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Total de Trabalhos: 00078 VII Reunião Regional da FeSBE Regional 2012 Resumo: 10.091 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATO E FRAÇÃO SALINA DE FOLHA DE Cinnamomum zeylanicum . Autores 1 SILVA, P. M. S. 1 , PEREIRA, A. P. C. 1 , COELHO, L. C. B. B. 1 , CORREIA, M. T. S. 1 , CORREIA, M. T. S. 1 Departamento de Bioquímica - UFPE Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FACEPE Resumo Objetivos Conhecendo-se o atual interesse por novos antioxidantes, o objetivo foi determinar os fenóis totais e avaliar o potencial antioxidante e atividade seqüestradora de radicais livres em extrato e fração salina (0-60% de saturação com sulfato de amônio) de folha de C. zeylanicum. Metodos Foi utilizado extrato 10% (p/v) da folha de C. zeylanicum(em tampão PBS, pH 6,0, 16 horas, 4 °C) denominado EFCz, o qual foi submetido a fracionamento com sulfato de amônio 0 a 60%, obtendo-se a fração da folha F0-60FCz. Os fenóis totais foram determinados pelo método de FolinCiocalteu, em triplicata com interpolação das absorbâncias em uma curva padrão de ácido gálico (10 a 350 mg/ml). A atividade antioxidante foi avaliada pelo método de complexação do fosfomolibidênio, usando-se ácido ascórbico como controle.O resultado foi obtido pela equação:%(AA)=(Absorbância.amostra-Abs.branco/Abs.ac.ascórbico-Abs.branco)x100. A determinação do sequestro do superóxido foi efetuada pelo método de NBT. O sequestro do peróxido de hidrogênio foi efetuado utilizando o ácido gálico como controle positivo. O sequestro de óxido nítrico foi medido pela reação de Greiss, utilizando ácido ascórbico como controle. Nos ensaios de sequestro, os resultados foram encontrados pela equação: %(S)=(Abs.branco- Abs.amostra/Abs.branco)x100. A avaliação da atividade antioxidante também foi feita pelo ensaio do radical DPPH, também utilizando o ácido ascórbico como controle.O resultado foi obtido pela equação %(AA)=[AbsDPPH-(Abs.amostra- Abs.branco)]x100/AbsDPPH.Nessses ensaios as amostras foram testadas em triplicata e calculadas a média e desvio padrão, e as absorbâncias convertidas em porcentagem. Resultados As determinações dos fenóis totais da folha de C. zeylanicum em mg de EAG/g da amostra foram: EFCz: 4,48 ± 0,49; F0- 60FCz: 8,93 ± 0,04. Os resultados da atividade antioxidante relativo ao ácido ascórbico (% AAR) foram: EFCz: 18,07 ± 1,77; F0-60FCz: 3,92 ± 6,76. Considerou-se o ácido ascórbico com 100% de atividade antioxidante. No ensaio de seqüestro do superóxido, o ácido gálico e as amostras apresentaram como maior atividade (%), respectivamente: 12,34 ± 2,50; EFCz: 68,24 ± 1,59; F0-60FCz: 25,24 ± 1,69. No seqüestro do peróxido de hidrogênio, o ácido gálico e as amostras apresentaram como maior atividade (%), respectivamente: 100,00 ± 3,62; EFCz: 24,57 ± 0,85; F0-60FCz: 94,16 ± 2,82. Para o seqüestro do óxido nítrico, o ácido ascórbico e as amostras tiveram como maior atividade (%), respectivamente: 21,48 ± 3,14; EFCz: 48,72 ± 2,22; F0-60FCz: 27,20 ± 1,94. No ensaio do DPPH, o ácido ascórbico e as amostras apresentaram as respectivas atividades máximas (%): 100,00 ± 0,00; EFCz: 77,17 ± 2,23; F0-60FCz: 72,35 ± 1,79. Conclusão Pode-se dizer que a atividade antioxidante está diretamente relacionada à concentração de fenóis, pois a atividade antioxidante aumenta com a concentração fenólica. Observou-se que o extrato e fração foram capazes de seqüestrar o radical superóxido. A fração foi mais eficiente que o extrato na captura do peróxido de hidrogênio. As amostras, no ensaio do óxido nítrico, foram capazes de seqüestrar o radical e, com relação a avaliação da capacidade antioxidante pelo DPPH observou-se que o extrato apresentou resultado mais expressivo. Estes resultados sugerem que folhas de C. zeylanicum podem contribuir para estudos no combate de radicais livres. Palavras-chaves: antioxidante, Cinnamomum zeylanicum, extrato, folha, fração

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Total de Trabalhos: 00078 VII Reunião Regional da FeSBE – Regional 2012

Resumo: 10.091

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATO E FRAÇÃO SALINA DE FOLHA DE Cinnamomum zeylanicum .

Autores 1SILVA, P. M. S.

1, PEREIRA, A. P. C.

1, COELHO, L. C. B. B.

1, CORREIA, M. T. S.

1, CORREIA,

M. T. S. 1 Departamento de Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FACEPE

Resumo Objetivos Conhecendo-se o atual interesse por novos antioxidantes, o objetivo foi determinar os fenóis totais e avaliar o potencial antioxidante e atividade seqüestradora de radicais livres em extrato e fração salina (0-60% de saturação com sulfato de amônio) de folha de C. zeylanicum. Metodos Foi utilizado extrato 10% (p/v) da folha de C. zeylanicum(em tampão PBS, pH 6,0, 16 horas, 4 °C) denominado EFCz, o qual foi submetido a fracionamento com sulfato de amônio 0 a 60%, obtendo-se a fração da folha F0-60FCz. Os fenóis totais foram determinados pelo método de Folin–Ciocalteu, em triplicata com interpolação das absorbâncias em uma curva padrão de ácido gálico (10 a 350 mg/ml). A atividade antioxidante foi avaliada pelo método de complexação do fosfomolibidênio, usando-se ácido ascórbico como controle.O resultado foi obtido pela equação:%(AA)=(Absorbância.amostra-Abs.branco/Abs.ac.ascórbico-Abs.branco)x100. A determinação do sequestro do superóxido foi efetuada pelo método de NBT. O sequestro do peróxido de hidrogênio foi efetuado utilizando o ácido gálico como controle positivo. O sequestro de óxido nítrico foi medido pela reação de Greiss, utilizando ácido ascórbico como controle. Nos ensaios de sequestro, os resultados foram encontrados pela equação: %(S)=(Abs.branco-Abs.amostra/Abs.branco)x100. A avaliação da atividade antioxidante também foi feita pelo ensaio do radical DPPH, também utilizando o ácido ascórbico como controle.O resultado foi obtido pela equação %(AA)=[AbsDPPH-(Abs.amostra-Abs.branco)]x100/AbsDPPH.Nessses ensaios as amostras foram testadas em triplicata e calculadas a média e desvio padrão, e as absorbâncias convertidas em porcentagem. Resultados As determinações dos fenóis totais da folha de C. zeylanicum em mg de EAG/g da amostra foram: EFCz: 4,48 ± 0,49; F0-60FCz: 8,93 ± 0,04. Os resultados da atividade antioxidante relativo ao ácido ascórbico (% AAR) foram: EFCz: 18,07 ± 1,77; F0-60FCz: 3,92 ± 6,76. Considerou-se o ácido ascórbico com 100% de atividade antioxidante. No ensaio de seqüestro do superóxido, o ácido gálico e as amostras apresentaram como maior atividade (%), respectivamente: 12,34 ± 2,50; EFCz: 68,24 ± 1,59; F0-60FCz: 25,24 ± 1,69. No seqüestro do peróxido de hidrogênio, o ácido gálico e as amostras apresentaram como maior atividade (%), respectivamente: 100,00 ± 3,62; EFCz: 24,57 ± 0,85; F0-60FCz: 94,16 ± 2,82. Para o seqüestro do óxido nítrico, o ácido ascórbico e as amostras tiveram como maior atividade (%), respectivamente: 21,48 ± 3,14; EFCz: 48,72 ± 2,22; F0-60FCz: 27,20 ± 1,94. No ensaio do DPPH, o ácido ascórbico e as amostras apresentaram as respectivas atividades máximas (%): 100,00 ± 0,00; EFCz: 77,17 ± 2,23; F0-60FCz: 72,35 ± 1,79. Conclusão Pode-se dizer que a atividade antioxidante está diretamente relacionada à concentração de fenóis, pois a atividade antioxidante aumenta com a concentração fenólica. Observou-se que o extrato e fração foram capazes de seqüestrar o radical superóxido. A fração foi mais eficiente que o extrato na captura do peróxido de hidrogênio. As amostras, no ensaio do óxido nítrico, foram capazes de seqüestrar o radical e, com relação a avaliação da capacidade antioxidante pelo DPPH observou-se que o extrato apresentou resultado mais expressivo. Estes resultados sugerem que folhas de C. zeylanicum podem contribuir para estudos no combate de radicais livres.

Palavras-chaves: antioxidante, Cinnamomum zeylanicum, extrato, folha, fração

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Resumo: 10.092

GEL DE SAMBACAITÁ (Hyptis pectinata L. Poit) PREVINE REABSORÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOS

Autores

1PAIXÃO, M. S.

1, DAMASCENA, N. P.

1, SOARES, A. F.

3, BOTELHO, M. A.

2, JUNIOR, L. J. Q.

2, SILVA, F. A. D.

2, ARAÚJO, B. S. D.

1 ODONTOLOGIA - UFS,

2 FISIOLOGIA - UFS,

3

ODONTOLOGIA - ITFC

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos A Hyptis pectinata L. Poit (Lamiaceae) é uma espécie aromática, abundante e largamente utilizada em Sergipe. O objetivo deste estudo foi analisar a relação existente entre a atividade de periodontite e alterações na massa óssea alveolar, após indução de doença periodontal em ratos submetidos ou não a tratamento (TTO) com gel a base de Hyptis pectinata L Poit a 5% e 10%, comparando seus efeitos com a doxiciclina a 10%. Metodos Foram utilizados 36 ratos machos Wistar com peso aproximado de 150-200 g e divididos em 6 grupos experimentais, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Federal de Sergipe (CEPA/UFS 47/09). A avaliação da destruição óssea foi determinada através do exame clínico e análise histopatológica das maxilas dos animais experimentais (n=36). A doença periodontal foi induzida através da colocação de ligaduras de fio de nylon 3.0, envolvendo o segundo molar superior de cada animal dos 5 grupos teste (n=30). Os animais do grupo controle não receberam ligaduras (n=6). Os géis (Sambacaitá 5%, 10%, veículo e Doxiciclina 10%) foram aplicados topicamente na região gengival imediatamente após a indução da Doença Periodontal Experimental (DPE), três vezes ao dia durante 11 dias. Resultados Após 11 dias da indução de periodontite, a comparação intergrupos mostrou no exame clínico que o grupo controle (sem DPE e sem TTO) apresentou estrutura óssea saudável, enquanto os grupos teste exibiram perda óssea em graus variados, com destaque para o grupo 1 (com DPE e sem TTO), no qual se observou exacerbação da doença. Tais resultados foram comprovados pela análise histopatológica. Os grupos tratados com gel de Sambacaitá a 5% e a 10% exibiram redução no índice de perda óssea quando comparados ao grupo que recebeu gel doxiciclina a 10%. A análise histopatológica do periodonto dos animais tratados com gel de Sambacaitá a 10% evidenciou preservação do periodonto de inserção, além de discreto infiltrado inflamatório gengival. Conclusão De acordo com os resultados, pode-se concluir que a utilização de gel à base de extrato aquoso de Hyptis pectinata L. Poit a 10% pode prevenir a perda óssea na Doença Periodontal Experimental com efeito similar ao da Doxiciclina a 10%.

Palavras-chaves: Gel, Hyptis pectinata, Periodontite, Sambacaitá

Resumo: 10.093

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INFLUÊNCIA DO EXTRATO AQUOSO DE Indigofera suffruticosa NA MARCAÇÃO DE CONSTITUINTES DO SANGUE COM TECNÉCIO-99m

Autores 1PEREIRA, D. R.

1, NASCIMENTO, W. M.

1, SILVA JÚNIOR, J. G.

2, SILVA, J. O.

2, CATANHO,

M. T. J. A. 1, LIMA, V. L. M.

1 Bioquímica - UFPE,

2 Biofísica - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Resumo Objetivos Alguns produtos naturais podem interferir na marcação de eritrócitos com Tecnécio (Tc-99m) durante a realização de exames por imagem na medicina nuclear. Portanto, esse estudo avalia o efeito do extrato de I. suffruticosa na marcação com Tc-99m de eritrócitos de ratos. Metodos As folhas de I. suffruticosa foram coletadas no município de São Caetano, região agreste do estado de Pernambuco. O extrato da folha de I. suffruticosa foi obtido a partir da homogeinização constante de água destilada com o pó das folhas secas, após foi concentrado por processo de liofilização. Ratos adultos machos Wistar (3-4 meses de idade, 250-300g de massa corporal) foram mantidos em ambiente controlado, com condições ideais de temperatura (22º C ± 1), luz e acesso livre à comida e água. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética para experimentação animal, UFPE, nº 014413/2007-78. O sangue foi coletado dos ratos e incubado com I. suffruticosa, em seguida, foram adicionados cloreto estanoso e Tc-99m. As amostras foram centrifugadas e os eritrócitos e o plasma foram separados e precipitados com ácido tricloroacético para isolar as frações insolúveis da células sanguíneas (FI-CS) e do plasma (FI-P). A radioatividade em cada fração foi contada e a porcentagem de radioatividade (%ATI) foi calculada. Análise estatística (teste ANOVA, com nível de significância p < 0,05, n = 10) foi utilizada para comparar os valores encontrados. Resultados A %ATI foi alterada pelo extrato de I. suffruticosa em diferentes concentrações (37,5, 75 e 150 mg / ml) tanto sobre as frações solúveis quanto nas insolúveis. Nos eritrócitos a %ATI diminuiu significativamente ( p < 0,05) variando de 98,17 ± 0,29 até 59,58 ± 3,51 para a concentração de 150 mg/ml do extrato. Houve também uma diminuição significativa ( p < 0,05) da %ATI nas frações insolúveis, na FI-CS variou de 95,18 ± 1,27 a 80,08 ± 0,23 e na FI-P de 88,70 ± 1,28 a 43,77 ± 0,23 para a concentração de 150 mg/ml do extrato. Conclusão Os resultados demonstram que extrato de I. suffruticosa interfere com a marcação de eritrócitos com tecnécio. O efeito sobre os eritrócitos pode ser devido a danos na membrana plasmática ou por ação quelante e oxidativa sobre os íons estanoso e pertecnetato. O uso popular desse extrato pode acarretar alterações nos resultados de exames envolvendo medicina nuclear e obtenção de imagens, interferindo na interpretação correta do teste.

Palavras-chaves: Indigofera suffruticosa, Tecnécio-99m, Eritrócito

Resumo: 10.094

ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO AQUOSO DA ENTRECASCA DE Anadenanthera colubrina (VELLOSO) BRENAN.

Autores 1MOREIRA, R. A.

1, DAMASCENA, N. P.

1, LIMA, A. C. B.

1, PAIXÃO, M. S.

1, SILVA, A. F. A.

1,

CUNHA, R. S. 1, ESTEVAM, C. D. S.

1, Santana, M.T.

1, QUINTAS-JÚNIOR, L. J.

1, ARAUJO, B. S.

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1, ESTEVAM, C. S.

1 Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: CAPES.

Resumo Objetivos O objetivo desse trabalho foi avaliar as atividades antinociceptiva e antioxidante do extrato aquoso da entrecasca de Anadenanthera colubrina (EAAC). Metodos Os protocolos experimentais para avaliação da atividade antinociceptiva foram realizados com camundongos machos, Swiss (Mus musculus) (28-32 g; 2-3 meses; n=6, por grupo), tratados pela via oral (v.o.) com veículo (salina), EAAC nas doses de 100, 200 ou 400 mg/Kg e o grupo padrão com morfina (5 mg/Kg, via intraperitonial). A atividade antinociceptiva foi avaliada através dos testes de nocicepção orofacial: formalina (2%; 20µl), capsaicina (1,5µg; 20µl) e glutamato (25 mM; 40µl).. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da UFS (CEPA/UFS Nº 61/11). O extrato foi quantificado em triplicata para os fenóis totais através do método de Folin-Ciocalteau, atividade antioxidante através do método do radical 2,2-difenil-1-picrilidrazina (DPPH•) e a atividade redox protetora contra lipoperoxidação usando dois indutores, dicloreto de 2,2’-azobis (2-amidino-propano) (AAPH) e sulfato ferroso (Fe2SO4). Os dados obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média e as diferenças entre os grupos foram determinadas por ANOVA de uma via seguida do teste de Tukey e consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados No teste da formalina, o EAAC reduziu a resposta álgica de maneira significativa nas duas fases, obtendo média em tempo de lambida na primeira fase de 34,0s ± 7,51 ( p < 0,001) na dose 200 mg/kg e de 33,0s ± 7,93 ( p < 0,001) na de 400 mg/kg; e na segunda fase, 68,0s ± 4,30 ( p < 0,001) na dose de 200 mg/kg e 50,67s ± 8,60 ( p < 0,001) na de 400 mg/kg. No teste da capsaicina, o comportamento nociceptivo diminui de maneira significativa em todas as doses quando comparados ao grupo controle (140,17s ± 18,32), onde a dose de 100 mg/kg apresentou média 60,33s ± 11,30 ( p < 0,001), 55,5s ± 8,44 ( p < 0,001) na de 200 mg/kg e 57,5s ± 14,39 ( p < 0,001) na de 400 mg/kg. O EAAC também foi capaz de reduzir a nocicepção induzida pelo glutamato de maneira significativa em todas as doses, 100 mg/kg (38,33s ± 5,74; p < 0,001), 200 mg/kg (23s ± 6,18; p < 0,001) e 400 mg/kg (25s ± 4,75; p < 0,001), em relação ao grupo controle (119,33 ± 9,07). O conteúdo de fenol total encontrado foi 430,90 ± 20,35 mg de EAG/g de extrato. Uma redução de 94,81% foi observada no método DPPH• (30 µg/ml, 60 min), de forma semelhante ao controle positivo ácido gálico (96,24%), com valores de CE50 de 8,63 ± 1,13 e 9,33 ± 0,22, respectivamente. A peroxidação lipídica também foi reduzida em 58,8% na concentração de 100 µg/ml com o agente indutor AAPH, sendo que o extrato não apresentou atividade com o Fe2SO4. Conclusão Estes dados demonstram que A. colubrina tem uma atividade antinociceptiva , além de apresentar atividade antioxidante nos testes realizados, corroborando com seu uso popular para distúrbios dolorosos. No entanto, os estudos farmacológicos e químicos são necessários para caracterizar os mecanismos responsáveis por estas ações e identificar outros compostos bioativos presentes nesta planta.

Palavras-chaves: Atividade antinociceptiva, Formalina, Capsaicina

Resumo: 10.095

TOXIDADE AGUDA DO ÓLEO DE CARAPA GUIANENSIS.

Autores 1JÚNIOR, R. N. C. M.

1, DOLABELA, M. F.

1, PÓVOA, M. M.

1, SILVA, M. N.

1, MAIA, J. G. S.

1

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Ciências Biológicas - UFPA

Apoio Financeiro: CNPQ, CAPES e FAPESPA/PA

Resumo Objetivos A Carapa guianensis (Meliaceae), conhecida popularmente como andiroba, tem distribuição tropical e seu óleo é utilizado popularmente contra malária, doenças de pele e repelente de insetos (Acta Amazonica 25, 193-200, 1995; Journal of Ethno. 116, 495–500. 2008). A toxidade aguda do óleo de andiroba (OA) foi realizada em dose fixa (OECD, 2001) em camundongos Swiss albinos, com dose fixa Metodos Os animais (fêmeas)foram separados em 3 grupos (n=5/grupo). O primeiro (g1), água destilada (100µL); o segundo (g2), água e Tween 20 (1% do volume total); no terceiro (g3) 100µL emulsão do óleo, correspondente a uma dose de 2000mg/Kg, aplicadas via oral em dose única. O peso e as avaliações clínicas foram determinadas diariamente, as avaliações hematológicas e bioquímicas após 14 dias de experimento. No 14º dia o sangue foi coletado e realizado avaliações hematológicas e bioquímicas expressos como a média ± Erro Padrão da Média (E.P.M) comparados utilizando-se a análise de variância (ANOVA), com p < 0.05. O trabalho foi submetido ao comitê de ética, protocolo CEPAE 025-10. Resultados Após o tratamento os grupos não apresentaram alterações clínicas e mortes. Nas avaliações hematológicas não houve alterações significativas: Hemácias (106/mm3) – G1: 8.73±0.2; G2: 8.35±0.1; G3: 8.38±0.3; Hemoglobina (g/dL) – G1: 13.7±0.2; G2: 13.6±0.2; G3: 14.1±0.1; Hematócrito (%) – G1: 42.6±0.4; G2: 42.2±0.7; G3: 42.8±0.3. Também não houve alterações na glicemia (mg/dL) – g1: 88.2±4.0; g2: 87.2±3.6; g3: 83.1±2.7; AST (U/L) – G1: 64.4±2.5; G2: 64.5±1.8; G3: 69.2±2.6. O peso dos grupos: (g1)30,4g e 37,2g; (g2)29,2g e 35,6g; (g3) 29,6g e 34,8g nos dias 1° e 14°, respectivamente, também sem alterações significativas. Conclusão Os resultados indicaram que o óleo de andiroba, após tratamento oral, na dose usada não foi tóxico para os camundongos.

Palavras-chaves: Carapa, Andiroba, Óleo, Toxicidade, Aguda

Resumo: 10.096

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DOS ÓRGÃOS DE CAMUNDONGOS APÓS ESTUDO DE TOXICIDADE AGUDA COM EXTRATO ETANÓLICO DE Neoglaziovia variegata.

Autores

2LIMA-SARAIVA, S. R. G.

1, SÁ, P. G. S.

1, SARAIVA, H. C. C.

1, BARROS, V. R. P.

1, MENEZES,

V. G. 2, SILVEIRA, A. B.

1, MATOS, M. H. T.

2, MOTA, D. L.

2, AMORIM, E. L. C.

1, ALMEIDA, J.

R. G. S. 1 Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais - UNIVASF,

2 Departamento de

Ciências Farmacêuticas - UFPE, 3 Laboratório de Fitoquímica - UEFS

Apoio Financeiro: CNPQ; FACEPE

Resumo Objetivos

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Avaliar a toxicidade da administração do extrato etanólico bruto de Neoglaziovia Variegata (Nv-EtOH) sobre os órgãos de camundongos. Metodos Foram utilizados 3 grupos de camundongos albinos Swiss (Mus musculus) de ambos os sexos (n=10), pesando entre 25-35 g, todos procedentes do Biotério Setorial da UNIVASF. Antes dos experimentos, todos os animais foram mantidos com ventilação e temperatura (22 ± 2 °C) controladas e ciclo claro-escuro de 12 horas, e sob rigoroso controle alimentar. Os procedimentos obedeceram às normas do Colégio Brasileiro De Experimentação Animal (COBEA) e todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Estudos Humanos e Animais da UNIVASF sob o número 21051023. O grupo controle recebeu veículo (salina). Os demais receberam pré-tratamento com uma dose única de Nv-EtOH na dose de 2 g⁄kg e 5 g⁄kg por i.p e v.o., respectivamente. Ao final dos 14 dias do experimento, os animais foram anestesiados (cetamina 90 mg⁄kg e xilasina 5 mg⁄kg), e foram removidos fragmentos dos seguintes órgãos: rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas e estômago, lavados imediatamente em soro fisiológico e fixados em solução de formol a 10%, tamponado por 18 h. Decorrido este tempo, os fragmentos foram lavados em água corrente e em seguida imersos em álcool a 70%. Para desidratação utilizou-se etanol em série crescentes (80, 95 e 100%), sendo posteriormente clarificados em xilol, impregnados com parafina histológica em estufa à 58ºC e finalmente incluídos em parafina histológica, obtendo-se desta forma os blocos. Cada bloco de parafina foi submetido à microtomia e as seções de 7 μm de espessura obtidas foram estiradas em banho histológico e em seguida montadas em lâminas de vidro. Para análise histológica as preparações foram coradas com hematoxilina e eosina e examinadas em microscópio de luz 400 x. Resultados Os órgãos dos animais tratados com Nv-EtOH, não exibiram macroscopicamente alterações na forma, coloração e dimensões quando comparados aos órgãos do grupo controle. Porém, a análise histológica dos rins mostrou infiltrado inflamatório perivascular e intersticial de intensidade variável. Observou-se glomerúlos e túbulos com estrutura histológica preservada, bem como infiltrado de células inflamatórias entre os túbulos coletores. No fígado foram evidenciados infiltrados de células inflamatórias, localizados em torno dos vasos sanguíneos, assim como focos isolados no parênquima hepático e algumas vezes nos septos interlobulares. Essas alterações microscópicas estavam presentes em ambos os grupos tratados com doses de 2 g⁄kg i.p. e 5 g⁄kg v.o. Os dados obtidos mostraram que as doses empregadas não provocaram a morte de animais, mas apresentaram alterações no fígado e nos rins, sem alterar, contudo, os demais órgãos analisados. Conclusão As análises histopatológicas apontam uma possível sobrecarga renal e hepática. Dessa forma, faz-se necessário a realização de outros ensaios de toxicidade sub-crônica e crônica a fim de realmente determinar o perfil de segurança do extrato.

Palavras-chaves: Histologia, Neoglaziovia variegata, Toxicidade aguda

Resumo: 10.097

FENÓIS TOTAIS, FLAVONOIDES TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DE EXTRATOS OBTIDOS DAS PARTES AÉREAS DE Neoglaziovia variegata (BROMELIACEAE)

Autores

1JÚNIOR, R. G. D. O.

1, GUIMARAES, A. L.

1, OLIVEIRA, A. P. D.

1, SANTANA, C. R. R.

2,

LIMA-SARAIVA, S. R. G. D. 1, RIBEIRO, L. A. D. A.

3, PACHECO, A. G. M.

2, AMORIM, E. L. C.

1, ALMEIDA, J. R. G. D. S.

1 NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS DE PLANTAS MEDICINAIS

- UNIVASF, 2 LABORATÓRIO DE PRODUTOS NATURAIS - UFPE,

3 LABORATÓRIO DE

FITOQUÍMICA - UEFS

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Apoio Financeiro: CNPq/FACEPE/Banco do Nordeste

Resumo Objetivos O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antioxidante in vitro e caracterizar o teor de fenóis e de flavonoides totais do extrato etanólico bruto (EBB) e das fases obtidas por partição (hexano, CHCl3, AcOEt e Aquosa) a partir das partes aéreas (inflorescências e talos) de Neoglaziovia variegata. Metodos O conteúdo de fenóis totais foi determinado com o reativo de Folin-Ciocalteu, baseado na curva padrão do ácido gálico (R² = 0,9903), enquanto que o teor de flavonóides foi quantificado utilizando-se como padrão a catequina. A atividade antioxidante in vitro do EBB e fases foi avaliada pelos métodos do sequestro do radical DPPH e da inibição da auto-oxidação do beta-caroteno, e comparada com os padrões ácido ascórbico, BHA e BHT. Resultados O teor de compostos fenólicos totais (mg de equivalentes de ácido gálico/g de amostra) foi 223,70 ± 0,01 para o EEB; 27,85 ± 0,01 para a fase hexânica; 249,63 ± 0,003 para a fase CHCl3; 242,59 ± 0,01 para a fase AcOEt e 252,96 ± 0,02 para a fase aquosa. Na determinação do teor de flavonoides (mg de equivalentes de catequina/g de amostra), o EEB apresentou 308,31 ± 0,01, enquanto que as fases hexânica, CHCl3, AcOEt e aquosa apresentaram, respectivamente, os seguintes resultados: 187,75 ± 0,01; 483,31 ± 0,06; 212,19 ± 0,04; e 316,64 ± 0,03. Na avaliação da atividade antioxidante, o extrato e as fases testados demonstraram atividade significativa apenas no método do sequestro do radical DPPH, sendo que o EEB e a fase aquosa mostraram-se mais efetivas, apresentando CI50 de 5,97 ± 0,22 e de 7,02 ± 0,49 µg/mL, respectivamente. Dessa forma, os resultados sugerem que, o teor de fenóis e de flavonoides totais determinado justifica a atividade antioxidante do EEB e das fases por esse método. No método de inibição da auto-oxidação do beta-caroteno, o BHA demonstrou maior atividade (61,94%). Conclusão Em resumo, o extrato e as demais fases demonstraram atividade antioxidante considerável no método do sequestro do radical DPPH, o que pode ser justificado pela presença de fenóis e flavonoides nas amostras. Contudo, estudos posteriores serão realizados no intuito de isolar os constituintes químicos da planta responsáveis pelas atividades biológicas que a espécie tem demonstrado.

Palavras-chaves: Atividade antioxidante, Bromeliaceae, Fenóis totais, Flavonóides totais, Neoglaziovia variegata

Resumo: 10.098

Composição química, atividade antioxidante e antinociceptiva do óleo essencial de Lippia thymoides Mart. & Schauer

Autores

1,2,5SILVA, F. S.

1,3, MENEZES, P. M. N.

2, SILVA, J. C.

1,3, SÁ, P. G. S. D.

4, OLIVEIRA, A. L. D. S.

1,2,3, ALMEIDA, J. R. G. D. S.

4,5, LUCCHESE, A. M.

1 Colegiado de Ciências Farmacêuticas -

UNIVASF, 2 Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Semi-Árido - UNIVASF,

3 Núcleo

de Estudos e Pesquisas em Plantas Medicinais - UNIVASF, 4 Departamento de Ciências Exatas -

UEFS, 5 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - UEFS

Apoio Financeiro: CNPq/FAPESB/FACEPE

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Resumo Objetivos Determinar a composição química e avaliar a atividade antioxidante e antinociceptiva do óleo essencial extraído da espécie Lippia thymoides Metodos O óleo essencial de L. thymoides (TO) analisado por CG-EM para determinação e identificação dos constituintes químicos. A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos do DPPH e auto-oxidação do β-caroteno. DPPH foi adicionado na presença ou ausência de TO nas concentrações de 1, 3, 9, 27, 81, 243 µg/mL e depois de 30 minutos a absorção foi medida. Também, TO foi adicionado a um sistema contendo a mistura de β-caroteno e ácido ácido linoléico. Todos os protocolos experimentais envolvendo animais foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Feira de Santana, sob o número 018/2009. Os dados foram apresentados como média ± erro padrão da média e analisados estatisticamente por ANOVA. Para verificação da atividade antinociceptiva foram realizados o teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste da placa quente. Utilizaram-se grupos de camundongos Swiss (n=6), machos, albinos, pesando entre 30-40 g. No teste das contorções induzidas por ácido acético, foi contabilizado o número de contorções abdominais apresentado por cada animal durante 10 minutos de observação após a administração de uma solução de ácido acético 0,9% via intraperitoneal. Para avaliar a participação de receptores opióides, foi realizado o teste da placa quente. Nesse teste, o tempo de latência (em segundos) para cada animal foi determinado durante o período máximo de 20 s, com intervalos de 30, 60, 90 e 120 minutos Resultados A análise química de TO revelou a presença de canfeno (5,66%), borneol (7,36%) e cariofileno (21,20%) como constituintes marjoritários. TO apresentou apenas 9% de inibição da formação de radicais livres DPPH na concentração de 243 µg/mL e não apresentou atividade antioxidante no ensaio do β-caroteno. A administração intraperitoneal de TO diminuiu significativamente (p < 0,05) o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético em relação ao grupo controle, que recebeu apenas a solução salina pela mesma via de administração. O efeito de TO apresentou a mesma eficácia nas doses de 50 e 100 mg/kg, apresentando inibição de 74,8 ± 7% e 71,8 ± 8%, respectivamente. A administração de TO não aumentou o tempo de reação em relação ao controle. Conclusão Os resultados demonstram que o óleo essencial de L. thymoides apresenta efeito antinociceptivo com ação periférica. Estudos estão sendo realizados para identificar o principal modo de ação de TO.

Palavras-chaves: Verbenaceae, Lippia thymoydes, Óleo essencial, Antioxidante, Nocicepção

Resumo: 10.099

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA ENTRECASCA DE Bowdichia virgilioides Kunt.

Autores

1ALMEIDA, E. C. V. D.

1, SANTANA, M. T. D.

1, DAMASCENA, N. P.

1, MOREIRA, R. A.

1,

SANTOS, C. C. S. 1, PAIXÃO, M. S.

1, DIAS, A. S.

1, JÚNIOR, L. J. Q.

1, ARAUJO, B. S. D.

1,

ESTEVAM, C. D. S. 1 FISIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CAPES

Resumo

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Objetivos Avaliar a atividade antinociceptiva do extrato hidroetanólico (EHE) da entrecasca de Bowdichia virgilioides Kunt. a parti de protocolos de nocicepção orofacial em roedores. Metodos Foram utilizados camundongos machos Swiss (Mus musculus) (25-35 g, N=6), tratados previamente por via oral (v.o.), com veículo (salina e Tween 80 a 0,2% - grupo controle negativo), EHE (100, 200 ou 400 mg/Kg) e o grupo referência com morfina (5 mg/Kg, via intraperitonial), de 60 minutos antecedendo a administração na região subcutânea do lábio superior do animal do agente álgico: formalina (2%; 20µl), capsaicina (1,5µg; 20µl) e glutamato (25 mM; 40µl). Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da UFS (CEPA/UFS Nº 65/11). A análise dos resultados das diferenças foi realizada pelo método de ANOVA de uma via, seguida do teste de Tukey e consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados No teste da formalina, o EHE reduziu de maneira significativa o tempo (em segundos) que os animais expressam a resposta álgica nas duas fases, obtendo média em tempo de coçada na primeira fase, para a dose de 200 mg/kg um valor de 58,8 ± 8,3 ( p < 0,05) e para a de 400 mg/kg, 37,33 ± 5,21 ( p < 0,01) e na segunda fase, a dose de 200 mg/kg 84,5 ± 8,47 ( p < 0,05) e a de 400 mg/kg 52,17 ± 4,45 ( p < 0,001). No teste da capsaicina, o EHE diminui o tempo de coçada de maneira significativa, em todas as doses, quando comparados ao grupo controle (76,2 ± 4,95). A dose de 100 mg/kg apresentou média 38,8 ± 5,46 ( p < 0,01), a de 200 mg/kg 42,5 ±8,5 ( p < 0,05) e a dose de 400 mg/kg 44,0 ± 9,57 ( p < 0,05). O EHE, em todas as doses, também foi capaz de reduzir a nocicepção induzida pelo glutamato, de maneira significativa, como a dose de 100 mg/kg (32,0 ± 6,62; p < 0,001), 200 mg/kg (37,2 ± 6,89; p < 0,01) e a dose de 400 mg/kg (12,68 ± 2,45; p < 0,001) quando comparados aos animais do grupo controle negativo (77,67 ± 10,11). Conclusão Os resultados sugerem que o EHE possui atividade antinociceptiva e corrobora com seu uso popular no tratamento de distúrbios dolorosos. Outros estudos químicos e farmacológicos estão sendo realizados para melhor caracterização desses efeitos.

Palavras-chaves: Bowdichia virgilioides , atividade antinociceptiva , nocicepção orofacial, resposta álgica , capsaicina

Resumo: 10.100

DESENVOLVIMENTO DE EXTRATO SECO SPRAY-DRYER DE CÚRCUMA LONGA USANDO MÉTODO DE EMULSIFICAÇÃO

Autores

1BRITO, K. G. S.

1, AZEVEDO, L. F.

1, SILVA, L. R.

1, VIEIRA, D. A.

1, AZEVEDO, E. P.

1,

BASÍLIO-JÚNIOR, I. D. 1, NASCIMENTO, T. G.

1 Laboratório de Análise e Controle de Qualidade

de Medicamentos e Alimentos - UFAL

Apoio Financeiro: CNPq / FAPEAL / BNB / PAPPE-FINEP / PIBIC-PIBIT/UFAL.

Resumo Objetivos A cúrcuma contém um óleo volátil amarelo-alaranjado, incluem tumerona, diaril-heptanóides, zingiberona e polifenóis. Os compostos polifenólicos, também chamados curcuminóides, são os componentes ativos da planta, a curcumina, demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina que estão presentes no rizoma da planta. O objetivo do trabalho foi

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desenvolver um extrato seco de cúrcuma contendo óleo volátil e os curcuminóides através de um método emulsivo. Metodos Extração: O extrato de cúrcuma foi preparado por maceração a partir de 140g de pó de cúrcuma da marca Aroma das Ervas® com 1000 ml de etanol 92,8ºGL. Realizou-se 2 macerações recolhendo-se os extratos obtidos. Concentrou os extratos em rotaevaporador. Armazenou o extrato bruto em vidro âmbar. Cheiro acre de óleos essenciais era perceptível. Emulsão: A preparação do pó spray-dryer de cúrcuma longa consistiu em preparar sistema de emulsificação contendo excipientes hidrofóbico e hidrofílico que incorporou substâncias apolares e polares através de uma dupla emulsificação. Uma quantidade inicial de 6g de uma composição apresentava 2g de extrato de cúrcuma longa e 4g de emulsificantes. Extrato seco: Equipamento Spray-Dryer da Buchi, modelo B290, foi utilizado nos experimentos com temperatura de entrada de 160ºC e temperatura de saída 90ºC. Resultados A formulação final resultou em 2000 ml de gel fluido aquoso, com coloração amarelo claro e sem indícios visuais de separação das fases. O sistema emulsivo foi submetido a secagem por spray-dryer. A câmara de secagem do spray dryer ficou impregnada com emulsão que não conseguiu secar devido a grande proporção de água na composição (99,5%). Nenhum odor de óleos essenciais da cúrcuma foi observado durante a obtenção e ao final do experimento de secagem o que demonstra que o processo de emulsificação consegue reter óleos essenciais de cúrcuma longa. Técnicas de cromatografia gasosa serão necessárias para determinar a quantidade de óleos voláteis retidos no extrato seco spray-dryer. O rendimento final do extrato seco foi de 32,9%. O extrato seco spray-dryer de cúrcuma longa apresentou-se com boas características, um pó homogêneo fino, não higroscópico, com fluidez adequada, coloração amarelo claro e sem indícios de decomposição. Conclusão O rendimento do extrato seco foi considerado satisfatório. Usando sistema de emulsificação foi possível reter uma grande quantidade de óleo essencial da cúrcuma na forma de extrato seco spray-dryer de forma a preservar as características farmacológicas e terapêuticas dos extratos e tinturas de cúrcuma longa.

Palavras-chaves: Cúrcuma Longa, Extrato seco, Emulsão, Spray-dryer

Resumo: 10.101

AVALIAÇÃO DO EFEITO ANSIOLÍTICO DE DOIS DERIVADOS IMIDAZÓLICOS: IM-3 E IM-7

Autores

1PAULO, L. L.

1, FONSÊCA, D. V.

1, CARVALHO, F. L.

1, BRAGA, R. M.

1, SALGADO, P. R. R.

3,

SOUZA, S. A. 3, ATHAYDE-FILHO, P. F.

1, ALMEIDA, R. N.

2, MORAIS, L. C. S. L. D.

1 Centro de

Biotecnologia - UFPB, 2 Departamento de Fisiologia e Patologia - UFPB,

3 Departamento de Química -

UFPB

Apoio Financeiro: CNPq e UFPB

Resumo Objetivos Este trabalho visa avaliar a atividade ansiolítica de dois derivados imidazólicos (IM-3 e IM-7) semelhantes às hidantoínas, utilizando o teste de labirinto em cruz elevada. Metodos Camundongos Swiss machos (25-35g, n=8) foram tratados com IM-3 nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg por via i.p e IM-7

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nas doses de 75, 150 e 300 mg/kg, via i.p.Os parâmetros observados foram tempo total de permanência e número de entradas dos animais nos braços fechados e abertos.Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal com o número de protocolo 0404/10. Os resultados foram analisados através do teste de “t” não pareado (GraphPadPrism 5.0). Resultados O IM-7 foi capaz de aumentar o tempo total de permanência dos animais nos braços abertos na dose de 150 mg/kg (4,3 ±0,8s) em relação ao controle (3,8 ± 0,6s) e diminuiu o tempo total de permanência no braços fechados nesta mesma dose (108,1 ± 27,2s versus 220,8 ± 12,2s do controle). O IM-7 também reduziu o número de entradas nos braços fechados nas doses de 150 (5,6 ± 1,6s) e 300 mg/kg (4,6 ± 1,7s) quando comparados ao controle (10,0 ± 1,0s). Já o IM-3 reduziu o número de entrada nos braços fechados nas três doses testadas, 50 (6,8 ± 1,1s), 100 (5,5 ±1,3s) e 200 mg/kg (4,1 ± 1,1s), em relação ao controle (11,7 ± 1,0s). Conclusão Tanto o IM-3 quanto IM-7 apresentam um efeito ansiolítico, entretanto, mais testes são necessários para caracterizaçãodesta atividade.

Palavras-chaves: IM-3, IM-7, derivado imidazolidínico, sistema nervoso central

Resumo: 10.102

ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE UM NOVO DERIVADO DE TIOSSEMICARBAZONAS TS-4OMe.

Autores

1COSTA, L. B.

1, RIBEIRO, K. R. C.

2, CARDOSO, M. V. D. O.

1, ANJOS, K. F. L.

1, ALIANÇA, A.

S. D. S. 1, ALVES, N. M. P.

1, FIGUEIREDO, R. C. B. Q.

2, LEITE, A. C. L.

1 Microbiologia -

CPqAM/ FIOCRUZ, 2 Farmácia - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CPqAM/ FIOCRUZ

Resumo Objetivos Pesquisas recentes tem destacado o potencial tripanocida de compostos sintéticos do tipo tiossemicarbazonas, que atuam principalmente via inibição da enzima cruzaína do Trypanosoma cruzi (uma cisteíno protease responsável pela replicação intracelular do parasita). Nos últimos anos esses compostos foram sintetizados e avaliados in vitro, se mostrando hábeis em inibir a enzima cruzaína em baixas concentrações. Além disso, a maioria destes compostos apresentou ação protetora em macrófagos frente à infecção com culturas de amastigotas de T. cruzi (J. Med. Chem., 45:2695, 2002). As cistéino-proteases são alvos farmacológicos validados e atrativos para o desenvolvimento de drogas contra as doenças tropicais negligenciadas (Bioorg. & Med. Chem., 14:3749, 2006). Devido ao perfil de atividades promissoras, este trabalho investigou a atividade leishmanicida do composto TS-4OMe, derivado de uma série de tiossemicarbazonas, e seu potencial citotóxico e indutor de óxido nítrico (NO) sobre células de mamíferos. Metodos O composto foi inicialmente diluído em dimetilsulfóxido (DMSO), obtendo-se uma solução estoque de 50.000 microgramas/mL. Em seguida foram realizadas diluições em meio Schneider para obter concentrações finais de 120, 60, 30, 15 e 7,5 microgramas/mL. Formas promastigotas de Leishmania amazonensis (1x106 céls/mL) foram cultivadas em meio Schneider, a 26ºC, na presença do composto. A concentração capaz de inibir 50% do crescimento dos parasitas (IC50) foi determinada através de contagem direta em câmara de Neubauer após 72 horas, e os valores estimados por regressão linear. O efeito citotóxico do composto foi avaliado em macrófagos peritoneais de camundongos Balb/c (p > 25g) (CEUA-FIOCRUZ, Protocolo: L- 0001/08) usando o método colorimétrico do MTT. Os resultados foram expressos em

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CC50 (concentração citotóxica de 50%). O índice de seletividade (ISe) foi calculado pela relação entre a citotoxicidade/atividade antiparasitária. A dosagem de NO produzido foi estimada a partir da acumulação de nitrito, de acordo com o método de Griess. Os dados obtidos neste trabalho foram analisados com o auxílio do software SPSS 8.0 e do programa GraphPad InStat. Resultados O derivado TS-4OMe se mostrou fortemente ativo contra L. amazonensis, apresentando IC50 de 11 microgramas/mL ± 1,3. Além disso, apresentou baixa citotoxicidade, com CC50/48h de 84,4 microgramas/mL e ISe (CC50/IC50) de 7,67. Esses resultados mostram que o composto é mais seletivo contra o parasito do que para células de mamíferos. Os experimentos também mostraram que houve produção significativa de óxido nítrico pelas células tratadas com o composto nas concentrações mais altas (120 e 60 microgramas/mL). Conclusão Embora estudos futuros sejam necessários para testar os demais derivados da nova série e avaliar os efeitos sobre as formas amastigotas, as quais são mais relevantes para a patologia das leishmanioses, os resultados mostram que o composto testado é promissor frente ao gênero Leishmania.

Palavras-chaves: Atividade leishmanicida, Citotoxicidade, Tiossemicarbazonas

Resumo: 10.103

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO E FRAÇÕES DA ENTRECASCA DE Anadenanthera colubrina (VELLOSO) BRENAN

Autores

1DAMASCENA, N. P.

1, LIMA, A. C. B.

1, PAIXÃO, M. S.

1, DIAS, A. S.

1, ALMEIDA, E. C. V. D.

1, SANTOS, C. C. S.

1, SANTANA, M. T.

1, JÚNIOR, L. J. Q.

1, ARAÚJO, B. S.

1, ESTEVAM, C. D.

S. 1 Departamento de Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: Capes

Resumo Objetivos O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antinociceptiva do extrato hidroetanólico e frações da entrecasca de Anadenanthera colubrina. Metodos Os experimentos foram realizados em camundongos machos Swiss (Mus musculus) (28-32 g; 2-3 meses; n=6, por grupo), tratados pela via oral com veículo (salina), extrato hidroetanólico (EHE) e frações acetato de etila (FAE) e hidrometanólica (FHM) nas doses de 100, 200 ou 400 mg/Kg. A atividade antinociceptiva foi avaliada através dos testes de orofacial induzida por agentes álgicos como: formalina (2%; 20µl), capsaicina (1,5µg; 20µl) e glutamato (25 mM; 40µl), administrados na região subcutânea do lábio superior do animal. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da UFS (CEPA/UFS Nº 61/11). Os resultados foram analisados utilizando ANOVA de uma via, seguida do teste de Tukey e consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados No teste de formalina, o pré-tratamento com EHE reduziu o tempo (em segundos) do comportamento nociceptivo na 1ª fase (100mg/kg, 45,3 ± 10,3; 200mg/kg, 35,6 ± 4,4 e 400mg/kg, 40,4 ± 7,1; p < 0,001; grupo controle, 83,2 ± 9,0) e na 2ª fase (100 mg/kg, 55,8 ± 11,9; 200 mg/kg, 46,2 ± 6,7 e 400mg/kg, 22,4 ± 3,5; p < 0,001; grupo controle, 111,4 ± 13,1). No

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teste de nocicepção induzida por glutamato, o EHE também reduziu o comportamento nociceptivo (100 mg/kg, 26,8 ± 4,5 p < 0,001; 200mg/kg, 40,5 ± 7,1 p < 0,05 e 400mg/kg, 36,4 ± 5,0 p < 0,01; controle, 65,2 ± 6,2). O EHE reduziu o comportamento nociceptivo no teste da nocicepção induzida por capsaicina (100 mg/kg, 48,3 ± 10,1; 200mg/kg, 28,0 ± 11,1 e 400mg/kg, 34,7 ± 6,3; p < 0,001) quando comparados com os animais do grupo controle (110,7 ± 7,8). As frações do EHE também apresentaram atividade antinociceptiva significativa. No teste da formalina as frações FAE e FHM reduziram o comportamento nociceptivo na 2ª fase do teste, em todas as doses, apresentando médias como: FAE (100mg/kg, 80,0 ± 4,8; 200mg/kg, 52,4 ± 11,6 e 400mg/kg, 51,8 ± 7,8; p < 0,001) e FHM (100mg/kg, 62,3 ± 8,5; 200mg/kg, 44,7 ± 9,0 e 400mg/kg, 16,0 ± 4,5; p < 0,001) enquanto os animais do controle (126,2 ± 12,3 e 126,2 ± 10,1, respectivamente). Apenas a maior dose da FHM apresentou um efeito antinociceptivo significativo na 1ª fase (23,7 ± 4,8 p < 0,001). Este efeito também foi pronunciado no teste da nocicepção induzida por glutamato, com FAE (100mg/kg, 63,2 ± 10,3; 200mg/kg, 64,3 ± 5,22 e 400mg/kg, 73,7 ± 11,0; p < 0,001) e FHM (100mg/kg, 70,0 ± 7,4; 200mg/kg, 45 ± 5,5 e 400mg/kg, 58,7 ± 5,0; p < 0,001) quando confrontados com grupo controle (116,5 ± 3,2). No teste da nocicepção induzida por capsaicina as frações também apresentaram comportamento antinociceptivo, com FAE (100mg/kg, 71,2 ± 14,8; 200mg/kg, 76,8 ± 14,8 e 400mg/kg, 47,8 ± 7,4; p < 0,001) e FHM (100mg/kg 82,0 ± 8,35; 200mg/kg 43,0 ± 3,7 e 400mg/kg 62,5 ± 10,8; p < 0,001) enquanto o controle (146,3 ± 8,4 e 153,0 ± 11,5, respectivamente). Conclusão Estes dados sugerem que esta espécie tem propriedades farmacológicas compatíveis com seu uso popular nas dores orofaciais.

Palavras-chaves: Anadenanthera colubrina (Velloso) Brenan, atividade antinociceptiva, dor orofacial

Resumo: 10.104

Avaliaçao de atividade moluscicida do extrato etéreo do líquen Parmotrema praesorediosum

Autores 1BARBOSA, P. S.

1, SILVA, M. C.

1, MARTINS, M. C. B.

1, SILVA, N. H. D.

1 Departamento de

Bioquímica/CCS - UFPE

Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq/UFPE e MEC/SESU/PET

Resumo Objetivos A esquistossomose mansonica é uma doença causada por trematódeos do gênero Schistosoma, que tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria glabrata. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a esquistossomose afeta cerca de duzentos milhões de indivíduos distribuídos entre os continentes da Ásia, América e África, sendo uma doença de interesse para a saúde pública. Dentre as formas de combate a doença, a mais promissora é o controle das populações macológicas(CANTANHEDE, S. P. D.; MARQUES, A. M.; SILVA-SOUZA, N.; VALVERDE, A. L.. Rev. bras. farmacogn.. 2010, vol.20, n.2, pág. 282-288). Desse modo, o objetivo desse estudo é avaliar a atividade moluscicida do extrato etéreo do líquen Parmotrema praesorediosum. Metodos O extrato orgânico foi obtido por extrações sucessivas até esgotamento do talo liquênico com éter dietílico, em seguida filtrado e evaporado até secura em rotaevaporador. Para avaliação de atividade moluscicida, grupos de cinco caramujos foram transferidos para miniaquários de 500 mL, expostos por 24h a soluções preparadas a partir do extrato etéreo de P. praesorediosum, em etanol a 1%, nas concentrações de 5, 7, 10, 50 e 100 ppm. Após o período de exposição, os animais foram lavados e mantidos em água filtrada, sendo alimentados com alface fresca e observados durante 96h. Resultados

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Os resultados dos testes moluscicidas demonstram 100% de mortalidade dos caramujos para o extrato etéreo de P. praesorediosum nas concentrações de 10, 50 e 100 ppm após 24h. A concentração de 7 ppm apresentou 100% de mortalidade após 48h. Não foi observada mortalidade na concentração de 5 ppm. No grupo controle negativo (álcool 1%) não houve nenhuma mortalidade. Conclusão O resultado obtido demonstra que o extrato etéreo do líquen P. praesorediosum tem atividade moluscicida e se mostra como estratégia promissora no controle das populações macológicas.

Palavras-chaves: Biomphalaria glabrata, liquen, esquistossomose, Parmotrema praesorediosum

Resumo: 10.105

AVALIAÇÃO DA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO TRAQUEAL DE RATOS SÉPTICOS.

Autores 1ARAGÃO, K. K. V.**

1, VASCONCELOS, Y. A. G.*

1, PORTELLA, V. G.

1, LIMA, R. C. S.**

1,

LIMA, G. C.** 1, DINIZ, L. R. L.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N.

1 Fisiologia Experimental - UECE

Apoio Financeiro: CAPES/FUNCAP

Resumo Objetivos O presente trabalho teve como objetivo avaliar uma possível alteração de contratilidade de músculo liso de traquéia em ratos sépticos. Metodos Ratos machos Wistar (200-300g) foram manipulados de acordo com os princípios éticos que regem o uso de animais de experimentação. Os animais foram submetidos à laparotomia com ligadura e punção do ceco (CLP) para indução de sepse. Foram formados 02 grupos (n = 5): sham e CLP. Após 24 horas da laparotomia os animais foram sacrificados por inalação de CO2 e anéis de traquéias (aproximadamente 4mm) foram retirados, montados em câmara de perfusão contendo solução fisiológica de Krebs – Henseileit (pH 7,4) a 37ºC e aerados com mistura carbogênica (95% de O2 / 5% de CO2). As medidas de contratilidade foram obtidas através de um transdutor de força isométrica (Grass, modelo FT03) acoplado a um pré-amplificador (DATAQ modelo PM1000) e ao computador, para registro e posterior análise dos dados. Após um período de estabilização de 60min, sob tensão passiva de 1g, foram confeccionadas curvas concentração – efeito (CCE), não cumulativa para o cloreto de potássio (10 mM – 100mM) adicionados aos 5 mM já presentes na solução nutridora n=4 e cumulativa para o carbacol (CCh) (0,01 - 10µM) n=5 O estudo foi realizado sob autorização do Comitê de Ética para o uso de Animais da Universidade Estadual do Ceará nº 11221971-3/47. Os resultados foram expressos em gramas e reportados como media ± erro padrão da media (EPM), comparados pelo teste t de Student e considerados estatisticamente diferentes quando p ≤ 0,05. Resultados Cloreto de potássio nas concentrações de 10, 20, 30, 40, 60, 80 e 100 mM, promoveu contração cuja força (g) foi de 0,6503±0,1132; 0,6945±0,1188; 1,1895±0,1920; 1,9563±0,2423; 2,3688±0,2989; 2,5040±0,2169; 2,4080±0,2280, respectivamente para o grupo Sham e 0,8685±0,1328; 0,9283±0,1173; 1,6925±0,1087; 3,0060±0,1304; 3,3563±0,1067; 3,4628±0,147; 3,2408±0,1320, respectivamente para o grupo CLP. Para CCh, nas concentrações de 0,01; 0,03; 0,1; 0,3; 1,0; 3,0; e 10,0 uM a resposta contrátil (g) foi 0,3870±0,1584; 0,3870±0,1584; 0,7970±0,2476; 1,7994±0,3453; 2,8600±0,3333; 3,3446±0,2644; 3,6594±0,2509 gramas respectivamente para o grupo Sham e 0,6808±0,1004; 0,6944±0,1006; 2,0514±0,0948; 3,6906±0,0760; 4,6982±0,1222; 5,2218±0,2007; 5,5616±0,2467 respectivamente para o grupo CLP. Foram calculadas a EC50 para o potássio (Sham = 34,2684±0,6123 e CLP=32,5600±0,6629) e para o CCh

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(Sham=0,3767±0,0345 e CLP=0,1903±0,0297). Conclusão Em animais sépticos, houve uma aumento da resposta contráctil máxima bem como uma redução significativa na EC50 para CCh indicando um aumento da responsividade do músculo liso traqueal nessa patologia.

Palavras-chaves: Contração, Musculo Liso, Traquéia , Sepse

Resumo: 10.106

INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES TÓXICA E ANTIDIARREICA DOS FRUTOS VERDES E MADUROS DE Solanum stramonifolium JACQ. (SOLANACEAE) EM CAMUNDONGOS.

Autores

1CLEMENTINO-NETO, J.

1, MENDONÇA, M. A. O.

1, VASCONCELOS, M. A.

4, SILVA, A. D. S.

2, SILVA, T. M. S.

3, CAVALCANTE, F. A.

1 Instituto de ciências biológicas e da saúde/ICBS -

UFAL, 2 Departamento de química - UFRPE,

3 Departamento de Fisiologia e Patologia/CCS - UFPB,

4

Departamento de fitoquímica - UFPB

Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq/FAPEAL/UFAL e UFPB.

Resumo Objetivos baseado no fato de que várias espécies de Solanum apresentam atividade antidiarreica (J. Ethnopharmacol. 18, 147, 1986; Rev. Bras. Farmacog, 22, 131, 2012), decidiu-se investigar uma possível atividade tóxica e antidiarreica dos extratos etanólicos brutos obtidos dos frutos verdes (SS EtOHFV) e frutos maduros (SS-EtOHFM) de Solanum stramonifolium Jacq. em camundongos. Metodos foram utilizados camundongos swiss machos e fêmeas pesando entre 25 e 35 g e todos os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL (parecer n° 010489/2009-15). Para avaliação da toxicidade aguda eram utilizados camundongos de ambos os sexos (n=6) tratados com solução salina (10 mL/kg) ou extratos (2500 e 5000 mg/kg v.o ou 1000 e 2000 mg/kg i.p.), sendo avaliados vários parâmetros comportamentais (4 h), e quantificado o número de mortes por 14 dias. Na diarreia induzida por óleo de rícino os camundongos (n=6) eram tratados com solução salina 10 mL/kg (controle negativo), loperamida (controle positivo) ou extratos (várias doses). Após 30 min, era administrado 0,4 mL de óleo de rícino/animal e durante 4h era realizada a contagem do número de bolos fecais e observado a sua consistência. Para o trânsito intestinal os camundongos (n=6) eram tratados com solução salina 10 mL/kg (controle nevativo), atropina (controle positivo) ou extratos (várias doses). Era administrada uma solução de carvão ativado (5%) em carboximetilcelulose (0,5%). Após 30 min do tratamento, os animais eram sacrificados e era determinada a distância percorrida pelo marcador. Para medida da secreção intestinal os camundongos (n=3) eram tratados com solução salina 10 mL/kg (controle negativo), loperamida (controle positivo) ou extratos (várias doses). Após 30 min, eram administrados 2 mL de óleo de rícino/animal, 30 min depois os animais eram eutanasiados e o volume de líquido intestinal era medido. Resultados tanto SS-EtOHFV como SS-EtOHFM não produziram alterações comportamentais nem mortes nos animais testados, observando-se uma ausência de toxicidade aguda. Entretanto, ambos os extratos produziram efeito antidiarreico significante ( p < 0,001) tanto em relação à frequência de defecação (DE50 = 234,8 ± 24,4 e 234,4 ± 28,6 mg/kg, respectivamente) quanto às fezes líquidas (DE50 = 215,4 ± 18,5 e 235,0 ± 37,0 mg/kg, respectivamente).

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Semelhantemente, até a dose de 500 mg/kg, ambos extratos (SS-EtOHFv e SS EtOHFM) inibiram o trânsito intestinal de forma similar à atropina (21,3± 0,98%); e até 125 mg/kg ambos os extratos também inibiram de maneira significante o fluido intestinal de maneira semelhante ao fármaco padrão, loperamida (71,9 ± 1,0). Conclusão o grau de maturação dos frutos não interferiu no efeito antidiarréico apresentado tanto pelo extrato SS-EtOHFV como SS-EtOHFM. Além disso, ambos os extratos contém princípios ativos desprovidos de toxicidade e essa atividade antidiarreica foi caracterizada por alterações na motilidade e na secreção intestinais.

Palavras-chaves: Solanum stramonifolium Jacq., frutos, antidiarreico

Resumo: 10.107

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE OVICIDA DA LECTINA DE SEMENTES DE Moringa oleifera SOBRE Aedes aegypti

Autores

1MOURA, K. S.

1, SANTOS, N. D. L.

1, NAPOLEÃO, T. H.

1, COELHO, L. C. B. B.

2, NAVARRO,

D. M. A. F. 1, PAIVA, P. M. G.

1 Departamento de Bioquímica - UFPE,

2 Departamento de Química

Fundamental - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Aedes aegypti (Diptera, Culicidae) é o vetor dos vírus que causam a dengue e a febre amarela. O principal componente da cutícula, membrana peritrófica e dos ovos de A. aegypti é a quitina. Lectinas são proteínas hemaglutinantes que ligam carboidratos e apresentam atividade inseticida. Sementes de Moringa oleifera contém a lectina solúvel em água (WSMoL) que reconhece quitina e tem atividade larvicida contra A. aegypti (Chemosphere, 77: 934-938, 2009). Este trabalho avaliou o efeito de WSMoL sobre a taxa de eclosão de ovos de A. aegypti. Metodos Sementes de M. oleifera (10g) foram desidratadas e trituradas. A farinha foi homogeneizada com água destilada (100 mL) por agitação magnética (16 h, 4 °C). Após filtração e centrifugação (3000g, 15 min), o extrato (sobrenadante) foi tratado com sulfato de amônio (60% p/v) e a fração de proteínas precipitadas foi cromatografada em coluna de quitina. WSMoL foi eluída com ácido acético 1,0 M. Extrato, fração e WSMoL foram avaliados quanto à concentração de proteínas e atividade hemaglutinante (AH) com eritrócitos de coelho. Para avaliação do efeito de WSMoL sobre ovos de A. aegypti, vinte e cinco fêmeas grávidas foram colocadas em gaiola (33 x 21 x 30 cm) contendo recipiente de vidro com água destilada (controle) ou WSMoL (0,1 mg/mL). Tira de papel de filtro (18 x 18 cm) foi colocada em cada recipiente para servir de suporte para oviposição. Os insetos foram mantidos a 27 ºC em umidade relativa de 73% por 14 h no escuro e 2 h no claro. Cinquenta ovos frescos íntegros foram selecionados usando estereomicroscópio e colocados em contato com a mesma solução onde foram ovipositados. Após incubação (6 dias, 28 ºC), a taxa de eclosão de ovos (quantidade de larvas presentes em solução/quantidade inicial de ovos) foi determinada. Cada ensaio foi realizado em quintuplicata e os dados foram analisados utilizando o teste t de Student, com intervalo de confiança de 95%. Resultados WSMoL (AH específica de 2.238) foi purificada 139 vezes em relação ao extrato (AH específica de 22). A porcentagem de ovos eclodidos após o contato com WSMoL (45%) foi significativamente menor do que aquela determinada no controle (92%).

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Conclusão Os resultados revelam a atividade ovicida de WSMoL. A lectina possui potencial uso para controle da população de A. aegypti.

Palavras-chaves: Moringa oleifera, Aedes aegypti, atividade ovicida, lectina

Resumo: 10.108

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE UMA FRAÇÃO PROTEICA ISOLADA DO LÁTEX DE Calotropis procera EM MODELO DE DOR CRÔNICA EM CAMUNDONGOS.

Autores

1COUTO, T. S.

1, LUZ, P. B.

1, PINHEIRO, R. S. P.

1, FREITAS, L. B. N.

1, CARMO, L. D.

1,

SOUZA, T. F. G. 1, ALENCAR, N. M. N.

1, RAMOS, M. V.

1 Departamento de Fisiologia e

Farmacologia - UFCE

Apoio Financeiro: CAPES e CNPq

Resumo Objetivos O látex da planta Calotropis procera é constituído de uma diversidade de moléculas e tem sido amplamente utilizado na medicina popular em diversas doenças. O presente estudo avaliou o potencial antinociceptivo de uma fração protéica do látex de Calotropis procera (LP) em modelo animal de dor crônica. Metodos Camundongos machos Swiss (n=6, 25-30g) foram colocados individualmente em compartimentos de acrílico transparentes para mensuração da hipernocicepção mecânica (HM) através do Von Frey eletrônico. O método consiste em observar o comportamento de “fliche” (sapatear, lamber) quando é aplicado uma pressão crescente na pata através de uma ponteira acoplada ao aparelho. Os camundongos foram desafiados antes (T=0, medida basal) e 3h após os tratamentos. O experimento consistiu numa avaliação comportamental durante 8 dias. Os animais foram pré-tratados com LP (5mg/kg i.v.), dexametasona (2 mg/kg s.c.), salina estéril (i.v.) 30 min ou com indometacina (5mg/kg v.o) 60 min antes da administração do adjuvante completo de Freud (CFA, 20 µg/pata). O CFA foi administrado apenas no dia 1 e as outras drogas foram injetadas diariamente. Após avaliação da HM, o edema de pata foi determinado através da medida do volume da pata em pletismômetro. No dia 8, foi avaliado o desempenho locomotor dos animais utilizando o teste do Rota Rod e logo após os animais foram sacrificados e os tecidos da pata e mucosa gástrica foram retirados para determinação da atividade da mieloperoxidase (MPO). Esta enzima está presente nos grânulos dos neutrófilos e é utilizada para avaliar a presença destas células no tecido. Para as estatísticas foi usado o teste ANOVA/Bonferroni; p < 0,05 foi aceito. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisas com Animais - (61/11). Resultados LP, indometacina e dexametasona reduziram significativamente a HM em 46% (3,5±0,18), 63% (2,8±0,15), e 74% (1,84±0,08) respectivamente quando comparado ao grupo CFA. LP, indometacina e dexametasona também diminuíram em 55% (0,03±0,003), 70% (0,03±0,003), 76% (0,02±0,003) respectivamente o edema de pata quando comparado ao grupo CFA. LP diminuiu de forma expressiva a concentração de MPO na pata em 55% (69,6±11,0) quando comparado ao grupo CFA. Na análise da atividade de MPO na mucosa gástrica, apenas o grupo indometacina promoveu aumento significativo de 94% (2,57±0,48) quando comparado ao grupo CFA. Os animais tratados com LP não demonstraram nenhuma lesão gástrica após o tratamento crônico. Conclusão

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LP apresenta efeito antinociceptivo em modelo de hipernocicepção mecânica por CFA (dor crônica) além de diminuir de forma relevante o edema de pata. Tais efeitos podem estar relacionados com a redução da migração de neutrófilos para a pata. Diferentemente da Indometacina, LP não causou inflamação na mucosa gástrica dos animais.

Palavras-chaves: Calotropis procera , atividade antinociceptiva, hipernocicepção mecânica, dor crônica, migração de neutrófilos

Resumo: 10.109

Avaliação da atividade eletro-mecânica do nervo vago na disfunção contrátil da musculatura lisa de íleo e bexiga induzida pelo modelo polimicrobiano de sepse.

Autores

1OLIVEIRA, K. A.

1, ALMEIDA, P. M.

2, SILVA-ALVES, K. S.

2, LEAL-CARDOSO, J. H.

1,

PORTELLA, V. G. 1, DINIZ, L. R. L.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N.

1 Fisiologia Experimental -

UECE, 2 Eletrofisiologia - UECE

Apoio Financeiro: Cnpq

Resumo Objetivos A sepse é uma síndrome clínica resultante de uma intensa resposta inflamatória sistêmica a um processo infeccioso. Essa doença é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensivas. A redução da contratilidade da musculatura lisa do trato gastrointestinal e do sistema urinário, ambos fortemente regulados por inervação parassimpática vagal, favorece a progressão da sepse. Assim, foram avaliadas as modificações na excitabilidade e condutibilidade do impulso nervoso do nervo vago na disfunção contrátil da musculatura lisa de íleo e bexiga em ratos sépticos Metodos 11586298-6. A sepse foi induzida através da ligação e perfuração do ceco (modelo CLP) de ratos Wistar machos (200-250g) anestesiados com xilazina (15mg/kg) e quetamina (80mg/kg). Foi realizada laparotomia do abdômen com subsequente exposição do ceco e semi-oclusão do fluxo intestinal na região da válvula ileocecal. Foram feitas dez perfurações com agulha estéril 21G no ceco. Logo após, o ceco foi realocado na cavidade abdominal e a musculatura e pele foram suturadas. Após 24 h, os animais foram sacrificados por asfixia (gás carbogênico) e posteriormente, feita a incisão cirúrgica para a remoção do íleo e bexiga, para o registro da força de contração (g), e do nervo vago, para registro de parâmetros eletrofisiológicos do potencial de ação composto (PAC) das fibras nervosas vagais. Os animais controles (grupo sham) passaram pelo mesmo protocolo experimental, excetuando a ligadura da válvula ileocecal e perfurações do ceco. Os resultados foram analisados por teste t-student não pareado (P Resultados A contratilidade do íleo do grupo SHAM apresentou resposta contrátil significantemente maior 1,45 ± 0,09 (n=8) com a adição de KCL 60mM, em comparação ao grupo CLP, 0,88 + 0,13 (n=8). Inversamente ocorreu na atividade contrátil da bexiga em adição ao KCL 60mM (SHAM 0,49 + 0,09, n=4; CLP 1,04 + 0,09, n=4). Na resposta a curva dose-resposta de carbacol (0,001-10uM), a contratilidade do íleo apresentou EC50 SHAM 0,68 + 0,5; EC50 CLP 2,87 + 0,24 (n=5) e da bexiga EC50 SHAM 0,92 + 0,2; EC50 CLP 3,06 + 0,16 (n=4). Os nervos vagos dos animais sépticos apresentaram maiores amplitudes pico-a-pico (7,36 ± 0,7 versus 11,20 ± 1,1 mV) e velocidade de condução das fibras tipo C (0,28 ± 0,07 versus 0,45 ± 0,012 m/s; Sham e CLP, respectivamente, n=3 por grupo) do PAC. Conclusão Nossos dados indicam que a indução da sepse causou alterações eletrofisiológicas na condutibilidade e excitabilidade de fibras nervosas vagais que devem estar diretamente relacionado com diminuição na motilidade do íleo e bexiga observado

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durante a sepse.

Palavras-chaves: sepse, contratilidade, nervo vago, musculatura lisa

Resumo: 10.110

AVALIAÇÃO DO MECANISMO DA INIBIÇÃO DA ACETIL E BUTIRILCOLINESTERASE PELO TERPENO MENTOL.

Autores 1COSTA, A. T.

1, FERNANDES, R. P. M.

1, MARÇAL, R. M.

1, MARÇAL, R. M.

1 FISIOLOGIA -

UFS

Apoio Financeiro: CNPq, FINEP

Resumo Objetivos A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa, caracterizada pela redução progressiva da memória associada à redução da neurotransmissão colinérgica central. O fármacos mais utilizados para o combate dos sintomas cognitivos da DA são inibidores das enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BuChE), que aumentam a meia-vida da acetilcolina (ACh) intensificando a neurotransmissão colinérgica. Com o progredir da DA, a expressão de AChE declina e a enzima BuChE passa a ser a maior responsável pela degradação da ACh. Por este motivo, tem-se buscado desenvolver novos fármacos inibidores da BuChE para o tratamento da DA. Na busca por novos fármacos anticolinesterásicos de origem natural foi realizado um screening sistemático de terpenos visando obtenção de inibidores com ação dual sobre a acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BuChE) ou seletivos para BuChE. Após o screening o terpeno mentol, por ser o mais potente, foi escolhido para os testes de mecanismo de associação terpeno-enzima, objetivando determinar se a inibição é competitiva (mudança somente na Km), incompetitiva (não mudança no Km e Vmax) ou mista (mudança na Vmax e Km). Os estudos de mecanismo da associação são descritos no presente trabalho. Metodos A atividade anticolinesterásica foi determinada pelo método de Elmann (Biochem Pharmacol. 7:88, 1961). Para os estudos de mecanismo, foram utilizadas concentrações crescentes de mentol (BuChE 0-5,92 mM; AChE 0-4,44mM) e variou-se a concentração do substrato (acetiltiocolina; para BuChE: 0,083-5,0 mM; para AChE: 0,041-1,0 mM) o que permitiu estimar os parâmetros cinéticos velocidade máxima da reação enzimática (Vmax), constante de Michaelis-Menten, Km e a constante de inibição ki.. Para determinar o mecanismo da associação terpeno-enzima, foram construídos os plots de Lineaweaver-Burk. As enzimas foram utilizadas na concentração de 0,2 U/mL para BuChE e 0,02 para AChE. Resultados Análise dos plotes de Lineaweaver-Burk para a inibição da BuChE pelo mentol mostrou um aumento na Km (0,61 ± 0,12 a

8,71 ± 1,65 mM) enquanto que a Vmax (4,99 ± 0,25 a 4,59 ± 0,51 mol/min) permaneceu a mesma em diferentes

concentrações do substrato. O re-plote de Lineaweaver-Burk indicou um Ki, de 300 M para a inibição da BuChE pelo mentol. De acordo com este resultado, o mentol se classifica como um inibidor competitivo da BuChE. Para a AChE, o mentol apresentou inibição somente, em altas concentrações, sendo a inibição classificada como incompetitiva, pois houve não foram detectadas variações tanto na Km (0,055 ± 0,009 a 0,051 ± 0,010 mM) quanto na Vmax (4,420 ± 0,180 a 3,570 ±

0,210mol/min). Para a AChase, não foi possível determinar o Ki, devido à falta de inibição na maioria das concentrações testadas. Conclusão Segundo os resultados obtidos, o mentol atua como um inibidor competitivo para a BuChE. Esse monoterpeno apresentou fraca inibição da AChE mesmo em altas concentrações, o que é um resultado bastante positivo para um possível

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desenvolvimento de um novo fármaco para a DA seletivo para BuChE.

Palavras-chaves: alzheimer, anticolinesterásico, mecanismo, mentol, terpenos

Resumo: 10.111

TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO E FRAÇÕES DA ENTRECASCA DE Schinopsis brasiliensis Engl.

Autores

1SANTOS, C. C. D. S.

1, ESTEVAM, C. D. S.

1, ARAUJO, B. S. D.

1, SANTOS, A. L. L. M. D.

1,

DAMASCENA, N. P. 1, ALMEIDA, E. C. V. D.

1, MOREIRA, R. A.

1, DIAS, A. S.

1, SANTOS, M. I.

S. 1, LIMA, A. D. C. B. D.

1 DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CAPES E FAPITEC

Resumo Objetivos O Brasil conta com intensa diversidade vegetal, aumentando assim as oportunidades para identificação de substâncias bioativas, muitas das quais se constituem de modelos para síntese de fármacos. Existe um grande interesse no estudo dos antioxidantes devido às descobertas sobre o efeito negativo dos radicais livres no organismo. Dentre as diversas substâncias antioxidantes de ocorrência natural, compostos fenólicos de plantas têm recebido atenção especial. Neste sentido a Schinopsis brasiliensis Engl. (baraúna), planta utilizada na medicina popular, foi selecionada com propósito de avaliar o perfil químico e atividade antioxidante do extrato bruto (EB) da entrecasca e das frações hexânica (FH), clorofórmica (FC), acetato de etila (FAE) e hidrometanólica (FHM). Metodos As entrecascas foram submetidas à extração com etanol por maceração e após foi concentrado em rota-evaporador obtendo-se o EB, parte desse material foi diluído em metanol:água (MeOH:H2O, 2:3) e submetido à extração líquido-líquido com diferentes solventes orgânicos para obtenção das frações. Foi realizada a prospecção fitoquimica, seguida de quantificação espectrofotométrica de compostos fenólicos pelo método de Folin-Ciocalteau. Através do método de lipoperoxidação (TBARS) avaliou-se quantitativamente a atividade antioxidante induzida por dicloreto de 2,2’-azobis (2-amidino-propano) (AAPH). Todos os testes foram feitos em triplicatas, seus dados foram expressos como média +ou- erro padrão e as diferenças determinadas por ANOVA seguida do teste de Tukey. Resultados A prospecção fitoquímica apontou presença de taninos condensados, fenóis, flavonas, flavonóis e xantonas no EB e nas frações FHM e FAE, saponina e catequina nas frações FHM e FAE e triterpenos nas frações FH e FC. Quanto à atividade antioxidante, no qual foi medido a formação do malonaldeido (MDA), um subproduto da lipoperoxidação, o extrato bruto (EB) e as frações FAE, FHM e FC realizadas com a concentração de 200µg/ml apresentaram os valores de 0,11±0,06, 0,15±0,06, 0,11±0,06, 0,07±0,01nmol equivalente de MDA, respectivamente. Esses dados demonstram que todos, excetuando a FH, tiveram efeito semelhante ao controle positivo trolox (0,13±0,01nmol EqMDA), os que os definem como bons antioxidantes. Esses resultados corroboram com a quantificação de fenóis totais. Conclusão Diante dos resultados, conclui-se que a entrecasca de S. brasiliensis possui componentes bioativos, apresentando alto teor de compostos fenólicos, a qual se atribui seu potencial antioxidante.

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Palavras-chaves: antioxidante, baraúna, fenóis, perfil químico

Resumo: 10.112

SÍNTESE, TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA AGUDA DE GLICOCONJUGADO DE FTALIMIDA COM (1,2,3)-TRIAZOL.

Autores 1ASSIS, S. P. de. O.

1, SILVA, M. T. da.

1, SILVA, C. B. da.

1, OLIVEIRA, R. N. de.

1, LIMA, V. L.

D. M. 1 Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: FACEPE, CNPq e FINEP

Resumo Objetivos Glicoconjugados ftalimidas são classes de compostos interessantes dentro da biologia e da química, por apresentarem atividades hipolipidêmica e anti-inflamatória. Neste trabalho, foi realizada a síntese do composto glicoconjugado de ftalimida com 1,2,3-triazol, determinada a atividade anti-inflamatória aguda e avaliada a toxicidade contra a Artemia saline. Metodos Todos os experimentos aqui relatados estão em conformidade com o Animal Care and Use Comitê da Universidade Federal de Pernambuco e as diretrizes para Cuidados e Uso de Animais de Laboratório (Of. n. 098/2002). Para a síntese dos compostos empregamos a reação de cicloadição 1,3-dipolar entre N-(azido-alquil) ftalimidas e um alcino carboidrato terminal insaturado para obter o composto 4-(4,6-di-O-acetil-2,3-dideoxi-α-D-eritro-hex-2-enopiranosideo)metil-1-(4-ftalimido-butil)-1,2,3-triazol. O modelo animal utilizado para os ensaios de toxicidade e atividade anti-inflamatória foram camundongos albinos suíços machos, pesando em média 40g e com dois meses de idade. Para determinação da atividade anti-inflamatória aguda foi utilizado o método de Levy`s, que consiste na indução da inflamação, utilizando a carragenina 1% e tratamento posterior com a droga, comparando em seguida com o ibuprofen e a aspirina drogas comerciais. O ensaio da toxicidade foi realizado contra Artemia saline, segundo a metodologia descrita no J. Med. Plant. Res. 31-34, 1982. e Bioorg. Med. Chem. 6464-6469, 2005. Os resultados para atividade anti-inflamatória foram expressados como média ± desvio padrão e a significância da diferença entre o grupo controle e o grupo teste foram avaliados pelo teste t de Student para amostras independentes e novamente o p ≤ 0,05 foi usado como critério de significância. Resultados O composto glicoconjugado de ftalimida com (1, 2, 3) triazol apresentou bom rendimento sintético. O ensaio de toxicidade contra Artemia salinemostrou que não houve letalidade para o composto testado em nenhuma das concentrações utilizadas. O cálculo para o percentual de inibição do edema para a droga foi comparado com o grupo controle, que recebeu solução salina 0,9 %. A redução do edema para o composto foi significativa (44 %), com um p < 0,001. O resultado da atividade anti-inflamatória aguda foi comparado com as drogas comerciais, aspirina (68 %) e ibuprofen (73 %). O grupo que recebeu o carboximetilcelulose reduziu o edema em 6 % o que não apresentou uma redução significativa p > 0,05. Conclusão O ensaio de toxicidade contra Artemia salineindicou uma possível segurança terapêutica para o composto testado. O composto analisado se mostrou potente agente anti-inflamatório frente à inibição de edema em pata de camundongo produzido pelo agente inflamatório carragenina.

Palavras-chaves: Glicoconjugados de ftalimida, (1,2,3) Triazol, anti-inflamatória, toxicidade aguda, carragenina

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Resumo: 10.113

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA EM RATOS DO EXTRATO AQUOSO DA Remirea marítima AUBL.

Autores

1MENEZES, P. D. P.

1, DORIA, G. A. A.

1, FILHO, J. P. M. D. M.

1, ANDRADE, P. H. S.

1,

QUINTANS-JUNIOR, L. J. 7, PRATA, A. P. D. N.

1, ARAUJO, A. A. D. S.

1 FISIOLOGIA - UFS,

7

BIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, FAPITEC/SE

Resumo Objetivos A Remirea maritima (Cyperaceae) é conhecida popularmente como “capim-da praia”, “salsa da praia” e “rasteira da praia” e é utilizada popularmente no tratamento da diarréia, doenças renais, febre alta, assim como analgésico e anti-inflamatório. Tendo em vista, que não há na literatura estudos pré-clínicos que avaliem a segurança do seu uso terapêutico, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade aguda do extrato aquoso da Remirea maritina (EARM), conforme o Guia para a condução de estudos não clínicos de segurança necessários ao desenvolvimento de medicamentos da ANVISA e a OECD (2008). Metodos O exemplar da planta foi georreferenciado (10º55´S, 35º6´W) e identificado (voucher no. ASE 13450; Herbário/UFS). O EARM foi preparado fazendo-se a decocção de 200 mL de água destilada e 10 g de pó durante 30 minutos. Depois, o EARM foi filtrado à pressão reduzida e liofilizado. Foram utilizados ratos Wistar (n = 06/sexo; 2 meses de idade), machos (peso entre 170-230 g) e fêmeas (peso entre 130-170 g). Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (N° 17/2010; UFS). O grupo tratado (T) recebeu a dose máxima sugerida (2 mg/Kg; dose única, p.o.; OECD, 2008). Os animais controle (C) receberam igual volume de água. Os animais foram observados quanto aos parâmetros comportamentais indicativos de toxicidade, evolução do peso e do consumo de água e de ração durante 14 dias. Em seguida, os animais foram anestesiados e amostras de sangue foram coletadas para a realização do hemograma completo (Sysmex; Roche) e das dosagens bioquímicas (Dimension RXL/Dade Behring). Posteriormente os animais foram eutanasiados e os órgãos (fígado, baço, rins, cérebro, coração e pulmão) foram pesados e autopsiados. Os resultados foram expressos como média ± DP. Resultados Durante o período do estudo (14 dias) não houve morte de nenhum animal, assim como não foi observado alteração comportamental indicativo de toxicidade. Após 14 dias do tratamento houve redução significativa do peso dos machos (T: 215,6 ± 13,0 g; C: 235,3 ± 13,7 g; p < 0,001). No hemograma completo, as fêmeas apresentaram diminuição significativa do volume plaquetário médio (T: 7,06 ± 0,04; C: 7,44 ± 0,05; p < 0,05; fL); e nas dosagens bioquímicas, as fêmeas apresentaram aumento significativo do triglicerídeo (T: 94,60 ± 15,10; C: 54,80 ± 4,27; p < 0,05; mg/dL). Nenhum outro parâmetro avaliado apresentou alteração. Não houve alteração significativa do peso dos órgãos, assim como da anatomohistopatologica dos mesmos quando comparados os grupos teste e controle. Conclusão A dose única oral de 2 g/kg de EARM não apresentou risco significativo de toxicidade em ratos para ambos os gêneros. Novos estudos tornam-se necessários para avaliação do uso crônico desse extrato.

Palavras-chaves: toxicidade aguda, extrato aquoso, Remirea maritima AUBL

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Resumo: 10.114

INFLUÊNCIA DA TRIFLURALINA NA ATIVIDADE AChE CEREBRAL DE UMA ESPÉCIE DE PEIXE DO DELTA DO RIO SÃO FRANCISCO EM ALAGOAS

Autores

1SILVA, J. M. D.

1, SANTOS, F. L. B. D.

1, SILVA, I. C. P. D.

1, TENÓRIO, H. D. A.

1, ALVES, R.

M. 1, MACHADO, S. S.

1, GALDINO, F. C. D. A.

1 INSTITUTO DE QUIMICA E

BIOTECNOLOGIA - UFAL

Apoio Financeiro: cnpq

Resumo Objetivos Assim, objetivo desse trabalho foi estudar o efeito da trifluralina purificada sobre a atividade da acetilcolinesterase (AChE; EC. 3.1.1.7) cerebral da espécie de peixe Colosoma macropomum coletada no delta do rio São Francisco. Metodos O experimento foi conduzido em aquários com aeracao individual, em sistema estático e foi constituído por quatro tratamentos (nas concentrações de 0,74; 1,5; 2,23; 3µM de TRF) e um controle todos em triplicata(nº 0248542010-11). Para cada concentração testada continha seis peixes no estágio juvenil (50-100g de peso médio). Os cérebros foram removidos e embalados em saches de papel alumínio e congelados imediatamente em nitrogênio líquido e congelados a -20ºC em freezer até a homogeneização. Após serem descongelados, os cérebros foram pesados e suspensos em solução a 0,9% NaCL em homogeneizador de vidro, em seguida foi sonificado (5 golpes por 15 segundos cada imerso em gelo). A atividade da AChE foi medida no homogenato á temperatura ambiente (25-28ºC) de acordo com Ellman, com modificações. Resultados Os resultados das concetrações testadas apresentaram uma CL50 das concentrações após 96h de exposição à TRF foi de (0,5376 com intervalo de confiança 95% de 0,2552 ± 1,1330). A atividade de acetilcolinesterase-AChE cerebral foi quantificada nos homogenatos de células de cérebros; sendo o homogenato preparado a partir da reuniao de três cérebros. Foi observado um decaimento significativo ( p < 0,05) e proporcional da atividade de AChE cerebral com o aumento da concentracao de TRF após 96 h de exposição (1,417 ± 3,01; 0,978 ± 9,58; 0,893 ± 7,64; 0,812 ± 1,85 µmol.min-1/ml. Esses resultados mostram que a acetilcolinesterase presente no cérebro de Tambaqui é inibida pela TRF e que este grau de inibição aumenta com o aumento da concentração da TRF. Comparado com o controle (100%), o percentual de inibição de AChE cerebral variou de (26%; 28%; 31%; 45%). Conclusão Com esses resultados demonstrando o efeito inibitório de preparações purificadas de trifluralina, experimentos cinéticos estão em andamento objetivando levantar a constante de inibição da AChE cerebral de tambaqui para trifluralina.

Palavras-chaves: Tambaqui, Acetilcolinesterase, Trifluralina, saúde

Resumo: 10.115

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ATIVIDADE TRIPANOCIDA DE EXTRATO E INIBIDOR DE TRIPSINA DE FLORES DE Moringa oleifera

Autores

1PONTUAL, E. V.

1, CARVALHO, B. E. A.

2, HIGINO, T. M. M.

1, COELHO, L. C. B. B.

2,

FIGUEIREDO, R. C. B. Q. 1, NAPOLEÃO, T. H.

1, PAIVA, P. M. G.

1 Departamento de Bioquímica -

UFPE, 2 Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - FIOCRUZ

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Extrato aquoso de flores de Moringa oleifera EF contém inibidor de tripsina (MoFTI) e atividade larvicida contra Aedes aegypti (Arch. Insect Biochem. Physiol., 79, 135-152, 2012). A doença de Chagas é uma infecção de caráter epidêmico no continente americano e tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi. A forma epimastigosta de T. cruzi constitui a forma replicativa do parasito e está presente no tubo digestivo do inseto vetor, enquanto os tripomastigotas representam a forma infectante e não-replicativa, encontrada em excretas do vetor e no sangue de mamíferos infectados. Este trabalho investigou a atividade tripanocida de EF contra epimastigotas e de EF e MoFTI contra tripomastigotas de T. cruzi. Metodos Flores de M. oleifera (50 g) foram homogeneizadas com água destilada (100 mL) em multiprocessador. Após filtração e centrifugação (9.000g, 15 min, 4 ºC), o sobrenadante (EF) foi avaliado quanto à atividade inibidora sobre tripsina bovina utilizando N-benzoil-DL-arginina-p-nitroanilida como substrato. MoFTI isolado após cromatografia de EF em coluna Tripsina-Agarose foi avaliado quanto ao padrão eletroforético em SDS-PAGE. Os efeitos de EF sobre epimastigotas e de EF e MoFTI sobre tripsomastigotas foram investigados. As concentrações necessárias para inibir o crescimento dos epimastigotas em 50% (CI50) em 48 h e matar 50% dos tripomastigotas (CL50) em 24 h foram determinadas através de análise de probitos utilizando o software Statplus 2006 (AnalystSoft, Canadá). Resultados EF inibiu (97,5%) a atividade hidrolítica da tripsina e o crescimento dos epimastigotas (CI50: 0.07 mg/mL) e causou mortalidade de tripomastigotas com CL50 de 0.041 mg/mL. MoFTI apresentou uma única banda polipeptídica de aproximadamente 170 kDa em SDS-PAGE, revelando a homogeneidade da preparação obtida. MoFTI matou tripomastigotas com CL50 de 0.038 mg/mL. A detecção da ativividade tripanocida de MoFTI sugere que o efeito deletério de EF é devido à presença do inibidor de tripsina. Inibidores de proteases são agentes tripanocidas por causarem lise em epimastigotas e tripomastigotas e por inibirem a enzima cruzipaína, uma cisteíno protease de grande importância para a sobrevivência e a virulência de T. cruzi (FEMS Microbiol. Lett. 124: 81-86, 1994; Med. Chem. Commun. 3: 362-368, 2012). Conclusão Os resultados revelam que EF e MoFTI apresentam atividade tripanocida contra T. cruzi. Estudos sobre os efeitos de MoFTI na ultra-estrutura de T. cruzi estão em andamento.

Palavras-chaves: Moringa oleifera, Trypanosoma cruzi, atividade tripanocida, inibidor de tripsina, flores

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Resumo: 10.116

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE MICROORGANISMOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE TRANSLOCAÇÃO BACTERIANA NA MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR IRINOTECANO EM CAMUNDONGOS

Autores

1**WONG, D.V.T.

1, *BEM, A.X.C.

1, *COSTA, E.L.F.

1, ASSIS JÚNIOR, E.M.A.

2, BRITO, G. A.

C. 1, SOUZA, M. H. L. P.

3, CARVALHO, C. B. M. D.

1, LIMA-JÚNIOR, R.C. P.

1, RIBEIRO, R. A.

1

Fisiologia e Farmacologia - UFC, 2 Morfologia - UFC,

3 Patologia e Medicina Legal - UFC

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FUNCAP

Resumo Objetivos A Mucosite Intestinal (MI) e a diarréia grave são efeitos colaterais freqüentes (15-25%) e limitantes do tratamento do câncer colorretal com Irinotecano (IRI). Dentre as etapas de desenvolvimento da mucosite, tem-se a fase ulcerativa, a qual resulta em mudanças atróficas que culminam na real deterioração e quebra da mucosa, a qual serve de foco para a colonização de microorganismos. Esse processo estimula a liberação de citocinas pró-inflamatórias, o que resulta em inflamação, dor, possíveis infecções secundárias ou influxo sistêmico de bactérias e toxinas que, associado à neutropenia induzida pelas drogas antineoplásicas, aumenta o risco de bacteremia e septicemia. Portanto, o presente estudo objetivou investigar o processo de translocação bacteriana e caracterizar o perfil dos microorganismos envolvidos nesse processo durante a mucosite intestinal induzida por irinotecano. Metodos Camundongos C57BL/6, machos, 20 a 25g, foram divididos em 3 grupos (n=7) e injetados por 4 dias com salina (5mL/Kg, i.p) ou IRI (75mg/Kg, i.p, sacrificados no 5º dia [D5] ou 7º dia [D7]). Os animais foram pesados diariamente. No D5 e D7 analisou-se a diarréia por escores, e coletou-se sangue para contagem de leucócitos (leucócitos/mm3) e, em seguida, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical. Amostras de duodeno foram coletadas para estudo da atividade de mieloperoxidase (MPO, U/mg tecido), análise morfométrica (área do vilo e razão vilo/cripta), histopatológica e imunohistoquímica para o receptor Toll-like 4 (TLR4). Avaliou-se também a bacteremia e a translocação bacteriana em linfonodo mesentérico e fígado (UFC/g de tecido). Os dados foram analisados com ANOVA/Student Newman Keul ou Kruskal Wallis/Dunn. P Resultados O Irinotecano (IRI) induziu significativa (P Conclusão A mucosite induzida pelo irinotecano cursa com uma translocação de bactérias gram-negativas fermentadoras e não-fermentadoras para o linfonodo mesentérico e fígado e ativação de TLR4.

Palavras-chaves: Irinotecano, Mucosite intestinal, translocação bacteriana

Resumo: 10.117

Imunoexpressão de Interleucina-1beta, Óxido Nítrico Sintase induzida e Receptor Toll-like-4 na esteato-hepatite induzida pelo antineoplásico irinotecano em camundongos

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Autores

1**COSTA, M. L. V.

1, LIMA-JÚNIOR, R.C.P.

1, ARAGÃO, K.S.

1, *SÁ, L.G.

1, *TEIXEIRA,

C.C.G. 2, ALMEIDA, P.R.C.

3, BRITO, G.A.C.

1, SOUZA, M.H.L.P.

1, RIBEIRO, R. A.

1 Fisiologia e

Farmacologia - UFC, 2 Patologia e Medicina Legal - UFC,

3 Morfologia - UFC

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FUNCAP

Resumo Objetivos O câncer coloretal (CCR) é uma das neoplasias mais prevalentes em todo o mundo sendo uma das principais causas de óbito por câncer. O fígado é o mais freqüente sítio de metástases no CCR e, em cerca de 30% dos óbitos, a doença está restrita ao fígado. A expectativa de vida dos pacientes com metástases hepáticas não tratadas é limitada, com sobrevida mediana de 6 a 12 meses. Com a introdução de novos esquemas terapêuticos, que incluem o irinotecano, a eficácia da quimioterapia neoadjuvante no CCR metastático sofreu uma melhora, com uma sobrevida mediana de 22 meses. Paralelamente, o uso da terapia com o irinotecano gerou um crescente receio quanto ao efeito dessa droga sobre o parênquima hepático não tumoral. Uma alteração hepática associada ao uso do irinotecano é a esteato-hepatite, cuja patogênese ainda é desconhecida. Portanto, este trabalho objetivou investigar a expressão de possíveis marcadores inflamatórios (Interleucina-1 [IL-1beta], Óxido Nítrico Sintase induzida [iNOS] e Receptor Toll-like-4 [TLR4]) na esteato-hepatite induzida pelo irinotecano. Metodos Camundongos Swiss machos, 23-25g, foram divididos em grupos (n=8) e injetados Salina (5ml/kg, i.p.) ou irinotecano (50 mg/kg, i.p.), 3x/semana/7 semanas. Ao final da sétima semana, amostras de sangue foram coletadas pelo plexo orbital dos animais sob leve anestesia com tribromoetanol 2,5%, para mensurar a concentração sérica das enzimas ALT e AST (U/L), como marcadores de dano hepático. Os animais foram sacrificados por deslocamento cervical para remoção do fígado, o qual foi pesado (g/30 g peso corpóreo do animal) e fracionado para análise histopatológica pelos escores de Kleiner (inflamação lobular [0-3], esteatose [0-3] e vacuolização [0-3]), mensuração da atividade de mieloperoxidase (MPO, U/mg de tecido) e ensaio imunohistoquímico para IL-1beta, iNOS e TLR4. Para análise estatística utilizaram-se ANOVA/Student Newman Keul ou Kruskal Wallis/Dunn, conforme propriedade. P Resultados O peso hepático dos animais que receberam irinotecano (1718 ± 156.2) aumentou significativamente (P Conclusão A esteato-hepatite induzida pelo irinotecano cursa com o desenvolvimento de um processo inflamatório marcado pelo aumento da expressão de IL-1beta, iNOS e TLR4 hepático. Estudos adicionais são necessários para identificar o papel desses marcadores nessa patologia. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FUNCAP

Palavras-chaves: Irinotecano, Esteato-hepatite, Interleucina-1beta, Óxido Nítrico Sintase induzida, Receptor Toll-like-4

Resumo: 10.118

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTIMICROBIANA DO EXTRATO E FRAÇÕES DA ENTRECASCA DE Schinopsis brasiliensis Engl.

Autores

1SANTOS, M. I. S.

1, SANTOS, C. C. S.

1, ARAUJO, B. S.

1, DAMASCENA, N. P.

1, ALMEIDA, E.

C. V. 1, LIMA, A. C. B.

1, SANTOS, D. M.

2, CARNEIRO, M. R. P.

2, CÂNDIDO, A. L.

1,

ESTEVAM, C. S. 1 Departamento de Fisiologia - UFS,

2 Departamento de Morfologia - UFS

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Apoio Financeiro: CAPES, FAPITEC, UFS.

Resumo Objetivos As plantas constituem uma importante fonte de produtos naturais que diferem amplamente em diversidade química e propriedades biológicas. Tais produtos podem apresentar grande variedade de moléculas seqüestradoras de radicais livres como os compostos fenólicos. É sabido que muitos desses compostos possuem atividade antimicrobiana e antioxidante. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante e antimicrobiana do extrato hidroetanólico (EH) e das frações hexânica (FH), clorofórmica (FC), acetato de etila (FAE) e hidrometanólica (FHM) da entrecasca de Schinopsis brasiliensis Engl. (baraúna), planta utilizada na medicina popular. Metodos Amostras de entrecasca da planta foram submetidas à extração com etanol a 90% por maceração e concentrado em rota-evaporador obtendo-se o EH, parte desse material foi diluído em metanol:água (2:3) e submetido à extração líquido-líquido com diferentes solventes orgânicos para obtenção das frações. A quantificação espectrofotométrica de compostos fenólicos foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteau. A avaliação quantitativa da atividade antioxidante foi realizada pelo método do radical 2,2-Difenil-1-picrilidrazina (DPPH). Todos os testes foram feitos em triplicatas, seus dados foram expressos como média ± erro padrão e as diferenças determinadas por ANOVA seguida do teste de Tukey. Para avaliar a atividade antimicrobiana foi realizado teste de difusão em ágar com cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25213 e 25923), Salmonella typhimurium (ATCC 14028) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027) utilizando discos impregnados com 100 mg/mL dos extratos vegetais em solução aquosa de DMSO a 20% (v/v) em triplicata. Resultados Quanto à atividade antioxidante, o EH e as frações FHM e FAE demonstraram capacidade de inibir mais de 90% do radical livre, com IC50(µg/mL) de 6,39±1,88, 7,98±1,79 e 9,49 ±1,22 respectivamente, o que caracteriza uma alta atividade redox protetora destas amostras quando comparado ao controle positivo ácido gálico 1,05±0,20. Esses resultados corroboram com a quantificação de fenóis totais que apresentou um comportamento semelhante à atividade antioxidante. Apresentaram atividade antimicrobiana contra S. aureus o EH, FHM e FAE com halos de inibição variando de 14-15, 13-14 e 16-17 milímetros (mm) respectivamente. A FAE demonstrou-se eficaz ainda para S. typhimurium (9 mm), P. aeruginosa (9-10 mm) e apresentou a melhor atividade anti-S. aureus em comparação com o padrão gentamicina (24-25 mm). A FH e FC, assim como discos impregnados com DMSO a 20%, não inibiram o crescimento dos microrganismos testados. Conclusão Os resultados obtidos apontam para o potencial antioxidante e antimicrobiano de compostos fenólicos bioativos da entrecasca de S. brasiliensis, com destaque para a fração acetato de etila que apresentou maior efetividade nos teste ora propostos. Tais achados estimulam a realização de bioensaios complementares, bem como o refinamento da análise química por HPLC visando o isolamento de compostos com propriedades biológicas relacionadas de interesse.

Palavras-chaves: Schinopsis brasiliensis, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, compostos bioativos, produtos naturais

Resumo: 10.119

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO EXTRATO BRUTO ETANÓLICO DE MORUS NIGRA L. SOBRE O EDEMA DE PATA INDUZIDO COM TOXINA DE BOTHROPS JARARACUSSU.

Autores 1SILVA, H. A. L.

1, WANDERLEY, C. W. S.

1, SILVA, C. M. S.

1, FERREIRA, N. M.

1, SANTOS,

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K. C. 1, JUNIOR, R. C. P.

1, XIMENEZ, R. M.

1, ALMEIDA, J. R. G. S.

1, PALHETA JR, R. C.

1

Colegiado de Medicina Vetarinária - UNIVASF

Apoio Financeiro: CNPq, FACEPE e UNIVASF.

Resumo Objetivos Avaliar o efeito do Extrato Bruto Etanólico de Morus nigra L. (EMN) no edema de pata induzido com a toxina da serpente Bothrops jararacussu (TBJ). Metodos Os procedimentos experimentais foram conduzidos após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com Animais (Protocolo 12081038). Para isto foram utilizados camundongos, fêmeas (n=60, ± 40g, 60 dias), que após jejum de 12 horas determinamos o volume inicial (VI) da pata posterior direita aferido até a articulação tarsometatársica através do pletismógrafo. Em seguida foram tratados com 0,2 mL de solução salina 0,15 M por via oral (v.o) ou EMN na dose de 100 mg/kg, 200 mg/kg (v.o, grupos teste) ou tratamento intraperitoneal com soro antiofídico polivalente (0,25 mg/animal) ou flunixin meglumine (1 mg/kg), e decorridos 30 min foi infiltrado na região dorsal do membro posterior direito, TBJ na dose de 0,2 mg/kg ou 30 µl de solução salina 0.15 M (veículo). E ao longo de 24 horas o volume final (VF) da pata foi determinado. Os dados foram obtidos a partir da variação de entre VF e VI e expressos em percentagem (média ± E.P.M) e analisados utilizado o teste de variância (ANOVA) seguido do teste de Newman-Keuls ( p < 0,05). Resultados Quando comparado a inoculação plantar do veículo, houve um aumento do volume plantar no decorrer de 1,5 e 2,5 horas da inoculação da TBJ (6,3 ± 3,2 vs. 64,1 ± 9,0% e 3,3 ± 2,1 vs. 79,2 ± 4,4%, respectivamente), tal edema perdurou por até 24,5 horas (3,3 ± 2,1 vs. 39,9 ± 3,2 %). Entretanto o tratamento com EMN na dose de 100 mg/kg diminuiu o edema induzido pela TBJ a partir de 2,5 horas (79,2 ± 4,4 vs. 49,6 ± 11,4%), sendo que tal efeito perdurou ao longo de 24,5 horas (39,9 ± 3,2 vs. 17,8 ± 5,9%). Por outro lado, quando comparado ao grupo controle o EMN na dose de 200 mg/kg reduziu significativamente a evolução do edema já durante 1,5 hora da inoculação da TBJ (64,1 ± 9,0 vs. 13,3 ± 3,7%), inclusive tais valores foram menores do obtido após o tratamento com flunixin meglumine (43,1 ± 4,6%) ou ao soro antiofídico (45,1 ± 6,1%) neste mesmo período, e tal efeito antiinflamatório de EMN 200 mg/Kg também perdurou por até 24,5 horas (39,9 ± 3,2 vs. 0 ± 0 %). Conclusão O EMN nas doses estudadas apresentou atividade antiinflamatória sobre o edema plantar induzido pela inoculação de TBJ em camundongos.

Palavras-chaves: Morus nigra, Antiinflamatório, Edema de Pata, Jararacussu

Resumo: 10.120

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DA Caesalpinia pyramidalis.

Autores 1SANTOS, D. S.

1, SANTOS, C. A.

1, SANTANA, D. G.

1, THOMAZZI, S. M.

1 FISIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CAPES e CNPq

Resumo

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Objetivos Este trabalho avaliou a atividade antinociceptiva da Caesalpinia pyramidalis, usada popularmente para tratar doenças inflamatórias, com a sondagem de mecanismos de ação envolvidos na atividade antinociceptiva do extrato etanólico da entrecasca (EEE) da C. pyramidalis em camundongos sobre a dor neurogênica induzida por capsaicina, sobre o sistema glutamatérgico e sobre a via da L-arginina/óxido nítrico. Metodos Foram utilizados camundongos machos, Swiss (Mus musculus), pesando entre 20-30 g, oriundos do Biotério Central da Universidade Federal de Sergipe (CEPA/UFS 80/2011). No teste da nocicepção induzida por capsaicina, os animais (n=8/grupo) foram pré-tratados com veículo (tween 80 a 0,2%, v.o., 60 min antes), EEE da C. pyramidalis (10, 30 e 100 mg/kg, v.o., 60 min antes) ou morfina (3 mg/kg, i.p., 30 min antes), e posteriormente, receberam a injeção de 20 μL de uma solução de capsaicina (1,6 μg/pata), sendo observados durante os 5 min subsequentes. O tempo (em s) que os animais despenderam lambendo e/ou mordendo a pata injetada foi registrado. No teste de nocicepção induzida pelo glutamato, os animais (n=6/grupo) foram pré-tratados com veículo (tween 80 a 0,2%, v.o., 60 min antes), EEE nas doses de 10, 300 ou 100 mg/kg (v.o., 60 min antes) ou morfina 3 mg/kg (i.p., 30 min antes), e em seguida submetidos à injeção de 20 μL de uma solução de glutamato (20 μmol/pata), sendo observados por um período de 15 min. Para avaliar a participação da via da L-arginina/óxido nítrico na ação antinociceptiva exercida pelo EEE da C. pyramidalis, os animais (n=8/grupo) foram pré-tratados com L-arginina (600 mg/kg, i.p.) e após 15 min com o EEE (30 mg/kg, v.o.), L-NOARG (75 mg/kg, i.p.) ou veículo (tween 80 a 0,2%, v.o.); posteriormente, decorridos 60 min do último tratamento, os animais foram submetidos ao teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético (0,6%, 0,1 mL/10g, i.p.). Os grupos controles foram tratados somente com o EEE (30 mg/kg, v.o.), L-NOARG (75 mg/kg, i.p.) ou veículo (tween 80 a 0,2%, v.o.) 60 min antes da indução da nocicepção. Resultados No teste da capsaicina, o tratamento dos animais com o EEE da C. pyramidalis na dose de 100 mg/kg diminuiu (30,75 ± 1,66 s, P < 0,05) o tempo de lambida/mordida na pata quando comparado àqueles animais que receberam o veículo (49,15 ± 4,66 s). Quando a nocicepção foi induzida por glutamato, obteve-se uma evidência, de maneira dose-dependente, da participação da via glutamatérgica, nas doses de 30 e 100 mg/kg (12,50 ± 6,40 e 11,50 ± 2,30 s, respectivamente, P < 0,001) do EEE, quando comparadas com o grupo veículo (46,66 ± 5,99 s). Ao avaliar a participação do sistema L-arginina/óxido nítrico no efeito inibitório do EEE (8,83 ± 2,07 contorções, P < 0,01) sobre a nocicepção induzida pelo ácido acético (24,83 ± 1,57 contorções), observou-se reversão quando o EEE foi administrado conjuntamente com a L-arginina (15,33 ± 1,58 contorções, P < 0,05). Conclusão Conclui-se que a planta Caesalpinia pyramidalis possui atividade antinociceptiva, provavelmente, devido a inibição de mediadores periféricos e mecanismos centrais, envolvendo o sistema glutamatérgico e receptores vanilóides, além da participação do sistema L-arginina/óxido nítrico.

Palavras-chaves: Antinocicepção, EEE da C. pyramidalis , Mecanismo de ação

Resumo: 10.121

EFEITOS DO LASER DE BAIXA FREQUÊNCIA EM MODELO DE LARINGITE INDUZIDA POR INTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA.

Autores

1MATOS, R. M.

1, MARINHO, R. R.

1, SANTOS, J. S.

3, RIBEIRO, M. A. G.

2, ALBUQUERQUE-

JUNIOR, R. L. C. 1, THOMAZZI, S. M.

1 Fisiologia - UFS,

2 Instituto de Tecnologia e Pesquisa -

UNIT, 3 Odontologia - UFS

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Apoio Financeiro: COPES, FAPITEC/SE, CAPES e CNPq

Resumo Objetivos Objetivo: Avaliar a atividade anti-inflamatória da terapia de laser de baixa frequência (LLLT) em modelo de laringite neurogênica induzida por intubação nasogástrica em ratos. Metodos Métodos:Para este estudo foram usados ratos Wistar, machos, adultos (3 meses de idade, 350/400 g), oriundos do biotério central da Universidade Federal de Sergipe. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UFS (CEPA 34/2011). O procedimento de intubação nasogátrica (NGI) se resume a colocação e fixação de uma sonda, utilizada em recém-nascidos prematuros (no. 4), na narina do animal. A NGI foi realizada em quatro grupos (n = 6/grupo): NGI (sem tratamento), NDX (dexametasona, 0,6 mg/kg, i.p.), NLT17,5 (17,5 J/cm2, 780 nm) e NLT17,5/10,0 (combinado 17,5 J/cm2 e 10,0 J/cm2 a 780 e 660 nm, respectivamente). Os grupos que receberam a laserterapia tiveram um total de 4 irradiações, com intervalo de 48 h entre as sessões, sendo a primeira 24 h após a NGI. Houve ainda mais um grupo (n = 6) que não passou pelo procedimento de NGI, utilizado como controle (CTR), sendo que este foi submetido ao emissor de laser desligado, com o objetivo de simular o mesmo estresse do tratamento dos grupos experimentais. Após uma semana de NGI, todos os animais foram eutanasiados. A análise descritiva da resposta inflamatória, o tecido de granulação e a deposição de colágeno foram avaliados por meio de técnicas histológicas, e a atividade da mieloperoxidase (MPO) foi avaliada por método colorimétrico. Os ensaios ex vivo foram realizados em triplicata e apresentados como média ± E.P.M. Os dados obtidos a partir da análise de determinação da intensidade da reação inflamatória foram comparados pelo teste estatístico do qui-quadrado. Nos resultados da atividade de MPO empregou-se a análise de variância (ANOVA) para múltiplas comparações, seguida do teste de Tukey. Os valores de p < /i> Resultados Resultados:O grupo NLT17,5/10,0 apresentou redução significativa na atividade de MPO (p =0,04; 1,24 ± 0,23 UMPO/mg tecido) comparado ao grupo NGI (2,51 ± 0,50 UMPO/mg tecido). Já na análise semiquantitativa da intensidade da reação inflamatória, não houve diferença significativa ( p < /i> >0,05;). No entanto, observou-se que o grupo NLT17,5/10,0 mostrou melhor padrão de deposição de colágeno em relação aos outros grupos. A aplicação do laser em ambos os grupos, apresentou qualitativamente uma tendência a aumentar o tecido de granulação; contudo, não houve diferença significativa ( p < /i> =0,06). Conclusão Conclusão: O protocolo de laserterapia combinado, 17,5 J/cm2 a 780 nm e 10,0 J/cm2 a 660 nm, provocou modulação na resposta inflamatória e na colagenização no modelo experimental de laringite neurogênica induzida por intubação nasogástrica.

Palavras-chaves: atividade da mieloperoxidase , intubação nasogástrica , laringite neurogênica , laserterapia

Resumo: 10.122

EFEITO DA LIPPIA SIDOIDES CHAM E SEU CONSTITUINTE MAJORITÁRIO TIMOL SOBRE AS PROPRIEDADES ELETROFISIOLÓGICAS DO NERVO CIÁTICO DE RATOS

Autores

2MENDES, Y. C.

1, BARBOSA NETO, A. J.

1, SOUSA, D. G.

2, LEAL-CARDOSO, J. H.

1,2,

BARBOSA, R. 1 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - URCA,

2 INSTITUTO

SUPERIOR DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - UECE

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Apoio Financeiro: Cnpq/ Funcap

Resumo Objetivos Objetivos: A Lippia sidoides Cham. é uma espécie típica do Nordeste brasileiro, cujo óleo essencial onde é conhecida popularmente por “alecrim-pimenta”. O óleo essencial da L. sidoides é extraído de suas folhas por destilação a vapor e é constituído majoritariamente por timol (56.7%), um fenol monoterpenóide presente em grande parte dos óleos essências de plantas do nordeste brasileiro. Em estudos demonstraram que o timol apresenta um efeito fungicida e bactericida, assim como a Lippia sidoides Cham. Além disso o timol demonstrou um ação sobre canais iônicos e receptor de potencial transiente. Porém, até o momento pouco se sabe sobre a ação da Lippia sidoides e o timol atividade elétrica neuronal. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo de avaliar a ação do óleo essencial da Lippia sidóides e seu constituinte majoritário timol sobre a excitabilidade do nervo ciático. Metodos Métodos: Para isso foram utilizados ratos Wistar (n 40) ,com massa corporal entre 200 e 350 g. . A utilização dos animais foi aprovada pelo comitê de ética local (CEUA – UECE) sob o seguinte número de protocolo: 10725297-0. O nervo ciático desses animais foi dissecado e para registro das propriedades eletrofisiológicas foi utilizada a técnica extracelular. Na qual o nervo ciático foi posicionado transversalmente sobre os eletrodos de platina na câmara de Harvard, onde foram mantidos a temperatura entre 18 a 22ºC numa solução nutridora tipo Locke com pH ajustado para 7,4+0,1. Onde posteriormente foram colhidos registros do potencial de ação composto. Resultados Resultados: Os dados coletados demonstraram que a primeira componente apresentou respectivamente para cada concentração (10, 30, 60, 100 e 200µg/ml) os seguintes resultados: 109,56±0,58; 96,19±4,64; 55,50±5,84; 45,81±8,31; 0,45±0,45. Para a segunda componente, apenas as duas concentrações iniciais não bloquearam totalmente o PAC, apresentando 80,27 ±3,09 e 36,0±10,49. O OELs apresentou uma atividade depressora sobre a excitabilidade nervosa, atuando sobre a reobase e a cronaxia. Foi escolhida a concentração de 60 μg/ml de OELs, pois foi à concentração a qual apresentou um efeito intermediário dentre todas as concentrações experimentais utilizadas. Ao término de 180 minutos de exposição do nervo a 60μg/ml de OELs, a reobase e a cronaxia foram de 3,2±0,1 V e 57,0±1,63 μs, no controle, para 3,96 ±0,13 V (n=6) e 74,83±3,54μs. Em relação ao timol, as concentrações utilizadas foram 3, 10, 30, 60 e 100µg/ml e o registros apresentados para a primeira componente após os 180 minutos de exposição foram respectivamente 108,04±3,37; 98,65±4,68; 74,09±10,58; 36,14±10,66; e 2,48±2,48. Já a segunda componente apresentou os seguintes resultados 98,96±5,72; 80,74±9,68; 41,69±10,43; 3,35±2,12; onde apenas a concentração de 100μg/ml bloqueou totalmente o potencial. Conclusão Conclusão: Esse estudo tem demonstrado que o óleo essencial da Lippia sidoides Cham e seu constituinte majoritário timol são efetivos depressores da excitabilidade neuronal, possivelmente essa resposta se deva a ação nos canais de Na+, conforme descrito na literatura.

Palavras-chaves: Lippia sidoides Cham, Nervo ciático, Propriedades eletrofisiológicas, Timol

Resumo: 10.123

ATIVIDADE MOLUSCICIDA DO EXTRATO ETÉREO E ÁCIDO BARBÁTICO DE Cladia agreggata (SW.) NYL. (LIQUEN) SOBRE O CARAMUJO DE Biomphalaria glabrata.

Autores 1,1,1,1

SILVA, M. C. 1, BARBOSA, P. S.

1, MARTINS, M. C. B.

2, MELO, A. M. M. D. A.

1, SILVA, N.

H. D. 1 Departamento de Bioquímica - UFPE,

2 Departamento de Biofísica - UFPE

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Apoio Financeiro: FACEPE/CNPq

Resumo Objetivos A esquistossomose é uma doença parasitária de grande importância para saúde publica. No Brasil 6 milhões de pessoas são afetadas por esta enfermidade que tem como vetor moluscos da espécie texto Biomphalaria glabrata. A forma de combate ao caramujo esta no uso de moluscicidas sintéticos, porém o desenvolvimento de resistência dos moluscos a essas substâncias, a baixa seletividade e o alto custo levam a procura por substâncias químicas naturais que sejam facilmente biodegradáveis como alternativas para o controle dos vetores. Os compostos sintetizados pelos líquens são conhecidos por suas diferentes atividades biológicas, entre elas a inseticida e a repelente. Portanto, essa pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito do extrato etéreo e do ácido barbático (BAR) obtido de texto Cladia agreggata sobre os caramujos adultos da texto Biomphalaria glabrata. Metodos Cerca de 100g do talo de texto Cladia agreggata foram coletados no município de Bonito-PE. Amostras de 40g foram trituradas e submetidas a extrações sucessivas com éter dietílico, e posteriormente filtrado e evaporado para obtenção do extrato seco. O BAR foi isolado a partir do extrato etéreo (40 g do talo do liquen), sendo lavado com clorofórmio, em funil de fundo poroso G4, até a obtenção de cristais com alta pureza. A análise das amostras foi realizada através de cromatografia em camada delgada (CCD) no sistema de solventes A (tolueno/ dioxano/ ácido acético, 90:20:4, v/v/v) e posteriormente borrifada com ácido sulfúrico a 10%(v/v). Para os testes da atividade moluscicida, grupos de cinco caramujos em triplicatas, foram transferidos para miniaquários de 500 mL, expostos por 24h às concentrações de 1, 10, 12,5, 20, 25, 50 e 100 ppm do extrato etéreo e do BAR de texto Cladia agreggata, ambos dissolvidos em etanol à 0,5%. Após o período de exposição, os animais foram lavados e mantidos em água filtrada sem tratamento, sendo alimentados com alface fresca e observados durante 96h. Resultados A CCD revelou a presença do ácido barbático (Rf 0,43). Os resultados dos testes moluscicidas demonstram 100% de mortalidade dos caramujos para o BAR e para o extrato etéreo nas concentrações de 25, 50 e 100 ppm após 24h, na concentração de 20 ppm o extrato etéreo apresentou 100% de mortalidade após 48h e o ácido barbático 90%. Em 12,5 ppm pode se verificar 50% da mortalidade para ambas amostras e doses menores não tiveram mortalidade. No grupo controle negativo (álcool 0,5%) não houve nenhuma mortalidade, no grupo controle positivo (carbonato cúprico 50 ppm) todos os moluscos morrem. Conclusão Estes resultados indicam o potencial biológico tanto do extrato etéreo, como do BAR purificado, demonstrando ser uma alternativa eficaz para controle da texto Biomphalaria glabrata.

Palavras-chaves: Atividade moluscicida, Biomphalaria glabrata, ácido barbático

Resumo: 10.124

ESTUDO COMPARATIVO DA AÇÃO DE MEMBRANA AMNIÓTICA HOMÓLOGA E XENÓLOGA NA CICATRIZAÇÃO DA PELE DE BOVINOS

Autores

1WANDERLEY, C. W. S.

1, SILVA, C. M. S.

1, SINDRIM, R. M.

1, AMORIM, R. O.

1, MENEZES,

V. G. 1, ANTONELLI, A. C.

1, ANTONELLI, A. C.

1 COLEGIADO DE MEDICINA VETERINÁRIA

- UNIVASF

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Apoio Financeiro: CNPQ/UNIVASF

Resumo Objetivos Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito da membrana amniótica homóloga e xenóloga na cicatrização da pele de bovinos. Metodos Os procedimentos foram conduzidos após aprovação no comitê de ética em pesquisa com animais (Protocolo no 12081037). Para isto foram utilizados bovinos machos da raça Holandês (n=8, ± 200kg, ± 1,5 anos), para a produção das lesões, os animais foram tranquilizados e anestesiados e a região preparada para cirurgia asséptica, foram produzidas três feridas quadrangulares com 3 cm2 em cada antímero da região dorso-lombar (A. Vet. Science, 3:31, 1998), após a indução as feridas foram tratadas com Membrana Amniótica Bovina (MAB), Membrana Amniótica Ovina (MAO) e gaze umedecida em solução salina (0,9%) na ferida controle (FC). As membranas utilizadas foram retiradas do meio de conservação (glicerina a 98%), hidratadas em solução de NaCl 0,9%, e aplicadas sobre as feridas. Os curativos eram trocados a cada 48 horas e a cada sete dias era realizada a mensuração da área das feridas, as biópsias foram realizadas no 14°, 21°, e 28° dia experimental e as amostras foram avaliadas em cortes histológicos transversais corados em hematoxilina-eosina (Ciência Rural 28:623, 1998), as laminas foram avaliadas conforme os seguintes parâmetros: neovascularização, presença de fibroblastos e fibras colágenas. Para tal foram atribuídos escores respectivamente: 0 ausente, 1 pouco, 2 moderada, 3 acentuada, 4 muito, 5 completo. Os dados obtidos foram analisados utilizado o teste de variância (ANOVA), a significância entre os grupos foi estabelecida pelo teste de Newman-Keuls ( p < 0,05). Resultados As feridas tratadas com MAB apresentaram no 14° dia experimental neovascularização mais significativa (3.0 ± 0.26), quando comparado com o FC (1.5 ± 0.32) e MAO (2.0 ± 0.37). O 21° dia de experimento foi caracterizado como auge da fase de neovascularização periférica para FC (3.7 ± 0.16) e MAO (3.5 ± 0.32), porém a neovascularização das feridas tratadas com MAB (0.5 ± 0.18) regrediram significativamente ( p < 0.05). No 28° dia experimental, notou-se um quadro reacional similar entre os tratamentos, não havendo diferenças entre estes. A proliferação fibroblástica das feridas tratadas com MAB (3.0 ± 0.26) no 14° dia de experimento foi superior aos dos demais grupos FC (2.0 ± 0.26) e MAO (2.0 ± 0.27), contudo no 21° e 28° dia de experimento as concentrações se equiparam não demonstrando diferenças significativas. Em todos os tratamentos pode-se observar uma distribuição equilibrada de fibras colágenas ao longo do tempo não havendo assim diferença significativa ( p > 0.05). A redução da área das feridas ocorreu de forma semelhante em todos os grupos ao 7°, 14° e 21° dia, porém, no 28° dia experimental a fração da área da ferida referente ao MAB (48.4 ± 5.18) apresentou-se significativamente menor quando comparado ao FC (28.2 ± 3.59) e ao MAO (26.3 ± 4.62). Conclusão A MAB estimulou resposta vascular e a proliferação fibroblástica mais rápida e eficiente, interferindo positivamente na cicatrização. A MAB reduziu a área da ferida em menor tempo diferentemente da MAO que retardou a redução da área da ferida. Desta forma MAB apresentou potencial uso clínico devido as suas características cicatrizantes, além de um elevado custo benefício, uma vez que, a sua obtenção não representa nenhum custo.

Palavras-chaves: Membrana Amniótica, Cicatrização, Bovino, Pele

Resumo: 10.125

CARACTERIZAÇÃO DO MODELO DE LESÃO MUSCULAR INFLAMATÓRIA INDUZIDO POR CARRAGENINA.

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Autores 1SOUZA, A. C. A.

1, SANTANA, J. M. D.

1, CRUZ, K. M. L.

1, CAMARGO, E. A.

1, CAMARGO, E.

A. 1 DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CAPES

Resumo Objetivos A dor e a inflamação musculoesqueléticas são queixas comuns na assistência clínica e, no entanto, os modelos experimentais que mimetizam essa condição para estudos farmacológicos e neurofisiológicos necessitam de caracterização mais detalhada. O objetivo desse estudo foi caracterizar o desenvolvimento do processo inflamatório no músculo gastrocnêmio em diferentes tempos, a partir da determinação do edema, da análise bioquímica da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) e pela determinação de substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico, bem como estabelecer o perfil de nocicepção através da avaliação com analgesímetro digital von Frey. Metodos Foram utilizados ratos machos da espécie Wistar (250-300 g), adultos(≈90 dias de idade). Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal/UFS com número 02/12. Os animais foram distribuídos em grupos distintos (n= 6 para análises bioquímicas e n= 12 para análise comportamental), anestesiados com halotano e foi realizada injeção unilateral de carragenina (3%, 100 µL) no músculo gastrocnêmio. Os animais de diferentes grupos foram eutanaziados com dose excessiva de halotano nos tempos de 6 h, 24 h, 48 h e 1 semana. Os gastrocnêmios de ambos os lados foram dissecados, pesados e submetidos às análises bioquímicas. Para avaliação da hiperalgesia foi realizada a indução da inflamação do mesmo modo e nos tempos de 0 h (basal), 6 h, 24 h e 1 semana foi medida a intensidade de estímulo necessária para causar a retirada da pata, pelo uso do von Frey eletrônico. Resultados A atividade de MPO teve aumento significativo no músculo ipsilateral (5,1 ± 1,3 UMPO/mg) em comparação ao contralateral (0,03 ± 0,02 UMPO/mg, p < 0,001) após 24 h da injeção de carragenina, o que não foi observado nos demais tempos experimentais. A peroxidação lipídica no tecido ipsilateral também foi aumentada, em comparação com o contralateral, no tempo de 6 h (27,4 ± 3,5 vs 19,7 ± 1,3 nmol de MDA/mg respectivamente, p < 0,001), bem como o índice de edema (7,5 ± 0,5 vs 5 ± 0,6 mg de tecido muscular/g de peso corpóreo, p < 0,001) para o músculos ipsilateral e contralateral respectivamente, o que não foi observado nos outros tempos investigados. Os valores de intensidade de estímulo aplicada na pata ipsilateral, suficientes para promover a retirada da mesma, nos tempos de 6 h (51,9 ± 5,5 g; p < 0,05), 24 h (48,2 ± 2,9 g; p < 0,01) e 1 semana (46,5 ± 2,6 g; p < 0,01), foram significativamente menores do que no tempo basal (67,0 ± 1,8 g), denotando a presença de hiperalgesia, o que não ocorreu na pata contralateral. Conclusão A lesão inflamatória muscular induzida pela carragenina foi caracterizada inicialmente (6 h) pela presença de edema e peroxidação lipídica, que são seguidos do influxo de neutrófilos (24 h). Estes fenômenos são acompanhados pela hiperalgesia na pata injetada, que se estende até tempo posterior (1 semana). Este modelo representa uma ferramenta adequada para o estudo de drogas com potencial para o tratamento de lesões musculares.

Palavras-chaves: MÚSCULO, INFLAMAÇÃO, HIPERALGESIA, CARRAGENINA, MODELO ANIMAL

Resumo: 10.126

SÍNTESE DE COMPLEXOS ORGANOESTÂNICOS COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA, ANTIINFLAMATÓRIA E ANTINEOPLÁSICA

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Autores 2GUEDES, J. S.

1,2, BARBOSA, A. S. L.

1, MENEGHETTI, M. R.

1 Instituto de Química e

Biotecnologia - UFAL, 2 Escola de Enfermagem e Farmácia - UFAL

Apoio Financeiro: Não há apoio financeiro

Resumo Objetivos Desde a descoberta da cisplatina, um complexo de Pt(II), como agente anticancerígeno, a aplicação de complexos metálicos como agentes terapêuticos vem difundindo-se no meio acadêmico. A incorporação de um metal de transição na estrutura molecular de um composto com potencial ou conhecida atividade farmacológica é uma estratégia para o desenvolvimento de novos fármacos. Dentre os centros metálicos com potencial terapêutico encontram-se aqueles a base de estanho. De fato, compostos simples de Sn(IV) já demonstram ação anticancerígena, antiproliferativa e antiinflamatória. Uma estratégia interessante é obter compostos de Sn(IV) contendo ligantes com comprovada atividade farmacológica, buscando-se uma potencialização terapêutica. Metodos Complexos organoestânicos derivados do ácido nalidíxico foram preparados através da reação entre derivados organoestânicos de cloro (Ph3SnCl, n-Bu2SnCl2, Me3SnCl, Me2SnCl2, n-Bu3SnCl ou t-Bu2SnCl2) com o sal de sódio do ácido nalidíxico (NalNa). Para a obtenção do trifenilnalidixato de estanho, Ph3SnNal, solubilizou-se 1 mmol (0,3854 g) de Ph3SnCl em 10 mL de tolueno seco. Posteriormente, adicionou-se 1,5 mmol (0,3813 g) do sal de sódio do ácido nalidíxico à solução anterior e a reação foi colocada sob refluxo, agitação e argônio por 24 horas. Após, a mistura reacional foi mantida por mais cinco horas à temperatura ambiente sob agitação e argônio. O tolueno foi removido a vácuo e ao produto bruto adicionou-se 15 mL de clorofórmio. O sólido formado foi removido por filtração. A solução foi seca sob vácuo, gerando um sólido branco amarelado. Rendimento: 60%. Os demais complexos organoestânicos seguiram a mesma metodologia e foram caracterizados por Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Espectroscopia de Absorção na Região do Infravermelho (IV). Resultados Em todos os compostos sintetizados observam-se sinais típicos dos compostos contendo os fragmentos dos complexos de partida de Sn e de ácido nalidíxico, com sinais típicos da estrutura dos complexos esperados, Ph3SnNal, n-Bu2SnNal2, Me3SnNal, Me2SnNal2, n-Bu3SnNal e t-Bu2SnNal2. No momento, estão sendo realizados estudos para avaliação da atividade farmacológica desses complexos (estudos preliminares já indicam potencial atividade). Conclusão A metodologia adotada para a síntese de complexos organoestânicos derivados do ácido nalidíxico mostrou-se bastante eficaz com rendimentos de aproximadamente 60%. A caracterização dos compostos realizadas até então confirmam a formação destes. Há elevada possibilidade dos compostos organoestânicos sintetizados possuírem atividade farmacológica, uma vez que seus reagentes de partida são bioativos. Além disso, a otimização e potencialização de fármacos já existentes desempenha um papel fundamental na linha de pesquisa do trabalho.

Palavras-chaves: Ácido Nalidíxico, Antiproliferativo, Compostos Organometálicos, Estanho(IV), Química Inorgânica Medicinal

Resumo: 10.127

EFEITO DE MONOTERPENOS SINTÉTICOS NO EDEMA DE ORELHA EM CAMUNDONGOS.

Autores 1SOUZA, I. O. P.

1, SANTANA, D. G.

1, De SOUSA, D. P.

1, CAMARGO, E. A.

1 Departamento de

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Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: CNPq e FAPITEC/SE.

Resumo Objetivos Derivados sintéticos de monoterpenos possuem um grande potencial como drogas anti-inflamatórias. Este estudo teve como objetivo investigar as propriedades anti-inflamatórias dos monoterpenos isopropóxicarvacrol (IPC) e mentofurano (MTF) frente ao edema de orelha induzido pela aplicação tópica do 12-O-tetradecanoilforbol-acetato (TPA) em camundongos. Metodos Os experimentos foram realizados utilizando-se camundongos Swiss, machos, (20-30 g, 6-7 semanas). Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal/UFS sob o nº 82/11. Os animais (n=6) foram tratados topicamente com veículo (acetona, 20 µL/orelha), IPC (0,3; 1,0 ou 3,0 mg/orelha), MTF (0,1; 0,3; 1,0 ou 3,0 mg/orelha) ou dexametasona (0,05 mg/orelha) simultaneamente a administração tópica de TPA (1 µg/orelha) na orelha direita. Na orelha esquerda dos animais foram administrados topicamente 20 µL de acetona e cada animal serviu como seu próprio controle. A eutanásia foi realizada 6 h após a indução da inflamação. Posteriormente, os sítios das orelhas foram recortados com 8 mm de diâmetro e foram medidas suas espessuras (em mm), com o auxílio de um paquímetro. Os valores foram representados com a diferença entre as espessuras das orelhas direitas e esquerdas. Além disso, investigou-se o recrutamento de neutrófilos, pela dosagem da atividade da mieloperoxidase (MPO) nas amostras coletadas. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste de Bonferroni e P Resultados A aplicação de MTF na dose de 0,1 mg/orelha (0,17 ± 0,03 mm; P Conclusão Ambos os monoterpenos testados, MTF e IPC, possuem atividade inibitória sobre o influxo de neutrófilos após a aplicação local de TPA, sendo, entretanto, pouco eficazes na redução da formação de edema.

Palavras-chaves: Edema de orelha, Anti-inflamatória, Monoterpenos, Isopropóxicarvacrol, Mentofurano

Resumo: 10.128

POTENCIAL CITOPROTETOR GÁSTRICO DO EXTRATO ETANÓLICO DA ENTRECASCA DA Caesalpinia pyramidalis SOBRE ÚLCERAS GÁSTRICAS INDUZIDAS POR ETANOL ABSOLUTO.

Autores 1DINIZ, P. B. F.

1, RIBEIRO, A. R. S.

1, ESTEVAM, C. S.

1, THOMAZZI, S. M.

1,1,1,1, THOMAZZI,

S. M. 2 Departamento de Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: Capes

Resumo Objetivos Objetivos: Este trabalho avaliou o potencial citoprotetor do extrato etanólico da entrecasca (EEE) da Caesalpinia

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pyramidalis Tul., planta utilizada popularmente no tratamento de afecções digestivas e catarrais, em modelo de úlceras gástricas induzidas por etanol absoluto em ratos. Metodos Métodos: Neste trabalho foram utilizados ratos Wistar, machos, pesando 200-250 g, oriundos do biotério central da Universidade Federal de Sergipe. Todos os protocolos experimentais foram pré-aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UFS (CEPA 68/10). Inicialmente, os animais (n = 6/grupo) em jejum de 24 horas, foram pré-tratados com o EEE da C. pyramidalis (30, 100 e 300 mg/kg, v.o.), omeprazol (30 mg/ kg, v.o.) ou água (10 mL/kg, v.o.). As úlceras gástricas agudas foram induzidas em todos os animais com a administração de etanol absoluto (4 mL/kg, v.o.) após 60 min. Posteriormente, transcorridos 60 min da indução das úlceras, os animais foram eutanasiados por descolamento cervical e os estômagos retirados para análise do índice de lesões ulcerativas através do programa EARP. Os resultados foram expressos como média ± E.P.M. do índice de lesão ulcerativa (ULI) e índice de cura (em %), e analisados estatiscamente por analíse de variância (ANOVA) seguida de teste de Dunnett, sendo considerados significativos valores de p < 0,05 . Resultados Resultados: Os resultados do presente estudo demonstram que o pré-tratamento dos animais com o EEE da C. pyramidalis foi capaz de reduzir de forma significativa e dose dependente, nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg (15,17 ± 1,40, 12,36 ± 1,21 e 0,92 ± 0,40, respectivamente, p < 0,01), o índice de lesões ulcerativas, quando comparadas ao controle (25,50 ± 1,84). De forma similar, os animais pré-tratados com omeprazol, tiveram menor índice de lesões ulcerativas (0,33 ± 0,33, p < 0,01). Nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg do EEE, o índice de cura foi de 44,03 ± 4,64, 51,52 ± 4,74 e 96,41 ± 1,56% (p < 0,01), respectivamente, e o omeprazol apresentou índice de cura de 98,69 ± 1,31% (p < 0,01). Conclusão Conclusão: De acordo com os resultados apresentados pode-se concluir que a Caesalpinia pyramidalis possui atividade gastroprotetora para o modelo de úlceras gástricas induzida por etanol absoluto, embasando sua utilização na etnofarmacologia. Estudos posteriores são necessários para entendimento dos mecanismos de gastroproteção pelo qual o extrato etanólico da Caesalpinia pyramidalis está atuando.

Palavras-chaves: Úlceras Gástricas, Caesalpinia Pyramidalis, Etanol

Resumo: 10.129

PURIFICAÇÃO DE UMA NOVA TOXINA DA PEÇONHA DE Bothrops moojeni COM AÇÃO NA AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA

Autores

1,2QUEIROZ, M. R.

1,2, MAMEDE, C. C. N.

3, MIGLIORINI, T. M.

1,2, SOUSA, B. B.

3, PEREIRA,

D. F. D. C. 1,2,3

, OLIVEIRA, F. D. 1 Instituto de Genética e Bioquímica - UFU,

2 Instituto Nacional de

Ciência e Tecnologia em Nano-Biofar - INCT N-Biofar, 3 Instituto de Ciências Biomédicas - UFU

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPEMIG e MCT

Resumo Objetivos As peçonhas de serpentes contêm uma mistura complexa de diferentes proteínas e peptídeos biologicamente ativos. Estudar a interferência dessas toxinas sobre a agregação plaquetária tem se tornado cada vez mais atrativo devido à intensa complexidade e diversas interações que podem ocorrer entre tais toxinas e componentes da superfície da célula. O presente estudo teve como objetivo purificar uma nova toxina da peçonha de B. moojeni e avaliar seu efeito sobre a agregação plaquetária.

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Metodos Os experimentos foram realizados em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Uberlândia (CEP/UFU, Protocolo n° 055/11). A nova toxina foi purificada em três passos cromatográficos: troca-iônica (DEAE-Sephacel), exclusão molecular (Superdex™ 75 10/300 GL) e fase reversa (coluna C2/C18). O grau de pureza e a massa molecular da nova toxina foram analisados por eletroforese em gel de poliacrilamida a 14%, em condições desnaturantes (SDS-PAGE). Os ensaios de agregação plaquetária foram realizados em um agregômetro automático (AggRAM™ versão 1.1 - Helena Laboratories, EUA). Diferentes doses da toxina (n=3) foram adicionadas à 200 μL de plasma humano rico em plaquetas (PRP) na presença dos seguintes agonistas plaquetários: colágeno (10 μg/mL), ristocetina (1 mg/mL) e epinefrina (300 μM). As curvas resultantes dos ensaios foram expressas em porcentagem de agregação em relação à absorbância do plasma humano pobre em plaquetas (PPP), que representa 100% de agregação. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste ANOVA no programa GraphPad Prism, versão 5.01. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Resultados A análise em SDS-PAGE 14% mostrou que a toxina purificada, denominada BmooSRP, é uma proteína monomérica com alto grau de pureza e de massa molecular aparente de 14,5kDa, sob condições redutoras. A BmooSRP (1,5 μg) inibiu parcialmente a agregação plaquetária induzida por ristocetina e 100% a agregação induzida por colágeno. Doses iguais ou superiores à 0,6 μg da BmooSRP inibiram 100% da agregação plaquetária induzida por epinefrina. Conclusão Nossos resultados apontam a BmooSRP como um potente inibidor da agregação plaquetária. Sugerimos que sejam realizados estudos bioquímicos e biológicos a fim de caracterizar a nova toxina e de esclarecer as vias de inibição da agregação plaquetária.

Palavras-chaves: Agregação plaquetária, Bothrops moojeni , toxina

Resumo: 10.130

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DA Tournefortia bicolor S.W. (BORAGINACEAE).

Autores

1SILVA., N. M. M. B.

1, SILVA, I. S. D. M.

1, SILVA, A. L. L. D.

1, VILELA, L. S. T.

1,

CONSERVA, L. M. 1,1

, BASTOS, M. L. D. A. 1 Escola de Enfermagem e Farmácia - UFAL,

2 Escola

de Enfermagem e Farmácia - UFAL, 3 Escola de Enfermagem e Farmácia - UFAL

Apoio Financeiro: FAPEAL; CNPq; CAPES

Resumo Objetivos Avaliar a atividade antifúngica in vitro de extratos das folhas e caule da espécie vegetal Tournefortia bicolor S.W. (Boraginaceae), sobre as cepas de M1, Candida albicans (ATCC 10231) - M2, C. tropicalis (ATCC 13803) - M3, C. parapsilosis (ATCC 22019) – M4, Saccharomyces cerevisiae (ATCC 9763) – M5, Aspergillus brasilienses (ATCC 6558). Metodos A atividade antifúngica dos extratos foi verificada pela técnica de difusão em Ágar. Discos de papel estéreis de 6 mm de diâmetro foram embebidos previamente com 20 µL das extratos e frações, que foram solubilizadas nas concentrações de 1.000 μg/mL para o extrato e de 500 μg/mL, respectivamente. Realizou-se a semeadura das suspensões fúngicas (1,5x106

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microrganismos/mL) em placas de Agar Sabouraud-Dextrose, sobre as quais foram distribuídos cinco discos, sendo as amostras vegetais em triplicata, o controle positivo e o negativo. O miconazol (50 μg/disco) foi utilizado como controle positivo e o MeOH PA (20 µL/disco) como negativo. Em seguida, as placas foram incubadas a 28 ºC, por 48 horas. Os halos de inibição do crescimento fúngico, em milímetros, foram mensurados e analisados descritivamente. Resultados Os resultados indicam que as amostras vegetais analisadas não apresentaram atividade sobre os microrganismos testes, sendo consideradas inativas. Observou-se, também, que o miconazol foi capaz de inibir as cepas padrões com halos de inibição que variaram de 11 a 45 mm de diâmetro. Muito embora a literatura descreva algumas espécies desta família com perfil antifúngico, tais como a Cordia curassavica1, Cordia linnael2 e Borago officinalis3, os resultados obtidos neste estudo não corroboram com o descrito na literatura. Por outro lado, a pesquisa relata dados preliminares e descreve pela primeira vez a avaliação da atividade antimicrobiana desta espécie vegetal. Conclusão Extrato das folhas e frações do caule de Tournefortia bicolor não têm atividade antifúngica contra os fungos M1, M2, M3, M4 e M5. O que indica a continuação de estudos com outras cepas fúngicas e bacterianas.

Palavras-chaves: atividade antifúngica , Tournefortia bicolor , Boraginaceae

Resumo: 10.131

EFEITO HEPATOTÓXICO DA Cimicifuga racemosa EM MODELO ANIMAL DE DEFICIÊNCIA ESTROGÊNICA ASSOCIADA A HIPERTENSÃO RENOVASCULAR

Autores 1CAMPOS, L. B.

1, GARCIA, R. F.

1, GILGLIONI, E. H.

1, OLIVEIRA, M. C.

1, BRITO, M. N.

2,

ISHII-IWAMOTO, E. L. 1, SALGUEIRO, C. L.

1 Ciências Fisiológicas - UEM,

2 Bioquímica - UEM

Apoio Financeiro: Capes, FADEC, Fundação Araucária e CNPq

Resumo Objetivos Cimicifuga racemosa (CR) tem sido utilizada no tratamento dos sintomas da menopausa, mas sua ingestão tem sido associada a distúrbios gastrointestinais. Em um estudo anterior, foi demonstrado que, em ratas Wistar, a CR induziu esteatose microvesicular, provavelmente como resultado de uma inibição na β-oxidação mitocondrial. Embora este efeito tenha sido observado em doses elevadas e acima daquelas consideradas terapêuticas, resultou de uma investigação utilizando ratas jovens. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da CR no metabolismo hepático de lipídios e na pressão arterial em um modelo animal de deficiência estrogênica associada com hipertensão. A coexistência destas condições, comum na menopausa, poderia tornar o fígado mais vulnerável à injúria induzida por drogas. Metodos Ratas Wistar (150-160g) foram destinadas para falso-operação (controle), ovariectomizadas (OVX), ovariectomizadas mais hipertensão renovascular (OVX + 2K1C). Três semanas após procedimento cirúrgico, ratas OVX + 2K1C receberam doses diárias de extrato de CR, semelhantes àquelas usadas por mulheres na pós-menopausa (0.6 mg/kg – OVX + 2K1CT), por um período de 15 dias. Posteriormente, as ratas foram anestesiadas para medições de pressão arterial direta e remoção do fígado. Todos os experimentos foram conduzidos em estrita observância às diretrizes do Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Estadual de Maringá (Protocolo 015/2011, parecer 50/2011 – CEAE). O conteúdo lipídico hepático, a beta-oxidação mitocondrial e peroxisomal e geração de espécies reativas de oxigênio mitocondrial (ROS) foram avaliados. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média de 5 a 7 experimentos individuais. A significância estatística foi avaliada através do teste ANOVA.

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Resultados As ratas OVX + 2K1C apresentaram pressão arterial média significativamente mais elevada (+28%), em comparação com ratas controle e OVX. O tratamento com CR (OVX + 2K1CT) reduziu significativamente a pressão arterial, em cerca de 9%. Também foi verificada uma redução nas capacidades mitocondrial e peroxisomal de oxidar octanoil-CoA, em comparação com o grupo OVX + 2K1C (-23% e -26%, respectivamente). O conteúdo hepático de lipídios aumentou em todos os grupos experimentais quando comparados ao grupo controle, em cerca de 30%. A geração mitocondrial de ROS foi significativamente maior nas ratas OVX + 2K1CT, em cerca de 70% e 164% comparativamente aos grupos OVX + 2R1C e controle. Conclusão Apesar do efeito benéfico na redução da pressão arterial, o tratamento de ratas OVX + 2K1C com CR causou uma diminuição nas capacidades mitocondrial e peroxisomal da oxidar ácidos graxos de cadeia média e também uma maior produção de ROS. Ambos os efeitos poderiam favorecer o desenvolvimento de esteatose hepática e a progressão para formas mais graves da doença.

Palavras-chaves: Cimicifuga racemosa, Fígado, Menopausa , Hipertensão, Estresse oxidativo

Resumo: 10.132

Avaliação da atividade farmacognóstica de geoprópolis e própolis vermelha do Estado de Alagoas, Brasil

Autores 1OLIVEIRA, D. L. L. D.

1, PADILHA, A. R. D. B.

1, LÓPEZ, A. M. Q.

1 Instituto de Química e

Biotecnologia - UFAL

Apoio Financeiro: Banco do Nordeste do Brasil

Resumo Objetivos A meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) e a apicultura (Apis melifera) são atividades exploradas nos municípios alagoanos devido às propriedades terapêuticas e nutricionais de seus produtos com fácil comercialização, como geoprópolis (G), isto é, uma mistura de resina e cera vegetal com solo, efetuada por abelhas sem ferrão, e própolis(mistura de resina e cera vegetal, efetuada por abelhas africanizadas). Neste trabalho (auxílio BNB), efetuou-se a prospecção química de amostra de própolis vermelha (PV) do litoral de Alagoas e de 8 amostras de G oriundas de colméias de distintas abelhas nativas de municípios do mesmo Estado. Avaliou-se, ainda, a concentração de fenóis e flavonóides totais das mesmas, bem como sua ação antioxidante e sobre a enzima glicose-oxidase e microrganismos. Metodos Após a extração hidro-etanólica (70%) das diferentes amostras dos produtos mencionados (0,05g.mL -1 ), tais extratos foram submetidos testes de prospecção de fenóis totais, taninos, flavonóis, antocianinas (Matos, 1997), e, em paralelo, a cromatografia em camada delgada (placa de alumínio coberta com sílica gel 60, F= 254 nm) sob vários sistemas de solventes e reveladores específicos para fenóis e outros compostos antioxidantes. Realizou-se, então, quantificação espectrofotométrica de fenóis totais (Meda et al., 2005), flavonóides totais (Al et al., 2009) e da atividade antioxidante (métodos do DPPH e FRAP, respectivamente conforme Meda et al., 2005 e Oyaizu, 1986). A ação antimicrobiana foi analisada através do método de difusão em disco (Kirby-Bauer), e o efeito sobre a glicose-oxidase testado conforme descrito em Souza et al., 2003. Resultados

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A prospecção química revelou a presença de taninos condensados, flavononóis, flavononas, catequinas e alcalóides na maioria das amostras. Dos 9 extratos obtidos, aquele da amostra PV apresentou a maior concentração de flavonóides totais (66,86 eq.mg rutina.mL -1 ), enquanto que o da amostra de G da abelha jandaíra (J) apresentou o menor conteúdo desses compostos (3,424 eq.mg rutina.mL -1 ), ainda que esta tivesse maior teor de fenóis totais (899 eq. µg ác. gálico.mL -1 ). As amostras de G de abelha uruçu AU3 e AU5 apresentaram os menores teores de fenóis totais (159 e 169 eq. µg ác gálico.mL -1 , respectivamente). Nenhum dos extratos afetou a atividade da enzima glicose-oxidase,e, na concentração testada, apenas a bactéria Bacillus cereus foi pouco afetada pelos extratos de G de abelha uruçu AU8 e AU4 em relação à penicilina (10 µg), assim como isolados de Klebsiella sp., Escherichia coli e Salmonella typhi também foram pouco inibidos pelos extratos de AU3, AU5, AU7 e de G de abelha mandaçaia (M), em comparação com norfloxacina (5 µg), estreptomicina (30 µg) e cefalexina (20 µg). No teste para redução de Fe +3 (FRAP) as amostras dos extratos M, J e PV tiveram capacidade antioxidante elevada (225 eq.µg ác.gálico.mL -1 cada), enquanto que no teste de DPPH o extrato de PV apresentou-se superior nesse aspecto (4eq. µg rutina.mL -1 ). Conclusão Apesar da baixa concentração dos extratos de geoprópolis preparados, os resultados demonstram que, e em alguns casos, como nas amostras de colméias de abelhas uruçu, jandaíra e mandaçaia, colhidas no agreste e sertão do Estado de Alagoas, a presença de compostos antioxidantes atestou sua ação terapêutica comparada à da própolis vermelha produzida por A. mellifera no litoral de Alagoas.

Palavras-chaves: Meliponicultura, Apicultura, antioxidante, flavonóides, fenóis totais

Resumo: 10.133

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE DO NEROLIDOL

Autores 1BRAGA, R. M.

1, FONSÊCA, D. V.

1, SALGADO, P. R. R.

1, PAULO, L. L.

1, CARVALHO, F. L.

2,

DE SOUSA, D. P. 1, SOARES, L. C. L.

1, ALMEIDA, R. N. D.

1 CCS - UFPB,

2 Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: CNPq e UFPB

Resumo Objetivos Avaliar a atividade anticonvulsivante do sesquiterpeno Nerolidol, utilizando o teste das convulsões induzidas pelo pentilenotetralol (PTZ). Metodos Camundongos Swiss machos (25-35g, n=8), sendo que todos os procedimentos experimentais foram previamente aprovados pelo comitê de ética e pesquisa animal (CEPA) com N°0904/09. Os camundongos foram divididos em cinco grupos, três deles tratados com Nerolidol nas doses de 250, 500 e 750 mg/kg por via oral, um grupo controle (veículo) e um grupo padrão (Diazepam 4 mg/kg). Após uma hora dos tratamentos, os animais receberam 60 mg/kg de PTZ, sendo observados os seguintes parâmetros: presença de crises convulsivas (mioclônicas e tônico-clônicas) e latência (que compreende o tempo entre a administração do PTZ e o início das convulsões). Os resultados foram analisados através do teste de “t” não pareado (GraphPad Prism 5.0). Resultados Não houve diferença significativa entre o tempo de latência dos animais tratados com Nerolidol nas doses de 250 (123,9 ± 11,8s), 500 (187,1 ± 37,4s) e 750 mg/kg (152,7 ± 24,7s) em relação ao controle (119,4 ± 6,4s).

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Conclusão O Nerolidol não apresentou atividade anticonvulsivante no teste realizado, visto que não alterou o tempo de latência e não protegeu os animais das convulsões.

Palavras-chaves: sistema nervoso central, anticonvulsivante, nerolidol

Resumo: 10.134

AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE LARVICIDA E OVICIDA DA LECTINA DO RIZOMA DE Microgramma vaccinifolia SOBRE Aedes aegypti

Autores

1ALBUQUERQUE, L. P.

1, SANTOS, P. F. V.

1, SANTOS, N. D. L.

1, PONTUAL, E. V.

1,

NAPOLEÃO, T. H. 2, NAVARRO, D. M. A. F.

1, COELHO, L. C. B. B.

1, PAIVA, P. M. G.

1

Departamento de Bioquímica - UFPE, 2 Departamento de Química Fundamental - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, CAPES/REUNI e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Esforços têm sido realizados visando encontrar alternativas a inseticidas sintéticos para controle de pragas e vetores. Inseticidas botânicos são promissores no combate ao mosquito vetor da dengue, Aedes aegypti, pois são biodegradáveis e apresentam baixo custo. Lectinas são proteínas que interagem com carboidratos, aglutinam eritrócitos e matam insetos. Rizomas de Microgramma vaccinifolia são fontes de lectina (Bioelectrochemistry 85; 56, 2012). Este trabalho avaliou as atividades larvicida e ovicida da lectina do rizoma de M. vaccinifolia (MvRL) sobre A. aegypti. Metodos Extrato (10%, p/v) bruto foi obtido após homogeneização da farinha de rizoma em NaCl 0,15 M durante 16 h a 4 ºC. Após filtração e centrifugação (3000 g, 15 min), as proteínas do extrato foram precipitadas com sulfato de amônio (60% de saturação) e o precipitado obtido (F0-60) foi dialisado e aplicado em coluna de quitina equilibrada com NaCl 0,15 M. MvRL foi eluída com ácido acético 1,0 M e, em seguida, dialisada contra água destilada e avaliada quanto à concentração de proteínas, atividade hemaglutinante (AH) e perfil em eletroforese em gel de poliacrilamida em presença de dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). Para a avaliação da atividade larvicida, grupo de 20-25 larvas no quarto estágio (L4) foram expostas a diferentes concentrações de MvRL (0,3–1,2 mg/mL). O volume final de cada ensaio foi de 20 mL. Água destilada foi utilizada como controle negativo e os ensaios foram realizados em triplicata para cada concentração. A atividade ovicida de MvRL (0,16–0,3 mg/mL) foi avaliada utilizando ovos de A. aegypti estocados a 27 ºC. Em cada ensaio, 50 ovos em recortes de papel de filtro foram imersos em solução contendo lectina em cada uma das concentrações avaliadas. Água destilada foi utilizada como controle negativo. O volume final de cada ensaio foi de 20 mL. Os ensaios foram realizados em triplicata e a contagem do número de larvas eclodidas foi realizada após 72 h. As concentrações necessárias para matar 50% das larvas (CL50) e para reduzir em 50% a eclosão dos ovos (CE50) foram determinadas através de análise de probitos utilizando o software Statplus 2006 (AnalystSoft, Canadá). Resultados A matriz de quitina foi eficiente no isolamento de MvRL com elevada AH específica (426) SDS-PAGE revelou única banda de 17 kDa. A lectina não promoveu mortalidade das larvas de A. aegypti nas concentrações avaliadas. MvRL inibiu a eclosão de ovos, sendo a CE50 de 0,18 mg/mL. A taxa de eclosão no controle negativo foi de 100%. A propriedade ligadora de quitina de MvRL pode estar envolvida na ação ovicida. Conclusão

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Os resultados demonstraram que MvRL apresenta potencial uso no controle da população de A. aegypti por reduzir a eclosão dos ovos, fase inicial do ciclo biológico do mosquito.

Palavras-chaves: Microgramma vaccinifolia, lectina, Aedes aegypti, Atividade ovicida, Atividade larvicida

Resumo: 10.135

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICOLINESTERÁSICA DOS TERPENOS α-PINENO, β-PINENO, 1,8-CINEOL, β-CARIOFILENO, D-LIMONENO, MIRCENO e PULEGONA COMO FERRAMENTAS POTENCIAIS PARA O TRATAMENTO DOS SINTOMAS COGNITIVOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

Autores 1BENETI, C.

1, ALVES, P. B.

1, MARÇAL, R. M.

1 Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, FINEP, FAPITEC

Resumo Objetivos A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa, caracterizada pela redução progressiva da memória associada à redução da neurotransmissão colinérgica central. O fármacos mais utilizados para o combate dos sintomas cognitivos da DA são os inibidores das enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BuChE), que aumentam a meia-vida da acetilcolina (ACh) intensificando a neurotransmissão colinérgica. Com o progredir da DA, a atividade da acetilcolinesterase pode diminuir em até 45%, enquanto a atividade da butirilcolinesterase (BuChE) pode ser elevada em até duas vezes (Behav Brain Res. 225:222, 2011). Por este motivo, inibidores da BuChE apresentam tempo de efetividade do tratamento maior que inibidores da AChE e o desenvolvimento de novos fármacos inibidores da BuChE para o tratamento da DA tem sido alvo de muitos estudos. Diante do potencial dos terpenos enquanto inibidores das colinesterases e, conseqüentemente, no tratamento da DA, o presente trabalho teve como objetivo realizar a avaliação sistemática e completa in vitro da atividade anticolinesterásica de terpenos enquanto inibidores da BuChE. Os terpenos selecionados foram α-pineno, β-pineno, 1,8 cineol, β-cariofileno, d limoneno, mirceno e pulegona. Metodos A atividade da BuChE foi mensurada pelo método de Ellman (Biochem. Pharmacol. 21:88,1961) com pequenas modificações para realização em micro-escala. Foram realizados dois experimentos independentes em triplicata, tendo se pipetado os terpenos (0,3 µM-10 mM), BuChE (0,03 UmL-1), reagente de Ellman (DTNB; 0,62 mM) e iodeto de

acetiltiocolina (ACTI; 0,13 mM). A reação foi iniciada pela adição do substrato (ACTI). Neostigmina (3 nM-30 M) foi utilizada como controle positivo. A absorbância foi mensurada a 405 nm nos tempos 0 e 60 minutos. Para a determinação da inibição máxima (Emáx) e potência (IC50, concentração que inibe 50% da atividade enzimática) foi realizada regressão não-linear, utilizando o programa GraphPad Prism® (versão 5.0). Resultados O controle positivo neostigmina inibiu a BuChE de forma concentração-dependente tendo apresentado potência de 36 nM [128 nM a 47 nM] e Emax de 98,9% ± 0,1 (R2=0,98). Os terpenos pulegona, D-limoneno e 1,8-cineol inibiram a BuChE de forma concentração-dependente tendo apresentado Emax de 98,2 ± 0,2%; 35,8 ± 0,7% e 20 ± 0,6%, respectivamente. A IC50 observadas foram de 62,8 [48,1-82,0] µM (R2 =0,98); 33,7 [11,2-101,0] mM (R2 = 0,89) e 5,4 [2,3-12,6] mM (R2 = 0,83) para pulegona, o D-limoneno e o 1,8-cineol, respectivamente. Os terpenos α-pineno, β-pineno, β-cariofileno e mirceno não inibiram a BuChE de forma concentração-dependente nas concentrações utilizadas. Conclusão Os terpenos pulegona, D-limoneno e 1,8-cineol inibiram a BuChE de forma concentração-dependente. Dentre os terpenos

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avaliados a pulegona apresentou maior atividade inibitória sobre a BuChE.

Palavras-chaves: anticolinesterásico, terpeno, butirilcolinesterase, pulegona, in vitro

Resumo: 10.136

EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Aniba rosaeodora DUCKE EM ANEIS DE AORTA DE RATO

Autores

2RODRIGUES, M. K. S.

2, NETO, F. D. C. V. D. S.

1, ARRUDA-BARBOSA, L

1, MAGALHÃES, P.

J. C. 2, CARDOSO, J. H. L.

1, LAHLOU, S.

1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC,

2

Instituto de Ciências Biomédicas - UECE

Apoio Financeiro: Funcap CAPES CNPq

Resumo Objetivos O objetivo desse estudo foi estudar o efeito do OEAR na contratilidade de aorta isolada de rato. Metodos Para isso ratos Wistar machos, (250-350g) de 3 a 4 meses de idade foram usados após o aprovação pela comissão de ética para uso de animais da Universidade Estadual do Ceará, sob o n° do processo: 06379067-0. Os animais foram sacrificados com câmara de CO2 e a aorta retirada e seccionada em anéis uniformes montados em câmaras de perfusão para órgão isolado contendo solução Krebs, a 37ºC, pH 7,4 e gaseificado com mistura carbogênica. Os anéis de aorta foram presos por uma haste a uma extremidade fixa e a um transdutor de força acoplado a um polígrafo computadorizado que registra qualquer alteração mecânica provocada pela adição de substâncias ao banho. Os tecidos foram estabilizados por 1 hora antes do início dos protocolos. OEAR foi obtido com rendimento de 1,5% apresentando como líquido de coloração em tom claro a amarelo-pálido, com aroma floral ou doce-amadeirado. Sua análise por GC-MS apresentou a seguinte composição: LIN (87.7%, mistura racêmica), a-terpineol (3.1%), geraniol (1.2), óxido de trans-LIN (0.8%), óxido de cis-LIN (0.7%) e sesquiterpenes minoritários (4.7%). Resultados OEAR (0.15-771.25 mg/ml) relaxou anéis de aorta pré-contraídos por 80 mM K+ ou com fenilefrina com valores de IC50 de 51.66 ± 2.76 e 95.08 ± 22.86 mg/ml, respectivamente. Todos esses efeitos foram reversíveis e inalterados pela remoção do endotélio vascular (IC50s = 59.91 ± 4.16 e 72.35 ± 10.35 mg/ml, respectivamente). Conclusão Assim, OEAR induziu efeito vasorrelaxante de forma independente do endotélio e preferencialmente inibitória sobre vias eletromecânicas, provavelmente por causa da presença de seu principal constituinte LIN.

Palavras-chaves: Óleo essencial, Aniba Rosaeodora, Músculo Liso Vascular, Aorta

Resumo: 10.137

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ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS DE USO COMERCIAL E FRAÇÃO ATIVA DE CASCA MYRACRODROUN URUNDEUVA CONTRA MICRORGANISMOS DE INTERESSE MÉDICO

Autores

1JANDU, J. J. B.

1, PEREIRA, A. D. P. C.

1, NASCIMENTO, L. C. D. S.

2, ARAUJO, J. M. D.

1,

CORREIA, M. T. D. S. 1, SILVA, M. V. D.

1 BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA - UFPE,

2

DEPARTAMENTO DE ANTIBIÓTICOS - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, Facepe

Resumo Objetivos O perfil sinérgico ou antagônico da fração acetato de etila associado a antibióticos de uso comercial, que apresentam sítios de ação diferentes, é o objetivo deste trabalho. Na tentativa de avaliar o caráter de uma possível nova substância com ação antimicrobiana, juntamente a fármacos de uso comercial, muitos destes já passíveis ao fenômeno de resistência. Metodos Testes anteriores mostraram a grande ação antimicrobiana da fração acetato de etila, desta maneira. O efeito sinergético da fração e antibióticos comerciais (Amplicilina, Canamicina,Ciprofloxacina, Cloranfenicol, Eritromicina, Gentamicina, Neomicina e Tetraciclina) foi testados contra Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, microrganismos da bacterioteca do Departamento de Antibióticos (DANTI-UFPE). Pelo método do em que as soluções de extrato (100 mg / mL) e antibióticos (1 mg / mL) foram misturados em proporção de 1:1, em um volume de 20 uL. Esta combinação foi diluída em série como a determinação de MIC(Mínima Concentração Inibitória). A Interação foi avaliada algebricamente por determinação da concentração inibitória fracionada (FIC), índices de acordo com as equações seguintes: FIC total = FIC fração + FIC Antibiótico e FIC = MIC da fração em combinação com o extrato/MIC da fração e extratos sozinhos. O FICtotal > 0,5 (sinergismo), maior do que 0,5, mas inferior a 2 representam efeito aditivo (suplemento), enquanto que os valores > 2 antagonismo. Resultados Contra Staphylococcus aureus, Amplicilina, Ciprofloxacina e Eritromicina tiveram ação altamente sinérgica, apresentando FICtotais de 0,07, 0,05 e 0,02 respectivamente. Bacillus subtilis os antibióticos que apresentaram ação sinérgica foram, Ciprofloxacina e Tetraciclina com respectivos FICtotais de 0,02 e 0,025. Em relação à Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae 3 antibióticos apresentaram ação sinérgica para ambos microrganismos: Eritromicina com FICtotal = (0,53 e 0,16), Gentamicina (0,25 para ambos) e Tetraciclina ( 0,13 também para ambos). Sendo que para Escherichia coli além dos 3 antibióticos a Ciprofloxacina apresentou um FICtotal de 0,5. Houve fármacos também que apresentaram ação aditiva ou antagonista, como a Canamicina e o Cloranfenicol que mostraram ser antagonistas com todos os microrganismos. Conclusão Portanto, pode-se comprovar que a fração acetato de etila juntamente com alguns antibióticos comerciais apresentam ação sinérgica contra microrganismos de interesse médico e em concentrações mínimas, desta forma, sendo uma potencial fonte de uma nova substância para uso em manipulações comerciais, mas para isso veem-se necessários futuros testes.

Palavras-chaves: MYRACRODROUN URUNDEUVA , ANTIBIÒTICO, MICRORGANISMO, SINERGISMO

Resumo: 10.138

EFEITO HIPOTENSOR E BRADICÁRDICO INDUZIDO PELO α-TERPINEOL EM RATOS ESPONTÂNEAMENTE HIPERTENSOS

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Autores

1PAULINO, E. T.

1, FERREIRA, A. K. B.

1, ALVES, J. C. D. C.

2, SABINO, C. K. B.

2, FILHO, E. S.

F. 2, OLIVEIRA, A. P. D.

1, RIBEIRO, Ê. A. N.

1 ESENFAR - UFAL,

2 núcleo de pesquisa em plantas

medicinais - UFPI

Apoio Financeiro: CNPq e FAPEAL

Resumo Objetivos O Alpha-terpineol, é um monoterpeno que pode ser isolado da Alpinia speciosa ou da Salvia Officinails. Este monoterpeno apresenta as seguintes atividades biológicas comprovadas: gastroprotetora, anticancerígena e efeito vasorelaxante. O 4-terpineol que é um análogo estrutural do alpha-terpineol apresenta atividade hipotensora. Com base nestas premissas, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade hipotensora do alpha-terpineol em ratos espontaneamente hipertensos. Metodos Ratos machos albinos (Spontaneously Hypertensive Rats) todos com 3 semanas, pesando entre 250-350g foram anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg, i.p.) e cateteres de polietileno foram inseridos no interior da aorta abdominal e veia cava inferior via artéria e veia femoral esquerdas, para medidas da pressão arterial e administração das drogas, respectivamente. Os resultados foram expressos em Média± E.P.M e considerados estatisticamente significantes quando ** p > 0,01 e *** p > 0,001 em teste “t” student. Todos os experimentos foram aprovados pelo comitê de ética em pesquisa animal(nº 0106/08) Resultados Nos ratos não anestesiados (n=7) o alpha-terpineol (1, 5 e 10 mg/kg i.v.), promoveu hipotensão (-20,3 ± 2,4; -52,8 ± 7,7 e -55,5± 5,8 mmHg, respectivamente) de maneira independente de dose e efeito bradicárdico a partir da dose de 5 mg/kg (4,5± 0,7; -278,8±12,1 e -211,0±30,0 bpm). Após o bloqueio com atropina 2 mg/kg i.v. (n=5) um antagonistas de receptores muscarínicos, a resposta hipotensora não foi alterada, entretanto houve mudança na frequência cardíaca (-12,44±2,0***; -40,59±12,5***, -61,27±16,7** bpm). Conclusão Os resultados sugerem que há o envolvimento de receptores muscarínicos no efeito bradicárdico induzido pelo alpha-terpineol em ratos espontaneamente hipertensos. Porém são necessários novos estudos para elucidar os mecanismos envolvidos na hipotensão.Apoio financeiro: CNPq e FAPEAL

Palavras-chaves: Alpha-terpineol, hipotensor, bradicardico, SHR

Resumo: 10.139

Vitex agnus castus REVERTE A ESTEATOSE HEPÁTICA EM MODELO ANIMAL DE DEFICIÊNCIA ESTROGÊNICA

Autores 1VITORIANO, A. S.

1, GARCIA, R. F.

1, BRITO, M. N.

2, ISHII-IWAMOTO, E. L.

1, SALGUEIRO,

C. L. 1 Ciências Fisiológicas - UEM,

2 Bioquímica - UEM

Apoio Financeiro: CAPES, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (FADEC) e por

Grants do CNPq

Resumo

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Objetivos A deficiência estrogênica vem acompanhada de profundas alterações no metabolismo lipídico e maior incidência de esteatose hepática (EH) e suas complicações. As terapias de reposição hormonal têm-se mostrado eficazes na prevenção/reversão da EH e outros distúrbios do metabolismo lipídico. Por seus efeitos sobre o sistema nervoso central, o Vitex agnus castus é uma planta que tem sido utilizada como forma alternativa de tratamento dos sintomas da menopausa. Pouco se sabe, no entanto, sobre seus efeitos sobre o metabolismo de lipídios. Este estudo teve o objetivo de avaliar os efeitos do Vitex agnus castus sobre o metabolismo hepático de lipídios, em um modelo animal de deficiência estrogênica associado à EH. Metodos Ratas Wistar ovariectomizadas (OVX) após um período de 11 semanas foram tratadas com doses diárias de extrato seco do fruto de Vitex (Agnoside®, 1.6 mg/kg), por um período de 15 dias. Findo este período, os animais foram anestesiados para a coleta do sangue e remoção do fígado. Todos os experimentos foram conduzidos em estrita observância às diretrizes do Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Estadual de Maringá (Protocolo 014/2011, parecer 56/2011 – CEAE). No fígado, foram avaliados os conteúdos de lipídios, a capacidade de β-oxidação de ácidos graxos (AG) por frações mitocondriais e peroxissomais isoladas, assim como o estado redox. No plasma, foram avaliados o perfil lipídico e a glicemia. Os resultados obtidos com ratas tratadas (OVX + VA) foram comparados com aqueles obtidos em animais não tratados (OVX e falso-operadas). Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média de 5 a 7 experimentos individuais. A significância estatística foi avaliada através do teste ANOVA. Resultados O tratamento de ratas OVX com Vitex preveniu a EH e também reduziu os níveis plasmáticos de triacilglicerol (TG) e VLDL-colesterol, os quais estavam aumentados em ratas OVX (31% e 14%, respectivamente). Estes efeitos benéficos do Vitex não puderam ser atribuídos a melhoras na capacidade do fígado de eliminar AG pelas vias oxidativas, uma vez que, a capacidade peroxisomal de β-oxidação, diminuída em ratas OVX (-40%), não foi aumentada pelo tratamento com Vitex. Também não foram observadas diferenças, entre os três grupos de animais, na capacidade mitocondrial de oxidar derivados acil-CoA graxos na presença de carnitina; ao contrário, a capacidade de oxidar palmitoil-L-carnitina, aumentada em mitocôndrias de fígado de ratas OVX, diminuiu com o tratamento com Vitex. Os conteúdos de glutationa reduzida (GSH) e a atividade da glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), reduzidos em fígados de ratas OVX (47% e 37%, respectivamente) retornaram a valores similares aos controles, em ratas OVX + VA. Conclusão O tratamento de ratas OVX com Vitex preveniu a EH, um fenômeno que poderia resultar de uma ação inibitória deste extrato sobre a síntese hepática de lipídios, conforme sugeridos pelas reduções nos níveis plasmáticos de VLDL-colesterol e TG. O Vitex restaurou a atividade da G6PD e o conteúdo hepático de GSH.

Palavras-chaves: Vitex agnus castus , estrogênio, fígado, esteatose, menopausa

Resumo: 10.140

ATIVIDADE ANTICOLINESTERÁSICA DO EXTRATO DO FUNGO ENDOFÍTICO Phomopsis sp ASSOCIADO À PLANTA Hancornia speciosa (mangabeira) E SEUS COMPOSTOS ISOLADOS

Autores 1SANTOS, R. D.

2, SANTOS, M. F. C.

1, MARÇAL, R. M.

2, SILVA, G. H.

1,1,1,1, MARÇAL, R. M.

1

PROBIOTEC - UFS, 2 QUÍMICA - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, FINEP, FAPITEC

Resumo

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Objetivos A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa, caracterizada pela redução progressiva da memória associada à redução da neurotransmissão colinérgica no córtex e no hipocampo. Fármacos que inibem a acetilcolinesterase (AChE) e a butirilcolinesterase (BuChE), aumentando a neurotransmissão colinérgica, têm sido utilizados para o combate dos sintomas cognitivos da DA. Com o progredir da DA, a expressão de AChE declina e a enzima BuChE passa a ser a maior responsável pela degradação da ACh. Por este motivo, tem-se buscado desenvolver novos fármacos inibidores da BuChE ou com ação dual para o tratamento da DA. Atividade anticolinesterásica tem sido descrita para compostos isolados de fungos endofíticos. Tendo estes fatos em vista, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a atividade anticolinesterásica para o extrato bruto metanólico do fungo endofítico Phomopsis sp. associado à mangabeira e para os compostos triptofol e nectriapirona, isolados desse fungo. Os estudos foram realizados sobre a atividade das enzimas AChE e BuChE. Metodos A atividade inibitória foi determinada pelo método Ellman (Biochem Pharmacol. 7:88, 1961) com pequenas modificações. Para os ensaios, foram pipetados em triplicata curvas concentração-resposta para o extrato bruto metanólico (1x10-7-1x10-2 mg/mL), triptofol ou nectriapirona (0,1 μM-10 mM); a enzima (BuChE ou AChE, 0,002 e 0,001 U/mL, respectivamente), o reagente de Ellman (DTNB; 2,98 mM), acetiltiocolina (substrato, 7,91 mM) A reação foi iniciada pela adição de ACTI. Neostigmina (1 nM-0,1 mM) foi utilizada como controle positivo. A absorbância foi lida a 405 nm nos tempos 0 e 60 min. Os dados foram analisados por regressão não-linear (GraphPad Prism®) tendo sido estimadas a inibição máxima (Emax) e a potência (IC50, concentração que inibe 50% da atividade enzimática). Resultados O extrato metanólico de Phomopsis sp. inibiu as enzimas AChE e BuChE de forma concentração-dependente, tendo apresentado potência de 0,36 [0,27 – 0,47] mM para a AChE (Emax = 89,8% ± 2,5) e de 0,33 [0,26 – 0,43] mM para a BuChE (Emax = 95,3% ± 4,5). A seletividade (IC50AchE⁄IC50BuChE) foi estimada em 1. Os compostos triptofol e nectriapirona inibiram a BuChE de forma concentração-dependente tendo apresentado potência de 0,034 mM [0,028 -0,041 mM] e de 0,29 mM [0,13 – 0,66 mM], respectivamente. Triptofol e nectriapirona não inibiram a AChE de forma concentração-dependente. O controle positivo neostigmina inibiu as enzimas AChE e BuChE de forma concentração-dependente (AChE: 258,70 [176,30– 379,40] nM; Emax = 84,87 ± 1,5; BuChE: IC50 = 62,54 [53,17 – 73,57] nM, Emax = 74,83 ± 1,8). Conclusão O extrato metanólico bruto do fungo endofítico Phomopsis s p < /i> associado à mangabeira apresentou atividade inibitória sobre as enzimas AChE e BuChE, não tendo apresentado seletividade. Triptofol e nectriapirona foram seletivos para BuChE.

Palavras-chaves: acetilcolinesterase, butirilcolinesterase, Alzheimer

Resumo: 10.141

CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA DE TINTURA E EXTRATOS DE PRÓPOLIS VERMELHA USANDO UV-VIS E FLUORESCÊNCIA

Autores 1ARRUDA, R. E. S.

1, OLIVEIRA, J. M. S.

1, SILVA, L. R.

1, SANTOS, J. I. Z.

1, NASCIMENTO, T.

G. D. 1, NASCIMENTO, T. G. D.

1, SILVA, L. R. S.

1, ALMEIDA, E. T. C.

1 ESENFAR - UFAL

Apoio Financeiro: CNPq / FAPEAL / BNB / PAPPE-FINEP / PIBIC-PIBIT/UFAL

Resumo

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Objetivos Caracterizar tinturas e extratos de própolis vermelha de Alagoas através da espectroscopia de UV-Vis e espectroscopia de fluorescência, com o intuito de utilizar estes métodos para ensaios qualitativos/quantitativos em formas farmacêuticas galênicas e formulações farmacêuticas. Metodos Preparou-se tintura a 5% de própolis vermelha a partir de extrato bruto de própolis vermelha. Diluições sucessivas foram realizadas nas concentrações previamente estabelecidas de: 5,0 µg/mL, 30,0 µg/mL, 40,0 µg/mL e 70,0 µg/mL. Para ensaios de espectrofotometria do UV-VIS, usou-se um espectrofotômetro da marca Shimadzu, modelo UV-mini 1240, cubeta de quartzo, na faixa de comprimento de onda entre 200-600nm e modo varredura com intuito de determinar comprimentos de onda máximos. Análise de fluorescência foi realizado num equipamento da Shimadzu, RF-5301PC, com excitação a 280nm e no modo varredura de emissão. Usou-se a tintura de própolis vermelha (100ng/mL) e 07 padrões analíticos (Sigma-Aldrich) de flavonóides, sendo eles: Biochanina A, Crisina, Formononetina, Catequina, Quercetina, Pinocembrina e Luteolina na concentração 100ng/mL. Resultados Os dados do espectro UV-VIS (modo varredura) mostrou que a tintura de própolis vermelha apresentou uma relação concentração dependente na faixa de 5 a 70µg/mL em 02 comprimentos de onda máximos (primeiro em 202–212nm e o segundo 279-281nm) que se refere a presença de flavonóides. O espectro de fluorescência da tintura de própolis vermelha apresentou comprimento de emissão em 307, 433, 503 e 586nm quando excitada a 250nm. Apresentou comprimentos de emissão em 309 e 560 nm quando excitada em 280 nm. Tintura de própolis apresentou um único comprimento de emissão (431nm) quando excitada a 320 nm. Os padrões analíticos apresentaram 02 comprimentos de emissão (310 e 560nm) quando excitados a 280 nm, com exceção da luteolina que apresentou terceiro comprimento de emissão a 486nm. Os padrões analíticos (flavonoides) apresentaram os mesmos comprimentos de emissão da tintura de própolis quando excitadas a 250nm. Comprimento de emissão em 433nm na tintura de própolis foram identificados devido a presença de flavonoides específicos da própolis vermelha. Conclusão O método UV-Vis demonstrou-se adequada para ensaios quantitativos em tintura de própolis. A técnica de fluorescência demonstrou ser útil para caracterização de tintura de própolis vermelha (amostras complexas) contendo diferentes classes de flavonóides.

Palavras-chaves: Espectroscopia de fluorescência, Espectroscopia de UV-Vis , Própolis vermelha

Resumo: 10.142

AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE TINTURA DE PRÓPOLIS VERMELHA DE ALAGOAS FRENTE À CEPA MULTIRRESISTENTE DE Acinetobacter baumannii

Autores

1OLIVEIRA, J. M. S.

1, BRITO, K. G. D. S.

1, VANDERLEI, M. A. C.

3, LIMA, M. C. D.

1, SILVA,

L. R. S. D. 1, ALMEIDA, E. T. D. C.

2, FARIAS, J. R.

1, NASCIMENTO, T. G. D.

1 Escola de

Enfermagem e Farmácia - UFAL, 2 Setor de Análises Clínicas - HUPAA-UFAL,

3 Controle de

Qualidade - LIFAL

Apoio Financeiro: CNPq / FAPEAL / BNB / PAPPE-FINEP / PIBIC-PIBIT/UFAL

Resumo

Page 50: Livro de Resumos - · PDF fileTotal de Trabalhos: 00078 VII Reunião Regional da FeSBE – Regional 2012 Resumo: 10.091 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATO E FRAÇÃO

Objetivos Realizar ensaio de Concentração Inibitória Mínima (CIM) de tintura de Própolis Vermelha de Alagoas (PVA) a 10% para a determinação da atividade antimicrobiana frente à cepa multirresistente de Acinetobacter Baumannii. Metodos O ensaio de CIM foi realizado com uma cepa de Acinetobacter baumannii que se mostrou resistente a 12 antibióticos (ampicilina, ampicilina/sulbactam, piperaciclina, cefalotina, cefoxitina, cefotaxima, ceftazidima, aztreonam, imipenem, meropenem, amicacina e ciprofloxacina), segundo o setor de análises clínicas do HU-UFAL. Preparou-se a tintura de Própolis a 10%, utilizando acetato de etila como solvente. Utilizou-se 5,4g do meio de cultura Agar Muller-Hinton, que foi suspendido em 140 mL de água destilada, o sistema foi mantido sob aquecimento até a homogeneização. A suspensão foi esterilizada em autoclave à 121ºC por 20 minutos. Utilizou-se concentrações de própolis vermelha (1,00mg/mL; 0,80mg/mL; 0,60mg/mL; 0,50mg/mL; 0,40mg/mL; 0,20mg/mL; 0,040mg/mL e 0,080mg/mL) em cada poço das placas de Petri com o meio de cultura: O ensaio branco foi feito com o solvente acetato de etila: etanol (1:1) inserido no meio de cultura. Resultados Durante período de análise da CIM (tempos 24 e 48 horas), a tintura de Própolis Vermelha de Alagoas apresentou crescimento microbiano nas concentrações de 0,04mg/mL e 0,08 mg/mL, porém nas concentrações acima de 0,20 mg/mL não foi observado crescimento microbiano, portanto a concentração inibitória mínima da tintura de própolis (0,20mg/mL) foi definida frente a cepa multirresistente de Acinetobacter baumannii. O solvente utilizado na tintura de própolis não interferiu no resultado, visto que, foi observado crescimento bacteriano no ensaio branco. Conclusão A tintura de própolis se mostrou eficaz na inibição do crescimento da cepa multirresistente de Acinetobacter baumannii. A tintura de própolis vermelha vem se mostrando eficaz com ação antimicrobiana e que apresenta grande potencial de uso em medicina alternativa.

Palavras-chaves: Acinetobacter baumannii, Atividade antimicrobiana, Cepa multirresistente, Própolis Vermelha de Alagoas, Teste de Concentração Inibitória Mínima

Resumo: 10.143

RELAÇÃO ENTRE A QUANTIFICAÇÃO DE FENÓIS TOTAIS E AVALIAÇÃO ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATO DE ENTRECASCA DE AROEIRA DO SERTÃO(MYRACRONDURON URUNDEUVA ALLEMÃO).

Autores

1SANTOS, A. L. L. M. D.

1, LIMA, J. D. P.

1, SANTOS, C. C. S.

1, ALMEIDA, E. C. V. D.

1,

MOREIRA, R. A. 1, MORAES, S. Z. D. C. D.

1, DIAS, A. S.

1, NETO, V. A.

1, ARAÚJO, B. S. D.

1,

ESTEVAM, C. D. S. 1 DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS

Apoio Financeiro: CAPES

Resumo Objetivos Mensurar os compostos fenólicos bem como avaliar o poder redox ativo de extrato bruto da entrecasca de Myracrondurom urundeuva

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Metodos O extrato foi obtdo pelo método de maceração exaustiva em etanol 90% por 2 a 5 dias. Foram utilizados os métodos de redução do radical livre DPPH(1,1 difenil, 2 picril hidrazila) (Souza et al 2007), da lipoperóxidação de uma matriz lipídica induzida pelo sulfato ferroso (Budni et al 2007) e (Silva et al 2007) e a quantificação de fenóis totais em mg/Eq Ácido gálico foi baseada no reação de Folin Ciocalteu (Souza et al 2007). Os dados foram obtidos em espectrofotmetro na faixa UV visível usando os comprimentos de onda de 515 nm, 532 nm e 750 nm respectivamente e foram analisados com teste t-student como diferença significativa p < 0,05. Resultados Para a redução do DPPH o extrato bruto apresentou um percentual de inibição (IP) de 93,28%, o ácido gálico apresentou inibição de 92,06%. Ao fim do processo lipoperoxidativo o extrato apresentou *3,04±0,26 nmol Eq MDA/mL enquanto o TROLOX que foi o controle positivo apresentou **0,13±0,01 nmol Eq MDA/mL. O índice de atividade antioxidante foi de 2,48 para o extrato e 28,57 do ácido gálico que são tidos como elevados. Foram encontrados *233,50±30,02 mg/EqAG e para o ácido gálico foram encontrados **917,39±63,19 mg/EqAG. Conclusão Os dados mostram que apesar do alto índice de fenóis encontrados no extrato não houve uma adequada proteção da matriz lipídica nos radicais livres vindos do sulfato ferroso, por outro lado o extrato se mostra bem reativo ao radical DPPH o que nos leva a crer que a atividade antioxidante não depende somente da composição química de uma matriz mas como também do tipo de radical ao qual ela é exposta.

Palavras-chaves: Redox proteção, Myracrondurom urundeuva, Compostos Fenólicos

Resumo: 10.144

EFEITO DO ÁCIDO BÁRBÁTICO DE Cladonia Salzmannii SOBRE O REPARO TECIDUAL DE LESÕES INDUZIDAS EM RATOS WISTAR.

Autores

2SILVA, M. L. D.

1, SILVA, M. M. D.

3, CAMPOS, T. A.

1, RODRIGUES, M. C. S.

1, JÚNIOR, F. C.

A. D. A. 2, SILVA, N. H. D.

1,3, SANTOS, N. P. D. S.

1 Laboratório de Biotecnologia e fármacos-

Centro Acadêmico de Vitória - UFPE, 2 Laboratório de Química de Produtos Naturais/Departamento

de Bioquímica - UFPE, 3 Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami - UFPE

Apoio Financeiro: FACEPE, CNPq.

Resumo Objetivos O ácido barbático (AB), depsídeo isolado de Cladonia salzmannii apresenta baixa hidrosolubilidade e diversas atividades biológicas: antibiótica, antifúngica e antiinflamatória. As ciclodextrinas são oligossacarídeos que formam complexos de inclusão, viabilizando o aumento da solubilidade. O objetivo foi preparar complexos de inclusão entre o ácido bárbatico e 2-hidroxipropil-γ-ciclodextrina (AB-HPγCD), incorporar em formulações gel natrosol e avaliar o processo de reparo tecidual em ratos. Metodos O estudo da solubilidade foi realizado utilizando diagrama de fases. As amostras foram analisadas por espectrofotometria UV (λ=275 nm). A constante de solubilidade foi determinada, K 1:1= Slope/[S0.(1-Slope)], onde S0 é a solubilidade da droga na ausência da ciclodextrina. Complexo de inclusão foi preparado pela técnica de liofilização. O AB em suspensão e

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complexos de inclusão (AB-HPγCD) foi incorporado em formulações gel.Foram utilizados 27 ratos Wistar, machos, com 90 dias, pesando 200 a 300g. Os protocolos experimentos foram aprovados pela Comissão de Ética em Experimentação Animal (CEEA) da UFPE, Processo n 23076.007284/2009-23. Realizou–se a análise macroscópica com auxílio de lupa e paquímetro para avaliar a evolução da lesão induzida anteriormente e análise histológica para estudo morfológico. O estudo foi analisado através de software estatístico (programa GMC). Os resultados foram analisados estatisticamente mediante análise de variância. Resultados O diagrama de solubilidade de fases apresentou relação linear entre as concentrações do AB e HPγCD, onde a constante foi de 419 M-1, sugerindo um coeficiente de encapsulação de 0,002 e uma razão molar de 1:453. Estes resultados indicam que o AB em presença de 100 mM de HPγCD aumenta 45 vezes sua hidrosolubilidade. O complexo de inclusão AB:HPγ-CD demonstrou rendimento de 98,03% e teor de 95,04%±0,021% do AB. As áreas das feridas cutâneas de ratos tratadas

apresentou-se menor em relação as não tratadas. A partir do 11⁰dia PO, o grupo tratado Gel:AB:HPγ-CD, apresentou redução significativa da área (15,3±0,21 cm3) quando comparado ao grupo tratado Gel:AB (32,25 ±1,9 cm3) e grupo controle (47,26 ±1,76 cm3) ( p < 0,05). Ao estudo microscópico, os animais tratados com Gel:AB apresentaram moderada crosta fibrino-leucocitária, tecido de granulação, intensa vascularização e presença de células inflamatórias a partir do 7º dia PO, além de uma evidente colagenização e repitelização a partir do 14º dia PO. Por outro lado quando os animais foram tratados com Gel: AB:HPγ-CD, visualiza-se uma marcante presença da crosta fibrino-leucocitária, tecido de granulação, discreta vascularização e reduzida presença de células inflamatórias a partir do 7º dia PO, culminando a uma rápida repitelização ao 14º dia PO. Conclusão O uso de ácido barbático complexado a hidroxipropil-γ-ciclodextrina e incorporado em formulações gel natrosol demonstrou um efeito benéfico no processo de cicatricial de feridas cutâneas abertas em ratos.

Palavras-chaves: ácido barbático, ciclodextrina, complexo de inclusão, reparo tecidual

Resumo: 10.145

MORFOLOGIA E MORFOMETRIA DO REPARO TECIDUAL DE FERIDAS INDUZIDAS EM RATOS TRATADOS COM FORMULAÇÕES TIPO GEL CONTENDO ÁCIDO BÁRBÁTICO DE Cladonia Salzmannii

Autores

1SILVA, M. L. D.

2, RODRIGUES, M. C. S.

3, CAMPOS, T. A.

2, SILVA, M. M. D.

2, JÚNIOR, F. C.

A. D. A. 1, SILVA, N. H. D.

2,3, SANTOS, N. P. D. S.

1 Laboratório de Química de Produtos Naturais,

Departamento Bioquímica - UFPE, 2 Laboratório de Biotecnologia e Fármacos,Centro Acadêmico de

Vitória - UFPE, 3 Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami - UFPE

Apoio Financeiro: FACEPE, CNPq

Resumo Objetivos O ácido barbático isolado de Cladonia Salzmannii (líquen), destaca-se devido inúmeras atividades biológicas: antifúgica, antibacteriana e antiinflamatória. O objetivo deste trabalho foi avaliar a morfologia e morfometria da reparação tecidual de feridas cutâneas em ratos tratados com formulações tipo gel contendo ácido barbático. Metodos Complexo de inclusão entre o ácido barbático(AB) e a hidroxipropil-γ-ciclodextrina (HPγCD) foi preparado pela técnica de

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liofilização. O AB em suspensão e complexos de inclusão (AB-HPγCD) foi incorporado em formulações tipo gel de natrosol. No estudo de reparo tecidual foram utilizados 27 ratos Wistar, machos, com 90 dias, pesando 200 a 300g. Os protocolos foi aprovado pela Comissão tica em Experimentação Animal/ UFPE, Processo n 23076.007284/2009-23. Os animais depois de anestesiados foram submetidos a procedimento cirúrgico (PO). Com auxílio de punch, foi retirado fragmento cutâneo (7 mm3) na região dorsal. O tratamento tópico foi realizado cinco vezes por semana. Em tempos pré-determinados os animais foram sacrificados. As áreas das lesões foram removidas, fixados, processadas histologicamente e coradas em Hematoxilina&Eosina e Picrosírius. Na análise morfológica e morfométrica foram considerados eventos de reação inflamatória, vascularização, tecido granulação e colagenização. O estudo foi analisado em software estatístico GMC. Resultados : Ao 3º dia PO foi visualizado perceptível aumento nas células inflamatórias e vascularização nos animais tratados com Gel:AB (76,2± 28,3 e 34,6±12,4, respectivamente), quando comparado ao grupo controle (70,9± 29,7 e19,9±3,9, respectivamente). No 14º dia PO nota-se uma redução das células polimorfononucleares (36,3±8,8) e marcante aumento do tecido de granulação, com predomínio significativo de fibroblasto (157,1±40,8), favorecendo, portanto a cicatrização no grupo tratado com Gel:AB (p=0,01), culminando no reparo tecidual ao 14º dia PO. Por outro lado, os animais tratados com a formulação gel: AB:HPγ-CD, observou-se relevante aumento na inflamação, avaliada pela relevante presença de células

polimorfonucleares do 3⁰ ao 7⁰ dia PO; 80,2±27,3 e 115,6±34,6, respectivamente. Em relação a vascularização, não foi evidenciada diferença significativa entre os animais tratados neste mesmo período ( p > 0,005). Analisando a proliferação de fibroblastos, visualizou-se diferença significativa, percebendo-se um aumento visível nos animais tratado com gel: AB:HPγ-CD (138,8±41,5) quando comparado aos animais tratados com Gel:AB (115,7±34,3)( p > 0,05). Concernente a reepitelização, não foi observada diferença significativa ao 14º dia PO em todos os grupos experimentais ( p < 0,005). Ao 7º dia PO, o processo de colagenização apresentou-se similar entre os grupos experimentais (p=0,001). Todavia, ao 14º dia tornou-se mais discreta nos animais tratado com gel: AB:HPγ-CD (27,8 ± 8,6) e mais intensa nos tratados com Gel:AB (79,9±12,6), quando comparado ao controle. Isto favorece, portanto a redução da formação quelóide durante o processo cicatricial. Conclusão O uso tópico da formulação tipo gel contendo ácido barbático associa-se ao aumento da proliferação fibroblástica, com uma evidente reepitelização e colagenização, sugerindo efeito benéfico no processo de cicatricial de feridas cutâneas abertas em ratos.

Palavras-chaves: Ácido barbático, Cicatrização, Análise morfométrica

Resumo: 10.146

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO ETANÓLICO IN VITRO DA PRÓPOLIS VERMELHA DO NORDESTE BRASILEIRO

Autores

1SILVA, E. G. R. D.

1, JUNIOR, M. A. A. D. S.

1, SILVA, E. C. E.

1, FONSECA, I. M. D. S.

1,

SANTOS, R. K. D. O. 1, FILHO, E. A. D. S.

1, SILVA, S. D. A.

1, OLIVEIRA, L. I.

2, FEITOSA, E.

M. S. 1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - UFAL,

2 UNIVERSIDADE

FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFPE

Apoio Financeiro: FUNDEPES E CNPQ

Resumo Objetivos Avaliar a concentração inibitória mínima in vitro do extrato etanólico da própolis vermelha (EEP) frente a fungos patogênicos isolados do ar de ambientes climatizados de acordo com as normas do CLSI (Clinical and Laboratory

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Standards Institute) bem como concentração fungistática mínima. Metodos Para realização dos testes foram utilizados fungos isolados em ambientes artificialmente climatizados, obtidos através de coletas realizadas pelo Laboratório de Ambientes Climatizados – LAC do Setor de Genética e Microbiologia aplicada – BIOGEN da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. O extrato foi obtido da Pharma Néctar, Belo Horizonte, Brasil. As espécies utilizadas foram Aspergillus ustus, A. granulosus, A. niger, Cladosporium cladosporioides, Penicillium citrinum, Penicillium expansum e Penicillium spinulosum, cultivados a 35°C em meio Ágar Sabouraud Dextrose acrescido 50mg.mL-1 de cloranfenicol para obtenção dos conídios. Foram realizadas suspensões dos conídios em solução salina 0,85% estéril com 0,1% de Tween 20 e as concentrações ajustadas por espectrofotômetro em comprimento de onda de 530nm para uma densidade óptica (DO) que varia de 0,09 a 0,11, em, correspondente a aproximadamente 0,4 x 104 a 5 x 104 UFC.mL-1. O preparo da solução do extrato vegetal foi adaptado da normatização do CLSI M 38-A. O procedimento para avaliação da atividade antifúngica do extrato vegetal foi realizado em microplacas de 96 poços com fundo em U cultivando as espécies em meio RPMI-1640 com glutamina e vermelho de fenol como indicador de pH, tamponados com MOPS (ácido 3-[N-morfolino] propanosufônico) em concentração final de 0,165 mol.ml-1 pH 7,0, juntamente com os produtos nas concentração desejadas. As concentrações do extrato etanólico da própolis vermelha testadas variam de 64 a 0,0313 µg.mL-1, das quais foram realizadas as análises da concentração inibitória mínima e concentração fungistática mínima e comparadas com antifúngicos da prática clínica (Anfotericina B, Cetoconazol, Itraconazol e Fluconazol). Resultados Os resultados referentes à Concentração Inibitória Mínima e Concentração Fungicida Mínima do EEP mostrou atividades em concentrações que variaram de Conclusão Os resultados da presente pesquisa mostraram que o EEP possui atividade antifúngica frente às espécies patogênicas de fungos filamentosos isolados de ambientes climatizados. Ensaios posteriores serão realizado para determinar as frações do extrato que apresentam atividade antimicrobiana.

Palavras-chaves: Extrato, Fungos filamentosos, Teste de sensibilidade, Própolis Vermelha

Resumo: 10.147

RESPOSTA IN VITRO DE FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DE AMBIENTES CLIMATIZADOS FRENTE A ANTIFÚNGICOS USADOS NA CLÍNICA MÉDICA

Autores

1JUNIOR, M. A. A. D. S.

1, SILVA, É. G. R. D.

1, SILVA, E. C. E.

1, FONSECA, I. M. D. S.

1,

SANTOS, R. K. D. O. 1, FILHO, E. A. D. S.

1, SILVA, S. D. A.

1, OLIVEIRA, L. I.

1 INSTITUTO DE

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - UFAL

Apoio Financeiro: FUNDEPES E CNPQ

Resumo Objetivos Determinar a resposta in vitro de fungos filamentosos isolados de ambientes climatizados frente a antifúngicos comerciais. Metodos Para realização dos testes foram utilizados fungos isolados de ambientes artificialmente climatizados, obtidos através de coletas realizadas pelo Laboratório de Ambientes Climatizados – LAC do Setor de Genética e Microbiologia aplicada –

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BIOGEN da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Os antifúngicos foram obtidos de farmácias de manipulação da cidade de Maceió-AL. As espécies utilizadas foram Aspergillus ustus , A. granulosus, A. niger, Cladosporium cladosporioides, Penicillium citrinum, Penicillium expansum e tPenicillium spinulosum, cultivados a 35°C em meio Ágar Sabouraud Dextrose acrescido 50mg.mL-1 de cloranfenicol para obtenção dos conídios. Foram realizadas suspensões dos conídios em solução salina 0,85% estéril com 0,1% de Tween 20 e as concentrações ajustadas por espectrofotômetro em comprimento de onda de 530nm para uma densidade óptica (DO) que varia de 0,09 a 0,11, correspondente a aproximadamente 0,4 x 104 a 5 x 104 UFC.mL-1. Para o procedimento da atividade antifúngica foi utilizado em microplacas de 96 poços em U cultivando as espécies em meio RPMI-1640 com glutamina e vermelho de fenol como indicador de pH, tamponados com MOPS (ácido 3-[N-morfolino] propanosufônico) em concentração final de 0,165 mol.ml-1 pH 7,0, juntamente com os produtos para a concentração desejadas. As concentrações dos antifúngicos testados (Anfotericina, Cetoconazol, Itraconazol e Fluconazol) variam de 64 a 0,0313 µg.mL-1, das quais foram realizadas as análises da concentração inibitória mínima e concentração fungistática mínima. Resultados Tendo como base algumas informações do CLSI M 38-A podemos classificar como resistentes todas as espécies estudadas frente à Anfotericina B, Os fungos filamentosos não são normalmente suscetíveis a fluconazol e a maioria das CIMs são > 64µg/mL, sendo assim os resultados obtidos demonstram que as espécies estudadas apresentam alta sensibilidade, com exceção do Aspergillus spinulossum. O cetoconazol, apresentou a menor concentração inibitória mínima e concentração fungicida mínima, variando de 1-16 µg.mL-1 para ambas. Dentre as espécies estudadas, apenas o Aspergillus granulosus apresentou baixo valor de CIM ao antifúngico Itraconazol, as demais espécies apresentaram valores altos de CIM para o Itraconazol (>8µg/mL) e podem estar associados com resistência clínica a esse agente. Conclusão Conclui-se que as espécies estudadas em sua maioria foram sensíveis aos antifúngicos Fluconazol e Cetoconazol e resistentes a Anfotericina B e Itraconazol dentro das concentrações preconizadas pelo CLSI.

Palavras-chaves: Antifungico, Fungos filamentosos, Teste de sensibilidade

Resumo: 10.148

ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DA LECTINA DE TESTA DE ROMÃ ( Punica granatum )

Autores 1SILVA, P. M. D.

1, GOMES, F. S.

1, COELHO, L. C. B. B.

1, PAIVA, P. M. G.

1 Departamento de

Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE E FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Lectinas são proteínas que ligam carboidratos, sendo capazes de precipitar glicoconjugados e aglutinar células. Lectinas têm sido isoladas de sementes, folhas, flores, cascas, rizomas e raízes. A detecção de lectinas em extratos de tecidos vegetais é realizada através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH). Os frutos de Punica granatum (romã) são utilizados pela população como alimento e como antibiótico. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar a lectina de testa de romã (PgTeL). Metodos Proteínas de testa de romã (90 mL) foram extraídas com NaCl 0,15 M (10 mL) e após filtração e centrifugação (9.000 g, 15 min, 4 ºC) o sobrenadante (extrato) foi coletado. O extrato (1 mL, 57 mg de proteínas) foi cromatografado em coluna de

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quitina (7,5 x 1,5 cm) e a AH, eluída com ácido acético 1 M (15 mL), foi reunida e denominada PgTeL. A concentração protéica foi determinada usando albumina bovina sérica (0,031-0,5 mg/mL) como padrão. O ensaio de AH foi realizado em diferentes valores de pH (5,0 a 12,0), temperatura (30 a 100 °C) e em presença de íons Ca2+ e Mg2+. Ensaio de inibição da AH utilizou albumina e soro fetal bovino (0,5 mg/mL). PgTeL foi também avaliada através de eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE 10 % p/v) para proteínas nativas básicas. Resultados PgTeL isolada por cromatografia em quitina mostrou AH específica (2.133) maior que o extrato (36). A maior AH específica (6.321) foi detectada em pH 5,0 e em presença de íons Ca2+ (10 mM) e Mg2+ (20 mM). Aquecimento não afetou a atividade. A AH da lectina foi abolida pelas glicoproteínas avaliadas. PAGE revelou a presença de única banda polipeptídica. Conclusão O procedimento de purificação de PgTeL resultou em 324 mg a partir de 90 mL de testa de P. granatum . PgTeL é uma proteína básica e estável a elevadas temperaturas. Glicoproteínas e íons interferem na AH da lectina.

Palavras-chaves: Lectina, Romã, Punica granatum , Testa

Resumo: 10.149

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO EXTRATO DE FLORES DE Moringa oleifera SOBRE NÁUPLIOS DE Artemia salina E EMBRIÕES DE Biomphalaria glabrata

Autores

1PONTUAL, E. V.

1, ROCHA-FILHO, C. A. A.

1, ALBUQUERQUE, L. P.

2, SILVA, L. R. S.

1,

COELHO, L. C. B. B. 2, MELO, A. M. M. A.

1, NAPOLEÃO, T. H.

1, PAIVA, P. M. G.

1

Departamento de Bioquímica - UFPE, 2 Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Flores de Moringa oleifera (Moringaceae) são consumidas cruas ou após cozimento brando. Extrato aquoso de flores de M. oleifera (EF) tem atividade larvicida contra Aedes aegypti, a qual está relacionada com a presença de inibidor de tripsina (Arch. Insect Biochem. Physiol., 79:135-152, 2012). Uma importante etapa na busca por agentes larvicidas é o estudo dos efeitos sobre organismos não-alvo em ambientes aquáticos. Nesse sentido, o microcrustáceo Artemia salina e o caramujo Biomphalaria glabrata têm sido utilizados na avaliação da toxicidade de extratos e compostos vegetais. Este trabalho avaliou os efeitos de EF na sobrevivência de náuplios de A. salina e no desenvolvimento, eclosão e sobrevivência de embriões de B. glabrata. Metodos Flores de M. oleifera (50 g) foram homogeneizadas com água destilada (100 mL) em multiprocessador. Após filtração e centrifugação (9.000g, 15 min, 4 ºC), o sobrenadante (EF) foi coletado e avaliado quanto à atividade inibidora sobre tripsina bovina utilizando N-benzoil-DL-arginina-p-nitroanilida (BApNA) como substrato. Ovos de A. salina (25 mg) foram eclodidos em água do mar sob iluminação artificial a 30 °C. Após 24 h, 15 náuplios foram coletados e transferidos para tubos de ensaio contendo EF (5 mL) em concentrações de 0,1 a 0,85 mg/mL. A concentração necessária para matar 50% dos náuplios (LC50) em 24 h foi determinada através de análise de probitos utilizando o software Statplus 2006 (AnalystSoft, Canadá). Para obtenção dos ovos de B. glabrata, tiras de plástico transparente foram colocadas em aquários contendo moluscos adultos para servir como substrato para a oviposição. Em seguida, os ovos de B. glabrata recém ovipositados (estágio de blástula) foram expostos a EF (0,01-0,1 mg/mL) por 24 h e examinados após 7 dias utilizando

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estereomicroscópio. A presença de anormalidades morfológicas, o estágio de desenvolvimento (gástrula, trocófora jovem, trocófora, véliger jovem, véliger e hipo-stage) e a taxa de sobrevivência dos embriões foram avaliados. Os ensaios foram realizados em triplicata, cada um contendo 100 ovos. Água destilada foi utilizada como controle negativo. Resultados EF inibiu tripsina bovina (98%) e apresentou baixa toxicidade sobre A. salina (LC50: 0,2 mg/mL), desde que compostos com LC50 entre 0,1 e 1 mg/mL são considerados ligeiramente tóxicos (Planta Medica, 45:31,1982). A sobrevivência e o número de ovos eclodidos de B. glabrata não foram significativamente afetados por EF nas concentrações utilizadas. EF promoveu pequeno atraso no desenvolvimento dos embriões apenas na concentração de 0,1 mg/mL, uma vez que 17% dos embriões não-eclodidos estavam no estágio de véliger, enquanto no controle todos já haviam alcançado a fase hipo-stage. Conclusão Os resultados demonstram que EF apresenta baixa toxicidade sobre os organismos aquáticos A. salina e B. glabrata.

Palavras-chaves: Moringa oleifera, flores, Artemia salina , Biomphalaria glabrata, toxicidade

Resumo: 10.150

Atividade Antidiabetogênica do Extrato Etanólico de Morus nigra L em ratos

Autores

2BARROS, R. de A.

2, CARVALHO, D. C. R.

3, ALMEIDA, J. R. G. S.

2, SILVA, F. M. F. M.

4,

LIRA, E. C. 4, LIRA, E. C.

2 Laboratório de Fisiologia Animal - UNIVASF,

3 Núcleo de Estudos e

Pesquisas de Plantas Medicinais - UNIVASF, 4 Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFPE -

UFPE

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos O Diabete mellitus (DM) é uma desordem metabólica de alta prevalência. Dadas as limitações terapêuticas dos hipoglicemiantes, tem-se buscado novos fármacos a partir do uso popular de plantas. Desta forma, este trabalho investigou a atividade antidiabetogênica do extrato etanólico bruto (EEB) de Morus nigra L. Metodos Folhas de M. nigra foram secas, maceradas e imersas em solução de etanol (90%) a temperatura ambiente. Depois de filtrada e concentrada em evaporador rotativo a 50°C, obteve-se o extrato etanólico bruto (EEB). Para indução do Diabete mellitus (DM) ratos Wistar machos (± 200g), após jejum de 12h, foram anestesiados com xilasina e cetamina (0,1mL/100ml) e receberam aloxana (40mg/kg i.v.) pela veia jugular. Após 2 dias, a glicemia pós-prandial foi aferida após punção caudal e os animais com glicemia pós-prandial acima de 250mg/dL foram considerados diabéticos. Os animais foram divididos em grupo controle (C, n=7), controle tratado (CT, n=7), diabético (D, n=7) e diabético tratado (DT, n=7). Os grupos tratados receberam diariamente o EEB de M. nigra (400mg/kg) por gavagem, enquanto o grupo não tratado salina isotônica. A glicemia foi determinada no 1º, 10º e 16º dia de tratamento com glicosímetro digital Accu-Chek® Perfoma. Os animais foram mantidos em gaiola metabólica para avaliação da massa corporal, volume urinário, ingestão hídrica e calórica ao longo do tratamento. No 16º dia, os animais foram sacrificados para a extração e pesagem de tecido adiposo epididimal (TAE) e retroperitoneal (TAR) e dos músculos gastrocnêmio, tibial anterior (TA), extensor longo dos dedos (EDL) e sóleo. Os métodos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UNIVASF (Protocolo 0032/270611).

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Resultados A aloxana aumentou a glicemia pós-prandial (365%), volume urinário (12X), ingestão de ração (40%) e hídrica (406%), assim como reduziu o ganho ponderal (82%), a massa do TAR (70%), TAE (42%) e peso dos músculos gastrocnêmio (36%), sóleo (30%), TA (20%) e EDL (43%), caracterizando o DM experimental. O tratamento com EEB de M. nigra L. reduziu a glicemia em 65% no 10º e 16º dia, a perda ponderal (80%), normalizou a ingestão alimentar, reduziu a ingestão hídrica (75%) e o volume urinário (80%) em animais diabéticos. O tratamento com EEB de M. nigra L também atenuou a perda de massa do gastrocnêmio (33%), TA (30%) e EDL (47%) em ratos diabéticos, assim como preservou a massa do TAR (47%) e TAE (130%). No grupo controle, o EEB de M. nigra L. reduziu discretamente a ingestão alimentar (25%) e hídrica (15%). Conclusão Os dados demonstram o efeito antidiabetogênico do EBB de M. nigra L., reduzindo não apenas os níveis glicêmicos, mas preservando massa muscular e adiposo, atenuando, desta forma, os principais sintomas do DM como polifagia, polidpsia e poliúria. Estes dados indicam o EEB de M. nigra pode representar uma nova alternativa terapêutica no combate ao DM.

Palavras-chaves: Morus nigra, Diabete Mellitus, Fitoterapia

Resumo: 10.151

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E HEMOLITÍCA DO EXTRATO HIDROALCOOLICO DE Commiphora leptophloeos

Autores

1PEREIRA, A. P. C.

1, PEREIRA, A. P. C.

1, ARAUJO, D. R. C.

1, SILVA, P. M

1, JANDU, J. J. B.

1,

FIGUEIRÔA, E. O. 1, SILVA, M. V.

1, CORREIA, M. T. S.

1 Bioquímica - UFPE,

2 Bioquímica -

UFPE

Apoio Financeiro: FACEPE, CNPQ, CAPES

Resumo Objetivos Commiphora leptophloeos, é usada popularmente no tratamento de resfriados, tumores, dores de estômago, cicatrizes e anti-inflamatória. Os componentes sintetizados por essa planta apresenta interesse medicinal, buscamos avaliar sua ação antioxidante, principalmente pelo acometimento de pessoas por doenças degenerativas, cardiovasculares e desenvolvimento de tumores associados a radicais livres.Analisamos a atividade Hemolítica desse extrato, na tentativa de mensurar se essas novas fontes bioativas são passiveis de efeito nocivo á saúde, e subsidiar um possível desenvolvimento de novos fármacos.O objetivo desse trabalho foi avaliar a ação antioxidante, hemolítica e dosagem de Fenóis do extrato hidroalcoolico de Commiphora leptophloeos Metodos O material vegetal foi coletado no PARNA do Catimbau -PE, processadas e catalogados no Instituto de Pesquisa. E submetido a extração hidroalcoólica. Para análise da ação antioxidante foram feito os testes de: DPPH, Fosfomolibdênio e peróxido de Hidrogênio, analisando a captação e neutralização de radicais livre.Na atividade Hemolítica, foi visto o HC50, onde se viu a concentração necessária para 50% das hemácias serem lisadas, analisando o efeito citotóxico.Por fim, foi realizada a dosagem do conteúdo de fenóis totais Resultados No ensaio de fosfomolibdênio o extrato apresentou uma atividade de 42.37 ± 3.19 % em relação ao ácido ascórbico. O extrato inibiu as espécies reativas testas com IC50 de 24,98 ± 0,2 μg/mL para H2O2, 180,75±0,85μg/mL para o DPPH

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IC50. Na atividade hemolítica a HC50 foi de 287,49 ± 3,0 μg/mL. A dosagem fenólica foi de 20,3 ± 0,78 mg EAG por g de casca seca. Conclusão Os resultados confirmam que cascas de C. leptophloeos são fontes de substâncias antioxidantes com baixa atividade hemolítica. O isolamento e identificação dessas moléculas, e a compreensão da ação na captação de radicais livres são de suma importância para o desenvolvimento de novas drogas, e possível utilização na prevenção de muitas doenças.

Palavras-chaves: Hemólise, Radicais livres, Extrato

Resumo: 10.152

PADRONIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS PARA REALIZAR O DOSEAMENTO DE TANINOS TOTAIS EM EXTRATO OBTIDO DAS CASCAS DE Anadenanthera colubrina (Vell.) Benth.

Autores

1GALVÃO, M. A. M.

2, FERREIRA, M. R. A.

1, RANDAU, K. P.

1, SOARES, L. A. L.

1

Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPE, 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências

Farmacêuticas - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq (470179/2009-0; 312537/2009-3; 557224/2010-1; 501834/2010-9).

Resumo Objetivos A espécie vegetal Anadenanthera colubrina (Vell.) Benth. (Mimosaceae), conhecida como angico, possui uma casca rica em taninos, é bastante utilizada como forrageira, em curtumes e na medicina popular, devido às propriedades biológicas atribuídas a presença desses componentes. Muitas propriedades atribuídas aos taninos, como adstringência, fungitoxicidade e inibição enzimática, estão relacionadas com sua capacidade de precipitar proteínas. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo realizar o doseamento de taninos totais em extrato obtido das cascas de A. colubrina. Metodos O material vegetal foi coletado em Cabaceiras (PB) e a exsicata foi depositada sob o número 83113 (UFPE). A solução mãe foi preparada sob refluxo (30 minutos), utilizando 0,75 g da droga seca e água destilada como solvente. A fim de avaliar a influência do reagente Folin-Ciocalteau, concentração de carbonato de sódio e tempo de reação sobre a resposta do método foi realizado um desenho experimental 32, adicionado de 3 pontos centrais, sendo cada ponto realizado em triplicata e a análise estatística foi realizada por Gráfico de paretos e ANOVA. Em seguida, foram avaliados o tipo e quantidade de agente precipitante sobre o teor de taninos totais, sendo os resultados expressos com média e desvio padrão. E por fim, foram determinados os polifenóis totais (PFT) e a fração não tanante (FNT), utilizando os parâmetros estabelecidos anteriormente, sendo o teor de taninos totais calculado pela diferença entre os valores obtidos para PFT e FNT. Resultados Os resultados demonstraram pouca interferência das variáveis sobre os máximos observados para a resposta do método (absorbância). Considerando os termos significativos, apenas o volume de Folin e concentração de carbonato foram significativos, não foi observada influência importante para o tempo de reação e não houve interação entre os fatores. Logo, as condições reacionais foram ajustadas em 15 minutos, 2 mL do reagente de Folin-Ciocalteau e solução de carbonado de sódio em 10,75%. Em relação à avaliação do tipo e quantidade de agente precipitante utilizado, foi observado um perfil similar de formação de complexos entre os taninos e o agente precipitante. Para dar continuidade ao

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estudo de avaliação do procedimento foram adotados 300 mg de caseína e 150 mg do PVP. O teor de taninos totais calculado foi de 15,94% ± 0,05, para a amostra testada com caseína, e 16,73% ± 0,032, para aquela avaliada com PVP. Conclusão Como pode ser observado neste estudo, a concentração dos reagentes (Folin e Carbonato) exerceu uma influência importante na resposta (absorbância) do método. Da mesma forma, a escolha do tipo e da concentração de agente precipitante merece destaque, apresentando perfis similares na formação do complexo tanino-proteína. Por fim, os dados permitem afirmar que, uma vez padronizados os parâmetros operacionais, os procedimentos executados foram capazes permitir a quantificação de taninos totais na espécie estudada.

Palavras-chaves: Anadenanthera colubrina, Caseína, Doseamento, PVP, Taninos

Resumo: 10.153

USO DA ESPIROMETRIA NA AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA PERSISTENTE MODERADA OU GRAVE, EM PACIENTES QUE FAZEM USO DO INALADOR PRESSURIZADO (BECLOMETASONA/FORMOTEROL 100/6µg), ASSOCIADO OU NÃO A ESPAÇADOR VALVULADO.

Autores

1AMORIM, R. C. B.

1, BRITO, A. X. S.

1, SOUZA, P. H. N.

2, RIZZO, J. Â.

1,2,3, GONÇALVES, T.

M. 1 Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPE,

2 HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE,

3

Colegiado de Ciências Farmacêuticas - UNIVASF

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos A asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todas as idades, acometendo cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. Nos casos de asma persistente, a terapêutica indicada é a associação de corticosteróides inalatórios e B2-agonistas de ação prolongada (Ci/LABA). O uso de aerocâmeras (espaçadores) acoplados ao dispositivo de inalação aumenta a taxa de deposição pulmonar e a eficiência do tratamento. A espirometria é um teste que auxilia na prevenção, permite o diagnóstico e a qualificação de distúrbios ventilatórios. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada, é a medida de função pulmonar mais útil clinicamente para avaliar o nível de controle da asma. Sendo assim, o objetivo direto do seguinte estudo foi identificar e avaliar o grau de controle da asma em pacientes com asma persistente moderada ou grave, submetidos ao tratamento com Beclometasona/ Formoterol 100/6µg (BM/FT), inalador pressurizado, com e sem o auxílio do espaçador. Metodos Estudo clínico, randomizado e paralelo com dois grupos de tratamento: Grupo 1 – tratado com a associação BM/FT + espaçador e o Grupo 2 – tratado apenas com a associação BM/FT. Trinta e dois pacientes asmáticos, entre 18 e 65 anos, em tratamento com Ci/LABA e sem controle satisfatório da asma, assinaram o TCLE e foram acompanhados durante 10 semanas consecutivas através de 4 visitas ao ambulatório de Pneumologia do Hospital das Clínicas – UFPE e Hospital de Urgências e Traumas - UNIVASF. As 2 semanas iniciais representam o período de run-in, onde o paciente continuou fazendo uso de sua medicação corriqueira, após serem randomizados os paciente foram acompanhados por 8 semanas de tratamento e tiveram sua medicação usual substituída pela associação de BM/FT, em inalador pressurizado, administrado a partir da visita 2. Em todas as visitas o paciente foi submetido ao exame de espirometria para avaliação do nível de controle da asma. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética do CCS/UFPE. Registro CEP/CCS/UFPE N° 034/11. Resultados

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Até o presente momento, 20 pacientes concluíram o estudo, sendo 9 do grupo 1 e 11 do grupo 2. Os valores de VEF1 foram tratados estatisticamente de acordo com grupo e visita. A média de VEF1 em cada visita foi: Grupo 1 – Visita1 = 1,47L; visita 2 = 1,52L; visita 3 = 1,57L; visita 4 = 1,66L. Grupo 2 – Visita 1 = 1,24L; visita 2 = 1,31L; visita 3 = 1,41L; visita 4 = 1,50L. Conclusão A análise dos dados indica que o VEF1 médio aumentou de forma consistente e significante com o tempo, nos dois grupos, mostrando que os pacientes que utilizaram a associação BM/FT apresentaram uma melhora em sua capacidade pulmonar e consequentemente no nível de controle da asma. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos o que poderá se evidenciado com a inclusão de um maior número de paciente.

Palavras-chaves: Asma, Beclometasona, Espirometria, Formoterol

Resumo: 10.154

ATIVIDADE ANTIBACTERIANA EM PREPARAÇÕES LECTÍNICAS DE TORTA DE SEMENTES DE Moringa oleifera

Autores

1,2ARAUJO, I. M. S.

1, SILVA, L. L. S.

1, NAPOLEÃO, T. H.

1, GOMES, F. S.

1, OLIVEIRA, A. P. S.

3, SILVA, G. F.

1, COELHO, L. C. B. B.

1, PAIVA, P. M. G.

1 Departamento de Bioquímica - UFPE,

2

Embrapa Agroindústria Tropical - EMBRAPA, 3 Departamento de Engenharia Química - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FACEPE e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Sementes de Moringa oleifera são potenciais fontes de biodiesel e contêm lectinas, proteínas hemaglutinantes que apresentam atividade antibacteriana. A torta de sementes gerada após a extração do óleo vem sendo investigada quanto à presença de moléculas bioativas visando agregar valor a este co-produto. O presente trabalho avaliou preparações de tortas de sementes de M. oleifera quanto à atividade hemaglutinante (AH) e antibacteriana contra Bacillus subtilis, Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Salmonella enteritidis e Staphylococcus aureus. Metodos Farinha de tortas obtidas após extração do óleo por prensagem mecânica (M) ou solvente orgânico (S) foi utilizada para preparação de extratos (10%, p/v) em água destilada (EAM e EAS) ou NaCl 0,15 M (ESM e ESS). A presença de lectina foi avaliada através de ensaio de AH utilizando eritrócitos de coelho. Os extratos foram tratados com sulfato de amônio (60% p/v) e as frações (F) de proteínas precipitadas (FAM, FAS, FSM e FSS) foram coletadas. Ensaio para atividade antibacteriana utilizou bactérias (150000000 unidades formadoras de colônia (UFC)/mL) cultivadas em Caldo Nutriente. O crescimento bacteriano foi determinado após 16 h a 37 ºC através de densidade ótica (DO) a 490 nm. A concentração mínima inibitória (CMI) correspondeu à menor concentração da amostra que promoveu redução maior ou igual a 50% na DO em relação ao controle. Para determinar a concentração mínima bactericida (CMB), alíquotas foram repicadas em placas de Petri contendo Agar Nutriente e incubadas por 24 h a 37 ºC. A CMB correspondeu à menor concentração capaz de reduzir o número de UFC em 99,9%. Os ensaios foram realizados em triplicata. Resultados EAM, EAS, ESM e ESS apresentaram 14,5, 13,3, 15,8 e 18,4 mg/mL de proteínas, respectivamente. Maiores valores de AH específica (AHE) foram determinados para ESS e EAS (111 e 77, respectivamente). FAM, FAS, FSM e FSS com AHE de 152, 190, 497 e 1.204, respectivamente, foram preparações mais ricas em lectina que os extratos. EAS, ESM e ESS

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inibiram o crescimento (CMI variando de 2,9 a 30,3 µg/mL) e mataram (CMB de 5,9 e 636 µg/mL) B. subtillis, S. aureus e E. faecalis. EAM inibiu o crescimento (CMI de 3,2 µg/mL), mas não matou B. subtilis. EAM, EAS e ESS inibiram fortemente K. pneumoniae (CMI de 5,9 a 9,9 µg/mL), mas apenas EAM e EAS foram bons agentes bactericidas (CMB de 25,7 e 11,9 µg/mL, respectivamente). E. coli foi sensível aos extratos em altas concentrações e apenas ESM e ESS inibiram o crescimento de S. enteritidis (CMI de 30,3 e 79,5 µg/mL, respectivamente). Em comparação com os extratos, o tratamento com sulfato de amônio resultou em diminuição da eficiência antibacteriana, exceto contra S. enteritidis (CMI de 4,4 a 13,2 µg/mL e CMB de 17,7 a 26,4 µg/mL). Conclusão Os resultados revelam que tortas de moringa são potenciais fontes de lectinas e agentes antibacterianos. A diminuição da eficiência antibacteriana após a purificação parcial de lectina por fracionamento com sulfato de amônio indica que essas proteínas provavelmente não estão entre os principais compostos antibacterianos dos extratos.

Palavras-chaves: Moringa oleifera, sementes, torta, atividade antibacteriana, lectina

Resumo: 10.155

TORTA DE SEMENTES DE Moringa oleifera COMO FONTE DE AGENTE LARVICIDA SOBRE Aedes aegypti

Autores

1OLIVEIRA, A. P. S.

1, ROCHA, J. M. T. S.

1, ARAÚJO, I. M. S.

1, NAPOLEÃO, T. H.

1, COELHO,

L. C. B. B. 2, NAVARRO, D. M. A. F.

1, PAIVA, P. M. G.

1 Departamanto de bioquímica - UFPE,

2

Departamento de Química Fundamental - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FACEPE e FACEPE/PRONEX

Resumo Objetivos Moringa oleifera é uma oleaginosa de grande importância para produção do biodiesel. Após a extração do óleo de suas sementes é gerado um co-produto denominado torta. As sementes de moringa contêm duas lectinas (proteínas que reconhecem carboidratos e aglutinam células): cMoL (lectina coagulante de M. oleifera) e WSMoL (lectina solúvel em água de M. oleifera). WSMoL foi larvicida para o quarto estágio larval (L4) de Aedes aegypti, o vetor da dengue (Chemosphere, 77, 934-938, 2009). O objetivo do trabalho foi investigar a atividade larvicida contra A. aegypti de extratos salinos e aquosos de torta de sementes de moringa contendo lectina. Metodos Farinha de sementes de moringa foi submetida à extração do óleo com n-hexano e a torta obtida foi homogeneizada em água destilada ou NaCl 0,15 M (16 h, 4 °C). Após filtração e centrifugação, os sobrenadantes corresponderam aos extratos aquoso (EAT) e salino (EST), respectivamente. EAT e EST foram submetidos a dosagem de proteínas e determinação de atividade hemaglutinante (AH) com eritrócitos de coelho. A atividade larvicida foi avaliada utilizando diferentes concentrações (2,0–8,0 mg/mL de proteínas) dos extratos e 20 larvas L4. A mortalidade foi avaliada após 24 h e os valores da concentração letal de proteínas necessária para matar 50% das larvas (CL50) foram calculados através de análise de probitos. Os experimentos de atividade hemaglutinante são aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal(UFRPE 009/202 CEEUA/DMFA) Resultados EAT (31,3 mg/mL de proteínas) e EST (23,6 mg/mL de proteínas) apresentaram AH de 512 -1 e 1024 -1 , respectivamente, indicando a presença de lectina. Ambos os extratos promoveram a mortalidade das larvas, sendo os valores da CL50 para EAT e EST de 4,028 e 4,804 mg/mL de proteínas, respectivamente. Os resultados obtidos revelam que as atividades

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hemaglutinante e larvicida das lecrtinas de sementes de moringa foram preservadas após o processo de extração de óleo com solvente orgânico. Conclusão Extratos de torta de sementes de moringa (EAT e EST) contêm lectina e apresentam atividade larvicida contra A. aegypti. Os resultados estimulam o isolamento de lectinas a partir da torta de moringa e agregam novo valor biotecnológico a este co-produto da cadeia de produção de biodiesel.

Palavras-chaves: Moringa oleifera, n-hexano, torta, lectina, atividade larvicida

Resumo: 10.156

EFEITO HIPOTENSOR E BRADICÁRDICO INDUZIDO PELO EXTRATO ETANÓLICO DE SIDA SANTAREMNENSIS EM RATOS WISTAR.

Autores 1FEITOZA, P. R.

1, COSTA, C. D. F.

2, ARCANJO, D. D. R.

2, OLIVEIRA, R. D. C. M.

2,

OLIVEIRA, A. P. D. 1, RIBEIRO, Ê. A. N.

1 ESENFAR - LFC,

2 UFPI - LFNPP

Apoio Financeiro: CNPQ, FAPEAL e UFAL.

Resumo Objetivos Sida santaremnensis H. é uma planta conhecida popularmente como “guanxuma” ou “vassourinha”, pertencente ao gênero Sida, a literatura relata diversas espécies deste gênero utilizadas pela população para tratar inúmeras enfermidades, como asma, reumatismo e hipertensão, bem como diversas atividades farmacológicas, tais como: anti-inflamatória, analgésica, antioxidante, anti-hipertensiva, hipotensora e bradicárdica, estudos prévios em nosso laboratório revelaram efeito hipotensor induzido pelo extrato etanólico de Sida santaremnensis (EESSAN) em ratos espontaneamente hipertensos (SHR), diante disto o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos cardiovasculares do EESSAN em ratos wistar. Metodos Ratos machos Wistar (Rattus norvegicus), pesando entre 250-350g foram anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg, i.p.) e cateteres de polietileno foram inseridos no interior da aorta abdominal e veia cava inferior via artéria e veia femoral esquerdas, respectivamente, para medidas da pressão arterial e administração das drogas, respectivamente. Todos os experimentos foram aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da UFAL, certidão número 0106/08. Resultados Em ratos Wistar conscientes, EESSAN (0,5; 1; 5; 10; 20 e 30 mg.kg-1 i.v.) produziu hipotensão (-28,1± 2,6; -17,7±5,4; -44,1±8,4; -28,1±5,0; -48,2±7,2; -47,1±5,9 mmHg, repectivamente) associado a bradicardia (-53,3±13,3; -15,1±5,7; -57,5±13,7; -45,7±19,0; -108,2±28,1; -122,9±27,7 bpm, respectivamente). A resposta hipotensora induzida por SSAN não foi alterada significativamente após o bloqueio da síntese do óxido nítrico (NO) com L-NAME (20 mg.kg-1 i.v.) e a bradicardia foi significativamente atenuada nas dose de 0,5 e 30 mg.kg-1 i.v. (-6,3±1,0; -43.7±23,8 bpm). Entretanto, o pré-tratamento com Atropina (2 mg/kg; i.v.) bloqueou o efeito hipotensor induzido pelo extrato nas doses de 5, 10, 20 e 30 mg.kg-1 i.v. (-22,7±2,5; 13,2±15,3; 15,3±4,2; 24,4±4,8 mmHg) bem como o efeito bradicárdico foi significativamente atenuado nas doses 0,5, 20 e 30 mg.kg-1 i.v. (-11,3±2,5; -18,6±7,0; -30,0±16,1 bpm). Conclusão Estes resultados corroboram com os achados anteriores em SHR, que sugerem que o efeito hipotensor e bradicárdico induzido pelo extrato provavelmente está relacionado com uma ação em receptores muscarínicos. Embora, sejam

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necessários mais experimentos para elucidar os mecanismos envolvidos nestes efeitos.

Palavras-chaves: Sida santaremnensis, Hipotensor, Bradicárdico, Ratos, in vivo

Resumo: 10.157

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E CICATRIZANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Croton adamantinus Müll. Arg.

Autores

1XIMENES, R. M.

1, COSTA, P. H. S.

1, NOGUEIRA, L. M.

2, CASSUNDÉ, N. M. R.

1, JORGE, R. J.

B. 3, SANTOS, S. M.

1, SILVA, M. R.

3, ALBUQUERQUE, J. F. C.

2, MARTINS, R. D.

1,

MONTEIRO, H. 1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC,

2 Centro Acadêmico de Vitória -

UFPE, 3 Departamento de Antibióticos - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FACEPE

Resumo Objetivos Foi verificado em um levantamento etnobotânico nas municípios de Salgueiro, Terra-Nova, Parnamirim e Serrita (no interior de Pernambuco) que Croton adamantinus Müll. Arg. é utilizado como antiinflamatório, analgésico e cicatrizante. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar as atividades antinociceptiva e cicatrizante do óleo essencial das folhas de C. adamantinus. Metodos O material botânico foi coletado no município de Salgueiro/PE nas primeiras horas da manhã e imediatamente extraído por arraste de vapor. O óleo essencial (OE) obtido foi tratado com sulfato de sódio anidro. Uma exsicata foi depositada no Herbário do IPA (nº 85610). A composição do óleo essencial foi determinada por CG/EM no PADETEC (UFC). Para os ensaios biológicos foram utilizados camundongos Swiss machos (n = 6) pesando entre 20 e 25 g (Protocolo do Comitê de Ética da UFPE nº 23076.020508/2010-26). A atividade antinociceptiva foi avaliada pelo teste da formalina e pelo teste da contorção abdominal induzida por ácido acético (J. Inflamm. 7: 1, 2010), utilizando o OE nas doses de 50 e 100 mg/kg. Morfina (7,5 mg/kg) e indometacina (10 mg/kg) foram utilizadas como padrão. A atividade cicatrizante foi avaliada através do modelo de ferida excisional (OE 1%) e de espaço morto (50 mg/kg/dia)(Arch. Derm. Res. 290: S1, 1998; BMC Comp. Alter. Med. 6: 1, 2006). Nitrofurazone 0,2% foi utilizada como padrão. Resultados foram expressos como média ± E.P.M. e analisados por ANOVA com pós-teste de Bonferroni, com *p > 0,05. Resultados O rendimento do óleo essencial foi de 0,6%. Metil eugenol (14,81%) e 1,8-cineol (13,74%) foram os componentes majoritários determinados pela análise de CG/EM. No teste da formalina, o OE nas doses de 50 e 100 mg/kg reduziram o tempo de lambida da pata na primeira fase (Cont. 70,7 ± 3,5; Morf. 25,0 ± 2,4*; OE50 52,5 ± 4,1*; OE100 52,7 ± 3,6* s) e na segunda fase (Cont. 39,2 ± 4,6; Morf. 1,0 ± 0,7*; OE50 6,7 ± 0,8*; OE100 6,4 ± 1,2* s). O número de contorções abdominais também foi reduzido (Cont. 13,7 ± 1,1; Indo. 8,7 ± 1,1*; OE50 3,4 ± 1,2*; OE100 1,3 ± 0,6* contorções). No modelo de ferida cirúrgica excisional, a área das feridas foi reduzida a partir do 3º dia de tratamento quando comparado ao controle e ao padrão (Cont. 31,9 ± 3,2; OE 1% 21,6 ± 2,6*; Nitro 0,2% 28,7 ± 3,6 mm2), mas foi igualada no 14º dia em todos os grupos. No modelo de espaço morto, o grupo tratado com OE teve aumento do tecido de granulação formado (Cont. 156,8 ± 13,0; OE50 194,5 ± 13,2* mg) e diminuição do percentual de água (Cont. 62,7 ± 4,8; OE50 42,4 ± 2,4* %). Conclusão A partir dos resultados obtidos, conclui-se que o óleo essencial de C. adamantinus tem atividade antinociceptiva e

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cicatrizante, provavelmente em decorrência dos seus componentes majoritários, o que corrobora os dados etnobotânicos.

Palavras-chaves: Croton adamantinus, Cicatrizante, Antinocicepção, Etnofarmacologia, Óleo essencial

Resumo: 10.158

AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA E SEGURANÇA DO EXTRATO BRUTO DE UMA ESPÉCIE DA FAMÍLIA MYRTACEAE PARA USO DERMOCOSMÉTICO

Autores 1MOREIRA, L. C.

1, BOZINIS, M. C. V.

2, PEDROSA, T. D. N.

2, LIMA, E. S.

1 Faculdade de

Farmácia - UFG, 2 Fac. de Ciências Farmacêuticas - UFAM

Apoio Financeiro: CNPQ, CAPES, FUNAPE

Resumo Objetivos A pele é composta pela epiderme, derme e hipoderme. Todos os órgãos e tecidos sofrem alterações conforme envelhecem ou são expostos a agentes modificadores. Um destes agentes é a radiação solar, que provoca danos às fibras de colágeno e elastina e em diferentes tipos celulares do estrato epidérmico. O próprio avanço etário também diminui a produção de colágeno e elastina. Como consequência, a pele perde sua capacidade de manter flexibilidade, elasticidade e firmeza naturais. Este trabalho teve por objetivo analisar, utilizando métodos in vitro, a segurança e a eficácia do extrato bruto de uma espécie da Família Myrtaceae (EDP) e avaliar a sua potencial atividade antienvelhecimento. Metodos Inibição de Atividades Enzimáticas Os ensaios enzimáticos foram realizados em microplacas de 96 poços e de modo semelhante, no qual a amostra foi colocada em contato com a enzima de interesse e após um período de incubação, foi adicionado o substrato. Para cada enzima, foram obedecidos o tempo, a temperatura de incubação e o comprimento de onda necessários à leitura. Os ensaios de inibição da colagenase e elastase foram realizados segundo metodologias descritas por THRING, T.S.A., et al, BMC Complementary and Alternatives Medicine, 9:27, 2009, e o ensaio de inibição de tirosinase foi realizado segundo KIM, J.M., et al, Phytother. Res, DOI 10.1002/ptr, 2009, todos com modificações. O ensaio de fototoxicidade em linhagem Balb/c 3T3 foi realizado de acordo com o Guia OECD 432 para teste de substâncias químicas. As células foram expostas a 8 concentrações diferentes do extrato, a saber: 200; 100; 50; 25; 12,5; 6,25; 3,12; 1,56 µg/mL. Resultados Nos testes enzimáticos, o extrato foi capaz de inibir em 50% a ação da colagenase a ±70 µg/mL, chegando à quase 96% de inibição a 500 µg/mL. Para a elastase, a CI50 foi menor que a menor concentração testada (31,25 µg/mL). Nesta concentração, o extrato foi capaz de inibir 66% da ação desta enzima, sendo que se observou um platô de inibição a partir 250 µg/mL, na qual a atividade inibitória ficou em torno de 87%. Para a tirosinase foi observado que o extrato apresentou CI50 em torno de 600 µg/mL e a máxima concentração testada conseguiu inibir 57,6%. No ensaio de Fototoxicidade, as CI50 obtidas para o extrato foram de 22,61 e 23,29 µg/mL, respectivamente para as placas exposta e não-exposta à luz UVA. Em software específico, 3T3 NRU Phototox 2.0, foi encontrado o valor de 1,493 como valor de PIF (Fator de Fotoirritação). Conclusão Os resultados dos ensaios enzimáticos sugerem que o extrato tem ótima ação inibitória para colagenase e elastase e significativa atividade contra tirosinase. O ensaio de fototoxicidade, segundo o guia OECD 432, permite-nos concluir que o extrato não é fototóxico. O teste forneceu como resultado para PIF um valor inferior a 2. Com este score, a substância-

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teste foi caracterizada como não-fototóxica.

Palavras-chaves: colagenase, elastase, fototoxicidade, pele, tirosinase

Resumo: 10.159

ESTUDO COMPARATIVO DA ATIVIDADE HIPOGLICEMIANTE DA PENTOXIFILINA UTILIZANDO DOIS MÉTODOS DE RASTREIO DA GLICAÇÃO: HEMOGLOBINA GLICADA E FRUTOSAMINA

Autores

1SOUSA, W. R. F.

1, BALBINO, T. Q.

1, PINTO, S. F.

1, GARCIA, H. M.

1, REBOUÇAS, J. F.

1,

GARCIA, F. A. D. O. 1, LUCETTI, L. T.

1, CAVALCANTE, A. F.

1, VIANA, G. S. B.

1, GARCIA, F.

A. O. 1 Farmacologia - Estácio-FMJ,

2 Antibióticos - UFPE

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos O presente trabalho teve como objetivo verificar a atividade da pentoxifilina, uma metilxantina classicamente conhecida por suas ações em distúrbios arterio-venosos de natureza aterosclerótica ou diabética, sobre os níveis de hemoglobina glicada e frutosamina em ratos diabéticos. Metodos Neste estudo (CEUA 01/2011)foram utilizados ratos machos Wistar (200 - 250 g) divididos em grupos de 10 animais. O diabetes foi induzido com a administração intravenosa de aloxano (40 mg/kg), através da veia peniana. Após 48 h, coletou-se do plexo retroorbital 1ml de sangue para avaliação da glicemia. Somente os animais que apresentaram glicemia igual ou superior a 200 mg/dL, foram submetidos a administração diária, via oral, da pentoxifilina (5 e 50 mg/kg) e do hipoglicemiante oral glibenclamida (5 mg/kg) por um período de 05 semanas (frutosamina) a 3 meses (hemoglobina glicada). Uma hora após a última administração os animais foram pesados, o sangue foi coletado e submetido às medidas de glicemia, frutosamina e hemoglobina glicada. Resultados Os resultados foram analisados por ANOVA seguidos do teste Student-Newman-Keuls. Os resultados mostraram que durante os períodos já descritos de tratamento, a pentoxifilina na dose de 50 mg/kg demonstrou valor médio de 4,65% ± 0,85 e 192 ± 7,8 micromol/L nas dosagem de A1C e frutosamina respectivamente, valores significativos quando comparados com os ratos tratados apenas com água (12,23% ± 2,38 e 294,32 ± 9,3 micromol/L) e equiparados com a glibenclamida 5 mg/kg (5,4% ± 1,68 e 189,87micromol/L). Conclusão No presente trabalho foi observado que o tratamento com a xantina pentoxifilina melhorou o controle glicêmico dos animais em estudo nos dois métodos utilizados, o que pode justificar, depois de esclarecido o mecanismo de ação, o seu uso para o tratamento do Diabetes mellitus tipo 2.

Palavras-chaves: Diabetes, Glicação, Pentoxifilina

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Resumo: 10.160

IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA DA PENTOXIFILINA ATRAVÉS DO DOSEAMENTO DE CITOCINAS (TNFα E IL-6) NA PRESENÇA E NA AUSÊNCIA DO EDEMA DE PATA EM RATOS DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS.

Autores

1BALBINO, T. Q.

1, SOUSA, W. R. F. D.

2, JÚNIOR, C. H. R. D. C.

2, SILVA, T. G. D.

1, GARCIA,

H. M. 1, GARCIA, F. A. D. O.

1, REBOUÇAS, J. F.

1, LUCETTI, L. T.

1, CAVALCANTE, A. F.

1,

VIANA, G. S. B. 1 farmacologia - estácio fmj,

2 antibióticos - ufpe

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos Dosar os níveis das citocinas TNF-alfa e IL-6 em ratos diabéticos, submetidos ao tratamento com pentoxifilina nas doses de 25, 50 e 100 mg/Kg. Metodos Neste estudo (CEUA 01/2011) foram utilizados ratos machos Wistar (200 - 250 g) divididos em grupos de 10 animais. O diabetes foi induzido com a administração intravenosa de aloxano (40 mg/kg), através da veia peniana. Após 05 dias de tratamento com a pentoxifilina nas doses 50 e 100 mg/Kg e com a droga clássica glibenclamida (5 mg/Kg) foi realizada a indução do edema de pata com carragenina. O volume das patas foi medido nos intervalos de 1, 2, 3, 4 e 24 horas, após o último tratamento. Após este período os animais foram sacrificados por decapitação e uma amostra de 5 mm de suas patas traseiras direitas retiradas e adicionadas a uma solução de PBS. O homogenato da pata foi obtido através de trituração com Polytron e então centrifugado e o sobrenadante foi retirado para a realização dos experimentos. As dosagens das citocinas foram seguidas de acordo com as instruções dos fabricantes (eBiosciente para TNF-alfa e BD Bioscience para IL-6). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão. Utilizou-se Análise de Variância ANOVA One-way seguido do teste de Bonferroni, com nível de significância de 0,05%. Resultados Os resultados mostraram que a pentoxifilina na dose 50 mg/kg apresentou uma redução significativa nos seguintes níveis (pg/100 mg) de IL-6 e TNF-alfa (100,95±4,38 e 22,00±0,76 respectivamente) quando comparados com a glibenclamida 5 mg/kg (209,22±2,08 e 36,85±3,52 pg/100 mg) e com o grupo dos animais diabéticos não tratados (2002,95±21,37 e 43,51±1,33 pg/100 mg). Todavia a pentoxifilina na dose 100 mg/kg mostrou o melhor resultado na redução dos níveis de TNF-alfa (12,53±0,21 pg/100 mg). Conclusão Face a estes resultados acreditamos que o efeito da pentoxifilina na condição low grade inflamation correlacionada ao Diabetes Mellitus possa ser, em parte, atribuído a suas ações sobre essas citocinas inflamatórias.

Palavras-chaves: citocinas, diabetes, pentoxifilina

Resumo: 10.161

MUDANÇA NA REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO DA MAP QUINASE FOSFATASE- 1, INIBIDOR

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ENDÓGENEO DA MAP QUINASE P38, CONTRIBUI PARA A REFRATARIEDADE À TERAPIA COM DEXAMETASONA EM MODELO MURINO DE ASMA

Autores

1SERRA, M. F.

1, PÃO, C. R. R.

1, COTIAS, A. C.

1, DALEPRANE, J. B.

1, JURGILAS, P. B.

1,

COUTO, G. C. 1, VALOTTA, E. A. A.

1, CORDEIRO, R. S. B.

1, SILVA, P. M. R.

1, MARTINS, M.

A. 1 Laboratório de Inflamação - Fiocruz

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPERJ

Resumo Objetivos Embora os glicocorticóides (GCs) sejam agentes anti-inflamatórios altamente eficazes, um pequeno subgrupo de pacientes apresenta inflamação pulmonar e hiper-reatividade das vias aéreas (AHR) persistentes, apesar do tratamento com doses altas de GC sistêmico. Alguns estudos têm destacado que níveis elevados de IL-2, IL-4 e IL-13 nas vias aéreas de pacientes asmáticos-esteróide-resistentes (AER) resultam em alterações na translocação nuclear do receptor de GC, por um mecanismo mediado pela MAP quinase p38 (p38). Por outro lado, o importante papel da expressão da MAP quinase fosfatase-1 (MKP-1) na regulação da atividade da p38 e o fato de que é induzida por GC têm sugerido que mudanças na homeostase dessas quinases podem contribuir para a AER. Neste estudo, investigamos a eficácia da terapia com GC na geração de citocinas Th2 e a atividade das quinases p38/MKP-1 em um modelo murino de asma, caracterizado por resistência à terapia com corticóide. Metodos O presente projeto foi aprovado pela CEUA-FIOCRUZ com nº L-034/09. Camundongos A/J (macho, 18-20g), foram sensibilizados com Al(OH)3 e ovoalbumina nos dias 0 e 14 e desafiados intranasalmente por 2 ou 4 dias consecutivos a partir do 19° dia. Dexametasona (DEX 3mg/kg-oral) foi administrada 1h antes dos desafios e as análises foram realizadas 24 h após o último desafio. As citocinas e quimiocinas pulmonares foram quantificados por ELISA. Western blotting foi utilizado para investigar a atividade de p38 e a expressão de MKP-1. AHR foi avaliada através de pletismografia invasiva. O infiltrado eosinofílico e a fibrose peribrônquica foram analisados por histomorfometria. Resultados Camundongos A/J recebedores de duas provocações antigênicas desenvolveram marcada AHR, eosinofilia e fibrogênese. Essas mudanças foram intensificadas nos animais recebedores de 4 provocações antigênicas. O tratamento com DEX inibiu a AHR, eosinofilia e a fibrose peribrônquica no regime de duas provocações, mas não alterou essas respostas no regime de quatro provocações. Similarmente, o aumento nos níveis de IL-4, IL-13 e eotaxina-1 também foi sensível à DEX no caso de duas, mas não quatro provocações. Entretanto, a DEX reduziu os níveis da citocina anti-inflamatória IL-10 no protocolo de quatro, mas não alterou a elevação nos quantitativos de IL-10 na condição de duas provocações. Ao contrario do observado no regime de duas provocações a DEX não impediu o aumentos dos níveis de p38 fosforilada (1.38 ± 0.12 para 1.18 ± 0.09 (Mean±SEM, n=5) no regime de quatro provocações. Por último, constatou-se que DEX aumentou os níveis MKP-1 em cerca de 3,6 vezes (0.52 ± 0.02 para 1.9 ± 0.03 /densidade ótica (Mean±SEM, n=4) na condição de duas provocações, enquanto que após 4 provocações antigênicas o aumento nos níveis de MKP-1 foi apenas de 1,8 vezes (0.50 ± 0.02 para 0.9 ± 0.04 /densidade ótica (Mean±SEM, n=4). Conclusão Estes resultados apontam que ao longo dos sucessivos desafios antigênicos, camundongos A/J exacerbam a resposta inflamatória e evoluem para um quadro de resistência ao tratamento com DEX. Uma vez que, em paralelo, os níveis de p38 MAPK fosforilada encontram-se aumentados no pulmão e mostram-se refratários à DEX, em condições em que o aumento na expressão de MKP-1 induzidos por DEX é menor, sugere-se que esta mudança na regulação dessas quinases contribua para a refratariedade vista neste modelo.

Palavras-chaves: Asma-esteróide-resistante, MAP quinase fosfatase-1 , MAP quinase p38

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Resumo: 10.162

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E CICATRIZANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Croton cordifolius Baill.

Autores

1COSTA, P. H. S.

1,3, XIMENES, R. M.

1, JORGE, R. J. B.

1, NOGUEIRA, L. M.

2, CASSUNDÉ, N.

M. R. 1, MONTEIRO, H. S. A.

3, SANTOS, S. M.

1, SILVA, M. R.

3, ALBUQUERQUE, J. F. C.

2,

MARTINS, R. D. 1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC,

2 Centro Acadêmico de Vitória

- UFPE, 3 Departamento de Antibióticos - UFPE-Recife

Apoio Financeiro: FACEPE, CNPq e CAPES

Resumo Objetivos Foi verificado em um levantamento etnobotânico nas municípios de Salgueiro, Terra-Nova, Parnamirim e Serrita (no interior de Pernambuco) que Croton cordifolius Baill. é utilizado como antiinflamatório, analgésico e cicatrizante. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar as atividades antinociceptiva e cicatrizante do óleo essencial das folhas de C. cordifolius para validar o uso popular da espécie. Metodos O material botânico foi coletado no município de Salgueiro/PE nas primeiras horas da manhã e imediatamente extraído por arraste de vapor. O óleo essencial (OE) obtido foi tratado com sulfato de sódio anidro. Uma exsicata foi depositada no Herbário do IPA (nº 85609). A composição do óleo essencial foi determinada por CG/EM no PADETEC (UFC). Para os ensaios biológicos foram utilizados camundongos Swiss machos (n=6) pesando entre 20 e 25 g (Protocolo do Comitê de Ética da UFPE nº 23076.020508/2010-26). A atividade antinociceptiva foi avaliada pelo teste da formalina e pelo teste da contorção abdominal induzida por ácido acético (J. Inflamm. 7: 1, 2010), utilizando o OE nas doses de 50 e 100 mg/kg. Morfina (7,5 mg/kg) e indometacina (10 mg/kg) foram utilizadas como padrão. A atividade cicatrizante foi avaliada através do modelo de ferida excisional (OE 1%) e de espaço morto (50 mg/kg/dia)(Arch. Derm. Res. 290: S1, 1998; BMC Comp. Alter. Med. 6: 1, 2006). Nitrofurazone 0,2% foi utilizada como padrão. Resultados foram expressos como média ± E.P.M. e analisados por ANOVA com pós-teste de Bonferroni, com *p > 0,05. Resultados O rendimento do óleo essencial foi de 0,8%. 1,8-cineol (25,09%), α-felandreno (15,43%) e γ-elemeno (7,36%) foram os componentes majoritários determinados pela análise de CG/EM. No teste da formalina, o OE nas doses de 50 e 100 mg/kg reduziram o tempo de lambida da pata na primeira fase (Cont. 70,8 ± 2,4; Morf. 20,8 ± 2,2*; OE50 12,0 ± 1,4*; OE100 1,9 ± 1,0* s) e na segunda fase (Cont. 38,7 ± 3,0; Morf. 0,8 ± 0,4*; OE50 30,8 ± 2,1*; OE100 0,5 ± 0,2* s). O número de contorções abdominais também foi reduzido (Cont. 34,4 ± 1,0; Indo. 4,8 ± 1,1*; OE50 10,9 ± 1,5*; OE100 4,4 ± 0,8* contorções). No modelo de ferida cirúrgica excisional, a área das feridas foi reduzida a partir do 7º dia de tratamento quando comparado ao controle, mas não a nitrofurazona (Cont. 26,3 ± 2,3; OE 1% 9,0 ± 1,4*; Nitro 0,2% 8,3 ± 1,9* mm2), mas foi igualada no 14º dia em todos os grupos. No modelo de espaço morto, o grupo tratado com OE teve aumento do tecido de granulação formado (Cont. 156,8 ± 13,0; OE50 208,1 ± 26,4* mg) e diminuição do percentual de água (Cont. 62,7 ± 4,8; OE50 47,4 ± 5,6* %). Conclusão A partir dos resultados obtidos, conclui-se que o óleo essencial de C. cordifolius tem atividade antinociceptiva e cicatrizante, provavelmente em decorrência dos seus componentes majoritários, o que corrobora os dados etnobotânicos.

Palavras-chaves: antinociceptiva, cicatrizante, óleo essencial, Croton cordifolius Baill

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Resumo: 10.163

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA E CITOTÓXICA DE EXTRATOS DE MACROALGAS VERMELHAS DO LITORAL PERNAMBUCANO

Autores 1ANJOS, K.

1, ALIANÇA, A.

1, COSTA, L.

2, BIANCO, É.

1, FIGUEIREDO, R.

1 Microbiologia -

CPqAM/FIOCRUZ, 2 Química Fundamental - UFPE

Apoio Financeiro: FACEPE, CPqAM/ FIOCRUZ

Resumo Objetivos A leishmaniose constitui um grupo de doenças que afetam mais de 12 milhões de pessoas no mundo e são responsáveis por altos índices de mortalidade nos países tropicais e subtropicais. O tratamento é feito através de antimoniais pentavalentes. No entanto, essas drogas apresentam efeitos colaterais graves, exigem acompanhamento médico intensivo, prolongado tempo de terapia e estão propensas ao surgimento de resistência. Devido a estas limitações a descoberta de novos fármacos para combater esta enfermidade ainda é necessária. As macroalgas, utilizadas na alimentação e na medicina popular desde tempos remotos, possuem grande potencial como fonte de moléculas bioativas que não são encontradas no ambiente terrestre. As Rodophytas ou “algas vermelhas” formam o grupo mais rico em diversidade e abundância de metabólitos secundários, compreendendo mais de 1500 substâncias distintas. No presente trabalho foi avaliada a atividade biológica de extratos brutos das macroalgas vermelhas Digenia simplex, Laurencia dendroidea e Hypnea muscifomis sobre formas promastigotas de Leishmania amazonensis e sobre macrófagos peritoneais para avaliação do potencial citotóxico e produção de óxido nítrico. Metodos Formas promastigotas de L. amazonensis foram incubadas com diferentes concentrações (15,63 – 250 microgramas/mL) dos extratos das macroalgas e o crescimento da cultura foi acompanhado através de contagens diárias em câmara de Neubauer. A IC50/72h foi determinada por análise de regressão linear. Macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c (machos, com aproximadamente 30 dias e peso superior à 20g) foram incubados com diferentes concentrações dos extratos. Após 48 horas, a CC50, foi determinada pelo método do MTT, e a produção de óxido nítrico pelo método do reagente de Griess. Todo procedimento envolvendo animais experimentais foi realizado de acordo com o COBEA e aprovado pela comissão de ética no uso de animais (CEUA-FIOCRUZ) sob o número L-001/08. Resultados L. dendoidea, D. simplex e H. musciformis, foram capazes de inibir o crescimento das promastigotas de L. amazonensis apresentando valores de IC50/72h de 51,35±4; 156,39±28 e 159,61±13,80 microgramas/mL, respectivamente. Os extratos apresentaram baixa citotoxicidade aos macrófagos, refletida pelos valores de CC50/48h, que foram de 318,22±17,5; 510,64±14,48 e 307,40±19,98 microgramas/mL. Na análise dos índices de seletividade (CC50/IC50), os extratos se mostraram mais seletivos para o parasita do que para a célula de mamífero, apresentando valores maiores que 1. Os dados também mostraram que, na maior concentração, todas as algas foram capazes de aumentar a produção de NO em relação ao controle. Conclusão Embora estudos futuros sejam necessários para avaliar os efeitos dos extratos sobre as formas amastigotas, a mais relevante para a patologia das leishmanioses, os resultados sugerem fortemente a utilização dos extratos das macroalgas vermelhas Digenia simplex, Hypnea muscifomis e Laurencia dendroidea como candidatos ao tratamento da leishmaniose cutânea, sendo este último o mais promissor.

Palavras-chaves: Macroalgas, Leishmania amazonensis, Atividade biológica

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Resumo: 10.164

ESTUDO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS DA FLORA BRASILEIRA

Autores

1FERRAZ, R. P. C.

2, CARVALHO, A. A.

2, MORAES, M. O.

2, PESSOA, C.

3, NOGUEIRA, P. C. D.

L. 3, COSTA, E. V.

1, BEZERRA, D. P.

1 DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFS,

2

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA - UFC, 3 DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, FAPITEC,

Resumo Objetivos O câncer é considerado um grave problema de saúde pública e as estimativas apontam para um número exorbitante de novos casos nos próximos anos. A quimioterapia faz parte do conjunto de medidas terapêuticas adotadas para o tratamento das neoplasias malignas e muitas das drogas antitumorais utilizadas na clínica apresentam origem na natureza, sendo as plantas as principais fontes. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxidade de óleos essenciais das folhas de Guatteria friesiana (Annonaceae), Guatteria híspida (Annonaceae), Guatteria blepharophylla (Annonaceae), Annona salzmanii (Annonaceae) e Lantana rugosa (Verbenaceae) frente a 4 linhagens de células tumorais. Metodos A análise da citotoxidade faz parte de um screening inicial para determinação do potencial antitumoral destas amostras. Os óleos essenciais foram testados na concentração de 50µg/mL contra as linhagens tumorais humanas MDA-MB-435 (melanoma), SF-295 (glioblastoma), HL-60 (leucemia) e HCT-8 (carcinoma de cólon) através do ensaio do MTT. Para a determinação da CI50 (concentração inibitória média), as amostras foram testas em concentrações crescentes em diluição seriada. Os valores do experimento foram obtidos de dois experimentos independentes realizados em duplicatas (n=4) e apresentados segundo a média ± desvio padrão da média da porcentagem ou CI50 de inibição do crescimento celular usando o programa GraphPad Prism. Foram considerados de elevado potencial citotóxico os óleos que apresentaram 2 valores de CI50 < 30 µg/mL. Resultados Todos os óleos essenciais analisados apresentaram valores de CI50 menores que 30 µg/mL para todas as linhagens tumorais testadas, com exceção do óleo essencial das folhas de Annona salzmanii que apresentou valores maiores que 45 µg/mL. Conclusão Diante dos resultados, conclui-se que estes óleos apresentam atividade citotóxica promissora. Estudos de atividade antitumoral in vivo, bem como estudos de caracterização química para a identificação e isolamento do(s) composto(s) responsável(is) por essa atividade citotóxica estão em andamento em nosso laboratório para melhor caracterizar essa atividade.

Palavras-chaves: CÂNCER, QUIMIOTERAPIA, PRODUTOS NATURAIS, ÓLEOS ESSENCIAIS, ATIVIDADE CITOTÓXICA

Resumo: 10.165

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Atividade antioxidante de três espécies de alga de Alagoas

Autores 1SILVA, D. L.

1, BERNARDO, V. B.

1, MELO, I. V. S.

1, GUEDES, E. A. C.

1, SANTANA, A. E. G.

1, ARAÚJO JUNIOR, J. X.

1, JUNIOR, J. X. D. A.

1 Instituto de Química e Biotecnologia - UFAL

Apoio Financeiro: CNPq

Resumo Objetivos As capacidades metabólicas e fisiológicas de organismos marinhos permitem a estes sobreviver em habitats complexos, oferecendo um grande potencial de produção de metabolitos secundários que não são encontrados em ambiente terrestre. As algas estão entre as fontes mais ricas de compostos bioativos, tanto conhecidos como inéditos (CANTILLO-CIAU, Z. et al., 2010). Compostos isolados de macroalgas marinhas têm mostrado várias atividades biológicas, incluindo antimicrobiana, antioxidante, antiinflamatória, anticoagulante, antiviral, apoptótica (O SULLIVAN, L. et al. 2010), antineoplásica e imunomoduladora (PEREIRA, D. M. et al. 2011). Metodos Três espécies de alga foram coletadas pelos autores e identificadas por Élica Amara Cecilia Guedes e os exemplares estão depositados no Herbário MAC do IMA – Instituto do Meio Ambiente (Dictyosphaeria versluysii Weber-van Bosse, MAC 51242; Galaxaura rugosa Ellis & Solander, MAC 51246; Gelliudium pusillum (Stackhouse) Le Jolis, MAC 51247). As algas frescas foram lavadas para eliminar impurezas, e secas. Após secagem, as algas D. versluysii (170,52 g), G. Rugosa (715 g) e G. Pusillum (58,20 g) foram extraídas com metanol em Soxhlet à temperatura de ebulição por três dias cada uma, resultando em 5,45 g, 27,73 g e 1,69 g, codificadas como EBDi, EBGa and EBGe, respectivamente. O FT-IR foi obtido para todos os extratos brutos usando um espectrômetro Varian 660-IR/FT-IR pela técnica de ATR. O potencial antioxidante foi realizado pelo método DPPH (CHENG, Z. et al, 2006). Resultados Três extratos mostraram bandas largas de grupos hidroxila (EBDi, 3366,66 cm -1 ; EBGe, 3389,57 cm -1 e EBGa, 3351,39 cm -1 ) e bandas de grupos carbonila (EBDi, 1740,41 cm -1 ; EBGe, 1736,59 cm -1 e EBGa 1728,96 cm -1 ). EBGa também exibiu bandas de grupos aromáticos em 1641,15 cm -1 , 1576,03 cm -1 , 1538,41 cm -1 e 1469,38 cm -1 . Devido às bandas de hidroxila e de aromáticos, realizou-se o ensaio de atividade antioxidante através do método DPPH. Contudo, nenhum dos extratos mostrou resultados satisfatórios (EBDi, 1,96% de DPPH quelado com 2,69 mg/mL; EBGe, -0,78% de DPPH quelado com 2,04 mg/mL; EBGa, -0,20% de DPPH quelado com 2,5 mg/mL). Conclusão É possível deduzir que os valores negativos de percentagem de extinção de EBGe e EBGa ocorreram porque, além de não haver o sequestro do DPPH, os extratos absorvem em 515 nm. Outras atividades serão avaliadas e a investigação química está sendo realizada.

Palavras-chaves: Alga, Antioxidante, DPPH, FT-IR

Resumo: 10.166

Screening de produtos vegetais da Flora Brasileira para a descoberta de novos agentes antimaláricos

Autores 1PEREIRA, M. F.

1, REIS, P. A.

1, FRUTUOSO, V. D. S.

2, FERREIRA, J. L. P.

3, SILVA, J. R. D. A.

2, AMARAL, A. C. F.

1, NETO, H. C. D. C. F.

1 Fisiologia e Farmacodinâmica - FIOCRUZ,

2

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Farmanguinhos - FIOCRUZ, 3 Química - UFAM

Apoio Financeiro: CNPq (PRONEX), CAPES e FAPERJ

Resumo Objetivos A Malária é uma doença que ocorre em escala mundial, tornando-se desta forma um grave problema de saúde pública. Caracteriza-se por uma doença febril aguda originada pela infecção por protozoários do gênero Plasmodium. A patogênese da malária é bem compreendida para a infecção por P. falciparum podendo levar ao óbito. Dentre os vários sintomas clínicos, o mais grave é o desenvolvimento da Malária Cerebral, ocorrendo principalmente em crianças de até cinco anos de idade. As drogas mais comumente utilizadas na terapia da malária são cloroquina e mefloquina, ambas derivadas da quinina, um produto natural obtido de cascas de Cinchona sp p < /i>. Estas drogas são altamente eficazes contra diferentes tipos do parasita, incluindo P. falciparum. Entretanto, a resistência a múltiplas drogas dessa espécie é conhecida, fazendo-se necessária a descoberta de novos fármacos. As indústrias farmacêuticas têm obtido sucesso na pesquisa de produtos naturais como fonte de novas drogas. Já que o Brasil apresenta a maior biodiversidade de plantas no planeta, o objetivo deste trabalho é avaliar o efeito de frações e produtos purificados extraídos de plantas da Flora Amazônica Brasileira em camundongos com potencial antimalárico. Metodos Para avaliar um possível efeito antimalárico, camundongos Swiss webster machos, sob licença no CEUA da Fiocruz cujo número de protocolo é LW 36/10, foram infectados com P. berghei ANKA (10 7 células parasitadas/animal) e quatro horas após a infecção foi iniciado o tratamento oral com os produtos em várias doses (0,2-100 mg/kg, n=5 por grupo). A cloroquina foi utilizada com droga padrão (25 mg/kg) e o controle negativo foi tratado com veículo (DMSO 1%/PBS). O tratamento oral foi repetido pelos próximos três dias e no 5º dia após a infecção a parasitemia foi avaliada através de esfregaços sanguíneos em lâminas coradas pelo método panótico. Cerca de 25 amostras, dentre elas frações e produtos purificados, foram recebidas em códigos para preservar a identidade das amostras testadas. A análise estatística foi realizada pelo teste One-way Anova seguida do pós Teste Tukey. Resultados Dentre as amostras testadas, a amostra identificada como FCL foi a única que apresentou um efeito significativo da redução do percentual da parasitemia em relação ao controle não infectado (28,4 ± 7,5%) em todas as doses testadas (p < 0,05). Os percentuais para as doses de 0,2, 1 e 5 mg/kg foram, respectivamente: 20,6 ± 7,4%, 17,0 ± 5,8%, 15,6 ± 4,1% e 9,3 ± 5,2%. No entanto, a dose de 25 mg/kg quando comparada com a droga padrão cloroquina (9,3 + 5,2 e 1,7±0,9%, respectivamente) não apresentou diferença significativa (p > 0,05). Conclusão Nossos resultados sugerem que a amostra identificada por FCL apresenta efeito antimalárico em potencial. Entretanto, é necessária a realização de testes complementares, como por exemplo, em protocolos experimentais em camundongos que desenvolvem Malária cerebral, para que possamos propor a utilização desta amostra em ensaios clínicos.

Palavras-chaves: Agentes antimaláricos, Flora Brasileira, Malária, Plasmodium berghei ANKA, Produto Natural

Resumo: 10.167

EFEITO GÁSTRICO DE DUAS ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO COM ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA

Autores 1MARTINS, J. L. R.

1, FAJEMIROYE, J. O.

1, SOARES, T. R.

1, FLORENTINO, I. F.

2, PAULA, J.

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R. 2, TRESVENZOL, L. M. F.

1, COSTA, E. A.

1 Ciências fisiológicas - UFG,

2 Faculdade de

Farmácia - UFG

Apoio Financeiro: CNPq, FAPEG, FUNAPE/UFG e CAPES

Resumo Objetivos Spiranthera odoratissima A. St. Hillaire (Manacá) é um arbusto nativa do cerrado. O chá da raiz é usado para dores de estômago ou musculares, disfunções hepáticas e no tratamento de reumatismo. Resultados anteriores mostraram que o extrato etanólico das raízes aumentou a velocidade do trânsito intestinal (MATOS, 2002).Memora nodosa (Silva Manso) Miers (Carobinha) é outro arbusto nativo do cerrado. Folhas e caules são popularmente utilizadas para tratar úlceras e feridas externas, e suas raízes são usados para tratar dores abdominais. Este trabalho objetivou avaliar o efeito de duas espécies nativa do cerrado com atividade antiinflamatória em modelo de lesões crônicas, em mucosa gástrica, induzidas em camundongos. Metodos Spiranthera odoratissima (exsicata número - UFG/30.275) e a Memora nodosa (exsicata número - UFG/29.981) foram identificadas pelo Prof. Dr. José Realino de Paula. Folhas de manacá e raízes de carobinha foram coletadas na região de Senador Canedo-Go. A fração hidrometanólica das folhas de manacá (FHM) foi obtido após filtração do extrato etanólico em celite,e particionamento seqüencial com hexano e clorofórmio. A FHM foi concentrada em rotaevaporador e o rendimento foi de 35%. O extrato etanólico das raízes da Memora nodosa (Silva Manso) Miers (EERMN) foi obtido por maceração do pó das raízes em etanol (95%), após filtração, e concentração sob pressão reduzida, o rendimento do EERMN foi de 4,2%. Foram usados camundongos machos albinos Swiss pesando entre 35-40g de aproximadamente 2 meses de idade, fornecidos pelo Biotério Central da UFG, sendo os protocolos aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da UFG (n°104/08). Grupos de animais (n = 10), submetidos a um regime alimentar de privação de ração por duas horas diárias por um período de 5 dias e de 16 horas antes da eutanásia, foram submetidos aos tratamentos, por via oral diário, com: veículo (água filtrada 10 mL/kg), indometacina (3 mg/kg), FHM (150 mg/kg) ou EERMN (500 mg/kg). No sexto dia os animais foram eutanaziados e os estômagos retirados para avaliação das lesões em estereoscópico. Resultados No modelo de lesões crônicas na mucosa gástrica, os tratamentos com a FHM (150 mg/kg) não demonstrou diferença significativa no número de úlceras e no índice de lesões em relação ao grupo controle, sendo o número de úlceras (15,00 ± 1,21) e o índice de lesões (15,01 ± 2,92) no grupo controle e o grupo tratado com FHM foi de (18,66 ± 1,90) e (17,00 ± 3,55), respectivamente. Por outro lado o tratamento com EERMN reduziu estes valores para (0,37 ± 0,37 c e 5,20 ± 1,44 c ), respectivamente, e o grupo tratado com indometacina estes valores foram aumentados para (20,00 ± 2,77 e 25,71 ± 3,16 a ), respectivamente. a 0,05; c 0,001. Conclusão Os resultados obtidos sugerem que extratos de duas espécies nativas do cerrado com atividade anti-inflamatória não induz lesões gástricas, diferentemente do antiinflamatório não-esteroidal utilizado como controle positivo, indometacina, e que o extrato da carobinha protegeu os animais das lesões causadas pelo regime alimentar proposto.

Palavras-chaves: úlceras, Spiranthera odoratissima , Memora nodosa , camundongos

Resumo: 10.168

ATIVIDADES PROTEOLÍTICAS DO VENENO DO THALASSOPHRYNE NATTERERI

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Autores 1TENÓRIO, H. D. A.

1, MACHADO, S. S.

1, PEREIRA, H. J. V.

1 Instituição de Química e

Biotecnologia - UFAL

Apoio Financeiro: CNPq

Resumo Objetivos Identificar e caracterizar as atividades proteolíticas contidas no veneno no peixe Thalassophryne nattereri. Metodos Após a coleta dos espécimes o veneno foi extraído das aberturas nas pontas dos espinhos aplicando-se pressão nas bases das glândulas produtoras de veneno. A peçonha coletada foi agrupada e conservada em freezer a -20°C. A homogeneização foi feita por maceração em grau de porcelana com nitrogênio líquido. A atividade colagenase foi analisada em géis de poliacrilamida de 12%, contendo 1mg / mL de colágeno. Após a eletroforese, o gel foi incubado por 30 minutos à temperatura ambiente em um agitador rotativo com 0,05 M Tris-HCl, pH 7,4, contendo 2,5% de Triton X-100 para remover traços de SDS. O gel foi lavado com água deionizada para remover o excesso de Triton X-100 e, em seguida, incubado em tampão de incubação de zimografia (0.05 M Tris-HCl, pH 8,0; 0.15 M NaCl; 0.01 M CaCl2, CHAPS 0,02%) a 37 °C por 12 h. O gel foi corado com Coomassie Blue. O substrato cromogênico utilizado para a determinação da atividade proteolítica foi o Bapna. Em todos os ensaios a concentração dos substratos foi de 500 uM. Resultados O veneno de T. nattereri é uma secreção mucosa, de difícil homogeneização dificultando o emprego de técnicas de separação como cromatografia e a eletroforese. Trabalhos anteriores apontam para um grande número de substâncias contidas no veneno, como peptídeos e mucopolissacarídeos. A complexidade da amostra, descrita pela literatura, é evidenciada pela separação por SDS-PAGE. Observamos um grande número de bandas de proteínas com variado peso molecular. Entretanto, não se detectou a presença de atividades enzimáticas capazes de hidrolisar o Bapna (tripsina símile). Detectamos, por zimografia, pelo menos duas atividades colagenolíticas, corroborando com resultados descritos na literatura que descrevem a presença de metaloproteases neste veneno. Conclusão O veneno possui atividades colagenolíticas, que provavelmente se deva a uma metaloprotease. O veneno não possui atividade de serinoproterase tripsina símile. Em associação com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) estão sendo feitas análises proteômicas tipo shotgun. Pela abordagem LC-MS/MS foram identificadas 242 proteínas na peçonha do T.nattereri que agora precisam ser analisadas frente a banco de dados e estudadas com relação a prováveis atividades biológicas.

Palavras-chaves: Veneno, Proteases, Colagenases