Literatura de cordel

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Oficina 1 ACADÊMICOS: ADILSON RODRIGUES ANGELA MARIA GOMES NIVERCINDO BARROS DA SILVA OSCAR RODRIGUES DE MATOS

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Slide apresentado no seminário vozes literárias em Rolim de Moura pelos acadêmicos de Letras da Universidade Federal de Rondonia/ Universidade Aberta do Brasil

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Oficina 1

ACADÊMICOS:

ADILSON RODRIGUES

ANGELA MARIA GOMES

NIVERCINDO BARROS DA SILVA

OSCAR RODRIGUES DE MATOS

REINALDO DO AMARAL DA SILVA

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Por que

?

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Cordel segundo o dicionário:s.m. Corda muito delgada; cordinha.Bras. Literatura de cordel, o romanceiro popular nordestino, que se distingue em dois grandes grupos: o da poesia improvisada, cantada nas "cantorias", e o da poesia tradicional, de composição literária, contida em folhetos pobremente impressos e vendidos a baixo preço nas feiras, esquinas e mercados do Nordeste.

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No inicio os versos eram apenas cantados.

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Repente (conhecido também como desafio)

é uma tradição

folclórica brasileira

cuja origem remonta aos trovadores

medievais. Especialmente forte no

nordeste brasileiro, é uma mescla

entre poesia e música na qual

predomina o improviso – a criação

de versos "de repente”

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Grandes autores:

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Leandro Gomes de Barros ( Pombal, 19 de novembro de 1865 — Recife, 4 de março de 1918). É considerado por alguns como o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, tendo escrito mais de 230 obras. Suas obras inspiraram outros grandes autores, como podemos citar: Ariano Suassuna que escreveu O Auto da Compadecida inspirado nas obras:O Cavalo Que Defecava Dinheiro e O Testamento do Cachorro.

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Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. De família pobre Patativa só passou seis meses na escola. Além de poeta foi cantor e compositor. Em 08 de julho de 2002 faleceu na cidade que lhe emprestava o nome.

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TRECHO DE TRISTE PARTIDA

Meu Deus, meu Deus. . .

Setembro passou

Outubro e Novembro

Já tamo em Dezembro

Meu Deus, que é de nós,

Meu Deus, meu Deus

Assim fala o pobre

Do seco Nordeste

Com medo da peste

Da fome feroz

Ai, ai, ai, ai

A treze do mês Ele fez experiência Perdeu sua crença Nas pedras de sal, Meu Deus, meu Deus Mas noutra esperança Com gosto se agarra Pensando na barra Do alegre Natal Ai, ai, ai, ai

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Rompeu-se o Natal Porém barra não veio O sol bem vermeio Nasceu muito além Meu Deus, meu Deus Na copa da mata Buzina a cigarra Ninguém vê a barra Pois a barra não tem Ai, ai, ai, ai

Sem chuva na terra

Descamba Janeiro, Depois fevereiro E o mesmo verão Meu Deus, meu Deus Entonce o nortista Pensando consigo Diz: "isso é castigo não chove mais não" Ai, ai, ai, ai ...

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Xilogravura

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“O Pavão Misterioso”, folheto de cordel da autoria de José Camelo de Melo Rezende, é a história da Condessa Creuza, a moça mais bonita da Grécia, conservada pelo pai trancada desde a infância no mais alto quarto do sobrado. Uma vez no ano, a moça aparece por uma hora ao povo, que vem de longe, só para contemplar-lhe a beleza. Um retrato dela chega até a Turquia, onde mora Evangelista, que se apaixona pela bela figura da jovem. Dirigindo-se à Grécia, ele encomenda a um engenheiro um mecanismo alado – o Pavão Misterioso do título – a bordo do

qual consegue chegar até o quarto da moça, raptando-a, depois de vários perigos e dificuldades.”

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1Eu vou contar uma históriaDe um pavão misteriosoQue levantou vôo na GréciaCom um rapaz corajosoRaptando uma condessaFilha de um conde orgulhoso.

2Residia na TurquiaUm viúvo capitalistaPai de dois filhos solteirosO mais velho João BatistaEntão o filho mais novoSe chamava Evangelista.

3O velho turco era donoDuma fábrica de tecidosCom largas propriedadesDinheiro e bens possuídosDeu de herança a seus filhosPorque eram bem unidos.

4Depois que o velho morreuFizeram combinaçãoPorque o tal João BatistaConcordou com o seu irmãoE foram negociarNa mais perfeita união.

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5Um dia João BatistaPensou pela vaidadeE disse a Evangelista:- Meu mano eu tenho vontadede visitar o estrangeirose não te deixar saudade.

6- Olha que nossa riquezase acha muito aumentadae dessa nossa fortunaainda não gozei nadaportanto convém qu'eu passeum ano em terra afastada.

7Respondeu Evangelista:- Vai que eu ficareiregendo os negócioscomo sempre eu trabalheigaranto que nossos benscom cuidado zelarei.

8- Quero te fazer um pedido:procure no estrangeiroum objeto bonitosó para rapaz solteiro;traz para mim de presenteembora custe dinheiro

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9João Batista prometeuCom muito boa intençãoDe comprar um objetoDe gosto de seu irmãoEntão tomou um paqueteE seguiu para o Japão.

10João Batista no JapãoEsteve seis meses somenteGozando daquele impérioPercorreu o OrienteDepois voltou para a GréciaOutro país diferente.

11João Batista entrou na GréciaDivertiu-se em passearComprou passagem de bordoE quando ia embarcarOuviu um grego dizerAcho bom se demorar.

12João Batista interrogou:- Amigo fale a verdadepor qual motivo o senhormanda eu ficar na cidade?Disse o grego: - Vai haverUma grande novidade.

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13- Mora aqui nesta cidadeum conde muito valentemais soberbo do que Neropai de uma filha somenteé a moça mais bonitaque há no tempo presente

14- É a moça em que eu faloFilha do tal potentadoO pai tem ela escondidaEm um quarto de sobradoChama-se Creuza e criou-seSem nunca ter passeado.

15- De ano em ano essa moçabota a cabeça de forapara o povo adorá-lano espaço de uma horapara ser vista outra veztem um ano de demora.

16O conde não consentiuOutro homem educá-laSó ele como pai delaTeve o poder de ensiná-laE será morto o criadoQue dela ouvir a fala.

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Continua...

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119Às quatro da madrugadaEvangelista desceuCreuza estava acordadaNunca mais adormeceuA moça estava chorandoO rapaz lhe apareceu.

120O jovem cumprimentou-aDeu-lhe um aperto de mãoA condessa ajoelhou-sePara pedir-lhe perdãoDizendo: - Meu pai mandouEu fazer-te uma traição

121O rapaz disse: - MeninaA mim não fizeste malToda a moça é inocenteTem seu papel virginalCerimônia de donzelaÉ uma coisa natural.

122- Todo o seu sonho douradoé fazer-te minha senhorase quiseres casar comigote arrumas e vamos emborasenão o dia amanhecee se perde a nossa hora.

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123- Se o senhor é homem sérioe comigo quer casarpois tome conta de mimaqui não quero ficarse eu falar em casamentomeu pai manda me matar.

124- Que importa que ele mandetropas e navios pelos maresminha viagem é aéreameu cavalo anda nos aresnós vamos sair daquicasar em outros lugares...

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Pavão Mysteriozo composta por José Ednardo Soares Costa Souza ( Ednardo), já foi gravada por grandesnomes da MPB como Amelinha, Belchior e Ney Matogrosso

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Momento cordelista:Quem faz o cordel é você!

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Despedida versos de cordel que tal ?