LIVE PARETO TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE/ECLÂMPSIA
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Profs. Thábata e Barreto
LIVE PARETO TRATAMENTO DA
PRÉ-ECLÂMPSIA
GRAVE/ECLÂMPSIA
LIVE PARETO
Objetivo
Fazer com que o aluno JJ acerte mais questões e,
portanto, tenha mais chances de escolher a sua
residência médica ao final do ano
Metodologia
Discussão dos principais CCQs de um determinado
tema a partir da resolução de questões antigas
ENUNCIADO
M.M., de 36 anos G1P0A0, idade gestacional de
37 semanas, comparece ao serviço de urgência
referindo cefaleia, distúrbios visuais e
epigastralgia. Ao exame, presença de edema de
face e mãos, PA = 150 x 100 mmHg. Batimentos
cardíacos fetais = 135 bpm, altura uterina = 31
cm, tônus uterino normal, ausência de
contrações. Toque: colo grosso, posterior,
impérvio. Neste caso o diagnóstico e a conduta
adequada são:
A) Iminência de eclâmpsia. Internação, prescrição de sulfato de magnésio com dosede ataque de 4 g EV, em 15 minutos, e manutenção de 1 g/hora. Solicitar TGO,TGP, DLH, bilirrubinas, ureia, creatinina, ácido úrico, hemograma com plaquetas.Interrupção da gravidez;
B) Suspeita de pré-eclâmpsia. Internação, solicitação de ultrassonografia obstétricacom doppler, hemograma e proteinúria de 24 horas. Prescrever analgésicos eantiácidos e interromper a gravidez, caso seja confirmado o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Caso contrário, com a intenção de evitar cesariana desnecessária,recomendar repouso domiciliar até entrar em trabalho de parto e avaliar vitalidadefetal com doppler ou cardiotocografia a cada três dias;
C) Eclâmpsia. Internação, prescrição de 10 mg de Diazepam, caso ocorra criseconvulsiva. Solicitar hemograma com plaquetas. Interrupção da gravidez;
D) Pré-eclâmpsia. Internação, repouso em decúbito lateral esquerdo, prescrição demetildopa 750 mg/dia. Solicitar TGO, TGP, DLH, bilirrubinas, ureia, creatinina,ácido úrico, hemograma com plaquetas. Interrupção da gravidez quando chegar atermo ou caso haja piora do quadro clínico. Avaliar vitalidade fetal com doppler oucardiotocografia a cada três dias.
ALTERNATIVAS
A) Iminência de eclâmpsia. Internação, prescrição de sulfato de magnésio com dosede ataque de 4 g EV, em 15 minutos, e manutenção de 1 g/hora. Solicitar TGO,TGP, DLH, bilirrubinas, ureia, creatinina, ácido úrico, hemograma com plaquetas.Interrupção da gravidez;
B) Suspeita de pré-eclâmpsia. Internação, solicitação de ultrassonografia obstétricacom doppler, hemograma e proteinúria de 24 horas. Prescrever analgésicos eantiácidos e interromper a gravidez, caso seja confirmado o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Caso contrário, com a intenção de evitar cesariana desnecessária,recomendar repouso domiciliar até entrar em trabalho de parto e avaliar vitalidadefetal com doppler ou cardiotocografia a cada três dias;
C) Eclâmpsia. Internação, prescrição de 10 mg de Diazepam, caso ocorra criseconvulsiva. Solicitar hemograma com plaquetas. Interrupção da gravidez;
D) Pré-eclâmpsia. Internação, repouso em decúbito lateral esquerdo, prescrição demetildopa 750 mg/dia. Solicitar TGO, TGP, DLH, bilirrubinas, ureia, creatinina,ácido úrico, hemograma com plaquetas. Interrupção da gravidez quando chegar atermo ou caso haja piora do quadro clínico. Avaliar vitalidade fetal com doppler oucardiotocografia a cada três dias.
ALTERNATIVAS
Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade: lesão de órgão-alvo
• Pressão arterial sistólica maior ou igual a 160 mmHg e/ou diastólica maior ou igual a
110 mmHg, confirmada em duas aferições com intervalo de 10 a 15 minutos;
• Sintomas de iminência de eclâmpsia:
SNC – cefaleia, obnubilação, torpor, alteração do comportamento;
Visual – escotoma, fotofobia, turvação, embaçamento;
Gástrica – dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, náusea, vômito.
• Eclâmpsia: crise convulsiva e/ou coma na ausência de condições neurológicas que
expliquem.
• Síndrome HELLP:
Hemólise – BT > 1,2 mg/dL / LDH > 600 UI/L / anemia / esquizócitos em sangue
periférico;
Elevação das enzimas hepáticas – TGP ou TGO > 70 UI/L
Trombocitopenia – contagem de plaquetas < 100.000/mm³
• Insuficiência renal aguda: creatinina > ou = 1,2 mg/dL
• Oligúria: diurese < 500 mL/24h
• Edema agudo de pulmão
• Comprometimento cardiorrespiratório: dor torácica, dispneia, cianose
CCQ
O TRATAMENTO DA IMINÊNCIA DE
ECLÂMPSIA E DA ECLÂMPSIA INDEPENDE
DOS NIVEIS PRESSÓRICOS NO
MOMENTO
ENUNCIADO
Gestante na 32ª semana de gestação, hipertensa
crônica, dá entrada no serviço de emergência
obstétrica com quadro de crise hipertensiva. A conduta
imediata para esta paciente é:
A) Administrar hidralazina endovenosa;
B) Administrar metildopa e aguardar 24 horas;
C) Administrar sulfato de magnésio;
D) Maturação pulmonar fetal e interrupção da gestação ematé 24 horas.
ALTERNATIVAS
A) Administrar hidralazina endovenosa;
B) Administrar metildopa e aguardar 24 horas;
C) Administrar sulfato de magnésio;
D) Maturação pulmonar fetal e interrupção da gestação ematé 24 horas.
ALTERNATIVAS
ESQUEMAS
TERAPÊUTICOS:
AGENTE DOSE INICIAL REPETIR, SE
NECESSÁRIODOSE MÁXIMA
HIDRALAZINA 5 MG IV 5 MG A CADA 20 MIN 30 MG
NIFEDIPINO 10 MG VO 20 MG A CADA 20 MIN 50 MG
NITROPRUSSIATO DE
SÓDIO0,5 A 10 MCG/KG/MIN IV EM BI - -
TRATADO DE OBSTETRÍCIA DA FEBRASGO, 2019
A ampola de hidralazina contém 1 mL e 20 mg. Diluir em 19 mL
de água destilada para ter uma solução de 1 mg/mL.
CCQ
AS MEDICAÇÕES DE ESCOLHA PARA O
TRATAMENTO IMEDIATO DA EMERGÊNCIA
HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO É
HIDRALAZINA VENOSA OU NIFEDIPINA DE AÇÃO
RÁPIDA VIA ORAL!
SURCE - CE 2016
Homem de 56 anos, hipertenso, obeso, sedentário, recebeudiagnóstico recente de diabetes mellitus. Seus exames naconsulta inicial revelaram uma glicemia de jejum de 126mg/dl, hemoglobina glicada de 8,0%, triglicerídeos de 250mg/dl e HDL-colesterol de 30 mg/dl. Retornou para consultade reavaliação referindo intolerância gastrointestinal àmetformina. Além das medidas não farmacológicas, aconduta medicamentosa mais adequada nesse momento éprescrever:
QUESTÃO NÚMERO 1
FRP, 34 anos. Gesta 3 Para 2, admitida na maternidade,
proveniente do HFM, para tratamento clínico. No momento,
paciente com dor epigástrica, torporosa, ictérica e edema
facial, mãos, membros inferiores e abdômen
PA=210/120mmHg Fígado palpável a 2 dedos transversos
da reborda costal direita. Ao exame obstétrico feto único,
situação longitudinal, apresentação cefálica, FU=33cm,
BCF=130bpm, EAS=hematúria. Foi indicada interrupção da
gravidez. Como fazer a prevenção da convulsão?
ENUNCIADO
A) Amplictil + prometazina;
B) Sulfato de magnésio;
C) Meperidina;
D) Difenil-hidantoina;
E) Benzodiazepínico
ALTERNATIVAS
A) Amplictil + prometazina;
B) Sulfato de magnésio;
C) Meperidina;
D) Difenil-hidantoina;
E) Benzodiazepínico
ALTERNATIVAS
ESQUEMA
TERAPÊUTICO
ESQUEMA DO MgSO4 Dose de ataque Dose de manutenção
Pritchard
(1955)
4g IV em 10-15 minutos
+
10g IM (5g em cada nádega)
5g IM 4/4 horas
Zuspan
(1966)4g IV 10-15 minutos 1-2g/h IV em BI
Tratado de Obstetricia da FEBRASGO, 2019.
A concentração do sulfato de magnésio (MgSO4) pode ser 10%, 20%
ou 50%, sendo essa última a mais utilizada.
Uma ampola a 50% tem 10 mL e, portanto, 5 gramas.
Dose de ataque: 4g = 8mL. Diluir em 12 mL de água destilada e
infundir lentamente 20 mL em cerca de 20 minutos.
Dose de manutenção: 1 ampola (10 mL = 5g) diluída em 490 mL SF
0,9%. Concentração de 1g/mL. Infundir em fluxo de 100 mL/h.
Tempo de uso do MgSO4: 24 horas após o parto ou 24 horas após a
última convulsão.
Faixa terapêutica: 4-7 mEq/L
Inibição do reflexo tendinoso: 8-10 mEq/L
Depressão respiratória: 12 mEq/L
Parâmetros de avaliação: reflexo patelar + frequência respiratória (>= 16irpm) + diurese > 25 mL/hora
A redução da diurese não é sinal de intoxicação!! É sinal de alarme!Proceder com redução ou parada da infusão do sulfato e a dosagemsérica de magnésio.
Antídoto para os casos de intoxicação: gluconato de cálcio 10% = 1gem 10 mL IV lentamente.
Tenho medo de intoxicar...
CCQ
A MEDICAÇÃO DE ESCOLHA PARA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DE ECLÂMPSIA É O
SULFATO DE MAGNÉSIO!!
SURCE - CE 2016
Homem de 56 anos, hipertenso, obeso, sedentário, recebeudiagnóstico recente de diabetes mellitus. Seus exames naconsulta inicial revelaram uma glicemia de jejum de 126mg/dl, hemoglobina glicada de 8,0%, triglicerídeos de 250mg/dl e HDL-colesterol de 30 mg/dl. Retornou para consultade reavaliação referindo intolerância gastrointestinal àmetformina. Além das medidas não farmacológicas, aconduta medicamentosa mais adequada nesse momento éprescrever:
QUESTÃO NÚMERO 1
Paciente de 41 anos, G2 P1 (1 parto cesáreo), IG: 36semanas e 1 dia, sem comorbidades prévias, é atendida namaternidade do Hospital Universitário Gaffrée Guinle comqueixa de cefaleia e turvação visual. Ao exame, apresentavaPA: 180x110 mmHg; AFU: 35 cm; bcf: 144 bpm; ausência demetrossístoles; tônus uterino normal e toque vaginalevidenciando colo posterior, longo, fechado e sem perdas.Em relação ao quadro clínico, a conduta inicial deve ser:
ENUNCIADO
A) Internar, administrar hidralazina venosa e iniciar sulfato
de magnésio;
B) Internar e realizar cesariana de urgência;
C) Prescrever nifedipina oral na emergência e liberar após
controle pressórico;
D) Prescrever metildopa para uso regular e liberar para
retornar ao pré-natal;
E) Internar, prescrever anti-hipertensivo e iniciar indução
com misoprostol.
ALTERNATIVAS
A) Internar, administrar hidralazina venosa e iniciar sulfato
de magnésio;
B) Internar e realizar cesariana de urgência;
C) Prescrever nifedipina oral na emergência e liberar após
controle pressórico;
D) Prescrever metildopa para uso regular e liberar para
retornar ao pré-natal;
E) Internar, prescrever anti-hipertensivo e iniciar indução
com misoprostol.
ALTERNATIVAS
A meta é chegar a 34 semanas!E O PARTO NA PE
GRAVE?
• Idade gestacional inferior a 24 semanas:
Alta mortalidade perinatal e morbimortalidade materna. A
maioria dos protocolos indica a resolução da gestação.
• Idade gestacional superior a 24 semanas e inferior a 34
semanas:
- Curva pressórica diária, rastreamento dos sintomas de
iminência de eclâmpsia, controle laboratorial semanal
(hemograma, função renal e hepática, coagulograma, ácido
úrico, LDH);
- Vigilância do bem-estar e do crescimento fetal (doppler 2
vezes por semana e CTG diária a partir de 26 semanas);
- Corticoterapia para maturação pulmonar fetal.
PARTO ANTES DE 34 SEMANAS SE:
- Síndrome HELLP;
- Eclâmpsia;
- Descolamento prematuro da placenta;
- Hipertensão grave refratária ao tratamento;
- Edema agudo de pulmão com SatO2 < 94%;
- Creatinina sérica >= 1,5 mg/dL;
- Trabalho de parto ou RPMO;
- Peso fetal abaixo do percentil 5;
- Desaceleração tardia frequente na cardiotocografia;
- USG com alteração do doppler.
CCQ
O PARTO NEM SEMPRE É IMEDIATO EM CASOS
DE PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE. MAS, EM
CASOS DE ECLÂMPSIA, GERALMENTE O PARTO
É INDICADO APÓS ESTABILIZAÇÃO
CLÍNICA DA GESTANTE.
CCQS QUE VOCÊ APRENDEU NESSA LIVE PARETO
A IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE GRAVIDADE É ESSENCIAL NA CONDUTA DA PRÉ-ECLAMPSIA. OS OBJETIVOS SÃO: ESTABILIZAÇÃO
PRESSÓRICA, TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE CONVULSÕES E AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL.
A PRINCIPAL HIPÓTESE DIAGNÓSTICA PARA CRISE CONVULSIVA APÓS A 20ª SEMANA DE GESTAÇÃO É ECLÂMPSIA E A DROGA DE
ESCOLHA PARA O TRATAMENTO É O SULFATO DE MAGNÉSIO.
CCQS QUE VOCÊ APRENDEU NESSA LIVE PARETO
O TRATAMENTO DO PICO HIPERTENSIVO DEVE SER FEITO COM MEDICAÇÕES DE AÇÃO RÁPIDA VIA VENOSA OU ORAL. A REDUÇÃO ACENTUADA DA PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER EVITADA PARA NÃO
COMPROMETER O APORTE SANGUÍNEO FETAL.
O MOMENTO DO PARTO DEVE CONSIDERAR A IDADE GESTACIONAL, OS PARÂMETROS CLÍNICOS E LABORATORIAIS MATERNOS E O BEM-
ESTAR FETAL. A VIA DE PARTO NÃO É EXCLUSIVAMENTE CESARIANA.