Livro - Prass the Play

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Breno Ribeiro

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Livro editorado com ênfase em atrair fãs de cinema das mais diferentes faixas etarias. É, especificamente, sobre a produção e exibição de curta-metragens.

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Breno Ribeiro

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Copyright 2012 by BRENO RIBEIRO

Capa e diagramação BRENO RIBEIRO DESIGNER

Todos os direitos dessa edição estão reservados a:Breno Ribeiro de Andrade.Rua Um - B. Amazonas - Betim/MGemail: [email protected]

Aos mestres do Cecoteg, em especial ao Rangel Salles e Gabriel Lopes pelas dicas, dedicação e colaboração. Ao gentil cineasta Igor Bonatto que conce-deu uma entrevista exclusiva e à sua acessoria que se prontificou a enviar imagens e auxiliar no que fosse preciso para a execução do projeto.

Agradecimentos:

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ROTEIROROTEIRO

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ANIMAÇÃO

PREFÁCIOPAG.9

PRODUÇÃO

BIO: ALMODÓVAR

ROTEIRO

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ROTEIROROTEIRO

ROTEIROROTEIRO

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ENTRELINHAS

QUEM É QUEM PAG.39

INIMAGINÁRIO

NACIONAL

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PrefácioA arte dos curta-metragens

Dita a lei cinematográfica que os curta-metragens não podem ultrapassar os 59 minutos de duração. Mas esse tempo, escasso, nunca foi im-peditivo de criar obras-primas. A síntese e a con-densação narrativas, os trunfos da arte nascida no início do século XX, são ainda hoje a essência dos curtas, aquilo que os torna únicos e que permite aos realizadores inovar, sempre, e quase sempre mais do que nas longas. Nos curtas não há causas e consequências. Tudo se suspende, a começar pela natureza rítmica até aos diálogos e atores, se for preciso, para ficar só acção e história. A compressão da matéria e narrativa é essencial, como o é trabalhar as tran-sições. É por isso que a ação abrevia todos os efei-tos de passagem de uma cena para a outra. E é por isso que o pensamento fragmentário permite uma muito mais natural abordagem à curta-metragem.

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O filme de 15 minutos foi dirigido por An-drew Ruhemann e Shaun Tan, autor e ilustrador que ajudou a adaptar seu livro, parte da coleção “Lost & Found”, nessa obra animada. Tan recebeu seu Academy Award com um discurso: “Nosso filme é sobre uma criatura que ninguém presta nenhuma atenção, então isso aca-bou por ser uma ironia maravilhosa”. O curta conta a história de um menino que encontra uma criatura de aparência bizarra en-quanto procurava por tampas de garrafas na praia.

Criação e criaturaOSCAR em 2011,’The lost thing’ ganhou o mundo da animação

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Animação de cada diaLa dama y La Muerte é uma produção

espanhola e foi indicada ao OSCAR

A animação ‘La dama y La Muerte’ conta a história de uma velha já viúva e solitária que se encontra em estado debilitado. A noite ao se deitar ela morre e a morte vem buscá-la, porém, em meio ao caminho para o outro lado um mé-dico um tanto quanto habilidoso e convencido consegue trazê-la de volta. O enredo torna-se ainda mais empolgante quando o ceifador volta para pegá-la novamente, neste momento a velhinha é disputada pelos dois lados e fica entre a vida e a morte. ‘A senhora e o Ceifeiro’ traz uma ótima trilha sonora, o que torna o curta ainda mais divertido. Qual será o final desta empolgante história? Diria ser inesperado!

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A animação mistura com maestria um tema sensível e um ritmo frenético que garante bastante

diversão sem a necessidade de diálogo algum.

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Coisas que é melhor você não confundir

Um curta animado por Joost Lieuwma

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Joost Lieuwma se graduou em 2005 na Utrecht School of Arts com o curta de animação Once upon a time in my wife. Desde então ele tem tra-balhado como um animador freelance em Utrecht. ‘Things You’d Better Not Mix Up’ é sua primeira animação in-dependente.

Roteiro, direção e animação: Joost Lieuwma

Produção:Jiek Weishut

Música: Alexander Reumers & Jorrit Kleijnen

Sound Design: Iwan van Wijk

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Batman de ShanghaiMulher-Gato, Batman e Bane lutam na

Shangai dos anos 30

‘Batman of Shanghai’ é um curta do Cartoon Network que reima-gina o visual do herói e o ambienta na Xangai de 1930. A série com 3 blocos foi exibida nos Estados Unidos no DC Nation, bloco de programação do Cartoon dedicado somente à ani-mações da DC Comics.

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Top 4 - As animaçõesmais criativas

4º LUGAR: The Last Knit

Esta é das antigas, mas a pena conferir. The last Knit (O ultimo fio) é uma produção da Anima Hel-sínquia Vitae e já ganhou muitos prê-mios, apesar da história ser simples a obsessão da mulher em tricotar nos faz ficar curiosos para ver o que irá acontecer. A expressão fácil da per-sonagem surpreende, ela realmente transmite a vontade ou loucura que possui em tricotar. A pergunta é: Até quando ela continuará tricotando?

3º Lugar: On the Level

Já reparou o quanto um quadro torto da parede incomoda, pois é, o animador Michael Rutter utilizou este comum desconforto para criar a animação ‘No Nível’. Mas claro, para tornar o curta interessante ele re-solveu elevar esta paranoia de ajustar o quadro ao máximo.

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2º Lugar- Pigeon Impossible

Terno preto, tecnologia alta-mente avançada, olhares suspeitos, trilha de 007, uma rosquinha e um pombo muito esperto. Estes são os in-gredientes para a criação de Piggeon Impossible. A história ocorre em Wash-ington D.C e tem como personagens principais um agente secreto e um pombo. O encontro destes dois prom-ete alavancar várias desventuras que colocam o Planeta todo em risco.

Primeiríssimo Lugar - Parcialmente Nublado

Parcialmente Nublado (Partly Cloudy) é mais uma produção da Pix-ar com parceria Disney, e não preciso dizer que é um ótimo curta, com enre-do criativo, humorado e personagens muito bem elaborados. A direção ficou nas mãos do diretor Peter Sohr e sua equipe de ani-madores. Segundo eles a grande di-ficuldade estava em criar as nuvens, já que possuem uma mistura do escuro da noite com a luz do dia, mas supe-raram esta dificuldade com maestria, e deram vida a uma história onde as nuvens são as responsáveis por criar os humanos e animais e as cegonhas de entregá-los a suas famílias.

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The Butterfly Effect O bater de asas de uma borboleta tem

consequências inesperadas The Butterf ly Effect é uma animação 3D feita pela Pas-sion Pictures em parceria com a Unity, desenvolvedora da en-gine de jogos, usando o novo software Unity 4.0 3D. O filme foi escrito e dirigido por Dan Sumich e é uma homenagem aos clássicos filmes de ação dos anos 1970 à 1990, com uma tril-ha sonora criada pelo lendário vocalista de heavy metal Steve Grimmett. Na história, um rapaz de aparência comum acorda uma manhã e percebe que acabou o leite. Ao sair de casa para ir comprar mais leite uma extraordinária seqüência de eventos o atira em uma jornada de caos pelas ruas de San Francisco.

Direção: Dan SumichProdução: Passion PicturesReino Unido, 2012

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PRODUÇÃO

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O gafferGaffer é o cara responsável pela iluminação das cenas

Hoje, nos bastidores traz-vos outros nome “estranho” que circula nos corredores escondidos da 7ª arte: o Gaffer. O Gaffer, palavra curiosa que – pelo menos para mim – sempre tinha sido algo mis-teriosa, será talvez mais facilmente interpretado quando escrita pelo seu nome alternativo de Chief Lighting Technician. Ou seja, é o responsável máximo pela par-te eléctrica e de iluminação, e normalmente têm um assistente a seu cargo: o Best Boy. Trabalhando sob a alçada do diretor de fotografia, cabe ao gaffer toda a responsabilidade de iluminar as cenas conforme necessário. Sempre que vêm personagens iluminados por um lindo pôr-do-sol, as luzes a mudar a bordo de um avião, os famosos “relâmpagos” nos filmes de terror, entre muitas outras coisas – saberão agora quem foi o responsável por tudo isso.

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Vocabulário do RoteiristaAlgumas expressões técnicas de

roteiros para cinema e TV.

O mais detalhado possível! Essa é uma das principais regras para se ter um bom escrito. O roteirista não pode deixar margem para dúvidas por parte de quem lê o roteiro. E para que isso seja possivel, existem abrevições e dizeres técnicos que facilitam na comunicação entre o roteirista e a equipe.

AC

DE

ARGUMENTO – Percurso da ação, resumo contendo as principais indicações da história, localização, personagens. Defesa do desenrolar da história. Tratando-se de telenovela, chama-se sinopse

CURVA DRAMÁTICA – Variação da intensidade dramática em relação ao tempo.

DIVISÃO DO QUADRO – Registro fotográ-fico de duas ou mais imagens distintas em um mesmo fotograma.

ENQUADRAMENTO – Limites laterais, superior e inferior da cena filmada. É a imagem que aparece no visor da câmera.

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SR

P

NM

L

O

IH

GF FLASH-BACK – Cena que revela algo do passado,

para lembrá-lo, situar ou revelar enigmas.

GANCHO – Momento de interesse que precede a um comercial. Clímax arran-jado de modo a segurar o espectador.

HISTORY LINE - É um resumo da história a ser transformada em roteiro, esboço ini-cial da ideia a ser mostrada.

INSERT – Imagem breve, rápida e quase sempre in-esperada que lembra momentaneamente o passado ou antecipa algum acontecimento.

LONG SHOT – “Full shot”, plano geral; plano que inclui todo o cenário. É usado para mostrar um grande ambiente.

MULTIPLOT – Várias linhas de ação, igualmente importantes, dentro de uma mesma história.

NOITE AMERICANA – Técnica de ilu-minação e filtragem tilizada para dar efeito noturno à imagem filmada de dia

OFF – Vozes ou sons presentes sem se mostrar a fonte emissora.

PANORÂMICA – (pan) Câmara que se move de um lado para outro, dando uma visão geral do ambi-ente, mostrando-o ou sondando-o.

RUBRICA – Indicação de cena, informações de estado de ânimo, gestos, etc. Observação entre parênteses nos diálogos, indican-do a reação dos personagens, ou mudanças de tom e pausas.

SCRIPT – Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Plano completo de um programa, tanto em cinema quanto em televisão.

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A fotografia no cinemaTão falada e pouco

conhecida pelos leigos

“ Philippe Dubois já dizia que a fotografia nada mais é que um ato de contemplação, pois a escolha dos objetos não passa de uma arbitrarie-dade direcionada pela visão do fotógrafo, que, ao olhar através da lente, não deixa de ser um pouco Narciso. Todos os fotógrafos, sejam profissionais ou amadores, sempre sentem uma ponta de vai-dade ao observar a finalização de seu trabalho, a produção de uma imagem, aparentemente extraída do real ” Em conjunto com o diretor de arte e o dire-tor geral, o diretor de fotografia é quem dá person-alidade ao filme por meio da concepção do tom e enquadramento na fotografia do filme. Por muitos tido por técnico, na verdade, o trabalho desse profissional é muito artístico. Em produções menores é ele quem define desde os eq-uipamentos a serem usados até a coloração e tom final das imagens na ilha de edição. Em grandes produções cinematográficas, o diretor de fotogra-fia gerencia uma equipe cujas funções são muito bem delimitadas, mas trabalham em sintonia para o resultado final. De modo geral é o diretor de fotografia quem coloca na tela o planejamento visual elabo-rado junto à equipe por meio de detalhes técnicos para chegar à fotografia que deseja.

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Roteiro de documentário?A dúvida sempre acontece:

Existe roteiro para documentários?

Sim. Mesmo com todo o furor e emoção de pegar uma câmera na mão e sair rodando o que a realidade apresenta a sua frente, uma organi-zação prévia do conteúdo a ser documentado é necessária. Mesmo que não muito populares, os roteiros de documentário podem ser a salvação do orça-mento de seu filme. Geralmente baseados em uma estrutura similar a do roteiro de ficção, porém, não tão fixa (ganhando em qualidade se for f lexível), a escrita de um roteiro para o seu documentário é uma ótima maneira de articular o seu discurso e afinar o conteúdo audiovisual que será a resposta da pesquisa na tela. Mesmo com uma gama de defensores do “Documentário Direto”, ou seja, sem argumento e fundamentado no mito de que para fazer um docu-mentário basta ligar a câmera e sair filmando, aparentemente, sem pesquisa e sem planejamento, ao esboçar seu documentário vale a pena ponderar algumas questões. A escolha do uso de um roteiro, ou não, deve ocorrer em função do assunto retratado ou da forma de tratamento. Primeiramente, você deve questionar se seu doc é roteirizável, por exemplo, se a temática é de arquivo, biográfica ou histórica; ou se ele retrata um evento, ou um registro corpo-a-corpo da realidade, ou seja, um documen-tário direto que é mais a captação e registro de um momento, que fruto de uma grande pesquisa e do levantamento de informações. Mas o que vale mesmo é a f lexibilidade. Cada filme é singular e um bom documentarista deve saber or-ganizar-se e planejar o filme (até para não acabar endividado no final) e conhecer a sua história para saber até que ponto ela necessita ser roteirizada e organizada como discurso antes da gravação (e então você terá um editor feliz). Em breve você acompanha aqui no Portal do Curta um passo-a-passo da produção desse tipo de roteiro.

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Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem a sua família tinham dinheiro para pagar os seus estudos. Antes de dirigir film-es, foi funcionário da companhia telefônica es-tatal, fez banda desenhada (desenho em quadrin-hos), ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor realizador. Publicamente homossexual, os seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira bastante aberta. Seu ano de nascimento é incerto, sendo por vezes divulgado como 1949 e outras vezes como 1951. A página oficial do cineasta, no en-tanto, afirma que nasceu na década de 1950. Um dos mais premiados realizadores da história do cinema, venceu dois Oscar, dois Glo-bo de Ouro, quatro BAFTA, três prêmios do Fes-tival de Cannes e seis Goya, a honraria máxima do cinema espanhol.

O Mago e suas mulheresO inspirado Pedro Almodòvar começou com

curtas . Ao todo, são 11 produzidos.

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Depois da intensidade melo-dramática de De Salto Alto, Almo-dóvar deu outra reviravolta em sua carreira, rodando um dos seus filmes mais inclassificáveis: Em Kika cada personagem pertence a um gênero de filme diferente, gerando assim um filme muito livre e heterodoxo. O enredo centra-se em Kika, uma artista sem noção, mas de bom coração, que se envolve com um vel-ho escritor americano expatriado e seu enteado desnorteado. Um repórt-er de TV sensacionalista segue as desventuras de Kika.

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Penélope Cruz decidiu que seria atriz aos quinze anos de idade, ao assistir ao filme Ata-me! (1990), de Pedro Almodóvar. Durante todo o início de sua carreira direcionou seus esforços para co-laborar com o diretor. A atriz procurou-o num teste para a protag-onista do filme Kika (1993). Tinha 18 anos, e tentou convencer o diretor de que poderia interpretar uma balzaquiana. Almodóvar não caiu na conversa, mas gostou da ousadia da moça. “Penélope” - anotou o nome em seu caderninho. A primeira parceria dos dois foi em Carne Trêmula (1997), como a jovem que dá à luz den-tro de um ônibus, seguido de Tudo Sobre minha Mãe (1999), no qual interpreta a freira Rosa, Volver (2006), no papel principal de Raimunda, e final-mente em Abraços Partidos (2007) onde Penélope faz uma aspirante a atriz que tem um caso com o diretor da produção em que atua.

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O cara que tudo faz merece reconhecimento

O Assistente de Produção

Como seu próprio nome sug-ere, deve dar assistência ao trabalho do produtor ou dire-tor de produção. Em alguns casos, são necessários diver-sos assistentes, que têm como principal objetivo viabilizar os recursos necessários para que o projeto se desenvolva, levando até os produtores o que é pre-

ciso para que as cenas sejam rodadas. Vale ressaltar também, que o assistente de produção não é o responsável por angariar os recursos para que uma obra seja produzida. É dele a função de comunicar ao diretor de produção, ou produtor, o que está faltando, o que precisa ser comprado, li-stando uma série de itens e equipamentos que serão importantes para uma determinada filmagem ou uma cena específica.

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O Diretor de ProduçãoO cara que determina

É o técnico de cinema ou vídeo que representa o produ-tor executivo de uma empresa de produção cinematográfica, in-vestido de poderes necessários que viabilizem o planejamento e acompanhamento de execução de uma obra audiovisual cin-ematográfica ou videográfica. A partir de um roteiro original apresentado pelo contra-tante, e da soma dos recursos disponíveis, ele planeja e gerencia todas as etapas do processo produtivo, até que se obtenha um produto de exibição comercial em salas de cinema ou emisso-ras de televisão. Podemos comparar a atuação de um diretor de produção à de um gerente de banco. Em cinema ele tem poderes de decisão, em comum acordo prévio com o produtor executivo ou a empresa para a qual trabalha. Em televisão, sobretudo no Brasil, esse poder está fracio-nado em várias instâncias administrativas da emissora, transfor-mando-o num coordenador de produção. Um diretor de produção pode ser convocado previamente por uma empresa produtora

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cinematográfica ou um executivo do mercado de capitais para a montagem do projeto de captação, fazendo a previsão orçamen-tária, um plano de execução e de desembolso financeiro a partir do roteiro cinematográfico proposto. O trabalho de um diretor de produção em um filme começa desde a pré-produção, quando ele ajuda a contatar e contratar técnicos especializados, artistas, fornecedores de serviços e locadores de equipamentos, monta o plano de trabalho, elabora solicitações e autorizações especiais, programa o serviço de transporte, alimentação e hospedagem dos membros da equipe, pagamentos semanais dos técnicos, pre-visão de despesas e listagem de compras. Durante o período das filmagens, mantém toda a infra-estrutura de funcionamento da produção, delegando aos seus assistentes vários afazeres, colocando o seu melhor assistente no set de filmagem representando-o. Após as filmagens, ou seja, na desprodução, devolve equipamentos, dispensa fornecedores e apresenta o seu relatório final à empresa produtora.

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Roteiristas, dialoguistas e argumentistas

ARGUMENTISTAÉ o que redige em uma sinopse de cinco páginas a trama central da história e seus per-sonagens principais. Esta etapa não possui diálogos ou indicações e subdivisões de cenas em seqüências por locações. É apenas a trama, a carpintaria dramática do princípio ao fim.

ROTEIRISTAÉ o criador de um texto literário com trama especializada para cinema ou televisão (com duração temporal previamente estabelecida) de fatos reais ou ficcionados de situações que se encadeiam, dialogadas ou não, em determinados casos adaptado de uma obra literária onde evolui uma trama dramática desenvolvida pelos personagens acompanhada com clareza pelo espectador. Um roteiro não é um romance, daí sua especificidade de escritura dividindo-o em seqüências por locação, determinando o período da jornada (se dia ou noite) e precisando o espaço cênico onde se desenrola a ação. Um roteirista pode ser proveniente de uma escola de letras, de jornalismo, de cinema ou com experiência na escritura de tex-tos teatrais, desde que tenha vocação para escrever situações e criar personagens. O seu diálogo deve ser eminentemente coloquial e verossímil.Existem profissionais especializados em trabalhar apenas em uma fase ou tratamento do roteiro, que são os: argumentistas, dialoguistas, gags men e os pesquisadores.

DIALOGUISTAÉ o especialista em criar diálogos coloquiais ou regionalismos em uma cena onde os per-sonagens conversam e têm um tipo físico determinado ou exercem uma função que deverá possuir em seu vocabulário expressões e jargões da atividade. É o caso de filmes policiais que empregam a gíria do submundo.

Os caras dos textos

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PÁG48 Após ter estreado seu tercei-ro curta metragem como diretor e em preparação para seu primeiro longa, Bonatto é uma das principais apostas do cinema nacional e vem sendo am-parado por grandes nomes da indústria. Aos 21 anos, também é um dos mais jovens diretores de cena em publicidade e nessa entrevista cedida gentilmente à ‘Press the play’, fala dos desafios e do mercado brasileiro vol-tado aos curtas.

com Bruno Gagliasso nos bastidores de DES.

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PRASS THE PLAY - O Bra-sil ainda é um país que investe pouco nesse tipo de entretenimento. Quais são as principais dificuldades encontradas por quem produz ou produzirá curta metragem? BONATTO— Pra mim, ex-istem 3 etapas de dificuldades reais para a realização de uma boa obra em qualquer lugar do mundo. Primeira di-ficuldade: ter uma boa história bem contada. Segunda dificuldade: agrupar um ótimo elenco e uma ótima equipe. Terceira dificuldade: captar os recursos necessários para que a obra não apenas seja realizada, como também seja re-alizada sem restrições que prejudiquem

o produto final. Infelizmente, até hoje o Brasil não criou a cultura de valorização e profissionalização dos roteiristas. Com isso, muitas histórias incríveis são mal contadas ou histórias muito bem conta-das sofrem com a falta de originalidade e concepção criativa. Lá fora, muita gente tem a profissão de roteirista, teve tal for-mação e vive disso. No Brasil, as pessoas simplesmente escrevem porque acham que sabem escrever ou porque aprender-am a formar uma ideia como um roteiro. A questão da captação está se transfor-mando. Hoje, já há dinheiro para o cin-ema, mas não para transformar nosso cinema em uma indústria. Ainda.

Ainda nos bastidores do curta DES.

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PÁG50 PRESS THE PLAY - Você disse em entrevista anterior que uma boa ideia e câmera na mão não são o suficiente pra se obter um trabalho de sucesso. O que é necessário pra ser bem sucedido nesse ramo? BONATTO— É uma pena que até hoje hajam tantos seguidores da fa-mosa frase de Gláuber. Isso é desculpa para fazer um filme sem dinheiro ou mal-sucedido. A cultura do cinema de hoje exige mais do que uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. O público quer um espetáculo completo. Não se pode continuar arranjando desculpas para fazer filmes mais feitos. Por isso, sou muito a favor de um cinema altamente profissional e sofisticado. É preciso, sim, de uma boa ideia, mas acima de tudo, um roteiro bem trabalhado, uma ótima equipe, um elenco confiável, boas estra-

tégias, planejamento, talento e uma lista enorme que contribui para que o filme seja realizado com sucesso. PRESS THE PLAY - Curta me-tragem, segundo alguns roteiristas, é um dos mais difíceis trabalhos, já que toda a ideia proposta deve ser passada em pouco tempo. Você concorda que a duração está diretamente ligada ao desenvolvimento do tema e consequentemente na quali-dade final do filme? BONATTO— Ter um grande elen-co e uma equipe espetacular faz parte da minha estratégia por três motivos: quali-dade final elevada, maior visibilidade e diminuição de riscos. É um prazer imenso trabalhar com estes grandes profissionais, até mesmo porque eles facilitam o meu trabalho. São nomes que trazem muita credibilidade para os projetos e garantem um resultado final muito satisfatório.

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PRESS THE PLAY - É possível citar um profissional que te inspire? BONATTO— Poderia citar muitos nomes que me inspiram. Quanto ao cine-astas brasileiros, prefiro não citar nenhum nome em respeito aos demais, pessoas com quem convivo. Mas a sensibilidade de Ter-rence Malick e a genialidade de Christo-pher Nolan são meus dois combustíveis de inspiração, no momento. Mas o repertório de qualquer cineasta que quer chegar em algum

lugar deve estar muito além de algumas inspirações. Deve atingir o mundo inteiro, épocas diferentes e estar livre de precon-ceitos. Leio de tudo, de literatura russa do século XIX aos grandes sucessos comerci-ais da atualidade; vejo filmes de nicho ou de super-herois; procuro me informar sobre o maior número de assuntos possíveis. In-spiração é sempre importante, mas a tran-spiração — já dizia Picasso — é a chave para o sucesso.

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Gulp!Curta em animação foi produzido em um celular

Mais um projeto bacanudo da W+K (mais) Aardman Animations, descreve as aventuras de um pescador e seu labor diário. Filmado na praia de Pendine em South Wales, com um Nokia N8 e sua câmera de 12 megapixels. O filme bateu o recorde mundial de animação com maoir set de filmagem (quase 4 mil metros quadrados).

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Nokia N8 foi o responsável pela produção do filme.

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Brazilian Film FestivalProduções brasileiras sãoexibidas na terra da rainha.

Agora no finalzinho do mês de setembro, os brasileiros que estavam por Londres, na Inglaterra, puderam conferir de perto um pouco da produção nacional de Curta-metragens. O Brazilian Film Festi-val retorna mais um ano para o país, já em sua quarta edição, com um rico panorama do que foi produzido nos últimos anos no Brasil. O Curtas Gaúchos não ficou de fora e participou com o programa “Folha em Branco” da Série Histórias Curtas 2011. Quem compareceu, pode conferir o melhor da diversidade cultural brasileira,

em um misto de comédia, drama e aventu-ra. Dos clássicos as animações, o 4º Brazil-ian Filme Festival de Londres emocionou londrinos e matou a saudade de muitos brasileiros que vivem na terra da rainha. O curta produzido no Rio Grande do Sul, da diretora Iuli Gerbase, conta uma história que transita entre a ficção e a reali-dade. Um escritor sem inspiração fica preso no elevador com uma vizinha e um entre-gador de pizza. Juntos, eles criam histórias onde os personagens reais e fictícios se misturam em um mundo fora do elevador.

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Miriã Possani ganha prêmio de melhor atriz

Atriz participou do curta ‘Todos os Balões vão para o Céu’

Na noite de 30 de setembro desse ano, a 10ª edição do Curta Santos - Fes-tival de Cinema de Santos (SP) premiou a atriz Miriã Possani por “Todos os Balões Vão para o Céu” (confira o vídeo ao lado), de Frederico Cabral, vencedor do projeto Histórias Curtas 2011. Miriã interpreta uma mulher que é pressionada pelo marido para ter um

filho e acaba adotando um balão, após sugestão do seu psiquiatra. A direção é de Frederico Cabral e a produção da Animake Imagem Virtual. O curta também foi vence-dor da 11ª edição do projeto Histórias Cur-tas 2011 como Melhor Curta pelo Júri Ofi-cial; além dos troféus de Melhor Atriz, Atriz Coadjuvante e Direção de Arte.

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Histórias Curtas 2012 abre temporada

Sábado, dia 6 foi marcado pela es-treia do projeto Histórias Curtas 2012. O diretor Roberto Burd também teve a sua primeira vez na televisão com o curta-metragem “A Vida Deve Ser Assim” A produção conta a história de Binho ( Iago Salaberry), um menino de onze anos que está apaixonado por sua colega de escola Rafaela (Anna Carolina).”É uma fábula de amor infantil”, categoriza Burd.

A história de Burd com o cinema começou cedo, quando o diretor, formado em comunicação social pela ESPM-Sul, foi passar dois anos em Barcelona, na Espan-ha: “A partir dali peguei gosto pelo cine-ma. Meu primeiro filme foi feito de maneira independente e selecionado pela Bienal B”. No currículo ele traz também a gravação de clipes para as bandas gaúchas Acús-ticos e Valvulados e Selton. “Nunca tinha

Curta ‘A Vida Deve Ser Assim’ é marcado pelas ‘primeiras vezes’

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participado do Histórias Curtas, mas foi le-gal propôr uma linguagem mais popular e acessível. É muito emocionante ver o nome de todo mundo que participou contigo nos créditos finais”, comemora. Quem também está satisfeito com a sua aparição na TV são os atores-mirins Iago Salaberry e Anna Carolina, ambos com 12 anos. Iago, que interpreta o protagonis-ta, tinha experiência apenas em comerciais

e diz ter tido um pouco de dificuldade para gravar as falas: “A gente teve muitos en-saios e isso ajudou bastante”.No caso de Anna Carolina, a experiên-cia vinha das agências. A guria trabalha como modelo e já apareceu em propagan-das publicitárias. “Meu sonho sempre foi ser atriz”, conta com entusiasmo. Sobre o papel no curta, encara como um grande desafio, mas diz não ter nada de parecido com a personagem. “Não sou esnobe com as pessoas, a única coisa parecida é a ro-tina da escola”.

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Festival do Rio Evento acontece em novembro e oferece

atividades gratuitas paralelas às exibições.

Júri Jovem:

As inscrições até 19 de outubro através do site www.curtacinema.com.br. Dez estudantes selecionados para escol-her o prêmio de melhor curta nacional e internacional. Para ser um candidato é necessário ter mais de 15 anos, ser mo-rador do Rio de Janeiro e estar cursan-do o Ensino Médio em escolas da rede pública ou privada.

Workshop de Direção:

As inscrições vão até o dia 31 de outubro do sitecurtacinema.com.br. Ação será conduzida pelo renomado diretor de fotografia do cinema português, Rui Poças, realizada nos dias 03 e 04 de novembro de 2012 das 14h às 18h no Oi Futuro Fla-mengo. Trata-se de uma oportunidade para novos realizadores dialogarem com um diretor que falará da sua experiên-cia profissional, das suas idéias e de seu método de trabalho.

O Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2012 abre inscrições para o Júri Jovem e o Workshop de Direção. O Festival, que acontece de 01 a 08 de novembro de 2012, oferece atividades gratuitas paralelas às exibições de produções brasileiras e internacionais.

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Programe-seFaça aqui seu próprio conograma doscurtas que pretende ver.

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Como já diz o provérbio chinês, “uma boa imagem vale mais que mil palavras”. Desde os primórdios, a hu-manidade sempre se preocupou em registrar momentos im-portantes do cotidiano com a ajuda de desenhos e pinturas. Com a invenção da fotografia, deu-se o primeiro passo para a criação de uma das formas de arte mais populares que ex-pressam as questões humanas: o cinema. Mas foi com a concepção do cinematógrafo, dos irmãos Lumière, em 1895, que as primeiras imagens em movimen-to ganharam exibição pública e desde então, a captação de imagens passou por diversas evoluções, chegando ao forma-to digital, que vem revolucionado a indústria cinematográfica. Entretanto, fazer cinema vai muito além da projeção de imagens. Inúmeras funções, como as de diretor, câmeras, figurinistas, diretores de arte, produtores, atores, são atribuí-das a profissionais responsáveis por transformar um roteiro numa história capaz de emocionar milhares de pessoas nas telas de todo o mundo.

Um outro mundochamado cinema