Livro

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Lucia Bento Gonçalves a b c d e f g h i l k l m n o p q r s t u v x z n m c l b k g f

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Livro "Liquidificador"

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Lucia Bento Gonçalves

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Page 2: Livro

Textos: Maria Lucia Carvalho Bento Gonçalves

Ilustrações: Fernando C. B. Gonçalves

Projeto gráfico: Paola Clemente

Revisão: Martha Barbosa

Impressão Gráfica: Prisma Comercial e Serviços Ltda

LiquidificadorLiquidificador

Page 3: Livro

Textos: Maria Lucia Carvalho Bento Gonçalves

Ilustrações: Fernando C. B. Gonçalves

Projeto gráfico: Paola Clemente

Revisão: Martha Barbosa

Impressão Gráfica: Prisma Comercial e Serviços Ltda

LiquidificadorLiquidificador

Page 4: Livro

Dedico:

À minha mãe, de quem herdei principalmente o desapego aos bens materiais.Ao meu pai, de quem herdei principalmente o apego exagerado às pessoas que amo.

Page 5: Livro

Dedico:

À minha mãe, de quem herdei principalmente o desapego aos bens materiais.Ao meu pai, de quem herdei principalmente o apego exagerado às pessoas que amo.

Page 6: Livro

Agradeço:

Ao Fernando, por alguns desenhos do livro, inclusive o da capa.

Ao Eduardo, que largou a matemática por dois dias, para me ajudar a revisar o português.

Ao Paulo, por ter alugado um apartamento na Rua da Paz, em Fortaleza e ser o personagem principal e real do texto Liquidificador, que dá nome ao livro. Esses foram os três primeiros textos que escrevi, portanto, ele foi a primeira pessoa que me inspirou e incentivou a continuar...

A todos que me ajudaram financeiramente e emocionalmente. Não vou esquecer nunca.

Page 7: Livro

Agradeço:

Ao Fernando, por alguns desenhos do livro, inclusive o da capa.

Ao Eduardo, que largou a matemática por dois dias, para me ajudar a revisar o português.

Ao Paulo, por ter alugado um apartamento na Rua da Paz, em Fortaleza e ser o personagem principal e real do texto Liquidificador, que dá nome ao livro. Esses foram os três primeiros textos que escrevi, portanto, ele foi a primeira pessoa que me inspirou e incentivou a continuar...

A todos que me ajudaram financeiramente e emocionalmente. Não vou esquecer nunca.

Page 8: Livro

No dia 31 de dezembro de 2008, comecei a escrever alguns textos,

crônicas, depoimentos e resolvi colocá-los neste livro. Fiz isso para

marcar este período da minha vida que foi bem prazeroso e

importante. O título escolhido tem um motivo. Aliás, um não, dois. Primeiro: é

o nome de um dos textos que escrevi, e as pessoas que já leram gostaram

muito; segundo: é como se eu tivesse colocado tudo em um “Liquidificador”:

palavras, emoções, sentimentos, alegrias, lembranças, tristezas, choro, amor,

riso, parentes, amigos, afetos, etc... e de tudo isso, surgiu este livro. Sou

suspeita para falar, mas acho que vocês vão gostar. É um livro leve, mesmo

porque, as palavras mais fortes e os sentimentos mais profundos muitas vezes

não são ditos nem escritos.

Falando um pouco de mim... Sou muito sensível, apesar de não parecer. Já tive

medo de avião, não tenho mais, já tive medo de dentista, não tenho mais, já

tive muita pedra no rim, não tenho mais. Ás vezes até tento, mas não pego

gripe de jeito nenhum. Sou muito ligada nos meus familiares e nos meus

amigos. Gostaria de receber todo dia, pelo menos alguns deles em casa.

Preciso de companhia para beber... Mas não é por isso que gostaria de ter

sempre pessoas em casa. Não sou ciumenta. Sou segura para dirigir. Viajo

tranquilamente para qualquer lugar. Falo o que for preciso para quem quer

que seja, desde que em particular, não me peça, no entanto, para falar em

público. Não gosto. Nunca fui chorona, mas ultimamente estou um pouco. As

vezes, saio de carro, coloco uma música e buáááá!!! As pessoas dos carros ao

lado devem ficar penalizados, mas nem precisariam. Não choro porque estou

necessariamente triste. Choro porque estou muito alegre, porque estou

sensível, porque estou eventualmente triste, porque a música é bonita, enfim

choro porque estou emotiva. Não é uma coisa ruim, é muito bom ser ou estar

chorona. Sempre quis, consegui. Além de tudo é uma característica bem

feminina. Sou uma pessoa de sorte... mesmo!! Me sinto sempre protegida...

acho que devo à minha mãe que reza por mim e por todos e tem uma fé

enorme e também ao meu anjo da guarda que parece ser bem eficiente. Amo

meus filhos: o Edu com a inteligência que o faz ser o melhor matemático e

músico que conheço; o Fer com a perspicácia que o faz ser a criança mais

Lucia por ela mesma

Page 9: Livro

No dia 31 de dezembro de 2008, comecei a escrever alguns textos,

crônicas, depoimentos e resolvi colocá-los neste livro. Fiz isso para

marcar este período da minha vida que foi bem prazeroso e

importante. O título escolhido tem um motivo. Aliás, um não, dois. Primeiro: é

o nome de um dos textos que escrevi, e as pessoas que já leram gostaram

muito; segundo: é como se eu tivesse colocado tudo em um “Liquidificador”:

palavras, emoções, sentimentos, alegrias, lembranças, tristezas, choro, amor,

riso, parentes, amigos, afetos, etc... e de tudo isso, surgiu este livro. Sou

suspeita para falar, mas acho que vocês vão gostar. É um livro leve, mesmo

porque, as palavras mais fortes e os sentimentos mais profundos muitas vezes

não são ditos nem escritos.

Falando um pouco de mim... Sou muito sensível, apesar de não parecer. Já tive

medo de avião, não tenho mais, já tive medo de dentista, não tenho mais, já

tive muita pedra no rim, não tenho mais. Ás vezes até tento, mas não pego

gripe de jeito nenhum. Sou muito ligada nos meus familiares e nos meus

amigos. Gostaria de receber todo dia, pelo menos alguns deles em casa.

Preciso de companhia para beber... Mas não é por isso que gostaria de ter

sempre pessoas em casa. Não sou ciumenta. Sou segura para dirigir. Viajo

tranquilamente para qualquer lugar. Falo o que for preciso para quem quer

que seja, desde que em particular, não me peça, no entanto, para falar em

público. Não gosto. Nunca fui chorona, mas ultimamente estou um pouco. As

vezes, saio de carro, coloco uma música e buáááá!!! As pessoas dos carros ao

lado devem ficar penalizados, mas nem precisariam. Não choro porque estou

necessariamente triste. Choro porque estou muito alegre, porque estou

sensível, porque estou eventualmente triste, porque a música é bonita, enfim

choro porque estou emotiva. Não é uma coisa ruim, é muito bom ser ou estar

chorona. Sempre quis, consegui. Além de tudo é uma característica bem

feminina. Sou uma pessoa de sorte... mesmo!! Me sinto sempre protegida...

acho que devo à minha mãe que reza por mim e por todos e tem uma fé

enorme e também ao meu anjo da guarda que parece ser bem eficiente. Amo

meus filhos: o Edu com a inteligência que o faz ser o melhor matemático e

músico que conheço; o Fer com a perspicácia que o faz ser a criança mais

Lucia por ela mesma

Page 10: Livro

festas de fim de ano, do hollerith no dia certinho, mas principalmente da

convivência com meus amigos de lá. Ainda bem que, como gosto de receber as

pessoas em casa, e alguns deles sabem disso, eu convido e eles vem. A gente

bebe um pouco e conversa muito, ou vice-versa. Adoro! Trabalho como

Consultora da Mary Kay há três anos e o que tenho a dizer desse período é que

fiz amigas... Amigas consultoras, amigas clientes, amiga diretora. Adoro! Não

consigo dormir com travesseiro que não seja de paina e já estou em pânico

pois daqui pra frente não sei como vou conseguir mais. Fora este pânico por

conta da paina, sou bem equilibrada. Em 2009 reencontrei pessoas muito

queridas, tenho encontrado com frequência pessoas importantes e conheci

outras que se tornaram muito especiais pra mim.

Tenho dois filhos e escrevi este livro. Agora só falta plantar uma árvore.

adorável que conheço. Adoro meus sobrinhos! Adoro meus afilhados! Gosto de

esporte, não para fazer, para assistir. Gosto de futebol e entendo um pouco. Se

tiver companhia e oportunidade, não perco um bom jogo por nada. Gosto de

tênis e adorava quando tinha aula, principalmente quando fazia em parceria

com uma amiga. Esta amizade começou no mesmo dia que começaram as

aulas, mas se fortaleceu muito mais do que os músculos do braço direito ou das

pernas. O nosso professor falava que dar aula pra duas loiras juntas era

complicado... mas era brincadeira dele. Tenho alguns ídolos e todos são ligados

ao esporte. Na ativa só o Ronaldo e o Federer. Sou um pouco consumista

(pouco é elogio), gosto de lojas, lojinhas, qualquer lugar que venda qualquer

coisa, mas lógico que tenho as minhas preferências. Se eu fosse dona de uma

empresa, ela teria muito sucesso, pois meu marido seria o Diretor Presidente...

Ele é uma das pessoas mais competentes e dedicadas ao trabalho que conheço.

Estou fazendo aula de piano e de dança do ventre e às vezes penso que escolhi

logo as duas coisas mais difíceis que existem, mas não vou desistir. Penso em

voltar a fazer aula de tênis. Acho que hoje já seria mais fácil. Sou torcedora do

Noroeste, time de Bauru. Estou torcedora roxa do Corinthians, por causa do

Ronaldo, lógico, mas simpatizo mesmo com este time, principalmente por sua

torcida. Bastou eu torcer pro Corinthians pra ele ser Campeão Paulista e da

Copa do Brasil... Brincadeirinha!! O responsável foi o Ronaldo!! Gosto de jogar

baralho, qualquer jogo, mas o que mais gosto mesmo é truco. A melhor parte, é

quando você tem boas cartas, ouve um "truco" e fala "seeeeeeis", com a maior

segurança. Sou capricorniana, e o que tenho de mais característico é ser bem

objetiva, realista, paciente, introspectiva, compreensiva, prudente,

persistente, prática e ter senso de humor, capacidade de assumir enormes

responsabilidades e grande capacidade de adaptação. Não sou econômica,

decididamente, mas vou tentar ser, prometo! Em 2010!!! É uma das poucas

coisas que não aprendi com meu pai. Tenho a maior facilidade para decorar

telefones, em compensação, não me peça para dar algum recado à alguém,

pois esqueço. Tenho facilidade de fazer amizades e principalmente a

preocupação de preservá-las. Acho que reciprocidade é tudo em qualquer

relacionamento. Trabalhei na Ferrovia durante 22 anos. Uma vida, né? Vou

confessar que tenho muitas saudades de tudo, do trabalho, do stress, das

Page 11: Livro

festas de fim de ano, do hollerith no dia certinho, mas principalmente da

convivência com meus amigos de lá. Ainda bem que, como gosto de receber as

pessoas em casa, e alguns deles sabem disso, eu convido e eles vem. A gente

bebe um pouco e conversa muito, ou vice-versa. Adoro! Trabalho como

Consultora da Mary Kay há três anos e o que tenho a dizer desse período é que

fiz amigas... Amigas consultoras, amigas clientes, amiga diretora. Adoro! Não

consigo dormir com travesseiro que não seja de paina e já estou em pânico

pois daqui pra frente não sei como vou conseguir mais. Fora este pânico por

conta da paina, sou bem equilibrada. Em 2009 reencontrei pessoas muito

queridas, tenho encontrado com frequência pessoas importantes e conheci

outras que se tornaram muito especiais pra mim.

Tenho dois filhos e escrevi este livro. Agora só falta plantar uma árvore.

adorável que conheço. Adoro meus sobrinhos! Adoro meus afilhados! Gosto de

esporte, não para fazer, para assistir. Gosto de futebol e entendo um pouco. Se

tiver companhia e oportunidade, não perco um bom jogo por nada. Gosto de

tênis e adorava quando tinha aula, principalmente quando fazia em parceria

com uma amiga. Esta amizade começou no mesmo dia que começaram as

aulas, mas se fortaleceu muito mais do que os músculos do braço direito ou das

pernas. O nosso professor falava que dar aula pra duas loiras juntas era

complicado... mas era brincadeira dele. Tenho alguns ídolos e todos são ligados

ao esporte. Na ativa só o Ronaldo e o Federer. Sou um pouco consumista

(pouco é elogio), gosto de lojas, lojinhas, qualquer lugar que venda qualquer

coisa, mas lógico que tenho as minhas preferências. Se eu fosse dona de uma

empresa, ela teria muito sucesso, pois meu marido seria o Diretor Presidente...

Ele é uma das pessoas mais competentes e dedicadas ao trabalho que conheço.

Estou fazendo aula de piano e de dança do ventre e às vezes penso que escolhi

logo as duas coisas mais difíceis que existem, mas não vou desistir. Penso em

voltar a fazer aula de tênis. Acho que hoje já seria mais fácil. Sou torcedora do

Noroeste, time de Bauru. Estou torcedora roxa do Corinthians, por causa do

Ronaldo, lógico, mas simpatizo mesmo com este time, principalmente por sua

torcida. Bastou eu torcer pro Corinthians pra ele ser Campeão Paulista e da

Copa do Brasil... Brincadeirinha!! O responsável foi o Ronaldo!! Gosto de jogar

baralho, qualquer jogo, mas o que mais gosto mesmo é truco. A melhor parte, é

quando você tem boas cartas, ouve um "truco" e fala "seeeeeeis", com a maior

segurança. Sou capricorniana, e o que tenho de mais característico é ser bem

objetiva, realista, paciente, introspectiva, compreensiva, prudente,

persistente, prática e ter senso de humor, capacidade de assumir enormes

responsabilidades e grande capacidade de adaptação. Não sou econômica,

decididamente, mas vou tentar ser, prometo! Em 2010!!! É uma das poucas

coisas que não aprendi com meu pai. Tenho a maior facilidade para decorar

telefones, em compensação, não me peça para dar algum recado à alguém,

pois esqueço. Tenho facilidade de fazer amizades e principalmente a

preocupação de preservá-las. Acho que reciprocidade é tudo em qualquer

relacionamento. Trabalhei na Ferrovia durante 22 anos. Uma vida, né? Vou

confessar que tenho muitas saudades de tudo, do trabalho, do stress, das

Page 12: Livro

Quem não gosta de compartilhar idéias, sentimentos, acontecimentos, alegrias, expectativas e todo tipo de lembranças com amigos, familiares, colegas de trabalho e até com pessoas que encontramos casualmente?

Maria Lúcia, minha amiga-irmã Lucinha, traz esse propósito e, você leitor, poderá descobrí-lo e descobrir-se ao mergulhar em cada crônica que, de forma descontraída, o levará a compartilhar idéias, sentimentos, expectativas e muitas lembranças, pois os personagens são reais e de tão reais trazem questões essenciais das relações humanas onde você certamente se encontrará.

Inicialmente, escrever era uma forma de direcionar seu pensamento aos fatos vivenciados, que trouxessem algum significado naquele momento. Nenhuma pretensão de fazer frente a grandes cronistas, mas essencialmente o desejo de reviver, sentir e compartilhar.

O compartilhar possibilitou a expressão de pensamentos, desejos e sentimentos que, por amostragem, também compõem esta edição e incentivou a organização desta vivência na forma deste livro.

E, lembrando grandes cronistas, Fernando Pessoa escreve: “Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.”

Lucinha nos revela pensamentos que nos fazem sentir a essência da vida, ilumina nossos olhos com o brilho da emoção e provocam um turbilhão de pensamentos e sentimentos que nos fazem perambular entre o riso e a lágrima.

Além dessa viagem pelos sentimentos, o leitor poderá, também, perceber a doçura existente na alma dessa escritora-aprendiz, que nos agracia com a publicação de suas crônicas.

Lu, eterna gratidão por fazer parte da minha vida.

Lígia Ap. Cardoso Di Donato - Amiga há 38 anos

Prefácio 1

Page 13: Livro

Quem não gosta de compartilhar idéias, sentimentos, acontecimentos, alegrias, expectativas e todo tipo de lembranças com amigos, familiares, colegas de trabalho e até com pessoas que encontramos casualmente?

Maria Lúcia, minha amiga-irmã Lucinha, traz esse propósito e, você leitor, poderá descobrí-lo e descobrir-se ao mergulhar em cada crônica que, de forma descontraída, o levará a compartilhar idéias, sentimentos, expectativas e muitas lembranças, pois os personagens são reais e de tão reais trazem questões essenciais das relações humanas onde você certamente se encontrará.

Inicialmente, escrever era uma forma de direcionar seu pensamento aos fatos vivenciados, que trouxessem algum significado naquele momento. Nenhuma pretensão de fazer frente a grandes cronistas, mas essencialmente o desejo de reviver, sentir e compartilhar.

O compartilhar possibilitou a expressão de pensamentos, desejos e sentimentos que, por amostragem, também compõem esta edição e incentivou a organização desta vivência na forma deste livro.

E, lembrando grandes cronistas, Fernando Pessoa escreve: “Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.”

Lucinha nos revela pensamentos que nos fazem sentir a essência da vida, ilumina nossos olhos com o brilho da emoção e provocam um turbilhão de pensamentos e sentimentos que nos fazem perambular entre o riso e a lágrima.

Além dessa viagem pelos sentimentos, o leitor poderá, também, perceber a doçura existente na alma dessa escritora-aprendiz, que nos agracia com a publicação de suas crônicas.

Lu, eterna gratidão por fazer parte da minha vida.

Lígia Ap. Cardoso Di Donato - Amiga há 38 anos

Prefácio 1

Page 14: Livro

Quando éramos adolescentes, ela me pedia para escrever estórias emocionantes, sendo ela mesma a personagem principal, baseada nos fatos do dia-a-dia. Ela dizia não ter imaginação, criatividade...

E aquela menina franzina, se revelou uma mulher exuberante, talentosa, que hoje, transforma os fatos do dia-a-dia em inusitados, transforma seus meninos, suas meninas, suas marias, eduardos e fernandos, seus arianos e cancerianos, em verdadeiras celebridades, dignas de ganharem uma estrela na calçada da fama da vida, fazendo parte da constelação de uma estrela maior: Lucinha!

Esta fase “escritora” começou com a “descoberta” de uma Lucinha adormecida, que estava lá, desde sempre... E que sem dar-se conta, de maneira muito natural, tomou seu espaço, absorveu sua mente racional e fez jorrar uma emoção que faz bem a quem lê seus textos, sejam personagens ou não...

E fez bem a ela, que ficou mais segura, mais feliz, mais mulher!

O tempo lhe trouxe poucas rugas e muita criatividade,

O tempo lhe trouxe algumas tristezas e muita afetividade,

O tempo lhe trouxe muitos amigos e o respeito de todas as pessoas.

E cada texto é uma explosão de amor dedicado, de afeto sincero.

Lu, sinto-me abençoada de ter sido escolhida para escrever um pouquinho sobre você e por ter sua amizade.

Sucesso!

Cilene Maria Marques Gonçalves - Amiga há 38 anos

Prefácio 2

Page 15: Livro

Quando éramos adolescentes, ela me pedia para escrever estórias emocionantes, sendo ela mesma a personagem principal, baseada nos fatos do dia-a-dia. Ela dizia não ter imaginação, criatividade...

E aquela menina franzina, se revelou uma mulher exuberante, talentosa, que hoje, transforma os fatos do dia-a-dia em inusitados, transforma seus meninos, suas meninas, suas marias, eduardos e fernandos, seus arianos e cancerianos, em verdadeiras celebridades, dignas de ganharem uma estrela na calçada da fama da vida, fazendo parte da constelação de uma estrela maior: Lucinha!

Esta fase “escritora” começou com a “descoberta” de uma Lucinha adormecida, que estava lá, desde sempre... E que sem dar-se conta, de maneira muito natural, tomou seu espaço, absorveu sua mente racional e fez jorrar uma emoção que faz bem a quem lê seus textos, sejam personagens ou não...

E fez bem a ela, que ficou mais segura, mais feliz, mais mulher!

O tempo lhe trouxe poucas rugas e muita criatividade,

O tempo lhe trouxe algumas tristezas e muita afetividade,

O tempo lhe trouxe muitos amigos e o respeito de todas as pessoas.

E cada texto é uma explosão de amor dedicado, de afeto sincero.

Lu, sinto-me abençoada de ter sido escolhida para escrever um pouquinho sobre você e por ter sua amizade.

Sucesso!

Cilene Maria Marques Gonçalves - Amiga há 38 anos

Prefácio 2

Page 16: Livro

Lucita, amiga dedicada, companheira para as horas boas e um ombro para as ruins... Fazer esse livro foi a maneira que encontrei de mostrar o quanto você é importante e querida.

Não tenho palavras para expressar como foi maravilhoso dar vida a este livro e transformar esse projeto em realidade. É uma honra finalmente poder apresentá-lo pronto. Espero que todos gostem, pois ele foi feito com muito carinho.

Tudo começou com uma conversa informal... E foi crescendo junto com nossa amizade. Seus textos tão cativantes, quanta sensibilidade... Impossível não se encantar... Muita coisa aconteceu nesse caminho e com certezas outras mais virão. O resultado está aqui... Tão despretencioso, mas ao mesmo tempo tão forte... Assim como você.

Exemplo de mãe e mulher, coração do tamanho do mundo. A pessoa mais meiga que já conheci... Recebi sua amizade gratuita e verdadeira quando eu já não acreditava mais que isso pudesse existir... E isso foi muito importante para mim.

Peço permissão para me considerar a madrinha desse seu novo filho, rsssssss. Um filho que, com toda modéstia, ajudei a trazer ao mundo. Espero que esse momento seja um marco em sua vida, a Lucia antes e depois da Liquidificação. Uma pessoa sempre melhor e mais madura, que vai me ensinando aos pouquinhos como um dia ser assim.

Amiga, te adoro demais! Continue sempre sendo essa pessoa maravilhosa que você é...

Paola Clemente - Amiga há 38 semanas

Prefácio 3

Page 17: Livro

Lucita, amiga dedicada, companheira para as horas boas e um ombro para as ruins... Fazer esse livro foi a maneira que encontrei de mostrar o quanto você é importante e querida.

Não tenho palavras para expressar como foi maravilhoso dar vida a este livro e transformar esse projeto em realidade. É uma honra finalmente poder apresentá-lo pronto. Espero que todos gostem, pois ele foi feito com muito carinho.

Tudo começou com uma conversa informal... E foi crescendo junto com nossa amizade. Seus textos tão cativantes, quanta sensibilidade... Impossível não se encantar... Muita coisa aconteceu nesse caminho e com certezas outras mais virão. O resultado está aqui... Tão despretencioso, mas ao mesmo tempo tão forte... Assim como você.

Exemplo de mãe e mulher, coração do tamanho do mundo. A pessoa mais meiga que já conheci... Recebi sua amizade gratuita e verdadeira quando eu já não acreditava mais que isso pudesse existir... E isso foi muito importante para mim.

Peço permissão para me considerar a madrinha desse seu novo filho, rsssssss. Um filho que, com toda modéstia, ajudei a trazer ao mundo. Espero que esse momento seja um marco em sua vida, a Lucia antes e depois da Liquidificação. Uma pessoa sempre melhor e mais madura, que vai me ensinando aos pouquinhos como um dia ser assim.

Amiga, te adoro demais! Continue sempre sendo essa pessoa maravilhosa que você é...

Paola Clemente - Amiga há 38 semanas

Prefácio 3

Page 18: Livro

Rua da Paz ....................................................................................................................01

Fortaleza e seus Contrastes ........................................................................................02

Liquidificador ...............................................................................................................04

Avião.............................................................................................................................05

Balde do Lego ..............................................................................................................06

Dentista........................................................................................................................08

Colchão .........................................................................................................................10

As Meninas....................................................................................................................12

Entre Irmãos .................................................................................................................14

Campinas com Rimas ...................................................................................................16

Os Meninos, Inclusive Os Meus ...................................................................................18

Infância.........................................................................................................................20

Salão de Beleza ............................................................................................................22

Sem Parar .....................................................................................................................25

Shopping ......................................................................................................................26

Tufi ................................................................................................................................27

Faça Chuva ou Faça Sol................................................................................................28

Carnaval........................................................................................................................30

Amizade ........................................................................................................................31

Açúcar...........................................................................................................................33

Loira..............................................................................................................................36

Maria.............................................................................................................................38

Tio Rubens....................................................................................................................42

Luiz ...............................................................................................................................44

Paulo.............................................................................................................................45

Roxo, Lilás, Violeta ......................................................................................................48

Bauru ............................................................................................................................50

Mulheres.......................................................................................................................52

Comentários .................................................................................................................53

ÍNDICE

Page 19: Livro

Rua da Paz ....................................................................................................................01

Fortaleza e seus Contrastes ........................................................................................02

Liquidificador ...............................................................................................................04

Avião.............................................................................................................................05

Balde do Lego ..............................................................................................................06

Dentista........................................................................................................................08

Colchão .........................................................................................................................10

As Meninas....................................................................................................................12

Entre Irmãos .................................................................................................................14

Campinas com Rimas ...................................................................................................16

Os Meninos, Inclusive Os Meus ...................................................................................18

Infância.........................................................................................................................20

Salão de Beleza ............................................................................................................22

Sem Parar .....................................................................................................................25

Shopping ......................................................................................................................26

Tufi ................................................................................................................................27

Faça Chuva ou Faça Sol................................................................................................28

Carnaval........................................................................................................................30

Amizade ........................................................................................................................31

Açúcar...........................................................................................................................33

Loira..............................................................................................................................36

Maria.............................................................................................................................38

Tio Rubens....................................................................................................................42

Luiz ...............................................................................................................................44

Paulo.............................................................................................................................45

Roxo, Lilás, Violeta ......................................................................................................48

Bauru ............................................................................................................................50

Mulheres.......................................................................................................................52

Comentários .................................................................................................................53

ÍNDICE

Page 20: Livro

Acomeçar pela localização, Rua da Paz, 321, ap. 1203, Mucuripe, Fortaleza. Acho indício de um bom prognóstico para o ano, passar o Reveillon neste endereço.

Desde a entrada, passando pelo hall social, sala de ginástica, elevadores, salão de jogos – que fica no mezanino, tudo é lindo e com muito vento...

O apartamento é branco, claro, confortável, em um tamanho ideal, nem tão pequeno, nem grande.

Tem uma brisa que não deixa ninguém sentir calor. Mas, para os mais encalorados, os quartos tem ar condicionado, o que ajuda bem, quando o vento dá uma paradinha.

A varanda – maravilhosa, ampla, com uma vista de babar... Mesa e cadeiras brancas.

Poderia passar o dia todo nela, olhando para aquele mar ora verde-água, ora verde-azulado, azul-esverdeado, verde-claro, verde-esmeralda. Observar as manchas que formam desenhos no mar, resultado da sombra das nuvens. Observar as ondas que parecem tão pequenas vistas assim do alto, observar alguns barcos e as pessoas andando no calçadão. Admirar o céu que parece uma extensão do mar.

A garagem é um espetáculo à parte. Nunca vi nada igual. Muito clara, parede, teto e piso brancos, vagas ótimas, amplas. Tem ainda um jardim, isto mesmo, plantas... Nada daquele cheiro sufocante e calor insuportável das demais garagens que conheço. Dá até pra sentar ao lado do jardim e ler um livro, por exemplo.

Rua da Paz!!! Branco!!!...

Feliz Ano Novo!!!

31/12/2008

RUA DA PAZ

01

Page 21: Livro

Acomeçar pela localização, Rua da Paz, 321, ap. 1203, Mucuripe, Fortaleza. Acho indício de um bom prognóstico para o ano, passar o Reveillon neste endereço.

Desde a entrada, passando pelo hall social, sala de ginástica, elevadores, salão de jogos – que fica no mezanino, tudo é lindo e com muito vento...

O apartamento é branco, claro, confortável, em um tamanho ideal, nem tão pequeno, nem grande.

Tem uma brisa que não deixa ninguém sentir calor. Mas, para os mais encalorados, os quartos tem ar condicionado, o que ajuda bem, quando o vento dá uma paradinha.

A varanda – maravilhosa, ampla, com uma vista de babar... Mesa e cadeiras brancas.

Poderia passar o dia todo nela, olhando para aquele mar ora verde-água, ora verde-azulado, azul-esverdeado, verde-claro, verde-esmeralda. Observar as manchas que formam desenhos no mar, resultado da sombra das nuvens. Observar as ondas que parecem tão pequenas vistas assim do alto, observar alguns barcos e as pessoas andando no calçadão. Admirar o céu que parece uma extensão do mar.

A garagem é um espetáculo à parte. Nunca vi nada igual. Muito clara, parede, teto e piso brancos, vagas ótimas, amplas. Tem ainda um jardim, isto mesmo, plantas... Nada daquele cheiro sufocante e calor insuportável das demais garagens que conheço. Dá até pra sentar ao lado do jardim e ler um livro, por exemplo.

Rua da Paz!!! Branco!!!...

Feliz Ano Novo!!!

31/12/2008

RUA DA PAZ

01

Page 22: Livro

Acidade é linda. O mar maravilhoso. Da mesma forma que se come maravilhosamente bem por aqui, também, corre-se o risco de pegar uma intoxicação fortíssima.

Cuidado com patinha de caranguejo.

O restaurante “Camarões” é imperdível, porém, fuja dos camarões na praia.

O vento é quase constante, o que ameniza bastante o calor e impede que você perceba que está, sim, queimando.

Dizem que os cearenses são muito inteligentes, porém são muito lennnnntos. Não que estejam errados. Talvez o paulista é que seja muito apressadinho. Temos que nos acostumar com isso... E não é muito fácil. Eles devem adorar contratar um paulista pra trabalhar, e se espantar com a rapidez e exatidão dos serviços.

Eles tem o costume de falar muito “pronto” no final da frase, mas para as coisas ficarem “prontas” por aqui, leva um tempo sempre maior que o normal... Para nós paulistas.

O tempo anda... bem... devagar... Acho que porque clareia muito cedo e também escurece muito cedo. Você acorda e por já estar muito claro há muito tempo, pensa que já são umas nove horas, olha no relógio e espanta-se...ainda são sete e quinze. À noite, a mesma coisa, escurece tão cedo que quando pensa que já são umas dez e meia, verifica que ainda são oito e quarenta. Dá tempo de fazer muita coisa em um só dia. É inacreditável, e ótimo para quem já tem quase 49.

A classe menos favorecida freqüenta a praia onde se localizam justamente os prédios e hotéis mais espetaculares, cujos moradores e hóspedes não a freqüentam, de jeito nenhum.

A cidade é linda, mas suja. O mar maravilhoso mesmo, mas o da cidade, dizem que é sujo. As praias fora da cidade são de admirar.

Os homens são conhecidamente machões. São ríspidos e quase estúpidos. Isso de maneira geral. Existem as exceções. Ao contrário, as mulheres são bem mais dóceis e prestativas, o que também é típico de uma sociedade machista.

.

FORTALEZA E SEUS CONTRASTES

02

A sorveteria 50 sabores é muito boa. E tem dez sabores diet, o que me deixa mais calma.

O trânsito é bom. É muito fácil andar aqui. Apesar de grande, a cidade é cortada por algumas avenidas principais, o que facilita tudo, além do que, todos os caminhos levam ao mar... O que não é fácil de aturar são os motoristas. São estressados, não respeitam seu sinal, não abrem passagem, buzinam muito.

Mas... a cidade é linda, alto astral, iluminada pelo sol constante e mar verde água, quente e alegre... sempre...Tem a segunda-feira mais animada do Brasil, show de humor e caranguejada todas as quintas e praia a toda hora. E pensando bem... pra que pressa???...

Acho que eu adoraria morar em Fortaleza. “Pronto”.

06/01/09

03

Page 23: Livro

Acidade é linda. O mar maravilhoso. Da mesma forma que se come maravilhosamente bem por aqui, também, corre-se o risco de pegar uma intoxicação fortíssima.

Cuidado com patinha de caranguejo.

O restaurante “Camarões” é imperdível, porém, fuja dos camarões na praia.

O vento é quase constante, o que ameniza bastante o calor e impede que você perceba que está, sim, queimando.

Dizem que os cearenses são muito inteligentes, porém são muito lennnnntos. Não que estejam errados. Talvez o paulista é que seja muito apressadinho. Temos que nos acostumar com isso... E não é muito fácil. Eles devem adorar contratar um paulista pra trabalhar, e se espantar com a rapidez e exatidão dos serviços.

Eles tem o costume de falar muito “pronto” no final da frase, mas para as coisas ficarem “prontas” por aqui, leva um tempo sempre maior que o normal... Para nós paulistas.

O tempo anda... bem... devagar... Acho que porque clareia muito cedo e também escurece muito cedo. Você acorda e por já estar muito claro há muito tempo, pensa que já são umas nove horas, olha no relógio e espanta-se...ainda são sete e quinze. À noite, a mesma coisa, escurece tão cedo que quando pensa que já são umas dez e meia, verifica que ainda são oito e quarenta. Dá tempo de fazer muita coisa em um só dia. É inacreditável, e ótimo para quem já tem quase 49.

A classe menos favorecida freqüenta a praia onde se localizam justamente os prédios e hotéis mais espetaculares, cujos moradores e hóspedes não a freqüentam, de jeito nenhum.

A cidade é linda, mas suja. O mar maravilhoso mesmo, mas o da cidade, dizem que é sujo. As praias fora da cidade são de admirar.

Os homens são conhecidamente machões. São ríspidos e quase estúpidos. Isso de maneira geral. Existem as exceções. Ao contrário, as mulheres são bem mais dóceis e prestativas, o que também é típico de uma sociedade machista.

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FORTALEZA E SEUS CONTRASTES

02

A sorveteria 50 sabores é muito boa. E tem dez sabores diet, o que me deixa mais calma.

O trânsito é bom. É muito fácil andar aqui. Apesar de grande, a cidade é cortada por algumas avenidas principais, o que facilita tudo, além do que, todos os caminhos levam ao mar... O que não é fácil de aturar são os motoristas. São estressados, não respeitam seu sinal, não abrem passagem, buzinam muito.

Mas... a cidade é linda, alto astral, iluminada pelo sol constante e mar verde água, quente e alegre... sempre...Tem a segunda-feira mais animada do Brasil, show de humor e caranguejada todas as quintas e praia a toda hora. E pensando bem... pra que pressa???...

Acho que eu adoraria morar em Fortaleza. “Pronto”.

06/01/09

03

Page 24: Livro

Pensei em comprar um liquidificador para o Paulo, em Fortaleza, para que ele tivesse uma vida mais saudável, tomasse menos refrigerante, mesmo que zero açúcar. A intenção era que ele passasse a tomar mais

sucos de frutas – podendo ser polpa – à noite, e vitaminas pela manhã.

Daí pensei: se eu comprar o melhor, último tipo, e provavelmente o mais caro, ele dirá: “Não precisava ser tão sofisticado, quanto foi?”, “Foi caro, né?”, “Eu trabalhando e você só gastando”, “Não era tão urgente, eu não paro em casa mesmo, saio cedo e chego tarde...”

Se eu comprar um bem simples, só pra quebrar o galho, ele dirá: “Eu não mereço nada melhor mesmo, né?”, “Eu sabia, o melhor fica lá em Campinas, aquele que separa até as sementes dos sucos de maracujá e melancia”, “Aposto que nem pagou tão barato e, além de tudo, é bem feinho...”

Se eu comprar um médio, nem tão simples nem tão chique, talvez ele goste, mas com certeza dirá: “Onde você comprou?”, “Fez pesquisa de preço?”, “Foi na loja W? Lá devia ser mais barato e teria mais opções de modelos, mas você não dá valor para o dinheiro mesmo, né? Gasta sem dó nem piedade... E eu trabalhando feito louco que não tenho tempo nem de almoçar...”

Resolvi não comprar o liquidificador. Comprei um biquíni.

16/01/09

Liquidificador

04

Sempre tive medo de avião. Mas passou. Não sei direito como, nem porque, mas passou. Totalmente.As últimas viagens, acho que colaboraram, pois foram ótimos voos

(agora sem acento). Este último teve algumas turbulências, e eu até dormi.

Eu nunca havia dormido em voos, de tão nervosa que ficava. Rezava quase que o tempo todo e não desgrudava o olho do desenho do cinto de segurança e quando acendia, seguido daquele barulhinho peculiar, nossa, que pavor.

Neste último voo, estávamos eu e o Fernando nas poltronas 1E (de Eduardo) e 1F (de Fernando) e dormi tanto e tão pesado, que minha cabeça caiu, não, despencou, umas 500, exagero, umas 20 vezes, divertindo os comissários que estavam sentados quase na minha frente. Até sonhei.

Lembrei dos tempos em que eu viajava de trem de Bauru a Campo Grande e dormia super bem naqueles beliches chacoalhando. E só acordava quando parávamos em alguma estação. Evoluí, agora gosto do chacoalho do avião. Quem diria.

Penso, apesar de não ter mais medo, que o normal é tê-lo, pois se der um probleminha naquele negócio, e ele resolver cair, não sobra um. Será que perdi o medo de morrer?

Não, em absoluto, acho que perdi a mania de querer controlar o avião com a força do pensamento. Eu achava que se relaxasse ou dormisse, algo de terrível aconteceria, então precisava estar tensa e sempre alerta, para segurar o avião lá em cima. Bobagem...

Decidi passar o controle para as empresas aéreas, aos mecânicos, aos pilotos e aceitar que eu posso e devo começar controlando apenas o meu talão de cheques.

22/01/2009

...........................................

Avião

05

Page 25: Livro

Pensei em comprar um liquidificador para o Paulo, em Fortaleza, para que ele tivesse uma vida mais saudável, tomasse menos refrigerante, mesmo que zero açúcar. A intenção era que ele passasse a tomar mais

sucos de frutas – podendo ser polpa – à noite, e vitaminas pela manhã.

Daí pensei: se eu comprar o melhor, último tipo, e provavelmente o mais caro, ele dirá: “Não precisava ser tão sofisticado, quanto foi?”, “Foi caro, né?”, “Eu trabalhando e você só gastando”, “Não era tão urgente, eu não paro em casa mesmo, saio cedo e chego tarde...”

Se eu comprar um bem simples, só pra quebrar o galho, ele dirá: “Eu não mereço nada melhor mesmo, né?”, “Eu sabia, o melhor fica lá em Campinas, aquele que separa até as sementes dos sucos de maracujá e melancia”, “Aposto que nem pagou tão barato e, além de tudo, é bem feinho...”

Se eu comprar um médio, nem tão simples nem tão chique, talvez ele goste, mas com certeza dirá: “Onde você comprou?”, “Fez pesquisa de preço?”, “Foi na loja W? Lá devia ser mais barato e teria mais opções de modelos, mas você não dá valor para o dinheiro mesmo, né? Gasta sem dó nem piedade... E eu trabalhando feito louco que não tenho tempo nem de almoçar...”

Resolvi não comprar o liquidificador. Comprei um biquíni.

16/01/09

Liquidificador

04

Sempre tive medo de avião. Mas passou. Não sei direito como, nem porque, mas passou. Totalmente.As últimas viagens, acho que colaboraram, pois foram ótimos voos

(agora sem acento). Este último teve algumas turbulências, e eu até dormi.

Eu nunca havia dormido em voos, de tão nervosa que ficava. Rezava quase que o tempo todo e não desgrudava o olho do desenho do cinto de segurança e quando acendia, seguido daquele barulhinho peculiar, nossa, que pavor.

Neste último voo, estávamos eu e o Fernando nas poltronas 1E (de Eduardo) e 1F (de Fernando) e dormi tanto e tão pesado, que minha cabeça caiu, não, despencou, umas 500, exagero, umas 20 vezes, divertindo os comissários que estavam sentados quase na minha frente. Até sonhei.

Lembrei dos tempos em que eu viajava de trem de Bauru a Campo Grande e dormia super bem naqueles beliches chacoalhando. E só acordava quando parávamos em alguma estação. Evoluí, agora gosto do chacoalho do avião. Quem diria.

Penso, apesar de não ter mais medo, que o normal é tê-lo, pois se der um probleminha naquele negócio, e ele resolver cair, não sobra um. Será que perdi o medo de morrer?

Não, em absoluto, acho que perdi a mania de querer controlar o avião com a força do pensamento. Eu achava que se relaxasse ou dormisse, algo de terrível aconteceria, então precisava estar tensa e sempre alerta, para segurar o avião lá em cima. Bobagem...

Decidi passar o controle para as empresas aéreas, aos mecânicos, aos pilotos e aceitar que eu posso e devo começar controlando apenas o meu talão de cheques.

22/01/2009

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Avião

05

Page 26: Livro

Sempre que saio à estrada para viajar, posso estar prestes a passar por alguma aventura.Às vezes sou parada por guardas, por ter ultrapassado, em total

segurança óbvio, mas em local proibido para isto; ou por estar – um pouquinho – acima da velocidade permitida. Nestas ocasiões nunca fui multada, uso sempre aquela frase: “meu marido me mata se eu for multada...”, o que sempre dá certo. Em compensação, quando é o radar que detecta... Não há o que eu possa fazer.

Inúmeras vezes fiquei um pouco apreensiva, por estar quase sem gasolina e não aparecer um posto... Aconteceu muito quando voltava do Rio, pois ao sair da Dutra, me dava conta que o tanque já estava quase vazio, e não tem posto na Carvalho Pinto, estrada que liga a Dutra à D. Pedro. Sufoco total. Já tive que entrar em cidadezinhas para abastecer; pegar retorno, entrar em posto do outro lado da rodovia e voltar novamente para a pista certa; ou ir em frente, contando com a sorte que sempre me acompanhou. Domingo passado por exemplo, voltando de Bauru, eu tinha “certeza” de que o tanque estava cheio, mas de repente acendeu a luz da reserva. Fiquei tranquila, como sempre em situações emergenciais. Andei mais um pouco, mas como eu sabia que o próximo posto estaria a uns 30km, e não tinha certeza se a reserva aguentaria, estacionei no gramado – não no acostamento pois sei que é perigoso – ao lado de um caminhão que vende laranja e suco. Achei melhor fazer isso, pois meu celular, neste exato momento, começou a apitar informando estar com a bateria fraca. O homem da laranja me falou o número e chamei o “serviço de apoio ao usuário”, no 0800, que funcionou e vieram em meu socorro. Nesse meio tempo, tomamos suco geladinho, que era ótimo, compramos um saco de laranja para a semana e acompanhamos o movimento de pessoas que começaram a parar para o mesmo fim. Fui guinchada, me levaram ao posto mais próximo e... pronto... deu tudo certo. Para o Fernando não deixou de ser uma aventura e para mim... também!

Logo depois que fomos guinchados, vimos na estrada outro carro parado. O moço do guincho estacionou no acostamento, foi até lá e me falou que teria de levar aquele carro também, puxado por uma alavanca. Falei para o Fernando: “Só falta ser mulher também, e loira...” Não deu outra. Mas o caso dela não foi

............. .

Balde do LEGO

06

gasolina, problemas com o carro, segundo ela, e era a segunda vez naquele dia em que ela estava sendo guinchada. Pensei... “olha a fama das loiras aumentando”.

Já tive também algumas dores de barriga, na estrada. Quem não teve? Por sorte, nestes casos, sempre aparecia milagrosamente um posto ou castelinho da pamonha. Que alívio!

Como pego muita estrada, estou sujeita a estas coisas. Já teve viagens em que, por estar chovendo muito e não ter posto próximo, além do sufoco da gasolina, meus filhos tiveram de fazer xixi, uma vez no balde do LEGO e outra vez no copo de guaraná do McDonald's, que por sorte era médio e já estava vazio.

Já dei também umas micro-cochiladas na direção e vocês não imaginam o que é “acordar” com uma estrada pela frente. Arrepia... assusta... E nestes dois casos – foram só dois, e eu estava sozinha – havia um posto logo em seguida, para me salvar... Onde parei para tomar alguma coisa... andar... passar o sono.

Já fiz viagem com muita chuva, neblina, muito sol, à noite, com sono, sem sono, sozinha ou acompanhada e, mesmo que eventualmente, eu errei o caminho ou passei por algumas dessas situações citadas, todas as minhas viagens começam e terminam tranquilamente.

Só acho que deviam construir mais postos de gasolina nas estradas. Pelo menos naquelas que eu estou acostumada a trafegar.

27/01/2009

07

Page 27: Livro

Sempre que saio à estrada para viajar, posso estar prestes a passar por alguma aventura.Às vezes sou parada por guardas, por ter ultrapassado, em total

segurança óbvio, mas em local proibido para isto; ou por estar – um pouquinho – acima da velocidade permitida. Nestas ocasiões nunca fui multada, uso sempre aquela frase: “meu marido me mata se eu for multada...”, o que sempre dá certo. Em compensação, quando é o radar que detecta... Não há o que eu possa fazer.

Inúmeras vezes fiquei um pouco apreensiva, por estar quase sem gasolina e não aparecer um posto... Aconteceu muito quando voltava do Rio, pois ao sair da Dutra, me dava conta que o tanque já estava quase vazio, e não tem posto na Carvalho Pinto, estrada que liga a Dutra à D. Pedro. Sufoco total. Já tive que entrar em cidadezinhas para abastecer; pegar retorno, entrar em posto do outro lado da rodovia e voltar novamente para a pista certa; ou ir em frente, contando com a sorte que sempre me acompanhou. Domingo passado por exemplo, voltando de Bauru, eu tinha “certeza” de que o tanque estava cheio, mas de repente acendeu a luz da reserva. Fiquei tranquila, como sempre em situações emergenciais. Andei mais um pouco, mas como eu sabia que o próximo posto estaria a uns 30km, e não tinha certeza se a reserva aguentaria, estacionei no gramado – não no acostamento pois sei que é perigoso – ao lado de um caminhão que vende laranja e suco. Achei melhor fazer isso, pois meu celular, neste exato momento, começou a apitar informando estar com a bateria fraca. O homem da laranja me falou o número e chamei o “serviço de apoio ao usuário”, no 0800, que funcionou e vieram em meu socorro. Nesse meio tempo, tomamos suco geladinho, que era ótimo, compramos um saco de laranja para a semana e acompanhamos o movimento de pessoas que começaram a parar para o mesmo fim. Fui guinchada, me levaram ao posto mais próximo e... pronto... deu tudo certo. Para o Fernando não deixou de ser uma aventura e para mim... também!

Logo depois que fomos guinchados, vimos na estrada outro carro parado. O moço do guincho estacionou no acostamento, foi até lá e me falou que teria de levar aquele carro também, puxado por uma alavanca. Falei para o Fernando: “Só falta ser mulher também, e loira...” Não deu outra. Mas o caso dela não foi

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Balde do LEGO

06

gasolina, problemas com o carro, segundo ela, e era a segunda vez naquele dia em que ela estava sendo guinchada. Pensei... “olha a fama das loiras aumentando”.

Já tive também algumas dores de barriga, na estrada. Quem não teve? Por sorte, nestes casos, sempre aparecia milagrosamente um posto ou castelinho da pamonha. Que alívio!

Como pego muita estrada, estou sujeita a estas coisas. Já teve viagens em que, por estar chovendo muito e não ter posto próximo, além do sufoco da gasolina, meus filhos tiveram de fazer xixi, uma vez no balde do LEGO e outra vez no copo de guaraná do McDonald's, que por sorte era médio e já estava vazio.

Já dei também umas micro-cochiladas na direção e vocês não imaginam o que é “acordar” com uma estrada pela frente. Arrepia... assusta... E nestes dois casos – foram só dois, e eu estava sozinha – havia um posto logo em seguida, para me salvar... Onde parei para tomar alguma coisa... andar... passar o sono.

Já fiz viagem com muita chuva, neblina, muito sol, à noite, com sono, sem sono, sozinha ou acompanhada e, mesmo que eventualmente, eu errei o caminho ou passei por algumas dessas situações citadas, todas as minhas viagens começam e terminam tranquilamente.

Só acho que deviam construir mais postos de gasolina nas estradas. Pelo menos naquelas que eu estou acostumada a trafegar.

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07

Page 28: Livro

08

Sempre tive medo de dentista, desde pequena. Também, naquela época não existiam dentistas especializados em crianças e eles não tinham a menor psicologia infantil. Além disso, na esquina da minha casa em

Bauru, existia uma fábrica de doces e balas, onde também se vendiam chicletes. Naquela época, isso tudo era sinônimo de muuuiiito açúcar. E era a minha perdição...

Some-se a isso o fato de, quando criança, eu questionar se era mesmo necessário escovar os dentes. Eu gostava um pouco de transgredir as regras e esta era uma delas. Que meu filho não tome isso como exemplo, mas como uma experiência que não deu certo.

Ganhei várias cáries e, mesmo que fossem pequenas, as obturações da época eram enormes, muito maiores do que o necessário, o que me deixou com a boca prateada. Também, só ia ao dentista quando não agüentava de dor, e assim meu medo aumentava cada vez mais.

Fui crescendo com este medo latente. Não fazia prevenção. Freqüentava aqueles consultórios em casos extremos de dor.

Aquele jaleco branco e o sorrisinho dos dentistas tentando parecer simpáticos não me agradavam. Além disso, o ar condicionado e o barulhinho do motorzinho me arrepiavam tanto que parecia que estava nevando. No calor de Bauru, eu ia ao dentista de agasalho.

Mesmo depois de adulta, tinha tanto pavor que muitas vezes voltei pra trás depois de já estar na sala da recepção, dizendo que não estava me sentindo bem, pois realmente me tapava o nariz e a garganta e eu tinha certeza de que morreria sufocada, pois não conseguiria respirar pelo nariz e nem engolir a saliva... Era só sair dali que tudo passava e eu voltava ao normal.

Meus filhos vão ao dentista desde pequenininhos, só para fazer uma limpeza, passar flúor e protetor para evitar cáries. A dentista é minha prima, portanto conhecida, e até hoje o menor ainda sai de lá com um presentinho. Isto é prevenção. E eles questionam: Medo de dentista? Por quê??

É lógico que também não tenho medo da Célia, prima que eu adoro, mas quando ela se tornou uma dentista especializada em crianças, eu já estava bem grandinha, afinal somos da mesma idade.

Há poucos anos, morando em Campinas, conheci um dentista que fez com que eu perdesse o medo.

Dentista

09

Fui ao consultório do Dr. André por indicação de uma amiga. Já cheguei falando que eu tinha pavor de dentista, que me faltava o ar, a garganta fechava, para ele ir falando tudo que estava fazendo, para me distrair e que tivesse paciência, pois minha bexiga resolvia ficar cheia no meio do tratamento... E de preferência, que ele diminuísse o ar condicionado.

Deu certo... Ele me acalmou dizendo que faria tudo da maneira mais tranquila; se eu quisesse ir ao banheiro, poderia. Que ele falaria tintim por tintim o que estava fazendo, e que tudo daria certo, que eu podia me acalmar.

Conseguiu... No dia em que realmente começamos o tratamento, eu o encontrei todo preparado, parecendo um astronauta, com todos os equipamentos de segurança que existem. Quase voltei à estaca zero, mas preferi confiar nele. Fiz um tratamento de canal, sua especialidade, e depois – atuando como dentista geral – trocou todas as minhas obturações por resina, tudo branco. Hoje parece que eu não tenho obturação nenhuma. E isso, vocês sabem, é fazer tudo de novo, várias anestesias, motorzinho etc.

E como eu poderia ter medo, agora, de uma pessoa que apesar do jaleco, do ar, do barulhinho, era meu amigo?

Ele sabia tudo da minha vida, do meu marido, dos meus filhos, do meu emprego, da minha empregada, da minha demissão... Sabia tudo pois acompanhou um bom período da minha vida. Imaginem o que foi trocar todas as obturações...

Eu não tinha mais medo, a anestesia doía, mas durava alguns segundos, e todo o resto que vinha depois não doía mais. Eram tratamentos demorados, mas eu ficava distraída. Ele era muito preocupado que eu não tivesse dor e nem medo.

Devo confessar, porém, que não tenho coragem de fazer uma determinada cirurgia. Para ela, é necessário tomar “aquela anestesia” mais forte, quase na amígdala, seguida de outras ao redor. As vezes é preciso usar um alicate para tentar desencaixar “aquele dente”, que no meu caso está meio incluso; o dentista deve ter que fazer muita força, e o dente depois pode até sair voando... As vezes está preso no osso, tem que serrá-lo... E o pós-operatório... Bem chato, rosto inchado, não pode comer nada, só líquidos, remédio para dor que pode ser difícil até para engolir... Tenho pavor!!!

Faço tudo no dentista hoje, tranquilamente, menos tirar o dente do siso. Perdi o medo, mas não o juízo.

27/01/2009

Page 29: Livro

08

Sempre tive medo de dentista, desde pequena. Também, naquela época não existiam dentistas especializados em crianças e eles não tinham a menor psicologia infantil. Além disso, na esquina da minha casa em

Bauru, existia uma fábrica de doces e balas, onde também se vendiam chicletes. Naquela época, isso tudo era sinônimo de muuuiiito açúcar. E era a minha perdição...

Some-se a isso o fato de, quando criança, eu questionar se era mesmo necessário escovar os dentes. Eu gostava um pouco de transgredir as regras e esta era uma delas. Que meu filho não tome isso como exemplo, mas como uma experiência que não deu certo.

Ganhei várias cáries e, mesmo que fossem pequenas, as obturações da época eram enormes, muito maiores do que o necessário, o que me deixou com a boca prateada. Também, só ia ao dentista quando não agüentava de dor, e assim meu medo aumentava cada vez mais.

Fui crescendo com este medo latente. Não fazia prevenção. Freqüentava aqueles consultórios em casos extremos de dor.

Aquele jaleco branco e o sorrisinho dos dentistas tentando parecer simpáticos não me agradavam. Além disso, o ar condicionado e o barulhinho do motorzinho me arrepiavam tanto que parecia que estava nevando. No calor de Bauru, eu ia ao dentista de agasalho.

Mesmo depois de adulta, tinha tanto pavor que muitas vezes voltei pra trás depois de já estar na sala da recepção, dizendo que não estava me sentindo bem, pois realmente me tapava o nariz e a garganta e eu tinha certeza de que morreria sufocada, pois não conseguiria respirar pelo nariz e nem engolir a saliva... Era só sair dali que tudo passava e eu voltava ao normal.

Meus filhos vão ao dentista desde pequenininhos, só para fazer uma limpeza, passar flúor e protetor para evitar cáries. A dentista é minha prima, portanto conhecida, e até hoje o menor ainda sai de lá com um presentinho. Isto é prevenção. E eles questionam: Medo de dentista? Por quê??

É lógico que também não tenho medo da Célia, prima que eu adoro, mas quando ela se tornou uma dentista especializada em crianças, eu já estava bem grandinha, afinal somos da mesma idade.

Há poucos anos, morando em Campinas, conheci um dentista que fez com que eu perdesse o medo.

Dentista

09

Fui ao consultório do Dr. André por indicação de uma amiga. Já cheguei falando que eu tinha pavor de dentista, que me faltava o ar, a garganta fechava, para ele ir falando tudo que estava fazendo, para me distrair e que tivesse paciência, pois minha bexiga resolvia ficar cheia no meio do tratamento... E de preferência, que ele diminuísse o ar condicionado.

Deu certo... Ele me acalmou dizendo que faria tudo da maneira mais tranquila; se eu quisesse ir ao banheiro, poderia. Que ele falaria tintim por tintim o que estava fazendo, e que tudo daria certo, que eu podia me acalmar.

Conseguiu... No dia em que realmente começamos o tratamento, eu o encontrei todo preparado, parecendo um astronauta, com todos os equipamentos de segurança que existem. Quase voltei à estaca zero, mas preferi confiar nele. Fiz um tratamento de canal, sua especialidade, e depois – atuando como dentista geral – trocou todas as minhas obturações por resina, tudo branco. Hoje parece que eu não tenho obturação nenhuma. E isso, vocês sabem, é fazer tudo de novo, várias anestesias, motorzinho etc.

E como eu poderia ter medo, agora, de uma pessoa que apesar do jaleco, do ar, do barulhinho, era meu amigo?

Ele sabia tudo da minha vida, do meu marido, dos meus filhos, do meu emprego, da minha empregada, da minha demissão... Sabia tudo pois acompanhou um bom período da minha vida. Imaginem o que foi trocar todas as obturações...

Eu não tinha mais medo, a anestesia doía, mas durava alguns segundos, e todo o resto que vinha depois não doía mais. Eram tratamentos demorados, mas eu ficava distraída. Ele era muito preocupado que eu não tivesse dor e nem medo.

Devo confessar, porém, que não tenho coragem de fazer uma determinada cirurgia. Para ela, é necessário tomar “aquela anestesia” mais forte, quase na amígdala, seguida de outras ao redor. As vezes é preciso usar um alicate para tentar desencaixar “aquele dente”, que no meu caso está meio incluso; o dentista deve ter que fazer muita força, e o dente depois pode até sair voando... As vezes está preso no osso, tem que serrá-lo... E o pós-operatório... Bem chato, rosto inchado, não pode comer nada, só líquidos, remédio para dor que pode ser difícil até para engolir... Tenho pavor!!!

Faço tudo no dentista hoje, tranquilamente, menos tirar o dente do siso. Perdi o medo, mas não o juízo.

27/01/2009

Page 30: Livro

Posteriormente, compramos uma cama box para o Fer e a bi-cama foi para o quartinho na área de serviço.

Eu não tenho nenhuma fixação por colchão, foi coincidência.

E ainda não acabou.

Agora, montamos um apartamento em Fortaleza, com cama box, bi-cama de solteiro e mais um colchão avulso.

Parece exagero, né? Mas foi necessário.

Não vou nem falar dos sofás, que muitas vezes foram usados por visitas... Por falta de colchão. Parece piada.

Hoje tenho colchões espalhados por aí, e em casa, no quarto de empregada, em cima daquela bi-cama, ainda tem seis colchões.

Ufa... Perdi a conta.

Meu pai tinha razão. Aliás, não só em relação a isto. Ele também dizia que eu deveria ser mais econômica.

28/01/09

11

Meu pai dizia que eu era a pessoa com mais colchão que ele conhecia. Realmente. Tive minha primeira cama de casal em São Paulo, a qual ganhei de

presente de casamento. Quando o Edu nasceu, compramos o berço.

Depois de alguns anos, comprei de uma amiga uma caminha infantil, com colchão, lógico, para o Edu, que não queria mais dormir no berço.

Quando me mudei para Bauru, minha cama de casal ficou no apartamento em SP e comprei uma cama nova, um pouco maior. Para o Edu também compramos um quarto completo com bi-cama. Aquela caminha dele, eu dei não lembro para quem.

Após alguns anos, troquei o meu colchão, mantendo a cama, por um de mola, devido aos problemas de coluna do Paulo. Quando o Fernando nasceu, usou o berço maravilhoso e enorme que havia sido de uma das gêmeas da Nena. Ele usou durante alguns anos e o Edu continuou com sua bi-cama. O Fer, depois de alguns anos, não queria mais dormir no berço, então passou a dormir na parte de baixo da bi-cama do Edu.

Quando o Paulo passou a trabalhar em Campinas, levou aquela cama que estávamos usando e compramos uma cama box para Bauru– um colchão em cima do outro, só que o de baixo... não vou considerar.

Já andaram somando? Até aqui foram oito. Só não somei o do berço do Fer, que era emprestado.

Mudamos para Campinas. Aquela cama que estava com o Paulo voltou para Bauru e levamos para Campinas a cama box. Compramos uma bi-cama infantil para o Fer e uma cama box para o Edu. A bi-cama do Edu continuou em Bauru.

O Paulo foi trabalhar no Rio, onde ficou por 5 anos. Comprou uma cama de casal, também de mola, box, mas menor. E um colchão simples de casal, para as visitas. Quando voltou do Rio, vendeu tudo. Dois a menos.

Quando mudamos para o apartamento em que estamos morando, trouxemos algumas coisas de Bauru, incluindo aquela bi-cama do Eduardo que o Fer passou a usar. A bi-cama do Fer eu dei, mas mantive os colchões.

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10

Colchão

Page 31: Livro

Posteriormente, compramos uma cama box para o Fer e a bi-cama foi para o quartinho na área de serviço.

Eu não tenho nenhuma fixação por colchão, foi coincidência.

E ainda não acabou.

Agora, montamos um apartamento em Fortaleza, com cama box, bi-cama de solteiro e mais um colchão avulso.

Parece exagero, né? Mas foi necessário.

Não vou nem falar dos sofás, que muitas vezes foram usados por visitas... Por falta de colchão. Parece piada.

Hoje tenho colchões espalhados por aí, e em casa, no quarto de empregada, em cima daquela bi-cama, ainda tem seis colchões.

Ufa... Perdi a conta.

Meu pai tinha razão. Aliás, não só em relação a isto. Ele também dizia que eu deveria ser mais econômica.

28/01/09

11

Meu pai dizia que eu era a pessoa com mais colchão que ele conhecia. Realmente. Tive minha primeira cama de casal em São Paulo, a qual ganhei de

presente de casamento. Quando o Edu nasceu, compramos o berço.

Depois de alguns anos, comprei de uma amiga uma caminha infantil, com colchão, lógico, para o Edu, que não queria mais dormir no berço.

Quando me mudei para Bauru, minha cama de casal ficou no apartamento em SP e comprei uma cama nova, um pouco maior. Para o Edu também compramos um quarto completo com bi-cama. Aquela caminha dele, eu dei não lembro para quem.

Após alguns anos, troquei o meu colchão, mantendo a cama, por um de mola, devido aos problemas de coluna do Paulo. Quando o Fernando nasceu, usou o berço maravilhoso e enorme que havia sido de uma das gêmeas da Nena. Ele usou durante alguns anos e o Edu continuou com sua bi-cama. O Fer, depois de alguns anos, não queria mais dormir no berço, então passou a dormir na parte de baixo da bi-cama do Edu.

Quando o Paulo passou a trabalhar em Campinas, levou aquela cama que estávamos usando e compramos uma cama box para Bauru– um colchão em cima do outro, só que o de baixo... não vou considerar.

Já andaram somando? Até aqui foram oito. Só não somei o do berço do Fer, que era emprestado.

Mudamos para Campinas. Aquela cama que estava com o Paulo voltou para Bauru e levamos para Campinas a cama box. Compramos uma bi-cama infantil para o Fer e uma cama box para o Edu. A bi-cama do Edu continuou em Bauru.

O Paulo foi trabalhar no Rio, onde ficou por 5 anos. Comprou uma cama de casal, também de mola, box, mas menor. E um colchão simples de casal, para as visitas. Quando voltou do Rio, vendeu tudo. Dois a menos.

Quando mudamos para o apartamento em que estamos morando, trouxemos algumas coisas de Bauru, incluindo aquela bi-cama do Eduardo que o Fer passou a usar. A bi-cama do Fer eu dei, mas mantive os colchões.

.

10

Colchão

Page 32: Livro

12

Minhas sobrinhas, cada uma com seu jeitinho especial.

Isabela, a mais velha e, de todas, a mais engraçada.Aventureira, amorosa, um pouco “gastadeira”, distraída, tem muito medo de avião, porém, sem nenhum problema para pegar um carro e cair na estrada.Tem uma coleção de latinhas e garrafinhas da Coca-Cola, que deveria aparecer no Fantástico, pois é fantástica.Dizem que parecia fisicamente comigo quando criança, pois era loirinha, mas nós nos parecemos mais agora e, eu diria, “emocionalmente”. Temos muito em comum, muito mesmo, mas não fisicamente.Ela é bem alta, morena e absolutamente linda.

Laura, mais velha das gêmeas. De todas, a mais doce.Sensível, foi a criança mais chorona que já conheci. Só queria a mamãe!!!É a que mais tem paciência e delicadeza com as pessoas de maneira geral, não importando a idade.É extremamente responsável, inteligente e estudiosa, mas sabe intercalar os horários de estudo, até com bastante rigidez, com as horas de diversão, já que ninguém é de ferro.Já foi mais clarinha, mas hoje é alta, morena e incrivelmente linda.

Luisa, caçulinha das gêmeas e de sua família.De todas, a mais apimentada. Observadora, desde pequena sempre foi atenta a tudo. Não foi uma criança chorona, ao contrário, só observava o choro da irmã e ainda pequenininha parecia pensar: por que será que ela está chorando???Esperta, organizada e econômica, tem também um senso crítico apuradíssimo. Muito disciplinada, sabe a importância de estudar muito sem deixar, no entanto, de se divertir muito.Das minhas afilhadas morenas, querida, você é a preferida.É alta, morena e indiscutivelmente linda.

As meninas

13

Bia, tão falante quando pequena, ficou uma adolescente mais quieta, mas já voltou a ser falante e alegre. Tem um sorriso encantador, com covinha. Muito apegada à família. Adora a “Lala Isa” (como ela se referia às gêmeas quando era pequena).Sempre escreveu muitíssimo bem para sua idade. Não à toa, foi a oradora da turma na formatura.Destaca-se por onde passa por sua inteligência e beleza.De todas, a mais charmosa.Não tão alta, porém, a mais morena e maravilhosamente linda.

Helena, caçula das meninas da família. De todas, a mais sensível.Também muito apegada à família, adora festas de Natal e outras situações onde todos se reúnem. É quando se sente mais feliz e abençoada. Helena, você merece um poema:Tão linda e animada, tão sensível e organizada; é responsável e determinada e ainda charmosa e delicada. Helena, você tem um pouco de cada e ainda é ajuizada.Tem 12 anos, mas já é alta, morena e incondicionalmente linda.

Onde quer que eu esteja: Bauru, Campinas ou Fortaleza, penso sempre em vocês, tenham certeza.Para onde quer que eu viaje: Argentina, Alemanha ou... Japão, vocês estarão sempre no meu coração.

04/02/2009

Page 33: Livro

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Minhas sobrinhas, cada uma com seu jeitinho especial.

Isabela, a mais velha e, de todas, a mais engraçada.Aventureira, amorosa, um pouco “gastadeira”, distraída, tem muito medo de avião, porém, sem nenhum problema para pegar um carro e cair na estrada.Tem uma coleção de latinhas e garrafinhas da Coca-Cola, que deveria aparecer no Fantástico, pois é fantástica.Dizem que parecia fisicamente comigo quando criança, pois era loirinha, mas nós nos parecemos mais agora e, eu diria, “emocionalmente”. Temos muito em comum, muito mesmo, mas não fisicamente.Ela é bem alta, morena e absolutamente linda.

Laura, mais velha das gêmeas. De todas, a mais doce.Sensível, foi a criança mais chorona que já conheci. Só queria a mamãe!!!É a que mais tem paciência e delicadeza com as pessoas de maneira geral, não importando a idade.É extremamente responsável, inteligente e estudiosa, mas sabe intercalar os horários de estudo, até com bastante rigidez, com as horas de diversão, já que ninguém é de ferro.Já foi mais clarinha, mas hoje é alta, morena e incrivelmente linda.

Luisa, caçulinha das gêmeas e de sua família.De todas, a mais apimentada. Observadora, desde pequena sempre foi atenta a tudo. Não foi uma criança chorona, ao contrário, só observava o choro da irmã e ainda pequenininha parecia pensar: por que será que ela está chorando???Esperta, organizada e econômica, tem também um senso crítico apuradíssimo. Muito disciplinada, sabe a importância de estudar muito sem deixar, no entanto, de se divertir muito.Das minhas afilhadas morenas, querida, você é a preferida.É alta, morena e indiscutivelmente linda.

As meninas

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Bia, tão falante quando pequena, ficou uma adolescente mais quieta, mas já voltou a ser falante e alegre. Tem um sorriso encantador, com covinha. Muito apegada à família. Adora a “Lala Isa” (como ela se referia às gêmeas quando era pequena).Sempre escreveu muitíssimo bem para sua idade. Não à toa, foi a oradora da turma na formatura.Destaca-se por onde passa por sua inteligência e beleza.De todas, a mais charmosa.Não tão alta, porém, a mais morena e maravilhosamente linda.

Helena, caçula das meninas da família. De todas, a mais sensível.Também muito apegada à família, adora festas de Natal e outras situações onde todos se reúnem. É quando se sente mais feliz e abençoada. Helena, você merece um poema:Tão linda e animada, tão sensível e organizada; é responsável e determinada e ainda charmosa e delicada. Helena, você tem um pouco de cada e ainda é ajuizada.Tem 12 anos, mas já é alta, morena e incondicionalmente linda.

Onde quer que eu esteja: Bauru, Campinas ou Fortaleza, penso sempre em vocês, tenham certeza.Para onde quer que eu viaje: Argentina, Alemanha ou... Japão, vocês estarão sempre no meu coração.

04/02/2009

Page 34: Livro

Desde já eu aviso, vou ter que me rasgar em elogios:

Ricardo, meu irmão, é tudo que se pode chamar de bom. Nunca foi chato, nem ciumento, nem bravo, nem possessivo.

Minhas amigas morriam de medo dos irmãos mais velhos. Nós não.

Talvez a Cristina, quando ele a virava de ponta cabeça e andava pela casa... Mas eu e a Nena nunca tivemos motivo.

É observador, detalhista, olha tudo nos mínimos detalhes, mesmo. Muito inteligente, tem para tudo uma observação esclarecedora e pertinente. Apesar de quieto, é muito simpático e participativo em uma conversa. É educado, simples, econômico e competente.

É o meu pai escrito, na maneira caseira de ser. Puxou muito a minha mãe na facilidade para dormir. Do querido tio Rubens, além do gênio bom, o sorriso encantador.

É forte e firme, mas se derrete com os filhos, com os sobrinhos e com uma boa barra de chocolate.

Eu já o aplaudia quando era pequena ao vê-lo fazer piruetas na barra. Imagine agora. Admiro, confio, adoro.

14

Entre irmãos

15

A Nena, mais velha do que eu, é a que dá segurança a todos.

Era um pouco medrosa quando criança e me pagava para entrar primeiro na casa vazia e escura, pois tinha medo. Hoje não é mais e enfrenta tudo com extrema segurança e determinação.

Deus faz as coisas certas e deu as gêmeas a ela. Com sua organização e disciplina, fez, na época, um diário de quantas vezes mamaram, arrotaram... quantas fraldas usaram. Imaginem eu na mesma situação, ia fazer a maior confusão.

Segue esta mesma disciplina em seu competente trabalho na prefeitura, na fazenda – com a plantação do maracujá – e nas favelas.

Esforçada, econômica e dedicada a tudo que faz, acha tempo pra fazer sempre mais.

Extremamente responsável e correta, tudo que ela fizer eu assino embaixo com os olhos vendados. Confio, adoro, admiro.

A Cris, caçulinha, tem o gênio mais forte como toda caçula e ainda leonina, mas sempre nos demos absurdamente bem.

Apesar de bem mais nova, sempre tive a impressão que tínhamos a mesma idade, pois ela sempre foi esperta e eu muito ingênua. Acho que foi ela que insistiu comigo que Papai Noel não existia.

Eu magrinha e ela gordinha, eu branquinha e ela moreninha, eu boazinha e ela bravinha. Éramos tão diferentes e ainda tinha um tio que confundia o nome da gente.

É econômica e simples, mas hoje em dia anda sempre nos trinques.

Juíza competente e elogiada, mantém a tradição da família em alta.

Eu, ainda bem nova, aprendi com ela, que devia ter apenas três anos e escondia meu uniforme para que eu, ao invés de ir à aula ficasse brincando com ela, o quanto pode ser grande o amor entre irmãos. Adoro, admiro, confio.

06/02/2009

Page 35: Livro

Desde já eu aviso, vou ter que me rasgar em elogios:

Ricardo, meu irmão, é tudo que se pode chamar de bom. Nunca foi chato, nem ciumento, nem bravo, nem possessivo.

Minhas amigas morriam de medo dos irmãos mais velhos. Nós não.

Talvez a Cristina, quando ele a virava de ponta cabeça e andava pela casa... Mas eu e a Nena nunca tivemos motivo.

É observador, detalhista, olha tudo nos mínimos detalhes, mesmo. Muito inteligente, tem para tudo uma observação esclarecedora e pertinente. Apesar de quieto, é muito simpático e participativo em uma conversa. É educado, simples, econômico e competente.

É o meu pai escrito, na maneira caseira de ser. Puxou muito a minha mãe na facilidade para dormir. Do querido tio Rubens, além do gênio bom, o sorriso encantador.

É forte e firme, mas se derrete com os filhos, com os sobrinhos e com uma boa barra de chocolate.

Eu já o aplaudia quando era pequena ao vê-lo fazer piruetas na barra. Imagine agora. Admiro, confio, adoro.

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Entre irmãos

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A Nena, mais velha do que eu, é a que dá segurança a todos.

Era um pouco medrosa quando criança e me pagava para entrar primeiro na casa vazia e escura, pois tinha medo. Hoje não é mais e enfrenta tudo com extrema segurança e determinação.

Deus faz as coisas certas e deu as gêmeas a ela. Com sua organização e disciplina, fez, na época, um diário de quantas vezes mamaram, arrotaram... quantas fraldas usaram. Imaginem eu na mesma situação, ia fazer a maior confusão.

Segue esta mesma disciplina em seu competente trabalho na prefeitura, na fazenda – com a plantação do maracujá – e nas favelas.

Esforçada, econômica e dedicada a tudo que faz, acha tempo pra fazer sempre mais.

Extremamente responsável e correta, tudo que ela fizer eu assino embaixo com os olhos vendados. Confio, adoro, admiro.

A Cris, caçulinha, tem o gênio mais forte como toda caçula e ainda leonina, mas sempre nos demos absurdamente bem.

Apesar de bem mais nova, sempre tive a impressão que tínhamos a mesma idade, pois ela sempre foi esperta e eu muito ingênua. Acho que foi ela que insistiu comigo que Papai Noel não existia.

Eu magrinha e ela gordinha, eu branquinha e ela moreninha, eu boazinha e ela bravinha. Éramos tão diferentes e ainda tinha um tio que confundia o nome da gente.

É econômica e simples, mas hoje em dia anda sempre nos trinques.

Juíza competente e elogiada, mantém a tradição da família em alta.

Eu, ainda bem nova, aprendi com ela, que devia ter apenas três anos e escondia meu uniforme para que eu, ao invés de ir à aula ficasse brincando com ela, o quanto pode ser grande o amor entre irmãos. Adoro, admiro, confio.

06/02/2009

Page 36: Livro

16

Uma das maiores cidades da nação. Já passou de um milhão. Para ser mais linda, só mesmo se tivesse praia, mar... e um calçadão.Toda ela é muito arborizada. As árvores são antigas, enormes,

frondosas. E tem também daquelas com flores, maravilhosas, de todas as cores.

Não é muito fácil aprender a dirigir aqui, com suas ruas sinuosas e rótulas. Se você entra na rua errada, muitas vezes tem que dar a maior volta. Não é tão ruim... Vá admirando a paisagem.... As ruas de paralelepípedo lhe dão um charme a mais.... A cidade é bonita demais.

Dizem que o campineiro é difícil, bairrista, “crica”, talvez por ter nascido em uma cidade tão rica. Li na internet que “antigamente os cidadãos campineiros eram tão altivos e orgulhosos que na rua se comportavam como desconhecidos só para se darem a impressão de habitar uma cidade grande. No estrangeiro, quando interrogados, respondiam em primeiro lugar que eram campineiros, só depois condescendendo em declarar que eram paulistas, e a muito custo admitindo que eram brasileiros”.

Noto porém, que mesmo sendo altivos... são bons amigos. Alguns dos melhores que já encontrei na vida são daqui, mas no derby, estamos em lados opostos, eles torcem pra Ponte e eu pro Guarani.

A cidade também recebe, apesar de que com uma certa reserva, muita gente de outras cidades, e com algumas dessas pessoas queridas, fiz a maior amizade.

Moro no Cambuí, um bairro bem agitado daqui. Não preciso nem sair de casa para ver e sentir como esta cidade é movimentada, cheia de gente, viva, sensacional, porém sem o trânsito infernal da capital.

Possui excelentes restaurantes, lanchonetes, bares, pizzarias, padarias, docerias... sorveterias... Portanto, é fácil engordar, mas se isso acontecer, tem inúmeras academias e o parque Taquaral para andar ou correr.

Este parque, o Taquaral, com sua lagoa enorme, é o cartão de visitas da cidade. Quase uma praia... É bonito, democrático, lotado aos domingos e feriados.

.

Campinas, com rimas

A cidade já formou bons políticos, bons artistas... bons ferroviários!

Por aqui passam as melhores rodovias do país, aqui estão algumas das melhores escolas e indústrias do Brasil. Tem Viracopos, um aeroporto internacional, é um grande centro de pesquisas tecnológicas e tem a Unicamp, uma universidade excepcional.

Campinas tem a feirinha hippie na praça, lazer e teatro de graça... Uma vida cultural variada e intensa, e uma beleza imensa.

Nesta cidade completa, tem desde o melhor boteco da esquina ao maior shopping da América Latina!!!

08/02/2009

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Page 37: Livro

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Uma das maiores cidades da nação. Já passou de um milhão. Para ser mais linda, só mesmo se tivesse praia, mar... e um calçadão.Toda ela é muito arborizada. As árvores são antigas, enormes,

frondosas. E tem também daquelas com flores, maravilhosas, de todas as cores.

Não é muito fácil aprender a dirigir aqui, com suas ruas sinuosas e rótulas. Se você entra na rua errada, muitas vezes tem que dar a maior volta. Não é tão ruim... Vá admirando a paisagem.... As ruas de paralelepípedo lhe dão um charme a mais.... A cidade é bonita demais.

Dizem que o campineiro é difícil, bairrista, “crica”, talvez por ter nascido em uma cidade tão rica. Li na internet que “antigamente os cidadãos campineiros eram tão altivos e orgulhosos que na rua se comportavam como desconhecidos só para se darem a impressão de habitar uma cidade grande. No estrangeiro, quando interrogados, respondiam em primeiro lugar que eram campineiros, só depois condescendendo em declarar que eram paulistas, e a muito custo admitindo que eram brasileiros”.

Noto porém, que mesmo sendo altivos... são bons amigos. Alguns dos melhores que já encontrei na vida são daqui, mas no derby, estamos em lados opostos, eles torcem pra Ponte e eu pro Guarani.

A cidade também recebe, apesar de que com uma certa reserva, muita gente de outras cidades, e com algumas dessas pessoas queridas, fiz a maior amizade.

Moro no Cambuí, um bairro bem agitado daqui. Não preciso nem sair de casa para ver e sentir como esta cidade é movimentada, cheia de gente, viva, sensacional, porém sem o trânsito infernal da capital.

Possui excelentes restaurantes, lanchonetes, bares, pizzarias, padarias, docerias... sorveterias... Portanto, é fácil engordar, mas se isso acontecer, tem inúmeras academias e o parque Taquaral para andar ou correr.

Este parque, o Taquaral, com sua lagoa enorme, é o cartão de visitas da cidade. Quase uma praia... É bonito, democrático, lotado aos domingos e feriados.

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Campinas, com rimas

A cidade já formou bons políticos, bons artistas... bons ferroviários!

Por aqui passam as melhores rodovias do país, aqui estão algumas das melhores escolas e indústrias do Brasil. Tem Viracopos, um aeroporto internacional, é um grande centro de pesquisas tecnológicas e tem a Unicamp, uma universidade excepcional.

Campinas tem a feirinha hippie na praça, lazer e teatro de graça... Uma vida cultural variada e intensa, e uma beleza imensa.

Nesta cidade completa, tem desde o melhor boteco da esquina ao maior shopping da América Latina!!!

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Page 38: Livro

Os meninos, inclusive os meus

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Meus sobrinhos são morenos, altos, bonitos e geniais. E o Fer diz ainda que são muito legais:

O Henrique é engraçado, inteligente, tranquiiiiiiiiilo.Responsável, atravessa São Paulo para cumprir seus horários de estágios e faculdade. Pega ônibus, metrô, o que for, sempre de bom humor. E ainda toca piano, quando quer, com louvor.O primogênito Henrique anda agora de terno e gravata, todo chique.Ele que já foi escoteiro, agora é praticamente um engenheiro.

O Ricardo, com suas características próprias e diferentes dos demais. É muito sagaz, perspicaz. Sério, mas sabe muito bem ser engraçado, com tiradas mais irônicas, e um sorrisinho de lado. É culto, inteligente, sabe tudo o que se passa no mundo, no país, na nossa cidade, inclusive sobre as mais esquisitas invenções e curiosidades.

Fisicamente eles estão tão parecidos, que até parecem irmãos.

Agora os meus, os loiros como eu.

Edu, o único com olhos verdes, tem o cabelo rebelde, despenteado, óculos, a barba por fazer... e um rosto lindo de se ver...A Meire o chama de uva e, pensando bem, não é que é mesmo?! Pense em umas uvas verdes, da cor de seus olhos. A mudança interna que as faz passar do sabor ácido ao doce, acontece sem a gente ver. E é sempre um mistério saber como estará naquele momento. Só experimentando prá saber. Apesar de não ter estudado, eu o considero um pianista e apesar de formado em exatas, é um socialista. Complexo, excêntrico e brilhante, pode mudar de humor num instante.Além de inteligente, está tentando ser totalmente independente. Mas no quesito organização, ainda está um pouco carente.

Fer, o meu fofo, querido, gostoso. Alegre, gosta mesmo é de brincar. Muito voltado para esportes, costuma se sair bem em todos que faz.É um garoto arteiro e tem um jeitinho “maneiro”.Cada dia mais lindo, esperto e amoroso, tem um gênio estável e uma gargalhada adorável.Apesar de inteligente, não gosta muito de ler, muito menos de comer. Luta com ele mesmo por querer seguir sua própria personalidade, e ao mesmo tempo tentar imitar o irmão, sua grande paixão.É bonito demais ver ele se jogar nos braços do Edu e dizer em alto e bom som: “Edu eu te amo, você é o melhor irmão do mundo”, ou ao telefone para o pai: “papai eu te amo”. Talvez para tranquilizá-los de que não importa a distância, nem o pouco tempo que passam juntos, mesmo assim ele tem pelo pai e pelo irmão, e eu sei que é recíproco, um amor incondicional, adoração.

Como a diferença de idade entre o Fer e o Edu é muito grande, vemos por foto que na mesma idade são até parecidos, mas hoje com os onze anos que os separam, são tão diferentes tanto física quanto emocionalmente, que nem parecem irmãos. Mas são, de sangue e de coração.

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Os meninos, inclusive os meus

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Meus sobrinhos são morenos, altos, bonitos e geniais. E o Fer diz ainda que são muito legais:

O Henrique é engraçado, inteligente, tranquiiiiiiiiilo.Responsável, atravessa São Paulo para cumprir seus horários de estágios e faculdade. Pega ônibus, metrô, o que for, sempre de bom humor. E ainda toca piano, quando quer, com louvor.O primogênito Henrique anda agora de terno e gravata, todo chique.Ele que já foi escoteiro, agora é praticamente um engenheiro.

O Ricardo, com suas características próprias e diferentes dos demais. É muito sagaz, perspicaz. Sério, mas sabe muito bem ser engraçado, com tiradas mais irônicas, e um sorrisinho de lado. É culto, inteligente, sabe tudo o que se passa no mundo, no país, na nossa cidade, inclusive sobre as mais esquisitas invenções e curiosidades.

Fisicamente eles estão tão parecidos, que até parecem irmãos.

Agora os meus, os loiros como eu.

Edu, o único com olhos verdes, tem o cabelo rebelde, despenteado, óculos, a barba por fazer... e um rosto lindo de se ver...A Meire o chama de uva e, pensando bem, não é que é mesmo?! Pense em umas uvas verdes, da cor de seus olhos. A mudança interna que as faz passar do sabor ácido ao doce, acontece sem a gente ver. E é sempre um mistério saber como estará naquele momento. Só experimentando prá saber. Apesar de não ter estudado, eu o considero um pianista e apesar de formado em exatas, é um socialista. Complexo, excêntrico e brilhante, pode mudar de humor num instante.Além de inteligente, está tentando ser totalmente independente. Mas no quesito organização, ainda está um pouco carente.

Fer, o meu fofo, querido, gostoso. Alegre, gosta mesmo é de brincar. Muito voltado para esportes, costuma se sair bem em todos que faz.É um garoto arteiro e tem um jeitinho “maneiro”.Cada dia mais lindo, esperto e amoroso, tem um gênio estável e uma gargalhada adorável.Apesar de inteligente, não gosta muito de ler, muito menos de comer. Luta com ele mesmo por querer seguir sua própria personalidade, e ao mesmo tempo tentar imitar o irmão, sua grande paixão.É bonito demais ver ele se jogar nos braços do Edu e dizer em alto e bom som: “Edu eu te amo, você é o melhor irmão do mundo”, ou ao telefone para o pai: “papai eu te amo”. Talvez para tranquilizá-los de que não importa a distância, nem o pouco tempo que passam juntos, mesmo assim ele tem pelo pai e pelo irmão, e eu sei que é recíproco, um amor incondicional, adoração.

Como a diferença de idade entre o Fer e o Edu é muito grande, vemos por foto que na mesma idade são até parecidos, mas hoje com os onze anos que os separam, são tão diferentes tanto física quanto emocionalmente, que nem parecem irmãos. Mas são, de sangue e de coração.

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Page 40: Livro

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Infância

Quando eu era criança, gostava muito de ler. Me sentia a própria narizinho – do “Sítio do Picapau Amarelo” – pois ela se chamava “Lucia e tinha o nariz arrebitado”. Sofria e chorava com o livro “Meu

pé de Laranja Lima”, sentia toda a aflição que os garotos passavam em “A ilha Perdida”, curtia as aventuras de “Férias em Xangri-lá”, de Teresa Noronha, minha tia. Gostava também de pegar a enciclopédia Delta Larousse e ficar lendo palavra por palavra, e seus significados.

Enciclopédia, para os mais novos que talvez não saibam, é um conjunto de livros de consulta sobre todas as áreas ou uma área específica do conhecimento humano. Aqueles livros grossos, vermelhos ou cinzas, que tem em quase toda casa de vó.

Hoje tem internet, muito mais fácil, rápida, completa e atualizada diariamente.

Mas, naquela época, ter uma enciclopédia era absolutamente necessário. Eu queria muito ter a Barsa, achava o máximo, e quando casei, e não faz tanto tempo assim – pensando bem, faz sim – trouxemos da casa do Paulo uma Enciclopédia Barsa. Está lá na estante, usamos pouquíssimo. E trouxe da minha casa a coleção “Obras Completas de Monteiro Lobato”, meu autor preferido aos 8 anos de idade.

Eu era uma criança não muito alegre, mas também não era triste. Era, sim, muito pensativa. Lia muito e pensava sobre tudo. Tinha medo de brigar com as pessoas, principalmente meus pais, e alguém morrer e eu me arrepender. Isso é coisa pra criança se preocupar? Acho que eu era muito amadurecida para a minha idade.

Em relação à comida, já dei muito trabalho. Minha mãe tentava adivinhar alguma coisa que eu gostasse e comesse. Meu pai, muito rigoroso em relação a isso, já que eu não comia direito, me forçava a tomar muito leite. Aprendi a comer, e como bem, mas não gosto de leite até hoje.

Naquela época, eu sempre deixava um pedacinho pequeno do que eu não aguentava mais para o “anjinho”.

Hoje, depois de tantos anos, as pessoas me perguntam e eu fico pensando: de onde vem toda essa inspiração para escrever? Talvez venha das coisas que li na infância, principalmente de Monteiro Lobato.

21

Mas a Cristina me mandou um e-mail ontem falando, lindamente: “não sei não, acho que há um anjo assoprando em seu ouvido para, quem sabe, abrir novos caminhos.”

Realmente, deve ser aquele anjinho que alimentei na infância.

13/02/2009

Page 41: Livro

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Infância

Quando eu era criança, gostava muito de ler. Me sentia a própria narizinho – do “Sítio do Picapau Amarelo” – pois ela se chamava “Lucia e tinha o nariz arrebitado”. Sofria e chorava com o livro “Meu

pé de Laranja Lima”, sentia toda a aflição que os garotos passavam em “A ilha Perdida”, curtia as aventuras de “Férias em Xangri-lá”, de Teresa Noronha, minha tia. Gostava também de pegar a enciclopédia Delta Larousse e ficar lendo palavra por palavra, e seus significados.

Enciclopédia, para os mais novos que talvez não saibam, é um conjunto de livros de consulta sobre todas as áreas ou uma área específica do conhecimento humano. Aqueles livros grossos, vermelhos ou cinzas, que tem em quase toda casa de vó.

Hoje tem internet, muito mais fácil, rápida, completa e atualizada diariamente.

Mas, naquela época, ter uma enciclopédia era absolutamente necessário. Eu queria muito ter a Barsa, achava o máximo, e quando casei, e não faz tanto tempo assim – pensando bem, faz sim – trouxemos da casa do Paulo uma Enciclopédia Barsa. Está lá na estante, usamos pouquíssimo. E trouxe da minha casa a coleção “Obras Completas de Monteiro Lobato”, meu autor preferido aos 8 anos de idade.

Eu era uma criança não muito alegre, mas também não era triste. Era, sim, muito pensativa. Lia muito e pensava sobre tudo. Tinha medo de brigar com as pessoas, principalmente meus pais, e alguém morrer e eu me arrepender. Isso é coisa pra criança se preocupar? Acho que eu era muito amadurecida para a minha idade.

Em relação à comida, já dei muito trabalho. Minha mãe tentava adivinhar alguma coisa que eu gostasse e comesse. Meu pai, muito rigoroso em relação a isso, já que eu não comia direito, me forçava a tomar muito leite. Aprendi a comer, e como bem, mas não gosto de leite até hoje.

Naquela época, eu sempre deixava um pedacinho pequeno do que eu não aguentava mais para o “anjinho”.

Hoje, depois de tantos anos, as pessoas me perguntam e eu fico pensando: de onde vem toda essa inspiração para escrever? Talvez venha das coisas que li na infância, principalmente de Monteiro Lobato.

21

Mas a Cristina me mandou um e-mail ontem falando, lindamente: “não sei não, acho que há um anjo assoprando em seu ouvido para, quem sabe, abrir novos caminhos.”

Realmente, deve ser aquele anjinho que alimentei na infância.

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Page 42: Livro

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efeito. É um comércio, na verdade.

Recentemente, lançaram a escova inteligente. Que também é progressiva, mas é “ligth”, ou seja, mais leve.

Estas escovas, prometem alisar os cabelos por um tempo maior e mantê-los sem volume. Mesmo você lavando a cabeça, os cabelos secam “naturalmente” lisos, evitando assim a necessidade da escova normal, semanal, quinzenal.

Já fiz uma francesa e três progressivas, sendo uma delas, a marroquina. Quando você lava o cabelo e não faz nada, o resultado não é o mesmo de quando você faz uma escova fresquinha, mas facilita muito e não estraga o cabelo, pelo contrário. Fiz a última recentemente e estou muito safisfeita. O meu cabeleireiro Henrique me confessou o seguinte, “Sabe, que quando eu faço uma progressiva em uma mulher pela primeira vez, me sinto um ‘traficante’, pois sei que ela vai ficar ‘dependente’”. Fica mesmo!

Temos ainda nos salões de hoje em dia: escova definitiva e defrisagem, que não passam de alisamento, estes sim, quase definitivos. Duram... Definitivamente, uns oito meses. Os tratamentos, que são ótimos, meninas: cauterização, hidratação, reconstrução e choque de queratina.

E atualmente usa-se em todo bom salão: spray, pomada, musse, reparador de pontas, entre outros produtos de ponta.

E as cores pedidas são as mais variadas possíveis: prata, camomila, loiro-acinzentado, loiro-mate, erva-doce, loiro-dourado, loiro-acobreado, cor de mel, vermelho alaranjado, vermelho escuro, chocolate, castanho claro, castanho escuro, marrom glacê, preto. Ufa... E só citei algumas, ainda tem muito mais.

Neste quesito usa-se henna, tintura, tonalizante, decoloração, e as técnicas: mechas, luzes, reflexos e balaiagem, cada uma com sua vantagem.

As mulheres mudam tanto a cor dos cabelos, ora com descoloração, mechas... balaiagem, para clarear. Ora com luzes invertidas para escurecer. Ora com tintura mesmo, para mudar... Tanto que às vezes até esquecem qual a cor natural de seus

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Salão de Beleza

Esta é uma crônica para as mulheres lerem. Os homens não vão entender. Vou falar sobre os salões de beleza – antigos cabeleireiros – e sobre a

diferença entre os de antigamente e os de hoje em dia.

Antigamente, as mulheres iam ao cabeleireiro para colocar bobes ou fazer permanente com bigudins, sentavam embaixo daqueles secadores enormes, que demoravam pra caramba, passavam muito laquê. Em casa, para alisar, faziam touca, ou passavam ferro!!!

Hoje, a coisa vai muito mais além. Existe uma infinidade de opções, criações, variações. Os bigudins e o ferro foram substituídos por babyliss e a tão famosa chapinha – é muito mais levinha.

Os homens, agora, frequentam os mesmos salões que as mulheres. Talvez só os mais tradicionais continuem frequentando o barbeiro, aquele que faz barba e cabelo. Isso gera algumas situações engraçadas. Uma vez eu estava passando henna na sombrancelha – para escurecer um pouco – e encontrei no salão o professor de tênis do meu filho. Que vergonha! Por outro lado, já flagrei um prefeito de Campinas fazendo as unhas neste mesmo salão. Coisas da evolução.

Eu gosto de ir ao salão para fazer escova normal, aquela em que o cabeleireiro vai secando seu cabelo com uma escova redonda para alisá-lo. Simples, mas sensacional. Os cabelos ficam lisos e brilhantes. É incrível o poder de uma escova. Parece que até a pele melhora. Você fica, ou se sente, mais bonita, mais atraente, mais elegante, mais poderosa...

Aumenta a auto-estima, muda o humor, o astral.

Falei que os homens não iam entender...

E se vamos falar sobre escova, não é mais sobre escova de madeira, plástico ou metal.

Hoje temos escova progressiva, francesa, gradativa, marroquina, de chocolate, morango, papaya, leite, açúcar. Na verdade, todas são progressivas, só muda a essência, mas os salões sofrem a pressão das mulheres que querem sempre a última novidade. Todas fazem o mesmo

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efeito. É um comércio, na verdade.

Recentemente, lançaram a escova inteligente. Que também é progressiva, mas é “ligth”, ou seja, mais leve.

Estas escovas, prometem alisar os cabelos por um tempo maior e mantê-los sem volume. Mesmo você lavando a cabeça, os cabelos secam “naturalmente” lisos, evitando assim a necessidade da escova normal, semanal, quinzenal.

Já fiz uma francesa e três progressivas, sendo uma delas, a marroquina. Quando você lava o cabelo e não faz nada, o resultado não é o mesmo de quando você faz uma escova fresquinha, mas facilita muito e não estraga o cabelo, pelo contrário. Fiz a última recentemente e estou muito safisfeita. O meu cabeleireiro Henrique me confessou o seguinte, “Sabe, que quando eu faço uma progressiva em uma mulher pela primeira vez, me sinto um ‘traficante’, pois sei que ela vai ficar ‘dependente’”. Fica mesmo!

Temos ainda nos salões de hoje em dia: escova definitiva e defrisagem, que não passam de alisamento, estes sim, quase definitivos. Duram... Definitivamente, uns oito meses. Os tratamentos, que são ótimos, meninas: cauterização, hidratação, reconstrução e choque de queratina.

E atualmente usa-se em todo bom salão: spray, pomada, musse, reparador de pontas, entre outros produtos de ponta.

E as cores pedidas são as mais variadas possíveis: prata, camomila, loiro-acinzentado, loiro-mate, erva-doce, loiro-dourado, loiro-acobreado, cor de mel, vermelho alaranjado, vermelho escuro, chocolate, castanho claro, castanho escuro, marrom glacê, preto. Ufa... E só citei algumas, ainda tem muito mais.

Neste quesito usa-se henna, tintura, tonalizante, decoloração, e as técnicas: mechas, luzes, reflexos e balaiagem, cada uma com sua vantagem.

As mulheres mudam tanto a cor dos cabelos, ora com descoloração, mechas... balaiagem, para clarear. Ora com luzes invertidas para escurecer. Ora com tintura mesmo, para mudar... Tanto que às vezes até esquecem qual a cor natural de seus

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Salão de Beleza

Esta é uma crônica para as mulheres lerem. Os homens não vão entender. Vou falar sobre os salões de beleza – antigos cabeleireiros – e sobre a

diferença entre os de antigamente e os de hoje em dia.

Antigamente, as mulheres iam ao cabeleireiro para colocar bobes ou fazer permanente com bigudins, sentavam embaixo daqueles secadores enormes, que demoravam pra caramba, passavam muito laquê. Em casa, para alisar, faziam touca, ou passavam ferro!!!

Hoje, a coisa vai muito mais além. Existe uma infinidade de opções, criações, variações. Os bigudins e o ferro foram substituídos por babyliss e a tão famosa chapinha – é muito mais levinha.

Os homens, agora, frequentam os mesmos salões que as mulheres. Talvez só os mais tradicionais continuem frequentando o barbeiro, aquele que faz barba e cabelo. Isso gera algumas situações engraçadas. Uma vez eu estava passando henna na sombrancelha – para escurecer um pouco – e encontrei no salão o professor de tênis do meu filho. Que vergonha! Por outro lado, já flagrei um prefeito de Campinas fazendo as unhas neste mesmo salão. Coisas da evolução.

Eu gosto de ir ao salão para fazer escova normal, aquela em que o cabeleireiro vai secando seu cabelo com uma escova redonda para alisá-lo. Simples, mas sensacional. Os cabelos ficam lisos e brilhantes. É incrível o poder de uma escova. Parece que até a pele melhora. Você fica, ou se sente, mais bonita, mais atraente, mais elegante, mais poderosa...

Aumenta a auto-estima, muda o humor, o astral.

Falei que os homens não iam entender...

E se vamos falar sobre escova, não é mais sobre escova de madeira, plástico ou metal.

Hoje temos escova progressiva, francesa, gradativa, marroquina, de chocolate, morango, papaya, leite, açúcar. Na verdade, todas são progressivas, só muda a essência, mas os salões sofrem a pressão das mulheres que querem sempre a última novidade. Todas fazem o mesmo

.

Page 44: Livro

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Sem Parar

Agora que meu carro tem “Sem Parar”, está muito mais fácil.Para viajar, basta arrumar uma mala e pegar a estrada. Não esquecendo, logicamente, de colocar gasolina.

Mas, não precisa se preocupar com dinheiro... pro pedágio. “A cancela se abre automaticamente e você passa sem perder tempo, porque passa sem parar”.

Eu não tenho o costume de ter dinheiro na bolsa, então sempre que ia viajar, tinha esta preocupação. Já aconteceu de eu ter dinheiro, mas para completar um pouquinho que faltava, tinha que, dirigindo, virar a bolsa ao contrário, para tentar achar algumas moedinhas. Já passei sufoco, claro.

Outra vantagem é não parar atrás de algum sistemático no pedágio, que ao parar, desliga o carro, pega a carteira no porta luvas, abre a carteira, tira o dinheiro, pega algumas moedas no cinzeiro, paga o pedágio, recebe o troco, confere o troco, guarda na carteira, guarda o recibo, em outro compartimento da carteira, lógico, liga o carro e sai... Tudo em câmara lenta. Alguém já passou por isso???

Agora não. A gasolina, a gente coloca no cartão mesmo e é só levar um lanchinho e água para não precisar parar em posto. A não ser que alguém queira ir ao banheiro, mas para isso não é preciso ter dinheiro.

Portanto, o dinheiro vivo, não faz mais falta.

Para ir ao Shopping também, pelo menos o Iguatemi de Campinas e alguns de São Paulo. Você já entra com mais rapidez, pois a entrada para quem tem “Sem Parar” é menos movimentada e para sair não precisa ficar na fila, não precisa pagar nada.

Lógico que vem a cobrança depois, mas facilita a vida, e não é como um cartão de crédito, que por não ter que pagar na hora, nos leva às vezes a gastar um pouco mais do que deveríamos. Com o “Sem Parar”, ao contrário, a gente só gasta o estritamente necessário. Ninguém vai viajar só porque não tem que pagar o pedágio. E quanto mais você pega estrada, menos paga, pois recebe desconto na fatura.

O “Sem Parar” é aceito nas Rodovias do Estado de São Paulo e na Nova Dutra, até o Rio de Janeiro. É só colocar um TAG no seu carro e... boa viagem.

Você que viaja muito, ainda não tem o “Sem Parar”? Vá correndo colocar.

14/02/2009

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cabelos. Você lembra exatamente qual a sua cor original? Se não souber, normal...

Dizem que as mulheres não envelhecem, ficam loiras. É que para esconder os fios brancos, começam a fazer luzes, mechas ou reflexos... E aos poucos o cabelo vai clareando. Quando vemos, estão todas loiras, ou quase todas.

Os cortes antigos tinham os nomes: gatinho, joãozinho, chanel, pigmaleão, panteras... Hoje variam de acordo com as novelas e atrizes da Globo. Pedem que faça o corte igual ao do personagem da Marjorie Estiano, Giovanna Antonelli, Mariana Ximenes, Claudia Abreu, só para citar algumas. E a Fátima Bernardes, apesar de não ser de novela, também tem muita saída.

Os cabelos podem ser longos, curtos ou repicados, mas tem mulher que não gosta de ousar, teme que o marido não vá gostar.

Os penteados também tem a maior variedade. Devem agradar a mulher e também a cara-metade.

Nos salões, hoje em dia, há muito mais coisas do que só “fazer o cabelo”. Na maioria deles tem: depilação, manicure, pedicure, massagem, bronzeamento artificial, maquiagem, designer de sobrancelhas. Chique, né? Mas dói do mesmo jeito... “Dia das noivas”... Uma infinidade de coisas.

Além disso, a maioria vende roupas, lingerie, bijuterias, shampoo, condicionador, produtos de beleza... Chocolate.

Meu sonho é um dia chegar no Salão Equipe e pedir, “Henrique, quero fazer luzes invertida, na cor chocolate, fazer uma escova progressiva, de chocolate, passar no pé e mão esmalte da cor chocolate e na saída, comer uma trufa de chocolate”.

Mulher ama chocolate. Os profissionais de beleza sabem disso.

E que chocolate é bom mesmo, até os homens vão reconhecer.

E para a escova não ir por água abaixo, devo torcer para não chover...

Acho que os homens, de novo, não vão entender.

13/02/2009

Page 45: Livro

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Sem Parar

Agora que meu carro tem “Sem Parar”, está muito mais fácil.Para viajar, basta arrumar uma mala e pegar a estrada. Não esquecendo, logicamente, de colocar gasolina.

Mas, não precisa se preocupar com dinheiro... pro pedágio. “A cancela se abre automaticamente e você passa sem perder tempo, porque passa sem parar”.

Eu não tenho o costume de ter dinheiro na bolsa, então sempre que ia viajar, tinha esta preocupação. Já aconteceu de eu ter dinheiro, mas para completar um pouquinho que faltava, tinha que, dirigindo, virar a bolsa ao contrário, para tentar achar algumas moedinhas. Já passei sufoco, claro.

Outra vantagem é não parar atrás de algum sistemático no pedágio, que ao parar, desliga o carro, pega a carteira no porta luvas, abre a carteira, tira o dinheiro, pega algumas moedas no cinzeiro, paga o pedágio, recebe o troco, confere o troco, guarda na carteira, guarda o recibo, em outro compartimento da carteira, lógico, liga o carro e sai... Tudo em câmara lenta. Alguém já passou por isso???

Agora não. A gasolina, a gente coloca no cartão mesmo e é só levar um lanchinho e água para não precisar parar em posto. A não ser que alguém queira ir ao banheiro, mas para isso não é preciso ter dinheiro.

Portanto, o dinheiro vivo, não faz mais falta.

Para ir ao Shopping também, pelo menos o Iguatemi de Campinas e alguns de São Paulo. Você já entra com mais rapidez, pois a entrada para quem tem “Sem Parar” é menos movimentada e para sair não precisa ficar na fila, não precisa pagar nada.

Lógico que vem a cobrança depois, mas facilita a vida, e não é como um cartão de crédito, que por não ter que pagar na hora, nos leva às vezes a gastar um pouco mais do que deveríamos. Com o “Sem Parar”, ao contrário, a gente só gasta o estritamente necessário. Ninguém vai viajar só porque não tem que pagar o pedágio. E quanto mais você pega estrada, menos paga, pois recebe desconto na fatura.

O “Sem Parar” é aceito nas Rodovias do Estado de São Paulo e na Nova Dutra, até o Rio de Janeiro. É só colocar um TAG no seu carro e... boa viagem.

Você que viaja muito, ainda não tem o “Sem Parar”? Vá correndo colocar.

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cabelos. Você lembra exatamente qual a sua cor original? Se não souber, normal...

Dizem que as mulheres não envelhecem, ficam loiras. É que para esconder os fios brancos, começam a fazer luzes, mechas ou reflexos... E aos poucos o cabelo vai clareando. Quando vemos, estão todas loiras, ou quase todas.

Os cortes antigos tinham os nomes: gatinho, joãozinho, chanel, pigmaleão, panteras... Hoje variam de acordo com as novelas e atrizes da Globo. Pedem que faça o corte igual ao do personagem da Marjorie Estiano, Giovanna Antonelli, Mariana Ximenes, Claudia Abreu, só para citar algumas. E a Fátima Bernardes, apesar de não ser de novela, também tem muita saída.

Os cabelos podem ser longos, curtos ou repicados, mas tem mulher que não gosta de ousar, teme que o marido não vá gostar.

Os penteados também tem a maior variedade. Devem agradar a mulher e também a cara-metade.

Nos salões, hoje em dia, há muito mais coisas do que só “fazer o cabelo”. Na maioria deles tem: depilação, manicure, pedicure, massagem, bronzeamento artificial, maquiagem, designer de sobrancelhas. Chique, né? Mas dói do mesmo jeito... “Dia das noivas”... Uma infinidade de coisas.

Além disso, a maioria vende roupas, lingerie, bijuterias, shampoo, condicionador, produtos de beleza... Chocolate.

Meu sonho é um dia chegar no Salão Equipe e pedir, “Henrique, quero fazer luzes invertida, na cor chocolate, fazer uma escova progressiva, de chocolate, passar no pé e mão esmalte da cor chocolate e na saída, comer uma trufa de chocolate”.

Mulher ama chocolate. Os profissionais de beleza sabem disso.

E que chocolate é bom mesmo, até os homens vão reconhecer.

E para a escova não ir por água abaixo, devo torcer para não chover...

Acho que os homens, de novo, não vão entender.

13/02/2009

Page 46: Livro

Um grande amigo, e nem estou falando da altura. É grande nas atitudes, na preocupação com os outros, no amor pela família, na competência, na fé.

É grande também no tamanho. Muito alto e forte, tem uma presença marcante, não só por estas características, mas principalmente, pela firmeza no olhar, postura correta, segurança, simpatia e um sorriso carismático... Com covinha.

Consegue ser, ao mesmo tempo, sério e brincalhão, rigoroso e sensível, decidido, enérgico, mas a pessoa com o coração mais mole que conheço.

Muito conhecido no mercado e articulado, é citado em doze páginas da Internet em razão dos seus excelentes trabalhos, sempre em busca de resultado.

Mesmo morando distante, é muito presente para todos que tem a felicidade de fazer parte de seu rol de familiares e amigos. Tem prazer em ajudar, colaborar, agradar. E não sei hoje em dia, mas, alguns anos atrás também gostava de cozinhar.

Enfrenta tudo o que for preciso, tudo que vá contra os seus princípios. Enfrenta as injustiças, os medos, os imprevistos, sempre com aquela fé, de que falei no início.

Tufi, meu querido, você é um grande amigo de meu marido, em todos os sentidos.

Lucinha

17/02/2009

.

Shopping Tufi

26 27

r ao Shopping Iguatemi, em Campinas, naqueles “3 ½ dias de loucura”, é loucura. Para quem não sabe, o Iguatemi faz esta promoção de três dias e Imeio, de super liquidação.

Começando pela dificuldade de estacionar. Nesses dias, o movimento só perde para a época do Natal. Acho mais rápido, fácil e prático ir de taxi.

Dentro do Shopping, você não anda, é empurrada. Se depara com filas em todas as lojas e, mesmo se tiver que comprar apenas uma caneta que faltava para o material de seu filho, vai entrar numa.

Tem fila de espera para tomar café, comer qualquer coisa, ir ao caixa eletrônico e até ao banheiro.

Tem tanta coisa liquidando que você fica pensando “de que estou precisando?” E por se assustar com tanta gente nas lojas, se acotovelando, não compra nada. Menos mal? Não, você acaba voltando quando o movimento e o preço já voltaram ao normal.

Mas, no dia a dia, não ir ou não gostar de Shopping também considero loucura. Normalmente é fácil estacionar, você paga menos e tem menos riscos do que se parasse em estacionamentos na rua. Nestes lugares o carro pode ser ralado ou batido pelo manobrista, mas a culpa vai acabar sendo sempre sua.

Em um Shopping você faz de tudo, desde ver um filme, ver vitrines, até comer um lanche, comprar... biquíni. Aliás, pode-se comprar qualquer coisa, de bijuteria a jóias, de lingerie a roupas, de cachorro de verdade a jogos de video-game, dos negócios mais caros que existem aos mais baratos. Pode adquirir um colar, celular, “sem parar” e, lógico, estava esquecendo, sapatos.

Pode experimentar comida japonesa, italiana, árabe, chinesa. Comer todo tipo de lanche, pizzas, batata recheada, picanha. O milk shake do Bob's concorre com sucos energéticos naturais e adivinhe quem ganha?

Hoje a maioria dos shoppings oferece serviços de manobrista, lavanderia, consertos em geral, salão de beleza, bancos... loteria. Está tudo facilitado para você entrar no Shopping às dez da manhã e sair às cinco da tarde... sem correria.

E no ar condicionado!

Antes de ir embora, lembre-se de que se passar em um salão de beleza legal, você ainda pode sair com um novo visual.

15/02/2009

Page 47: Livro

Um grande amigo, e nem estou falando da altura. É grande nas atitudes, na preocupação com os outros, no amor pela família, na competência, na fé.

É grande também no tamanho. Muito alto e forte, tem uma presença marcante, não só por estas características, mas principalmente, pela firmeza no olhar, postura correta, segurança, simpatia e um sorriso carismático... Com covinha.

Consegue ser, ao mesmo tempo, sério e brincalhão, rigoroso e sensível, decidido, enérgico, mas a pessoa com o coração mais mole que conheço.

Muito conhecido no mercado e articulado, é citado em doze páginas da Internet em razão dos seus excelentes trabalhos, sempre em busca de resultado.

Mesmo morando distante, é muito presente para todos que tem a felicidade de fazer parte de seu rol de familiares e amigos. Tem prazer em ajudar, colaborar, agradar. E não sei hoje em dia, mas, alguns anos atrás também gostava de cozinhar.

Enfrenta tudo o que for preciso, tudo que vá contra os seus princípios. Enfrenta as injustiças, os medos, os imprevistos, sempre com aquela fé, de que falei no início.

Tufi, meu querido, você é um grande amigo de meu marido, em todos os sentidos.

Lucinha

17/02/2009

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Shopping Tufi

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r ao Shopping Iguatemi, em Campinas, naqueles “3 ½ dias de loucura”, é loucura. Para quem não sabe, o Iguatemi faz esta promoção de três dias e Imeio, de super liquidação.

Começando pela dificuldade de estacionar. Nesses dias, o movimento só perde para a época do Natal. Acho mais rápido, fácil e prático ir de taxi.

Dentro do Shopping, você não anda, é empurrada. Se depara com filas em todas as lojas e, mesmo se tiver que comprar apenas uma caneta que faltava para o material de seu filho, vai entrar numa.

Tem fila de espera para tomar café, comer qualquer coisa, ir ao caixa eletrônico e até ao banheiro.

Tem tanta coisa liquidando que você fica pensando “de que estou precisando?” E por se assustar com tanta gente nas lojas, se acotovelando, não compra nada. Menos mal? Não, você acaba voltando quando o movimento e o preço já voltaram ao normal.

Mas, no dia a dia, não ir ou não gostar de Shopping também considero loucura. Normalmente é fácil estacionar, você paga menos e tem menos riscos do que se parasse em estacionamentos na rua. Nestes lugares o carro pode ser ralado ou batido pelo manobrista, mas a culpa vai acabar sendo sempre sua.

Em um Shopping você faz de tudo, desde ver um filme, ver vitrines, até comer um lanche, comprar... biquíni. Aliás, pode-se comprar qualquer coisa, de bijuteria a jóias, de lingerie a roupas, de cachorro de verdade a jogos de video-game, dos negócios mais caros que existem aos mais baratos. Pode adquirir um colar, celular, “sem parar” e, lógico, estava esquecendo, sapatos.

Pode experimentar comida japonesa, italiana, árabe, chinesa. Comer todo tipo de lanche, pizzas, batata recheada, picanha. O milk shake do Bob's concorre com sucos energéticos naturais e adivinhe quem ganha?

Hoje a maioria dos shoppings oferece serviços de manobrista, lavanderia, consertos em geral, salão de beleza, bancos... loteria. Está tudo facilitado para você entrar no Shopping às dez da manhã e sair às cinco da tarde... sem correria.

E no ar condicionado!

Antes de ir embora, lembre-se de que se passar em um salão de beleza legal, você ainda pode sair com um novo visual.

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Faça chuva ou faça sol

Andar na rua, seja a pé, de carro, ônibus ou táxi, pode ser uma curtição. Vemos pessoas de todas as cores, com todo tipo de altura, peso, personalidade, história, credo e religião.

Nos carros parados no sinal, podemos ver as mulheres vaidosas, se maquiando, os homens atrasados, com aparelho elétrico, se barbeando e crianças no banco de trás, brincando... ou brigando.

Ainda no farol, do lado de fora dos carros, vende-se de tudo: rosas, pano de chão, carregador de celular, brinquedos. Conforme a época do ano, entram novos produtos, tais como guarda-chuva e frutas da estação. Quando tem jogo de futebol na cidade, vendem-se bandeiras, faixas, camisetas, bonés. No período das festas, o campeão de vendas é Papai Noel subindo na chaminé.

Alguns desses vendedores mereciam ganhar um prêmio, pois ficam diariamente na mesma esquina, faça chuva ou faça sol, e são muito persistentes.

Enquanto você, dirigindo seu carro, espera abrir o sinal verde, pode assistir a show de malabarismo, brigar com o cara que insiste em lavar o vidro, mesmo ele estando limpinho, dar moedinhas, comprar balinhas.

Nos dias de chuva, podemos observar os guarda-chuvas, cada um mais lindo que o outro, tem até de oncinha. Vemos pessoas correndo procurando um abrigo, outras nos pontos de ônibus, se encharcando até o umbigo.

Nos dias de sol, os cachorrinhos fazem a festa ao passear com seus donos, crianças andam de bicicleta, senhoras passeiam com a fisioterapeuta, pessoas de todas as idades fazem caminhadas.

O barulho é geral, buzinas, batidas, freadas, aceleradas.

Vemos carros de todos os tipos, cores e idades. As raríssimas Ferraris chamam tanta atenção quanto os fusquinhas 68. Aqueles carros caríssimos e lindos, conversíveis, nos fazem ter sonhos impossíveis.

Tem pessoas que dirigem cantando, chorando, falando... sozinhas.

Ao andar a pé, podemos aproveitar para ajudar alguém com dificuldade a atravessar a rua, dar informações, sorrir e cumprimentar a todos. Alguns vão

estranhar, mas faça isso.

Ao andar de carro, devemos respeitar as regras de trânsito, respeitar os pedestres e os demais motoristas. Vamos evitar buzinar à toa, vamos dar passagem, vamos manter a calma, mesmo quando pegarmos alguém bem lerdo pela frente, ou muito afoito atrás.

Ao andar de ônibus, devemos nos lembrar de dar o lugar para pessoas mais velhas ou grávidas, respeitar o motorista e o cobrador. Será que ainda tem cobrador em ônibus? Curtir o trajeto, sem ter que se importar com mais nada, somente em descer no ponto certo.

Ao andar de táxi, converse com o motorista. São pessoas informadas e conhecem como ninguém a cidade. Se for simpático e você sentir segurança, pegue seu contato, pode precisar no futuro de alguém confiável. Ao descer, não se esqueça de pegar seus óculos escuros, carteira e celular.

Eu não queria chegar nessa parte, mas andar na rua, seja de que forma for, também pode ser perigoso. Esteja atento, não ande com nada de valor, tranque as portas do carro, ao descer do ônibus olhe para os lados, procure taxistas de pontos confiáveis.

Infelizmente, esta é uma realidade.

19/02/2009

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Faça chuva ou faça sol

Andar na rua, seja a pé, de carro, ônibus ou táxi, pode ser uma curtição. Vemos pessoas de todas as cores, com todo tipo de altura, peso, personalidade, história, credo e religião.

Nos carros parados no sinal, podemos ver as mulheres vaidosas, se maquiando, os homens atrasados, com aparelho elétrico, se barbeando e crianças no banco de trás, brincando... ou brigando.

Ainda no farol, do lado de fora dos carros, vende-se de tudo: rosas, pano de chão, carregador de celular, brinquedos. Conforme a época do ano, entram novos produtos, tais como guarda-chuva e frutas da estação. Quando tem jogo de futebol na cidade, vendem-se bandeiras, faixas, camisetas, bonés. No período das festas, o campeão de vendas é Papai Noel subindo na chaminé.

Alguns desses vendedores mereciam ganhar um prêmio, pois ficam diariamente na mesma esquina, faça chuva ou faça sol, e são muito persistentes.

Enquanto você, dirigindo seu carro, espera abrir o sinal verde, pode assistir a show de malabarismo, brigar com o cara que insiste em lavar o vidro, mesmo ele estando limpinho, dar moedinhas, comprar balinhas.

Nos dias de chuva, podemos observar os guarda-chuvas, cada um mais lindo que o outro, tem até de oncinha. Vemos pessoas correndo procurando um abrigo, outras nos pontos de ônibus, se encharcando até o umbigo.

Nos dias de sol, os cachorrinhos fazem a festa ao passear com seus donos, crianças andam de bicicleta, senhoras passeiam com a fisioterapeuta, pessoas de todas as idades fazem caminhadas.

O barulho é geral, buzinas, batidas, freadas, aceleradas.

Vemos carros de todos os tipos, cores e idades. As raríssimas Ferraris chamam tanta atenção quanto os fusquinhas 68. Aqueles carros caríssimos e lindos, conversíveis, nos fazem ter sonhos impossíveis.

Tem pessoas que dirigem cantando, chorando, falando... sozinhas.

Ao andar a pé, podemos aproveitar para ajudar alguém com dificuldade a atravessar a rua, dar informações, sorrir e cumprimentar a todos. Alguns vão

estranhar, mas faça isso.

Ao andar de carro, devemos respeitar as regras de trânsito, respeitar os pedestres e os demais motoristas. Vamos evitar buzinar à toa, vamos dar passagem, vamos manter a calma, mesmo quando pegarmos alguém bem lerdo pela frente, ou muito afoito atrás.

Ao andar de ônibus, devemos nos lembrar de dar o lugar para pessoas mais velhas ou grávidas, respeitar o motorista e o cobrador. Será que ainda tem cobrador em ônibus? Curtir o trajeto, sem ter que se importar com mais nada, somente em descer no ponto certo.

Ao andar de táxi, converse com o motorista. São pessoas informadas e conhecem como ninguém a cidade. Se for simpático e você sentir segurança, pegue seu contato, pode precisar no futuro de alguém confiável. Ao descer, não se esqueça de pegar seus óculos escuros, carteira e celular.

Eu não queria chegar nessa parte, mas andar na rua, seja de que forma for, também pode ser perigoso. Esteja atento, não ande com nada de valor, tranque as portas do carro, ao descer do ônibus olhe para os lados, procure taxistas de pontos confiáveis.

Infelizmente, esta é uma realidade.

19/02/2009

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Page 50: Livro

Como estamos no domingo de carnaval, achei que era um bom tema para escrever. Sempre gostei de carnaval e durante muitos anos participei

ativamente. Tenho um tio que diz que sempre que se lembra de mim, lembra imediatamente de carnaval, ou vice-versa. Ele e a família iam a Bauru nessa época e acompanharam minhas idas aos bailes, fantasias, blocos, ressacas...

Na mesma proporção que eu bebia, algumas vezes, eu também me arrependia de ter bebido, no dia seguinte. Mas, era só o tempo de esquecer a experiência para repeti-la.

Nós nos reuníamos na casa de uma amiga, sempre com roupas iguais, formando um bloco. Entre comes e bebes íamos nos animando para chegar ao baile quando ele já estava bem agitado. Foram anos seguidos seguindo esta tradição e só tenho boas recordações. A gente esquece as ressacas...

Durante dois anos consecutivos, saímos em blocos na rua. Foi muito legal e em um deles, quando fizemos o bloco Circo Balance, ganhamos primeiro lugar na rua e no clube. Foi um bloco marcante em Bauru, naquele período.

Há alguns anos estou meio parada, só assistindo desfiles pela televisão, mas pretendo voltar à ativa. Tenho um sonho de desfilar na Sapucaí, no Rio. Pra quem já fez uma tatuagem definitiva, o que é botar uma fantasia e sair na avenida??

Adoro carnaval e admiro o trabalho das pessoas envolvidas diretamente com a festa. Eles se dedicam a uma coisa durante praticamente um ano para desfilar um único dia, sem que nada possa dar errado. É uma profissão a que eles se dedicam com paixão, o que por si só já traz um lindo resultado, independente das notas dos jurados.

Carnaval é beleza, paixão, suor, dedicação, entusiasmo.

Carnaval é alegria!!

22/02/2009

.

30 31

Carnaval Amizade

Vinícius de Moraes escreveu um texto emocionante sobre os amigos. Eu achei lindo, pois tenho uma maneira de pensar muito parecida.Vou digitá-lo sempre entre aspas, para quem ainda não conhece

possa ler, e paralelamente, escrever o que penso do assunto. Acho que é uma forma de homenagear o poeta e ao mesmo tempo falar do meu sentimento sobre o tema.

Sem dúvida, falar de amizade vai ser fácil e prazeroso. Tenho paixão pelos meus amigos e espero nunca perdê-los ou decepcioná-los.

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite rivalidade.”

Acho que a amizade é o sentimento mais difícil de definir, mas o mais fácil de sentir. Você pode conhecer alguém e, imediatamente, se tornar seu amigo. É o sentimento mais democrático que existe. Para ele, não importa idade, classe social, cor, time, raça, religião, distância. É principalmente a amizade que faz durar qualquer tipo de relacionamento, e está por trás de todo bom sentimento.

É tranqüilizador saber que em um coração cabem muitos e muitos amigos e que um não tira nem um milímetro do espaço do outro. Há espaço para todos.

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.”

A amizade é o sentimento mais complexo que existe, por envolver tantos outros, tais como: cumplicidade, fidelidade, afetividade, credibilidade, docilidade, emotividade, autenticidade, espontaneidade, honestidade, solidariedade, saudade, serenidade, seriedade, suavidade, sinceridade, lealdade, sensibilidade, verdade!!!!

É uma complexidade de sentimentos, que até rimam, resumida em um só nome. Por outro lado, é o sentimento mais simples e mais fácil de entrar em

Page 51: Livro

Como estamos no domingo de carnaval, achei que era um bom tema para escrever. Sempre gostei de carnaval e durante muitos anos participei

ativamente. Tenho um tio que diz que sempre que se lembra de mim, lembra imediatamente de carnaval, ou vice-versa. Ele e a família iam a Bauru nessa época e acompanharam minhas idas aos bailes, fantasias, blocos, ressacas...

Na mesma proporção que eu bebia, algumas vezes, eu também me arrependia de ter bebido, no dia seguinte. Mas, era só o tempo de esquecer a experiência para repeti-la.

Nós nos reuníamos na casa de uma amiga, sempre com roupas iguais, formando um bloco. Entre comes e bebes íamos nos animando para chegar ao baile quando ele já estava bem agitado. Foram anos seguidos seguindo esta tradição e só tenho boas recordações. A gente esquece as ressacas...

Durante dois anos consecutivos, saímos em blocos na rua. Foi muito legal e em um deles, quando fizemos o bloco Circo Balance, ganhamos primeiro lugar na rua e no clube. Foi um bloco marcante em Bauru, naquele período.

Há alguns anos estou meio parada, só assistindo desfiles pela televisão, mas pretendo voltar à ativa. Tenho um sonho de desfilar na Sapucaí, no Rio. Pra quem já fez uma tatuagem definitiva, o que é botar uma fantasia e sair na avenida??

Adoro carnaval e admiro o trabalho das pessoas envolvidas diretamente com a festa. Eles se dedicam a uma coisa durante praticamente um ano para desfilar um único dia, sem que nada possa dar errado. É uma profissão a que eles se dedicam com paixão, o que por si só já traz um lindo resultado, independente das notas dos jurados.

Carnaval é beleza, paixão, suor, dedicação, entusiasmo.

Carnaval é alegria!!

22/02/2009

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Carnaval Amizade

Vinícius de Moraes escreveu um texto emocionante sobre os amigos. Eu achei lindo, pois tenho uma maneira de pensar muito parecida.Vou digitá-lo sempre entre aspas, para quem ainda não conhece

possa ler, e paralelamente, escrever o que penso do assunto. Acho que é uma forma de homenagear o poeta e ao mesmo tempo falar do meu sentimento sobre o tema.

Sem dúvida, falar de amizade vai ser fácil e prazeroso. Tenho paixão pelos meus amigos e espero nunca perdê-los ou decepcioná-los.

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite rivalidade.”

Acho que a amizade é o sentimento mais difícil de definir, mas o mais fácil de sentir. Você pode conhecer alguém e, imediatamente, se tornar seu amigo. É o sentimento mais democrático que existe. Para ele, não importa idade, classe social, cor, time, raça, religião, distância. É principalmente a amizade que faz durar qualquer tipo de relacionamento, e está por trás de todo bom sentimento.

É tranqüilizador saber que em um coração cabem muitos e muitos amigos e que um não tira nem um milímetro do espaço do outro. Há espaço para todos.

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.”

A amizade é o sentimento mais complexo que existe, por envolver tantos outros, tais como: cumplicidade, fidelidade, afetividade, credibilidade, docilidade, emotividade, autenticidade, espontaneidade, honestidade, solidariedade, saudade, serenidade, seriedade, suavidade, sinceridade, lealdade, sensibilidade, verdade!!!!

É uma complexidade de sentimentos, que até rimam, resumida em um só nome. Por outro lado, é o sentimento mais simples e mais fácil de entrar em

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nosso coração, de nos fazer ceder a ele. E em sua grandiosidade e versatilidade.... Nunca vence o prazo de validade! Mas é preciso reciprocidade.

“A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.”

O mais interessante, na amizade, é que você pode adorar um amigo que conheceu outro dia, com a mesma força e intensidade daquele que é seu amigo há exatos 38 anos, por exemplo.

“Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.”

Eu costumo procurar meus amigos e declarar o quanto gosto deles, mas apesar disso, “noto que alguns não têm noção de como me são necessários”, de como são importantes pra mim. E por isso, às vezes eu insisto, insisto, insisto para encontrá-los sem esmorecer, mas talvez pensem que é porque estou sem muita coisa pra fazer.

“Se um deles morrer, eu ficaria torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. Eu me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é talvez, fruto do meu egoísmo.”

Podemos às vezes ficar anos sem ver ou falar com um amigo, mas quando o encontramos, é como se o tempo não tivesse passado. O sentimento continua o mesmo. Não há cobrança, há também liberdade na amizade.

“Por vezes mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,

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morando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!”

A amizade, quando presente em qualquer relacionamento, dá a este o suporte necessário para que ele dure e enfrente as adversidades. Por exemplo, desde que eu não chegue em casa com mais uma multa, o meu marido é também o meu melhor amigo.

“A gente não faz amigos, reconhece-os.”

A gente não faz amigos, reconhece-os, muitas vezes nos momentos em que nunca imaginaríamos que isso pudesse acontecer.

Descobri que, além de também gostar de whisky, eu tenho mais esta característica em comum com Vinícius de Moraes.

01/03/2009

Açúcar

Há cerca de quatro anos fui a uma endocrinologista, pois queria emagrecer e não estava conseguindo. Ela, após uma consulta demorada, com várias perguntas, me pesou e tirou algumas medidas,

preocupada principalmente com a cintura.

Ao final da consulta, pediu alguns exames, inclusive o de glicemia, com curva glicêmica, pois desconfiou de diabetes. Pensei “Imagina! Eu não tenho diabetes, não tenho nenhum sintoma e meu exame em jejum sempre foi normal.”

Fiz os exames, crente que eu tinha razão, mas ela que estava certa; foram detectadas alterações importantes na curva glicêmica, com uma propensão grande à diabetes, pois, pelo que entendi, a minha insulina não estava

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nosso coração, de nos fazer ceder a ele. E em sua grandiosidade e versatilidade.... Nunca vence o prazo de validade! Mas é preciso reciprocidade.

“A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.”

O mais interessante, na amizade, é que você pode adorar um amigo que conheceu outro dia, com a mesma força e intensidade daquele que é seu amigo há exatos 38 anos, por exemplo.

“Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.”

Eu costumo procurar meus amigos e declarar o quanto gosto deles, mas apesar disso, “noto que alguns não têm noção de como me são necessários”, de como são importantes pra mim. E por isso, às vezes eu insisto, insisto, insisto para encontrá-los sem esmorecer, mas talvez pensem que é porque estou sem muita coisa pra fazer.

“Se um deles morrer, eu ficaria torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. Eu me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é talvez, fruto do meu egoísmo.”

Podemos às vezes ficar anos sem ver ou falar com um amigo, mas quando o encontramos, é como se o tempo não tivesse passado. O sentimento continua o mesmo. Não há cobrança, há também liberdade na amizade.

“Por vezes mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,

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morando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!”

A amizade, quando presente em qualquer relacionamento, dá a este o suporte necessário para que ele dure e enfrente as adversidades. Por exemplo, desde que eu não chegue em casa com mais uma multa, o meu marido é também o meu melhor amigo.

“A gente não faz amigos, reconhece-os.”

A gente não faz amigos, reconhece-os, muitas vezes nos momentos em que nunca imaginaríamos que isso pudesse acontecer.

Descobri que, além de também gostar de whisky, eu tenho mais esta característica em comum com Vinícius de Moraes.

01/03/2009

Açúcar

Há cerca de quatro anos fui a uma endocrinologista, pois queria emagrecer e não estava conseguindo. Ela, após uma consulta demorada, com várias perguntas, me pesou e tirou algumas medidas,

preocupada principalmente com a cintura.

Ao final da consulta, pediu alguns exames, inclusive o de glicemia, com curva glicêmica, pois desconfiou de diabetes. Pensei “Imagina! Eu não tenho diabetes, não tenho nenhum sintoma e meu exame em jejum sempre foi normal.”

Fiz os exames, crente que eu tinha razão, mas ela que estava certa; foram detectadas alterações importantes na curva glicêmica, com uma propensão grande à diabetes, pois, pelo que entendi, a minha insulina não estava

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Na última vez que voltei a esta médica, meus exames estavam excelentes, estou me sentindo muito bem e de lá pra cá, emagreci uns cinco quilos.

Não que isto seja a verdade absoluta, mas... Hoje eu acho que o adoçante é melhor que o açúcar. É meu companheiro diário, está em quase tudo que eu gosto: adoça o café, o suco, a sobremesa, o bolo, está no refrigerante e no sorvete e, sem me fazer mal nenhum... me adoça a vida!!!

Eu acostumei com seu gosto e muitas vezes não sei diferenciar uma coisa com açúcar da mesma com adoçante, e quando consigo, é preferindo a tal coisa com adoçante. Juro.

Hoje faço em casa bolo de fubá, arroz doce, gelatina, musse de maracujá – tudo diet. Procuro ter chocolate, barrinha de cereal e bananinha diet em casa para aquelas vontades repentinas, resultado de TPM ou alguma ansiedade maior. Está tudo sob controle. Não vou negar que de vez em quando me dá uma vontade louca de comer, por exemplo, brigadeiro, doce de leite, pipoca caramelada, milk shake... Mas passa...

Tive sorte de isto tenha acontecido comigo nesta década em que existe no mercado quase tudo diet. Tudo bem que é tudo muito mais caro, mas se nesta vida tudo tem um “preço”, e se o preço neste caso é o valor em dinheiro, menos mal. E também não é nada tão exorbitante.

Hoje me sinto muito mais leve, não só em relação ao peso, mas principalmente em relação à consciência, que está tranquila. Estou fazendo o que é necessário de uma forma leve, sem stress e sem sofrimento. As pessoas que passam pela mesma situação podem ter certeza de que a vida sem açúcar pode ser extremamente bela e doce.

Não sei ao certo todas as consequências que eu teria de enfrentar se não tivesse conseguido este controle, mas sei que poderiam ser graves, no futuro.

O nome desta crônica não devia ser açúcar, mas sim adoçante. É ele que estou homenageando neste instante.

03/03/09

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trabalhando corretamente e não dava o pico necessário após as refeições, para atacar a glicose. Era necessário tratar como se fosse diabetes e, portanto, não deveria comer nada com açúcar e ainda tomar um remedinho a cada refeição.

“Como assim???”, pensei ao sair do consultório... Tudo bem tomar café com adoçante e refrigerante diet, eu já fazia isso, mas e a sobremesa nos almoços de domingo, o curau e o bolo de milho da feira, os sonhos e bombas da padaria, os bolos da Sônia... e muitas outras coisas??

Sofri muito. Não aceitava o diagnóstico, apesar de no início ter tentado aceitar e até parar de comer doce. Lutava contra e, pouco tempo depois, abandonei o tratamento. E continuei tentando emagrecer...

Após um ano e meio mais ou menos, não me sentia bem e tive alguns outros problemas de saúde; procurei outra médica, agora minha prima Stela, em Bauru, que não é endócrino, mas é uma excelente clínica além de ser cardiologista das melhores. Após vários exames, a conclusão foi a mesma: tomar o remédio nas refeições, fazer atividade física e cortar o açúcar. Tentei novamente, mas relutava em aceitar. E não conseguia emagrecer....

Depois de alguns meses e mais alguns problemas de saúde, em que uma das hipóteses seria por eu estar acima do peso ideal, fui a uma terceira médica, especialista em diabetes. Olhou todos os meus exames e pediu alguns outros. Conclusão: cortar o açúcar, tomar o remedinho e ótimo – eu já estava fazendo atividade física.

Enquanto não me convencia totalmente, fazia algumas promessas de não comer doce por um mês e, quando terminava, me acabava de tanto comer. Mas com o tempo fui perdendo a vontade. Demorou alguns meses para eu aceitar aquele diagnóstico, que era exatamente o mesmo de quatro anos atrás, mas este dia chegou. Hoje estou totalmente convencida de que isto não é o fim do mundo e que eu posso ficar muito bem sem o açúcar.

Aliás, me sinto bem melhor hoje do que quando comia doces e mais doces. Além de engordar, me dava dor de cabeça... Gerava indisposição, ansiedade... E me fazia comer mais doces. Um círculo vicioso que não me levava a lugar nenhum.

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Na última vez que voltei a esta médica, meus exames estavam excelentes, estou me sentindo muito bem e de lá pra cá, emagreci uns cinco quilos.

Não que isto seja a verdade absoluta, mas... Hoje eu acho que o adoçante é melhor que o açúcar. É meu companheiro diário, está em quase tudo que eu gosto: adoça o café, o suco, a sobremesa, o bolo, está no refrigerante e no sorvete e, sem me fazer mal nenhum... me adoça a vida!!!

Eu acostumei com seu gosto e muitas vezes não sei diferenciar uma coisa com açúcar da mesma com adoçante, e quando consigo, é preferindo a tal coisa com adoçante. Juro.

Hoje faço em casa bolo de fubá, arroz doce, gelatina, musse de maracujá – tudo diet. Procuro ter chocolate, barrinha de cereal e bananinha diet em casa para aquelas vontades repentinas, resultado de TPM ou alguma ansiedade maior. Está tudo sob controle. Não vou negar que de vez em quando me dá uma vontade louca de comer, por exemplo, brigadeiro, doce de leite, pipoca caramelada, milk shake... Mas passa...

Tive sorte de isto tenha acontecido comigo nesta década em que existe no mercado quase tudo diet. Tudo bem que é tudo muito mais caro, mas se nesta vida tudo tem um “preço”, e se o preço neste caso é o valor em dinheiro, menos mal. E também não é nada tão exorbitante.

Hoje me sinto muito mais leve, não só em relação ao peso, mas principalmente em relação à consciência, que está tranquila. Estou fazendo o que é necessário de uma forma leve, sem stress e sem sofrimento. As pessoas que passam pela mesma situação podem ter certeza de que a vida sem açúcar pode ser extremamente bela e doce.

Não sei ao certo todas as consequências que eu teria de enfrentar se não tivesse conseguido este controle, mas sei que poderiam ser graves, no futuro.

O nome desta crônica não devia ser açúcar, mas sim adoçante. É ele que estou homenageando neste instante.

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trabalhando corretamente e não dava o pico necessário após as refeições, para atacar a glicose. Era necessário tratar como se fosse diabetes e, portanto, não deveria comer nada com açúcar e ainda tomar um remedinho a cada refeição.

“Como assim???”, pensei ao sair do consultório... Tudo bem tomar café com adoçante e refrigerante diet, eu já fazia isso, mas e a sobremesa nos almoços de domingo, o curau e o bolo de milho da feira, os sonhos e bombas da padaria, os bolos da Sônia... e muitas outras coisas??

Sofri muito. Não aceitava o diagnóstico, apesar de no início ter tentado aceitar e até parar de comer doce. Lutava contra e, pouco tempo depois, abandonei o tratamento. E continuei tentando emagrecer...

Após um ano e meio mais ou menos, não me sentia bem e tive alguns outros problemas de saúde; procurei outra médica, agora minha prima Stela, em Bauru, que não é endócrino, mas é uma excelente clínica além de ser cardiologista das melhores. Após vários exames, a conclusão foi a mesma: tomar o remédio nas refeições, fazer atividade física e cortar o açúcar. Tentei novamente, mas relutava em aceitar. E não conseguia emagrecer....

Depois de alguns meses e mais alguns problemas de saúde, em que uma das hipóteses seria por eu estar acima do peso ideal, fui a uma terceira médica, especialista em diabetes. Olhou todos os meus exames e pediu alguns outros. Conclusão: cortar o açúcar, tomar o remedinho e ótimo – eu já estava fazendo atividade física.

Enquanto não me convencia totalmente, fazia algumas promessas de não comer doce por um mês e, quando terminava, me acabava de tanto comer. Mas com o tempo fui perdendo a vontade. Demorou alguns meses para eu aceitar aquele diagnóstico, que era exatamente o mesmo de quatro anos atrás, mas este dia chegou. Hoje estou totalmente convencida de que isto não é o fim do mundo e que eu posso ficar muito bem sem o açúcar.

Aliás, me sinto bem melhor hoje do que quando comia doces e mais doces. Além de engordar, me dava dor de cabeça... Gerava indisposição, ansiedade... E me fazia comer mais doces. Um círculo vicioso que não me levava a lugar nenhum.

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Elas são loiras, gostosas e geladas, mas costumam esquentar o ambiente onde estão presentes. É uma das paixões dos brasileiros.

Calma. Não vou iniciar um conto sensual.

Vou falar sobre ela, a cerveja.

É incrível o poder que ela tem de reunir pessoas ao seu redor. Quando queremos conversar com um amigo, reencontrar um antigo conhecido, bater papo, dizemos “Vamos tomar uma?”, é dela que estamos falando.

Não é tão forte a ponto de nos deixar totalmente bêbados e nem tão fraca a ponto de não nos causar nenhum efeito.

As pessoas que se rendem a ela ficam mais alegres, mais relaxadas, mais desinibidas.

De segunda a segunda, em qualquer cidade do Brasil, em qualquer bar ou restaurante, sempre há alguém sozinho ou acompanhado, tomando uma cerveja. Não entendo esta química, mas realmente, quando está muito calor, ela ajuda a refrescar, e quando frio, ajuda a esquentar. Só não se pode exagerar.

A loira gelada acompanha feijoada, peixada, ou qualquer outra coisa salgada... Com ela você aproveita melhor a noitada... Vai contar ou ouvir mais piadas... Dar muita risada, e ainda pode torcer para seu time dar uma goleada...

Dizem que há um dia dedicado a ela, que é sexta-feira, mas qualquer dia é dia, qualquer hora é hora para uma confraternização, e de tomar uma cerveja, bem gelada.

Li na internet que “... tem valor nutritivo e é fácil e rapidamente assimilada pelo organismo. Tem entre seus componentes: vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas, além do álcool, que consumido sem exagero é benéfico”.

Também li sobre um estudo realizado na Áustria, que “... a cerveja evita inflamações e doenças crônicas, tem efeito tranqüilizante sobre quem a bebe e ainda regula estados de ânimo como o humor, a ansiedade, o sono e a dor”.

.

Loira

Tem efeito diurético, e há quem diga que ela e o chope, seu irmão, curam de dor de cabeça a depressão.

Em torno dela, a mais democrática das bebidas, as conversas fluem mais fáceis, amizades são fortalecidas, acontecimentos são comemorados e brindados. Tim Tim!

03/03/2009

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Elas são loiras, gostosas e geladas, mas costumam esquentar o ambiente onde estão presentes. É uma das paixões dos brasileiros.

Calma. Não vou iniciar um conto sensual.

Vou falar sobre ela, a cerveja.

É incrível o poder que ela tem de reunir pessoas ao seu redor. Quando queremos conversar com um amigo, reencontrar um antigo conhecido, bater papo, dizemos “Vamos tomar uma?”, é dela que estamos falando.

Não é tão forte a ponto de nos deixar totalmente bêbados e nem tão fraca a ponto de não nos causar nenhum efeito.

As pessoas que se rendem a ela ficam mais alegres, mais relaxadas, mais desinibidas.

De segunda a segunda, em qualquer cidade do Brasil, em qualquer bar ou restaurante, sempre há alguém sozinho ou acompanhado, tomando uma cerveja. Não entendo esta química, mas realmente, quando está muito calor, ela ajuda a refrescar, e quando frio, ajuda a esquentar. Só não se pode exagerar.

A loira gelada acompanha feijoada, peixada, ou qualquer outra coisa salgada... Com ela você aproveita melhor a noitada... Vai contar ou ouvir mais piadas... Dar muita risada, e ainda pode torcer para seu time dar uma goleada...

Dizem que há um dia dedicado a ela, que é sexta-feira, mas qualquer dia é dia, qualquer hora é hora para uma confraternização, e de tomar uma cerveja, bem gelada.

Li na internet que “... tem valor nutritivo e é fácil e rapidamente assimilada pelo organismo. Tem entre seus componentes: vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas, além do álcool, que consumido sem exagero é benéfico”.

Também li sobre um estudo realizado na Áustria, que “... a cerveja evita inflamações e doenças crônicas, tem efeito tranqüilizante sobre quem a bebe e ainda regula estados de ânimo como o humor, a ansiedade, o sono e a dor”.

.

Loira

Tem efeito diurético, e há quem diga que ela e o chope, seu irmão, curam de dor de cabeça a depressão.

Em torno dela, a mais democrática das bebidas, as conversas fluem mais fáceis, amizades são fortalecidas, acontecimentos são comemorados e brindados. Tim Tim!

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Maria

OPaulo vive me pedindo para escrever sobre as mulheres que já trabalharam em casa. Temos histórias engraçadas, sérias, de todo tipo.

Logo que casamos, tivemos uma empregada, não me lembro seu nome, era bem negra, baixinha, não muito boa. Após algum tempo, fomos vendo que as bebidas, que ficavam em um barzinho, estavam acabando – não era eu que bebia, muito menos o Paulo – e como se não bastasse isso, um dia, depois que a bebida tinha acabado, ela tomou álcool puro. Mandei embora.

Fiquei um pouco traumatizada e pensei que seria difícil conseguir alguém de confiança em São Paulo.

Depois, mudei de apartamento e acabei conseguindo outra empregada, que se chamava Maria, era bem negra, um sorriso branquinho, muito alegre, muito boa. Quando o Edu nasceu, eu estava agoniada com receio de colocá-lo na escolinha, acabamos chamando a filha da Maria para ser sua babá. A menina se chamava Rosa, o apelido era Nena, mas a chamávamos de Táta. Apesar de ter apenas 14 anos, eu ficava tranqüila pois a mãe estava junto o tempo todo, enquanto eu trabalhava. Mas ela foi mesmo uma boa babá para o Edu. Brincava muito com o ele, de jogos de montar, mesmo porque era uma criança ainda, era calma e paciente. Quando ele fez dois anos, ela saiu, assim como a mãe. Fiquei um tempo sem chão, tendo que trabalhar o dia todo, e pegando a primeira que aparecia.

Tive uma, não lembro o nome, que tinha vindo diretamente da roça. Chegou à noite em casa, dormiu, na manhã seguinte levou o Edu a um parquinho e deixou que entrasse areia em seus olhos, chegando a machucar a córnea. Quando cheguei para o almoço, ela havia colocado na mesa os pratos e colheres, para a gente comer, que era como ela estava acostumada, coitada. Não durou um dia, não por causa da colher, mas porque era muito esquisita mesmo.

Depois tive uma que tinha vindo do Sul, toda bonitinha, cabelos pretos, pele branca, olhos azuis e algumas sardinhas no rosto. Acho que se chamava Clarice. Foi ficando durante alguns dias. Um final de semana eu fui pra Bauru com o Edu e o Paulo ficou, pois estava de plantão. Ela fingiu que estava passando mal e se jogou nos braços do Paulo. Ele percebeu, lógico e a despachou.

39

Era um sufoco você depender de uma pessoa e não conseguir ninguém de confiança. Em muitos momentos a minha mãe teve que ir pra São Paulo ficar uns dias, pois eu estava sem empregada. Até que consegui a Maria, conhecida por Mary. Uma figura! Minha vida mudou...

A Mary merecia um livro inteiro, não apenas um trecho dessa história. Quando entrou em casa pela primeira vez, era uma mulher de uns 56 anos, muito forte, sacudida, nordestina de Pernambuco. Já chegou impondo seu jeito. Não faria faxina pois tinha alergia a produtos de limpeza, só faria a limpeza básica do dia a dia. Mas... cozinhava divinamente, passava roupa melhor do que em lavanderia, era extremamente organizada e exigente. As coisas passaram a funcionar melhor em casa. Se uma torneira estivesse pingando, ela mesma chamava algum funcionário da ferrovia – ela conhecia vários que moravam na mesma vila que ela – e eles vinham, após o expediente. Ninguém negava nada para ela. Nem eu, nem o Paulo. Só gostava das coisas boas e era perfeita no que fazia. Foi muito boa pra nós durante quase 3 anos. O Paulo a adorava, eu também e o Edu nem se fala. Seu gênio não era dos mais fáceis, mas o meu era, então nos dávamos bem. Tinha muita história para contar de sua vida, e realmente daria um livro dos mais interessantes. Quem sabe???

Fomos transferidos para Bauru, e a Mary não foi conosco.

Estando em Bauru, começou meu calvário, não arrumava uma que desse certo. Se não me engano, fiquei 2 anos trocando de empregada, sem sucesso, até que a Mary voltou!!!

Que alívio, eu poderia trabalhar tranquilamente pois sabia que ela olharia tudo por mim. Porém, depois de algum tempo, 3 anos e meio mais ou menos, ela começou a ficar com o gênio muito alterado. Um dia disse assim “Se não comprar outra tábua de passar roupa melhor, eu não passo mais”, e não estava brincando. Em outro momento, eu já grávida do Fer, saí para trabalhar e pedi “Mary, faça aquele bolo de fubá, que eu gosto? Aproveita a Néia para ler a receita”. Quando cheguei e perguntei sobre o bolo, ela disse “Não fiz, não sei fazer e tenho raiva de quem sabe”, ou algo assim. O Fernando não nasceu pois não estava mesmo na hora, mas fiquei bem chateada. A partir daí, ficamos meio estremecidas, mas ela ainda ficou até o Fer completar uns 4 meses. Continuamos mantendo contato e a minha raiva passou.

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Maria

OPaulo vive me pedindo para escrever sobre as mulheres que já trabalharam em casa. Temos histórias engraçadas, sérias, de todo tipo.

Logo que casamos, tivemos uma empregada, não me lembro seu nome, era bem negra, baixinha, não muito boa. Após algum tempo, fomos vendo que as bebidas, que ficavam em um barzinho, estavam acabando – não era eu que bebia, muito menos o Paulo – e como se não bastasse isso, um dia, depois que a bebida tinha acabado, ela tomou álcool puro. Mandei embora.

Fiquei um pouco traumatizada e pensei que seria difícil conseguir alguém de confiança em São Paulo.

Depois, mudei de apartamento e acabei conseguindo outra empregada, que se chamava Maria, era bem negra, um sorriso branquinho, muito alegre, muito boa. Quando o Edu nasceu, eu estava agoniada com receio de colocá-lo na escolinha, acabamos chamando a filha da Maria para ser sua babá. A menina se chamava Rosa, o apelido era Nena, mas a chamávamos de Táta. Apesar de ter apenas 14 anos, eu ficava tranqüila pois a mãe estava junto o tempo todo, enquanto eu trabalhava. Mas ela foi mesmo uma boa babá para o Edu. Brincava muito com o ele, de jogos de montar, mesmo porque era uma criança ainda, era calma e paciente. Quando ele fez dois anos, ela saiu, assim como a mãe. Fiquei um tempo sem chão, tendo que trabalhar o dia todo, e pegando a primeira que aparecia.

Tive uma, não lembro o nome, que tinha vindo diretamente da roça. Chegou à noite em casa, dormiu, na manhã seguinte levou o Edu a um parquinho e deixou que entrasse areia em seus olhos, chegando a machucar a córnea. Quando cheguei para o almoço, ela havia colocado na mesa os pratos e colheres, para a gente comer, que era como ela estava acostumada, coitada. Não durou um dia, não por causa da colher, mas porque era muito esquisita mesmo.

Depois tive uma que tinha vindo do Sul, toda bonitinha, cabelos pretos, pele branca, olhos azuis e algumas sardinhas no rosto. Acho que se chamava Clarice. Foi ficando durante alguns dias. Um final de semana eu fui pra Bauru com o Edu e o Paulo ficou, pois estava de plantão. Ela fingiu que estava passando mal e se jogou nos braços do Paulo. Ele percebeu, lógico e a despachou.

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Era um sufoco você depender de uma pessoa e não conseguir ninguém de confiança. Em muitos momentos a minha mãe teve que ir pra São Paulo ficar uns dias, pois eu estava sem empregada. Até que consegui a Maria, conhecida por Mary. Uma figura! Minha vida mudou...

A Mary merecia um livro inteiro, não apenas um trecho dessa história. Quando entrou em casa pela primeira vez, era uma mulher de uns 56 anos, muito forte, sacudida, nordestina de Pernambuco. Já chegou impondo seu jeito. Não faria faxina pois tinha alergia a produtos de limpeza, só faria a limpeza básica do dia a dia. Mas... cozinhava divinamente, passava roupa melhor do que em lavanderia, era extremamente organizada e exigente. As coisas passaram a funcionar melhor em casa. Se uma torneira estivesse pingando, ela mesma chamava algum funcionário da ferrovia – ela conhecia vários que moravam na mesma vila que ela – e eles vinham, após o expediente. Ninguém negava nada para ela. Nem eu, nem o Paulo. Só gostava das coisas boas e era perfeita no que fazia. Foi muito boa pra nós durante quase 3 anos. O Paulo a adorava, eu também e o Edu nem se fala. Seu gênio não era dos mais fáceis, mas o meu era, então nos dávamos bem. Tinha muita história para contar de sua vida, e realmente daria um livro dos mais interessantes. Quem sabe???

Fomos transferidos para Bauru, e a Mary não foi conosco.

Estando em Bauru, começou meu calvário, não arrumava uma que desse certo. Se não me engano, fiquei 2 anos trocando de empregada, sem sucesso, até que a Mary voltou!!!

Que alívio, eu poderia trabalhar tranquilamente pois sabia que ela olharia tudo por mim. Porém, depois de algum tempo, 3 anos e meio mais ou menos, ela começou a ficar com o gênio muito alterado. Um dia disse assim “Se não comprar outra tábua de passar roupa melhor, eu não passo mais”, e não estava brincando. Em outro momento, eu já grávida do Fer, saí para trabalhar e pedi “Mary, faça aquele bolo de fubá, que eu gosto? Aproveita a Néia para ler a receita”. Quando cheguei e perguntei sobre o bolo, ela disse “Não fiz, não sei fazer e tenho raiva de quem sabe”, ou algo assim. O Fernando não nasceu pois não estava mesmo na hora, mas fiquei bem chateada. A partir daí, ficamos meio estremecidas, mas ela ainda ficou até o Fer completar uns 4 meses. Continuamos mantendo contato e a minha raiva passou.

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Depois dela, tive a Néia, que antes era faxineira, boazinha, não me lembro o motivo que a levou a sair; a Marilda, que era boazinha, mas devagar quase parando; a Marinete, sua imã, que além de ser meio estabanada, tomava dois litros de leite por dia, um prejuízo.

Nesse momento entrou em casa a Maria, conhecida por Cacá. Quanta Maria, né? As melhores se chamavam Maria. A Cacá chegou e também me ajudou muito. Ela é baixinha, clarinha, ótima, rápida, engraçada. Já naquela época queria por toda lei se separar do marido, o Joãozinho, mas nunca conseguia. Logo após ela entrar em casa, peguei sua sobrinha Fabiana, que chamávamos de Tatá, para babá do Fer.

Foi um período tranqüilo. Quando o Fer tinha quase 2 anos, a Táta saiu e a Cacá cuidava do Fer e da casa.

Quando o Fer fez 3 anos, eu passei a trabalhar em Campinas; o Paulo já estava lá. A Cacá e uma senhora chamada Maria, também, se revezavam em casa, com o Fer e o Edu. Uma saía as 7 horas da manhã, quando a outra estava entrando. Deu tudo certo, por seis meses ficamos assim, até que todos foram para Campinas. A Cacá passou a trabalhar na minha irmã e está lá até hoje. O Fer já está maior que ela.

Em Campinas, tive uma que se chamava Adriana, parecia manequim, linda, doce, alegre. Fazia aniversário no mesmo dia que eu. Ficou pouco tempo pois saiu para ser gerente de uma loja, de tão boa que era. Já perdi o contato, mas lembro dela com muito carinho.

Daí, entrou a Fátima, evangélica daquelas que usam saia até o pé, e cabelo idem. Tinha um rosto muito simpático e fiquei um tempo bem contente com seu serviço, apesar de que queria convencer todos lá em casa, inclusive minha mãe, a se tornarem evangélicos como ela. Após um tempo, engravidou e virou do avesso. Teve vários problemas durante a gravidez, inclusive depressão, agressividade, e eu não tinha mais coragem de deixar o Fernando com ela.

Neste momento e em vários outros, quem me salvou foi a Mary, que vinha e ficava um tempo em casa até que as coisas voltassem ao normal.

Teve um período em que eu estava com a Fátima, já afastada para ter o filho, a Mary para quebrar o galho e entrando em casa a Sônia... Maria. Outra Maria,

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apesar de só ser conhecida por Sônia.

Ela está trabalhando em casa há quase sete anos. Já tive algumas dificuldades com a Sônia, por exemplo, quanto ao horário, mas hoje estamos em perfeita harmonia. Cozinha divinamente... também. É alegre, alto astral, tem duas filhas. A menor chama-se Maria Fernanda e nasceu no mesmo dia do Fernando. É uma fofa. Todos a chamam de Maria!!!! A maior chama-se Beatriz e pode ser modelo de tão linda. A Sônia é uma excelente mãe e em alguns casos também pai para suas filhas. Sabe ser rigorosa, carinhosa e cuidadosa, tudo nos momentos certos.

Ela é uma amiga, e como amigas, nos ajudamos muito. Faz uns bolos divinos... Bom, tudo que ela faz é maravilhoso. Gosta de uma festa... Como eu, acho que por isso nos damos tão bem.

Hoje, tenho como amigas: a Mary, que mora em São Paulo, mas que faz parte da minha família. Continua com seu gênio difícil, mas nos adoramos. Acho que ela ama principalmente o Edu, como se fosse um neto.

A Cacá, que enfim, depois de anos, conseguiu se separar do Joãozinho e está bem. Sempre nos falamos, gosto muito dela. Acho que ela ama principalmente o Fer como se fosse um filho.

A Sônia, que como o “adoçante”, é minha companheira diária. Acompanhamos cada uma a vida da outra, em detalhes. Já teve alguns probleminhas comigo e com o Fer, mas hoje estamos “in love”.

Acostumei com o fato de o Edu ter saído de casa já há algum tempo e só poder falar com ele quando ele quer, só vê-lo quando vem, eventualmente, almoçar ou jantar, por saber que está bem.

Acostumei com o Paulo, por várias vezes, morar em outra cidade, outro estado, e vê-lo nos finais de semana, e mais recentemente nos feriados prolongados, pois sei que também está bem e que profissionalmente foi necessário.

Mas seria difícil pra mim e pro Fer neste momento, em que estamos só nós dois, ficarmos sem a Sônia. Pretendo que ela continue sempre comigo e rezo por sua saúde, para que continue sempre nos ensinando com seu otimismo, e nos alegrando com seu incondicional bom humor.

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Depois dela, tive a Néia, que antes era faxineira, boazinha, não me lembro o motivo que a levou a sair; a Marilda, que era boazinha, mas devagar quase parando; a Marinete, sua imã, que além de ser meio estabanada, tomava dois litros de leite por dia, um prejuízo.

Nesse momento entrou em casa a Maria, conhecida por Cacá. Quanta Maria, né? As melhores se chamavam Maria. A Cacá chegou e também me ajudou muito. Ela é baixinha, clarinha, ótima, rápida, engraçada. Já naquela época queria por toda lei se separar do marido, o Joãozinho, mas nunca conseguia. Logo após ela entrar em casa, peguei sua sobrinha Fabiana, que chamávamos de Tatá, para babá do Fer.

Foi um período tranqüilo. Quando o Fer tinha quase 2 anos, a Táta saiu e a Cacá cuidava do Fer e da casa.

Quando o Fer fez 3 anos, eu passei a trabalhar em Campinas; o Paulo já estava lá. A Cacá e uma senhora chamada Maria, também, se revezavam em casa, com o Fer e o Edu. Uma saía as 7 horas da manhã, quando a outra estava entrando. Deu tudo certo, por seis meses ficamos assim, até que todos foram para Campinas. A Cacá passou a trabalhar na minha irmã e está lá até hoje. O Fer já está maior que ela.

Em Campinas, tive uma que se chamava Adriana, parecia manequim, linda, doce, alegre. Fazia aniversário no mesmo dia que eu. Ficou pouco tempo pois saiu para ser gerente de uma loja, de tão boa que era. Já perdi o contato, mas lembro dela com muito carinho.

Daí, entrou a Fátima, evangélica daquelas que usam saia até o pé, e cabelo idem. Tinha um rosto muito simpático e fiquei um tempo bem contente com seu serviço, apesar de que queria convencer todos lá em casa, inclusive minha mãe, a se tornarem evangélicos como ela. Após um tempo, engravidou e virou do avesso. Teve vários problemas durante a gravidez, inclusive depressão, agressividade, e eu não tinha mais coragem de deixar o Fernando com ela.

Neste momento e em vários outros, quem me salvou foi a Mary, que vinha e ficava um tempo em casa até que as coisas voltassem ao normal.

Teve um período em que eu estava com a Fátima, já afastada para ter o filho, a Mary para quebrar o galho e entrando em casa a Sônia... Maria. Outra Maria,

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apesar de só ser conhecida por Sônia.

Ela está trabalhando em casa há quase sete anos. Já tive algumas dificuldades com a Sônia, por exemplo, quanto ao horário, mas hoje estamos em perfeita harmonia. Cozinha divinamente... também. É alegre, alto astral, tem duas filhas. A menor chama-se Maria Fernanda e nasceu no mesmo dia do Fernando. É uma fofa. Todos a chamam de Maria!!!! A maior chama-se Beatriz e pode ser modelo de tão linda. A Sônia é uma excelente mãe e em alguns casos também pai para suas filhas. Sabe ser rigorosa, carinhosa e cuidadosa, tudo nos momentos certos.

Ela é uma amiga, e como amigas, nos ajudamos muito. Faz uns bolos divinos... Bom, tudo que ela faz é maravilhoso. Gosta de uma festa... Como eu, acho que por isso nos damos tão bem.

Hoje, tenho como amigas: a Mary, que mora em São Paulo, mas que faz parte da minha família. Continua com seu gênio difícil, mas nos adoramos. Acho que ela ama principalmente o Edu, como se fosse um neto.

A Cacá, que enfim, depois de anos, conseguiu se separar do Joãozinho e está bem. Sempre nos falamos, gosto muito dela. Acho que ela ama principalmente o Fer como se fosse um filho.

A Sônia, que como o “adoçante”, é minha companheira diária. Acompanhamos cada uma a vida da outra, em detalhes. Já teve alguns probleminhas comigo e com o Fer, mas hoje estamos “in love”.

Acostumei com o fato de o Edu ter saído de casa já há algum tempo e só poder falar com ele quando ele quer, só vê-lo quando vem, eventualmente, almoçar ou jantar, por saber que está bem.

Acostumei com o Paulo, por várias vezes, morar em outra cidade, outro estado, e vê-lo nos finais de semana, e mais recentemente nos feriados prolongados, pois sei que também está bem e que profissionalmente foi necessário.

Mas seria difícil pra mim e pro Fer neste momento, em que estamos só nós dois, ficarmos sem a Sônia. Pretendo que ela continue sempre comigo e rezo por sua saúde, para que continue sempre nos ensinando com seu otimismo, e nos alegrando com seu incondicional bom humor.

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Tio Rubens

Émuito difícil falar do tio Rubens, principalmente sem chorar.É muita responsabilidade falar dele, correndo o risco de me esquecer de citar algumas de suas inúmeras e enormes qualidades.

Era lindo, em todos os sentidos, mas vamos começar pela beleza física. Alto, magro, elegante, charmoso – em qualquer situação, em qualquer idade – tinha um olhar meigo, doce, um sorriso encantador, cabelos grisalhos, parece que desde sempre, lindo. Parecia um artista!

Por ser tão lindo e charmoso, nem precisaria ser tão simpático, agradável, amigo, companheiro, mas era tudo isso e muito mais.

Era um dos tios que quando eu era criança, vinha em casa para nos visitar e tirava fotos nossas, várias, ainda em preto e branco, belas fotos. Que fotógrafo lindo, não é? Sorte nossa.

Quando eu fiz a primeira comunhão, aos dez anos, ele não estava presente, mas alguns dias depois, estando em Bauru, fez questão de ir à minha casa, com sua máquina super potente para a época e tirar fotos minhas com a roupa que usei no dia, em várias poses. Nesta época as fotos já eram coloridas. Eu me senti uma modelo!

Eu com aquela roupa de santa, vestido comprido, todo branco, mas na verdade o santo foi ele, de fazer isto pela minha mãe e por mim. Saudades dele!!

Neste parágrafo, vou incluir outro tio muitíssimo querido, tio Giba, que junto com tio Rubens faziam as vezes lá em casa, em relação a fotos.

Tio Rubens era bom, até onde vocês podem imaginar que isso seja possível. Era bom com absolutamente todas as pessoas, sendo elas boas ou não. Sua bondade era tão grande que transbordava, saía pelos poros e, assim, ele não percebia maldade ao seu lado.

Sua gentileza era um traço marcante para todos que o conheceram. Era distinto, amável, agradável, de uma lisura inabalável e honesto, ou seja, sua beleza interior foi capaz de superar a beleza física que já era de chamar a atenção.

Bauruense, também em Bauru formou-se e casou-se. Nem todos de Bauru o conheceram, pois teve que sair da cidade seguindo sua profissão. Porém, quem teve o prazer de conviver com ele sabe do que estou falando.

Atuou durante muitos anos como Juiz da Infância e Juventude, em Campinas e

“do Adolescente, que inaugurou um novo olhar da sociedade brasileira sobre a infância e juventude – no caso, ao considerar as crianças e os jovens como sujeitos de direitos”, descreveu José Pedro Martins, jornalista e escritor em seu texto "Elegância Pura" que foi publicado no Correio Popular de Campinas. Entre tantas outras atividades que exerceu, era também Conselheiro da FEAC, em Campinas. Aposentou-se como desembargador. Um orgulho para Bauru, sua cidade natal!

Apaixonadíssimo pela mulher, filhos e netinhas, era antes de tudo... feliz! Foi também um pai para o genro, sobrinhos e pessoas que trabalharam para ele ou com ele.

Acho que trabalhar com ele era prazeroso, divertido, tranqüilo. Mesmo tendo problemas, como todos têm, ele não admitia passar isso aos outros. Muitas vezes acho que sofria sozinho, para não incomodar e não preocupar ninguém.

Foi excelente em todos os seus papéis: filho, irmão, marido, pai, avô, sogro, amigo, tio, juiz... rotariano! Tomou posse, pela segunda vez, como presidente do Rotary Club de Campinas Norte em 2008 – durante a festiva de comemoração de cinqüentenário do clube – para o período 2008/2009. Participava deste clube desde 28/10/1992, e foi agraciado com o título de companheiro Paul Harris.

Fico aqui pensando se tinha algum defeito. Perguntei ao meu filho de onze anos “Será que o Tio Rubens tinha algum defeito?” Ele pensou um pouco e respondeu “Ele fumava, mãe”. É isso. Não que seja exatamente um defeito, mas mesmo que eu tente, não vou arrumar outro.

Lembrei-me que ele nasceu em nove de julho e percebi a afinidade que tenho com as pessoas deste mês, sejam eles leoninos ou cancerianos. Meus dois filhos são de julho, além de uma irmã, alguns amigos e primos queridos. Lembro-me especialmente de um primo, Maninho, que também nasceu em nove de julho, como o Tio Rubens e era como um irmão. Carrego os dois para sempre em minha memória e em meu coração!

Tio, eu sinto saudades e gratidão, não só pelo que representou para mim, mas para todos da nossa família.

Meu fotógrafo! Meu consultor! Meu advogado! Meu amigo!!

24/03/2009

Foi um visionário, muito antes da entrada em vigor do Estatuto da Criança e

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Tio Rubens

Émuito difícil falar do tio Rubens, principalmente sem chorar.É muita responsabilidade falar dele, correndo o risco de me esquecer de citar algumas de suas inúmeras e enormes qualidades.

Era lindo, em todos os sentidos, mas vamos começar pela beleza física. Alto, magro, elegante, charmoso – em qualquer situação, em qualquer idade – tinha um olhar meigo, doce, um sorriso encantador, cabelos grisalhos, parece que desde sempre, lindo. Parecia um artista!

Por ser tão lindo e charmoso, nem precisaria ser tão simpático, agradável, amigo, companheiro, mas era tudo isso e muito mais.

Era um dos tios que quando eu era criança, vinha em casa para nos visitar e tirava fotos nossas, várias, ainda em preto e branco, belas fotos. Que fotógrafo lindo, não é? Sorte nossa.

Quando eu fiz a primeira comunhão, aos dez anos, ele não estava presente, mas alguns dias depois, estando em Bauru, fez questão de ir à minha casa, com sua máquina super potente para a época e tirar fotos minhas com a roupa que usei no dia, em várias poses. Nesta época as fotos já eram coloridas. Eu me senti uma modelo!

Eu com aquela roupa de santa, vestido comprido, todo branco, mas na verdade o santo foi ele, de fazer isto pela minha mãe e por mim. Saudades dele!!

Neste parágrafo, vou incluir outro tio muitíssimo querido, tio Giba, que junto com tio Rubens faziam as vezes lá em casa, em relação a fotos.

Tio Rubens era bom, até onde vocês podem imaginar que isso seja possível. Era bom com absolutamente todas as pessoas, sendo elas boas ou não. Sua bondade era tão grande que transbordava, saía pelos poros e, assim, ele não percebia maldade ao seu lado.

Sua gentileza era um traço marcante para todos que o conheceram. Era distinto, amável, agradável, de uma lisura inabalável e honesto, ou seja, sua beleza interior foi capaz de superar a beleza física que já era de chamar a atenção.

Bauruense, também em Bauru formou-se e casou-se. Nem todos de Bauru o conheceram, pois teve que sair da cidade seguindo sua profissão. Porém, quem teve o prazer de conviver com ele sabe do que estou falando.

Atuou durante muitos anos como Juiz da Infância e Juventude, em Campinas e

“do Adolescente, que inaugurou um novo olhar da sociedade brasileira sobre a infância e juventude – no caso, ao considerar as crianças e os jovens como sujeitos de direitos”, descreveu José Pedro Martins, jornalista e escritor em seu texto "Elegância Pura" que foi publicado no Correio Popular de Campinas. Entre tantas outras atividades que exerceu, era também Conselheiro da FEAC, em Campinas. Aposentou-se como desembargador. Um orgulho para Bauru, sua cidade natal!

Apaixonadíssimo pela mulher, filhos e netinhas, era antes de tudo... feliz! Foi também um pai para o genro, sobrinhos e pessoas que trabalharam para ele ou com ele.

Acho que trabalhar com ele era prazeroso, divertido, tranqüilo. Mesmo tendo problemas, como todos têm, ele não admitia passar isso aos outros. Muitas vezes acho que sofria sozinho, para não incomodar e não preocupar ninguém.

Foi excelente em todos os seus papéis: filho, irmão, marido, pai, avô, sogro, amigo, tio, juiz... rotariano! Tomou posse, pela segunda vez, como presidente do Rotary Club de Campinas Norte em 2008 – durante a festiva de comemoração de cinqüentenário do clube – para o período 2008/2009. Participava deste clube desde 28/10/1992, e foi agraciado com o título de companheiro Paul Harris.

Fico aqui pensando se tinha algum defeito. Perguntei ao meu filho de onze anos “Será que o Tio Rubens tinha algum defeito?” Ele pensou um pouco e respondeu “Ele fumava, mãe”. É isso. Não que seja exatamente um defeito, mas mesmo que eu tente, não vou arrumar outro.

Lembrei-me que ele nasceu em nove de julho e percebi a afinidade que tenho com as pessoas deste mês, sejam eles leoninos ou cancerianos. Meus dois filhos são de julho, além de uma irmã, alguns amigos e primos queridos. Lembro-me especialmente de um primo, Maninho, que também nasceu em nove de julho, como o Tio Rubens e era como um irmão. Carrego os dois para sempre em minha memória e em meu coração!

Tio, eu sinto saudades e gratidão, não só pelo que representou para mim, mas para todos da nossa família.

Meu fotógrafo! Meu consultor! Meu advogado! Meu amigo!!

24/03/2009

Foi um visionário, muito antes da entrada em vigor do Estatuto da Criança e

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Page 64: Livro

Quando te conheci, você não tinha dezoito anos e acho incrível a afinidade que tivemos desde então. Isto deve fazer uns trinta e dois anos, e tirando o fato de você ter engordado um pouco (muito, vai)

de lá pra cá, não mudou nada.

É dinâmico, agitado, impulsivo, entusiasmado e adora desafios. Mas consegue parar tudo que está fazendo, se for preciso dar atenção especial para alguém que esteja precisando. É também simples, simpático, carinhoso, um “gentleman”.

Nesses anos todos de convivência, eu sempre me surpreendo com você, de maneira positiva. Preocupa-se muito mais com os outros do que com você mesmo. É altruísta.

Tenho certeza que se eu ou um de meus filhos precisasse de alguma coisa, em Manaus, por exemplo, você pegaria a moto ou o carro e iria buscar. Fique tranqüilo, eu não vou te pedir nada desse tipo. Mas tenho esta certeza!

Agradeço por ser você o padrinho do Edu. Agradeço por ser eu a madrinha da Marina.

Depois do meu pai, marido, irmão e filhos você é o homem mais importante da minha vida.

Adoro sua mulher, adoro seus filhos, adoro sua família... Toda. E acho que nem precisaria dizer, de tão óbvio... Adoro você!

Parabéns Luiz!!! Que Deus continue te acompanhando e te protegendo em todos os dias de sua vida. Que Ele te deixe bem atento para não tomar mais nenhum contraste e menos ousado, para não fazer nada perigoso, que te cause algum desgaste.

Lucita, Lu

04/04/2009

Você é um ariano típico. Os arianos enxergam a vida e cada tarefa que aparece em seu caminho como uma missão, uma causa, uma batalha que não pode ter outro

vencedor a não ser ele mesmo.

E você é exatamente assim. Em todas as atividades que se propõe a fazer, desde ir à feira aos sábados, quando está em Campinas, a dirigir uma empresa com enormes problemas, buscando exaustivamente as soluções, é exatamente assim.

No caso da feira, faz disso uma missão que não pode ser adiada de maneira alguma. Para o que estiver fazendo para cumprir esta tarefa, e se alguém lhe arrumar outro compromisso para aquele horário, vai ter que ouvir. Compra muita coisa na feira, o que é bem legal, mas muitas vezes viaja no dia seguinte nos deixando com a “missão” de comer absolutamente tudo durante a semana. Seria ótimo, se não fosse determinado por você como uma obrigação.

No caso das empresas em que trabalhou, analisa cada aspecto das atividades que será responsável, e de forma criativa arranja soluções para todas. Para colocá-las em prática, no entanto, sofre com funcionários nem sempre tão motivados e dedicados quanto você.

É determinado, idealista, enérgico. Tem força, visão, coragem.

É inventivo, espirituoso e portador de rapidez mental. Apreciador de desafios está sempre à procura de novas aventuras e novas metas.

Como bom ariano, você é bem sucedido e costuma se sair bem em qualquer serviço em que atua. Você é tão dedicado, incansável, perfeccionista em suas atividades profissionais, que tudo que colhe é nada mais, nada menos, do que o que realmente plantou.

Paixão é a palavra que melhor define os arianos. São tão agitados e emocionais na defesa de suas opiniões que muitas vezes parece que estão brigando. Quando eles acham que tem razão, nada pode impedi-los de dizer tudo que passa em suas mentes, mesmo que possam se arrepender mais tarde.

.

Luiz Paulo

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Page 65: Livro

Quando te conheci, você não tinha dezoito anos e acho incrível a afinidade que tivemos desde então. Isto deve fazer uns trinta e dois anos, e tirando o fato de você ter engordado um pouco (muito, vai)

de lá pra cá, não mudou nada.

É dinâmico, agitado, impulsivo, entusiasmado e adora desafios. Mas consegue parar tudo que está fazendo, se for preciso dar atenção especial para alguém que esteja precisando. É também simples, simpático, carinhoso, um “gentleman”.

Nesses anos todos de convivência, eu sempre me surpreendo com você, de maneira positiva. Preocupa-se muito mais com os outros do que com você mesmo. É altruísta.

Tenho certeza que se eu ou um de meus filhos precisasse de alguma coisa, em Manaus, por exemplo, você pegaria a moto ou o carro e iria buscar. Fique tranqüilo, eu não vou te pedir nada desse tipo. Mas tenho esta certeza!

Agradeço por ser você o padrinho do Edu. Agradeço por ser eu a madrinha da Marina.

Depois do meu pai, marido, irmão e filhos você é o homem mais importante da minha vida.

Adoro sua mulher, adoro seus filhos, adoro sua família... Toda. E acho que nem precisaria dizer, de tão óbvio... Adoro você!

Parabéns Luiz!!! Que Deus continue te acompanhando e te protegendo em todos os dias de sua vida. Que Ele te deixe bem atento para não tomar mais nenhum contraste e menos ousado, para não fazer nada perigoso, que te cause algum desgaste.

Lucita, Lu

04/04/2009

Você é um ariano típico. Os arianos enxergam a vida e cada tarefa que aparece em seu caminho como uma missão, uma causa, uma batalha que não pode ter outro

vencedor a não ser ele mesmo.

E você é exatamente assim. Em todas as atividades que se propõe a fazer, desde ir à feira aos sábados, quando está em Campinas, a dirigir uma empresa com enormes problemas, buscando exaustivamente as soluções, é exatamente assim.

No caso da feira, faz disso uma missão que não pode ser adiada de maneira alguma. Para o que estiver fazendo para cumprir esta tarefa, e se alguém lhe arrumar outro compromisso para aquele horário, vai ter que ouvir. Compra muita coisa na feira, o que é bem legal, mas muitas vezes viaja no dia seguinte nos deixando com a “missão” de comer absolutamente tudo durante a semana. Seria ótimo, se não fosse determinado por você como uma obrigação.

No caso das empresas em que trabalhou, analisa cada aspecto das atividades que será responsável, e de forma criativa arranja soluções para todas. Para colocá-las em prática, no entanto, sofre com funcionários nem sempre tão motivados e dedicados quanto você.

É determinado, idealista, enérgico. Tem força, visão, coragem.

É inventivo, espirituoso e portador de rapidez mental. Apreciador de desafios está sempre à procura de novas aventuras e novas metas.

Como bom ariano, você é bem sucedido e costuma se sair bem em qualquer serviço em que atua. Você é tão dedicado, incansável, perfeccionista em suas atividades profissionais, que tudo que colhe é nada mais, nada menos, do que o que realmente plantou.

Paixão é a palavra que melhor define os arianos. São tão agitados e emocionais na defesa de suas opiniões que muitas vezes parece que estão brigando. Quando eles acham que tem razão, nada pode impedi-los de dizer tudo que passa em suas mentes, mesmo que possam se arrepender mais tarde.

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Luiz Paulo

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Com você, já aconteceram diversas situações em que esta paixão ariana se fez presente, não é?

Lembra desta ocasião? Estávamos viajando para Bauru e você estava aparentemente calmo. Ao passarmos pelo segundo pedágio a mocinha lhe disse “O senhor pode estacionar logo ali na frente?”, “ Por que?”, você perguntou. Ela falou “Esta nota que o senhor deu, parece falsa e vou chamar um supervisor”. Pronto, o sangue lhe subiu à cabeça. Falou, e era realmente verdade “Recebi esta nota no pedágio anterior. Quer dizer que no pedágio estão entregando notas falsas?”. Nisso, a fila atrás de nosso carro já estava se formando, algumas pessoas até buzinaram. Você se manteve aparentemente calmo. A moça falou “ O senhor pode ir então...”. Você disse “Não, quero saber se a nota realmente é falsa. Cadê o supervisor?” e tirou a cabeça para fora do carro e falou para o carro que está logo atrás “Estão entregando notas falsas no pedágio!”. A moça já aflita, fala novamente “O senhor pode ir...”. Você responde “Você não manda em mim!!!”. Já bem alterado. A fila aumentando, eu e os meninos dentro do carro, dizendo vamos vai, deixa quieto e você, após pensar um pouco, decide ir embora. Pensando agora, nem lembro se pagamos ou não o pedágio, se a moça nos devolveu ou não a nota “falsa”. Mas fomos embora.

É, você pode ser bem nervoso às vezes, mas quando está calmo, é um carneirinho, o que não deixa de ser típico também dos arianos.

Nos momentos que está nervoso, fala sem pensar, e muitas vezes, é exageradamente enérgico. Mas é porque fala sem pensar, não está fazendo aquilo de propósito. Tanto é que algum tempo depois, se espanta se a pessoa “atingida”... “ainda está brava com aquilo que falei?”. Você não tem noção de que magoou a pessoa, mesmo que sem querer... E daí se derrete em desculpas. Quando, no caso, a “atingida” sou eu, você diz: “eu sou assim, você ainda não me conhece?”. Falta-lhe um pouco de sutileza, mas por outro lado é uma pessoa que não guarda ressentimentos.

Suas maiores qualidades são a energia para o trabalho, disposição para o esporte, alegria para brincar com as crianças, paciência com os mais velhos, amor pela família e determinação para conseguir o que almeja. Tem também

muita fé, e tem certeza de que tudo que consegue é através dela.

A impulsividade e impetuosidade são outras características marcantes. Tende a mudar radicalmente de ponto de vista de uma hora para outra. Já lhe falei que pode mudar de opinião... Mas deve deixar isso claro então...

Se eu tivesse que lhe dar um conselho, apenas diria para sempre pensar um pouco antes de falar, ser mais sensível aos sentimentos alheios, pois assim evitará magoar as pessoas.

Por outro lado, tenho muito a aprender com você. Pena que energia inesgotável, entusiasmo, criatividade, jovialidade, determinação e fé, não sejam coisas que se possa aprender... Apenas se admirar!!!

Há algum tempo, em um aniversário, você recebeu de minha mãe um cartão que dizia o seguinte “Permaneça sempre assim... Encantador!”

Concordo plenamente. Você é admirado por todos que o conhecem!

Beijos

Lu

04/05/2009

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Page 67: Livro

Com você, já aconteceram diversas situações em que esta paixão ariana se fez presente, não é?

Lembra desta ocasião? Estávamos viajando para Bauru e você estava aparentemente calmo. Ao passarmos pelo segundo pedágio a mocinha lhe disse “O senhor pode estacionar logo ali na frente?”, “ Por que?”, você perguntou. Ela falou “Esta nota que o senhor deu, parece falsa e vou chamar um supervisor”. Pronto, o sangue lhe subiu à cabeça. Falou, e era realmente verdade “Recebi esta nota no pedágio anterior. Quer dizer que no pedágio estão entregando notas falsas?”. Nisso, a fila atrás de nosso carro já estava se formando, algumas pessoas até buzinaram. Você se manteve aparentemente calmo. A moça falou “ O senhor pode ir então...”. Você disse “Não, quero saber se a nota realmente é falsa. Cadê o supervisor?” e tirou a cabeça para fora do carro e falou para o carro que está logo atrás “Estão entregando notas falsas no pedágio!”. A moça já aflita, fala novamente “O senhor pode ir...”. Você responde “Você não manda em mim!!!”. Já bem alterado. A fila aumentando, eu e os meninos dentro do carro, dizendo vamos vai, deixa quieto e você, após pensar um pouco, decide ir embora. Pensando agora, nem lembro se pagamos ou não o pedágio, se a moça nos devolveu ou não a nota “falsa”. Mas fomos embora.

É, você pode ser bem nervoso às vezes, mas quando está calmo, é um carneirinho, o que não deixa de ser típico também dos arianos.

Nos momentos que está nervoso, fala sem pensar, e muitas vezes, é exageradamente enérgico. Mas é porque fala sem pensar, não está fazendo aquilo de propósito. Tanto é que algum tempo depois, se espanta se a pessoa “atingida”... “ainda está brava com aquilo que falei?”. Você não tem noção de que magoou a pessoa, mesmo que sem querer... E daí se derrete em desculpas. Quando, no caso, a “atingida” sou eu, você diz: “eu sou assim, você ainda não me conhece?”. Falta-lhe um pouco de sutileza, mas por outro lado é uma pessoa que não guarda ressentimentos.

Suas maiores qualidades são a energia para o trabalho, disposição para o esporte, alegria para brincar com as crianças, paciência com os mais velhos, amor pela família e determinação para conseguir o que almeja. Tem também

muita fé, e tem certeza de que tudo que consegue é através dela.

A impulsividade e impetuosidade são outras características marcantes. Tende a mudar radicalmente de ponto de vista de uma hora para outra. Já lhe falei que pode mudar de opinião... Mas deve deixar isso claro então...

Se eu tivesse que lhe dar um conselho, apenas diria para sempre pensar um pouco antes de falar, ser mais sensível aos sentimentos alheios, pois assim evitará magoar as pessoas.

Por outro lado, tenho muito a aprender com você. Pena que energia inesgotável, entusiasmo, criatividade, jovialidade, determinação e fé, não sejam coisas que se possa aprender... Apenas se admirar!!!

Há algum tempo, em um aniversário, você recebeu de minha mãe um cartão que dizia o seguinte “Permaneça sempre assim... Encantador!”

Concordo plenamente. Você é admirado por todos que o conhecem!

Beijos

Lu

04/05/2009

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Tem uma loja aqui em Campinas que eu adoro, acho linda. Não, ela é realmente linda. É uma loja perfumada com um poema escrito nas paredes em letras douradas. Mas acho que o que a deixa mais linda é

sua cor. Tem uma parte em Lilás, outra parte Violeta e no restante é Roxa!!!

Sabemos que as cores podem ter influência psicológica sobre o ser humano, algumas estimulam, outras tranqüilizam, pois são captadas pela visão e transmitidas para o cérebro e consequentemente refletem impulsos e reações para o corpo.

Pensei....vou pesquisar sobre essas cores para saber o significado.

Olhem o que achei na internet:

As cores violeta e roxo são cores de transformação do mais alto nível espiritual e mental, capazes de combater os medos e contribuir para a paz. Elas têm um efeito de limpeza para os transtornos emocionais. Também nos conectam com os impulsos musicais e artísticos, o mistério, a sensibilidade, a beleza e os grandes ideais – inspirando-nos sensibilidade, espiritualidade e compaixão.

Violeta representa o mistério, expressa sensação de individualidade, personalidade, associado à intuição, influenciando emoções e humores. Sensual, elegante, misterioso, espiritual. A cor violeta significa sinceridade, dignidade, prosperidade, respeito.

Violeta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual. A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental. Ajuda a encontrar novos caminhos e a elevar nossa intuição espiritual. Traz poderes mentais. Deve ser usada para combater a insônia. Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação.

Lilás significa espiritualidade e intuição.

Roxo é uma cor mística. Simboliza o esoterismo, calma, auto-controle, erotismo, sonho, homem.

Corresponde a introversão e a dualidade, não sendo indicada para pessoas inseguras.

Roxo, Lilás, Violeta

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Cor das pessoas altamente criativas e inovadoras é a cor da arte e da cultura.Sua forma é um octágono, seu som é o erotismo do sax, seu ritmo o tango, o rock.

Seu aroma é afrodisíaco masculino, estimula as mulheres e seu sabor é dos doces... chocolates!!!

Está explicado... É por isso que as mulheres entram na loja e não querem mais sair.

Algumas curiosidades sobre a cor roxa:

1. Que é dessa cor o resultado de uma contusão ou pancada.

Ele andou brigando e ficou com um olho roxo.

2. Que fica dessa mesma cor, devido ao frio ou a uma emoção forte.

Sai da água, já estás roxo de frio!;

3. Que aparenta a mesma cor devido a vergonha ou a timidez.

Ficou roxa quando o viu passar

4. Que é muito forte, intenso.

5. Que tem uma grande paixão.

A moça é roxa por ele.

6. Que requer grande esforço.

7. Que envolve perigos.

A vida está roxa...

Neste momento... roxa é a cor da minha torcida pelo Corinthians e por esta loja!!

Você devem estar pensando... Ela não tem mais o que fazer mesmo...

08/07/2009

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Tem uma loja aqui em Campinas que eu adoro, acho linda. Não, ela é realmente linda. É uma loja perfumada com um poema escrito nas paredes em letras douradas. Mas acho que o que a deixa mais linda é

sua cor. Tem uma parte em Lilás, outra parte Violeta e no restante é Roxa!!!

Sabemos que as cores podem ter influência psicológica sobre o ser humano, algumas estimulam, outras tranqüilizam, pois são captadas pela visão e transmitidas para o cérebro e consequentemente refletem impulsos e reações para o corpo.

Pensei....vou pesquisar sobre essas cores para saber o significado.

Olhem o que achei na internet:

As cores violeta e roxo são cores de transformação do mais alto nível espiritual e mental, capazes de combater os medos e contribuir para a paz. Elas têm um efeito de limpeza para os transtornos emocionais. Também nos conectam com os impulsos musicais e artísticos, o mistério, a sensibilidade, a beleza e os grandes ideais – inspirando-nos sensibilidade, espiritualidade e compaixão.

Violeta representa o mistério, expressa sensação de individualidade, personalidade, associado à intuição, influenciando emoções e humores. Sensual, elegante, misterioso, espiritual. A cor violeta significa sinceridade, dignidade, prosperidade, respeito.

Violeta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual. A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental. Ajuda a encontrar novos caminhos e a elevar nossa intuição espiritual. Traz poderes mentais. Deve ser usada para combater a insônia. Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação.

Lilás significa espiritualidade e intuição.

Roxo é uma cor mística. Simboliza o esoterismo, calma, auto-controle, erotismo, sonho, homem.

Corresponde a introversão e a dualidade, não sendo indicada para pessoas inseguras.

Roxo, Lilás, Violeta

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Cor das pessoas altamente criativas e inovadoras é a cor da arte e da cultura.Sua forma é um octágono, seu som é o erotismo do sax, seu ritmo o tango, o rock.

Seu aroma é afrodisíaco masculino, estimula as mulheres e seu sabor é dos doces... chocolates!!!

Está explicado... É por isso que as mulheres entram na loja e não querem mais sair.

Algumas curiosidades sobre a cor roxa:

1. Que é dessa cor o resultado de uma contusão ou pancada.

Ele andou brigando e ficou com um olho roxo.

2. Que fica dessa mesma cor, devido ao frio ou a uma emoção forte.

Sai da água, já estás roxo de frio!;

3. Que aparenta a mesma cor devido a vergonha ou a timidez.

Ficou roxa quando o viu passar

4. Que é muito forte, intenso.

5. Que tem uma grande paixão.

A moça é roxa por ele.

6. Que requer grande esforço.

7. Que envolve perigos.

A vida está roxa...

Neste momento... roxa é a cor da minha torcida pelo Corinthians e por esta loja!!

Você devem estar pensando... Ela não tem mais o que fazer mesmo...

08/07/2009

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50

Bauru é conhecida por “Cidade sem limites”. É também chamada... “a terra do sanduíche”. É a cidade onde meus pais nasceram, eu nasci, meus filhos nasceram. É

a cidade em que meus filhos foram batizados, e onde batizei três dos meus quatro afilhados. É a cidade onde fiz amigos de infância, daqueles que nunca se esquecem. É a cidade em que eu e minhas irmãs convivemos por anos seguidos com muitas primas de todas as idades e personalidades. Tempo bom... É lá também que me formei e me casei.

Quando eu era bem pequena, minha vida se resumia a Bauru, São Paulo e Guarujá... Eu não conhecia outras cidades, a não ser algumas no caminho entre Bauru e São Paulo, onde muitas vezes parávamos em algum restaurante. Lembro de ter ficado surpresa quando descobri que o mundo era bem maior do que isso. Repito, eu era bem pequena.

Quando cresci, mesmo já sabendo que o mundo era bem maior, não tive vontade de estudar fora, nunca tive interesse em fazer intercâmbio em outros países. Adorava morar em Bauru. O que me dá muita saudade: Colégio São José, padaria Goodbread, os lanches na casa da Liginha, dormir com aquela turma na casa da Tia Tereza, a doceria Cidinha, almoços no Sem Limites, passar férias na Monte Belo, brincar de amigo ou amiga, o tempo que morei na São Luiz, Fran´s da Praça Portugal, tempos de namoro... bailes de carnaval, bailes de carnaval...bailes de carnaval!!!

Bauru tem uma história, incrível... Em determinado ano, não lembro qual, após 10 minutos da passagem de um Presidente da República pela cidade, na avenida Nações Unidas (acho que a maior , na época)... a avenida explodiu... Inteirinha!!! Na hora pensaram que se tratava de um atentado contra o presidente, mas depois ficou provado que foi apenas um acidente, uma coincidência. Bauruense não tem essa índole!!

A ferrovia teve uma importância enorme para os bauruenses. Sua força atravessou gerações e deu muitos empregos. Na minha família, tivemos várias pessoas que trabalharam na antiga Noroeste do Brasil, posteriormente na Rede Ferroviária e na atual Ferrovia Novoeste. Eu inclusive!!! Tenho saudades daquele tempo... fiz amigos para toda a vida!

O clube de futebol da cidade, o Noroeste, surgiu também a partir da Ferrovia. É

.

.

Bauru

51

o meu time do coração, não importa se está na primeira, segunda ou terceira divisão.

Acabei morando em São Paulo por alguns anos e agora moro em Campinas. Já não vou tanto a Bauru, mas sempre que vou, sinto como sendo verdadeiramente o meu porto seguro, lugar em que posso eventualmente voltar a morar, tranquilamente.

É muito bom estar em Bauru, por exemplo, andando de carro, ou no supermercado e ver várias pessoas que conheço, mesmo que apenas de vista e também ex colegas do colégio, ex colegas da empresa, amigos, amigos dos irmãos, primas e primos.

De Bauru surgiu o melhor jogador de futebol que o mundo já conheceu... Pelé!! É bauruense também, Marcos Pontes, o único astronauta brasileiro! De lá também saíram grandes artistas e atletas. E é lá que tem a melhor pizzaria do Brasil, a Bambina, de uma prima muito querida.

Quem ainda não conhece, devia ir à cidade. Não é uma cidade rica, mas criativa. Não é uma cidade muito bonita, mas hospitaleira. E de quebra, conheçam o verdadeiro sanduíche Bauru, que não é esse conhecido nacionalmente, que nada mais é do que um misto com tomate.

Dizem que quem nasce em Bauru é misto quente, uma brincadeira por causa do sanduíche Bauru vendido por aí, mas falando sério, os bauruenses são mesmo um misto de simpáticos com receptivos, um misto de simples com acolhedores, um misto de... quentes com calorosos!!!

22/08/2009

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Bauru é conhecida por “Cidade sem limites”. É também chamada... “a terra do sanduíche”. É a cidade onde meus pais nasceram, eu nasci, meus filhos nasceram. É

a cidade em que meus filhos foram batizados, e onde batizei três dos meus quatro afilhados. É a cidade onde fiz amigos de infância, daqueles que nunca se esquecem. É a cidade em que eu e minhas irmãs convivemos por anos seguidos com muitas primas de todas as idades e personalidades. Tempo bom... É lá também que me formei e me casei.

Quando eu era bem pequena, minha vida se resumia a Bauru, São Paulo e Guarujá... Eu não conhecia outras cidades, a não ser algumas no caminho entre Bauru e São Paulo, onde muitas vezes parávamos em algum restaurante. Lembro de ter ficado surpresa quando descobri que o mundo era bem maior do que isso. Repito, eu era bem pequena.

Quando cresci, mesmo já sabendo que o mundo era bem maior, não tive vontade de estudar fora, nunca tive interesse em fazer intercâmbio em outros países. Adorava morar em Bauru. O que me dá muita saudade: Colégio São José, padaria Goodbread, os lanches na casa da Liginha, dormir com aquela turma na casa da Tia Tereza, a doceria Cidinha, almoços no Sem Limites, passar férias na Monte Belo, brincar de amigo ou amiga, o tempo que morei na São Luiz, Fran´s da Praça Portugal, tempos de namoro... bailes de carnaval, bailes de carnaval...bailes de carnaval!!!

Bauru tem uma história, incrível... Em determinado ano, não lembro qual, após 10 minutos da passagem de um Presidente da República pela cidade, na avenida Nações Unidas (acho que a maior , na época)... a avenida explodiu... Inteirinha!!! Na hora pensaram que se tratava de um atentado contra o presidente, mas depois ficou provado que foi apenas um acidente, uma coincidência. Bauruense não tem essa índole!!

A ferrovia teve uma importância enorme para os bauruenses. Sua força atravessou gerações e deu muitos empregos. Na minha família, tivemos várias pessoas que trabalharam na antiga Noroeste do Brasil, posteriormente na Rede Ferroviária e na atual Ferrovia Novoeste. Eu inclusive!!! Tenho saudades daquele tempo... fiz amigos para toda a vida!

O clube de futebol da cidade, o Noroeste, surgiu também a partir da Ferrovia. É

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Bauru

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o meu time do coração, não importa se está na primeira, segunda ou terceira divisão.

Acabei morando em São Paulo por alguns anos e agora moro em Campinas. Já não vou tanto a Bauru, mas sempre que vou, sinto como sendo verdadeiramente o meu porto seguro, lugar em que posso eventualmente voltar a morar, tranquilamente.

É muito bom estar em Bauru, por exemplo, andando de carro, ou no supermercado e ver várias pessoas que conheço, mesmo que apenas de vista e também ex colegas do colégio, ex colegas da empresa, amigos, amigos dos irmãos, primas e primos.

De Bauru surgiu o melhor jogador de futebol que o mundo já conheceu... Pelé!! É bauruense também, Marcos Pontes, o único astronauta brasileiro! De lá também saíram grandes artistas e atletas. E é lá que tem a melhor pizzaria do Brasil, a Bambina, de uma prima muito querida.

Quem ainda não conhece, devia ir à cidade. Não é uma cidade rica, mas criativa. Não é uma cidade muito bonita, mas hospitaleira. E de quebra, conheçam o verdadeiro sanduíche Bauru, que não é esse conhecido nacionalmente, que nada mais é do que um misto com tomate.

Dizem que quem nasce em Bauru é misto quente, uma brincadeira por causa do sanduíche Bauru vendido por aí, mas falando sério, os bauruenses são mesmo um misto de simpáticos com receptivos, um misto de simples com acolhedores, um misto de... quentes com calorosos!!!

22/08/2009

Page 72: Livro

Mulheres

52 53

LucinhaVocê está se revelando uma ótima cronista, com duas grandes qualidades:Sutileza e bom humorAmanheço ansiosa...aguardando sua próxima inspiração.Continue assim para meu prazer.Mamãe

Lucinha,Acabei de ler o texto que você escreveu sobre Campinas e cheguei a duas conclusões:1 – Você é uma grande escritora e não está usando todo este potencial, tanto que a minha professora de computação achou que você deveria mandar para o jornal da cidade.2 – Você já virou uma autêntica CAMPINEIRA DA GEMA.Parabéns e beijosStella – tia

Lucinha, eu e sua mãe acabamos de ler todas as suas mensagens e achamos tão boas que imprimi todas para mostrar para os parentes os seus predicados.Continue nos presenteando porque esperamos com ansiedade e já estamos torcendo para a sua posse na Academia Brasileira de Letras.Mamãe e Stella – tia

Grato minha amiga, é bondade sua e tudo que consigo fazer ou realizar é GRAÇA e MISERICÓRDIA de DEUS.Tufi – amigo

Oi Lucinha, li seus textos e adorei. O do avião eu me identifiquei muuuuito. Pois tenho (tinha, não sei mais) medo, pavor de avião. Não podemos mudar o curso da vida, então o que tem que ser será. É assim, né? Continue escrevendo e enviando, estou gostando muito. Até imaginei a cor do mar visto da sacada...

comentários

Todas as mulheres que convivem comigo, seja no dia a dia ou eventualmente, são muito importantes pra mim. Tenho muita afinidade com alguns amigos homens, gosto muito deles,

acho que gosto como se fossem primos, pois gosto tanto que parece que temos, em parte, o mesmo sangue, mas nada se compara à amizade, entendimento, sintonia, carinho e respeito que pode existir entre as mulheres. Só uma mulher para entender a outra.

Não tive nenhuma filha, mas me contento muito com as minhas sobrinhas e afilhadas, que são muito amorosas e me enchem de alegria quando estão por perto. Como todas moram longe atualmente, agradeço por poder usar o Orkut e o MSN, pois assim posso vê-las, acompanhar suas vidas, ver suas fotos mais recentes, me divertir com suas frases e comentários engraçados, trocar recadinhos e mandar beijinhos.

Marina é minha primeira e querida afilhada. É de uma família muito especial pra mim. Sua mãe escreveu um dos textos do prefácio e ao seu pai dediquei um texto neste livro. Ela é loira e míope, como eu, e temos mais um monte de características em comum. Tem os olhos lindos... Verdes (estes iguais aos do padrinho), mas o que mais me chama a atenção é o olhar... Transparente, doce, brilhante, feliz. Adoro ela!!!

Isabela, Laura, Luisa, Bia e Helena a quem fiz o texto “As Meninas”, são minhas sobrinhas, e uma delas, a Luisa é também minha afilhada. Considero estas meninas como se fossem minhas filhas. Adoro todas!!!

As mulheres, independente da idade, sabem se doar às outras, sabem rir junto, sabem ouvir e entender, sabem ajudar, consolar, aconselhar e, se necessário, também sabem criticar, orientar, sabem chorar junto... As mulheres sabem ser sensíveis, generosas, maternais, enérgicas e carinhosas... Nos momentos certos, na dose certa. Possuem ainda um sexto sentido, perspicácia, força interior e muita fé, poderes estes que são usados na maioria das vezes para ajudar os outros.

Enfim, a amizade e a convivência com as mulheres faz bem para a saúde física, mental... emocional!!

A todas as mulheres que fazem parte da minha vida... Amo vocês!!!

10/09/2009

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Mulheres

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LucinhaVocê está se revelando uma ótima cronista, com duas grandes qualidades:Sutileza e bom humorAmanheço ansiosa...aguardando sua próxima inspiração.Continue assim para meu prazer.Mamãe

Lucinha,Acabei de ler o texto que você escreveu sobre Campinas e cheguei a duas conclusões:1 – Você é uma grande escritora e não está usando todo este potencial, tanto que a minha professora de computação achou que você deveria mandar para o jornal da cidade.2 – Você já virou uma autêntica CAMPINEIRA DA GEMA.Parabéns e beijosStella – tia

Lucinha, eu e sua mãe acabamos de ler todas as suas mensagens e achamos tão boas que imprimi todas para mostrar para os parentes os seus predicados.Continue nos presenteando porque esperamos com ansiedade e já estamos torcendo para a sua posse na Academia Brasileira de Letras.Mamãe e Stella – tia

Grato minha amiga, é bondade sua e tudo que consigo fazer ou realizar é GRAÇA e MISERICÓRDIA de DEUS.Tufi – amigo

Oi Lucinha, li seus textos e adorei. O do avião eu me identifiquei muuuuito. Pois tenho (tinha, não sei mais) medo, pavor de avião. Não podemos mudar o curso da vida, então o que tem que ser será. É assim, né? Continue escrevendo e enviando, estou gostando muito. Até imaginei a cor do mar visto da sacada...

comentários

Todas as mulheres que convivem comigo, seja no dia a dia ou eventualmente, são muito importantes pra mim. Tenho muita afinidade com alguns amigos homens, gosto muito deles,

acho que gosto como se fossem primos, pois gosto tanto que parece que temos, em parte, o mesmo sangue, mas nada se compara à amizade, entendimento, sintonia, carinho e respeito que pode existir entre as mulheres. Só uma mulher para entender a outra.

Não tive nenhuma filha, mas me contento muito com as minhas sobrinhas e afilhadas, que são muito amorosas e me enchem de alegria quando estão por perto. Como todas moram longe atualmente, agradeço por poder usar o Orkut e o MSN, pois assim posso vê-las, acompanhar suas vidas, ver suas fotos mais recentes, me divertir com suas frases e comentários engraçados, trocar recadinhos e mandar beijinhos.

Marina é minha primeira e querida afilhada. É de uma família muito especial pra mim. Sua mãe escreveu um dos textos do prefácio e ao seu pai dediquei um texto neste livro. Ela é loira e míope, como eu, e temos mais um monte de características em comum. Tem os olhos lindos... Verdes (estes iguais aos do padrinho), mas o que mais me chama a atenção é o olhar... Transparente, doce, brilhante, feliz. Adoro ela!!!

Isabela, Laura, Luisa, Bia e Helena a quem fiz o texto “As Meninas”, são minhas sobrinhas, e uma delas, a Luisa é também minha afilhada. Considero estas meninas como se fossem minhas filhas. Adoro todas!!!

As mulheres, independente da idade, sabem se doar às outras, sabem rir junto, sabem ouvir e entender, sabem ajudar, consolar, aconselhar e, se necessário, também sabem criticar, orientar, sabem chorar junto... As mulheres sabem ser sensíveis, generosas, maternais, enérgicas e carinhosas... Nos momentos certos, na dose certa. Possuem ainda um sexto sentido, perspicácia, força interior e muita fé, poderes estes que são usados na maioria das vezes para ajudar os outros.

Enfim, a amizade e a convivência com as mulheres faz bem para a saúde física, mental... emocional!!

A todas as mulheres que fazem parte da minha vida... Amo vocês!!!

10/09/2009

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Lucinha, o texto é simplesmente maravilhoso!Com o passar dos anos e com a velhice se aproximando, passei a valorizar ainda mais os irmãos!Concordo com tudo o que disse e percebo que, cada um a sua maneira, mantém muitas características em comum.É difícil falar sobre você, já que não conheço outra pessoa que reúna tantas qualidades.Além de ser “linda e loura”, tem ótimo gênio e senso de humor, é meiga, doce, carinhosa, generosa, prestativa, simples, agregadora, amorosa, solidária, discreta e naturalmente carismática – é incrível o poder que tem de atrair as pessoas ao seu redor!Você é e sempre foi uma unanimidade: é impossível não gostar de você!No colégio, bastava eu falar que era sua irmã para ganhar a simpatia e atenção de todos que a conheciam; era como se fosse um passaporte!Cada dia que passa, você se parece mais e mais com o papai. Suas ligações constantes, sua ternura e interesse por tudo o que acontece conosco preenchem um pouco do enorme vazio que sinto com a falta delePor fim, quando estamos juntas é como se o tempo não tivesse passado.Obrigada por existir!

Lindo, maravilhoso! Não sei não, acho que há um anjo assoprando em seu ouvido para, quem sabe, abrir novos caminhos.

Achei excelente!!!Por que você não envia esse texto ao jornal local, nem que seja para ser publicado na tribuna do leitor? Essa inspiração repentina pode abrir novas oportunidades em sua vida, quem sabe?!Eu, por exemplo, quando leio revistas, jornais e livros, adoro encontrar textos que expressam de forma simples, clara e com sentimento o assunto narrado, e isto você faz muito bem, pois tem o estilo parecido com o da Lia Luft.Da irmã que CONFIA, ADORA E ADMIRA VOCÊ!

Está ótimo.Esse texto pode ajudar muito as pessoas que possuem diabetes e que não se conformam com a nova vida (sem açúcar).

Oi Lucinha querida!Quanta doçura e sensibilidade nos seus textos! Eu super, hiper, mega adorei!!!Bia – prima

Nossa, você me surpreendeu. Achei super gostoso de ler. Não sabia que você tinha este lado escritora.Parabéns...e cá entre nós, se você continuar assim, a Elizabeth Gilbert ( do livro Comer, Rezar e Amar) que se cuide.

Oi Lucia, sabe que me emocionei quando li, ficou muito lindo!!!!Acho mesmo que tem a ajuda de algum anjo e realmente é um anjo grato, talvez pela comidinha que você dava à ele quando pequena ou talvez por se sentir orgulhoso de tomar conta de uma pessoa tão especial: que consegue escrever coisas tão bonitas e gostosas de se ler.Marta – amiga

Lucinha, isso tudo tem uma explicação: MERECIMENTO!!!É isso mesmo, vocês merecem tudo de maravilhoso nessa vida!Descobri mais um talento seu: o de escrever. Quem é que pode com essa mulher?!

Você escreve muito bem, merece ser contratada pela Folha de São Paulo ou substituir a Danuza ou a Fernanda Yong nas colunas das revistas!Estou louca para conhecer isso aí e o melhor, desfrutar de sua companhia, que é inigualável.Beijos de sua admiradora (desde os tempos em que escondia seu uniforme).

Excelente!É incrível a sua inspiração para escrever.

Adorei!Conclusão: Salvo raríssimas exceções, os maridos são todos iguais, só mudam os nomes e endereços!

Page 75: Livro

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Lucinha, o texto é simplesmente maravilhoso!Com o passar dos anos e com a velhice se aproximando, passei a valorizar ainda mais os irmãos!Concordo com tudo o que disse e percebo que, cada um a sua maneira, mantém muitas características em comum.É difícil falar sobre você, já que não conheço outra pessoa que reúna tantas qualidades.Além de ser “linda e loura”, tem ótimo gênio e senso de humor, é meiga, doce, carinhosa, generosa, prestativa, simples, agregadora, amorosa, solidária, discreta e naturalmente carismática – é incrível o poder que tem de atrair as pessoas ao seu redor!Você é e sempre foi uma unanimidade: é impossível não gostar de você!No colégio, bastava eu falar que era sua irmã para ganhar a simpatia e atenção de todos que a conheciam; era como se fosse um passaporte!Cada dia que passa, você se parece mais e mais com o papai. Suas ligações constantes, sua ternura e interesse por tudo o que acontece conosco preenchem um pouco do enorme vazio que sinto com a falta delePor fim, quando estamos juntas é como se o tempo não tivesse passado.Obrigada por existir!

Lindo, maravilhoso! Não sei não, acho que há um anjo assoprando em seu ouvido para, quem sabe, abrir novos caminhos.

Achei excelente!!!Por que você não envia esse texto ao jornal local, nem que seja para ser publicado na tribuna do leitor? Essa inspiração repentina pode abrir novas oportunidades em sua vida, quem sabe?!Eu, por exemplo, quando leio revistas, jornais e livros, adoro encontrar textos que expressam de forma simples, clara e com sentimento o assunto narrado, e isto você faz muito bem, pois tem o estilo parecido com o da Lia Luft.Da irmã que CONFIA, ADORA E ADMIRA VOCÊ!

Está ótimo.Esse texto pode ajudar muito as pessoas que possuem diabetes e que não se conformam com a nova vida (sem açúcar).

Oi Lucinha querida!Quanta doçura e sensibilidade nos seus textos! Eu super, hiper, mega adorei!!!Bia – prima

Nossa, você me surpreendeu. Achei super gostoso de ler. Não sabia que você tinha este lado escritora.Parabéns...e cá entre nós, se você continuar assim, a Elizabeth Gilbert ( do livro Comer, Rezar e Amar) que se cuide.

Oi Lucia, sabe que me emocionei quando li, ficou muito lindo!!!!Acho mesmo que tem a ajuda de algum anjo e realmente é um anjo grato, talvez pela comidinha que você dava à ele quando pequena ou talvez por se sentir orgulhoso de tomar conta de uma pessoa tão especial: que consegue escrever coisas tão bonitas e gostosas de se ler.Marta – amiga

Lucinha, isso tudo tem uma explicação: MERECIMENTO!!!É isso mesmo, vocês merecem tudo de maravilhoso nessa vida!Descobri mais um talento seu: o de escrever. Quem é que pode com essa mulher?!

Você escreve muito bem, merece ser contratada pela Folha de São Paulo ou substituir a Danuza ou a Fernanda Yong nas colunas das revistas!Estou louca para conhecer isso aí e o melhor, desfrutar de sua companhia, que é inigualável.Beijos de sua admiradora (desde os tempos em que escondia seu uniforme).

Excelente!É incrível a sua inspiração para escrever.

Adorei!Conclusão: Salvo raríssimas exceções, os maridos são todos iguais, só mudam os nomes e endereços!

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Excelente! Adorei!Que pesquisa interessante!

OI! Ainda estou emocionada com o texto do tio Rubens! Parabéns!. Você está escrevendo muiiiito bem!Parabéns!Cristina – irmã

Lu, que intenso tudo que está vivendo aí. Realmente a maturidade nos transforma e nos torna, ainda, mais observadora, sensível e ao mesmo tempo tão sensata e racional.E, “sem pressa”, quero dizer que você merece ser feliz em qualquer lugar e ficamos aqui torcendo muito por isso.Adoramos vocês!!!

Lu,Adorei! Demais!Consigo imaginar a expressão do Paulo em cada uma dessas situações.Adorei o texto e, claro, a sua decisão também.

Lu,Que lindo!Mesmo sem ter convivido, mas ouvido muito falar do tio Rubens, fiquei emocionada.E o primo? É do Maninho que você falava?Não sei se era, mas me veio a imagem dele sempre tão doce e brincalhão.Você está mesmo iluminada!!!Ligia – amiga

Lucia,Acabo de descobrir mais um talento em você, essa sua capacidade de escrever sobre coisas e fatos. Nunca pensou em escrever um livro?

comentários

57

Brincadeiras à parte, já conheço Fortaleza e, embora faça muito tempo que estive lá, você conseguiu descrever com riqueza de detalhes a forma de vida e costumes daquela gente.Zilião – amigo

Nossa Lu, adoramos o texto que você escreveu! Fez não só com que a gente chorasse muito, mas a Carol nossa amiga também.Laura e Luisa – sobrinhas

Oi Lu, minha madrinha preferida!Demorei para responder o seu e-mail das Meninas porque não estava entrando muito na internet... Eu, a Laura e a Carol estávamos juntas quando lemos ele e, ao contrário de como eu era quando criança, hoje sou bem chorona e ficamos emocionadas! A sua inspiração de cronista definitivamente não acabou!Talvez a minha mãe não concorde muito com a parte de eu ser organizada, já que o meu quarto só vem se mantendo em ordem graças a Cacá, mas, no resto, estamos descritas perfeitamente!E agora eu vou te descrever: além de ser a madrinha mais doce do mundo, você não é tão alta, loira e admiravelmente linda por dentro e por fora! Quando eu crescer quero ter um pouco de Lucinha em mim! Saudades...Luisa – sobrinha e afilhada

Gostei, já dá para montar um livro.

Passou um filme por minha cabeça, quando li esse texto que fala de nossas colaboradoras, amigas, segunda mãe...afinal, são quase 26 anos, mais da metade da minha vida. Fiquei emocionado, ainda bem que estava sozinho para não dar vexame. Além das lembranças, do Edu e do Fer pequenininhos, dos apertos do começo de nossas vidas juntos, dos tempos de São Paulo, Bauru, Campinas, Rio e agora Fortaleza, ufa..., também por estar aqui longe de vocês, da minha família. Mas, principalmente, por sua capacidade de observar,

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Excelente! Adorei!Que pesquisa interessante!

OI! Ainda estou emocionada com o texto do tio Rubens! Parabéns!. Você está escrevendo muiiiito bem!Parabéns!Cristina – irmã

Lu, que intenso tudo que está vivendo aí. Realmente a maturidade nos transforma e nos torna, ainda, mais observadora, sensível e ao mesmo tempo tão sensata e racional.E, “sem pressa”, quero dizer que você merece ser feliz em qualquer lugar e ficamos aqui torcendo muito por isso.Adoramos vocês!!!

Lu,Adorei! Demais!Consigo imaginar a expressão do Paulo em cada uma dessas situações.Adorei o texto e, claro, a sua decisão também.

Lu,Que lindo!Mesmo sem ter convivido, mas ouvido muito falar do tio Rubens, fiquei emocionada.E o primo? É do Maninho que você falava?Não sei se era, mas me veio a imagem dele sempre tão doce e brincalhão.Você está mesmo iluminada!!!Ligia – amiga

Lucia,Acabo de descobrir mais um talento em você, essa sua capacidade de escrever sobre coisas e fatos. Nunca pensou em escrever um livro?

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Brincadeiras à parte, já conheço Fortaleza e, embora faça muito tempo que estive lá, você conseguiu descrever com riqueza de detalhes a forma de vida e costumes daquela gente.Zilião – amigo

Nossa Lu, adoramos o texto que você escreveu! Fez não só com que a gente chorasse muito, mas a Carol nossa amiga também.Laura e Luisa – sobrinhas

Oi Lu, minha madrinha preferida!Demorei para responder o seu e-mail das Meninas porque não estava entrando muito na internet... Eu, a Laura e a Carol estávamos juntas quando lemos ele e, ao contrário de como eu era quando criança, hoje sou bem chorona e ficamos emocionadas! A sua inspiração de cronista definitivamente não acabou!Talvez a minha mãe não concorde muito com a parte de eu ser organizada, já que o meu quarto só vem se mantendo em ordem graças a Cacá, mas, no resto, estamos descritas perfeitamente!E agora eu vou te descrever: além de ser a madrinha mais doce do mundo, você não é tão alta, loira e admiravelmente linda por dentro e por fora! Quando eu crescer quero ter um pouco de Lucinha em mim! Saudades...Luisa – sobrinha e afilhada

Gostei, já dá para montar um livro.

Passou um filme por minha cabeça, quando li esse texto que fala de nossas colaboradoras, amigas, segunda mãe...afinal, são quase 26 anos, mais da metade da minha vida. Fiquei emocionado, ainda bem que estava sozinho para não dar vexame. Além das lembranças, do Edu e do Fer pequenininhos, dos apertos do começo de nossas vidas juntos, dos tempos de São Paulo, Bauru, Campinas, Rio e agora Fortaleza, ufa..., também por estar aqui longe de vocês, da minha família. Mas, principalmente, por sua capacidade de observar,

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lembrar, escrever e resumir com palavras, fatos e características marcantes de pessoas tão diferentes, importantes, imprescindíveis (todas, inclusive a do álcool), que marcaram as nossas vidas.Parabéns, ficou lindo!!!!!Gostei muito também de todos os outros, esse da amizade é a sua cara.

Gostei muito, acho que você foi benevolente. Paulo – marido

Oi amiga, obrigada por me mandar suas obras primas!Quantas idéias heim? E eu só li algumas, por falta de tempo, mas prometo que lerei tudo nos feriados do carnaval.Menina, de onde saem tantas idéias e tantas lembranças? Você é uma grande contadora de estórias. Gostei muito do que li, parece que você está aqui em casa, conversando comigo. Não sei se as outras pessoas sentem como eu, mas espero que sim.Parabéns por ter descoberto esse dom.Beijo grande! Solange – amiga

Lu, que delícia receber sua mensagem e saber que estão num lugar tão agradável. Isso faz bem à alma.Mande fotos da varanda pra gente sonhar.

Minha irmã, você está se revelando uma cronista das boas. Continue escrevendo...

Lu, não gostaria de ser repetitiva, mas ADOREI as duas, em especial a da infância. Lembro da gente já sentados para a refeição e a mamãe chamando você, que estava grudada em algum livro. Era realmente uma característica marcante como você se prendia a um livro e a velocidade com que lia. Pra mim você também era a Narizinho.Adorei essa coleção do Monteiro Lobato e lembro de aprender muitas

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palavras. Uma delas foi sabotagem, no “Poço do Visconde”. Fiquei invocada com aquilo e fui procurar no dicionário. Daí vi como a gente aprende bastante lendo.Meus filhos não gostaram desses livros. Acharam as aventuras ultrapassadas. O mesmo se deu com Poliana Moça. As meninas a acharam ridícula, até burra. Imagine os comentários da Luisa: ela órfã, chega na casa da tia, uma casa horrorosa, é super mal recebida mas se delicia com a vista que tem da janela do seu quartinho no sótão, que só é vista se subir um banquinho...Não passaram do primeiro capítulo.Mas, os tempos são outros, temos que convir.Bom Lu, continue com suas lembranças. Elas nos ajudam a lembrar também.

Lu, gostei tanto que li mil vezes (exagero, 3).

ÓÓÓÓÓÓÓÓÓTTTTTIIIIIMMMMMOOOOO!!!!Agora você tem o compromisso de nos escrever uma crônica por dia.

Lindo!!!E agora ainda está me saindo uma poetisa, de rimas livres.Mais um dom da nossa querida Lucinha!!!

Lu, como sempre, adorei!!!Você passou para as meninas também?

Emocionante!!!O pior é que leio no saguão do Hotel e, às vezes, tem gente por perto. Então, tenho que ler devagar, respirar...e só depois continuar, para poder conter as lágrimas.Lágrimas de felicidades, por ter irmãos, filhos e sobrinhos tão interessantes e uma irmão genial que consegue registrar isso com tanta competência.

A Cris resumiu bem o nosso sentimentoPodemos ir completando com muito mais qualidades, mas o essencial está ali.AGREGADORA é uma palavra chave!

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lembrar, escrever e resumir com palavras, fatos e características marcantes de pessoas tão diferentes, importantes, imprescindíveis (todas, inclusive a do álcool), que marcaram as nossas vidas.Parabéns, ficou lindo!!!!!Gostei muito também de todos os outros, esse da amizade é a sua cara.

Gostei muito, acho que você foi benevolente. Paulo – marido

Oi amiga, obrigada por me mandar suas obras primas!Quantas idéias heim? E eu só li algumas, por falta de tempo, mas prometo que lerei tudo nos feriados do carnaval.Menina, de onde saem tantas idéias e tantas lembranças? Você é uma grande contadora de estórias. Gostei muito do que li, parece que você está aqui em casa, conversando comigo. Não sei se as outras pessoas sentem como eu, mas espero que sim.Parabéns por ter descoberto esse dom.Beijo grande! Solange – amiga

Lu, que delícia receber sua mensagem e saber que estão num lugar tão agradável. Isso faz bem à alma.Mande fotos da varanda pra gente sonhar.

Minha irmã, você está se revelando uma cronista das boas. Continue escrevendo...

Lu, não gostaria de ser repetitiva, mas ADOREI as duas, em especial a da infância. Lembro da gente já sentados para a refeição e a mamãe chamando você, que estava grudada em algum livro. Era realmente uma característica marcante como você se prendia a um livro e a velocidade com que lia. Pra mim você também era a Narizinho.Adorei essa coleção do Monteiro Lobato e lembro de aprender muitas

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palavras. Uma delas foi sabotagem, no “Poço do Visconde”. Fiquei invocada com aquilo e fui procurar no dicionário. Daí vi como a gente aprende bastante lendo.Meus filhos não gostaram desses livros. Acharam as aventuras ultrapassadas. O mesmo se deu com Poliana Moça. As meninas a acharam ridícula, até burra. Imagine os comentários da Luisa: ela órfã, chega na casa da tia, uma casa horrorosa, é super mal recebida mas se delicia com a vista que tem da janela do seu quartinho no sótão, que só é vista se subir um banquinho...Não passaram do primeiro capítulo.Mas, os tempos são outros, temos que convir.Bom Lu, continue com suas lembranças. Elas nos ajudam a lembrar também.

Lu, gostei tanto que li mil vezes (exagero, 3).

ÓÓÓÓÓÓÓÓÓTTTTTIIIIIMMMMMOOOOO!!!!Agora você tem o compromisso de nos escrever uma crônica por dia.

Lindo!!!E agora ainda está me saindo uma poetisa, de rimas livres.Mais um dom da nossa querida Lucinha!!!

Lu, como sempre, adorei!!!Você passou para as meninas também?

Emocionante!!!O pior é que leio no saguão do Hotel e, às vezes, tem gente por perto. Então, tenho que ler devagar, respirar...e só depois continuar, para poder conter as lágrimas.Lágrimas de felicidades, por ter irmãos, filhos e sobrinhos tão interessantes e uma irmão genial que consegue registrar isso com tanta competência.

A Cris resumiu bem o nosso sentimentoPodemos ir completando com muito mais qualidades, mas o essencial está ali.AGREGADORA é uma palavra chave!

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Esse contato diário com você via internet é uma delícia. Já acordo pensando em abrir o e-mail, pois com certeza tem alguma novidade.Nena – irmã

Lucia querida...que coisa legal!!! Como você tem facilidade para escrever...lí todas...Gostei do Liquidificador...comprou um biquini, ótimo...a gente tem que parar mesmo de se preocupar tanto em agradar as outras pessoas, pois nem sempre dá certo...e agradar a nós é sempre válido.Continue me mandando...estou salvando...AMEI.

Que legal!!! Adorei. Salão de Beleza...dei muita risada.Lucia como você está informada!!! 10Claudia – amiga

Lu, por alguma razão não consegui abrir o arquivo, mas depois eu tento lá em casa.Aproveito para fazer minhas as palavras da Cristina e da Nena a teu respeito.

Consegui abrir os arquivos, inclusive o de Campinas, e achei ótimos.Parabéns!!! Você anda mesmo inspirada.Ricardo – irmão

Muito bom Lu, está ficando craque heim?

Oi Lu, que lindo texto, expressa bem o seu sentimento e a perspectiva de felicidade que há nessa nova etapa de suas vidas.E daqui muito distante fisicamente, fico feliz por vocês.

Oi Lu, vejo que você está mesmo entusiasmada com a idéia de escrever. Ótimo exercício, continue, quem sabe em breve você será uma famosa escritora.Estamos aqui torcendo pelo seu sucesso.

Obrigada por compartilhar conosco.Beth – cunhada

Lucia, show de bola, digo de texto....Já pensou em juntar estas crônicas em um único lugar, em livro?Uma pessoa que tem medo de andar de avião, pode até mudar sua forma de pensar!!! E pensando em agradar alguém, não seria mais interessante agradar a si mesmo?Valeu...Gilberto – amigo

Oi Lu. Adorei!!!Continue escrevendo, precisamos que as “meninas” de nossa geração possam deixar por escrito tantos sentimentos comuns.Célia – prima (a dentista)

Oi LuAcabei de ler as suas crônicas e adorei!Sabia que você era especial, simpática, inteligente e sensível, mas escritora não...Continue escrevendo e nós vamos lendo e te conhecendo melhor.Regina – amiga

Gostei muito. Parabéns! Vá em frente.

Lucia, adorei o que você escreveu das suas sobrinhas.Parabéns!Continue, você vai longe.Junia – amiga

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Esse contato diário com você via internet é uma delícia. Já acordo pensando em abrir o e-mail, pois com certeza tem alguma novidade.Nena – irmã

Lucia querida...que coisa legal!!! Como você tem facilidade para escrever...lí todas...Gostei do Liquidificador...comprou um biquini, ótimo...a gente tem que parar mesmo de se preocupar tanto em agradar as outras pessoas, pois nem sempre dá certo...e agradar a nós é sempre válido.Continue me mandando...estou salvando...AMEI.

Que legal!!! Adorei. Salão de Beleza...dei muita risada.Lucia como você está informada!!! 10Claudia – amiga

Lu, por alguma razão não consegui abrir o arquivo, mas depois eu tento lá em casa.Aproveito para fazer minhas as palavras da Cristina e da Nena a teu respeito.

Consegui abrir os arquivos, inclusive o de Campinas, e achei ótimos.Parabéns!!! Você anda mesmo inspirada.Ricardo – irmão

Muito bom Lu, está ficando craque heim?

Oi Lu, que lindo texto, expressa bem o seu sentimento e a perspectiva de felicidade que há nessa nova etapa de suas vidas.E daqui muito distante fisicamente, fico feliz por vocês.

Oi Lu, vejo que você está mesmo entusiasmada com a idéia de escrever. Ótimo exercício, continue, quem sabe em breve você será uma famosa escritora.Estamos aqui torcendo pelo seu sucesso.

Obrigada por compartilhar conosco.Beth – cunhada

Lucia, show de bola, digo de texto....Já pensou em juntar estas crônicas em um único lugar, em livro?Uma pessoa que tem medo de andar de avião, pode até mudar sua forma de pensar!!! E pensando em agradar alguém, não seria mais interessante agradar a si mesmo?Valeu...Gilberto – amigo

Oi Lu. Adorei!!!Continue escrevendo, precisamos que as “meninas” de nossa geração possam deixar por escrito tantos sentimentos comuns.Célia – prima (a dentista)

Oi LuAcabei de ler as suas crônicas e adorei!Sabia que você era especial, simpática, inteligente e sensível, mas escritora não...Continue escrevendo e nós vamos lendo e te conhecendo melhor.Regina – amiga

Gostei muito. Parabéns! Vá em frente.

Lucia, adorei o que você escreveu das suas sobrinhas.Parabéns!Continue, você vai longe.Junia – amiga

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Quem diria que das circunstâncias brotaria esta veia artística, hein? Digo brotaria porque provavelmente ela já estivesse aí há muito tempo esperando o momento propício para se mostrar. Adorei seus textos principalmente o do liquidificador. O pior é que isto é uma realidade em quase todas as residências. É assim mesmo!!! Só mudam os endereços.Continue assim e encha-nos de palavras ricas como estas. Mesmo que não dê um livro, pelo menos vai nos engrandecer com suas ótimas idéias.Elma – amiga

Oi LúciaObrigada pelo envio das crônicas. Realmente são encantadoras! Sua habilidade em escrever é fantástica! Adorei! Foi muito bom ir até a Rua da Paz, a Fortaleza e retornar a Campinas – uma leitura, um passeio prazeroso, delicioso!Tenho certeza que, este seu dom irá florescer ainda mais e, levar alegria a muita gente – siga em frente!Lucia – amiga

Querida LuFoi muito bom ler os seus textos, escritos com muita sensibilidade e carinho.Estou na fila para conseguir o primeiro volume do livro!!!Ana Helena - prima

Que maravilha!Adorei o texto dos meninos!E mesmo no e-mail você consegue ser interessante. Você vai mesmo se tornar uma escritora! Parabéns!E eu também digo alto: EU TE AMO!Cilene – amiga

Cris, MINHA AMIGA,A Lucinha tem uma capacidade incomum de emocionar as pessoas; como ela é SENSÌVEL!

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Às vezes a gente sente uma coisa, mas não consegue expressar em palavras – o que não acontece com ela.Ela é uma excelente cronista, pois consegue falar das coisas do cotidiano com delicadeza, humor, sensibilidade e poesia. Sua forma de olhar para a vida tem muito a nos ensinar...Heloisa – amiga

Oi Lucia Como ainda não li todas as crônicas, vou dar meu parecer depois. Achei a do liquidificador DIVINA, porque às vezes faço o mesmo com as mais diversas situações. Chega de pensar nos outros e VIVA O BIQUINI!

Lucia!!!!!Que lindo!!!!!!!!Adorei saber mais sobre a cor e a gente sabe que do jeito que ela é coordenada, a influência é mesmo grande.

Nossa Lúcia!Acompanhei cada detalhe das imagens e juntei com minha vaga lembrança de Fortaleza e pude até ter a sensação da brisa e aquele calor maravilhoso, fora as sombras das nuvens..... Ai que saudade! Você sabe descrever como ninguém este pedacinho do céu.Tays - amiga

Oi LucinhaConcordo plenamente com tudo que escreveu sobre meu pai e lhe agradeço!!Ele foi e sempre vai ser a melhor pessoa, a pessoa perfeita que passou por essa vida...e tenho certeza que ele está com a sua vida inteira aqui na terra, cuidando e olhando por nós!!!Não sei se acredita, mas ele está sempre por perto de nós, principalmente nas horas mais difíceis, como sempre!BeijosDani – prima

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Quem diria que das circunstâncias brotaria esta veia artística, hein? Digo brotaria porque provavelmente ela já estivesse aí há muito tempo esperando o momento propício para se mostrar. Adorei seus textos principalmente o do liquidificador. O pior é que isto é uma realidade em quase todas as residências. É assim mesmo!!! Só mudam os endereços.Continue assim e encha-nos de palavras ricas como estas. Mesmo que não dê um livro, pelo menos vai nos engrandecer com suas ótimas idéias.Elma – amiga

Oi LúciaObrigada pelo envio das crônicas. Realmente são encantadoras! Sua habilidade em escrever é fantástica! Adorei! Foi muito bom ir até a Rua da Paz, a Fortaleza e retornar a Campinas – uma leitura, um passeio prazeroso, delicioso!Tenho certeza que, este seu dom irá florescer ainda mais e, levar alegria a muita gente – siga em frente!Lucia – amiga

Querida LuFoi muito bom ler os seus textos, escritos com muita sensibilidade e carinho.Estou na fila para conseguir o primeiro volume do livro!!!Ana Helena - prima

Que maravilha!Adorei o texto dos meninos!E mesmo no e-mail você consegue ser interessante. Você vai mesmo se tornar uma escritora! Parabéns!E eu também digo alto: EU TE AMO!Cilene – amiga

Cris, MINHA AMIGA,A Lucinha tem uma capacidade incomum de emocionar as pessoas; como ela é SENSÌVEL!

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Às vezes a gente sente uma coisa, mas não consegue expressar em palavras – o que não acontece com ela.Ela é uma excelente cronista, pois consegue falar das coisas do cotidiano com delicadeza, humor, sensibilidade e poesia. Sua forma de olhar para a vida tem muito a nos ensinar...Heloisa – amiga

Oi Lucia Como ainda não li todas as crônicas, vou dar meu parecer depois. Achei a do liquidificador DIVINA, porque às vezes faço o mesmo com as mais diversas situações. Chega de pensar nos outros e VIVA O BIQUINI!

Lucia!!!!!Que lindo!!!!!!!!Adorei saber mais sobre a cor e a gente sabe que do jeito que ela é coordenada, a influência é mesmo grande.

Nossa Lúcia!Acompanhei cada detalhe das imagens e juntei com minha vaga lembrança de Fortaleza e pude até ter a sensação da brisa e aquele calor maravilhoso, fora as sombras das nuvens..... Ai que saudade! Você sabe descrever como ninguém este pedacinho do céu.Tays - amiga

Oi LucinhaConcordo plenamente com tudo que escreveu sobre meu pai e lhe agradeço!!Ele foi e sempre vai ser a melhor pessoa, a pessoa perfeita que passou por essa vida...e tenho certeza que ele está com a sua vida inteira aqui na terra, cuidando e olhando por nós!!!Não sei se acredita, mas ele está sempre por perto de nós, principalmente nas horas mais difíceis, como sempre!BeijosDani – prima

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Oi Lúcia,tudo bem? Você não me conhece, mas gostei de ler seu depoimento!Espero que assim como você eu consiga me adaptar a essa nova fase da vida...Eu me dou muito bem com adoçante e ainda bem que não curto muito chocolate mas o que me pega são os doces caseiros e a cerveja bem gelada.Mas acho que chego onde você chegou. Obrigada pelo apoio e quando você tiver alguma coisa interessante me mande que eu adorarei receber.Bete – irmã da Marta

...Ao chegar na pagina 5 do último Bauru Ilustrado, fiquei deslumbrado com aquela carta maravilhosa que você escreveu, onde, de maneira simples e direta, foi feito um verdadeiro retrato, bastante fiel aliás, da personalidade do seu tio Rubinho. Jamais , em tempo algum, em toda minha vida eu li algo parecido, ou seja: uma carta tão cheia de amor, carinho, saudade, com tanta convicção de tudo aquilo que foi escrito. Confesso que algumas vezes aquela carta foi lida por mim e, claro que fiquei emocionado...Ruy Marques – amigo do Tio Rubens

Lucita,Não vou conseguir escrever como você, pois esse dom é único e exclusivo seu. Mas vou escrever um pouquinho do que você representa para mim.Você é uma pessoa simplesmente maravilhosa, te conheci em uma época difícil na minha vida e você se tornou uma amiga muito especial. Já tivemos várias conversas, demos muitas risadas, já torcemos juntos pelo timão, jogamos pocker, truco, almoçamos juntos e em todas as ocasiões você me surpreendeu. Tenho que dizer que você é uma mulher espetacular, mãe presente, esposa dedicada e com esse livro você irá poder mostrar um pouquinho do que é para quem não te conhece tão bem!Eu só posso dizer que adorei ter te conhecido e que você esteve sempre do meu lado para ajudar e que isso não tem preço. Te agradeço do fundo do meu coração tudo o que fez por mim.Obrigado!!!Alexandre – amigo

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LucinhaEu tinha lido algumas de suas crônicas que me agradaram imensamente. Agora sei que vão sair em um livro. Ele vai nascer grande! Um sucesso por suas observações encantadoras, pela sua doçura, seu amor pela família, sua alegria, seu talento. Nota dez também para seu humor, delicioso e raro. Antes que eu gaste todos os adjetivos do dicionário, um abraço especial de parabéns, na espera de mais livros seus.Tereza Noronha – tia (a escritora)

Vou comentar sobre o texto "Entre irmãos": Esse texto é maravilhoso, alem de emocionar muito.Você sabe o quanto valorizo a família e sempre achei a sua muito unida e acredito que isso é uma virtude que nunca devam deixar de lado.Imagino a sensação que é, estar escrevendo tudo isso, cada fato vivido, cada sentimento, lembranças... e com tanta competência.Li apenas alguns textos que você escreveu e cada um tem algo de especial que precisa ficar registrado prá sempre.Nós também temos muitos momentos especiais prá recordar e acabei de lembrar daquela noite que fui visita-los, eu e o Takao, e que chegando em sua casa enquanto esperavamos o Paulo você resolveu abrir um vinho.Sabe que não tenho o habito de beber e só bebo quando o papo está bom demais. Nem preciso dizer o quanto gostei de nossa conversa, pois tomamos 2 garrafas de vinho e olha que o Takao não tomou nada.Já pensou em escrever sobre esse momento??? Parabéns minha querida Amiga, sabe o quanto adoro você.Sucesso pra você sempre.BeijosSeu compadreLuiz - amigo

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Oi Lúcia,tudo bem? Você não me conhece, mas gostei de ler seu depoimento!Espero que assim como você eu consiga me adaptar a essa nova fase da vida...Eu me dou muito bem com adoçante e ainda bem que não curto muito chocolate mas o que me pega são os doces caseiros e a cerveja bem gelada.Mas acho que chego onde você chegou. Obrigada pelo apoio e quando você tiver alguma coisa interessante me mande que eu adorarei receber.Bete – irmã da Marta

...Ao chegar na pagina 5 do último Bauru Ilustrado, fiquei deslumbrado com aquela carta maravilhosa que você escreveu, onde, de maneira simples e direta, foi feito um verdadeiro retrato, bastante fiel aliás, da personalidade do seu tio Rubinho. Jamais , em tempo algum, em toda minha vida eu li algo parecido, ou seja: uma carta tão cheia de amor, carinho, saudade, com tanta convicção de tudo aquilo que foi escrito. Confesso que algumas vezes aquela carta foi lida por mim e, claro que fiquei emocionado...Ruy Marques – amigo do Tio Rubens

Lucita,Não vou conseguir escrever como você, pois esse dom é único e exclusivo seu. Mas vou escrever um pouquinho do que você representa para mim.Você é uma pessoa simplesmente maravilhosa, te conheci em uma época difícil na minha vida e você se tornou uma amiga muito especial. Já tivemos várias conversas, demos muitas risadas, já torcemos juntos pelo timão, jogamos pocker, truco, almoçamos juntos e em todas as ocasiões você me surpreendeu. Tenho que dizer que você é uma mulher espetacular, mãe presente, esposa dedicada e com esse livro você irá poder mostrar um pouquinho do que é para quem não te conhece tão bem!Eu só posso dizer que adorei ter te conhecido e que você esteve sempre do meu lado para ajudar e que isso não tem preço. Te agradeço do fundo do meu coração tudo o que fez por mim.Obrigado!!!Alexandre – amigo

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LucinhaEu tinha lido algumas de suas crônicas que me agradaram imensamente. Agora sei que vão sair em um livro. Ele vai nascer grande! Um sucesso por suas observações encantadoras, pela sua doçura, seu amor pela família, sua alegria, seu talento. Nota dez também para seu humor, delicioso e raro. Antes que eu gaste todos os adjetivos do dicionário, um abraço especial de parabéns, na espera de mais livros seus.Tereza Noronha – tia (a escritora)

Vou comentar sobre o texto "Entre irmãos": Esse texto é maravilhoso, alem de emocionar muito.Você sabe o quanto valorizo a família e sempre achei a sua muito unida e acredito que isso é uma virtude que nunca devam deixar de lado.Imagino a sensação que é, estar escrevendo tudo isso, cada fato vivido, cada sentimento, lembranças... e com tanta competência.Li apenas alguns textos que você escreveu e cada um tem algo de especial que precisa ficar registrado prá sempre.Nós também temos muitos momentos especiais prá recordar e acabei de lembrar daquela noite que fui visita-los, eu e o Takao, e que chegando em sua casa enquanto esperavamos o Paulo você resolveu abrir um vinho.Sabe que não tenho o habito de beber e só bebo quando o papo está bom demais. Nem preciso dizer o quanto gostei de nossa conversa, pois tomamos 2 garrafas de vinho e olha que o Takao não tomou nada.Já pensou em escrever sobre esse momento??? Parabéns minha querida Amiga, sabe o quanto adoro você.Sucesso pra você sempre.BeijosSeu compadreLuiz - amigo

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Maria Lucia Carvalho Bento Gonçalves, nasceu em Bauru, SP, em 15 de janeiro de 1960. Formou-se em Psicologia na USC - Bauru. Trabalhou durante 22 anos em empresas ferroviárias na área de psicologia organizacional. Atualmente mora em Campinas. Liquidificador é seu livro de estréia.

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Maria Lucia Carvalho Bento Gonçalves, nasceu em Bauru, SP, em 15 de janeiro de 1960. Formou-se em Psicologia na USC - Bauru. Trabalhou durante 22 anos em empresas ferroviárias na área de psicologia organizacional. Atualmente mora em Campinas. Liquidificador é seu livro de estréia.

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Este livro é para todos os leitores. Alguns encontrarão na sua leitura uma boa porção de sentimentos e recordações, além de pontos de

vista sobre coisas do dia-a-dia que muitas vezes passam despercebidas, sem que paremos pra pensar. Outros vislumbrarão, na

particularidade de cada crônica e especialmente no seu conjunto, uma realidade de --- quem sabe? --- toda uma geração. Isso tudo na

forma de relatos pessoais que, de maneira simples e despretenciosa, levam a compartilhar com a autora um pouquinho da sua vida. É claro que tais relatos tornam-se ainda mais emocionantes quando lidos por

nós, amigos e familiares, como demonstram os comentários aos textos, publicados no final. Porém, não é como filho, mas como leitor,

que eu afirmo: vale a pena conferir!

Sinceridade: talvez seja esta a palavra mais apropriada para descrever esta obra.

Eduardo Carvalho Bento Gonçalves