaro.

“Meu contato com a família Bolsonaro é zero. Fui

lá em interesse da minha empresa, não tem nada

a ver com o acordo de Itaipu”, afirmou Giordano,

que tem empresas de terraplenagem e estrutura

metálica parceiras da Léros há quatro anos.

Sócio da Léros, o empresário Kléber Ferreira

também afirmou que o interesse da empresa na

reunião no Paraguai era a compra de energia.

“Enviamos um representante por causa do

chamamento público aberto pela Ande. Foi uma

reunião de 15 minutos, que envolveu

empresários de outros países, sem nenhuma

relação com o acordo. Foi uma coincidência de

fatos.”

Cáceres disse que embora uma possível entrada

da Ande no mercado brasileiro desagradasse aos

empresários, os termos do acordo não foram

discutidos na reunião com a Léros.

https://internacional.estadao.com.br/noticias/ger

al,pacto-foi-politico-reclama-presidente-da-

estatal-de-eletricidade-do-

paraguai,70002951504

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51

Grupo de Comunicação

Para onde vamos todos nós?

Os excêntricos planos de ação do governo

Bolsonaro abafam os alertas da ciência

Flávio Tavares*, O Estado de S.Paulo

O corte do cabelo presidencial virou ato de

governo, transmitido ao vivo (e de viva voz),

publicado e publicitado com a transparência que

a democracia exige. Só faltou aparecer no Diário

Oficial da União…

Jair Bolsonaro saltou da austera e respeitável

poltrona presidencial para a popular cadeira de

barbeiro sem sair do palácio. Ele mesmo

transmitiu o ato pelo Twitter, solto e confortável

naquela capa branca usada nos “salões”. Nada

que ver com a capinha preta dos juízes,

desembargadores e ministros do Supremo, velho

símbolo do respeito à lei e, assim, incômoda e

desajeitada num país onde a lei é vista e

analisada para ser lesada.

Ele tinha agendado dia e hora com o cabeleireiro

e, assim, cancelou a reunião com o ministro das

Relações Exteriores da França, que voltou a Paris

sem falar com o presidente do Brasil.

A fotografia do nosso presidente cortando o

cabelo é a mostra histórica da inesperada

comédia de um novo e tosco populismo. Não

chegaram a tanto os dois populistas-modelo que

São Paulo outorgou ao Brasil.

O boquirroto (e palhacesco) Ademar de Barros

era até austero comparado com o que se escuta

hoje, aos quatro ventos. A demagogia de Jânio

Quadros foi um expediente de campanha eleitoral

que o fez governador e, logo, presidente da

República. Comandou o Brasil como um pêndulo,

oscilando de ridículos atos internos a uma política

externa independente nos difíceis anos da guerra

fria. Elegante no linguajar, não distorceu a

História.

Bolsonaro conquistou a Presidência numa

concreta “revolução pelo voto”. Os eleitores

confiaram nos novos tempos prometidos por

quem iria combater a corrupção. Não

importavam o linguajar rude nem o exibicionismo

de que simulasse um revólver com a mão direita

ou, com os dois braços, imitasse uma

metralhadora. O culto à violência foi interpretado

de boa-fé como coragem.

Agora, porém, o linguajar presidencial transborda

violência. E os excêntricos planos de ação, às

vezes, abafam até os alertas da ciência.

Despreza as advertências sobre os cuidados com

o meio ambiente que ameaçam a vida no

planeta.

Quase a cada dia surge algo estapafúrdio. Nos

últimos 30 dias destes sete meses, expandiu-se a

exacerbação incompreensível. Atacou veganos e

vegetarianos, como se fosse crime a opção

alimentar em defesa da saúde.

Nos ataques à jornalista e escritora Miriam

Leitão, inventou situações para tachá-la de

“mentirosa” por ter revelado que (aos 19 anos de

idade e grávida) foi torturada na prisão nos

tempos da ditadura. Com isso o presidente

agrediu a própria História. Mas o que amedronta

é que, assim, o presidente estimulou os violentos

que ameaçaram Miriam e o sociólogo Sérgio

Abranches e os impediram de participar da feira

do livro de Jaraguá do Sul (SC).

Logo, o palavreado cresceu em fúria contra o

presidente nacional da Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por ter

assegurado os direitos de sigilo dos advogados

em defesa de seus clientes, no caso da facada

que o então candidato Bolsonaro sofreu. Dessa

vez, agrediu o pai, Fernando Santa Cruz (morto

na prisão do DOI-Codi em 1974) para agredir o

filho, então criança. Não importou sequer que

documento do atual governo informasse que

Fernando morreu na prisão.

“Não existem documentos se matou ou não

matou. Isto é balela. Se quiserem, eu conto

como ele foi morto por membros da própria

organização dele, a mais brutal que havia”, disse

o presidente. Antes, havia dito que morrera em

bebedeira no carnaval… Santa Cruz pai participou

da Ação Popular (AP), como, na época, José

Serra e Herbert de Souza, o Betinho das

campanhas contra a fome e a aids.

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52

Grupo de Comunicação

Jamais se usou linguagem tão vulgar. Nem nos

tempos do Estado Novo ou na ditadura imposta

em 1964, quando os presidentes usufruíam poder

amplo, quase total.

A vulgaridade destituída de sentido continuou,

porém. O presidente chegou a negar a morte de

um cacique indígena em mãos de fazendeiros, no

Amapá. Logo, não se apiedou sequer do

massacre em Altamira, no Pará, com presos

degolados e as cabeças usadas para jogar bola,

com tudo filmado…

Mas, e o devaneio de transformar a bela Angra

dos Reis (onde Bolsonaro tem casa há anos)

numa “Cancún brasileira”, tão vulgar e mercantil

como a matriz mexicana? É inexplicável, porém,

que queira mudar as regras que punem o

trabalho escravo, em especial no agro, como

promete. Ele acaba de facilitar as regras que

protegiam a segurança e saúde no trabalho, o

que já basta para gerar medo…

Pior, porém, é o presidente contradizer a ciência.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe), por exemplo, presta serviços

fundamentais ao País e à humanidade ao alertar

para o progressivo desmatamento da Amazônia e

da Mata Atlântica. Seus dados não são

inventados a esmo por um burocrata, mas – sim

– conclusões de botânicos e biólogos a partir de

observações dos satélites artificiais ao longo de

anos e anos.

O presidente, porém, discorda e nega aquilo que

os satélites viram e fotografaram sobre o

progressivo aumento da mineração e das

derrubadas na Amazônia.

Os organismos científicos governamentais

existem para amparar os governos no cotidiano.

Têm missão objetiva. Não são uma bijuteria que

adorne o quadro do funcionalismo. Em vez de

estruturar as ações futuras do governo a partir

dessas observações concretas, o presidente

simplesmente desconhece (e até nega) aquilo

que poderia guiá-lo.

Esse desdém procura o quê?

Indaga-se: a vulgaridade é ponto de partida que

leve a uma estupidez generalizada, que começa

negando observação e a pesquisa científica e,

neste século 21 de moderna tecnologia, nos faça

retroagir às trevas medievais?

*Jornalista e escritor, prêmio Jabuti de literatura

em 2000 e 2005, prêmio APCA em 2004, é

professor aposentado da Universidade de Brasília

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,para-onde-vamos-todos-

nos,70002951455

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Grupo de Comunicação

BR Distribuidora será uma nova empresa a

partir de 2021

Com a conclusão, na semana passada, da

privatização da distribuidora, que deixou de ser

controlada pela Petrobras, algumas mudanças já

começaram a acontecer

Fernanda Nunes e Cristian Favaro, O Estado de

S.Paulo

RIO/SÃO PAULO - A Petrobras Distribuidora, a

BR, será uma nova empresa a partir de 2021.

Nos próximos dois anos, a diretoria vai

implementar um conjunto de dez iniciativas para

alinhar a companhia às suas principais

concorrentes – Ipiranga e Raízen. Hoje, a BR é a

maior distribuidora do País, mas é também a que

tem a menor rentabilidade do mercado. Essa

condição apenas será abandonada com a

implementação das medidas, disse o presidente

da empresa, Rafael Grisolia.

“Os anos de 2019 e de 2020 são anos de

execução, quando vamos trabalhar cada vez mais

para a entrega dessas dez iniciativas de forma

conjunta. A partir de 2021, conseguiremos ver o

resultado desse esforço, que faremos tão

intensamente e com tanto entusiasmo, agora,

com a BR privatizada”, afirmou o executivo a

analistas, em teleconferência para detalhar o

lucro de R$ 302 milhões no segundo trimestre,

divulgado na última quarta-feira.

Com a conclusão, na semana passada, da

privatização da distribuidora, que deixou de ser

controlada pela Petrobras, algumas mudanças já

começaram a acontecer. O antigo regime de

licitação para a compra de equipamentos, de

acordo com as regras previstas na Lei das

Estatais, foi substituído por um sistema de

“contratação efetiva e negocial, tentando seguir

as melhores práticas de mercado”, disse Grisolia.

Além disso, em até duas semanas, serão

divulgadas as indicações para o novo conselho de

administração, que ainda devem passar pelo

crivo dos acionistas, em assembleia. A votação

tem que acontecer no prazo de 40 dias após a

privatização, mas, antes disso, os investidores

devem ser informados dos nomes propostos pelo

atual conselho de administração. A ideia é que a

cúpula da nova BR seja forma por especialistas

de perfil diversificando, das áreas de distribuição

de combustíveis, finanças, varejo, tecnologia e

meios de pagamento.

A nova Petrobras Distribuidora também vai se

valer da marca forte da estatal para avançar no

mercado, principalmente, com a atração de

postos revendedores de bandeira branca. Ao

mesmo tempo, vai adotar estratégia de redução

de custos, com revisões de contratos com

fornecedores. E vai buscar um equilíbrio entre a

melhor margem de lucro e a maior participação

de mercado.

Ao contrário do que aconteceu nos primeiros

meses deste ano, a empresa não quer mais

conquistar espaço e volume de venda com a

retração de preços. “Não é só melhorar via preço,

mas também via custo logístico. Esperamos ver

os primeiros reflexos nos próximos trimestres”,

disse o presidente da empresa.

Na condição de maior compradora de derivados

no Brasil, a BR espera também tirar vantagens

da privatização de refinarias pela Petrobras. “A

gente espera que, com a abertura do refino,

outras oportunidades apareçam. Que

oportunidades a gente vai ter em futuras

negociações com eventuais novos donos de

alguma refinaria?”, destacou Grisolia. Ele afastou

interesse em ativos de refino e de produção de

etanol.

Já o diretor Financeiro da distribuidora, André

Natal, destacou durante a teleconferência que,

na condição de empresa de capital pulverizado, a

BR terá mais liberdade para vender ativos que

não tenham relevância para o negócio principal,

de transporte e comercialização de combustíveis.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

br-distribuidora-sera-uma-nova-empresa-a-

partir-de-2021,70002951379

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Grupo de Comunicação

Modelo de garimpo tem de ser melhorado,

diz secretário

Para Alexandre Vidigal, não se pode apenas dar

um 'salvo-conduto' à mineração em terras

indígenas

Mariana Haubert e Anne Warth

BRASÍLIA - A regulamentação que o governo

pretende fazer do garimpo no País e da

mineração em terras indígenas deverá buscar

novos modelos de exploração e não apenas dar

um “salvo-conduto” à forma como a atividade é

desenvolvida hoje.

De acordo com o secretário de Geologia,

Mineração e Transformação Mineral do Ministério

de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, o objetivo

das mudanças é aproveitar as riquezas minerais

beneficiando quem realiza a atividade, dentre

eles, os garimpeiros e os próprios índios. O

modelo de aproveitamento, no entanto, ainda

não foi definido pelo Executivo.

“Nosso pensamento não é dar um salvo-conduto

para situações que sejam maléficas à

coletividade. O que queremos é que nessa

relação, a exploração seja do mineral, não dos

envolvidos, não dos garimpeiros, não dos índios”,

afirmou Vidigal ao Estadão/Broadcast.

De acordo com ele, a regulamentação dos dois

tipos de atividade entrou na pauta do governo

porque gera riqueza e enfrenta o problema da

exploração clandestina com consequências

ambientais e sociais.

Um grupo de trabalho criado em 2017 por

determinação do Tribunal de Contas da União

deve finalizar neste ou no próximo mês projeto

de lei que trata da autorização da mineração em

terras indígenas. Ele é formado pelo Ministério de

Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente,

Casa Civil, Funai e Ibama.

A Constituição permite que a exploração de

minérios seja feita nessas áreas, porém,

mediante regulamentação, o que nunca foi feito.

Um decreto de 2004 determina que a exploração

só pode ser efetivada com autorização do

Congresso após discussão com as comunidades

envolvidas e que parte dos recursos seja

destinada à região.

'Serras Peladas'

O presidente Jair Bolsonaro também disse, na

semana passada, que o governo pretende

regulamentar o garimpo no País. Na quarta-feira,

ao jornal O Globo, ele afirmou que pretende criar

“pequenas Serras Peladas” Brasil afora, que

poderiam ser exploradas tanto por estrangeiros

como por povos indígenas. Um grupo de estudo

sobre o assunto foi criado no Ministério de Minas

e Energia há duas semanas.

“Temos o firme propósito neste governo de

transformar o patrimônio mineral brasileiro em

riqueza”, disse Vidigal. Questionado se o exemplo

usado pelo presidente não dava uma ideia

negativa, já que milhares de pessoas morreram

em Serra Pelada (PA) nos anos 80 pela

exploração desenfreada, Vidigal minimizou a

questão e disse que Bolsonaro se refere à

produção de riquezas e não ao caos do local, que

ficou conhecido como “formigueiro humano”.

Segundo o secretário, lideranças indígenas tem

procurado o governo para pedir que se avance na

discussão sobre a liberação da exploração

mineral em suas terras. Mas representantes dos

índios, por outro lado, têm dito que o governo

ainda não os procurou para debater os termos do

projeto.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

modelo-de-garimpo-tem-de-ser-melhorado-diz-

secretario,70002951655

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Grupo de Comunicação

Petrobrás vende negócios e vê lucro saltar

87% no trimestre para R$ 18,9 bi

Sem entrada de recursos extraordinários, pela

venda de empresas como a rede de gasodutos

TAG, lucro teria caído 53%, para R$ 5,2 bi;

resultado é recorde para o período e foi

impulsionado por câmbio e aumento do petróleo

Fernanda Nunes, Denise Luna e Cristian Favaro,

RIO E SÃO PAULO - Com a venda da

Transportadora Associada de Gás (TAG) , rede de

gasodutos que interliga as Regiões Sudeste e

Nordeste do País, a Petrobrás registrou lucro de

R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre, o maior da

história da empresa para o período. O resultado

foi marcado por fatores que podem não se repetir

nos próximos meses, como a alta do petróleo e a

taxa de câmbio favorável à empresa. No

documento de divulgação do balanço, a petroleira

anunciou também que poderá sair

completamente da BR Distribuidora, com nova

oferta de ações.

Se não fossem os ganhos que não devem

acontecer de novo, o lucro teria sido de R$ 5,2

bilhões, abaixo da expectativa do mercado, que

contava com um resultado positivo de R$ 7,7

bilhões, segundo projeções do Estadão/Broadcast

levantadas com analistas de mercado. O

desempenho da estatal sem esses eventos veio

abaixo também do lucro registrado em igual

período do ano passado, de R$ 10 bilhões. Ainda

assim, a leitura de especialistas é que o resultado

foi positivo.

“A empresa já começou o ano com lucro, o que

é bom”, afirmou Helder Queiroz, ex-diretor da

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP) e professor da UFRJ.

“Falta muita coisa no processo de recuperação,

mas a empresa já está numa trajetória de lucros

líquidos contábeis, revertendo períodos de

prejuízos trimestrais e anuais.”

Já Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth

Management, disse que “o lucro ficou um pouco

abaixo da nossa expectativa de R$ 20 bilhões

para o trimestre, mas os investidores vão gostar

dos números e deverão refletir positivamente

sobre o preço da ação por essa informação”.

'Bom desempenho financeiro'

Na carta de apresentação do balanço no segundo

trimestre, a estatal classificou o resultado como

“bom desempenho financeiro”. “Estamos muito

confiantes de que a implementação criteriosa de

nossa agenda possui capacidade para eliminar no

futuro a diferença do desempenho que nos

separa das melhores companhias globais de

petróleo e criar substancial valor para nossos

acionistas”, escreveu a companhia. O

documento, pela primeira vez, trouxe uma

fotografia do caixa e da operação no trimestre

atrelado a metas para o futuro.

Por conta do alto endividamento, de US$ 83,7

bilhões, a empresa continuará vendendo ativos.

A perspectiva é de redução da dívida no terceiro

trimestre. A Petrobrás sinalizou também que vai

investir menos. O orçamento de US$ 16 bilhões

foi revisto para um intervalo de US$ 10 bilhões a

US$ 11 bilhões. Esses valores, no entanto, não

incluem os gastos que a petroleira deve ter com

a compra de áreas nos leilões deste ano.

No trimestre, os investimentos somaram US$ 2,6

bilhões, queda de 17,6% na comparação com

igual período do ano anterior. Segundo a

empresa, os recursos foram concentrados

sobretudo no desenvolvimento de novos campos

de petróleo no polo pré-sal da Bacia de Santos e

na manutenção da produção nos campos

maduros. Na comparação anual, entretanto, os

investimentos recuaram 21,6% no setor.

Enquanto isso, a área de refino teve crescimento

bastante significativo nos investimentos. O

aporte subiu 22,5% no ano e 33,9% na

comparação trimestral, para US$ 316 milhões.

As vendas somaram US$ 15 bilhões até o fim de

julho, com destaque para TAG, BR Distribuidora e

campos maduros de petróleo. A empresa

anunciou a perspectiva de se desfazer da

totalidade das ações da distribuidora de

combustíveis.

“Ficamos ainda com 37,5% do capital da BR, que

no futuro temos a intenção de vender parcial ou

totalmente. Enquanto isso, vamos nos beneficiar

como acionistas do enorme potencial de criação

de valor da BR com a flexibilidade que possui

uma empresa privada”, informou.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

petrobras-tem-lucro-de-r-18-8-bi-no-2-tri-alta-

de-87-em-relacao-a-2018,70002951275

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Grupo de Comunicação

Festa das Cerejeiras começa nesta sexta no

Parque do Carmo

Além da contemplação das árvores floridas, será

possível assistir a apresentações culturais e

provar culinária oriental

Redação, O Estado de S.Paulo

Festa segue tradição japonesa Foto: Hélvio

Romero/Estadão

Desta sexta-feira, 2, até domingo, 4, ocorre no

Parque do Carmo, na zona leste de São Paulo, a

41ª edição da Festa das Cerejeiras. A

organização é da Federação Sakura e Ipê Brasil.

Trata-se de uma tradição trazida pelos

japoneses, que vão aos parques festejar o

florescimento da sakura (cerejeira) e se sentar

embaixo das árvores - o hanami.

A cerimônia oficial da festa será no sábado, 4, e

a entrada no parque é gratuita. Além da

contemplação das árvores, também estão

previstas apresentações de danças folclóricas,

cantores e bailarinos da comunidade e grupos de

Taiko (tradicionais tambores japoneses).

Tradição é sentar-se sob as árvores para

contemplar as flores Foto: Hélvio

Romero/Estadão

Na praça de alimentação, será possível provar

itns da gastronomia oriental, como yakisoba,

tempurá, sushi, temaki e gyoza. O Parque do

Carmo tem cerca de 6 mil árvores, entre

cerejeiras e eucaliptos, e abriga diversas

espécies de animais. A Festa das Cerejeiras é

realizada no local desde 1978.

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,festa-das-

cerejeiras-comeca-nesta-sexta-no-parque-do-

carmo,70002951524

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro admite erro em MP para

demarcação de terras indígenas: 'Falha

minha'

'Considero a decisão (do STF) acertada, sem

problema nenhum', afirmou o presidente, sobre

liminar que mantém autoridade de terras

indígenas sob domínio da Funai

Mariana Haubert, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro admitiu

nesta sexta-feira, 2, ter errado ao reeditar a

medida provisória que transferia a demarcação

de terras indígenas para o Ministério da

Agricultura, depois que o Congresso já havia

decidido que a questão deveria ficar sob

responsabilidade da Fundação Nacional do Índio

(Funai), vinculada ao Ministério da Justiça.

Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu

que a demarcação de terras indígenas deve

permanecer com a Funai. "Teve uma falha nossa.

Eu já adverti a minha assessoria. A gente não

poderia no mesmo ano ter que fazer uma MP de

uma ação já decidida. Houve falha nossa. A falha

é minha né. É minha porque eu assinei.

Considero a decisão (do STF) acertada, sem

problema nenhum", disse.

Na sessão desta quinta, os integrantes do STF

decidiram confirmar uma liminar concedida pelo

ministro Luís Roberto Barroso. Em junho, Barroso

deu uma decisão monocrática (individual)

suspendendo trecho de uma nova medida

provisória que transferia a demarcação para o

Ministério da Agricultura.

"À Funai, vinculada ao Ministério da Justiça, é

quem cabe o papel de demarcação de terras

indígenas. Há matérias em que vigoram as

escolhas políticas dos agentes eleitos, e há

matérias em que prevalecem a Constituição",

disse Barroso nesta quinta-feira.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bol

sonaro-admite-erro-em-mp-para-demarcacao-

de-terras-indigenas-falha-minha,70002952040

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Grupo de Comunicação

Governo vai adotar novo modelo de

monitoramento do desmatamento, diz Salles

Segundo o ministro do Meio Ambiente, sistema

terá imagens de satélite em alta resolução feitas

em tempo real

Daniel Weterman e Julia Lindner,

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, anunciou nesta quinta-feira, 1º, que o

governo vai adotar um novo modelo de

monitoramento do desmatamento no País, após a

equipe do presidente Jair Bolsonaro contestar

dados divulgados pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Especiais (Inpe) com base no sistema

Deter.

O novo sistema, de acordo com o ministro, terá

imagens de satélite em alta resolução feitas em

tempo real e sem o que identificou como "lapso

temporal" no atual modelo. O ministro afirmou

que o serviço alertou em junho ocorrências de

desmatamento que, na verdade, teriam

acontecido em período anterior, e não naquele

mês.

Além disso, Salles prometeu equipar o corpo

técnico do Inpe com servidores permanentes.

Atualmente, citou, bolsistas do Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq) é que fazem o monitoramento. O

presidente Jair Bolsonaro, na coletiva de

imprensa feita no Palácio do Planalto, defendeu

responsabilizar pessoas que tenham divulgado

dados alarmantes com objetivo de prejudicar o

governo e a imagem do País.

"Não estamos aqui para negar números e nem

justificar coisas que tenham sido feitas de

maneira ilegal", disse o ministro, reforçando que

o desmatamento na Amazônia vem aumentando

desde 2012. Ele defendeu "muita

responsabilidade na divulgação das informações

e compromisso na divulgação desses números".

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,governo-vai-adotar-novo-modelo-de-

monitoramento-do-desmate-diz-

salles,70002951181

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59

Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Acordo retoma a negociação técnica em

torno de Itaipu

Por Rafael Bitencourt, Carla Araújo e Fabio

Murakawa | De Brasília

Os governos do Brasil e do Paraguai decidiram

reabrir as negociações sobre a comercialização

da energia de Itaipu Binacional. Documento

nesse sentido foi assinado ontem, em Assunção,

após encontro dos dois países.

A negociação se dará no âmbito técnico. As

autoridades diplomáticas decidiram retomar a

discussão técnica após a discordância de

representantes do lado paraguaio que serviu

estopim para a crise política no país vizinho.

Uma nova ata bilateral foi elaborada ontem. Da

parte do Brasil, foi assinada pelo embaixador no

Paraguai, Carlos Alberto Simas. No documento,

ao qual o Valor teve acesso, o governo paraguaio

oficializou que, em "decisão unilateral e

soberana", tornou "sem efeito" o compromisso

anterior, assinado na ata bilateral de 24 de maio

de 2019.

A ata anterior estabelecia um cronograma para

que o Paraguai, gradualmente, voltasse a

declarar sua demanda atrelada à energia

"garantida". Nos últimos anos, o país vizinho

vinha se beneficiando em adquirir montantes da

"energia excedente", bem mais barata.

O Paraguai tem apresentado na declaração anual

um volume de energia inferior ao que

efetivamente tem consumido no abastecimento

do país. Daí, os paraguaios compravam uma

energia excedente para suprir a demanda real, se

beneficiando da diferença de tarifa.

Para corrigir a distorção, os ministérios das

Relações Exteriores dos dois países fecharam o

compromisso que resultou em crise política no

Paraguai. O Legislativo local passou a ameaçar o

presidente Mario Abdo Benítez com um processo

de impeachment.

O pano de fundo da crise, gerada a partir do

acordo assinado em maio, envolve a diferença de

aproximadamente US$ 250 milhões - quase R$ 1

bilhão, pela taxa de câmbio atual - entre o

volume de compra declarado anualmente pelo

Paraguai e o que é efetivamente consumido pelo

país vizinho. O valor do acordo, que provocou

demissões na cúpula do governo paraguaio e

colocou em risco o cargo do presidente, seria

revertido aos consumidores brasileiros no período

entre 2019 a 2022.

Agora as discussões se darão entre as estatais de

cada país, Eletrobras e Ande, além da própria

Itaipu Binacional, que administra a usina. No

documento os dois países admitem que "a falta

de acordo sobre o cronograma de potência a ser

contratada de Itaipu afeta negativamente o

faturamento dos serviços de eletricidade da

entidade binacional". Diante disso, eles destacam

"a importância de encontrar uma solução para o

problema no curto prazo".

Ontem o diretor-geral brasileiro de Itaipu,

Joaquim Silva e Luna, disse ao Valor que, no

"nível político", a crise envolvendo o acordo entre

Brasil e Paraguai sobre Itaipu está "superada".

"Houve bom senso das partes e agora discussão

voltará para a área técnica."

Silva e Luna classificou como positiva a retomada

das negociações pela própria hidrelétrica, que

conta com gestão técnica. Para ele, há o

propósito de manter a relação fraterna de anos

entre os dois países. "Vamos dar uma solução no

curto prazo", destacou.

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Grupo de Comunicação

A intenção de construir um "bom" acordo

também foi manifestada pelo presidente Jair

Bolsonaro. "Estamos trabalhando nesse sentido",

afirmou ontem a jornalistas. Como as

negociações "são reservadas", ele se eximiu de

fazer mais comentários sobre o tema.

Questionado sobre as tratativas, o Itamaraty

marcou posição em defesa na solução consensual

em torno do assunto. "O Brasil e o Paraguai

mantêm excelentes relações bilaterais e

compartilham visões e objetivos estratégicos",

informou, em nota.

No posicionamento, o Ministério das Relações

Exteriores do Brasil ressaltou que entre os

benefícios econômicos da boa relação com o país

vizinho está a previsão de construir duas pontes

na fronteira, com recursos de Itaipu, e a

negociação de um acordo automotivo. A pasta

ainda destacou os ganhos com a cooperação no

combate ao crime organizado transnacional e o

"realinhamento" do Mercosul aos seus

"propósitos originais", como a valorização do

livre-comércio, democracia e maior ambição

externa nas negociações comerciais.

O ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira,

disse que, com o aval de Bolsonaro, o Brasil

aceitou a decisão do Paraguai de romper com o

compromisso anterior. Para ele, a decisão

representa uma demonstração de apoio ao

governante do país vizinho. "Há uma simetria de

cláusulas que a gente tem que respeitar. Isso é

um trato que envolve não só direito

internacional, mas direito dos dois países",

defendeu. O assunto ainda será analisado pelo

Palácio do Planalto.

https://www.valor.com.br/brasil/6374953/acordo

-retoma-negociacao-tecnica-em-torno-de-itaipu

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Data: 02/08/2019

61

Grupo de Comunicação

Produção de petróleo vai crescer 40% em 5

anos, prevê ANP

Por Rodrigo Polito | Do Rio

A produção de petróleo no Brasil deve passar dos

atuais 2,7 milhões de barris diários para 3,756

milhões de barris diários em 2023, de acordo

com projeções da Agência Nacional do Petróleo,

Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para o

mesmo horizonte, a autarquia prevê que a

produção de gás natural passe dos atuais 118

milhões de metros cúbicos/dia para 167,6

milhões de metros cúbicos/dia.

Os dados foram divulgados ontem, junto com as

previsões sobre atividades de desenvolvimento e

produção de petróleo e gás para os próximos

cinco anos.

A ANP, por exemplo, estima que serão

necessários R$ 17,4 bilhões de investimentos em

novas unidades de produção petrolífera nos

próximos cinco anos.

Ontem também a diretoria da ANP aprovou o

edital e os modelos de contratos do leilão dos

volumes excedentes da cessão onerosa, previsto

para 6 de novembro. Segundo a autarquia, os

documentos serão submetidos à aprovação do

Ministério de Minas e Energia e, posteriormente,

do Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão

é que a versão final seja publicada em 6 de

setembro.

Com relação aos valores de combustíveis no país,

o diretor de Planejamento Estratégico e Mercado

da Associação Nacional das Distribuidoras de

Combustíveis (Plural), Helvio Rebeschini,disse

que os valores corrigidos pela Petrobras nas

refinarias afetam apenas uma parcela dos preços

desses produtos cobrados nas distribuidoras e

postos revendedores.

A Petrobras anunciou na quarta-feira reajuste de

3,75% do preço médio do diesel e de 4% do

preço médio da gasolina nas refinarias. Os novos

valores entraram em vigor ontem.

Rebeschini, no entanto, explicou que o diesel

fornecido pela Petrobras responde por cerca de

50% do preço final do produto comercializado

nos postos de combustíveis. No caso da gasolina,

essa fatia cai para algo entre 30% e 33%.

"Isso é uma questão matemática. Se baixar 5%

[o preço na refinaria], o percentual que vai cair

[nos postos] não é 5%", disse ao Valor.

Ele destacou ainda haver forte competição na

distribuição e revenda, o que impede o repasse

integral do reajuste nas refinarias.

Levantamento feito pela Plural indicou que, do

início do ano até 20 de julho, o preço médio da

gasolina nas refinarias avançou 10,3%, enquanto

o valor na bomba cresceu apenas 0,2%. No caso

do diesel, o preço na refinaria aumentou 14,2%,

enquanto o valor na bomba avançou 3%.

https://www.valor.com.br/brasil/6374951/produc

ao-de-petroleo-vai-crescer-40-em-5-anos-preve-

anp

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Data: 02/08/2019

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Grupo de Comunicação

Petrobras registra seu maior lucro

trimestral da história

Por André Ramalho, Rodrigo Polito, Ivan

Ryngelblum e Marcelle Gutierrez | Do Rio e de

São Paulo

Impulsionada pela venda da Transportadora

Associada de Gás (TAG), a Petrobras registrou,

no segundo trimestre, o seu maior lucro

trimestral da história, no valor de R$ 18,866

bilhões - o que representa uma alta de 87%

frente a igual período do ano passado. O

resultado positivo garantiu aos acionistas o

recebimento de R$ 2,6 bilhões, na forma de juros

sobre o capital próprio antecipados.

A antecipação da distribuição, aprovada pelo

conselho de administração em meio à

expectativa da melhora do lucro para o exercício

de 2019, equivale a R$ 0,20 por ação ordinária e

preferencial por circulação, superando os R$ 0,10

por ação do trimestre anterior.

Excluídos os fatores não recorrentes e os efeitos

da norma contábil IFRS 16, o lucro contábil da

empresa foi de R$ 5,2 bilhões. Ao todo, os itens

não recorrentes somaram R$ 20,8 bilhões no

segundo trimestre. O montante inclui ganhos

com vendas de ativos (R$ 21,2 bilhões), como a

TAG e a refinaria de Pasadena, nos Estados

Unidos; as perdas com contingências judiciais

(R$ 680 milhões) e os efeitos do programa de

desligamento voluntário, de R$ 336 milhões. O

PDV, focado em aposentados e aposentáveis,

contava com 1.560 adesões até o fim de julho,

segundo a empresa

A Petrobras acumula, ao todo, desinvestimentos

de US$ 15 bilhões no ano, até o final de julho. Os

ganhos do programa de venda de ativos

compensaram as maiores variações cambiais

negativas e o aumento das despesas com

imposto de renda e contribuição social - fruto do

maior resultado antes de impostos e da baixa de

ativos fiscais diferidos sobre parcela de provisões

judiciais.

A receita de vendas da estatal somou R$ 72,5

bilhões no trimestre, queda de 3% ante igual

período de 2018. O resultado antes de juros,

impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na

sigla em inglês), por sua vez, cresceu 8,6% no

trimestre, para R$ 32,6 bilhões, na mesma base

de comparação.

Na mensagem enviada aos acionistas, o

presidente da Petrobras, Roberto Castello

Branco, disse que o resultado do segundo

trimestre foi beneficiado por fatores externos e

por eventos não recorrentes, mas destacou que o

endividamento da empresa ainda se mantém

elevado. A petroleira fechou o trimestre com uma

dívida bruta de US$ 101 bilhões, queda de 4,7%

ante março. Já a dívida líquida somou US$ 83,6

bilhões, 12,4% menor em relação ao trimestre

anterior, sobretudo devido aos desinvestimentos.

A alavancagem da companhia, medida pela

relação dívida líquida sobre Ebitda, caiu de 3,19

vezes no primeiro trimestre para 2,69 vezes,

considerando o IFRS 16.

"A Petrobras se defronta ainda com alavancagem

financeira excessiva para uma companhia

produtora de commodities", afirmou o presidente

da empresa.

Ele disse esperar, contudo, uma diminuição da

dívida bruta no terceiro trimestre deste ano.

Castello Branco acrescentou que os encargos

financeiros consomem cerca de 40% do caixa

operacional da companhia atualmente, "o que

evidencia a necessidade de desinvestimentos

para a redução do endividamento".

O executivo informou que tem a intenção de

vender parcial ou totalmente a participação

remanescente da Petrobras na BR Distribuidora.

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Data: 02/08/2019

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Grupo de Comunicação

Depois da oferta secundária de ações detidas

pela estatal na distribuidora, a petroleira mantém

uma fatia de 37,5% do capital da BR. Ao todo, a

companhia estima um ganho de R$ 14,2 bilhões

antes dos impostos como resultado da alienação

de suas ações na distribuidora, em julho. O valor

será reconhecido no balanço do terceiro

trimestre.

Com relação ao plano de desinvestimentos na

área de refino, o executivo lembrou que a

empresa já lançou o primeiro pacote de venda de

quatro refinarias (Repar, Rnest, Rlam, e Refap) e

acrescentou que os "teasers" (alertas de venda)

de outras quatro (Reman, Lubnor, Regap, SIX)

serão lançados no próximo mês.

Ele reforçou, ainda, que a companhia está

"firmemente" comprometida em sair

"completamente" dos negócios de transporte e

de distribuição de gás natural, concentrando-se

apenas em exploração e produção do energético.

A Petrobras informou, ainda, que, "em benefício

da transparência e da eficiência na alocação do

capital", reduziu a previsão de investimentos

para 2019, de US$ 16 bilhões para um valor

entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões. Ele

ressaltou que esses valores não incluem

eventuais montantes a serem investidos em

leilões de blocos de petróleo e gás este ano.

Segundo Castello Branco, o retorno sobre o

capital empregado se situa até agora em torno

de 8%, "o que evidencia a imperiosa necessidade

de iniciativas para melhorar a alocação de

capital".

A estatal encerrou o segundo trimestre com R$

68,39 bilhões em caixa, um montante 67,44%

superior aos R$ 40,84 bilhões do primeiro

trimestre deste ano. Segundo a empresa, o

segundo trimestre foi marcado pela entrada de

recursos provenientes da geração operacional de

caixa de R$ 20,5 bilhões, com as captações de

R$ 1,9 bilhão e recebimento de R$ 34,5 bilhões

da venda de ativos.

"Esses recursos foram destinados ao pré-

pagamentos de dívidas, a amortizações de

principal e juros devidos no período e ao capex

nas áreas de negócio", comunicou a companhia

petrolífera no informe de resultados.

A empresa informou ontem, também, a criação

de uma nova diretoria: a de transformação

digital. Castello Branco explicou que a nova

diretoria é "fundamental para a concentração de

esforços para a modernização da infraestrutura

de tecnologia da informação, a coordenação e o

aprofundamento de iniciativas para o emprego

intensivo de inteligência artificial".

https://www.valor.com.br/empresas/6374901/pe

trobras-registra-seu-maior-lucro-trimestral-da-

historia

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Data: 02/08/2019

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro contesta dados do Inpe sem

apresentar correção

Por Fabio Murakawa e Renan Truffi | De Brasília

O presidente Jair Bolsonaro convocou ontem uma

entrevista coletiva para contestar dados

apresentados pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o

desmatamento na Amazônia, mas não

apresentou nenhum dado novo sobre o assunto.

O evento foi motivado pela insatisfação de

Bolsonaro com a divulgação, pelo órgão, de que

o desmatamento no mês de junho subiu 88% em

comparação ao mesmo mês de 2018.

Ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, do Gabinete de Segurança Institucional

(GSI), Augusto Heleno, e de Relações Exteriores,

Ernesto Araújo, ele criticou a metodologia do

instituto, como "inconsistente" e disse que a

divulgação "irresponsável" de dados como esse

prejudicam a imagem do Brasil no exterior.

No fim da tarde, o Inpe divulgou nota em que

"reafirma sua confiança na qualidade dos dados

produzidos pelo Deter" (Sistema de Detecção do

Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo

Real), que teve "inconsistências" apontadas por

Bolsonaro e Salles.

Para o ministro, houve em junho uma

contabilização "indevida" de desmates realizados

em meses anteriores. "O salto de 88% que foi

alardeado está equivocado. Isso devia ter sido

divulgado ao longo do tempo", disse.

"Verificamos que 31% dos desmates não

ocorreram em junho de 2019, não corroboram o

percentual sensacionalista de alta de 88%."

Questionado sobre qual seria o número real do

desmatamento em junho, o ministro disse que

com os dados fornecidos pelo Deter não é

possível aferir o desmatamento mensal.

"Essa informação de mensurar de mês para mês

não deve ser feita porque o sistema não produz

essa detecção", afirmou. "Trata-se de uma

postura inconsequente, tanto que há menção

expressa no site do Inpe de que o Deter não se

presta a mensuração de áreas de

desmatamento."

Além disso, segundo ele, algumas áreas

desmatadas foram contabilizadas de forma

duplicada pelo Deter, mas admitiu que houve alta

no desmate. "Não estamos negando a

importância do tema e a curva tendencial [de

alta] que vem desde 2012", disse.

Por conta do episódio, o governo federal vai

contratar um novo monitoramento em tempo

real. Salles afirmou que, atualmente, bolsistas do

CNPq é que fazem a coleta de imagens para o

Deter.

"Pretende-se contratar um monitoramento em

tempo real de verdade. Vamos ajudar o Inpe a

ter seu quadro técnico recomposto."

Bolsonaro disse que achou "muito estranha" a

divulgação de dados incorretos sobre

desmatamento na Amazônia Legal, num

momento de, segundo ele, melhora da economia

brasileira. Na entrevista coletiva, disse que o

"estrago está feito", mas deu a entender que, se

pudesse, tomaria medidas mais "drásticas"

contra o diretor do Inpe, Ricardo Magnus Osório

Galvão, que tem mandato e não pode ser

demitido do cargo.

"Os números [de desmatamento] foram

espancados com o objetivo de atingir o nome do

Brasil e o governo. É um número tão grande e

tão preocupante que ele [Osório] deveria ter

levado os dados diretamente para o ministro. No

meu entendimento, não houve a

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Data: 02/08/2019

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responsabilidade necessária para divulgar um

dado como este. O estrago já está feito", disse

Bolsonaro.

Em nota, o Inpe relatou uma reunião em Brasília

em que Salles e o ministro de Ciência e

Tecnologia, Marcos Pontes, apresentaram a

funcionários do órgão um estudo com

"inconsistências e erros" no Deter.

"O Inpe esclarece que não teve acesso prévio a

essa análise e que seus representantes

responderam a todas as questões apontadas

durante a apresentação", disse a nota. "O Inpe

reafirma sua confiança na qualidade dos dados

produzidos pelo Deter. Os alertas são produzidos

seguindo metodologia amplamente divulgada e

consistentemente aplicada desde 2004."

https://www.valor.com.br/brasil/6374937/bolson

aro-contesta-dados-do-inpe-sem-apresentar-

correcao

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Data: 02/08/2019

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BR já inicia nova gestão e visa corte de

custos

Por André Ramalho | Do Rio

Uma semana após a Petrobras realizar a oferta

secundária de suas ações na BR Distribuidora, o

comando da empresa já iniciou a implementação

de medidas para agilizar sua gestão e reduzir

custos. Em suas primeiras declarações públicas

depois da privatização da BR, o presidente da

empresa, Rafael Grisolia, conta que a

distribuidora prepara uma série de iniciativas

para aumentar o seu nível de rentabilidade, nos

próximos anos, e que já vem mantendo

conversas com a Petrobras e demais investidores

para apresentação dos nomes do novo conselho

de administração nas próximas semanas.

Segundo o executivo, a BR espera convocar em

até duas semanas a assembleia de acionistas que

elegerá o novo conselho. Para Grisolia, o ideal é

que o colegiado reúna membros com perfis

variados de especialistas, com experiências em

áreas como distribuição de combustíveis,

finanças e contabilidade, estratégia, varejo e

tecnologia.

"Os investidores estão muito participativos

sugerindo nomes. A própria Petrobras também já

trabalha nesse sentido, nas suas indicações",

afirmou, durante teleconferência com analistas

sobre os resultados do segundo trimestre.

"Estamos muito ativos. Estou pessoalmente

envolvido nisso", disse.

O Valor apurou que a Petrobras se comprometeu

a destituir todos os membros indicados por ela e

a apontar somente três das nove cadeiras do

novo conselho, abrindo espaço para que os

demais acionistas fiquem com os outros dois

terços do colegiado. Alexandre Carneiro (ex-vice-

presidente comercial da Shell América Latina) e

Carolina Lacerda (ex- UBS e Merril Lynch e

conselheira da Hypermarcas) são alguns dos

nomes cogitados pela petroleira. Questionado se

a assembleia também discutirá mudanças no

estatuto, Grisolia disse que a pauta é

"basicamente" a eleição do novo conselho.

A proposta de valor da BR após a sua

privatização, segundo ele, é implementar um

pacote de dez medidas conjuntas para aumentar

a sua rentabilidade. As iniciativas passam, dentre

outras ações, pelo aumento na eficiência da

precificação e das contratações até iniciativas

como um novo planos de cargos e salários, com

foco na remuneração variável, desinvestimentos

de negócios não core e busca de alternativas de

modelo de negócios para a área de conveniência.

"Nossa expectativa é que os anos de 2019 e

2020 sejam anos de execução. Estamos

trabalhando cada vez mais para a entrega dessas

iniciativas de forma conjunta e que a partir de

2021 comecemos a ver os resultados desse

esforço que estaremos fazendo", disse Grisolia.

O diretor financeiro e relações com investidores,

André Natal, diz que a empresa deixou de

trabalhar imediatamente com licitações e que,

em um mês, estará usando nova ferramenta de

compras - até então utilizava o portal de

contratações da Petrobras, o Petronect.

"De um lápis a um serviço complexo de

engenharia, tudo isso passava por um processo

de licitação complicado. De imediato colocamos

para funcionar um processo que se vale da nossa

liberdade de não mais fazermos um processo tão

longo e complicado, cheio de etapas e custos

associados, e que no final nem nos garantia uma

discricionariedade de escolha de fornecedor nem

nos dava o melhor preço no fim das contas...

Acabava nos empurrando para contratos mais

longos do que faríamos numa situação diferente",

comentou.

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Data: 02/08/2019

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Grupo de Comunicação

Ele citou que os gastos com a contratação de

bens e serviços gira em torno de R$ 1

bilhão/ano. "Entendemos que essa nova

liberdade de negociar deveria nos dar mais

eficiência na contratação desses cerca de R$ 1

bilhão e idealmente que ele vire algo bastante

menor", afirmou Natal, que iniciou também um

processo de revisão de contratos com

fornecedores, em busca de melhores condições.

Grisolia comentou também sobre a estratégia de

alocação de capital. Destacou que a "vocação da

BR é ser distribuidor" e que a empresa não tem

"aspiração e conhecimento para entrar em refino

e produção de etanol". Ele disse, porém, que

espera manter investimentos em logística e que a

abertura do refino pode trazer novas

oportunidades. "A BR hoje é o maior cliente de

uma refinaria. Vamos aguardar futuras

negociações com eventuais novos donos".

https://www.valor.com.br/empresas/6374893/br

-ja-inicia-nova-gestao-e-visa-corte-de-custos

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Data: 02/08/2019

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STF derrota governo e mantém demarcação

de terras com Funai

Por Luísa Martins | De Brasília

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal

(STF) decidiu manter com a Fundação Nacional

do Índio (Funai) a atribuição para a demarcação

de terras indígenas. Essa foi a segunda derrota

na Corte para o presidente Jair Bolsonaro, que

buscava que a atividade fosse desempenhada

pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa).

Em maio, ao analisar a reforma administrativa

proposta pelo governo, o Congresso Nacional

derrubou o trecho que previa a demarcação como

responsabilidade do Mapa, devolvendo-a ao

Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao qual

está vinculada a Funai. Insatisfeito com o

resultado no Legislativo, Bolsonaro reeditou

medida provisória (MP) para insistir na

competência da pasta da Agricultura.

A MP foi suspensa em junho pelo ministro Luís

Roberto Barroso, atendendo a pedidos

formulados pelos partidos Rede, PT e PDT em

ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs). Na

prática, a decisão fez com que a demarcação de

terras indígenas voltasse ao escopo da Funai.

Barroso considerou que a medida desrespeitou o

processo legislativo previsto na Constituição

Federal, já que foi elaborada com o mesmo teor

da que foi derrubada anteriormente no

Congresso. Segundo o relator, há jurisprudência

pacífica do STF que proíbe esse tipo de prática.

Ontem, no primeiro processo analisado pelo

plenário no retorno do recesso, os dez ministros

presentes na sessão referendaram a liminar de

Barroso. Só estava ausente da sessão o ministro

Alexandre de Moraes.

Todos eles entenderam que Bolsonaro violou o

princípio da separação de poderes. A ministra

Cármen Lúcia chegou a falar em "agressiva

inconstitucionalidade", mas o voto mais duro foi

o do decano, ministro Celso de Mello, para quem

a MP presidencial demonstrou autoritarismo.

Segundo o decano, a iniciativa de Bolsonaro

"traduz uma clara, inaceitável, inadmissível e

perigosa transgressão" à Constituição. O ministro

afirmou que a MP, ao minimizar as decisões

legislativas, "deforma" o princípio da separação

de poderes.

"O regime de governo e as liberdades da

sociedade civil muitas vezes expõem-se a um

processo de quase imperceptível erosão,

destruindo-se lenta e progressivamente pela

ação ousada e atrevida, quando não usurpadora,

dos poderes estatais, impulsionados muitas vezes

pela busca autoritária de maior domínio e

controle hegemônico sobre o aparelho de Estado

e sobre os direitos e garantias básicos do

cidadão", criticou.

Bolsonaro já havia sido derrotado no Supremo

em junho, quando a Corte impôs - também por

unanimidade - limites para a extinção de

conselhos da administração pública federal. Os

ministros determinaram, naquele julgamento,

que o governo não poderia acabar com

colegiados que tenham sido criados por lei.

O argumento também foi o da interferência

indevida do Poder Executivo no Poder Legislativo.

Bolsonaro assinou decreto segundo o qual

mesmo os conselhos mencionados em lei

pudessem ser abolidos. Contudo, os ministros

entenderam que o governo não pode interferir

em decisões tomadas pelo Congresso.

A decisão preservou, por exemplo, colegiados

voltados a políticas de igualdade racial, de

direitos LGBT e de direitos da criança e do

adolescente.

https://www.valor.com.br/politica/6374917/stf-

derrota-governo-e-mantem-demarcacao-de-

terras-com-funai

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Data: 02/08/2019

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Amazônia corre graves riscos com descaso

ativo do governo

A Amazônia corre sérios riscos se o governo de

Jair Bolsonaro não mudar sua orientação

ambiental, o que parece hoje tão pouco provável

quanto o presidente mudar seu comportamento.

Não se trata de bobagens ditas ao acaso, mas de

intenções que estão sendo levadas à prática, que

terão consequências horrorosas. A mais recente

incursão de Bolsonaro na questão foi desconfiar

dos alertas que o eficiente sistema Deter, do

Inpe, emitiu nos últimos meses, que indicam que

o desmatamento voltou a crescer com força.

Como se tornou hábito, primeiro o presidente

disse que desconfiava dos dados e depois que um

dos diretores do Inpe, que os mencionara, estava

servindo ao interesse de Organizações não

governamentais, o que no jargão bolsonarista

significa um grupo de pessoas financiadas por

estrangeiros para dominar a Amazônia.

Há correlação de 80%, segundo os técnicos,

entre os dados de alertas emitidos pelo Deter e

os números finais (coletados entre agosto e julho

do ano seguinte). O Deter auxilia o governo a

saber aonde a floresta pode estar sendo agredida

- foram 1 mil km2 na primeira quinzena de julho,

um avanço de 68% em relação ao mesmo

período de 2018. Os números que o Prodes

divulgará até o fim do ano serão menores, mas

não muito. A tendência de aumento da

devastação é real.

O governo quer filtros para, segundo Bolsonaro,

não ser "surpreendido" pelos fatos, mas os

ministérios relacionados à área são sempre

municiados de dados. O que existe é

desinteresse pelo assunto, em hipótese benigna,

ou descaso ativo para com a sorte da floresta.

Várias ações parecem confirmar a segunda

suposição. Quando o Ibama destruiu material

apreendido de madeireiros ilegais, o presidente

veio a público dizer que não toleraria mais isso.

Após pessoas a serviço dos madeireiros

destruirem patrimônio do Ibama, um órgão

depauperado, o ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, foi reunir-se com eles - antes,

criou uma comissão de revisão das multas

aplicadas pelo Ibama.

Bolsonaro não acha que tem de proteger o meio

ambiente. Para ele, isso interessa apenas a

"veganos", categoria na qual se encontram mais

de uma centena de países, inclusive o Brasil, que

fazem parte do Acordo de Paris. Quando vê uma

paisagem, o presidente nela enxerga apenas

garimpos e exploração turística. Bolsonaro fez

carga contra a taxa destinada à proteção de

Fernando de Noronha e, diante da vista

exuberante da baía de Angra dos Reis logo

imaginou em transformá-la na "Cancún

brasileira". Ficou muito contrariado ao descobrir

que não pode fazê-lo com uma canetada - o

assunto é do Congresso. O governo acena com

revisão geral das áreas de proteção ambiental,

cujo objetivo é permitir ampla e irrestrita

exploração comercial.

Anteontem, Bolsonaro disse a "O Globo" que

pensa em incentivar o garimpo e coalhar o país

de "Serras Peladas" - a original era a imagem do

inferno na Terra. Como as grandes áreas

demarcadas para os povos indígenas têm muita

riqueza mineral o governo faz carga contra eles,

sob a missão de resgatá-los do "zoológico" a que

foram confinados. Pouco depois do cacique

Emyra Wajápi ter sido encontrado morto, e os

índios apontarem invasão de garimpeiros em

suas terrar - a Polícia Federal investiga o caso -

Bolsonaro ressaltava a necessidade de o garimpo

ter acesso a essas terras, sob pena de haver um

inusitado êxodo rural de proprietários para o

exterior.

Convidar mineradoras para a disseminação de

"Serras Peladas" pelo Brasil afora será uma das

missões do futuro embaixador nos EUA, Eduardo

Bolsonaro, se ele for aprovado pelo Senado. Pai e

filho têm o mesmo sentimento belicoso em

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relação à natureza e desconfiança arraigada

sobre o aquecimento global provocado pela ação

humana que o presidente Donald Trump, a quem

idolatram. O presidente desdenha as

preocupações ambientais de seus críticos

internos e externos. Ele pode desmarcar um

compromisso com o ministro das Relações

Exteriores da França para ir cortar o cabelo só

porque o enviado de Macron se reuniu com

ambientalistas. Há um acordo entre Mercosul e

União Europeia a ser ratificado, mas o presidente

não pressente que está arrumando confusão para

o Brasil diante do segundo membro mais

poderoso da zona do euro e o que mais cultiva o

protecionismo.

O trabalho do atual governo vai na direção de

desmantelar o aparato de proteção ao ambiente

construído ao longo de décadas e o protagonismo

conquistado pelo Brasil no cenário internacional.

Só o Congresso pode corrigir os rumos do

Executivo nessa área - e teme-se que possa fazer

pouco.

https://www.valor.com.br/opiniao/6375005/ama

zonia-corre-graves-riscos-com-descaso-ativo-do-

governo

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A perigosa ilusão do aquecimento ótimo Por Adair Turner

O Reino Unido está agora legalmente

comprometido em reduzir as emissões líquidas

de gases do efeito-estufa a zero até 2050. Os

opositores do Parlamento defenderam a

realização de uma análise de custo-benefício

mais detalhada antes de assumir tal

compromisso; e o economista laureado com o

Prêmio Nobel, William Nordhaus, argumenta que

essa análise mostra um ritmo ótimo de redução

muito mais lento.

O Acordo de Paris sobre o clima tem como meta

limitar o aquecimento global para "níveis bem

inferiores a 2°C" acima dos patamares pré-

industriais, enquanto o Painel

Intergovernamental sobre Mudança Climática

recomendou em 2018 que o aumento seja

limitado a 1,5°C. Por seu lado, o modelo de

Nordhaus sugere limitar o aquecimento a 3,5°C

até 2100. Se esse for o objetivo, a emissão

líquida zero de gases do efeito-estufa seria

aceitável muito depois de 2050.

Mas a posição de Nordhaus representa uma

aplicação equivocada de um conjunto sofisticado

de modelos à tomada de decisões sob extrema

incerteza. As conclusões de Nordhaus dependem,

decisivamente, dos pressupostos relativos aos

danos adicionais decorrentes da aceitação de

3,5°C em vez de 2°C de aquecimento global.

Para alguns tipos de impacto sobre o clima,

podem ser feitas estimativas quantitativas. Na

medida em que a Terra se aquece, o rendimento

da lavoura vai aumentar em algumas partes mais

frias do mundo e diminuir em regiões mais

quentes. Qualquer estimativa do impacto

econômico líquido está sujeito a amplas margens

de erro, e seria absurdo imaginar que os

benefícios verificados em uma região seriam

transferidos para outras que foram prejudicadas,

mas, pelo menos, a utilização de modelos pode

nos ajudar a refletir sobre a possível escala

desses efeitos.

Mas é impossível avaliar por meio de modelos

muitos dos riscos mais importantes. O

aquecimento global vai produzir mudanças

relevantes dos ciclos hidrológicos, tanto com

precipitações mais extremas quanto com secas

mais graves e mais longas. Isso terá fortes

efeitos adversos sobre a agricultura e os meios

de vida em determinadas localidades, mas os

modelos climáticos não conseguem nos dizer com

antecedência precisamente onde os efeitos

regionais serão mais severos. Os efeitos iniciais

adversos, por sua vez, poderão gerar

instabilidade política autorreforçada e tentativas

de migração em grande escala.

Fazer de conta que conseguimos calcular por

meio de modelos esses efeitos de primeira e

segunda rodadas com algum grau de precisão é

uma ilusão. Tampouco as evidências empíricas da

história da humanidade constituem qualquer

orientação proveitosa sobre como lidar com um

mundo que se aqueceu até o nível supostamente

ótimo de Nordhaus. Afinal, um aquecimento de

3,5°C acima dos níveis pré-industriais nos levaria

a temperaturas globais nunca vistas há mais de 2

milhões de anos.

Evidências empíricas da história da humanidade

não dão qualquer orientação sobre como lidar

com um mundo que se aqueceu até o nível

supostamente ótimo de Nordhaus. 3,5°C acima

dos níveis pré-industriais levaria a temperaturas

globais nunca vistas há mais de 2 milhões de

anos

Estimativas dos impactos adversos resultantes do

uso de modelos são incapazes, além disso, de

captar o risco de o aquecimento global poder ser

autorreforçado, criando um relevante risco de

ameaças catastróficas à vida humana na Terra.

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As recentes tendências de temperatura do Ártico

confirmam as previsões de modelo climático de

que o aquecimento será maior em latitudes

elevadas. Se isso produzir o derretimento de

grande escala do permafrost (a camada de terra

congelada), enormes quantidades de gás metano

capturadas serão liberadas, fazendo com que a

mudança climática se acelere.

Antes da crise financeira de 2008, muitos

economistas, entre os quais alguns laureados

com o Prêmio NobeL, acreditavam que modelos

sofisticados de "valor sob risco" (VaR) tinham

aumentado o grau de segurança do sistema

financeiro mundial. Alan Greenspan, o então

presidente do Federal Reserve, estava entre eles.

Em 2005, ele observou, de modo tranquilizador,

que "a aplicação de métodos mais sofisticados

para medir e gerenciar o risco" era um dos

"principais fatores que sustentam a maior

capacidade de absorção de choques das nossas

maiores instituições financeiras".

Mas esses modelos não forneciam absolutamente

qualquer advertência de desastre iminente. Ao

contrário, iludiam dirigentes de bancos,

presidentes de BCs e autoridades reguladoras, ao

fazê-los acreditar, perigosamente, que os riscos

poderiam ser antevistos, medidos e geridos com

precisão. Os modelos VaR não conseguiam captar

o perigo do colapso catastrófico resultante de

espirais autorreforçadas de retroalimentação

endógenas inerentes a um sistema complexo e

potencialmente frágil. O mesmo ocorre com

modelos supostamente sofisticados tidos como

capazes de discernir o nível ótimo do

aquecimento global.

Os custos econômicos de se alcançar a

neutralidade em emissão de gases do efeito-

estufa até meados do século também são

incertos. Mas podemos estimar sua ordem de

magnitude máxima com um grau muito maior de

confiança do que o que dispomos para avaliar os

custos dos efeitos adversos da mudança

climática.

Alcançar uma economia com emissão zero exigirá

um enorme aumento da utilização mundial de

energia elétrica, a partir dos 23 mil terawatts

(TW)/hora atuais para nada menos que 90 mil

TW/hora até meados do século (1 terawatt = 1

trilhão de watts). Fornecer essa quantidade com

emissão zero de gases do efeito-estufa exigirá

investimentos gigantescos, mas, como

demonstrou a Comissão de Transições

Energéticas, essa é uma meta técnica, física e

economicamente factível. Mesmo se todos esses

90 mil TW/hora forem fornecidos a partir de

recursos solares, a área total necessária seria de

apenas 1% da superfície terrestre do planeta. E,

nos leilões competitivos de energia, as

provedoras solares e eólicas já estão se

comprometendo a gerar energia elétrica a preços

próximos e, às vezes, inferiores, ao custo da

energia gerada com a queima de combustíveis

fósseis.

Considerados todos os setores econômicos, no

entanto, fica claro que o custo total de reduzir a

zero as emissões da economia mundial não pode

ultrapassar, sob quaisquer circunstâncias, 1% a

2% do PIB mundial. Na verdade, os custos reais

quase certamente serão muito mais baixos,

porque a maioria dessas estimativas ignora a

possibilidade de saltos de qualidade tecnológicos

radicais, e mantém estimativas conservadoras do

tempo e da velocidade necessárias para reduzir o

custo das principais tecnologias. Em 2010, a

Agência Internacional de Energia (AIE) projetou

queda de 70% dos custos dos equipamentos

fotovoltaicos de captação de energia solar até

2030. A redução ocorreu em 2017.

Em vez de recorrer a modelos aparentemente

sofisticados, a política pública para a mudança

climática tem de refletir a avaliação em meio à

incerteza. As tendências atuais constituem

ameaça de impactos adversos relevantes, mas

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inerentemente imprevisíveis. Limitar o

aquecimento global a níveis bem inferiores a 2°C

custará, no máximo, de 1% a 2% do PIB, e esses

custos vão se reduzir se sólidos compromissos

para com a redução das emissões

desencadearem efeitos de progressos

tecnológicos e de curva de aprendizagem. Em

vista dessas realidades, a meta de emissões zero

até 2050 é uma meta economicamente racional.

(Tradução de Rachel Warszawski)

Adair Turner, presidente da Comissão de

Transições Energéticas, foi presidente do

Departamento de Serviços Financeiros do Reino

Unido. Copyright: Project Syndicate.

https://www.valor.com.br/opiniao/6374993/perig

osa-ilusao-do-aquecimento-otimo

www.project-syndicate.org

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José de Souza Martins: Índios têm direito da

posse sobre suas terras

Por José de Souza Martins

No rol dos fatos politicamente graves que têm

ocorrido no Brasil nos últimos meses, inclui-se,

agora, o da invasão do território ancestral dos

índios waiãpi, nossos compatriotas do Amapá, e

o assassinato, pelos invasores, do seu cacique,

Emyra Waiãpi, da aldeia Waseity.

As autoridades foram avisadas, mas reagiram

mais devagar do que deveriam. Foram para

negociar com os garimpeiros, e não,

prioritariamente, para evacuá-los da casa e da

terra alheia e processá-los pelo homicídio.

Os índios haviam avisado que uma das aldeias

fora invadida e ocupada por um grupo de

garimpeiros. Mineração irregular em terra vedada

aos estranhos, seja porque patrimônio dos

índios, seja porque os indígenas estão, por lei,

sob proteção do Estado brasileiro.

Apesar dos esforços de funcionários dedicados ao

dever funcional na proteção a essas populações

frágeis, há muitas indicações de que o Estado

brasileiro está se tornando lento na proteção

constitucional às nossas populações indígenas.

Agora mesmo, em relação à situação dos waiãpi,

o presidente da República declarou que "não tem

nenhum indício forte de que esse índio foi

assassinado lá". Contemporiza. E retornou ao

teor de suas declarações de que vai

regulamentar o garimpo em terra dos índios.

Permitirá que os próprios índios se tornem

garimpeiros, isto é, brancos de uma economia

violenta e predatória.

Vai liberar as terras indígenas para a

garimpagem de não indígenas. Declarou: "Terra

indígena é como se fosse propriedade dele.

Lógico, ONGs de outros países não querem,

querem que o índio continue preso num zoológico

animal, como se fosse um ser humano pré-

histórico". E esclareceu, diz a "Folha de S. Paulo",

que a demarcação de territórios indígenas "está

inviabilizando nosso negócio. O Brasil vive de

commodities".

O presidente, porque desinformado, comete

vários erros nas simplificações que faz em suas

falas a respeito das populações indígenas. Assim

como o Brasil não é propriedade de ninguém, não

pode ser vendido nem comprado, terra indígena

não é como se fosse "propriedade deles". Não é

propriedade. É território dos índios sob domínio

do Estado brasileiro, insuscetível de sujeição ao

direito de propriedade.

É nesse sentido que os índios têm o direito da

posse útil sobre suas terras ancestrais,

reconhecido na Constituição. A concepção de

utilidade perfilhada pelo presidente e por seu

governo é a da posse meramente lucrativa. Uma

concepção antropologicamente equivocada. A

terra dos índios é para usar. A terra da

concepção do presidente e de quem pensa como

ele é para consumir. A pátria que sobrar dessa

orientação política, para todos nós, será uma

pátria gasta.

Nem tudo o que é lucrativo é útil, na perspectiva

do dispositivo constitucional da função social da

propriedade. A concepção de propriedade que o

presidente defende para os territórios indígenas

é, sociologicamente, predatória porque se opõe à

concepção indígena de uso e utilidade. Para os

índios, seus territórios são revestidos de

sacralidade, são plurifuncionais, terra de

devoção, de indústria extrativa, de agricultura,

farmácia, tudo ao mesmo tempo, mediação de

seres humanos integrais.

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O mundo indígena não é um zoológico nem na

pré-história. Essa é uma afirmação

preconceituosa. O cosmo indígena é complexo,

culturalmente muito mais rico e muito mais

significativo sobre a condição humana do que os

geometricamente corretos e antropologicamente

incorretos palácios de Brasília. Os ocupados pelos

que não enxergam nem compreendem que são

meros agentes da desumanização do povo

brasileiro, sua escravização pela conversão à

condição de coisa, medido pela equivalência do

dinheiro.

Pretendendo salvar os índios de um suposto

atraso, o governo quer forçá-los a ser

economicamente brancos e culturalmente da

brancura subalterna que a sociedade brasileira

tem proposto aos nossos nativos. Vítimas da

extorsão e do saque, como neste caso de agora,

que vitima os waiãpi. O antropólogo Darcy

Ribeiro (1922-1997), pesquisador e autor de

obras referenciais sobre as populações indígenas

brasileiras, constatou e disse que o branco do

contato com os índios do país é o pior tipo de

gente porque destituída da humanidade que nos

diferencia dos animais selvagens.

A antropóloga Aracy Lopes da Silva, estudiosa da

nação xavante, em cuja aldeia viveu e cuja

língua falava, constatou que os índios tiveram

dificuldades para classificar os brancos que

disseminaram entre eles doenças contagiosas e

mortais. Deram-lhes roupas propositalmente

contaminadas com varíola, desencadeando

numerosas mortes. Eram gente ou eram bichos?

Acabaram concluindo que os brancos não são

humanos e os situaram entre as onças, o animal

que mata por matar.

José de Souza Martins é sociólogo. Pesquisador

Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista

de Letras. Entre outros livros, autor de “Moleque

de Fábrica” (Ateliê Editorial).

https://www.valor.com.br/cultura/6374127/jose-

de-souza-martins-indios-tem-direito-da-posse-

sobre-suas-terras

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