Lista de Figuras - gdimata.com.br · apresentam crescimento acelerado na produção de genéricos....

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Página 1 de 38 Lista de Figuras Figura 1: Distribuição espacial das empresas, centros de pesquisa e cursos técnicos ......................................... 11 Figura 2: Distribuição espacial dos empregos, centros de pesquisa e cursos técnicos ........................................ 12 Figura 3: Geopolítica das indústrias farmacêuticas .................................................................................................... 15 Figura 4: A curva de valor da indústria farmacêutica ................................................................................................. 29 Figura 5: A cadeia produtiva do setor farmacêutico ................................................................................................... 30 Figura 6: Notícia sobre o Aeroporto de Goianá ........................................................................................................... 36 Figura 7: Notícia sobre investimento do setor na regional ......................................................................................... 37

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Lista de Figuras

Figura 1: Distribuição espacial das empresas, centros de pesquisa e cursos técnicos ......................................... 11

Figura 2: Distribuição espacial dos empregos, centros de pesquisa e cursos técnicos ........................................ 12

Figura 3: Geopolítica das indústrias farmacêuticas .................................................................................................... 15

Figura 4: A curva de valor da indústria farmacêutica ................................................................................................. 29

Figura 5: A cadeia produtiva do setor farmacêutico ................................................................................................... 30

Figura 6: Notícia sobre o Aeroporto de Goianá ........................................................................................................... 36

Figura 7: Notícia sobre investimento do setor na regional ......................................................................................... 37

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Lista de Gráficos

Gráfico 1: Valor adicionado bruto em milhões de reais .............................................................................................. 14

Gráfico 2: Importações e Exportações - Produtos farmacêuticos - Déficit da balança comercial exportações e

importações brasileiras (1997-2012 em bilhões US$ FOB) ......................................................................................... 16

Gráfico 3: Gastos em P&D Farmacêuticos (em bilhões de dólares) .......................................................................... 18

Gráfico 4: Distribuição dos Empregados por grau de escolaridade no setor farmacêutico em MG (2011) ........... 19

Gráfico 5: Distribuição dos Empregados por grau de escolaridade no setor farmacêutico na Zona da Mata (2011)

.......................................................................................................................................................................................... 20

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Lista de Tabelas

Tabela 1: Participação no valor adicionado bruto a preços básicos de produtos farmacêuticos (%) - Brasil 2005-

2009 .................................................................................................................................................................................. 13

Tabela 2: Negócios da indústria farmacêutica no Brasil (2010): ....................................................................................... 14

Tabela 3: Variação do consumo aparente: ....................................................................................................................... 15

Tabela 4: Evolução do estoque de empregos do setor farmacêutico na Zona da Mata........................................... 19

Tabela 5: Estabelecimentos desagregados por quantidade de empregado no Brasil (2011) .................................. 20

Tabela 6: Média salarial do setor por UF (em salários mínimos - 2011) .................................................................... 21

Tabela 7: Maiores laboratórios farmacêuticos do Brasil (2012) ................................................................................. 22

Tabela 8: Maiores laboratórios farmacêuticos do mundo .......................................................................................... 23

Tabela 9: Número de empresas fabricantes de produtos farmacêuticos e farmoquímicos por UF ........................ 25

Tabela 10: Número de empresas fabricantes de produtos farmacêuticos e farmoquímicos por região ................ 25

Tabela 11: Matriz de projetos ......................................................................................................................................... 35

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Lista de abreviaturas e siglas

CONCLA – Comissão Nacional de Classificação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

CEE - Cadastro de Estabelecimentos Empregadores

GDI – Gerência de Desenvolvimento Industrial

SDE – Superintendência de Desenvolvimento Empresarial

IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

FGV – Fundação Getúlio Vargas

PMC – Pesquisa Mensal do Comércio

CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial

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Sumário

1 Introdução: o setor farmacêutico ................................................................................................................................ 6

1.1 Brasil ................................................................................................................................................................. 6

1.2 Zona da mata .................................................................................................................................................... 8

2 Panorama do setor ................................................................................................................................................... 13

2.1 Comparação do setor com indústria brasileira ................................................................................................ 13

2.2 Produção e produtividade do trabalho ............................................................................................................. 14

2.3 Mercado Interno .............................................................................................................................................. 14

2.4 Setor externo: Exportação/Importação ............................................................................................................ 15

2.5 Investimentos .................................................................................................................................................. 17

2.6 Emprego .......................................................................................................................................................... 18

2.7 Principais players – Mundo e Brasil ................................................................................................................ 22

3 Perspectivas do Setor .............................................................................................................................................. 24

3.1 Movimentação Geográfica .............................................................................................................................. 25

3.2 Tendências de concentração .......................................................................................................................... 26

3.3 Oportunidades e tendências............................................................................................................................ 27

3.4 Perspectivas tecnológicas ............................................................................................................................... 28

3.5 Elos chave e Fatores Críticos de Sucesso (FCS) ........................................................................................... 29

4 Considerações Finais ............................................................................................................................................... 33

5 Referências .............................................................................................................................................................. 34

Anexos .............................................................................................................................................................................. 35

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1 Introdução: o setor farmacêutico

O setor farmacêutico é uma atividade licenciada para pesquisar, desenvolver, comercializar e distribuir drogas

farmacêuticas. Muitas das companhias farmacêuticas surgiram entre o final do século XIX e o início do século XX. As

principais descobertas aconteceram em torno das décadas de 1920 a 1930.

Na prática funciona assim: o químico extrai da planta a substância do efeito curativo, faz-se, então, a análise dessa

substância para determinar sua estrutura molecular. Como os átomos estão arrumados no interior da molécula? Este

procedimento permite estudar o arranjo atômico. Em seguida parte-se para a síntese feita em laboratório, onde é

possível introduzir variações na molécula da substância. Nessa etapa é possível retirar ou acrescentar os átomos da

molécula ou até mesmo alterar o rearranjo atômico. Tudo para se obter medicamentos eficazes e com menos efeitos

colaterais.

1.1 Brasil

A indústria farmacêutica no Brasil teve o seu nascimento e desenvolvimento no período de 1890 e 1950, mais

tardiamente, portanto, do que o observado nos países europeus, que já no século XIX observavam avanços notáveis

neste segmento. O desenvolvimento inicial da indústria farmacêutica no Brasil guarda forte relação com a instituição da

saúde pública, das práticas sanitárias de prevenção e combate às doenças infecciosas e, em especial, com as

instituições de pesquisa básica e aplicada.

O Estado brasileiro teve uma participação importante nos primórdios do desenvolvimento industrial farmacêutico ao

incentivar e fornecer recursos para alguns dos primeiros laboratórios farmacêuticos. O Estado contribuiu também para a

formação dos primeiros cientistas brasileiros que, posteriormente, se tornaram responsáveis pelo desenvolvimento de

planos de saúde pública, produção de soros, vacinas e medicamentos, por parte de empresas pioneiras.

Algumas empresas brasileiras foram bem-sucedidas na produção de medicamentos farmacêuticos para atender o

mercado nacional e também para a exportação. Isto seria creditado às “facilidades” da época, pois práticas que hoje

são consideradas comuns, como o segredo industrial e o protecionismo da lei de patentes, não eram correntes; os

avanços da farmacologia constavam em bibliografia que era de domínio público. O perfil do segmento farmacêutico no

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Brasil sofreu uma mudança brusca a partir dos anos 50. A adoção de medidas e planos desenvolvimentistas, como os

verificados na gestão do presidente Juscelino Kubitschek e do período militar, abriram as portas do setor às empresas

de capital estrangeiro, dotadas de maior know-how e recursos financeiros, que foram responsáveis pela eliminação de

boa parte da concorrência dos laboratórios nacionais.

A década de 80 foi conhecida como um período de estagnação econômica e de descontrole inflacionário. Os

investimentos produtivos foram escassos, muito em função da opção da grande maioria das empresas em privilegiar os

ganhos obtidos com aplicações financeiras. No intervalo que vai de 1980 a 2000, as empresas nacionais passaram a

enfrentar outros tipos de dificuldades sendo as principais: o controle de preços do governo, lei de patentes reforçando

os monopólios, dificuldade de acesso à mídia, ausência de políticas industriais de longo prazo, dentre outras.

A história da indústria farmacêutica no Brasil pode ser dividida em 3 fases:

- 1a fase (1989-1914): A proclamação da República em 15 de novembro encontrou a produção farmacêutica brasileira

no apogeu de sua primeira fase industrial, que se prolongaria até 1914 e que assistiu à fundação dos primeiros

laboratórios industriais produtores não só de medicamentos de origem vegetal, mas também de origem mineral e até

animal (opoterapia, soros e vacinas). Havia então 35 laboratórios no país.

- 2a fase (1915-1938): período impulsionado pela deflagração da Primeira Grande Guerra, que privou o Brasil de grande

soma de medicamentos e deu início a uma fase de desenvolvimento geral dos nossos laboratórios, com o

aperfeiçoamento dos métodos científicos e de produção. Além disso, foi o período do despertar dos laboratórios

estrangeiros para o potencial representado pelo mercado brasileiro. Teve início a produção no Brasil de produtos de

origem francesa, italiana, suíça, alemã, inglesa e norte-americana, em pequena escala. Ainda se fazia necessária a

importação de quase todos os produtos químicos básicos.

- 3a fase (1939-atual): Inicia-se a terceira fase industrial do setor farmacêutico brasileiro. Com as insuperáveis

dificuldades para importação de matérias-primas, máquinas e utensílios nossos laboratórios viram-se obrigados a suprir

sozinhos a demanda interna, chegando até a suprir os países europeus de alguns produtos.

A década de 90 foi marcada por um crescimento do mercado de medicamentos genéricos a nível mundial. Em

contrapartida, a indústria farmacêutica de pesquisa não viu seus custos com P&D reduzidos. O que ocorreu foi um

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aumento progressivo nestes custos, em função de testes clínicos cada vez mais rigorosos exigidos pela Food and Drug

Adminstration (FDA), órgão americano de regulamentação do setor, reconhecido mundialmente por ser o mais restritivo,

sendo, portanto necessárias tecnologias mais avançadas.

A estrutura da indústria farmacêutica brasileira na década de 1990 está intimamente ligada as politicas industriais

horizontais implementadas no inicio do período. Dentre essas politicas, as de maior impacto para o setor, segundo

Queiroz e Gonzales (2001) e Romano (2005) foram:

- redução das tarifas aduaneiras, em particular a partir de 1994;

- flutuação na taxa de câmbio;

- liberalização dos preços a partir de 1992;

- implantação da nova legislação patentária em 1996, pela assinatura do Acordo Trips em 1995;

- redução significativa dos instrumentos financeiros de suporte ao investimento setorial;

- recursos do BNDES e da Finep.

Tais politicas, que não consideravam as especificidades setoriais e não propunham instrumentos focados para um

conjunto definido das indústrias, produziram modificações importantes na estrutura industrial. Alguns resultados

conhecidos são: aumento das importações com modesto crescimento das exportações, aquisições de empresas

nacionais por estrangeiras, aumento significativo dos preços, desverticalização e especialização produtiva, estagnação

da produção nacional e, mesmo, contração da produção em alguns segmentos (Frenkel, 2002; Gadelha, 2002).

1.2 Zona da mata

Vale ressaltar que o setor químico e farmacêutico da Zona da Mata deve merecer atenção especial, pois vem se

destacando em termos de participação na produção e exportação estadual. Além disso, trata-se de uma indústria que

está localizada numa região onde se concentra elevada produção científica na área químico-farmacêutico (Viçosa,

Barbacena, Juiz de Fora e Rio de Janeiro).

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Segundo reportagem da Revista Cenário (maio/2013), a indústria química e farmacêutica é, talvez, a que colheu

melhores resultados ao longo dos últimos anos. O setor reúne cerca de 15 empresas em Juiz de Fora, se consideradas

as que têm produção 100% voltada para os cosméticos, sendo duas delas – a Becton Dickinson (BD) e Medquímica –

de grande porte. Ao todo, são aproximadamente quatro mil funcionários, que produzem para atender todo o mercado

nacinoal. O desafio maior, segundo o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Química e Farmacêutica de Juiz de Fora

(Sinquifar/JF) é conseguir na cidade mão de obra especializada e atender a todas as exigências da Anvisa, cada vez

mais detalhista.

Em relação à Zona da Mata, sabe-se que o panorama atual das empresas farmacêuticas está distribuído assim:

Empresas da Classe CNAE – Fabricação de medicamentos para uso humano (7 empresas):

Carangola:

Marcos Antonio C De Oliveira E Cia Ltda – Pequena (39 Empregados)

Aequilibrium Farmacia De Manipulacao Ltda – Pequena (23 Empregados)

Juiz de Fora:

Medquimica Industria Farmaceuticas – Grande (364 Empregados)

Laboratorio Melpoejo Ltda – Pequena (14 Empregados)

Laboratorio Quim Farm Barros Ltda – Pequena (11 Empregados)

Cosmed Ind De Cosm E Med S A – Pequena (35 Empregados)

Nativita Industria E Comercio Ltda – Média (59)

Empresas da Classe CNAE - Fabricação de medicamentos para uso veterinário

Viçosa

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PatsosIndustria E Comercio De Prod. Bio – Micro (2 empregados)

Microvet Microbiologia VeterinariaEspec – Média (61 empregados)

Empresas da Classe CNAE - Fabricação de Preparações Farmacêuticas:

RenylabQuimicaFarmacLtda – Pequena (23 Empresas) – Barbacena

Farmacia Philadelphia Ltda – Pequena (10 Empresas) – Juiz de Fora

Cursos Superiores ligados ao setor farmacêutico:

- Bioquímica: Universidade Federal de São João Del Rei, Universidade Federal de Viçosa

- Engenharia Química: Universidade Federal de São João Del Rei, Universidade Federal de Viçosa

- Química: Universidade Federal de São João Del Rei, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Juiz

de Fora

- Engenharia de Produção: Universidade Federal de São João Del Rei, Universidade Federal de Juiz de Fora,

Universidade Federal de Viçosa.

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Figura 1: Distribuição espacial das empresas, centros de pesquisa e cursos técnicos

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

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Figura 2: Distribuição espacial dos empregos, centros de pesquisa e cursos técnicos

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

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2 Panorama do setor

Segundo dados do Ministério da Saúde, o mercado farmacêutico movimenta anualmente R$ 28 bilhões e a

tendência é de expansão. Entre as seis maiores empresas farmacêuticas do mundo, quatro são brasileiras e

apresentam crescimento acelerado na produção de genéricos. Atualmente, existem cerca de 540 indústrias

farmacêuticas cadastradas no Brasil, sendo 90 produtoras do medicamento similar.

A carga tributária dos medicamentos de uso humano é de 33,87%, embutidos no preço final pago pelos

consumidores brasileiros. Um dos impostos que mais pesam sobre o valor final é o Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços (ICMS). No Estado de São Paulo, por exemplo, esse imposto é de 18% e, no Rio

de Janeiro, 19%. Esses números fazem o Brasil figurar entre as nações que mais cobram impostos sobre

medicamentos no mundo. Algumas propostas estão em andamento pedindo alterações na tributação do

setor. São elas: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), nº 115 de 2011, de autoria do senador Paulo

Bauer, que isenta os medicamentos de uso humano de impostos; e o Projeto de Lei do deputado federal José

Antônio Machado Regufe, que propõe a isenção de impostos para medicamentos essenciais. Não há

expectativa para que estas medidas entrem em vigor.

2.1 Comparação do setor com indústria brasileira

Tabela 1: Participação no valor adicionado bruto a preços básicos de produtos farmacêuticos (%) - Brasil 2005-2009

2005 2006 2007 2008 2009

0,7 0,7 0,7 0,6 0,7 Fonte: IBGE Contas Nacionais

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2.2 Produção e produtividade do trabalho

Gráfico 1: Valor adicionado bruto em milhões de reais

Fonte: IBGE Contas Nacionais

2.3 Mercado Interno

Tabela 2: Negócios da indústria farmacêutica no Brasil (2010):

Fonte: Business Monitor International

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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Tabela 3: Variação do consumo aparente:

Produtos farmaquímicos e farmacêuicos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

7,1 % 7,1 % 7,1 % 5,5 % 5,5 % 5,5 % 5,5 % 1,5 %

Fonte: IBGE Contas Nacionais

2.4 Setor externo: Exportação/Importação

Figura 3: Geopolítica das indústrias farmacêuticas

Fonte: IMS Health

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Gráfico 2: Importações e Exportações - Produtos farmacêuticos - Déficit da balança comercial exportações e importações brasileiras (1997-2012 em bilhões US$ FOB)

Fonte: MDIC/Secex/Sistema Alice

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2.5 Investimentos

O Governo Federal estruturou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica - Profarma

com a finalidade de contribuir para a implementação da PITCE, atendendo aos seguintes objetivos:

a) incentivar o aumento da produção de medicamentos para uso humano e seus insumos no país;

b) melhorar os padrões de qualidade dos medicamentos produzidos para uso humano e sua adequação às exigências

do órgão regulatório nacional;

c) reduzir o déficit comercial da cadeia produtiva;

d) estimular a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no país; e

e) fortalecer a posição econômica, financeira, comercial e tecnológica da empresa nacional.

Para atender às necessidades do setor, o Profarma foi dividido em três subprogramas que apóiam investimentos de

natureza distinta. São eles:

• Profarma – Produção: investimentos de implantação, expansão e/ou modernização da capacidade produtiva, bem

como a adequação das empresas, de seus produtos e processos aos padrões regulatórios da Anvisa e dos órgãos

regulatórios internacionais, incluindo despesas com testes de bioequivalência, biodisponibilidade e aquelas

relacionadas ao registro de medicamentos para produtos já comercializados pela empresa;

• Profarma – P,D&I: investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação;

• Profarma – Fortalecimento de Empresas de Controle Nacional: apoio à incorporação, aquisição ou fusão de empresas

que levem à criação de outras empresas de controle nacional de maior porte e/ou verticalizadas.

Lançado em 2004, o programa Farmácia Popular do Brasil, que fornece medicamentos gratuitos ou com até 90% de

desconto, ampliou significativamente a oferta de produtos à população brasileira ao expandir os pontos de retirada de

medicamentos para além das unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). De janeiro de 2011 a

agosto de 2012, o crescimento do número de beneficiados foi de cerca de 300%. A principal responsável por esse salto

foi a ação Saúde Não Tem Preço, iniciada em fevereiro de 2011, que oferta gratuitamente à população medicamentos

para diabetes, hipertensão e asma.

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O programa conta com mais de 20 mil drogarias credenciadas em todo o País, e as adesões não param. O crescimento

médio dos últimos anos está na casa de cinco mil novas farmácias em 2012. Deve-se chegar até o final de 2012 com 25

mil estabelecimentos credenciados.

Gráfico 3: Gastos em P&D Farmacêuticos (em bilhões de dólares)

Fonte: EvaluatePharma 2010

2.6 Emprego

No geral, o setor emprega mão de obra qualificada e com salários acima da média industrial.

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Tabela 4: Evolução do estoque de empregos do setor farmacêutico na Zona da Mata

2007 2008 2009 2010 2011

650 631 631 662 613 Fonte: RAIS/MTE

Gráfico 4: Distribuição dos Empregados por grau de escolaridade no setor farmacêutico em MG (2011)

Fonte: RAIS/MTE

0

10

20

30

40

50

60

70

Fund.Incomp.

Fund. Comp. MédioIncomp.

MédioComp.

SuperiorIncomp.

SuperiorComp.

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Gráfico 5: Distribuição dos Empregados por grau de escolaridade no setor farmacêutico na Zona da Mata (2011)

Fonte: RAIS/MTE

Tabela 5: Estabelecimentos desagregados por quantidade de empregado no Brasil (2011)

Fonte: RAIS/MTE

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Fund.Incomp.

Fund. Comp. MédioIncomp.

MédioComp.

SuperiorIncomp.

SuperiorComp.

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Tabela 6: Média salarial do setor por UF (em salários mínimos - 2011)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS/MTE

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2.7 Principais players – Mundo e Brasil

Tabela 7: Maiores laboratórios farmacêuticos do Brasil (2012)

Fonte: IMS Health

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Das dez maiores que atuam no Brasil, apenas três são nacionais (Aché, EMS e Eurofarma). As outras são europeias,

americana e japonesa.

1) O Laboratório Aché é nacional com 45 anos de atuação e sede em Guarulhos (SP).

2) A EMS também é nacional com sede no estado de São Paulo.

3) Sanofi: França

4) Eurofarma: Brasil

5) Medley: Grupo Sanofi (França)

6) Novartis: Suíça

7) MSD: Alemanha

8) Pfizer: EUA

9) Bayer Pharma: fusão de empresas da Alemanha e EUA

10) Takeda Pharma: Japão

Tabela 8: Maiores laboratórios farmacêuticos do mundo

Fonte: Valor Análise Setorial – Indústria Farmacêutica

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3 Perspectivas do Setor

Ao longo dos últimos anos, a taxa de crescimento das vendas de medicamentos no Brasil tem sido seis vezes superior

ao desempenho dos mercados desenvolvidos. Em 2011, o faturamento da indústria farmacêutica apresentou forte

elevação – 18,7% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 44 bilhões. Em 2012, cresceu perto de 10%, atingindo R$

48,4 bilhões. Em unidades, o setor movimentou 2,5 bilhões de caixas, contra 2,3 bilhões vendidas em 2012. Apesar da

queda nas margens de rentabilidade, o saldo foi positivo.

A ascensão das classes sociais C, D e E, somada ao crescimento nos índices de emprego no País foram fatores

importantes para a prosperidade, tanto da indústria quanto do varejo farmacêutico em 2012. Com poder aquisitivo

maior, a população passa, gradativamente, a cuidar mais da saúde, consultando médicos e, consequentemente,

aumentando o número de prescrições, o que reflete, diretamente na aquisição de medicamentos. Até 2017, a projeção

é que este comércio cresça, em média, 13% em volume e 12% em receita ao ano.

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3.1 Movimentação Geográfica

Tabela 9: Número de empresas fabricantes de produtos farmacêuticos e farmoquímicos por UF

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

Tabela 10: Número de empresas fabricantes de produtos farmacêuticos e farmoquímicos por região

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

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A demanda por remédios deve movimentar US$ 60 bilhões no Brasil em 2020, segundo a PwC. Em 2011, este valor foi

de US$ 25 bilhões. Todas as grandes multinacionais estão olhando para os países emergentes, como China, Índia,

Brasil, e estão vindo para cá. O mercado brasileiro é muito importante no contexto global, assim como os outros

emergentes.

Em nível global, o consultor aponta como tendência o aumento da importância relativa dos países emergentes. Em

2006, os Estados Unidos respondiam por 41% do mercado mundial, os principais mercados da Europa, por 19%, e o

Japão, por 10%, enquanto os emergentes eram responsáveis por 14% da receita global. Em 2011, o mercado

americano passou a representar 34%, os europeus, 17%, o Japão, 12% e os emergentes, 20%.

A previsão para 2016 é que o mercado americano será 31% do total, os cinco principais mercados europeus, 13%, o

Japão, em torno de 10%, e os mercados emergentes serão 30% do mercado global. Ele, no entanto, ressalta que a

produção de insumos continua concentrada nos mercados maduros. Mudar isso demanda investimento em educação e

pesquisa.

Brasil, Índia e China são três casos bastante significativos quando se pensa no cenário do setor farmacêutico mundial,

não somente pela importância de seus mercados consumidores, mas também pelas estratégias de capacitação

tecnológica e desenvolvimento industrial que implementaram durante as duas últimas décadas.

Desta maneira, o Brasil possui, dentro da cadeia produtiva de medicamentos, uma indústria especializada na

elaboração dos produtos finais enquanto atividades de P&D e a produção de fármacos (princípios ativos) são

concentradas nos EUA, Europa e, em menor escala, na Índia e China.

3.2 Tendências de concentração

Na indústria de fármacos e medicamentos, as empresas multinacionais de grande porte são as maiores inovadoras de

produtos e processos. É parte central da estratégia dessas empresas a continua introdução de novos medicamentos no

mercado. Tais estratégias exigem intensa atividade em P&D em diversos programas de pesquisa. Assim, uma situação

comum nesse setor e a constituição de redes de P&D organizadas por uma empresa-líder, em geral detentora de

elevada capacidade tecnológica (Grabowski, 2003; Albuquerque e Cassiolato, 2002), mas também de um eficiente e

amplo processo de distribuição e marketing. Essa complexidade tecnológica e comercial, presente nas interações entre

as firmas, as instituições de P&D e a rede distribuidora, constitui as principais barreiras à entrada de imitadores.

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O mercado farmacêutico é, dessa forma, caracterizado por um oligopólio diferenciado, intensivo em P&D e com um

ciclo de vida do produto fortemente marcado pelo prazo de vigência da proteção patentária. Além dessa clássica

barreira à entrada, existem outras, mais relacionadas às estratégias das firmas, como o controle de marcas e rede de

fornecedores e que são muitas vezes subestimadas. Em seu conjunto, essas barreiras estruturais criam grandes

monopólios e oligopólios por classes e subclasses terapêuticas(Rego, 2000; Kremer, 2002).

3.3 Oportunidades e tendências

O Instituto IMS for HealthcareInformatics prevê que o mercado da indústria farmacêutica irá atingir cerca de US$ 1,1

bilhões até 2015, um aumento de US$ 210-240 bilhões em relação aos US$ 856 bilhões registrados em 2010. No

entanto, o crescimento nos próximos cinco anos vai diminuir para 3-6% ao ano em comparação com mais de 6% ao ano

no período entre 2005-2010. Esse crescimento está vindo principalmente da expansão do mercado nos principais

países emergentes e dos genéricos. Em mercados mais desenvolvidos, as vendas de novos medicamentos de marca

esperam obter um crescimento de US$ 119 bilhões para 2015, mas isso vai ser compensado pelas perdas devidas à

expiração das patentes de US $ 120 bilhões. Por outro lado, as vendas de genéricos nos mercados desenvolvidos

devem crescer por volta de US$ 47 bilhões.

Ainda em âmbito de escala, o mercado mundial de genéricos cresce aproximadamente 17% ao ano e movimenta cerca

de US$ 55 bilhões (Pro-Genéricos, 2009). O destaque principal fica para o mercado americano, que movimenta

aproximadamente 40% desse montante total. Para o caso brasileiro, a despeito do efeito intencional de diminuição de

preços dos medicamentos, os efeitos não esperados da politica dos genéricos na cadeia produtiva também se mostram

importantes. Pode-se dizer, sem nenhum erro, que as empresas nacionais só adquiriram escala e share competitivos a

nível nacional apos a politica.

Um estudo da PricewaterhouseCoopers (PwC) sobre a indústria farmacêutica mostra que está havendo uma mudança

de conceito do tratamento das doenças para a cura delas. Durante muitos anos a indústria esteve focada na produção

de remédios para tratar das doenças.O que o Governo e os usuários querem agora é a cura. Isso demanda também

uma mudança na cultura das organizações farmacêuticas.

O crescimento da indústria farmacêutica nos próximos anos será pautado, principalmente, pela venda de genéricos, que

já provoca uma mudança nos hábitos de consumo e, inclusive, das organizações. O uso de medicamentos genéricos é

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uma tendência global, mas muito maior nos países emergentes. As empresas estão oferecendo as duas coisas. Os

grandes laboratórios têm hoje o que chamamos de medicamentos demarca, que são mais caros, e também os

genéricos, mais baratos.

Mas, para crescer, a indústria deve enfrentar três grandes desafios: o aumento da exigência do consumidor, baixa

produtividade científica e uma cultura de administração antiquada, de acordo como executivo.

3.4 Perspectivas tecnológicas

O problema, segundo o executivo, é que o setor gasta muito com pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos.

Por isso, ele destaca a importância das patentes em relação a produtos inovadores. É um custo muito alto para a

indústria farmacêutica e a exclusividade é necessária para que haja um retorno dos gastos.

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3.5 Elos chave e Fatores Críticos de Sucesso (FCS)

Figura 4: A curva de valor da indústria farmacêutica

Fonte: traduzido de Bartlett e Ghoshal (2000)

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Figura 5: A cadeia produtiva do setor farmacêutico

Fonte: Elaboração própria

1º ELO: FORNECEDORES

O Brasil é dependente da importação de:

• Reagentes (solventes de alto grau de pureza)

• Embalagens (vidro)

• Equipamentos e máquinas

• Materiais para Laboratórios

• Princípios ativos/Fármacos

1° ELO – PRESTADORES DE SERVIÇOS

Prestadores de serviços de pesquisa clínica:

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- Foram identificados 12 centros concentrados na

região Sul e Sudeste;

- Natureza pública predominante (universidades

federais e estaduais)

“O país perde competitividade devido à demora na

aprovação dos protocolos de pesquisa clínica pelos

CEP’s e CONEP.”

- Prestadores de serviços de calibração e certificação:

* Rede de metrologia (INMETRO)

* Reblas (ANVISA)

2° ELO – FABRICANTES DE MEDICAMENTOS

Públicos:

- São responsáveis por quase 75% das unidades de

medicamentos distribuídos pelo SUS;

- Produtores de medicamentos similares;

- 17 laboratórios ligados ao Ministério da Saúde (MS),

às Forças Armadas, às universidades e aos governos

estatuais.

Privados:

- Medicamentos de marca (90% são de multinacionais)

* Similares

* Genéricos

3º ELO – DISTRIBUIÇÃO

Distribuidores:

- Fornecem medicamentos para cerca de 60 mil

farmácias, além de abastecer os estoques de clínicas e

hospitais privados.

- Existem, aproximadamente, 3.844 distribuidores de

medicamentos operam no Brasil.

- As quinze maiores empresas concentram cerca de

60% dos negócios.

4° ELO DA CADEIA FARMÁCIAS INDEPENDENTES

E REDE

• 79.000 farmácias e drogarias registradas - país com o

maior número de farmácias do mundo.

• Em 2005, elas empregavam cerca de 200 mil

pessoas.

• Quase 70% delas se enquadram como micro ou

pequena empresa e apenas 10% como de grande

porte • Esse elo da cadeia farmacêutica é fragmentado,

sendo que a maioria dos estabelecimentos são

farmácias independentes.

• A distribuição das farmácias pelo Brasil se caracteriza

pela maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.

• Isso se deve a maior concentração da renda por

habitante nessas regiões, além das facilidades

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logísticas, consequentes da maior proximidade dos

grandes laboratórios farmacêuticos presentes no Brasil.

Fonte: II Fórum Nacional de Competitividade da

Cadeia Produtiva Farmacêutica no Brasil.

Fatores Críticos de Sucesso:

O principal elo da cadeia é o 2º elo (fabricantes de medicamentos). Trata-se de um setor intensivo em capital, assim, a

expansão do setor na região não significa aumento significativo no número de empregos. Necessários grandes

investimentos em P&D que é uma atividade de alto risco e retorno incerto. Proximidade de contato com universidades e

centros de pesquisas é uma vantagem competitiva, bem como medidas de proteção intelectual (patentes) a fórmulas e

princípios ativos.

No mercado brasileiro, dois tipos de vantagem competitiva são claramente observados, principalmente desde a

inserção dos medicamentos genéricos, aonde estes entram na vantagem competitiva guiada por baixos custos ao

consumidor, enquanto as companhias farmacêuticas que produzem seus medicamentos emitindo sua própria marca,

buscou sua vantagem competitiva orientada pela diferenciação.

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4 Considerações Finais

A indústria farmacêutica está entre os segmentos que têm conseguido sustentar crescimento na casa dos dois dígitos

apesar da crise internacional e do desaquecimento interno.

A produção de fármacos exige altos investimentos em tecnologia, em instalações (sofisticadas plantas-piloto) e em

recursos humanos altamente qualificados, ainda que não cheguem a serem tão elevados como no primeiro estágio (da

pesquisa básica).

A trajetória do setor farmacêutico no Brasil mostra que, por meio das políticas de saúde pública, o governo influenciou

grandemente no padrão de consumo dos medicamentos.

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5 Referências

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sucesso relativo e progressiva perda de eficiência? In: 37º Encontro Nacional de Economia, 2009, Foz do

Iguaçu. Anais do 37º Encontro Nacional de Economia, 2009.

Inove em Minas. Governo Estadual de Minas Gerais (2010). Disponível em: <http://inventta.net/wp-

content/uploads/2010/07/26020100412-Inove_em_Minas.pdf>. Acesso em: 1º de setembro de 2013.

KREMER, M. PharmaceuticalsandtheDeveloping World. JournalofEconomic Perspectives. Vol. 16, n 4, 2002, p 67-90. QUEIROZ, S. R. R.; GONZÁLES, A. J. V. Mudanças recentes na estrutura produtiva da indústria farmacêutica. In: NEGRI, B.; DI GIOVANI, G. (Org.). Brasil: radiografia da saúde. Campinas: Instituto de Economia/Universidade Estadual de Campinas (IE/Unicamp), 2001, p. 123-156. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/rais/estatisticas.htm>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013. REGO, E.C.L. Políticas deregulação do mercado de medicamentos: a experiência internacional. Revista do BNDES. v.7, n. 14, 2000, p.367-400. REIS, A. M. M., PERINI, E. Desabastecimento de medicamentos: determinantes, conseqüências e gerenciamento. Ciênc Saúde Colet. 2008, 13(supl):603-610. ROMANO, L. A. N. Intervenção e regulação no Brasil: a indústria farmacêutica. Brasília: FEBRAFARMA,

2005.

Sítio eletrônico do IPEAdata: <www.ipeadata.gov.br>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013. Sítio eletrônico do IBGE: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013. Sítio eletrônico do IMS Health: <http://www.imshealth.com>. Acesso em: 23 de setembro de 2013. Sítio eletrônico do Business Monitor International: < http://www.businessmonitor.com/>. Acesso em: 23 de setembro de 2013. VIEIRA, V. M. M.; OHAYON, P. Inovação em fármacos e medicamentos: estado da arte no Brasil e políticas de P&D. Rev. Econ. & Gestão, 6(13),2006.

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Anexos

Tabela 11: Matriz de projetos

Fonte: Elaboração própria

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Figura 6: Notícia sobre o Aeroporto de Goianá

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Fonte: Diário do Comércio

Figura 7: Notícia sobre investimento do setor na regional

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Fonte: Tribuna de Minas