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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE LIUSVA LÓPEZ MORALES PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE TEFÉ-AM 2018

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  • UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

    LIUSVA LÓPEZ MORALES

    PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA

    ESTRATÉGIA DE SAÚDE

    TEFÉ-AM

    2018

  • LIUSVA LÓPEZ MORALES

    PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE

    Trabalho referente a conclusão do curso de Especialização em Saúde da Família apresentado para UNASUS /UFCSPA com o objetivo parcial para finalização do

    curso.

    PROFESSOR-ORIENTADOR: FABIO FRANCHI QUAGLIATO

    TEFÉ-AM

    2018

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………….4

    2 ESTUDO DE CASO CLÍNICO……………………………………………...6

    3 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS……………..13

    4 VISITA DOMICILIAR ………………………………………………...……18

    5 REFLEXÃO CONCLUSIVA………………………………………………..20

    REFERÊNCIAS……………………………………….……………………….22

    ANEXO I – PROJETO DE INTERVENÇÃO ………..…..………………….23

  • 4

    INTRODUÇÃO

    Meu nome é Liusva López Morales, tenho 38 anos, sou de nacionalidade cubana,

    do Estado do Granma, onde cresci e terminei meus estudos. Me graduei com o título de

    médica em 13 de agosto de 2002, pela Filial de Ciências Médicas de Baiamo, pertencente

    à Universidade de Santiago de Cuba. Iniciei minha carreira profissional como médico da

    família em Atenção Primária de Saúde, em uma área rural do meu município, onde prestei

    serviço durante 4 anos.

    Neste período iniciei minha residência médica na Policlínica Guilhermo

    González Polanco¨ e no dia 7 de janeiro de 2007 me graduei como Especialista de

    Primeiro Grau em Medicina Geral Integral. Em agosto de 2007 fui chamada a cumprir

    missão internacional na República Bolivariana da Venezuela, onde trabalhei por um

    período de 4 anos. Em agosto de 2011 retornei a meu país e voltei a trabalhar novamente

    em Atenção Primária.

    Em dezembro de 2015 foi solicitada minha disposição para cumprir novamente

    missão internacional e no dia 23 de julho do 2016 comecei a fazer parte do Programa

    Mais Médicos para o Brasil e desde então atuo na cidade de Tefé, Estado do Amazonas.

    Estou lotada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Abial, localizada na Rua Beira Mar,

    Bairro Abial. É uma zona ribeirinha à qual o acesso só é possível atravessando o rio,

    através de uma catraia.

    A unidade conta com duas Equipes de Saúde da Família (ESF), equipes números

    8 e 17. Eu trabalho na equipe número 8, cuja área de abrangência atende o centro do bairro

    e uma parte da população que mora na beira do rio. A maioria das famílias apresentam

    baixo nível socioeconômico, algumas moram em casa de alvenaria no centro do bairro,

    mas a grande maioria mora em casas de madeira na beira do rio, em condições estruturais

    desfavoráveis, as ruas são asfaltadas no centro e sem asfalto próximo ao rio, com ausência

    de saneamento básico adequado.

    Há duas escolas estaduais e uma escola municipal, um Frigorífico, Associação

    Colônia de Pescadores/fabrica de gelo, um Mercado Municipal, um Centro de Referência

    de Assistência Social (CRASS II), duas drogarias, uma Unidade Básica de Saúde, várias

    igrejas fundamentalmente evangélicas e pequenos comércios.

  • 5

    A população atendida abrange um total de 3747pacientes, as doenças mais comuns nos

    atendimentos são: hipertensão arterial sistêmica, lombalgia, parasitoses intestinais,

    infecções das vias aéreas superiores, infeções do trato urinário baixo e lesões nas mamas.

    A população atendida, em sua maioria, não tem acesso à água tratada e à rede de esgotos.

    O projeto de intervenção foi sobre câncer de mama com o título: ¨Intervenção Educativa

    nos Fatores de Risco do Câncer de Mama na Unidade de Saúde Abial do Município Tefé-

    AM ¨ (vide ANEXO 1).

    Este projeto foi direcionado às mulheres acima dos 20 anos, acompanhadas pelo

    Equipe de Saúde da Família 8, com a proposta de fornecer informações relevantes quanto

    a fatores de riscos sobre o câncer de mama e à importância de fazer o autoexame de mama

    de forma periódica para garantir o diagnóstico precoce desta doença, tendo em vista que

    não temos em nosso município os equipamentos necessários para fazer a mamografia e a

    ultrassom de mamas.

    A escolha desta temática foi devido a um número considerável de consulta às

    mulheres com lesões nas mamas. A metodologia foi realizada através da identificação

    deste público-alvo e a um convite pessoal feito pelos Agentes Comunitários de Saúde

    (ACS), seguindo o cronograma determinado.

  • 6

    2 ESTUDO DE CASO CLÍNICO

    Anamnese

    Paciente M.D.R.D.S, 49 Anos, gênero feminino cursou ensino Médio incompleto não

    pertence a nenhuma religião, casada agricultora natural de Manaus, residente em Tefé, bairro

    do Abial.

    Queixa principal

    Presença de nódulo na mama direita.

    História da doença atual.

    Consulta Médica (03/01/2017)

    Paciente que procurou a unidade porque faz aproximadamente 3 meses apresenta

    aumento de volume a nível do quadrante superior externo da mama direita, de

    consistência dura e indolor sem secreção pelo mamilo. Trouxe o resultado de uma

    mamografia feita há 3 anos, com resultado negativo, refere estar muito preocupada, não

    consegue dormir porque sua mãe faleceu aos 50 anos de câncer de mama. Há várias

    semanas que não vai a seu trabalho e no lar está apresentando conflitos com seu esposo e

    acha que perdeu peso.

    Interrogatório sintomatológico

    Sintomas gerais: BEG, hipocorada e eupneica, Perda ponderal (+/- 7 kg).

    Cabeça e Pescoço: Nega cefaleia e outras queixas.

    Tórax: Refere aumento de volumem a nível da mama direita, nega tosse, dificuldade

    respiratória e dor torácico.

    Abdome: Nega epigastralgia, vômitos.

    Sistema Geniturinário: nega disúria, polaquiuria, leucorreia, dor baixo-ventre.

    Sistema endócrino: nega alterações.

  • 7

    Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades: sem alterações.

    Sistema nervoso: ansiedade e insônia, nega amnésia, paresia, paralisia, desmaios e

    convulsões.

    Antecedentes pessoais

    Fisiológicos

    Nascida de um parto normal é a quarta filha de quatro filhos

    Menarca: 10 anos

    Telarca: 12 anos

    Sexarca: 14 anos

    Menopausa: Ativa

    História Obstétrica G2 P1 (Normal) A 1(Espontâneo)

    Patológicos

    Doenças da infância: Varicela

    Antecedente Cirúrgico: Apendicectomia

    Alergia a medicamentos: Nega alergia

    Nega doenças crônicas (Hipertensão Arterial, Asma Bronquial, Diabetes Mellitus, entre

    outras)

    Medicamentos em uso: Nenhum

    Antecedentes familiares

    Pai vivo: Osteoartrose generalizada

    Mãe falecida: Câncer de mama.

    1ro Irmão: Tratamento cirúrgico por câncer de próstata.

  • 8

    Genograma

    (Nomes fictícios)

    Simbolos doGenograma

    Relacionamentos Familiar Relacionamentos Emocionais

    3 1 Desacordo/Conflito

    7

    3 Câncer

    1 Artrite

    1957

    JOSE DOREY

    60

    1929

    JOSE DOSSANTOS MORAES

    88 1939 - 1984

    CONCEIÇÃODO REY DE LIMA

    45

    1959

    JULIODO

    REY

    581963

    ROBSONDO

    REY

    54 1968

    MARIADO

    REY

    49

    1963

    LUIZ LIMA

    54

    1994

    SUSANNYGONZALES

    22

    2016

    MELISSAGONZALVES

    1

    1998

    ROBSONDOREY

    19

    2016

    1

    Masculino Feminino Falecimento

  • 9

    Condições de vida

    Habitação: Morando com seu esposo, seu único filho que está casado e tem uma filha.

    Vive em uma casa de madeira perto da beira do rio, com dois quartos, uma sala cozinha

    e um banheiro. Água encanada.

    Alimentação: Fundamentalmente carboidratos, peixe e poucas verduras.

    História ocupacional: Trabalha na agricultura desde os 20 anos.

    Atividade física: Sedentária.

    Vícios: Nega tabagismo, alcoolismo, drogas.

    Condições Socioeconômicas: a renda familiar é de um salário-mínimo (só ela e seu esposo

    trabalham).

    Vida conjugal e ajustamento familiar: está casada e nestes momentos têm conflitos com

    seu esposo devido às preocupações pela sua doença.

    Exame físico

    � Somatoscopia:

    Paciente consciente, orientada em tempo e espaço, bom estado geral, fáces normal, fala e

    linguagem um pouco ansiosa, biótipo normolíneo, atitude voluntária, mucosa hipocorada

    (1+/4+), anictérica, acianótica, hidratada, afebril ao toque.

    � Sinais vitais:

    Temperatura: 36.6ºC

    PA: 110/70 mmHg

    FC: 78 bpm

    FR: 18 irpm

    � Medidas Antropométricas

    Peso: 49 kg

    Altura: 1.54 cm

    Estado nutricional: Índice de massa Corporal (IMC): 20.6 (Peso normal)

  • 10

    � Cabeça e pescoço

    Simétricos, sem deformidades aparentes, ausência de linfonodomegalia retroauricular e

    cervical, tiroide de consistência e tamanho normal, orofaringe normal, sem sinais

    inflamatórios.

    � Tórax

    Inspeção: Tórax simétrico, respiração torácica normal, não retrações, abaulamento,

    cicatrizes e tiragem.

    Palpação: Expansibilidade torácica normal.

    Percussão: Sem alterações.

    Ausculta Pulmonar: Murmúrio vesicular normal, sem ruídos adventícios, Ausculta

    cardiovascular: Ruídos cardíacos rítmicos, audíveis, sem sopros cardíacos.

    � Mamas

    Inspeção: Simétricas, não alterações da pele nem retrações, observa-se mama direita

    aumentada de tamanho.

    Palpação: Mama esquerda, sem alterações.

    Mama direita: Apresenta nódulo palpável a nível do quadrante superior externo, indolor,

    de aproximadamente 4x3 cm, de consistência firme, não aderida a planos profundos, sem

    secreção pelo mamilo.

    Região axilar esquerda: Sem alterações.

    Região axilar direita: Presencia de adenopatia axilar de aproximadamente 3 cm, movível

    e indolor.

    � Abdome

    Inspeção: Plano, cicatriz de aproximadamente 4 cm pela apendicectomia, não circulação

    colateral.

    Ausculta: Ruídos hidroaéreos normais.

    Percussão: Normal.

    Palpação: Não doloroso, não visceromegalia.

  • 11

    � Extremidades

    Simétricas, sem alterações.

    Hipóteses diagnósticas: Nódulo de mama direita.

    Conduta: Solicito ultrassom de mama e mamografia.

    Encaminhamento a psicologista.

    Evolução

    Consulta Médica (Dia 20/1/2017)

    Paciente em regular estado geral, assiste a consulta com seu esposo, referem estão

    assistindo a consulta com psicologista, está preocupada pôr o resultado de seus exames,

    só logrou realizar o ultrassom particular, mamografia foi agendada para Manaus mas a

    data é muito longa, manifesta que continua perdendo peso e muitas vezes não logra se

    alimentar bem. O ultrassom de mama demostra a presencia de uma masa sólida, de 4 cm

    de diâmetro, em quadrante superior externo da mama direita. Conduta: Encaminhamento

    a ginecologista e orientações gerais.

    1/3/2017

    La Agente Comunitária de Saúde comunica nos que realizou visita `a Sra Maria e

    seu filho lhe comunicou que sua mãe foi encaminhada pela ginecologista para Manaus,

    para um serviço de Mastologista. Um mês depois o esposo da Sra Maria chega à consulta

    e comunica nos que a senhora foi diagnosticada com câncer de mama e já foi operada,

    que passará vários meses em Manaus até sua recuperação.

    Consulta Médica (19/6/2017)

    Paciente que chega a consulta com bom estado geral, refere sentir-se melhor,

    apresenta cicatriz em quadrante superior externo da mama direita que mostra com um

    pouco de timidez, durante a conversa chorou em várias ocasiões, tem retorno marcado

    pelo Oncologista para tratamento (quimioterapia).

    Conduta: Acompanhamento com psicologista.

    Visita domiciliar em conjunto com a equipe do NASF.

    Orientações gerais.

  • 12

    Plano

    Depois da conversa com a paciente vemos a necessidade de compartilhar nosso

    conhecimento para oferecer lhe uma melhor atenção e podermos melhorar sua qualidade

    de vida. Sua situação foi discutida em reunião da equipe elaborando um plano terapêutico

    que inclui a participação de uma equipe multiprofissional que vai lhe acompanhar para

    uma melhor recuperação. Foram planejadas várias ações que incluem: visita domiciliar

    da equipe de saúde, ativação do NASF do município, dessa forma foi realizada uma visita

    conjunta com uma equipe multiprofissional integrado pelo nutricionista, fisioterapeuta,

    psicólogo e assistente social.

    A paciente foi acompanhada junto com seu parceiro em consulta de psicologista,

    recebeu orientações pela nutricionista, tratamento de fisioterapia em nossa unidade de

    saúde, o assistente social, através da parceria intersetorial, encaminhou a ela para o

    CRAS, aqui recebeu acompanhamento de vulnerabilidade social, foi dado para ela a cesta

    básica até o mês de agosto que começou a receber benefício social. Atualmente é

    acompanhada em nossa unidade de saúde e acompanhamento pela oncologista em

    Manaus. Já não é mais acompanhada pelo psicologista, tem uma boa aceitação de sua

    doença e participa nas atividades feitas na unidade e em nossa área.

  • 13

    3 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

    O ingresso ao Brasil e especificamente no interior do Amazonas foi um grande

    desafio, uma vez que, se trata de uma população com costumes, hábitos, cultura e crença

    muito peculiar. Completamente diferente da realidade de minhas origens. Porém tomei

    essas diversidades como um incentivo profissional e pessoal tendo como objetivo

    melhorar a qualidade de vida e diminuir a vulnerabilidade dos riscos à saúde de nossos

    usuários da Unidade Básica de Saúde. Nos norteamos pelos princípios do SUS

    universalidade, integralidade, igualdade e equidade coordenando sempre o cuidado com

    formação de vínculo e dando continuidade à assistência de forma humanizada com

    participação social (Brasil, 2006).

    Há mais de um ano atuo na Unidade Básica de Saúde Abial, situada no município

    de Tefé Amazonas, através do trabalho continuado e organizado temos melhorado a

    qualidade dos serviços prestados, fazendo com que a população tenha ampla facilidade

    para cobrir suas necessidades, pois a atenção primaria de saúde representa o primeiro

    contato dos indivíduos com a saúde, ou seja, a porta de entrada. A abrangência do cuidado

    tem se preocupado em levar saúde o mais próximo possível do paciente em lugares onde

    as pessoas vivem e trabalham constituindo assim o primeiro elemento de um processo de

    assistência à saúde (Opas/OMS,1978).

    Na minha prática diária sempre me deparei com o trabalho organizado. A falta de

    organização de um serviço afeta negativamente o desempenho da unidade e do

    profissional. A organização é peça chave para uma maior produtividade. Minha equipe

    trabalha de forma organizada com os programas de prevenção à saúde, desta forma

    realizamos atendimentos como pré-natal, puericultura e Saúde Mental dentre outros

    dentro da Estratégia de Saúde da Família.

    Atualmente contamos com um número significativo de novas gestantes, muitas

    delas adolescentes, consequentemente ocorre um aumento de recém-nascidos e um

    aumento na demanda de consultas de pré-natal e puericultura. Nosso trabalho tem que ser

    direcionado ao planejamento familiar, que é o conjunto de ações que auxiliam às pessoas

    que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família, em um

    contexto de escolha livre e informada, com incentivo a dupla proteção (prevenção da

    gravidez e prevenção das doenças de transmissão sexual) nas consultas médicas e de

    enfermagem, nas visitas domiciliares, durante as consultas de puericulturas, puerpério e

  • 14

    nas atividades de vacinação, assim como parcerias com as escolas e associações de

    moradores para a realização de atividades educativas (BRASIL, 2012).

    No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é reconhecida a importância de se ter

    um acompanhamento abrangente no pré-natal, que inclua não só as questões biológicas,

    mas, também, outros aspectos relevantes ao desenvolvimento infantil, como a saúde

    emocional da mãe, o apoio que ela encontra nos familiares, no trabalho, na escola e na

    comunidade, bem como orientações sobre a importância da construção do vínculo com o

    bebê e da participação do pai. Assim, se deve tratar com igual atenção e importância os

    aspectos relacionados à vida psíquica da gestante, sua família e seu ambiente social direto

    e indireto, pois, o impacto que se tem com essa abordagem ampliada no pré-natal,

    trabalhando os aspectos físicos, emocionais e sociais da gestante e seu ambiente

    potencializa o desenvolvimento infantil em suas múltiplas dimensões: motora, intelectual,

    de linguagem, social e emocional.

    Vale ressaltar que a promoção à saúde com destaque ao pré-natal tem como

    objetivos:

    • Reduzir o número partos prematuros e de cesáreas desnecessárias, de crianças

    com baixo peso ao nascer, de complicações como hipertensão arterial na gestação ou

    diabetes gestacional, bem como da transmissão vertical de patologias como HIV, Sífilis

    ou Hepatites.

    • Realizar o maior número possível de captação precoce, quanto antes a gravidez

    for diagnosticada e a gestante receber os cuidados da equipe, mais precocemente poderão

    ser detectados problemas passíveis de controle o de cura.

    • Cumprir com a frequência e periodicidade adequada das consultas, é necessário

    garantir que a gestante assista e receba o atendimento necessário em seis consultas, no

    mínimo, durante a gravidez.

    • Alcançar a maior cobertura, é fundamental que a assistência atinja o 100% das

    gestantes de nossa área de abrangência.

    • Buscar qualidade em nossos atendimentos, que causem impactos positivos da

    saúde perinatal, fortalecendo a integralidade.

    Entre as atividades que realizamos encontram-se:

  • 15

    • Rodas de gestantes com orientações relacionadas a: dieta saudável, higiene,

    vacinas, sono, exercícios, sexualidade, hábitos de fumo, álcool e drogas.

    • Grupos de gestantes específicos, por exemplo, dividindo as futuras mães em

    faixas etárias e período de gestação para oferecer um atendimento diferenciado a cada

    uma delas (gestantes adolescentes e mães tardias, gestantes do terceiro trimestre e

    gestantes de primeiro trimestre, por exemplo).

    • Projeto Flor do dia, nossas grávidas são levadas à maternidade, o que favorece seu

    relacionamento com o local onde vão realizar o parto e são oferecidas uma série de

    informações relacionadas com o acolhimento, parto e o puerpério.

    A puericultura é a arte de promover e proteger a saúde das crianças, através de

    uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com

    suas particularidades, que leva em conta a criança, sua família e o entorno, analisando o

    conjunto biopsicossocial (SÃO PABLO,2015).

    Nossa equipe seguindo o protocolo do Ministério da Saúde fazemos sete

    consultas de rotina no primeiro ano de vida (na primeira semana, no 1º mês, 2º mês, 4º

    mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês) e duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês)

    e, a partir do 2º ano de vida, consultas se tornam anuais.

    Atualmente o Ministério da Saúde qualificou as Redes de Atenção Materno

    Infantil em todo o País com o objetivo de reduzir as taxas de morbimortalidade materna

    e infantil no Brasil. Trata-se da Rede Cegonha que traz um conjunto de iniciativas no

    modelo de cuidado à gravidez, ao parto/ nascimento e à atenção integral à saúde da

    criança, com foco nos dois primeiros anos de vida da criança.

    A promoção da puericultura tem como principais objetivos:

    • Promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável.

    • Garantir o acesso às vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde.

    • Prevenção de acidentes, violência.

    • Orientações sobre saúde bucal

    • Garantir o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança na

    atenção básica.

  • 16

    • Fortalecer o vínculo familiar com a UBS.

    • Orientação e oferta de métodos contraceptivos

    Realizamos atividades como:

    • Atividades educativas durante a etapa pré-natal (rodas de gestante e atividades

    individuais) orientando sobre aleitamento materno, cuidados com recém-nascido, teste de

    Pezinho e teste da Orelhinha, esquema de vacinação e consultas de puericultura entre

    outros.

    • Rodas de lactantes com a participação dos pães e outro parente que more no

    domicílio fundamentalmente as avós.

    • Busca ativa de recém-nascidos de risco e de crianças em situação de

    Vulnerabilidade através das visitas domiciliares.

    • Atividades educativas coletivas juntamente a equipe de trabalho na escola,

    realizando ações de promoção da saúde da criança através do Programa de Saúde da

    Escola (PSE).

    A saúde mental também está inserida no atendimento assistencial e preventivo

    realizamos promoção de saúde, este tema foi mais difícil de tratar, nossos pacientes não

    estavam acostumados a serem atendidos pelo médico de sua unidade, eram assistidos pelo

    posto de saúde só para renovar sua receita e seu acompanhamento era feito pelo psiquiatra

    do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Segundo o Caderno de Atenção Básica de

    Saúde Mental (CAB Nº 34, 2013) “os generalistas podem compartilhar o cuidado do

    transtorno mental com o psiquiatra, diminuindo o número necessário de visitas ao

    psiquiatra”.

    A primeira ação que fizemos foi o registro de todos os pacientes com transtornos

    mentais de nossa área, em seguimento ou não pelo CAPS e os medicamentos que utilizam.

    Foram agendadas consultas para estes pacientes, visitas domiciliares, atividades

    educativas individuais, na sala de espera e assim fomos identificando outros pacientes

    que também precisavam de ajuda, por exemplo minha paciente do caso abordado na

    atividade 2 do portfólio, paciente de 49 anos com diagnóstico de câncer de mama, uma

    cirurgia definitiva e tratamento com quimioterápicos.

  • 17

    Este caso foi analisado em reunião da equipe e foi elaborado um Projeto

    Terapêutico Singular (PTS), que é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas

    articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma

    equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário”, segundo o Ministério da

    Saúde. Nós traçamos várias ações como interconsulta com psicólogo, ativação do Núcleo

    de Assistência de Saúde da Família (NASF) do município, realizamos visita domiciliar

    conjunta integrada por psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista. Toda

    uma equipe que ajudou à recuperação da saúde mental da paciente.

    REFLEXÃO

    Para meu critério pessoal em saúde mental estamos trabalhando, mas ainda temos

    muitos itens a que melhorar, o apoio matricial quando é adequadamente implantado ajuda

    na articulação da rede dos serviços de saúde e na integração entre as equipes de saúde

    mental e de Equipe de Saúde Familiar, portanto deve existir maior articulação entre o

    médico da ESF e o psiquiatra do CAPS, ter a oportunidade de consultas em conjunto para

    casos de maior complexidade, de capacitação que permita nos lidar com as demandas

    mais frequentes de saúde mental do território, ter contra referência sobre os diagnósticos

    e conduta de nossos pacientes, o apoio matricial está resolvendo os casos mais agudos

    que vêm sendo atendidos a tempo, mas considero que falta capacitação nesse aspecto,

    para poder abordar e atender melhor esses pacientes, assim diminuiria o número de

    pacientes encaminhados para o CAPS e poderia melhorar o impacto no seguimento e

    continuidade de cuidados.

  • 18

    4 VISITA DOMICILIAR

    Na Unidade Básica de Saúde Abial onde eu atuo a visita domiciliar era feita

    conforme as demandas dos familiares ou dos Agentes Comunitários de Saúde e existiam

    muitas reclamações dos cuidadores de que as visitas demoravam muito em acontecer ou

    que uns pacientes eram visitados mais que os outros, e assim constava nos prontuários.

    Após de minha chegada fiz um abordagem da importância das visitas domiciliares na

    reunião de equipe e da importância de um trabalho organizado para oferecer uma atenção

    com melhor qualidade onde recebi o apoio de todos.

    Conforme a isto os Agentes Comunitários de saúde fizeram um levantamento dos

    pacientes que necessitavam visita domiciliar contínua e aí planejamos quais pacientes

    seriam atendidos e a prioridade do atendimento. As visitas são realizadas uma vez por

    semana de 5 a 6 visitas em cada período, em conjunto com o Agente Comunitário de

    Saúde, o Técnico de Enfermagem e as vezes a enfermeira, de acordo as necessidades dos

    pacientes. Nossa agenda tem planejado um dia de visita para a médica e um dia para a

    enfermeira, dessa maneira logramos maior número de atendimentos durante a semana.

    Quando é necessário, acordo as necessidades dos pacientes, é feita a visita em conjunto.

    Quando trata se de alguma doença aguda o familiar solicita uma visita e realiza-

    se de imediato, avalia se a situação e tomam se a conduta correta com ajuda da equipe de

    saúde.Como metodologia básica para a visita domiciliar, é empregada a entrevista com

    os integrantes da família e a observação sistematizada do ambiente e sua dinâmica

    (TAKAHASHI,2001).

    Atenção às famílias e à comunidade é objetivo de nossas famílias, desse modo

    podemos nos inserir e conhecer a realidade de nossa população, favorecendo o

    estabelecimento de vínculos com a mesma e a compreensão de aspetos importantes da

    dinâmica das relações familiares.

    Existem pacientes que necessitam de uma avaliação especializada, por exemplo

    minha paciente do caso abordado na atividade 2 do portfólio, com ela realizamos visita

    domiciliaria em conjunto com a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF),

    integrada por psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista. Toda uma

    equipe composta por profissionais de diferentes áreas do conhecimento que atuam de

    maneira integrada apoiando nosso trabalho na Atenção Básica. Um aspecto muito

    positivo nesta visita foi a atuação da assistente social que conseguiu ajuda de custo para

  • 19

    o tratamento da paciente, garantiu seu traslado até a capital para o acompanhamento com

    oncologista e recebeu benefício social.

    Segundo o Ministério da Saúde, na avaliação da visita domiciliaria, a equipe pode

    definir a necessidade de intervenção da equipe matricial presente no NASF ou de outros

    níveis de assistência. A atenção integral ao indivíduo e/ou sua família deve ser garantida

    por essa equipe responsável pela articulação da referência a da contra referência

    (BRASIL,2006).

    Durante as visitas realizam se orientações relacionadas à terapêutica a ser

    instituída, ações de promoção e prevenção de saúde, vigilância epidemiológica,

    oferecemos uma série de orientações para os cuidadores em relação à conduta, possíveis

    complicações e aclaramos suas dúvidas de ser necessário. Além disso, realizamos

    procedimentos como a toma de coleta de sangue para exame, neste caso o familiar agenda

    no laboratório municipal o dia do exame, o técnico de enfermagem é o responsável pela

    toma da amostra e a entrega no laboratório. Os exames são trazidos pelo ACS, então eu

    registro em prontuário o resultado e procedo à conduta imediata. Na próxima visita ao

    usuário, eu apresento o resultado dos exames ao mesmo e ao cuidador e reforço a

    orientação. Outros procedimentos também são feitos como a aferição da pressão arterial,

    da glicemia capilar em diabéticos, curativos, lavagem de ouvido, troca de soda uretral,

    sobre todo em pacientes acamados, deficientes ou debilitados.

    O adequado planejamento das visitas domiciliares garante maior vínculo entre

    usuário-cuidador-profissional, as maiores dificuldades apresentam se quando o paciente

    precisa de avaliação pelo especialista, dadas as características geográficas do território,

    mas contamos em nosso município com consultoria de Teles saúde que permite nos

    ampliar as intervenções.

    O domicílio é considerado o espaço privilegiado para as ações de promoção de

    saúde e prevenção das doenças, visto que constitui o cenário onde ocorrem as relaciones

    sociais geradoras de risco à saúde e de adoecimento dos indivíduos (ABRAHÃO,2007).

    De modo geral as visitas são gratificantes quando logra se melhorar a atenção à

    saúde de nossos pacientes assim como sua qualidade de vida e logra se incrementar a

    participação e responsabilidade da família em o processo de cuidado.

  • 20

    5 REFLEXÃO CONCLUSIVA

    A experiência que adquiri durante o curso de especialização foi extremamente

    gratificante, pois fortalece meu crescimento profissional no dia a dia durante as condutas,

    possibilitando me relembrar conhecimentos e atualizar procedimentos visto na graduação

    médica. Além de proporcionar afinidade para trabalhar os protocolos de atuação no

    Brasil, uma vez que, apresentam diversificação aos protocolos do meu país. A

    metodologia usada pelos professores e orientadores é eficaz, levando em consideração a

    dedicação, a ética e o respeito com uma cultura diferente.

    O curso vigente é minha primeira experiência com a modalidade de Educação a

    Distância, na minha concepção há muitos pontos positivos principalmente pelo fato de o

    curso conseguir abranger profissionais, como eu, que se encontram em lugares remotos

    do interior do Amazonas, onde não há polo universitário para estas especializações. Nos

    permitindo organizar e planejar nossas atividades sem prejuízo ao trabalho. Todavia, uma

    de nossas maiores dificuldades têm sido o acesso à internet, as redes tecnológicas não

    suprem as necessidades do município, sendo lentificada e causando atraso em nossas

    atividades.

    O método da disponibilização do material em mídia CD foi uma resolução que

    veio de encontro a esta dificuldade de acesso, um pouco da experiência com a internet

    pode ser relatada nos casos de acesso à plataforma e interação com meus colegas de turma

    e tutor nos fóruns em horários importunos durante a madrugada.

    Ao início do curso, no Eixo 1 foram abordados temas muito interessantes como a

    história da política do Sistema Único de Saúde do Brasil, a Vigilância Epidemiológica,

    aspetos relacionados com Atenção Básica e Atenção Primaria de Saúde, aprendi mais

    sobre o trabalho em equipe a organização da agenda profissional o que fez com que

    mudasse minha postura nas questões de organização e planejamento de ações.

    No Eixo 2 chegou a parte clínica que gostei mais, foi de extrema relevância as

    aulas sobre doenças crônicas que permitiu modificar as condutas de acordo com os

    protocolos deste país, por exemplo, iniciar tratamento para Diabetes Mellitus com a

    Metformina como hipoglicemiante de primeira escolha, após tentar o abordagem não

    medicamentoso com dieta e atividade física saudável por, pelo menos, três meses,

    algumas iniciativas foram feitas procurando mudanças no modo e estilo de vida de

    pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, tais como rodas de HIPERDIA

  • 21

    (pacientes diabéticos e hipertensos), com a participação de fisioterapeuta, profissional de

    educação física, nutricionista e a equipe de saúde, realizando atividades como exercícios

    físicos, baile terapia, palestras sobre importância de adesão ao tratamento, dieta saudável,

    entre outras.

    A conscientização de métodos não farmacológicos dentro da Atenção Básica

    como iniciativa do profissional médico foi algo muito relevante para minhas condutas

    diárias, onde o cuidado também faz parte da consulta médica. Outro aspecto que

    considero importante foi aprender a preencher as fichas do Sistema de Informações de

    Agravos de Notificação (SINAM), prática que era negligenciada, com preenchimento de

    forma errada. Após as orientações tenho as fichas em uma pasta de fácil acesso no meu

    consultório.

    Achei interessante a forma como foram abordados os programas da Estratégia de

    Saúde da Família com uso de tecnologia leve foi nos mostrado como trabalhar estes

    aspectos nas ESF sem muitos recursos com a construção de cartazes sobre as opções de

    métodos anticoncepcionais disponíveis na unidade, sendo esta uma forma prática para

    que após a orientação a paciente possa escolher o método que deseja e ser avaliado para

    o início de planejamento familiar adequado. A maioria das crianças não recebiam sua

    consulta de puericultura após o primeiro ano de vida, cada Agente Comunitário de Saúde

    fez um levantamento de todas as crianças de suas micro áreas e foram planejadas as

    consultas de puericultura sempre garantindo o retorno. Realizamos palestras, rodas de

    gestantes, rodas de lactantes, para o desenvolvimento de atividades educativas. Gostei

    muito do programa de saúde na escola (PSE), uma experiência maravilhosa o intercâmbio

    com nossas crianças e adolescentes, realizando sempre ações de promoção e prevenção

    de saúde. Foi gratificante puder criar vínculos com a comunidade, pois eles não estavam

    acostumados, a visitas domiciliares pôr os médicos, isso fez com que eles sentissem

    confiança de falar os problemas e tirar as dúvidas.

    Desta forma acredito que o curso cumpriu com o objetivo que foi aproximarmos

    aos temas médicos que mais enfrentam os pacientes nas consultas. Foram etapas muito

    interessantes e bem colocadas de situações vivenciadas nas unidades de saúde.

  • 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ABRAHÃO. AL, Lagrange V. A visita domiciliar como uma estratégia da assistência no domicílio. In: Morosini MVGC, Corbo ADA. Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV: Fiocruz; 2007.p.151-72. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde). ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento: Cadernos de Atenção Básica, n° 33. Brasília, 2012. ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 176 p: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34). ________. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção Básica à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. _________. Ministério da Saúde. Manual de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.P.43-6. ________Clínica Ampliada. Equipe de referência e projeto terapêutico Singular. Ministério da Saúde. 2017 ________. Portal do Ministério da Saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde): http//portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.htlm. ________. Portaria n.648, de 28 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saúde 2006. OPAS/OMS. Declaração de Alma Ata. Conferência Internacional sobre cuidados primários em saúde. 1978. PUERICULTURA: A atenção integral à saúde das crianças. Sociedade de Pediatria de São Paulo. São Paulo, 2015. TAKAHASHI RF, Oliveira MAC. A visita domiciliária no contexto da Saúde da Família. In: Brasil. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde. Universidade da São Paulo.

  • 23

    ANEXO -PROJETO INTERVENÇÃO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PORTO ALEGRE

    UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNASUS

    INTERVENÇÃO EDUCATIVA NOS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE

    MAMA NA UNIDADE DE SAÚDE ABIAL DO MUNICÍPIO TEFÉ-AM.

    DISCENTE: LIUSVA LÓPEZ MORALES.

    PROFESSORA-ORIENTADORA: CAREN BAVARESCO

    TEFÉ-AM

    2017

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO......................................................................................…..…...4

    2 PROBLEMA.........................................................................................…...…...5

    3 JUSTIFICATIVA.................................................................................…...…...06

    4 OBJETIVOS....................................................................................………......07

    4.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................….........07

    4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................….........07

    5 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................……..08

    6 MATERIAIS E MÉTODOS ..…..............................................................…...11

    6. 1 PACTUAÇÃO DAS ACÇÕES ...........................................................…....11

    6. 2 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO SERVIÇO ........................................11

    6.3 EXECUÇÃO DAS ACÇÕES..............................................................….....12

    6.4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO......................…...................…..…12

    7-CRONOGRAMA...................................................................………….……..13

    8-RECURSOS NECESSÁRIOS…………………………...............…..............14

    9-RESULTADOS ESPERADOS ..............……………………...........…...........15

    REFERÊNCIAS ………………...................................................................…...16

    APÊNDICE...........................................................................................…............17

  • RESUMO

    O presente projeto aborda sobre os fatores de risco do câncer de mama, apresentando como problema o incremento de mulheres com lesões nas mamas em consultas da UBS Abial, tendo como justificativa para o estudo a necessidade de mudar o diagnóstico do câncer de mama para níveis mais precoces. O projeto busca conseguir educar, ensinar, incrementar nas mulheres, a conscientização sobre os fatores de riscos e a importância da realização do autoexame de mama de forma periódica para garantir o diagnóstico precoce desta doença. O objetivo geral é implantar uma ação de intervenção educativa para elevar o nível de conhecimento sobre o câncer de mama. Métodos: trata se de uma pesquisa intervenção educativa onde participarão as mulheres maiores de 20 anos, do ESF 8 da UBS Abial que aceitem participar no projeto e com estado mental adequado para oferecer dados. As ações serão feitas em várias etapas, inicialmente após identificar o total de pacientes que participarão no estudo, se aplicará um questionário verificando variáveis como idade, escolaridade e nível de conhecimento sobre câncer de mama. A estratégia será feita em torno a 6 seções com atividades específicas acorde com as deficiências encontradas na fase diagnóstica. O desenvolvimento do projeto será monitorado de forma semanal na reunião de equipe. Ao finalizar os 6 meses da execução do projeto, será aplicada novamente a avaliação do conhecimento sobre câncer de mama feita no início, com o objetivo de avaliar o nível de aceitação do programa verificando se houve mudança no conhecimento e posteriormente será realizada uma apresentação dos resultados na reunião semanal de equipe. Os resultados esperados são que as pacientes do grupo alcancem maiores conhecimentos sobre o câncer de mama, poderão identificar sinais de alerta, também aprenderão a fazer o autoexame de mama de modo correto, sua importância, periodicidade, e conduta em caso de achar algum tipo de alteração. Espera-se uma mudança nos estilos de vida das mulheres incrementando a percepção dos riscos através dos conhecimentos adquiridos com o projeto de intervenção.

    Palavras chaves: Câncer de mama, Fatores de risco, Autoexame de mama

  • 4

    INTRODUÇÃO

    Tefé é um município brasileiro do estado do Amazonas pertencentes a

    Mesorregião do Centro Amazonense e Microrregião de mesmo nome, sua população de

    acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística (IBGE) em

    2016, era de 62.230 habitantes. Sua área territorial é de 23.808 km2, sendo o

    quadragésimo oitavo maior município do Brasil em área e o vigésimo terceiro do

    Amazonas (IBGE, 2008).

    Os serviços de saúde disponíveis no município são: um hospital, 8 Unidades

    Básica de Saúde (UBS), com 16 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), um

    Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) modalidade 1 e um Centro de Atenção

    Psicossocial (CAPS) Tipo I. Abial é um dos 22 bairros localizados nesta cidade, conta

    com uma (UBS), que tem duas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), cada equipe

    é composta por dez agentes comunitários de saúde (ACS), uma enfermeira, dois Técnicos

    de enfermagem e um médico, a ESF 8 na qual atuo cobre uma população de 3.747

    usuários de saúde.

  • 5

    2 PROBLEMA

    Em nossa área de abrangência nos últimos tempos temos observado um

    incremento considerável em consulta de mulheres com queixa de lesões nas mamas, uma

    vez que são difíceis de estudar de forma rápida, porque não contamos no município com

    o equipamento necessário para fazer mamografia, exame que nos ajuda a fazer

    diagnóstico de câncer de mama no estágio inicial pois, de acordo com o protocolo todas

    as mulheres, a partir dos 40 anos de idade deve realizar o exame a cada anos.

    Além desse temos três pacientes com diagnóstico de câncer de mama e sem

    possibilidade de tratamento cirúrgico, porque o diagnóstico foi feito no estágio avançado.

    A maioria destas mulheres apresentam fatores de riscos para sofrer de câncer de mama,

    muitos deles não modificáveis como idade e sexo, entretanto, outros podem ser abordados

    para evitar a doença como o consumo de bebidas alcoólicas, hábito de fumar, obesidade

    após menopausa, entre outros. Durante o interrogatório feito a estas pacientes em consulta

    temos comprovado que as mesmas não têm conhecimentos necessários para atuar sobre

    eles de maneira positiva e não conhecem o que é autoexame de mama e sua importância.

  • 6

    3 JUSTIFICATIVA

    Considera se importante a implementação de um programa de intervenção

    educativa para minimizar os riscos das mulheres da UBS Abial de sofrer câncer de mama,

    fazendo ações de promoção e prevenção em conjunto com todo a equipe de trabalho que

    inclui médico, enfermeira técnica em enfermagem e ACS no território. Há necessidade

    de mudar o diagnóstico do câncer de mama para níveis mais precoces e a possibilidade

    de ações de saúde que aumentem a conscientização sobre os fatores de riscos e a

    importância da realização do autoexame de mama de forma periódica para garantir o

    diagnóstico precoce desta doença, é a razão para realizar este trabalho.

  • 7

    4 OBJETIVOS

    4.1. Objetivo geral

    � Implantar uma ação de intervenção educativa para elevar o nível de conhecimento

    sobre o câncer de mama.

    4.2 Objetivos específicos

    � Classificar as mulheres de acordo com variáveis sociodemográficas, idade e

    escolaridade.

    � Determinar o nível de conhecimento das mulheres antes da intervenção.

    � Avaliar o conhecimento das mulheres após a aplicação do programa de

    intervenção.

  • 8

    5 REVISÃO DE LITERATURA

    O câncer, também chamado neoplasia, se caracteriza por um crescimento rápido

    e desordenado de células que adquirem a capacidade de se multiplicar e são muito

    agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem

    se irradiar para outras regiões do corpo. O câncer de mama, como o próprio nome diz,

    afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas

    menores chamadas lóbulos e ductos mamários (NCCN,2014).

    Conforme estudos feitos em Estados Unidos (USA, 2016), o câncer de mama é

    mais frequente em mulheres, uma de cada oito teve, tem ou terá a doença. Cada ano são

    diagnosticados ao redor de 220 000 paciente e morrem cerca de 40 000. Segundo a

    Organização Mundial da Saúde (OMS) esta doença muda sua incidência acordo com os

    países. Nos países ocidentais tinham uma incidência muito alta, já a partir dos anos 2000

    houve uma estabilização nos números de casos, entretanto em países muito desenvolvidos

    como Japão a proporção de mulheres afetada é muito melhor, considero possa estar

    influenciado pelo clima, hábitos alimentares ou a genética (BRASIL, 2016).

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde milhões de casos novos são

    diagnosticados cada ano no mundo, sendo o sexo feminino o mais afetado com uma

    proporção de 1:100, ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama um homem

    terá a doença (BRASIL,2014).

    Estudos feitos no Brasil pelo Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de

    Mastologia demostram uma alta incidência no país. Segundo o INCA, representou em

    2016, o 28,1% do total dos cânceres da mulher (GOBETTI,2016).

    Conforme a literatura o câncer de mama classifica se em carcinoma ductal,

    carcinoma lobular, carcinoma inflamatório, sarcoma de mama e tumores raros de mama.

    Geralmente quando iniciam não apresentam sintomas. Quando o tumor já e perceptível à

    palpação é sinal que já é uma lesão muito grande e podem aparecer outras alterações como

    vermelhidão na pele, alterações no formato dos mamilos e das mamas, nódulos na axila,

    secreção escura saindo pelo mamilo e pele arrugada como casca de laranja (PRETO,

    GOMES, 2004).

    No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama,

    publicada em 2015, a mamografia é o método preconizado para rastreamento na rotina da

    atenção integral à saúde da mulher, é o único exame cuja aplicação em programas de

  • 9

    rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade desta doença. É

    recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. Em outras faixas etárias

    e periodicidade, o balanço entre riscos e benefícios do rastreamento é desfavorável (RIO

    DE JANEIRO,2015).

    O risco elevado de câncer de mama inclui: história familiar de câncer de mama

    em parente de primeiro grau antes dos 50 anos ou de câncer bilateral ou de ovário em

    qualquer idade; história familiar de câncer de mama masculino, e diagnóstico

    histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ

    (RIO DE JANEIRO,2004).

    A prática frequente de atividade física, alimentar se de forma saudável, manter o

    peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar são práticas

    que podem ser adotadas para diminuir o risco de sofrer câncer de mama. O mais

    recomendável para esta doença é que seja diagnosticada em estágios iniciais, porque isso

    aumenta as possibilidades de cura e tratamento, por isso é importante que cada mulher

    aprenda a conhecer seu corpo, aprenda a conhecer que é normal e que não é normal em

    suas mamas.

    Existem momentos da vida cotidiana em que cada mulher pode observar suas

    mamas, como são o momento do banho, momento do troca de roupa, sem técnica

    específica, solo para olhar a presença de alguma alteração. O câncer de mama pode ser

    descoberto pelas próprias mulheres (INCA, 2015). Existe uma técnica simples, que não

    requere tecnologia sofisticada, incentiva ao autocuidado e deve ser feita pelas mulheres

    uma vez por mês, todos os meses, é o autoexame de mama, o qual permite detectar

    endurecimentos ou outras alterações.

    A data recomendável é de 3 a 5 dias após menstruação e em uma data fixa para

    aquelas mulheres que já não menstruam (SEDICIAS,2015).

    Conforme estudos epidemiológicos feitos em Cuba demostrou se que a maioria das

    mulheres desconheciam os principais sintomas de câncer de mama, identificaram como

    principiais fatores de risco a idade a partir dos 40 anos e o histórico familiar de câncer,

    além disso a maioria não conhecia a técnica para fazer o autoexame de mama. Depois da

    aplicação do programa educativo encontrou se que a totalidade respondeu de forma

    positiva aumentando o conhecimento (FERNÁNDEZ,2006).

    Têm se demostrado que o diagnóstico precoce é a melhor opção para o câncer de

    mama, já que não pode ser prevenido. Hoje em dia são muitos os avances da oncologia

    preventiva que permite nós o diagnóstico precoce, recebendo uma cirurgia simples e

  • 10

    conservadora sem necessidade de chegar a radioterapia ou quimioterapia e bom

    prognóstico de cura (HBC,2014). A realização do autoexame de mama de forma

    sistemática e adequada é fundamental no prognostico e durabilidade da doença, porque

    um diagnóstico precoce evita os tratamentos invasivos e tem melhor prognóstico

    (HANCHI Z, BERRADA,2009).

    Espera-se que ao finalizar este projeto de intervenção existam melhoras no

    conhecimento e mudanças no estilo de vida, visando modificar fatores de riscos dessa

    doença em mulheres de minha área de abrangência.

  • 11

    6 MATERIAIS E MÉTODOS

    Trata-se de uma pesquisa intervenção educativa, que incluirá todas as mulheres

    acima os 20 anos acompanhadas pelo Equipe de Saúde da Família 8 da UBS Abial do

    município de Tefé Amazonas, em consentimento informado que aceitem a participar do

    projeto e com estado mental adequado para oferecer dados.

    As ações a serem realizadas nessa pesquisa, serão descritas a seguir,

    contemplando as seguintes etapas: pactuação das ações, organização e gestão do serviço,

    execução das ações e monitoramento e avaliação.

    6.1 Pactuação das ações

    O projeto será apresentado pela equipe de saúde # 8 da UBS Abial, esclarecendo

    todas as etapas de trabalho e os profissionais que estarão envolvidos. Posteriormente o

    projeto será apresentado na reunião mensal do Conselho Local de Saúde para

    esclarecimento do trabalho à população e alterações se necessárias.

    6.2 Organização e gestão do serviço

    Será realizada uma oficina pela ESF que inclui médico, enfermeira, técnico de

    enfermagem e as ACS. O objetivo é identificar o total de pacientes que participaram no

    estudo. Serão verificadas as variáveis: Idade (20-30 anos, 31-40 anos, 41-49 anos, 50 anos

    ou mais), Escolaridade (Fundamental, médio, Superior completo e/ou incompleto),

    através de um questionário preenchido pelas ACS. (Anexo 1)

    Também será verificado o nível de conhecimento relacionado ao câncer de mama

    e realização do autoexame de mama o qual será classificado segundo a pontuação a

    seguir: Conhecimento alto – 10 pontos; Médio – 6 pontos; Baixo 3 pontos. Preenchido

    por médico e enfermeira. (Anexo 1)

    Será realizada uma estratégia de intervenção em torno de seis seções com

    atividades específicas de acordo com as deficiências encontradas na fase diagnóstica.

    6.3 Execução das ações

    Será realizado um plano educativo para esta fase a traves de palestras, os

    encontros serão feitos quinzenalmente com duração de 45 minutos, e se acontecerão da

    seguinte maneira:

  • 12

    ATIVIDADES TEMA PALESTRANTE

    1º encontro Acolhimento e introdução do

    projeto.

    Equipe de saúde

    2º encontro Conferência sobre o câncer de

    mama, anatomia da mama

    Médico

    3º encontro Fatores de riscos e Sinais de alerta

    do câncer de mama.

    Médico e enfermagem

    4º encontro Técnica sobre autoexame de

    mama

    Médico e enfermagem

    5o encontro Particularidades do exame de

    mama.

    Equipe de saúde

    6º encontro Resumo da atividade. Equipe de saúde

    Será utilizada linguagem clara, coerente, sem uso de terminologia médica para

    melhor compressão das pacientes.

    6.4 Monitoramento e avaliação

    As pacientes serão estimuladas, durante as reuniões, a expressar seus pontos de

    vista, experiências vividas com o grupo, aspectos positivos e negativos vivenciados com

    a intervenção, para avaliação constante da efetividade do projeto pela equipe. (Anexo 1)

    Durante as reuniões semanais que serão realizadas com toda a equipe de saúde da

    unidade, será discutido o desenvolvimento do projeto para possíveis intervenções

    necessárias, caracterizado como monitoramento.

    Ao final da execução do projeto, aplicarei novamente a avaliação de

    conhecimento feita ao início com o objetivo de avaliar o nível de aceitação do programa

    verificando se houve mudança no conhecimento e posteriormente será realizada uma

    apresentação dos resultados na reunião semanal de equipe para avaliação da intervenção.

  • 13

    7 CRONOGRAMA

    O cronograma de atividades abrange um período de seis meses e está apresentado

    no quadro abaixo.

    Atividades. Jun.

    2017

    Jul.

    2017

    Ago.

    2017

    Set.

    2017

    Out.

    2017

    Nov.

    2017

    Dez.

    2017

    Apresentação do trabalho para Equipe da UBS

    Abial.

    X

    Apresentação do trabalho para Conselho Local de

    Saúde

    X

    Oficina com ACS X

    Realizar o levantamento de pacientes pelos ACS X X

    Coleta de dados e preenchimento do formulário X X

    Execução do Plano de Intervenção X X X

    Análise dos resultados X

    Apresentação dos resultados e avaliação do trabalho X

  • 14

    8 RECURSOS NECESSÁRIOS

    Recursos Humanos

    Equipe de saúde da família composta por 1 médico, 1 Enfermeira, 1 Técnico de

    Enfermagem, 10 Agentes Comunitários de Saúde.

    Recursos Materiais

    Computadores

    Data show

    Fichas de Acompanhamento

    Folha A4

    Impressora

    Caneta

    Sala para realização de grupos

  • 15

    9 RESULTADOS ESPERADOS

    Ao final dessa intervenção espera se, através de atitude ativa, persistente e

    duradoura de toda a equipe, as pacientes do grupo alcancem maiores conhecimentos sobre

    o câncer de mama, poderão identificar sinais de alerta, também aprenderão a fazer o

    autoexame de mama de modo correto, sua importância, periodicidade, e conduta em caso

    de achar algum tipo de alteração.

    Espera-se uma mudança nos estilos de vida da população incrementando a

    percepção dos riscos através dos conhecimentos adquiridos com o projeto de intervenção,

    sobre o câncer de mama.

  • 16

    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Incidência de Câncer. Estimativa 2014. _______. Instituto Nacional de Câncer. Controle do câncer de mama: documento de consenso. Rio de Janeiro,2004. . BRASIL. Prevenção e sintomas do câncer de mama. Hospital de câncer de Barretos.2015.Acesso em 3 setembro 2017. BRASIL. Unidades da Federação com data de referência. 2016. Estimativas da população residente no Brasil. GÓMEZ J, Carrera MC.La mama paso a paso, Madrid: Editorial Ergón. 2004. HANCHI Z, Berrada R. Bilateral breast cáncer. Incidence and risk factors. Gynecologic Obstetric fertil. 2009;32(2):34-128. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2016. NCCN National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines for Breast Cancer Screening and Diagnostic, Versão 1. 2014. PIÑEIRO. F. J. ¿Debe el paciente conocer que tiene un cáncer? Nuestra experiencia en las pacientes con cáncer de mamas. Rev Cubana Cir. 2006; 43(3):6-34. RODRÍGUEZ. Sintomas de câncer de mama. 2017. SEDICIAS.S. Como fazer o autoexame da mama. 2015. SILVA. J.A.G Instituto Nacional de cancer. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. USA. División de Prevención y Control del Cáncer. Centros para el Control y la prevención de Enfermedades. USA.2016.

  • 17

    APÊNDICE

    Projeto de Intervenção: Intervenção Educativa nos fatores de risco do Câncer de Mama.

    A sua participação no projeto é muito importante e faz necessário a cooperação e que as

    respostas sejam a mais correta possível.

    Obrigado.

    a. Identificação pessoal:

    b. Nome e sobrenome________________________________________

    c. Idade___________

    d. Ocupação:

    ( ) Estudante

    ( ) Trabalhadora

    ( ) Dona de casa

    e. Nível educacional:

    ( ) Fundamental

    ( ) Médio

    ( ) Universitário

    2. Entrevista

    a. Você conhece o que e câncer de mama?

    Sim ( ) Não ( )

    no caso de resposta sim, escreva qual é sua definição

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    b. Conhece quais são sinais de alarma do câncer de mama?

    Sim ( ) Não ( )

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    No caso de reposta (sim) escreva algumas delas.

    _____________________________________,

    ______________________________________

    c. Identifique com uma (X) quais dos seguintes elementos, você considera que

    constituem fatores de risco do câncer de mama?

    ( ) antecedentes familiares ( ) Nuliparidade

    ( ) Traumatismos Prévios ( ) Multiparidade

    ( ) Uso de medicamentos hormonais ( ) Abortos

    ( ) Não aleitamento materno ( ) Menopausa tardia

    ( ) Menarquia precoce ( ) Alcoolismo e droga

    3. Você acredita ser importante o autoexame de mama nas mulheres?

    ( ) sim ( ) não

    4. Com qual frequência você realiza o autoexame de mama?

    ( ) Mensal ( ) Duas vezes ao ano

    ( ) Cada três meses ( ) Uma vez ao ano.

    ( ) Nunca

    5. No caso de detectar alguma anormalidade durante o autoexame, a quem

    inicialmente você vai?

    ( ) A ninguém ( ) Hospital

    ( ) Médico da Unidade