Livro do Agrupamento do... · A minha mãe estacionou o carro à porta da escola, veio abrir-me a...
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Ao início estava assustada, pensei até que
poderia estar a delirar, desci as pálpebras que
cobrem os meus olhos como nunca o fizera e tal
foi o meu espanto quando ouvi alguém a chamar
pelo meu nome!
Mais segura, abri os olhos e reconheci logo
Gil Vicente, um dos autores que eu mais admiro!
Ele pediu-me para que me sentasse e
acalmasse. Assim o fiz.
-Luísa, não te assustes, sou eu, Gil Vicente!
Sei que és uma grande admiradora minha.
- Reconheci-te logo! É verdade, admiro-te
muito, assim como ao teu trabalho, mas o que
faço eu aqui? -perguntei.
-Estás aqui porque quero que conheças um
pouco melhor a tua terra e a mim também.
Emocionei-me com tão carinhosas palavras.
O dramaturgo levou-me pela cidade fora. Vi
coisas estranhas, mas apercebi-me de que as
pessoas estavam sempre felizes.
GIL VICENTE E EU
Quando eu era mais nova, tinha os meus onze
anos acabados de fazer, vivi um episódio que
ainda hoje me questiono se terá sido a minha
mente a pregar-me mais uma das suas partidas,
num daqueles sonhos sem lógica de serem
sonhados ou pura realidade!
O que se passou foi o seguinte: numa noite
de trovoada, a minha mãe, como habitualmente
fazia, foi ler-me uma história antes de me deitar.
Nesse dia, ela escolheu uma história que
adora: Voar em Guimarães.
Mesmo com os trovões lá fora a brigarem
violentamente entre si, eu consegui ouvir
atentamente a doce voz da minha mãe e entender
palavra a palavra do que ela dizia.
Acabada a história, adormeci. Senti um
formigueiro nos pés e uns calafrios a invadirem o
meu corpo. Abri os olhos. Já não estava em minha
casa, no meu quarto, na minha cama, estava agora
a sobrevoar Guimarães. Guimarães como eu
jamais o tinha visto.
25 ANOS
Dramaturgo e Poeta
Dos maiores de Portugal
Gil Vicente é o seu nome
E é um símbolo nacional.
Já lá vão quinhentos anos
Desde o seu nascimento
E que podemos relembrar
No nome do nosso Agrupamento.
Agrupamento Gil Vicente
Com motivos para festejar
São as Bodas de Prata
Que andamos a celebrar.
Ele contou-me as suas histórias e eu ouvi tudo
com a maior atenção possível.
-Está na tua hora Luísa, já tens que ir, gostei muito
de te ter por cá!
-Já? Mas ainda é tão cedo…-resmunguei.
-Vá lá… Vai e promete-me que vais guardar este
dia na tua memória.
-Combinado. Então, mas como vou eu para casa?
Ao pronunciar estas palavras acordei, já em minha
casa.
Terá sido apenas um sonho?
Cátia Gonçalves, n.º 9, 8.º B
Tenho muito orgulho
De nesta escola estudar
Aqui vou aprender
Para no futuro trabalhar
Passaram 25 anos
Desde a inauguração
Desejo mais vinte e cinco
Do fundo do coração!
José Daniel Duarte
Machado N.º 8 , 5.ºB
GIL VICENTE, O NOSSO HERÓI
Olha, olha quem ele é
É o grande Gil Vicente
Célebre e ilustre poeta
Que anima toda a gente!
Pai do teatro português
Que mais poderia ser?
É o herói da nossa escola
Outro não queremos ter.
João Novais – n.º 12, 6.º C
O MEU PRIMEIRO DIA DE AULAS
No meu primeiro dia de aulas do 1.º ciclo
acordei muito ansiosa e entusiasmada. Na noite
anterior, quase não dormi a pensar como seria o
primeiro dia, numa escola nova, com colegas
novos, tudo novo.
Mal acordei, depois de tomar banho, fui
lavar os dentes e tomar o pequeno-almoço, fui
vestir-me, toda contente, Tinha uma saia muito
colorida, uma t-shirt das Barbies, umas sapatilhas
a combinar com a roupa toda, duas tranças que
não me favoreciam muito, e a tal mochila de
rodinhas.
Entrei no carro. À minha frente, estava a
minha mãe, já cansada de me ouvir aos gritos. Eu
parecia uma pulga, não parava quieta, com a
excitação de ir para a escola. Estávamos mesmo
quase a chegar, comecei a ficar nervosa e com
receio. Devia ser por não conhecer ninguém, e
pelo ambiente ser totalmente diferente da minha
antiga escola.
Da janela do carro conseguia ver os meninos
todos a correr e a brincar de um lado para o outro.
A minha mãe estacionou o carro à porta da escola,
veio abrir-me a porta e eu saí muito
apressadamente, mas ainda com algum receio. Fui
em direção à entrada da escola e esperei que
alguma funcionária ou alguma professora me viesse
buscar, mas como isso não aconteceu dirigi-me
então às salas.
Esperei imenso tempo, até que desse o toque,
por isso sentei-me na primeira cadeira que
encontrei e comecei a comer um pacote de
bolachas. Quando finalmente tocou, vieram os
meninos todos a correr e a gritar para dentro da
sala. À primeira vista, assustei-me um bocado, mas
depois fui-me habituando.
Nesse dia, fiz uns desenhos relacionados
com a escola e com os meus novos amigos.
No primeiro intervalo, fiz logo colegas
novas, fomos todas brincar nos escorregas, e jogar
às escondidinhas juntamento com os rapazes da
minha turma.
Às 17.30 horas, a escola acabou e eu fiquei
sentada num banquinho à espera que a minha mãe
me viesse buscar depois de um dia longo e de
muita brincadeira.
Mafalda Martins n.º3 8.ºD
ALICE
A Alice é uma criança com cinco anos.
Ela é bonita e estilosa.
O seu cabelo, de tamanho médio, é liso e
escuro. De rosto oval e muito expressivo, com
olhos pequenos mas brilhantes destaca-se o seu
narizito redondito e pequenito. Com uma boca
pequena e sempre sorridente.
Alice tem várias qualidades, mas aquelas
que se destacam e me atraem mais são sem dúvida
a sua simpática e a sua alegria.
Gabriela, 5.ºD
Finalmente, tinha chegado o momento de
entrar. O meu coração não parava, estava quase
a sair-me pela boca.
A minha primeira impressão da escola foi
que ela era grande e tínhamos de andar muito
para chegar às salas. Cheguei e ainda estava
tudo calminho, mas quando chegou o primeiro
intervalo, uma onda de alunos invadiu o
corredor. Eu fiquei chocada com tantos alunos e
só queria descer as escadas e ir para um lugar
seguro.
O pior ainda estava para acontecer - a ida
para casa de camioneta. Tantos alunos aos
encontrões para tentar entrar e não percebia e
continuo sem perceber o porquê de eles fazerem
isso, visto que acabariam por entrar no final de
contas!
Foi um dia repleto de emoções que irei
recordar com muito carinho
O PRIMEIRO DIA NA ESCOLA GRANDE
O meu primeiro dia de aulas, no segundo
ciclo, foi e será um dia de que nunca me vou
esquecer.
Recordo-me de perguntar ao meu irmão
como se usava o cartão para entrar na camioneta,
de lhe perguntar como se distinguia o autocarro e
de como se fazia a paragem.
Estava tão nervosa por conhecer os novos
professores, entusiasmada por saber como seria.
Afinal ia para o segundo ciclo, é uma fase de
crescimento importante!
No dia, lembro-me de acordar mais cedo do
que o habitual, e já estava de mochila nas costas
pronta para partir.
Todos se alegraram e agradeceram a Deus
este grande milagre. A avó mandou fazer obras
na sua casa velha e quando chegou o Natal estava
tudo preparado para esta reunião de família.
Foi uma festa maravilhosa e, para surpresa
de todos, a avó ofereceu o restante dinheiro para
o seu filho abrir um negócio. Os netos adoraram
a ideia!
Trabalho coletivo dos alunos do apoio do 5º B
ESPÍRITO DE NATAL
Num dia de dezembro, num Lar de Idosos
da cidade de Guimarães vivia uma senhora na
casa dos setenta anos, chamada Teresa. Era
muito carinhosa com todos e inteligente, mas
sentia-se infeliz porque nunca tinha visitas dos
seus familiares. Só tinha um filho casado e dois
netos, um menino e uma menina, mas estavam
emigrados em França, pois em Portugal não
tinham emprego.
Os netos desejavam muito visitar a avó,
porque gostavam muito dela e estavam cheios
de saudades. O problema é que os seus pais não
tinham dinheiro para a viagem e, por isso, não
podiam passar o Natal todos juntos.
Um dia aconteceu um milagre! A avó
Teresa comprou uma raspadinha de cinco euros
e saiu-lhe muito dinheiro. Resolveu, então, que
pagaria a viagem a toda a sua família e
comunicou-lhes imediatamente esta fabulosa
novidade.
És a porta das Nicolinas,
Estandarte da Academia,
Os estudantes e as meninas
Celebram com alegria.
E depois vem o Natal:
Que época tão bonita!
E tu és a peça principal
Que o meu coração agita.
Ana Carolina Leite Antunes
5.ºD N.º1
Magia das palavras
“Pinheiro” foi a palavra em que pensei,
Árvore de simbologia tamanha,
Entre vales à tua procura andei,
Até que te avistei numa montanha.
Basta reparar
numa folha para desenhar
e tinta para a pintar
e imaginar um jardim para brincar
e numa árvore para à sombra descansar.
Joana Garcia, 5.ºC
Basta Reparar
Basta reparar
numa flor para a cheirar
e depois no campo para a plantar
e imaginar as pétalas para a relembrar
e imaginar numa cor para lhe dar.
Joana Garcia, 5.ºC
P’ra se vestir todos os dias
ela tem muitas manias,
cuida bem do seu look
e passa a vida no Facebook.
A Ana sem computador
ai meu Deus! Que horror!
Debaixo da almofada
Tem os dentes e a fada,
Debaixo do cobertor
Mora o computador…
Ana Francisca Teixeira Pinto, 5.º B, n.º 2
A MENINA ANA
A menina Ana
gosta muito de banana,
o quivi e a maçã
dá-os à sua irmã.
Ela é muito desarrumada
e quase nunca está calada,
fala, fala, tagarela
e gosta da cor amarela.
Li um livro de princesas,
Reis, rainhas e condessas
Com coroas de cristais
Que encantavam animais.
No meu mundo de imaginação
Não há limites nem fronteiras
Mil reinos vou criar
E a todos encantar.
Martinha, 5º A, nº 16
POEMA À MANEIRA DE….
Eu sou a Martinha
E gosto de imaginar
Poemas ou histórias
Qual hei de selecionar?
Com um lápis ou uma caneta
Um monstro vou desenhar
Com sete grandes cabeças
A todos vou assustar.
Não sai de casa
Sem ele debaixo da “asa”.
Quando está na cama
Recebe sempre uma chamada
Do seu primo Luís
Que a quer ver feliz.
Catarina, 5.º B, .º 3
O TELEMÓVEL
A menina Catarina
Usa tão bem o telemóvel
Que merece o Prémio Nobel!
E para o Nobel ganhar
Os dedos tem que treinar
Para mais rápido
As mensagens enviar.
JÉSSICA
Vou apresentar-vos a minha prima Jéssica.
Ela tem dezasseis anos. É uma rapariga
jovem, de estrutura média e muito elegante.
Jéssica é magra com longos cabelos claros. O
seu rosto é oval, onde sobressaem uns lindíssimos
olhos azuis muito vivos e expressivos que se
assemelham a um diamante. Ela tem um nariz
muito saliente e uma boca bem desenhada, com
lábios muito vermelhos.
Jéssica é simpática, meiga, amável,
honesta, responsável, carinhosa, alegre, sorridente,
brincalhona, mas é um pouco preguiçosa. Tem
uma forma de ser muito simples, embora
evidencie alguma vaidade.
Eu gosto muito da Jéssica porque a
considero boa pessoa e tenho muito orgulho em
conhecê-la.
Irina, 5.ºC
Gosto de jogar
Para a equipa ajudar.
Se não consigo marcar
Ajudo a concretizar.
Tenho que correr
Para melhor defender.
Se não for campeão
Sou apenas subcapitão.
José Daniel, 5.º B, n.º 8
Daniel, o futebolista
Chamo-me Daniel
E pertenço a um plantel.
No futebol, sou o Zé
E o treinador também é.
Sou titular
E gosto muito de jogar!
Quando tenho a bola
Ela rebola e rebola.
Gosto de rematar
E de um golo marcar.
No futebol sou feliz
É o treinador quem o diz.
UM MENINO LOUCO
Era uma vez um menino chamado Pedro que
vivia junto a um monte.
Esse menino era um brincalhão, esperto e
adorava andar de bicicleta.
Um dia, apeteceu-lhe dar um passeio com o
seu velocípede, bem junto ao seu monte
preferido. Pedalou, pedalou e lá foi ele.
Para seu azar, depois de ter pedalado um
bom bocado, começou a chover, mas, ele já
estava distante de casa, e, se regressasse
apanharia uma grande molha!
Então escondeu-se atrás de um rochedo, à
espera que a chuva abrandasse. Porém, estava a
acontecer exatamente o contrário; a chuva nunca
mais parava e cada vez chovia mais e com mais
força, chegando mesmo a cair granizo. O menino
estava cada vez molhado, pois o rochedo não o
protegia.
O Pedro não sabia o que fazer, até que
ouviu o seu pai chamar por ele. De imediato o
rapaz foi em sua direção, e abrigaram-se os dois
do temporal, no sopé do monte.
De seguida, foram ambos para casa e
quando lá chegaram o Pedro viu a sua mãe muito
preocupada que logo lhe deu um abraço. O pedro
vivera uma grande aventura.
Pedro Francisco Ferreira n.º15, 5.ºC
Adora jogar futebol
E é um grande atleta
Está sempre preparado
Para cortar a meta.
Para finalizar
Este singelo poema
Ele quer declarar que tem
Os melhores pais do planeta.
Lucas, 5.º A, n.º 14
O MENINO LUCAS
O menino Lucas
Adora brincar
Com os amigos
Que costuma acompanhar.
Está sempre divertido
E é muito animado,
Mas quando faz algo errado
Fica logo mal-humorado.
Gosta bem de viajar
Com os seus queridos pais,
Mas a sua maior alegria
É conhecer novos animais.
O MONSTRO COME CORES
Era uma vez uma borboleta
que vivia num país de campos verdes e
floridos.
Certo dia, ela resolveu voar sobre um
riacho e mirar-se nas águas límpidas. O
que viu deixou-a profundamente assustada.
O que seria?
Uma sombra grande e preta estava ao
pé de uma rocha. A borboleta sem medo foi
pesquisar o que seria aquilo. Parecia um
monstro! De repente moveu-se e foi para o
meio de um prado e começou a esburacá-
-lo…
A borboleta percebeu que era o
monstro que vivia à procura das cores,
inimigo deste reino de campos verdes e
floridos. Se o deixasse à vontade ele iria
deixar aquele país sem cor, sem beleza e sem
vida.
Como não queria isso, rapidamente
voou até à Rainha Flora, explicou-lhe o
problema e esta deu-lhe o pó mágico para
deitar sobre campos, jardins, canteiros,
vasos… A Rainha Flora tinha baldes e baldes
de um pó misterioso para defender o seu
reino.
A borboleta cumpriu a sua missão e o
Come Cores continuou a comer, mas a
natureza continuava feliz e colorida, pois a
magia da Rainha era poderosa e eterna.
Maria João Macedo Santos, 5.º B, N.º 11
Finalmente chegou a esse local e como
por magia tempo melhorou. Então começou
a pescar. As horas passaram e nada tinha
pescado! Quase a desistir, sentiu que uma
criatura marinha tinha mordido o isco.
Puxou-o a apareceu-lhe um peixinho que lhe
disse:
- Se me devolveres ao mar verás que as
tuas contas serão pagas e terás uma surpresa!
O pescador refletiu e largou-o a pensar
que o peixe era pequeno e que de pouco lhe
servia.
Alguns dias depois, a sua vida mudou,
arranjou um bom trabalho, pagou as contas e
mudou de casa. Afinal o peixe cumpriu o
prometido! Luís Alexandre, 5.º A, n.º 15
UMA PESCA INVULGAR
Num belo dia de sol reluzente, um
pobre pescador encontrava-se estendido
na cama a pensar o que ia fazer, pois tinha
muitas contas para pagar e estava sem
dinheiro.
Este homem vivia sozinho e no seu
trabalho ganhava pouco, por isso pegou
na sua cana de pesca, no anzol, no isco e
numa rede, meteu-se no seu velho barco e
dirigiu-se até ao sítio conhecido pelo Mar
das Riquezas.
Pelo caminho o céu começou a ficar
sombrio como breu, os relâmpagos
pareciam flechas a voar, mas o pescador
não desistiu e continuou a viagem um
pouco perdido.
A BORBOLETA DESBOTADA
Era uma vez uma borboleta que vivia
num país de campos verdes e floridos.
Certo dia, ela resolveu voar sobre um
riacho e mirar-se nas águas límpidas. O que
viu deixou-a profundamente assustada. O
que seria?
Tinha ficado sem cor! Resolveu
imediatamente chamar o Sábio da floresta.
Depois de muitas horas, o Mocho Sábio
disse à borboleta que teria de mergulhar
num certo rio e encontrar a pedra mais
bonita e brilhante que visse. Para isso teria
de usar a sua proteção mágica para não
morrer.
Voou por montes, vales e prados
repletos de flores de mil cores e de
planícies verdejantes.
Por fim, de tão cansada resolveu fazer
uma pausa. Ao longe viu um rio que corria
alegremente. Levantou voo e quando olhou
para as águas viu milhares de pedras
reluzentes. Lembrou-se do que tinha de
fazer, mergulhou e apanhou uma linda
pedrinha verde muito brilhante.
A borboleta levou a pedrinha preciosa
ao Sábio que sorridente a passou pelas asas
desbotadas e ela logo adquiriu várias cores
magníficas!
Ficou muito feliz, agradeceu ao seu
protetor e disse-lhe que iria ouvir sempre
os seus conselhos.
Bárbara Sofia, 5.º A, n.º 2
O MEU PRIMEIRO DIA DE AULAS
Era de madrugada, olhei pela janela e
ainda não havia sinal do sol, estava tão
ansiosa que começasse o meu primeiro dia
de aulas que não conseguia pregar olho.
Finalmente o despertador tocou e a
minha mãe levantou-se rapidamente para
me preparar, visto que ela ia trabalhar foi a
minha avó que me levou á escola. Vesti a
minha camisola preferida da “ Hello Kitty”,
calcei as minhas sapatilhas com luzes,
a minha prima mais velha fez-me umas
belas tranças no meu cabelo loiro que me
desciam pelos ombros como
alegres serpentes
Antes de ir para a escola, eu e a minha avó
fomos ao café do Sr. Alberto tomar o
pequeno-almoço como fazíamos sempre
nos dias especiais.
Ao chegar ao portão da escola, avistei
rapidamente as minhas melhores amigas
que me acompanharam desde o pré-escolar.
Sem pensar, larguei a mão da minha avó e
fui a correr até elas. Esqueci-me
completamente da minha avó, pois nem
sequer me despedi dela, mas tenho a certeza
de que ela largou um grande sorriso ao ver
-me tão entusiasmada.
Passados alguns instantes, a
campainha tocou, ou seja, a minha
primeira aula ia começar.
Como o meu nome começa com uma
das primeiras letras do alfabeto, sentei-me
na secretária da frente com um rapaz com
um ar estranho, chamado Duarte.
Desde a nossa primeira troca de
olhares, até hoje, nunca gostei dele. A
professora era gordita, usava chapéus
abstratos, argolas do tamanho do meu
pulso e anéis em todos os dedos mas a
minha primeira impressão foi positiva,
pois além de ser simpática, tinha o mesmo
nome que eu.
Beatriz
Quando deu o toque para o intervalo,
eu e as minhas amigas fomos a correr para o
recreio para sermos as primeiras da nossa
turma a experimentar os baloiços. Para além
dos baloiços, existia um escorrega, dois
cavalos e uma série de ferros para fazer
pinos e cambalhotas.
Sem que me apercebesse a lua já
começava a espreitar, e de repente ouvi a
buzina de um carro. Era o meu pai, o que
queria dizer que o meu primeiro dia já tinha
acabado. Despedi-me dos meus colegas e
fui embora, feliz , pois no dia seguinte iria à
escola novamente.
Beatriz Ferreira N.º7 T.ª B