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QUARTA-FEIRA 26 MARÇO 2014 www.imobiliario.publico.pt
VIDA IMOBILIÁRIA | PROMEVI
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Lisboa, Porto, Braga, Oeiras e Guimarães distinguidas no Prémio Nacional de Reabilitação Os vencedores do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2014 foramanunciados na passada quinta-feira, em Lisboa. Esta cidade, o Porto, Braga, Oeiras e Guimarães acolhem os projetos distinguidos na edição de 2014. p08/09
Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
Privados já investiram 630 milhões em reabilitação urbana em LisboaA estimativa foi avançada por Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana, durante a Semana da Reabilitação Urbana. p11
Pátio da Galé reuniu o melhor que se faz em reabilitação em PortugalDe 19 a 21 de março, o emblemático Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, acolheu a maior mostra de produtos e serviços focados na reabilitação urbana, reunindo num só espaço o melhor que o nosso país oferece neste campo. p04
SUPLEMENTO COMERCIAL
JORNAL OFICIAL DA:
GRANDES OPORTUNIDADESGRANDES NEGÓCIOS
PORT
UGAL
EMPREENDIMENTOSEM DESTAQUE
02 Opinião IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
Reabilitação Urbana – Do mito à realidade
Imobiliário português também é atrativo para muitos europeus
Dificilmente encontramos em Portugal uma tão
grande sintonia de opiniões relativamente
ao papel que a reabilitação urbana pode desempenhar no futuro do setor
imobiliário
Difi cilmente encontra-
mos em Portugal uma
tão grande sintonia de
opiniões relativamente
ao papel que a reabili-
tação urbana pode desempenhar
no futuro do sector imobiliário.
Poder central e poder local, sec-
tor público e setor privado, a classe
política, da esquerda à direita, todos
elegem a reabilitação urbana como
uma prioridade de atuação, quer se-
ja pela necessidade de apoio ao setor
do imobiliário e da construção, quer
seja por imperativos de racionalida-
de económica, de sustentabilidade,
de melhoria da qualidade de vida e
de preservação do nosso património
cultural e urbano.
Sucede que, contrariamente às
outras poucas “unanimidades” que
a nossa classe política tem consegui-
do estabelecer, no caso concreto da
reabilitação urbana têm sido dados
passos importantes, quer do ponto
de vista do enquadramento jurídi-
co, quer do ponto de vista fi scal,
passos esses que importa relevar e
valorizar, na medida em que repre-
sentam efetivos avanços na direção
de uma nova estratégia de desenvol-
vimento do mer-
cado imobiliário,
mais sustentável,
económica e am-
bientalmente, e
principalmente
mais “possível”
no atual contexto.
Esta temática
foi já objeto de
alterações subs-
tantivas em mo-
mentos anterio-
res, mormente
as alterações do
regime jurídico
da reabilitação
urbana de 2004 e de 2009 e o re-
gime jurídico das obras em prédios
arrendados de 2006. No entanto, es-
tas iniciativas fi caram sempre muito
aquém dos resultados pretendidos.
Entendemos que a alteração do
regime jurídico da reabilitação ur-
bana, que lhe conferiu operacio-
O nosso imobiliário é
um bom destino pa-
ra investimentos se-
guros e o nosso país
está a ser crescente-
mente conhecido e reconhecido
entre aqueles que oferecem uma
elevada qualidade de vida a preços
muito competitivos e com regimes
fi scais para cidadãos estrangeiros
igualmente atrativos especialmen-
te quando comparados com os pra-
ticados noutros países.
Segundo um estudo com pouco
mais de dois anos, o preço do metro
quadrado construído no centro de
Lisboa rondava os 2200 euros, seis
vezes menos do que o preço do me-
tro quadrado construído em Paris
que era, então, de 13 300 euros, nú-
meros redondos, ostentando o preço
português do metro quadrado cons-
truído um dos melhores binómios
preço qualidade da Europa
Sem qualquer sombra de bolha
imobiliária há muitos anos, o imo-
biliário português é também poten-
cialmente uma oportunidade de ne-
gócios para quem quer investir em
segurança, nomeadamente para os
investimentos que a crise nos mer-
cados fi nanceiros deixou órfãos. E
Portugal é um belo país para pas-
sar férias, para viver a última fase
da vida e até para dirigir negócios
à distância.
Portugal é hoje um país muito di-
ferente daquele “lugar típico e po-
bre” como outrora nos deixávamos
apresentar, sendo um país moder-
no que não perdeu as suas raízes
no processo de modernização, um
processo que se manifesta em múlti-
plos aspectos incluindo na utilização
generalizada das tecnologias de in-
formação que também marcam a di-
ferença dos lugares onde vivemos.
Somos, não me canso de dizer, um
destino europeu de férias acolhedor
e seguro, que oferece um conjunto
de resorts e condomínios fechados
de qualidade, num território onde
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nalidade; o novo regime do arren-
damento urbano, que é o primei-
ro avanço efetivo e corajoso nesta
delicada área desde há décadas; e,
fi nalmente, o quadro de incentivos
fi scais que tem vindo a ser criado,
constituem um tripé que abre novas
perspetivas ao setor.
O que este enquadramento está
já a permitir é que uma nova va-
ga de atores entrem ou voltem ao
mercado. Falamos dos pequenos in-
vestidores privados que em tempos
encontraram alternativas de inves-
timento nos mercados fi nanceiros
(cuja perceção de segurança mudou
radicalmente e hoje propõem ren-
tabilidades bem mais reduzidas),
e que agora voltam a olhar para o
imobiliário com uma visão pruden-
te mas sustentada de preservação e
criação de valor.
No atual contexto, os atores tradi-
cionais do mercado estão igualmen-
te obrigados, por forças das circuns-
tâncias, a repensar a sua atividade, a
repensar os seus projetos e o futuro
dos imóveis que têm em carteira e a
repensar as suas estruturas.
Este ambiente de mudança, muito
motivado, diga-se, pela impossibili-
dade do mercado continuar a ope-
rar nos anteriores moldes baseado
em fi nanciamento barato e numa
procura que se entendia ser prati-
camente inesgotável, é terra fértil
para a reabilitação urbana, que as-
sim aparece como uma verdadeira
terra de oportunidade, assente que
está a sua atividade nos famosos 3
”P’s - Pouco, Pequeno, mas Possí-
vel”, dando novo alcance à máxima
- devagar se vai (ao) longe.
É neste contexto que a Semana da
Reabilitação Urbana, atualmente a
decorrer em Lisboa, se reveste de
uma importância cada vez mais atu-
al para o incremento da vitalidade
das cidades Portuguesas. Depois de
termos andado vários anos a pregar
sobre o que se julgava ser um mito,
é agora por demais evidente que a
reabilitação urbana começa a ser
uma realidade.
Diretor Geral da CBRE
a segurança e o respeito pelos es-
trangeiros é total, a par de um imo-
biliário turístico residencial também
de qualidade, que pelos bons preços
não especulativos se assume como
um bom refúgio para o investimento
seguro.
Estamos, no nosso território con-
tinental, a duas horas da França com
30 voos diários, de uma França cuja
política fi scal agressiva contra as clas-
ses média e média alta está a gerar
êxodos que podemos aproveitar, co-
mo já o fi zemos quando aprovamos
regimes fi scais especiais, com isen-
ções, para os rendimentos dos es-
trangeiros obtidos no estrangeiro.
Não é pois de admirar que alguns
dos mais importantes empresários
do sector imobiliário estejam a focar-
se no nosso mercado imobiliário ten-
do em vista a procura crescente que
alguns grupos de franceses com po-
der de compra estão a protagonizar
quando equacionam mudanças sig-
nifi cativas a muitos títulos altamente
favoráveis.
Portugal oferece mais qualidade
de vida e em regra por menos dinhei-
ro e com exigências menores. Isto faz
toda a diferença e não apenas para
públicos alvo de Economias emer-
gentes, de que se destacam o Brasil e
a China. Isto também faz a diferença
em França, na Holanda ou na Suíça
para citar apenas três dos países com
cidadãos que manifestam grande in-
teresse em vir viver entre nós bene-
fi ciando dos incentivos fi scais para
Residentes Não Habituais.
Mais uma frente do esforço que
o imobiliário português assume a
promover a internacionalização do
sector e a contribuir para a solução
dos problemas do país.
Presidente da APEMIP e Presidente da CIMLOPConfederação da Construção e do Imobiliário de Língua Ofi cial [email protected]
Francisco Horta e Costa
Luís Lima
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Atualidade 03
As contas foram feitas pela Cushman
& Wakefi eld (C&W) no seu Guia de
Investimento Imobiliário em Portu-
gal, desenvolvido em parceria com a
fi rma de advogados Uría Menéndez-
Proença de Carvalho, e apresenta-
do na passada quarta-feira durante
a Semana da Reabilitação Urbana
Lisboa 2014.
De acordo com o documento, des-
de a adesão de Portugal ao Euro em
1999, foram investidos em Portugal
4.200 milhões de euros de capital
estrangeiro na compra de imóveis,
num total de 150 ativos adquiridos. A
Alemanha, o Reino Unido, a Holanda
e os Estados Unidos, além da França
e da Espanha, foram os principais
investidores estrangeiros em imobi-
Ana Tavares
Estrangeiros compraram 4,2 mil milhões de imóveis nos últimos 15 anosAlemanha, Reino Unido, Holanda e Estados Unidos foram os principais mercados de origem deste investimento no nosso país. Afastados nos últimos anos, os investidores internacionais voltaram ao mercado nacional em 2013
liário português na última década
e meia, sendo o retalho o principal
alvo, com os centros comerciais de
grande e média dimensão a desta-
carem-se, além dos edifícios de es-
critórios de maior volume de inves-
timento, nomeadamente acima de
20 milhões de euros.
A consultora explica que Portugal
esteve nos últimos 15 anos “muito
presente nas intenções de investi-
mento de alguns dos mais impor-
tantes investidores internacionais”,
que procuravam “diversifi cação do
risco e retornos superiores aos dos
mercados mais maduros, num país
que oferece segurança, transparên-
cia e menos concorrência”. De facto,
o investimento estrangeiro em imo-
biliário português só não foi superior
devido à reduzida dimensão do mer-
devido “às dramáticas alterações no
cenário económico que afetaram a
Europa e em particular Portugal”,
refere o relatório.
O cenário começou contudo a mu-
dar no último ano, com o regresso
do capital estrangeiro ao imobiliário
nacional, um mercado que registou
transações de 322 milhões de euros,
mais que triplicando o volume nego-
ciado em 2012.
”É gratifi cante ver que desde há
6 meses para cá, há mais interesse,
mais capital disponível das fontes
tradicionais mas também dos mais
oportunísticos, com bolsos mais
fundos e requisitos mais exigentes”,
sublinhou Eric van Leuven, dando
ainda nota de que o dinamismo é
também notado nos investidores
nacionais.
DR
Já este ano, o FII alemão DEKA comprou o edifício de escritórios Báltico por €43 milhões
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cado, que “por vezes, não foi capaz
de oferecer produto sufi ciente em
volume de investimento, qualidade e
dimensão para satisfazer toda a pro-
cura que então se registava”.
Mas nos últimos cinco anos, os in-
vestidores estrangeiros afastaram-
se de Portugal, sobretudo devido à
crise económica e à imagem do país
no panorama internacional. Con-
forme explicava Eric van Leuven,
Managing Partner da C&W durante
a apresentação do estudo, “Portugal
foi, até 2007, um destino preferido
para muitos investidores de vários
países, pelas rentabilidades mais ele-
vadas que noutros países europeus, e
riscos relativamente reduzidos. Tudo
mudou depois de 2008”, afastando o
interesse dos investidores estrangei-
ros do mercado nacional, sobretudo
O crescimento começa nas cidades
Candidate o seu projeto de investimento a condições favoráveis de financiamento:
Maturidade até 18 anosTAN média das últimas operações: 2,39%*
Mais informações em: www.fundojessicaportugal.org
Fundo JESSICA Portugal 160 milhões de Euros disponíveis
para reabilitação urbana e eficiência energética
*Calculada com base nas TAN das 6 últimas operações de crédito aprovadas pelos Fundos de Desenvolvimento Urbano (2 por cada FDU) entre dezembro
de 2013 e fevereiro de 2014. TAE de 2,92% calculada com base na Euribor 6 Meses + 2.5pp, em fevereiro de 2014, para um crédito de 2.000.000 €
com reembolso a 15 anos e carência de capital de 18 meses.
04 Reabilitação Urbana IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
DR
O Espaço da Reabilitação Urbana reuniu cerca de 50 entidades
Uma das principais “salas de visi-
tas” da cidade de Lisboa, o Pátio da
Galé foi o palco do Espaço da Rea-
bilitação Urbana, que reuniu uma
mostra de cinquenta empresas e en-
tidades de referência no campo da
reabilitação urbana e se constituiu
como uma das âncoras de atração
da Semana da Reabilitação Urbana
de Lisboa 2014.
Marcaram presença naquele es-
paço empresas que já são verda-
deiras referências neste campo da
reabilitação, entre fornecedores
de materiais e equipamentos para
a construção, construtores, espe-
cialistas em restauro e conservação,
mediadores, consultores, proprietá-
rios, promotores, banca e imprensa.
A Decorpita, com um conjunto de
marcas parceiras; a STAP, Monterg,
Electrolux, Jular, NCREP, Century
21, Aguirre Newman, Cushman &
Wakefi eld, ES Property, Porta da
Frente, CBRE, Santa Casa da Mise-
ricórdia de Lisboa, CACO3, Amorim
Corticeira, Sotecnisol, Complai, IDR,
Sanitana, Grupo San Jose, Weber,
Secil, SIKA, OLI, Umbelino Montei-
ro, Plano Crescente, Sonae Indús-
tria, Luz & Som, Modular System,
Barbot, Adico, Sixinch, DanBanho,
Prorevi, Libertas, Raul Abreu dos
Santos, Renascimóvel, ECOCIAF,
Schmitt+ Sohn Elevadores, Caixa
Geral de Depósitos, Construir / An-
teprojetos e a Imoedições foram as
empresas que ali participaram como
expositoras. Do lado institucional, o
Espaço da Reabilitação contou ainda
com a adesão de várias associações,
instituições de ensino e organismos
públicos, entre os quais a ALP, AICE,
AIPOR, Gecorpa, o IST, a FEUP, o
LNEC, o INCI, o IHRU, e a Câmara
Municipal de Lisboa, que deu o seu
apoio ao evento.
Além da componente expositiva,
o Espaço da Reabilitação contou ain-
da com um auditório de 80 lugares
no qual foram dinamizadas mais de
50 iniciativas promovidas pelas enti-
dades presentes, entre workshops,
apresentações de produtos e semi-
nários técnicos.
Na sexta-feira, o Público Imobili-
ário visitou este espaço, onde falou
com os responsáveis de algumas das
empresas que ali marcaram presen-
ça e que deram a conhecer a sua ex-
periência nesta iniciativa inédita no
nosso país. Foi o caso de Andreia
Pátio da Galé reuniu o melhor que se faz em reabilitação em PortugalDe 19 a 21 de março, o emblemático Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, acolheu, a maior mostra de produtos e serviços focados na reabilitação urbana, reunindo num só espaço o melhor que o nosso país oferece nesta área
Cascais, diretora comercial da Com-
plai Construção, SA, que considera
que “no desafi o que é a reabilitação
urbana, é de aplaudir esta iniciativa
de divulgação e promoção de tudo
o que está a ser desenvolvido nesta
área bem como alguns dos players
de mercado, complementando
este trabalho com conferências
e workshops de grande interesse
técnico”.
Em conversa com o nosso jor-
nal, os responsáveis da Barbot,
explicaram que a participação da
empresa de tintas e vernizes na
Semana da Reabilitação Urbana
foi motivada pelo facto de se tra-
tar de um “evento que apresenta
o melhor que se faz no setor, ao
nível das soluções e estratégias de
recuperação do património urba-
nístico”. Além de ser, “também
uma oportunidade para apresen-
tarmos as soluções técnicas desen-
volvidas pela Barbot ao nível de fa-
chadas, impermeabilização, deco-
CBRE revelou os melhores “Olhares de Lisboa”
Logo na entrada do Pátio da Galé, esteve patente a exposição com os trabalhos finalistas do concurso de fotografia “Olhares de Lisboa”, promovido pela CBRE Portugal no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana Lisboa 2014, e cujos vencedores foram anunciados na passada quinta-feira pelo CEO da empresa, Francisco Horta e Costa. “Tons de Azul”, da autoria de Miguel Cardoso, “Portas”, de Paulo Reis, e “The Show Must Go On” do fotógrafo Sérgio Paciência, foram os trabalhos eleitos pelo Júri.O prémio atribuído a cada um dos vencedores inclui um workshop intensivo de fotografia indoor e outdoor, com o fotógrafo profissional Joel Santos, três livros PHOTOgrafia do mesmo autor, bem como a divulgação dos seus trabalhos nos sites da CBRE, Semana da Reabilitação Urbana e Olhares.pt.O júri responsável pela eleição dos vencedores foi composto por Francisco Horta e Costa (CEO CBRE Portugal), Francisco Sottomayor (Director Development CBRE Portugal), Joel Santos (fotógrafo profissional), Daniel Camacho (representante do site e blog Olhares.pt) e Arturo Malingre (Representante da Semana da Reabilitação Urbana).
Susana Correia
ração e pavimentos”, remataram.
E, para os responsáveis da Sotec-
nisol esta “é uma forma diferente,
positiva, de estarmos com os nossos
clientes, reforçando o nosso posi-
cionamento como líderes na área
da reabilitação e energia”.
Refi ra-se que os stands que inte-
graram o Espaço da Reabilitação
Urbana foram desenvolvidos pelo
Sistema HEXA da Modular System,
um conceito baseado na geometria
hexagonal, resultando num “espaço
muito agradável e bem aproveita-
do”, referiu Gilda Pereira, da Mon-
terg. O “aproveitamento e a gestão
do espaço” foi também um dos
pontos positivos salientados pelos
responsáveis da Prorevi.
Salientando o que considera ser
“uma excelente iniciativa da Vida
Imobiliária e da Promevi”, além do
“espaço adequado”, César Neto, ad-
ministrador da Renascimóvel, cha-
mou a atenção para “as boas sessões
temáticas nas conferências e no mi-
ni auditório” produzidas no âmbito
desta semana, às quais se juntam
ainda as “oportunas refl exões es-
tratégicas nos encontros do MU-
DE, mais concorridos”. Face à sua
experiência, o responsável notou
que os visitantes que se deslocaram
ao Espaço “demonstraram alguma
expetativa e curiosidade sobre esta
nova experiência imobiliária que é
a reabilitação urbana”.
César Neto não tem dúvidas da
importância deste evento para a tro-
ca de experiências e aprofundar de
conhecimento técnico sobre o tema,
até porque “no futuro este mercado
já não terá espaço para amadores”.
Uma ideia partilhada pela esmaga-
dora maioria dos expositores, e que
foi sintetizada pelos responsáveis
presentes no stand da Saint-Gobain
Weber: “todos os assuntos relevan-
tes merecem o seu tempo e o seu
espaço; e a Semana da Reabilitação
Urbana proporciona tudo isso à fi -
leira da reabilitação”.
06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
AnáliseARQUIVO VIDA IMOBILIÁRIA
O Millennium bcp integrou uma comitiva portuguesa que visitou Xangai, Macau e Hong Kong
De acordo com José Araújo, da Di-
reção de Negócio Imobiliário do
Millennium bcp, desde início de
2013, o Banco registou vendas de
mais de 280 imóveis a estrangeiros,
num valor global de 26,2 milhões
de euros, um valor que “tem mani-
festado uma tendência ascendente
em 2014”, refere aquele responsá-
vel. Do volume de vendas registado
pelo Millennium bcp a estrangeiros,
mais de uma centena de imóveis
foram vendidos ao abrigo do pro-
grama de atribuição dos Golden
Visa, com uma forte concentração
no mercado Chinês, adiantou ain-
da José Araújo. Recorde-se que no
âmbito deste programa, o Governo
português concede autorizações de
residência em Portugal a cidadãos
de países que não integram a UE ou
o Acordo de Schengen, mediante o
cumprimento de alguns requisitos
de investimento no país.
“Alargar o mercado, dispersar
risco e aumentar a liquidez do mes-
mo” são vantagens identifi cadas pe-
lo Millennium bcp no que concerne
a dinamização da compra de imó-
veis portugueses por estrangeiros,
um “mercado que está a crescer” e
em relação ao qual o Banco acompa-
nha a tendência. “Pensamos fechar
o trimestre com números incentiva-
dores de um ano bem sucedido na
área, provando que continuamos
com produto que corresponde a
quem procura um imóvel a preço
justo e com localização diversifi ca-
da, o que refl ete também a melho-
ria da nossa economia”, refere José
Araújo. Recorde-se que dados re-
centes da APEMIP dão nota de que
a procura de imóveis para compra
cresceu 30% nos primeiros dois me-
ses deste ano, com os vistos Gold e o
Regime Fiscal para Residentes não
habituais a serem os grandes impul-
sionadores deste aumento.
Precisamente os compradores
motivados pela obtenção dos Gol-
den Visa, especialmente os oriundos
da China, bem como os comprado-
res europeus que poderão obter
vantagens fi scais através do regime
dos Não Residentes Habituais, es-
tão na mira do Millennium bcp em
termos da estratégia de internacio-
nalização da sua carteira imobiliá-
ria, com o Banco a integrar diversas
iniciativas internacionais promovi-
Millennium bcp quer reforçar vendas de imóveis a estrangeiros Desde início de 2013, o Millennium bcp já vendeu cerca de três centenas de imóveis a estrangeiros, e pretende continuar a reforçar as vendas nesta área
das para dar a conhecer o mercado
imobiliário português. Mais recente-
mente, o Millennium bcp integrou a
comitiva portuguesa que participou
no “Portugal China Property & In-
vestment Road Show”, que, entre
outras iniciativas, este presente no
“Shangai Overseas Property & In-
vestment Immigration Show”, que
decorreu em Xangai entre os dias 14
e 17 de março.
“O elevado número de visitas ao
espaço e interesse do público no por-
tfólio de imóveis apresentado pelo
Banco” levam José Araújo a afi rmar
que a iniciativa foi um “sucesso”.
Com o duplo objetivo de “dinamizar
o contacto com os clientes fi nais” e
de “apoiar os clientes promotores”,
o Millennium bcp esteve presente
ainda com o seu portfólio de imó-
veis, tendo selecionado para o efeito
um conjunto de ativos em localiza-
ções privilegiadas da Grande Lisboa,
Linha de Cascais, Algarve e Porto,
sobretudo com valores superiores a
Golden Visa já trouxeram 464 milhões de euros para Portugal
De acordo com os últimos dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros, avançado ao jornal PÚBLICO desta segunda-feira, Portugal atribuiu até ao passado dia 19 de março, e desde início do programa de concessão de Golden Visa, um total de 772 autorizações de residência a cidadãos estrangeiros, das quais 612 a cidadãos de origem chinesa. No total, os Golden Visa já trouxeram para Portugal um investimento de 464 milhões de euros neste período. Recorde-se que em inicio de 2013, o Governo anunciou um novo regime para a concessão e renovação dos vistos “gold” a cidadãos de países terceiros (que não integram a UE ou o Acordo de Schengen) que pretendem investir em Portugal. Assim, garante-se uma autorização de residência em Portugal para desenvolvimento de uma atividade de investimento, nas seguintes condições: i)a atividade pode ser promovida por um individuo ou uma sociedade; ii) deverá ser desenvolvida por um mínimo de 5 anos; iii) poderá ser concretizada através de 1) transferência de capital num montante igual ou superior a €1 milhão; ou 2) criação de pelo menos 10 postos de trabalho; ou 3) compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros. Esta última opção tem sido a mais recorrente.
meio milhão de euros, que conforme
se sabe é o valor mínimo do investi-
mento em imobiliário no nosso país
para obtenção do Golden Visa.
De acordo com Manuel Rodriguez,
Diretor de Canais Complementares
da Century 21 Iberia, empresa que
esteve também presente na feira de
Xangai, “empresas com carteiras
de clientes, quer investidores quer
particulares, interessados no mer-
cado português” foram os principais
potenciais clientes a visitar o espa-
ço português neste certame, sendo
que no caso dos particulares “mui-
tos já conhecem Portugal ou outras
pessoas que cá fi zeram aquisições
e mostram interesse no setor imo-
biliário”.
Este profi ssional, sublinha ainda
que “normalmente procuram ha-
bitação nova em Lisboa, nas zonas
próximas do rio e na Linha de Cas-
cais”, acrescentando que começa
também a “haver procura noutras
zonas do país como o Algarve, Por-
to e quintas da zona do Douro”,
sobretudo porque “aquelas locali-
zações já começam a dar sinais de
estarem a esgotar este tipo de pro-
duto para venda”. Por outro lado,
refere, “também há investidores
interessados em criar carteiras de
imóveis não residenciais para ren-
dimento”.
No que concerne o portfólio do
Millennium bcp, os imóveis apre-
sentados em Xangai foram sobre-
tudo ativos habitacionais, embora
no “Encontro de Investimento Imo-
biliário e Turístico em Portugal”,
realizado na Fundação Rui Cunha
em Macau, no dia 18 de março e
também integrado naquele Road
Show, o Banco tenha apresentado
também “um conjunto mais restrito
de imóveis não residenciais, incluin-
do edifícios com valores de comer-
cialização que podem ascender a
15 milhões de euros, e que estão já
mais direcionados para os investi-
dores”, remata José Araújo
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Oportunidades 07
Oportunidades
Habitação Portugal
Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA.
MORADIA V6Ref: 53932Preço: € 618.830 (Valor de Campanha até 31 de março)Concelho: Caldas da Rainha Freguesia: Foz do ArelhoMorada: Rua Francisco Almeida Grandela, 61Área: 438 m² Classe energética E
Portuguese Housing Market Survey
A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista de Market Intelligence, especializada na produção de estatísticas sobre imobiliário, orientadas para profissionais.
Expectativas no Mercado de Compra e Vendae ArrendamentoJaneiro de 2014
Compra e Venda
Fonte: RICS/Confidencial Imobiliário
Mercado de Compra e Venda Expectativas sobre preços
-80
-70
-60
-50
-40
-30
-20
-10
Mercado de ArrendamentoExpectativas sobre rendas
Jan. 2014Set. 2010
-60
-50
-40
-30
-20
-10
Jan. 2014Out. 2011
Nota: resultados em saldos de respostas extremas (ver mais no site da Ci)
Actividade 41 41 26 70
Preços -12 -6 -28 -6
Arrendamento
AlgarveNacional GrandeLisboa
GrandePorto
Atividade 7 -3 26 13
Preços -28 -33 -17 -25
MORADIA V2Ref: 55282Preço: € 370.000 (Valor de Campanha até 31 de março)Concelho: CascaisFreguesia: Alcabideche Morada: Rua do Cabo, Lote 27 - Moradia G, Aldeamento Marinha GuinchoAno: 2006Área: 220 m² Classe energética D
MORADIA V5Ref: 24524Preço: € 2.000.000Concelho: FunchalFreguesia: São GonçaloMorada: Estrada do Aeroporto, nº 61, Ribeiro SecoAno: 2007Área: 609 m² Classe energética B
Mercado mais confianteOs resultados do PHMS de Janeiro mostram uma subida significativa do interesse dos compradores, que se espera que se traduza num aumento das vendas nos próximos meses. O índice de confiança nacional aumentou de +6 para +16. Porém, o aumento do interesse e confiança dos compradores tem ainda de transmitir-se para os preços que continuam a cair, ainda que a um passo moderado, esperando-se que tal continue no curto prazo. O Portuguese Housing Market Survey é um inquérito de confiança, assentando num painel de cerca de 150 empresas de promoção e mediação imobiliária.
MORADIA V3Ref: 58603Preço: € 355.000Concelho: Loulé Freguesia: Quarteira Morada: Urbanização Vila Sol - Alto do Semino Lt. F4 BLOCO P, Ala Norte, Moradia 50Ano: 2009Área: 204 m² Classe energética B
Lisboa, Porto, Braga, Oeiras e
Guimarães acolhem os projetos
que venceram, nas categorias ou
com menções honrosas, o Prémio
Nacional de Reabilitação Urbana
2014, anunciados no dia 20 de mar-
ço, durante um Jantar de Gala que
integrou a agenda da Semana da
Reabilitação Urbana Lisboa 2014.
O evento de atribuição do Prémio
teve lugar na Sala do Risco, que
integra o espaço do Pátio da Galé,
no Terreiro do Paço, em Lisboa, e
reuniu cerca de três centenas de
convidados, contando ainda com
as presenças do Presidente da Câ-
mara Municipal de Lisboa, António
Costa, e do Vereador dos Pelouros
do Urbanismo e da Reabilitação Ur-
bana, Manuel Salgado.
Para o Porto, foram os prémios
nas categorias de habitação, com a
Ana Tavares
Prémio Nacional de Reabilitação Urbana já anunciou vencedores Já são conhecidos os melhores projetos de reabilitação urbana em Portugal. Os vencedores do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2014 foram anunciados na passada quinta-feira
08 Prémio Nacional de Reabilitação Urbana IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
reabilitação do Quarteirão das Car-
dosas; e de serviços & escritórios,
que foi conquistado pelo Mercado
do Bom Sucesso. Também a Norte,
Braga recebeu o prémio na catego-
ria de melhor projeto de reabilita-
ção urbana com impacto social,
com o GNRation. Já o projeto do
Edifício de Acolhimento e Requa-
lifi cação do Eixo da Rua da Vitória
venceu precisamente na categoria
de melhor reabilitação urbana na
cidade de Lisboa, enquanto que,
na categoria de turismo, foi o ho-
tel Vila Galé Collection Palácio dos
Arcos, localizado em Paço D’Arcos
(Oeiras) a recolher o Prémio Nacio-
nal de Reabilitação Urbana.
A edição de 2014 reconheceu ain-
da três outros projetos com men-
ções honrosas, nomeadamente a
recuperação do Edifício Sede do
Banco de Portugal, em Lisboa, co-
mo a melhor intervenção de restau-
ro; e a Casa de Selho de Riba, em
Guimarães, como a melhor inter-
venção em projetos com menos de
1.000 m². Espaço ainda para a men-
ção honrosa para a melhor inter-
venção de reabilitação urbana em
termos de certifi cação energética,
que foi atribuída ao projeto Étoile
240, também em Lisboa.
Os projetos vencedores foram
eleitos pelo painel de jurados in-
dicado pela organização do Pré-
mio, constituído por cinco perso-
nalidades de inquestionável rigor,
independência e competência, in-
tegrando, nesta edição, André Jor-
dan, Manuel Reis Campos, Vasco
Peixoto de Freitas, Augusto Mateus
e André Caiado.
Congratulando “quer os vence-
dores quer todos os projetos que
se candidataram” a esta edição
do Prémio, António Gil Machado,
diretor da Vida Imobiliária e res-
ponsável pela coordenação desta
iniciativa, notou que “o balanço é
absolutamente positivo. A iniciativa
é a prova de que a reabilitação ur-
bana é uma realidade efetiva, que
está acontecer, que chega a todas
as cidades, e que é feita por todos
e para todos”.
Quase cinco dezenas de projetos a concursoConcorreram este ano ao Prémio
Nacional de Reabilitação Urbana,
um total de 48 projetos de reabi-
litação urbana, num crescimento
de cerca de 33% face às 36 candi-
daturas recebidas em 2013. A con-
curso estiveram projetos nas áreas
de habitação, serviços & comércio,
turismo e impacto social, oriundos
de 18 pontos diferentes de Portugal,
comprovando a amplitude que a
Reabilitação Urbana tem vindo a
ganhar no nosso país.
O Prémio Nacional de Reabilita-
ção Urbana tem uma periodicidade
anual, tendo como objetivo distin-
guir positivamente as iniciativas
de reabilitação urbana de maior
valia para a comunidade nas suas
múltiplas valências, bem como esti-
mular a excelência profi ssional dos
operadores económicos, sociais e
autarquias que protagonizam inter-
venções de reabilitação urbana.
É uma iniciativa da Vida Imobili-
ária e da Promevi, que conta, pelo
segundo ano consecutivo, com o
apoio da Santa Casa da Misericórdia
de Lisboa, que se associa ao evento
enquanto entidade de referência
na área da Reabilitação Urbana.
A iniciativa tem os patrocínios da
Schmitt+Sohn Elevadores, Aguirre
Newman, Adene, Revigres, Sika e
Caixa Geral de Depósitos, contando
também com os apoios institucio-
nais da CPCI, RICS, AHP e InCI.
Os vencedores do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana
FOTOS: DR
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 09
OS VENCEDORES DO PRÉMIO NACIONAL DE REABILITAÇÃO URBANA
IMPACTO SOCIALGNRation
MENÇÃO MELHOR INTERVENÇÃO DE RESTAUROEdifício Sede do Banco de Portugal
MENÇÃO MELHOR REABILITAÇÃO COM MENOS DE 1.000 m²Casa de Selho de Riba
MENÇÃO MELHOR SOLUÇÃO EFICÊNCIA ENERGÉTICAÉtoile 240 Lisboa | 2013 |Promoção: Largetoile | Construção: SanJose |Arquitetura: Alexandre Burmester
Datado do início do século XX, es-
te edifício localiza-se na Avenida
da Liberdade, sendo marcado por
uma arquitetura romântica eclé-
tica típica dessa época. O imóvel
possuía apenas os alçados exterio-
res, exigindo uma intervenção que
passou pela completa reinvenção
dos seus interiores. Com 1.800 m²,
o edifício integra agora espaços de
escritórios distribuídos por cinco
pisos, acolhendo ainda uma loja da
Cartier no piso térreo. Este projeto
é o primeiro edifício de escritórios
em Portugal a receber a certifi cação
ambiental BREEAM.
CIDADE DE LISBOAEdifício de Acolhimento e Requalificação do Eixo da Rua da VitóriaLisboa | 2013 |Promoção: Câmara Municipal de Lisboa | Construção: Udra e Fitonovo | Arquitetura: João Pedro Falcão de Campos
A requalifi cação urbana da Rua da
Vitória é um dos eixos estruturan-
tes para dinamização do percurso
pedonal que liga a Baixa de Lisboa
ao Castelo de S. Jorge. O Edifício de
Acolhimento, com frente para Rua
dos Franqueiros (170-178) é uma das
peças chave nesse plano, tendo sido
reabilitada para integrar os elevado-
res públicos que fazem a ligação ao
Largo Adelino Amaro da Costa atra-
vés do piso térreo do edifício adja-
cente, na Rua da Madalena (147-155).
HABITAÇÃO Quarteirão das Cardosas
Porto | 2013 | Promoção: Fundbox através do fundo First Oporto Urban Regeneration Fund | Construção: Lucios |Arquitetura: Rosário Rodrigues Almeida
A intervenção abarca 19 edifícios entre as ruas das Flores
e Trindade Coelho e a Praça de Almeida Garrett, no Por-
to, numa área de construção de 6.450 m². No total, são
52 fogos com tipologias T1 e T2, além de 19 lojas. Inclui
ainda um parque de estacionamento público subterrâ-
neo com 327 lugares e uma praça pública com 1.600 m².
TURISMOVila Galé Collection Palácio dos Arcos
Paço de Arcos | 2013 | Promoção: Grupo Vila Galé |Construção: Cobelba |Arquitetura: Luís António
Trata-se de uma intervenção urbana no Palácio dos Ar-
cos, no centro histórico de Paço de Arcos, feita através
de concurso público da Câmara Municipal de Oeiras.
A unidade de 5 estrelas resulta de uma ampliação do
edifício para obter o número mínimo de quartos para
uma unidade deste género, reduzindo o impacto no
jardim existente.
Braga | 2012 | Promoção: Câmara Municipal de Braga |Construção: DST| Arquitetura: Carvalho Araújo
Situado na Praça Conde de Agrolongo, em Braga, o pro-
jeto surgiu no âmbito da Capital Europeia da Juventude
2012. Trata-se da recuperação de um antigo edifício da
GNR que se encontrava abandonado, através de um
projeto que o transformou numa central para as in-
dústrias criativas.
SERVIÇOS & COMÉRCIOMercado do Bom Sucesso
| Porto | 2013 | Promoção: Mercado Urbano, Gestão |Construção: Mota-Engil | Arquitetura: Rosário Rodrigues, FA-Arquitetos
Esta intervenção recuperou o Mercado do Bom Suces-
so, adicionando-lhe dois volumes no interior, um dos
quais destinados a escritórios. Na parte comercial, com
3.200 m², no espaço central, integram-se 24 lojas e 44
bancas de venda dos mais diversos produtos, além de
uma zona para o Mercado de Frescos. No exterior exis-
tem ainda 16 lojas.
Lisboa | 2012 | Promoção: Banco de Portugal |Construção: HCI Construções |Arquitetura: Gonçalo Sousa Byrne e João Pedro Falcão de Campos
O projeto refl ete bem o conceito de
edifício – quarteirão que marca a ar-
quitetura da Baixa Pombalina, inte-
grando a igreja de S.Julião. A abertura
do edifício à cidade, salvaguardando a
privacidade e a segurança do edifício
esteve na base do projeto de arqui-
tetura. A arqueologia assumiu um
papel primordial ao longo de toda a
intervenção e dos diversos achados
destacam-se a muralha de D. Dinis,
património nacional, que se integrará
no futuro percurso museológico.
Guimarães | 2013 | Promoção: Sílvia Ribeiro | Construção: Construções Pinheiro Fernandes | Arquitetura: José Pedro Xavier Machado
De importância no aglomerado ur-
bano onde se insere (Fermentões:
deu o nome ao local), a reabilitada
Casa do Selho de Cima é o edifício
principal de um terreno que outro-
ra foi uma quinta numa zona essen-
cialmente agrícola, e que mantinha
apenas intacta a fachada, além de
algumas peças no seu interior, que
estavam ainda recuperáveis.
10 Reabilitação Urbana IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
FOTOS: DR
Miguel Castro Neto, Secretário de Estado do Ordenamento do Território. Fernando Silva, Presidente do InCI. Vitor Reis, Presidente do IHRU.
Numa altura em que ainda não se
conhecem os contornos específi cos
deste novo diploma, que aguarda
a promulgação pelo Presidente da
República, o seu conteúdo desper-
ta a curiosidade das empresas e
dos profi ssionais que atuam neste
mercado e que há muito chamam a
atenção para os elevados custos de
contexto que encarecem a reabili-
tação urbana.
Este foi, aliás, um tema bastan-
te debatido nas primeiras sessões
do Ciclo de Conferências da Sema-
na da Reabilitação Urbana Lisboa
2014, que arrancou a 19 de março
no MUDE, e nas quais fi cou clara a
importância de encontrar uma so-
lução que permita reduzir os custos
associados à construção para reabili-
tação, a qual está ainda sujeita a nor-
mas e procedimentos considerados
por muitos como desajustados da
realidade. O que, consequentemen-
te, a encarece substancialmente,
difi cultando o acesso das camadas
mais jovens e de rendimentos mais
limitados à habitação criada na se-
quência da reabilitação dos centros
urbanos, como se ambiciona.
Estado deve ter um papel “facilitadorConhecedor destas questões, o pre-
Regime excecional quer “democratizar” acesso a casas reabilitadasA democratização do acesso à oferta de habitação criada a partir da reabilitação urbana é um dos principais objetivos no Novo Regime Excecional da Reabilitação Urbana, graças à redução substancial dos custos de contexto que permitirá
nuir a qualidade do edifi cado. Vai,
sim, permitir alargar o espetro do
público-alvo da reabilitação urbana,
porque as exigências impostas serão
ajustadas em função dos projetos, o
que resultará em menos custos”.
Presente no encerramento da
conferência “Os proprietários na
reabilitação urbana: os custos de
contexto”, na tarde de dia 19, o se-
cretário de Estado do Ordenamento
do Território e da Conservação da
Natureza, Miguel Castro Neto, reco-
nheceu que “efetivamente não tem
sido fácil concretizar a reabilitação
urbana em larga escala”. Mas, “o que
gostaríamos muito que acontecesse
é que houvesse mais reabilitação
para a generalidade da população,
ou seja, que pudesse originar um
produto mais acessível para a classe
média e os mais jovens: uma maior
democratização da reabilitação ur-
bana”. O que, espera o governante,
possa ser impulsionado pelo novo
diploma.
Vigorando por um prazo inicial de
sete anos, o novo Regime Excecional
da Reabilitação Urbana “não visa, de
modo algum, dispensar regras no
que toca à segurança dos edifícios
e a questões essenciais como a do
risco sísmico, por exemplo; mas sim
uniformizar as exigências técnicas
para todo o país”, esclareceu Miguel
de Castro Neto.
“Temos de fomentar a reabilitação urbana pela via da redução de custos”
Esta é uma perspetiva partilhada também pelo presidente do IHRU – Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, Vítor Reis, que defende que “a primeira coisa que temos de fazer para fomentar realmente a reabilitação urbana não é arranjar dinheiro pela via do crédito, mas sim reduzir custos. É através da redução de custos que passa o caminho para atraírmos
investidores para a criação de uma oferta de arrendamento acessível ao grosso da população”.No seu entender, o novo Regime Excecional da Reabilitação Urbana envolve um “um processo que irá conduzir a uma operação mais sustentável”, até porque “só daremos conta dos centros das nossas cidades se lá tivermos pessoas a viver”. Contudo, o que
Susana Correia
tem sido a realidade até agora é que “face aos critérios que nos são exigidos, no final as casas reabilitadas tornam-se tão caras e difíceis de realizar, que acabam por não ser acessíveis para a larga maioria da população, que não tem meios para as pagar”. Pelo que, “enquanto não encontrarmos a solução que permita mudar isto, iremos continuar na mesma”.
sidente do conselho diretivo do InCi,
Fernando Silva, foi um dos convi-
dados neste ciclo de conferências,
onde marcou presença em duas ses-
sões distintas, a 19 e 20 de março. No
seu entender, “o papel dos órgãos
reguladores é o de incentivar e im-
plementar boas políticas públicas,
cabendo ao InCI, ao Estado e demais
entidades responsáveis, promover
uma ação facilitadora da reabilita-
ção e regeneração urbana”, através
da “criação de políticas, leis e nor-
mas que a simplifi quem e agilizem”.
E é precisamente nesse contexto
que surge o Novo Regime Excecional
da Reabilitação, “um diploma muito
importante, visto que vem simplifi car
os procedimentos de regulamentação
técnica atualmente impostos às inter-
venções de reabilitação”, afi rmou.
“Para termos reabilitação a sério
em Portugal, então temos que bai-
xar os custos associados”, começou
por dizer, pelo que “se quisermos
uma reabilitação que promova um
mercado de arrendamento forte
então, temos inevitavelmente que
conseguir baixar o custo de cons-
trução por metro quadrado”. Mas,
para isso, “não podemos continuar
a obrigar os promotores que estão a
reabilitar edifícios antigos a cumprir
todos os procedimentos que foram
estipulados a pensar na construção
nova, pois tal não é condicente com
a massifi cação da reabilitação para
arrendamento”.
Ora, e segundo explicou, esta terá
sido precisamente uma das princi-
pais motivações para o desenvolvi-
mento do novo Regime Excecional
para a Reabilitação Urbana, o qual
preconiza que “podemos ter vários
níveis de reabilitação que, sem de-
trimento das questões essenciais
relacionadas com a segurança,
conforto e acessibilidade, poderão
ter diferentes níveis de qualidade
que se refl etirão no preço fi nal”. Ou
seja, “o novo regime não vai dimi-
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Reabilitação Urbana 11
De acordo com o autarca, que apre-
sentou a “Visão de Lisboa sobre a
Reabilitação e Regeneração Urbana”
durante a conferência “O Apoio à
Regeneração Urbana no Desenvol-
vimento Económico e Social das
Cidades”, no dia 20 de março, no
MUDE, nos últimos 5 anos, o investi-
mento privado em reabilitação urba-
na na cidade ascendeu a mais de 630
milhões de euros, tendo a autarquia
investido, de forma direta, outros
130 milhões de euros.
O licenciamento de obras nos úl-
timos dois anos na capital evidencia
precisamente este investimento na
reabilitação urbana, com 90% dos
edifícios e 81% dos fogos licenciados
a dizerem respeito a intervenções de
reabilitação, de acordo com dados
Ana Tavares
Privados já investiram 630 milhões em reabilitação urbana em LisboaA estimativa foi avançada por Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana da autarquia da capital, durante uma conferência integrada na Semana da Reabilitação Urbana
avançados pela Confi dencial Imobili-
ário também numa das conferências
da Semana da Reabilitação Urbana.
Em 2012 e 2013, foram licenciados
pela autarquia um total de 208 proje-
tos de reabilitação urbana, que inte-
gravam 1.210 fogos, aos quais acres-
cem ainda 224 projetos licenciados
para obras de pequena dimensão,
onde se incluem 1.138 fogos interven-
cionados. Estes números comparam
com a dinâmica da construção no-
va, para a qual foram licenciados,
no mesmo período, 48 projetos num
total de 530 fogos.
Conforme explicou Manuel Sal-
gado, “a reabilitação urbana é de-
clarada como a grande prioridade”
para o governo da cidade. “Temos
um projeto de cidade que quer
mudar Lisboa a partir de dentro”,
de forma a “torná-la também mais
Dadas as características do edifi -
cado nas zonas históricas de Lisboa,
a reabilitação tem vindo, assim, a
surgir como uma solução interes-
sante para o aumento da oferta de
casas para arrendar e, para Ricardo
Guimarães, Diretor da Confi dencial
Imobiliário, “o arrendamento tem
uma relação natural como o merca-
do de reabilitação”. O especialista,
que falava na conferência “Os Pro-
prietários na Reabilitação Urbana
– os custos de contexto”, que decor-
reu a 19 de março no MUDE, explica-
va que a rentabilidade no mercado
de arrendamento pode ser “muito
interessante” já que “cada euro pe-
dido se traduz num encaixe efetivo
de 0,87 cêntimos”, enquanto que
no mercado de compra e venda, es-
sa relação é de um euro para 0,65
cêntimos.
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atrativa para os de fora”, sublinhou
o Vereador. Trazer mais habitantes
para a cidade, endereçando desa-
fi os demográfi cos, de mobilidade,
sociais e económicos, está no centro
desta estratégia onde a reabilitação
urbana desempenha um papel cru-
cial, considerando que quase “toda
a Lisboa é histórica”, explicou Ma-
nuel Salgado. De acordo com o Ve-
reador, o núcleo histórico de Lisboa,
que cobre uma área de 600 hecta-
res, tem atualmente cerca de 75.000
habitantes, e só na Baixa de Lisboa
existem perto de 80 edifícios total ou
parcialmente devolutos, por isso, “é
preciso intervir prioritariamente na
reabilitação sucessiva destas bolsas
lisboetas”, evidencia.
A disponibilização de casas pa-
ra arrendamento a preços aces-
síveis é apontada como uma das
formas de trazer mais habitantes,
especialmente entre as camadas
jovens, para uma cidade onde 25%
dos residentes tem mais de 65 anos,
uma percentagem que se eleva pa-
ra 28% no caso de se circunscrever
esta análise ao centro histórico.
90%dos edifícios licenciados em Lisboa em 2012 e 2013 diz respeito a intervenções de reabilitação, revela a Confidencial Imobiliário
“A reabilitação urbana é um fator
estratégico para o desenvolvimento
do país, em particular para a arqui-
tetura e o urbanismo”, considera o
presidente da Faculdade de Arqui-
tetura da Universidade Técnica de
Lisboa (FAUTL), José Pinto Duarte,
que falou na primeira sessão do ciclo
de conferências da Semana da Reabi-
litação Urbana, na manhã da passada
quarta-feira. O responsável acadé-
mico parece não ter dúvidas de que
“hoje em diante, mais do que a cons-
trução nova, será a reabilitação que
vai alimentar a fi leira dos profi ssio-
nais de engenharia e da construção,
por isso cabe às academias preparar
a sua oferta educativa para prepa-
rar os futuros profi ssionais para res-
ponder da melhor forma possível aos
Susana Correia
Reabilitação cria novas oportunidades para engenheiros e arquitetosEntre outras vantagens a reabilitação urbana é também potenciadora de novas oportunidades para os profissionais da engenharia e arquitetura. E, conscientes disso, as faculdades já estão a preparar os seus alunos nesse sentido
desafi os que este setor apresenta”.
E, é por isso que várias universida-
des portuguesas, como é o caso da
Faculdade de Arquitetura da Univer-
sidade de Lisboa (FA-ULisboa), estão
já a introduzir “cadeiras específi cas
focadas na reabilitação urbana nos
três primeiros anos do tronco comum
do curso, para que os alunos possam
estar em permanente contacto com
as especifi cidades de intervir em pa-
trimónio edifi cado preexistente”,
explicou o docente Pedro George.
A aposta na formação, aliás, deve
ser uma constante ao longo do per-
curso profi ssional, como advogou o
engenheiro Jorge Bastos, até porque
“a ciência dos materiais está sempre
a evoluir”. Com uma longa e reconhe-
cida experiência na área da engenha-
ria aplicada à reabilitação urbana, o
professor catedrático da FA-ULisboa
– que já chegou a ser considerado o
herdeiro profi ssional do engenheiro
Edgar Cardoso – lembrou os presen-
tes da necessidade de “testar novos
materiais e soluções construtivas
antes de avançar”, advogando que
“a inovação e a criatividade também
podem ser postas ao serviço da reabi-
litação urbana, sem prejuízo desta”.
“A saída quer para a arquitetu-
ra, quer para a construção e para o
imobiliário passa pela reabilitação
urbana. Não se iludam, o imobiliá-
rio à moda antiga acabou!”, afi rmou
o professor Gomes Fernandes, do-
cente na Universidade Fernando Pes-
soa, no Porto, e que defende “uma
maior cooperação entre as univer-
sidades, as autarquias e os privado”
para levar a bom porto o processo
de reabilitação em curso nos princi-
pais centros urbanos portugueses.
DR
Muitas faculdades estão a introduzir cadeiras focadas na reabilitaçãoPUBLICIDADE
12 Reabilitação Urbana IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Reabilitação Urbana 13
A regeneração urbana é fulcral para
o desenvolvimento económico e so-
cial das cidades portuguesas. Mas,
numa altura em que o capital neces-
sário para realizar investimentos em
macro-escala é escasso, é essencial
encontrar fontes alternativas ao tra-
dicional fi nanciamento bancário. E,
foi precisamente este o mote para a
sessão da tarde de quinta-feira, 20
de março, do ciclo de conferências
da Semana da Reabilitação Urba-
na, na qual vários especialistas de
diferentes entidades partilharam
a sua experiência e apresentaram
modelos de fi nanciamento alter-
nativos que estão a funcionar em
Portugal.
Uma das soluções mais badala-
das é o fi nanciamento através dos
fundos de desenvolvimento urbano
JESSICA, e que ali foi apresentada
por Pedro Couto, do Banco Europeu
de Investimento, Fundo de Partici-
pação JESSICA Portugal.. De acordo
com este responsável, o “objetivo é
chegarmos a meados deste ano com
dois terços dos fundos já contratu-
alizados”.
Fazendo o balanço desta iniciati-
va, que ainda vai a meio, Pedro Cou-
to realçou que “o número de proje-
tos candidatos começou a aumentar
em 2012, sendo que até ao fi nal de
fevereiro de 2014 foram contratados
um total de 44 projetos de investi-
mento; estando em pipeline mais
35 projetos para o curto prazo”. Ao
todo, são 1.000 os novos postos de
trabalho diretos a criar nos investi-
mentos já contratados, a que se so-
marão mais 300 empregos diretos a
criar nos investimentos em pipeline.
O fi nanciamento Jessica já chegou
de norte a sul do país, estando pre-
sente em projetos em 19 municípios
diferentes. A esmagadora maioria
dos promotores de investimento são
privados (80%).
Na sua intervenção, Pedro Couto
realçou que “o valor médio do inves-
timento envolvido nos projetos que
se candidatam a esta linha de fi nan-
ciamento ronda os 2,5 milhões de
euros, que está bem abaixo daquilo
que estimámos inicialmente”. Em
todo o caso, garante, “fi nanciamos
projetos de diferentes dimensões,
desde os 90.000 a 100.000 euros a
projetos de 22 milhões de euros”.
Uma das vantagens deste modelo,
explicou, é o facto de ser evolutivo.
Isto é, passível de ir sendo adaptado
Susana Correia
Investimento na regeneração urbana já mexe na economia das cidadesAinda que com um início tímido, o investimento aplicado na regeneração urbana através dos fundos de desenvolvimento urbano JESSICA já está a mexer com a economia das cidades portuguesas
às necessidades evidenciadas pelo
mercado. Outra vantagem é o facto
de este ser um fi nanciamento que,
embora tendo condições vantajosas,
tem de ser reembolsado, permitin-
do que o capital seja novamente dis-
ponibilizado para fi nanciar outros
projetos. Por isso mesmo, garantiu,
“quanto mais rápido utilizarmos os
fundos melhor, pois mais rápido ire-
mos conseguir receber os reembol-
sos e reciclar os capitais para fi nan-
ciar mais projetos”.
Para Jorge Madeira, diretor da Di-
reção de Financiamento e Negócio
Imobiliário da Caixa Geral de Depó-
sitos, uma das grandes mais-valias
do JESSICA, deve-se precisamente
ao facto de “exigir o reembolso do
capital fi nanciado; facto que imputa
maior responsabilidade aos promo-
tores do projeto. Sem falar que isto
tem um efeito multiplicador do in-
vestimento que deve ser considera-
do”, afi rmou na sua intervenção.
O responsável do banco público
– que é também responsável pela
gestão de um dos fundos de desen-
volvimento urbano JESSICA em Por-
tugal -, partilhou a experiência da-
quela entidade fi nanceira no que diz
respeito ao apoio e fi nanciamento à
regeneração. E, deixou bem presen-
te que numa altura em que “reabi-
litação, arrendamento e poupança
são as palavras de ordem”, torna-
se essencial “criar condições para
o fi nanciamento da regeneração
dos centros urbanos numa lógica
de criação de riqueza e de suporte
da atividade económica”, as quais
contudo devem ser alternativas ao
crédito “tradicional”.
É aqui que encontramos o JESSI-
CA que, tratando-se de uma linha
de crédito fomentada por capitais
do Banco Europeu de Investimento,
de projetos que funcionam como
âncoras de atração de pessoas e
mais investimento”, e que de outra
forma poderiam ver condenado a
sua concretização.
E, uma das provas que confi r-
mam a importância desta iniciati-
va e o efeitos positivos que já está
a ter um pouco por todo o país, é
que por cada euro fi nanciado ao
abrigo do JESSICA em Portugal são
alavancados cinco euros de investi-
mento”, revelou ainda Pedro Couto.
Números que impressionam, mas
que são reveladores de outra boa no-
tícia: “somos dos países com menor
alavancagem do fi nanciamento JES-
SICA, ou seja, onde por cada euro
investido fomentamos um maior
volume de investimento pelos pro-
motores do projeto”, revela aquele
responsável.
FOTOS: DR
À esquerda, Pedro Couto, do BEI, Fundo de Participação JESSICA Portugal. Em cima Jorge Madeira, da CGD
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oferece condições de exceção que
permitem que seja utilizada para
“para criar atividades que apresen-
tam condições menos ou pouco
atrativas para a banca comercial,
mas cuja concretização é essencial
para fomentar a regeneração das
cidades; tratando-se muitas vezes
Pelas contas da JLL, o pipeline de
nova oferta de escritórios prevista
para 2014 e 2015 rondará os 91.800
m2, o que inclui quer novos proje-
tos, quer reabilitações de edifícios já
existentes. Estando “a esmagadora
maioria localizada no centro da ci-
dade de Lisboa, além de que parte
signifi cativa dos edifícios atualmente
em construção e remodelação cor-
respondem a projetos built-to-suit,
ou seja, com ocupação garantida à
partida”, afi rma Pedro Lancastre,
diretor-geral daquela consultora.
Inaugurado há cerca de duas se-
manas, o novo edifício sede da Po-
lícia Judiciária de Lisboa é um dos
projetos incluídos nestas contas.
Compreendendo uma área bruta
de construção de 80.000 m2, este é
um dos maiores edifícios de serviços
construídos em Lisboa nos últimos
anos e, numa lógica de concentração
de espaços, o projeto incluiu a remo-
delação do edifício da PJ e do antigo
edifício do Arquivo de Identifi cação,
que foram integrados nas novas edi-
fi cações na parcela contígua da an-
tiga Escola de Medicina Veterinária,
adquirida para esse efeito. A equipa
técnica de projeto foi coordenada pe-
la Saraiva + Associados, Arquitetura
e Planeamento Urbano.
Correções na oferta afetam taxa de disponibilidade “Apesar dos baixos níveis de procura
verifi cados durante o ano passado,
a taxa de desocupação corrigiu face
a 2012, situando-se no fi nal de 2013
nos 12,2%”, nota a Cushman & Wake-
fi eld, explicando que isto “deverá em
Susana Correia
Projetos chave-na-mão dominam o lançamento de novos escritórios
manência a longo prazo no edifício
promovido pela Taguspark SA, à me-
dida das necessidades e requisitos
da empresa”.
Olhando para o futuro, a Cushman
& Wakefi eld salienta que “continua a
observar-se uma correção na oferta,
refl etindo uma atitude cautelosa por
parte dos promotores”. Assim, e se-
gundo os últimos dados divulgados,
a consultora contabiliza um pipeline
de 54.200 m2 de escritórios previstos
até 2016, sendo que “o destaque vai
para o CBD (zona 2), que representa
metade da área nova prevista, num
total de 23.600 m2.
E, é precisamente nessa zona que
se encontra um dos maiores projetos
de escritórios em construção atual-
mente, o edifício Amoreiras Jardim,
que irá disponibilizar no mercado
uma área de 17.600 m2. O segundo
projeto mais relevante é a futura sede
da EDP, que está a investir 57 milhões
para construir a sua nova “casa” que
contará com 13.900 m2 de escritórios
em plena avenida 24 de julho e que
se prevê que possa estar concluída
ainda este ano.
No que toca à absorção de escri-
tórios, a JLL acredita que “os níveis
historicamente baixos do último ano
possam ter marcado o fi m de um ciclo
descendente que se prolonga desde
2009”. Até porque, “as perspetivas
de crescimento económico para 2014
e a redução do desemprego fazem
antever melhorias neste segmento,
ainda que estas venham a registar-se
de forma gradual, com as empresas
a aliviarem os seus planos de con-
tenção de custos e a recuperarem
as suas estratégias imobiliárias, há
muito em stand-by”.
Crescimento continuou a marcar o ritmo da absorção de escritórios em fevereiro
A absorção de espaços de escritórios
no mercado de Lisboa continuou em
ritmo de crescimento durante o mês
de fevereiro, totalizando os 6.772
metros quadrados, ou seja, 77 por
cento acima do valor registado no
mesmo mês de 2013 (3.835 metros
quadrados), apurou o Lisbon Prime
Index (LPI).
Feitas as contas, no acumulado
dos dois primeiros meses de 2014
foram fechadas 36 operações de
arrendamento de escritórios que
totalizaram uma absorção de es-
paços na ordem dos 10.891 metros
quadrados. Na comparação com o
período homólogo, isto traduz um
crescimento de 109 por cento no
que toca à absorção (5.217 metros
quadrados) e mais 15 transações
do que as registadas na ocasião.
Esta tendência de crescimento fez-
se notar também na área média con-
tratada por transação, que passou
dos 248 metros quadrados registados
em Janeiro e Fevereiro de 2013, para
os 303 metros quadrados nos dois
primeiros meses de 2014, ou seja,
mais 22 por cento.
Do total de operações registadas
neste início de ano, apenas 33 por
cento corresponderam a negócios
de mais de 300 metros quadrados,
sendo os restantes 67 por cento (24
operações) tomadas de áreas inferio-
res. Note-se ainda que a esmagadora
maioria da área contratada no perío-
do em análise diz respeito a edifícios
usados (98 por cento), com a área
tomada em edifícios novos a ser re-
sidual (2 por cento).
Segundo a análise LPI, o Parque
das Nações (zona 5) foi a área que re-
gistou a maior fatia da absorção – 44
por cento do espaço transacionado.
parte ser justifi cado pela correção
da oferta futura ao longo dos anos.
De facto, entre o total de 21.500 m2
de espaços concluídos a entrar no
mercado apenas metade fi cou dis-
ponível, tendo a restante área sido
objeto de pré-arrendamento”.
Entre os seis edifícios concluídos
no ano passado, inclui-se a nova sede
da Novartis, em Oeiras, inaugurada
a 5 de fevereiro. Projetado pelo ar-
quiteto Frederico Valsassina, o novo
edifício tem uma área de construção
acima do solo de 7.250 m2, distribu-
ídos por quatro pisos, além de 350
lugares de estacionamento privativo.
Saliente-se ainda que, de acordo com
a ocupante, este foi o primeiro edifí-
cio “a ser construído, em apenas dois
anos, no âmbito do projeto de de-
senvolvimento e revitalização, desig-
nado Praça Central do Taguspark”,
integrando no mesmo espaço os cer-
ca de 320 colaboradores de todas as
divisões da empresa. A mesma fonte
salienta ainda que “a nova sede do
Grupo Novartis representou um in-
vestimento de 14 milhões de euros,
refl etidos num compromisso de per-
A nova sede da Polícia Judiciária foi inaugurada há cerca de duas semanas
DR
Análise
A postura cautelosa do lado da oferta continuará a ser
tendência dominante em 2014, com os
projetos chave-na-mão a dominar o lançamento
dos novos escritórios em Lisboa
14 Escritórios IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014
IMOBILIÁRIO 26 MARÇO 2014 Escritórios 15
O desempenho do mercado de es-
critórios de Lisboa nos primeiros
dois meses do ano em curso foi su-
perior ao registado em igual período
de 2013. Em termos acumulados, a
área de escritórios contratada em
Janeiro e Fevereiro de 2014 (10.891
metros quadrados) foi superior em
cerca de 109% à registada em igual
período do ano transacto (5.217 me-
tros quadrados).
O total das operações registadas
em Janeiro e Fevereiro de 2014 foi de
36, correspondendo a mais 15 tran-
sações de arrendamento do que em
igual período do ano anterior.
Consequentemente, a superfície
média contratada por transação, em
Janeiro e Fevereiro, aumentou cerca
de 22%, de 248 metros quadrados em
2013 para 303 metros quadrados em
2014.
O maior número de operações
verifi cou-se no Parque das Nações
(Zona 5), com 44% da área transac-
cionada. A Zona Emergente (Zona
3) registou apenas 3 operações, cor-
respondentes a 8% da área transac-
cionada.
Numa análise geográfi ca do núme-
ro de transações registadas em Janei-
ro e Fevereiro de 2014, destaca-se o
crescimento da CBD (Zona 2) e da
Zona Secundária (Zona 4), com mais
5 transações cada uma, que em igual
período de 2013.
No que concerne à distribuição ge-
ográfi ca dos metros quadrados colo-
cados, a Zona 5 (Parque das Nações)
e a Zona 6 (Corredor Oeste) regista-
Aguirre Newman
Mercado de Escritórios 2014
Análise
O túnel está a chegar
ao fi m e a retoma do
imobiliário já iniciou,
se bem que de for-
ma tímida. Começou
pelos escritórios, alastra-se em di-
reção ao comércio de rua e por ar-
rasto, estender-se-á eventualmente
à logística. Em termos residenciais,
as coisas são diferentes por diver-
sas razões que me vou abster de co-
mentar, mas há algo comum a todos
os tipos de imobiliário; é que muito
está a mudar e o ritmo desta indús-
tria está a bater mais rápido.
O sector imobiliário sempre foi
uma indústria pesada, lenta e buro-
crática mas nesta retoma que esta-
mos a presenciar, verifi cam-se vá-
rias novidades em diversas frentes,
que irão revolucionar para sempre
o imobiliário e que prometem ace-
lerar o passo.
Novo ritmo imobiliário
Frederico Borges de Castro
Opiniãoram os maiores crescimentos da área
contratada nos primeiros dois meses
de 2014 face a igual período de 2013,
respectivamente 3.067 metros qua-
drados e 1.704 metros quadrados.
Do total da área contratada em
Janeiro e Fevereiro de 2014, apenas
2% são em edifícios novos e os res-
tantes 98% em edifícios usados, de-
notando uma preferência clara por
instalações usadas.
Relativamente à absorção por in-
tervalo de área contratada, apenas
12 transações (cerca de 33% do total)
registaram uma superfície superior a
300 metros quadrados e as restantes
24 (cerca de 67% do total) registaram
uma superfície inferior a 300 metros
quadrados.
Nos primeiros dois meses de 2014,
os sectores “TMT’S & Utilities” e
“Serviços Empresas” destacaram-se,
tendo sido responsáveis, respectiva-
mente, por 30% e 18% da área con-
tratada (3.246 metros quadrados e
1.981 metros quadrados num total de
10.891 metros quadrados).
Num ano que se antevê marcado
pelo início da retoma e pela expan-
são do mercado imobiliário, a presta-
ção do sector dos escritórios deverá
refl etir os seus efeitos.
Os baixos níveis históricos de ren-
das que estão a ser praticados no
mercado de escritórios de Lisboa,
o aproveitamento desses níveis, em
complemento com concessões fei-
tas pelos proprietários dos imóveis,
deverá igualmente contribuir para
criar condições para impulsionar a
colocação de escritórios em 2014.
Estamos assim em crer que a ab-
sorção total de 2014 poderá rondar
os níveis de 2012, se não mesmo
superá-los.
Nesta retoma que estamos a presenciar
verificam-se várias novidades em diversas
frentes que irão revolucionar para
sempre o imobiliário e que prometem acelerar o passo
Em termos técnicos surgem diver-
sas novidades como a digitalização
5D do imobiliário através do BIM
que irá mudar toda a indústria, a
preocupação da arquitetura Feng
Shui apontando para um novo tipo
de clientes, a sustentabilidade dos
edifícios, novos materiais de cons-
trução mais efi cientes e novas for-
mas de construção mais rápidas.
Por outro lado, em termos legis-
lativos para Portugal, prevê-se a
nova lei dos solos, a eventual sim-
plifi cação dos licenciamentos co-
merciais e um provável novo pa-
cote de incentivos à reabilitação
urbana. Todos eles, temas ambi-
ciosos, interessantes e que ao se
concretizarem, irão impor maior
rapidez ao desenvolvimento urbano.
Creio que tudo isto nos leva a uma
conclusão: o imobiliário em Portugal
e no mundo está a mudar e o ritmo
volta a bater mais rápido.
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