Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição maio de 2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Else Albuquerque

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra e Junio Amaro

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Introdução

Amado leitor, algo que todo cristão precisa compre-ender é que as lutas vêm para todas as pessoas. A dife-rença está em saber lidar com elas. Enquanto uns desis-tem, outros reclamam. Há até quem só agradece por tudo após ver o desejo concretizado. E este é um dos grandes erros cometido por muitas pessoas. Podemos chamá-las de “Tomés”.

A palavra que quero deixar ao seu coração, por meio do Espírito Santo, é justamente a de fé. É crer que Deus é poderoso para cumprir com cada promessa que fez, ain-

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da que as circunstâncias digam o contrário. E você preci-sa ser grato, pois mesmo que Deus não nos concedesse mais nada, ainda assim, não deveríamos murmurar, uma vez que o maior de todos os bens Ele já nos deu: Jesus Cristo!

Minha oração é para que Deus fale contigo por meio dessa simples, mas poderosa mensagem. Ore comigo:

“Ó Deus e Pai, quero ouvir a tua voz. Senhor, eu oro para que a tua Palavra me edifique, me exorte e me console. Que a tua Palavra traga esperança e salvação, reconciliação e milagre. E eu oro para que eu tenha o coração receptivo à tua Palavra. Em nome de Jesus. Amém!”

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É hora de saIrmos do nosso egIto

Tudo o que está nas Escrituras foi escrito para o nos-so ensino. Não há absolutamente nada na Bíblia que não seja relevante, nada que não tenha uma mensagem para o nosso coração. Não há uma única palavra que não seja a própria Palavra de Deus. Por isso, abra o coração e diga para Deus que você deseja ouvir a voz dele.

De início, gostaria de meditar acerca de algo no livro de Êxodo, mais especificamente sobre a saída do povo de Israel do Egito. Após estarem vivendo por 430 anos em re-gime de escravidão, estava mais que na hora de sair dessa

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condição. O pior tipo de vida que existe é a de escravidão. O indivíduo é totalmente privado de liberdade, de ter algo ou ser alguém, já que está na condição de prisionei-ro, sem vontade própria, tolhido de tudo e para tudo. E por todo esse tempo em que estivera vivendo como es-cravos, o povo sofreu, gemeu, chorou. Até que todo isso chegou aos ouvidos e coração de Deus. Não que não ou-visse antes, mas chegara o momento e a hora do milagre, da intervenção miraculosa dos céus sobre o povo e sobre o próprio Egito. Era também o momento de Deus se reve-lar de modo como nunca antes o povo vira.

Moisés fora escolhido e capacitado para essa gloriosa missão, ainda que de início, talvez temendo pela própria vida, resistisse. Sinais e maravilhas da parte de Deus pas-saram a acontecer. Tudo para que, de imediato, o coração de Faraó fosse quebrantado, quebrado, assim como sua arrogância e prepotência. Vieram então as dez pragas. Até a nona delas, Faraó ainda se mostrava duro, resisten-te, frio. Até que a última delas veio: a da morte dos primo-gênitos, quando seu próprio filho não seria poupado. A fim de que o anjo da morte não visse sobre as famílias, era necessário o derramamento de sangue de um cordeiro. O sangue vertido deveria ser aspergido nos umbrais da por-ta, pois naquela noite, a morte viria sobre todo o Egito. As casas que tivessem a marca do sangue seriam invioláveis, não seriam tocadas. Mas as que não tinham a marca do sangue, a morte não pouparia o primogênito nela.

O número dos que saíram do Egito era de milhares

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de milhares. Há estimativas de que cerca de três milhões de pessoas partiram rumo a Canaã, à terra prometida. Todos partiram levando de tudo que podiam, até mes-mo a riqueza e os bens do Egito. E imagine. Eles estavam acostumados a viver uma vida opressa, sem liberdade, e agora livres, como seria?! Toda uma geração partira do Egito. Seria um longo caminho, uma longa jornada, a ser percorrida. O deserto seria o caminho que conduziria à terra prometida. Os obstáculos seriam inúmeros.

O mar Vermelho foi o primeiro deles. Imaginemos a cena: dos lados, as montanhas. À frente, o mar. E logo atrás deles, no seu encalço, Faraó e sua “tropa de choque”, o seu exército. No coração de cada um deles, a amargu-ra, ódio, a ira, pois eles acreditavam que toda a sorte de males que vieram sobre o Egito viera por causa do povo de Israel. A ira de cada um deles também tinha uma ra-zão: é que muitos dos primogênitos de suas casas foram tragados pelo espírito da morte. Eles vinham com muita fúria, exatamente para buscarem o povo de volta, para escravizá-los ou matá-los.

O pânico tomara conta de todo o povo de Israel. Os carros de Faraó, carros de ferro, aproximavam com fúria, com as lâminas em punho que reluziam ao brilho do sol. Imaginem o medo e a angústia que começaram a tomar conta de cada coração dos que estavam com Moisés. Êxo-do 14. 11 registra o lamento em tom de pânico e angústia do povo: “Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos no deser-

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to? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egíp-cios do que morrermos no deserto.”

Quantas vezes, as pessoas agem da mesma maneira? Elas são libertas do cativeiro, de Satanás, mas quando co-meçam a caminhada, no primeiro obstáculo, sob a fúria do inimigo para trazê-los de volta para a escravidão, bate aquele sentimento de saudosismo no coração: “Não valeu a pena! Vou morrer! Seria melhor que estivesse na condição que eu estava”. Que condição é essa? A de escravo. Ob-serve o verso 13, ainda no capítulo 14 de Êxodo: “Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egíp-cios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis.”

Nós falamos demais, murmuramos demais, Muitas vezes, trazemos em nossas palavras a incredulidade. Por isso é que temos de nos calar. Enquanto o povo murmu-rava, reclamava, dizendo que morreria, Moisés disse uma palavra de esperança: “Não temais”. Surge então a inda-gação no coração: “Como? Como não ter medo, se atrás de nós vem o inimigo, com ódio, desejoso de vingança? Es-tamos cercados por montanhas, muralhas, obstáculos, e à nossa frente, o mar do medo, da dúvida, da indecisão, da angústia. Para onde iremos? Como sairemos dessa?” A pa-lavra de Moisés fora: “Não temais; aquietai-vos”.

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FÉ para cantar

A nossa fé em nosso coração só se manifesta quando nos aquietamos. Paulo escreve aos filipenses: “Não andeis ansiosos de coisa alguma” (Filipenses 4.6a). O cuidado de Deus conosco é tão grande! A própria Palavra atesta que até mesmo os fios de cabelo de nossa cabeça estão con-tados (Mateus 10.30). Uma outra tradução afirma que os nossos cabelos estão numerados. Assim quando um fio de cabelo de nossa cabeça cai, Ele sabe. Até mesmo as fo-lhas das árvores só caem por determinação de Deus, que governa toda a natureza. Nesse contexto, nada que nos acontece é em razão do chamado “destino”. Se tudo está escrito e determinado, foi o próprio Deus que determi-

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nou. Embora devamos reconhecer que muito do que nos acontece pode ser em razão de nossas escolhas. O Senhor é bom, e a sua misericórdia dura para sempre. Davi decla-ra isso em muitos dos seus salmos.

Voltando para Moisés! Por que será que ele não se apavo-rara diante daquelas circunstâncias? No momento de grande aflição, ele trouxera uma palavra de paz ao povo: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver.” Imagine Moisés dizendo ao povo justo quando o exército inimigo se aproximava: “Este exército que vocês estão vendo, nunca mais vocês o verão de novo!” Uma palavra contrária às circunstâncias, pois de um lado e do outro estava a monta-nha, à frente, o mar Vermelho, e atrás, o exercito de Faraó.

A atitude de fé é realmente crer no impossível, crer que Deus irá cumprir com cada uma de suas palavras, de suas promessas. Fé não é um sentimento, mas decisão e escolha. Moisés afirmara, no verso 14 (parte a) de Êxodo 14: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis.” O que o Senhor quer é que você se cale, em vez de murmurar. Nós, muitas vezes, falamos demais, murmuramos demais. Isso porque também somos incrédulos demais. Analisemos a palavra ORAÇÃO, que é composta por seis letras. Se tirar-mos as duas primeiras letras, ficará a palavra AÇÃO. Há um momento, quando você ora, e a sua oração tem de ser transformada em ação. Veja o que está escrito no verso 15: “Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.”

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Meus irmãos, nós não podemos caminhar por aquilo que os nossos olhos veem. Fé é algo espiritual. Nos versos 16 a 31, lemos:

“E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco. Eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que vos sigam e entrem nele; serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavala-rianos; e os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavala-rianos. Então, o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e passou para trás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles, e ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; a nuvem era escuridade para aqueles e para este esclarecia a noite; de maneira que, em toda a noite, este e aqueles não puderam aproximar-se. Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aque-la noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas divididas. Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram divididas. Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda. Os egípcios que os perseguiam entraram atrás deles, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavalarianos, até ao meio do mar. Na vigília da manhã, o Senhor, na coluna de fogo e de nu-vem, viu o acampamento dos egípcios e alvorotou o acam-pamento dos egípcios; emperrou-lhes as rodas dos carros e

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fê-los andar dificultosamente. Então, disseram os egípcios: Fujamos da presença de Israel, porque o Senhor peleja por eles contra os egípcios. Disse o Senhor a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem sobre os egíp-cios, sobre os seus carros e sobre os seus cavalarianos. Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar, ao romper da manhã, retomou a sua força; os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar. E, voltando as águas, cobriram os carros e os cavala-rianos e todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nem ainda um deles ficou. Mas os filhos de Israel cami-nhavam a pé enxuto pelo meio do mar; e as águas lhes eram quais muros, à sua direita e à sua esquerda. Assim, o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara contra os egípcios; e o povo temeu ao Senhor e confiou no Senhor e em Moisés, seu servo.”

Quando o povo chegou do outro lado, o que Moisés fez? Ele cantou, como está escrito no capítulo 15, versos 1 a 19:

“Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro. O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salva-ção; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei. O Senhor é homem de guer-ra; Senhor é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus capitães afogaram-se no mar Ver-

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melho. Os vagalhões os cobriram; desceram às profundezas como pedra. A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaça o inimigo. Na grandeza da tua excelência, derribas os que se levantam contra ti; envias o teu furor que os consome como restolho. Com o resfolgar da tuas narinas, amontoaram-se as águas, as correntes pa-raram em montão; os vagalhões coalharam-se no coração do mar. O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada, e a minha mão os destruirá. Sopraste com o teu vento, e o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em águas impetuosas. Ó Senhor, quem é como tu, entre os deu-ses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? Estendeste a destra; e a terra os tragou. Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força levaste à habitação da tua santidade. Os povos o ouviram, eles estremeceram; agonias apoderaram-se dos habitantes de Filístia. Ora, os príncipes de Edom se perturbam, dos aposentos de Moabe se apodera temor, esmorecem todos os habitantes de Canaã. Sobre eles cai espanto e pavor; pela grandeza do teu braço, emudecem como pedra; até que passe o teu povo. Ó Senhor, até que passe o povo que adquiriste. Tu o introduzirás e o plantarás no monte da tua herança, no lugar que aparelhaste, ó Se-nhor, para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram. O Senhor reinará por todo o sem-pre. Porque os cavalos de Faraó, com os seus carros e com os seus cavalarianos, entraram no mar, e o Senhor fez tornar

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sobre eles as águas do mar; mas os filhos de Israel passaram a pé enxuto pelo meio do mar.”

Observe agora o verso 20 de Êxodo 15: “A profetiza Mi-riã, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triun-fou e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.”

Observe bem. Horas antes, todos, estavam dizendo que iriam morrer, e minutos depois estavam do outro lado, alegres pelo livramento. Deveria haver mais de dois milhões de pessoas, sendo que o número de mulheres deveria ser de pelo menos um milhão e duzentas mil. E todas seguiram a Miriã com tamborins e com danças, cantando: “Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triun-fou e precipitou no mar o cavalo e seu cavaleiro.” Mulheres, cheias de alegria, cantavam e dançavam. Miriã estava cantando, certo? Ela estava cantando alguma heresia? Não! O que elas estavam cantando era a verdade. Eles es-tavam cantando a música certa.

Tudo que eles cantavam era certo, a alegria deles era certa. Porém, todos estavam do lado errado. Aquela can-ção não era para ser entoada ali, mas deveria ser entoada antes mesmo deles atravessarem o mar Vermelho, e não após tê-lo atravessado. Muitas vezes, agimos da mesma maneira. Gostamos de cantar, porém, só após termos atravessado os nossos “mares vermelhos”, e não antes. E em vez de cantarmos antes de obtermos a vitória, nos entregamos à murmuração, à lamúria. Contemplamos

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apenas as dificuldades, os problemas, e choramos, dizen-do: “Ai, meu Deus, vou morrer! E agora?” Porém, quando Deus nos conduz seguros até o outro lado, até a vitória, cantamos, dançamos, pulamos, gritamos. Não deveria ser assim. Deus deseja que proclamemos em cântico a nossa vitória, ainda que de imediato não a contemplemos. Isso é cantar a música certa do lado certo. Isso também é fé. E fé é você crer que Deus chama à existência as coisas que não são como se já fossem. Está escrito: “Deus traz à exis-tência as coisas que não são como se já fossem” (Romanos 4.17). Louve a Deus do lado de cá. Veja seu marido, seus filhos, salvos, cheios de Deus. Passe a vê-lo assim. “Deus chama à existência as coisas que não são como se já fos-sem.” Muitas vezes queremos cantar do outro lado e do lado de cá, agimos como a multidão no Egito: “Será, por não haver sepulcro no Egito que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazen-do-nos sair do Egito? Não é isso que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto”. Após a travessia a pés enxutos, o povo agora se rejubila do ou-tro lado, com os tamborins e festa.

Nós temos de ter o cântico certo e cantá-lo do lado certo também. O cântico de Israel não fora um cântico de fé, porque eles cantaram somente do outro lado do mar Vermelho, do lado da vitória, e não do lado do teste e da provação.

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cântIco certo, e do lado certo

Há sempre dois lados em todas as nossas lutas, em todas as nossas provações, em todas as nossas tentações. A crise não desenvolve o nosso caráter, mas apenas o revela, revela o que temos dentro do nosso coração. Nossa fé é aperfeiço-ada quando assumimos esta posição de gratidão. Existe o lado do teste e da provação, o lado das trevas e da desespe-rança, o lado da vitória e da libertação. Você pode imaginar a cena de Israel logo após a vitória, como nós vimos Miriã, dançando, os tamborins sendo tocados, os cânticos sendo entoados, a alegria, a recordação de como atravessaram o

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mar a pés enxutos! Meus irmãos, o teste contribui para construir em nós o alicerce da nossa fé no Senhor, a nossa confiança nele. Cada crise que enfrentamos torna-se uma oportunidade para aprendermos a confiar no Senhor. Podemos dizer que o teste, no mar Vermelho, fora uma oportunidade para que os israelitas pudessem conhe-cer o próprio coração, para verem a dúvida que tinham dentro deles, para se voltarem para Deus, com fé. Eles já tinham visto tantos milagres do Senhor, dos dez sinais que Ele fizera com sua mão forte no Egito, e agora, diante do mar Vermelho, perderam a fé e começaram a acusar a Deus, o Pai amoroso, de havê-los negligenciado.

Quantas vezes, diante de uma crise, de uma situação, a pessoa começa a acusar a Deus, dizendo: “Deus não se importa, não liga, não está nem aí para mim!” Quantas ve-zes é uma situação de desemprego, um problema fami-liar, um problema financeiro, um sonho que não se reali-zou, e de repente, diante do mar Vermelho da vida dela, se esquece de tudo o que Ele já fizera na vida dela. Há um cântico da minha filha, Ana Paula, que diz: “Quero tra-zer à memória aquilo que me dá esperança”. No momento de luta, de provas, traga à memória os grandes feitos do Senhor na sua vida. Permita que a dor seja um momento para você encharcar o coração de esperança. Deus nunca falhou e nunca vai falhar.

Nós precisamos aprender a cantar o cântico certo, e do lado certo. É cantar antes. Alguns podem dizer: “Mas, pastor, não é natural cantar cântico de livramento na dor”.

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Mas Deus não vê assim, pois a sua perspectiva é totalmen-te diferente da nossa. No verso 15 do capítulo 14, lemos: “Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Deus deseja ação. Você olha as dificuldades e, em vez de ficar simplesmente tolhido por elas, de ficar choramingando e dizendo “não dá!”, o Senhor diz: “Marche, caminhe, avance!”

Será que o coração de Deus é um coração mau? Será que Ele não estava se importando com o povo quando mandou que eles marchassem? Saiba, amado do Senhor, que o Pai nunca abandonará você. Deus nunca envergo-nhará você. Deus nunca vai colocar você em uma situação de ridículo. Absolutamente não. Ele é um Pai amoroso. Quando Deus diz: “Marche!”, Ele tem, no mínimo, um mi-lhão de meios para o livrar. Se cantarmos somente após a vitória, será um cântico sem fundamento, sem alicerce. E é isto que tem, muitas vezes, acontecido na nossa vida. Você participa de um culto de domingo, Deus fala ao seu coração, você canta, mas três dias depois, no primeiro obstáculo, você esquece tudo o que Deus fez. Isso fora o que aconteceu com o povo de Israel. Veja o verso 22 do capítulo 15: “Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no de-serto e não acharam água.”

Setenta e duas horas após aquela explosão de júbi-lo, com Miriã, os tamborins e todos cantando, temos de novo a murmuração do povo:

“Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber

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as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então, Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou, e disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor que te sara. Então, chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.” (Êxodo 15. 23 a 27).

Meus irmãos, logo depois da emoção, da alegria da-quele momento, três dias depois, sem água, eles chega-ram a um oásis, e quando a multidão foi tomar água e encher os cantis, qual não fora a surpresa: as águas eram amargas. E, de repente, o povo começou a murmurar: “Ah, vamos morrer, as águas são amargas; por que viemos para cá?” Eles só cantavam do lado de lá, sendo que fé não é cantar depois que as águas estão doces, mas enquanto elas estão amargas. Fé é continuar crendo: “Pai, eu louvo o teu nome porque para o Senhor todas as coisas são possí-veis. As águas são amargas, mas eu canto porque o Senhor transforma as águas amargas em doçura”.

Cantar do outro lado é tão fácil! Fé é cantar do lado de cá, quando a sua família está com problemas, quando você olha o seu saldo no banco e está zerado, quando o

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médico convoca toda a família para apresentar o resulta-do do exame. Nós não podemos caminhar por aquilo que os nossos olhos veem. Quantas vezes as circunstâncias da vida são tão amargas que ferem o nosso coração de maneira intensa, situações que vêm como um rolo com-pressor! Entretanto, à medida que descansamos no Se-nhor, que reconhecemos o amor incondicional de Deus por cada um dos seus filhos (incluindo eu e você), o cân-tico certo surge no momento certo. Deus dissera a Josué: “Não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1.5). Assim deve ser o nosso dizer: “Tudo posso naquele que me for-talece” (Filipenses 4.13). Ele também nos disse: “E eis que estou convosco todos os dias” (Mateus 28.20).

Ali, diante das águas amargas, o povo começou a murmurar. Quantas vezes você chega em casa e a sua mu-lher está de cara feia! Outras vezes, é o marido que chega com ‘aquela cara’. Amargura, águas amargas. O sábio Sa-lomão afirmara certa vez que “o coração alegre aformoseia o rosto” (Provérbios 15.13). Lemos em Neemias 8.1 que “a alegria do Senhor é a nossa força”. Quando você está bem com Deus, quando caminha por fé, com sinceridade dian-te dele, reconhecendo que o problema está te causando dor sim, mas acima de tudo, que Jesus levou nossas dores e enfermidades, crendo que as muralhas da sua vida cai-rão por terra, tudo ganha novo significado, pois sabemos que Deus, e apenas Deus, está no controle. Se assim o permitirmos, claro.

Diante das águas amargas da vida é que temos que

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agir, e não cruzar os braços e esperar. O Senhor mandou o povo de Israel marchar e não dormir. Profetize, pois há poder nas suas palavras. Você, moça e rapaz, solteiros, di-gam: “Pela fé, eu já me vejo casado com um servo ou uma serva de Deus, maravilhoso, maravilhosa”. É isto: cântico certo no lado certo!

Agora observe a paciência e a bondade de Deus. Ele dissera para Moisés: “Moisés, corte uma árvore, corte o ma-deiro e lance nas águas”. E as águas ficaram doces. Você pode cantar do lado de cá a cada instante, porque há dois mil anos atrás, Deus nos deu o madeiro, nos deu a cruz, nos deu o sangue de Jesus, que pode absorver toda a amargura, toda morte, que existe nas águas amargas que porventura houver em nossas vidas. É por isso que do lado de cá você pode caminhar por fé, acima das cir-cunstâncias, cantando e louvando ao Senhor. Um brado de vitória a Ele, Aleluia!

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nosso cântIco

aInda maIs longe

O mundo aí fora espera um cântico nosso. Seus vizi-nhos querem ouvir um cântico. As pessoas anelam ouvir um cântico. Há um cântico para ser entoado e precisa ser cantado do lado certo. O mundo saberá se você é um crente ou não se cantar certo e do lado certo. Que cântico é esse? O da vitória, do da fé em Cristo Jesus, ainda que esse mesmo mundo esteja apregoando crise. Podemos afirmar, em fé: “Estamos em Cristo, e não em crise”

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Davi escrevera o Salmo 137 quando novamente o povo de Israel estava no cativeiro na Babilônia. A Babilônia era uma nação que não conhecia a Deus, e o seu povo carecia de algo de Deus. Veja o que disse Davi no verso 3: “Pois aque-les que nos levavam cativos nos pediam canções.” Aqueles três moços que estavam em Babilônia - Sadraque, Mesaque e Abede-Nego - foram confrontados em meio a perseguição: “Ou vocês se curvam diante da imagem do rei Nabucodonosor e adore-a, ou serão lançados na fornalha”. O que fizeram eles? Ficaram em pé e cantaram, declarando em fé: “O rei, o Deus, a quem nós servimos, pode nos livrar. Mas se Ele não nos livrar, mesmo assim, não nos curvaremos”. E foram lançados dentro da fornalha, com as labaredas ainda mais intensas que quei-maram e mataram os próprios indivíduos que os lançaram lá dentro. E de repente, os três lá estavam, passeando em júbilo ao verem uma Quarta Pessoa. O rei falou: “Nós não jogamos três? Como eu estou vendo quatro? E o semblante do quarto é semelhante ao de um filho dos deuses”. Os quatro esta-vam lá, caminhando, fogo de um lado e de outro. O rei mandou que eles saíssem e, quando saíram, o Quarto Ho-mem desaparecera. Diz o texto que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não tinha sequer cheiro de fumaça em suas roupas. As únicas coisas que queimaram foram as cordas que os amarravam (veja Daniel 3). Eles não cantaram de-pois que saíram da fornalha, mas antes. “Pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opres-sores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião.”

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Ande pelas ruas entoando cânticos. Cante no seu tra-balho, na sua escola, entre os seus familiares. Cante um cântico de esperança. “Como, porém, haveríamos de ento-ar o canto do Senhor em terra estranha?”, questionaram os da Babilônia. Meu irmão, ao lado do Senhor não há terra estranha. Os babilônicos conheciam a história de Israel, conheciam acerca do milagre da abertura do mar Verme-lho, sabiam como os muros de Jericó ruíram, sabiam que durante o êxodo, o maná fora enviado do céu. E o milagre que o mundo quer ver é o da sua vida. Nós podemos fi-car impressionados com os milagres que a medicina tem alcançado e ainda com os “milagres tecnológicos”. Mas o que todos querem ver, realmente, é o milagre na sua vida. Em Êxodo 14 lemos acerca dessa grande festa, após o povo ter passado a pés enxutos o mar Vermelho, e no capítulo 15, o milagre das águas amargas terem se torna-do doces. Mas, de novo, a murmuração. Deus dera uma oportunidade final ao povo para que viessem a crer no seu plano. Moisés mandara chamar doze príncipes, um de cada uma das doze tribos de Israel. A terra para onde Deus os iria levar era a chamada “Terra da Promessa”, terra que “manava leite e mel”, terra de abundância. Deus havia mandado os doze espias para conhecerem a terra. Ao re-tornarem, voltaram com um cacho de uva tão grande que mal dois homens conseguiam levá-lo. Veja o relato:

“Ao cabo de quarenta dias, voltaram de espiar a terra, caminharam e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congre-gação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades; de-

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ram-lhes conta, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra. Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra que nos enviaste; e, verdadeiramente mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa ter-ra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; tam-bém vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra de Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.” (Números 13. 25-33.)

De fato, a terra era boa. Os frutos trazidos de lá atesta-vam isso. Mas isso não pareceu ao povo prova suficiente. Pois veja:

“Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.” Dos doze espias, dez foram possuídos pela incredulidade. Só dois creram: Josué e Ca-lebe. “Deus vai nos dar a terra. Ela é boa, o fruto está aqui. Há abundância. Verdadeiramente, a terra mana leite e mel”. Esse foi o relato de fé dos dois. Mas o povo começou a ver o tamanho das cidades, das muralhas, as dificuldades, os gigantes. Calebe se mostrara indignado pela atitude de todos, a ponto de fazê-los calar.

Sabe, quando as pessoas começarem a trazer só in-credulidade para você, faça com que cessem esse rela-tório. Isso não é realidade, mas incredulidade, pois não caminhamos pelo que vemos, mas pelo que não vemos, dentro da vontade de Deus.

“Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamen-

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te, prevaleceremos contra ela”. Essa foi a ordem e a palavra de fé dados. “Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.”

Esse foi a atitude de pessimismo e incredulidade da maioria absoluta. Isso porque olharam para os muros, para o inimigo, deixando de olharem para o “tamanho” do nosso Deus. Quantas vezes você diz: “Eu não vou passar no vestibular. Eu não vou me casar. Eu não vou ser curado. A minha família não virá para Jesus. Nada vai dar certo na minha vida”. Porém, você deveria olhar para Aquele que é o Todo-poderoso, o grande Eu Sou, para o único e verda-deiro Deus. Olhe para o “tamanho do Senhor”. Deixe o seu coração se impregnar de fé, de coragem, de ousadia.

Ali estava Calebe, em fé: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente,

prevaleceremos contra ela” Mas ali também estava o povo: “Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que ha-viam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”

O que fizeram Josué e Calebe? Leiamos o capítulo 14, versos 6-11:

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“E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram a suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nesta terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, o podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não o temais. Ape-sar disso, toda a congregação disse que os apedrejassem.”

Filho, ao tomar uma atitude de fé na sua vida, não pense que as pessoas irão jogar flores em você. Muitas ve-zes elas desejarão apedrejá-lo. O namoro entre um casal poderá acabar se a moça disser não ao convite do rapaz para irem ao motel. Atitude de fé, de pureza, de santida-de. O mundo estabelece vários padrões, como o sexo fora do casamento, e quando alguns desses padrões são “que-brados”, aquele que o assim agiu é punido. Há o padrão de não roubar, e se a pessoa praticar um roubo, ela será punida. Porém o cristão sobe do padrão e, por subir, ele é perseguido. Por isso que a vida do crente incomoda, pois está acima do padrão. Ele é uma pessoa gentil, amorosa, carinhosa, amiga, leal, fiel. Pelo menos assim deve ser.

Josué e Calebe tomaram a posição de fé, mas houve a contrapartida, pois “toda a congregação disse que os apedrejassem, porém a glória do Senhor apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. Disse o Senhor a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando

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não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio dele?” Ainda nos versos 1 e 2 do capítulo 14, lemos:

“Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou naquela noite. Todos ao filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congre-gação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!”

Mas a história não termina aí. Veja a resposta de Deus no verso 31:

“Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, farei entrar nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes. Porém, quanto a vós outros, o vosso cadáver cairá neste de-serto.”

Dos estimados dois milhões que saíram do Egito, ape-nas dois, Josué e Calebe, entraram na terra prometida. A caminhada pelo deserto rumo a essa terra que deveria ser de quarenta dias, foi de 40 anos. E nem todos entraram nela. Motivo: incredulidade e desobediência.

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eIs a canção que lIberta

Eu queria terminar essa mensagem mostrando dois exemplos extraídos do Novo Testamento acerca do cânti-co certo, do lado certo. São dois homens de fé e coragem. Um era Paulo, o apóstolo. O outro, Silas. Eles não tinham cometido delito algum, pois seus corações eram cheios de Deus. Apaixonados pelo Senhor, eles estavam pregan-do o evangelho. E veja o que aconteceu:

“Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a espe-rança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença das autoridades; e, levando-os aos pretores disseram: Estes homens, sendo judeus, per-turbam a nossa cidade, propagando costumes que não

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podemos receber, nem praticar, porque somos romanos. Levantou-se a multidão, unida contra eles, e os pretores, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com va-ras.” (Atos 16.19-26.)

Diante da multidão estavam Paulo e Silas, ambos sen-do açoitados pelos romanos a chicotadas, cerca de uma quarentena de açoites. Essa era a pena romana. Batiam até as costas rasgarem e sangrar. Na ponta do chicote, pedaços de ossos ou de ferro, o que faziam com que a ferida fosse ainda mais exposta. A dor era insuportável, inimaginável. Não bastassem os açoites, veio o cárcere. Veja os versos 23 a 24:

“E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco.”

Os pés no tronco e as costas feridas e rasgadas. Paulo e Silas teriam todo o motivo do mundo para lamentarem sua sorte, seu nascimento, seu chamado. Mas não fora assim que agiram. Veja o que diz o verso 25: “Por volta da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.” Eles estavam cantando enquanto estavam presos. Eles cantavam apesar da dor. “Paulo e Silas oravam e canta-vam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.”

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Cantar do lado certo é cantar enquanto estamos pre-sos. O próprio Paulo declara: “Em todas as coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.37). O que mais Deus poderia fazer? O que Ele não fez para dizer o quanto nos ama? Se Deus tivesse uma geladeira (modo de dizer, claro), o seu retra-tinho estaria num ímã. Se tivesse uma carteira, o seu re-trato estaria guardado nela. A Bíblia diz: “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Por que você não consegue ver as cadeias se rompendo em sua vida? Por que você, muitas vezes, continua escraviza-do? Por que, muitas vezes, parece que a sua vida não flui, não anda? Porque, talvez, o seu desejo seja cantar apenas após a bênção. Mas saiba que é o seu cântico que trará a bênção.

Voltando ao texto de Atos 16, agora ao verso 26: “De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os ali-cerces da prisão.” Belo Horizonte saberá, sua família tam-bém saberá, que os alicerces da prisão de sua vida foram sacudidos, que as cadeia que o prendiam foram quebra-das. Todos saberão de sua liberdade.

“Abriram-se todas as portas”. Aquela porta que você sempre tem pedido para estar aberta, aquela porta de emprego, aquela porta sentimental. A Palavra diz: “Todas as portas se abriram”. Eu profetizo, em nome de Jesus Cris-to, que todas as portas se abrirão se você cantar o cântico certo, do lado certo. “Todas as portas se abriram e solta-

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ram-se as cadeias de todos”. Detalhe que não dá para não mencionar: a salvação do próprio carcereiro que guarda-va a vida de Paulo e Silas. Veja:

“O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, su-pondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipita-damente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. De-pois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Respondeu-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos da sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidan-do deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua pró-pria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus.” (Versos 27-34.)

Sua canção certa e do lado certo não só liberta você, mas aqueles próximos a você.

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conclusão

Meu irmão, se você aprendeu esta lição, o próximo tempo de uma crise, de uma circunstância delicada, será um tempo para você cantar altos louvores ao Libertador. A vitória está em suas mãos. Vença a dúvida, o medo, a incredulidade. Entregue a Ele o seu problema, da manei-ra certa, com fé, com confiança, porque Ele deseja dar a você o cântico certo, para entoar no lado certo.

Quando temos apenas um coração religioso, nós can-tamos de um lado, facilmente nos esquecendo de todos os feitos do Senhor, abrindo a boca apenas para murmu-rar. Contudo, quando você sabe o que Deus tem para a sua vida, é algo glorioso. Quando você aprende a cantar o cântico certo, um cântico de fé, do lado certo, as coisas vão começar a acontecer em todas as áreas da sua vida.

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Eu falo, em nome Jesus: em todas as áreas da sua vida. As portas serão totalmente abertas, as cadeias que prendem você serão rompidas, tudo será abalado com a sua pre-sença, a sua casa, o seu trabalho, a sua escola. Pois sobre você está o poder de Deus.

Ali estava no cárcere um homem, o carcereiro, que vendo tudo aquilo, dissera a Paulo e Silas: “O que eu te-nho que fazer para ser salvo?” “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.”, foi a resposta de Paulo e Silas. Tudo o que ele precisava fazer era crer em Jesus. E tudo o que você precisa fazer para ser salvo é confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida. Pois uma nova can-ção está para nascer em sua vida: a canção da sua vitória, da sua libertação.

Maior é o que está em você do que aquele que está no mundo, o inimigo. Creia nisso. Deus não é grande. Ele é maior. Tenha um coração cheio de fé. Viva dessa manei-ra. O que o mundo deseja ouvir é o seu cântico. Ei-lo aí:

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produ-zam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Se-nhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor é a mi-nha fortaleza.” (Habacuque 3. 17-19.)

Que Deus o abençoe!Pr. Márcio Valadão

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Jesus te ama e quer

VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravi-lhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está sepa-rado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nos-so coração. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a). “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu úni-co Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu dese-jo estar sempre dentro dos teus planos para minha

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vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangélica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da La-goinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cris-tóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acompanhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos do-mingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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