Literatura Profa: Rita de Cássia

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Literatura

Profa: Rita de Cássia

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 22

• Destruição + Construção

• Ideias de renovação

• Combater a arte tradicional

• “[...] maior orgia intelectual que a história do paísregistra”...

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Sua obra representa um dos cortes mais profundos do Modernismo brasileiro em relação à cultura do passado.

Era de família rica; cursou Direito e foi jornalista.

Foi casado com Tarsila do Amaral.

Suas obras mais marcadas ideologicamente: “Manifesto Antropófago”; “Serafim Ponte Grande”; “O rei da vela”.

Debochado, irônico, crítico.

Defendia a valorização de nossas origens, de nosso passado histórico e cultural, mas de forma crítica.

Recuperava, parodiava, ironizava e atualizava nossa história de colonização.

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Estudou música; foi crítico de arte em jornais e revistas.

Empreendeu uma pesquisa profunda sobre a cultura brasileira: folclore, lendas, ritmos, dança, costumes, variações linguísticas.

De 1930 até 1945: poesia intimista e introspectiva; poesia social, de denúncia da realidade brasileira.

Na prosa: Preocupação com a descoberta e exploração de novas técnicas narrativas e, ao mesmo tempo, com a sondagem do universo social e psicológico do ser humano das grandes cidades.

Obras: Macunaíma; Amar, verbo intransitivo; Pauliceia desvairada; Contos novos.

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Solidificação da poesia de orientação modernista.

Verso livre, língua coloquial, irreverência, liberdade criadora, etc.

Extrai poesia das coisas aparentemente banais do cotidiano.

Temas: a doença, o quarto, as ações mecânicas do cotidiano, o jornal, a cultura popular, etc.

Seu poema mais famoso: Vou-me embora pra Pasárgada.

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 30CONTEXTO HISTÓRICO

MUNDO:Queda da Bolsa (1929)Segunda Guerra Mundial

BRASIL:Crescimento UrbanoCrise cafeeiraRevolução de 30Era VargasIntentona ComunistaDemocracias X Ditaduras

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 30Prosa

• Fase de Construção: Aproveitamento das

conquistas da geração passada.

• Regionalismo

• Análise e denúncia da realidade

brasileira

• Intimismo

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1. Prosa Urbana: Focaliza o homem da cidade eseus conflitos sociais.

2. Prosa do Regionalismo Nordestino: Um dosprincipais da prosa dessa geração. Sãoabordados os inúmeros problemas de umNordeste decadente: A miséria, as relaçõesdos pobres com o poder e com os poderosos,a hostilidade do ambiente, o descaso dospolíticos.

3. Prosa Intimista: Se detém nos processospsicológicos das personagens. Investigaçãodo mundo interior, dos motivos individuais decada um e de suas origens.

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Militou no Partido Comunista.

Foi presa por defender ideias esquerdistas.

Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

Temática: Denúncia da realidade social.

Introduz elementos psicológicos em sua obra.

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Análise sociológica e psicológica.

Retratou o universo sertanejo nordestino: fazendeiro autoritário X caboclo comum.

Especificidades do regional para o universal.

Condição coletiva: o homem explorado socialmente ou brutalizado pelo meio.

Foi preso durante o governo de Getúlio Vargas.

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Retratou a decadência dos engenhos de cana.

Retratou o processo de transformações econômicas, sociais e políticas pelas quais passava o Nordeste.

Transpôs para a Literatura o imaginário do povo nordestino.

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As obras de sua primeira fase são marcadas por ideias socialistas.

Retrata a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares.

Temas: Seca, cangaço, exploração do trabalhador urbano e rural, coronelismo.

Tem a Bahia como espaço social.

Em sua fase final, aborda costumes, cultura, comportamento, língua, religião, etc., do povo baiano.

Foi preso durante o governo de Vargas, acusado de participar da Intentona Comunista.

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Sua obra é dividida em três fases.

Primeira fase: Registro do cotidiano da vida urbana de Porto Alegre e apresentação de certos problemas morais, sociais e humanos.

Segunda fase: Retrata a formação do Rio Grande dos Sul e de seu povo.

Terceira fase: Postura mais universalista, crítica e de engajamento social.

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 30Poesia

• Estar-no-mundo...

• Reflexão filosófico-existencialista

• Universalização

• Os conflitos do homem em geral

• Liberdade de criação (versos brancos elivres; formas tradicionais)

• Engajamento social e político

• Subjetividade

• Espiritualidade (Neossimbolismo)

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[...]

Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada

ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.

Suas pétalas não se abrem.

Seu nome não está nos livros.

É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde

e lentamente passo a mão nessa forma insegura.

Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.

É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

(Carlos Drummond de Andrade)

(Trecho. Publicado em Antologia Poética – 12a edição – Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, ps. 14,15 e 16)

A FLOR E A

NÁUSEA

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Sua obra pode ser analisada a partir de 4 fases:

1ª - Fase Gauche: Consciência e isolamento:Pessimismo, individualismo, isolamento, reflexãoexistencial.

2ª - Fase Social: todo o sentimento do mundo:Interesse pelos problemas sociais, pelo contextohistórico, universalismo, causa socialista.

3ª - Fase do Signo do Não: Reflexão, filosofia,metafísica, morte, tempo e tendências aoconcretismo.

4ª - Fase Final: Tempo de Memória: Infância,Itabira, o pai, a família, a piada, o humorcotidiano, a autoironia.

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Dilaceração do eu em conflito.

A presença constante de metáforas e símbolos.

A inclinação para o surrealismo e os contrastesentre abstrato e concreto. Lucidez e delírio.Realidade e mito.

História do Brasil (obra): nacionalista, ufanista-irônica.

Poesia religiosa e as contradições do eu.

Preocupação com o social e com o sobrenatural.

Conceito de religiosidade unido à arte e a umsenso prático da vida.

Erotismo.

Democracia e socialismo.

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Iniciou como parnasiano.

Aderiu ao Modernismo: Paisagem nordestina,folclore, fauna e flora locais.

Reencontro com a infância.

O negro, a miséria do povo e a consciênciasocial.

Experiência religiosa, com muitas imagens ereferências bíblicas, ao sentimento defraternidade para com os oprimidos.

Personagens incompletas existencialmente,perdidas, cheias de culpa.

A síntese das várias quedas, individuais ecoletivas, que compõem a história humana.

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A principal voz feminina da poesia moderna.

Escreveu também Literatura Infantil.

Nunca esteve, necessariamente, filiada a nenhummovimento literário. Algumas de suas publicaçõesevidenciam certa inclinação pelo Simbolismo.

Espiritualismo e orientalismo (cultura oriental).

Cuidadosa com a seleção vocabular e forteinclinação para a musicalidade, para o verso curto eos paralelismos.

Orientação intimista.

Reflexão sobre questões políticas e sociais:liberdade, justiça, miséria, ganância, traição eidealismo.

Poesia reflexiva, filosófica.

Efemeridade e transitoriedade da vida.

Tempo, amor, infinito, natureza, criação artística.

Escritora intuitiva: entender o mundo a partir daspróprias experiências.

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Compositor de MPB. Um dos fundadores(nos anos 50) da Bossa Nova.

Duas fases:

1ª - transcendental, mística, resultante de suafase cristã, angústia existencial.

2ª - mundo material, repulsa ao idealismodos primeiros anos. Temas cotidianos. Coisassimples da vida.

Sensualismo: amor e mulher.

Verso livre. (Apesar de também ter escritomuitos sonetos)

Poesia Social.

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Confidência do Itabirano

Alguns anos vivi em Itabira.

Principalmente nasci em Itabira.

Por isso sou triste, orgulhoso: deferro.

Noventa por cento de ferro nascalçadas.

Oitenta por cento de ferro nasalmas.

E esse alheamento do que na vida éporosidade e

[comunicação.

A vontade de amar, que me paralisao trabalho,

vem de Itabira, de suas noitesbrancas, sem mulheres e

[sem horizontes.

E o hábito de sofrer, que tanto mediverte,

é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversasque ora te ofereço:

esta pedra de ferro, futuro aço doBrasil,

este São Benedito do velho santeiroAlfredo Duval;

este couro de anta, estendido nosofá da sala de visitas;

este orgulho, esta cabeça baixa...

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.

Hoje sou funcionário público.

Itabira é apenas uma fotografia naparede.

Mas como dói!

ANDRADE, C. D. Poesia completa.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.

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Carlos Drummond de Andrade éum dos expoentes do movimentomodernista brasileiro. Com seuspoemas, penetrou fundo na alma doBrasil e trabalhou poeticamente asinquietudes e os dilemas humanos.Sua poesia é feita de uma relaçãotensa entre o universal e oparticular, como se percebeclaramente na construção dopoema Confidência do Itabirano.Tendo em vista os procedimentosde construção do texto literário e asconcepções artísticas modernistas,conclui-se que o poema acima

A) representa a fase heroica domodernismo, devido ao tomcontestatório e à utilização deexpressões e usos linguísticostípicos da oralidade.

B) apresenta uma característicaimportante do gênero lírico, que é aapresentação objetiva de fatos edados históricos.

C) evidencia uma tensão históricaentre o “eu” e a sua comunidade,por intermédio de imagens querepresentam a forma como asociedade e o mundo colaborampara a constituição do indivíduo.

D) critica, por meio de um discursoirônico, a posição de inutilidade dopoeta e da poesia em comparaçãocom as prendas resgatadas deItabira.

E) apresenta influências românticas,uma vez que trata daindividualidade, da saudade dainfância e do amor pela terra natal,por meio de recursos retóricospomposos.

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A verdade é que não me preocupomuito com o

outro mundo. Admito Deus, pagadorceleste dos

meus trabalhadores, malremunerados cá na

terra, e admito o diabo, futurocarrasco do ladrão

que me furtou uma vaca de raça.Tenho,

portanto, um pouco de religião,embora julgue

que, em parte, ela é dispensável aum homem.

Mas mulher sem religião é horrível.

Comunista, materialista. Bonitocasamento!

Amizade com o Padilha, aqueleimbecil. “Palestras amenas evariadas”. Que haveria naspalestras? Reformas sociais, oucoisa pior. Sei lá!

Mulher sem religião é capaz detudo.

(RAMOS, Graciliano. São Bernardo.

Rio de Janeiro: Record, 1981, p. 131)

Uma das características da prosa deGraciliano

Ramos é ser bastante direta eenxuta. No romance São Bernardo, oautor faz a análise

psicológica de personagens eexpõe desigualdades sociais combase na relação entre patrão

e empregado, além da relaçãoconjugal. Nesse

sentido, o texto revela:

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A) um narrador oniscienteque não participa da

história, conhecedorprofundo do carátermachista de Paulo Honórioe da sua ideologia política.

B) uma narração emterceira pessoa queexplora o aspecto objetivoe claro da linguagem para

associar o espaço internodo personagem ao

espaço externo.

C) um narrador alheio àsquestões socioculturais eeconômicas da sociedadecapitalista e

que defende a divisão dosbens e o trabalho

coletivo como modo deorganização social e

política.

D) um discurso emprimeira pessoa quetransmite o caráterambíguo da religiosidadedo personagem e suaconvicção acerca darelação

que a mulher deve ter coma religião.

E) um narrador-personagem que colocano

mesmo plano Deus e odiabo e defende olivrearbítrio feminino notocante à religião.

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No decênio de 1870,Franklin Távora defendeu

a tese de que no Brasilhavia duas literaturas

independentes dentro damesma língua: uma do

Norte e outra do Sul,regiões segundo ele muito

diferentes por formaçãohistórica, composição

étnica, costumes,modismos linguísticos etc.Por

isso, deu aos romancesregionais que publicou

o título geral de Literaturado Norte. Em nossos

dias, um escritor gaúcho,Viana Moog, procurou

mostrar com bastanteengenho que no Brasil

há, em verdade, literaturassetoriais diversas,

refletindo ascaracterísticas locais.

(CANDIDO, A. A novanarrativa. A educação pela

noite e outros ensaios. SãoPaulo: Ática, 2003)

Com relação à valorização,no romance regionalistabrasileiro, do homem e dapaisagem de

determinadas regiõesnacionais, sabe-se que:

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A) o romance do Sul do Brasilse caracteriza pela temáticaessencialmente urbana,colocando em relevo aformação do homem pormeio da mescla decaracterísticas locais e dosaspectos culturais trazidos defora pela imigraçãoeuropeia.

B) José de Alencar,representante, sobretudo, doromance urbano, retrata atemática da urbanização dascidades brasileiras e dasrelações conflituosas entre asraças.

C) o romance do Nordestecaracteriza-se peloacentuado realismo no usodo vocabulário, pelo temáriolocal, expressando a vida dohomem em face da naturezaagreste, e assumefrequentemente o ponto de

vista dos menos favorecidos.

D) a literatura urbanabrasileira, da qual um dosexpoentes é Machado deAssis, põe em relevo aformação do homembrasileiro, o sincretismoreligioso, as raízes africanase indígenas que caracterizamo nosso povo.

E) Érico Veríssimo, Rachel deQueiroz, Simões Lopes Netoe Jorge Amado sãoromancistas das décadas de30 e 40 do século XX, cujaobra retrata a problemáticado homem urbano emconfronto com amodernização do paíspromovida pelo Estado Novo.

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TEXTO I

Quem sabe, devido às atividadesculinárias da esposa, nesses idíliosVadinho dizia-lhe “Meu manuê demilho verde, meu acarajé cheiroso,

minha franguinha gorda", e taiscomparações gastronômicas davamjusta ideia de certo encanto sensuale caseiro de dona Flor a esconder-se sob uma natureza tranquila edócil. Vadinho conhecia-lhe asfraquezas e as expunha ao sol,aquela ânsia controlada de tímida,aquele recatado desejo fazendo-seviolência e mesmo

incontinência ao libertarse nacama.

(AMADO, J. Dona Flor e seus doismaridos. São Paulo: Martins, 1966)

TEXTO II

As suas mãos trabalham nabraguilha das calças do falecido.Dulcineusa me confessou maistarde: era assim que o maridogostava de começar as intimidades.Um fazer de conta que

era outra coisa, a exemplo do gatoque distrai o olhar enquanto seguraa presa nas patas. Esse o acordosilencioso que tinham: ele chegavaem casa e se queixava que tinha umbotão a cair.

Calada, Dulcineusa se armava dosapetrechos da costura e seposicionava a jeito dos prazeres edos afazeres.

(COUTO, M. Um rio chamadotempo, uma casa chamada terra.São Paulo: Cia. das Letras,2002)Estado Novo.

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Tema recorrente na obra deJorge Amado, a figurafeminina aparece, nofragmento, retratada deforma semelhante à que sevê no texto do moçambicanoMia Couto. Nesses doistextos, com relação aouniverso feminino em seucontexto doméstico, observa-se que:

A) o desejo sexual éentendido como umafraqueza moral, incompatívelcom a mulher casada.

B) a mulher tem umcomportamento marcado porconvenções de papéissexuais.

C) à mulher cabe o poder dasedução, expresso pelosgestos, olhares e silênciosque ensaiam.

D) a mulher incorpora osentimento de culpa e agecom apatia, como no mitobíblico da serpente.

E) a dissimulação e a malíciafazem parte do repertóriofeminino nos espaçospúblico e íntimo.

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 45

• Ideológica

• Discussão dos problemas brasileiros

• Linguagem literária: a poesia é a arte da palavra.

• Fusão de estilos formais

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MODERNISMO: GERAÇÃO DE 45

• Continuação do Neorrealismo

• Expansão do Regionalismo

• Intimismo = Não mais o ser com o mundo, mas o ser consigomesmo

• Nova corrente:

Realismo fantástico / Realismo mágico / Hiperrealismo

• Invenção de novas palavras

• Proposta de uma universidade temática

• Busca de um equilíbrio formal

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Guimarães Rosa retrata o sertão das Gerais – sulda Bahia, norte de Minas e norte e nordeste deGoiás - e a gente que ali vive: os matutos,vaqueiros, crianças, velhos, feiticeiros, loucos.

Sua obra, porém, prioriza questões universais.

O sertanejo vive um impasse existencial quepode ser vivido e/ou compreendido porqualquer um, em qualquer espaço.

Apesar disso, Guimarães Rosa é um otimista.

Os personagens passam por asceses ouepifanias.

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O grau de universalismo que Guimarães atribuiu aosertão é claramente explicitado pelo autor: “Osertão está em toda parte”; “O sertão é do tamanhodo mundo”. Claro está, portanto, o carátermetonímico desse espaço: a parte (sertão)representa o todo (mundo e/ou vida).Frequentemente, para os personagens de Rosa, háuma situação da travessia do sertão – é,naturalmente, a representação metafórica datravessia da vida, com seus percalços.

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Perspectiva...

Processos interiores e a revolução que essesprocessos promovem nas relações do ser consigomesmo e com o mundo.

Transformação íntima radical.

Dado fundamental: A paixão sentimento ouemoção levados a um alto grau de intensidade;sofrimento; amor ardente.

Obsessão pelo instante

Tempo psicológico

Linguagem simples e lírica.