Literatura – pg. 07 Redação pg. 10 · 2010-08-25 · Festival Folclórico de Parintins: arte,...
Transcript of Literatura – pg. 07 Redação pg. 10 · 2010-08-25 · Festival Folclórico de Parintins: arte,...
•• Perscrutando o texto –Alto Amazônia pg. 02
•• Dificuldades da língua –Fonética e Fonologia pg. 03
•• Acentuação gráfica pg. 04
•• Literatura –Período Colonial pg. 07
•• Redação pg. 10
Festival Folclórico de Parintins: arte,tradição e cultura no coração da floresta
Primeiros registros literár
ios
dão ênfase aos fatos
histórico
Texto 1
Alto AmazôniaTadeu Garcia eDavid Assayag
Vai surgir na Amazônia a emoçãoNo meio da selva, a paixãoAtraindo o mundo a ilusãoAo brincar de boi, uma naçãoSão os povos da floresta, vão fazer a grande festaO eterno ritual ô, ô, ôRetiram da mente a riquezaSe adornam de brilho e beleza pro esplendor do festivalAcendem em chama a fogueiraA tocha do fogo é clareira, reluzindo o visualô, ô, ôNa força do povo encarnado, ressurgeO touro amadoPalpitando o coração da raça nostraz a purezaGarantido é a expressão dacerteza, ser feliz é a razãoBoi! Boi! Boi!
Perscrutando o texto
01. No primeiro verso, se o substantivoemoção for para o plural:
a) O verbo ir permanecerá no singular: “Vaisurgir na floresta as emoções”.
b) Apenas o verbo ir irá para o plural: “Vãosurgir na floresta as emoções”.
c) Os dois verbos (ir e surgir) irão para oplural: “Vão surgirem na floresta asemoções”.
d) A expressão “na floresta” terá de seralterada.
e) Apenas o verbo surgir irá para o plural.
02. Observe os versos seguintes:
Vai surgir na Amazônia a emoçãoNo meio da selva, a paixãoAtraindo o mundo a ilusãoAo brincar de boi, uma nação
Sobre a expressão “na Amazônia”,assinale a afirmativa incorreta.
a) Pode ficar entre vírgulas, sem prejuízogramatical.
b) Expressa circunstância de lugar.c) Complementa o sentido da locução
verbal “vai surgir”.d) Pode ser usada após emoção, sem
prejuízo semântico.e) Pode ser usada antes da locução “vai
surgir”, sem prejuízo semântico.
03. Observe os versos seguintes:
Vai surgir na Amazônia a emoçãoNo meio da selva, a paixãoAtraindo o mundo a ilusãoAo brincar de boi, uma nação
Assinale a alternativa em que se rees-creve o segundo verso com erro depontuação.
a) No meio da selva, vai surgir a paixão.b) A paixão, vai surgir no meio da selva.c) A paixão, no meio da selva, vai surgir.d) Vai surgir, no meio da selva, a paixão.e) Vai, no meio da selva, surgir a paixão.
04. Observe os versos seguintes:
Vai surgir na Amazônia a emoçãoNo meio da selva, a paixãoAtraindo o mundo a ilusãoAo brincar de boi, uma nação
O substantivo selva provém do latimsilva. Assinale a alternativa em que apalavra que se relaciona com selvaestá com a grafia errada.
a) selvícolab) selvagemc) silviculturad) selvageriae) selvagíneo
05. Observe os versos seguintes:
Vai surgir na Amazônia a emoçãoNo meio da selva, a paixãoAtraindo o mundo a ilusãoAo brincar de boi, uma nação
Assinale a alternativa em que a palavrasublinhada NÃO exerça a mesmafunção sintática que a do substantivoilusão no trecho acima.
a) Vai surgir, na selva, a paixão.b) No meio da selva, entrevê-se a emoção.c) Vai passar na avenida a ilusão.d) Na selva, ouviu-se a canção.e) A festa na selva atrai a ilusão.
06. Observe os versos seguintes:
São os povos da floresta, vão fazer a grande festaO eterno ritual ô, ô, ô
A exemplo de povos, assinale o grupode palavras que tem plural metafônico(plural com o timbre da vogal tônicoaberto).
a) botos, destroçosb) arroto, fogosc) socorros, fornosd) almoços, bolsose) rebojos, porcos
07. Observe os versos seguintes:
São os povos da floresta, vão fazer a grande festaO eterno ritual ô, ô, ô
Trocando-se a locução verbal “vão fa-zer” por uma única forma verbal equi-valente e substituindo-se o comple-mento “a grande festa” por um prono-me átono adequado, teremos:
a) fazê-la-ãob) farão-nac) fá-la-ãod) farão elae) far-lhe-ão
08. Observe os versos seguintes:
Retiram da mente a riquezaSe adornam de brilho e beleza pro esplendor do festival
Veja que riqueza (provém de rico) ebeleza (provém de belo) são grafadas
2
Caro estudante,
Iniciamos, com esta apostila que chega àssuas mãos, mais uma etapa do Aprovar, opré-vestibular gratuito desenvolvido pelaUniversidade do Estado do Amazonas.Serão mais oito meses de curso, com umtotal de 180 aulas; semanalmente, serão110 mil apostilas distribuídas nas escolasde Ensino Médio da Rede Pública emtodo o Amazonas. Nosso desafio é oferecer a você maisque a oportunidade de concorrer emigualdade de condições a uma vaga parao curso superior – e mais de 1,2 milalunos já conseguiram isso, depois deestudar pelo Aprovar, prova incontestávelda qualidade do curso, que conta comuma equipe com larga experiência empreparatórios para o vestibular. Nossodesafio é ajudá-lo a abrir as portas de umnovo mundo: o mundo do conhecimento,capaz de mudar o curso de sua vida. Planejamento mais perseverança é igual asucesso. Por isso, faça uma readequaçãode seus horários de lazer e de estudos.Seja persistente e não desista diante dasdificuldades ou de um exercício maiscomplexo. Pesquise, procure seuprofessor ou uma pessoa mais experiente,mas não desista. Tudo isso faz parte doaprendizado.Além de seguir o material didático,acompanhe as aulas pelo rádio e pelatelevisão. Se você é estudante da redepública, as apostilas estarão disponíveisna sua escola. Se você já terminou oEnsino Médio ou resolveu retomar osestudos, as apostilas que compõem todoo projeto – ao todo, serão 36 – estarãoencartadas, todos os domingos, nosprincipais jornais de Manaus. E aindapela Internet, no linque do Aprovar, nosite da UEA (www.uea.edu.br). Nesseendereço eletrônico, você pode imprimirnúmeros anteriores e ter acesso a todasas informações sobre o Aprovar.Fique de olho nas datas dos simulados,que serão divulgadas por meio daimprensa e também nas apostilas. Serãodois ao longo do curso. A entrada égratuita. Você faz a prova bem pertinhode casa, testa seus conhecimentos etreina para o vestibular. Lembre-se:planejamento mais perseverança é iguala sucesso.
Boa Sorte!
PortuguêsProfessor João BATISTA GomesPalavra do
Reitor
com a letra z. Essa lógica ortográficasó NÃO está presente em:
a) destrezab) pobrezac) estranhezad) surdeze) indez
09. Observe os versos seguintes:
Retiram da mente a riquezaSe adornam de brilho e beleza pro esplendor do festival
Sobre eles, assinale a afirmativaincorreta.
a) A colocação pronominal segue atradição da oralidade.
b) O verbo retirar tem dois complementos.c) Pode-se trocar a preposição de pela
preposição com, sem prejuízogramatical.
d) O uso da contração pro acentua ocaráter popular do texto.
e) Em esplendor há dois encontrosconsonantais.
10. Observe os versos seguintes:
Acendem em chama a fogueiraA tocha do fogo é clareira, reluzindo o visual
A construção “Acendem a fogueira”,corresponde, gramaticalmente, a“Acendem-na”. Assinale a alternativaem que a troca do complementoverbal pelo pronome átono fere anorma culta da língua.
a) Acendestes a fogueira = Acendeste-la.b) Acendi a fogueira = Acendi-a.c) Acendemos a fogueira = Acendemo-la.d) Acenderam a fogueira = Acenderam-na.e) Acendamos a fogueira = Acendamo-na.
11. Os verbos acender e ascender têmpronúncia idêntica, mas diferem nagrafia e no significado. Palavras assimsão conhecidas como:
a) homógrafas;b) parônimas;c) homófonas;d) sinônimas;e) formas variantes.
12. Assinale a alternativa em que a grafiada palavra destacada NÃO condiz como sentido da frase.
a) O balão, tremeluzindo, ascendeu atésumir no espaço.
b) Em um único mandato, J. K. construiuBrasília.
c) O último censo demográfico mostrouque a Amazônia é pouco povoada.
d) Não agüentando o próprio corpo,arriou-se na poltrona.
e) É legítimo o uso de apóstrofe naexpressão “copo d’água”.
13. Observe os versos seguintes:
Na força do povo encarnado, ressurgeO touro amadoPalpitando o coração da raça nostraz a pureza
O adjetivo amado:
a) é predicativo do sujeito;b) é predicativo do objeto;c) é adjunto adverbial de modo;d) é adjunto adnominal;e) é complemento nominal.
Dificuldades da língua
FONÉTICA E FONOLOGIA
1. FonologiaÉ a parte da Gramática que estuda ocomportamento dos fonemas de umalíngua, tomando-os como unidades sonorascapazes de criar diferença de significados.Outros nomes: fonêmica, fonemática.
2. FonéticaÉ a parte da Gramática que estuda asparticularidades dos fonemas, ou seja, asvariações que podem ocorrer na realizaçãodos fonemas.
3. Fonema e letraFonema – É a menor unidade sonora edistintiva de uma língua. Os fonemasdividem-se em vogais, semivogais econsoantes. Convém reforçar que o fonemaé uma realidade acústica.
Letra – É o sinal gráfico que, na escrita,representa o fonema. A letra é umarealidade gráfico-visual do fonema.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
a) Uma mesma letra pode representar fo-nemas diferentes. É o que ocorre com aletra x em palavras como sexo (x = ks),feixe (x = ch), exato (x = z) e próximo(x = ss).
b) Um mesmo fonema pode ser represen-tado por letras diferentes. É o que ocor-re em flecha (ch = x) e lixo (x = ch).
c) Uma única letra pode representar doisfonemas. A esse fenômeno, chama-sedífono. Exemplo: táxi (lê-se “táksi” – x =ks).
d) Duas letras podem representar um únicofonema. A esse fenômeno, chama-sedígrafo. Exemplo: chave (lê-se “xávi” –ch = x).
Caiu no vestibular
01. (FGV) Assinale a alternativa em que agrafia das palavras está correta.a) Beneficiente, asterístico, Ciclano,
sombrancelha, excessão.b) Estorno, beneficente, pretensão,
Sicrano, assessor.c) Auto-falante, eletrecista, asterístico,
exceção, losângulo.d) Estorno, previlégio, prazeiroso,
sombrancelha, pretenção.e) Estorno, privilégio, beneficiente, acessor,
celebral.
02. (FGV) Assinale a alternativa em que asformas mal ou mau estão utilizadas deacordo com a norma culta.a) Mau-agradecidas, as juízas se postaram
diante do procurador, a exigirrecompensas.
b) Seu mal humor ultrapassava os limitesdo suportável.
c) Mal chegou a dizer isso, e tomou umsopapo que o lançou longe.
d) As respostas estavam mau dispostassobre a mesa, de forma que ninguémsabia a seqüência correta.
e) Então, mau ajeitada, desceu triste para osalão, sem perceber que alguém aobservava.
3
01. Dada a estrofe seguinte, opte pelaafirmativa incorreta.
Só a leve esperança, em toda a vida,Disfarça a pena de viver, mais nada;Nem é mais a existência, resumida,Que uma grande esperança malograda.
Velho Tema, Vicente de Carvalho
a) Em esperança, há encontroconsonantal e dígrafo.
b) Em dizendo, há dígrafo.c) Em existência, há encontro consonan-
tal, dígrafo e ditongo crescente oral.d) Em que, o número de letras coin-cide
com o número de fonemas.e) Em grande, há mais letras que fone-
mas.
02. (FGV) Assinale a alternativa em quetenha ocorrido erro de grafia em pelomenos uma palavra:
a) exceção, disenteria, avarob) bávaro, qüinquênio, consciênciac) argúem, distinguir, obsessãod) ínterim, itens, obcecadoe) pichar, hífens, crânio
03. (FGV) Leia a estrofe seguinte:
Nada do que posso me alucinaTanto quanto o que não fizNada do que eu quero me suprimeDe que por não saber ‘inda não quis
Jura Secreta, Sueli Costa – Abel Silva
No verso 4, ocorre a supressão do ainicial de ainda. Esse processo éconhecido como:
a) aférese;b) apócope;c) síncope;d) diérese;e) sinérese.
04. (FGV) Os dois hiatos das formasverbais devem ser acentuadosapenas na alternativa:
a) Refluir, intuindo.b) Construindo, destruido.c) Caida, saiste.d) Instruido, intuir.e) Refluira, destruindo.
05. (FGV) Das alternativas abaixo,assinale aquela em que ao menosum plural NÃO está correto:
a) Mão, mãos; demão, demãos.b) Capitão, capitães; ladrão, ladrões.c) Pistão, pistões; encontrão, encontrões.d) Portão, portões; cidadão, cidadães.e) Capelão, capelães; escrivão, escrivães.
DesafioGramatical
Acentuação Gráfica
1. Para que serve
A língua escrita necessita, na prática, decertos sinais auxiliares para indicar a exatapronúncia das palavras. Esses sinais aces-sórios da escrita chamam-se notações lé-xicas ou sinais diacríticos. Para o casoparticular de acentuação gráfica, vamos darvalor especial ao acento (agudo e circun-flexo).
2. Sinais diacríticos
a) Acento agudo (saúdo).b) Acento circunflexo (lêvedo).c) Acento grave (àquele).d) Til (maçã).e) Trema (tranqüilo).f) Apóstrofo (Vozes d’África).g) cedilha (exceção).h) hífen (sub-reitor).
2. Tipos de acento
A nossa língua dispõe de apenas três
acentos gráficos:
a) Acento agudo (´) – Indica que a vogal
tônica possui timbre aberto:
relé sapé refém
harém aloés amá-la
beijá-la ádvena ágape
amá-la-ás beijá-la-ás álcali
b) Acento circunflexo (^) – Indica que a
vogal tônica possui timbre fechado:
âmago azêmola zênite
têxtil anêmona êxodo
boêmia Tâmisa êxul
plêiade brâmane trânsfuga
c) Acento grave (`) – Usado, hoje, apenas
para indicar o fenômeno da crase, cujas
ocorrências mais comuns são:
1. Fusão de a (preposição) + a(s)
(artigo):
Fui à festa.
Chegamos à noite.
Fizemos referência às obras
românticas.
2. Fusão do a (preposição) + o primei-
ro a dos demonstrativos aquele(s),
aquela(s), aquilo, aqueloutro:
Refiro-me àquele rapaz.
Endereçamos a carta àquela moça.
Prefiro isto àquilo.
3. Fusão de a (preposição) + a (prono-
me demonstrativo).
Não me refiro a você e sim à que
estava doente.
Esta camisa é semelhante à que
ganhei no aniversário passado.
d) Aspecto prático – Na prática, existem
apenas dois acentos gráficos: o agudo e o
circunflexo. Outro detalhe: só existe acento
gráfico em sílaba tônica (sobre a vogal),
mas nem toda sílaba tônica merece acento
gráfico.
3. ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS
OXÍTONA (definição)
Palavra cuja sílaba tônica é a última. Quantoà acentuação gráfica, vejam-se os verbetesseguintes.
OXÍTONAS ACENTUADAS
Levam acento gráfico todos os vocábulosoxítonos terminados em:
a) a, as:
Sofá, sofás; cajá, cajás; ananás.Amá-la, cortejá-la, beijá-la, apresentá-la. Amá-la-ás, cortejá-la-ei, beijá-la-ás.
b) e, es:
Você, vocês; café, cafés; aloés.Socorrê-la, prendê-lo, entendê-la.Socorrê-la-ás, prendê-lo-á, entendê-la-á.
c) o, os:
Avô, avós; cipó, cipós; mocotó, mocotós. Repô-lo, transpô-lo, propô-la.Repô-la-ás, transpô-lo-emos, propô-lo-ei.
d) em, ens:
Armazém, armazéns; também, amém.Detém, contém, retém, intervém.Detém-no, detém-lo, retém-no, retém-lo.
OXÍTONAS SEM ACENTO
a) Oxítonas terminadas em u – É quasemania nacional acentuar oxítonasterminadas em u. Nos vocábulosseguintes, o acento gráfico é proibido.
angu iglu peruanu Iguaçu pirarucubabaçu aracu rebubelzebu Itaipu surucucubaiacu Itu sururubambu jaburu tatubeiju jacu tutu buçu jambu umbucalundu jururu uru candiru jus Uruaçucanguçu Manacapuru urubucaracu mandacaru urucuCaramuru menu uruçuchuchu meru uirapurucru nu voducupu Pacaembu vuvucupuaçu pacu xampucururu pacuguaçu xuruexu pacuçu zebuhindu Paraguaçu zulu
b) Oxítonas terminadas em i – Veja arelação de palavras em que o acentográfico é proibido.
haiti Marli agredi-lahalali nasci aliharaquiri pequi aquiigaci quati bagdalijaraqui rali bem-te-vijavali rami caquiJeni rani Darcijuriti rubi Dercijurupari Saci esquiKali sagüi feri-lamacis sapoti frenesimacuxi somali garimandi tambaqui grismapinguari tapiri gurimaqui xixi Gurupimari xiri zumbi
4
ALFABETO
01. A palavra alfabeto é formada pela fusãode alfa + beta (primeiras letras doalfabeto grego).
02. Em português, a palavra correspondenteé abecedário.
03. O alfabeto português contém 23 letras: a,b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s,t, u, v, x e z.
04. Além dessas letras, existem três que sepodem usar em casos especiais: k, w, y.São empregadas em abreviaturas,símbolos, palavras estrangeiras, nomespróprios estrangeiros.
K = potássioK = Kelvink = quilate kg = quilogramakm = quilômetrokW = quilowattW = tungstênioW = wattW = trabalho W = Oeste Y = ítrioyd = jarda
05. Nomes das letras:
A: letra á.B: letra bê.C: letra cê.D: letra dê.E: letra é.F: letra efe. [éfi].G: letra gê.H: letra agá.I: letra i.J: letra jota [jóta].K: letra cá.L: letra ele [éle].M: letra eme [êmi].N: letra ene [êni].O: letra ó. P: letra pê.Q: letra quê.R: letra erre [érri].S: letra esse [éssi].T: letra tê.U: letra u.V: letra vê.X: letra xis.Z: letra zê.W: letra dáblio.Y: letra ípsilon.
06. Som das vogais:
a: em pá = [á]; em irmã = [ã].e: em pé = [é]; em ipê = [ê]; em
lembro = [em]; em róseo = [i].i: em pipa = [í]; em limpo = [im].o: em pó = [ó]; em pô-lo = [ô]; em
nódoa = [u]; em sombra = [õ].u: em cupu = [ú]; em cumpro = [im]
MomentoFonético
OXÍTONAS COM ACENTO GRÁFICO
a) Terminadas em u com hiato – Se hou-ver hiato, o acento acontece nas oxíto-nas terminadas em u.
Anhangabaú (SP) Cocaú (PE)Ariaú (AM) baúCamburiú (SC) jaúcuiú-cuiú Grajaú (MA)pitiú Tambaú (PB)Tapuiú (CE) teiú
b) Terminadas em i, com hiato – Se houverhiato, o acento acontece nas oxítonasterminadas em i.
aí daí caísaí açaí instruí-loatraí-la contraí-lo distraí-laretraí-lo-ei cajuí extraí-loChuí (RS) Cucuí (AM) excluí-loGuaraí (GO) Icaraí (CE) influí-laincluí-la incluí-la-ei Itaguaí (RJ)Itajaí (GO) Jataí (GO) Jutaí (AM)
OXÍTONAS (prosódia e sinonímia)
Prosódia – É o estudo da pronúncia corretados vocábulos. As palavras seguintes sãotodas oxítonas.
Aloés Espécie de planta (babosa).Fonética: o-e = hiato.
Bagdali Natural ou habitante de Bagdá,capital do Iraque. Plural: bagdalis.Fonética: g-d = encontroconsonantal.
Balcãs Península européia. Admite apronúncia paroxítona: Bálcãs.Fonética: l-c = encontro conso-nantal.
Bengali Pertencente ao Estado de Bengala(Índia, parte oeste da região deBengala). Plural: bengalis.Fonética: en = dígrafo; sete letrase seis fonemas.
Cateter Sonda cirúrgica. Plural: cateteres.
Cister Região da França onde existe omosteiro de Cister, fundado porSanto Alberico. Fonética: s-t =encontro consonantal.
Civil Relativo às relações dos cida-dãos entre si, reguladas pornormas do Direito Civil. Plural:civis.
Condor Ave de rapina de porte avanta-jado que vive nos Andes. Plural:condores. Fonética: on = dígrafo;seis letras e cinco fonemas.
Eifel Torre em Paris. Fonética: ei =ditongo decrescente oral.
Frenesi Excitação, delírio. Plural: frenesis.Fonética: fr = encontroconsonantal.
Hangar Abrigo fechado, ou galpão, parabalões, dirigíveis, aviões, barcos,etc. Plural: hangares. Fonética:an = dígrafo.
Harém Parte da casa muçulmanadestinada à habitação dasmulheres. Plural: haréns.Fonética: em = ditongo decres-cente nasal; cinco letras e quatrofonemas.
Preamar Maré-cheia; maré alta. Plural:preamares. Fonética: pr =encontro consonantal; e-a =hiato.
Hostil Agressivo; contrário, adverso,inimigo. Plural: hostis. Fonética:s-t = encontro consonantal; seisletras e cinco fonemas.
Masseter Músculo inferior do queixo. Plu-ral: masseteres. Fonética: ss =dígrafo; oito letras e sete fone-mas.
Mister Cargo, profissão, ocupação;aquilo que é necessário ou for-çoso. Plural: misteres. Foné-tica: s-t = encontro conso-nantal.
Novel Novo; principiante, novato.Plural: novéis.
Nobel Do Prêmio Nobel (relativo aAlfredo Nobel, sueco, inventorda dinamite). Plural: nobéis.
Obó Floresta densa. Plural: obós.
Oboé Instrumento musical de sopro,feito de madeira, com palhetadupla, de timbre semelhante aodo clarinete, mas levementenasal. Plural: oboés. Fonética:o-e = hiato.
Obus Arma antiga semelhante a ummorteiro; bomba ou granada lan-çada pelo obus. Plural: obuses.
Paul Pântano: região inundada poráguas estagnadas. Plural: pauis.Fonética: a-u = hiato.
Refém Pessoa inocente que é retida co-mo garantia. Plural: reféns. Fo-nética: em = ditongo decrescen-te nasal.
Ruim Que não tem préstimo; inútil.Plural: ruins. Fonética: u-i = hia-to; im = dígrafo; quatro letras etrês fonemas.
Somali O natural ou habitante da Somá-lia; relativo à Somália. Plural: so-malis.
Sutil Tênue, fino, delgado, grácil;perspicaz, hábil, engenhoso, ta-lentoso. Plural: sutis. Cf. sútil.
Tamis Peneira de seda usada em far-mácia ou laboratório; peneira,filtro, crivo. Plural: tamises.
Timor Natural ou habitante de Timor(Oceânia); timorense.
Transistor Dispositivo constituído por semi-condutores; rádio provido dessedispositivo. Plural: transistores.Fonética: tr e s-t = encontrosconsonantais; an = dígrafo; dezletras e nove fonemas.
Ureter Cada um dos dois canais queconduzem a urina de cada rim àbexiga. Plural: ureteres.
Arapuca
Assinale a alternativa com erro deacentuação gráfica:
a) medicob) secretarioc) continuad) averigúee) caráteres
5
01. Eleja a alternativa em que todas aspalavras sejam oxítonas:
a) mister, masseter, interimb) Nobel, ureter, sutilc) refem, obus, duplexd) habitat, alibi, frenesie) transistor, harem, ambar
02. (FGV) (Desafio TV) Assinale aalternativa que NÃO siga o mesmocaso de acentuação que as demais.
a) controvérsiab) plausíveisc) insaciáveld) construídose) elétron
03. Sobre a estrofe seguinte, do poemaAntífona, de Cruz e Sousa, assinale aafirmativa incorreta.
Visões, salmos e cânticos serenos,Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
a) Pode-se trocar flébeis por plangentessem prejuízo semântico.
b) Os vocábulos dormências e volúpicossão acentuados pela mesma razão.
c) Os vocábulos flébeis e dormênciassão acentuados pela mesma razão.
d) A presença de acento gráfico em sutilfaz que haja mudança de significado.
e) Os vocábulos órgãos, flébeis e dor-mências são acentuados pela mesmarazão.
04. Assinale a alternativa em que seidentifica a figura de linguagempredominante no trecho:
“As rodas dentadas da pobreza, ignorân-cia, falta de esperança e baixa auto-estimase engrenam para criar um tipo de máqui-na do fracasso perpétuo que esmigalhaos sonhos de geração a geração. Nóstodos pagamos o preço de mantê-lafuncionando. O analfabetismo é a suacavilha.”
a) Eufemismo.b) Antítese.c) Metáfora.d) Elipse.e) Inversão.
05. (Desafio RÁDIO) Assinale a alternativaque NÃO siga o mesmo caso deacentuação que as demais.
a) resolvê-la-ásb) entrevistá-la-ásc) conhecê-la-ásd) transpô-lo-áse) instruí-la-ás
DesafioGramatical
Texto 2
A Dona Ângela
Gregório de Matos
Anjo no nome, Angélica na cara.Isso é ser flor e anjo juntamente.Ser Angélica flor e anjo florente,Em quem senão em vós se uniformara?
Quem vira uma tal flor, que não a cortara,Do verde pé, da rama, florescente;E quem um Anjo vira tão luzenteQue por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares,Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.
Perscrutando o texto
01. sobre o poema em questão, assinale aafirmativa incorreta.
a) Predominam, no poema, os versosdecassílabos.
b) Entre cara e uniformara ocorre rimarica.
c) O demonstrativo usado no segundoverso faz referência ao que o poeta vaiexpor depois.
d) No terceiro verso, pode-se trocarflorente por florescente sem prejuízosemântico.
e) Na primeira estrofe, pode-se notarmetáfora e antítese.
02. Do texto em questão é incoerentededuzir:
a) Na mesma mulher, havia traços de anjoe de flor.
b) Comparando a mulher a anjo e a flor, opoeta analisa-a em dois planos:espiritual e material.
c) O fato de ter aparência de flor incita opoeta a querer tocá-la.
d) A aparência de anjo é uma armadilha:ao invés de proteger o poeta, torna-seuma tentação.
e) Na condição de anjo, a mulherconsegue livrar o poeta de grandesinfortúnios.
03. Assinale a alternativa em que ajustificativa de acentuação gráfica éincoerente.
a) Angélica: acentuada por ser palavraproparoxítona.
b) flor: sem acento gráfico por sermonossílabo tônico terminado em r.
c) vós: com acento gráfico por sermonossílabo tônico terminado em “os”.
d) custódio: com acento gráfico por serparoxítona terminada em ditongo.
e) fôreis: acentuada por ser palavraproparoxítona.
04. Sobre a construção “Sois anjo que metenta e não me guarda”, escolha aalternativa incorreta.
a) Trata-se de um período composto,contendo três orações.
b) A partícula que tem valor de pronomerelativo.
c) A oração “que me tenta” é subordinadaadjetiva.
d) Os monossílabos que e não têm poderde atração sobre o pronome átono me.
e) O pronome me tem valor decomplemento indireto.
05. Opte pelo item em que a análisefonética é incoerente.
a) anjo: contém dígrafo.b) juntamente: contém dois dígrafos.c) quem: contém dígrafo e ditongo
decrescente nasal.d) florescente: contém dois encontros
consonantais e um dígrafo;e) diabólicos: contém hiato.
06. Assinale a alternativa incorreta sobreos vocábulos seguintes.
a) pois: contém hiato.b) florente: contém um encontro
consonantal e um dígrafo.c) custódio: significa, no poema, proteção.d) fôreis: forma do verbo ser, segunda
pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito.
e) galharda: significa, no poema, elegante.
07. Observe a estrofe seguinte:
Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.
O complemento do verbo ver:
a) é a expressão “que por bela e porgalharda”;
b) é a oração “que sois anjo”;c) não existe: trata-se de verbo intransitivo.d) é partícula que;e) é o substantivo anjo.
08. Observe a estrofe seguinte:
Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.
O complemento do verbo ver:
A expressão “por bela e por galharda”indica
a) tempo;b) condição;c) causa;d) finalidade;e) concessão.
09. Opte pela frase com erro decolocação pronominal.
a) Vendo uma flor tão bela, quem não acortaria?
b) Vendo uma flor tão bela, quem a nãocortaria?
c) Você é um anjo que me tenta e não meprotege.
d) Vendo um anjo tão luzente, quem o nãotomaria por Deus?
e) Um anjo tão luzente, eu adoraria-o parasempre.
6
ENCONTROS CONSONANTAISAos grupos formados por mais de umaconsoante, na mesma sílaba ou emsílabas diferentes, sem vogalintermediária, chama-se encontroconsonantal. Os encontros consonantaispodem ser:
a) Perfeitos – As consoantes agrupam-se namesma sílaba.
1. bl = blo-co, blu-sa, em-ble-ma.2. br = bra-ço, bri-ta, mem-bro.3. cl = cla-ro, cla-mor, cli-tó-ris.4. cr = cra-vo, cre-do, cri-vo.5. dr = dra-ce-na, drí-a-de, dri-blar.6. fl = fla-gran-te, fla-ge-lo, flam-bo-ai-ã.7. fr = fra-grân-cia,fre-a-men-to, fru-fru.8. gl = gla-bro, gle-na, gló-bu-lo.9. gr = grá-cil, gre-lo, gru-gru-lhar.10. pl = pla-ca-mãe, pla-cen-tá-rio. 11. pr = pra-fren-tex, prai-ei-ro.12. tr = tre-bo-çu, trê-fe-go.
b) Imperfeitos – As consoantes agrupam-seem sílabas diferentes.
1. bd = ab-di-car, áb-di-to, ab-do-me.2. br = ab-rup-to.3. bs = sub-sô-nico, sub-so-lo.4. cn = ac-ne.5. dv = ad-vo-ga-do.6. pt = rap-to, op-to.
DÍGRAFOS
Ao grupo de duas letras que representaum único som ou articulação chama-sedígrafo. Sinônimo: digrama.Os dígrafos da Língua Portuguesa são:
a) Dígrafos consonantais – Têm como baseuma consoante. São onze:
1. ch = cha-ci-na, chave, enchova.2. lh = quin-qui-lha-ri-as.3. nh = en-de-mo-ni-nha-do.4. rr = des-car-ri-la-men-to.5. ss = mas-sa-ge-ar.6. sc = nas-cer, des-cer.7. sç = cres-ça, des-ço.8. xc = ex-ce-ção, ex-ce-len-te.9. xs = ex-su-dar, ex-si-car.10. qu = quin-ti-lha, brân-quia.11. gu = guer-ra, guel-ra.
b) Dígrafos vocálicos – Têm como baseuma vogal. São dez:
1. am = am-bos, sam-ba, tam-bor.2. em = em-pa-te, em-pe-nho.3. im = ím-pro-bo, im-pró-prio, as-sim.4. om = om-bro, hom-bri-da-de, som.5. um = um-bral, um-bro-so, a-tum.6. an = an-ces-tral, an-ci-ão.7. en = en-ca-be-çar, en-cai-brar.8. in = in-co-men-su-rá-vel.9. on = on-to-ge-ni-a, on-tem, fon-te.10. un = un-tu-o-so, un-ção, un-ci-for-me.
MomentoFonético
10. Tomando por base a estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:
Anjo no nome, Angélica na cara.Isso é ser flor e anjo juntamente.Ser Angélica flor e anjo florente,Em quem, senão em vós se uniformara?
a) juntamente: advérbio.b) Angélica (verso 3): substantivo.c) florente (verso 3): adjetivo.d) senão: preposição.e) no: fusão de preposição + artigo
definido.
11. Tomando por base a estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:
Quem vira uma tal flor, que não a cortara,Do verde pé, da rama florescente;E quem um Anjo vira tão luzenteQue por seu Deus o não idolatrara?
a) tal: pronome.b) a (verso 1): preposição.c) tão (verso 3): advérbio.d) luzente: adjetivo.e) o: pronome pessoal oblíquo átono.
12. Tomando por base estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:
Se pois como Anjo sois dos meus altares,Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,Livrara eu de diabólicos azares
a) meus: pronome possessivo.b) se: conjunção.c) diabólicos: adjetivo.d) guarda: verbo.e) azares: substantivo.
13. Tomando por base estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:
Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.
a) mas: conjunção subordinativaadversativa.
b) que (verso 1): conjunção.c) por: preposição.d) que (verso 3): pronome relativo.e) me: pronome pessoal oblíquo átono.
Leitura mínima
A JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR
Gregório de Matos
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,Da vossa alta clemência me despido;Porque quanto mais tenho delinqüido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,A abrandar-vos sobeja um só gemido:Que a mesma culpa que vos há ofendido,Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobradaGlória tal e prazer tão repentinoVos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Período Colonial
1.1. Duração e abrangênciaDuração e abrangênciaO Período Colonial da literatura brasileiraabrange três escolas literárias:
a) Quinhentismo ou Período deFormação – (1500 a 1601).
b) Barroco ou Seiscentismo – (1601 a1768).
c) Arcadismo ou Neoclassicismo – (1768a 1836).
2. Aspectos importantes do PeríodoColoniala) Engloba os três primeiros séculos de
existência do País.
b) O Brasil é colônia de Portugal.
c) O Brasil está subordinado, econômica epoliticamente, a Portugal. Isso gera adependência cultural e a imitação dosmodelos artísticos portugueses.
d) A literatura não é propriamentebrasileira: é híbrida, podendo serchamada de literatura luso-brasileira.
e) Nos primeiros séculos, a culturadesenvolve-se nas chamadas “ilhassociais”: Bahia, Pernambuco, Minas, Riode Janeiro e São Paulo.
f) O Quinhentismo (1500 a 1601 – séculoXVI) é uma literatura sobre o Brasil, decaráter histórico-informativo, compoucos textos em verso (poesia).
g) O Seiscentismo ou Barroco (1601 a1768 – século XVII) já é uma literatura noBrasil, com produção propriamenteliterária.
h) O Setecentismo ou Arcadismo (1768 a1836 – século XVIII) já pode serconsiderado literatura do Brasil. Asociedade colonial já participa doprocesso de produção literária.
i) Explodem os primeiros movimentos derebelião contra o domínio português:Inconfidência Mineira, Revolução dosAlfaiates.
j) Nos primeiros cem anos de literatura,somente um escritor merece destaque:José de Anchieta (poeta e teatrólogo).
l) O primeiro livro de autor realmentebrasileiro só vem a lume no períodobarroco, precisamente em 1705: Músicado Parnaso (poesia), de Manuel Botelhode Oliveira.
Arapuca
Qual escritor não pertence à LiteraturaColonial brasileira?
a) José de Anchietab) Bento Teixeirac) Gregório de Matosd) Tomás Antônio Gonzagae) Gonçalves Dias
7
01. (FGV) Observe o período seguinte:
“É o que tem ocorrido com a novaofensiva hegemônica que tenta atribuir aobaixo nível educacional da América Latinaa origem de todos os males, daestagnação à péssima distribuição derenda.”
Em relação a ele, a única afirmaçãoINCORRETA é que:
a) Apresenta pelo menos um dígrafo.b) Contém oração subordinada adjetiva.c) Nele, hegemônica significa
preponderante, dominante.d) A forma verbal tenta contém encontro
consonantal.e) A palavra origem exerce a função
sintática de objeto direto.
02. (FGV) Assinale a alternativa em que apalavra deveria ter recebido acentográfico:
a) Paiçandu.b) Taxi. c) Gratuito.d) Rubrica.e) Entorno.
03. (FGV) Caetano Veloso gravou umacanção, do filme Lisbela e o Prisioneiro.Trata-se de Você não me ensinou a teesquecer. A propósito do título da canção,pode-se dizer que:
a) A regra da uniformidade do tratamentoé respeitada, e o estilo da frase revelaa linguagem regional do autor.
b) O desrespeito à norma sempre revelafalta de conhecimento do idioma;nesse caso não é diferente.
c) O correto seria dizer Você não meensinou a lhe esquecer.
d) Não deveria ocorrer a preposiçãonessa frase, já que o verbo ensinar étransitivo direto.
e) Desrespeita-se a regra da uniformidadede tratamento. Com isso, o estilo dafrase acaba por aproximar- se do dafala.
Arapuca
04 (FGV) Observe: “O diretor perguntou: –Onde estão os estagiários? Mandaram-nos sair? Estão no andar de cima?”
O pronome sublinhado pertence:
a) À terceira pessoa do plural.b) À segunda pessoa do singular.c) À terceira pessoa do singular.d) À primeira pessoa do plural.e) À segunda pessoa do plural.
LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes Desafio
Gramatical
8
Quinhentismo (1500 a 1601)
1. Origens e formação
a) Duração no Brasil: 1500 a 1601 (todo oséculo XVI).
b) Outro nome para o movimento: Períodode Formação.
c) Obra inauguradora: não há livro, éóbvio, para inaugurar o Quinhentismo.Toma-se como marco do movimento aCarta de Achamento do Brasil,popularmente conhecida como Carta dePero Vaz de Caminha.
2. Divisão do Quinhentismo
LITERATURA INFORMATIVA
a) Feita pelos viajantes europeus, temaspecto de relatórios, com informaçõessobre nossas terras, destacando-se osrecursos minerais, a fauna, a flora e osaspectos pitorescos dos nossos índios.
b) Esses relatórios são chamados deCrônicas de Viagem e têm mais aspectohistórico do que literário.
c) Os textos mais importantes daLiteratura Informativa são:
Carta de Achamento do Brasil (1500) –de Pero Vaz de Caminha.
Diário de Navegação (1530) – de PeroLopes de Souza.
Tratado da Terra do Brasil (1576) – dePero de Magalhães Gândavo.
Tratado Descritivo do Brasil (1587) – deGabriel Soares de Souza.
Diálogo das Grandezas do Brasil (1618)– de Ambrósio Fernandes Brandão.
Diálogo sobre a Conversão dos Gentios– de Pe. Manuel da Nóbrega.
História do Brasil (1627) – de FreiVicente do Salvador.
LITERATURA DOS JESUÍTAS
a) Os jesuítas instalados no Brasil sãoagentes da Contra-Reforma. Por isso, aatividade principal dos padres é otrabalho de catequese.
b) Num trecho da Carta de Caminha, oautor solicita ao rei que envie gente paraa terra recém-descoberta: “Não deixelogo de vir clérigo para os batizar...”
c) Os jesuítas contribuem para adestribalização dos indígenas, tentandoincutir-lhes uma educação européia.
d) Pondo em primeiro plano a intençãopedagógica e moralizante, os textos queproduzem têm caráter mais didático queartístico.
e) Nessa linha didática, está o Pe. Manuelda Nóbrega, com o seu Dialogo sobre aConversão dos Gentios.
f) Em todo o século XVI, só uma figuratranspõe a linha do meramenteinformativo e didático para incluir-se noplano artístico-literário: o padre José deAnchieta.
3. Autores e obras do Quinhentismo
PERO VAZ DE CAMINHA
Nasce no Porto, Portugal, por volta de 1437,de família burguesa.
Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral,dirige a Dom Manuel, o Venturoso, no diaprimeiro de maio de 1500, a Carta deAchamento do Brasil. Conta, nessa época,com uns cinqüenta anos, pois já tem netos.
Falece a 16 de dezembro de 1500, emcombate na Índia, assassinado pelosmouros.
Sua Carta sobressai-se como documentohistórico, mas tem também um certo nívelliterário.
Caminha resume em poucas palavrastodo o cabedal espiritual e material destagente (os índios), com uma penetraçãomaravilhosa. (Capistrano de Abreu)
Graças ao raro talento de observação,de que era dotado, graças sobretudo àfácil ingenuidade do seu estilo, o Brasilteve um historiador no próprio dia do seunascimento. (Ferdinand Denis)
A Carta de Caminha
Término – A Carta-Relatório, consideradaCertidão de Batismo do Brasil, terminaassim:
De ponta a ponta é toda praia redonda,muita chã e muito fremosa. Nela atéagora não pudemos saber que hajaouro, nem prata, nem coisa alguma demetal ou ferro; nem o vimos. Porém aterra em si é de muitos bons ares assimfrios e temperados como os de Entre-Doiro e Minho, porque neste tempo deagora os achávamos como os de lá.
As águas são muitas e infindas. E em talmaneira é grandiosa que, querendoaproveitá-la, tudo dará nela, por causadas águas que tem. Porém o melhorfruto que dela se pode tirar me pareceque será salvar esta gente. E esta deveser a principal semente que vossa altezanela deve lançar.
Ufanismo – A Carta de Caminha marca oinício de uma longa tradição, o ufanismo ounativismo, que consiste na exaltação (porvezes exagerada) das virtudes da terra e dagente. Este aspecto vai desdobrar-se emtodos os outros períodos da literaturacolonial.
Simpatia pelo índio – Com relação aoíndio, a atitude de Caminha, emboraaparentemente simpática, revela oetnocentrismo europeu:
Andam nus sem nenhuma cobertura,nem estimam nenhuma cousa de cobrirnem mostrar suas vergonhas e estãoacerca disso com tanta inocência comotêm de mostrar no rosto. Eles porémcontudo andam muito bem curados emuito limpos e naquilo me parece aindamais que são como as aves ou alimáriasmonteses que lhes faz o ar melhor penae melhor cabelo que as mansas, porqueos corpos seus são tão limpos e tãogordos e tão fremosos que não podemais ser.
PERÍODOS DA LITERATURABRASILEIRA
01. QuinhentismoDuração – 1500 a 1601 (século XVI).Obra inauguradora – A Carta (prosa), de Pero Vaz de Caminha (português).
02. BarrocoDuração – 1601 a 1768 (século XVII e mais da metade do século XVIII).Obra inauguradora – Prosopopéia (poesia épica), de Bento Teixeira Pinto (português).
03. ArcadismoDuração – 1768 a 1836 (parte do séculoXVIII e início do século XIX).Obra inauguradora – Obras poéticas(poesia lírica), de Cláudio Manuel da Costa.
04. RomantismoDuração – 1836 a 1881 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Suspiros poéticose saudades (poesia), de Gonçalves de Magalhães.
05. RealismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Memórias póstumas de Brás Cubas (romance), de Machado de Assis.
06. NaturalismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – O Coronel Sangrado (romance, 1877), de Inglês de Sousa.Obra inauguradora – O Mulato (romance, 1881), de Aluísio Azevedo.
07. ParnasianismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Sonetos e Rimas (poesia), de Luís Guimarães Júnior.
08. SimbolismoDuração – 1893 a 1902 (final do século XIX).Obra inauguradora – Missal (prosa) e Broquéis (poesia) de Cruz e Sousa.
09. Pré-modernismoDuração – 1902 a 1922 (século XX).Obra inauguradora – Os Sertões (romance, 1902), de Euclides da Cunha.Obra inauguradora – Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.
10. ModernismoDuração – 1922 a ? (século XX).Obra inauguradora – Paulicéia Desvairada (poesia), de Mário de Andrade.
MomentoLiterário
Nudez das índias – Caminha aludetambém, maliciosamente, à nudez dasíndias:
Ali andavam entre eles três ou quatromoças bem novinhas e gentis, comcabelos mui pretos e compridos pelascostas e suas vergonhas tão altas,saradinhas e tão limpas das cabeleirasque de as nós muito bem olharmos nãotínhamos nenhuma vergonha.
Caminha no Modernismo – No Modernis-mo, Oswald de Andrade escreve um livro depoemas intitulado Pau-Brasil (1925), cujosprimeiros poemas têm o título geral deHistória do Brasil, em que o poeta recriatextos do século XVI, dando-lhes formapoética.
A transformação da Carta de Caminha empoesia, feita por Oswald de Andrade, ficaassim:
A descoberta
Seguimos nosso caminhopor esse mar de longoAté a oitava da PáscoaTopamos aveE houvemos vista de terra
Os selvagens
Mostrara-lhes uma galinhaQuase haviam medo delaE não queriam pôr a mãoE depois a tomaram como espantados
As meninas da gare
Eram três ou quatro moças Bem moças e bem gentisCom cabelos mui pretos pelas espáduasE suas vergonhas tão altas e tãosaradinhasQue de nós as muito bem olhamosNão tínhamos nenhuma vergonha
Murilo Mendes – Veja, a seguir, o texto deoutro poeta do Modernismo, Murilo Mendes(autor de Canção do Exílio), e a sua visão doséculo XVI.
A Carta de Pero Vaz
A terra é mui graciosa,Tão fértil eu nunca vi.A gente vai passear,No chão espeta um caniço,No dia seguinte nasceBengala de castão de oiro.Tem goiabas, melancias,Bananas que nem chuchu.Quanto aos bichos, têm-nos muitos,De plumagens mui vistosas.Tem macaco até demaisDiamantes tem à vontadeEsmeraldas é para os trouxas.
JOSÉ DE ANCHIETA
Nasce em 19 de março de 1534, emTenerife, arquipélago das Canárias.
Em Coimbra, forma-se em Filosofia eingressa na Companhia de Jesus, com 17anos.
Vem para o Brasil com 21 anos de idade,em 1555, acompanhando a missão jesuíticacom o segundo governador geral, Duarte daCosta. Tudo indica que o motivo da vinda éa doença (tuberculose) de que padece
Os índios chamam-no de Supremo PajéBranco.
Em 1556, um ano após sua chegada aoBrasil, funda um colégio em pleno planaltopaulista, embrião da cidade de São Paulo.
Falece no litoral do Espírito Santo (Reritiba)na atual cidade de Anchieta, em 1597.
Escreve a primeira gramática do tupi-guarani, verdadeira cartilha para ensino dalíngua aos nativos: Arte de gramática dalíngua mais usada na costa do Brasil (1595).
Anchieta produz poesias, peças teatrais,cartas e sermões. Merece destaque, noentanto, apenas a parte poética e teatral.
Na poesia, sua linguagem é simples, osversos são curtos (redondilha menor) e oassunto é sempre religioso, de contestaçãoaos bens terrenos.
Suas poesias somente são reunidas numaedição completa e uniforme em 1954, porocasião do IV Centenário de São Paulo.
Sua peça mais admirada é Na Festa de SãoLourenço, representada pela primeira vezem Niterói, em 1583. A maior parte dosversos é redigida em tupi; o restante, emespanhol e português.
OBRAS DE ANCHIETA
1. Arte de gramática da língua mais usadana costa do Brasil (1595)
2. Informações (1933)3. Cartas (1933)4. Fragmentos Históricos e Sermões (1933)5. Na Festa de São Lourenço (teatro)6. Na Visitação de Santa Isabel (teatro)
POEMAS FAMOSOS DE ANCHIETA
1. A Santa Inês2. Do Santíssimo Sacramento3. Em Deus, Meu Criador4. Poema à Virgem
ANTOLOGIA DE ANCHIETA
A Santa Inês
Cordeirinha linda,como folga o povoPorque vossa vindalhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,de Jesus querida,vossa santa vindao diabo espanta.
Por isso vos cantacom prazer o povo,porque vossa vindalhe dá lume novo!
Nossa culpa escurafugirá depressa,pois vossa cabeçavem com luz tão pura.
Em Deus, Meu Criador
Não há cousa segura.Tudo quanto se vêse vai passando.A vida não tem dura.O bem se vai gastando.Toda criaturaPassa voando.
Em Deus, meu criador,está todo meu beme esperança,
meu gosto e meu amore bem-aventurança.Quem serve a tal Senhornão faz mudança.
9
01. (FGV) DESAFIO DA TV
Vai passarNessa avenida um samba popularCada paralelepípedoDa velha cidadeEssa noite vaiSe arrepiarAo lembrarQue aqui passaram sambas imortais (...)
(Francis Hime e Chico Buarque)
Nesses versos iniciais do samba Vaipassar, é possível identificar duas figurasde estilo. Assinale a alternativa correta.
a) Metáfora e anáfora.b) Ironia e hipérbole.c) Gradação e eufemismo.d) Antítese e anacoluto.e) Prosopopéia e metonímia.
02. (FGV) Foi um movimento literário doséculo XVII, nascido da crise devalores renascentistas. Caracteriza-sena literatura pelo culto dos contrastes,a preocupação com o pormenor e asobrecarga de figuras como ametáfora, as antíteses, hipérboles ealegorias. Essa linguagem conflituosareflete a consciência dos estadoscontraditórios da condição humana.
Trata-se do:
a) Romantismo.b) Trovadorismo.c) Humanismo.d) Realismo.e) Barroco.
03. (FGV) Leia o seguinte texto deUbirajara Inácio de Araújo:
Todo texto é uma seqüência deinformações: do início até o fim, há umpercurso acumulativo delas. Àsinformações já conhecidas, outras novasvão sendo acrescidas e estas, depoisde conhecidas, terão a si outras novasacrescidas e, assim, sucessivamente. Aconstrução do texto flui como um ir-e-virde informações, uma troca constante entreo dado e o novo.
É correto afirmar que, nesse texto,predominam:
a) Função referencial e gênero do tipodissertativo.
b) Função fática e gênero de conteúdodidático.
c) Função poética e gênero do tiponarrativo.
d) Função expressiva e gênero deconteúdo dramático.
e) Função conativa e gênero de conteúdolírico.
DesafioLiterário
Contente assim minha almado doce amor de Deustoda ferida,o mundo deixa em calma,buscando a outra vidana qual deseja sertoda absorvida.
Do pé do sacro monte,meus olhos levantandono alto cume,vi estar aberta a fontedo verdadeiro lume,que as trevas do meu peitotodas consume.
Do Santíssimo Sacramento
Oh que pão, oh que comida,oh que divino manjarse nos dá no santo altar
cada dia!
Filho da Virgem Maria,que Deus Padre cá mandoue por nós na cruz passou
crua morte,
e para que nos confortese deixou no sacramentopara dar-nos, com aumento,
sua graça,
esta divina fogaçaé manjar de lutadores, galardão de vencedores
esforçados.
Exercícios
01. Escolha a afirmativa incorreta sobre aestrofe seguinte:
Cordeirinha linda,como folga o povoPorque vossa vindalhe dá lume novo!
José de Anchieta
a) A estrofe contém versos em redondilhamenor.
b) Há, na estrofe, dois exemplos de rimarica.
c) Todas as rimas do poema são femininas.d) Dentro da estrofe, o primeiro verso tem
função de vocativo.e) Nos vocábulos linda e vinda, há
encontro consonantal.
02. Escolha a letra em que se fezclassificação fonética errada:
Filho da Virgem Maria,que Deus Padre cá mandoue por nós na cruz passou
crua morteJosé de Anchieta
a) Virgem: ditongo decrescente nasal. b) Deus: ditongo decrescente oral.c) Maria: hiato.d) crua: encontro consonantal e hiato.e) que: ditongo crescente oral.
Definições importantes
1. Frase
É qualquer enunciado com sentido próprio.Pode conter uma única palavra ou umconjunto de vocábulos.
2. Locução
São duas ou mais palavras que se juntamnuma única idéia. Veja exemplos:
a) “antes de”: locução prepositiva.b) “à medida que”: locução conjuntiva.c) “devemos estudar”: locução verbal.d) “amor de mãe”: locução adjetiva.
3. Oração
Oração é a frase que contém um verbo(presente ou subentendido) ou uma locuçãoverbal. Toda oração pode ser chamada defrase, mas nem toda frase constitui umaoração. Por isso, temos:
a) Frase nominal – Constituída apenas denomes (substantivo, adjetivo,preposição, advérbio).
b) Frase oracional – Constituída denomes, com a presença de um verboou de uma locução verbal.
4. Período
É o enunciado constituído de uma oraçãoabsoluta ou da reunião de orações queforma sentido completo. Pode ser:
a) Período simples – Formado de apenasuma oração. Classificação da oração:absoluta.
b) Período composto – Formado de duasou mais orações. No período composto,as orações podem ser coordenada,principal ou subordinada.
5. Parágrafo
Unidade de texto escrito formada por um oumais períodos. As frases que compõem oparágrafo giram em torno de uma idéia-núcleo chamada de “tópico-frasal”.
6. Título
É o que se põe no início de um trabalhoescrito com o intuito de indicar o assuntoque vai ser tratado.
7. Assunto
Assunto é aquilo de que o texto vai tratar,que é objeto ou matéria de observação,consideração, atenção, interesse, etc.Confunde-se com o tema.
8. Conteúdo
No texto escrito, conteúdo é o conjunto deidéias transmitidas por meio das palavras.Pelo conteúdo pode-se avaliar o grau decultura e de maturidade de quem escreve.
10
Estrofes quanto ao número de versos
a) Dístico – É a menor estrofe, constituída dedois versos que rimam entre si.
Filho meu, de nome escrito,da minh’alma no infinito.
Escrito a estrelas e sangueno farol da lua langue.
Cruz e Sousa
b) Terceto – É a estrofe de três versos,obrigatoriamente usada na composição dosoneto.
Um luar velho dói sobre o silêncioAs mãos furtivas despetalam mortesE o coração se perde em nostalgia.
Fugir na noite inconsolável, irAo teu suplício, rosa da montanha,Ó delicada pétala de sangue!
Alphonsus de Guimaraens
c) Quarteto ou quadra – É a estrofe dequatro versos.
Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.
Gonçalves Dias, Canção do Exílio
d) Quintilha – É a estrofe de cinco versos.
Além dos ares, tremulamente,Que visão branca das nuvens sai!Luz entre franças, fria e silente,Assim nos ares, tremulamente,Balão aceso subindo vai...
Raimundo Correia
e) Sextilha – É a estrofe de seis versos.
Sou uma sombra! Venho de outras eras,Do cosmopolitismo das moneras...Polipo de recônditas reentrâncias,Larva de caos telúrico, procedoDa escuridão de cósmico segredo,Da substância de todas as substâncias!
f) Oitava – É a estrofe de oito versos. Há aoitava heróica e a oitava lírica.
Heróica – É formada de oito versosdecassílabos, os seis primeiros com rimasalternadas e os dois últimos com rimaemparelhada (esquema abababcc). Foi aestrofe empregada por Camões paracompor Os Lusíadas.
Lírica – É formada de oito versos,admitindo variadas métrica e rima.Vejamos uma oitava da época romântica,com esquema rímico abbcdeec:
Enfim te vejo! – enfim posso,Curvado a teus pés, dizer-te,Que não cessei de querer-te,Pesar de quanto sofri.Muito penei! Cruas ânsias,Dos teus olhos afastado,Houveram-me acabrunhado,A não lembrar-me de ti!
Gonçalves Dias, Ainda uma vez – Adeus!
RedaçãoProfessor João BATISTA GomesBem
Lembrado!
9. Forma
É a própria linguagem utilizada para comporo texto. Por meio da análise da forma, pode-se avaliar o grau de clareza e de correçãoda linguagem.
10. Estilo
É a maneira peculiar que cada um tem paraexpor sentimentos ou delinear idéias,falando ou escrevendo.
11. Redação
É o ato ou efeito de redigir. Por extensão,qualquer trabalho escrito que versa sobreum assunto dado, ou de livre escolha, comseqüência lógica de idéias. É sinônimo decomposição.
12. Descrição
É o ato ou efeito de descrever. É umaespécie de retrato que se faz por meio daspalavras, enumerando detalhes quepermitam, pela leitura, visualizar o objetodescrito.
13. Narração
É o ato ou efeito de narrar: contar, relatarum fato ou um acontecimento qualquer, realou imaginário, por meio de uma seqüênciade ações.
14. Dissertação
Exposição de juízos (conceitos, pareceres,opiniões) a respeito de um determinadotema ou assunto. O ato de dissertar implicaa exposição de idéias lógicas com intuito dedefender um “ponto de vista”, interpretandoa realidade de maneira adulta.
Pecados Mortais da Dissertação
PECADO 1 – Letra ilegível
Vestibulares e concursos – Aplica-se esteitem à dissertação exigida nos vestibulares econcursos, cuja composição é feita deforma manuscrita.
Decifrando a escrita – Não se conseguevalorizar ou admirar o que éincompreensível. O professor encarregadoda avaliação tem tempo estipulado paraconcluir o trabalho de correção. Não pode,pois, perder tempo tentando adivinhar (àsvezes decifrar) o que o candidato escreveu.Não se exige do redator letra bonita; exige-se letra legível, de fácil compreensão.
Solução – Depois de uma certa idade, équase impossível mudar totalmente oaspecto da caligrafia. Mas é possívelmelhorá-la, atentando no formato dealgumas letras. Às vezes, a leitura torna-sedifícil por causa do m, do n e do u que seconfundem no papel. Outras vezes, o l e o tsão grafados de tal forma (ou tamanho) queatrapalham a compreensão das palavrascontidas nas linhas superiores ou inferiores.Uma vez identificado o problema, deve-seescrever com mais apuro, principalmentequando se produz texto para ser avaliadopor alguém.
PECADO 2 – Fuga do assunto
Falha grave – É, com certeza, o pior deslizenuma dissertação. Se o trabalho vale nota, afuga do tema conduz ao zero por falta deadequação entre o texto ou título proposto eas idéias expostas pelo candidato. Escreverfugindo do assunto sugere:
a) Falta de planejamento sobre o que seestá produzindo.
b) Pouca capacidade de concentração.c) Incapacidade de delimitação do
assunto.d) Desvio intencional para tópicos
decorados previamente.
Fuga parcial – Às vezes, os rodeios, apreparação excessiva para finalmente falar-se do tema constituem fugas parciais que,dependendo de quem está avaliando otrabalho, também conduzem ao zero. Otema “Violência urbana” pode virar livro nasmãos de escritor habilidoso. O que se querdo aluno é apenas uma dissertação de, nomáximo, trinta e cinco linhas. Falar de Abel eCaim, da violência praticada em Roma àépoca dos Césares é fugir do assuntoporque não há espaço (nem tempo) paratantos dados. O melhor caminho é falar daviolência urbana hoje, apontando causas,conseqüências e, se possível, soluções parao problema abordado.
Solução – É preciso organizar-sedidaticamente para escrever bem. Aelaboração de rascunho, enumerandotópicos como causas, conseqüências,soluções, idéias contra ou a favor ajuda oredator a manter-se fiel ao tema, além degarantir uma seqüência lógica para osparágrafos da dissertação.
PECADO 3 – Uso de gírias
Linguagem formal – No texto narrativo, agíria é, em certos momentos, perfeita-mentecabível. Às vezes, faz parte dos traçosindividuais da personagem. No dissertativo,porém, é um desastre. Isso porque adissertação exige uma linguagem formal,não necessariamente erudita, mas pelomenos bem-elaborada. Veja expres-sõesque não têm espaço em dissertações:
1. Esses caras.2. Maneiro.3. Saia dessa.4. Estou noutra.5. O meganha.6. O maior barato.7. Esse papo não cola.8. Mina.9. Gente da pesada.
10. Cada um na sua.11. Pra cima de mim, não.12. Tudo em cima.13. Muito legal. 14. Bicho.15. Não enche.16. Tudo em riba.
Solução – O uso de gírias em textosdissertativos só acontece, pela lógica, comos adolescentes. Pessoas adultas têm umsenso de correção (e de ridículo) maisapurado quando se trata de texto escrito.
11
01. Considere os itens seguintesseqüência de uma dissertação. Julgueos trechos sublinhados quanto àcorreção gramatical, usandoverdadeiro ou falso.
a. ( ) A intenção de promover reformassociais que possibilitem o estágiode fome zero no Brasil é louvável,mas utópica. As desigualdadessociais do País não surgiram ontem.A pobreza, acompanhada de fomee de doenças, é, em certas regiões,endêmica. Para erradicá-la, nãobasta medidas paliativas ouassistências individuais.
b. ( ) Trabalhar muito, no Brasil, nãosignifica ganhar o suficiente parasuprir as necessidades básicas dafamília. A relação trabalho-ganho é,para uma maioria desqualificadaprofissionalmente, ultrajante. Oresultado do esforço não permiteque o trabalhador alimente a si e asua família nos padrões deexigência mínima de quantidade equalidade.
c. ( ) Crianças mal-alimentadas têm o de-sempenho escolar afetado. Duasconseqüências são imediatas:desenvolvimento físico instável,suscetível a doenças oportunistas, epreparação profissional inadequadapara garantir melhoria de vida nofuturo. Impõe-se, desde aadolescência, a carga do trabalhopara ajudar no orçamento dafamília.
d. ( ) No Norte e no Nordeste, filhos depobres herdam as privações dospais como se fossem umcomponente hereditário. Vislumbraruma ascensão na escala social sóseria possível por meio da absorçãode conhecimentos acadêmicos,disponíveis apenas para filhos depais remediados. Assim, repete-seo círculo vicioso, aqui e aliquebrado por casos isolados, seminfluência nos dados estatísticos.
e. ( ) A meta da fome zero é tarefa quepode ser iniciada agora, masdependerá da vontade política degovernantes futuros, de olho naabrangência da educação comoestratégia de mudança social ecultural. Enquanto a prioridade forapenas à captação de votos, opovo brasileiro continuará faminto.E não somente de comida.
Exercício deRedação
Suíte para os habitantes da noiteAnibal Beça
Capitães da AreiaJorge Amado
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar - Reitoria da UEA - Av. Djalma Batista, 3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Aline Susana Canto Pantoja
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibularAprovar da Universidade do Estado doAmazonas. Não pode ser vendido.
ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário
brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos, 1975.
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de
questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática,
1996.
_______. Gramática metódica da língua
portuguesa 35. ed. São Paulo: Saraiva, 1988.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da
língua portuguesa. 4. ed. Atualizado por Hamílcar
de Garcia. Rio de Janeiro: Delta, 1958.
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela
análise sintática. Rio de Janeiro: Fundo de
Cultura, 1960.
_______. Gramática portuguesa. 31. ed. São
Paulo: Nacional, 1987
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de
dúvidas da língua portuguesa. 2. impr. São Paulo:
Nova Fronteira, 1996.
_______. Novíssima gramática da língua
portuguesa. 30. ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1988.
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática
do português contemporâneo 3. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa
moderna. 13. ed. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1986.
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário
da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986.
HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário
enciclopédico Koogan Larousse. 2. ed. Rio de
Janeiro: Larousse do Brasil, 1979.
KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever
melhor o português. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1989.
MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo.
3. ed. São Paulo: Moderna, 1997.
SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais. 19. ed.
São Paulo: Atual, 1995.
SEREBRENICK, Salomão. 70 Segredos da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Bloch, 1990.