Livreto Renal

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  • O Renal um ser humano como todos e tem seu direito de ser respeitado e no ter vergonha de ser renal.

    Jaderson

    Jaderson um garoto de 11 anos,

    portador de insuficincia renal crnica,

    paciente do Servio de Hemodilise

    Peditrica do Hospital Roberto Santos

    em Salvador-BA. uma criana

    muito inteligente e talentosa, que

    nos proporcionou este livrinho to

    interessante.

    Ele est na fila de transplante,

    aguardando por um rgo compatvel.

  • Era uma vez a minha histria... A histria de um menino que se

    chama Jaderson. Eu era normal: andava, jogava bola, comia

    tudo e era estudioso. Morava em Salvador com minha av,

    minha tia, meu primo e dois irmos. Meu pai trabalhava em

    Mato Grosso.

    O tempo foi passando e um dia, aos 10 anos de idade, fui

    almoar e senti uma dor no peito. Comecei a vomitar, mas

    todo mundo pensou que isso era normal.

    Um dia eu estava chegando da escola e o meu p estava

    inchado, ento eu perguntei:

    - Vov, por que meu p est inchado?

    - No sei.

    A vov ficou com dvida, sem saber o que eu tinha. Ento,

    foi ao posto de sade mais perto do bairro e marcaram uma

    consulta para o dia 27 de maro. Esperamos um ms at

    chegar o dia da consulta. No dia, a gente saiu bem cedo

    de casa pra chegar l s 6h00 da manh. Chegando l,

    esperamos. At recebermos a notcia que a doutora no iria

    mais ao Posto.

  • Assim que chegamos em casa, minha tia ligou para saber

    se eu fui atendido. Minha av atendeu o telefone e falou

    que no. A, minha tia disse que ia me levar ao hospital

    perto da casa dela.

    Ento, voltamos para casa.

    Fomos para l, mas quando chegamos ao hospital

    ficamos sabendo que l tambm no estava atendendo.

    Ento voltamos para casa de novo.

  • Num sbado, minha tia veio me buscar de

    novo porque encontrou um hospital mais de

    criana.

    Era o Hospital das Clnicas. Ento arrumei

    minha roupa e fui ao hospital.

    Logo no porto, a porteira falou que eu era renal. Eu

    fiquei com dvida, sem saber o que era isso, mas

    fiquei calado.

    Ento, os doutores me examinaram e falaram que eu

    era renal. J sabendo o que eu tinha, fiquei internado

    no mesmo dia. L, tinha uma doutora muito boa e um

    doutor que nasceu na mesma cidade que eu.

  • No outro lado do pas, meu pai trabalhava. De noite, ele

    sonhou que uma pedra grande caa em cima dos meus

    irmos e de mim. Os dois escaparam e s eu fiquei

    embaixo da pedra, mas eu me salvei depois.

    Quando chegou em casa, algum disse para meu pai que eu estava

    internado. A, ele foi logo para o hospital. Minha av estava me

    acompanhando l no hospital. No domingo, depois que papai chegou,

    ele ficou comigo. Foi uma surpresa, ningum sabia que ele vinha.

  • Ento, meu pai ficou preocupado, pediu demisso do

    emprego e veio para c. Voltou para Salvador.

    A, eu fiz exames e comecei a fazer dilise. Na dilise, coloca

    um remdio que entra na barriga e tira o lquido do paciente.

    S que depois eu tive que fazer uma cirurgia. Minha tripa

    enrolou porque eu no conseguia comer. Tudo o que eu

    comia, vomitava.

    A, eu tive que ir ao Hospital Geral Roberto Santos para

    colocar o cateter no pescoo.

  • A eu voltei ao Hospital das Clnicas e, depois de um ms,

    recebi alta e fui para casa.

    No primeiro dia de hemodilise eu fiz amigos como Rogrio,

    Fbio, Lucas e Adenilson.

    Um dia, ela foi me levar e era aniversrio da Cleide, uma amiga

    que tambm faz hemodilise. A, eu recebi a notcia de que

    eu precisava trocar o cateter porque eu peguei infeco. Eu

    fiquei com raiva disso e rasguei a cartinha de Natal que estava

    escrevendo com a professora.

    Meu pai conseguiu um emprego aqui em Salvador, e por isso ele

    no podia me acompanhar sempre na hemodilise. A meu pai

    conversou com minha vizinha pra ver se ela podia me levar para

    a hemodilise, e ela aceitou.

    No outro dia, fui fazer hemodilise. A hemodilise tem uma mquina

    que tira o sangue do paciente e filtra. Eu me senti melhor com

    esta dilise, parei de inchar. Comecei a fazer amigos e a conhecer

    enfermeiras boas.

    A vizinha disse que no podia ficar muitos dias no hospital comigo.

    A meu pai ficou. Pediu que a assistente social ligasse para o

    trabalho dele dizendo que ele estava comigo.

  • Ento era Natal e eu estava internado, mas eu vi Papai Noel,

    ganhei presentes e tirei foto. Passaram 14 dias e tive alta.

    Quando cheguei em casa, meu pai foi logo para o trabalho,

    mas chegando l foi demitido.

    Ento meu pai est tentando

    achar um emprego, e se Deus

    quiser a gente faz nossa casa.

    Depois que virei renal minha vida mudou. Minha alimenta-

    o sem sal, no posso beber muito lquido e tenho que

    ter mais cuidado com a higiene para no me contaminar.

    Eu j fiz muitos exames,

    e meu pai pensou que

    o sangue dele fosse

    compatvel com o meu,

    mas no .

    Mas eu tenho o sonho

    de ser transplantado, de

    ganhar rins e se Deus

    quiser eu vou conseguir.

    A criana com insuficincia renal crnica e seus familiares

    devem buscar o apoio da equipe de profissionais do Servio

    de Nefrologia, para melhor atender as suas necessidades.

    Assim, se voc possuir alguma dvida, pea ajuda a um deles!

    Mdico Nefrologista Peditrico

    O Pediatra o mdico que cuida da sade das crianas e

    o Nefrologista o mdico que trata os rins. O Nefrologista

    Peditrico o especialista em cuidar da sade dos rins das

    crianas. O corpo nos manda vrios sinais quando os rins

    no esto funcionando bem. A criana pode ficar inchada,

    com a presso alta, urina escura ou at parar de urinar,

    mas s vezes apresenta apenas mal-estar, falta de apetite,

    vmitos ou dificuldade de crescer e

    ganhar peso. muito importante

    pensar na possibilidade de problemas

    renais para fazer o diagnstico

    precoce e iniciar o tratamento

    necessrio. Existem vrios tipos

    de doena renal e cada um

    tem seu tratamento. Por isso,

    toda criana que tem algum

    problema renal deve ser

    avaliada por um Nefrologista

    Peditrico.

  • Enfermagem

    O CUIDAR, em nefrologia peditrica, exige o AMAR. A equipe

    de Enfermagem estabelece com a criana um cuidado

    baseado no respeito. E esse respeito que ajuda a Enfermeira

    a desenvolver seu trabalho: instalar a criana na mquina de

    dilise, verificar a presso, dar o remdio no horrio correto

    e perguntar se o paciente est sentindo alguma coisa. As

    crianas, sentindo confiana e segurana que sero bem

    tratadas, aceitam o trabalho de forma mais tranquila.

    Servio Social

    A Assistente Social busca conhecer as condies sociais

    de cada criana, ou seja, onde mora, com quem mora,

    quem sustenta a casa, quem a leva ao hospital para fazer

    os exames, a consulta, o tratamento e etc.

    Sabendo as necessidades de cada

    famlia, a Assistente Social orienta as

    crianas e os responsveis quanto

    aos seus direitos e deveres. E

    faz encaminhamento para

    servios da comunidade,

    facilitando, assim, o

    tratamento e incentivando a

    prtica da cidadania.

  • Nutrio

    Como toda criana, o paciente com insuficincia renal tambm

    tem que ter uma alimentao variada e colorida. Essa alimentao

    deve dar criana energia para brincar e estudar, protenas que

    ajudam no crescimento, vitaminas, minerais e fibras importantes

    para o bom funcionamento do corpo. Mas lembre-se que a

    criana com problemas renais precisa de uma alimentao

    especial, com menos sal, pouco potssio, pouco fsforo e uma

    quantidade controlada de lquidos. Tudo isso porque os rins que

    esto doentes no conseguem tirar todas as substncias que

    fazem mal para o corpo.

    Assim, com a ajuda do

    Nutricionista, a criana

    pode aprender a fazer

    a escolha certa dos

    alimentos, evitando dar

    mais trabalho aos seus

    rins e melhorando sua

    qualidade de vida.

    Psicologia

    O Psiclogo, que trabalha com crianas com insuficincia

    renal crnica, est sempre querendo conhecer os pacientes

    e os seus familiares. Por isso, ele costuma observar, conversar

    e perguntar se eles esto precisando de ajuda. Assim, se a

    criana estiver triste ou com medo, o Psiclogo tenta alegr-

    la e encoraj-la. Se os pais estiverem preocupados ou com

    dvidas, o Psiclogo, junto com outros profissionais, os ajuda

    a compreender

    a doena e o

    tratamento do seu

    filho. Mas a parte

    que as crianas

    mais gostam

    quando o Psiclogo

    entra no mundo

    da brincadeira, da

    diverso. Durante a

    dilise, os pacientes

    so estimulados a

    brincar, assistir tv,

    cantar, desenhar,

    estudar. Tudo o

    que saudvel

    e importante

    para o seu

    desenvolvimento.

  • Escola Hospitalar

    A Escola Hospitalar atende as crianas durante o perodo que

    passam no hospital, possibilitando que elas deem continuidade

    ao seu processo de desenvolvimento e de aprendizagem. Desta

    forma, contribui tambm para que elas se sintam mais satisfeitas

    e capazes. Para isso, a Professora

    realiza atividades

    divertidas e

    educativas com

    as crianas,

    seguindo o

    calendrio

    socioeducativo

    da Rede

    Municipal de

    Ensino.

    Texto e Ilustrao

    Jaderson Silva de Almeida

    Organizadoras

    Milena Macdo

    Cludia Andrade

    Colaboradores

    Equipe multidisciplinar FABAMED do Servio de Nefrologia Peditrica do Hospital Roberto Santos, do estado da Bahia:

    Cludia Andrade - Nefrologista Pediatra

    Maria Cristiane Oliveira - Enfermeira

    Ana Paula Garboggini (Hashimi) - Nutricionista

    Milena Macdo - Psicloga

    Priscila Amorim - Professora

    Teresa Gabriela Bacelar - Assistente Social

    Digitalizao

    Daniel Viana

    Projeto Grfico e Apoio

    SGP Comunicao

    Realizao

    Fresenius Medical CareDiviso de Produtos para Dilise

  • Diviso de Produtos para Dilise

    Fresenius Medical Care Ltda. Rua Amoreira, 891 - Jaguarina - So Paulo, SP - Brasil - 13820-000 SAC 0800 0123 434 www.fmc-ag.com.br