Livro Nossocrédito 10 anos

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Memória, trajetória e visão de futuro

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Com dez anos de atuação, o Nossocrédito obteve significativas conquistas como um programa que objetiva, fundamentalmente, atuar como instrumento de inclusão produtiva. Por meio da atuação dos parceiros do programa, os empreendedores puderam ter acesso ao crédito e aos serviços importantes para a consolidação dos negócios apoiados, como a orientação para o crédito mais adequado, facilitação para as capacitações de empreendedores e acesso à formalização.

Transcript of Livro Nossocrédito 10 anos

  • Memria, trajetria e viso de futuro

  • GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO

    JOS RENATO CASAGRANDEGovernador

    GIVALDO VIEIRAVice-governador

    BANCO DE DESENVOLVIMENTO DO ESPRITO SANTO - BANDES

    CONSELHO DE ADMINISTRAO

    NERY VICENTE MILANI DE ROSSIPresidente

    GUILHERME HENRIQUE PEREIRAVice-presidente

    IVALDO ROZA ALBANO JOO FELCIO SCRDUAPAULO CSAR BRUSQUI DE ALMEIDA

    DIRETORIA ExECuTIVA

    GUILHERME HENRIQUE PEREIRADiretor-presidente

    CARLOS MAGNO ROCHA DE BARROSDiretor de Administrao e Finanas

    PARCEIROS

    GUILHERME GOMES DIASPresidente do Banestes

    PEDRO GILSON RIGODiretor-presidente da Aderes

    JOS EUGNIO VIEIRADiretor-superintendente do Sebrae

  • Prefeituras que contam com unidades do Nossocrdito

    Afonso CludioPrefeito Wilson Berger Costa

    gua Doce do NortePrefeito Adilson Silvrio da Cunha

    guia BrancaPrefeito Ana Maria Carletti Quiuqui

    AlegrePrefeito Paulo Lemos Barbosa

    Alfredo ChavesPrefeito Roberto Fortunato Fiorin

    Alto Rio NovoPrefeita Emanuela Alves Pedroso

    AnchietaPrefeito Marcus Vinicius Doeling Assad

    ApiacPrefeito Humberto Alves de Souza

    AracruzPrefeito Marcelo de Souza Coelho

    Atlio VivqcuaPrefeito Jos Luiz Torres Lopes

    Baixo GuanduPrefeito Jos Barros Neto

    Barra de So FranciscoPrefeito Luciano Pereira

    Boa EsperanaPrefeito Romualdo Antnio G. Milanese

    Bom Jesus do NortePrefeito Ubaldo Martins de Souza

    BrejetubaPrefeito Joo do Carmo Dias

    Cachoeiro de ItapemirimPrefeito Carlos Roberto Casteglione Dias

    CariacicaPrefeito Geraldo Luzia de Oliveira Junior

    CasteloPrefeito Jair Ferrao Junior

    ColatinaPrefeito Leonardo Deptulski

    Conceio da BarraPrefeito Jorge Duffles Andrade Donati

    Conceio do CasteloPrefeito Saulo Belisario Divino de So LourenoPrefeito Miguel Loureno da Costa

    Dores do Rio PretoPrefeita Cludia Martins Bastos

    Domingos MartinsPrefeito Luiz Carlos Prezoti

    EcoporangaPrefeito Pedro Costa Filho

    FundoPrefeita Maria Dulce Rudio Soares

    Governador LindembergPrefeito Paulo Cezar Coradini

    GuauPrefeita Vera Lucia Costa

    GuarapariPrefeito Orly Gomes

    IbatibaPrefeito Jos Alcure de Oliveira

    IbirauPrefeito Eduardo Marozzi Zanotti

    IbitiramaPrefeito Javan de Oliveira Silva

    IconhaPrefeito Joo Paganini

    IrupiPrefeito Carlos Henrique Emerick Storck

    ItaguauPrefeito Darli Dettmann

    ItapemirimPrefeito Luciano de Paiva Alves

    ItaranaPrefeito Ademar Schneider

    InaPrefeito Rogerio Cruz Silva

    JaguarPrefeito Rogerio Feitani

    Jernimo MonteiroPrefeito Sebastio Fosse

    Joo NeivaPrefeito Romero Gobbo Figueiredo

    Laranja de TerraPrefeito Joadir Loureno Marques

    LinharesPrefeito Nozinho Correa

    MantenpolisPrefeito Maurcio Alves dos Santos

    MaratazesPrefeito Jander Nunes Vidal

    Marechal FlorianoPrefeito Lidiney Gobbi

    MarilndiaPrefeito Osmar Passamani

    Mimoso do SulPrefeita Flvia Roberta Cysne de Novaes

    MontanhaPrefeito Ricardo Favaratto

    MucuriciPrefeito Osvaldo Fernandes de Oliveira Junior

    Muniz FreirePrefeito Paulo Fernando Mignone

    MuquiPrefeito Aluisio Filgueiras

    Nova VenciaPrefeito Mario Sergio Lubiana

    PancasPrefeito Agmair Araujo Nascimento

    Pedro CanrioPrefeito Antnio Wilson Fiorot

    PinheirosPrefeito Antnio Carlos Machado

    PimaPrefeito Samuel Zuqui

    Ponto BeloPrefeito Edivaldo Rocha Santana

    Presidente KennedyPrefeita Amanda Quinta

    Rio BananalPrefeito Edimilson Santo Elizirio

    Rio Novo do SulPrefeita Maria Albertina Freitas

    Santa LeopoldinaPrefeito Romero Luiz Endringer

    Santa Maria de JetibPrefeito Eduardo Stuhr

    Santa TeresaPrefeito Claumir Antonio Zamprogno

    So Domingos do NortePrefeito Jos Geraldo Guidoni

    So Gabriel da PalhaPrefeito Henrique Vargas

    So Jos do CaladoPrefeita Liliana Bulls

    So MateusPrefeito Amadeu Boroto

    So Roque do CanaPrefeito Marcos Geraldo Guerra

    SerraPrefeito Audifax Charles Pimentel Barcelos

    SooretamaPrefeito Esmael Nunes Loureiro

    Vargem AltaPrefeito Joo Bosco Dias

    Venda Nova do ImigrantePrefeito Dalton Perin

    VianaPrefeito Gilson Daniel Batista

    Vila PavoPrefeito Eraldino Jann Tesch

    Vila ValrioPrefeito Luizmar Mielke

    Vila VelhaPrefeito Rodney Rocha Miranda

    VitriaPrefeito Luciano Santos Rezende

  • Sumrio

    4 Para quem quer crescer junto com o EstadoGovernador do Esprito Santo6 Bandes: o articulador do crdito para incluso produtivaDiretor-presidente do Bandes8 Banestes: o maior agente financeiro do microcrdito no EstadoPresidente do Banestes

    10 Desenvolvimento socioeconmico por meio do microcrditoDiretor-superintendente do Sebrae ES12 Microcrdito: uma estratgia de desenvolvimento localDiretor-presidente da Aderes14 O Programa Nossocrdito e os municpiosPresidente da Amunes16 Linha do tempo Nossocrdito20 Desenho institucional: como funciona a parceria do Nossocrdito23 Nossocrdito: Programa Estadual de Microcrdito. Desafios e realizaes.29 Resultados e benefcios do Nossocrdito35 Pesquisa de efetividade45 Casos de sucesso61 Consideraes finais

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  • mAiS DE 50 MiL EmPrEEnDEDorES AtEnDiDoS PElo noSSocrDito

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  • RENatO CasagRaNDEGovernador do Esprito Santo

    Para quem quer crescer junto com o Estado

    O simples desejo, a promessa e a crena em milagres no libertam as pessoas e os grupos sociais das dificuldades econmicas, nem realizam a maior aspirao de um povo, que o direito de trabalhar, produzir, crescer e viver

    melhor. Eu acredito nas pessoas e na fora do trabalho. E nossa equipe do Governo

    tambm acredita. Por isso, investimos no Programa Nossocrdito, que tem como ob-

    jetivo apoiar os capixabas determinados a construir um futuro melhor para si mesmos

    e para o conjunto da sociedade. Para isso, o Nossocrdito conta com recursos do

    Fundapsocial e do Banestes e opera por meio da parceria entre o Bandes,

    o Banestes, o Sebrae ES, a Agncia de Desenvolvimento das Micro e Pequenas

    Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) e as prefeituras municipais.

    O acesso ao crdito em condies que o cidado pode assumir

    criou um caminho seguro para a diversificao e o crescimento da

    economia, ao mesmo tempo em que abriu novas oportunidades

    de qualificao, inovao e domnio de modelos de produo

    mais eficientes. Eliminamos os obstculos, a discrimi-

    nao e as exigncias burocrticas que oprimiam o

    cidado, e passamos a trat-lo como parceiro.

    Com isso, conseguimos atender, at 2013, a

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  • mais de 50 mil empreendedores.

    E todos esto recebendo junta-

    mente com o crdito a assistncia

    tcnica e gerencial necessria ao sucesso

    da sua iniciativa. So nmeros que confir-

    mam o xito do Nossocrdito e nos estimulam a

    ampli-lo e fortalec-lo, para que todos os capixabas

    que sonham em construir, ampliar ou diversificar o

    prprio negcio encontrem o apoio, o assessoramento e

    o ambiente necessrios para realizar seus sonhos e crescer

    junto com o Estado.

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  • guiLhERME hENRiquE PEREiRaDiretor-presidente

    do Bandes

    Bandes: o articulador do crdito para incluso produtiva

    O Programa Nossocrdito, pensado para ser uma oportunidade de incluso produtiva para empreendedores que tinham dificuldade de acesso ao crdito na rede bancria tradicional, ao mesmo tempo complexo e simples. A sua forma-tao, estruturada com diversos parceiros, agentes e seus treinamentos, de uma engenharia formidvel que contrasta com a sua simplicidade de operacionalizao na concesso do crdito desburocratizado. O desempenho do programa o consagrou como um referencial para o pas e contribuiu para difuso da cultura da concesso de microcrdito que permite a incluso produtiva para alm de programas meramente assistencialistas. Prova disso so os inmeros clientes que comeam pelo microcrdito e oportunamente, com a ascenso de seu negcio, procuram outras linhas de crdito destinadas s micro e pequenas empresas com valores que superam o teto de R$ 15 mil ofertados no programa.

    Nesse contexto, o Bandes assume alguns papis funda-mentais para consecuo do programa. Destaque para a articulao com prefeituras locais e entidades repre-sentativas dentro dos municpios, de modo que o crdito para investimento esteja cada vez mais perto dos empreendedores locais. Igual-mente, cumpre destacar a participao dos agentes de crdito. Profissionais

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  • treinados pelo Bandes e que so os responsveis

    pelo repasse de informaes e acesso ao crdito pelo cliente.

    Muito alm de atuar como agentes financeiros, essas pessoas atuam nos

    municpios promovendo desenvolvimento local ao identificar as potencialidades regionais

    e orientar os tomadores de crdito e acabam por se autodesenvolver profissionalmente. Tanto que

    84% dos consultores urbanos ativos do Bandes que trabalham com outras linhas de financiamento possuem

    laos com o Nossocrdito (47% so ex-agentes do programa e 37% continuam atuando).

    Essas peculiaridades permitiram ao programa superar a fragilidade econmica dos microempreendedores ao orientar as oportunidades em

    capacitao e crdito, contribuindo para que o microempreendedor realize mais investimentos no negcio com o que amplia receitas, inclusive para os

    municpios, j que cerca de 90% dos tomadores de crditos aplicam os recursos no prprio municpio onde residem.

    Isso demonstra a importncia do volume aplicado pelo programa, que muitas vezes superior ao valor investido pelas municipalidades. Alm disso, por intermdio do

    Nossocrdito, os municpios participam de forma ativa no esforo de fortalecimento ao empreendedorismo local por meio do crdito e de capacitaes. Ele gera

    emprego e melhora a qualidade de vida da populao a que se direciona. Ajuda os capixabas a investirem no prprio negcio, elevando a renda e

    reduzindo as desigualdades sociais e regionais no Estado.

    O sucesso do programa permitiu ao Bandes ser reconhecido como financiador e articulador do maior programa de incluso

    produtiva entre todos os estados da Federao. Pois, em se tratando de polticas pblicas de acesso ao microcrdito

    produtivo e orientado, o Esprito Santo cada vez mais se transforma em referncia nacional.

    Parabns a todos parceiros, agentes de cr-dito, prefeitos, clientes e colaboradores.

    Enfim, parabns queles que cons-truram essa histria de sucesso.

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  • guiLhERME gOMEs Dias Presidente do Banestes

    Banestes: o maior agente financeiro do microcrdito no Estado

    H mais de dez anos, o Banestes opera com o Nossocrdito, programa especial de microcrdito que visa ao desenvolvimento com incluso produtiva e social. O Banco do Estado o maior agente financeiro do micro-crdito, oferecendo essa linha de crdito em todas as agncias localizadas nos 78 municpios capixabas. , inclusive, um dos poucos no pas a aplicar recursos prprios no microcrdito. Esse o diferencial do Banestes no mercado.

    Por meio do microcrdito, o Banestes liberou mais de R$ 355 milhes em financia-mentos para empreendedores formais e informais, somando 90.000 contratos, nos ltimos dez anos.

    Em 2013, at o ms de outubro, o total da carteira ativa do microcrdito foi de R$ 72 milhes. Desse montante, R$ 48 milhes so recursos prprios do Banestes e R$ 24 milhes foram repassados pelo Banco de Desenvolvimento do Esprito Santo (Bandes).

    Ao investir recursos prprios no microcrdito, o Banestes atende norma do Banco Central que determina que 2% de todo depsito vista captado pelos bancos no pas sejam destinados aplicao do micro-crdito. O Banestes, inclusive, possui 100% desse valor aplicado, h dois anos.

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  • Nos dez primeiros meses deste ano, fo-

    ram efetivados 12.556 contratos, somando R$ 54

    milhes. Em 2012, o Banestes investiu R$ 87 milhes, realizando

    17.979 contratos.

    Presente em todas as cidades capixabas, o Banestes, devido sua capilaridade, abrange

    microempreendedores de todo o Esprito Santo. S nos ltimos quatro anos, aproximadamente 50

    mil capixabas procuraram o Banestes como parceiro empreendedor.

    Para atender demanda, que cresce ano a ano, o banco criou uma coordenadoria especfica, a Coordenadoria Operacional de

    Microcrdito, responsvel pela gesto da carteira, pela definio de parmetros e pelo acompanhamento de metas.

    Para simular e contratar o microcrdito do Banestes, o interessado pode procurar as unidades do Nossocrdito, presentes em todo

    o Estado. O agente de crdito visita o empreendimento, avalia a real necessidade do empreendedor, emite seu parecer

    sobre a concesso do financiamento e leva a proposta para anlise no Comit de Crdito Municipal presidido

    por um gerente do Banestes. Aprovado, o cliente abre uma conta no banco e o emprstimo

    contratado na agncia.

    a CaPiLaRiDaDE DO BaNCO

    PERMitiu aO PROgRaMa DE MiCROCRDitO EstaR

    PREsENtE EM tODOs Os MuNiCPiOs

    DO EsPRitO saNtO

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  • JOs EugNiO ViEiRaDiretor-superintendente

    do sebrae Es

    Desenvolvimento socioeconmico por meio do microcrdito

    Os pequenos empreendimentos so os maiores responsveis pela gerao de emprego e renda, principalmente nos menores municpios capixabas.

    Ao incentivar as pessoas a abrirem novos negcios ou ampliarem os j existentes, o microcrdito reduz os ndices de desemprego e realiza um trabalho social sem igual, trazendo dignidade e cidadania para empreendedores que, muitas vezes, atuam de forma precria no mercado informal.

    O Programa Nossocrdito representa uma das mais exitosas experincias em microcr-dito do pas e desempenha importante papel na transformao da realidade socio-econmica dos pequenos negcios, contribuindo decisivamente para a reduo das desigualdades sociais e regionais no Esprito Santo.

    Ao financiar capital de giro ou investimentos fixos a um pblico formado por pequenos empreendedores, que normalmente no tm acesso ao crdito convencional, o programa tornou-se uma das principais opes para quem deseja abrir ou reestruturar o seu negcio, por mais simples que seja a atividade a ser explorada.

    Cada parceiro envolvido possui um importante e eficaz escopo de atuao. Nesse contexto, o Sebrae ES, alm de estimular o surgimento de novos negcios e contribuir para o fortalecimento das micro e pequenas empresas j existentes, tem o compromisso, junto ao Nossocrdito, de orientar e de capacitar gerencialmente

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  • os clientes do programa. Com esse objetivo, oferece gratuita-

    mente mais de 20 treinamentos para os tomadores de crdito, em

    forma de oficinas, palestras e outros.

    O Sebrae ES prepara o empresrio para lidar com planejamento e gesto financeira de seus

    negcios. Como parceiro do Programa Nossocrdito, a entidade fortalece o microcrdito produtivo com ca-

    pacitaes para empreendedores e agentes de crdito, e consolida parcerias que apoiem iniciativas como essas.

    O sucesso do programa foi comprovado por meio da Pesquisa de Efetividade, que mostrou o fato de 74,7% dos tomadores de crdito

    terem aumentado sua renda familiar. Entre os clientes do programa, 58,3% contrataram o financiamento do Nossocrdito mais de uma vez,

    enquanto 90,6% afirmaram que utilizaram os recursos em suas prprias cidades, o que demonstra que o programa contribui para aquecer e alavancar

    a economia local.

    Aumento da renda familiar, criao e manuteno de postos de trabalho e circulao de recursos financeiros dentro dos prprios municpios dos clientes atendidos pelo programa

    fazem girar a economia local, com ganhos coletivos. Tudo isso se encaixa perfeitamente na misso do Sebrae ES, que promover a competitividade e o desenvolvimento

    sustentvel de micro e pequenos negcios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia estadual.

    Certamente, ainda h muito a realizar, enquanto caminhamos em direo ao futuro que queremos com menos desigualdades e

    com oportunidades para todos.

    com esse pensamento que o Sebrae ES trabalha suas perspectivas e desafios, a fim de, juntamente com os

    parceiros, motivar cada empreendedor a buscar melhorias e inovaes constantes, seja no seu

    negcio, seja na comunidade da qual faz parte. Somente assim, com um esforo

    coletivo, ser possvel promover o de-senvolvimento socioeconmico, com

    sustentabilidade e equilbrio.

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  • PEDRO RigODiretor-presidente

    da Aderes

    Microcrdito: uma estratgia de desenvolvimento local

    Comemoramos a marca de dez anos atingida pelo Nossocrdito. Graas iniciativa, hoje o Esprito Santo dispe de um programa de microcrdito eficiente, que atende demanda por crdito de empreendedores de pequenos negcios, inclusive os Empreendedores Individuais. importante destacar que, desde 2003, o programa vem sendo desenvolvido graas parceria entre instituies que hoje formam uma rede verdadeiramente consolidada de agentes econmicos comprometidos com o desenvolvimento local.

    A Aderes, que a partir de 2011 passou a atuar no programa de forma direta, contribui de forma ativa, incorporando o programa em suas aes, de maneira que todo e qualquer projeto realizado por ns tido como uma oportunidade de levar o Nossocrdito at o seu pblico de interesse, inclusive orientando-o quanto aos procedimentos necessrios para que esse empreendedor possa, de fato, acessar o crdito e, assim, fortalecer seu empreendimento.

    Os nmeros do programa comprovam o seu sucesso. Estamos certos de que o montante investido at o momento, em torno de R$ 390 milhes, contribuiu fundamentalmente para a sustentabilida-de e para o progresso de milhares de empreendimentos espalhados nos 78 municpios capixabas.

    Nesse sentido, ressaltamos o papel social desem-penhado pelo Nossocrdito medida que, por meio do programa, milhares de empregos formais so gerados em todo o Estado,

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  • contribuindo, portanto, para a melhoria da qualidade de vida de diversas famlias

    capixabas, sobretudo aquelas residentes em regies de maior vulnerabilidade.

    To importante quanto comemorarmos os dez anos de existncia do Nossocrdito encarar o momento

    como uma oportunidade para reavaliarmos o programa, analisando seus pontos fortes, suas fraquezas, bem como

    as ameaas e oportunidades que se apresentam diante da atual conjuntura econmica. A Pesquisa de Efetividade realizada este ano

    revela que ainda temos que avanar em vrios aspectos. fundamental que estejamos atentos a esses indicadores para que possamos promover os

    ajustes necessrios visando a um programa ainda mais eficiente.

    O Nossocrdito, hoje, alm de representar uma referncia no que diz respeito aos programas de microcrdito no Brasil, est configurado como poltica efetiva do Governo

    Estadual, o que refora a necessidade de continuarmos empenhados em promover o programa com a certeza de que, dessa forma, continuaremos gerando mecanismos de

    sustentabilidade aos Empreendedores Individuais e s micro e pequenas empresas capixabas, alm de contribuirmos cada vez mais para um ambiente propcio ao

    surgimento de novos negcios.

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  • DaLtON PERiMPresidente da Amunes

    O Programa Nossocrdito e os municpios

    Numa casa humilde, com poucos cmodos e sem mveis de luxo, mora-dores em busca de uma oportunidade para melhorar de vida. Apesar dos esforos, fazer salgadinhos para vender na comunidade exigia algum investimen-to. Era necessrio um refrigerador, para manter um estoque mnimo, alm de uma fritadeira, com capacidade para produzir mais em menos tempo, o que permitiria ao pequeno negcio abocanhar uma fatia maior do mercado na comunidade.

    Quando perguntada sobre a importncia do Nossocrdito na vida da famlia, a dona de casa, que sonhava em ser uma empresria de sucesso, no respondeu. Apenas chorou. Um valor que para muitos parecia irrisrio mudou a vida daquelas pessoas. Veio acompanhado de um convite para uma palestra e outras atividades para novos empreendedores. Os desafios surgem a cada momento, como ocorre com todo empresrio, mas, aquele empurro, valeu.

    Parece exceo, mas isso tem acontecido com muita frequncia. A chegada do Nossocrdito tem levado milha-res de famlias a uma nova realidade, a uma vida mais digna. mais do que um simples programa, pois foge da frieza da relao de um banco com seus clientes, mexe com o sonho das pessoas, muda o rumo da vida de quem preten-dia realizar e no podia, porque o

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  • dinheiro era muito caro e o crdito muito arriscado. s prefeituras cabe a,

    no menos importante, tarefa de orientao, para que esses sonhos no se transformem em

    pesadelos. Um empreendedor bem sucedido ser um contribuinte cada vez mais forte no municpio,

    um parceiro do crescimento da cidade. Apesar de no ser paternalista, esse apoio facilita a elevao de pequenos

    negcios a um novo patamar. O emprego se estabiliza, a receita do municpio ganha incremento e aqueles que receberam apoio

    acabam por empurrar a economia local para frente.

    O apoio ao setor produtivo um desafio que os municpios nem sempre conseguem superar sozinhos. A realidade financeira no permite isso. preciso

    contar com a parceria de instituies srias, como Sebrae ES, Bandes, Banestes e Aderes, para orientar os empreendedores, mostrar-lhes os caminhos menos arriscados,

    as frmulas adotadas com sucesso em outros locais e trein-los. Numa analogia lida no campo, preparar o solo, antes do plantio; cuidar da planta, antes da colheita; e, por

    fim, estudar o mercado, antes de vender o que colheu. esse o caminho que o micro, o informal ou aquele que est iniciando na difcil tarefa de ter seu prprio negcio

    precisam aprender a percorrer. O acesso ao crdito a um custo baixo funda-mental e ajuda a dar fluxo economia local e a mant-la produtiva e slida.

    E isso que o Nossocrdito representa para os municpios capixabas.

    Por esses motivos que a Amunes entende que o Nossocrdito bem-vindo, pois representa uma ini-

    ciativa sustentvel de apoio ao desenvolvimento dos municpios capixabas para transformar

    a sociedade num ambiente mais justo e equilibrado.

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  • Linha do tempo Nossocrdito

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Decreto 1203-r. Essa a certido de nascimento do Programa nossocrdito. o ms de setembro traz para os capixabas um programa, que mais tarde, seria referncia nacional em microcrdito produtivo. Viana, cachoeiro de itapemirim, nova Vencia e Presidente Kennedy abrigam as quatro agncias-piloto do nossocrdito.

    Acontece o primeiro seminrio reunindo agentes de crdito e

    parceiros do nossocrdito.

    no incio do ano, o programa j acumula mais de mil empregos

    gerados. Ainda no incio do segundo trimestre, o nossocrdito

    supera expectativas e bate recorde de r$ 11,6 milhes

    investidos. nesse ano, mais 46 agncias so abertas.

    criao do Fundo para Financiamento de micro e Pequenos Empreendimentos e Projetos Sociais (Fundapsocial), fonte de recursos do nossocrdito, alimentado com recursos oriundos do Fundo

    para o Desenvolvimento das Atividades Porturias (Fundap). Em 2004, mais 20 agentes de crdito so capacitados para atuar no programa, que tem inadimplncia zero.

    consolidado, o programa promove treinamentos e encontros regionais para capacitar e atualizar os agentes de crdito, que j so conhecidos em todo o Estado pelo bom atendimento ao pblico.

    nossocrdito supera os r$ 50 milhes

    financiados a empreendedores em

    todo o Estado.

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  • 2009 2010 2011 2012 2013

    o programa comea o processo de descentralizao, com a abertura de novas Unidades municipais de microcrdito. com a inaugurao da agncia de Vila Velha, o nossocrdito alcana todo o territrio capixaba.

    crescimento expressivo nos financiamentos, que chegam aos r$ 71 milhes,

    um aumento de 36,4% em relao ao valor do ano anterior, totalizando

    mais de 15 mil operaes no ano.

    renovao do convnio entre os parceiros, com adeso das prefeituras. Em setembro, o programa

    promove seminrio tcnico avaliando a trajetria de atuao. So realizados quatro Profacs, capacitando mais de 70 profissionais para atuar no nossocrdito.

    o limite de crdito para os empreendedores de micro e pequeno

    porte passa de r$ 10 mil para r$ 15 mil. mais oportunidades e

    incentivo aos empreendedores do Estado.

    Com mais de R$ 390 milhes investidos em 94.226 operaes de crdito , 92 agncias espalhadas pelos 78 municpios capixabas, 114 agentes treinados para atender com eficincia aos empreendedores, o Nossocrdito completa dez anos de atuao e com a misso de continuar levando incluso social e econmica a todos os cantos do Esprito Santo.

    lanado livro reunindo cem histrias de sucesso do Programa nossocrdito. nesse ano, alcana cerca de 50 mil contratos.

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  • NOssOCRDitO:Do nAScimEnto

    conSoliDAo DE Um moDElo DE SUcESSo

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  • Desenho institucional:como funciona a parceria do Nossocrdito

    O Nossocrdito realizado por meio de par-ceria entre Bandes, Banestes, Aderes, prefeituras municipais e Sebrae ES. Nessa parceria, cada entidade responsvel por um papel importante e que faz com que a en-grenagem da rede de microcrdito capixaba funcione de forma harmoniosa.

    As atribuies e responsabilidades assu-midas pelos parceiros foram estabelecidas por meio de convnios, a partir do Decreto Estadual que instituiu o Nossocrdito. Como

    o programa uma parceria complexa que envolve articulaes estaduais e municipais, apesar de possurem atribuies especfi-cas, as suas aes precisam ser articuladas e desenvolvidas em conjunto para que o microcrdito possa chegar s mos dos empreendedores.

    Alm das atividades desenvolvidas em con-junto, como a participao nos Comits de Crdito, cabe aos parceiros, dentre outras atribuies, os seguintes papis, a saber:

    Bandesa) Coordenar implantao, superviso, acompanhamento e expanso do programa;

    b) Monitorar as atividades;

    c) Gerir o Fundapsocial;

    d) Construo de indicadores;

    e) Monitorar o funcionamento da Unidades Municipais de Microcrdito (UMMs);

    f) Capacitao de agentes, com assistncia tcnica, planejamento, metas e apoio;

    g) Seleo e formao de agentes;

    Banestesa) Presidir o Comit de Crdito Municipal (CCM);

    b) Capacitar o CCM (com Aderes);

    c) Monitoramento;

    d) Banco 1 piso risco operacional;

    e) Estrutura operacional e gerencial;

    f) Disponibilizar parte do funding alm do Fundapsocial;

    g) Implantar estrutura nas agncias;

    h) Consultas cadastrais, cadastros, contratos, liberaes, emitir documentos e gerir contratos dos clientes;

    i) Efetuar cobrana;

    j) Capacitar seus funcionrios.

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  • Sebrae ESa) Capacitar e assistir clientes e potenciais clientes;

    b) Formular planos de capacitao, qualificao, treinamento e orientao aos agentes, clientes e potenciais clientes;

    c) Disponibilizar aos clientes ferramentas de gesto etc;

    d) Analisar e construir indicadores;

    e) Disponibilizar estudos;

    f) Estruturao de demanda, atravs de capacitao.

    Aderesa) Intermediar a relao Estado-municpio;

    b) Avaliar contrapartida do municpio;

    c) Interlocuo com as instituies pblicas;

    d) Suporte e capacitao de clientes;

    e) Capacitao dos Comits de Crdito Municipais;

    f) Avaliao do programa;

    Prefeiturasa) Instalaes fsicas, mveis, equipamentos, telefone, computador, internet, impressora, fax;

    b) Pessoal (dedicao exclusiva, perfil compatvel, remunerao adequada);

    c) Transporte de agentes (visitas, divulgao, acompanhamento, ps-crdito);

    d) Divulgao, cumprir normas e procedimentos operacionais;

    e) Permitir e facilitar o comando operacional;

    f) Permitir e facilitar a avaliao dos agentes e substituio (tcnica);

    g) Comit Municipal Trabalho (CMT);

    h) Integrao das aes do microcrdito no municpio (assistncia, desenvolvimento, planejamento, sade, educao etc).

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  • ECONOMia CRiatiVa quE

    ROMPE uM CiCLO ViCiOsO

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  • Nossocrdito: Programa Estadual de Microcrdito. Desafios e realizaes.

    Maria da Paixo, Lucimary, Osmarina, Manoel, Maria Helena e Joo. As histrias desses em-preendedores de sucesso, que sero apresentados no decorrer desta publicao, se confundem e se entrelaam com a histria de dez anos do Nossocrdito, programa de microcrdito produtivo e orientado do Esprito Santo.

    Esses empreendedores so alguns dos mais de 50 mil clientes beneficiados pelo Nossocrdito que, por meio do acesso ao microcrdito produtivo e orientado, aliado ao planejamento e esforo, se tornaram personagens principais em suas histrias de vida.

    Antes de iniciar a trajetria dos dez anos do pro-grama, lancemos o olhar para um perodo anterior, que nos ajuda a compreender a concepo de um programa de microcrdito. Nos ltimos 40 anos, experincias e debates oriundos de diversos pases, em todos os continentes, puderam formar um consenso de que o acesso ao crdito instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentvel. A partir da dcada de 1970, com a metodologia experimental de crdito do Grameen Bank em Bangladesh, o mi-crocrdito foi mais conhecidamente pra t icado e difundido no mundo.

    Essa experi-ncia evidenciou para a comunidade internacional que as populaes da base da pirmide so timas toma-doras de crdito, mas, tambm, que qualquer incurso no segmento necessitaria do desenvolvimento de uma metodologia diferenciada e articulada.

    A partir dessa experincia, que teve maior visibi-lidade, e tantas outras, formou-se o pensamento do microcrdito como ferramenta imprescindvel para a promoo da incluso produtiva, bem como para a reduo da pobreza.

    Aps esse breve cenrio, voltemos ideia que fez surgir a metodologia do Nossocrdito. Para a elaborao desse programa foi necessrio articular uma rede capixaba de microcrdito, que atendes-se todos os municpios, com juros inferiores aos praticados por outras iniciativas similares e que pudesse atender a uma parcela da populao que estava margem do sistema bancrio tradicional. Portanto, era necessrio conceber um programa de microcrdito que pudesse atuar dentro de uma poltica de desenvolvimento inclusiva.

    Para criao dessa rede de microcrdito, o Governo indicou o Banco de Desenvolvimento do Esprito Santo (Bandes) como liderana na formao de

    uma rede de parceiros que contou desde o incio com o integral apoio do Banco do Estado do

    Esprito Santo (Banestes) e da ento Secre-taria de Estado do Trabalho e Ao So-

    cial (Setas). As prefeituras aderiram aos poucos com a confeco de

    convnios. A partir de 2008, o programa passou a con-

    tar com a atuao do Servio Brasileiro de

    Apoio s Micro e Pequenas E m p r e s a s (Sebrae ES) e, em 2011,

    a Agncia de Desenvolvimento

    das Micro e Peque-nas Empresas e do Em-

    preendedorismo (Aderes) passou a desempenhar as

    funes antes atribudas Setas. Desse modo, o arranjo institucional

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  • do programa resultante de uma construo enge-nhosa que se d de modo articulado em dois nveis de governos: estadual e municipal.

    O programa, desde sua concepo, buscou ser instrumento de incluso produtiva. Alm do acesso ao crdito, previa a disponibilizao de outros servi-os importantes para a consolidao dos negcios apoiados, a saber: a orientao para aplicao dos recursos e a facilitao para as capacitaes de empreendedores. Com esses instrumentos, os empreendedores poderiam investir em seu prprio negcio e contribuir para o desenvolvimento do Esprito Santo.

    Em junho de 2003, foi concluda a fase de con-cepo do programa. Para visibilizar os resultados desse processo, foi publicado um estudo intitu-lado Programa estadual de microcrdito: uma

    ferramenta de incluso econmica e social e de desenvolvimento local e regional.

    O programa capixaba foi institudo por meio do Decreto 1203-R, de 26 de agosto de 2003, que representa o marco inicial do Nossocrdito. Em setembro de 2003, com suas atividades efetiva-mente iniciadas, foi inaugurada a primeira Unidade Municipal de Microcrdito no municpio de Viana. Ainda nesse ano outras trs unidades foram abertas, nos municpios de Presidente Kennedy, Cachoeiro de Itapemirim e Nova Vencia. Com essas quatro agncias-piloto o Nossocrdito iniciou sua jornada.

    Deve-se evidenciar o conceito dessa modalidade de microcrdito, que se diferencia fundamental-mente de qualquer outro tipo de poltica de crdito. Desse modo, considerado microcrdito produtivo orientado o crdito concedido para o atendimento das necessidades financeiras de pessoas fsicas e jurdicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte, utilizando metodologia baseada no relacionamento direto com os empreendedores no local onde executada a atividade econmica.

    Esse atendimento realizado pelo agente de drdi-to, que possui treinamento especfico para efetuar o levantamento socioeconmico e para a definio das necessidades de crdito e de gesto voltadas para o desenvolvimento e a sustentabilidade do

    empreendimento. O contato com o tomador final dos recursos deve ser mantido pelo agente de

    crdito durante o perodo do contrato, para acompanhamento e orientao, visando

    ao seu melhor aproveitamento e aplicao dos recursos.

    Essa metodologia influi di-retamente na maneira de gerir esse tipo de programa,

    o que demanda capacita-o continuada dos agentes

    de crdito e acompanhamento permanente das Unidades Municipais

    de Microcrdito.

    A essncia do Programa Nossocrdito, ento, como programa de microcrdito produtivo e

    orientado, busca a interrupo do ciclo vicioso que compromete o crescimento de empreendedores de pequenos negcios. As figuras 01 e 02, na p-gina a seguir, ilustram com clareza esse processo, tendo o crdito adequado como mola propulsora do desenvolvimento desses empreendimentos.

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  • fRagiLiDaDE ECONMiCa

    DifiCuLDaDE DE aCEssO aO

    CRDitO

    BaixO NVEL DE iNVEstiMENtOs

    BaixO NVEL DE RECEitas

    BaixO NVEL DE RECEitas

    BaixO NVEL DE iNVEstiMENtOs

    CiCLO ViCiOsO

    DEsafiOs PaRa O atENDiMENtO aOs

    EMPREENDEDOREs DE MiCRO E PEquENOs

    NEgCiOs

    a iMPORtNCia DOs agENtEs DE

    CRDitO Na ORiENtaO DO CRDitO

    iNtERRuPO DO CiCLO ViCiOsO

    aMPLiaO DE RECEitas

    MaiOR NVEL DE iNVEstiMENtOs

    NO NEgCiO

    MELhOR EstRutuRaO

    ECONMiCa

    aMPLiaO DE RECEitas

    iNVEstiMENtO NO NEgCiO

    CaPaCitaO E CRDitO

    BaixO NVEL DE RECEitas

    BaixO NVEL DE iNVEstiMENtOs

    fRagiLiDaDE ECONMiCa

    FIGuRA 01

    FIGuRA 02

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  • A oferta de recursos veio com a criao do Fun-do para Financiamento de Micro e Pequenos Empreendimentos e Projetos Sociais (Fundapso-cial), alimentado com recursos oriundos do Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Porturias (Fundap).

    O Nossocrdito se apresentava, portanto, aos empreendedores de todo o Esprito Santo como uma alternativa de crdito produtivo e orientado por meio de projetos de financiamento que partiam de R$ 200 at R$ 5 mil.

    No decorrer dos anos, o limite mximo de finan-ciamento foi elevado em dois momentos. Para o valor de R$ 7,5 mil em 2009, e para R$ 15 mil em 2011.

    Por meio dos recursos do Fundapsocial, o programa Nossocrdito rapidamente se expande. No ano de 2005, 27 municpios aderem ao Programa e no final de 2006, num clere processo de expanso, 77 agncias j estavam em funcionamento. Em 2009, o programa alcana o 78 municpio e con-clui o ciclo de implantao da rede capixaba de microcrdito em todos os municpios do Esprito Santo (em seis anos de atuao).

    Paralelamente expanso do Nossocrdito nos municpios, o programa promove o investimento na equipe tcnica que atua diretamente com os tomadores de crdito: os agentes de crdito. Alm disso, so promovidos treinamentos e encontros regionais para capacitar e atualizar os agentes de crdito. Esses programas de treinamento vm,

    portanto, para consolidar o processo de expanso, representando um grande elo entre os agentes e servindo de base para o sentimento de equipe que se implantaria no meio de todos os envolvidos no Programa Nossocrdito.

    J no ano de 2005, realizado o 1 Encontro Estadual de Microcrdito, que buscou aliar o trei-namento tcnico e o treinamento motivacional aos profissionais do programa. O Encontro Estadual tambm se consolidou e chegou sua 8 edio em 2012, como importante ferramenta de avalia-o e celebrao de resultados, de integrao e de planejamento anual.

    O agente de crdito um profissional mantido pelas prefeituras para o atendimento e operacionaliza-o do programa; ele membro da comunidade, atua e conhece as potencialidades locais. um profissional que, com capacitao e orientao, sabe identificar as carncias e as oportunidades onde o crdito pode ser instrumento de incluso social e produtiva no municpio.

    Para o desempenho de suas atividades, esses profissionais participam de uma capacitao inicial, por meio do Programa de Formao de Agentes de Crdito (Profac), no qual recebem conhecimen-tos tcnicos necessrios para o desempenho da atividade. J passaram pelo treinamento, desde 2003, mais de 500 profissionais.

    Alm do Profac, anualmente, os agentes de cr-dito participam de um treinamento chamado de Reciclagem, realizado sempre no incio do

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  • segundo semestre. Nesse encontro possibili-tada a atualizao dos conhecimentos relativos metodologia de atendimento, alinhamento com as metas e os objetivos do programa capixaba de microcrdito.

    Em relao ao desempenho operacional, com dez anos de atuao, o Nossocrdito chega a 2013 com mais de R$ 390 milhes aprovados em 94.226 operaes de crdito e 92 agncias espalhadas pelos 78 municpios capixabas.

    Os resultados alcanados fizeram do Nossocrdito uma referncia em microcrdito. Nos ltimos anos o programa recebeu visitas de representantes do Ministrio do Trabalho, dos estados de Gois, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, e de outros pases, como Mxico e Angola, para conhecer o seu funcionamento. Alm disso, foram realizadas apresentaes do programa em seminrios nacio-nais ocorridos em Belm, Florianpolis, Salvador e Fortaleza.

    Em 2013, em Braslia, o Bandes fez uma apresen-tao sobre o programa de microcrdito produtivo em evento realizado pela Associao Brasileira de Instituies Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) em parceria com o Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID). O sucesso do Nossocrdito, que referncia nacional, passa a ser reconhecido tambm internacionalmente.

    Como poltica voltada para a promoo do desen-volvimento, uma das suas maiores contribuies foi, at o momento, dar suporte financeiro capacidade empreendedora das pessoas. Por meio do crdito produtivo estruturado e da as-sistncia tcnica ps-crdito, o Nossocrdito tem possibilitado a criao de um ciclo virtuoso de desenvolvimento, no qual a combinao de crdito adequado com capacidade empreende-dora promove a gerao de riqueza, o desenvol-vimento de pessoas, de empresas, de cidades e de regies, especialmente no interior do Esprito Santo. uma ferramenta de alavancagem, que potencializa empreendimentos e resulta na ge-rao de emprego, renda e cidadania.

    Nesse sentido, este livro, ao apresentar as pes-quisas elaboradas pelos parceiros e os casos de

    sucesso de beneficiados pelo Nossocrdito, um tributo a todos aqueles que se envolveram

    e se empenharam na construo desse programa: parceiros, agentes de crdito

    e, sobretudo, os milhares de empre-endedores, que, acreditando nas

    suas capacidades, confiaram no Nossocrdito e fizeram

    dele uma realidade.

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  • tRaJEtRia quE iNCREMENta O

    DEsENVOLViMENtO Da ECONOMia LOCaL

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  • Resultados e benefcios do Nossocrdito

    As polticas de desenvolvimento que utilizam o microcrdito com a concesso de emprs-timos de pequeno valor a microempreendedores formais e informais tm demostrado grande efic-cia. Conceder recursos destinados s atividades produtivas, orientando para que o planejamento seja adequado e acompanhando sua aplicao, base do programa. Nessa relao, o Nossocrdito tem mudado a histria de vida de muita gente. Por meio do acesso ao crdito produtivo e orientado, o programa tem ajudado a aumentar a renda familiar e a gerar postos de ocupao em todo o Esprito Santo.

    Em termos gerais, a atividade de microfinana pode ser conceituada como a oferta de servios financeiros para a populao de baixa renda que, normalmente, no tem acesso nem condies de utilizar os servios no sistema financeiro tradicio-nal. Dentre esses servios financeiros, inclui-se emprstimo, poupana e seguro. O Programa Nossocrdito foi pensado de forma a dar acesso populao excluda dessas atividades: crdito produtivo popular, mais conhecido como micro-crdito e cujo foco o financiamento a microem-preendedores de baixa renda para aplicao em sua atividade profissional.

    O microcrdito tem sido o principal instrumento das chamadas polticas de gerao de emprego e renda que surgiram mundo afora. Note-se, porm, que esse mecanismo possui uma lgica distinta das polticas assistencialistas tradicio-nais, visando criar oportunidades de insero dos beneficirios no processo produtivo. No se constitui, portanto, em polticas de doaes ou subsdios, mas de viabilizao de alternativas concretas de gerao de emprego e renda pelos beneficirios.

    Neste captulo, em especial, o objetivo informar a contribuio do Nossocrdito para a economia do Esprito Santo e seus municpios. O programa, lanado em 2003 como projeto-piloto em qua-tro municpios, passou de 445 operaes, em

    2004, para mais de 18 mil, em 2012, ano em que j estava presente em todos os municpios capixabas, num crescimento mdio anual de 84%. No que diz respeito a valor, os montantes financiados pelo Nossocrdito passaram de R$ 1,8 milho, em 2004, para R$ 91,7 milhes, em 2012, uma expanso anual mdia de 88,7%. A perspectiva fechar o ano de 2013 com um acumulado de R$ 400 milhes investidos na economia local.

    A ttulo de comparao, o saldo das operaes de crdito do Sistema Financeiro no Esprito Santo teve um aumento mdio, em igual perodo, de 15,3% ao ano, um percentual bem inferior ao verificado para o Nossocrdito. Ou seja, o programa passou a atender cada vez mais empreendedores e dis-ponibilizar cada vez mais recursos na economia capixaba, dando oportunidade para que empreen-dedores, formais e informais, investissem em seu prprio negcio.

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  • TABELA 1: Financiamentos aprovados pelo Nossocrdito (2003-2012)

    Ano QuantidadeTaxa de

    crescimento (%)Valor (R$ de

    2012)*Taxa de

    crescimento (%)

    2003 (set-dez) 53 - 235.840 -

    2004 445 739,42 1.854.647 686,4

    2005 2.051 360,90 8.729.533 370,68

    2006 5.741 179,91 24.429.887 179,85

    2007 8.576 49,38 35.856.335 46,77

    2008 8.597 0,24 35.553.662 -0,84

    2009 11.048 28,51 53.403.647 50,21

    2010 12.126 9,76 62.454.663 16,95

    2011 15.016 23,83 80.489.381 28,88

    2012 18.302 21,88 96.175.983 19,49

    Fonte: Bandes. Nota: deflacionado pelo IPCA.

    Mas, afinal, quem o cliente beneficiado com o Nossocrdito? Em linhas gerais, os beneficirios do programa, que sero detalhados no captulo seguinte, remontam o seguinte perfil mdio de clientes: mulheres, com renda entre dois e quatro salrios, moradoras das reas urbanas e que atuam em atividades ligadas ao comrcio. Esse o caso da cliente Lucimary Medeiros Coelho, moradora de Cachoeiro de Itapemirim, dona da Loja Mary Confeces e uma dos casos de sucesso que tem sua histria contada nesta publicao em captulo destinado aos empreendedores que crescem com o programa. O caso Lucimary, portanto, a regra

    e, igualmente a ela, outros clientes do programa obtiveram crescimento em seu prprio negcio com a contribuio do crdito produtivo e orientado do Nossocrdito.

    Com relao aos municpios, o programa apresenta impactos distintos, j que est presente em todos os 78 e sujeito s caractersticas e potencialidades regionais. Do ponto de vista geogrfico, a tabela 2 mostra a distribuio entre os municpios capixabas dos financiamentos do Nossocrdito em termos de financiamentos aprovados e quantidade de contratos entre 2003 e 2012.

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  • TABELA 2: Comparativo entre valor e quantidade de operaes do Nossocrdito vs. investimentos das prefeituras e pessoas ocupadas, por municpio

    Municpios2003-2012 (R$ 2012)

    A/B (%)Financiamento (A) Inv. prefeituras (B)

    Afonso Cludio 5.474.946 57.781.785 9,5

    gua Doce do Norte 2.321.229 27.647.136 8,4

    guia Branca 3.821.381 32.710.803 11,7

    Alegre 5.841.604 53.361.836 10,9

    Alfredo Chaves 3.459.306 33.279.576 10,4

    Alto Rio Novo 4.254.207 20.292.984 21,0

    Anchieta 4.053.729 286.713.712 1,4

    Apiac 2.281.411 15.583.285 14,6

    Aracruz 9.403.135 297.036.867 3,2

    Atlio Vivcqua 2.163.539 24.538.596 8,8

    Baixo Guandu 3.423.782 46.114.241 7,4

    B. So Francisco 4.438.351 26.854.010 16,5

    Boa Esperana 3.381.045 38.339.749 8,8

    B. Jesus do Norte 1.195.794 17.626.783 6,8

    Brejetuba 4.451.187 40.910.129 10,9

    C. de Itapemirim 16.706.884 249.835.154 6,7

    Cariacica 9.296.888 500.972.802 1,9

    Castelo 7.484.801 83.677.839 8,9

    Colatina 13.342.144 186.745.980 7,1

    C. da Barra 3.632.668 48.288.773 7,5

    C. do Castelo 3.653.414 50.031.475 7,3

    D. So Loureno 2.102.734 12.464.913 16,9

    Domingos Martins 4.959.733 78.423.933 6,3

    D. do Rio Preto 2.214.278 15.815.429 14,0

    Ecoporanga 7.579.935 41.643.266 18,2

    Fundo 1.974.562 22.988.964 8,6

    G. Lindenberg 4.969.924 47.110.051 10,5

    Guau 5.137.100 46.756.841 11,0

    Guarapari 10.509.693 158.603.227 6,6

    Ibatiba 3.831.403 32.476.708 11,8

    Ibirau 3.070.569 35.541.068 8,6

    Ibitirama 2.912.412 31.339.873 9,3

    Iconha 8.291.371 32.109.863 25,8

    Irupi 2.461.617 22.451.041 11,0

    Itaguau 3.019.965 40.085.917 7,5

    Itapemirim 5.720.727 111.489.561 5,1

    Itarana 1.507.652 31.288.349 4,8

    Ina 5.269.449 43.631.839 12,1

    Jaguar 2.962.400 76.666.247 3,9

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  • Municpios2003-2012 (R$ 2012)

    A/B (%)Financiamento (A) Inv. prefeituras (B)

    J. Monteiro 2.789.110 24.151.507 11,5

    Joo Neiva 2.405.186 34.229.160 7,0

    Laranja da Terra 1.728.258 33.607.860 5,1

    Linhares 21.172.800 460.522.536 4,6

    Mantenpolis 2.894.580 20.764.845 13,9

    Maratazes 2.438.467 100.993.593 2,4

    M. Floriano 2.235.946 35.047.173 6,4

    Marilndia 3.157.343 26.827.980 11,8

    Mimoso do Sul 4.213.384 32.793.622 12,8

    Montanha 2.614.739 60.901.312 4,3

    Mucurici 1.623.842 36.055.767 4,5

    Muniz Freire 3.889.453 33.320.696 11,7

    Muqui 4.011.222 29.175.096 13,7

    Nova Vencia 7.187.304 67.435.973 10,7

    Pancas 4.690.177 41.753.405 11,2

    Pedro Canrio 6.724.870 40.182.733 16,7

    Pinheiros 5.268.254 69.207.348 7,6

    Pima 4.159.757 37.708.567 11,0

    Ponto Belo 3.794.111 35.653.859 10,6

    P. Kennedy 3.684.706 126.240.804 2,9

    Rio Bananal 4.906.991 46.524.547 10,5

    Rio Novo do Sul 5.186.104 18.792.577 27,6

    Santa Leopoldina 842.968 25.793.863 3,3

    S. Maria de Jetib 3.363.155 66.394.389 5,1

    Santa Teresa 2.303.922 53.839.373 4,3

    S. D. do Norte 4.342.667 29.978.264 14,5

    S. G. da Palha 3.413.154 94.152.213 3,6

    S. Jos do Calado 2.063.401 24.820.706 8,3

    So Mateus 9.929.730 138.146.852 7,2

    S. R. do Cana 4.972.666 31.520.395 15,8

    Serra 12.834.575 1.365.959.198 0,9

    Sooretama 2.529.067 38.553.901 6,6

    Vargem Alta 5.535.111 47.986.558 11,5

    V. N. Imigrante 4.467.055 77.805.225 5,7

    Viana 10.108.442 147.367.011 6,9

    Vila Pavo 2.754.434 22.223.990 12,4

    Vila Valrio 3.180.537 54.172.208 5,9

    Vila Velha 9.188.996 858.018.670 1,1

    Vitria 9.782.642 1.977.417.777 0,5

    Esprito Santo 384.966.098 9.485.272.160 4,1

    Fonte: Bandes, Compara Brasil e IBGE.

    32

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  • Outra informao importante o ticket mdio, ou seja, o valor mdio de financiamento aprovado por cliente. O grfico 1 mostra que entre 2003 e 2008 o ticket mdio girou em torno de R$ 4 mil, passando para cerca de R$ 5 mil entre 2009 e 2012, um aumento real de aproximadamente 25%. De qualquer forma, um valor tpico de financiamentos de microcrdito.

    Esses dados mostram que possvel fazer uma ao eficaz com relativamente poucos recursos finan-ceiros e uma dose generosa de boa governana institucional, gerando renda, empregos e contribuindo positivamente para o atendimento aos segmentos mais vulnerveis.

    2003

    4.28

    3,12

    2004

    4.13

    0,58

    2005

    4.31

    2,07

    2006

    4.21

    6,09

    2007

    4.08

    3,39

    2008

    4.09

    6,26

    2009

    4.95

    8,58

    2010

    5.11

    5,55

    2011

    5.32

    8,85

    2012

    5.09

    3,39

    Fonte: Bandes.Nota: deflacionado pelo IPCA.

    GRFICO 1: Ticket mdio do Nossocrdito entre 2003-2012 (R$ 2012)*

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  • VEJa O quE Os NOssOs CLiENtEs

    PENsaM DO PROgRaMa

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  • Pesquisa de efetividade

    O texto que se apresenta objetiva dar visibilidade a uma pesquisa realizada junto aos clientes do Programa Nossocrdito que teve como foco com-preender a perspectiva e a expectativa destes, em relao ao programa, de modo a constituir formas de potencializ-lo.

    Os dados produzidos foram categorizados a partir de quatro eixos fundamentais, a saber:

    a) Identificar as contribuies e avaliar as restri-es do Programa Nossocrdito (dificuldades encontradas e pontos de melhoria);

    b) Apurar os principais benefcios que o crdito trouxe para o indivduo (ouvindo os principais beneficiados do Nossocrdito os clientes);

    c) Identificar as principais dificuldades encon-tradas para contratar o emprstimo e;

    d) Apurar o nvel de satisfao com o Programa Nossocrdito.

    Na esteira dessas questes, o questionrio props identificar, no perfil de tomadores de crdito do Programa Nossocrdito, a percepo dos clientes em relao ao funcionamento do programa, avaliando as condies operacionais e o atendimento, bem como os problemas na obteno do financiamento e o uso do recurso aplicado.

    Por fim, foi solicitado aos usurios do Nossocrdito que avaliassem o atendimento junto ao Sebrae ES. Essa ltima questo foi importante para compreender a percepo dos clientes

    em relao capacitao oferecida pelo rgo; j que entendemos que a aquisio de crdito produtivo se constitui como uma atividade pla-nejada e sustentvel, pois, do mesmo modo, de igual importncia oportunizar o acesso ao conhecimento para o exerccio da autonomia pelo cliente.

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  • Escolaridade

    Com relao ao nvel de escolaridade, a pesquisa demonstra que a maioria dos clientes (41,7%) possui Ensino Mdio completo. Cerca de um quinto teve aces-so ao Ensino Superior (22,1%) e uma parcela significativa (36,2%) no teve a oportunidade de concluir o Ensino Mdio, interrompendo seus estudos nas sries iniciais.

    17,30%EnSino FUnDAmEntAl

    incomPlEto

    41,70%EnSino mDio comPlEto

    6,60%EnSino SUPErior incomPlEto

    13,10%EnSino SUPErior comPlEto

    2,40%PS-GrADUAo

    11,70%EnSino FUnDAmEntAl

    comPlEto

    7,20%EnSino mDio

    incomPlEto

    Renda familiar

    A maioria dos clientes (52,8%) concen-tra sua renda na faixa de 2 a 4 salrios mnimos, sendo, assim, a mais represen-tativa. Em seguida, aparecem os clientes que tm renda familiar na faixa de 5 a 7 salrios mnimos (20,1%).

    20,10%DE 5 A 7 SAlrioS-mnimoS

    8,90%DE 8 A 10 SAlrioS-mnimoS

    2,30%DE 11 A 13 SAlrioS-mnimoS

    7,30%At 1 SAlrio-mnimo

    52,80%DE 2 A 4 SAlrioS-mnimoS

    1,10%mAiS DE 14 SAlrioS-mnimoS

    PERFIL DoS ENTREVISTADoS

    Idade

    A maior parte dos tomadores de crdito possui idade entre 31 e 40 anos (29%) e entre 41 e 50 anos (25,5%), ou seja, a maioria dos clientes (54,5%) est vivenciando o momento de maior pro-duo em sua vida profissional, quando j passaram pela fase de aprendizagem do incio de suas carreiras.

    6,30%At 24 AnoS

    25,50%DE 41 At 50 AnoS

    17,00%DE 51 At 60 AnoS

    5,90%AcimA DE 61 AnoS

    16,30%DE 25 At 30 AnoS

    29,00%DE 31 At 40 AnoS

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  • Aps o Nossocrdito sua renda familiar aumentou?

    A maioria dos entrevistados (74,7%) respondeu que, ao investir em seu pr-prio negcio por meio do Nossocrdito, obteve aumento em sua renda familiar. Essa percepo altamente positiva, pois demonstra que h uma atuao direta do programa na melhoria da renda dos clientes e, consequentemente, de sua qualidade de vida.

    74,70%Sim

    25,30%no

    Setor de atividade em que atua

    O setor de comrcio (49%) responde pela maior parte dos financiamentos concedidos pelo programa. A atividade de servios (33%) vem logo em seguida, frente das pequenas indstrias de transformao (13%).

    5%AGronEGcioS

    33%SErVioS

    13%inDStriA (ProDUo)

    49%comrcio

    Formalizao do negcio

    H um equilbrio nas respostas relacio-nadas formalizao dos negcios. Do quantitativo dos entrevistados, 56,9% dos negcios so formalizados e outros 43,1% so informais. Um dos principais objetivos do Programa de Microcrdito do Esprito Santo a incluso econmica e social de empreendedores, agregando o incentivo formalizao. O grfico acima, portanto, ilustra o cumprimento desse objetivo (incluso produtiva por meio do atendimento aos informais e incentivo formalizao).

    56,90%FormAl

    43,10%inFormAl

    37

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  • Valor do ltimo crdito contratado

    Os valores contratados se concentram na faixa que vai de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil. Dos projetos de financiamento apro-vados, 75,6% apresentam-se nessa faixa, sendo que 42,6% esto na faixa de valores entre R$ 4 mil e R$ 7,5 mil. Uma informao importante sobre limite de financiamento: em comparao com a pesquisa anterior (2009), pode-se notar que o aumento do limite mxi-mo de financiamento (de R$ 7,5 mil para R$ 15 mil) elevou o percentual de clientes satisfeitos. Em 2009, 61% dos clientes avaliavam positivamente o limite de crdito, enquanto que em 2013 esse percentual foi de 88%.

    11,90%r$ 7.500,01 A r$ 10.000,00

    4,00%r$ 10.000,01 A r$ 12.500,00

    6,20%AcimA DE 12.500,00

    33,00%r$ 1.000,01 A r$ 4.000,00

    42,60%r$ 4.001,00 A r$ 7.500,00

    2,20%r$ 200,00 A r$ 1.000,00

    Voc contratou o financiamento do Nossocrdito mais de uma vez?

    Dos entrevistados, a maioria (58,7%) respondeu que j contratou mais de uma vez o financiamento do Nossocrdito. Essa informao reflete a satisfao dos clientes, levando-os a contratarem um segundo financiamento.

    58,30%Sim

    41,70%no

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  • Benefcios do Nossocrdito com relao s expectativas

    Ao medir a satisfao dos clientes do Nossocrdito, verificamos que 73,4% dos entrevistados responderam que o programa atendeu totalmente s ex-pectativas. Esse dado positivo, pois o Nossocrdito oferta no apenas recurso financeiro para o empreendedor; ele envolve o atendimento do agente de crdito, que orienta o cliente desde o pedido at o acompanhamento da rea-lizao do investimento, alm, claro, das etapas de ps-crdito.

    TABELA 3: Como tomou conhecimento do Programa Nossocrdito?

    Como conheceu o programa? f %

    Indicao de parentes e amigos 534 51,2

    Agente de crdito 128 12,3

    Prefeitura 99 9,5

    Agncia do Banestes 85 8,2

    Sebrae ES 53 5,1

    Televiso 37 3,6

    Folheto/Rdio/Aderes (somados) 30 2,9

    Balco do Bandes 5 0,5

    Site do Bandes 5 0,5

    Outro 66 6,3

    Total 1042 100

    Um dos dados que merece destaque nessa pesquisa referente a como as pessoas tiveram acesso a informaes relacionadas ao Nossocrdito. A maioria dos entrevistados (50,4%) tomou conhecimento do programa atravs de conversa com amigos e parentes. Esse dado muito positivo, pois demonstra que as pessoas que conhecem o programa costumam recomend-lo ao seu crculo de influncia. Em seguida, aparecem as visitas dos agentes de crdito, com 12,3%. Essa outra informao tambm positiva, pois uma das atribuies dos agentes atuar na divulgao do programa. Essa ao percebida pelos clientes e contribuiu para prospeco de novos clientes no programa.

    0,80%no AtEnDEU

    14,20%SUPEroU SUAS ExPEctAtiVAS

    11,60%AtEnDEU PArciAlmEntE

    SUAS ExPEctAtiVAS

    73,40%AtEnDEU totAlmEntE

    SUAS ExPEctAtiVAS

    39

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  • Prazos de pagamento

    Na percepo dos clientes, 62,3% con-sideraram o prazo como bom e outros 27,9% como excelente. Somados, temos 90,2% de aprovao relacionada ao prazo de pagamento oferecido pelo programa.

    O que voc achou do tempo para liberao do crdito?

    80,20% dos entrevistados responderam que o tempo de liberao dos recursos financeiros para investir em seu neg-cio excelente/bom. Essa informao positiva, pois a liberao do recurso envolve todo o processo de atendimento, cadastro, anlise do empreendimento e apreciao pelo Comit de Crdito, contra-tao e liberao do crdito. A aprovao desse tempo de liberao corresponde ao cliente afirmar que o recurso chegou a suas mos, em tempo hbil, para que ele pudesse investir, dentro de seu pla-nejamento.

    9,00%rEGUlAr

    0,30%PSSimo

    27,90%ExcElEntE

    0,50%rUim

    62,30%Bom

    15,60%rEGUlAr

    1,30%PSSimo

    30,90%ExcElEntE

    2,80%rUim

    49,30%Bom

    FuNCIoNAMENTo Do PRoGRAMA NoSSoCRDITo

    As perguntas que se seguem envolvem a avaliao dos entrevistados com relao s condies opera-cionais e o atendimento dos parceiros do programa.

    Taxas de juros

    O programa Nossocrdito possui uma das taxas de juros mais atrativas do mercado nacional. Na percepo dos entrevistados, os juros trabalhados no programa so considerados bons para a maioria (55%). A aprovao das taxas chega a 93,5%, quando somamos as avaliaes excelentes e boas. Apenas 6,4% avaliaram os juros do programa na categoria regular. Nota-se que as respostas que avaliam as taxas de juros como sendo ruins no representam nem um ponto percentual.

    0,10%rUim

    38,50%ExcElEntE

    6,40%rEGUlAr

    55,00%Bom

    40

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  • O que voc achou das garantias exigidas?

    A exigncia de uma garantia, ao ofertar o crdito, uma prtica do sistema financeiro, que reduz o risco de no retorno do valor in-vestido ao fundo do programa, ou seja, um compromisso, entre o cliente e o Nossocrdito, de que o valor emprestado ser investido no negcio e ir retornar para que seja novamen-te emprestado a novos empreendedores. A maioria dos entrevistados (65%) respondeu que as garantias exigidas so acessveis.

    O que achou da documentao exigida?

    Em geral, a maior crtica enfrentada pelas entidades que concedem financiamento est relacionada documentao ou, popularmente, burocracia do processo. O Nossocrdito, ao contrrio, tem um grande ndice de apro-vao aos documentos exigidos para o projeto de financiamento a ser aprovado. Um total de 94,9% respondeu que a documentao boa ou excelente. Essa aprovao elevada fruto da desburocratizao do programa, com vistas agilidade na concesso do crdito aos empreendedores.

    25,30%rEGUlAr

    9,70%ElEVADo

    65,00%AcESSVEl

    80,00%AcEitVEl/comPAtVEl

    13,60%rEGUlAr

    6,30%ElEVADA

    O que achou do atendimento do agente de crdito?

    O agente de crdito o profissional que faz o atendimento e acompanhamento do crdito junto aos clientes. Ele a linha de frente do programa junto aos empreendedores de todo o Esprito Santo. So profissionais treina-dos e capacitados pelo Bandes, em aspectos econmico-financeiros e tambm comporta-mentais, para melhor atender aos beneficiados pelo Nossocrdito. A atuao dos agentes tm 94,9% de aprovao (somadas avaliaes bom e excelente).

    0,60%rUim

    60,90%ExcElEntE

    0,80%PSSimo

    3,70%rEGUlAr

    34,00%Bom

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  • TRANSFoRMAES APS PARTICIPAo No PRoGRAMA NoSSoCRDITo

    Verificou que a empresa se desenvolveu em algum aspecto, aps a contratao do crdito?

    Um dos principais objetivos do Programa Nossocrdito, como poltica de desenvolvimen-to que utiliza a concesso de crdito produti-vo e orientado, que o empreendimento do cliente se desenvolva, dando retorno, no s a ele, mas tambm a toda a sociedade. Dentre os clientes entrevistados, 86,2% afirmaram que perceberam melhora em seu empreen-dimento, aps o investimento feito por meio do Nossocrdito.

    Se sim, em qu?

    Ao desdobrarmos um pouco mais a percepo de melhora do negcio, percebida pelos entre-vistados, temos um equilbrio nas respostas. A maioria (30%) percebeu a melhora pelo aumento de clientes atendidos. Em seguida, temos a percepo de melhora como fruto do aumento do faturamento do negcio (elevao do lucro), com 21,9% e o aumento da produ-o com 20,9%.

    86,20%Sim

    13,80%no

    11,10%mArGEm DE lUcro

    30,00%nmEro DE cliEntES

    AtEnDiDoS

    16,10%oUtroS

    20,90%AUmEnto DA ProDUo

    21,80%FAtUrAmEnto

    O que achou do atendimento do Banestes?

    O Banestes o parceiro que tambm atua na linha de frente do programa. Os recursos so liberados pela agncia Banestes do municpio e, ao ampliar essa relao, o banco tambm passa a ter o cliente Nossocrdito como um potencial cliente de seus demais produtos financeiros. Nesta avaliao, os entrevistados classificaram como positivo o atendimento do Banestes. So 88% de respostas aprovando o atendimento (somadas respostas como bom e excelente).

    1%PSSimo

    33%ExcElEntE

    2%no SABE

    8%rEGUlAr

    55%Bom

    1%rUim

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  • PRoBLEMAS NA oBTENo Do FINANCIAMENTo E uSo Do RECuRSo

    Voltaria a solicitar financiamento atravs do Programa Nossocrdito?

    98,5% dos entrevistados responderam que volta-riam a solicitar um financiamento do Nossocrdito. Esse retorno positivo dos entrevistados demonstra que o programa tem muito a crescer.

    Surgiu algum problema significativo durante o processo de obteno/contratao do crdito?

    So 96% dos entrevistados respondendo que no obtiveram nenhum problema significativo para a concesso do crdito, ou seja, todo o processo (atendimento, anlise, liberao, acompanhamento e pagamento) ocorreu de forma tranquila.

    96,00%no

    4,00%Sim

    Do emprstimo obtido pelo Nossocrdito, voc utilizou o recurso em seu municpio?

    A circulao de riqueza no prprio municpio um dos principais benefcios do Nossocrdito para as municipalidades. Dos entrevistados, 90,6% afirmaram que investiram os recursos no prprio municpio em que o negcio localizado. Essa informao demonstra que o programa ainda contribui para aquecer a economia local, trazendo o desenvolvimento socioeconmico regional. Esse percentual aumentou em relao pesquisa ante-rior (feita em 2009), quando 66,9% responderam que investiam no prprio municpio.

    98,50%Sim

    1,50%no

    90,60%Sim

    9,40%no

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  • TABELA 4: Se gastou em outro municpio no sendo o de seu empreendimento, onde se localiza a cidade onde foi investido o recurso?

    Localizao do municpio f % Outras cidades do ES 33 42,3Cidades de So Paulo 24 23,6Cidades do Rio de Janeiro 9 9,2Cidades de Minas Gerais 6 6,2Recife 3 3,1Goinia 2 2,1Fortaleza 1 1Londrina 1 1

    Os demais sujeitos, que totalizam 9,4% do total de entrevistados, afirmam investir os recursos fora do seu municpio de origem. Em relao localidade, temos o percentual de 40,2% que mantiveram o investimento no Esprito Santo. Ao cruzar as duas perguntas, percebemos que aproximadamente 95% do recurso investido pelo Nossocrdito feito em municpios capixabas (somados os 90,6% que investiram em sua prpria cidade e os cerca de 4% que investiram em outro municpio, mas dentro do Esprito Santo).

    uSuRIoS Do NoSSoCRDITo E ATENDIMENTo JuNTo Ao SEBRAE ES

    TABELA 5: Para melhorar ainda mais, quais so suas principais necessidades de treinamentos, cursos ou consultoria?

    Quais so as principais necessidades? f % Anlise e planejamento financeiro 218 20,9Planilha de custos 70 6,7Formao de preos 55 5,3Gesto e tcnicas de produo 55 5,3Gesto da Qualidade 35 3,4Orientao para o Crdito 30 2,9Capacitao em Sade e Segurana no Trabalho 15 1,4Associativismo 6 0,6Gesto Ambiental 6 0,6Cultura da Cooperao 1 0,1No Precisa/No Sabe 416 40Outros 93 8,9Todos 41 3,9Total 1041 100

    O acesso a cada vez mais informaes contribui, e muito, para que o empreendedor possa investir e conduzir o seu negcio de forma segura. Nesse sentido, foi perguntado aos usurios do Nossocrdito a percepo da necessidade de treinamentos e capacitaes. Essa informao possibilita ao parceiro do programa que atua nessa atividade, o Sebrae ES, dimensionar os esforos relacionados oferta de treinamentos em cada municpio e de acordo com a demanda manifestada pelos clientes. Temos como destaque nas respostas a necessidade de ofertar cursos relacionados Anlise e planejamento financei-ro. Um ponto de melhoria, a ser feito no planejamento e na divulgao desses cursos, est na resposta que indica que a pessoa entrevistada no sabe qual curso lhe mais adequado. So 40% afirmando que No Precisam ou No Sabem. Como o conhecimento abre muitas portas (inclusive as comerciais), podemos lanar a hiptese de que o empreendedor ainda desconhece qual tipo de informao poderia ser mais adequada para a melhoria de seu negcio.

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  • CASOS DE SuCESSO

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  • Comandar .......mais do que fazer que pessoas trabalhem e gerem resultados para a empresa, motivar e alinhar os objetivos dos colaboradores com os da empresa.

    Inspirao vem do exemplo, do trabalho em equipe e de um bom ambiente. Mas como alcanar esse valor to subjetivo na sua empresa? A empreendedora Lucimary Medeiros Coelho, cliente do Nossocrdito de Cachoeiro de Itapemirim, apostou no monitoramento de seu negcio para equacionar essa questo.

    Trabalhei por 17 anos na informalidade e s experimentei o crescimento aps fazer um curso de empreendedor individual que me ensinou a controlar meus processos e a alcanar, em trs anos, mais do que toda a minha histria empreendedora anterior.

    Ela lembra que durante o curso aprendeu que controlar nada mais do que anotar tudo que se paga, incluindo custos fixos e variveis, e ser organizada. Para tanto, alerta que nem preciso a utilizao de programas contbeis sofisticados. Nosso ponto comercial anexo nossa casa, mas de jeito algum eu misturo as coisas. Isso um erro comum e que pode matar a empresa porque voc no enxerga mais seu negcio ou o enxerga meio enviesado e no sabe se ele est rendendo quanto deveria e poderia. E para separar e organizar tudo nem uso computador, fao do jeito antigo: anoto tudo no caderninho mesmo, explica Lucimary.

    Sua loja tem foco em roupas de cama, mas tambm trabalha com artigos e utenslios para o lar para atender os mais variados desejos dos consumidores. Lucimary credita parte do desenvolvimento do seu negcio tcnica de controlar. Com organizao do meu estoque pude fazer parceria para expor meus produtos em outras lojas de forma consignada e tambm ter vendedo-ras. Alm disso, uso outro truque, o de alterar sempre a disposio dos produtos da loja para dar uma dinmica e aguar a curiosidade dos clientes que me visitam, ressalta.

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  • A loja Mary Confeces j est no dcimo financiamento e no pretende

    parar nele. No demagogia, mas tra-balho para mim lazer, meu passatempo

    predileto e enquanto o Nossocrdito me qui-ser como cliente eu continuarei no programa.

    O Nossocrdito, acompanhando o desempenho da cliente, alcanou em 2012 recorde de operaes

    em Cachoeiro de Itapemirim. Foram concedidos 626 financiamentos a micro e pequenos empreendedores, o

    melhor resultado anual da histria do programa no municpio. Os investimentos na economia local somaram mais de R$ 2,5

    milhes. No geral, desde 2003 foram quase R$ 15 milhes investidos no municpio, por meio de 4.270 operaes de crdito. Mais de 60%

    das operaes foram destinadas para empresrios de comrcio, como Lucimary, que o utilizam prioritariamente para capital de giro. O valor mdio

    dos financiamentos de cerca R$ 3,4 mil.

    COM ORgaNizaO DO MEu EstOquE PuDE fazER

    PaRCERia PaRa ExPOR MEus PRODutOs EM OutRas LOJas DE fORMa

    CONsigNaDa E taMBM tER VENDEDORas

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  • Diversificar ......estratgia para desenvolver o empreendimento que permite empresa entrar em linhas de negcio diferentes e minimizar riscos.

    A forte competio impe uma dinmica de mercado que inviabiliza empreen-dimentos centrados em um s produto ou servio. A diversificao entra, ento, como soluo para minimizar riscos e assim permitir que o empresrio enfrente as oscilaes dos mercados. Essa lio foi rapidamente aprendida pela comerciante Maria Helena Vieira Guasti, que possui um armarinho em Linhares.

    No incio eu s queria vender agulha e linha para atender as costureiras da regio de Interla-gos. Depois fui percebendo outras necessidades das clientes e ampliando meu leque de atuao com tecidos, aviamentos e todos os produtos que envolvem diretamente a costura. Isso permitiu alcanar outros mercados, inclusive do Centro e de outros municpios. Tambm aumentou minha receita e fez com que ela ficasse praticamente estvel durante todo o ano, explica Helena.

    Esse exemplo mostra que, quando bem aplicada, a diversificao contribui para manter a empresa estvel mesmo durante tempos difceis ou de desacelerao econmica, o que no ocorre de maneira uniforme para todos os setores e mercados. E, embora por vezes a diversificao seja difcil para as pequenas empresas, pode revelar-se inevitvel quando os mercados de origem se tornam inviveis.

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  • H vrias formas de diversificar. possvel buscar mais clientes, expan-

    dir geograficamente ou atuar em novos setores. Por isso, nem sempre a diversifi-

    cao est restrita aos produtos ou servios. s vezes, a mudana de foco e de pblico-alvo

    podem ser fontes de novas receitas.

    Foi nisso que a empreendedora Gergya Loureiro Simon, da loja Estilo Confeces Papelaria e Presentes,

    pensou em 2011 quando iniciou a reforma de sua loja. Eu queria uma loja mais sofisticada, que me permitisse atender

    meus clientes sem parecer soberba e conquistar outros mais pri-vilegiados economicamente. Agora tenho uma clientela que jamais

    pensei que entraria na minha loja e nem por isso deixei de atender o pblico fiel que me acompanha nesses onze anos de batalha como lojista,

    explica Gergia.

    Segundo a cliente foi possvel, em menos de um ano aps o trmino da reforma, dobrar sua carteira de clientes e aumentar em 120% seu fatura-

    mento. O bom desempenho da lojista acompanhou o do Nossocrdito no municpio de Linhares, que desde a implantao do programa em

    2005 injetou R$ 21,2 milhes na economia local, beneficiando mais de 3 mil clientes.

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  • Inovar ......instrumento pelo qual o empreendedor visualiza a mudana como oportunidade para um novo negcio.

    Engana-se quem pensa que inovao um milagre ou um lampejo de um sonhador iluminado que cria a soluo tecnolgica para a salvao da huma-nidade. Prova disso o cliente do Nossocrdito de Pinheiros Clver Cardoso que tinha um salo de beleza, fez uma reforma e transformou o espao no primeiro e nico da cidade voltado s para homens.

    Morei em Belo Horizonte e percebi que na capital muito comum ter espaos exclusivamente masculinos. Muitas pessoas achavam que no interior isso seria um erro. Mas meu salo prova de que quando a inovao vence o preconceito o resultado garantido. Aumentei em mais de 70% meu faturamento, s pelo fato de ter me especializado, afirma sorridente.

    Hoje, quase um ano depois da reforma, lembra que demorou mais para amadurecer a ideia do que para implant-la. Sempre quis algo diferente e a vida me proporcionou essa oportunidade depois de muito planejar. Quando decidi por esse novo modelo de ne-gcio, no foi difcil encontrar o financiamento, j que aqui na cidade todo mundo conhece a agncia do Nossocrdito e sua linha de crdito que muito especial, com parcelas que a gente paga sem susto no final do ms.

    Casos de sucesso como o de Clver provam que a disponibilidade de recursos com taxas de juros abaixo das praticadas pelo mercado, especialmente para a diferenciao de empresas, instrumento essencial para o desenvolvimento regionalmente equilibrado e sustentvel.

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  • Pinheiros, localizado na Regio Nordeste do Estado, tem como prin-

    cipal fonte de renda a agropecuria, com destaque para o caf, abacaxi e mamo.

    Atrados pelo desenvolvimento desses setores, empreendedores do municpio tm investido cada

    vez mais em negcios de comrcio e servios.

    Os nmeros do programa na cidade tambm so desta-ques. Cerca de R$ 5 milhes em financiamentos, partindo

    de micro e pequenas empresas, formais e informais, movi-mentaram Pinheiros desde o incio da atuao no municpio, em

    2005. O programa j firmou 1.106 contratos de financiamento e s em 2012 foram mais de R$ 1,15 milho injetados na economia local,

    por meio de 101 projetos.

    sEMPRE quis aLgO DifERENtE E a ViDa

    ME PROPORCiONOu Essa OPORtuNiDaDE DEPOis DE

    MuitO PLaNEJaR

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  • Planejar ......antes de qualquer coisa uma avaliao que possibilite construir um referencial para o futuro ao olhar para o passado e o presente.

    Dvidas, insegurana e incertezas so angstias que consomem muitos empreendedores, desde a concepo do projeto at seu pleno funcionamen-to. Nesse aspecto, o planejamento entra como ferramenta essencial para tornar vivel o empreendimento.

    Esse cenrio no foi diferente no Ateli Paixo, em Alegre. A primeira cliente do Nossocrdito do municpio conheceu a atividade de costura ainda como autnoma ao prestar servios para costureiras da regio. Em 2006, teve oportunidade de participar de um curso de costura numa empresa privada (Magistral) e decidiu empreender.

    Eu morria de medo, mas pessoas do Sebrae e do Bandes me ajudaram. Descobri que o melhor a fazer, at antes de abrir o negcio, se cercar da maior quantidade possvel de informao, adequar as expectativas do negcio a minha necessidade financeira sem misturar as contas do negcio com as particulares e partir para a luta, explica Maria da Paixo.

    Intuitivamente, Maria estava em processo de planejamento e o nvel de conscincia de seus objetivos e do negcio foram maiores que o nvel de incerteza e insegurana para instaurao de seu projeto. De costureira a empreendedora, sua trajetria como costureira rendeu-lhe um atelier que permite trabalhar com diversos produtos femininos e ter uma renda estvel todo o ano. Inicialmente peguei o financiamento para comprar uma mquina de costura reta industrial. Depois peguei mais algumas vezes para comprar mate-rial e hoje estou indo para meu sexto financiamento, explica. Casos como o de Maria so comuns entre os clientes do Pro-grama Nossocrdito. E o municpio de Alegre, na Regio do Capara, protagoniza algumas dessas histrias. Por intermdio do programa, que liberou, desde o incio das atividades no municpio, em 2005, R$ 5,3 milhes, por meio de 1.404 contratos de finan-ciamento, muitas pessoas puderam planejar e investir em seu prprio negcio com o

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  • microcrdito produtivo orientado do Governo Estadual.

    A lio do planejamento tambm foi apreendida pela cliente alegrense Janana

    Santos, do distrito de Rive. Quem no ousa, no avana. Mas isso no pode ser feito no es-

    curo, por isso me preparei para ser boa no salo e tambm em administrao. Fiz cursos e procurei

    financiamentos com juros baixos e que verdadeiramente apoiam o microempreendedor, explica Janana.

    Sua histria, como ela mesma define, a realizao de um sonho. Sempre quis um lugar melhor pra mim e para os meus clientes. Um

    local onde eu me sinta confortvel e que faa bem para a autoestima e isso s foi possvel com o apoio que tivemos do Nossocrdito, alm de

    planejamento e muito suor, completa.

    Hoje, seu empreendimento anda to bem que alm do salo a cliente tra-balha com venda de bijuterias e cosmticos e est em fase de expanso,

    procurando novos mercados para abrir o prximo negcio.

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  • Tradio ......manter firmes as razes familiares nos negcios, sem deixar de lado a modernizao e a inovao.

    As profisses da famlia e os ofcios passados de pai para filho sempre foram elementos importantes na hora de decidir qual carreira seguir. Ainda hoje, vrios jovens optam por se espelhar na famlia e iniciar ou continuar um negcio com base nas lies aprendidas em casa. o caso de Giliard Volkers Barbosa, de 26 anos, que desde os oito acompanhava o pai no apirio da famlia, em Viana, e co-meou a mergulhar no universo da produo de mel. Com o passar do tempo aprendeu apicultura e aos 16 anos decidiu ter o prprio negcio e optou por continuar a tradio familiar. H dez anos Giliard se dedica ao cultivo de mel, prpolis e plen e j conta com cerca de cem colmeias em sua propriedade.

    Empreendedor, Giliard est focado em aumentar sua produo e elevar ainda mais a quali-dade do seu produto. Para tanto, ele conta com o Nossocrdito e, recentemente, investiu na aquisio de material para a fabricao de mais colmeias. Os agentes de crdito de Viana conversaram a respeito do programa comigo e, como as condies de pagamento eram timas e os juros muito bons, vi no programa a oportunidade que procurava de investir no meu negcio, diz.

    O mel e os demais produtos de Giliard j tm destino certo. E a procura tanta que o apicultor, muitas vezes, no d conta de atender demanda. Quando isso acontece, ele recorre ao apirio do pai para fornecer seus produtos s lojas, que o revendem na regio de Cariacica, Viana e Domingos Martins. A necessidade de investir veio justamente da grande demanda pelos produtos e a minha meta aumentar ainda mais a produo do apirio e fornecer para cada vez mais lojas, explica o apicultor.

    Com a ampliao da estrutura, Giliard j produz cerca de trs toneladas de mel anualmente e se orgulha da qualidade de seu produto. Aprendi o mtodo correto de trabalho com meu pai e aplico tudo que ele me ensinou

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  • em meu apirio. Como resultado, consigo uma excelente produo por

    colmeia, alm de mel, prpolis e plen de excelente qualidade, conta. E ele no

    quer parar por a. Como sofreu um acidente no incio de 2013, Giliard foi obrigado a diminuir

    o ritmo de produo, mas j retomou o trabalho com fora total e espera um grande crescimento na

    produo para o prximo ano.

    a NECEssiDaDE DE iNVEstiR VEiO JustaMENtE

    Da gRaNDE DEMaNDa PELOs PRODutOs E a MiNha MEta

    auMENtaR aiNDa Mais a PRODuO

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  • Empreender ......realizar, colocar em desenvolvimento um plano que, s vezes, vem de famlia.

    Quando Poliana Paula Ferreira da Silva conheceu seu esposo Jos Moura da Silva, h 15 anos, no imaginava que aprenderia tambm o ofcio que se tornaria sua profisso. Com a sogra, Sorina Maria Moura da Silva, de origem indgena, a artes conheceu todos os passos do processo de fabricao das famosas panelas de barro capixabas, desde a coleta do barro ao tanino, tintura proveniente do mangue e que empresta a colorao escura aos utenslios de barro fabricados artesanalmente por meio de uma tcnica que passa de me para filha desde antes dos portugueses chegarem nossa terra.

    E foi justamente para investir nesse ofcio que Poliana recorreu ajuda do Nossocrdito. A paneleira, que mora e trabalha em Viana, utilizou o investimento do programa para comprar matria-prima, como lenha, forno e prateleiras para a fabricao dos utenslios de barro, que vo desde pequenos potes at caldeires, onde se prepara a genuna moqueca capixaba.

    Eu trabalho sozinha, mas queria expandir a produo e, para isso, precisava de mais matria-prima e estrutura no meu local de trabalho, que fica em um espao na minha prpria casa. Foi a que conheci o programa e me interessei pelo crdito. Era exatamente o que eu precisava naquele momento, recorda Poliana.

    Durante a realizao de uma feira, Poliana conheceu o agente de crdito de Viana e se informou sobre todas as condies e os prazos do programa. Com os juros muito baixos e as condies de paga-mento muito boas e facilitadas, optei pelo Nossocrdito e o investimento valeu muito a pena, declara, feliz, a paneleira.

    E o entusiasmo tem motivo: Poliana j fornece seus produtos para lojas, clientes diretos e at uma pousada em Guarapari. A produo s cresce

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  • e as encomendas tm aumentado consideravelmente. Ela produz cerca

    de cem panelas por ms e conta que a renda obtida com a venda dos utenslios

    muito satisfatria. Eu fao o que eu gos-to, tenho um timo retorno financeiro e ainda

    posso cuidar dos meus filhos. Eu jamais acharia um emprego que me pagaria o que eu ganho hoje

    trabalhando em casa, finaliza.

    MEu EsPRitOEMPREENDEDOR fOi

    DEsPERtaDO PELa MiNhasOgRa, quE ME ENsiNOu

    uM NOVO OfCiO

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  • Administrar ......costurar parcerias e investimentos, conhecendo todas as etapas do negcio.

    Se h uma coisa que os irmos Rodrigo Malvino e Jos Carlos Malvino entendem mais do que as prximas tendncias de moda sobre como fazer uma empresa familiar crescer e se tornar slida e lucrativa. Scios-proprietrios da empresa Interface Jeans, os irmos aprenderam a lidar com a administrao da empresa quando quem a comandava ainda era o pai dos dois. E, para conduzir o negcio com a mxima eficincia, ambos aprenderam todas as etapas do negcio: desde a costura das peas at a venda para as lojas que disponibilizam o produto.

    Rodrigo conta que o pai comeou o negcio atuando como uma empresa de costura terceiri-zada em 1991. Assim, fornecedoras de jeans o procuravam para que confeccionasse as peas. Quando os irmos assumiram a empresa, em 2004, decidiram ampliar os servios e se tornaram tambm fornecedores, fabricando e comercializando as roupas diretamente para as lojas.

    E foi justamente para comprar tecidos e outras mercadorias necessrias produo das peas que os irmos recorreram ao Nossocrdito pela primeira vez. Como a empresa era pequena e ns tnhamos muitas encomendas, precisamos do crdito produtivo para comprar o material, explica Rodrigo.

    E o sucesso dessa parceria com o Nossocrdito foi tanto que eles no para-ram por a. J renovaram o crdito vrias vezes e pretendem continuar utilizando o investimento do programa para alavancar as vendas da empresa. Sempre que podemos, renovamos o crdito. Inclusive minha esposa, que tem uma loja de roupas, viu nossa experincia bem sucedida com o Nossocrdito e j se tornou cliente do programa tambm, declara Rodrigo.

    Hoje, a empresa conta com sete funcionrios diretos e produz cerca de 1.700 peas por ms, que so comercializadas em lojas do Esprito Santo, alm de algumas cidades do Rio de Janeiro

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  • e Minas Gerais. Para o prximo ano, os planos so de expandir

    as vendas para o restante de Minas e tambm para a Bahia. Ns contamos

    com diversos representantes, que levam os nossos produtos at as lojas. Atualmente,

    estamos confeccionando um catlogo com a coleo nova e esperamos alcanar um mercado

    bem maior e, para isso, continuamos contando com o financiamento do Nossocrdito, finaliza Rodrigo.

    Quando o assunto tradio, o Nossocrdito em Viana tam-bm especialista. O municpio abrigou a primeira agncia do

    programa, em 2003, e desde ento vem se destacando na concesso de financiamentos por meio do programa de microcrdito produtivo e

    alavancando a economia local. J foram mais de R$ 11 milhes aplicados em micro e pequenos negcios na cidade, movimentando a economia de

    Viana e gerando empregos e renda para o municpio.

    BusCaMOs ENtENDER DE aDMiNistRaO E fiNaNas PaRa MELhOR tOCaR O NEgCiO

    quE ERa DO NOssO Pai

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  • CONstRuO COLaBORatiVa quE CONtRiBui

    PaRa a iNCLusO PRODutiVa

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  • Consideraes finais

    Com dez anos de atuao, o Nossocrdito obteve significativas conquistas como um programa que objetiva, fundamentalmente, atuar como instru-mento de incluso produtiva. Por meio da atuao dos parceiros do programa, os empreendedores puderam ter acesso ao crdito e aos servios importantes para a consolidao dos negcios apoiados, como a orientao para o crdito mais adequado, facilitao para as capacitaes de empreendedores e acesso formalizao.

    A resposta a esse objetivo pode ser notada por meio dos nmeros consolidados e dos depoimentos dos clientes, que atestam os resultados positivos, frutos de uma construo colaborativa e coletiva.

    Para que o programa obtenha mais conquistas no apoio aos empreendedores do Esprito Santo, o momento de comemorar seu aniversrio de dez anos tambm momento para refletir sobre sua atuao e debater melhorias e novas oportunidades. Assim, esta publicao resultado do seminrio tcnico realizado entre os parceiros em 30 de se-tembro de 2013, que apontou algumas atividades para sua melhor operacionalizao e perenidade.

    Nesse pensar coletivo dos parceiros, foi-nos possi-bilitado analisar quais sero os prximos passos e os novos desafios do Programa Nossocrdito, a fim de ampliar o atendimento e socializar o acesso ao crdito, alm de mapear e racionalizar processos relacionados ao programa. Com a pesquisa em mos, faz-se necessria uma anlise tcnica dos resultados.

    Dentre as informaes apontadas pela Pesquisa de Efetividade conduzida pelo Sebrae ES podemos observar o perfil dos empreendedores atendidos. Os usurios do programa entrevistados tm, em sua maioria, (54,4%) entre 31 e 50 anos de idade. A maior parcela (41,7%) possui como maior es-colaridade o Ensino Mdio completo e tem renda familiar mensal de dois a quatro salrios (52,8%). A maioria dos entrevistados (74,7%) afirmou ter

    sua renda familiar aumentada aps o acesso ao programa.

    Parte significativa dos negcios dos entrevistados formal (56,9%) e o setor de comrcio corresponde quase metade (49,2%) dos empreendimentos. As avaliaes do programa caminham para um discurso positivo e ressaltam as taxas de juros, inferiores a outras no mercado, como um dos maiores atrativos do programa.

    Alm disso, os agentes de crdito so considerados excelentes para a maioria dos entrevistados, o que demonstra que o investimento na capacitao dessa equipe tem produzido um positivo retorno.

    Com relao forma como novos clientes tomaram conhecimento do programa, destaca-se a indi-cao de parentes e amigos, dado que refora a confiana dos clientes no Nossocrdito. Isso nos permite concluir que todo o esforo institucional de divulgao promovido at aq