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A REPÚBLICA É UMA MULHER (Concerto de encerramento das Festas de Lisboa) | HOMENAGEM A GERMANA TÂNGER (no Festival ao Largo) | 27º FESTIVAL DE ALMADA | PORTUGAL ARTE 2010 | PALÁCIO DA BEMPOSTA (visita)

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12 a

18 de

JULH

O`10

/ n.

º 169

Editorial / Pág. 3

Teatro / Homenagem a Germana Tânger / Pág. 6

Em Agenda / Pág. 12

Centenário da República / Pág. 13

Festivais / 27º Festival de Teatro de Almada / Pág.10

Curtas / Pág. 11

Em destaque / A República é uma Mulher / Pág. 4

Exposições / Portugal Arte 2010 / Pág. 8

Itinerários Temáticos de Lisboa / Visita ao Palácio da Bemposta / Pág.10

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LISBOA CULTURAL

Ficha técnica

Edição: Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CMLEditor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Capa e Paginação: Rute Figueira Contactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

Editorial

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Porque nem só de figuras masculinas se fez a história da I República, o concerto de encerramento da Festas de Lisboa vai ser, neste ano em que se comemoram os 100 anos da implantação do regime republicano, a evocação de quatro mulheres que, com o seu percurso de vida, simbolizaram os mais elevados valores da República. Detentoras de uma visão avançada e progressista da sociedade, republicanas convictas e incansáveis lutadoras por direitos tão fundamentais como o da igualdade de género, Carolina Beatriz Ângelo, Ana de Castro Osório, Maria Veleda e Adelaide Cabete marcaram uma época e o seu legado justifica plenamente a homenagem que Lisboa lhes consagra.

Médica, activista republicana e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, Carolina Beatriz Ângelo (1871-1911) foi a primeira mulher portuguesa a votar, nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1911, quando alegou, perante as autoridades, o papel de “chefe de família”, resultante da sua condição de viúva e mãe, para exercer um direito, até então, apenas reservado a cidadãos masculinos.

Ana de Castro Osório (1872-1935) foi uma das fundadoras da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (LRMP) e precursora da literatura infantil em Portugal. Escreveu, em 1905, Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista português, onde se defende que a educação “é o passo definitivo para a libertação feminina”.

Também escritora e fundadora da LRMP, Maria Veleda (1871-1955) é um símbolo permanente de coragem na luta por princípios e causas. Perseguida por alguns sectores católicos e monárquicos nos últimos anos da monarquia, com o dealbar do novo regime criticou duramente os sucessivos governos republicanos que, no seu entender, foram traindo sistematicamente os ideais mais nobres da República.

Por fim, Adelaide Cabete (1867-1935), médica e feminista, presidente durante mais de 20 anos do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Foi uma defensora acérrima dos direitos das mulheres grávidas e a única mulher que votou a Constituição de 1933, que instituiu o Estado Novo e ao qual se opôs nos últimos anos da sua vida.

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PAG. 4NEWSLETTER

Em DestaqueLISBOA CULTURAL

Porque, A República é uma Mulher, no ano em que se assinala o centenário

da República, seria inevitável homenagear esta “figura” feminina. Assim, e para fechar o programa das Festas de Lisboa com chave de ouro, três vozes femininas da lusofonia sobem ao palco para evocar quatro figuras históricas que simbolizam os valores da República: a médica Carolina Beatriz Ângelo, as escritoras Ana de Castro Osório e Maria Veleda e a médica e professora Adelaide Cabete. À portuguesa Carminho, à cabo-verdiana Lura e à brasileira Mart’nália juntar-se-á Carlos do Carmo, para uma participação especial no concerto que terá lugar a 15 de Julho, pelas 22h, na Alameda D. Afonso Henriques.

Carminho, de 25 anos, é uma das mais recentes revelações do fado. Filha da fadista Teresa Siqueira e de Nuno Rebelo de Andrade, desde cedo conviveu com o fado – os pais organizavam tertúlias de fado e em casa ouvia-se recorrentemente Lucília do Carmo, Fernando Maurício e Amália Rodrigues, entre tantos outros -, tendo-se estreado com apenas 12 anos, no Coliseu dos Recreios. Desde aí começou a cantar regularmente na Taverna do Embuçado, em Alfama, onde teve como mestres a mãe, Beatriz da Conceição, Fernanda Maria ou Alcindo Carvalho. Licenciada em Marketing e Publicidade, a fadista, cujo primeiro trabalho se chama simplesmente Fado, revela uma admiração profunda por Carlos do Carmo, com quem irá partilhar o palco neste concerto.

No próximo dia 15 de Julho, Carminho, Lura e Mart’nália juntam-se em palco para homenagear a República e as mulheres que lutaram por uma sociedade mais justa, livre e igualitária. O concerto de encerramento das Festas de Lisboa, na Alameda D. Afonso Henriques, contará ainda com a participação de Carlos do Carmo.

ConCerto de enCerramento das Festas de Lisboa

a repúbLiCa é uma muLher

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PAG. 5Em Destaque

Lounge | Cinema São Jorge16 Julho | 23h30 | Zig Zag Warriors (Miguel Quintão e Zé Pedro)

CineconchasAo longo de Julho, às quintas, sextas e sábados, a partir das 21h45, pode assistir a cinema ao ar livre no Parque das Conchas.15 Julho | Volver, de Pedro Almodóvar16 Julho | Invictus, de Clint Eastwood17 Julho | New York, I Love You, de Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Joshua Marston, Mira Nair, Brett Ratner, Randall Balsmeyer, Shekhar Kapur e Natalie Portman

Festival de Monólogos Cabeças Falantes | Clube Estefânia12 a 18 Julho | Carta com Resposta

Mais informações em:www.festasdelisboa.com

PROGRAMA DA SEMANA

Nascida num bairro crioulo de Lisboa, Lura assume-se como “cantora para o resto da vida”. Influenciada pelos ritmos de Cabo Verde, pela pop portuguesa, pelo jazz e pela música africana em geral, a cantora viu a sua carreira ganhar fôlego em 1996, altura em que gravou o primeiro álbum, intitulado Nha Vida. Esse trabalho valeu-lhe o convite para participar no projecto discográfico Red Hot + Lisbon, do qual fazem parte grandes nomes da música lusófona. Em 1998, acompanhou Cesária Évora em duas ocasiões memoráveis: no decorrer da Expo’98, foi Lura quem abriu o espectáculo daquela que é considerada o nome maior da música cabo-verdiana; e, em Paris, integrou o projecto Cesária & Friends. Detentora de uma carreira que considera “uma surpresa constante”, o mais recente trabalho da cantora, Eclipse, foi gravado entre Bruxelas, Lisboa,

Paris, Nápoles e Praia, sendo considerado pela crítica o seu melhor álbum até à data.

Filha de Martinho da Vila, a brasileira Mart’nália completa o trio. Para a descrever, nada melhor que as palavras do pai “babado”, como se denomina. “Mart’nália é invenção minha. É uma mistura de Martinho, eu, com Anália, sua mãe, que já viajou para um lugar melhor, creio. Dá a impressão de ser uma pessoa desligada, mas está sintonizada em tudo o que acontece, principalmente no mundo da música e, como todos os grandes artistas, é sonhadora. A ‘sonora Mart’nália’, como algumas pessoas se referem a ela, é musicista, cantora e compositora e está entre as artistas mais completas que eu conheço”. O mais recente trabalho da compositora intitula--se Madrugada e foi lançado em 2008. SF

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PAG. 6Teatro

Completou 90 anos no passado mês de Janeiro, mais

precisamente a dia 16. Eternamente apaixonada pelo teatro e pela poesia, Germana Tânger, uma lisboeta de gema a quem a palavra dita levou mundo fora, divulgou o legado dos maiores poetas portugueses, de Camões a Pessoa, passando por Antero, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca, Camilo Pessanha ou José Régio. No teatro, ela que confessou um dia ter sonhado ser actriz, encenou a Medeia de Eurípedes e Nome de Guerra: Judite do amigo Almada Negreiros.

Foi precisamente Almada que, em meados de 1948, desafiou Germana Tânger a dizer uns versos porque lhe constara haver ali talento para diseuse. Germana terá recitado O Corvo de Poe, traduzido por Pessoa, e assim se iniciou uma carreira de declamadora. Para além dos recitais, Germana foi durante mais de duas décadas docente de Dicção no Conservatório, tendo pelas suas classes passado nomes como os de Alexandra Lencastre, Margarida Marinho, Ana Támen, João Lagarto, João Grosso e Vitor de Sousa.

No Teatro da Trindade, a 29 de Novembro de 1999, 40 anos depois de ter dito na íntegra a Ode Marítima de Álvaro de Campos nesse mesmo palco, Maria Germana Tânger despediu-se dos palcos. Na próxima quinta-feira, pelas 22h, a cidade presta-lhe a homenagem devida com um espectáculo e a atribuição da Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro. FB

Homenagem a

Toda uma vida dedicada à palavra dita. Assim se poderia resumir o percurso de Germana Tânger. Dia 15 de Julho, no âmbito do Festival ao Largo, Lisboa presta-lhe a merecida homenagem.

Uma Noite para Germana

Com concepção de João Grosso, Rui Alexandre e Sara Oliveira, a Noite Germana Tânger vai proporcionar ao público do Festival ao Largo um espectáculo multimédia onde a poesia, a imagem e a voz da homenageada vão assumir todo o protagonismo. Em palco vão estar João Grosso, a Camerata Vianna da Motta (dirigida por Irene Lima), o Coro Jovens Vozes de Lisboa e a própria Germana Tânger.

GERMANA TÂNGER

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PAG. 7Exposições

Organizada pela Associação Portugal Artes, com o patrocínio da EDP Renováveis,

a Portugal Arte 2010 é uma mostra internacional de arte contemporânea que vai expor trabalhos de artistas consagrados (estão confirmadas as presenças de Chris Burden, Sterling Ruby e os Faile) e de jovens artistas, nacionais e internacionais, nas ruas e praças dos concelhos envolvidos.

Em Lisboa as peças vão estar expostas ao longo de um trajecto pedonal, entre o Príncipe Real e

o Chiado, Restauradores, Rossio, Baixa, Alfama e Graça, a que se juntam o Pavilhão de Portugal e o CCB. Ideias e conceitos expressos através da arte pública dão a conhecer a um público diversificado o que de melhor se faz na arte contemporânea. O objectivo é perspectivar social e geograficamente o ambiente urbano, desafiando convenções e noções de familiaridade, promovendo o debate em torno das novas manifestações artísticas.

No âmbito da Bienal vai ser lançado o Prémio Internacional de Arte Pública, dirigido a artistas nacionais

e estrangeiros. Esta iniciativa vai dotar as instalações da EDP com obras de arte de dimensão pública, produzidas em Portugal e com materiais portugueses. SS

www.portugalarte.org

1ª EDIçãO DA BIENAL INTERNACIONAL

DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Mais de 100 artistas internacionais invadem as ruas de Lisboa, Grândola, Portimão e Vila Real de Santo António. Em simultâneo, um comité de curadores internacionais apresenta programação adicional, com oito plataformas expositivas de temáticas relevantes para a discussão da contemporaneidade, em instituições e edifícios históricos nacionais. De 16 de Julho a 15 de Agosto, por toda a Lisboa, em praças, passeios e espaços históricos, a arte vai marcar presença.

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PAG. 8Festivais

“Um dos melhores teatros europeus, hoje um dos mais activos centros da relação de Portugal com o mundo cultural internacional”. Assim se refere Joaquim Benite, director da Companhia de Teatro de Almada e do Festival de Almada, ao grande acontecimento artístico e cultural que, desde há 27 anos para cá, traz à cidade de Almada e, mais recentemente, também à capital, um pouco do melhor que se produz no mundo em matéria de teatro.

Nesta edição apresentam-se 30 produções distribuídas por 16 espaços, e até o Porto, com o Teatro Nacional de São João, se associa. A juntar aos palcos da margem sul (o Teatro Municipal de Almada, o Incrível Almadense, o Fórum Romeu Correia e a Escola D. António da Costa), o festival estende-se uma

vez mais a Lisboa onde, para além dos “repetentes” CCB, Maria Matos Teatro Municipal, Instituto Franco--Português e Teatro do Bairro Alto, se juntam agora o São Luiz Teatro Municipal, a Culturgest, o Teatro Nacional D. Maria II e a Casa da América Latina.

Nesta última semana do Festival de Almada destaca-se, em Lisboa, a 17 e 18 de Julho, na Sala Garrett do D. Maria, Yourcenar/Cavafy, uma produção da companhia parisiense Les Visiteurs du Soir, interpretada pela célebre actriz inglesa Charlotte Rampling. Na produção nacional, Dança da Morte, uma co-produção do Teatro da Cornucópia com os espanhóis da Nao D´Amores (12 e 13, no Teatro do Bairro Alto) e Fala da Criada dos Noailles que no fim de contas vamos descobrir chamar-

-se também Séverine numa noite do inverno de 1975 em Hyères, com autoria e encenação de Jorge Silva Melo, numa produção dos Artistas Unidos (16, 17 e 18, na Culturgest) apresentam-se em estreia absoluta. Para além do teatro, o festival reserva ainda o espectáculo Aldina Duarte por Olga Roriz, concebido pela coreógrafa em torno da recriação musical de 12 temas da fadista (no São Luiz, a 16 e 17 de Julho) e, do outro lado do rio, na Escola D. António da Costa, uma exposição documental evocativa da actriz Maria Barroso (n. 1925), grande figura do teatro homenageada neste 27º Festival de Almada. FB

Consulte toda a programação em www.ctalmada.pt/festivais/2010/

Por estes dias, Lisboa e Almada unem-se como se não existisse Tejo a separar as duas cidades e partilham, até 18 de Julho, uma grande festa de teatro. A 27ª edição do Festival de Teatro de Almada consolida o êxito de um acontecimento artístico único que este ano volta a crescer e a afirmar-se como um evento de dimensão nacional.

em Lisboa

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PAG. 9Itinerários Temáticos de Lisboa

PALáCIO da BEMPOSTA a

PENTE FINO

D. Catarina de Bragança é a protagonista da história por detrás do Palácio da Bemposta. No âmbito das Visitas Comentadas, da Divisão de Programação e Divulgação Cultural de Lisboa – Direcção Municipal de Cultura, da Câmara Municipal de Lisboa, fomos conhecer esta história, contada pelo Coronel Lourenço.

Depois de ter ficado viúva em 1685, D. Catarina de Bragança, filha d´El Rei D. João IV, regressa a Portugal vinda de Inglaterra, tendo errado pelos Palácios de Alcântara, Condes de Redondo, Condes de Soure e Condes de Aveiras. Com estas sucessivas “mudanças” em busca de um lar, percebe-se que D. Catarina não se sentiu bem em nenhum destes locais. Consta que, certo dia, visitou o Campo da Bemposta onde existia um conjunto de casas nobres e

outras mais modestas, uma horta e uma quinta de grandes dimensões, que desde logo decidiu adquirir. Neste local mandou erigir o que hoje conhecemos como Palácio da Bemposta, ou Paço da Rainha.

A data exacta do início da sua construção não é conhecida, no entanto, crê-se que não foi antes de 10 de Junho de 1701. De igual forma, não é conhecida a data em que D. Catarina – que introduziu o hábito do chá das cinco – se instalou no Palácio, suspeitando-se que tenha sido antes de 1704, pois em Abril desse mesmo ano recebeu a visita do Arquiduque Carlos de Áustria, pretendente ao trono de Espanha.

E é assim que começa a história do Palácio da Bemposta, onde actualmente se encontra a Academia Militar. No edifício, podemos ainda

ver o Salão do Conselho Académico, cujas paredes estão decoradas com retratos a óleo de todos os comandantes, desde a fundação da Escola do Exército até à actualidade; a biblioteca composta por cerca de 150 mil volumes, com obras desde o séc. XVI; o Salão Nobre, onde se encontram, entre outros, objectos que pertenceram ao Marquês de Sá da Bandeira; o Núcleo Museológico, que integra, essencialmente, armamento ligeiro; e a Capela-Mor.

Para saber ainda mais sobre esta Visita, espreite o blogue dos Itinerários Temáticos de Lisboa em http://itematicoslisboa.blogspot.com. SF

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PAG. 10

Cenógrafa Cristina Reis recebe Prémio Gulbenkian de Arte

A cenógrafa e figurinista, Cristina Reis, foi distinguida com o Prémio Gulbenkian de Arte 2010, no valor de 50 mil euros. O júri, composto por João Marques Pinto, José Gil, Raquel Henriques da Silva, Salwa Castelo-Branco e Jorge Silva Melo, destacou a “excepcional capacidade de invenção” de Cristina Reis, que, numa carreira com 35 anos, tem trabalhado sobretudo com o Teatro da Cornucópia.

Lisboa na Rua / Com’Out Lisbon

Em 2010, na sua segunda edição, Lisboa na Rua / Com’Out Lisbon realiza-se entre 12 de Agosto e 14 de Setembro. Com uma programação onde todos os géneros artísticos se apresentam na rua: os Clássicos na Rua, Big Bands e Fitas na Rua são as propostas deste programa de Verão que, anualmente, ocupa diversos jardins, miradouros, coretos, praças e ruas de Lisboa.

Divas na abertura do Festival dos Oceanos

O Festival dos Oceanos abre este ano ao Som de Divas, num espectáculo que tem como cabeças de cartaz a norte-americana Lauryn Hill e a londrina Estelle. Na Praça do Comércio, no dia 31 de Julho, pelas 21h, a soul, o rap, o reggae, o R&B e o hip-hop vão dominar a noite. Antes, no mesmo palco, actuam os portugueses SEDA que celebram os Oceanos revisitando temas das décadas de 80 e 90, como Chuva Dissolvente (Xutos & Pontapés) ou Cairo (Taxi).

Curtas

As cinzas de Saramago

Em frente à sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, será erguido um memorial, com as cinzas do laureado com o Prémio Nobel da Literatura. O memorial integrará uma oliveira proveniente da terra natal de José Saramago (Azinhaga do Ribatejo) e uma pedra de Pêro Pinheiro – a mesma origem da matéria-prima com que foi construído o Convento de Mafra – onde serão gravadas as palavras escritas no epílogo de Memorial do Convento: “Mas não subiu às estrelas, se à terra pertencia”.

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ExPOSIçõES

- 7:00 PM Deadly Sins | GAU - Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa | Largo da Oliveirinha à Calçada da Glória, Bairro Alto http://gau-lisboa.blogspot.com

- Pequenos Pessoas | Até 16 de Julho Casa Fernando Pessoa http://mundopessoa.blogs.sapo.pt

- Casabsoluta | Até 17 de Julho Arquivo Municipal de Lisboa | Arquivo Fotográfico / Sala de Leitura | Rua da Palma, 246 | 21 886 23 32

- No Giro das Areias, de João Duque Até 30 de Julho | Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella | Estrada de Benfica, 419 21 771 23 10

- Bordalo Artes Decorativas: Mobiliário e Interiores | Até 15 de Agosto | Galeria de Exposições Temporárias do Museu Bordalo Pinheiro | Campo Grande, 382 21 817 06 67

- A Filosofia do Dinheiro | Até 5 de Setembro | Pavilhão Branco do Museu da Cidade | Campo Grande, 245 www.museudacidade.pt

- A Perspectiva de Lisboa através do bilhete-postal antigo | Até 6 de Setembro | GEO - Gabinete de Estudos Olisiponenses

- Estamos no Mesmo Sítio 1970-2010, de Alfredo Cunha | Até 8 de Setembro | Arquivo Municipal de Lisboa - Núcleo Fotográfico | Rua da Palma, 246 21 884 40 60

- Lisboa à beira Tejo | Até 30 de Setembro | Padrão dos Descobrimentos www.padraodescobrimentos.egeac.pt

- O Jogo da Política Moderna! | Até 26 de Setembro | Galeria de Exposições dos Paços do Concelho | 21 323 62 00

PAG. 11Em Agenda

.:ExPOSIçõES:.

Exposição de Finalistas de Pintura da Faculdade de Belas-Artes 2008/2009

A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, inaugura no próximo dia 13 de Julho de 2010, pelas 21h, a exposição de Finalistas de Pintura na Galeria Palácio Galveias. Um balanço final dos alunos, na sequência da aplicação dos conteúdos programáticos na fase final da sua formação escolar, no necessário confronto entre colegas, professores e público. Até 22 de Agosto.

.:OUTROS EVENTOS:.

The Angola Project no Teatro Maria Matos

O Maria Matos Teatro Municipal apresenta a 16 de Julho, às 21h30, The Angola Project, de Jeremy xido (membro do colectivo de artistas Cabula6). Este actor, realizador e bailarino apresentará o guião que está a finalizar para um road movie que começa em Lisboa, passa por Benguela e acaba na cidade de Kuito. Uma investigação sobre as mudanças num mundo onde europeus são negros, chineses ou africanos e onde surgem identidades híbridas inesperadas, tão características deste início de século. Preço único: 5€.

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PAG. 12Em Agenda

CICLOS E CONFERÊNCIAS

- República Mês a Mês | Separação da Igreja e do Estado, por David Luna de Carvalho | 15 de Julho | 18h | Paços do Concelho entrada livre

MúSICA

- Hanne Hukkelberg | 14 de Julho | 22h | Maria Matos Teatro Municipal | www.teatromariamatos.pt

TEATRO

- O Burguês Fidalgo, de Molière | Até 25 de Julho | terça a domingo | 20h | Jardins do Palácio do Beau Séjour, Estrada de Benfica, 368 | Informações e reservas: 21 774 08 92 / 96 188 04 01 / 91 973 26 93

- Caça ao Cómico | apresentação de Rui Unas | 16 e 17 de Julho 23h30 | Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal

- Notações para Aristófanes e Kleist | pelos alunos finalistas da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema | 16 a 19 de Julho | 21h30 | Teatro Taborda

.:MúSICA:.

Noite Verdi no Festival ao Largo

O Festival ao Largo realiza-se até ao dia 27 de Julho no Chiado, em frente ao Teatro Nacional de São Carlos. Nos dias 17 e 18 de Julho, às 22h, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos apresentam a Noite Verdi, com excertos de La forza del destino, Un ballo in maschera, Otello, La Traviata, Macbeth, Aída, Don Carlo e Nabucco. Os intérpretes serão Chelsey Schill, soprano; Musa Nkuna, tenor; Bruno Caproni, barítono, com a direcção musical de Julia Jones.Entrada livre. www.festivalaolargo.com

OutJazz 2010

Na sua quarta edição, o Festival OutJazz continua, de forma gratuita, a proporcionar uma atmosfera única de encontro do jazz com os jardins da cidade. Em Julho, temos música no relvado central do Parque Eduardo VII com Júlio Resende Quarteto e o DJ Mike Stellar (18 Julho) e os Groove 4Tet e a DJ Isilda Sanches (25 Julho), das 17h até ao pôr-do-sol.

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PAG. 13Centenário da República

Paços do Concelho O Jogo da Política Moderna! Até 26 de Setembro Galeria de Exposições dos Paços do Concelho

“Os Humoristas de Lisboa na I República”Roteiro Patrimonial4.ªs feiras: 10h30 e 15hMarcações: 213 246 290

“Vem conhecer o Desenho Humorístico e a Caricatura na I República (1910-1926)”Atelier para escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos3.ªs feiras: 10h30 e 15hMarcações: 213 246 290

Escolas de LisboaRuas da República: a Brincar e a Aprender...Atelier, caderno de jogos e vídeoAlunos do 1º cicloMarcações: 21 798 94 66

Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional Avenida da Índia21 364 29 09Viva a República! - 1910-2010Exposição | Abr a OutInfo: 21 340 55 00Comissão Nacional para as Co-memorações do Centenário da República (CNCCR)

Museu da CidadeCampo Grande 24521 751 32 00Centenário da República - 1910/2010ExposiçãoEra uma vez... a RepúblicaVisita orientada com animação Ensino pré-escolarAconteceu na RepúblicaVisita orientada e atelierAlunos do 3.º Ciclo | Até 31 Dez

Museu Rafael Bordalo PinheiroCampo Grande 38221 751 32 15

Zé Povinho e a RepúblicaVisita orientada e atelierAlunos do 1.º CicloBordalo e a RepúblicaVisita orientada Até 31 Dez Info: 21 817 06 67

Palácio Valadares Largo do Carmo, 32, Chiado21 099 39 13Educar. Educação para Todos. Ensino na I RepúblicaExposição | Até OutInfo: 21 340 55 00 (CNCCR)

Terreiro do PaçoTorreão Poente Viajar. Viajantes e Turistas à Des-coberta de Portugal no Tempo da I RepúblicaExposição | Até OutTorreão NascenteCorpo - Estado, Medicina e Socie-dade no Tempo da I RepúblicaExposiçãoInfo: 21 340 55 00 (CNCCR)

Actividades ParalelasLisboa RepublicanaRoteiros Patrimoniais PedonaisDa Conspiração ao 5 de Outubro de 1910Associativismo, Educação e Ha-bitaçãoQuotidiano & MemóriaArte Pública3.ªs feiras: 10h30 e 15hMarcações: 213 246 290

TejoRegata Oceânica “Manuel Arria-ga” (Lisboa - Açores)A Federação Portuguesa de Vela promove a Regata Oceânica “Ma-nuel de Arriaga”, realizada em memória de Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da Repúbli-ca, natural dos Açores, da cidade da Horta. Com a participação de 40 barcos e 200 velejadores, sairá do Estuário do Tejo a 18 de Julho, com chegada prevista aos Açores a 23 de Julho.

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