Literatura
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LITERATURA
"A única literatura
honrada é a que pode melhorar o
homem."José María Vigil
CARTÁTICA
ESTÉTICA
EXISTE PARA SER
ADIMIRADA, POQUE
É BELA.
LIBERA
SENTIMENTOS
ATRAVÉS DA
LITERATURA.
NAVIO NEGREIRO
CASTRO
ALVESSenhor Deus dos
desgraçados!Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?
Ó mar, por que não apagas
De teu manto este borrão?..
Astros! noites! tempestades!Rolai das imensidades!Varrei os mares, tufão!
Onde vive em campo abertoOnde a terra esposa a luz.
A tribo dos homens nus...São os guerreiros ousadosCombatem na solidão.Ontem simples, fortes,
bravos.Hoje míseros
escravos,Sem luz, sem ar, sem razão..
São os filhos do deserto,
COGNITIVA POLÍTICO-SOCIAL
DE PASSAR
CONHECIMENTO
S, SER USADA
PARA ENSINAR
ALGUMA COISA.
INTERFERE NA
SOCIEDADE, TEM
A OPNIÃO DE
PESSOAS.
O termo “gênero” origina-
se do latim genus, eris,
que significa nascimento,
descendência, origem, e
refere-se a um conjunto
de características
temáticas e formais
intrínsecas às
manifestações literárias.
Denominação
genérica de
todas as
manifestaçõe
s literárias
ocorridas no
Brasil
durante o
século XVI
Vinda dos jesuítas: trabalho de
catequese dos índios e formação dos
primeiros colégios.
MOMENTO SOCIOCULTURAL
Início da exploração da colônia:
extração de pau-brasil e do cultivo
da cana de açúcar.
Expedições de exploração e
reconhecimento da nova terra.
Literatura de catequese
. Diálogo sobre a
conversão do gentio
. Na festa de São
Lourenço (peça teatral), Poema à Virgem (de
tradição medieval)
Carta de Pero Vaz de Caminha ("certidão de
nascimento" do Brasil)
Literatura de informação
. : História da província de
Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil
Tratado descritivo do
Brasil
BARROCO
Momento sociocultural
Período áureo do
ciclo da cana-de-
açúcar.
Centros econômicos
e culturais: Bahia e
Pernambuco.
Poder econômico:
senhores de
engenho. Relação
básica: senhor e
escravo.
Ausência de centros
urbanos e de vida
cultural. .Ampliação
do território pelos
bandeirantes.
CARACTERÍSTICAS
A ideologia do Barroco é fornecida pela
Contrarreforma. Em nenhuma outra época
se produziu tamanha quantidade de
igrejas, capelas, estátuas de santos e
monumentos sepulcrais. As obras de arte
deviam falar aos fiéis com a maior eficácia
possível, mas em momento algum descer
até eles. A arte barroca tinha que
convencer, conquistar e impor admiração.
1) A arte da contrarreforma
O Renascimento definiu-se pela
valorização do profano, pondo em voga
o gosto pelas satisfações mundanas. Os
intelectuais barrocos, no entanto, não
alcançam tranquilidade agindo de
acordo com essa filosofia. A influência
da Contrarreforma fez com que
houvesse oposição entre os ideais de
vida eterna em contraposição com a vida
terrena e do espírito em contraposição à
carne.
Na visão barroca, não há possibilidade
de conciliar essas antíteses: ou se vive
a vida sensualmente, ou se foge dos
gozos humanos e se alcança a
eternidade. A tensão de elementos
contrários causa no artista uma
profunda angústia: após arrojar-se nos
prazeres mais radicais, ele se sente
culpado e busca o perdão divino. Assim,
ora ajoelha-se diante de Deus, ora
celebra as delícias da vida.
O homem barroco assume consciência
integral no que se refere à fugacidade da vida
humana (efemeridade): o tempo, veloz e
avassalador, tudo destrói em sua passagem.
Por outro lado, diante das coisas transitórias
(instabilidade), surge a contradição: vivê-las,
antes que terminem, ou renunciar ao
passageiro e entregar-se à eternidade?
3) O tema da passagem do
tempo
O estilo barroco apresenta forma
conturbada, decorrente da tensão causada
pela oposição entre os princípios
renascentistas e a ética cristã. Daí a
frequente utilização de antíteses,
paradoxos e inversões, estabelecendo uma
forma contraditória, dilemática. Além disso,
a utilização de interrogações revela as
incertezas do homem barroco frente ao seu
período e a inversão de frases a sua
tentativa na conciliação dos elementos
opostos.
4) Forma tumultuosa
Caracteriza-se pelo uso de
linguagem rebuscada, culta,
extravagante, repleta de jogos de
palavras e do emprego abusivo de
figuras de estilo, como a metáfora
e a hipérbole. Veja um exemplo de
poesia cultista:
O cultismo
Que ocorre principalmente na prosa,
é marcado pelo jogo de ideias, de
conceitos, seguindo um raciocínio
lógico, nacionalista, que utiliza uma
retórica aprimorada. A organização
da frase obedece a uma ordem
rigorosa, com o intuito de convencer
e ensinar. Veja um exemplo de prosa
conceptista:
O conceptismo
FIGURAS DE LINGUAGEM NO
BARROCO
É uma comparação implícita. Tem-se
como exemplo o trecho a seguir, escrito
por Gregório de Matos:
METÁFORA:
Se és fogo, como passas
brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Reflete a contradição do homem
barroco, seu dualismo. Revela o
contraste que o escritor vê em quase
tudo. Observe a seguir o trecho de
Manuel Botelho de Oliveira, no qual é
descrita uma ilha, salientando-se seus
elementos contrastantes:
Antítese
Vista por fora é pouco apetecida
Porque aos olhos por feia é parecida;
Porém, dentro habitada
É muito bela, muito desejada,
É como a concha tosca e deslustrosa,
Que dentro cria a pérola formosa.
Corresponde à união de duas
ideias contrárias num só
pensamento. Opõe-se ao
racionalismo da arte
renascentista. Veja a estrofe a
seguir, de Gregório de Matos:
Paradoxo
Ardor em firme Coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
em mares de
disfarçado;
rio de neve em fogo convertido.
traduz ideia de grandiosidade,
pompa. Veja mais um exemplo de
Gregório de Matos:
Hipérbole
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. Observe
um trecho escrito pelo Padre Antônio Vieira:
Prosopopeia
No diamante agradou-me o forte,
no cedro o incorruptível, na águia
o sublime, no ,
no Sol o excesso de Luz.