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Conass PERFIL DEMOGRÁFICO E EPIDEMIOLÓGICO

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LIVRO 5 - VIGILNCIA E, SADE- PARTE 1 Coleo para Entender a Gesto do SUS 2011PERFIL DEMOGRFICO E EPIDEMIOLGICO DO BRASIL 2.1 Introduo

Nas ltimas dcadas, a populao brasileira experimentou importantes mudanas em seu padro demogrfico e epidemiolgico. Queda importante da fecundidade, aliada ao grande incremento da expectativa de vida, aumento da relevncia das doenas crnicas no transmissveis e das causas externas so manifestaes contemporneas dessas mudanas. Por outro lado, a persistncia de antigos problemas de sade pblica e o surgimento de novas formas de adoecer e morrer por doenas transmissveis emergentes e reemergentes adicionam complexidade a essa realidade. Todos esses fatos impem ao setor sade um cenrio com novos e grandes desafios.Por ser dinmico e complexo, esse cenrio exige anlise contnua da situao da sade das populaes, a fim de orientar a tomada de deciso nas diferentes esferas de gesto do Sistema nico de Sade (SUS), auxiliando na redefinio de prioridades, predio de cenrios futuros e avaliao das intervenes em sade implementadas.A prtica da Vigilncia em Sade, tambm, tem sido aprimorada quando influenciada pelas evidncias produzidas, em grande medida, por suas prprias aes, incluindo a observao e uso de informaes sobre a magnitude dos problemas de sade e seus determinantes, as disparidades de risco entre pessoas, entre momentos no tempo e entre regies distintas, assim como a influncia das desigualdades e do contexto social e econmico na sade das populaes brasileiras.Este captulo tem por objetivo destacar as principais mudanas no cenrio demogr- fico e epidemiolgico do Brasil e em suas regies, em anos recentes, e discutir o seu uso para a tomada de deciso nas diferentes esferas de gesto do Sistema nico de Sade no Brasil. Os dados e informaes aqui apresentados so, em sua maioria, oriundos dos sistemas nacionais de informao em sade gerenciados pelo Ministrio da Sade e de bases de dados demogrficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Esses dados e informaes so de domnio pblico (www.datasus.gov.br) e permitem anlises em diferentes nveis de desagregao (ex. municpio, estado).Mudanas no perfil epidemiolgico Evoluo da mortalidade e descrio das desigualdades regionais em sade.MORTALIDADE INFANTILReduo importante da magnitude do coeficiente da mortalidade infantil (CMI) no Brasil foi observada no perodo de 1990 (47,1 bitos por 1.000 nascidos vivos nv) a 2006 (20,7 bitos por 1.000 nv), com uma reduo de 56% (Tabela 6). Todas as regies do Brasil apresentaram reduo importante do CMI no perodo de 1990 a 2006. A regio com maior queda foi o Nordeste (-60,8%) e as regies com menores redues no perodo foram o Centro-Oeste (-48,5%) e o Norte (-50,5%).Uma vez que a regio com maiores valores do CMI em 1990 apresentou melhor desempenho de reduo no perodo at 2006, tambm as desigualdades regionais reduziram ligeiramente de 1990 para 2006. No incio do perodo o Nordeste apresentava um CMI 2,74 vezes maior que o Sul e, no final, essa razo passa a ser de 2,23 vezes (Tabela 6 e Figura 15).

Tabela 6: coeficiente de mortalidade infantil em 1990, 2000 e 2006, e variao Percentual no Perodo de 1990 a 2006, segundo regies do brasil. RegIo e UF 1990 2000 2006 % VaRIao (1990 a 2006) Norte 46,0 28,6 22,8 -50,5 Nordeste 75,9 41,6 29,8 -60,8 Sudeste 33,0 19,2 15,0 -54,5 Sul 27,7 17,0 13,3 -51,8 Centro-Oeste 33,1 20,9 17,1 -48,5 Brasil 47,1 27,4 20,7 -56,1 Razo* 2,74 2,44 2,23 _ FONTE: SVS/MS e IBGE. Metodologia segundo Ministrio da Sade e Ripsa Obs.: *Razo entre o maior (regio Nordeste) e menor (regio Sul) coeficiente de Mortalidade InfantilPrefeitura de Londrina-http://www.londrina.pr.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13137:perfil-epidemiologico&catid=9:saude&Itemid=1516Perfil EpidemiolgicoO Perfil Epidemiolgico, elaborado pela Gerncia de Vigilncia Epidemiolgica da Diretoria de Vigilncia em Sade do municpio de Londrina, cumpre o papel de informar e atualizar os profissionais e dirigentes sobre as informaes referentes s doenas e agravos de notificao compulsria no municpio.

A publicao do Perfil Epidemiolgico sistematiza as informaes coletadas no Sistema Nacional de Agravos de Notificao SINAN, oferecendo subsdio aos gestores, profissionais e tcnicos de sade pblica nas aes de planejamento, promoo, preveno e enfrentamento aos agravos de sade da populao, para o fortalecimento das Redes de Ateno em Sade. Esta rede contempla desde Unidades de Ateno

Primria em Sade, incluindo os pontos de Ateno Secundria ambulatorial e hospitalar, envolvendo os servios de apoio diagnstico e at as unidades de referncia terciria em alta complexidade.Ressaltamos que as informaes consolidadas neste documento so oriundas do contexto de sade dos residentes no municpio, nos registros procedentes dos estabelecimentos de sade, sejam eles vinculados ou no ao Sistema nico de Sade, o que representa a totalidade dos casos notificados.

Neste contexto, temos a grata satisfao de apresentar o Perfil Epidemiolgico de Sade do Municpio de Londrina anos 2010 e 2011. Espera-se que esse material contribua de modo significativo para a avaliao de sade do municpio e oriente os profissionais e gestores para o alcance de uma poltica de sade eficiente.

Secretaria Municipal de Sade