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AULAS PRTICAS

FUNDAMENTOS

DE

QUMICA

2011/2012

Docentes das Aulas Prticas Carla Nunes Fernando Santos Maria Estrela Melo Jorge Maria Helena Mendona Maria Manuela Rocha Pedro Vaz

1

PLANO DE AULAS PRTICASSetembro1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Apresentao e medio aproximada e rigorosa de volumes

Outubro1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31TOLERNCIA Extraco por solventes (simples e mltipla) Destilao simples e fraccionada Analise global dos resultados Preparao e padronizao de solues FERIADO Preparao e padronizao de solues

Novembro1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Reaces e propriedades de alguns elementos do bloco p Reaces e propriedades de alguns metais alcalinos e alcalinoterrosos Introduo oxidaoreduo Anlise de resultados dos trabalhos anteriores. Iniciao pesquisa cientfica on-line. Cromatografia de adsoro FERIADO

Dezembro1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31Teste prtico Anlise de resultados dos trabalhos anteriores FERIADO TOLERNCIA FERIADO TOLERNCIA

Os alunos devem levar para todas as aulas 1. culos 2. Bata 3. Caderno de laboratrio 4. Protocolos dos trabalhos2

Aula de apresentao e

Medio aproximada e rigorosa de volumes

Introduo Num laboratrio essencial conhecer e utilizar correctamente todo o material de vidro, assim como todos os equipamentos existentes. Em particular, os instrumentos de medida de volume de lquidos, como no tm todos igual rigor, devem ser usados de forma criteriosa, de acordo com o objectivo pretendido e o rigor exigido em cada experincia. Embora partida se conhea o erro de medida (incerteza nominal) e a classe associados a cada instrumento, existem situaes em que necessrio comprovar o seu rigor. Pode-se comparar o rigor de vrios instrumentos de medida de volume de lquidos, atravs da determinao da exactido e incerteza da medida a eles associada. Para isso, mede-se, para um copo, o mesmo volume de gua utilizando vrios aparelhos de medida (volume nominal) e, em seguida, determinam-se as respectivas massas. A partir da definio de densidade ou massa volmica e do seu valor, lido numa tabela adequada (ver bibliografia), pode determinar-se o volume realmente medido com cada aparelho utilizado. Exactido (Accuracy) uma medida do afastamento em relao a um valor convencionalmente aceite como verdadeiro. Incerteza (Uncertainty), anteriormente designada por preciso, uma medida da disperso dos resultados experimentais, normalmente expressa em termos do desvio padro, ou para um intervalo de confiana especfico, por exemplo, incerteza expandida (95%).

Utilizao e comparao de alguns instrumentos de medida de volume Cada aluno, ou grupo de alunos, realiza uma experincia tipo, descrita a seguir, para a determinao rigorosa de um determinado volume de gua destilada medido com um dos seguintes instrumentos de medida: pipeta graduada, pipeta volumtrica, bureta e proveta.

1. 2. 3. 4. 5.

Determinar a massa rigorosa de um copo de 25 mL bem seco. Registar o seu valor. Utilizando um dos instrumentos de medida de volume e com o auxlio de uma pompete (figura abaixo), medir 10 mL de gua destilada e verter para o copo. Determinar a massa rigorosa do copo com a gua. Medir a temperatura da gua destilada e registar o respectivo valor da densidade, consultando o Handbook. Registar os resultados numa tabela do seguinte tipo:

Instrumento

Volume nominal /mL

Classe e incerteza nominal / mL

T/ C

d/ g cm

-3

Massa copo vazio /g

Massa copo + gua /g

Massa gua /g

Volume real / mL

6.

Comparar os vrios resultados obtidos.

3

Vlvula para expelir o ar

Vlvula para sugar o lquido

Orifcio para introduzir a pipeta Vlvula para expelir o lquido

Fig.- Esquema de funcionamento de uma pompete

Anexo Pode ser feito um tratamento estatstico deste tipo de determinaes mas, para tal, devem ser realizadas N determinaes (xi) com o mesmo instrumento, para se calcular o valor mdio do volume medido ( x ), o desvio padro das medidas (s) e o erro relativo (em %) associados s determinaes feitas com cada instrumento. Para o efeito so utilizadas as seguintes expresses:NN

x

i 1

xi

xi si 1

x

2

erro %

N

( N 1)

s 100 x

Bibliografia Handbook of Chemistry and Physics, Ready-Reference Book of Chemical and Physical Data, 78th Edition, CRC Press, Boca Raton, New York 1997/98 J. A. Martinho Simes, M. A. R. Botas Castanho, I. M. S. Lampreia, F. J. V. Santos, C. A. Nieto de Castro, M. F. Norberto, M. T. Pamplona, L. Mira, M. M. Meireles Guia do Laboratrio de Qumica e Bioqumica; Lidel: Lisboa, 2000. J. C. Miller, J. N. Miller Statistics for Analytical Chemistry, 3rd ed.; Ellis Horwood: Chichester, 1993.

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1 Trabalho

Preparao e padronizao de soluesObjectivo Preparar solues aquosas a partir de slidos e de lquidos. Determinar a concentrao exacta das solues anteriormente preparadas utilizando solues padro. Tcnica de anlise volumtrica cido-base. Introduo Anlise volumtrica ou volumetria a designao dada aos mtodos da qumica analtica quantitativa ou mtodos de doseamento nos quais a quantidade de substncia que se pretende determinar calculada a partir da medio de um volume. Em geral, uma soluo de concentrao rigorosamente conhecida (soluo padro) adicionada a uma soluo amostra a analisar at que esta seja totalmente consumida atravs de uma reaco qumica, isto , at que se atinja o ponto de equivalncia. O processo conhecido como titulao e o ponto de equivalncia corresponde situao em que reagiram quantidades equivalentes do padro e da amostra. As titulaes baseiam-se em qualquer tipo de reaco qumica, mas esta ter que satisfazer determinados requisitos, sendo os mais importantes o ser: completa (constante de equilbrio elevada), rpida e estequiometricamente bem definida. O rigor de uma titulao depende significativamente do rigor com que a concentrao da soluo padro determinada. Idealmente, uma soluo padro preparada por dissoluo de uma massa rigorosamente determinada, de uma substncia de elevada pureza, estvel, no higroscpica e massa molar elevada, facilmente acessvel e no muito dispendiosa, que designada por padro primrio. No entanto, o nmero de padres primrios limitado, recorrendose, muitas vezes, aos chamados padres secundrios. A concentrao da soluo de um padro secundrio determinada por titulao com uma soluo de um padro primrio. A titulao de uma soluo de concentrao desconhecida com uma soluo padro designa-se padronizao. Em geral, as solues de padres secundrios no oferecem a garantia de estabilidade das solues dos padres primrios devendo, por isso, ser periodicamente padronizadas. O ponto de equivalncia de uma titulao detectado, quer por mtodos instrumentais, quer por mtodos visuais, baseando-se estes na utilizao de indicadores. Os indicadores so substncias que podem apresentar-se em duas formas com cores distintas, que se transformam uma na outra, por alterao das condies do pH do meio ocorrida durante a titulao. Os indicadores so escolhidos de modo que a viragem de cor se d o mais prximo possvel do ponto de equivalncia. Assim, o ponto no qual o indicador muda de cor e a titulao interrompida designa-se ponto final. Quanto mais afastado este estiver do ponto de equivalncia, maior ser o erro associado titulao. Na preparao de solues a partir de slidos devem ter-se em considerao os seguintes passos: pesagem do slido em copo de reaco; dissoluo em pequena quantidade de solvente, no mesmo recipiente; transferncia da soluo para balo volumtrico e adio de mais solvente, tendo o cuidado de lavar por vrias vezes o copo com pequenas pores de solvente. homogeneizao da soluo; aferio pelo trao de referncia do balo volumtrico; para a diluio, a partir de solues j existentes, mede-se o volume necessrio de soluo inicial (me) para um balo volumtrico, adiciona-se mais solvente, fazendo finalmente a homogeneizao e aferio.

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Nota 1: O hidrxido de sdio extremamente higroscpico e alm disso reage facilmente com o dixido de carbono. A durao da pesagem pois muito importante. Nota 2: Para a diluio de cidos fortes, deve inicialmente colocar uma certa quantidade de gua no recipiente e, s depois ir adicionando muito lentamente o cido. A aferio final do balo volumtrico deve ser feita com a soluo temperatura ambiente. Material e reagentes 4 copos de 25 ou 50 mL; 2 bales volumtricos 50 mL, 2 bales volumtricos 100 mL, 1 pipeta graduada de 10 mL, 1 pipeta graduada de 5 mL, 2 pipetas volumtricas de 10 mL, 4 erlenmeyers 100 mL, 1 pompette, 2 varetas, 2 funis pequeno, 3 pipetas de Pasteur, 1 esptula metlica de calha, 2 montagens para titulao com bureta de 25 mL. Hidrxido de sdio slido (NaOH), cido sulfrico comercial (H2SO4), hidrogenoftalato de potssio slido (C8H5KO4), soluo de fenoftalena e de azul de bromotimol. Procedimento A- Preparar solues aquosas a partir de slidos Prepare 100 mL de uma soluo 0,1 mol L-1 de hidrxido de sdio (soluo 1). B- Preparar solues aquosas de cidos a) Prepare 50 mL de cido sulfrico aproximadamente 1,5 mol L-1, a partir do cido comercial (d = 1,84; 95-97% p/p). b) Prepare 50 mL de cido sulfrico aproximadamente 0,1 mol L-1, a partir da soluo anterior (soluo 2). C- Volumetria cido-base a) Padronize a soluo de NaOH ~0,1 mol L-1 que preparou, com hidrogenoftalato de potssio (padro primrio), previamente seco na estufa e arrefecido temperatura ambiente, num exsicador. Para realizar esta operao utilize um erlenmeyer onde pesar rigorosamente cerca de 0,2 g de hidrogenoftalato de potssio e adicione gua destilada at dissolver todo o slido. Utilize uma soluo alcolica de fenolftalena como indicador. Repita este procedimento 2 vezes. b) Titule 10 mL da soluo 2 (H2SO4 0,1 mol L-1), com a soluo 1 (NaOH ~0,1 mol L-1), usando o azul de bromotimol como indicador. Repita este procedimento 2 vezes.

Registo e tratamento de resultados 1. Preencha as tabelas seguintes.

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Tabela I - Preparao de soluesSoluo aquosa Hidrxido de sdio 0,1 mol L-1

Quantidade de reagente ( massa ou volume )

cido sulfrico 1,5 mol L-1

cido sulfrico 0,1 mol L-1

Tabela II Padronizao da soluo de hidrxido de sdioVolume de Massa de Cores das solues tituladas titulante Hidrogenoftalato de antes/aps potssio/g /mL / Concentrao da Valor mdio da soluo concentrao da soluo -1 -1 padronizada /mol L padronizada /mol L

/ Tabela III Titulao da soluo de cido sulfricoCores das solues tituladas antes/aps / Volume de titulante / mL Volume mdio de titulante / mL Concentrao da soluo padronizada -1 /mol L

Soluo titulante

Hidrxido de sdio

/

2.

Comente os valores encontrados para as concentraes das solues preparadas.

Bibliografia A. Vogel A, Text-book of Quantitative Inorganic Analysis. Longmans, London, 1968. H. A. Flaschka, A. J. Barnard, P. E. Sturrock Quantitative Analytical Chemistry: Vol.I - Introduction to Principles, A. Barnes and Noble Book, 1969. D. C. Harris, Quantitative Chemical Analysis, 2nd ed., W.H. Freeman and Company, New York, 1987.

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Ateno

Aspectos a rever na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Fichas MSDS: registe as Frases de Risco e de Segurana do hidrxido de sdio e do cido sulfrico. Calcular os valores correspondentes quantidade de cada reagente referida na tabela I. Prever os valores que se devero obter para volume de titulante referido nas tabelas II e III. Porque que o hidrxido de sdio no pode ser classificado de padro primrio?

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2 Trabalho

Destilao simples e fraccionadaObjectivo Separar os constituintes de uma mistura binria, acetona-gua, por destilao simples e fraccionada, e comparar a eficincia dos dois tipos de destilao. Introduo A destilao o mtodo mais usado para purificar lquidos, sendo muito utilizada para separar lquidos com temperaturas de ebulio diferentes. O processo de destilao envolve a evaporao de um lquido e a sua subsequente condensao. A evaporao conseguida por aquecimento da mistura e a separao tem por base o facto da temperatura ser constante durante o processo de transio de fase de qualquer substncia pura. Assim, a mistura lquida aquecida at se atingir a temperatura de ebulio do componente mais voltil. O ponto de ebulio de uma substncia no mais do que a temperatura qual a sua presso de vapor iguala a presso exterior. Numa mistura, a separao tanto mais fcil quanto maiores forem as diferenas entre os pontos de ebulio dos diferentes componentes que a constituem. Numa destilao simples ocorre apenas um nico processo de destilao, enquanto numa destilao fraccionada ocorrem sucessivamente vrias destilaes simples, embora no sejam independentes umas das outras. Para realizar a destilao fraccionada, recorre-se s chamadas colunas de fraccionamento que se colocam entre o balo de destilao e o condensador. Ao aquecer a mistura, o vapor que ascende ao longo da coluna de fraccionamento condensa parcialmente. Enquanto uma parte do condensado forma uma corrente de lquido descendente, a outra parte sofre evaporao por absoro de calor do vapor ascendente. Este ciclo repete-se ao longo de toda a coluna, de modo que a ascenso do vapor acompanhada por uma sucesso de condensaes que lhe vo retirando o componente menos voltil. Como consequncia, quando o vapor atinge o topo da coluna encontra-se bastante enriquecido no componente mais voltil. Pode dizer-se que foi estabelecido um contacto lquido-vapor em contracorrente (lquido descendente e vapor ascendente) acompanhado de transferncia de massa e de calor. Por isso, a destilao fraccionada tambm conhecida por destilao em contracorrente. Como norma geral, dois componentes de uma mistura cujos pontos de ebulio difiram de mais de 80 oC podem ser separados por destilao simples. O mtodo mais adequado para separao de misturas de componentes cujos pontos de ebulio difiram de menos de 80 oC a destilao fraccionada. Neste trabalho proceder-se- separao de uma mistura de acetona e gua por destilao simples e por destilao fraccionada, para comparar a eficincia dos dois tipos de destilao. Material e reagentes Material necessrio para as montagens das destilaes simples e fraccionada, 1 balo de fundo redondo de 250 mL, 1 termmetro 0-100 oC, 8 erlenmeyers de 50 mL com rolhas, 9 provetas de 10 mL, 2 provetas de 50 mL, vidros de relgio, pedaos de porcelana, 1 manta elctrica, fsforos. Acetona, gua destilada. Procedimento Para o registo dos seus resultados construa, no caderno do laboratrio, 3 tabelas semelhantes s apresentadas a seguir:

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Tabela IDestilao Simples Fraco Volume de destilado recolhido / mL 1gota 1 2 ... 30 1 2 II (65-78C) ... 10 1 2 ... ... ... ... Destilao Fraccionada Temperatura / C

I (56-65C)

...

III (78-95C)

...

...

Tabela IIVolume das fraces recolhidas / mL Fraco I Destilao (56-65 C) Fraco II (65-78 C) Fraco III (78-95 C) Fraco IV (95-100 C)

Simples

Fraccionada

Tabela IIITeste chama Fraco I (56-65 C) Destilao Simples Fraccionada Arde Resduo Fraco II (65-78 C) Arde Resduo Fraco III (78-95 C) Arde Resduo Fraco IV (95-100 C) Arde Resduo

Parte A Destilao simples 1. Proceda montagem para destilao simples usando o balo de fundo redondo de 250 mL. 2. Introduza no balo 30 mL de acetona, 30 mL de gua e dois ou trs pedaos de porcelana porosa (reguladores de ebulio). 3. Faa circular gua no refrigerante.

10

4. Etiquete e numere 4 provetas de 5 mL para recolher as seguintes fraces:

I 56-65oC II 65-78oC

III 78-95oC IV resduo

bem como 4 erlenmeyers pequenos com rolha para as guardar. 5. Inicie a destilao da mistura, depois de verificar com o docente se a montagem se encontra nas devidas condies. 6. Regule o aquecimento de modo a que se recolha o destilado dum modo contnuo a uma velocidade aproximada de 1 gota por segundo. 7. Recolha o destilado nas provetas j marcadas. 8. Tome nota da temperatura (na Tabela I) no instante em que cai a primeira gota de destilado da cabea de destilao para o refrigerante, a qual se considera como temperatura inicial da destilao. 9. Registe, na Tabela I, os valores da temperatura correspondente a cada mL de destilado. 10. Mude rapidamente as provetas colectoras nos intervalos de temperatura indicados, continuando a registar os valores da temperatura correspondentes a cada mL de destilado. 11. Logo que mude de proveta colectora, deite o destilado recolhido na proveta anterior no respectivo erlenmeyer e tape-o. 12. Quando a temperatura atingir 95 oC interrompa a destilao e deixe arrefecer o balo. 13. Mea o volume de resduo que fica no balo com a proveta IV e passe-o para o erlenmeyer IV. 14. Mea o volume de cada fraco e anote na Tabela II. 15. Coloque umas gotas de cada fraco em diferentes vidros de relgio, aproxime um fsforo, verifique quais as fraces do destilado que ardem e registe as suas observaes naTabela III. Parte B Destilao fraccionada 1. Proceda montagem para destilao fraccionada usando o balo de fundo redondo de 250 mL. 2. Proceda como na destilao simples de 2 a 4. 3. Aquea moderadamente a mistura at que esta entre em ebulio. 4. Aumente o aquecimento at que o anel de condensao atinja o meio da coluna. A partir deste ponto o aumento de temperatura deve ser muito gradual para que o anel de condensao v subindo muito lentamente. 5. Quando se iniciar a destilao controle o aquecimento de forma a que a mesma se mantenha regular, sem quedas de temperatura, e com velocidade no superior a cerca de 1 mL por minuto. 6. Mude as provetas nos intervalos de temperatura indicados e registe os valores da temperatura para cada mL de destilado. 7. Proceda como na destilao simples de 11 a 15. Tratamento de resultados 1. Para cada destilao trace a curva temperatura vs volume de destilado. Comente os grficos obtidos. 2. Com base nos resultados obtidos compare a eficincia das duas destilaes.11

3. Se quisesse utilizar acetona isenta de gua, qual das destilaes e das fraces seria mais apropriada? Bibliografia David C. Eaton Laboratory Investigations in Organic Chemistry, McGraw-Hill, Inc.: New York, 1989. Organikum - Qumica Orgnica Experimental, traduo de A. P. Rauter, B. J. Herold, 2 Edio, Fundao Calouste Gulbenkian: Lisboa 1997. A.Vogel Textbook of Practical Organic Chemistry, London, 1978. R. Q. Brewster, C. A. Van der Werf, W. E. McEwen. Curso de Qumica Orgnica Experimental, Ed. Alhambra: Madrid, 1974.

Ateno

Aspectos a rever na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Registe os valores das propriedades fsicas que achar convenientes. Esquemas das montagens a utilizar no trabalho e respectivas legendas. Precaues a considerar nas referidas montagens.

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3 Trabalho

Extraco por solventes (simples e mltipla)Objectivo Comparar qualitativa e quantitativamente a eficcia da extraco por solventes, simples e mltipla, atravs do estudo da extraco de violeta cristal com diclorometano.

Introduo A extraco por solventes a tcnica utilizada para separar um componente de uma mistura ou de uma soluo por meio de um solvente adequado. Em particular, muito utilizada para separar substncias existentes na natureza sob a forma de misturas, como, por exemplo, alcalides de folhas e cascas de plantas, essncias de sementes e flores e o acar da cana do acar. A extraco de substncias existentes em soluo lquida faz-se tratando a soluo com um solvente imiscvel com ela (ou quase imiscvel). O soluto ou solutos presentes distribuir-se-o pelas duas fases, geralmente uma aquosa e outra orgnica, conforme as suas solubilidades em cada um dos meios, ou seja, de acordo com a lei da distribuio de Nernst. Segundo esta lei, a relao das concentraes de equilbrio de uma substncia dissolvida em duas fases lquidas a e b, a uma dada temperatura, constante:

Ca Cb

=K

K o coeficiente de distribuio ou de partilha da substncia entre os dois solventes, Ca e Cb so as concentraes de equilbrio da substncia, respectivamente nos solventes a e b. importante referir que esta lei vlida apenas para concentraes baixas (comportamento ideal) e quando a substncia dissolvida se encontra no mesmo estado de associao ou de ionizao nas duas fases. A transferncia de qualquer substncia s possvel na superfcie de contacto das duas fases. Portanto, para que se atinja rapidamente o equilbrio, conveniente tornar aquela superfcie o maior possvel, o que na prtica se consegue agitando vigorosamente os dois lquidos em ampolas ou funis de separao. Parece bvio que a extraco de uma dada substncia ser fcil de realizar sempre que esta for mais solvel no solvente com que se est a efectuar a extraco do que na fase donde se pretende extra-la. A escolha do solvente adequado para a extraco , portanto, fundamental e baseia-se em condies anlogas s da escolha do solvente adequado para a cristalizao. O solvente dever obedecer aos seguintes requisitos: 1. Dissolver facilmente a substncia a extrair. 2. Ser pouco solvel no lquido do qual se pretende extrair a substncia. 3. No extrair (ou extrair em pequena extenso) nenhuma das outras substncias presentes. 4. Ser facilmente separvel da substncia extrada (geralmente por destilao). 5. No reagir quimicamente com a substncia a extrair. Entre vrios solventes possveis, o custo relativo, a facilidade de manipulao, inflamabilidade, toxicidade e outros factores semelhantes podem determinar a escolha. Raramente se consegue uma extraco completa numa s vez (extraco simples), sendo necessrio repetir o processo vrias vezes (extraco mltipla). Alm disso, possvel provar que, para um dado volume de solvente, extraces sucessivas com vrias alquotas do melhores resultados do que uma extraco nica com o volume total do solvente. O violeta cristal miscvel com a gua e com o diclorometano. Neste trabalho proceder-se- extraco pelo diclorometano de uma amostra de violeta cristal dissolvido em gua, utilizando uma extraco simples e uma mltipla. A avaliao quantitativa da eficcia dos dois tipos de extraco utilizados ser feita atravs da espectroscopia de ultravioleta-visvel.13

Material e reagentes 2 ampolas de decantao de 100 mL, 5 bales volumtricos de 25 mL, 2 pipetas graduadas de 25 mL, 3 pipetas graduadas de 10 mL, 4 pipetas graduadas de 5 mL, 3 pipetas graduadas de 2 mL, 7 erlenmeyers de 50 mL, 1 espectrmetro de UV-Vis. Diclorometano, soluo aquosa de violeta cristal (8 mg L-1). Procedimento Registe os resultados numa tabela do seguinte tipo:Cor e intensidade Extraco Simples Fase aquosa Fase orgnica Absorvncia a 590 nm Fase aquosa

Mltipla

Parte A Extraco simples 1. Verifique se a torneira do funil de decantao funciona bem, coloque-o no respectivo suporte e introduza 20 mL de soluo aquosa de violeta cristal. 2. Adicione 20 mL de diclorometano e proceda extraco do violeta cristal do seguinte modo: a) Coloque a rolha no funil, agite suavemente e inverta o funil. Mantendo-o nessa posio, abra a torneira para aliviar a presso interna. Quando se adiciona solvente, estabelece-se um novo equilbrio e, como neste caso o solvente mais voltil, h um aumento da presso no interior da ampola. b) Feche a torneira, agite novamente e, tal como em a) volte a aliviar a presso interna. Repita este processo quatro ou cinco vezes at j no notar nenhuma presso adicional no interior da ampola. c) Agite agora a mistura vigorosamente durante alguns minutos, volte a igualar as presses e finalmente coloque a ampola no respectivo suporte, tirando a rolha e deixando a mistura repousar durante um certo tempo. d) Quando a mistura estiver completamente separada em duas camadas, abra a torneira e deixe escorrer a camada inferior para um erlenmeyer. Feche a torneira, faa um suave movimento circular de modo a que se desprendam algumas gotas que eventualmente estejam aderentes s paredes e retire o resto da camada. Mesmo que interesse apenas uma das camadas, conveniente conservar as duas, at ter a certeza de qual delas contm o produto que deseja extrair. No caso de pretender usar a camada superior, esta dever ser retirada pela parte superior da ampola, a fim de evitar contaminaes. e) Transfira a camada aquosa (superior) para um segundo erlenmeyer, pela parte superior da ampola, para evitar contaminaes. 3. Guarde as duas fases recolhidas separadamente e tape ambos os erlenmeyers para uma comparao posterior. 4. Retire uma amostra da camada aquosa e mea a sua absorvncia ao comprimento de onda 590 nm, correspondente absorvncia mxima do violeta de cristal. Parte B Extraco mltipla Proceda extraco de 20 mL de soluo aquosa de violeta cristal, utilizando agora quatro pores independentes de 5 mL de diclorometano. 1. Faa uma primeira extraco com 5 mL de diclorometano, procedendo como foi indicado atrs. 2. Recolha a camada inferior num primeiro erlenmeyer. 3. Retire uma amostra da camada aquosa e mea a sua absorvncia a 590 nm.14

4. Reponha a amostra na ampola de decantao aps a leitura da absorvncia. 5. Execute mais trs extraces, cada uma delas com uma nova poro de 5 mL de diclorometano, repetindo todo o procedimento descrito de 1 a 4. 6. Compare a intensidade da colorao das solues de diclorometano contidas nos 4 erlenmeyers. 7. Junte estes quatro extractos num erlenmeyer e passe a camada aquosa para um outro erlenmeyer. Parte C Comparao visual Compare agora os erlenmeyers que contm as solues de diclorometano resultantes das extraces simples e mltipla, e os que contm as solues aquosas, por observao da intensidade da colorao de cada uma das solues. Anote o resultado e tire concluses. Parte D Recta de calibrao A lei de Beer-Lambert, neste caso aplicada ao violeta cristal, permite determinar a concentrao de uma soluo corada de concentrao desconhecida a partir da obteno duma recta de calibrao. A partir da soluo inicial de violeta cristal (8 mg L-1) prepare, por diluio sucessiva, solues com as seguintes concentraes: 4; 2; 1; 0,5 e 0,25 mg L-1. Registe os valores de absorvncia (a 590 nm) numa tabela do tipo: Soluo 1 (original) . 6 Concentrao/ mg L-1 8 . 0,25 Absorvncia a 590 nm .

Tratamento de resultados 1. A partir do traado da recta de calibrao, determine as concentraes em violeta cristal das fases aquosas resultantes das vrias extraces. 2. O violeta cristal mais solvel em gua ou em diclorometano? Justifique a sua resposta. 3. Justifique os valores de concentrao em violeta cristal escolhidas para traar a recta de calibrao. 4. Em termos qualitativos e quantitativos, que concluses pode tirar sobre a eficcia dos dois mtodos? Bibliografia J. R. Mohrig, C. N. Hammond, T. C. Morril, D. C. Neckers Experimental Organic Chemistry, 1st ed.; W. H. Freeman and Company: New York, 1998. Maria de Lurdes S. S. Gonalves Mtodos Instrumentais de Anlise de Solues - Anlise Quantitativa, 2ed., Fundao Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1993. David C. Eaton Laboratory Investigations in Organic Chemistry, McGraw-Hill, Inc., New York,1989. Organikum - Qumica Orgnica Experimental, traduo de A. P. Rauter, B. J. Herold, 2 Edio, Fundao Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1997.

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Ateno

Aspectos a rever e clculos a realizar na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Fichas MSDS: apresente as fichas completas dos reagentes: violeta cristal e diclorometano. Apresente a frmula de estrutura do violeta cristal. Apresente os clculos necessrios preparao das solues. Lei de Beer-Lambert.

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4 Trabalho

Cromatografia de adsoroObjectivo Separao de uma mistura de corantes (alaranjado de metilo e azul de metileno) por cromatografia de adsoro em coluna e em camada fina. Introduo As tcnicas cromatogrficas destinam-se a separar componentes de misturas e baseiamse todas na diferente distribuio (diferencial) dos vrios componentes de uma mistura entre duas fases a fase mvel e a fase estacionria. A fase mvel pode ser um lquido ou um gs e a fase estacionria pode ser slida ou lquida. As diversas combinaes entre estas duas fases originam os diferentes tipos de tcnicas cromatogrficas. Na separao da mistura de corantes, vo realizar-se dois tipos de cromatografia de adsoro: a cromatografia em coluna e a cromatografia em camada fina. Em ambos os casos a fase estacionria um slido poroso capaz de adsorver solventes e solutos. Os materiais mais utilizados so a slica gel (SiO2) e a alumina (Al2O3). A fase mvel o etanol. Na cromatografia em coluna, a fase mvel (eluente) obrigada a percorrer uma coluna cheia com a fase estacionria. Coloca-se no topo da coluna uma soluo concentrada, contendo os componentes a separar, de modo a formar uma banda pouco espessa. Adiciona-se ento o solvente que arrasta os componentes atravs da coluna, com velocidades diferentes consoante a afinidade relativa dos componentes da mistura para o adsorvente (fase estacionria) e a sua solubilidade em etanol. Na cromatografia em camada fina a fase estacionria suportada, como um filme, numa superfcie plana (placa de vidro ou metal). A mistura a analisar ento colocada na placa e esta introduzida dentro de uma cmara de eluio, contendo o eluente adequado. A difuso do solvente na placa arrasta, como anteriormente, os componentes com velocidades diferentes. Material e reagentes 1 tina cromatogrfica, capilares, coluna com placa porosa, pipetas de Pasteur, 1 pipeta graduada de 2 mL, tubos de ensaio e respectivo suporte, 3 copos de 100 mL, funil, placas cromatogrficas de slica para cromatografia em camada fina (CCF). Alumina, etanol, solues de azul de metileno e alaranjado de metilo e respectiva mistura, amnia concentrada, gua destilada. Procedimento Parte A. Cromatografia em camada fina. 1. Numa placa cromatogrfica de 3x7 cm, trace a lpis uma linha paralela a um dos topos e a uma distncia deste de cerca de 0,5 cm, tendo o cuidado de no danificar a slica. 2. Com a ajuda de um capilar coloque cuidadosamente uma pequena gota da soluo mistura e, de cada um dos lados, uma gota de cada uma das solues de alaranjado de metilo e de azul de metileno (as gotas devero ficar bem separadas). 3. Seque as gotas com um secador.

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4. Introduza a placa na cmara cromatogrfica contendo a soluo eluente (copo com um pouco de etanol), tendo o cuidado de verificar que os pontos de aplicao das amostras no fiquem, no incio, mergulhados no eluente. Tape a cmara. 5. Quando o eluente subir at cerca de 1 cm do topo da placa, retire-a da cmara e seque-a.

Parte B. Cromatografia em coluna. 1. Num copo de 100 mL prepare uma papa etanlica, utilizando alumina e etanol e verta-a para uma coluna de vidro com placa porosa, em posio vertical, com a ajuda de um funil. Deposite a mistura gradualmente na coluna deixando simultaneamente o etanol fluir muito lentamente atravs dela. Se for necessrio, adicione mais etanol no topo da coluna. Nunca deixe secar. O enchimento da coluna deve ser o mais homogneo possvel, sem apresentar bolhas de ar. A altura final deve ser de aproximadamente 8 cm. 2. Verta cuidadosamente a soluo mistura (1 mL), tendo o cuidado de no perturbar a superfcie da fase estacionria. 3. Passe etanol atravs da coluna, tendo o cuidado de a no deixar secar (revelao do cromatograma). Eluir desta forma o azul de metileno. Recolha o eluente contendo este corante numa srie de tubos e em volumes aproximadamente iguais ( 1mL), at a soluo sair incolor. 4. Elua em seguida o alaranjado de metilo com gua destilada contendo umas gotas de amnia concentrada (1 a 2 gotas por 100 mL de gua), como descrito em 3.

Tratamento de resultados Parte A. Cromatografia em camada fina 1. Determine os valores do factor de reteno RF tendo em conta que:RF = Distncia percorrida pela mancha Distncia percorrida pelo eluente

(Para medir a distncia percorrida pela mancha, mede-se a distncia entre a linha de partida e a frente da mancha, uma vez que muitas vezes impossvel localizar o centro da mancha ou o ponto de maior concentrao). Registe os valores numa tabela do tipo: Distncia percorrida / cm Azul de metileno Alaranjado de metilo Mistura RF

2. Comente a eficincia da separao. 3. Porque que importante usar um lpis para marcar a linha de base na placa cromatogrfica e no deve usar uma caneta?18

4. Porque razo que o copo em que faz a cromatografia em camada fina deve estar bem tapado?

Parte B. Cromatografia em coluna 1. Analise visualmente a sucesso da eluio e construa uma tabela do tipo a seguir indicado para cada uma das eluies:Nmero da amostra Cor Produto

...2. Uma vez que todos os tubos de ensaio tm volumes eludos aproximadamente iguais, esboce um cromatograma para a cromatografia em coluna. Partes A e B. Cromatografia de adsoro em camada fina e em coluna Compare o processo cromatogrfico utilizado na separao do azul de metileno e do alaranjado de metilo para ambas as tcnicas utilizadas. Bibliografia David C. Eaton Laboratory Investigations in Organic Chemistry, McGraw-Hill, Inc., New York, 1989. Organikum - Qumica Orgnica Experimental, traduo de A. P. Rauter, B. J. Herold, 2 Edio, Fundao Calouste Gulbenkian, Lisboa 1997. A. Vogel Textbook of Practical Organic Chemistry, London, 1978.

Ateno

Aspectos a rever na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Apresente a frmula de estrutura do azul de metileno e do alaranjado de metilo. Cuidados a ter na realizao dos dois tipos de cromatografia.

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5 Trabalho

Introduo oxidao-reduoObjectivo Ordenar, de acordo com o seu poder redutor, alguns metais e ies halogeneto. Prever, em cada caso, quais as reaces esperadas sob condies padro. Introduo Reaces de oxidao-reduo (ou redox) so reaces em que h transferncia de electres. A perda de electres que ocorre na oxidao est associada a um aumento do nmero de oxidao de um elemento na reaco. Na reduo, h um ganho de electres ao qual est associada uma diminuio do nmero de oxidao de um elemento na reaco. A oxidao e a reduo ocorrem simultaneamente. No se pode ter uma sem a outra; cada electro perdido por uma espcie captado pela outra. Material e reagentes 11 copos, 12 tubos de ensaio e respectivo suporte, pipetas de Pasteur, 7 pipetas graduadas de 2 mL. Nitrato de zinco, nitrato de cobre (II) e nitrato de chumbo (0,1 mol L -1). Placas de zinco, cobre e chumbo. gua de cloro, gua de bromo, gua de iodo. Cloreto de sdio, brometo de sdio e iodeto de sdio (0,1 mol L-1). Ciclohexano. Procedimento Parte A 1. Utilizando um pedao de lixa, limpe cuidadosamente 3 pedaos de zinco, 4 pedaos de cobre e 4 pedaos de chumbo. 2. Utilizando 9 copos, introduza um pedao de cada metal em solues que contenham ies zinco, ies cobre e ies chumbo, com a concentrao 0,1 mol L-1. Registe as observaes numa tabela do tipo seguinte: Tabela I: Ocorrncia ou no de reaces Placa de Cobre Ies Cu2+ (aq) Placa de Chumbo Placa de Zinco

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Parte B Construa a pilha Pb/Pb2+ (0,1 mol L-1); Cu2+ (0,1 mol L-1) / Cu, estabelecendo a ligao entre as solues com a ponte salina, previamente preparada. Mea a diferena de potencial entre os dois metais. Anote o resultado.

Parte C 1. Em 3 tubos de ensaio coloque, aproximadamente, 1 mL de gua de cloro, 1 mL de gua de bromo e 1 mL de gua de iodo. Adicione a cada um deles, aproximadamente, 1 mL de ciclohexano. Tape os tubos e agite. Registe a cor observada em ambas as fases numa tabela do seguinte tipo: Tabela II: Cores das fases aquosa e orgnica gua Cloro+C6H12 Cor da Aquosa Cor da Orgnica Fase Fase gua Bromo+C6H12 gua Iodo+C6H12

2. Numa tabela do seguinte modelo: Tabela III: Cor da fase orgnica e ocorrncia ou no de reaco gua Cloro+C6H12 Ies Cl(aq) ... gua Bromo+C6H12 gua Iodo+C6H12

registe o que todas as observaes de acordo com o procedimento que a seguir indicado.

Em nove tubos de ensaio coloque aproximadamente: a) 1 mL de gua de cloro, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de cloreto de sdio (0,1 mol L-1). b) 1 mL de gua de cloro, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de brometo de sdio (0,1 mol L-1). c) 1 mL de gua de cloro, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de iodeto de sdio (0,1 mol L-1) d) 1 mL de gua de bromo, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de cloreto de sdio (0,1 mol L-1). e) 1 mL de gua de bromo,1 mL de ciclohexano e 1 mL de brometo de sdio (0,1mol L-1). f) 1 mL de gua de bromo, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de iodeto de sdio (0,1 mol L-1).

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g) 1 mL de gua de iodo, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de cloreto de sdio (0,1 mol L-1). h) 1 mL de gua de iodo, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de brometo de sdio (0,1 mol L-1). i) 1 mL de gua de iodo, 1 mL de ciclohexano e 1 mL de iodeto de sdio (0,1 mol L-1). Nota Importante: Tape os tubos com uma rolha e agite. Registe a cor final observada em ambas as fases.

Tratamento de resultados 1. Interprete as observaes e escreva as equaes que traduzem as reaces de oxidaoreduo envolvidas. 2. Ordene as semi-reaces de reduo, por ordem crescente dos seus potenciais, e diga qual o oxidante mais forte e qual o mais fraco. 3. Sabendo que o io Ag+(aq) um oxidante mais forte que o I2(s), mas mais fraco que o Br2(l), preveja a posio daquele io na srie de potenciais de reduo. 4. Atendendo aos resultados que observou, diga, justificando, se ser conveniente guardar uma soluo de sulfato de cobre num recipiente de zinco.

Bibliografia P. W. Atkins The Elements of Physical Chemistry, 3rd ed.; Oxford University Press: Oxford, 2000. L. G. Hargis Analytical Chemistry Principles and Techniques; Prentice-Hall: London, 1988. F. M. S. Fernandes, M. E. Carvalho, M. H. M. Mendona Equilbrio Qumico e Reaces de OxiReduo; Livraria Escolar Editora: Lisboa, 1982.

Ateno

Aspectos a rever e clculos a realizar na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Funcionamento de uma pilha e da ponte salina. Apresente os valores dos potenciais normais de reduo das espcies envolvidas neste trabalho. Com base na equao de Nernst, calcule o valor da diferena de potencial para a pilha construda na parte B, considerando os valores existentes na literatura.

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6 Trabalho

Reaces e propriedades de alguns metais alcalinos e alcalino-terrososObjectivo Estudo de algumas reaces e propriedades dos metais alcalinos e alcalino-terrosos. Introduo Os metais alcalinos que vo ser estudados so o ltio, o sdio e o potssio, com configuraes electrnicas 1s2 2s1, [Ne] 3s1, [Ar] 4s1. Estes metais tm uma primeira energia de ionizao relativamente baixa, perdendo com relativa facilidade o electro da ltima camada e adquirindo a configurao electrnica do gs raro anterior. Estes elementos tm por isso tendncia a formar compostos inicos no estado slido. Os tomos dos elementos alcalino-terrosos tm dois electres de valncia (ns2), obtendo-se a configurao electrnica do gs raro quando eles so removidos, formando-se os ies M2+. A primeira energia de ionizao mais elevada do que a dos metais alcalinos K, Rb, e Cs. Com efeito, mais difcil remover o primeiro electro do Ca, Sr, Ba, etc, em consequncia da maior carga nuclear efectiva dos tomos dos metais alcalino-terrosos. Material e reagentes Copos de 100 mL e de 25 mL, tubos de ensaio com suporte, pipetas de Pasteur, papel indicador universal, esptula, bureta de 25 mL, vidros de relgio, lixa. Ltio, sdio, potssio, clcio, magnsio, sulfato de berlio, cloreto de clcio, cloreto de magnsio, cido clordrico 0,1 mol L-1, solues saturadas de cloreto de ltio e de cloreto de potssio, amnia 4 mol L-1 e concentrada, fluoreto de amnio 2 mol L-1, hidrxido de sdio 4 mol L-1, soluo concentrada de carbonato de amnio, fenolftalena. Procedimento 1. Estudo dos metais alcalinos 1.1 Aco redutora Numa tabela do tipo:

Tipo de reaco Li

pH

Produto formado

registe o que observa de acordo com o procedimento: a. Corte uma pequena poro de ltio (depois de seco com papel de filtro) e introduza-o em 100 mL de gua destilada. Tape o copo de reaco com um vidro de relgio. Aps reaco total do metal, teste o pH da soluo, com papel indicador. b. Repita este ensaio para o sdio e o potssio. Guarde a soluo de sdio para o ensaio seguinte.25

1.2 Determinao quantitativa do sdio Depois de terminada a reaco do sdio com gua, titule toda a soluo obtida com soluo de cido clordrico 0,1 mol L-1, usando como indicador algumas gotas de fenolftalena. Determine a quantidade de sdio que reagiu. Registe os resultados numa tabela do tipo: Espcie titulada Volume de HCl 0,1 mol L-1/ mL N de moles de HCl Quantidade de sdio inicial /g

1.3 Estudo dos cloretos Numa tabela do tipo: Parte 1 NH3 4 mol L LiCl saturada -1

Parte 2 NH4F 2 mol L-1

NH3 conc

(NH4)2CO3 conc

registe o que observa de acordo com o procedimento: a. A cerca de 1 mL de soluo saturada de cloreto de ltio, junte 0,5 mL de amnia 4 mol L -1e depois 1 mL de fluoreto de amnio 2 mol L-1. Repita a experincia com soluo de cloreto de potssio. b. Junte 5 gotas de amnia concentrada a 1 mL de soluo saturada de cloreto de ltio. Adicione depois 1 mL de soluo concentrada de carbonato de amnio. Repita o ensaio com soluo de cloreto de potssio. 2. Estudo dos metais alcalino-terrosos 2.1 Aco redutora Prepare uma tabela do seguinte tipo: Tipo de reaco com H2O / produto formado Ca .. Registe as observaes feitas durante o seguinte procedimento: a. Corte uma pequena poro de clcio (depois de seco com papel de filtro) e introduza-o em 50 mL de gua destilada. Tape o copo de reaco com um vidro de relgio. Aps reaco total do metal, teste o pH da soluo com papel indicador. b. Repita esta experincia com um bocado de fita de magnsio, num tubo de ensaio. Repita com um bocado de fita de magnsio previamente lixada. Registe os resultados. Aquea, de seguida, os dois tubos de ensaio.26

pH

Tipo de reaco com HCl / produto formado

pH

c. Deite uma pequena poro de clcio sobre cido clordrico 0,1 mol L-1. Repita a experincia com fita de magnsio. d. Que diferena de comportamento apresenta o Mg quando previamente lixado? 2.2 Comportamento cido-base de solues de ies alcalino-terrosos Numa tabela do seguinte tipo:pH Be .2+

Reaco com NaOH

Excesso de NaOH

Comentrio

registe o que observa de acordo com o procedimento: a. Dissolva um pouco (cerca de 0,5 g) de sulfato de berlio em 3 mL de gua destilada e teste o pH da soluo servindo-se de papel indicador. b. Repita o ensaio com os cloretos de clcio e de magnsio. c. Adicione s solues hidrxido de sdio 4 mol L-1 gota a gota, agitando, at obter precipitados. Adicione, seguidamente, um excesso de hidrxido a cada uma das solues. d. Explique as diferenas observadas. Tratamento de resultados Escreva as reaces qumicas envolvidas no trabalho prtico Refira-se variao da dureza dos metais alcalinos relativamente aos metais alcalinoterrosos. Bibliografia Edward J. King Anlise Qualitativa - Reaces, Separao e Experincias, Ed. Interamericana, 1981. Arthur I. Vogel Qumica Analtica Cualitativa, Ed. Kapelusz, S.A., 1969.

Ateno

Aspectos a rever na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)

Pesquise e registe os seguintes dados: Configurao electrnica dos elementos alcalinos e alcalino-terrosos Estado de oxidao mais comum dos elementos alcalinos ___e dos alcalino-terrosos ___ Primeira energia de ionizao Li _____ Na _____ K _____ Rb _____ Cs _____ / Primeira energia de ionizao Be _____ Mg _____ Ca _____ Sr _____ Ba _____/ Segunda energia de ionizao Be _____ Mg _____ Ca _____ Sr _____ Ba _____/

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7 Trabalho

Reaces e propriedades de ies de alguns metais do bloco pObjectivo Estudo de algumas reaces e propriedades de ies do bloco p: Sn2+, Sn4+, Pb2+, Bi3+ e Sb3+. Material e reagentes Copos de 100 mL e de 25 mL, tubos de ensaio com suporte, pipetas de Pasteur, papel indicador universal, esptula, bureta 25 mL, vidros de relgio, lixa. Zinco metlico. Solues de: cloreto de estanho (II), cloreto de estanho (IV) e nitrato de chumbo (II) 1 mol L-1, cloreto de antimnio (III) (em HCl 6 mol L-1), nitrato de bismuto (III) (em HNO3 6 mol L-1) 0,1 mol L-1, cloreto de mercrio 0,1 mol L-1, hidrxido de sdio 4 mol L-1, cido clordrico 2 mol L-1, cido clordrico concentrado, iodeto de potssio 1 mol L-1.

Procedimento Parte A Reaces do estanho (II) e (IV) A 2 mL de cada uma das solues (j aciduladas com HCl para evitar a hidrlise) de cloreto estanoso e de cloreto estnico, junte os reagentes: 1. Hidrxido de sdio 4 mol L-1, lentamente, at estar presente em excesso. 2. Cloreto de mercrio (II) 0,1 mol L-1 ( 1 mL). 3. Zinco. Com a soluo de cloreto estnico, aps alguns minutos, decante e adicione 1 mL de soluo de cloreto de mercrio (II) 0,1 mol L-1. Parte B Reaces do chumbo (II) A cerca de 2 mL de uma soluo de nitrato de chumbo 1 mol L-1, junte os reagentes indicados: 1. Hidrxido de sdio 4 mol L-1, lentamente, at estar presente em excesso. 2. cido clordrico 2 mol L-1 e em seguida aquea. Deixe arrefecer. 3. cido clordrico concentrado. Junte lentamente, at excesso. 4. Iodeto de potssio 1 mol L-1 at excesso. Depois de observar precipitado, aquea. Deixe novamente arrefecer lentamente.

Parte C Reaces de antimnio (III) e de bismuto (III) A cerca de 2 mL de cada uma das solues de SbCl3 (em HCl 6 mol L-1) e Bi(NO3)3 (em HNO3 6 mol L-1), junte os seguintes reagentes: 1. Hidrxido de sdio 4 mol L-1 at excesso. 2. Iodeto de potssio 1 mol L-1 at excesso.29

Registo e tratamento de resultados 1. Registe numa tabela tudo o que observou durante o procedimento. 2. Justifique as diferenas de comportamento observadas em A.1. e A.2, apresentando todas as reaces envolvidas. 3. Diga se possvel distinguir, e de que modo, uma soluo contendo ies Sn2+ duma soluo contendo ies Sn4+. 4. Perante os testes realizados em B, o que pode concluir sobre a solubilidade dos sais obtidos? 5. Poder distinguir uma soluo contendo ies Bi3+ de outra contendo antimnio?

Bibliografia Edward J. King, Anlise Qualitativa - Reaces, Separao e Experincias, Ed. Interamericana, 1981. Arthur I. Vogel, Qumica Analtica Cualitativa Ed. Kapelusz, S.A., 1969. D.F. Shriver, P.W. Atkins, C.H. Langford, Inorganic Chemistry, Ed. Oxford University Press, 1990. F.A. Cotton, G. Wilkinson, P.L. Gaus, Basic Inorganic Chemistry Ed. John Wiley e Sons, 1995.

Ateno

Aspectos a rever na preparao do trabalho prtico (entregar no incio da aula prtica)Fichas MSDS: registe as Frases de Risco e de Segurana dos reagentes envolvidos no trabalho. Diga qual o estado de oxidao mais provvel para os elementos em estudo no trabalho. Qual o motivo porque se acidulam as solues dos reagentes que utilizou?

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