Livro de Resumos 2014

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- 1IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

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IX CONGRESSO NACIONAL CIENTISTAS EM AÇÃO

Centro Ciência Viva de Estremoz

Pólo de Estremoz da Universidade de Évora

8, 9 e 10 de maio de 2014 Comissão Organizadora: Coordenação Pedagógica – Carla Sofia Pacheco Acompanhamento Científico e receção de resumos – Vânia Silva Produção – Susana Campos Webdesign – Eduardo Pereira Colaboradores – Equipa CCVEstremoz: Alexis Soares, Alice Carretas, André Costa, Claúdia Pisco, Cristina Brito, Florbela Cebola, Fábio Amaral, Inês Pereira, Joana Pardal, João Paulo Maneta, Patrícia Pereira, Rute Canhoto e Sandra Espada

Comissão Científica: Professor Doutor Galopim de Carvalho – Museu de História Natural Professor Doutor Rui Dias – Centro de Geofísica de Évora, Escola de Ciências e

Tecnologia da Universidade de Évora (ECTUÉ), Laboratório de Investigação de

Rochas Industriais e Ornamentais (LIRIO), CCVEstremoz

Mestre Isabel Leal Machado – ECTUÉ, CCVEstremoz

Professora Ana Basaloco – Serviços de Educação do Município de Estremoz

Professora Cláudia Marçal – Biblioteca Escolar da Escola Secundária Rainha Sta. Isabel de Estremoz

Professor Doutor Jorge Bonito – Departamento do Pedagogia da UÉ

Professora Doutora Cristina Galacho – Departamento de Química da ECTUÉ

Professora Fernanda Abelho Dias – Escola Básica Sebastião da Gama de Estremoz

Professor Doutor António Ribeiro – Sociedade Geológica de Portugal Mestre Mariana Antunes – Ensino de Biologia/Geologia

Professor Doutor Carlos Pinto Gomes – Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da UÉ

Professor Doutor José Borges – Departamento de Física da ECTUÉ

Mestre Carla Sofia Pacheco – CCVEstremoz

Comunicadora de Ciência Vânia Silva – CCVEstremoz

Comissão de Honra: Professor Doutor Galopim de Carvalho – Museu de História Natural Vice-Presidente do Município de Estremoz – Francisco Ramos

Delegada Regional de Educação do Alentejo – Maria Reina Martín

Diretor Executivo do Centro Ciência Viva de Estremoz – Rui Dias

Diretor da ECTUÉ– Mourad Bezzeghoud

Professor Doutor António Ribeiro – Sociedade Geológica de Portugal Reitora da UÉ – Ana Freitas

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ÍNDICE Nota de Apresentação

PRÉMIO GALOPIM DE CARVALHO – 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico

Quem é o Cientista? – Prof. Galopim de Carvalho 9

O Avô e os netos falam de minerais 14

“Matemática e Ciência”, E.B. 1 Glória 18

“As abelhas polinizadoras do planeta”, Centro Educativo AliceNabeiro 19

“Porque é que os balões fazem barulho?”, Colégio de São José 21

“Clips fora da lei”, E.B de S. Mamede 23

“Ser ou não ser”, E.B.I. Dr. Joaquim Barros 24

“A Influência do solo no desenvolvimento da planta”, E.B. 1 de Arcos 25

“O resgate do cubo de gelo”, E.B. 1 de Evoramonte 27

“Dissolver ou não dissolver na água”, Agrupamento de Escolas de Torrão 28

“Como se propagam as plantas”, Escola Salesiana de Évora 29

“O segredo dos Micróbios 1”, E.B. 1 Glória 31

“As bactérias amigas ou inimigas”, Centro Educativo AliceNabeiro 33

“Porque é que as bolas saltam de maneira diferente?”, Colégio de São José 36

“As marés, Escola Salesiana de Évora 38

“O copo mágico”, E.B. de S. Mamede 39

“O Compostor – A caixinha mágica”, E.B. 1 de Arcos 40

“O segredo dos micróbios 2”, E.B. 1 de Glória 42

“A vela flutuante”, E.B. 1 de Evoramonte 43

“Ondas da Nazaré”, Escola Salesiana de Évora 44

“Quente ou frio”, E.B. 1 Glória 45

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“O Cobre e o Tungsténio Em Campo Maior, do período romano à actualidade! Oportunidades e ameaças”, Centro Educativo AliceNabeiro

46

“Na Dinamarca não existem elefantes!”, E.B. 1 de Evoramonte 48

“Porque é que os vasos de partem no Inverno?”, Colégio de São José 50

“Vamos fazer desaparecer objetos de vidro”, E.B. de S. Mamede 51

“Porque não caem as claras em castelo?”, Colégio de São José 52

“Plantas invasoras! Ameaça à biodiversidade”, Centro Educativo AliceNabeiro 54

PRÉMIO DOLOMIEU – 3.º Ciclo do Ensino Básico

Quem foi o Cientista? – DéodatDolomieu 57

“O Boltossauros Português”, E.B.I. Dr. Joaquim Barros 58

“Qual o conteúdo mais (adequado) em sementes para um saco térmico?”, Colégio de São José 59

“Afinal os dinossaurios também iam à praia”, E.B.I. Dr. Joaquim Barros 61

PRÉMIO ANTÓNIO RIBEIRO – Ensino Secundário

Quem é o Cientista? – Prof. António Ribeiro 63

Da deriva continental de Wegener à moderna geodinâmica global 64

“Aerogerador”, Externato Infante D. Henrique 66

“Biocompostagem doméstica com Minhocas”, Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel 67

“Investigar o Sismolador”, Escola Secundária de Valongo 68

“EnergyLumps”, Externato Infante D. Henrique 71

“Como manter o equilíbrio de concentrações nas células necessário à vida?” Escola Secundária de Albufeira

73

“Produção biológica de Caracóis”, Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel 75

“Pedal Power”, Externato Infante D. Henrique 76

“Turbiditos… do fundo do mar à Serra do Caldeirão”, Escola Secundária de Loulé 77

“A produção vitivinícola”, Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel 79

“Resibox”, Externato Infante D. Henrique 80

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“Álcool etílico: do Açúcar ao Combustível”, Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel 81

“Gourmet Solar”, Externato Infante D. Henrique 82

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Nota de Apresentação

As ciências e as tecnologias atingiram nos dias de hoje, um papel extremamente

importantna sociedade. Torna-se fundamental que os cidadãos criem e desenvolvam hábitos

e competências no campo das ciências experimentais e das tecnologias, áreas por

excelência, onde se manuseiam materiais, aprendem técnicas e se verifica como os

processos naturais se desenvolvem. As atividades práticas tendem, atualmente, a ocupar um

lugar de destaque e insubstituível, reclamando um espaço próprio nos currículos de ciências.

A sua utilização é vista cada vez mais, como uma estratégia importante e necessária de

ensino-aprendizagem.

Por outro lado, tendo em vista a importância fundamental da troca de experiências e ideias

entre as pessoas, a sua discussão e a importância fundamental do poder reconhecer-se que

afinal podemos estar errados, sem que isso constitua um problema, surgiu no ano letivo de

2005/2006 a 1ª edição do que é atualmente o "Congresso Nacional Cientistas em Ação.

Pretende-se com o Congresso Nacional “Cientistas em Ação” desenvolver o contato e a troca

de ideias entre cientistas, os alunos e professores, promovendo a colocação dessas ideias à

observação dos outros, podendo admitir-se que se está errado... no âmbito da divulgação e

partilha da cultura científica e tecnológica.Com âmbito nacional, pretende-se também

promover o espírito científico dos jovens, através da realização e desenvolvimento de

projetos científicos nos quais o ensino experimental das ciências se revela como uma

prioridade.

O presente Livro de Resumos, está organizado em três capítulos, correspondente aos três

prémios de dia 8, 9 e 10 respectivamente:

- Prémio Galopim de Carvalho, (1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico);

- Prémio Dolomieu, (3.º Ciclo do Ensino Básico)

- Prémio António Ribeiro, (Ensino Secundário)

A Comissão Organizadora.

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IX Congresso Nacional Cientistas em Ação

PRÉMIO GALOPIM DE CARVALHO

1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico

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- 9– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

QUEM É O CIENTISTA?

Professor Doutor Galopim de Carvalho

Nascido em 1931, António Marcos Galopim de Carvalho é um eborense com obra realizada

nos domínios da ciência e da cultura e, além disso, um cidadão interventor com largas

provas dadas e reconhecidas aos mais variados níveis do Estado, da comunicação social e do

público, em geral.

Como professor leccionou várias disciplinas (era assim no seu tempo) no Departamento de

Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, de 1961 a 2001, Sedimentologia no Instituto de

Geografia da Faculdade de Letras de lisboa, de 1965 a 1981, Sedimentologia na Universidade

dos Açores, de 1990 a 1993, de Geologia de Portugal, na Universidade do Algarve, de 1996 a

1998, e de Mineralogia e Geologia na Cooperativa Arco, na década de 1990.

Como investigador, para além das cerca de oitenta participações (e mais de uma centena de

comunicações) em congressos e outras reuniões científicas no país e fora dele, e do grande

número de artigos científicos que publicou, ressaltam duas obras fundamentais na Geologia

e na Paleontologia portuguesas:

- a tese de doutoramento, sobre a Geologia da Bacia Terciária do Tejo, concluída há 45 anos,

mas de uma actualidade reconhecida pelos seus pares;

- um estudo inovador de Paleontologia sistemática sobre Briozoários do Cenozóico

português, num total de 68 espécies, algumas novas para a ciência. Neste estudo, publicado

em 1971, criou uma metodologia de análise quantitativa para a identificação específica, que

foi adoptada no vol. 68 da Faune de France, publicado em 1966.

Criou e dirigiu uma dezena projectos de investigação nas área da Paleontologia, da

Estratigrafia e da Geologia Marinha. Nesta última, em colaboração com o Prof. Alveirinho

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- 10– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Dias, seu ex-aluno, criou e sedeou no Museu Nacional de História Natural (MNHN), a

primeira escola de Geologia Marinha, em Portugal, na qual se formaram mais de uma

dezena de doutores, hoje investigadores de muito mérito neste domínio, ao serviço das

nossas Universidades e Laboratórios do Estado.

No domínio da Paleontologia e com o apoio da Câmara Municipal. da Batalha, criou ali um

Laboratório de Paleontologia dos Dinossáurios, como pólo do MNHN, financeiramente

suportado pela autarquia, que assumiu, igualmente, os custos das escavações realizadas no

concelho.

Concebeu e conduziu os estudos que levaram à criação, em Viseu, do projecto do

geomonumento do Monte de Santa Luzia (Prémio Nacional do Ambiente – Autarquias, em

1997) e do Museu do Quartzo – Centro de Interpretação Galopim de Carvalho, único à escala

mundial, inaugurado em 2012 pelo Ministro da Educação.

Além de professor foi geólogo prático, no terreno, sendo um dos poucos docentes

universitários com nome ligado à cartografia geológica do País, com levantamentos nas

regiões de Castelo Branco, Castro Verde, Évora, Monte Trigo, Moura, Ponte de Sor, Santiago

do Cacém, Sines e Tomar. Nesta sua actividade descobriu e estudou as primeiras jazidas

portuguesas de palygorskite e de bentonite, dois tipos de argilas de elevado interesse

económico. Reconheceu e estudou, ainda, as importantes jazidas de areias siliciosas de

Coina e Rio Maior, essenciais à grande indústria vidreira.

Ministrou cursos em diversas universidades portuguesas e proferiu lições e conferências em

todas elas e em numerosas escolas do Continente e das Ilhas e em Macau, do Básico ao

Secundário. Proferiu, ainda, conferências no Rio de Janeiro, Luanda, Madrid, Paris, Bruxelas,

Londres, Estrasburgo, Munchehagen (Hanôver, Alemanha), Toronto e Drumheler (Alberta,

Canadá).

No dia da sua jubilação, em 2001, a Faculdade de Ciências de Lisboa proporcionou-lheuma

cerimónia que fez história. O grande auditório completamente esgotado nos seus cerca de

800 lugares (como nunca acontecera ou voltou a acontecer e actos semelhantes), tinha

gente em todas as coxias a assistir à sua última lição, “Geologia e Cidadania”. Na primeira

fila, o ex-Presidente Ramalho Eanes, o Ministro da Ciência, Prof. Mariano Gago, o Reitor da

Universidade, Prof. Barata Moura, o Director da Faculdade, Prof. Pinto Paixão, o Presidente

da JNICT, Prof. Ramôa Ribeiro e o Presidente da Fundação da UL Prof. David Ferreira

quiseram testemunhar-lhe o seu apreço.

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- 11– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Como homem de cultura, entrou tarde na literatura, que Natália Correia classificou de

“etnografia ficcional”, com cinco livros publicados, entre 1993 e 2008, e revelou-nos uma

sua faceta menos conhecida, no domínio das artes plásticas, com algumas exposições de

desenho, pintura e escultura, num total de três dezenas de obras.

Enquanto cidadão, revelou-se um divulgador na área das ciências da Terra. Como tal

publicou uma dezena de livros livros e numerosos artigos em múltiplos jornais e revistas;

proferiu palestras em todo país (em Bibliotecas Municipais, Centros Culturais, Sociedades

Recreativas etc.); promoveu as mais visitadas exposições, com centenas de milhar de

visitantes, e introduziu em Portugal, em 1998, as feiras anuais de minerais, gemas e fósseis,

com 28 edições cumpridas, sempre frequentadas por milhares de interessados, ávidos e em

número crescente.

Ainda como cidadão, foi interventor activo na defesa e valorização do nosso património

geológico e paleontológico, numa luta cívica que fez escola, deu frutos e que conta já com

múltiplos seguidores. Neste domínio de actividade, concebeu e tem vindo a divulgar o

conceito de Exomuseu da Natureza. Os sítios (geomonumentos e geossítios) classificados no

âmbito dos Protocolos que assinou, em nome do MNHN, com as autarquias de Évora, Lisboa,

Setúbal e Viseu, foram aceites por estas como pólos da Universidade de Lisboa nos

respectivos concelhos.

Em reconhecimento da sua actividade nos domínios mencionados o Presidente Mário Soares

distinguiu-o com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada –

Ciências, Artes e Letras.

Nesse mesmo reconhecimento, o Presidente Jorge Sampaio incluiu-o, como representante

da comunidade científica, na comitiva que o acompanhou na sua viagem de Estado ao Brasil,

em 1977.

Também o Governo decidiu homenageá-lo, através do Ministério da Educação, dando o seu

nome à Escola Básica 2+3 de Pego Longo (Sintra),em 1999, nome que, em 2002, tornou

abrangente a todo o Agrupamento de Jardins de Infância e Escolas da zona.

O reconhecimento, pela comunicação social, da sua actividade, em prol da divulgação da

ciência mereceu-lhe prémio “Bordalo da Ciência”, em 1994.

A organização ambientalista QUERCUS, conferiu-lhe, em 1995, o Prémio Nacional do

Ambiente.

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- 12– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Pela sua colaboração no processo de candidatura de Sintra a Património Mundial

daUNESCO, a autarquia concedeu-lhe a Medalha de Prata do município.

Évora, a sua terra natal, distinguiu-o, em 2000, com a Medalha de Ouro de mérito municipal.

Em 2003 foi distinguido com o Prémio Prestígio Mais Alentejo (Ciência).

Em 2006, a Associação Portuguesa de Museologia, concedeu-lhe o Prémio APOM (melhor

personalidade do ano na área da museologia).

Pelo trabalho desenvolvido na musealização da jazida com pegadas de dinossáurios da

Pedreira do Galinha, a Câmara Municipal de Ourém atribuiu-lhe a Medalha de Ouro do

município.

A culminar uma caminhada ao serviço da divulgação científica foi galardoado este ano de

2013, com o Grande Prémio Ciência Viva – Montepio.

LIVROS PUBLICADOS

Dirigidos aos ensinos secundário e superior e à divulgação científica publicou:

1965 – Sedimentologia aplicada à Geomorfologia, edição policopiada do Centro de Estudos

Geográficos da Universidade de Lisboa.

1968 – Contribuição para o Conhecimento Geológico da Bacia Terciária do Tejo, Mem. Serv.

Geol, de Portugal, NS, nº 15, Lisboa

1971 - Briozoários do Terciário Português, edição do Centro de Estudos de Geologia da

F.C.U.L.

1977-78 – Geologia, Vols. I, II e III, edição do Ministério da Educação (Ano Propedêutico).

1980 – Geologia, Volume I – A Terra, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O. Vau e P.

Baptista, Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.

1981 – Vol. II – Geodinâmica, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O. Vau e P.

Baptista, Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.

1989 – Dinossáurios, edição da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Colecção Natura.

1991 – A Vida e Morte dos Dinossáurios, em colaboração com Nuno Galopim de Carvalho,

Gradiva.

1991 – Geologia do Arquipélago da Madeira, em colaboração com J. Brandão, edição do

Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa.

1994 – Dinossáurios e a Batalha de Carenque, Editorial Notícias.

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- 13– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

1995 – Mineralogia e Cristalografia, edição da Universidade Aberta.

1996 – Morfogénese e Sedimentogénese, edição da Universidade Aberta.

1997 – Petrogénese e Orogénese, edição da Universidade Aberta.

2000 – Guadiana Antes de Alqueva, edição da Direcção Geral do Ambiente, Évora.

2000 – Introdução ao Estudo dos Minerais, com uma 2ª edição em 2002, Âncora Editora.

2002 – Introdução ao Estudo do Magmatismo e das Rochas Magmáticas, Âncora Editora.

2002 – Dinossáurios – Uma Nova Visão, em colaboração com J. P. Barata e Vanda Santos,

Âncora Editora.

2003 – Geologia Sedimentar, Volume I, Sedimentogénese, Âncora Editora.

2004 – Geologia Sedimentar, Volume II, Sedimentologia, Âncora Editora.

2006 – Geologia Sedimentar, Volume III, Rochas Sedimentares, Âncora Editora.

2007 – Como Bola Colorida, Âncora Editora.

2008 – Contos da Dona Terra, em colaboração com M. H. Henriques e M. J. Moreno.

Comissão Nacional da UNESCO e C.M. de Cascais. Soc. Industrial Gráfica.

2011 - Dicionário de Geologia, Âncora Editora

2012 – Era uma vez…com Ciência, Âncora Editora.

2012 – Conversas com os Reis de Portugal, Âncora Editora

No prelo – Evolução do Pensamento Geológico, nos contextos filosófico, religioso, social e

político da Europa. Âncora Editora.

Em conclusão – As Pedras e as Palavras.

Em preparação – Geotoponímia.

No domínio da literatura de ficção publicou:

1993 - O Cheiro da Madeira, Editorial Notícias, mais duas edições em 1995 e 2002, Âncora

Editora.

1995 - O Preço da Borrega, Editorial Notícias.

1997 - Os Homens Não Tapam as Orelhas, Editorial Notícias.

2002 - Com Poejos e Outras Ervas, Âncora Editora, reeditado pelo Círculo de Leitores, em

2004.

2008 - Fora de Portas, Memórias e Reflexões, Âncora Editora.

Em preparação – Porta Nova.

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- 14– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

O Avô e os netos falam de minerais Naquele Verão, era sempre com o Sol a descer para lá do Oceano, que o avô falava

das muitas coisas que haviam sido o seu mundo como geólogo e professor de

geologia. Enquanto a mãe terminava as tarefas que sempre se seguiam ao jantar, o

Domingos e os gémeos Francisca e Mateus, rodeando o avô, tinham nos olhos o

brilho da curiosidade. Mais velho, o Domingos, terminara o 7º ano de escolaridade.

O Mateus e a Francisca tinham concluído o 6º. O tempo de férias era agora todo

deles, com praia pela manhã, jogos e leituras, dentro de casa, nas horas mais

quentes da tarde e aquele apetecido convívio, antes de irem dormir, que os conduzia

a maravilhosas viagens e aventuras. Das caminhadas por entre montanhas e

planícies, desciam às profundezas oceânicas e nadavam nas águas límpidas e

mornas por entre corais e tubarões, subiam ao topo de vulcões jorrando lavas

incandescentes ou projectando nuvens imensas de cinza, caminhavam sobre dunas

escaldantes no deserto de areia ou por entre a vegetação luxuriante e húmida de

uma floresta equatorial, percorriam grutas repletas de cristais e imaginavam-se entre

dinossáurios e muitos outros animais desaparecidos. No terraço da casa em que

viviam, numa rechã da vertente norte da serra de Sintra, sentados em volta de uma

mesa com tampo de ardósia, onde se podia escrever e desenhar a giz, o avô não

parava de falar. Paisagens que percorrera, minas onde descera, museus que

visitara, grandes figuras que conhecera e episódios que vivera ou presenciara, eram

condimentadas com ensinamentos nos domínios em que trabalhara e que, ao

mesmo tempo, estivessem entre as matérias constantes dos programas escolares

destes três elementos do seu pequeno e interessado auditório.

- Tirando os animais e as plantas que temos por aqui, - começou, naquele fim de

tarde, o avô - tirando as cadeiras, os bancos e os outros objectos de madeira, à

nossa volta, e a roupa de algodão que trazemos no corpo, tudo o que nos rodeia tem

origem mineral.

- Mineral é tudo o que não é animal ou vegetal. Aprendemos isso, este ano, na

minha aula. - Adiantou-se o Domingos.

- No meu tempo de escola – continuou o avô, - falava-se dos três reinos da natureza:

o reino animal, o reino vegetal e o reino mineral. É precisamente, deste último que

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- 15– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

vos quero falar, pois é neste reino que se situam as rochas que formam toda a

superfície da Terra, nos continentes ou nas ilhas, e o fundo de todos os mares.

- Isso é a crosta terrestre. - Interrompeu, de novo o neto. – Apreendemos isso este

ano.

- É verdade. – Anuiu o avô. – E para terem uma ideia do que é a crosta terrestre,

pensem numa cereja com o caroço no centro da polpa, mais volumosa e que é a

parte que se come, por sua vez, envolvida na pele. A Terra é assim como a cereja -

o caroço chama-se núcleo, a polpa corresponde ao manto e a pele é a crosta. Mas,

deixem-me continuar. Uma vez que as rochas são feitas de minerais, temos de

saber o que são os minerais.

- Diga, avô. – Pediu a Francisca.

- Mineral é uma substância natural, o que quer dizer que foi criada na natureza, que

não foi feita pelas pessoas. A pedra desta mesa é natural, mas as telhas das casas

não são; mas foram fabricadas com uma substância natural que vocês conhecem e

que é a argila ou barro.

- Eu sei o que é, avô. – Disse o Mateus. – Fizemos bonecos de barro na minha aula.

- Os minerais – continuou o avô - caracterizam-se por serem sólidos, terem uma

certa composição química e por terem uma estrutura cristalina bem definida. Eu já

explico o que é que isto quer dizer.

- Lá na escola temos muitos minerais. – Interrompeu o Domingos. – Eu já conheço o

quartzo, o feldspato, a mica branca, a mica preta, a calcite, a pirite e o gesso. Mas a

minha professora diz que há muitos mais.

- É verdade. – Confirmou o avô. - Centenas e centenas. Tantos que só os

especialistas conhecem e sabem para que servem.

- E o que é composição química? – Perguntou a Francisca.

- Não custa nada. - Interrompeu o Domingos. – É dizer se tem oxigénio, ferro,

carbono e outros elementos químicos. A minha professora diz que há mais de cem

elementos químicos, mas que os mais comuns não chegam a vinte.

- Então, vamos lá explicar o que é a composição química. – Recomeçou o avô. –

Tudo o que seja coisa que se veja ou em que se mexa é feito de átomos de

elementos químicos e os átomos são coisinhas tão pequeninas, tão pequeninas, que

nem ao microscópio se conseguem ver. O ar à nossa volta, na atmosfera, tem vários

gases. Um deles é o oxigénio que é o elemento químico mais abundante na crosta

terrestre. É um gás,que dizemos que é simples porque só tem esse elemento.

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- 16– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

- Mas a gente não vê o ar nem lhe pode mexer, avô? – Contrapôs a Francisca.

- Não o vês nem o agarras, mas podes senti-lo. Basta que te abanes com a mão

para o sentires.

- É o vento, avô! – Sorriu a neta, a mostrar que compreendera a explicação.

- Sim, é o ar em movimento. Mas, continuando, o oxigénio e o carbono formam um

outro gás da atmosfera que é, como vocês já aprenderam, o dióxido de carbono.

- O carbono é o elemento químico de que é feito o carvão. – Disse o Domingos

- É verdade. – Confirmou o avô e acrescentou: - Há dois minerais muito importantes

feitos de carbono.

- Um é o diamante. - Interrompeu o Mateus. – O meu pai sabe muito de pedras

preciosas e já nos ensinou isso.

- O outro – continuou o avô – chama-se grafite, é um mineral preto e muito macio,

com muita utilidade na indústria. Essa pontinha preta dos lápis de escrever é feita de

grafite.

- E a água, avô? – Perguntou o Mateus, muito interessado neste assunto.

- A água é um líquido composto de dois elementos, o oxigénio, de que já falei, e um

outro gás chamado hidrogénio.

- O hidrogénio é o gás com que se enchem os balões que sobem no ar. – Explicou o

Domingos.

- E sobem, - acrescentou o avô, - porque é mais leve. – E continuou. - Sendo gases,

quando simples, o oxigénio e o hidrogénio dão origem a um líquido quando se

combinam.

- E este, de que é feito, avô? – Perguntou o Domingos, mostrando um bonito cristal

que o avô reconheceu de imediato. – Deu-mo uma senhora chamada Liliana,

durante uma visita da minha escola ao Museu de História Natural. É uma doutora de

lá, que guiou a visita, sempre a explicar tudo. Pegou num grande cristal deste

mineral e deu-lhe uma martelada que o partiu em cristais mais pequenos, mas todos

com a mesma forma, e que, depois, distribuiu pela malta.

- Esse mineral chama-se calcite. É um sólido composto por carbono, oxigénio e

cálcio e é o mineral que, praticamente, constitui a grande maioria dos calcários como

estes que estão aqui no pavimento do terraço e os que formam as ombreiras da

porta e das janelas da vossa casa.

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- 17– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

- Nós temos cálcio nos ossos, avô. - Interrompeu no Domingos. - E a casca dos ovos

também tem cálcio, explicou-nos a doutora Liliana. Ela também disse que é por

terem cálcio, que se diz calcite e calcário.

- Exacto. - Confirmou o avô

- O avô disse ainda que os minerais são sólidos com uma estrutura cristalina. O que

é que isso quer dizer? – Perguntou o Domingos.

- Então vamos lá por partes. – Começou o avô. - Já dissemos que todas as coisas

são feitas de átomos. Torno a dizer que os átomos são pontinhos de matéria tão

pequeninos, que não os podemos ver nem com o microscópio mais potente. Átomo

é uma palavra grega que que dizer indivisível. Há, pois, átomos de oxigénio, átomos

de de carbono, de cálcio, tantos quantos os diferentes elementos químicos, cerca de

cem, como já dissemos. Até aqui estamos entendidos?

- Pode continuar, avô. – Anuiu o neto mais velho.

- Por definição, todos os minerais são sólidos em que os respectivos átomos estão

dispostos num arranjo tão certinho, como as peças do lego, empilhadas, ao lado,

atrás e acima umas das outras. Esse arranjo é a estrutura cristalina que caracteriza

cada mineral e é diferente de mineral para mineral. Perceberam?

- Sim, avô. - Respondeu a Francisca. – Adiantando-se aos irmãos.

- Então já podemos dizer, de modo a que vocês entendam que os minerais se

caracterizam por serem substâncias naturais, sólidas, por terem uma certa

composição química e por terem uma estrutura cristalina própria e bem definida.

- Meninos! – Interrompeu a mãe – Por hoje, já chega. Um beijinho ao avô e toca a

vestir os pijamas, lavar os dentes e ir para a cama. Amanhã há que levantar a horas

de estarmos na praia bem cedo.

Page 18: Livro de Resumos 2014

- 18– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Matemática e Ciência” 1+1=2?

Camila Ramalho1, Mariana Frade

1,Matilde Valadeiro

1, Miguel Canhoto

1 & Maria Antónia Parrulas

2,

Maria Vitória Malhadas2

1-Alunos do 1º e 2º ano da Escola Básica de Glória 2-Docentes do 1º Ciclo da Escola Básica de Glória

Finalidade: Com esta actividade experimental pretende-se verificar se do somatório de uma substância com outra substância o resultado é sempre igual.

Materiais: - 4 copos pequenos - 4 copos grandes - água - açúcar - refresco de morango em pó - leite

Método: - Encher um copo pequeno com água e despejar no copo grande. Registar a marca no copo grande nº 1. - Encher outra vez o copo pequeno com água e despejar novamente no copo grande nº 1. Registar a marca. - Encher outro copo pequeno com água e despejar no copo grande nº 2. Registar a marca. - Encher um copo pequeno com açúcar e despejar no copo grande nº 2. Registar a marca. - Encher outro copo pequeno com água e despejar no copo grande nº 3. Registar a marca. - Encher um copo pequeno com refresco em pó e despejar no copo grande nº 3. Registar a marca. - Encher outro copo pequeno com água e despejar no copo grande nº 4. Registar a marca. - Encher um copo pequeno com leite e despejar no copo grande nº 4. Registar a marca.

Verificação: Verificou-se que nos copos em que se misturava uma substância líquida com outra líquida o somatório era diferente do somatório de uma substância sólida com uma substância líquida.

Conclusão: Alguns líquidos, como a água e o açúcar têm na sua composição espaços livres que vão ser ocupados por partículas do açúcar e do refresco de morango, que se dissolveram. Por isso é que duas medidas de água ou de leite ocupam mais espaço do que uma medida de água mais uma medida de açúcar ou de refresco. Afinal, às vezes, 1+1 não é igual a 2.

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- 19– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“As abelhas, polinizadores do planeta!”

Duarte Lages1, Duarte Guerra

1, Eduardo Damião

1& Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior 2-Docente do Espaço Ciência do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior Nota| Ecologia, entomologia, biodiversidade, saúde e bem estar

Finalidade: Com este trabalho temos a finalidade de dar a conhecer a principal razão pela qual enquanto humanos não podemos perder as abelhas. Este motivo chama-se polinização. Para a maioria das pessoas as abelhas são seres para matar, mas não pensamos a sua importância à escala global. Sem elas ficaríamos sem plantas com flor o que levaria ao colapso da nossa dieta alimentar. As plantas evoluíram em conjunto com as abelhas e essa relação foi boa para ambas. Os humanos esqueceram a sua importância e apenas nos lembramos dos seus magníficos produtos como o mel, o néctar, a gelia real ou a cera. Este trabalho pretende colocar as abelhas no lugar de destaque que merecem, pelo importante contributo que deram ao planeta.

Material: - maquete de flor - maquete de abelha - entrevista a apicultor e visita a apiário - guias de plantas - livro, “Os montados”

Método: - A evolução e as abelhas - A abelha e a colmeia - As abelhas como bioindicadores da qualidade do ambiente - As ameaças ás abelhas, alerta, perigo!! - Os montados e as abelhas, quais as plantas melíferas - As abelhas e a polinização - As abelhas e o Homem na nossa região - Conclusões

Apiários em pleno montado, caso de estudo.

Conclusão: Este projeto mostrou-nos a importância das abelhas na história evolutiva do planeta. Seguindo as ideias de Darwin e Wallace, percebemos a importância das abelhas neste processo evolutivo. Tornaram-se necessários aliados na colonização do planeta pelas plantas com flor e eis que surgem os insetos como o elo perfeito. Em relações de simbiose, em que ambos ganham, as abelhas e as plantas com flor nunca mais se separaram. Os registos fósseis relativos aos primeiros insetos são remotos. O fóssil mais antigo de um inseto tem cerca de 400 milhões de anos, mas pensa-se terem existido ainda antes. Com cerca de 90 % do reino animal composto por insetos podemos afirmar que são dos seres vivos melhor adaptados no planeta e ocupam quase todos os ambientes, mesmo os mais hostis. Através de milhões de anos de evolução desenvolveram sociedades complexas, técnicas de voo únicas e mecanismos de defesa (venenos) mortíferos para predadores e mesmo para as suas presas. Eis que as plantas com flor

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- 20– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

descobriram num pequeno inseto, as abelhas, o melhor aliado para a sua sobrevivência. Mas as abelhas, por sua vez, também descobriram uma reserva de alimento até então desconhecida, o néctar. As abelhas e a sua forte cultura de sociedade organizada venceram o tempo e seguiram durante milhões de anos a sua árdua tarefa de polinizar os ambientes terrestres, criando os mais belos tapetes florais e em troca aperfeiçoaram as suas colmeias enquanto maternidades ricas em geleia real (alimento da rainha), néctar e pólen. Mas nesta viagem ainda não falámos do Homem. Este novo ser, surgiu no planeta há 4 milhões de anos e rapidamente descobriu forma de explorar os recursos naturais em seu proveito. Os relatos mais antigos de recolha de mel em colmeias em forma de pintura rupestre datam de há cerca de 4 mil anos perto de Valência (Espanha). Este nosso trabalho tem assim o papel de mostrar a importância das abelhas par o nosso planeta e lançar um alerta sobre as ameaças que elas sofrem e o que nos poderá acontecer caso desapareçam.

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- 21– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Por que é que os balões fazem barulho quando rebentam?”

Tomás Moura1 & Carla Pedro

2

1-Aluno do Colégio de São José, Ramalhão 2-Docente do Colégio de São José, Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a razão pela qual os balões fazem barulho quando rebentam.

Observação: Pensei nesta pergunta durante uma festa. Um balão, ao rebentar, chama muito à atenção por causa do seu barulho.

Material: -balões; -agulha; -pau de espetada; -bomba de ar.

Hipótese: O ar dentro do balão está em maior pressão do que o ar do exterior. Quando o tecido do balão rebenta, as pressões tendem a igualar-se, causando vibrações no ar, que são captadas pelos nossos ouvidos.

Método: A experiência será dividida em 3 testes e em cada um deles iremos comparar o barulho produzido por cada balão. Teste 1: -Com a bomba de ar, encher dois balões com diferentes quantidades. Num deles dar 50 vezes à bomba e no outro 25 vezes; -Com a mesma agulha, rebentar ambos os balões tentando que o movimento da agulha seja o mais parecido possível (a agulha vá direção ao balão com a mesma velocidade). Teste 2: -Com a bomba de ar, encher dois balões com a mesma quantidade de ar (dar à bomba 50 vezes em cada balão); -Rebentar um dos balões com a agulha e o outro com o pau de espetada, tentando novamente que o movimento da mão seja o mais parecido possível, ou seja, tentando furar o balão em ambos os casos com a mesma velocidade. Teste 3: -Com a bomba de ar, encher dois balões com a mesma quantidade de ar (dar à bomba 50 vezes em cada balão); -Rebentar os dois balões com a mesma agulha mas com velocidades diferentes, isto é, um deles será furado muito rapidamente e o outro muito lentamente.

Observações:

Teste 1: O balão com mais ar fez um barulho maior do que o balão com menos.

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- 22– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Teste 2: Na primeira tentativa, os sons foram muito parecidos. Na segunda e terceira tentativas, o balão que foi furado com o pau de espetada fez mais barulho.

Agulha Pau de espetada

1ª tentativa - (pouca diferença) + (pouca diferença)

2ª tentativa - +

3ª tentativa - +

Teste 3: O mais rápido pareceu ligeiramente mais barulhento. No entanto, a diferença não foi assim tão notória como nos outros dois testes.

Pouca velocidade Muita velocidade

1ª tentativa inconclusivo inconclusivo

2ª tentativa - +

3ª tentativa - +

Conclusões: O barulho produzido pelo balão a rebentar aumenta com a quantidade de ar dentro do balão, com o tamanho do furo e com a velocidade a perfurar. Segundo esta experiência, a minha hipótese confirma-se.

Balão pequeno Balão grande

1ª tentativa - +

2ª tentativa - +

3ª tentativa - +

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- 23– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

"Clips fora da Lei"

Carlos Almeida1, Diogo Barras

1, Leonor Jesus

1, Rita Sabino

1 & Maria José Grácias

2

1-Alunos do 3º ano,da Escola Básica de S. Mamede. 2-Professora do 1º Ciclo, da Escola Básica de S. Mamede

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivodemonstrar a “indução magnética” ou o “magnetismo induzido.” Clips vulgares desafiam “as leis da gravidade”…

Material: - uma caixa de cartão - um cartão para fundo falso - um íman forte -fita-cola forte - clips

Método: - Coloca-se o íman dentro da caixa e tapa-se com um cartão para fazer fundo falso, prende-se com fita-cola; - Depois de a cadeia ter sido desfeita por alguns espectadores/júris, pega-se no primeiro clip e mantém-no, diretamente, por cima do íman (o campo magnético atravessará o cartão); - Quando o segundo clip é encostado ao primeiro, o campo magnético passará de um para o outro, fazendo que eles se mantenham juntos. Ficam presos um ao outro sem estarem enganchados e começam a formar uma cadeia, um verdadeiro desafio às leis da gravidade, (como se fossem mágicos); - Acontece o mesmo com os outros clips, (mais quatro ou cinco); - Para terminar o truque, afasta-se a mão do íman ao mesmo tempo que se ordena com frase mágica que os clips caiam. Dando a ideia que os clips só se soltam ao som da ordem; - De seguida, solicita-se a alguém presente, que tente efetuar a mesma experiência, mas de forma, que não esteja no campo magnético do íman; - Verifica-se que os clips só respeitam o cientista responsável pela experiência…; - Será ele mesmo mágico? Será a frase mágica a responsável pelo feito conseguido?

Conclusão: O clip é afetado pelos campos magnéticos porque é uma liga que tem propriedades magnéticas. Os campos magnéticos atravessam o clip. Este é transformado num íman enquanto permanecer no campo magnético. Chama-se a isto “indução magnética” ou “magnetismo induzido”.

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- 24– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Ser ou não ser” Impressão de uma cauda de dinossáurio

Afonso Melo1, João Gonçalves

1, João Renato

1, Nuno Santos

1 & Celestino Coutinho

2

1e 2-Grupo de Paleontologia da EBI Dr. Joaquim de Barros, Paço de Arcos (GP)

Introdução: Os ossos dos dinossáurios assinalam a sua morte e as transformações posteriores. Mas como é que eles viviam? Pegadas e outras impressões do corpo constituem manifestações de vida, refletindo a anatomia em acção. De fato, embora as partes duras nos digam muito sobre a estrutura corporal dos dinossáurios e até a sua provável aparência, não fornecem evidências tão concretas sobre os seus comportamentos. Assim, são os vários tipos de icnofósseis que nos permitem interpretarmos comportamentos. A sua caracterização, evidência de presença e/ou de ausência, são importantes para aumentar os nossos conhecimentos. Entre eles, as impressões de caudas permitem explicar comportamentos enquanto os animais progrediam e podem mesmo ser utilizadas para fins de classificação. Em especial, impressões de caudas associadas a marcas de agachamento – impressões de pés colocadas lado a lado, dos ossos púbicos, algumas vezes até de mãos – e impressões longas de caudas associadas a pegadas / pistas, podem ser utilizadas para determinarmos hábitos locomotores e até inferirmos dados sobre a sua anatomia. Podem mesmo contribuir para compreendermos melhor a evolução de alguns subgrupos de Dinosauria. As primeiras reconstruções dos dinossáurios mostravam animais arrastando passivamente as caudas quando progrediam em terra. A ausência de impressões de caudas associadas com algumas pistas eram interpretadas como resultado das caudas flutuarem em águas pouco profundas, habitat supostamente preferido dos dinossáurios. Mas, de fato, os dinossáurios não arrastavam normalmente as caudas. Já na década de 70 do século passado, com base em evidências anatómicas e nos dados fornecidos pelas pistas fósseis, conhecidas em número crescente, os investigadores tinham concluído que estes répteis erguiam as caudas bem acima do solo. Mesmo sem algumas especializações anatómicas – tendões da cauda ossificados, processos as vértebras caudais que enrijeciam e reforçavam as caudas - a osteologia dos dinossáurios demonstra que as caudas permaneciam erguidas. Mesmo assim, existem alguns casos conhecidos de impressões de caudas atribuídas a dinossáurios, embora em ínfima minoria. Entre eles, está uma impressão descoberta em 1976 na jazida dos Lagosteiros, do Cretácico inferior, e atribuída a um dinossáurio ornitópode que se teria parado (a única conhecida para o nosso país). Embora a referência a esta eventual impressão tenha sido muito resumida, nunca mais surgiu na literatura científica qualquer dado adicional. Uma saída de campo a esta jazida permitiu-nos analisar mais em pormenor a amostra e compará-la com outras conhecidas para várias jazidas a nível mundial. Este estudo permitiu-nos tentar responder a algumas questões: . são muitos os exemplos a nível mundial de impressões de caudas de dinossáurios? . estas marcas podem subdividir-se conforme o comportamento dos seus autores? . as impressões de caudas podem ser atribuídas a todos os grupos de dinossáurios? . podemos distinguir as impressões das caudas conforme o grupo autor? . quais as características típicas das impressões atribuídas a caudas? . que comportamentos podem ser inferidos a partir destas amostras? . podem ser estabelecidos alguns critérios para a definição de “impressão de cauda”? . estes critérios estarão presentes na impressão descoberta na jazida dos Lagosteiros?

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- 25– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“A influência do solo no desenvolvimento da planta”

André Rolo1, Filipa Pinto

1, Francisco Gato

1, João Lopes

1 & Florbela Vaqueiro

2

1-Alunos do 1º Ciclo da Escola Básica de Arcos 2-Docente do 1ºCiclo da Escola Básica de Arcos

Finalidade: Este trabalho tem como principal objectivo estudar a influência do solo no desenvolvimento da planta.

Material: - quatro vasoscom solos diferentes - amores - perfeitos - água - luz - temperatura

Método: Colocam-se amores-perfeitos todos do mesmo tamanho dentro de quatro vasos iguais contendo cada um uma amostra diferente de solo. A luz, a temperatura, a quantidade de água que as plantas vão receber vai ser a mesma, apenas o solo vai ser diferente. O vaso A terá areia, o vaso B terá terra arenosa com pedrinhas, o vaso C terá terra e o vaso D terá terra enriquecida com composto. O local para depositar os vasos é o parapeito da janela da nossa sala de aula, para a luz e a temperatura ser a mesma para todas as plantas. As plantas serão regadas de dois em dois dias com a mesma quantidade de água. 1ª experiência: Data:21/03/2014Efetuaram-se os seguintes registos / observações:

Vaso A Vaso B Vaso C Vaso D

- areia - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra arenosa com pedras - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra enriquecida com composto - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

Observações: O local para depositar os vasos é o parapeito da janela da nossa sala de aula, para a luz e a temperatura ser a mesma para todas as plantas. As plantas serão regadas de dois em dois dias com a mesma quantidade de água.

2ª experiência: Data: 04/04/2014Efetuaram-se os seguintes registos / observações:

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- 26– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Vaso A Vaso B Vaso C Vaso D

- areia - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra arenosa com pedras - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

- terra enriquecida com composto - a mesma planta - a mesma água - a mesma luz - a mesma temperatura

Observações:A planta do vaso A morreu, a planta do vaso B murchou, a planta do vaso C continuou a desenvolver-se e a planta do vaso D ainda se desenvolveu melhor tendo uma cor mais viçosa.

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que o único fator diferente era o solo. Na 2ª experiência verificou-se que a planta do vaso A morreu, a planta do vaso B murchou, a planta do vaso C continuou a desenvolver-se e a planta do vaso D ainda se desenvolveu melhor tendo uma cor mais viçosa. Concluiu-se que o solo tem muita influência no desenvolvimento das plantas, podendo mesmo ser um fator determinante no seu ciclo de vida. .

Page 27: Livro de Resumos 2014

- 27– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O resgate do cubo de gelo”

Maria Inês Mourão1, Matilde Reis

1 & Rui Cruz

2

1-Alunas do 1º ano da Escola Básica de Evoramonte 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de Evoramonte

Finalidade:

Este trabalho tem como principal objetivo estudar o efeito do sal no gelo.

Materiais:

- 2 vidros de relógio;

- pedaço de fio com 20 cm;

- 1 cubo de gelo;

- sal.

Método:

1 – Solicitar a participação de um voluntário para tentar deslocar o cubo de gelo de um vidro de

relógio para outro, sem tocar no cubo de gelo nem no vidro de relógio, utilizando o material

disponível;

2 – Colocar uma ponta do fio sobre o cubo de gelo;

3 – Colocar algumas pedrinhas de sal sobre a ponta do fio que contata com o gelo;

4- Deslocar o cubo de gelo de um vidro de relógio para o outro.

Resultados:

O sal provoca a fusão de uma pequena parte do gelo. Essas gotas voltarão a solidificar e farão com

que o fio fique “preso” ao cubo de gelo. Assim o cubo de gelo poder ser deslocado.

Conclusão:

O sal faz com que o gelo derreta porque a temperatura de fusão diminui. A temperatura de fusão da

água é de 0°C mas quando se deita sal no gelo a fusão ocorre a uma temperatura mais baixa. Por

outro lado, a porção de gelo que derreteu irá solidificar novamente pois essas pequenas gotas estão

sujeitas a uma temperatura muito baixa – fato esse que faz com que o fio fique preso ao cubo de

gelo. Teríamos que deitar muito sal sobre o cubo de gelo para que este derretesse por completo.

Page 28: Livro de Resumos 2014

- 28– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Dissolver ou não dissolver na água”

Grupo 1:Flávia Aniceto1,Gonçalo Patronilho

1, Mariana Lopes

1, Miguel Toscano

1

Grupo 2: Daniela Santiago1,Luciana Rodrigues, Martim Elias Sousa

1,Teresa Toscano

1

Isabel Maneta2

1-Alunos do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Torrão 2-Docente do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Torrão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo provar os materiais que dissolvem e não dissolvem na água (Experiência do grupo 1) e os materiais que dissolvem com mais ou menos facilidade (experiência do grupo 2).

Material: Experiência 1: Pequenas quantidades de areia, açúcar, sal, arroz e farinha Cinco frascos de vidro Uma colher para agitar Um recipiente com água Experiência 2: Um quadrado de chocolate Um pouco de chocolate em pó Um cubo de açúcar Um pouco de açúcar em pó

Método: 1ª experiência: - Encher os cinco copos com água. - Tentar dissolver a areia, açúcar, sal, arroz e farinha. - Verificar os que dissolvem e não dissolvem. 2ª experiência: - Encher os quatro copos com água. - Colocar num o cubo de chocolate, no outro o chocolate em pó e o mesmo com o cubo de açúcar e o açúcar em pó. - Verificar quais dissolvem mais rapidamente.

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que: O açúcar e o sal se dissolvem na água. A areia, o arroz e a farinha não se dissolvem. Na 2ª experiência verificou-se que: O chocolate em pó e o açúcar em pó se dissolvem mais rapidamente porque são constituídos por partículas de menor dimensão. O chocolate em “cubo” e o açúcar em “cubo” se dissolvem mais lentamente.

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- 29– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Como se propagam as plantas?”

Diogo Marujo1, João Martins

1, Mateus Correia

1, Rodrigo Rosa

1 & Jainete Massuça

2

1-Alunos do 1º Ciclo da Escola Salesiana de Évora 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Salesiana de Évora

Finalidade: O principal objetivo deste trabalho é mostrar as várias formas de multiplicação de plantas e qual a sua aplicação. Pretende-se também mostrar a melhor forma de multiplicação e qual a mais adequada a cada tipo de planta. Acompanhar o desenvolvimento das plantas e observar as suas diferentes partes constituintes. Para a realização deste trabalho utilizaram-se os seguintes métodos de propagação de plantas: 1) sementeira direta; 2) sementeira com a utilização de sementes pré-germinadas; 3) transplantaçãode plântulas e 4) propagação de estacas herbáceas e de bolbos.

Materiais: - sementes de milho, pepino, feijão e ervilha. - plâtulas com raíz protegida de couve, alface, cenoura, alho e cebola. - uma sardinheira (Pelargoniumspp.) - uma raiz de dália - vasos e pratos - substracto vegetal para culturas horticolas - placas de Petri - algodão - água

Métodos: Sementeira direta As sementes utilizadas para a realização da sementeira direta foram: sementes de milho, feijão, pepino e ervilha. Utilizaram-se vasos de plástico, e substrato vegetal para plantas horticolas. Os vasos foram cheios com o substrato e este foi bem molhado de modo a que a terra tivesse a humidade necessária para a germinação das sementes. Foi colocado em cada vaso 1 a 2 sementes de cada uma das plantas e novamente regado para que as sementes fiquem aderentes à terra. Sementeira com a utilização de sementes pré-germinadas Sementes de milho, pepino, feijão e ervilha, foram colocadas em placas de Petri com algodão humedecido e deixadas a pré-germinadas durante 2 dias. As sementes pré- germinadas, depois de observadas e identificados os seus constituintes, foram colocadas em vasos com substrato e regadas. Transplantação de plântulas Para este método de propagação de plantas foram utilizadas plântulas de alface, couve, cenoura, alho e cebola. Estas plantas foram observadas quanto aos seus constituintes e quanto ao tipo de raiz que apresentaval, tendo depois sido passadas para vasos com substrato e regadas. Propagação de estacas herbáceas e de bolbos Para a propagação de estacas herbáceas, foram utilizadas plantas de sardinheira (Género Pelargoniumspp.) que se fracionaram em estacas com aproximadamente 15 cm de comprimento. Estas estacas foram enterradas até meio em vasos com substrato e depois regadas para que a terra ficasse aderente à estaca. A propagação com bolbos foi feita com raízes fasciculadas aprumadas de dálias (plantas da Família Asteracea). Os bolbos foram destacados da raíz e cada bolbo foi colocado num vaso com substrato e regado abundantemente para promover a germinação do bolbo.

Resultados e Conclusão: Existem várias formas de obterem novas plantas. Nas sementes pré-germinadas eram visiveis os seus vários constituintes, o tegumento que é a parte externa da semente, os cotilédones, que é onde

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- 30– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

está a reserva nutritiva que é consumida pela planta no inicio do seu desenvolvimento e o embrião é a parte que se desenvolve para formar a planta. As plantas pré-germinadas, germinaram mais rápidamente do que as semedasdiretamente pois já estavam mais avançadas no processo de germinação. A emergência e desenvovimento destas plantas mostrou folhas com forma muito diferente, uma vez que o feijão, a ervilha e o pepino são dicotilédoneas e o milho é uma gramineamonocotilédonea. Nas plantas transplantadas forma observados os diferentes tipos de raíz que cada planta tem, a raiz tuberculosa aprumada da cenoura, a raiz fasciculada da couve e da alface e tanto a cebola como o alho são bolbos. As estacas, como forma de propagação vegetativa, mostraram que algumas partes aéreas da planta também se podem utilizar para obter uma nova planta, mostra também que, nestas plantas, os caules quando colocados em terra podem induzir a formação de raizes funcionais que conseguem alimentar a planta. A multiplicação de plantas com bolbos, contribuiu para o conhecimento de que algumas raizes se dividem em muitas partes e que todas essas diferentes partes podem ser separadas e cada uma delas originar uma nova planta.

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- 31– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O segredo dos micróbios 1” Como podemos fazer crescer micróbios?

Inês Grades1, Luís Fanha

1, Mariana Lopes

1, Tomás Sousa

1 & Maria Antónia Parrulas

2, Maria Vitória

Malhadas2

1-Alunos do 3º e 4º ano de escolaridade da Escola Básica de Glória 2-Docentes do 1º Ciclo da Escola Básica de Glória

Finalidade: Pretende-se descobrir o que é o bolor do pão e de que é feito.

Materiais: - 6 sacos plásticos transparentes com fecho - 6 fatias de pão - uma torradeira - água - um colher de sopa - 1 marcador - 1 lupa de mão - 1 lupa binocular - 2 caixa de sapatos

Método: - Torrar uma fatia de pão, deixar arrefecer, colocar dentro de um saco e fechar. - Colocar outra fatia de pão, normal, sem água, dentro de um saco e fechar. - Colocar outra fatia de pão, molhado com duas colheres de água e colocar dentro de outro saco. - Escrever o conteúdo de cada um dos sacos. - Guardar os três sacos dentro da caixa de sapatos e colocar num sítio quentinho e escuro. - Ao fim de três dias retirar os sacos, sem abrir, observar o que se está a passar e registar. - Voltar a colocar os sacos dentro da caixa e esperar mais dois dias. Verificar o que aconteceu com a lupa de mão e lupa binocular (Com ajuda de um adulto). - Repetir todo o procedimento mas colocar a segunda caixa de sapatos no frigorifico. Verificação: Caixa de sapatos que ficou no escuro em local quente: No pão a que não se juntou água cresceram alguns bolores. No pão torrado não cresceram bolores. No pão com água cresceram muitos bolores. Caixa de sapatos que ficou no frigorífico: No pão a que não se juntou água não cresceram bolores. No pão torrado não cresceram bolores. No pão com água cresceram poucos bolores.

Conclusão: Descobrimos que os bolores são microrganismos chamados fungos. Os fungos crescem muito depressa mas necessitam de boas condições de temperatura e humidade. Aparecem na nossa comida porque produzem esporos, uma espécie de sementinha. Estes esporos são muito leves e são transportados pelo ar. Estes esporos crescem no pão, na fruta e em todo o lado onde encontre boas condições para sobreviver. Verificámos que a água, o calor e a escuridão proporcionam um bom ambiente para estes crescerem. No pão torrado não apareceram bolores porque os esporos estiveram expostos a altas temperaturas e talvez tenham morrido. Os bolores umas vezes são úteis, outras vezes prejudiciais. Alguns bolores dão aos alimentos um cheiro e sabor desagradável, no entanto há outros alimentos em que os bolores dão um sabor agradável, como alguns tipos de queijo.

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- 32– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Curiosidade: Podemos observar diversos tipos de bolores e até de cores diferentes. Podemos repetir a experiência usando outros alimentos. Um bolor esverdeado que cresce nas laranjas é usado para fabricar um medicamento chamado Penicilina.

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- 33– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“As bactérias, amigas ou inimigas!”

Rodrigo Raimundo1, Simão Carriço

1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior 2-Docente do espaço ciência do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior Nota| Saúde, microbiologia, qualidade ambiental

Finalidade: Aprofundar o conhecimento sobre o mundo microscópico e divulgar as descobertas realizadas com as crianças e comunidade escolar relativa à importância das bactérias no nosso dia-a-dia, bem como os malefícios causados. Este projeto surge na sequência de uma doença grave do Simão por infeção com E.coli, o que lhe provocou um internamento prolongado. Agora, depois de tudo superado o Simão mostrou o seu interesse científico pelo mundo das bactérias, tendo o projeto contribuído para satisfazer a curiosidade e reduzir o medo em relação às bactérias. Por serem invisíveis passam desapercebidas aos seres humanos mas as suas implicações na nossa saúde são contraditórias. Umas vezes são fundamentais, quer no interior do nosso organismo quer na nossa alimentação, outras vezes em quantidades exageradas podem levar á morte, poluir ribeiros e rios através de descargas de esgotos. Estamos muito contentes com o trabalho realizado e estamos certos que hoje conhecemos melhor este micro universo das bactérias.

Material: - recipiente para recolha de água - leite - copos - estufa - frigorífico - material para reciclar - papel de jornal - garrafão - lã - tubo de algeroz - tintas diversas - maquete de veia com agentes sanguíneos - maquete de uma E.coli - máquina fotográfica - água de esgoto de Campo Maior - entrevistas

Método: - Análise dos resultados médicos do Simão aquando de doença provocada por E.coli. - As bactérias e a origem da vida no planeta. Organismos simples! - Conclusões sobre a presença de bactérias no organismo Humano -Saúde - Visita a ETAR de Campo Maior para estudo de esgotos locais e recolha de água para estudo de E.coli (coliformes fecais) – Poluição ambiental por águas residuais - Experiência com leite para validar a presença de bactérias na produção de iogurte a partir do leite quando sujeita a temperaturas elevadas. Controlo de variáveis com leite no frigorífico (bactérias na alimentação) - Criação de uma maquete dos constituintes do sangue e das defesas e meio de transporte de germes, vírus e bactérias - Criação de uma maquete de uma E.coli, representativa das estruturas das bactérias.

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- 34– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

As bactérias E.coli, o analista Rodrigo e o criativo Simão

A construção da bactéria E.coli

Visita à ETAR de Campo Maior para recolha de amostras

Conclusão: Aprendemos muito sobre este magnífico mundo microscópico! Percebemos que as bactérias são nossas aliadas desde o início da vida no planeta e que são agentes fundamentais para o nosso equilíbrio interno. A relação que estabelecemos como seres vivos é de grande importância. Ajudam a degradar os alimentos que comemos, regulam a acidez no estomago, interferem na produção das fezes e regulam o trânsito intestinal. Temos ainda muitos outros tipos de bactérias, com as quais convivemos diariamente, na alimentação, no ar e até na água que bebemos. A qualidade da água,

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- 35– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

por exemplo é medida segundo o volume de E.coli existente por m3. No nosso organismo, descobrimos que elas poderão ser uma ameaça sempre que se alojam no local errado ou quando o seu número é muito elevado. Foi o que aconteceu ao Simão quando as bactérias E.coli provocaram diarreias muito graves. Na nossa alimentação elas estão um pouco por todo o lado. Existem bactérias especializadas em criar iogurte. Foi também esta experiência que realizámos e onde visualizámos o volume das bactérias a crescer. Conseguimos assim encontrar evidências da sua existência em diversos casos de estudo.

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- 36– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Por que é que as bolas saltam de maneira diferente?”

Duarte Monteiro1 & Ana Feitor

2

1-Aluno do Colégio de São José, Ramalhão 2-Docente do Colégio de São José, Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar as características das bolas que fazem com que umas saltem e outras não.

Observação: Quando estava a brincar com as bolas em casa percebi que havia bolas saltavam mais do que outras.

Material: -borracha maleável - bostik -bolas diferentes -balança de precisão -régua

Método: Hipótese 1: Talvez o tamanho da bola influencie o salto. 1ª experiência: -Fiz bolas com o mesmo material (borracha maleável) com vários diâmetros (1cm; 1,2cm; 1,4cm; 1,7cm; 2,1cm); -Com uma régua medi o tamanho do salto de cada bola, largando-as sempre da mesma altura. Observação: Verifiquei que nenhuma bola saltava.

Tamanho (Diâmetro em cm)

observação

1 Não saltou

1.2 Não saltou

1.4 Não saltou

1.7 Não saltou

2.1 Não saltou

Conclusão: Verifiquei que o facto de as bolas terem diferentes tamanhos não influenciou o salto. Hipótese 2: Talvez o peso da bola influencie o salto. 2ª experiência: -Utilizando as bolas usadas na experiência 1, analisei o seu peso com uma balança de precisão. -Registei o peso (1,01g; 2,12g; 2,89g; 4,78g; 14,7g); -Fiz saltar as bolas com diferentes pesos; -Com uma régua medi o tamanho do salto de cada bola, largando-as sempre da mesma altura.

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- 37– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Observação: Verifiquei que nenhuma bola saltava.

Peso (g) Observação

1.01 Não saltou

2.12 Não saltou

2.89 Não saltou

4.78 Não saltou

14.70 Não saltou

Conclusão: Verifiquei que o facto de as bolas terem pesos diferentes, não influenciou o salto.

Hipótese 3: Talvez o facto das bolas terem ar no seu interior façam-nas saltar.

3ª experiência: -Com o mesmo material, construi uma bola oca e uma bola compacta. -Com uma régua medi o tamanho do salto de cada bola, largando-as sempre da mesma altura.

Observação: Verifiquei que nenhuma bola saltava.

Conclusão: Não é o ar dentro da bola que as faz saltar.

Hipótese 4: Talvez o tipo de material de que é feita a bola esteja na origem do salto.

4ª experiência: -Fiz saltar bolas de diferentes tipos de borracha (umas mais elásticas do que outras). -Com uma régua medi o tamanho do salto de cada bola, largando-as sempre da mesma altura.

Observação: Verifiquei que havia bolas que saltavam mais do que outras. A bola mais elástica salta muito mais do que a menos elástica.

Conclusão: O que faz saltar as bolas de maneira diferente é o seu material.

Conclusão Final: O que faz saltar as bolas de maneira diferente, não é o seu tamanho, nem o seu peso, nem a existência de ar no seu interior mas sim o tipo de material.

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- 38– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“As marés”

António Simões1, Bernardo Cândido

1 & Ivone Moreira

2

1-Alunos Escola Salesiana de Évora 2-Docentes da Escola Salesiana de Évora

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- 39– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O Copo Mágico”

Alexandre Pastor1, Leonor Sepanas

1, Maria Cabral, Pedro Filipe

1 & Miguel Godinho

2

1-Alunos do 3º ano da Escola Básica de S. Mamede 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de S. Mamede

Finalidade: O objetivodesta experiência é mostrar que a pressão do ar sobre o papel é maior do que a força da gravidade que a empurra para baixo.

Material: - um recipiente com água; - um copo de plástico rijo com um pequeno orifício junto da base; - um copo de plástico rijo; - papel.

Método: - Com o copo de plástico rijo que tem o orifício, enche-se de água tapando o pequeno buraco com o dedo polegar. - Coloca-se um pedaço de papel sobre a parte de cima do copo. - Ao virar-se o copo ao contrário, segurando o papel com a outra mão, retira-se o dedo polegar sem que ninguém repare, deixando entrar o ar dentro do copo. - Ao retirar a mão de baixo, a água irá cair. - De seguida, será feita a mesma experiência, só que, o orifício permanecerá sempre tapado; - Se tudo correr bem, a água permanecerá dentro do copo. Magia… a água não cai…. - Quando quisermos pôr termo à experiência, levanta-se o polegar para que o ar entre e assim a água caia.

Conclusão: A água permanece dentro do copo, porque a pressão do ar sobre o papel é maior,, do que a força da gravidade que a empurra para baixo. A pressão do ar sobe mantém o papel e a água nos seus lugares. Quando se retira o polegar do buraco, entra água no copo. Nessa altura, a pressão do ar no interior do copo é igual à pressão no exterior. A gravidade sobrepõe-se e o papel e a água caem.

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- 40– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Compostor – A caixinha mágica”

Duarte Montijo1, Nuno Saramago

1, Pedro Sapateiro

1, Rafael Amaro

1 & Florbela Vaqueiro

2

1-Alunos do 1º Ciclo da Escola Básica de Arcos 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de Arcos 2-Docentes:

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar e perceber como se transforma/decompõe lixo orgânico em composto orgânico (fertilizante natural) para o solo.

Material: - Duas garrafas de água, de litro e meio, com as respetivas tampas; - Tesoura; - Um clips; - Meia de nylon; - Areia; - Terra; - ½ copo de água; - Restos orgânicos vegetais como talos de verduras, folhas secas, cascas de frutas e legumes, relva seca ou verde, etc.

Método: - Pega-se numa das garrafas e corta-se quatro dedos da base, de forma que se obtenha um funil de corpo longo; - A outra garrafa deve ser cortada na forma de um pote; - A garrafa cortada em forma de funil deverá ser encaixada na garrafa cortada na forma de pote; - Na tampa da garrafa que virou um funil, fazemos pequenos furos com o clips, em brasa; - Na garrafa que virou um pote e também na que virou um funil colocamos uma camada de terra; - Misturam-se os restos orgânicos com a terra na proporção de três partes de restos para uma parte de terra, formando um composto orgânico, e colocam-se dentro da garrafa em forma de funil, cobrindo a última camada com areia. Por fim deita-se a água e tapa-se o compostor com uma meia de nylon, de forma a permitir a compostagem aeróbica e impedir a entrada de bichos. 1ª experiência: Data:05/02/2014Efetuaram-se os seguintes registos / observações:

O que se observa? Tem cheiro? Agradável ou

desagradável?

Volume

Temperatura Cor

Observa-se uma mistura de resíduos orgânicos (cascas de fruta, de vegetais,

caules e restos de hortaliça, folhagens…) com terra e água.

Tem cheiro agradável.

1004,8 cm3 +ou- 1 L

17º

Fria

Natural

2ª experiência: Data:05/03/2014Efetuaram-se os seguintes registos / observações:

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- 41– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

O que se observa? Tem cheiro? Agradável ou

desagradável?

Volume Temperatura Cor

Observa-se uma pasta homogénea escura parecida com o estrume cheia de insetos e

micro-organismos.

Tem cheiro muito desagradável.

502,4 cm3 +ou- 1/2 L

42º

Quente

Castanho escuro

3ª experiência: Data:04/04/2014Efetuaram-se os seguintes registos / observações:

O que se observa? Tem cheiro? Agradável ou

desagradável?

Volume Temperatura

Cor

Observa-se o húmus (terra), o composto. Sem cheiro. 25 cm3 +ou- 1/4 L

de capacidade

20º

Fria

Castanho escuro

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se quea mistura de resíduos orgânicos (cascas de fruta, de vegetais, caules e restos de hortaliça, folhagens…) com terra e água tem um cheiro agradável, uma temperatura fria e que ganhou uma cor mais escura (oxidou) passado pouco tempo. Na 2ª experiência verificou-se que se pode observar uma pasta homogénea de cor castanha escura parecida com o estrume, muito quente, cheia de insetos e micro-organismos, com um cheiro muito desagradável, cujo volume baixou para metade. Na 3ª experiência verificou-se que através da compostagem obtém-se o húmus (o composto) que é uma substância como a terra, fria, de cor escura e sem cheiro. Concluiu-se que a compostagem se faz através da decomposição dos resíduos orgânicos, que é um processo natural pelo qual passam os vegetais e animais após a morte.Este processo é realizado com a ajuda de fungos e bactérias (decompositores).Através da decomposição, os nutrientes que fazem parte de um ecossistema são continuamente reciclados, passando do organismo morto para a natureza e servindo para o bem estar de outros seres vivos. Importa referir que, através da compostagem podemos obter o composto que é um fertilizante natural, isto é, não utiliza produtos químicos, protegendo assim o Planeta Terra.

Page 42: Livro de Resumos 2014

- 42– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O segredo dos micróbios 2” A importância de lavar bem as mãos

Duarte França1, Madalena Mourinha

1, Matilde Boto

1, Miguel Rodrigues

1 & Maria Antónia Parrulas

2,

Maria Vitória Malhadas2

1-Alunos do 1º e 2º ano da Escola Básica de Glória 2-Docentes da Escola Básica de Glória

Finalidade: Pretende-se descobrir se nas mãos também existem micróbios.

Materiais: - 4 pratos de gelatina solidificada - película aderente - 4 recipientes com água - sabonete - desinfectante de mãos

Método: Quatro alunos esfregam as mãos no chão até ficarem bem sujas. Aluno A – Não lava as mãos Aluno B – passa as mãos só por agua Aluno C – lava correctamente as mãos com água e sabonete Aluno D – lava as mãos correctamente com água, sabonete e desinfetante De seguida, passa-se um cotonete nas palmas das mãos de cada aluno e esfrega-se em cada um dos pratos de gelatina respectivo, tapa-se com película aderente e regista-se com a letra de cada aluno. Colocam-se os pratos na sala de aula à temperatura ambiente. Faz-se a observação regular de três em três dias e regista-se.

Verificação: Ao fim de três dias não se registaram alterações Ao fim de seis dias a gelatina dos pratos A e B tinham uma espécie de bolor e a dos pratos C e D continuaram limpas. Ao fim de doze dias a gelatina dos pratos A e B estava repleta de microrganismos.

Conclusão: Com esta experiência concluímos que é necessário ter cuidado com a higiene do corpo, principalmente das mãos, para ter saúde pois os micróbios estão por toda a parte. É necessário ter uma boa higiene corporal, desinfectar bem feridas e arranhões, tomar as vacinas e ter cuidado com a conservação dos alimentos.

Page 43: Livro de Resumos 2014

- 43– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“A vela flutuante”

André Marrafa1, Rodrigo Gonçalves

1 & Rui Cruz

2

1-Alunos do 2º ano da Escola Básica de Evoramonte 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de Evoramonte

Finalidade:

Este trabalho tem como principal objetivo estudar se o oxigénio é necessário para as combustões.

Materiais:

- uma tina de vidro

- uma vela pequena

- conta-gotas

- um copo de vidro incolor

- fósforos

- 200 ml de água

- corante alimentar

Método:

1 – Colocar 200 ml de água numa tina de vidro.

2 – Adicionar algumas gotas de corante alimentar;

3 – Colocar a vela sobre a água, no centro da tina.

4 – Acender a vela;

5 – Colocar o copo, com a abertura para baixo, sobre a vela.

Resultados:

A chama apaga-se e a água corada subirá no copo, fazendo com que a vela fique a flutuar.

Conclusão:

A chama apaga-se porque o oxigénio é um gás comburente e é consumido passados alguns

segundos. A água corada sobe porque uma parte do ar contido no copo — no caso, o oxigênio — é

consumida, sendo essa parte ocupada pela água.

Page 44: Livro de Resumos 2014

- 44– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Ondas da Nazaré”

António Simões1, Bernardo Cândido

1 & Patrícia Mateus

2

1-Alunos Escola Salesiana de Évora 2-Docentes da Escola Salesiana de Évora

Page 45: Livro de Resumos 2014

- 45– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Quente ou frio?”

Carolina Monteiro1, Madalena de Deus

1, Duarte França

1, Henrique Rocha

1 & Maria Antónia Parrulas

2,

Maria Vitória Malhadas2

1-Alunos do 2º e 3º anos de escolaridade, da Escola Básica de Glória, 2-Docentes do 1º Ciclo da Escola Básica de Glória

Finalidade: Com esta atividade experimental pretende-se descobrir o que pode influenciar a sensação de quente e frio no nosso corpo.

Questão-problema: O que pode influenciar a sensação de quente e frio?

Materiais: - 3 recipientes - água quente e fria - cubos de gelo - termómetro

Método: - Identificar os recipientes com letras diferentes A, B e C. - No recipiente A colocar 2l de água à temperatura ambiente e adicionar alguns cubos de gelo. - No recipiente B colocar 2l de água à temperatura ambiente. - No recipiente C colocar 2l de água quente e misturar água à temperatura ambiente, até obter uma temperatura de cerca de 45 graus C. - Verificar a temperatura dos recipientes A e B e registar numa tabela. - Meter a mão direita no recipiente A e a mão esquerda no recipiente C. - Contar até 20 (cerca de 20 segundos). - Registar as sensações. - Tirar as duas mãos da água e meter ambas as mãos no recipiente B. - Registar as sensações. Verificação: Verificou-se que ao colocar a mão no recipiente A, com água e cubos de gelo, a sensação foi de muito frio. Ao colocar a mão no recipiente C, com água quente, a sensação foi de muito quente. Ao colocar as duas mão no recipiente B as sensações foram de muito quente e muito frio, simultaneamente.

Conclusão: A sensação de “quente” ou “frio”, depende da temperatura a que está cada uma das mãos.

Page 46: Livro de Resumos 2014

- 46– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O Cobre e o tungsténio em Campo Maior, do período romano à atualidade! Oportunidades e ameaças”

Duarte Carixas1, Rafael Vitorino

1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior 2-Docente do espaço ciência do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior Nota| Geologia, ecologia, educação ambiental, exploração mineira

Finalidade: Análise da evolução histórica da exploração mineira na localidade de Degolados, Campo Maior, desde o período Romano até aos anos 70. Queremos com este trabalho perceber as consequências positivas e negativas que esta exploração ditou na nossa comunidade, bem como na qualidade de vida.

Material: - recipiente para recolha de rochas - recipiente para recolha de água - máquina fotográfica - googleearth para identificação do local - maqueta criada pela equipa do projeto - entrevistas - investigação na internet

Método: - Estudo histórico da exploração mineira no Concelho de Campo Maior em particular na Aldeia de Degolados - Questionários à população sobre a mina e sua atividade - Levantamento de dados na web sobre a mina - Criação da maqueta “ Mina da tinoca, passado, presente e futuro” - Visita à mina para recolha de informação, rochas e água de drenagem de escombreiras - Análise da qualidade da água para conclusões de impactos - Apresentação dos resultados ao presidente do Município de Campo Maior

Degolados é a terra do Duarte, que construiu a maqueta do local onde se encontra a mina

Page 47: Livro de Resumos 2014

- 47– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Já perto do resultado final, a maqueta já dá alguns indícios…

A maqueta concluída ajudou a entender os impactos da mina na região

Conclusão: As conclusões deste projeto são muito interessantes. Descobrimos que foi no período dos romanos, quando Campo Maior teria a designação de “AD SEPTEN ARAS”, que se iniciou a exploração de cobre. Este metal era muito apreciado pelos romanos que faziam passar aqui algumas das suas rotas e caminhos para levantar este metal precioso. Aqui a mina da tinoca e uma outra (Monte Alto) iniciaram a sua atividade. Os caminhos romanos vinham de Mérida e passavam em Campo Maior que era um ponto de bifurcação de diversos caminhos quer para Beja, Évora a sul, Lisboa a oeste e Amaia e Conimbriga a Norte. Passar em Degolados era assim inevitável nos caminhos para norte. Passados estes tempos chega o período da segunda guerra mundial onde algumas famílias locais se dedicam a vender tungsténio ou volfrâmio ao exército alemão de Hitler. Neste tempo a mina ganha grande dimensão e apresenta-se como relevante na pequena aldeia de degolados. Após este período a mina ficou abandonada mas as escombreiras ficaram abertas drenando água contaminada para a ribeira afluente do Abrilongo. Com a criação da Barragem do Abrilongo, foi necessário fechar as escombreiras, mas isso não evitou que as escorrências cheguem à barragem. Atualmente fica apenas o registo histórico desta atividade, bem como os prédios da exploração, mas os recursos minerais continuam no nosso subsolo. A qualidade da água da Barragem é agora a nossa preocupação. Realizámos experiências com a água da mina e concluímos o seu potencial corrosivo. Este facto é preocupante uma vez que esta barragem rega campos de cultivo e serve de ponto de pesca. Queremos alertar as autoridades para a necessidade de garantir o futuro da qualidade da água regularizando melhor as drenagens das escombreiras ali existentes. Para nós foi importante, uma vez que vivemos na aldeia de Degolados e ficámos a conhecer melhor a nossa terra. Queremos ajudar a melhorar e ainda a não esquecer o trabalho dos nossos antepassados.

Page 48: Livro de Resumos 2014

- 48– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Título surpresa”

César Lopes1, Isabel Plácido

1, Nélio Lacerda

1 & Rui Cruz

2

1-Alunos do 4º ano da EscoIa Básica de Evoramonte 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de Evoramonte

Finalidade:

Este trabalho tem como principais objetivos:

- Mostrar que a matemática, as ciências experimentais e as ciências em geral podem ser

muito divertidas;

- Investigar se a tintura de iodo é um bom indicador químico do amido;

- Estudar a existência de líquidos não inflamáveis que “queimem” mais rapidamente do que o

papel quando sujeitos a uma temperatura elevada.

Materiais:

- 2 gobelés;

- placaelétrica;

- 2 varetas de vidro;

- 1 colher de sopa;

- 1 bisturi;

- 2 caixas de Petri;

- 2 pinceis ou 2 cotonetes;

- Ferro de engomar;

- 1 folha A3 cor branca;

- 1 folha A3 cor castanha;

- 2 limões;

- solução de amido de milho (250 ml de água a ferver + 2 colheres de sopa de amido de milho);

- solução de água iodada (250 ml de água + 20 gotas de tintura de iodo).

Método:

1 – Elaborar as soluções necessárias para as tintas mágicas:

(As soluções necessárias para as tintas mágicas serão elaboradas previamente para que a

experiência não se torne muito morosa).

-Tinta mágica nº. 1:

- Espremer o sumo de um limão para uma caixa de Petri.

Tinta mágica nº. 2:

- Ferver 250 ml de água e juntar 3 colheres de sopa de amido de milho. Mexer com a

vareta de vidro até obter uma solução transparente.

- Noutro gobelet, adicionar 20 gotas de tintura de iodo a 250 ml de água e mexer com a

vareta de vidro até obter uma cor homogénea.

2 – Solicitar a participação de um voluntário (e simultaneamente de toda a assistência) para efetuar

mentalmente os seguintes procedimentos:

- Pensar num número entre 1 a 10 e memorizá-lo;

- Multiplicá-lo por 2;

- Adicionar 8 ao resultado anterior;

- Dividir por 2 o resultado anterior;

- Subtrair ao resultado o número pensado inicialmente;

- Fazer corresponder o número (resultado obtido) a uma letra, pela seguinte lógica: 1 – A; 2 – B;

3 – C; 4 – D; 5 – E; 6 – F; 7 – G; …

Page 49: Livro de Resumos 2014

- 49– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

- Pensar no nome de um país com essa letra e no nome de um animal com a letra seguinte a

essa.

3 – Pedir ao voluntário que escreva com a solução de amido de milho, utilizando um pincel ou

cotonete, o nome do país e do animal em que pensou, numa folha A3 de cor castanha.

4 – Um dos cientistas escreverá numa folha A3 de papel branco, com o sumo de limão, o nome da experiência (“Na Dinamarca não existem elefantes”, com o intuito de adivinhar em que país

e animal o voluntário e restante assistência terão pensado. O Cientista deverá informar que ao longo

da segunda guerra mundial, os países que estavam em guerra usavam esta tinta mágica como meio

de enviar mensagens secretas.

5 – Revelar o que foi escrito pelo voluntário:

- Usando um pincel, pintar com a solução de água iodada a folha onde o voluntário escreveu.

6 – Revelar o que o cientista escreveu, passando a folha com o ferro de engomar.

Resultados:

1. O procedimento matemático que os cientistas propõem levará o voluntário e a assistência a chegar ao número 4. Esse fato pode ser explicado pela fórmula

Ao número 4 far-se-á corresponder a 4ª letra – letra D. Embora possa ocorrer que as pessoas

pensem noutro país que não a Dinamarca (com a letra D) e noutro animal que não o elefante (com a

letra E), podemos afirmar que sempre que os nossos cientistas de 4º ano fizeram este jogo a

familiares e amigos as respostas foram as esperadas. Talvez possamos afirmar que são as respostas

“mais evidentes” após tantos cálculos mentais.

2- O iodo da tintura reagirá com o amido formando um composto azul-escuro. Desta forma será

revelado o que o voluntário escreveu na sua folha.

3- Ao ser aquecido, o sumo de limão muda de cor, passando de incolor para castanho. Desta forma

será revelado o que o cientista escreveu na sua folha.

Conclusão:

- O iodo é um ótimo indicador da presença do amido. Quando os dois são misturados, o iodo entra na

molécula do amido e é criado um complexo químico que tem coloração azul intensa. Às vezes é tão

forte que fica violeta ou roxo.

- O sumo de limão “queima” mais rapidamente do que o papel, por isso muda de cor mais

rapidamente quando é sujeito a uma temperatura elevada. Essa mudança de cor deve-se à presença

de compostos de carbono no sumo de limão.

Page 50: Livro de Resumos 2014

- 50– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Por que é que os vasos se partem no inverno?”

Margarida Enes1 & Ana Feitor

2

1-Aluna do Colégio de São José, Ramalhão 2-Docente do Colégio de São José, Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a razão pela qual os vasos de plástico quando estão ar livre se partem no inverno.

Observação: Na aldeia dos meus avós, que se situa no distrito da Guarda onde o inverno é rigoroso, observei que os vasos de plástico com terra estavam rachados.

Material: -3 vasos de plástico; -água; -terra seca; -congelador.

Método: Hipótese: Será pelas baixas temperaturas? Será pela força do gelo? Será pela terra dentro dos vasos? Experiência: -Coloquei num vaso apenas água; -Coloquei noutro vaso água e terra; -Coloquei noutro vaso apenas terra seca; -Coloquei os 3 vasos em simultâneo no congelador, durante 24 horas; -Registei os resultados.

Observações:

O vaso que contém terra seca não teve alterações visíveis. O vaso que contém terra seca e água misturada alterou a forma, tendo ficado mais volumoso e rachado ligeiramente. O vaso que contém apenas água passou a conter gelo o que provocou um grande aumento de volume, rachando mais o vaso. Com a passagem da água do estado líquido para o estado sólido (solidificação) verifica-se o seu aumento de volume que provoca o rachar dos vasos que continham terra com água e só água.

ConclusãoFinal: Devido às baixas temperaturas, a água gela, aumenta de volume, o que provoca o rachar dos vasos porque o material destes não acompanha esse mesmo aumento.

Page 51: Livro de Resumos 2014

- 51– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Vamos fazer desaparecer objetos de vidro”

Guilherme dos Santos

1, Maria do Rosário Barradas

1, Mariana Amante

1, Sebastião Azinheira

1 &

Maria Luísa Antunes2

1-Alunos do 3º ano da Escola Básica de S. Mamede 2-Docente do 1º Ciclo da Escola Básica de S. Mamede

Finalidade: O objetivodesta experiência é mostrar que o índice de refração da luz varia de acordo com o meio e influencia a perceção, que temos dos objetos.

Material: - duas tinas grande de vidro; - duas tinas mais pequenas, ou duas canecas de vidro; - óleo vegetal; - água. Método - Colocam-se as canecas, (ou tinas), dentro da tina maior; - Enche-se uma das tinas com água e verifica-se que a caneca continua visível; - De seguida, faz-se desaparecer a outra caneca com um liquido mágico e enche-se com óleo vegetal; - Verifica-se que a caneca deixa de estar visível. Terá desaparecido?

Conclusão: A caneca desaparece porque cada meio tem um índice de refração de luz diferente. Este índice é uma medida da velocidade da luz nesse meio. Neste caso, a luz atravessa a água e o óleo a velocidades diferentes e isso faz com que os raios luminosos sejam ligeiramente desviados. O óleo tem um índice de refração muito próximo do vidro, o que faz com que a caneca não seja percetível, pois a luz não sofre os desvios, que nos permitem ver os objetos dentro de água.

Page 52: Livro de Resumos 2014

- 52– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Por que não caem as claras em castelo?”

Rodrigo Gomes1 & Paula Agudo

2

1-Aluno do Colégio de São José, Ramalhão 2-Docente do Colégio de São José, Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar a razão pela qual as claras após batidas em castelo ficam fixas não caindo do recipiente em que se encontram.

Observação: A minha mãe estava a fazer um bolo e precisava de bater as claras em castelo. Eu achei muito estranho as claras não caírem quando ela virou a taça ao contrário.

Material: -ovos (clara); -batedeira; -recipiente.

Método: Hipótese: Ao bater as claras em castelo, forma-se uma espuma com bolhas de ar. É esta espuma que faz com que as claras não caiam. Experiência: - Bati as claras em castelo durante 1, 2 e 3 minutos num recipiente sem tampa; - Bati as claras em castelo durante 1, 2 e 3 minutos num recipiente com tampo; - Registei os resultados. Observações: Quando bati as claras em castelo num recipiente sem tampa as claras em castelo ganham volume e aderem às paredes do recipiente. Quando bati as claras em castelo num recipiente com tampa as claras em castelo não ganham volume nem aderem às paredes do recipiente.

Conclusões: Num recipiente sem tampa: Ao bater as claras, bolhas de ar são incorporadas na massa. A fricção entre as moléculas que existem na clara faz com que ela aumente de volume, porque os fios da clara de ovo envolvem as bolhas de ar. Num recipiente com tampa: Como há pouco ar apesar da fricção entre as moléculas do ovo, os fios da clara não se conseguem envolver e logo o volume não aumenta, não se colando à taça.

Sem Tampa Com Tampa

1 min líquido líquido

2 min espuma Pouca espuma

3min Muita espuma Não caem da taça

Espuma

Page 53: Livro de Resumos 2014

- 53– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

ConclusãoFinal: As claras são uma espuma (dispersão de bolhas de ar num líquido). Esta espuma é relativamente estável, porque as claras são formadas por proteínas dissolvidas em água, numa concentração que torna este líquido viscoso. Ao serem batidas, o oxigénio do ar penetra na clara do ovo, altera e coagula alguma das proteínas da clara, tornando a espuma mais estável. Os fios da clara do ovo envolvidos nas bolhas de oxigénio fazem com que eles se mantenham firmes, impedindo que a clara escorra da taça e fique agarrada a ela.

Page 54: Livro de Resumos 2014

- 54– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Plantas invasoras! Ameaça à biodiversidade local”

Helena Schombert1,Rafael Pepê

1 & Carlos Pepê

2

1-Alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior 2-Docente do espaço ciência do Centro Educativo Alice Nabeiro, Campo Maior

Objetivos: - Estudar diferentes tipos de plantas e suas características - Diferenciar plantas endémicas de exóticas - Diferenciar plantas exóticas de invasoras -Perceber as ameaças causadas pelas plantas invasoras nos territórios com plantas endémicas - Estudar um caso de colonização por invasoras - Apresentar soluções com base na investigação de caso -Contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas locais

Conteúdos: - Botânica - Plantas endémicas - Plantas invasoras

Espanta lobos Azedas

Material e Bibliografia: -googleearth -luvas -Sacos para colocação de recolhas -Livros para secar folhas das plantas -Guias de plantas -Materiais INVASEP -http://invasoras.uc.pt/ -Modelo de planta com flor -Trabalho do CEAN : Mundo mágico das plantas

Resumo:

Exemplo de germinação de espanta lobos por raizes

abandonadas

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- 55– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Azedas e Espanta lobos a ocuparem por completo o solo

Realizámos uma investigação sobre o avanço das plantas invasoras no nosso território. Este trabalho partiu da nossa preocupação para com as nossas plantas endémicas, ou seja as plantas que sempre cresceram e se desenvolveram em Campo Maior. Descobrimos que muitas das plantas que hoje conhecemos na nossa terra, não são endémicas mas que vieram de países longínquos. Algumas inclusivamente atravessaram oceanos para chegar até nós. Estas plantas de outros climas ou biomas, ao chegar a Campo Maior, encontraram boas condições de adaptação e conquistaram o seu espaço. Foi desta conquista que surgiu uma ameaça para as nossas plantas. As conclusões deste trabalho podem ser ampliadas a outras áreas geográficas onde o problema se coloca com estas e outras plantas invasoras. Estudámos numa das saídas principais de Campo Maior, perto do CEAN, no sítio da Fonte das Negras, onde encontrámos o “Paraíso das invasoras”. Canaviais, espanta-lobos, Azedas todas estas invasoras em comunidade desalojando as nossas espécies. As suas armas são potentes, pois no âmbito deste projeto foi solicitado por nós ao município a limpeza da zona de estudo e numa das nossas visitas depois da mesma, descobrimos que os restos de raízes existentes estão a germinar em diversos pontos. Arrancar não é solução pois qualquer destas plantas possui estratégias muito boas para continuar a invadir. O espanta lobos apresenta raízes laterais que mesmo depois do corte, estas raízes lançam novas plantas para a superfície e em muitos pontos da mesma. As canas, que são aproveitadas para limitar hortas são também invasoras. A sua arma é o rizoma que lhe permite vegetativamente ocupar em linha as zonas de implementação. O espanta lobos por sua vez também se reproduz por via vegetativa, rebentando vigorosamente da raiz, formando extensos estolhos de onde nascem em linha muitas e muitas novas plantas. As Azedas utilizam uma arma diferente, pois é a sua múltipla floração que lhe permite ser eficaz na libertação de sementes. Como conclusão, identificamos a grande dificuldade que se nos apresenta quando queremos retirar plantas invasoras do território ocupado e a reduzida biodiversidade botânica associada às zonas com invasoras. Nos casos como comunidades de acácia mimosa é impossível germinar outra espécie pois ocupam o solo na totalidade. Existem muitas ameaças e no Rio Guadiana, perto de Campo Maior o Jacinto de água é um desses casos. Limita a oportunidade de trocas de oxigénio com a água levando á morte de peixes e reduzindo a qualidade da água. É assim muito importante sensibilizar as nossas autoridades para combater com meios adequados as plantas invasoras.

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- 56– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

IX Congresso Nacional Cientistas em Ação

PRÉMIO DOLOMIEU

3.º Ciclo do Ensino Básico

Page 57: Livro de Resumos 2014

- 57– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

QUEM FOI O CIENTISTA?

Déodat Dolomieu (1750-1801)

Dolomieu começou a sua carreira militar na ordem dos Cavaleiros de Malta; o local onde decorre este Concurso é o único Convento que esta ordem religiosa/militar teve em Portugal. Aos 18 anos teve um duelo, onde matou um membro e companheiro da ordem. Por esta infracção foi condenado à morte, mas por intercepção do Papa Clemente XII, foi libertado um ano depois. Durante uma das suas saídas de campo nos Alpes Tiroleses (Itália), descobriu uma rocha carbonatada que, ao contrário do calcário, não reagia ao ácido. Publicou estas observações em 1791 no jornal de Physique; No ano seguinte, a rocha foi nomeada dolomito. O Dolomito, é uma rocha resistente aos vários tipos de meteorização, tanto física como química; por isto, esta rocha tende a originar relevos que sobressaem da paisagem; por exemplo o castelo de Estremoz, está instalado num relevo devido à existência de dolomitos.

Page 58: Livro de Resumos 2014

- 58– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“O Boltossauros Português”

Maria Beatriz1, Marta Ribeiro

1, Rafael Canas

1, Vasco Santinho

1 & Celestino Coutinho

2

1e 2-Grupo de Paleontologia da EBI Dr. Joaquim de Barros, Paço de Arcos (GP)

Introdução: Inferir comportamentos para animais modernos é difícil; mas para animais extintos é muito mais complexo. Perseguir e capturar presas é um fator vital de sobrevivência dos predadores; conseguir fugir destes e evitar ser morto é também muito importante para as presas. Por outro lado, desde há muito que a questão controversa sobre o estatuto fisiológico dos dinossáurios está em debate – sendo considerados como animais ectotérmicos, seriam geralmente animais lentos; sendo homeotérmicos, poderiam deslocar-se em certas alturas a velocidades relativamente elevadas.Assim, não surpreende que a velocidade de deslocação de animais extintos tenha tanto interesse para os paleontólogos. Sendo as pegadas / pistas fósseis o reflexo direto dos movimentos destes animais, o registo icnológico constitui a base para inferências de comportamentos deste tipo. Depois dos nossos colegas do Grupo de Paleontologia terem descoberto uma pista de um terópode de grandes dimensões que se deslocava a velocidade relativamente rápida, uma saída de campo à jazida dos Lagosteiros (Sesimbra) colocou-nos vários desafios – qual a velocidade máxima reconhecida para os dinossáurios que deixaram pistas no nosso País? E eram bípedes? De que tipo? E as suas dimensões corresponderiam a que portes? Para respondermos a estas questões fizemos um levantamento dos dados conhecidos, estudámos em pormenor uma pista de terópode da jazida dos Lagosteiros e comparámos os resultados com o que é conhecido para muitas outras icnojazidas espalhadas pelo mundo.

Page 59: Livro de Resumos 2014

- 59– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Qual o conteúdo mais adequado (em sementes) para um saco térmico?”

Abigail Blades1 & Mafalda Pereira

2

1-Aluna do Colégio de São José, Ramalhão 2-Docente do Colégio de São José, Ramalhão

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar quais as sementes mais eficazes na conservação do calor.

Observação: Em casa tinha um saco de sementes para ser aquecido ao micro-ondas e fiquei curiosa em saber, que sementes armazenam mais eficazmente o calor.

Material: -6 sacos de algodão com diferentes sementes no seu conteúdo: -Saco 1: Arroz integral -Saco 2: Grão-de-bico -Saco3: Trigo-sarraceno -Saco 4: Sementes de abóbora -Saco 5: Sementes de linhaça -Saco 6: Aveia -Microondas; -Termómetro; -Base de madeira; -Estrutura metálica de suporte. (cada saco de sementes tem 250g de material)

Método: Hipótese: Um saco com arroz integral fica quente durante mais tempo; Um saco com Grão-de-bico fica quente durante mais tempo; Um saco com Trigo-sarraceno fica quente durante mais tempo; Um saco com Sementes de abóbora fica quente durante mais tempo; Um saco com Sementes de linhaça fica quente durante mais tempo; Um saco com Aveia fica quente durante mais tempo. Experiência: Aquecer o saco 1 no microondas durante 90 segundos; Colocar o saco na superfície de madeira e medir a temperatura com o termómetro apoiado numa superfície de metal sobre o saco; Repetir o procedimento da medição da temperatura em intervalos de 10 minutos até perfazer 60 minutos; Repetir o aquecimento e as medições de temperatura 3 vezes; Repetir os procedimentos anteriores para os sacos 2 a 6; Registar os resultados e elaborar uma tabela com a média das temperaturas registadas.

Page 60: Livro de Resumos 2014

- 60– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Observações:

Há dois grupos de materiais que se distinguem pela temperatura atingida após o aquecimento pelo período de 90 segundos: -O trigo e arroz atingem os 50-51ºC; -O grão-de-bico, as sementes de abóbora, as sementes de linhaça e a aveia atingem os 55-56ºC, sendo que o grão-de-bico é a semente que atinge a temperatura mais elevada (56ºC). A razão desta diferença poderá estar associada ao calor específico destes materiais (isto é, o calor necessário para aumentar a temperatura por unidade de massa). O material que manteve as temperaturas mais elevadas durante mais tempo foi o grão-de-bico, possivelmente porque tem maior dimensão e densidade. Assumindo que o calor é armazenado uniformemente e sendo o grão-de-bico o material de maior dimensão e densidade, leva mais tempo a arrefecer, pois o calor no seu interior tem de “percorrer” uma distância maior até atingir a superfície. Por outro lado, o facto de ter um revestimento mais rígido dificulta a saída do calor, fazendo com que este saia mais lentamente e mantenha a temperatura interna durante mais tempo.

ConclusãoFinal: Há vários fatores que influenciam a taxa de arrefecimento, tais como o calor específico, a densidade do material, a dimensão, o arrefecimento e o espaço entre si. De acordo com esta experiência, a hipótese correta é a 2, ou seja, o saco que contém grãos-de-bico.

Arrefecimento em função do tempo de diferentes grãos

0

10

20

30

40

50

60

Tem. Média à

saída

10 mins 20 mins 30 mins 40 mins 50 mins 60 mins

Tempo a partir da saída do microondas (em mins)

Tem

pe

ratu

ra (

em

gra

us

Ce

lsiu

s)

Arroz

Grão

Trigo

Abóbora

Linhaça

Aveia

Arrefecimento em função do tempo de diferentes

grãos

0

10

20

30

40

50

60

Tem. Média à

saída

10 mins 20 mins 30 mins 40 mins 50 mins 60 mins

Tempo a partir da saída do microondas (em mins)

Tem

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Arroz

Grão

Trigo

Abóbora

Linhaça

Aveia

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- 61– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Afinal os dinossáurios também iam à praia”

Carlos Marques1, Sofia Cruz

1, Tomás Alvim

1 & Celestino Coutinho

2

1e 2-Grupo de Paleontologia da EBI Dr. Joaquim de Barros, Paço de Arcos (GP)

Introdução: O registo fóssil encontrado em qPortugal tem-se revelado significativo e diversificado. Particularmente, o registo deixado por vertebrados Mesozóicos tem sido referido como de grande importância para o conhecimento e compreensão de comportamentos e evolução de diversos tipos de dinossáurios. Muito importante, perante a escassez a nível mundial, é o registo conhecido para o Jurássico médio, um intervalo de tempo em que o número de jazidas é muito escasso. Mas, no nosso País, jazidas fossilíferas excepcionalmente notáveis, quer pela diversidade, quer pela qualidade da preservação – geralmente conhecidas por Lagerstatten (locais para descansar em paz») – sãodesconhecidas. Muitos destes depósitos sedimentares exibem fósseis extraordinários com preservação excepcional, incluindo por vezes a preservação dos tecidos moles dos organismos. Tudo isto a propósito da descoberta em Dezembro de 2013, salientada por vários órgãos de comunicação social, de uma nova jazida do Jurássico médio – a pedreira da Ladeira (170 e os 166 milhões de anos). Nesta pedreira desativada, em pleno Maciço Calcário Estremenho, a grande variedade e abundância de organismos marinhos fossilizados é muito importante: três grupos de equinodermes: equinoides (ouriços-do-mar), asteroides (estrelas-do-mar), crinoides (lírios-do-mar), peixes, bivalves, crustáceos,pelo que ficou conhecida como «praia NJurássica». Também é de realçar a preservação destes organismos, muitas vezes conservados como molde e contramolde, com uma qualidade espectacular – articulados, ocorrendo como elementos do seu esqueleto preservados in situe com detalhes fantásticos. Em Março passado, aproveitando as férias da Páscoa, deslocámo-nos a esta pedreira, de difícil localização. Embora possa não ser incluída numa Laggerstatte, os investigadores irão encontrar motivos e argumentos para justificar a excepcional preservação dos invertebrados e vertebrados marinhos ali encontrada (eventualmente o enterramento de carcaças dos organismos num ambiente anóxico com uma quantidade mínima de bactérias ou uma crise local que possa ter retardado a decomposição aeróbica e aumentado as oportunidades para um acontecimento de mortalidade em massa e de permineralização). A grande maioria dos Lagerstatten reconhecidos inclui ou restos diretos dos organismos – somatofósseis - ou vestígios das suas actividades – icnofósseis. Aqui, na pedreira da Ladeira, descobrimos também a presença de pegadas de dinossáurios num dos estratos, provavelmente deixadas numa altura de emersão e em que a coluna de água não ultrapassaria 1,5 m, com os animais deslocando-se apoiando no fundo apenas as pontas dos dedos, numa posição em que estariam quase a boiar. Estas amostras, hoje já relativamente abundantes no registo fóssil mundial, são conhecidas por «pegadas de natação». Identificámos estas pegadas de natação como deixadas por dinossáurios bípedes, provavelmente do grupo dos ornitópodes, e ainda um número reduzido de pegadas de mãos de saurópodes.

Page 62: Livro de Resumos 2014

- 62– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

IX Congresso Nacional Cientistas em Ação

PRÉMIO ANTÓNIO RIBEIRO

Ensino Secundário

Page 63: Livro de Resumos 2014

- 63– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

QUEM É O CIENTISTA?

Professor Doutor António Ribeiro

O Professor António Ribeiro é, seguramente, um dos geólogos portugueses mais

brilhantes da sua geração, com um curriculum científico e profissional de grande valor,

com inestimáveis serviços prestados à Ciência e à Educação, tanto a nível nacional

como europeu. O seu trabalho de excelência contribuiu e continuará seguramente a

contribuir para a construção desta intrincada malha de que é feita a Ciência.

Da sua profícua e frutificante actividade científica, centrada essencialmente nos

domínios da Tectonofísica de continentes e oceanos, na Sismotectónica e na

Modelação de processos tectónicos, resultaram mais de 300 publicações científicas da

especialidade, incluindo 5 livros e 125 publicações referidas no ScienceCitationIndex,

com 1350 citações. De referir o seu último livro, lançado no mercado em 2002,

intitulado “Soft PlateandImpactTectonics” e dado à estampa pela conhecida editora

europeia Springer Verlag.

O Professor António Ribeiro foi ainda fundador do Laboratório de Tectonofísica e

Tectónica Experimental (LATTEX) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e

sócio fundador do Grupo de Geologia Estrutural e Tectónica (GGET) da Sociedade

Geológica de Portugal.

Page 64: Livro de Resumos 2014

- 64– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Da deriva continental de Wegener à moderna geodinâmica global

António Ribeiro1 & Rui Dias2

1Univ. Lisboa; 2Univ. Évora

Essencialmente no período entre 1912 e 1915 Alfred Wegener formalizou o conceito de deriva continental com base na mobilidade da superfície sólida da Terra. Embora tenha havido outros precursores, a sua formação de meteorologista, fornecia-lhe a compreensão da importância dos movimentos rápidos dos fluidos na atmosfera, motivando-o a extrapolar esta mobilidade para o fluxo lento da superfície sólida terrestre, um salto fenomenológico maior nas Ciências da Terra. A utilização de uma enorme quantidade de dados (e.g. paleontológicos, litoestratigráficos e paleoambientais), permitiu-lhe formular a hipótese de que no final do Paleozóico (i.e. há cerca de 250 milhões de anos) os continentes que conhecemos actualmente, estariam todos juntos num único supercontinente a que chamou Pangeia (fig. 1).

Fig. 1 - Do supercontinente Pangeia há cerca de 250 milhões de anos (A) à disposição

actual dos continentes (B).

A tectónica de placas (1962-1969) progrediu a partir do conhecimento das bacias oceânicas para modelo cinemático completo da litosfera à escala global. Utilizando o conceito do Ciclo de Wilson a teoria pôde alargar a história da Terra para a evolução dos oceanos, continentes e cinturas móveis ao longo das placas tectónicas. Tornou-se um paradigma para a teoria da Terra como um sistema aberto e dinâmico. A aplicação dos conceitos associados à Tectónica de Placas às formações rochosas mais antigas, permitiu verificar que a Pangeia não foi o único supercontinente e, anteriormente outros se sucederam; a Rodinia (há cerca de 1000 milhões de anos) e a Panótia (há cerca de 600 milhões de anos) são apenas 2 dos últimos supercontinentes (fig. 2)... e nem sequer são os únicos pois tem vindo a ser possível recuar no tempo geológico... neste momento é possível identificar supercontinentes com mais de 3000 mil milhões de anos.

Page 65: Livro de Resumos 2014

- 65– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Fig. 2 - Rodinia e Panótia; os supercontinentes que antecederam a Pangeia.

Embora neste momento exista uma boa compreensão da generalidade dos processos activos em termos da dinâmica da Terra, muitas questões continuam a ser discutíveis. Um tema maior da história da Terra é a causa/origem dos superciclos continentais alargados ao passado da Pangeia de Wegener e ao futuro, na base do estado actual de máximo de dispersão continental. Segundo diferentes autores os ciclos passados, com duração média de 350 a 700 milhões de anos, têm sido explicados por diferentes modelos de associação e como base para a formação de futuros supercontinentes.

Parece inevitável que um outro supercontinente reunir-se-á dentro de 100 ± 50 milhões de anos, isto é antes do final da Tectónica de Placas, por enfraquecimento do motor do calor e do fim da lubrificação do movimento da placa pela água oceânica, o qual deverá ocorrer dentro de 1 000 a 2 000 milhões de anos. Se tudo parece indicar a existência de um supercontinente no futuro geológico, a forma que ele poderá assumir é bastante discutível; Amásia, Nova Pangeia, Pangeia Próxima e Pangeia Reconstructa (fig. 3) são apenas algumas das propostas que têm sido avançadas por diversos autores para o próximo supercontinente...

Fig. 3 - Pangeia Reconstructa... uma possibilidade para o próximo supercontinente.

Page 66: Livro de Resumos 2014

- 66– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Aerogerador”

Fernando Faria1 & António Ferreira

2 e Sílvia Arada

2

1-Aluno do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe 2-Docentes do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe

Finalidade: O meu projeto baseia-se na construção de um aerogerador que utiliza a energia cinética do vento para movimentar o veio do rotor , convertendo-a, assim, em energia mecânica que é convertida em energia elétrica por um gerador eletromagnético junto à turbina eólica. Desta forma, pretendendo mostrar que é possível qualquer cidadão construir um aerogerador e produzir a sua própria energia.

Material: - 2 discos de travões de um carro - 16 Ímanes - ferro - madeira - rolamento - parafusos - anilhas Método: Em primeiro comecei por fazer um esboço do projeto, de seguida comecei por limpar os discos, coloquei os ímanes ordenadamente no disco juntamente com bobines de seguidafizuma estrutura para inserir à volta dos discos com finalidade de encher os discos com fibra. De seguida comecei a fazer as hélices e o suporte que segura em tudo. E por fim montei tudo.

Conclusão: Tendo em conta a elevada disponibilidade que Portugal tem ao vento, a população portuguesa deve apostar mais na Energia Eólica. Este projeto tem como objetivo produzir energia elétrica. Este tipo de equipamento poderá ser definido como um aerogerador doméstico, pois a quase totalidade dos equipamentos é instalada em habitações ou micro-indústrias. Ter um aerogerador a produzir eletricidade unicamente para as nossas instalações pode ser uma realidade.

Page 67: Livro de Resumos 2014

- 67– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Biocompostagem Doméstica com Minhocas”

José Manuel Dordio Castanho1 & Manuela do Pomar

2

1-Aluno da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz 2-Docente do Ensino Secundário da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz

Introdução: A Biocompostagem Doméstica com Minhocas dá uma valiosa contribuição na solução de dois grandes problemas atuais do ambiente do planeta: - Falamos do excesso de lixo orgânico e do destino que lhe é dado, pois tanto os aterros, como a incineração, são soluções ambientalmente discutíveis, tendo entre outros problemas a criação e libertação de gases tóxicos e o custo energético. - Falamos também do problema da degradação e do envenenamento dos solos de cultivo, consequência da utilização intensiva de todo o tipo de fertilizantes de síntese e elementos de combate a pragas de origem química. Neste processo assistimos a uma solução ambientalmente correta em vários aspetos:

- Os resíduos são reciclados junto ao local onde são produzidos, não criando assim mais custos no seu transporte. - Por outro lado, criamos uma forte valorização desses resíduos, tornando-os em produtos biológicos de alto interesse na revitalização dos solos, na fertilização biológica das plantas e proteção integrada de todo o ecossistema. - Todo este processo funciona em aerobiose (presença de oxigénio) não contribuindo para emissões de metano, como acontece em processos industriais de compostagem anaeróbica.

Page 68: Livro de Resumos 2014

- 68– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Investigar o “Sismolador”

Rita Coelho1, Maria Garcêz

1, Mariana Casteloa

1, Pedro Reis

1 & Isabel Castro

2

1- Alunos da Escola Secundária de Valongo (Agrupamento de Escolas de Valongo) 2-Docente na Escola Secundária de Valongo (Agrupamento de Escolas de Valongo)

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivoinvestigar o mecanismo gerador de sismos tectónicos proposto por Reid: a Teoria do Ressalto Elástico. Desta forma pretende-se:

Construir um modelo para testar relação entre a Teoria do Ressalto Elásticoe a ocorrência de sismos;

Investigar se os sismos podem ser previstos;

Investigar porque é que ocorrem réplicas após um sismo principal.

Introdução: A Teoria do Ressalto Elástico foi proposta porHenry Fielding Reid, professor de Geologia na Universidade Johns Hopkins (EUA).A partir da observação do deslocamento da superfície do solo, que acompanhou o sismo de S. Francisco em 1906, referindo que o sismo deve ter envolvido um "ressalto elástico" provocado pela tensão previamente armazenada nas rochas. Se um elástico esticado, quebra ou é cortado, a energia elástica armazenada durante o alongamento, é libertada repentinamente. Da mesma forma, as rochas da litosfera podem armazenar tensão elástica, que é libertada subitamente durante um sismo. Segundo a Teoria do Ressalto Elástico quando as rochas da litosfera são sujeitas a tensões que ultrapassam o seu limite de elasticidade, deformam permanente, formando falhas e originando um sismo. No nosso planeta, os locais onde preferencialmente ocorrem as movimentações que provocam a acumulação de tensõesque originam os sismos, situam-se junto à fronteira de placas, no entanto também podem ocorrer no interior das placas. O modelo construído para investigar a Teoria do Ressalto Elástico (figura 1) consiste numa tábua forrada com lixa fina, para produzir atrito. Sobre a superfície coloca-se um ou mais blocos presos por elásticos e aplica-se uma força constante.

Figura 1 - Modelo construído para testar a Teoria do Ressalto Elástico

Neste modelo o bloco e a base representam as placas tectónicas separadas por uma falha, a lixa representa o contacto entre os dois blocos, os elásticos representam as forças que atuam nas placas acumulando tensão quando sujeitos a uma força, tal como em grande escala acontece com as rochas da litosfera.

Material: Modelo constituído por: - uma base de madeira forrada com lixa - fita métrica - quatro blocos de igual massa - elásticos - motor

Page 69: Livro de Resumos 2014

- 69– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Método: Experiência 1: Colocar um bloco preso a um elástico sob a lixa e aplicar uma força constante. Registar o valor máximo do estiramento do elástico cada vez que o bloco se move e registar o respetivo valor da deslocação do bloco. Repetir a experiência 6x. Experiência 2: Colocar dois blocos sobrepostos sob a lixa e aplicar uma força constante. Registar o valor máximo do estiramento do elástico cada vez que o bloco se move e registar o respetivo valor da deslocação do bloco. Repetir a experiência 6x. Experiência 3: Colocar dois blocos ligados em série sob a lixa e aplicar uma força constante. Repetir a experiência 6x.

Resultados: Experiência 1:

Experiência 1

Estiramento do elástico

(cm)

Deslocação do bloco

(cm)

1 16 - 5,5 = 10,5 1,0

2 16,5 - 5,5 = 11.0 1,5

3 16,5 - 5,5 = 11.0 1,5

4 17 - 5,5 = 11,5 2,0

5 17 - 5,5 = 8,5 2,5

6 16 - 5,5 = 10,5 1,5

Quadro 1 e Gráfico 1 - Deslocamento do bloco em função do estiramento do elástico

Na experiência 1 a deslocação do bloco não foi feita de maneira constante variando entre 1 cm e 2,5 cm. Experiência 2:

Experiência 2

Estiramento do elástico

(cm)

Deslocação do bloco

(cm)

1 26 - 5,5 = 20,5 0,5

2 27 - 5,5 = 21,5 1,0

3 28 - 5,5 = 22,5 2,0

4 29 - 5,5 = 23,5 3,0

5 30 - 5,5 = 24,5 3,0

6 30 - 5,5 = 24,5 4,0

Quadro 2 e Gráfico 2 - Deslocamento do bloco em função do estiramento do elástico

Na experiência 2, realizada com um bloco com o dobro da massa da experiência 1 a deslocação do bloco também não foi constante variando entre 0,5 cm e 4,0 cm. Experiência 3: Na experiência 3, verificou-se que quando se aplica a força no 1º bloco e é ultrapassado o limite de elasticidade, o bloco move-se bruscamente, aplicando tensão no segundo bloco, que quando ultrapassa o seu limite de elasticidade e também se desloca bruscamente.

1,0

1,5

1,5

2,0

1,5

2,5

10,5 11,0 11,0

11,5

10,5

8,5

0,5

1,0

2,0

3,0

3,0 4

,0

21,5 22,5

23,5

24,5

24,5

Estiramento

do elástico (cm)

Deslocamento

do bloco (cm)

Deslocamento

do bloco (cm)

Estiramento

do elástico (cm)

20,5

Page 70: Livro de Resumos 2014

- 70– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

Conclusão: Na experiência 1, os diferentes resultados obtidos para a deslocação do bloco, constituíram uma surpresa porque os valores da deslocação não foram constantes, nas mesmas condições, e o mesmo aconteceu na experiência 2 onde foi utilizado um bloco com o dobro da massa. Estes resultados poderão estar relacionados, por exemplo, com o facto das forças aplicadas não terem sido exatamente iguais, do elástico pelo uso ter um comportamento diferente ou da lixa e do bloco em diferentes pontos terem diferentes valores de atrito. Os resultados obtidos permitem fazer a analogia com o que ocorre na realidade, quando as placas tectónicas e as falhas acumulam tensão,compreende-se que em diferentes pontos podem ter diferentes características que condicionam a acumulação e libertação da tensão acumulada. Consequentemente não havendo regularidade na libertação de energia também não é possível a previsão dos sismos a curto prazo. Na experiência 3, verificou-se que a tensão aplicada inicialmente provocou a movimentação do bloco por ressalto elástico, criando tensão no outro bloco que depois também se deslocou bruscamente. Os resultados desta experiência permitiram fazer uma analogia com que acontece quando ocorre um sismo principal, cuja libertação de energia provoca tensão noutros pontos da falha ou noutras falhas que também poderão ressaltar elasticamente e provocar sismos, que ocorrem após o sismo principal designados por réplicas. Os resultados obtidos nas experiencias 1, 2 e 3 permitiram também compreender a relação entre Teoria do Ressalto Elástico e a ocorrência de sismos, definindo-se 4 fases:

a) Tem que existir algum tipo de movimento nas rochas; b) Ocorre acumulação de tensão nas rochas ou na falha; c) É ultrapassado o limite de resistência do material e este cede ocorrendo um ressalto; d) Liberta-se a energia, ocorrendo um sismo.

A utilização do modelo, permitiu compreender que quando a acumulação de tensões ocorre nas rochas junto a uma falha, ou no plano de falha, o atrito entre os lábios da falha impede a deslocação, mas quando é ultrapassada a resistência na zona de falha dá-se uma movimentação brusca e as rochas nos dois blocos da falha ressaltam elasticamente, libertando energia sob a forma de calor e de ondas elásticas, produzindo-se um sismo. Após a execução das experiências, lembramo-nos que o modelo também pode servir para testar o sistema de construção anti-sísmica utilizado na Baixa Pombalina de Lisboa após o terramoto de 1755, designado por “Gaiola Pombalina”. Futuramente, o modelo elaborado também pode ser utilizado para outras investigações, por exemplo, utilizando diferentes tipos de lixa, ou blocos de diferentes materiais, e também pode permitir novos trabalhos, por exemplo, para calcular a magnitude dos “sismos” produzidos com o modelo e fazer a relação com a energia libertada.

Page 71: Livro de Resumos 2014

- 71– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“EnergyLumps” Diogo Couto

1, Francisco Faria

1, Rui Borges

1, Luís Macedo

1 & António Ferreira

2 e Sílvia Arada

2

1-Alunos do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe 2-Docentes do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe

Finalidade: Testar o “valor calorífico” e o isolamento térmico dos caroços de milho e de azeitona para aquecimento de águas quentes sanitárias (AQS), aquecimento central e para isolamento térmico, comparando-os com os diferentes materiais mais convencionais. Como alunos de energias renováveis pretendemos, com o nosso estudo, dar a conhecer um tipo de “combustível” que, actualmente, apenas 3% é utilizado na construção civil e os

restantes 97% são queimados e lançados para a atmosfera.

Material: Parte A

Caixas de cartão com tampa;

Foco de luz

Caroços de milho

Caroços de azeitona

Roofmate

Cimento

Sensores de temperatura

Computador (software MultiLog Pro)

Método: 1ª experiência: Parte A A parte A consiste no estudo do “valor calorífico” dos caroços de milho e de azeitona, e destes compostos com cimento a fim de compará-los a um isolamento convencional (Roofmate). 2ª experiência: Parte B A parte B consiste na construção de uma maquete (caldeira) onde se pretende comparar os resultados de consumo e eficiência dos caroços de milho e de azeitona com o custo/eficiência de soluções tradicionais, tais como biomassa (pellets), lenha e gasóleo e testar o seu valor calorífico.

Conclusão: Tendo em conta a taxa de produção dos resíduos em estudo é conclusão deste trabalho que a sua utilização no aquecimento e isolamento poderá ser uma forma rentável de aproveitar estes materiais desperdiçados. Desta forma, os nossos resultados parecem indicar que os caroços de azeitona incorporados no cimento são um ótimo isolador térmico. Assim esta aplicação poderá ser uma forma de rentabilizar este recurso, tão desperdiçado, aplicando-o no aumento do nosso conforto, ajudando assim o meio ambiente com a poupança de recursos. No que se refere ao aproveitamento destes recursos para o aquecimento os caroços de milho parecem

Parte B

Tábua em madeira

Caldeira construída em chapa e ferro

Suporte de depósito em ferro

Depósito de água em metal

Circuito de aquecimento de água em cobre

Deposito com material isolante para Manter a temperatura da água

Torneira de regulação

Bomba de água

2 Termómetros

Calha para circuitos eléctricos

Tapete de relva sintética

2 Tijoleiras

1 Bateria

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- 72– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

ser os mais rentáveis, tendo em conta as temperaturas atingidas pela água e a facilidade da queima deste resíduo. É no entanto importante perceber se o fumo libertado desta combustão não tem um efeito mais nefasto para o ambiente do que a combustão da madeira. Para isso iremos tentar arranjar um apoio que nos ajude na caracterização do fumo libertado na combustão destes resíduos.

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- 73– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Como manter o equilíbrio de concentrações nas células necessário à vida?”

Marta Ramos1 & Maria José Morais

2

1-Aluna da Escola Secundária de Albufeira 2-Professora de Biologia e Geologia da Escola Secundária de Albufeira

Finalidade: Este trabalho tem como principal objetivo estudar os processos de transmissão de água (osmose) e solutos (difusão simples) através da membrana das células vegetais da batata.

Material: - umabatata grande - cloreto de sódio (NaCl) - corante alimentar - água natural - água destilada - papel absorvente - uma faca - uma vareta - uma pipeta - trêsgobelés - três vidros de relógio - balança analítica

Método: 1ª experiência:

1- cortar três rodelas de batata e pesá-las (devem ter aproximadamente o mesmo peso) 2- colocar uma rodela num gobeléA com água saturada com cloreto de sódio (NaCl) 3- colocar uma rodela num gobeléB com água natural 4- colocar uma rodela num gobeléC com água destilada 5- esperar cerca de 30 minutos 6- retirar as rodelas e pesar novamente

2ª experiência:

1ªparte

1- repetir a 1ªexperiência mas adicionando com a pipeta corante na água dos três gobelés 2- comparar a incorporação do corante nas células da batata nas várias condições

2ªparte

1- repetir a 1ªexperiência mas adicionando com a pipeta corante à superfície da batata e retirando o excesso com papel absorvente, antes de a colocar no gobelé

2- comparar a tonalidade das batatas na várias condições

Conclusão: Na 1ª experiência verificou-se que: A rodela de batata do gobeléAdiminuiu o seu peso, devido à saída de água dos vacúolos das suas células para o meio exterior (meio hipertónico).

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- 74– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

As rodelas de batata dos gobelésB e Caumentaram o seu peso, devido à entrada de água do meio exterior (meio hipotónico) para os vacúolos das suas células.

Na 2ª experiência verificou-se que: Tanto na 1ª como na 2ªparte a batata que ficou mergulhada no gobeléAdiminuiu o seu peso e ficou mais corada, ou seja, incorporou mais corante na 1ª parte e perdeu menos corante na 2ªparte. Já as batatas dos gobelésB e C aumentaram o seu peso e ficaram pouco coradas, ou seja, incorporaram menos corante na 1ª parte e libertaram mais corante na 2ªparte.

Concluímos assim que a osmose (movimento de água) e a difusão simples (movimento de solutos), ocorrem em simultâneo, sendo que a osmose ocorre do meio hipotónico para o meio hipertónico e na difusão simples existe o movimento de solutos do meio onde a sua concentração é mais elevada para o meio onde a sua concentração é mais baixa, a fim de manter o equilíbrio de concentrações nas células tão necessário à vida.

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- 75– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Produção Biológica de Caracóis”

Adelaide Cortes Espadinha1 & Manuela do Pomar

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1-Aluna da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz 2-Docente do Ensino Secundário da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz

Introdução: A Produção consiste na atuação do ser humano sobre a Natureza para a obtenção de bens, produtos e serviços necessários para a satisfação das suas necessidades. Com o crescimento demográfico, a população mundial aumenta e com ela aumenta a necessidade de recursos, o que conduz à falta dos mesmos em algumas regiões menos favorecidas. É por isso necessário aumentar a produção de recursos, incluindo a produção de alimento, para compensar este crescimento populacional. Foi por esta razão que se criaram novos meios de acelerar ou aumentar este processo, desde as plantas geneticamente modificadas, para resistir às condições adversas, até à criação de produtos químicos para combater os parasitas dos campos, como os pesticidas. Porém, nem todos os novos métodos são bons para a natureza. Alguns baseiam-se em alterar o ritmo biológico das plantas e introduzem nestas ou no meio envolvente, substâncias químicas que, apesar de serem benéficas para a produção da planta em si, são prejudiciais para os restantes seres vivos do respetivo ecossistema, sejam estes plantas ou animais. O novo objetivo humano que é aumentar a produção de recursos deve ser encarado de forma sustentável de modo a que a produção de um certo recurso não leve à destruição de outro igualmente necessário. Todas as estruturas que se baseiam neste princípio inserem-se na produção biológica. Esta visa obter produtos saudáveis e ao mesmo tempo promover práticas sustentáveis que tenham um impacto positivo nos ecossistemas. Para isso não recorre à aplicação de produtos químicos nem à implantação de organismos geneticamente modificados. Deste modo garante-se a ausência de resíduos químicos nos produtos, incluindo nos alimentos, e a segurança em relação à saúde do consumidor. Até há pouco tempo, o aparecimento de caracóis em hortas e sítios urbanos era uma problemática. Este animal era considerado uma praga, sendo tomadas medidas contra o seu aparecimento e sobrevivência. Hoje em dia, com a crescente globalização o caracol é utilizado em grande escala, na alimentação e é considerado um “petisco”. Por esta razão este animal está hoje ameaçado devido à crescente procura comercial que levou à diminuição do número de indivíduos no meio natural, em particular devidas às capturas maciças e desordenadas, sem respeito quanto ao ciclo natural do caracol. Uma outra razão para o seu desaparecimento foi a grande utilização de substâncias químicas e herbicidas e a destruição dos espaços verdes. Há muito pouco tempo surgiu a Helicicultura que consiste na criação de caracóis de uma forma controlada e organizada. Com esta começaram a surgir as empresas de produção de caracóis e desenvolveu-se o mercado económico dos mesmos, introduziram-se métodos de controlo para travar o desaparecimento em grande escala do caracol. Ao mesmo tempo criam-se condições para tornar a sua criação melhor e mais segura, respeitando o ciclo de vida natural deste animal. Em Portugal esta atividade é ainda muito pouco conhecida e explorada, sendo que apenas recentemente surgiram pequenas criações e empresas que ainda estão a crescer. Note-se ainda que hoje em dia o caracol não é visto apenas como alimento (culinária), mas também como um produto de valor a estudar em áreas como a cosmética e a medicina. Pretende-se que este trabalho se centre neste mesmo tema que é a produção biológica, particularmente na produção biológica de caracóis. Para o realizar estive em contato com uma empresa que realiza este tipo de produção, de modo a observar o crescimento e manutenção destes pequenos animais, e desenvolvi uma atividade de comparação de caracóis aí criados com caracóis selvagens. Apesar de ter conseguido controlar as variáveis determinantes das características dos caracóis de viveiro, não foi possível controlar as condições dos caracóis selvagens, tendo estes estado sujeitos às “forças” da Natureza.

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- 76– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Pedal Power”

Lucas Barbosa1, Pedro Faria

1, Marco Vale

1 & António Ferreira

2 e Sílvia Arada

2

1-Alunos do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe 2-Docentes do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe

Finalidade: O nosso projeto é uma bicicleta produtora de energia. O protótipo tem como objetivo produzir energia elétricadiretamente para um sistema elétrico de uma casa ou instalação, com a criação de um Kit que pode ser adaptado a qualquer bicicleta e desta forma aproveitar a energia cinética desperdiçada sempre que pedalamos. Este projeto pode ser introduzido em qualquer instalação mas é feito especialmente para ser introduzido num ginásio. Com a implementação deste projeto poderemos reduzir significativamente o consumo de energia elétrica de um estabelecimento, nomeadamente ao nível da iluminação.

Material: - ferro - bicicleta - gerador - bateria - duas lâmpadas - 1 interruptor

Método: - Utilização de uma bicicleta usada -Criação de um suporte - Criação de uma base para o mecanismo -Montagem do mecanismo (o gerador estará ligado a bateria que por sua vez estará ligado ao interruptor que ligara a 1ºlâmpada/ o gerador esta ligado ao interruptor que por sua vez está ligado a 2º lâmpada). -Experiencias de funcionamento

Conclusão: Este projeto permite-nos utilizar uma energia desperdiçada (energia cinética) para produção de energia elétrica algo que a nível ambiental ira reduzir a utilização de energia de fontes não renováveis.

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“Turbiditos… do fundo do mar à Serra do Caldeirão”

Cristiano Batista1, Diogo Aleixo

1, Kamran Alimagham

1, Tânia Valente

1 & Hélder Pereira

2

1-Alunos do Clube das Ciências da Terra e do Espaço da ESL 2-Docente do Departamento de Biologia e Geologia da Escola Secundária de Loulé

Introdução: As correntes de turbidez são fluxos de água com uma elevada quantidade de sedimentos que se deslocam rapidamente e de forma turbulenta ao longo do talude continental. As correntes de turbidez podem ser desencadeadas quando os sedimentos da plataforma continental se soltam devido a fenómenos geológicos como os sismos e desabam pelo talude continental abaixo. A mistura de água e sedimentos desloca-se então em direção às planícies abissais como uma avalanche, arrastando mais sedimentos e aumentando a sua velocidade à medida que flui. À medida que a corrente vai perdendo energia os sedimentos vão-se depositando no fundo oceânico dando origem a depósitos aos quais se dá o nome de turbiditos.

Os turbiditos são formados por sequências sedimentares, que foram descritas pela primeira vez por A. H. Bouma em 1962, com as partículas maiores (areias) na base e as mais pequenas (siltes e argilas) no topo. Porém, a maioria dos turbiditos encontrados na natureza possuem sequências incompletas. Normalmente há várias sequências sobrepostas em que cada uma correspondente a um episódio turbidítico diferente.

As correntes de turbidez são o principal agente de transporte de sedimentos no meio aquático, sendo bastante importantes não só pelos riscosgeológicos inerentes, mas também pelo facto dos depósitos turbiditicosalbergarem os maiores reservatórios de hidrocarbonetos do mundo. Este trabalho tem como principal objectivo apresentar um modelo analógico que permite ilustrar o fenómeno geológico das correntes de turbidez. Serão ainda apresentados exemplos de sequências turbidíticas de idade plio-plistocénica, obtidas através de perfurações oceânicas em depósitos da margem continental algarvia, e de idade paleozóica observáveis na serra algarvia no concelho de Loulé.

Material: - aquário - tábua de madeira - funil - água -leite -areia - tubo de PVC - fotografias de testemunhos de sondagem

Métodos: O primeiro passo da elaboração da maqueta consistiu no aproveitamento de um aquário. De seguida colocou-se areia no fundo do aquário e sobre esta uma placa de madeira para formar um declive, simulando o declive do fundo oceânico nomeadamente do talude continental. Posteriormente colocou-se água no aquário e tapou-se a tábua de madeira com areia. Por fim colocou-se um funil suspenso sobre o aquário através do qual se lançou um copo de leite para simular uma corrente de turbidez. Como corolário desta actividade realizou-se ainda uma réplica de um testemunho de sondagem obtido no decurso na Expedição IODP 339 através da qual foram recuperadas sequência turbidíticas depositadas na margem continental do Algarve.

Conclusão: Na sequência do trabalho realizado construiu-se um modelo analógico que permite demonstrar o funcionamento das correntes de turbidez (Fig. 1), relacionando-as com os turbiditos que se podem observar actualmente tanto na margem continental como na serra algarvias.

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- 78– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

- Figura 1 -

Bibliografia: Baptista Neto, J. A.;Ponzi, V. R. A. &Sichel, S. E. (2004) Introdução à Geologia Marinha. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 279 p. Dias, J. A. (2004) Correntes turbidíticas. http:// Hernández-Molina, F. J., Stow, D., Alvarez-Zarikian, C. & Expedition IODP 339 Scientists (2013) IODP Expedition 339 in the Gulf of Cadiz and off West Iberia: decoding the environmental significance of the Mediterranean outflow water and its global influence. ScientificDrilling, Vol. 16, pp.1-11. Oliveira, J. T. (1992) Traços Gerais da Geologia Algarvia, Paleozóico inManuppella, G. (Coord.) – Carta Geológica da Região do Algarve, escala 1/100.000, Nota explicativa. Serv. Geol. Portugal, Lisboa, pp. 4-6. Shanmugam, G. (2000) 50 years of the turbidite paradigm (1950s-1990s) deep water processes and facies models - a critical perspective.Marine andPetroleumGeology, 17, pp. 285-342.

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- 79– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“A produção vitivinícola”

Bárbara Gomes Cochicho

1 & Manuela do Pomar

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1-Aluna da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz 2-Docente do Ensino Secundário da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel,Estremoz

Introdução: O vinho é um produto extremamente delicado e exigente. Todos as etapas exigem um máximo rigor na sua realização, só assim, é possível obter um produto final de qualidade. Tudo começa na qualidade da videira que influenciará consequentemente a qualidade do fruto por ela produzido. Este é o primeiro grande factor determinante na excelência do produto final. No entanto muitas outras etapas irão por à prova, primeira o mosto e depois o vinho. Um dos principais factores para que se obtenha sucesso no cultivo desta planta é o clima, que deve ser temperado. No que diz respeito a este factor devem considerar-se três aspetos principais: a temperatura em si, a quantidade de água disponível e a exposição à luz solar. A importância destes três aspetos deve-se ao facto de influenciarem diretamente o processo fotossintético, e consequentemente a maturação da uva. A importância deste processo deve-se ao facto de ser ele o responsável pela obtenção de glicose, da qual depende mais tarde a fermentação. Diferentes variedades de uva, e necessariamente também de casta, têm exigências e necessidades também elas diferentes. Estas exigências podem passar pelo clima e pelas características do solo. É essencial para que se possa obter um vinho de qualidade que a casta esteja plenamente adaptada ao meio em que se encontra inserida, pois só assim será capaz de produzir uvas em perfeitas condições de maturação. Para além do rigor nas etapas cabe ao enólogo o bom senso na tomada decisões ao longo de todo a vinificação, um bom palato é também indispensável, visto que alguns ajustes só poderão ser feitos se se conhecer realmente o produto, e claro, uma “receita enológica” adequada ao tipo de casta que se possui e de vinho que se pretende obter. É notória e inquestionável a reputação que o mercado português possui junto dos apreciadores internacionais. Esse reconhecimento e aceitação é fruto do dinamismo e da excelência que o sector vitivinícola possui. As exportações são cada vez mais representativas e continuam a aumentar. Tal como a sabedoria popular cita, o vinho é sem dúvida o "Fruto da videira e do trabalho do Homem", e tem a capacidade de conseguir reunir a necessidade, a cultura e a religião ao redor de um único copo.

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- 80– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Resibox”

António Arantes1, Fábio Costa

1 & António Ferreira

2 e Sílvia Arada

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1-Alunos do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe 2-Docentes do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe

Finalidade: A finalidade do nosso projeto é o desenvolvimento e criação de um mecanismo que permita separar os óleos da água, no momento de lavagem da loiça. É sabido que um litro de óleo pode chegar a contaminar 3000 litros de água, logo protocolo criar um protótipo que permita experimentar e testar a eficiência desta separação de resíduos.

Material: - Ferro - Balde em chapa - Motor de escovas de um carro - Parafusos - Madeira - Banca da loiça

Método: O mecanismo é constituído por um balde de chapa, um motor de limpa vidros de carro comum, um tripé de ferro, um reservatório e um suporte para segurar o motor junto do reservatório. Na parte rotativa do motor colocou-se uma vara de ferro que faz girar uma roda de acrílico envolvido em esponja.Com este procedimento e material, sempre que o motor liga, fazendo girar a zona esponjosa, consegue-seabsorver o óleo encaminhado-o para o reservatório. Este mecanismo coloca-se na parte inferior da banca. Assim que o reservatório se encontra cheio, o conteúdo é entregue às entidades de tratamento de óleos usados.

Conclusão: Até ao momento vários testes foram realizados com o intuito de aumentar a eficácia de separação do óleo e da água. Concluímos que o mecanismo apesar de protótipo e experimental, apresenta resultados de grande eficiência, permitindo reduzir a quantidade de impurezas que seguiriam para o saneamento. Reduzimos assim o impacto ambiental nos tratamentos de água e reduz-se simultaneamente o entupimento de canalizações.

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- 81– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Álcool Etílico: do Açúcar ao Combustível”

João Pedro Barroso1 & Manuela do Pomar

2

1-Aluna da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel, Estremoz 2-Docente do Ensino Secundário da Escola Secundária/3 da Rainha Santa Isabel, Estremoz

Introdução: Devido à recente escassez de petróleo que tem sido anunciada nos últimos anos muitas alternativas têm sido propostas para substituir os combustíveis tradicionais ou para diminuir a sua concentração de modo a diminuir a sua utilização. O objectivo deste trabalho é estudar a possibilidade de utilizar álcool etílico como combustível. O álcool etílico é um líquido volátil utilizado como combustível, solvente ou em bebidas alcoólicas. Normalmente quando purificado é transparente. Obtêm-se através da fermentação de açúcares. Pode ser obtido a partir de várias plantas. Neste caso particular irei explorar utilização de cana-de-açúcar pois é a matérias-primas a partir da qual se pode produz mais álcool por hectare, e é a mais usada atualmente no Brasil, um dos países mais avançados no uso deste combustível. A cana-de-açúcar é cultivada principalmente em países tropicais, sendo muito utilizada como fonte de alimentos ou para produzir etanol. Este trabalho vai incluir os seguintes subtemas: a plantação de cana-de-açúcar, fermentação do açúcar para produção de álcool, impacto ambiental da plantação de açúcar, da produção de etanol e do uso de etanol enquanto combustível, impacto económico do uso de etanol...

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- 82– IX Congresso Nacional “Cientistas em Acção”

“Gourmet Solar”

João Vilas Boas1, César Silva

1,Carlos Costa

1 & António Ferreira

2 e Sílvia Arada

2

1-Alunos do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe 2-Docentes do Externato Infante D. Henrique, Ruílhe

Finalidade: A finalidade do projeto consiste no aproveitamento da energia solar convertendo-a em energia térmica visto que Portugal apresenta bons níveis de radiação solar. A ideia surgiu a partir de um momento em que estávamos num acampamento numa época de fogos sendo proibindo fazer fogueiras – logo ficávamos limitados a cozinhar. Com a construção do protótipo do grelhador solar, vamos conseguir testar o uso da energia solar no ato de cozinhar, podendo ser uma boa alternativa para reduzir a libertação de gases para a atmosfera e ao mesmo tempo reduzir o consumo das energias fosseis (pelo menos nos meses de verão). Ao fazermos testes com o ponto do grelhador em forma de resistência concluímos que não era o mais apropriado para uma boa eficiência logo construímos um novo ponto mas em forma de placa que obteve uma melhor eficiência no tempo de atingir o ponto de temperatura ideal para assar.

Material: - ferro - parafusos - parabólicas - banco (Suporte) - cobre (Grelha) - óleo de aquecimento Glicol) - lupas

Método: O grelhador e composto por duas parabólicas cromadas que funcionaram como captadores da energia solar. Para aumentar a captação e projeção da energia solar para o ponto onde se ira cozinhar, optou-se por instalar um conjunto de quatro lupas que se localizam entre as parabólicas e o ponto do grelhador. Este ponto do grelhador tem a configuração de uma resistência que e feito em cobre para uma maior condução térmica de energia. No interior desta resistência circula um fluido térmico (glicol). O segundo ponto do grelhador tem forma de placa e não contem nenhum fluido.

Conclusão: Com os testes feitos obtemos que o segundo ponto de aquecimento que tem forma de placa torna-se mais eficiente ao ponto de as temperaturas serem praticamente as mesmas mas o segundo ponto do grelhador com forma de placa demora menos tempo a obter a temperatura ideal para o funcionamento logo este ponto e mais eficiente.

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