Livreto para Unidades de Conservação

28
Unidades de Conservação na Paraíba

description

Livreto para Unidades de Conservação

Transcript of Livreto para Unidades de Conservação

Page 1: Livreto para Unidades de Conservação

Unidades de Conservação na Paraíba

Conservação Ambiental é um tema importante nos dias de hoje. Contempla a relação do Homem com a natureza e o uso racional de seus recursos naturais. Sua abordagem é paradigma de uma série de movimentos ambientais, sociais e políticos contemporâneos, os quais buscam um modelo de desenvolvimento que compatibilize crescimento econômico e qualidade de vida, preservando os recursos naturais para as gerações futuras. Na busca por este objetivo, as Unidades de Conservação (UC) são consideradas importantes instrumentos, já que conservam parcelas significativas da biodiversidade, dos solos, das águas e das paisagens naturais. Nesta publicação, o Governo do Estado apresenta as Unidades de Conservação da Paraíba e o vídeo documentário “Conservarmos: A que será que se destina?”, o qual trata de oito UCs distribuídas nos ecossistemas da Caatinga e da Mata Atlântica paraibanas.

Page 2: Livreto para Unidades de Conservação
Page 3: Livreto para Unidades de Conservação

SUMÁRIO

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 4

MATA ATLÂNTICA 6

Parque Estadual Mata do Xem-Xém / Parque Estadual do Jacarapé 8

Estação Ecológica Pau-Brasil / Área de Proteção Ambiental de Tambaba 12

Parque Estadual do Aratu / Parque Estadual Mata do Pau-Ferro 10

Área de Proteção Ambiental do Roncador / Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Goiamunduba

14

AMBIENTES COSTEIROS 24

Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha 24

CAATINGA 16

Parque Estadual Pedra da Boca / Parque Estadual Pico do Jabre 18

Parque Estadual do Poeta e Repentista Juvenal de Oliveira / Monumento Natural Vale dos Dinossauros

20

Área de Proteção Ambiental das Onças / Área de Proteção Ambiental do Cariri

22

Page 4: Livreto para Unidades de Conservação

44

Unidade de Conservação (UC) é um espaço de território com características ecológicas relevantes e limites definidos, instituída pelo poder público para garantir a proteção de seu patrimônio.

A criação de Unidades de Conservação pelo poder público, enquanto espaço especialmente protegido, tem respaldo na Constituição Federal – artigo 225, parágrafo 1º, inciso III –, na Lei 6.938 de 31/08/1981 – que dispões sobre a Política Nacional do Meio Ambiente – e ainda é objeto de uma lei específica: a Lei 9.985 de 18/07/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), regulamentada pelo Decreto 4.340 de 22/08/2002.

Segundo a União Internacional de Conservação da Natureza – IUCN, as unidades de conservação são os principais e mais efetivos instrumentos de conservação da biodiversidade. Além disso, cabe a elas a manutenção de serviços ambientais fundamentais para a sociedade, como:

Regulação do clima; Manutenção do ciclo hidrológico

natural, o que garante fornecimento de água de qualidade para a população;

Produção de oxigênio e manutenção da qualidade do ar que respiramos;

Prevenção da erosão do solo e abrigo de polinizadores, o que suporta nossa agricultura e produção de alimentos;

Oferece espaços de contemplação, recreação e turismo, promovendo qualidade de vida.

De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, na Paraíba existem 29 UCs. Delas, 15 são geridas pelo Governo do Estado – através da Sudema –, 06 são administradas pelo Governo Federal – através do ICMBio – e 08 são particulares. Estas unidades estão distribuídas pelos dois biomas que formam seu patrimônio Natural: a Mata Atlântica e a Caatinga, além de algumas localizadas em ambientes costeiros.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Page 5: Livreto para Unidades de Conservação

55

Unidades de Conservaçãoda Mata Atlântica

Parque Estadual Mata do Pau Ferro

Parque Estadual do Aratú

Parque Estadual da Mata do Xém-Xém

Reserva Biológica Guaribas

Parque Estadual do Jacarapé

Área de Proteção Ambiental de Tambaba

Área de Relevante Interesse Ecológico Mata Goiamunduba

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Pacatuba

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Santa Clara

Área de Proteção Ambiental do Roncador

Área de Proteção Ambiental Barra do rio Mamanguape

Reserva Particular do PatrimônioNatural Engenho Gargaú

Reserva Particular do PatrimônioNatural Fazenda Pedra D’água

Estação Ecológica Pau Brasil

Unidades de Conservaçãoda Caatinga

Área de Proteção Ambiental das Onças

Monumento Natural Vale dos Dinossauros

Área de Proteção Ambiental do Cariri

Parque Estadual do Poeta e Repentista Juvenal de Oliveira

Parque Estadual Pedra da BocaParque Estadual Pico do Jabre

Área de Relevante Interesse Ecológica Vale dos Dinossauros

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Almas

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Tamanduá

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Várzea

Reserva Particular do Patrimônio Natural Major Badú Loureiro

Unidades de Conservação Inseridas em Ambientes CosteirosParque Estadual Marinhode Areia Vermelha

Área De Relevante InteresseEcológico da Barra do rio Camaratuba

Área de Relevante Interesse EcológicaManguezais da Foz do Rio Mamanguape

Reserva Extrativista Acaú-Goiana

UCs geridas pela Sudema

UCs geridas pelo ICMBio

UCs particulares

Page 6: Livreto para Unidades de Conservação

6

A Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 estados brasileiros e mais de 3 mil municípios. Do Rio Grande do Sul até o Piauí, diferentes formas de relevo, paisagens, características climáticas e a multiplicidade cultural da população que abarca configuram essa imensa faixa territorial. No entanto, existe um aspecto comum que dá unidade a toda essa região: o bioma mais rico em biodiversidade do planeta.

Formada por um conjunto de fisionomias e formações florestais, a Mata Atlântica se distribui em faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude. São nessas regiões que vive também 62% da população brasileira, cerca de 110 milhões de pessoas. Um contingente populacional enorme que depende da sua conservação para a garantia do abastecimento de água, a regulação do clima, a fertilidade do solo, entre outros serviços ambientais. Obviamente, a

maior ameaça ao já precário equilíbrio da biodiversidade é justamente a ação humana e a pressão da sua ocupação e os impactos de suas atividades.

Vale destacar ainda a existência de sete das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras neste bioma. Sendo assim, proteger a Mata Atlântica também é proteger os processos hidrológicos responsáveis pela quantidade e qualidade da água potável para os mais diversos setores da economia nacional como a agricultura, a pesca, a indústria, o turismo e a geração de energia.

Somado à magnitude destes números, um outro dado modifica a percepção sobre a imensidão desse bioma: cerca de 93% de sua formação original já foi devastada.

Na Paraíba, a Mata Atlântica abrange duas grandes áreas, a Zona da Mata e o Brejo Paraibano, perfazendo um total de 6.743 Km² e ocupando total ou parcialmente 63 municípios.

MATA ATLÂNTICA

6

Page 7: Livreto para Unidades de Conservação

7

MATA ATLÂNTICA

7

Page 8: Livreto para Unidades de Conservação

8

MATA ATLÂNTICA

O P.E Mata do Xem-Xem localiza-se no município de Bayeux, na região da Grande João Pessoa. Formado por 182 hectares de Mata Atlântica inseridos em ambiente urbanizado, foi criado no ano 2000 pelo Decreto Estadual nº 21.262.

Por se tratar de um enclave florestal em uma matriz urbana, tem como principal objetivo compatibilizar a proteção de espécies nativas com a promoção de qualidade de vida aos moradores de seu entorno, amenizando o clima, protegendo o solo contra erosão e reduzindo a poluição atmosférica. Além disso, oferece ótima oportunidade de recreação e contemplação da natureza.

A Mata do Xem-Xem recebe diversos acampamentos de escoteiros e escolas que

promovem a educação ambiental, além de abrigar treinamentos táticos do Exército Brasileiro. Também protege o Aeroporto Internacional Castro Pinto: o fato de existir o Parque ao lado do aeroporto impede o avanço da área urbana à suas proximidades, oferecendo assim maior segurança aos seus usuários e prestadores de serviço.

Lidar com problemas como depósito de lixo e violência urbana são alguns desafios encontrados pela gestão do Parque Estadual Mata do Xem-Xem. Entretanto, o trabalho conjunto com as comunidades do entorno tem demonstrado que é viável e vale a pena manter um fragmento de mata em regiões urbanas.

PARQUE ESTADUAL MATA DO XEM-XÉM

BAYEUX

Page 9: Livreto para Unidades de Conservação

9

PARQUE ESTADUAL DO JACARAPÉ

MATA ATLÂNTICA

JOÃO PESSOA

Localizado na região litorânea sul do município de João Pessoa, o Parque Estadual do Jacarapé é formado por um fragmento de 380 hectares de Mata Atlântica localizado em um tabuleiro costeiro. É formado por uma vegetação típica, chamada Mata de Tabuleiro, a qual é representada por espécies de plantas tanto da restinga como da mata semidecidual. A cobertura vegetal ali presente protege o as falésias da erosão do solo, evitando impactos como a formação de voçorocas, muito frequentes nas porções de tabuleiro mais

degradadas. Criado em 27 de dezembro de 2002, pelo

Decreto Estadual nº 23.836, o Parque oferece importante serviço ambiental às atividades de pequenos agricultores presentes nas proximidades, abrigando diversas espécies de polinizadores. Além disso, influencia de forma indireta a qualidade de vida da população de João Pessoa, amenizando o clima e disponibilizando um local de contemplação e laser, em especial em sua faixa de praia.

Page 10: Livreto para Unidades de Conservação

10

Também localizado na região litorânea sul do município de João Pessoa, o Parque Estadual do Aratu, criado em 2002, tem como principal objetivo proteger o complexo sistema ecológico associado à foz do rio Aratú. Com 341 hectares de extensão, abriga alguns fragmentos de Mata Atlântica, em especial uma significativa área de manguezal.

Também chamado de mangue ou mangal, o manguezal é um ecossistema de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais da Terra. Os manguezais desempenham importante papel como exportador de matéria orgânica para os ecossistemas costeiros, contribuindo para a produtividade primária. Por essa razão, são

considerados ecossistemas complexos, dos mais férteis e diversificados do planeta. Constituem verdadeiros “berçários” naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que ali encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, criadouro e abrigo.

Do ponto de vista econômico, em especial em relação à pesca, os manguezais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.

MATA ATLÂNTICA

PARQUE ESTADUAL DO ARATU

JOÃO PESSOA

Page 11: Livreto para Unidades de Conservação

11

MATA ATLÂNTICA

A cidade de Areia, localizado no Brejo paraibano, é muito conhecida por suas riquezas culturais. O conjunto urbanístico da cidade é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (IPHAN), abrigando conjuntos arquitetônicos importantes, como o primeiro teatro da Paraíba – o Teatro Minerva –, além da história de filhos ilustres, como a do escritor, professor e político José Américo de Almeida.

Situada em local elevado e de clima relativamente frio, também reserva riquezas naturais especiais, como o Parque Estadual Mata do Pau-Ferro. Criado em 2005, é formado por um fragmento de 607 hectares, representado por um tipo específico de Mata Atlântica: os Brejos de Altitude.

O Parque presta importante serviço ambiental ao preservar as nascentes de rios afluentes da bacia do rio Mamanguape – importante fonte de abastecimento de água para as atividades agropecuárias existentes em seu percurso – e a barragem Vaca Brava, que abastece parte da região do Brejo Paraibano.

A Mata do Pau Ferro abriga espécies de plantas endêmicas, ou seja, que só ocorrem naquela localidade, como a Erythroxylum pauferrense. Além disso, abriga uma significativa diversidade de aves, sendo considerada pela Bird Life Internacional e pela SAVE Brasil – renomadas instituições focadas na conservação das aves – como uma IBA (Área Importante para a Conservação de Aves).

PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU-FERRO

AREIA

Page 12: Livreto para Unidades de Conservação

12

Com área de 82 hectares e localizada no município de Mamanguape, trata-se da Unidade de Conservação regida por uma das categorias mais restritivas de proteção entre as existentes na Paraíba, onde é permitida apenas a visitação de estudantes ou pesquisadores autorizados. A Estação Ecológica Pau-Brasil tem como principal objetivo a preservação da espécie e do habitat do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata).

O pau-brasil é um símbolo da história do nosso país por conta da abundância e importância nas matas que abrigaram o início da colonização portuguesa. De madeira nobre e resina vermelha intensa, foi muito utilizado na Europa para a produção de móveis finos e na indústria têxtil como corante. Ocorria

originalmente em uma porção de Mata Atlântica que vai desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, mas sua exploração intensa levou a espécie ao patamar de extremamente ameaçada de extinção.

A E.E. Pau-Brasil abriga uma das mais significativas populações da árvore no país, representando uma grande poupança genética da espécie. Além de conservar um fragmento de mata específico, a Estação Ecológica encontra-se estrategicamente próxima a duas UCs federais: a Rebio Guaribas e APA da Barra do Rio Mamanguape, integrando um representativo mosaico de conservação da Mata Atlântica.

MATA ATLÂNTICA

ESTAÇÃO ECOLÓGICA PAU-BRASIL

MAMANGUAPE

Page 13: Livreto para Unidades de Conservação

13

A Área de Proteção Ambiental de Tambaba foi criada em 25 de Março de 2002 através do Decreto Estadual nº 22.882, englobando uma área de 3.270 hectares. Em agosto de 2005, através do Decreto nº 26.296 sua área de abrangência foi ampliada para 11.320 hectares.

É uma unidade de conservação de uso sustentável, que engloba parte da microrregião do litoral sul do estado da Paraíba entre os municípios de Conde, Alhandra e Pitimbu. São localizados na APA famosos pontos turísticos da Paraíba, como as praias de Tabatinga, Coqueirinho, Tambaba, Graú e Praia Bela.

A APA resguarda grande variedade de fisionomias da Mata Atlântica, como a Mata de Tabuleiro, a Reestinga e os Manguezais. O principal objetivo da unidade de conservação é conservar esta diversidade através do ordenamento de sua ocupação, uma vez que a região é pressionada por intensa especulação imobiliária.

MATA ATLÂNTICA

ÁREA DE PROTEÇÃOAMBIENTAL DE TAMBABA

CONDE

Page 14: Livreto para Unidades de Conservação

14

MATA ATLÂNTICA

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO RONCADOR

Localizada nos municípios de Bananeiras, Pirpirituba e Borborema, possui 6.113 hectares de vegetação de Mata Atlântica permeados por formações de transição para o bioma Caatinga. Foi criada como Área de Proteção Ambiental em 2006 pelo Decreto Estadual nº 27.204 e está inserida na mesorregião do Brejo Paraibano.

Formada por área considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritária para conservação da biodiversidade, integra com a A.R.I.E. de Goiamunduba, P.E. Mata do Pau-Ferro e Reservas Legais das propriedades rurais adjacentes, um significativo mosaico de áreas protegidas da Mata Atlântica dos Brejos de Altitude.

PIRPIRITUBA

Page 15: Livreto para Unidades de Conservação

15

Localizada no município de Bananeiras e formada por 67 hectares divididos em três fragmentos, foi criada como Área de Relevante Interessante Ecológico, pelo Decreto nº 23.833/2002, resguardando um tipo especial de Mata Atlântica que ocorre em regiões acima do rio São Francisco, o Brejo de Altitude. A ARIE de Goiamunduba exerce um importante serviço ambiental ao proteger as nascentes dos principais afluentes do rio Araçagi, um dos formadores da Bacia do Rio Mamanguape.

MATA ATLÂNTICA

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO MATA

DE GOIAMUNDUBA

BANANEIRAS

Page 16: Livreto para Unidades de Conservação

1616

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Com 844.453 km² de extensão, recobre uma área equivalente a 11% do território nacional. Ocorre predominantemente na Região Nordeste – onde ocupa 70% do território – com algumas áreas ao norte do estado de Minas Gerais.

A denominação Caatinga, de origem indígena, significa Mata Branca, em referência ao aspecto de sua vegetação, dominada por tons pardos e cálidos na época da seca. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas durante grande parte do ano.

Apesar do aspecto monocromático que apresenta em sua escala de paisagem, a Catinga guarda em seus detalhes grande

variação de hábitats e microhabitats, responsáveis pela existência de ampla biodiversidade. Estima-se a existência de ao menos 932 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de aves, por exemplo, sendo que muitas destas espécies são endêmicas, ou seja, ocorrem apenas neste bioma.

Na Paraíba, a Caatinga representa aproximadamente 92% da superfície de seu território, abrangendo as regiões do Sertão, Cariri, Seridó e Curimatau.

Do ponto de vista cultural, importantes atividades de artesanato tradicional são mantidas na região, em especial a renda renascença desenvolvida pelas comunidades que residem dentro e no entorno da APA.

CAATINGA

Page 17: Livreto para Unidades de Conservação

17

CAATINGA

17

Page 18: Livreto para Unidades de Conservação

18

Localizado no município de Araruna, na região do Curimataú paraibano, o Parque Estadual Pedra da Boca é formado por uma amostra de 157,26 hectares do bioma Caatinga. Foi criado em 07 de fevereiro de 2000, através do Decreto Estadual nº 20.889.

Estima-se que no Parque existam ao menos 21 espécies de répteis e anfíbios, 82 espécies de aves, 16 espécies de mamíferos e 243 espécies de plantas. Entretanto, é pela formação peculiar de seu relevo que a Pedra da Boca ganha destaque.

As formações de relevo encontradas no Parque são resultantes dos processos erosivos aos quais são submetidas às

rochas, caracterizados por quebramentos associados à ação da temperatura, da água e dos ventos. Como resultado, as rochas graníticas são dotadas de grandes cavidades, de profundidade e diâmetro diversificados. É o caso da “boca” na Pedra da Boca, que dá nome ao Parque; da famosa gruta da Pedra da Santa; ou das cavidades que formam o “crânio” da Pedra da Caveira. Estas formações geram condições propícias à prática da escalada, o que faz do Parque Estadual Pedra da Boca o principal roteiro do turismo de aventura na Paraíba.

CAATINGA

18

PARQUE ESTADUAL PEDRA DA BOCA

ARARUNA

Page 19: Livreto para Unidades de Conservação

19

Localizado nos municípios de Matureia e Mãe D’Agua, possui uma extensão de 851 hectares, sendo a maior unidade de conservação de proteção integral gerida pelo Governo do Estado da Paraíba. Foi criado como unidade de conservação em 19 de outubro de 2002, pelo Decreto nº 23.060.

O Parque abriga o ponto mais alto da Paraíba, o Pico do Jabre, o qual possui 1.197 metros de altitude, inserido no mais notável maciço do Estado da Paraíba: a serra dos Cariris Velhos, pertencente à microregião da Serra do Teixeira. Na região serrana do Pico do Jabre estão localizadas as nascentes do

riacho Santo Antonio, riacho da Serra Velha, riacho da Cruz entre outros.

Lá, encontra-se um tipo raro de vegetação do bioma Caatinga, a Mata Serrana, especial por também abrigar plantas que também ocorrem na Mata Atlântica. Espécies como Pau d’arco, Angico, Cedro, Umburana, Juazeiro, Catingueira, Mandacaru são bandei-ras do Parque, que também resguarda grande diversidade de répteis, mamíferos e aves.

CAATINGA

19

PARQUE ESTADUAL PICO DO JABRE

MATUREIA

Page 20: Livreto para Unidades de Conservação

2020

CAATINGA

Criado como Parque Estadual pelo decreto nº 25.322 em 09 de setembro de 2004, o conhecido “Parque do Poeta” localiza-se no agreste paraibano, no município de Campina Grande. Possui uma extensão de 419,51 hectares e é formado por um tipo de vegetação comum à Caatinga, a Floresta Seca.

Rico em afloramentos rochosos de granito, também é muito procurado pelo Turismo de Aventura, especialmente pelos praticantes de escalada.

PARQUE ESTADUAL DO POETAE REPENTISTA JUVENAL DE OLIVEIRA

CAMPINA GRANDE

Page 21: Livreto para Unidades de Conservação

2121

CAATINGA

Inserido na bacia sedimentar no Rio do Peixe, o antigo Sítio Passagem das Pedras, no município de Sousa, foi transformado em unidade de conservação em 27 de dezembro de pelo Decreto Estadual nº 23.832.

Apesar de ser a menor unidade de conservação da Paraíba, com apenas 40 hectares, o Monumento Natural Vale dos Dinossauros resguarda um dos maiores patrimônios do estado: um conjunto de pegadas de dinossauros fossilizadas, conhecidas como icnofósseis. As principais pegadas são do dinossauro Iguanodonte, espécie herbívora que pesava cerca de 4 toneladas, media aproximadamente 5

metros de envergadura e 3 metros de altura. O animal habitou a região do alto sertão paraibano durante o período Cretáceo Inferior (cerca de 130 milhões de anos).

O Monumento Natural é aberto à visitação, possui centro de visitantes com exposição explicativa e visitas guiadas nas passarelas de observação das pegadas. Atualmente, recebe em média dois mil visitantes por mês, entre eles estrangeiros, pesquisadores e estudantes da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

MONUMENTO NATURAL VALE DOS DINOSSAUROS

SOUSA

Page 22: Livreto para Unidades de Conservação

2222

CAATINGA

Criada em 25 de março de 2002 pelo Decreto Estadual nº 22.880, a APA das Onças localiza-se no extremo sul da Paraíba, distando 243,5km da capital. Encontra-se totalmente inserida no município de São João do Tigre, ocupando uma área de 36.000,00 hectares pertencentes ao complexo das Serras dos Cariris Velhos. Neste complexo podemos encontrar a Serra da Paulo, segundo ponto mais alto da Paraíba, com aproximadamente 1.192 metros de elevação.

A vegetação da APA apresenta diferentes fisionomias, formadas pelas diferenças de altitude e solo. Nas cotas altimétricas mais baixas encontra-se uma vegetação típica de caatinga herbácea-arbustiva, enquanto nas áreas de declividade acentuada, ou nos topos de morro, localiza-se a Floresta Estacional Decidual, ou Mata Seca. Nas áreas mais altas ocorrem grandes

afloramentos rochosos, associados a uma flora rupestre peculiar, rica em orquídeas e bromélias.

Apesar da significativa biodiversidade de plantas relacionadas a esta paisagem heterogênea, pode-se dizer que o maior patrimônio da APA é uma população de onças-pardas, cientificamente chamadas de Puma concolor. Trata-se da maior espécie de felino silvestre encontrado na Paraíba, a qual representa um predador de topo de cadeia alimentar, possuindo um importante papel no equilíbrio ecológico.

A APA também se destaca pelo patrimônio arqueológico que abriga. Figuras rupestres e cemitérios indígenas distribuem-se entre seus afloramentos rochosos, resguardando parte importante da pré-história do Homem no Brasil.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DAS ONÇAS

SÃO JOÃODO TIGRE

Page 23: Livreto para Unidades de Conservação

2323

CAATINGA

Localizada nos municípios de Cabaceiras, Boa Vista e São João do Cariri, a APA foi criada em 2004 pelo Decreto Estadual nº 25.083. Possui 18.560 hectares de extensão, sendo uma das maiores unidades de conservação do estado.

Além de disciplinar a ocupação de grande parcela do ecossistema mais árido do Brasil, o Cariri, a APA tem como principal característica a intensa presença de lajedos, formações geológicas compostas por grandes rochas arredondadas (chegam a pesar 45 toneladas) que destacam-se sobre o chão de pedras e a vegetação rupestre típica da Caatinga.

Essa formação rochosa peculiar é fruto do desgaste do solo ao longo de milhões de anos, em função de fissuras naturais e grandes variações de temperatura. Em algumas rochas da APA são encontradas pinturas rupestres atribuídas aos índios cariris, que viveram na região há cerca de 12 mil anos.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO CARIRI

CABACEIRAS

Page 24: Livreto para Unidades de Conservação

2424

Muito mais do que o famoso banco de areia visitado por milhares de turistas todos os anos, o Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha (PEMAV) possui uma área de 230,91 hectares que abriga significativa biodiversidade marinha associada a recifes de corais.

Localizado no município de Cabedelo, estima-se que as águas azuis e cristalinas do Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha

protejam ao menos nove espécies de corais, nove tipos de esponjas-do-mar, 41 de moluscos, 31 de crustáceos, 55 de peixes, entre outros grupos da fauna recifal. Espécies de peixes muito valorizadas comercialmente vivem nos recifes do PEMAV, como pargos, sirigados, garoupas e meros. Foi criado no dia 07 de julho de 2000, pelo Decreto N.º 21.263.

PARQUE ESTADUAL MARINHO DE AREIA VERMELHA

CABEDELO

Page 25: Livreto para Unidades de Conservação

2525

AMBIENTES COSTEIROS

Page 26: Livreto para Unidades de Conservação

26

Page 27: Livreto para Unidades de Conservação

27

Page 28: Livreto para Unidades de Conservação

Unidades de Conservação na Paraíba

Conservação Ambiental é um tema importante nos dias de hoje. Contempla a relação do Homem com a natureza e o uso racional de seus recursos naturais. Sua abordagem é paradigma de uma série de movimentos ambientais, sociais e políticos contemporâneos, os quais buscam um modelo de desenvolvimento que compatibilize crescimento econômico e qualidade de vida, preservando os recursos naturais para as gerações futuras. Na busca por este objetivo, as Unidades de Conservação (UC) são consideradas importantes instrumentos, já que conservam parcelas significativas da biodiversidade, dos solos, das águas e das paisagens naturais. Nesta publicação, o Governo do Estado apresenta as Unidades de Conservação da Paraíba e o vídeo documentário “Conservarmos: A que será que se destina?”, o qual trata de oito UCs distribuídas nos ecossistemas da Caatinga e da Mata Atlântica paraibanas.