Livro Programa Intercom 2009

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação CURITIBA l 04 > 07 SETEMBRO l 2009 CAMPUS DA UNIVERSIDADE POSITIVO Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital Promoção e Realização: INTERCOM –Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação UP –Universidade Positivo Co-Realização: UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste UFPR – Universidade Federal do Paraná Co-Promoção: RPC –Rede Paranaense de Comunicação Patrocínio: Globo Universidade Apoio: Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CAPES – Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos ECA-USP – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Parcerias: FENAJ Revista Imprensa

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Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (32 : 2009 : Curitiba). Programa do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 4 a 7 de setembro de 2009, Curitiba : comunicaçãoeducação e cultura na era digital / organizado por Marialva Carlos Barbosa, Maria do Carmo Silva Barbosa, André Tezza, Elza Oliveira Filha e Maria Zaclis Veiga. [realização Intercom e UP]. - São Paulo: Intercom, 2009.1. Ciências da Comunicação - Congresso – Brasil. 2. Pesquisa em Comunicação - Congresso. I. Barbosa, Marialva Carlos,org. II. Barbosa, Maria do Carmo Silva, org. III. Tezza, André,org. IV. Oliveira Filha, Elza,org V.Veiga, Maria Zaclis. Título: Comunicação, educação e cultura na era digital.

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XXXII Congresso Brasileiro deCiências da Comunicação

CURITIBA l 04 > 07 SETEMBRO l 2009CAMPUS DA UNIVERSIDADE POSITIVO

Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital

Promoção e Realização: INTERCOM –Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação

UP –Universidade Positivo

Co-Realização:UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste

UFPR – Universidade Federal do Paraná

Co-Promoção:RPC –Rede Paranaense de Comunicação

Patrocínio:Globo Universidade

Apoio:Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES – Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São PauloFINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

ECA-USP – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

Parcerias: FENAJ

Revista Imprensa

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Projeto gráfico, editoração e produção gráfica:Universidade Positivo Escritório Experimental de Design(41) [email protected]

Curso de DesignProf. Antonio Razera Neto (Coordenador de Design - Projeto de Produto)Prof. Re-nato Bertão (Coordenador de Design - Programação Visual)Prof. Eliza Sawada (Coordenadora do Escritório Experimental de Design)Roberta Perozza (Designer do Escritório Experimental de Design)

RealizaçãoUniversidade PositivoRua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 l Campo Comprido l CEP 81280-330 l Curitiba - PR Fone/Fax: +55 (41) 3317-3000 l www.up.edu.br

Secretaria INTERCOM Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM Rua Joaquim Antunes, 705 l Pinheiros l CEP 05415-012 l São Paulo - SP l www.intercom.org.br [email protected] l Fone/Fax: +55 (11) 3596 9494 l +55 (11) 3596 4747

OrganizaçãoAntonio Hohlfeldt (Intercom/PUC-RS)André Tezza (UP) Elza Oliveira Filha (UP) Fernando F. Almeida (Intercom / Umesp) Genio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)Maria do Carmo Silva Barbosa (Intercom) Maria Zaclis Veiga (UP) Marialva Carlos Barbosa (Intercom / UFF) Osvando J. de Morais (Intercom/Uniso)Rosa Maria Dalla Costa (Intercom/UFPR)

Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (32 : 2009 : Curitiba).

Programa do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências daComunicação, 4 a 7 de setembro de 2009, Curitiba : comunicaçãoeducação e cultura na era digital / organizado por Marialva Carlos Barbosa, Maria do Carmo Silva Barbosa, André Tezza, Elza Oliveira Filha e Maria Zaclis Veiga. [realização Intercom e UP]. - São Paulo: Intercom, 2009.356pp

ISSN 2175-5701

1. Ciências da Comunicação - Congresso – Brasil. 2. Pesquisa em Comunicação - Congresso. I. Barbosa, Marialva Carlos,org. II. Barbosa, Maria do Carmo Silva, org. III. Tezza, André,org. IV. Oliveira Filha, Elza,org V.Veiga, Maria Zaclis.Título: Comunicação, educação e cultura na era digital.

Programa do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

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Os cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Universidade Positivo completam dez anos de funcionamento em 2009. Não haveria melhor maneira de comemorar a data do que a oportunidade que nos foi dada de organizar a sediar este XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Por isso, nossa primeira palavra de agradecimento é endereçada à diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) que, há mais de um ano, nos confiou a tarefa e, ao longo de todo o percurso, deu suporte e incentivo para que chegássemos até aqui.

O evento não teria sido possível, no entanto, sem o apoio de todas as instâncias da Universidade Positivo: à Reitoria, ao Departamento de Marketing, aos cursos de Design e de Turismo, que atenderam prontamente nossas demandas; a todos os professores, funcionários, monitores, es-tagiários e alunos que se envolveram neste processo, nosso agradecimento especial.

Em conjunto com as entidades parceiras – a Universidade Federal do Paraná e a Universidade Estadual Centro-Oeste do Paraná – procuramos antecipar cada detalhe das necessidades dos participantes do congresso e buscamos atender a todos. Pois você, congressista, é o nosso con-vidado principal da festa de dez anos. Sua presença fará com que tenhamos oportunidade de aprender coisas novas; sua participação nas inúmeras atividades do congresso resultará em de-bates e avanços que farão crescer nossos conhecimentos; os trabalhos apresentados ajudarão a apontar os infindáveis caminhos que podem ser percorridos pela pesquisa, pelo ensino e pela prática profissional na área da comunicação. Você contribuirá para que cresça o nosso círculo de amizades e deixará Curitiba, certamente, com muitos novos amigos e amigas.

Sejam muito bem-vindos! Desejamos que este XXXII Congresso da Intercom seja um marco importante na sua trajetória acadêmica e pessoal, assim como temos certeza que será para os nossos cursos e para cada um de nós, professores e alunos da Universidade Positivo. Desejamos que você se sinta acolhido no nosso campus como se estivesse em sua própria casa. Esperamos que você consiga, apesar de todo trabalho ao longo do evento, desfrutar alguns dos atrativos de Curitiba para que tenha vontade de voltar: a cidade estará sempre de braços abertos, da mesma maneira que cada um de nós.

André TezzaElza Oliveira FilhaMaria Zaclis Veiga

Comissão organizadora local

Mensagem de Boas-Vindas

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Palavra do Reitor

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Mais do que nunca, acreditar na importância da Comunicação Social

Prof. Dr. Antonio Hohlfeldt*

Estamos realizando este XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, aqui em Curiti-ba, com muitas coisas para comemorar e outras para nos preocupar. A nos preocupar, a decisão do Superior Tribunal Federal a respeito da não obrigatoriedade de diploma para a prática profis-sional do jornalismo. Como a questão é polêmica, a INTERCOM não entrou na discussão de seus méritos. Mas esta decisão, combinada com a outra que acabou com a antiga Lei de Imprensa, deixa a sociedade brasileira e o Judiciário sem qualquer referência específica para decisões que envolvam abuso do direito da expressão ou falta de direito à informação. Isso, sim, deve deixar toda a sociedade brasileira preocupada, porque se fica à mercê de resoluções que podem ser decididas no calor da hora ou, pior, sobretudo em regiões distantes do país, onde nem sempre a legalidade chegou plenamente, à disposição da autoridade de plantão.

Por isso mesmo, e ainda que decidido com muita antecedência em relação a essas questões, o tema do Congresso deste ano se reveste de especial importância. “Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital” é um programa extenso, ambicioso, de extrema responsabilidade. Se tomarmos Cultura como todo o conjunto de valores e práticas que marca uma sociedade, e Educação como o processo de aprendizagem sobre o mundo e sobre nós mesmos, podemos dizer que a Comunicação está no centro e na articulação dessas duas perspectivas. É através da Comunicação que a Cultura se processa. É mediante a Comunicação que a Educação se con-cretiza. Temos belas lições a recordar de pioneiros como Luís da Câmara Cascudo, sobretudo no campo da comunicação popular, e de Paulo Freire, no campo da educação popular. Temos, enfim, referência imediata nas propostas de Luiz Beltrão quanto à comunicação popular.

O tema de nosso Congresso, contudo, acrescenta um detalhe importante: tudo isso acontece na Era Digital. Ora, isso aumenta a nossa responsabilidade, porque amplia sua atuação, aprofun-dando-a e alargando-a; e, ao mesmo tempo, dificulta-a, porque traz novas exigências e desafios. Costuma-se dizer que o indivíduo que ainda enfrenta o analfabetismo tradicional agora fica posto diante do analfabetismo informático. Qualquer um de nós que trabalhe com os processos de Informação e de Comunicação na era digital sabe, porém, que uma perspectiva apocalíptica é absolutamente falsa. Basta lembrar que, quando do surgimento da escrita, um percentual imenso da população foi sendo gradualmente marginalizada, e por isso mesmo os alfabetiza-dos ocuparam, dominaram e manipularam o poder ao longo de séculos, como bem já mostrou Harold Innis, ainda nos anos 1950. Ora, se efetivamente o Brasil e a América Latina ainda pos-suem preocupantes taxas de analfabetos, não é menos verdade que o crescimento do domínio de compreensão e de instrumentalização da informática, por parte de nossas populações, tem-se feito em ritmos muito rápidos. Por certo ainda temos percentuais pequenos em relação ao todo da população com pleno acesso às redes computadorizadas. Mas somos surpreendidos, a todo o momento, por comportamentos positivamente inesperados, por investimentos na popularização do acesso à rede e, sobretudo, pela preocupação sobre o melhor uso de tais no-vas tecnologias, justamente em favor da Educação e da Cultura, da real Comunicação entre os povos e cada um de nós.

O XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação traz, a partir deste ano, algumas novi-dades. Diminuímos de tamanho, para garantir que os congressistas pudessem aproveitar melhor as diferentes atividades programadas. Assim mesmo, estamos batendo recordes de inscrição de trabalhos e de presença em Curitiba, de tal sorte que tivemos de tomar como um máximo de cinco mil participantes o teto para um bom atendimento por parte da INTERCOM e da Univer-sidade Positivo, nossa parceira deste ano. Mas não foi apenas este Congresso nacional que ex-trapolou nossas expectativas. Pelo menos três dos congressos regionais também ultrapassaram

Apresentação

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números de anos anteriores, o que mostra o acerto das últimas diretorias da INTERCOM com a criação dessa descentralização, que tem dois motivos básicos: a) permitir maior e mais simples acesso a estudantes e professores interessados, sobretudo levando em conta a realidade das enormes distâncias físicas que caracterizam nosso país e que, neste caso, nem as redes con-seguem vencer; b) racionalizar a realização de encontros que custam caro, sobretudo em despe-sas de locomoção e de hotelaria, o que fica cada vez mais difícil de ser coberto pelos apoios das agências oficiais de fomento à pesquisa ou nossos parceiros universitários constantes.

Aliás, aqui, uma palavra especial de agradecimento, primeiro ao CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, sempre o primeiro a nos dar seu aval; à CAPES – Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, também parceira constante e fiel; à FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, outra parceira histórica na realização de nossos eventos; e às demais agências regionais de fomento à pesquisa e enti-dades mais específicas, como a FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, sem as quais realizar nossos congressos seria absolutamente impossível. Não podemos esquecer ainda a parceria crescente que temos desenvolvido com o projeto Globo Universidade e o Canal Futura, e agora, também, com o Itaú Cultural.

Mas, mais que tudo e todos, precisamos agradecer a nossos Conselheiros regionais, aos coorde-nadores de congressos e todas as suas equipes, às Reitorias das diferentes universidades que, a cada ano, nos recebem em seus campi e nos dão o melhor que cada região pode nos oferecer. Sem esses companheiros todos, professores, técnicos, pesquisadores e estudantes, a INTERCOM nada faria e nem teria sentido a sua existência, ao longo desses 33 anos, como tem sido.

Falemos de novidades. Começamos a escolher temas que marcarão diferentes seminários, simpósios e mesas especiais. Neste ano, com a presença do Prof. Dr. Tapio Varis, vamos falar do Relatório McBride e da importância da Nova Ordem da Comunicação. Propusemos reavaliar o que se dizia, então, a respeito dos fluxos informacionais no mundo: terá a centralização se agra-vado ou diminuído com a rede internacional de computadores?

Por outro lado, começamos a falar de nós mesmos. Por proposta da atual Diretoria, a partir deste congresso, e nos próximos anos, vamos refletir um pouco sobre a obra e a contribuição ao cam-po da Comunicação dada pelos nossos ex-presidentes. Começamos, evidentemente, pelo fun-dador e Presidente de Honra da INTERCOM, José Marques de Melo. Não se trata apenas de uma homenagem ou de um reconhecimento, mas sim de uma reavaliação, a ser feita da maneira mais ampla possível, e numa perspectiva científica e universitária.

A realização de simpósios e colóquios binacionais, agora em boa parte deslocados dos períodos de congressos, se dificulta seu financiamento, permitiu-nos mudar seus formatos, o que vamos efetivar gradualmente, garantindo a paridade entre as duas nações proponentes. De qualquer modo, a realização deste Colóquio Brasil-França, no âmbito do XXXII Congresso, é o reconheci-mento de que tradições não devem ser rompidas, e, se queremos inovar, por certo não preten-demos perder o que já conquistamos e as relações que já compusemos.

Por fim, uma palavra de alegria: seguindo proposta da Diretoria anterior, pela primeira vez em nossa história poderemos antecipar, em nossa Plenária de final de congresso, não apenas as sedes regionais e nacional do próximo ano de 2010, mas também a de 2011. E dizer que já temos bem encaminhadas até mesmo sedes para 2012. Isso significa que, cada vez mais, os congressos regionais e nacional poderão ser planejados e preparados com maior objetividade, dando tempo e tranqüilidade para que as próximas diretorias se organizem, e para que nossos associados e participantes programem os deslocamentos e apresentação de seus papers.

* Presidente da INTERCOM e Presidente da LUSOCOM; Professor do PPGCOM da PUCRS. Pesquisador do CNPq

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Antonio Hohlfeldt (Intercom/PUC-RS) Marialva Carlos Barbosa (Intercom/UFF)André Tezza (UP) Elza Oliveira Filha (UP) Maria Zaclis Veiga (UP)

Antonio Hohlfeldt (Intercom/PUC-RS)André Tezza (UP) Elza Oliveira Filha (UP) Fernando F. Almeida (Intercom / Umesp) Genio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)Maria do Carmo Silva Barbosa (Intercom) Maria Zaclis Veiga (UP) Marialva Carlos Barbosa (Intercom / UFF) Osvando J. de Morais (Intercom/Uniso)Rosa Maria Dalla Costa (Intercom/UFPR)

Anamaria Fadul (Umesp)Antonio Hohlfeldt (Intercom/PUC-RS)Cicilia M. Krohling Peruzzo (Intercom/Umesp)Edgar Rebouças (Intercom/Ufes)Eduardo Meditsch (UFSC)Fernando F. de Almeida (Intercom/Umesp)José Marques de Melo (Intercom/Umesp)Maria Cristina Gobbi (Intercom/Umesp/Unesp)Marialva Carlos Barbosa (Intercom/UFF)Nélia Rodrigues Del Bianco (Intercom/UnB)José Carlos Marques (Intercom/Unesp)Osvando J. de Morais (Intercom/Uniso)Paula Casari Cundari (Intercom/Feevale)

Alexandre Tadeu dos Santos (UP)Ana Claudia M. Nunes (UP) Ana Paula Mira (UP) André Berberi (UP)André Tezza (UP) Ariane Carla Pereira (Unicentro) Carlos Alexandre Gruber de Castro (UP)Celso Rogério Klammer (UP) Christian Luiz Melim Schwartz (UP) Christiane Monteiro Machado (UP) Desiree Menezes (UFPR) Elson Faxina (UP) Eduardo Baggio (UP) Elza Oliveira Filha (UP) Emerson Castro (UP) Espencer Gandra (Unicentro) Evelyn Mosca (UP) Francismar Formentão (Unicentro)Hilton Castelo (UP) Iris Yae Tomita (Unicentro)Itanel de Bastos Quadros (UFPR)Kelly Prudencio (UFPR)Layse Nascimento (Unicentro)Leandro Moreira (Unicentro) Lucas Thimoteo (Unicentro)Luciana Panke (UFPR)Luz Maria Romero Silva (UP)Marcelo Catto Gallina (UP)Marcelo Lima (UP)

Coordenação Geral

Comissão Organizadora

Comissão Científica

Coordenação Local

Organização do Congresso

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Marcio Fernandes (Unicentro)Marcio Macedo (Unicentro)Maria Cora Chaves (UP)Maria Zaclis Veiga (UP)Nicolás Ramírez Torres (UP)Paulo Negri (UFPR)Rafael Ginane Bezerra (UP)Raquel Pazini (UP)Re-nato Antonio Bertão (UP)Ricardo Macedo (UP)Rogerio Mainardes (UP)Rosa Maria Dalla Costa (UFPR)Sérgio Menezes (UP)Sonia Kurchaidt (Unicentro)Tamara Sandra Pereira (UP)

Maria do Carmo Silva Barbosa (Intercom)Genio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)

Raquel Pazini (AGATUR – Agência Acadêmica de Turismo da UP)

Antonio Carlos HohlfeldtPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Nélia Rodrigues Del BiancoUniversidade de Brasília

Fernando Ferreira de AlmeidaUniversidade Metodista de São Paulo

José Carlos MarquesUniversidade Estadual Paulista

Marialva Carlos BarbosaUniversidade Federal Fluminense

Rosa Maria Cardoso Dalla CostaUniversidade Federal do Paraná

Osvando José de MoraisUniversidade de Sorocaba

Maria Cristina GobbiUniversidade Metodista de São Paulo e Universidade Estadual Paulista

Paula Casari CundariCentro Universitário Feevale

Edgar Rebouças Universidade Federal de Espírito Santo

José Marques de Melo (Presidente de Honra)Anamaria Fadul (Presidente)Gaudêncio Torquato (Vice-Presidente)

Secretaria Executiva

Núcleo de AtividadesCulturais e Turísticas

INTERCOM

Diretoria Executiva (2008-2011)

Presidente

Vice-Presidente

Diretor Financeiro

Diretor Administrativo

Diretora Científica

Diretora Cultural

Diretor Editorial

Diretora de Documentação

Diretora de Projetos

Diretor de Relações Internacionais

Conselho Curador

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Margarida M. Krohling Kunsch (Secretária)Cicilia Peruzzo (Conselheira)Maria Immacolata Vassallo de Lopes (Conselheira)Manoel Carlos Chaparro (Conselheiro)Sonia Virgínia Moreira (Conselheira)Adolpho Carlos Françoso Queiroz (Conselheiro)

Ada de Freitas Maneti DenckerEduardo Barreto Viana MeditschGiovandro Marcus FerreiraJosé Luiz ProençaMaria Salett Tauk Santos

Maria Ataíde Malcher (Norte)Moacir Barbosa de Sousa (Nordeste)Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (Centro-Oeste)Iluska Maria da Silva Coutinho (Sudeste)Valério Cruz Brittos (Sul)

Maria Adísia de Barros SáCarlos Eduardo Lins da SilvaMuniz Sodré de Araújo CabralGustavo Adolfo León DuarteLuis Humberto MarcosManuel Peres i Maicas

Marialva Carlos Barbosa (Intercom/UFF)Gênio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)

Roberta Augustinho Perozza (UP)

Conselho Fiscal

Conselho ConsultivoRepresentantes por regiões

Representantes depesquisadores

Programa da Intercom 2009

Edição do Programa

Capa e Projeto Gráfico

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Page 13: Livro Programa Intercom 2009

Sumário15 Apresentação do Tema Central

17 Síntese do Programa

31 BRASIL-FRANÇA- IX Colóquio Bi-nacional de Ciências da Comunicação31 Programa

38 III SOCICOM 38 Fórum das Associações cientificas e as acadêmicas de comunicação

39 FÓRUM INTERCOM

40 Congresso40 III Oficinas Intercom de Divulgação Científica

42 Abertura do Congresso

43 XXXII CECOM

45 II LIBERCOM

48 IV PUBLICOM48 Jornalismo 48 Publicidade e Propaganda 49 Relações Públicas e Comunicação Organizacional 49 Comunicação Audiovisual 49 Comunicação Multimídia50 Interfaces Comunicacionais 50 Comunicação, Espaço e Cidadania51 Estudos Interdisciplinares da Comunicação

52 IX Encontro dos Grupos de Pesquisa e Núcleos de Pesquisa Intercom52 DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP GÊNEROS JORNALÍSTICOS 58 DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP HISTÓRIA DO JORNALISMO 64 DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP JORNALISMO IMPRESSO 73 DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP TELEJORNALISMO 81 DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP TEORIA DO JORNALISMO

90 DIVISÃO TEMÁTICA 2 - GP PUBLICIDADE E PROPAGANDA

106 DIVISÃO TEMÁTICA 3 - GP RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

119 DIVISÃO TEMÁTICA 4 - NP COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL 133 DIVISÃO TEMÁTICA 4 - GP FOTOGRAFIA 139 DIVISÃO TEMÁTICA 4 - NP FICÇÃO SERIADA144 DIVISÃO TEMÁTICA 4 - GP RÁDIO E MIDIA SONORA

154 DIVISÃO TEMÁTICA 5 - GP CONTEÚDOS DIGITAIS E CONVERGÊNCIAS TECNOLÓGICAS 166 DIVISÃO TEMÁTICA 5 - GP CIBERCULTURA

177 DIVISÃO TEMÁTICA 6 - GP COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO 191 DIVISÃO TEMÁTICA 6 - GP COMUNICAÇÃO E ESPORTE

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197 DIVISÃO TEMÁTICA 6 - NP COMUNICAÇÃO E CULTURAS URBANAS 211 DIVISÃO TEMÁTICA 6 - GP FOLKCOMUNICAÇÃO 216 DIVISÃO TEMÁTICA 6 - NP PRODUÇÃO EDITORIAL

221 DIVISÃO TEMÁTICA 7 - GP COMUNICAÇÃO PARA A CIDADANIA 231 DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL 239 DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP GEOGRAFIAS DA COMUNICAÇÃO 244 DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP MÍDIA, CULTURA E TECNOLOGIAS DIGITAIS NA AMÉRICA LATINA

251 DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE 258 DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP COMUNICAÇÃO, TURISMO E HOSPITALIDADE 265 DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP ECONOMIA POLÍTICA DA INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E CULTURA271 DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO E CULTURA 278 DIVISÃO TEMÁTICA 8 – GP SEMIÓTICA DA COMUNICAÇÃO 284 DIVISÃO TEMÁTICA 8 – NP TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

289 V INTERCOM JÚNIOR – Sessão de Apresentação de Trabalhos de Iniciação Científica289 DT1 - INTERCOM JÚNIOR - JORNALISMO 298 DT2- INTERCOM JÚNIOR - PUBLICIDADE E PROPAGANDA 303 DT3 - INTERCOM JÚNIOR - RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 307 DT4 - INTERCOM JÚNIOR - COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL 316 DT5 - INTERCOM JÚNIOR - COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA 321 DT6 - INTERCOM JÚNIOR - INTERFACES COMUNICACIONAIS 325 DT7 - INTERCOM JÚNIOR - COMUNICAÇÃO, ESPAÇO E CIDADANIA 330 DT8 - INTERCOM JÚNIOR - ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO

335 XVI EXPOCOM – Jornada de Pesquisa Experimental em Comunicação 335 I - CINEMA E AUDIOVISUAL338 II - JORNALISMO344 III - PRODUÇÃO EDITORIAL344 IV - PUBLICIDADE E PROPAGANDA348 V- RELAÇÕES PÚBLICAS350 VI - ÁREAS EMERGENTES E PRODUÇÃO TRANSDISCIPLINAR EM COMUNICAÇÃO

353 IV RP BRASIL

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 15

INTERCOM 2009 l Curitiba

“Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital”

Eis o tema que motiva pesquisadores da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – para o Congresso de Curitiba, em 2009, tendo em conta formular juízos, expor projetos e intercâmbio de experiências sobre o processo de digitalização da informação, seu impacto nas condições de produção, difusão e acesso a bens simbólicos. A era digital representa uma etapa desafiadora para focar a relação entre tecnologia e comunicação, a partir do fato de que as mediações no campo da educação e da cultura expressam novas condições de sociabilidade, compartilhamento de informações e mudanças nas apreensões de sentidos e de inteligência humanos.

A complexidade e o acúmulo das revoluções informacionais que percorrem as passagens da tipo-grafia para a eletrônica e destas para a informatização fizeram com que ciência e tecnologia, mun-do privado e esfera pública, informação e entretenimento adquirissem contornos que precisam ser decifrados em termos estéticos, éticos e políticos. Ao propor o debate sobre as interfaces entre a era digital e os impactos nas esferas da cultura e da educação, a Intercom convida os pesquisadores a se defrontarem com a questão da nucleação que os processos de comunicação adquirem no espectro da sociedade globalizada e sistêmica. Ou seja, a digitalização dos processos comunicativos representa mais que o fluxo de informações entre pessoas, sociedades e culturas, já que expressam alterações nos modos de operar e de existir, o que, do ponto de vista educativo, revela formas de adaptação e de gerenciamento do conhecimento.

Na era digital, acentuam-se as representações simuladas e virtuais da realidade, há uma tendência à compactação da informação e seu acesso remoto, quando é possível compartilhar imagens, textos, produções seriais motivadas pela indústria da cultura e outras oriundas de redes descentradas e des-locadas das estruturas convencionais de poder. A digitalização permite outras fontes para a pesquisa científica, afeta as condições de convivência e de transmissão do conhecimento. É um momento em que se verificam a convergência tecnológica, a miniaturização dos equipamentos, a hibridização de linguagens e suportes, e mais do que isto: a profunda modificação nas formas de comunicação que altera também a maneira como se articulam experiência e imaginação.

Nesse contexto, e partindo da suposição de que inexiste neutralidade do uso dos aparatos técnicos, já que resultam de condições objetivas do trabalho e das necessidades humanas historicamente construídas, os processos de comunicação, especialmente na era digital, adquirem dimensões cult-urais e educativas que necessitam ser analisadas sob diferentes perspectivas, já que expressam mu-danças nas formas de apreender a realidade, nas maneiras do exercício do poder e do controle social, bem como nas condições afetas à experiência e construção do imaginário.

Diante da complexidade e da sua atualidade, eis um tema que suscita lidar com a relação homem e tecnologia, formação num ambiente artificializado e as condições estéticas e éticas para observar a migração da oralidade e da escrita para o ambiente da informática, e a condição que esta coloca não só para a comunicação, mas também para as formas recentes de produção de conhecimento e sua articulação com a ciência, com a tecnologia e com o funcionamento mais amplo da sociedade.

A Intercom - que tem como fundamento o pluralismo de idéias - ao focar a digitalização na perspec-tiva da cultura e da educação, suscita pensar as interfaces entre tecnologia e condição da vida hu-mana, que envolve comunicação, linguagem e cidadania.

Prof. Dr. Belarmino Cesar Guimarães da CostaDiretor da Faculdade de Comunicação / UNIMEPCoordenador do GP Comunicação e Educação

Apresentação do Tema Central

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 17

INTERCOM 2009 l Curitiba

BRASIL-FRANÇA IX Colóquio Bi-nacional de Ciências da Comunicação

Fórum INTERCOMEntrega dos Troféus aos Vencedores dos Prêmios Estudantis 2008

Reunião dos Conselhos Curador, Fiscal e Consultivo

Fórum dos Coordenadores de GPs/NPs

III SOCICOM - Fórum das Associações Científicas e Acadêmicas deComunicação

As Ciências da Comunicação como Área de Conhecimento dentro do Sistema de Ciências,Tecnologia e Inovação

Sínt

ese

do P

rogr

ama

Pré-

Cong

ress

o

14-17h

Bloco VermelhoAuditório 1

Pré-Congresso

Quarta-feira l 02 de Setembro

9–12 h14–17 h

Bloco VermelhoAuditório 1

Quinta-feira l 03 de Setembro

9h-12hBloco Vermelho

Sala 2 d

SÍNTESE DO PROGRAMA

INTERCOM 2009CAMPUS DA UNIVERSIDADE POSITIVO

Sexta-feira l 04 de Setembro

9–12 h14–17 h

Bloco VermelhoAuditório 1

9–10 h

Bloco VermelhoAuditório 2

1O–12 h

Bloco VermelhoAuditório 2

14–17 h

Hotel RadissonSalão Agatha

BRASIL-FRANÇA IX Colóquio Bi-nacional de Ciências da Comunicação

II FÓRUM EPTICTema: TV Digital

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 19

INTERCOM 2009 l Curitiba

8–12 h14 - 17h

Bloco Azul

XXXII CECOM Painel 1 - Cultura Digital e Fronteiras do Contemporâneo

Painel 2 - MacBride after 30 years: O Relatório MacBride e ofluxo internacional da Comunicação. Uma reflexão sobre os últimos 30 anos

Painel 3 - Desafios da Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital –uma abordagem a partir dos sujeitos

Painel 4 - 50 anos de CIESPAL: Contribuições para a Comunicação,Educação e a Cultura na América Latina

III SOCICOM - Fórum das Associações Científicas e Acadêmicas deComunicação

O Plano Nacional de Pós-Graduação (2005-2010) e a Pós-Graduaçãoem Comunicação

CongressoXXXII Congresso Intercom

Sexta-feira l 04 de Setembro

Manhã- Tarde

Campus da Universidade

PositivoSecretaria do

Evento

19 h

Grande TeatroPositivo

Sábado l 05 de Setembro

9–12 h

Bloco AmareloAuditório 1

9–12 h

Bloco AmareloAuditório 2

9–12 h

Bloco VermelhoAuditório 1

9–12 h

Bloco VermelhoAuditório 2

9–12 h

Bloco AmareloSala 121

Recepção aos Congressistas

III Oficinas INTERCOM de Divulgação Científica

Solenidade de Abertura do CongressoConferência Inaugural - Dominique Wolton

Sínt

ese

do P

rogr

ama

Cong

ress

o

Page 20: Livro Programa Intercom 2009

20 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Audiovisual

Cibercultura

Comunicação e Culturas Urbanas

Comunicação e Desenvolvimento Regional e Local

Comunicação e Educação

Comunicação e Esporte

Comunicação para a Cidadania

Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade

Comunicação, Turismo e Hospitalidade

Conteúdos Digitais e Convergências Tecnológicas

Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura

Ficção Seriada

Folkcomunicação

Fotografia

Gêneros Jornalísticos

Geografias da Comunicação

9 -12h14 - 17h

Bloco VermelhoSalas 101, 102 e 103

Bloco AzulSalas 215, 216 e 217

Bloco VermelhoSalas 104, 104a

e 105a

Bloco VermelhoSala 2

Bloco AzulSalas 220 e 221

Bloco AzulSala 209

Bloco VermelhoSalas 2a e 2b

Bloco VermelhoSala 1

Bloco VermelhoSala 2e

Bloco AzulSalas 218 e 219

Bloco VermelhoSala 3

Bloco VermelhoSala 106

Bloco VermelhoSala 5

Bloco AzulSala 120

Bloco AzulSala 2

Bloco VermelhoSala 2c

IX Encontro dos Grupos de Pesquisa e Núcleos de Pesquisa da INTERCOMSessão de Apresentação de Trabalhos nos GPs e NPs.(Organizado por ordem alfabética)

Page 21: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 21

INTERCOM 2009 l Curitiba

História do Jornalismo

Jornalismo Impresso

Mídia, Cultura e Tecnologias Digitais na América Latina

Políticas de Comunicação e Cultura

Produção Editorial

Publicidade e Propaganda

Rádio e Mídia Sonora

RP e Comunicação Organizacional

Semiótica da Comunicação

Telejornalismo

Teoria do Jornalismo

Teorias da Comunicação

V INTERCOM JÚNIOR

Sessão de Apresentação dos Trabalhos de Iniciação Científica

DT 1 – Jornalismo

DT 2 – Publicidade e Propaganda

DT 3 – Relações Públicas e Comunicação Organizacional

DT 4 – Comunicação Audiovisual

Bloco AzulSalas 3 e 6

Bloco AzulSalas 7 e 13

Bloco VermelhoSala 2d

Bloco VermelhoSala 4

Bloco VermelhoSala 107

Bloco AzulSala 201, 202 e 203

Bloco AzulSala 207 e 208

Bloco AzulSalas 205 e 206

Bloco VermelhoSala 6

Bloco AzulSala 112

Bloco AzulSalas 14 e 15

Bloco VermelhoSala 109

9 -12h14 - 18h

Bloco BegeSalas 16, 17 e 18

Bloco Bege Salas 102 e 103

Bloco BegeSalas 123 e 124

Bloco BegeSalas 207, 208

e 209

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Page 22: Livro Programa Intercom 2009

22 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro

DT 5 – Comunicação Multimídia

9 -12h14 - 18h

Bloco AmareloSalas 15, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112,

113, 114, 115 e 116

Bloco BegeSalas 210 e 211

Bloco BegeSalas 218 e 219

Bloco BegeSalas 220 e 221

Bloco BegeSalas 222 e 223

DT 6 – Interfaces Comunicacionais

DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania

XVI EXPOCOM

Jornada da PesquisaExperimental em Comunicação

XXXII CECOM

Painel 5 - A INTERCOM e a Memória das Ciências da Comunicação

DT 8 – Estudos Interdisciplinares da Comunicação

14 - 18h

Bloco AzulAuditório

14 - 16h

Bloco VermelhoAuditório 1

Palestra Jornalismo online: o portal de notícias G1

II LIBERCOM (Mesas Redondas)Comunicação e Política ou comunicação política? Debate em torno de um campo de estudo

14- 18 h

Bloco AmareloSala 212

14- 18 h

Bloco AmareloSala 213

O mundo no papel e o mundo digital: diálogos interculturais

Quatro casamentos e nenhum funeral. Cinema e Interfaces

IV PUBLICOM Lançamento de Livros dos Sócios

14- 18 h

Bloco AmareloSala 214

19 h

Biblioteca

9- 12 h

Bloco AmareloSala 117

II LIBERCOM (Mesas Redondas)

Epistemologia, Teorias e Metodologias de Pesquisa em Cibercultura

Noite Fotográfica 20 h30

Bloco VermelhoAudittório 1

Page 23: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 23

INTERCOM 2009 l Curitiba

Da revolução à evolução: o ensino do jornalismo digital naconvergência dos meios

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 118

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 121

9 -12h14 - 18h

III SOCICOM - Fórum das Associações Científicas e Acadêmicas de ComunicaçãoA formação e a avaliação nos cursos de Graduação em Comunicação

Audiovisual

Cibercultura

Comunicação e Culturas Urbanas

Comunicação e Desenvolvimento Regional e Local

Comunicação e Educação

Comunicação e Esporte

Comunicação para a Cidadania

Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade

Comunicação, Turismo e Hospitalidade

Conteúdos Digitais e Convergências Tecnológicas

Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura

Ficção Seriada

Folkcomunicação

IX Encontro dos Grupos de Pesquisa e Núcleos de Pesquisa da INTERCOMSessão de Apresentação de Trabalhos nos GPs e NPs.

Bloco VermelhoSalas 101, 102 e 103

Bloco AzulSalas 215, 216 e 217

Bloco VermelhoSalas 104, 104a

e 105a

Bloco VermelhoSala 2

Bloco AzulSalas 220 e 221

Bloco AzulSala 209

Bloco VermelhoSalas 2a e 2b

Bloco VermelhoSala 1

Bloco VermelhoSala 2e

Bloco AzulSalas 218 e 219

Bloco VermelhoSala 3

Bloco VermelhoSala 106

Bloco VermelhoSala 5

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Page 24: Livro Programa Intercom 2009

24 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Bloco AzulSala 120

Bloco AzulSala 2

Bloco VermelhoSala 2c

Fotografia

Gêneros Jornalísticos

Geografias da Comunicação

História do Jornalismo

Jornalismo Impresso

Mídia, Cultura e Tecnologias Digitais na América Latina

Políticas de Comunicação e Cultura

Produção Editorial

Publicidade e Propaganda

Rádio e Mídia Sonora

RP e Comunicação Organizacional

Semiótica da Comunicação

Telejornalismo

Teoria do Jornalismo

Teorias da Comunicação

V INTERCOM JÚNIOR

Sessão de Apresentação dos Trabalhos de Iniciação Científica

DT 1 – Jornalismo

Bloco AzulSalas 3 e 6

Bloco AzulSalas 7 e 13

Bloco VermelhoSala 2d

Bloco VermelhoSala 4

Bloco VermelhoSala 107

Bloco AzulSala 201, 202 e 203

Bloco AzulSalas 207 e 208

Bloco AzulSalas 205 e 206

Bloco VermelhoSala 6

Bloco AzulSala 112

Bloco AzulSalas 14 e 15

Bloco VermelhoSala 109

9 -12h14 - 18h

Bloco BegeSalas 16, 17 e 18

Page 25: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 25

INTERCOM 2009 l Curitiba

Bloco Bege lSalas 102 e 103

Bloco BegeSalas 123 e 124

Bloco BegeSalas 207, 208

e 209

DT 2 – Publicidade e Propaganda

DT 3 – Relações Públicas e Comunicação Organizacional

DT 4 – Comunicação Audiovisual

DT 5 – Comunicação MultimídiaBloco BegeSalas 210 e 211

Bloco BegeSalas 218 e 219

Bloco BegeSalas 220 e 221

Bloco BegeSalas 222 e 223

DT 6 – Interfaces Comunicacionais

DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania

DT 8 – Estudos Interdisciplinares da Comunicação

XVI EXPOCOM

Jornada da PesquisaExperimental em Comunicação

9 -12h14 - 18h

Bloco AmareloSalas 15, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112,

113, 114, 115 e 116

II LIBERCOM ( Mesas Redondas)O jornalismo sob o signo da cibercultura: desafios emergentes

Rede IFES Alternativa para Produção e Intercâmbio de Programas de Rádio e TV nas IFES

Bloco AmareloSala 103

Bloco AmareloSala 119

Bloco AmareloSala 120

Bloco AmareloSala 124

14 - 18h

Bloco AmareloSala 121

O desafio do ensino: Comunicação e tecnologias

Desafios da Pós-Graduação em Comunicação: perspectivas e análises

Comunicação Publicitária em Novos Formatos

19 h

Bloco AzulAuditório

16 h

Bloco VermelhoAuditório 1

IV RP BRASILSimpósio de premiação do IV Prêmio Relações Públicas do Brasil

BELTRÃO 2009Solenidade de Entrega de Troféus aos Vencedores doPrêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação

Reunião de coordenadores de cursos de Jornalismo –proposta de lançamento de jornal-laboratório nacional

18 h

Bloco VermelhoAuditório 2

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Page 26: Livro Programa Intercom 2009

26 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Segunda-feira l 07 de Setembro

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 117

II LIBERCOM (Mesas Redondas)Comunicação, Cultura e Educação na era digital: tradição x inovação

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 118

Comunicação Organizacional: Desafios do século XXI

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 119

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 121

Jornalistas ou Escritores?

Produção de Conteúdos para Mídias Digitais

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 124

Instabilidades e Ambivalências: Poéticas das Interfaces em Comunicação

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 212

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 213

O papel articulador do Obitel Brasil na pesquisa daficção televisiva iberoamericana e nacional

Os desafios da Educomunicação na realidade escolar: a teoria aplicada aos projetos práticos

9 – 12 h

Bloco AmareloSala 120

III SOCICOM - Fórum das Associações Científicas eAcadêmicas de ComunicaçãoOs desafios para a criação do Fundo Setorial para a Indústria da Comunicação

9 -12h14 - 18h

V INTERCOM JÚNIORSessão de Apresentação dos Trabalhos de Iniciação Científica

Bloco BegeSalas 16, 17 e 18

Bloco BegeSalas 102 e 103

DT 1 – Jornalismo

DT 2 – Publicidade e Propaganda

Page 27: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 27

INTERCOM 2009 l Curitiba

Bloco BegeSalas 123 e 124

Bloco BegeSalas 207, 208

e 209

DT 3 – Relações Públicas e Comunicação Organizacional

DT 4 – Comunicação Audiovisual

Bloco BegeSalas 210 e 211

Bloco BegeSalas 218 e 219

Bloco BegeSala 220 e 221

Bloco BegeSalas 222 e 223

DT 5 – Comunicação Multimídia

DT 6 – Interfaces Comunicacionais

DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania

DT 8 – Estudos Interdisciplinares da Comunicação

14 h

Teatro PositivoPequeno Auditório

Solenidade de encerramento do INTERCOM 2009Homenagem aos Sócios que completaram Bodas de Prata

16h30

Teatro PositivoPequeno Auditório

XVI EXPOCOMJornada da Pesquisa Experimental em ComunicaçãoSolenidade de Premiação

Assembleia de Sócios16 h

Teatro PositivoPequeno Auditório

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Page 28: Livro Programa Intercom 2009
Page 29: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 29

INTERCOM 2009 l Curitiba

PRÉ-CONGRESSO

II Fórum EPTIC Tema: Televisão Digital

PromoçãoINTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaçãoEPTIC- Rede de Economia Política das Tecnologias da Informação e da Comunicação

Coordenação GeralValério Brittos (Unisinos)César Bolaño (UFS).

MediaçãoRuy Sardinha (USP)

Coordenação LocalChristiane Monteiro Machado (UP) e Elson Faxina (UP)

Data e Horário2 de setembro de 200914 – 17 horas

LocalCampus da Universidade Positivo AUDITÓRIO 1 BLOCO - VERMELHO

Expositores: Ana Silvia Médola (Unesp); Fernando Cruz (Estadão,); Karla Regina Macena Pereira Patriota (UFPE); Sebastião Squirra (Umesp); Sérgio Mattos (UFRB) e Valério Brittos (Unisinos)

Audiovisual e digitalização: um padrão tecno-estético alternativo Valério Cruz Brittos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos)

A proposta do trabalho é discutir a construção de um padrão tecno-estético alternativo digital, considerando perspectivas abertas pela digitalização, como redução de custos de equipamentos e definição de novas formas de distribuição, mas a ser efetivado a partir da ação conseqüente da Academia, de agentes sociais tradicionalmente excluídos dessa cadeia de valor e do Estado. Nesta linha, debate-se alternativas para a sociedade civil posicionar-se na contemporaneidade, visando avanços sociais, com a contribuição decisiva das tecnologias midiáticas digitais, que serve como um instrumento desencadeador, mas que não encerra o projeto, o qual engendra-se no chão social. Portanto, trata-se de um novo padrão com o digital, mas que o ultrapassa. Requer o uso da tecnologia digital, mas subvertendo-a, pois a tendência é sua aplicação hegemônica de outra forma, a partir de critérios eminentemente mercadológicos e não a partir da agenda social.

A interatividade nas primeiras transmissões da TV digital no Brasil Ana Silvia Lopes Davi Médola (Universidade Estadual Paulista – Unesp)

O primeiro ano das transmissões da TV Digital aberta e terrestre no Brasil foi marcado pela ocorrência de grandes obstáculos e alguns avanços no sentido de tornar realidade muitas das possibilidades desta nova mídia. As bases que regem os meios digitais de comunicação introduzem novos conceitos nos fluxos de produção e consumo de conteúdos. Atentas aos possíveis reflexos das mudanças em seus negócios, algumas empresas desenvolvem ações para adaptar as emissoras às novas demandas, visando prioritariamente manter posição no mercado. Elementos como conectividade, acessibilidade, ubiqüidade e pervasividade também irão interferir nos modos de fruição da nova televisão, além dos mais divulgados como a imagem de alta definição, mobilidade e portabilidade. Mas o maior desafio é a interatividade por estar diretamente ligada à produção e comercialização de conteúdos. Propomos investigar as características das primeiras experiências interativas apresentadas pela Rede Globo em suas transmissões digitais em 2008.

Pré-

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Page 30: Livro Programa Intercom 2009

30 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

As tecnologias digitais e a comunicação Sebastião Squirra (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp)

O audiovisual exerce enorme e irrecusável poder de atração no homem moderno, que é cada vez mais exigente e tem menos tempo disponível. As enormes telas de alta definição e o som envolvente o transportam oniricamente, despejando prazerosamente estas mensagens no seu córtex profundo. O iMax deixa platéias desnorteadas e a imagem digital de alta definição da TV que chega às residências satisfazem desejos de perenidade vivencial ainda não experimentada com as tecnologias anteriores. Estes altamente especializados cenários profissionais demandam compreensão técnica e competência científica também da confraria da comunicação que, todavia, ainda reluta em mergulhar em seus pressupostos tecnológicos para o domínio, a criatividade e a produção plenamente qualificados. Tal iniciativa é fortemente necessária para superar o empirismo tecnológico freqüentemente constatável na formação acadêmica e nas práticas profissionais da área.

A TV digital e o espectador inexistente Renato Cruz (O Estado de S. Paulo)

Na implantação da TV digital, as emissoras deram prioridade à alta definição. Com isso, o sistema acabou tendo como alvo um espectador que não existe: o consumidor que possui televisor de tela plana, pronto para a alta definição, é assinante de TV paga, e não depende da TV aberta. A maioria dos brasileiros, que não tem aparelho HD e poderia ser atraído pela multiprogramação e pela interatividade, não teve interesse na TV digital. Por causa disso, a venda de equipamentos foi pequena até agora, e a venda de celulares com recepção de televisão foi maior do que a de conversores. Além disso, depois de lutarem pelo lançamento do sistema, as emissoras não mostraram grande apetite na ampliação de sua cobertura.

A TV digital, a convergência, a produção e distribuição de conteúdos para celulares e receptores móveis Sergio Mattos (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB)

A convergência além de ter engendrado a TV Digital eliminou as diferenças entre telefonia, TV a cabo, sinal de TV entre outros. O debate atual sobre a TV digital passa pela mobilidade e pela distribuição de conteúdo, com uma acirrada disputa entre radiodifusores e empresas de telecomunicações pelo domínio do mercado. Os radiodifusores querem evitar que as teles tenham o direito de produzir conteúdo. Por sua vez, as empresas de telefonia pressionam para que as transmissões das TVs para receptores móveis não aconteçam em sua faixa de frequencia. Mas, com o ISDB,padrão japonês adotado, as emissoras podem transmitir para celulares e receptores móveis sem a necessidade de uma faixa extra. Desde sua implantação em dezembro de 2007, a penetração da TV Digital no Brasil ainda é muito insipiente, atingindo cerca de apenas 0,5% dos domicílios que possuem televisores. Neste trabalho pretende-se analisar esta disputa entre os dois grupos de interesse, radiodifusores e Teles, verificando as perspectivas de produção e transmissão de conteúdos para celulares e receptores móveis.

Os desafios da publicidade na TV digital Karla Regina Macena Pereira Patriota (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE)

O trabalho, fruto do grupo de pesquisa Publicidade nas Novas Mídias, se propõe a analisar e discutir as perspectivas de consumo geradas pela implementação da TV digital no Brasil. Para isso, analisamos o atual cenário tecnológico e apontamos algumas tendências de mercado – baseadas nas características do novo consumidor – que emergem da convergência das mídias e da publicidade interativa. Refletimos também a respeito do acesso aos conteúdos veiculados, a implantação do t-commerce e a utilização de advergames a partir do desenvolvimento e da formatação da TV digital.

Page 31: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 31

INTERCOM 2009 l Curitiba

BRASIL-FRANÇAIX Colóquio Bi-nacional de Ciências da Comunicação

Promoção:INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaçãoSFSIC - Societé Française des Sciences de l’Information et de la Communication

RealizaçãoUniversidade Positivo – UP

ApoioCapes, CNPq, Fapesp, Finep, Ministere des Affaires Etrangères (France)

Coordenação InternacionalEdgard Rebouças (Diretor de Relações Internacionais da INTERCOM)Odile Riondet (Diretora de Relações Internacionais de SFSIC)

Coordenação Zélia Leal Adghirni (UnB)Rosa Maria Dalla Costa (UFPR)Nicole d’Almeida (CELSA-Sorbonne)

Comitê Científico - Brasil Giovandro Ferreira (UFBA)

Juremir Machado (PUC-RS) Laan Mendes Barros (Casper Libero) Linda Bulik (Unimar) Salett Tauk (UFRPE)

IdiomasPortuguês e francês

Data e Horário3 e 4 de setembro de 20099 às 12 horas e das 14 às 17 horas

LocalCampus da Universidade Positivo AUDITÓRIO 1 - BLOCO VERMELHO

09h00 às 09h30 - Solenidade de Abertura

09h30 às 10h30 - Conferência InauguralConferencista: Luiz Busato (ICM-UGrenoble3)Moderador: Edgard Rebouças (UFES/INTERCOM)

10h30 às 12h00

Mesa 1: Estudos comparados entre Brasil e França – Comunicação, Educação e CulturaModeradora: Nicole d’Almeida (CELSA-Sorbonne/SFSIC)

Quinta-feira l 03 de Setembro

Comité Scientifique- FranceGhislaine Chartron (CNAM)M. Coulomb-GullyBernard Miège (Université Grenoble 3)Denis Ruellan (UNR1)

PROGRAMABr

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Fran

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32 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

A Indústria Cultural e a produção de programas denominados educativos: um estudo na área da comunicação-educação Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (UFPR)

O texto analisa a relação existente entre a organização da indústria cultural e os projetos denominados de comunicação e educação que elas empreendem. Parte da hipótese de que neste processo existem confrontações de estratégias que possibilitam resultados “educativos” que extrapolam os interess desses projetos. Tais resultados dependem e são determinados por mediações culturais que diferem de uma sociedade para outra, no caso, as realidades francesa e brasileira. A pesquisa parte de uma contextualização da indústria cultural e das novas tecnologias e de um esclarecimento do conceito de comunicação e educação tomado como pressuposto principal. Faz uma descrição dos projetos considerados como corpus para a análise e esboça uma classificação dessa programação identificando que critérios podem ser considerados para diferenciar uma programação educativa de outra de entretenimento.

Formalisation technique et sociale en Afrique et place des technologie de l’informationMichel Durampart (Paris13)

Cette présentation d’un programme de recherche TPS (TIC et PME au Sud) est mise em perspective du point de vue d’une construction méthodologique qui cherche à s’articuler avec un contexte local en voulant rendre compte d’une appropriation des technologies dans des finalités économiques. Il est question de formalisation au sens où les enquêtes cherchent à révéler le lien existant entre l’équipement informatique et les usages des TIC dans une rationalisation et une normalisation des activités. Il est question aussi des difficultés pour étudier et observer des pratiques hybridant des cultures et des modalités avec des utilisations des technologies qui ne s’exprimeraient pas seulement dans un apparentement avec des modèles et procédures prescrites par des conceptions occidentales. En définitive, l’enquête établit une confirmation d’un certain degré de corrélation entre formalisation et insertion des TIC et de pistes et indications afin d’étudier les spécificités d’une adaptation des technologies dans des situations localisées en Afrique.

A contribuição das teorias críticas do “Laço Social” à “Tripla função da televisão” de Dominique Wolton para os estudos da mídia televisiva na Europa e no BrasilAdriana Tigre Lacerda Nilo (UFT )

Este artigo tem por objetivo geral discutir, em termos teóricos, a ampliação da teoria crítica da televisão do pesquisador francês, Dominique Wonton, desde a sua abordagem inicial, quando faz o Elogio do Grande Público, obra na qual o autor apresenta a tese da televisão generalista como fator de “laço social”, até a publicação Pensar a Comunicação, em que trata de temas interdisciplinares, tais como televisão, cultura e espaço público, quando apresenta o que chama de “tripla função da televisão”. Por meio deste conceito, Wolton amplia a tese anterior ao atribuir à mídia televisiva não só (I) o papel de laço social, mas também o de (II) propiciadora de modernização nas sociedades menos favorecidas, e, ainda, o de (III) significativo agente cultural na construção da identidade nacional em realidades sociais onde é presença viva.

Articulações entre Comunicação e Cultura a partir das matrizes teóricas francesa e latino-americanaLaan Mendes de Barros (FCL)

A dimensão cultural dos produtos midiáticos e a dimensão comunicacional dos fenômenos culturais, em uma discussão sobre o objeto de estudo das Ciências da Comunicação, a partir de um exame da mútua influência entre os pensamentos comunicacionais francês e latino-americano. No contexto de um mundo globalizado e interligado por tecnologias de informação cada vez mais sofisticadas, a reflexão sobre Comunicação e Cultura passa pelas questões de identidade cultural em um tempo-espaço híbrido e marcado pela desterritorialização, pelos processos de conflitos e miscigenação étnica e por novas perspectivas poéticas e estéticas na produção e fruição dos discursos da mídia e das manifestações culturais contemporâneas.

14h00 às 17h00

Mesa 2: Avanços da pesquisa em Comunicação no Brasil e na França: Estudos de mídia, jornalismo e comunicação organizacionalModeradora: Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (UFPR)

A TV digital e o apagão tecnológico no Brasil e na França Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU), Raíssa Fernanda Caixeta (UFU), Clara Ribeiro Sacco (UFU)

O texto oferece informações acerca da implantação da TV Digital no Brasil, do posicionamento da imprensa e as

Page 33: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 33

INTERCOM 2009 l Curitiba

articulações da sociedade civil organizada acerca do assunto. Apresenta ainda informações sobre a implantação e desenvolvimento da TV Digital na Europa, especificamente na França, e discute o apagão analógico previsto nos dois países. Tem como proposta, ainda, verificar e analisar como a população está (des)informada a respeito do assunto, utilizando, para isso, os dados obtidos em um levantamento realizado na cidade de Uberlândia – Minas Gerais, Brasil.

Pensar o Jornalismo enquanto prática sócio-discursiva: uma revisão das perspectivas francófonas Fábio Henrique Pereira (UnB )

O artigo faz uma revisão de algumas abordagens teóricas nascidas ou apropriadas por autores países de língua francesa, aplicadas à compreensão do jornalismo e de suas transformações. Serão expostos os conceitos de campo, paradigma, formação discursiva e fronteira profissional. Em comum, as perspectivas apresentadas destacam a necessidade de pensar o jornalismo sem cair numa visão essencialista, situando-o como uma prática social e discursiva, como resultado de uma realidade socialmente construída. Com isso, pretende-se abrir espaço para discussão e produção, no meio acadêmico brasileiro e francês, de pesquisas empíricas que levem em conta essas perspectivas.

La peur de la haine des Noirs ou la rémanence médiatique des émeutesChristine Larrazet (ISCC-CNRS)

Cette communication avance la thèse que la visibilité médiatique des citoyens noirs américains a été subordonnée tout au long du 20e siècle à la peur de la confrontation raciale et présente le concept de « rémanence médiatique ». En prospective, elle étudie la possibilité d’une analyse comparative Etats-Unis -Brésil.

Imagens do risco: técnicas jornalísticas e psicanalíticas nas favelas do RioFelipe Pena de Oliveira (UFF)

O presente artigo analisa as imagens do risco que são veiculadas pelos meios de comunicação, tendo como protagonistas os próprios jornalistas que as veiculam. Tentamos entender porque essas imagens do risco exercem tanto fascínio nos telespectadores e porque os jornalistas continuam a veiculá-las, apesar do contexto perigoso. Para isso, enveredamos por um estudo de caso sobre a profissão de jornalista nas favelas do Rio de Janeiro, que vivem em guerra permanente, tomando como parâmetro o assassinato do repórter Tim Lopes, da Rede Globo de Televisão, principal emissora do país. Como base teórica, fazemos uma aproximação entre a técnica psicanalítica e a técnica jornalística, principalmente no que concerne ao entendimento dos conceitos de objetividade e neutralidade, que, segundo minha hipótese, são mal interpretados em ambas as profissões.

La traduction, enjeu central de la communication à l’heure de la mondialisationMichaël Oustinoff (Paris 3)

A la suite de la Seconde guerre mondiale, on voyait un progrès dans le fait que le « village planétaire » de Marshall McLuhan se dote d’une seule langue de communication, à savoir l’anglais, en raison de l’ampleur de sa diffusion internationale. Cette solution était considérée comme à la fois la plus pratique, la plus économique, la plus équitable (et, par conséquent, la plus démocratique) et la plus « culturellement neutre ». A terme, la planète entière pourrait communiquer « directement » dans une seule langue. Aujourd’hui, à l’heure de la mondialisation, de l’Internet et de la Déclaration universelle de l’Unesco sur la diversité culturelle adopté dans le sillage des événements du 11 septembre 2001, le tout-à-l’anglais apparaît non comme une solution, mais comme une impasse, voire une source de conflits culturels majeurs. Néanmoins, un monde devenu massivement mulitilingue grâce aux NTIC (nouvelles technonologies de l’information et de la communication) n’est pas pour autant synonyme de cohabitation culturelle réussie : ce serait confondre information et communication. Ce n’est pas parce que l’on a accès à de plus en plus en plus d’informations dans sa langue (ce qui constitue un progrès indéniable) que l’on est forcément en mesure de les décrypter sans faire de contresens, parfois lourds de conséquence. C’est dans un tel cadre que la traduction, rouage désormais essentiel de la mondialisation, demande à être replacée.

O Jornalismo como invenção permanente: novas práticas, novos atoresZelia Leal Adghirni (UnB), Denis Ruellan (UNR1)

A Rede de Estudos de Jornalismo (REJ) é um grupo de pesquisa interdisciplinar e internacional, fundado em 2002, com o objetivo de estudar a produção e a mediação da informação jornalística. A rede integra atualmente 27 pesquisadores ligados a universidades de diferentes países: França, Brasil, Canadá, México e Ilha da Reunião. No Brasil, o projeto é

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34 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

desenvolvido dentro do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília como parte das atividades da linha de pesquisa “Jornalismo e Sociedade”, e está inscrito no CNPq com a denominação SOJOR ( Sociedade e Jornalismo). Tem por princípio a associação de pesquisadores que colocam em comum uma dinâmica científica com o objetivo de estudar conjuntamente e num tempo relativamente curto fenômenos relevantes cuja observação e análise demandam meios muito importantes e inacessíveis à maioria dos pesquisadores.

Congruência entre estratégia competitiva e de comunicação: compreendendo o processo de constituição e projeção da identidade corporativa da Natura Cosméticos no Brasil e na França.Rodrigo Cesar Severino Neiva (PUC MINAS )

Este artigo apresenta resultados de pesquisa realizada com o objetivo de compreender como a congruência entre estratégia competitiva e de comunicação pode contribuir para a construção de vantagem competitiva sustentável que viabilize a internacionalização de marcas brasileiras do setor de cosméticos. Para tal, foi conduzido um estudo de caso sobre as operações, tanto no Brasil quanto na França, da Natura Cosméticos S.A., empresa reconhecida por possuir como atributo estratégico a inovação em produto, no processo de produção e no uso matérias-primas oriundas da biodiversidade brasileira, assim como por vir construindo sólida reputação tanto do mercado brasileiro quanto no internacional.

09h00 às 12h00

Mesa3: Estudos Comparados entre Brasil e França - Comunicação e PolíticaModerador: Luiz Roberto Busato (ICM)

A Comunicação Pública no Brasil e na França: desafios conceituais Heloiza Helena Gomes de Matos (FACASPER)

O artigo discute alguns dos desafios conceituais enfrentados pela pesquisa em comunicação pública no Brasil e na França. Argumento que a comunicação pública não deve ser confundida com a comunicação governamental, nem se restringir às estratégias de personalização e difusão de informações. Ela se relaciona mais com as noções de cidadania, participação e engajamento cívico, considerando a necessidade de espaços e dinâmicas discursivas para a expressão e a justificação pública de interesses plurais. É a ênfase no dissenso produtivo que permite à comunicação pública descortinar os contextos de negociação e conflito que subjazem à comunicação governamental. No âmbito local, as tecnologias de informação e comunicação estão contribuindo para ampliar e fortalecer os espaços de entrecruzamento dos discursos estatais e cívicos, o que tende a aproximar as informações políticas e as mediatizadas.

Pour une approche interdisciplinaire des SIC qui prennent en compte les trois dimensions de l’espace public démocratiqueEric Dacheux (UCLE)

Dés leur institutionnalisation en France, les Sciences de l’information et de la communication (SIC) sont pensées comme étant interdisciplinaires. Nous voudrions, dans ce texte, apporter notre pierre à la lente et inachevée construction de cette interdiscipline. Il nous semble en effet, que les SIC peuvent aller plus loin dans la prise en compte des multiples dimensions qui structurent l’espace public des sociétés modernes. En effet, nous concevons l’espace public comme étant l’instance de régulation, - propre à la démocratie - des conflits entre l’ordre politique (élaboration de la norme), l’ordre symbolique (la circulation du croire) et l’ordre économique (la valorisation des ressources) (Dacheux, 2007). Dès lors, toute analyse communicationnelle de la société démocratique doit prendre en compte, simultanément, ces trois dimensions. C’est, en tout cas, ce que nous plaiderons dans une première partie, avant d’illustrer l’intérêt d’une telle démarche par une analyse d’un mouvement social présent em France et au Brésil l’économie solidaire (deuxième partie).

O outro é o meu espelho: uma análise das esferas pública e privada na sociedade informatizada a partir de um estudo de casoMarta Helena Dornelles Tejera (PUCRS )

Este ensaio pretende, a partir da análise de um estudo de caso, observar de que maneira as esferas pública e privada estão manifestas na sociedade contemporânea, que tem as tecnologias da informação como uma das mediadoras nas

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relações sociais, além de forte meio de expressão da maneira como estas relações se estabelecem. A partir da análise do blog francês Désordre, e ao propor um diálogo entre vários autores que estudam os fenômenos da atualidade, pretende-se apontar novas indagações e alguns caminhos a respeito das esferas pública e privada.

Um panorama do Marketing Político na França: fundamentos utilizados nas ações de comunicação política no BrasilRoberto Gondo Macedo (UMESP), Adolpho Carlos Françoso Queiroz (UMESP), Paulo Cezar Rosa (UMESP)

O presente artigo explana cronologicamente momentos marcantes da história da propaganda política na França, com o objetivo de criação de parâmetros das ações de comunicação política desenvolvidas no Brasil. A França no viés de comunicação política apresenta significativas manifestações de estratégias de comunicação de massa, seja na forma de interação com o reinado de Luis XIV até as eleições de 2007 com a gestão de Nicolas Sarcosy no cargo presidencial. O principal objetivo do trabalho foi de transitar por autores especializados em comunicação política francesa e apresentar um cenário de questões contemporâneas acerca do Marketing Político Francês. Do ponto de vista metodológico foi desenvolvida ampla revisão de literatura sobre o assunto, extensiva ao panorama contemporâneo através de pesquisa nos sítios da Internet.

Etat des débats actuels sur la notion de « public médiatique » en France Ayda Fitouri (Ugrenoble)

La reconnaissance de la participation active du récepteur dans la construction du sens et l’importance du contexte de réception a inauguré une série de nouveaux travaux analytiques et empiriques sur le public-en particulier le public médiatique-qui ont accompagné les sciences sociales de la communication. Une des évolutions frappantes de ces recherches pendant les dernières décennies a eu pour objet l’activité interprétative du public et son rôle déterminant dans la construction sémantique des messages. Le public médiatique prend alors un nouvel essor dans les débats actuels en France. Des débats marqués par une série d’interrogations et de paradoxes : Le public, est-il un objet existant comme tel ou un artefact ? Y a-t-il une différence entre public et audience, entre public et cible ? Quelles configurations peut-on donner au public ? Quelles définitions ? Néanmoins ces débats s’accordent à reconnaitre au public médiatique un triple inconvénient lié à sa nature, à savoir : être difficilement définissable, assez instable et faiblement identifié.

Contribuições francesas ao debate brasileiro sobre comunicação públicaAntonio Teixeira de Barros (CEFOR )

Analisa as contribuições de intelectuais franceses aos estudos de comunicação pública realizados no Brasil a partir da década de 1980, com destaque para o trabalho de Pierre Zémor e o modo como suas idéias influenciaram o campo acadêmico no Brasil. Discute as práticas e políticas de comunicação institucional no contexto brasileiro. O pressuposto é de que o sistema brasileiro tem origem na iniciativa exclusiva do Estado, que assume o papel de provedor de informações, com veículos governamentais, e não propriamente públicos. Tal fenômeno, iniciado no Estado Novo, intensificou-se a partir de 1990, quando o Poder Legislativo também decidiu criar veículos próprios, apresentados com o rótulo de comunicação pública, mas que representam de forma unilateral os interesses do Estado, utilizados com fins políticos e não como sistemas efetivos de comunicação das instituições com os cidadãos.

14h00 às 16h00

Mesa 4: Os desafios da pesquisa em Comunicação no Brasil e na FrançaModeradora: Zelia Leal Adghirni (UnB)

As novas condições de produção das Ciências da Informação e da Comunicação na América Latina: gargalos e dilemasMargarethe Born Steinberger-Elias (UFABC)

Muito já se discutiu no campo das Ciências da Informação e da Comunicação (CIC) sobre o impacto das novas tecnologias sobre a difusão de informação midiática, mas pouco sobre o valor das ferramentas tecnológicas como condição da pesquisa em grande escala que passou a ser requerida nesse campo. Enquanto gigantescos repositórios de informação aguardam que pesquisadores de CIC latino-americanos desenvolvam expertise tecnológica para abordá-los, os detentores desse know-how ferramental - profissionais de Informática, Métodos Matemáticos, Engenharia e até Biologia - já tomam a dianteira na tarefa de desenvolver as nossas “sciences sociales éléctroniques”. A maioria deles nem

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cogita de bom texto, faro jornalístico ou intuição privilegiada. O objetivo de nosso trabalho é reunir informações sobre atitudes e mentalidades no meio acadêmico-científico em torno desta questão.

Enjeux contemporains de la production et de la diffusion de connaissances em France, relatives à l’information médiatiqueBertrand Cabedoche (Ugrenoble)

Les acteurs de l’instance médiatique procèdent facilement à la stigmatisation des productions - voire des producteurs - de connaissances sur le terrain des médias, que les travaux s’investissent sous l’angle des industries culturelles, des contenus rédactionnels, des pratiques professionnelles ou des jeux d’acteurs autour des enjeux sociétaux ! Et pourtant, plus que jamais, les Sciences de l’Information et de la Communication ont légitimité à produire un savoir distancié, notamment pour ne pas réduire leur enseignement, à l’heure de la professionnalisation des masters, à la formation de « petits soldats du journalisme ». Entre autres, elles invitent à faire surgir le paradoxe en tant qu’élément de connaissance plutôt qu’à le réduire et ainsi, à déconstruire l’idéaltype que l’instance corporatiste tend à figer, parlant des médias.

As contribuições da abordagem ergológica para o binômio Comunicação e trabalhoRoseli Aparecida Fígaro Paulino (ECA-USP)

Este artigo apresenta uma proposta de abordagem teórico-metodológica para os estudos de comunicação a partir do binômio comunicação e trabalho. Para tal, propõe-se a discutir, de maneira introdutória, as contribuições que se podem alcançar com o aporte teórico transdisciplinar da Ergologia. A Ergologia estuda o trabalho como atividade humana que comporta prescrição de normas e re-normalização por meio do trabalho real. Como tal, permite entender o sujeito (corpo-si) como ser que se objetiva por meio da atividade, sempre inédita e criativa, perpassada pela comunicação e pela linguagem. Essa abordagem coloca em questão os valores e as condições em regem as relações de comunicação no mundo do trabalho.

Ingénierie de l’information scientifique et techniqueIvana Roche et Claire François (INIST-CNRS)

Nous proposons de présenter l’approche de fouille de données textuelles développée dans notre équipe. Nos travaux s’inscrivent dans une démarche d’analyse de l’information scientifique et technique, afin d’aider les utilisateurs à enrichir leur modèle de connaissances ou à effectuer une tâche complexe comme la veille technologique, le traitement de données scientifiques, ou la prise de décision stratégique dans la gestion scientifique. Aussi nos objectifs sont de construire une représentation de l’information présente dans les documents et de capitaliser les connaissances acquises en rendant cette représentation plus compréhensible par les utilisateurs. Pour répondre à ces objectifs nous avons développé un processus de fouille de textes qui réalise une représentation de l’information présente dans les documents en intégrant des techniques de traitement automatique des langues et des mathématiques appliquées à l’analyse de l’information scientifique. Dans les différentes étapes du traitement des textes la prise en compte des connaissances du domaine est nécessaire afin de pouvoir analyser et raisonner sur le contenu des documents. Pour outiller cette approche nous avons réalisé une station d’analyse de l’information permettant la recherche d’information dans des bases de données documentaires en vue de leur analyse statistique, terminologique, thématique et cartographique.

Biopolíticas da Comunicação: Contribuições foucaultianas para os estudos de mídia no BrasilLinda Bulik (UNIMAR)

O presente artigo busca resgatar alguns aportes teóricos da obra de Michel Foucault à área de estudos em Comunicação, e, destarte, fornecer pistas de leituras foucaultianas das mídias, que poderiam contribuir para as pesquisas em Comunicação no Brasil e na França. Ao examinar as conexões do pensamento de Michel Foucault no campo comunicacional, o ponto de partida da autora são os conceitos de heterotopia, dispositivo, vontade de verdade e representação, biopoder e biopolítica. Trata-se de perguntar pela relação entre política e vida e indagar se os meios de comunicação não seriam ou poderiam vir a ser esse “outro espaço” ou “outro lugar” de convergência destinado a problematizar a relação entre política e ética.

A pesquisa em comunicação na Amazônia brasileira e a “Escola Francesa” Edileuson Santos Almeida (UFRR)

Este artigo trata sobre um breve estudo exploratório com o objetivo de sistematizar e relatar a presença do ensino em comunicação na Amazônia brasileira (mas especificamente nos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima) a partir da criação do primeiro curso da área na região; recai a ênfase sobre os cursos de graduação em

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Comunicação e suas diversas habilitações (só há um Programa de mestrado em Comunicação na região delimitada). Num segundo momento trata sobre a produção científica; quanto ao desenvolvimento da pesquisa, o foco recairá sobre os artigos científicos publicados, para identificar a presença do “pensamento contemporâneo francês sobre a comunicação” nos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores emcomunicação da Amazônia brasileira.

16h00 às 17h00

Solenidade de Encerramento - Avaliação e caminhos futurosModeradores: Edgard Rebouças (UFES/INTERCOM) e Nicole d’Almeida (CELSA-Sorbonne/SFSIC)

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III SOCICOM

FÓRUM DAS ASSOCIAÇÕES CIENTIFICAS E ACADÊMICAS DE COMUNICAÇÃOCoordenação: Elias Machado (Socicom/UFSC)

Sexta-feira l 04 de Setembro9h às 12 hLocal: Universidade Positivo – BLOCO VERMELHO SALA 2-D

Mesa 1As Ciências da Comunicação como Área de Conhecimento dentro do Sistema de Ciência, Tecnologia e InovaçãoParticipantes: Jacob Palis (ABC), Marco Antonio Raupp (SBPC), Juremir Machado da Silva (CNPq), Marcius Freire (Capes) e José Marques de Melo (Socicom)

Sábado l 05 de Setembro

9h às 12 hLocal: Universidade Positivo – SALA 121 BLOCO AMARELO

Mesa 2O Plano Nacional de Pós-Graduação (2005-2010) e a Pós-Graduação em ComunicaçãoParticipantes: Jorge Guimarães (Capes), Wrana Panizzi (CNPq), Erick Felinto (Compós), Antonio Hohlfeldt (Intercom) e Ana Silvia Médola (Socicom)

Domingo l 06 de Setembro9h às 12 hLocal: Universidade Positivo – SALA 121 - BLOCO AMARELO

Mesa 3A formação e a avaliação nos cursos de Graduação em ComunicaçãoParticipantes: Maria Paula Dallari Bucci (Sesu), Maria Dora Mourão (Forcine), Edson Spentoph (FNPJ), Sergio Murillo (Fenaj) e Margarida Kunsch (Socicom)

Segunda-Feira l 07 de Setembro 9h às 12 hLocal: Universidade Positivo – SALA 120 BLOCO AMARELO

Mesa 4Os desafios para a criação do Fundo Setorial para a Indústria da Comunicação Participantes: Luiz Antonio Rodrigues (MCT), Luis Manoel Fernandes (Finep), Silvio Da-Rin (Fundo Setorial do Audiovisual) Walter Pinheiro (Câmara dos Deputados) e Elias Machado (Socicom)

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FÓRUM INTERCOM

Sexta-feira l 04 de Setembro9h-12h Local: Universidade Positivo

9 hLocal: AUDITÓRIO 2 BLOCO VERMELHO

Entrega dos Troféus aos Vencedores dos Prêmios Estudantis 2008Coordenadora: Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (Intercom/UFPR)

Prêmio Freitas Nobre – Fernando Firmino da Silva (UFBA)Prêmio Francisco Morel – Alessandra Oliveira Araújo (UFBA)Prêmio Ligia Averbuck – André Farias Zielonka (PUCPR)Prêmio Vera Giangrande – Frederico Jorge Tavares de Oliveira (ESPM)

10 h às 12 hLocal: AUDITÓRIO 2 BLOCO VERMELHO

Reunião dos Conselhos Curador, Fiscal e ConsultivoCoordenadores: Antonio Holhfeldt (Intercom/PUCRS) e Fernando Almeida (Umesp)Participantes: Diretoria e Conselhos

Apreciação dos Relatórios 2008/2009

14 h às 17 hLocal: Hotel Radisson – Salão Agatha

Fórum dos Coordenadores de Grupos de Pesquisas/NPsReunião de Avaliação com os Coordenadores dos GPs/NPsCoordenação: Marialva Carlos Barbosa (Intercom/UFF)Participação: Diretoria Científica, Presidente da Intercom e Coordenadores de GPs/NPs.

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CONGRESSOIII OFICINAS INTERCOM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICACoordenadores: José Carlos Marques (Intercom) e Luciana Panke (UFPR)

Sexta-feira l 04 de Setembro8 h às 12 hLocal: Universidade Positivo - Bloco Azul

Oficina 1 SALA 201 BLOCO AZULComunicação na praxis: a publi(cidade) no Metrô de São Paulo Frederico Jorge Tavares de Oliveira (ESPM)

Oficina 2 SALA 203 BLOCO AZULA busca de um novo sentido para o ver e o ouvir na construção audiofotográfica André Farias Zielonka (PUCPR)

Oficina 3 SALA 205 BLOCO AZULRádio-Escola: um experiência de Comunicação Educativa Alessandra Oliveira Araújo (UFC)

Oficina 4 SALA 206 BLOCO AZULJornalismo reconfigurado: tecnologias móveis e conexões sem fio na reportagem de campoFernando Firmino da Silva (UFBA)

8 h às 12 h e 14 h às 17 hLocal: Universidade Positivo - Bloco Azul

Oficina 5 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA I BLOCO AZUL Imprensa 2.0: teoria e prática para o jornalismo na era digital Rodrigo Manzano e Thais Naldoni (Revista Imprensa)

Oficina 7 SALA 207 BLOCO AZUL Produção em Jornalismo Cultural - Informação, Serviço e/ou Entretenimento Sérgio Luiz Gadini (UEPG)

14 h às 17 h

Oficina 6 SALA 203 BLOCO AZUL . Jornalismo de Revista Maria Teresa Freire (PUCPR)

Oficina 8 SALA 205 BLOCO AZULCriatividade como estilo de vida Paulo Negri Filho (UFPR)

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Oficina 9 SALA 206 BLOCO AZUL Comunicação Empresarial e Media Training Denise Regina Stacheski (UTP) e Ana Maria Melech (UTP)

Oficina 10 ESTÚDIO DE ÁUDIO BLOCO AZUL . Produção Sonora para Audiovisual Irídio Magaldi Johansen de Moura (PUCPR)

Oficina 11 SALA 208 BLOCO AZULComo assistir filmes: a leitura de signos e a crítica cinematográfica Anderson Antikievicz Costa (GazetaALT e Gazeta do Paraná)

Oficina 12 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA BLOCO AZUL - SALA 210Fotografia panorâmica e tour virtual Ricardo Macedo (UP e UTFPR)

Oficina 13 SALA 209 BLOCO AZULA educomunicação como forma de ampliar a capacidade de consumo pró ativo nos meios de comunicação Toni André Scharlau Vieira (UFPR)

Oficina 14 SALA 215 BLOCO AZULO processo criativo da publicidade e o repertório cultural do publicitário Rogério Covaleski (PUCSP)

Oficina 15 SALA 216 BLOCO AZULPlanejamento de eventos Fracieli Mongon (PUCPR) e Denise Werneck (PUCPR)

Oficina 16 SALA 217 BLOCO AZULCinema 2.0 ou Cinema open source - As novas possibilidades de formulação estética, manipulação de conteúdos e da forma pelo público consumidor nos ambientes digitais Alexandre Lara e Fabio Feltrin (UTP)

Oficina 17 SALA 218 BLOCO AZULFotodocumentarismo Carmen Lúcia Fagundes (UDC)

Oficina 18 SALA 219 BLOCO AZULQuebrando a língua - Uma investigação sobre a Língua Portuguesa e suas variações Marcelo Abílio Públio (PUCPR e Unibrasil)

Oficina 19 SALA 220 BLOCO AZULImprensa, política e cotidiano Sonia Cristina Poltronieri Mendonça (UDC)

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ABERTURA DO CONGRESSO

Sexta-feira l 04 de SetembroLocal: Teatro Positivo Grande Auditório

19 hSOLENIDADE DE INAUGURAÇÃO

19 h 30 mCONFRÊNCIA DE ABERTURA DO CONGRESSO

La communication politique: la politique, les médias et l’opinion publiqueDominique Wolton (CNRS – Paris/França)

La politique est inséparable de la communication, et d’ailleurs l’histoire de la démocratie est celle de leurs relations car pour faire de la politique, il faut se parler. Le problème, aujourd’hui, est plutôt de mieux cerner la spécificité de la “communication politique “, au moment où, avec la radio, la télévision, Internet et les sondages, la communication est en pleine expansion. La communication ne va t-elle pas manger la politique?Nous définissons la communication politique comme l’espace où s’échangent les discours contradictoires des trois acteurs qui ont la légitimité à s’exprimer publiquement sur la politique: les hommes politiques, les journalistes et l’opinion publique au travers des sondages.Elle est un lieu d’affrontement des discours qui portent sur la politique et dont l’enjeu est l’interprétation politique de la situation. Cette définition insiste sur l’idée d’interaction de discours contradictoires tenus par des acteurs qui n’ont ni le même statut, ni la même légitimité, mais qui de par leurs positions respectives dans l’espace public constituent en réalité la condition de fonctionnement de la démocratie de masse. La communication politique est le moteur de l’espace public qui est le cadre dans lequel s’exerce la politique.

A comunicação política: a política, a mídia e a opinião pública.Dominique Wolton (CNRS - Paris/França)

A política é inseparável da comunicação, aliás, a história da democracia é a própria história de suas relações, pois para fazer política é necessário falar. O problema, hoje, é sobretudo discernir a especificidade da “comunicação política”, no momento em que com a rádio, a televisão, a Internet e as pesquisas de opinião, a comunicação está em plena expansão. A comunicação não vai engolir a política?Nós definimos a comunicação política como “o espaço onde se intercambiam os discursos contraditórios de três atores que têm a legitimidade de exprimir-se publicamente sobre política: os homens políticos, os jornalistas e a opinião pública, através das pesquisas de opinião”.Ela é um lugar de confronto dos discursos a respeito da política, cujo objetivo é a interpretação política da situação. Essa definição insiste sobre a ideia de interação de discursos contraditórios feitos por atores que não têm nem o mesmo status, nem a mesma legitimidade mas que, por suas respectivas posições no espaço público constituem, na realidade, a condição de funcionamento da democracia de massa. A comunicação política é o motor do espaço público, que é o quadro onde se exerce a política.

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XXXII CECOM

CICLO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃOCoordenadores: Marialva Carlos Barbosa (UFF) e André Tezza (UP)

Sábado l 05 de Setembro9 h às 12 hLocal: Universidade Positivo

Tema: COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E CULTURA NA ERA DIGITAL

Painéis

PN 1 – Cultura Digital e Fronteiras do ContemporâneoLocal: AUDITÓRIO 1 BLOCO AMARELOMediador: Márcio Fernandes (Unicentro)Palestrantes: Lorenzo Vilches (Universidad Autonoma de Barcelona – Espanha)Muniz Sodré de Araújo Cabral (UFRJ/FBN)André Lemos (UFBA)Luis Fernando Soares (PUC-Rio)

PN 2 – MacBride after 30 years: O Relatório MacBride e o fluxo internacional da Comunicação: uma reflexão sobre os últimos 30 anosLocal: AUDITÓRIO 2 BLOCO AMARELOMediador: Edgard Rebouças (Intercom)Palestrantes: Tapio Varis (University of Tampere, Finland – Unesco)Anamaria Fadul (Intercom)Sonia Virginia Moreira (Uerj)

PN 3 – Desafios da Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital – uma abordagem a partir dos sujeitosLocal: AUDITÓRIO 1 BLOCO VERMELHOMediadores: Gláucia da Silva Brito (UFPR) e Rosa Maria Dalla Costa (UFPR)Palestrantes: Guillermo Orozo (México)Adilson Citelli (USP)

PN 4 – 50 anos de CIESPAL: Contribuições para a Comunicação, Educação e a Cultura na América LatinaLocal: AUDITÓRIO 2 BLOCO VERMELHO

Mediador: Eduardo Meditsch (UFSC)Palestrantes: José Marques de Melo (Umesp/Intercom)Raquel Paiva (UFRJ)Christa Berger (Unisinos)

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Sábado l 05 de Setembro14 h às 16 hLocal: Auditório 1 BLOCO VERMELHO

PALESTRA Jornalismo online: o portal de notícias G1Palestrante: Márcia Menezes (Editora-Chefe do G1)Mediação: Sílvia Helena Simões Borelli (PUCSP)

PN 5 – A INTERCOM e a Memória das Ciências da Comunicação14 h às 18 hLocal: AUDITÓRIO BLOCO AZUL

Pioneiros do Pensamento Comunicacional Brasileiro Coordenação: Maria Cristina Gobbi (Unesp) Marques de Melo: Teórico do jornalismo Jorge Pedro Sousa

Educación y comunicación en la obra de José Marques de Melo Manuel Parés y Maícas

A relação dos estudos comunicacionais brasileiros com os latino-americanos através de JMMGustavo Adolfo León Duarte

Aproximações entre os estudos comunicacionais norte-americanos e brasileiros – contribuição de JMMEmile McNanny

José Marques de Melo, o agitador cultural Carlos Eduardo Lins da Silva

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II LIBERCOMCiclo de Debates sobre Temas Livres em ComunicaçãoCoordenadores: Rosa Maria Dalla Costa (Intercom/UFPR) e Luciana Panke (UFPR)

Sábado l 05 de Setembro14 h às 18 hLocal: Universidade Positivo

MESAS REDONDAS

MR 1 – Comunicação e Política ou comunicação política? Debate em torno de um campo de estudoLocal: SALA 212 BLOCO AMARELOCoordenador: Luciana Panke (UFPR)Participantes: Luciana Panke (UFPR), Kelly Prudêncio (UFPR); Adolpho Queiroz (UMESP) e Maria Helena Weber (UFRGS)

MR 2 – O mundo no papel e o mundo digital: diálogos interculturaisLocal: SALA 213 BLOCO AMARELOCoordenador: José Carlos MarquesParticipantes: José Antonio de Oliveira (Meduc/UFPR), Anibal de Bragança (UFF), José Luiz Proença (USP)

MR 3 – Quatro casamentos e nenhum funeral – Cinema e Interfaces Local: SALA 214 BLOCO AMARELOCoordenador: Denise Araújo (UTP)Participantes: Denise Guimarães (UTP), Denize Araújo (UTP), Renato Pucci (UTP) e Sandra Fischer (UTP)

Domingo l 06 de Setembro9h às 12 hLocal: Universidade Positivo

MESAS REDONDAS

MR 4 – Epistemologia, Teorias e Metodologias de Pesquisa em CiberculturaLocal: SALA 117 BLOCO AMARELOCoordenação: Adriana Amaral (UTP)Participantes: Francisco Menezes Martins (UTP/Feevale), Erick Felinto (UERJ), Raquel Recuero (UCPEL), Adriana Amaral (UTP) e Alex Primo (UFRGS)

MR 5 – Da revolução à evolução: o ensino do jornalismo digital na convergência de meios Local: SALA 118 BLOCO AMARELOCoordenação: Claudia Quadros (UTP) Participantes: Javier Díaz Noci (Universidade Pompeu Fabra), Bella Palomo (Universidad de Málaga) e Koldo Meso (Universidad del País Basco), Marcos Palacios (UFBA), Elizabeth Saad (USP), Elias Machado (UFSC), Claudia Quadris e Kati Caetano (UTP), Tattiana Teixeira (UFSC)

14h às 18 h

MR 7 – O jornalismo sob o signo da cibercultura: desafios emergentesLocal: SALA 121 BLOCO AMARELORealização: Revista ImprensaCoordenação: Osvando J. de Morais (Intercom/Uniso)Mediação: Paula Puhl (Feevale)Participantes: Rodrigo Manzano e Igor Ribeiro

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MR 8 – Rede IFES Alternativa para Produção e Intercâmbio de Programas de Rádio e TV nas IFESLocal: SALA 103 BLOCO AMARELOCoordenação: Carlos Rocha (UFPR)Participantes: João Somma Neto (UFPR), Luciano Silva (UFPR), Edward Brasil (Andifes) e Nelson Simões (Rede Nacional de Pesquisas)

MR 9 – O desafio do ensino: Comunicação e tecnologiasLocal: SALA 119 BLOCO AMARELOCoordenação: Nélia Del Bianco (UnB/Intercom)Participantes: Moarcir Barbosa (UFRN), Ivana Bentes (UFRJ), Clovis Reis (Furb), Ana Regina Barros Rêgo Leal (UFPI), Daniella Goulart Rodrigues (IESB) e Marco Bonito (Uniron)

MR 10 – Desafios da Pós-Graduação em Comunicação: perspectivas e análisesLocal: SALA 120 BLOCO AMARELOCoordenação: Paula Cesari Cundari (Feevale)Participantes: Marcius Freire (Capes), Juremir Machado (CNPq) e José Tarcísio Pires Trindade, (Presidente da Fundação Araucária / PR) e Maria Aparecida Pereira da Silva (CNPq).

MR 11 – Comunicação Publicitária em Novos FormatosLocal: SALA 124 BLOCO AMARELOCoordenação: Adolpho Queiroz (Intercom/Umesp)Participantes: Vicente Frare (Pulp), Patrícia Papp (Pulp) e Fernanda Ávila (Pulp)

Segunda-feira l 07 de Setembro9h às12 h

MESAS REDONDAS

MR 12 – Comunicação, Cultura e Educação na era digital: tradição x inovaçãoLocal: SALA 117 BLOCO AMARELOCoordenação: Maria Ataíde Malchér (UFPA)Participantes: Cicilia Peruzzo (Umesp), Ada de Freitas Maneti Dencker (Anhembi Morumbi), Giovandro Marcus Ferreira (UFBA), Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (UFG)

MR 13 – Comunicação Organizacional: Defasios do século XXILocal: SALA 118 BLOCO AMARELOCoordenação: Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUC-RS)Participantes: Margarida Kunsch (USP), Adriana Casali (UFPR), Celsi Bronstrup (UFPR) e Arthur Roman (UFPR)

MR 14 – Jornalistas ou Escritores?SALA 119 BLOCO AMARELOCoordenação: Elza Oliveira Filha (UP)Mediação: Rogério Pereira (editor do jornal Rascunho)Participantes: Felipe Pena (UFF), Antonio Holhfeldt (PUC-RS) e Luis Humberto Marcos (ISMAI - Instituto Superior da Maia) e Cristiane Costa (UFRJ

MR 15 – Produção de Conteúdos para Mídias DigitaisSALA 121 BLOCO AMARELOCoordenação: Cosette Castro (Unesp)Participantes: André Barbosa Filho (UnB e Fórum Brasileiro de TV), Carlos Ferraz (UFPE e Diretor do Instituto Cesar de Recife/PE), Antonio Carlos de Jesus (Coordenador da TV Universitária Digital Unesp-Bauru) e Salustiano Fagundes (UFRN)

MR 16 – Instabilidades e Ambivalências: poéticas das interfaces em comunicaçãoSALA 124 BLOCO AMARELOCoordenação: Juliana P. Sousa (UniCuritiba) Participantes: Cristina Surek (UniCuritiba), Benedito Costa Neto (UniCuritiba), Anuschka R. Lemos (UniCuritiba), Juliana P. Sousa (UniCuritiba), Alessandra Izabel de Carvalho (UniCuritiba)

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MR 17 - O papel articulador do Obitel Brasil na pesquisa da ficção televisiva iberoamericana e nacionalSALA 212 BLOCO AMARELOMediador: Narciso Júlio Freire Lobo (UFPA)*Participantes: Guillermo Orozco Gómez (U. Guadalajara-México), Isabel Ferin Cunha (U.Coimbra- Portugal), Constanza Mujica (Un. Catolica de Chile), Sílvia Helena Simões Borelli (PUC-SP - Obitel Brasil), Maria Cristina Palma Mungioli (USP- Obitel Brasil), Maria Immacolata Vassalo de Lopes (USP)(*) Esta mesa seria mediada pelo Professor Narciso Júlio Freire Lobo, que faleceu em julho. Mantivemos seu nome no programa como mediador, como uma homenagem póstuma.

MR 18 - Os desafios da Educomunicação na realidade escolar: a teoria aplicada aos projetos práticos SALA 213 BLOCO AMARELOMediadora: Roseli Aparecida Fígaro Paulino (USP)Participantes: Maria Aparecida Bacega (ESPM), Acácia Zeneida Kuenzer (UFPR), Clarice Lopes (Instituto RPC) e Cristiane Parente de Sá Barreto (Associação Nacional dos Jornais).

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SESSÃO DE LANÇAMENTO DE LIVROS E OUTROS PRODUTOS EDITORIAIS

19 h 00 às 21 h 00Local: Universidade Positivo – Biblioteca

JORNALISMO

Civic Journalism: haverá um modelo brasileiro? Marcio Ronaldo Santos Fernandes (UNICENTRO)

Sete Propostas para o Jornalismo Cultural: reflexões e experiências Adriana Pessatte Azzolino(Fac), Isabelle Anchieta(FUMEC/Newton Paiva)

História do “Lance!” - Projeto e prática do jornalismo esportivo Mauricio Jose Stycer(FFLCH - USP)

WebJornal ComTexto: um laboratório de jornalismo Reinaldo César Zanardi(Unopar)

Introdução à História da Comunicação Rafael Fortes Soares(UNIRIO), Pablo Cezar Laignier de Souza(UFRJ)

Inovação no telejornalismo: o que você vai ver a serguir Carlos Alberto Moreira Tourinho(UFES)

Assessoria de imprensa - Teoria e prática Luiz Artur Ferraretto(UCS)

Processos Midiáticos em Construção: Brasil 200 anos Maria Cecília Guirado(Unimar), Cesar Augusto de Carvalho(UEL)

O sonho da casa no campo: jornalismo e imaginário de leitores urbanos Gislene Silva(UFSC)

O Percurso Interpretativo na Produção da Notícia: Verdade e Relevância como Parâmetros de Qualidade Jornalística Josenildo Luiz Guerra(UFS)

Jornalistas do Vale do Paraíba: experiência e memória Robson Bastos da Silva(UNITAU / UNISANTA), Francisco de Assis(UMESP)

Pensar o discurso no webjornalismo: temporalidade, paratexto e comunidades de experiência Lilian Reichert Coelho(UFBA), Edson Fernando Dalmonte(UFBA)

Mulher de papel. A representação da mulher na imprensa feminina brasileira Dulcilia Schroeder Buitoni (FCL)

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

“Eu Sou Brasileiro e Não Desisto Nunca” - A Dimensão Discursiva da Publicidade Danielle Andrade Souza(FAVIP)

Propaganda social: spots e jingles educativos para rádios Ismar Capistrano Costa Filho(UFC)

A Propaganda Política no Brasil Contemporâneo Roberto Gondo Macedo(UMESP), Adolpho Carlos Françoso Queiroz(UMESP)

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Conto de Fadas na Publicidade - Magia e Persuasão Roseméri Laurindo(Furb)

Cinema, publicidade, interfaces Rogério Luiz Covaleski(PUCSP)

Como Planejar e Executar uma Campanha de Propaganda Marcelo Abilio Públio(PUCPR)

RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Relações públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas Waldemar Luiz Kunsch(PRESSA)

Comunicação e Organização em Processos e Práticas Marlene Regina Marchiori(UEL)

Comunicação organizacional – Vol. II - Linguagem, gestão e perspectivas Luiz Carlos Assis Iasbeck(UCB)

A comunicação na gestão da sustentabilidade das organizações Rudimar Baldissera(UFRGS)

Relações públicas e comunicação organizacional: campos acadêmicos e aplicados de múltiplas perspectivas Cleusa Maria Andrade Scroferneker(PUCRS)

Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas - 2a. ed. revista e atualizada – Junho de 2009 Elizabeth Nicolau Saad Corrêa(ECA-USP)

Comunicação organizacional – Vol. 1 Histórico, fundamentos e processos Margarida Maria Krohling Kunsch(ECA-USP)

Assessor de Imprensa Rodrigo Capella Pattoli(PUCSP)

COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL

Webradio: novos gêneros, novas formas de interação Nair Prata Moreira Martins(Uni-BH)

Do audiovisual às audiovisualidades: convergência e dispersão nas mídias Miriam de Souza Rossini(UFRGS), Alexandre Rocha da Silva(UFRGS)

A ficção televisiva em países ibero-americanos: narrativas, formatos e publicidade Maria Immacolata Vassallo de Lopes(ECA-USP)

Imagens do Sagrado Fernando C. de Tacca(UNICAMP)

Site do Mestrado em Comunicação Visual - UEL Maria Luisa Hoffmann(UEL)

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA

Comunicação Digital – educação, tecnologia e novos comportamentos Cosette Espíndola de Castro(UNESP), André Barbosa Filho(UnB)

Publicidade na Era Digital: um desafio para hoje Mariana Lapolli(UFSC)

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Mutações da Cultura Midiática Herom Vargas Silva(USCS), Roberto Elísio dos Santos(USCS)

INTERFACES COMUNICACIONAIS

Publicidade Comparativa: Regras e Limitações Aldo Batista dos Santos Junior(UNISO)

Mídia e Educação Sandra de Fátima Pereira Tosta(PUC- Minas), José Marques de Melo(UMESP)

Jovens na Cena Metropolitana - Percepções, Narrativas e Modos de Comunicação Rita de Cássia Alves de Oliveira(PUC/SENAC), Silvia Helena Simões Borelli(PUC/SP), Gislene Silva(UFSC), Josimey Costa da Silva(UFRN), Rose de Melo Rocha(ESPMSP)

Leituras Sociais da Mídia? Márcio David Macedo da Silva(UNICENTRO)

Para Entender as Teorias da Comunicação Ana Carolina Rocha Pessoa Temer(UFG), Vanda Cunha Albieri Neri(UFU)

Comunicação, Narrativas e Culturas Urbanas Ricardo Ferreira Freitas(UERJ), Silvia Helena Simoes Borelli(PUCSP)

www.biasanz.com.br: Comunicação Voltada a Educadores Beatriz Sanz Vazquez(SEESP)

COMUNICAÇÃO, ESPAÇO E CIDADANIA

Para Fazer Rádio Comunitária com “C” Maiúsculo Rodrigo Maciel Jacobus(UFRGS), Bruno Lima Rocha Beaklini(UNISINOS)

Viagem ao Mundo Alternativo: a Contracultura nos Anos 80 Cesar Augusto de Carvalho(UEL)

Revista Comunidades Ismar Capistrano Costa Filho(UFC), Amanda Dias Capistrano(Fa7)

Recortes da mídia alternativa: Histórias & memórias da comunicação no Brasil Karina Janz Woitowicz(UEPG)

Inclusão Digital, Inclusão Social? usos das tecnologias da informação e comunicação nas culturas populares Maria Salett Tauk Santos(UFRPE)

Formação Humana e Dialogicidade em Paulo Freire II: Reflexões e Possibilidades em Movimento Alessandra Oliveira Araújo(Unifor)

Mídia Alter{n}Ativa: Estratégias e Desafios para a Comunicação Hegemônica Ricardo Oliveira de Freitas(UESC)

Digitalização e práticas sociais: modulações e alternativas do audiovisual Valério Cruz Brittos(UNISINOS)

Portal [RH em Hospitalidade]: Democratização da Informação, Difusão do Conhecimento e Suporte para Acesso ao Mercado de Trabalho em Turismo & Hotelaria Aristides Faria Lopes dos Santos(MICROLINS)

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ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO

Retratos Midiáticos do Meio Ambiente: Gestos de Interpretacão Ariane Carla Pereira Fernandes(UNICENTRO), Marcio Fernandes(UNICENTRO)

O delírio de Apolo: sobre teatro e cinema Evandro José Medeiros Laia(UFJF)

A natureza da mídia - os discursos da TV sobre a Amazônia, a biodiversidade, os povos da floresta Manuel José Sena Dutra(UNAMA)

Gestão da Comunicação - Projetos de Intervenção Maria Cristina Castilho Costa(USP)

MATRIZes - Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de São Paulo Ano 2, vol.2 Renata Carvalho da Costa(USP), Maria Immacolata Vassallo de Lopes(USP)

Sociedade e Comunicação: Perspectivas Contemporâneas Cláudia Regina Lahni(UFJF)

A História dos Devotos de Nossa Senhora da Cabeça Um Estudo Folkcomunicacional Jacqueline Lima Dourado(UFPI)

Gestão da Comunicação Epistemologia e pesquisa teórica Maria Aparecida Baccega(ESPM-SP/ ECA-USP)

Teoria da Comunicação - Idéias, conceitos e métodos Luis Mauro Sa Martino(FCSCL)

Estudo das Mídias: da produção ao consumo Sibila Rocha(UNIFRA), Viviane Borelli(UNIFRA)

Teoria do Meio: contribuições limites e desafios Janara Kalline Leal Lopes de Sousa(UnB)

Mídia: fonte e palanque do pensamento culturalista de Gilberto Freyre Edson Fernando Dalmonte(SOCIAL)

Retórica e Mídia: estudos ibero-brasileiros Fernanda Lima Lopes(UFRJ), Igor Sacramento(UFRJ)

Comunicação Mercadológica: Uma visão mutidisciplinar Missila Loures Cardozo(USCS), Lideli Crepaldi (USCS/FSA), Adriano Almeida Gadbem(UMESP)

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IX ENCONTRO DOS GRUPOS DE PESQUISA E NÚCLEOS DE PESQUISA DA INTERCOM

Coordenação GeralMarialva Carlos Barbosa (UFF)

Dias 5 e 6 de Setembro9 às 12 h e de 14 às 18 hLocal: Universidade Positivo

DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP GÊNEROS JORNALÍSTICOSCoordenador: José Marques de Melo (Umesp)

Sábado l 05 de Setembro 16h30 às 18 h00SALA 2 BLOCO AZUL

Sessão de AberturaCoordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

Gêneros jornalísticos no Brasil: o estado da questão Jose Marques de Melo (Umesp)

Previsões apocalípticas anunciam a morte do jornalismo e decretam a falência dos gêneros jornalísticos, confundindo e assustando as novas gerações que ingressam na área. A partir das evidências observadas na sociedade brasileira deste início de século XXI e da revisão de vasta bibliografia, esta comunicação científica pretende debater as controvérsias que inquietam a comunidade acadêmica a propósito dos gêneros jornalísticos.

Gêneros e formatos jornalísticos na televisão brasileira Guilherme Jorge de Rezende (UFSJ)

Este trabalho apresenta uma proposta de classificação de gêneros jornalísticos na televisão, a partir dos conceitos de categoria, gêneros e formatos. Considera-se que a categoria telejornalismo abrange várias subcategorias - Telejornal, Documentário, Reportagens Especiais, Entrevista, Programa de Debates, Talk Show, além de outras, episódicas, caso do Plantão, das Retrospectivas de fim de ano e dos Espetáculos Midiáticos. O jornalismo integra também gêneros híbridos: Programas de Variedades, Talk Shows e revistas femininas.

Os Gêneros jornalísticos no rádioJanine Marques Passini Lucht (ESPM)

Este artigo tem como objetivo mapear a produção acadêmica sobre os gêneros radiojornalísticos nas últimas décadas. O estudo, primeiramente, foi realizado para a tese de doutorado da autora, intitulada: Gêneros Radiojornalísticos - análise da Rádio Eldorado de São Paulo, defendida em junho de 2009. Para tanto, baseia-se em autores brasileiros, espanhóis e argentinos, em sua maioria. O resultado é um trabalho exaustivo que deve auxiliar pesquisadores, alunos e profissionais do meio a compreender melhor a questão dos gêneros radiojornalísticos.

Jornalismo On-line no Brasil: reflexões em direção ao perfil de um profissional multimídiaFábio Henrique Pereira (UnB)

Este trabalho visa contextualizar a emergência dos recursos midiáticos no jornalismo, explorar seu significado para a cultura profissional, as rotinas produtivas e o ambiente de trabalho. Fazemos uma reflexão sobre como todos esses elementos estão mudando o panorama das mídias contemporâneas, em especial o perfil do jornalista. Enquanto procuramos estabelecer uma moldura conceitual para os fenômenos, provemos uma síntese dos debates que estão sendo tentados neste momento no mundo e buscamos guiar a discussão para o currículo dos cursos de Jornalismo e as novas competências que se exigem dos profissionais. Entendemos assim que há necessidade de um consenso mínimo entre os atores direta ou indiretamente envolvidos com o processo de produção noticiosa, em um cenário de computadorização, digitalização e convergência das organizações jornalísticas.

Coordenação LocalMaria Zaclis Veiga Ferreira (UP)

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Domingo l 06 de Setembro 9 às 10 h 30SALA 2 BLOCO AZUL

Sessão 2Coordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

A Polêmica no Jornalismo: a Cantoria dos Sabiás e dos Rouxinóis da Mídia Jacques Alkalai Wainberg (PUCRS)

Toda comunidade possui um estoque de vozes disponíveis ao debate de temas públicos. Este estudo sobre a polêmica como um gênero jornalístico documentou 1208 debatedores e 1882 vozes envolvidas neste tipo de controvérsia nos dois mais importantes programas de debate da imprensa gaúcha em 2008. Faz ainda uma tipologia destas vozes, um cadastro dos temas e elabora sobre os dois tipos mais freqüentes de debatedores, os sabiás e os rouxinóis da mídia. Descreve também a figura do polemista, um personagem que vive envolvido nas disputas de idéias e cuja missão é desacomodar a opinião pública.

Por uma teoria dos Gêneros em ComunicaçãoAna Carolina Rocha Pessoa Temer (UFG)

Este ensaio é parte de um Projeto de Pesquisa que trabalha a questão da representação de gênero e das etnias dentro no Telejornalismo. Uma vez que o trabalho usa o conceito de Gênero, fez-se necessário uma reflexão sobre o uso deste conceito, buscando trabalhar a partir das origens históricas do termo, os vínculos que possui com outros termos e/ou conceitos utilizados nos estudos sobre a comunicação, seus usos atuais e os seus vínculos com a Análise de Conteúdo e com as Teorias da Comunicação em uma proposta de acrescentar dados a taxionomia deste campo.

Gêneros Jornalísticos: partindo do discurso para chegar à finalidade Lia da Fonseca Seixas (UFBA)

Nesses mais de 50 anos de estudos do jornalismo, a finalidade sempre foi considerada “o” critério de classificação de gênero jornalístico. Partiu-se da finalidade para a compreensão e divisão de gêneros. Neste artigo, fundamentado em nossa tese de doutorado, partimos da composição discursiva para, ao final, chegarmos à finaldidade. Porpormos, assim, compreender a lógica enunciativa dessas composições, lógica esta configurada pela relação entre objeto de realidade, tópico jornalístico e compromisso (ato linguístico). Através do diálogo entre pragmática (Searle) e análise do discurso (Foucault, Maingueneau, Charaudeau), consideramos que: a finalidade é mais uma dimensão da instituição social jornalística do que de uma composição discursiva; e a lógica enunciativa é um critério de definição de gênero mais produtivo do que a finalidade.

O real e o poético na narrativa jornalística Jorge Kanehide Ijuim (UFSC)

O poeta nutre-se do real para sua criação artística, o repórter apropria-se da poética para dar mais atratividade e compreensão à sua reportagem. Há pontos confluentes entre lite-ratura e jornalismo? O real e o poético fundem-se para a construção de narrativas jornalísticas? Estas inquietações são pontos de partida para a discussão sobre aproximações e apropriações dos recursos da literatura pelo jornalismo, em especial as figuras retóricas. Após reflexão sobre a Arte Retórica e a Arte Poética de Aristóteles, que ajudam a escla-recer esses possíveis encontros, e sobre os fundamentos do jornalismo que embasam a produção de narrativas, este trabalho propõe-se a debater a seguinte questão: Como e de que forma as figuras retóricas, ou figuras de linguagem, podem contribuir para a cons-trução de narrativas jornalísticas?

Limitación y control de la participación ciudadana. Un análisis preliminar sobre la función del gatekeeper en blogs periodísticos deportivos de Argentina y Brasil.Gonzalo Prudkin (UFBA)

Este artículo sugiere que la inclusión de blogs futbolísticos por empresas de información dominantes en Argentina y Brasil no promovió una adecuada interacción entre los lectores y sus staffers. Tal cuestión condicionó la creación de contenidos informativos mediante colaboración recíproca. Creemos que dicha política, enmarcada en el ideal del denominado “periodismo como conversación” de Gillmor (2004), se presenta en este caso como “inocua”. Se llega a esa deducción a través de examinar cómo las rutinas de producción periodística (newsmaking) y la figura del gatekeeper se mantienen intactas en los blogs periodísticos estudiados.

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Domingo l 06 de Setembro11h00 às 12h00 SALA 2 BLOCO AZUL

Sessão 3Coordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

Gêneros opinativos e internet: mais espaço para o leitor Zelia Leal Adghirni (UnB), Jurema Maria de Sousa Baesse (UnB)

O texto apresenta o novo papel do público na critica da mídia e na produção de notícias. A carta do leitor deixa de ser apenas uma missiva manuscrita ou um e-mail para se transformar um espaço de expressão e de pressão em relação às mídias. O leitor luta para dar visibilidade a sua opinião através dos espaços que lhe são destinados nos veículos de comunicação. Ele usa as mídias como espaço de mediação para discutir questões atuais da sociedade e também para exigir e cobrar seus direitos. O trabalho está ancorado na análise de quase três mil cartas dirigidas a dez jornais brasileiros e no estudo de 372 e-mails enviados aos telejornais da TV Globo em Brasília. A opinião do leitor é o espaço que mais cresce entre os gêneros jornalísticos opinativos, mas o crescimento não se traduz no aumento das páginas de jornais nem na devida atenção que merece o telespectador que envia e-mail a TV.

Pacto de leitura ameaçado: O opinionismo nas emissoras de rádio Clóvis Reis (Furb)

O presente trabalho busca identificar os gêneros jornalísticos veiculados nas emissoras de rádio de Blumenau (Santa Catarina – Brasil), classificando os textos de acordo com os critérios de intencionalidade e natureza estrutural dos relatos jornalísticos. A análise dos resultados do estudo indica que as emissoras confundem interpretação com opinião. O hibridismo de gêneros jornalísticos, marcado pelo opinionismo do noticiário, ameaça o “pacto de leitura” entre autor e receptor da mensagem.

Charges: uma leitura orientada pela Análise do Discurso de linha francesaCynthia Morgana Boos de Quadros (Furb), Armando Pilla (Furb)

Ingrediente da vida diária, ilustrando páginas de revistas e jornais, a charge critica, impressiona e provoca riso. Numa ligação íntima com a imprensa, como uma sátira gráfica a um acontecimento político, ela pode ser considerada uma prática discursiva situada no cosmo das relações entre o linguístico e o histórico-social. O discurso de humor gráfico é uma narrativa eloqüente que, ao usar recursos expressivos, possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos e outros significados. Interessantes eixos norteadores para ler e interpretar charges são oferecidos pela linha francesa de Análise de Discurso, uma corrente de estudos que estabelece a relação existente entre língua/sujeito/história ou língua/ideologia.

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 16h30SALA 2 BLOCO AZUL

Sessão 4Coordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

A estrutura da reportagem em quadrinhos e a prática jornalística Juscelino Neco de Souza Júnior (UFSC)

O surgimento do chamado “jornalismo em quadrinhos”, iniciado com as reportagens feitas pelo quadrinista Joe Sacco e popularizado nos jornais e revistas com a transposição de gêneros jornalísticos diversos, como o editorial, a coluna e a resenha, modifica o cerne da relação entre os quadrinhos e o jornalismo. A falta de clareza teórica acerca da linguagem dos quadrinhos permite que, em análises superficiais e descontextualizadas, denomine-se a reportagem em quadrinhos de Sacco como um novo gênero do jornalismo. As histórias em quadrinhos simplesmente conseguem comportar alguns gêneros do jornalismo impresso adaptando-os à nova mídia e utilizando-se de sua linguagem e

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potencialidades. Embasados nos estudos acerca dos quadrinhos e na teoria da percepção visual, analisamos como se configura a reportagem em quadrinhos em seus aspectos visuais e estrutura narrativa. O Fotojornalismo e os gêneros na Revista Cruzeiro - A reportagem fotográfica As noivas dos Deuses SanguináriosRanielle Leal Moura (Umesp)

Este artigo trata de uma análise da reportagem fotográfica As noivas dos Deuses Sanguinários realizada pelo fotojor-nalista José Medeiros e pelo repórter Arlindo Silva para a Revista O Cruzeiro. O foco da análise centra-se no enquadra-mento da mesma no gênero jornalístico reportagem, com o intuito de mostrar que a foto jornalisticamente tratada é de máxima importância na composição de uma grande reportagem. Para tanto, realizamos um passeio rápido pela história de O Cruzeiro e de sua tradição de grandes reportagens fotográficas.

A editorialização do Jornalismo infantilThaís Helena Furtado (Unisinos)

Este artigo trata do jornalismo segmentado para crianças pela perspectiva da Análise do Discurso (AD) francesa relacionada com os conceitos de Teorias do Jornalismo. Propõe um olhar sobre a seção Para o Seu Filho Ler, do jornal Zero Hora, produzido pelo Grupo RBS, em Porto Alegre, a partir dos conceitos de Charaudeau sobre modos de organização do discurso, com o objetivo de verificar se a construção dos textos da seção se aproxima dos editoriais.

A Representação Feminina Segundo A Realidade Dos Discursos Midiáticos: um estudo das crônicas de Martha Medeiros e Claudia Laitano no Jornal ZH Sibila Rocha (Unifra)

A presente proposta de pesquisa se enquadra nas preocupações com os atuais processos de publicização do univer-so feminino e de suas representações discursivas nas crônicas de Martha Medeiros e Claudia Laytano em dispositivo midiático de circulação e referenciabilidade no RS: O Jornal ZH. Tal questão está situada no âmbito da problemática da midiatização, onde os campos sociais desenvolvem suas práticas, tendo como ênfase os modos de existência da cultura e das lógicas midiáticas. O foco deste estudo é o campo das mídias e o jornalismo no seu “trabalho” de constituir-se em uma espécie de ‘observador’ do mundo, a partir de operações discursivas inerentes ao seu modo de funcionamento enunciativo. Limites dos Infográficos Jornalísticos na Web: Sistematização preliminar de características distintivas e produtos semelhantes Ricardo Castilhos Gomes Amaral (UFSC)

O artigo apresenta a Sistematização Arbórea dos Infográficos Jornalísticos na web dispondo paralelamente os produtos semelhantes. Assim pretendemos fazer uma diferenciação preliminar dos infográficos em relação aos produtos semelhantes a partir de suas características. Nessa sistematização destacamos terceira e quarta gerações como evoluções distintas dos infográficos jornalísticos na web, sendo que a terceira se caracteriza pela multimidialidade e a quarta pelo uso de base dados para criação de infográficos com interatividade e personalização de conteúdo.

Jornalismo com traços de literatura: alguns apontamentos sobre o gênero diversional Francisco de Assis (Umesp)

O trabalho apresenta uma revisão a respeito do gênero jornalístico diversional. Trata-se, portanto, de um estudo de natureza bibliográfica. Fez-se um levantamento daquilo que já havia sido publicado sobre o assunto, estabelecendo alguns pontos para seu entendimento. Como contribuição, situa tal gênero na fronteira que separa o jornalismo da lite-ratura, por compreender que tal tipo de produção é caracterizado pela informação verídica estruturada com recursos literários.

Deu drama no jornal: a busca por legitimação identitária em reportagem do Domingo Espe-tacular sobre a novela “Duas Caras”Hideide Aparecida Gomes de Brito Torres (UFJF)

O artigo articula a Análise de Discurso e a abordagem do telejornalismo sob o foco da dramaturgia para aproximar-se da matéria especial produzida pelo Domingo Espetacular, da Rede Record, sobre a novela Duas Caras, da Rede Globo. O

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texto parte da perspectiva de que tanto o uso da dramaturgia quanto o discurso empregado visam gerar intercessões discursivas focadas num nicho da audiência, o público evangélico, com objetivos de promover a identificação e encontrar legitimação identitária do canal para com este segmento. Perguntamos ainda, neste contexto, pela ética jornalística, pelo que é notícia e pelo papel do jornalista e sua responsabilidade no enunciado noticioso.

A Temática Saúde no Gênero Diversional: um estudo sobre o câncer no caderno saúde da Folha de São PauloVanderli Duarte de Carvalho (Umesp)

O cenário contemporâneo demanda uma atenção maior para aspectos na área da saúde. Propomos analisar o assunto ‘câncer’ publicado no jornal Folha de SPaulo, no caderno Saúde a partir do Gênero Diversional (GD). Buscamos na metodologia qualitativa e descritiva. Como consideração final, reconhecemos o GD está posto neste estudo temático. Avaliamos que o jornal não oferece maior profundidade sobre os diferentes tipos de câncer, usa de forma generalista os tipos de pesquisa. Os infográficos são formas didáticas de explemplificar. As fonte são recorrentes de universidades, institutos e hospitais, em menor grau estão às publicações de revistas e jornais. De acordo com o GD a notas, abordagens de história de vida, estão presentes neste caderno. Podemos estimar que os assuntos sobre campanhas, mutirões, palestras e lançamentos de livros funcionam como pílulas de informação para o público-leitor.

Jornalismo em Quadrinhos: território de linguagens Iuri Barbosa Gomes (UFMT)

É inegável que avanço das novas tecnologias transformou a maneira de se fazer/receber produtos comunicacionais e culturais. Em meio a liquefação de estruturas antes tidas como sólidas, propostas surgem como alternativas na miríade de imagens e informações às quais todos estão diariamente submetidos. Estamos todos ligados a cabo a tudo que acaba de acontecer, e isso sugere pressa, velocidade. Diante disso, propostas como a do jornalismo em quadrinhos sugerem uma pausa, um ritmo entre duas linguagens cuja construção passa pela fruição estética de um produto comunicacional.

Domingo l 06 de Setembro 16h30 às 18h00 SALA 2 BLOCO AZUL

Sessão 5 Coordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

Jornalismo de Serviço: O gênero utilitário na mídia impressa brasileira Tyciane Viana Vaz (Umesp)

Resultado da dissertação de mestrado apresentada na Universidade Metodista de São Paulo em fevereiro de 2009, sob orientação do professor José Marques de Melo, esta pesquisa tem a proposta de analisar o jornalismo de serviço, também denominado de utilitário, em dois casos da mídia impressa brasileira: o jornal Folha de S. Paulo e a revista Veja, incluindo a revista Veja São Paulo. Fez-se uma pesquisa exploratória e, em seguida, uma abordagem quantitativa dos formatos e tipos do gênero utilitário nesses veículos em questão. A análise revelou a presença deste gênero jornalístico desde o início da publicação desses veículos até os dias atuais. Contatou-se a existência de seis formatos, sendo quatro deles já identificados por Marques de Melo, e dois identificados nesta análise, que foram considerados como tipos híbridos de gêneros.

Gêneros híbridos: serviço ou publicidade?Jullena Santos de Alencar Normando (UFG), Ana Carolina Temer (UFG)

Este trabalho aborda o discurso midiático na perspectiva da hibridização dos gêneros televisivos e a relação destes com a publicidade. A discussão aqui apresentada faz parte de uma pesquisa maior realizada no programa de mestrado da Universidade Federal de Goiás. O texto aqui apresentado será parte de uma dissertação de mestrado que explora as relações entre cidadania e consumo na televisão. Nossa intenção, aqui, é apresentar reflexões sobre os contratos de leitura estabelecidos por meio dos gêneros e formatos, detidamente no caso dos gêneros televisivos, e discutir situações em que tais determinações prévias são suprimidas.

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Fazeres em Rede: do Jornalismo Público ao ParticipativoMarielle Sandalovski Santos (Fadep)

O presente artigo problematiza o Jornalismo Púbico e o Jornalismo Participativo. Além de caracterizá-los, objetiva indicar como essas práticas dialogam com outras que marcaram historicamente a comunicação, como as Comunicações Popular e Alternativa e a Comunicação Comunitária. Entre os fatores que motivam este artigo estão ações desencadeadas por veículos de comunicação visando à aproximação em relação a seus públicos e a intensificação da participação dos usuários na produção de conteúdo veiculados na rede das redes. Embasam a discussão proposta autores como: Bowman e Willis (2003); Peruzzo (1998); Quadros (2005a, 2005b); e, Traquina (2002).

Jornalismo-Depoimento-Montagem: Discurso, Política e Memória em Fernando GabeiraCláudio Rodrigues Coração (Unesp)

Pretendemos, com este trabalho, investigar três etapas da narrativa jornalística de Fernando Gabeira, a partir do resgate que faz, no final dos anos 70, dos “anos de chumbo” à sedimentação de novos olhares e outras demandas de lutas como a discussão de novos discursos políticos, da diversidade sexual e da ecologia. Acreditamos que a demarcação de tal percurso se faz necessária na medida em que poderemos focalizar e identificar as configurações discursivo-jornalísticas de Gabeira, que se desembocarão futuramente no debate que o autor estabelece no cenário político e cultural do país: a revisão do papel da esquerda socialista; a assimilação dos novos comportamentos sexuais; a pauta da ecologia como marca política, com a mediação do narrador-repórter.

Resistência da Reportagem Investigativa e/ou Literária: Análise do aprofundamento das técnicas jornalísticas nas revistas Brasileiros e Rolling StoneBruna Vieira Guimarães (Umesp), Ingrid Gomes (Umesp)

Análise das reportagens investigativas e/ou literárias publicadas nas edições de maio e junho de 2009, nas revistas mensais Brasileiros e Rolling Stone. A metodologia adotada foi a Análise de Conteúdo, utilizando-se como categorias as questões jornalísticas relacionadas à profundidade, as fontes, ao discurso (narrativo, dissertativo, descritivo), ao tema e à contextualização do assunto. Foram comparadas as técnicas utilizadas por ambas as revistas, tendo como base SEQUEIRA, 2005; LIMA, 2004; e VILAS BOAS, 2008. A hipótese levantada para a pesquisa científica é visualizar a técnica literária e/ou investigativa como resistência no jornalismo cotidiano, desenvolvido pelos veículos em análise. Portanto entender como são realizadas as grandes reportagens nessas duas revistas torna-se necessário à área da pesquisa, para ser instrumento norteador do jornalismo atual.

Segunda-feira l 07 de Setembro9 às 12 hSALA 2 BLOCO AZUL

Reunião de Avaliação Coordenador: Jose Marques de Melo (Umesp)

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DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP HISTÓRIA DO JORNALISMOCoordenador: Antonio Carlos Hohlfeldt (PUC-RS)

Sábado l 05 de Setembro9 h às 12 h SALA 3 BLOCO AZUL

Teorias e estudo das origens

“Combates” por uma história da mídia e do jornalismo no Brasil Marialva Carlos Barbosa (UFF), Ana Paula Goulart Ribeiro (UFRJ)

O texto faz um balanço crítico-reflexivo sobre as pesquisas que têm como foco a história do jornalismo no Brasil, procurando estabelecer algumas premissas teóricas e metodológicas para a construção dessa história como processo, considerando-se também como fundamental para a sua realização a ênfase àsteorias da história. O artigo reúne um conjunto de reflexões críticas que tem sido desenvolvida em relação à história da mídia e do jornalismo e, apesar de constatarmos que houve não apenas um aumento quantitativo, mas de complexificação de muitas das análises, ainda discordamos dos caminhos teóricos de muitos desses estudos desenvolvidos no país.

Revoluções Periódicas na Imprensa: disputas em torno do conceito de moderno no campo jornalístico Bruno Fernando Santos de Castro (UFRJ)

Com a proposta de estudar a história da imprensa e dos sistemas de comunicação como um processo, nos permitiremos estudar como ao longo da história, a imprensa se autoreferenciou como baluartes da modernidade. Por isso, trabalharemos também com história do conceito de moderno, e as suas variantes, dentro do campo jornalístico, utilizado ao longo da história da imprensa buscando a legitimação dos variados projetos de jornalismo em disputa nessa história, procurando definir o que é o jornalismo/jornalista, qual deveria ser sua atuação no campo intelectual e político. A questão não é a realidade histórica, e sim as disputas conceituais a produzir efeitos observáveis e concretos sobre ela, pois a palavra produz efeitos concretos sobre a realidade, por isso ela é um dos vetores constitutivos da realidade socialmente construída.

Síntese histórica da imprensa moçambicana: tentativa de interpretação Antonio Carlos Hohlfeldt (PUCRS), James Machado dos Santos (PUCRS)

O presente trabalho dá seqüência à pesquisa iniciada no estágio pós-doutoral, em 2008, na Universidade Fernando Pessoa/Biblioteca Pública Municipal, da cidade do Porto, Portugal. Trata-se de buscar reconstituir a história da chamada imprensa colonial portuguesa, constituída por uma história da imprensa colonial e uma história comparada da imprensa luso-brasileira. Em artigos anteriores, abordou-se um panorama geral e a bibliografia disponível. Posteriormente, estudou-se um jornal, especificamente. Este paper faz uma síntese histórica da imprensa de Moçambique. Depois de se fazer um panorama da história das conquistas portuguesas do ultramar e da chegada dos portugueses a Moçambique, desdobra-se a síntese histórica da imprensa moçambicana. Conclui-se o estudo com uma síntese de características dessa imprensa, destacando-se algumas figuras de jornalistas e alguns dos periódicos editados.

Os pioneiros do jornalismo português na primeira metade do Século XVII Jorge Pedro Almeida Silva e Sousa (UFP)

Quem foram os “jornalistas” portugueses que, na primeira metade do século XVII, iniciaram o jornalismo em Portugal? Sobre o que escreviam? Quais as suas fontes? Que rotinas tinham? Que constrangimentos enfrentavam? Este trabalho visa responder a essas questões, socorrendo-se da pesquisa bibliográfica e documental e da análise do discurso, quantitativa e qualitativa, das Relações impressas de Manuel Severim de Faria (1626-1628) e da Gazeta de 1641-1647, primeiro periódico português. Conclui-se que os primeiros “jornalistas” portugueses eram clérigos letrados para os quais a redacção de folhas periódicas ou ocasionais seria uma “ocupação” (não um “ofício”), que exerceriam por satisfação pessoal e para terem lucro. As notícias, censuradas, resultavam da observação pessoal, testemunhos, entrevistas, cartas e traduções de jornais estrangeiros e, maioritariamente, tinham a guerra por tema.

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Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 3 BLOCO AZUL

Estudo sobre veículos

A (In)dependência da imprensa brasileira no século XIX: o discurso do Reverbero Constitucional Fluminense Giovanna Gertrudes Benedetto Flores (Unicamp/Unisul)

Esse trabalho pretende refletir sobre a imprensa no século XIX, tendo como corpus investigativo e de análise o jornal Reverbero Constitucional Fluminense (1821-1822) editado no Rio de Janeiro. As análises serão dos primeiros exemplares do jornal Reverbero. Pretendemos mostrar nesse periódico como se produziram os discursos sobre o momento político brasileiro e o papel da imprensa na ruptura com Portugal. A partir desse recorte, estaremos utilizando o dispositivo teórico-analítico da Análise do Discurso, tendo como principal referência Pêcheux (1969) e Orlandi (1990).

A Vida Fluminense, “folha joco-séria illustrada” (1868-1875) José Carlos Augusto (Estácio/UniRadial) O presente trabalho pretende apresentar as principais características da revista ilustrada A Vida Fluminense, publicada no Rio de Janeiro entre 1868 e 1875 e destacar o trabalho de Angelo Agostini, ilustrador e sócio da publicação. No conjunto da publicação também se privilegia “As aventuras de’Nhô-Quim’ ou impressões de uma viagem à corte”, narrativa visual sequencial produzida por Agostini a partir de janeiro de 1869.

A Imprensa Alternativa no Jogo da Democracia Lygia Maria Silva Rocha (UFSC)

Este artigo tem como objetivo analisar a revista Pif-Paf, produzida por Millôr Fernandes em 1964, no Brasil. O eixo que norteia o trabalho é o conceito de objetividade e como este fundamento da atividade jornalística é utilizado de acordo com o contexto histórico e cultural em que se encontra. Além disso, o artigo se baseia no aparato conceitual de Pierre Bourdieu para compreender o papel social e simbolico que, tanto a revista Pif-Paf como a imprensa alternativa brasileira da década de 60, tiveram no período histórico em questão.

“Onde está o jornalismo?” – uma análise da imprensa feminina a partir de Claudia (1961 e 1968)Raquel de Souza Moreira Portilho (UFF)

Surgida no século XVII, na Europa, a imprensa feminina ganhou popularidade através dos séculos, abordando quase sempre os mesmos assuntos: casa, culinária, decoração, família e conselhos amorosos. Este trabalho tem o propósito de analisar alguns aspectos da imprensa para mulheres, sua história e especificações, a partir da revista Claudia – criada em 1961 e uma das mais antigas a circular no Brasil – em articulação com dois pontos específicos: a caracterização da imprensa feminina em oposição à imprensa “geral”; e a abordagem por parte da revista de temas relacionados a um “universo” específico, o “feminino”.

Jornalismo e imaginário social: elementos de um jornalismo revolucionário em Realidade (1966-1968)Vaniucha de Moraes (UFSC)

Realidade é considerada uma revista revolucionária na história da imprensa brasileira e os seus três primeiros anos (1966-1968) são tidos como o auge de uma fórmula que consagrou o formato reportagem. A publicação foi inovadora tanto na linguagem quanto em abordagem temática. Recursos literários, presença da voz autoral e densas pesquisas de reportagem aliados ao tratamento de temas sociais polêmicos, não discutidos de forma direta pela grande imprensa, foram a marca desta publicação. Em virtude de suas características, o discurso jornalístico de Realidade tornou-se um eficaz instrumento difusor do imaginário social da década de 1960.

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Estratégias de distinção política e cultural na imprensa homossexual ou a visão do jornal Lampião da Esquina sobre si mesmoFernando Luiz Alves Barroso (UFS), Victor Hugo de Souza Oliveira (UFS), Diógenes de Souza Santos (UFS)

Este artigo representa a sistematização provisória de uma pesquisa em andamento sobre o debate sobre a mídia presente no jornal Lampião da Esquina. Este foi o primeiro periódico voltado para a população homossexual, produzido profissionalmente, no Brasil, no contexto da chamada imprensa alternativa. Neste artigo, exploramos e analisamos os textos, presentes nas edições de número zero e trinta e sete, em que o jornal reflete sobre si mesmo. E argumentos que estes textos expressam o interesse do Lampião em demarcar as diferenças políticas e culturais vistas entre a mídia e, inclusive a imprensa alternativa, e o próprio jornal.

Sábado l 05 de Setembro

14h00 às 18h00SALA 6 BLOCO AZUL

Personagens e casos de análise

Um arquivo amoroso: Alvaro e Eugênia MoreyraJoëlle Rachel Rouchou (FCRB)

Álvaro Moreyra (1888-1964), atua no cenário carioca do início do século XX como promotor de uma cultura que chegará a novos públicos. Vamos abrir seu arquivo pessoal que contém correspondência com os filhos, cartas de sua esposa Eugênia Moreyra, anotações, fotografias, e recortes de matérias de jornais, um universo que ajuda a contar a história da cidade do Rio de Janeiro. O arquivo permite acompanhar diversas formas de representação do mundo desde o jovem poeta gaúcho Álvaro que desembarca no Rio de Janeiro da Primeira República, a militância no Partido Comunista, o casamento e a paixão por Eugênia Moreyra, as festas em sua casa de Copacabana. Aponta também para as mutações da vida na cidade moderna, do escritor movendo-se entre literatura e jornalismo, com novos questionamentos e buscando compreender formação de um novo imaginário.

Jornalismo e literatura: a presença de personagens-jornalistas na obra de Erico Verissimo Eduardo Ritter (PUC-RS) A vida e a obra do escritor Erico Verissimo foi fortemente marcada pela presença do jornalismo. Biograficamente, ele foi o presidente-fudador da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), além de atuar em alguns órgãos da imprensa de Porto Alegre. Essa formação jornalística de Erico Verissimo acabou influenciando na obra literária do escritor, que utilizou 24 personagens-jornalistas em seus 13 romances. No presente artigo, fizemos uma breve apresentação dessa “tribo jornalística”, que contém diversas características indicadas por teóricos do jornalismo, e que também consolidam o nome de Erico Verissimo como um dos mais importantes da história do jornalismo brasileiro.

Cagarraios e Cavalões: Jornalismo, poder e metaficção historiográfica em “Rio de Raivas”, de Haroldo Maranhão Marcelo Vieira da Silva Dias (Unama) A narrativa histórica, inclusive de uma história da imprensa, passa por uma necessária reformulação sobre a natureza do discurso das fontes e da própria historiografia. A metaficção historiográfica do livro “Rio de Raivas”, do escritor paraense Haroldo Maranhão, utiliza-se da ironia e da paródia para reconstruir e representar um período de embate entre o poder político e a imprensa no estado do Pará, durante o século XX.

Fotografias de Imprensa e Memória: imagens fotojornalísticas, temporalidade e memórias construídas Jorge Carlos Felz Ferreira (UFJF) O presente trabalho tem como idéia central a discussão das relações da imagem fotográfica, enquanto elemento narrativo nos meios jornalísticos impressos, com a construção de uma memória particular e coletiva. Além disso, pretende discutir como a lógica das tecnologias da imagem, que invadem o espaço, através das páginas das revistas ilustradas no início do século XX, altera o olhar. Parte da pressuposição da existência de uma pedagogia da imagem que, ao mesmo tempo em que coloca em cena o real construído – representações imagéticas – para um público ainda não acostumado com a tecnologia, organiza e elabora um discurso ou narrativa específica para também através dela ensinar o público a olhá-las.

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Análise comparativa das notícias sobre o incidente na Pacheco Fernandes em Brasília e as conseqüências da ausência do jornalismoAlexandre Ferreira Nonato (UFSC)

O artigo apresenta uma análise das notícias publicadas sobre um incidente na construtora Pacheco Fernandes, durante a construção de Brasília (governo Juscelino Kubitschek), que até hoje permanece controverso e alvo de pautas de grandes reportagens em vários jornais brasileiros. Para isto, temos como referência a comparação de notícias publicadas em oito jornais no período de fevereiro de 1959, cujo objetivo é trazer algumas reflexões a respeito da ausência do jornalismo e suas conseqüências históricas.

Dano moral e censura, debate sobre os processos contra uma charge na imprensa gaúcha Paula Casari Cundari (Feevale), Maria Alice Bragança (Feevale), Rafael Rodrigo da Silva (Feevale) Este artigo discute questões relacionadas ao campo do Direito e da Comunicação, enfocando a charge, como prática jornalística, e a abordagem de suas possíveis implicações com a ética jornalística, o dano moral, a liberdade de expressão e seus limites. Para isso, enfoca o caso de uma charge veiculada no jornal NH, em 2005, sobre a atuação da Brigada Militar em um protesto em Sapiranga e ao final de um jogo no Beira-Rio, em Porto Alegre, gerando 531 ações de dano moral. Com o objetivo de compreender as implicações da charge jornalística diante dos limites à liberdade de expressão, o estudo segue a metodologia qualitativa, buscando aprofundar a compreensão sobre as práticas jornalísticas, através da interlocução entre Comunicação e Direito. Entre outros autores, retomou-se Lage (2001), Romualdo (2000), Godoy (2008), Guerra (2007), Karam (1997, 2004) e Leclerc & Théolleyre (2007).

Domingo l 06 de Setembro 9h00 às 12h00SALA 3 BLOCO AZUL

Estudos regionais

A ferro e fogo: conflitos no primeiro século da imprensa paraense Maria do Socorro Furtado Veloso (UFRN) O movimento vintista português, as lutas políticas da Independência e uma revolta popular, a Cabanagem, estão inscritos no aparecimento da imprensa no Pará, em 1822. Fundado por Felipe Patroni em Belém, o jornal O Paraense inaugura a imprensa no Norte do Brasil e antecede o surgimento de jornais nas províncias de Minas Gerais e São Paulo, onde os impressos só apareceriam pela primeira vez nos anos de 1823, com o Compilador Mineiro, e 1827, com o Farol Paulistano. A história dos jornais paraenses é marcada por violentos atos de repressão tanto no período pré como pós-republicano, com empastelamento, perseguições, prisões e assassinatos. Neste sentido, reitera as condições de surgimento e expansão da imprensa brasileira, especialmente ao longo do século XIX.

Jornalismo, Memória e Autoritarismo: A Prática Profissional em Imperatriz-MAnos anos 60 e 70 Roseane Arcanjo Pinheiro (UFMA) O incremento das empresas jornalísticas na cidade de Imperatriz, localizada na Região Oeste do Maranhão, ocorreu nas décadas 60 e 70. Impulsionada por projetos econômicos e políticos, como a Rodovia Belém-Brasília e a exploração de recursos naturais, a localidade viu surgir nesse período suas primeiras emissoras de rádio, TV e novos jornais. Evocando personagens da cena jornalística daquelas décadas – os jornalistas - objetivou-se congregar pistas sobre a compressão destes profissionais acerca de suas atividades e desafios profissionais, a partir de suas lembranças, reminiscências e leituras do passado. Foram adotadas as técnicas de memória oral e feitas pesquisas bibliográfica e documental.

Literatura e Politica duas faces do jornalismo piauiense Ana Regina Barros Rêgo Leal (UFPI) Este trabalho aborda a trajetória da imprensa piauiense desde o seu nascimento em 1832 até as primeiras décadas do século XX, tendo como enfoque as temáticas: literatura e política. A abordagem escolhida situa o jornalismo literário e o jornalismo político a partir do panorama social e político do período. Trata-se, portanto, de um levantamento da produção jornalística do Piauí no período em destaque.

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Os Primeiros Passos da Imprensa no Interior PaulistaPaula Melani Rocha (Unicamp) Na segunda metade do século XIX, floresceu a imprensa no interior do estado de São Paulo, mais especificamente na região noroeste do estado. Os periódicos tinham caráter artesanal e foram marcados, em sua maioria, por vidas curtas. Desenvolveram-se ao lado da cultura do café, juntamente com as benfeitorias e possibilidades que essa cultura trouxe para a região. O objetivo do artigo proposto é levantar a história da imprensa e do jornalismo na região noroeste do interior paulista até o período do final do século XIX. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e bibliográfica.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 3 BLOCO AZUL

A profissão e sua história de afirmação

Educar para o Progresso: A Função do Jornalismo n’A Gazeta de Cásper Líbero Gisely Valentim Vaz Coelho Hime (UniFiamFaam)

Transformar seus veículos em instrumentos difusores de cultura foi a marca do exercício jornalístico de Cásper Líbero. Para ele, a mídia exerce um papel fundamental na formação intelectual, moral e política da sociedade. Pioneiro empresário moderno no segmento jornalístico brasileiro, proprietário do diário vespertino A Gazeta – considerado em 1939, o jornal mais moderno da América Latina, do ponto de vista material e editorial -, responsável pela criação da primeira faculdade de Jornalismo do País, em 1943, Cásper Líbero percebeu o que a maioria dos ministros que deliberaram sobre a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo, derrubada em 25 de junho de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal, não foi capaz, ou seja, que o exercício jornalístico não se reduz à vocação ou a técnicas de redação.

A Concepção de Imprensa Brasileira no Século XX: a visão de Rui, Jobim, Beltrão e Lacerda Maria de Jesus Daiane Rufino Leal (Umesp), Rose Maria Vidal de Souza (Umesp)

Na primeira metade do século XX o jornalismo nacional, representado pelos intelectuais modernistas desafia a ofensiva nacionalista das vanguardas políticas que entram em cena no processo de modernização econômica e democratização do poder. O presente artigo enfatiza o pensamento do grupo de jornalistas ‘observadores’, conforme classificação de Marques de Melo (2008). O estudo tem por base pesquisa bibliográfica e estudos comparados. Os jornalistas-pensadores que foram analisados neste texto (Rui Barbosa, Danton Jobim, Carlos Lacerda e Luiz Beltrão) foram o fio condutor para o “pensar” brasileiro do jornalismo no século XX. O estudo conclui que estes jornalistas pensaram acima de tudo a realidade do Brasil e contribuíram para a formação de um pensamento jornalístico nacional.

A obrigatoriedade do diploma e a constituição da comunidade jornalística no Brasil – Uma perspectiva histórica Cicélia Pincer Batista (UPM) O texto pretende discutir, a partir de uma perspectiva histórica da profissionalização do jornalismo brasileiro, o significado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, aprovada em votação plenária em 17 de junho de 2009. Com base em discussões que mobilizaram o meio profissional, acadêmico e empresarial do jornalismo brasileiro após o julgamento do STF, pretende-se problematizar o modo como a comunidade profissional entende seu papel social e como se definem os padrões de comportamento que orientam o fazer jornalístico no Brasil de hoje. Para tanto, tem-se como referência a análise de Barbie Zelizer, que propõe considerar o jornalismo não só como profissão, mas como uma comunidade interpretativa, unida pelo discurso partilhado e pelas interpretações coletivas de acontecimentos públicos relevantes.

Jornalismo e luta política: conjuntura histórica e estratégias de comunicação dos estudantes de jornalismo da USP no Governo GeiselAlice Mitika Koshiyama (ECA-USP)

No estudo da história do jornalismo captamos fatos históricos que devidamente interpretados revelam as possibilidades do jornalismo como instrumento de luta política. O período da história brasileira que cobre os anos de 1975 e 1976, em

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que a ditadura presidida pelo Presidente Ernesto Geisel desenvolve o projeto de abertura lenta e gradual do regime, teve desdobramentos no ensino de jornalismo. Com a presença da censura no jornalismo e a repressão a organização político partidária da oposição, a universidade foi um reduto de ação jornalística e partidária vivenciada em cursos como o de jornalismo (ECA-USP 1975-1976) e com a participação do movimento estudantil.

Corporações de mídia, entidades de classe e suas disputas sobre o diploma de jornalista Fernanda Lima Lopes (UFRJ)

Sob a perspectiva teórica da retórica, este artigo lança olhares analíticos sobre uma ação judicial iniciada em 2001 (ainda em tramitação no início de 2009, data de conclusão deste trabalho) que sintetiza o embate entre um sindicato de corporações de mídia e a Federação Nacional dos Jornalistas acerca da obrigatoriedade do diploma de jornalista no Brasil. Numa definição rápida e simples, estão em disputa patrões versus empregados. São exatamente essas duas esferas que este trabalho pretende abordar, embora se saiba que muitos outros atores participam das discussões sobre a exigência do diploma em jornalismo para exercício dessa profissão. O artigo traz referências a outras disputas sobre o tema, indicando a década de 1980 como momento de consolidação de uma polaridade na discussão a partir de uma retórica classista, e analisa os debates atuais sob a ótica da retórica do risco.

O jornal A Cidade e a legitimidade de um discurso sobre o jornalistaÉverly Pegoraro (Unicentro)

O artigo analisa como o periódico A Cidade, de Guarapuava, município da região centro-sul do Paraná, apresentava a função do jornalista na sociedade e como procurava legitimar esse discurso, em meados de 1930, época do surgimento do jornal. A partir da análise do discurso jornalístico e da contextualização do período histórico-social naquele momento, verifica-se o que o porta-voz do veículo de comunicação pensava sobre o jornalismo, sua legitimidade e sua importância na sociedade de Guarapuava. A análise dos discursos manifestos nos jornais propicia acompanhar o movimento das idéias que circulam em uma determinada época, o ideário e a prática política dos representantes da imprensa e de quem eles representam e como seus objetivos se aproximam e se afastam segundo conveniências do momento.

A Profissionalização do Jornalista via Ensino: Argumentos Mobilizados em Defesa da Formação Escolar EspecíficaMichelle Roxo de Oliveira (UFF)

A partir de um panorama sócio-histórico, o texto analisa três argumentos centrais mobilizados no Brasil, do início do século XX aos anos 60, em defesa da profissionalização dos jornalistas via formação escolar específica: 1) necessidade de “dignificar” a profissão e dotar o conjunto de jornalistas de competência cultural considerada legítima; 2) necessidade de orientar as práticas jornalísticas a partir de um código de ética, vinculando o comportamento do grupo a padrões de ação virtuosos, de natureza moral; 3) necessidade de dotar os jornalistas de competência técnica específica na produção da notícia, segundo os princípios do projeto modernizador da imprensa. Observa como este processo de profissionalização respaldado por credencial acadêmica caminhou, em última instância, para o controle do direito de entrada e da autoridade para dizer quem está autorizado a dizer-se jornalista.

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DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP JORNALISMO IMPRESSOCoordenadora: Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP)

Sábado l 05 de Setembro9 h às 12 h SALA 7 BLOCO AZUL

Mesa de abertura - Jornalismo Impresso na Era Digital Coordenador: Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP)

A infografía como representação visual da notícia da tragédia do voo 447 Itanel Bastos de Quadros Junior (UFPR)

O artigo trata da notícia da tragédia do voo 447 e de como ocorreu a sua reprodução visual e sequencial - na forma de infográficos - em alguns jornais brasileiros, espanhóis e estadunidenses. Destaca que as soluções gráficas propostas pelos infografistas para os diversos aspectos dessa tragédia não permitiram, a priori, uma apuração mais precisa. As configurações iniciais se basearam em dados esparsos de fontes oficiais e conjecturas de especialistas aeronáuticos e meteorologistas, acrescidas da criatividade dos profissionais que complementaram suas elaborações visuais com informações geográficas e geológicas da região onde se deu o desaparecimento do avião. O material infográfico foi analisado a partir de conceitos expostos por Valero Sancho e Peltzer.

Jogo de confetes: relações entre cor e informação nas capas do novo Jornal de Londrina(JL) Tássia Caroline Zanini (Unesp) A pesquisa tem como finalidade ampliar os conhecimentos acerca da influência da aplicação de cores em textos visuais, particularizando para seu emprego em produtos jornalísticos impressos. O Jornal de Londrina (JL) representa um campo apropriado para essa investigação, uma vez que recentemente introduziu modificações significativas em seu planejamento gráfico. O interesse de estudo são suas capas, que, por força dessa reforma, contêm grande quantidade de cor. O trabalho enseja aprofundamento nos estudos da cor em diferentes áreas, ressaltando a natureza cultural e interdisciplinar dos matizes, com abordagem que ultrapassa a visão conceitual dos parâmetros de definição da cor e atinge a percepção e a interpretação do leitor, por meio da explicação de relações sintáticas e semânticas, próprias de uma utilização comunicacional.

Mônada Aberta Verticalidade e Horizontalidade no Jornalismo na Web Wedencley Alves Santana (UFJF), Carlos Pernisa Junior (UFJF) O presente texto, a partir de aportes da teoria do discurso associada a estudos do jornalismo, traz contribuições para uma conceituação da notícia diante de novas questões postas pelo surgimento da rede, levando em consideração sua relação com o suporte, com a mídia e mudanças no modo de constituição de sua textualidade. Consideram-se também aqui as implicações sobre as práticas de escrita e leitura que as novas condições de produção fazem emergir. Para isso, propomos dois conceitos operacionais, quais sejam, o de mônada aberta e horizontalidade.

Novas tecnologias e modernização na construção da auto-imagem do jornal cearense Diário do NordesteNaiana Rodrigues da Silva (UFC)

A produção midiática está estreitamente ligada ao uso de tecnologias. Da prensa de Gutenberg aos dias atuais, as mídias estão sempre buscando a inovação tecnológica, que implica em uma renovação de formatos e conteúdos. Essa busca do novo está, muitas vezes, atrelada a um discurso de diferenciação que se ancora no papel modernizante das tecnologias. Neste artigo, iremos analisar como a introdução de elementos multimídia na rotina de produção do jornal cearense Diário do Nordeste é usada como estratégia de criação de valor, conforme define Lorenzo Vilches (2006) e também como uma simulação da modernização tecnológica, como discute Martin-Barbero (2004), decisiva para a construção da imagem do jornal. Para isso, analisaremos qualitativamente o conteúdo de um conjunto de matérias que tratam das inovações adotadas pelo jornal.

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O desafio de manter a identidade de dois formatos jornalísticos no processo de convergência do ClarínMauro César Silveira (UFSC)

O êxito editorial do portal de notícias Clarín.com está alicerçado, em boa parte, na sua histórica independência em relação ao jornal que lhe deu origem. Mas esse caminho marcado pela autonomia convive, desde 2008, com a reestruturação do maior conglomerado de mídia da Argentina, que segue a tendência mundial de integração entre as redações do impresso e do on-line. O projeto de convergência, ainda em implantação, enfrenta um dos grandes desafios do jornalismo contemporâneo: como manter a identidade dos dois formatos jornalísticos.

Os portais da imprensa escrita na Região Metropolitana de Campinas: modelos de negócio e estágio de desenvolvimento tecnológico Carlos Alberto Zanotti (PUC-Campinas) Este trabalho debate o problema do financiamento da produção jornalística diante da ética de conteúdos de livre acesso em vigor na internet, apurando-se na Região Metropolitana de Campinas (RMC) o estágio de desenvolvimento e modelos de negócio de portais derivados da imprensa escrita. A pesquisa parte de um levantamento do tema nos debates registrados pela imprensa, elabora uma revisão bibliográfica, aplica técnicas de observação direta e aprofunda a investigação através de entrevistas junto aos principais editores entre os 20 portais localizados. O resultado aponta para um momento de expectativa, com ações empresariais que têm feito aumentar a concentração da propriedade dos meios e levado à adoção de estratégias em regime de cross-media.

Sábado l 05 de Setembro14 h às 18 h SALA 7 BLOCO AZUL

Mesa 2: Abordagens sobre Jornalismo de RevistaCoordenador: Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP)

Revista Veja e a terceira idade Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP), Michelli Siracusa Bueno (UP) Com o crescimento constante da população idosa brasileira, o papel da mídia desponta como um importante fator que pode contribuir na qualidade de vida dessas pessoas. Este artigo propõe a análise da presença de informações relacionadas à terceira idade publicadas no primeiro semestre de 2008 pela revista Veja. Através da pesquisa quantitativa foram selecionadas 15 matérias. A seguir, realizou-se a pesquisa qualitativa que, com o uso de ferramentas da análise de discurso, possibilitou avaliar o papel jornalístico desempenhado pela revista. O objetivo principal foi verificar se os conteúdos publicados pela Veja contribuem de forma efetiva para a qualidade de vida da terceira idade. A conclusão foi que a maioria das matérias usa termos impróprios, cria estereótipos e, dessa maneira, não contribui em uma melhor qualidade de vida para esse público.

A Influência dos Fatores Econômicos no Jornalismo de Revista Denise Fernandes Britto (Unesp) Uma matéria jornalística concentra não apenas um teor explicitamente informativo mas traz, ainda que de modo sutil, uma série de relações sociais uma vez que está inserida em um contexto. Neste artigo analisamos como os fatores econômicos agem na composição do discurso jornalístico, a partir da seguinte problemática: até que ponto o jornalismo é influenciado pelas condicionantes econômicas atuais? Para respondermos a essa questão, utilizamos como método a Análise do Discurso e levamos em conta que cada reportagem consiste em uma representação da realidade. A partir disso, percebemos fenômenos que contrariam a própria essência do fazer jornalístico, tais como a falta de informação responsável e a função persuasiva sobrepondo-se à função informativa, culminando no estreitamento entre o jornalismo e a publicidade.

Raça Brasil e a Temática Apresentada Nas Capas e Editoriais (2007-2009) Daniele Gross Ramos (ECA)

Publicada desde setembro de 1996, Raça Brasil vem se mantendo ao longo de seus treze anos de existência como a principal publicação brasileira dedicada aos negros. O trabalho aqui apresentado traz um pequeno resumo acerca da

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história da imprensa negra no Brasil, bem como o quanto a segmentação é cerne da mídia revista, sendo tida como uma de suas características principais. Através de um levantamento quantitativo, será demonstrado como se dá a temática apresentada nas capas e nos editoriais de Raça Brasil, no período de janeiro de 2007 a maio de 2009.

A Construção da Imagem da Mulher em Revistas Femininas da Atualidade Maria do Carmo Almeida Corrêa (Faac-Unesp) Considerando a imagem da mulher projetada pela mídia como efeito de sentido obtido a partir de determinados procedimentos da linguagem, essa pesquisa tem como principal objetivo delinear a imagem da mulher projetada em revistas femininas da atualidade, considerando-a no tríplice papel de redatora, leitora e personagem; em outras palavras: sujeito da enunciação (enunciador e enunciátário) e sujeito do enunciado.

Hipertrofia das imagens - A morte de um ícone transformada em evento midiático - Tributo a Michael Jackson segundo a revista especializada em música BIZZ Fabíola Paes de Almeida Tarapanoff (Facasper), Eric de Carvalho (Facasper)

Este trabalho consiste em uma análise da publicação especializada em música BIZZ, da Editora Abril, lançada em julho de 2009 em tributo à morte do cantor Michael Jackson. Os autores buscaram mostrar como a revista tratou sobre o tema, que se tornou um evento midiático, seguindo os conceitos de dilatação de semiosfera, de Lúcia Santaella, de hipertrofia das imagens, de Norval Baitello Junior, e de imagem complexa, de Josep Català.

Representações da Argentina: a construção das identidades do país e dos argentinos na revista Isto É Rejane de Oliveira Pozobon (UFSM), Tabita Strassburger (UFSM)

O texto analisa representações das Identidades Argentinas na mídia brasileira, partindo das coberturas realizadas pela revista Isto É, durante o primeiro semestre de 2008. Por meio da análise de conteúdo, apresenta dados quantitativos e qualitativos que, integrados, apontam para a compreensão tanto do significado aparente do texto, quanto daquele presente de modo implícito. Através de categorias definidas de acordo com as informações presentes no corpus, traça um panorama da construção das Identidades Argentinas, na mídia brasileira. Por meio da revisão de conceitos como estereótipos e representações sociais, a pesquisa busca ponderar sobre o enfoque evidenciado na mídia analisada, mapeando pontos expressivos no que se refere à temática analisada.

A perda da essência trágica na cobertura jornalística da queda do voo AF 447 Maura Oliveira Martins (UniBrasil), Anna Carolina Ulandovski Azevedo (UniBrasil) O presente artigo analisa as estratégias discursivas utilizadas pelo jornalismo na cobertura promovida sobre o acidente com o voo Air France 447. Tendo em vista que o jornalismo costuma fazer uso de certos recursos para criar o sentido de trágico em seu discurso, observa-se que a cobertura do acidente foi permeada por certas inovações, pois pode ser considerada mais técnica do que essencialmente trágica. A investigação pretende verificar quais as especificidades do fato em questão, que possibilita um tratamento jornalístico pouco usual a acontecimentos com características semelhantes. Como corpus representativo para tal reflexão analítica, observa-se as reportagens “O que já dizem os corpos”, publicada pela revista Veja em 17 de junho de 2009, e “A dor, o medo... e os números”, publicada em 10 de junho de 2009.

A saúde nas mídias impressas: uma análise do contrato de leitura de “Veja” e “Istoé” Janete de Páscoa Rodrigues (UFPI)

Este estudo foi desenvolvido a partir de uma análise comparativa entre os discursos de saúde nas revistas “Veja” e “Istoé” editadas no período de janeiro a junho de 2007. O suporte teórico foi constituído sobre os conceitos de contrato de leitura, polifônia, e heterogeneidade enunciativa formulados por Eliseo Verón, Mikail Bahktin, Cremilda Medina e outros. Verificamos que “Veja” priorizou sentidos de prevenção de patologias e “Istoé” de terapia; “Veja” não apresenta seção e periodicidade nas publicações sobre saúde, permanentes; “Istoé” mantém uma seção de saúde e periodicidade constante; “Veja” se dirige ao leitor que busca manter-se saudável; “Istoé” ao leitor em busca de informação sobre doenças. Ambas utilizam com frequência as vozes dos médicos e dos usuários de produtos e serviços de saúde, sendo que “Istoé” recorre mais às vozes dos últimos que “Veja”.

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Mesa 3 - O Jornalismo Impresso Diário em Coberturas EspeciaisCoordenador: Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP)

As Representações no “Circuito das Notícias”: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra no Jornal Zero HoraVilso Junior Chierentin Santi (PUC-RS)

Estudar a representação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) e de suas ações no jornal Zero Hora (ZH), tendo como panorama o “Circuito das Notícias” e suas distintas fases, é aqui nosso objetivo central. Para tanto procuramos mapear o movimento das representações e suas transformações ao longo da cadeia produção, texto e leitura. O estudo propõe uma aproximação analítica entre o “Circuito da Cultura” de Johnson (1999) e o “Circuito das Notícias” – uma tentativa de abordagem integral e integradora, que reivindica uma visão global sobre os processos jornalísticos sustentada na ideia de integração entre produção, texto e leituras. Tal aproximação parte das contribuições teórico-metodológicas dos Estudos Culturais Britânicos e busca entender e/ou explicar a dinâmica da cultura, dos produtos culturais, e suas intersecções com o jornalismo.

O discurso jornalístico das operações da Polícia Federal e seu desdobramento sobre a formação das identidades Isabela Rodrigues Veiga (UFJF)

A Polícia Federal (PF), no decorrer dos últimos anos, tem pautado os jornais, evidenciando seu trabalho investigativo, especialmente, no combate à corrupção. Através da mediação, portanto, a sociedade toma conhecimento das operações da PF, bem como forma sua opinião acerca da identidade da organização. Partindo desta perspectiva, este trabalho dá enfoque à análise do discurso jornalístico acerca das operações policiais, buscando reconhecer, nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Tribuna Minas, de que maneira a PF é representada e quais significados estão sendo atribuídos à organização. Para tanto, far-se-á uso da análise de discurso proposta por Fairclough que considera a importância de se analisar o texto e sua conexão com a prática discursiva e social, possibilitando, assim, a discussão sobre a constituição das identidades e a importância da linguagem neste processo.

Quando a Testemunha Fala: a Cobertura Jornalística e a Renúncia do Deputado Layse Pereira Soares do Nascimento (Unicentro) Este estudo tem o objetivo de discutir as relações que se travam na produção da informação, principalmente envolvendo os aspectos éticos. O mito do jornalista independente e os efeitos dos grupos de pressão no exercício do jornalismo impresso. E, alguns apontamentos envolvendo a cobertura jornalística do jornal paranaense Gazeta do Povo sobre o acidente automobilístico provocado por um jovem deputado estadual.

Quando os Catadores são Notícia? Fernanda Kist Brusius (UFSM)

Neste trabalho busca-se conhecer os principais valores-notícia que estão relacionados à presença dos catadores de materiais recicláveis no jornal Diário de Santa Maria, publicação tablóide do centro do Estado do Rio Grande do Sul. Para isso, coletou-se as matérias jornalísticas publicadas entre janeiro e julho de 2008, chegando-se a um corpus de 23 notícias. Concluiu-se que os principais valores encontrados nas matérias que se referem ou mencionam os catadores são proximidade geográfica, interesse público/social, atualidade e importância.

Performance em Zero Hora: o Episódio Aracruz Élida de Lima Ferreira (UCPel), Antônio Luiz Oliveira Heberlê (UCPel - Embrapa

Este artigo tem como objetivo apresentar algumas considerações a cerca do campo midiático, assim como as primeiras reflexões analíticas referentes à performance discursiva encenada pelo jornal Zero Hora para apresentar o episódio da invasão da Aracruz, em Barra do Ribeiro/RS. Trata-se do trabalho inicial de uma pesquisa em andamento, que busca analisar as notícias publicadas sobre o episódio ocorrido dia 8 de março de 2006, num protesto contra a instalação de uma indústria de celulose no Rio Grande do Sul. As análises estão focadas nas notícias veiculadas pelo jornal e para este

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artigo recortou-se uma das páginas. A análise procura identificar os efeitos de sentido que produzem o que estamos chamando de uma performance discursiva, tendo por base a teoria dialógica da Mikhail Bakhtin e as noções de campo social de Pierre Bourdieu.

Processos de produção jornalística: o caso Isabella NardoniMaria Cecília Guirado (Unimar) Entender o processo de produção jornalística por meio da cobertura do caso Isabella Nardoni, não é uma tarefa fácil. Muito se questionou o motivo deste fato ter se destacado nos jornais, revistas, sites e telejornais. O acontecimento foi divulgado nacionalmente num formato “novela”, cujas “cenas dos últimos capítulos” ainda são aguardas pelo público. Este artigo descreve a primeira semana de cobertura do Caso Isabella feita pelo estadao.com.br, a fim de comentar os elementos do enredo trágico e os recursos utilizados para comover os leitores.

Domingo l 06 de Setembro9 h às 12 h SALA 13 BLOCO AZUL

Mesa 5 - Coberturas internacionais e coberturas políticasCoordenador: Maria Inez Mateus Dota (Unesp)

Eleições presidenciais americanas: estratégias de campanha na visão do New York Times Maria Inez Mateus Dota (Unesp) Apresenta as estratégias de campanha dos dois principais candidatos às eleições presidenciais americanas de 2008 – John McCain e Barack Obama – na visão do jornal The New York Times, e as consequentes imagens construídas acerca dos candidatos. Fundamenta-se nos pressupostos teóricos dos Estudos do Jornalismo e tem como instrumental metodológico a Análise do Discurso, enfocando a formatação das notícias, as escolhas lexicais, o dito, o não-dito, a ironia e a intertextualidade.

A mídia na contramão dos princípios da alteridade Análise qualitativa dos cadernos Mundo da Folha de S. Paulo e Internacional do Estado de S. PauloIngrid Gomes (Umesp)

O paper pretende analisar qualitativamente os jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, em específico o Caderno Mundo e Internacional, respectivamente, aos domingos. O período de análise é o mês de março (dias 01, 08, 15, 22 e 29). Foi selecionado o método de análise de conteúdo (BARDIN, 1977; KRIPPENDORFF, 1990; FONSECA, 2006). As principais referências teóricas para fundamentação do paper são ligadas aos conceitos de alteridade (LÉVINAS, 2004; ARRUDA, 2002; HALL, 2000) e pós-modernidade (EAGLETON, 1998; BAUMAN, 2007; GIDDENS, 2003; HARVEY, 1992; JAMESON, 2005; KELLNER, 2001; SANTOS, 1995; SENNET, 1999), além do entendimento teórico sobre jornalismo (PRADO, 2003; MORETZSOHN, 2007; MOTTA, 2002; CHOMSKY, 2003). Com isso o paper vislumbrou a ausência de alteridade e de multiperspectivismo cultural nas reportagens analisadas, determinando olhar de confronto e de preconceito social.

Os Conflitos Árabe-Israelenses em Zero Hora e O Estado do Paraná Ruben Dargã Holdorf (PUC-SP)

Este artigo verifica os diferentes posicionamentos editoriais nos cadernos de notícias internacionais dos jornais sulistas Zero Hora, de Porto Alegre, e O Estado do Paraná, de Curitiba. Vale-se do pressuposto de que existe interferência no processo de seleção das notícias e reportagens a respeito dos conflitos entre árabes e israelenses. Ou seja, Zero Hora privilegia edições pró-Israel, enquanto que o jornal paranaense sustenta uma linha editorial favorável aos árabes. O trabalho pretende mostrar o processo de construção do texto jornalístico, definindo o papel dos editores e suas atribuições dentro das redações. Trata-se de um condensado da dissertação defendida em 2008 na Unimarco (SP).

O ‘antijornalismo público’ no Jornal do Senado Solano dos Santos Nascimento (UnB), Bruno Sodré de Moraes (UnB) Entre os princípios que norteiam o chamado jornalismo público, estão a defesa do interesse público, a pluralidade, a

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busca por soluções de problemas e o incentivo à cidadania. Em 2007, durante a crise política provocada por denúncias contra o então presidente do Senado, Renan Calheiros, o Jornal do Senado, publicação bancada pelos contribuintes, foi avesso a esses princípios. A análise das capas das edições do jornal de agosto de 2007, às vésperas da votação do pedido de cassação de Calheiros, mostra que títulos e textos foram usados para fazer a defesa do então presidente da instituição e tentar desqualificar as denúncias contra o senador.

Mídia e Política no Brasil: Grande Imprensa x Coronelismo Eletrônico Pamela Araujo Pinto (UFF)

Este trabalho busca expor as tensões entre a mídia e a política no Brasil, por meio da análise das relações mantidas entre a grande imprensa e o coronelismo eletrônico. Com base no monitoramento midiático da crise ética vivenciada pelo Senado, principalmente pelo presidente da Casa José Sarney, espera-se ilustrar os vínculos entre a imprensa e os jogos de poder. Para tanto, verificou-se o conteúdo dos jornais O Globo (periódico da família Marinho pertencente ao maior conglomerado de comunicação brasileiro) e O Estado do Maranhão (propriedade da família Sarney no Maranhão e veículo impresso de maior circulação regional) durante a divulgação dos “Atos Secretos” com objetivo de verificar os respectivos posicionamentos e suas (possíveis) consequências.

A política na primeira página: um estudo sobre as capas do impresso Gazeta do Povo no período eleitoral e não-eleitoral Aline Louize Deliberali Rosso (UFSC)

O presente trabalho é uma análise de como o tema “política” foi pautado pelo jornal curitibano Gazeta do Povo. O principal objetivo desse estudo é identificar as diferenças e semelhanças da cobertura do impresso (em sua primeira página) em um período eleitoral (1° de agosto a 31 de outubro de 2006) e em um não-eleitoral (1° de agosto a 31 de outubro de 2007). Para isso a metodologia utilizada foi a análise de conteúdo diária dos conteúdos das capas do periódico.

Domingo l 06 de Setembro14 h às 18 h SALA 7 BLOCO AZUL

Mesa 4 - O Mundo do Trabalho e a Sobrevivência dos ImpressosCoordenador: Elza Aparecida de Oliveira Filha (UP)

Quando a diferença é transformada em fragmentação: considerações sobre o futuro dos jornais impressosGabriela de Resende Nóra Pacheco (UFRJ)

Como conciliar o esforço de padronização, característico dos tradicionais meios de comunicação de massa, com a diversidade de públicos cada vez mais fragmentários e a fabricação de nichos de consumo mais e mais especializados? Os perigosos caminhos da excessiva fragmentação dos jornais impressos, que, acompanhando a hipersegmentação da mídia digital, tem por objetivo fornecer conteúdo cada vez mais especializado, mas com sérios prejuízos à contextualização dos fatos e à própria integridade do noticiário. Os jornais enquanto mercadorias duplas (informativas e publicitárias) e a tendência a uma valorização da função econômico-empresarial, em detrimento da função ideológica. A inovação e a tecnologia agindo no empobrecimento do debate público e no esvaziamento da função política da comunicação.

O jornalista em pauta: mudanças no mundo do trabalho, no processo de produção e no discurso Cláudia do Carmo Nonato Lima (ECA-USP)

O século XX foi um período de grandes mudanças no mundo do trabalho do jornalista. Empresas de comunicação transformaram-se em conglomerados de mídia; métodos e processos foram reorganizados, precarizando o trabalho; a informação tornou-se um produto supervalorizado na sociedade de consumo e passou a ser customizada. Essas mudanças, nas esferas tecnológicas, culturais e interpessoais criaram novas práticas, influenciando profundamente os jornalistas e também a sua maneira de se comunicar. Este artigo pretende abordar tais mudanças, e suas consequências no processo de produção para o jornalista, a partir da reestruturação do mundo do trabalho.

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Diagnóstico de estruturas consolidadas e perspectivas da Adjori/PR1Sonia Maria Kurchaidt (Unicentro), Marcio Fernandes (Unicentro), Vitor Hugo Zanette (Unicentro), Heloisa Garrett (Unisenp), Pedro Paulo Papi (Unicentro) As características gerais de 32 dos 61 veículos ligados à Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Paraná (Adjori/PR) são apresentadas no presente estudo, bem como reflexões iniciais acerca dos resultados. Em uma ação inédita nos mais de 20 anos de atuação da entidade, uma equipe multidisciplinar da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e da própria Associação apuraram, tabularam e analisaram dados referentes a eixos como Redação, Administração e Comercial, dentre outros, apontando, a partir de então, alguns desafios urgentes

Papel do jornalista: a prática do jornalismo na revista Ocas” Verônica Maria Alves Lima (Unesp) A revista Ocas”, publicação que se presta a uma ação social de apoio à população em situação de rua, é produzida a partir da ação de jornalistas colaboradores que, sem remuneração, se dividem entre o trabalho voluntário e o ofício em outros veículos. Este trabalho traz reflexões acerca das motivações desses profissionais, bem como o caráter do trabalho realizado e a relação deste com as configurações da própria revista Ocas”.

A morte do jornal e a morte no jornal: reflexões sobre os textos narrativos do obituário do jornal “Folha de S. Paulo” Andre Cioli Taborda Santoro (UPM)

Este artigo traz apontamentos sobre os desafios impostos ao jornalismo impresso diário em um cenário de concorrência direta com as mídias digitais e de esgotamento das fórmulas textuais que conferem credibilidade, legitimidade e identidade ao relato da notícia. Diante desse cenário, é perceptível o retorno a antigos modelos, como o jornalismo narrativo ou literário. No jornal “Folha de S. Paulo”, muitos textos já apresentam um tratamento estético alternativo. Entre essas matérias, destacam-se aquelas produzidas no obituário do periódico, que passou a trazer perfis de personagens célebres e anônimos no lugar de notas simples de falecimento. Para uma análise apropriada dessas novas abordagens narrativas, faz-se necessário um estudo processual e estético sobre o jornalismo literário praticado atualmente no Brasil.

Jornalismo narrativo: possibilidade para a sobrevivência do jornalismo impresso diário Lilian Juliana Martins (Unesp)

Este artigo pretende discutir o declínio do número de exemplares de jornais impressos diários e o jornalismo narrativo como possibilidade para reposicionar o jornalismo tradicional. Para tanto, as reportagens da coluna A Vida Que Ninguém Vê, publicada em 1999 no jornal Zero Hora de Porto Alegre, são estudadas. Assinados pela jornalista Eliane Brum, os textos da coluna além de trazerem uma configuração narrativa diferente da convencional também foram construídos a partir de fatos corriqueiros e pessoas comuns. Bem recepcionada pelo público, a experimentação textual da repórter é discutida neste artigo como exemplo de alternativa possível de ser adotada pelos meios impressos, sobretudo por jornais impressos diários.

O Discurso Jornalístico e o Acontecimento Histórico: o Centenário da Guerra de Canudos no Jornal O Estado de S. PauloLidiane Santos de Lima Pinheiro (Uneb)

Apesar de a noção de temporalidade sustentar muitas reflexões acerca da notícia, poucos estudos tocam na articulação entre o acontecimento histórico e o discurso jornalístico. Visando explicar a construção discursiva de um importante acontecimento do passado lembrado pela imprensa moderna, serão mobilizados conceitos relacionados ao acontecimento, aos valores-notícia e à temporalidade no jornalismo. A partir de tais apreciações teóricas, será avaliada a produção jornalística que tem eventos históricos como gancho. Para isso, serão analisadas matérias do jornal O Estado de S. Paulo publicadas durante o centenário da Guerra de Canudos.

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Domingo l 06 de Setembro14 h às 18 h SALA 13 BLOCO AZUL

Mesa 6 - Imprensa Universitária, Abordagens Históricas e Identidades Coordenadora: Márcia Marques (UnB)

Experiência de ensino-aprendizagem colaborativa na produção de reportagens. Revista Campus Repórter - UnB Márcia Marques (UnB)

O presente artigo descreve e contextualiza a experiência de ensino-aprendizagem colaborativa na produção de reportagens no contexto da Revista Campus Repórter, publicada pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília desde o ano de 2007. A base deste processo está na conjugação dos ensinamentos de Paulo Freire, no que se refere à construção do conhecimento com autonomia, com as teorias do jornalismo.

A Universidade em Manchete – Análise da Estética e da Diagramação da Primeira Página no Jornal Universitário: Estudo de Caso Jornal da USP Carla de Araujo Risso (USP)

O Jornal da USP é o veículo mais antigo na categoria de jornalismo universitário institucional do Brasil. Exerce sua função de mediador de uma instituição que, por seu caráter e por sua função social, tem uma elevada produção de notícias. Para cumprir sua tarefa de divulgação científica e de integração comunitá¬ria, o jornal universitário, como qualquer outro veículo midiático (comercial ou não), deve procurar atender aos requisitos estéticos de seus públicos. Este artigo, fruto de pesquisa, procura investigar, em meio a um cenário de evolução técnica das artes gráficas, como o Jornal da USP construiu sua identidade em mais de duas décadas de existência. Considerando o jornal impresso como um produto cultural inserido em uma sociedade, empreendeu-se o estudo da história do jornal universitário assim como a análise do contexto político da universidade.

Primeiro Texto - Uma experiência comunitária: Vila Santa Casa e Ilha Diana Fernando De Maria dos Santos (Unisanta)

O jornalismo comunitário é um termo que merece estar presente nas dicussões voltadas à profissão. Neste sentido, o estudante de Jornalismo tem papel preponderante para agir, ainda em âmbito acadêmico, com ações voltadas para o bem-estar da comunidade, especialmente em localidades onde o acesso à informação é pequeno ou nulo. Afinal, no tripé ensino-pesquisa-extensão inerente ao papel das universidades, cabem aos cursos de Jornalismo permitir a ampliação de horizontes e a discussão junto à população de propostas que sejam importantes para a valorização e desenvolvimento da coletividade, usando a comunicação como ferramenta para atingir este objetivo.

Foquinha: jornalismo infantil na ditadura militar Juliana Doretto (ECA-USP)

O artigo resgata a trajetória do veículo infantil “Foquinha”, publicado entre 1977 e 1982, pela Editora Pedagógica Brasileira, com sede em São Paulo (SP). O veículo, pago e distribuído somente em escolas, tinha como objetivo resgatar valores nacionais e morais que considerava ameaçados, o que ia ao encontro da propaganda do regime militar, vigente na época. Este trabalho faz observações gerais sobre o jornal e analisa os temas e a abordagem dos textos de capa do seu primeiro ano de publicação.

Nelson Rodrigues: a arte de colorir a cena no jornalismo impresso Priscila Rodrigues Melo (UFF)

Nada mais atual que falarmos do jornalismo de Nelson Rodrigues e sua forma de construir reportagens na década de 20. Visualizando não o jornalista que falseia a cena, mas o repórter que colore cada frase com a intenção de tornar o texto mais envolvente e interessante aos olhos do leitor. A objetividade vive um declínio dentro do jornalismo, e aos poucos vem dando lugar ao retorno do jornalismo de sensação. Estamos acostumados a estudar Nelson Rodrigues diante da sua obsessão travada aos “Idiotas da Objetividade” nos anos 50, mas esse artigo analisa o estilo rodriguiano, tendo em mãos suas reportagens escritas na década de 20, espaço reservado ao sensacionalismo, livre para suas criações mais ousadas à época em que atuou como jornalista policial.

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Os economistas como fontes e os jornalistas Hérica Lene Oliveira Brito (Ufop)

Este artigo discute o papel dos economistas como fontes de informação do jornalismo de economia no Brasil. Esta abordagem faz parte de uma pesquisa desenvolvida no doutorado em Comunicação e Cultura da UFRJ sobre o jornalismo de economia brasileiro no final do século XX (1986-1999), realizada a partir de levantamento bibliográfico, de depoimentos de jornalistas e da cobertura dos dois principais jornais de circulação nacional no país: Folha de S. Paulo e O Globo. A análise foi desenvolvida a partir de acontecimentos marcantes para o país, com dimensões econômicas, políticas e sociais: os oito planos econômicos anti-inflacionários de grande alcance que mudaram a moeda ou as relações de ordem econômica.

Jornalismo Impresso e Indústria Cultural: uma interpretação possível Marina Lee Colbachini (Unicamp), Leila Cristina Bonfietti Lima (UNICAMP)

O presente trabalho revisita a história do jornalismo impresso, com maior enfoque no fortalecimento dos jornais populares. O objetivo é avaliar em que medida o conceito de indústria cultural proposto por Adorno e Horkheimer no texto “Conceito de Iluminismo” (1999), após a 2ª Guerra Mundial, pode esclarecer as contradições e determinações deste tipo de produção jornalística. Num segundo momento observa-se como os grandes periódicos, constituem juntamente com os jornais populares um dos artefatos da indústria cultural.

A mídia e a construção identitária da PM em Juiz de Fora Marise Baesso Tristão (UFJF), Fernanda Nalon Sanglard (UFJF)

Este trabalho tem o objetivo de mostrar como vem sendo construída a identidade da Polícia Militar (PM) em Juiz de Fora, a partir do que é publicado na imprensa, especificamente no jornal Tribuna de Minas. Por atuar diariamente no combate explícito à criminalidade, a PM está presente de forma mais abrangente nas páginas dos jornais e, por isso, foi a organização escolhida para ser estudada. O estudo analisa a forma na qual o que é veiculado nos meios de comunicação influencia não só o imaginário popular sobre a instituição e a maneira como o crime é percebido pela sociedade, mas também como provoca interferência nas ações policiais. O artigo ainda aborda como a questão da memória é utilizada para reafirmar valores e apresentar discursos de mudança e modernidade sobre a identidade institucional da Polícia Militar.

As relações raciais no Brasil no discurso do jornal O Globo Rachel Pereira de Mello (UnB)

Com o intuito de compreender se e como o discurso do jornal O Globo, e especificamente o discurso de opinião do jornal, atualiza o discurso hegemônico sobre as relações raciais no Brasil. Usando a Análise do Discurso como seu instrumental metodológico, este trabalho identifica quatro estratégias discursivas sobre as relações raciais brasileiras, desde a formação do Estado-nação brasileiro, e busca ecos e vestígios dos enunciados dessas estratégias no discurso de opinião do jornal O Globo.

A enunciação não-verbal dos jornais Última Hora e Jornal do Brasil sob as estratégias de planejamento visual de Andrés Guevara e Amílcar de Castro Paulo César Castro de Sousa (UFRJ)

O paraguaio Andrés Guevara, já reconhecido pela sua atuação como caricaturista em diversos jornais e revistas cariocas nas décadas de 1920 e 1930, tem destaque fundamental também na caracterização gráfica dos jornais da capital fluminense. O ápice desta trajetória, que começou com a revista A Maçã, em 1923, foi a criação do projeto gráfico do jornal Última Hora, fundado pelo jornalista Samuel Wainer em 1951. Este trabalho pretende mostrar a singularidade do trabalho de Andrés Guevara como o estabelecimento de um contrato de leitura com seu público, feito sob uma enunciação diametralmente oposta à colocada em prática no Jornal do Brasil pelo artista plástico Amílcar de Castro. Entretanto, a concepção é de que os dois, sob óticas diferentes, deram importantes contribuições para a modernização do jornalismo brasileiro a partir dos anos 1950.

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DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP TELEJORNALISMOCoordenador: Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)

Sábado l 05 de Setembro9 às 12 hSALA 112 BLOCO AZUL

Painel: Telejornalismo na TV Digital: Tecnologia e fazeres jornalísticos Coordenador: Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)

Telejornalismo: da edição linear a digital, algumas perspectivas Águeda Miranda Cabral (UEPB), Alfredo Eurico Vizeu Pereira Júnior (UFPE)

O artigo propõe discutir a natureza do digital e sua inserção na produção de telejornais no seu aspecto de edição não linear com a introdução da TV digital no Brasil. A discussão tem como pano de fundo o telejornalismo como construção do real e as conseqüências oriundas da digitalização. Num ambiente de convergência, a edição de notícias televisivas é potencializada pelas tecnologias digitais. No processo de edição não linear digital, o tratamento e a construção de imagens dos fatos vão além das imagens registradas pelos repórteres cinematográficos. Os acontecimentos são reconstituídos e divulgados na forma de notícia televisiva com alto grau de utilização de um aparato computacional de hardwares, softwares e processos. Neste sentido, o artigo pretende explorar essa fase de transição e as potencialidades resultantes da utilização da edição não linear digital nos telejornais.

Televisão e Internet: a interatividade entre as duas mídias e a abertura de um novo espaço para a cidadania Tatiane Dias Pimentel (UFG), Ana Carolina Rocha Pessôa Temer (UFG)

Os avanços tecnológicos, em especial a Internet, provocam mudanças estruturais na sociedade e nos próprios meios de comunicação. A televisão, como meio de comunicação de massa, vem alterando a sua programação inserindo novas práticas centradas na extensão de sua programação para a rede de computadores e na interatividade com o telespectador. Essas mudanças podem abrir novas portas para que o cidadão influencie a pauta do telejornal e leve para a tela da tevê os temas caros à cidadania. Este artigo trata-se de uma pesquisa, ainda em fase inicial, realizada dentro do Programa de Pós Graduação em Mídia e Cidadania.

O impacto dos avanços tecnológicos e a evolução do discurso do poder na TV Flávio Antônio Camargo Porcello (UFRGS)

O presente artigo busca nas lições do passado, formas de entender o presente e traçar perspectivas para o futuro. Além de recuperar relatos que tratam do impacto da chegada das novas tecnologias de comunicação pretendemos fazer a conexão entre autores clássicos e modernos tanto no âmbito da economia como na história do jornalismo para que seja possível contextualizar o presente e enxergar o futuro. O ponto central da discussão é a influência dos modelos econômicos e das práticas comerciais na construção do discurso do poder através da Tv. Traremos exemplos práticos do jornalismo cotidiano para que sejam analisados, levando a uma discussão profícua sobre a linguagem do telejornalismo e o discurso do poder.

(Tele)jornalismo participativo: novos olhares sobre as notícias de TV Lidiane Ramirez de Amorim (PUC-RS)

Na contemporaneidade, o fazer jornalístico multiplica-se, adapta-se, sai das mãos das redações e ganha novas feições e novos parceiros para narrar as realidades do mundo. Surgem modalidades como Jornalismo Participativo, em que cidadãos comuns, leigos com relação à prática jornalística ou técnicas de filmagem, estão presentes na construção de produtos noticiosos, através do fornecimento espontâneo ou estimulado, gratuito, de imagens por eles captadas. O presente artigo traz alguns apontamentos acerca dessa nova realidade, sobretudo com relação ao que chamamos de (tele)jornalismo participativo, prática que, como veremos, vem ressignificando o olhar do telespectador sobre as notícias de TV.

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TV Digital: o aparelho e a representação do real na edição de imagens no telejornalismo brasileiro Fernanda Aiex Boni (UEL)

A proposta deste trabalho é discutir de que maneira a televisão digital irá interferir na representação do real no telejornalismo brasileiro a partir do conceito de aparelho de Vilém Flusser. A relação dos jornalistas com a edição de imagens começou a ser modificada com a implantação da nova tecnologia digital. O objetivo desta discussão é iniciar um debate sobre as possíveis alterações que isso pode causar na relação desses profissionais com o relato da realidade.

A Gota Grávida: atmosfera imaginal contemporânea para a TV Digital e o novo telejornalista Marliva Vanti Gonçalves (UCS)

As perspectivas imagéticas contemporâneas para a comunicação e a cultura apontam um caminho para a formatação de novos módulos audiovisuais na TV Digital. A aproximação entre áreas antes diferenciadas devem criar um telespectador com perfil de jogador de games e um telejornalista capaz de transitar transdisciplinarmente. Instituições de ensino e emissoras de televisão devem reinventar-se, buscando formação adequada a um entorno audiovisual mais aberto, fluido e rápido.

Webtelejornalismo no Paraná: o telejornal convencional no Ciberespaço Neusa Maria Amaral (UEL), William Santos Costa (UEL)

O presente estudo verifica como o telejornalismo do Paraná se configura na Web. Focaliza a transposição de telejornais produzidos para a televisão convencional em páginas de Internet de duas emissoras paranaenses, a RPC TV e a TV Tarobá. Descreve e analisa a transposição das reportagens dos telejornais Paraná TV 1ª Edição, e O Jornal Tarobá 1ª Edição. Identifica e classifica os modelos virtuais utilizados pelas emissoras bem como acompanha os momentos e as mudanças da transposição dos elementos destes dois telejornais para o ciberespaço.

Sábado l 05 de Setembro14 h às 16 hSALA 112 BLOCO AZUL

Painel: 40 anos do Jornal Nacional: O telejornal como objeto de estudos e reflexões Coordenador: Alfredo Eurico Vizeu Pereira Junior (UFPE)

Telejornalismo como serviço público no Brasil: reflexões sobre o exercício do direito à comunicação no Jornal Nacional/ TV Globo Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)

No Brasil os noticiários de TV cumprem uma função pública fundamental no que diz respeito ao direito à informação, e mesmo ao seu processo de (auto)reconhecimento como brasileiros que se encontrariam na sociedade do telejornalismo. Para garantir essa centralidade como ator social os noticiários de TV buscam nos cidadãos que representam a cada edição, ou nas imagens que os jornalistas constroem do público, princípios legitimadores do conhecimento socialmente produzido a cada edição.

Articulações entre Dispositivos Televisivos e Valores Jornalísticos na Cena de Apresentação do Jornal NacionalJuliana Freire Gutmann (UFBA)

Tendo como interesse central o telejornal enquanto forma televisiva, e não propriamente seu aspecto noticioso, este artigo discute como o Jornal Nacional utiliza determinados recursos televisivos para produzir efeitos relacionados ao jornalismo, como os de atualidade, transparência, vigilância e autoridade. Para operacionalizar o debate proposto, o exercício analítico concentra a observação no modo como três dispositivos televisivos, a transmissão direta, os

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apresentadores e os enquadramentos de câmera, são apropriados na cena de apresentação do programa. Em um sentido mais amplo, busca-se refletir sobre a especificidade televisiva do telejornal, a partir do reconhecimento de que a organização do discurso jornalístico no âmbito televisivo está ancorada, também, nas formas expressivas do meio.

Jornal Nacional: o discurso da brasilidade projetado na cobertura da Seleção Brasileira de Futebol Bianca Alvin de Andrade Silveira (UFJF)

O artigo tem como finalidade analisar de que maneira o Jornal Nacional representa a identidade nacional brasileira no discurso veiculado sobre a Seleção Brasileira de Futebol. O trabalho tem como recorte empírico as matérias sobre a Seleção no Jornal Nacional, durante a 7ª e a 8ª rodada das eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2010, nas edições entre os dias 02/09/2008 e 11/09/2008. Em termos conceituais, o artigo trabalha com a categoria de identidade como construção narrativa, na acepção que os Estudos Culturais emprestam ao termo; em termos metodológicos, efetiva-se uma análise de conteúdo, a partir da perspectiva de Bardin.

A Morte no Telejornalismo: O Caso do Vôo 447 da Air France no Jornal NacionalMichele Negrini (Unipampa)

Este artigo tem como objetivo refletir sobre o tratamento dado à morte na cobertura do Jornal Nacional ao acidente com o vôo 447 da Air France. Também observamos como o JN abordou questões ligadas à tragédia, como o sofrimento de parentes das vítimas, repercussão da tragédia no mundo e possíveis explicações para a ocorrência do caso. Consideramos a morte como um acontecimento jornalístico a partir da definição de Adriano Duarte Rodrigues. Tomamos como objeto de estudo as edições do telejornal que foram ao ar nos dias 01, 02 e 03 de junho.

Análise de Enquadramento Noticioso Televisivo: O Jornal Nacional e a representação dos atores envolvidos no Caso do Morro da Providência Plinio Marcos Volponi Leal (Unesp)

Este estudo buscou analisar como as notícias de um telejornal representam os atores envolvidos em um escândalo. Tratando-se de uma mídia eletrônica, foi feita uma análise das matrizes verbal, visual e sonora, levando em conta a perspectiva da análise de enquadramento. Como a grande maioria das análises de enquadramento noticioso – até o momento – é aplicada no jornalismo impresso, este estudo também tem o objetivo de trazer esta abordagem teórica para o campo televisual. O telejornal escolhido foi o Jornal Nacional, da Rede Globo, líder de audiência no Brasil e o escândalo selecionado foi o caso da morte de três jovens no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, em Junho de 2008. Este caso apresentou uma variedade de atores, incluindo a participação de militares como envolvidos na morte dos rapazes.

Sábado l 05 de Setembro16h15 às 18h15SALA 112 BLOCO AZUL

Painel: Telejornalismo e participação Coordenador: Flávio Antônio Camargo Porcello (UFRGS)

A relação entre as imagens captadas pelo telespectador e a qualidade Fabiana Cardoso de Siqueira (UFPE)

O presente artigo constitui-se de um estudo de caso de imagens feitas por telespectadores e que foram ao ar nas edições de cinco minutos do telejornal Em Cima da Hora, exibido pela Globonews, canal de notícias de TV à cabo pertencente à Rede Globo. A análise foi realizada com base nos critérios de qualidade no telejornalismo apontados após a revisão bibliográfica realizada neste artigo. Buscou-se resposta para a seguinte questão: as imagens captadas pelos telespectadores e exibidas no programa Em Cima da Hora têm qualidade? Neste estudo, entende-se por telespectadores pessoas que não pertencem às redações de televisão e nem trabalham em empresas prestadoras de serviços na área de comunicação, mas que participam ou podem vir a participar dos processos produtivos por meio da captação e envio de imagens.

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As representações para/ do público no telejornalismo local: um olhar sobre a negocia ção de identidades no fluxo do discurso audiovisual Jhonatan Alves Pereira Mata (UFJF), Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)

As lutas simbólicas pelo reconhecimento têm na atualidade a comunicação como palco privilegiado. Neste contexto, as narrativas televisivas se transformam em recursos simbólicos que podem orientar a formulação de representações e identidades. A questão que daqui decorre e é foco deste trabalho consiste em analisar o papel específico que pode caber ao telejornalismo local neste trabalho reconstitutivo. Tendo como recorte empírico o Telejornal da Alterosa Edição Regional em Juiz de Fora, nossa proposta é compreender os modos pelo quais o telejornal tenta construir laços de pertencimento com seu público. A partir das reflexões de Berger e Luckmann sobre o sistema representacional, interessa-nos analisar a participação popular inserida nessa narrativa, por meio da observação das nuances discursivas empregadas pelo telejornal para “afinar-se” com seu público.

Telejornalismo de Produção Local em Juiz de Fora: um Olhar sobre o Jornal da Alterosa Edição RegionalSimone Teixeira Martins (FESJF)

A proposta desse trabalho é a de verificar a existência de vínculos entre o telejornalismo de produção local produzido por uma emissora regional na cidade de Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, e o público a que ele se destina. Para validar nosso estudo, analisamos a rotina de produção do Jornal da Alterosa Edição Regional. Efetuamos, ainda, grupos focais para verificar a audiência real do noticiário e se aquele universo de pessoas pesquisado sentia-se representado pelo telejornal e, conseqüentemente, pela emissora. A partir do suporte teórico de autores como Bazi, Coutinho e Vizeu, dentre outros, e da observação e análise do processo de produção do telejornal e das considerações dos grupos focais, percebemos que o jornalismo produzido pela TV Alterosa Juiz de Fora exerce uma função de referência para seu público. Mas não para todo ele.

TVs Universitárias como Espaço para a Prática do Jornalismo Público Michelle Fabiene Pires Ferreira (UFJF), Francisco Ângelo Brinati (UFJF)

O presente artigo propõe uma reflexão sobre a existência de um espaço destinado à prática do jornalismo público, no Brasil, que vai além das fronteiras das emissoras públicas de televisão. Trata-se das TVs universitárias, entidades que estão vinculadas a Instituições de Ensino Superior e, portanto, em tese, independem da lógica comercial e das interferências do estado. Por meio de uma pesquisa quali-quantitativa realizada na TVU da Universidade Federal de Lavras, pôde-se verificar que esta modalidade de jornalismo é praticada pelo canal universitário em questão, no entanto, sem a devida percepção de seu potencial para tanto.

O telejornalismo como instrumento de informação e de conhecimento das minorias representativas Kelly Scoralick (UFJF)

Este artigo propõe uma discussão sobre a utilização do telejornalismo como potente instrumento de informação e de conhecimento das minorias representativas, aqui, em especial, a dos deficientes (auditivos). Apresentamos a importância da comunicação para promover o respeito à cidadania dessas camadas marginalizadas. O foco recai sobre questões como discriminação e formas de representação no discurso da mídia e jornalismo como propagador do interesse público. Para a presente reflexão, baseamonos na avaliação do Jornal Visual, exibido diariamente na Rede Minas e que é apresentado com a tradução das notícias na linguagem de sinais – LIBRAS.

Domingo l 06 de Setembro 9 h às 12 hSALA 112 BLOCO AZUL

Painel: Gêneros, formatos e fazeres no telejornalismo contemporâneo Coordenador: Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)

Telejornalismo Global Uma Análise dos Telejornais da Rede Globo de Televisão Maria Silvia Fantinatti (PUC)

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Este trabalho analisa os programas que compõem a grade jornalística da Rede Globo de Televisão, recebida em São Paulo, na busca do efeito de sentido do jornalismo da emissora. Nosso corpus é a programação básica durante uma semana, no período entre os anos de 2006 e 2007, abordada sob a ótica das teorias que se preocupam com a adaptação e verificação dos discursos nos sistemas de comunicação audiovisuais. Nos fundamentamos em conceitos de Análise de Conteúdo, Análise de Texto, Semiótica e Semiologia da Comunicação, aplicados aos programas da TV e ao conjunto da programação. Dados os altos índices de audiência e a presença marcante no cotidiano dos brasileiros, postulamos como de relevância um olhar mais atento às estratégias de programação e contratos de comunicação propostos pelo jornalismo da TV Globo.

Marcas do jornalismo no Mais Você Jussara Peixoto Maia (UFBA) Este artigo analisa o modo como marcas textuais e discursivas do telejornalismo no Mais Você são usadas para expressar valores caros à ideologia que relaciona jornalismo com interesse público, imediaticidade, objetividade, autonomia e ética, à lógica da indústria do entretenimento. A revista eletrônica é observada como exemplo da tensão pela combinação de informação jornalística e entretenimento. Investigamos a inserção mais intensa de informações jornalísticas, numa tendência inversa àquela de programas informativos com recursos do entretenimento, identificados como produtos do infotainment, uma estratégia que traz questões para o jornalismo contemporâneo. A análise, com os referenciais dos Estudos Culturais, utiliza o conceito de modo de endereçamento, e as estratégias de comunicabilidade de atrações e contar história.

Formas Entonativas en las Fases del Discurso NoticiaLluis Mas Manchon (UAB)

Presentamos un estudio semi-cualitativo sobre la entonación de las noticias en televisión. Se trata de analizar foneticamente 90 casos correspondientes a 4 unidades entonativas de diferentes fases de las noticias. Para ello, tomamos la superestructura de la noticia (entonación, ritmo e intensidad) como discurso autónomo, y definimos un protocolo ad-hoc de análisis y representación de esa superestructura a partir de tres modelos entonativos consolidados: el Melódico del Habla, el MOMEL y el Autosegmental. Los resultados muestran que cada una de las 4 fases de la noticia definidas se rigen por formas entonativas propias y de variabilidad limitada. Los resultados son presentados de forma numerica, preparados para ser probados en un estudio cuantitativo e implementados en un algoritmo.

Versões Rituais TelejornalísticasRenata Marcelle Lara Pimentel (Cesumar)

Este estudo investiga o telejornal como um ritual de linguagem sujeito a falhas (rupturas da ordem ideológica), na perspectiva da Análise de Discurso francesa, defendendo a tese de que as versões telejornalísticas se produzem na conjunção entre verbal e visual, e, nesse mesmo imbricamento, se sustenta e se desestabiliza “o verdadeiro do telejornalismo” (efeito notícia) pela imposição da resistência da especificidade material.

O pragmaticismo na comunicação dos produtos telejornalísticos. Romilson Marco dos Santos (PUC-SP)

Este trabalho faz parte do primeiro capítulo da dissertação de mestrado, apresentado no Programa em Comunicação e Semiótica na PUC-SP (2008). Objetivando mostrar a relação que se estabelece entre o jornalistas (e o estudante de jornalismo) e os produtos telejornalísticos (telejornal e documentário). Ao mesmo tempo, que estes produtos telejornalísticos são produzidos em função da manutenção do hábito, de quem os produziu, evitando colocar em dúvida as crenças deste. Este trabalho mostrará também, que os produtos telejornalísticos não mostram a realidade, mas sim, uma representação da mesma, em função da manutenção do hábito do jornalista ou da empresa que trabalha. Buscamos também mostrar que a percepção que o jornalista considera ter é muito ingênua e preconceituosa. Necessitando assim, uma nova abordagem do ensino de telejornalismo nas universidades.

Hibridização e Pós-modernidade: Novas formas de atualização do audiovisual Karla Caroline Nery de Souza (Unisinos)

Este estudo tem como objetivo verificar como ocorre o processo de hibridização no audiovisual, em especial, na televisão e nos telejornais, tendo em vista, alguns fatores que a influenciam e a crescente aceleração desse processo no período atual, denominado por alguns autores de Pós-modernidade. O objeto de estudo é o processo de hibridização

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no Jornal Nacional. Como metodologia, além da pesquisa bibliográfica, realizou-se uma análise da produção televisiva, de onde foram retirados exemplos de hibridização entre os gêneros televisivos. Observou-se que entre os fatores que influenciam a hibridização está a globalização e o surgimento de novas tecnologias e que esta é também uma forma de atualização do audiovisual, á medida que dá origem a novos gêneros, formatos e linguagens audiovisuais.

Moças do Tempo - O Corpo no Telejornalismo Fabiane da Silva Proba (UERJ)

O artigo trata da representação do corpo no telejornalismo brasileiro em meio a uma mescla que se estabeleceu entre notícia e entretenimento. Observa-se as apresentadoras da previsão do tempo de dois telejornais nacionais de duas emissoras. O comprometimento da mensagem jornalística televisiva, o consumo do lazer, as representações sociais nas metrópoles e o corpo como mercadoria são os temas deste estudo, que tem como referencial teórico o pensar de Guy Debord, Jesús Martin-Barbero, Ricardo Freitas, Cremilda Medina, Émile Durkheim, Robert Farr, Serge Moscovici, Max Weber, Michel Foucault, Marcel Mauss e Denise Siqueira.

Domingo l 06 de Setembro 14 h às 16 hSALA 112 BLOCO AZUL

Painel: Jornalismo de TV: reflexões históricas e metodológicas Coordenador: Christina Ferraz Musse (UFJF)

Propostas Metodológicas para a Análise de Telejornais Edna de Mello Silva (UFT)

Este artigo apresenta a discussão sobre os procedimentos metodológicos para pesquisas científicas que tenham como objeto a análise de telejornais, tendo como base a Análise de Conteúdo. Equaciona também as etapas de investigação do método adaptadas às necessidades do produto jornalístico televisivo. O processo de pré-análise é iniciado pela decupagem criteriosa do material a ser analisado; as inferências são feitas a partir dos resultados obtidos com a categorização, fase que fornece elementos para a interpretação dos dados.

O telejornalista brasileiro - trajetória de formação Valquíria Aparecida Passos Kneipp (UFRN)

Este trabalho é a síntese de uma investigação a respeito da trajetória de formação do telejornalista brasileiro, através dos mais de 58 anos de introdução da televisão no Brasil e das implicações causadas pela influência do modelo americano de telejornalismo dentro deste processo evolutivo. Para o desenvolvimento da pesquisa foram entrevistados 37 telejornalistas, agrupados desde a década de 50 até 90. As entrevistas foram orientadas pelos preceitos estabelecidos pela história oral. As conclusões do trabalho revelaram, durante o processo evolutivo de formação do telejornalista brasileiro, algumas fases distintas, que foram identificadas e catalogadas, de acordo com os momentos históricos, políticos e econômicos ocorridos no país, e que a influência americana existiu e ainda existe.

Sem Imagem, Sem Voz: O Telejornalismo Nos Tempos da Ditadura Militar Florentina das Neves Souza (UEL)

O presente artigo sintetiza a história do telejornalismo no período de repressão e censura durante os 20 anos de ditadura militar no Brasil. A proposta é organizar momentos dos telejornais e dos profissionais que faziam os programas jornalísticos na época mais difícil do regime militar. O trabalho recupera depoimentos inéditos sobre os programas, conteúdos e os problemas vividos nas redações de emissoras de televisão após o golpe militar. Como procedimento metodológico, utilizamos a pesquisa documental, bibliográfica, e entrevistas com jornalistas que vivenciaram aquele momento.

Telejornalismo na TV Mariano Procópio – primeiros passos do noticiário na TV do interior do país Livia Fernandes de Oliveira (UFJF)

O telejornalismo é na atualidade o principal meio de apreensão de entendimento do cotidiano para maioria dos

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brasileiros. Compreender como se deu os primeiros passos deste gênero jornalístico no interior do Brasil é o objetivo deste trabalho. O estudo de Marialva Barbosa é norteador para a construção de um estudo cultural da imprensa que leve em consideração a história como um processo complexo. A análise dos registros encontrados sobre o início do telejornalismo no interior do país permite verificar como este se aproximou da gênese do telejornalismo nacional, apreendida por meio da contribuição de Mattos e Coutinho. De modo que, este artigo se baseia na experiência telejornalística da TV Mariano Procópio de Juiz de Fora - MG, investigada a partir de uma pesquisa documental dos jornais da cidade na época e apuração de história oral.

A prática do documentário jornalístico (modelos europeu e norte-americano) na disciplina de Telejornalismo da UnicentroAriane Carla Pereira Fernandes (Unicentro)

Conhecer a rotina da uma redação telejornalística é parte fundamental do aprendizado. Porém, a experimentação dentro das faculdades de Comunicação não pode, sobremaneira, se limitar ao gênero telejornal e seus respectivos formatos. O processo de construção do conhecimento que se inicia com as regras textuais, se aprofunda em relação às características do meio TV com os telejornais laboratórios, pede continuidade e esta se dá com a produção de documentários telejornaísticos nos formatos europeu e norte-americano. Assim, esse texto tem por objetivo relatar a experiência com a produção da grande-reportagem “Repórter Planalto”, que no programa-piloto tem como tema a história da município de Guarapuava, e de documentários pelos acadêmicos da disciplina de Telejornalismo, do curso de Jornalismo da Unicentro no ano de 2008.

Domingo l 06 de Setembro 16 h 15 às 18 h 15SALA 112 BLOCO AZUL

Painel: Imaginário e identidades no telejornalismo Coordenador: Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (UFG)

Traços de mineiridade nos telejornais da TV Alterosa e da Rede Minas Christina Ferraz Musse (UFJF), Mila Pernisa (UFJF) O objetivo deste trabalho é investigar as marcas de pertencimento que podem ser identificadas em dois telejornais de abrangência estadual, em Minas Gerais, para saber de que forma eles dão concretude aos aspectos regionais, diferenciando-se dos produtos realizados em outros estados, e também de que forma o contexto de produção, sendo uma das emissoras estatal e a outra privada, influenciam no tratamento dado às matérias jornalísticas. Nos telejornais Jornal da Alterosa – 2ª edição, e Jornal de Minas – 2ª edição, analisamos as características das notícias, observando se elas incorporam uma narrativa mítica sobre o estado de Minas Gerais ou contemplam a diversidade cultural das muitas vozes que compõem o estado.

Programa Balanço Geral: Telejornalismo Popular e Novos Imaginários Urbanos de Porto AlegreVicente Fernandes Dutra Fonseca (UFRGS) Este trabalho busca analisar a forma como o programa Balanço Geral, da TV Record Porto Alegre, pratica o telejornalismo popular a partir da construção de imaginários urbanos que não são comumente mostrados em outros telejornais locais da área. Inaugurada em julho de 2007 na capital gaúcha, a emissora vem exibindo índices crescentes de audiência que já a colocam, dois anos depois, como vice-líder neste quesito. Uma das mais marcantes características de sua programação consiste na prática de um telejornalismo voltado para as classes de menor poder aquisitivo da Região Metropolitana, e o Balanço Geral é o principal programa deste tipo em termos de audiência, inovação, conteúdo, formato e linguagem.

Identidade local e imaginário urbano no telejornalismo: Os 159 anos de Juiz de Fora no MGTV Francisco Ângelo Brinati (UFJF), Paulo Roberto Figueira Leal (UFJF) Parte-se aqui da hipótese de que o telejornalismo local, por seu alcance e cotidianidade, atua como (re)produtor privilegiado de narrativas constituintes do imaginário urbano de uma cidade sobre si mesma, produzindo efeitos identitários. O presente artigo busca avaliar como isso se dá num caso concreto, por meio da análise as ênfases

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discursivas, pelo MGTV 1ª e 2ª edição da TV Panorama (afiliada Globo), na cobertura jornalística da comemoração dos 159 anos do município de Juiz de Fora. Discute-se qual foi a representação da cidade efetivada na série especial comemorativa. Supõe-se que identidades não são fenômenos naturais ou essenciais, mas sim construções simbólicas e discursivas a gerarem sentimento de pertencimento – o que leva os meios de comunicação a serem vocalizadores preferenciais destes discursos.

Telejornalismo e (re)construção de identidades: a oportunidade do aniversário da cidade Gilze Freitas Bara (UFJF)

A passagem do aniversário de uma cidade é uma oportunidade para o telejornalismo exercer seu poder de influenciar na construção – ou reconstrução – das identidades do município. É isso o que este artigo pretende debater, tendo como estudo de caso o Jornal da Alterosa Edição Regional (TV Alterosa/SBT) exibido no dia 30 de maio de 2009, véspera do aniversário de 159 anos de Juiz de Fora (MG), cidade-sede da emissora na Zona da Mata mineira. Para isso, o artigo parte de pressupostos gerais sobre processos de identificação e mídia e específicos sobre televisão e identidades.

Identidade do país sob outro olhar televisivo: análise do telejornal Repórter Brasil Adriana Tigre Lacerda Nilo (UFT), Juliana de Sousa Matos (UFT)

Este artigo tem por objetivo analisar os instrumentos que contribuem para a construção de vínculos entre a audiência e o Repórter Brasil, telejornal da TV Brasil, segundo os princípios do jornalismo público. A abordagem resulta da elaboração de uma pesquisa sobre a proposta deste noticiário de estabelecer uma nova relação com o público. O procedimento metodológico dedicou-se à observação de quadros, tanto os fixos quanto aqueles exibidos eventualmente, em que o telejornal reserva espaço à participação do telespectador. Verifica-se, no decorrer da análise, a experiência de mudança no papel desempenhado comumente por segmentos da audiência que, neste contexto, assume a postura de público-cidadão, participando na produção de parte da informação veiculada pelo telejornal.

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DIVISÃO TEMÁTICA 1 - GP TEORIA DO JORNALISMOCoordenador: Felipe Pena de Oliveira (UFF)

Sábado l 05 de Setembro9 h às 12 h SALA 14 BLOCO AZUL

A Decisão do STF sobre o Diploma, o Futuro da Profissão e a Consolidação da Teoria do JornalismoCoordenador: Felipe Pena de Oliveira (UFF)Palestrantes: Luiz Gonzaga Motta (UnB), Zelia Leal Adghirni (UnB),Carlos Eduardo Franciscato (UFS), Beatriz Alcaraz Marocco (Unisinos)

Sábado l 05 de Setembro14 às 16 hSALA 14 BLOCO AZUL

Subjetividades, complexidade e construção social da realidade no jornalismoCoordenador: Felipe Pena de Oliveira (UFF)

Jornalismo e a realidade de segunda ordem: subjetividade à luz de Heinz von Foerster Karenine Miracelly Rocha da Cunha (ECA/USP) Os cânones do jornalismo atribuem a esta atividade neutralidade e imparcialidade e proclamam a reprodução dos fatos observados com fidedignidade. A realidade de segunda ordem, de Heinz von Foerster, é usada para explicar como cada jornalista pode observar um fato de maneira diferente e construir seu conhecimento de modo particular. O mesmo ocorre com o receptor das notícias divulgadas pela mídia, também observador do mundo, porém de uma maneira mediada, que não é passivo no processo comunicativo, capaz de construir a realidade à sua maneira.

Zero Hora 45 Anos – “Da construção da realidade a realidade da construção” Daiane Bertasso Ribeiro (UFSM), Maria Ivete Trevisan Fossá (UFSM)

Busca-se refletir a respeito do poder da informação na midiatização. Parte-se da premissa de que o jornalismo é uma prática discursiva, portanto, seus textos constituem discursos, sendo assim, ele constrói a realidade, embora persista a questão da objetividade, entendida como uma estratégia utilizada por este para produzir efeitos de sentido de “realidade”, “verdade” e “imparcialidade”. Outra premissa é a de que, na atualidade, a prática jornalística passa por transformações decorrentes da midiatização, recorrendo a estratégias de autorreferencialdade, compreendida como a competência discursiva que os dispositivos midiáticos possuem de poder falar de si mesmo e de outros campos sociais. A reflexão teórico/empírico se estabelece por meio da observação dos produtos midiáticos que comemoram e autorreferenciam os 45 anos do jornal Zero Hora - RS.

Em busca da complexa simplicidade: dispositivos pedagógicos na revista Vida SimplesGisele Dotto Reginato (UFSM)

Partindo de uma breve exposição sobre a proposta editorial da Vida Simples, examinamos principalmente como se dá a informação didática disciplinar na revista, ou seja, buscamos quais elementos no texto colocam o leitor na posição de quem deve ser cotidianamente ensinado, reproduzindo práticas “escolarizadas”. Este artigo, então, estuda os dispositivos pedagógicos da Vida Simples, adotando a perspectiva de que a revista usa um tom pedagógico e ensina modos de ser e estar para os leitores.

A Beatlemania nos EUA: agendamento ou acontecimento midiático? Bruna do Amaral Paulin (PUC-RS)

O texto tem como objetivo analisar a primeira visita da banda The Beatles aos Estados Unidos, em fevereiro de 1964 com base na cobertura do jornal The New York Times, publicação do primeiro local da visita do grupo, através das teorias

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de agenda-setting e acontecimento midiático. Foram selecionadas cinco matérias jornalísticas para amostra, além da análise de resgates da história do fenômeno.

Para Além do Presente: a inserção do passado nas reflexões sobre o jornalismo Eliza Bachega Casadei (ECA-USP)

A partir de uma reflexão sobre as temporalidades do jornalismo, o objetivo do presente trabalho é apontar as ideias de autores que enfatizam a importância do passado na formação das narrativas jornalísticas e, de uma forma mais geral, nas próprias Teorias do Jornalismo. Além disso, gostaríamos de propor um modelo de análise baseado nos efeitos de real que estas narrativas históricas engendram quando inseridas na construção das reportagens. Desta forma, se adotarmos a perspectiva de que a tradição representada pelos dados históricos é deslocada da inter-relação entre os indivíduos e passa a ser gerida em uma esfera midiatizada, a forma como a imprensa utiliza a História para explicar as notícias do presente revelaria uma dinâmica própria dos processos pelos quais o passado e o próprio presente podem ser re-significados.

Jornalismo e Construção Social da Realidade: Uma reflexão sobre os desafios da produção jornalística contemporâneaNicoli Glória De Tassis Guedes (UFMG)

Este artigo propõe uma reflexão sobre a prática jornalística como uma importante via de acesso e construção da realidade social. Dessa forma, os produtos jornalísticos podem ser percebidos como pontos referenciais, norteadores da percepção e do debate coletivo em torno das questões mais relevantes da atualidade. E o jornalista, por sua vez, se destaca como um dos atores sociais que, em potencial, teria condições privilegiadas de interferir na dinâmica da sociedade, ainda que sua atuação esteja sujeita aos contextos políticos, econômicos, editoriais e de produção nos quais está inserido. Nesse ponto, retomamos a discussão sobre os conceitos de verdade, objetividade, responsabilidade social, imparcialidade e credibilidade, fundadores de uma certa maneira de entender o jornalismo e seu contínuo esforço de apreensão do real.

Sábado l 05 de Setembro16 às 18 h30SALA 14 BLOCO AZUL

As fronteiras entre informação e entretenimento no jornalismo Coordenador: Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)

Informar ou Entreter: questões sobre a importância e o interesse das notícias Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)

A proposta desse artigo é discutir, a partir da teoria do jornalismo, se existe ou não uma contradição entre os dois principais critérios substantivos de noticiabilidade: a importância e o interesse da notícia. Se os fatos considerados importantes são, obrigatoriamente, selecionados para serem transformados em notícia, o interesse de uma notícia vincula-se às representações que os jornalistas fazem de seu público e também ao valor-notícia definido como “capacidade de entretenimento”. Para dar conta desse empreendimento teórico, retomamos o conceito de fait-divers, discutimos a questão do entretenimento no jornalismo e problematizamos a noção de sensacionalismo.

Assine Aqui: os Pactos de Leitura entre a Revista Elle e suas Leitoras Daniela Maria Schmitz (UFRGS)

A proposta deste texto é discutir parte do referencial teórico construído em minha pesquisa de mestrado para compreender as relações entre o produto da imprensa feminina “editoriais de moda da revista Elle” e a sua recepção, focalizando os pactos de leitura que são instituídos entre essas duas instâncias. Essa problematização faz parte de uma pesquisa maior em que se buscou investigar como a feminilidade é construída na moda desta revista, focando por um lado a análise das páginas da publicação e, por outro, o processo de apropriação destes conteúdos por leitoras habituais. Para empreender a discussão, trabalho a partir dos conceitos campo de efeitos de sentidos (Verón), contrato de leitura (Fausto Neto) e modos de endereçamento (Ellsworth). Ao final, discuto parte dos resultados de como se configuram os vínculos entre a revista e suas leitoras.

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Discursos da vida real: articulações entre jornalismo e cotidiano na imprensa feminina Patrícia Monteiro Cruz (UFPB)

O objetivo deste trabalho é refletir como a imprensa feminina elabora uma realidade acerca da mulher, a partir da relação mídia e cotidiano. As formulações da teoria do jornalismo nos ajudam a entender de que forma a revista semanal Sou+Eu, nosso objeto de estudo, opera a produção de notícias sobre o dia a dia da mulher, convertendo a “vida real” em visibilidade por meio do conteúdo elaborado pelas leitoras. Procedimentos teóricos da Sociologia do Cotidiano e da Análise do Discurso de linha francesa oferecem suporte para este estudo, que resulta de pesquisa em andamento no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A escalada da abstração das tecno-imagens do jornalismo Diego Pontoglio Meneghetti (Unesp)

Este artigo busca relacionar os estudos do jornalismo visual, preponderante na produção de sentido nas notícias veiculadas pela mídia contemporânea, ao conceito que Vilém Flusser identifica como escalada da abstração das imagens técnicas. Por meio de aproximações entre textos que abordam a imagem como alicerce importante na comunicação midiática, alguns deles reunidos na semiótica da cultura, identifica-se a capacidade de mediação entre homem e mundo intrínseca do meio visual e o rumo das imagens utilizadas pela mídia à dimensionalidade zero, apontada nos mais recentes textos de Flusser.

Coluna Zapping da Folha Online: frivolidade ou mera aparência? Karin Cristina Betiati Reginaldo (Univel)

Este artigo visa analisar a coluna diária de notas jornalísticas, Zapping, da editoria de cultura da Folha Online. Responsável por tratar assuntos referentes aos bastidores da televisão e do mundo artístico é um dos cinco links mais acessados do jornal. Será selecionada e analisada uma nota da coluna. Na Análise do Discurso, os textos passam a ser denominados “enunciados” e, o eleito, publicado em outubro de 2008 servirá como modelo. Observa-se na coluna uma aparente futilidade nos temas tratados, contrapondo um dos princípios do jornalismo: tratar assuntos relevantes à audiência. Conjectura-se que tal coluna publique informações aparentemente inúteis ao leitor, mas o questionamento proposto está na possibilidade de se tratar de uma espécie de denúncia, na qual a futilidade exposta não remete ao conteúdo da coluna, mas das celebridades, personagens principais destas notícias.

Fábio de Melo, entre palco e altar: a imprensa brasileira e um novo olimpiano católico Adilson Rodrigues da Nóbrega (Embrapa)

O artigo analisa a cobertura de publicações jornalísticas brasileiras sobre o padre Fábio de Melo, religioso católico que, nos últimos anos se tornou olimpiano no país com atuação na música, literatura e como apresentador de TV. O trabalho aborda a estratégia de inserção da Igreja Católica nos meios de comunicação de massa brasileiros, como estratégia para sobrevivência e legitimação em uma sociedade espetacularizada, e, com base, na hipótese de newsmaking, identifica valores/notícia que possam justificar as construções jornalísticas de revistas e portais sobre o sacerdote.

Domingo l 06 de Setembro8 h às 10 h SALA 14 BLOCO AZUL

O lugar de fala, a pauta e as estatísticas no discurso jornalísticoCoordenador: Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)

O lugar de onde se fala: o jornalismo e seus princípios fundamentais Rafael da Silva Paes Henriques (Ufes)

Este artigo tem o objetivo de identificar os princípios e procedimentos do jornalismo enquanto modo particular de apropriação do real. Apesar da generalidade das regras existentes, a atividade possui uma série de valores que servem como norte para quem se ocupa de ‘traduzir’ tudo aquilo que acontece. Há regras de codificação próprias que estabelecem uma espécie de ‘gramática particular’ desse fazer e que constituem uma forma particular de olhar, de se relacionar e de se reportar a realidade. Este trabalho propõe como valores fundamentais da atividade: a liberdade; a

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independência e autonomia; a credibilidade; o rigor e exatidão; a honestidade; a objetividade e equidade; a verdade; a comunicabilidade e interesse; e também avalia as suas consequências.

A Manipulação dos Dados Estatísticos pela Mídia Impressa Genilda Alves de Souza (Facasper)

Nos meios de comunicação encontramos mensagens com números em suas mais variadas formas: percentuais, índices, taxas, resultados de pesquisas, etc. As pesquisas de opinião são utilizadas pela mídia impressa como complemento de uma notícia – balizando uma análise e/ou a opinião do veículo ou do jornalista, e na maioria das vezes, o resultado de uma pesquisa é a própria notícia. O número, que é considerado a mais objetiva das linguagens, quando transformado em mensagem – a notícia – passa a ser um simulacro de si mesmo e acaba induzindo ao receptor (o leitor), muito mais do que apenas os resultados numéricos atestam ou explicam. As pesquisas de opinião e os números, quando transformados em notícia (a mensagem), são conotados (manipulados) pelo discurso jornalístico, com o objetivo de trazer mais credibilidade à notícia.

A Pauta em Mutação Aldo Antonio Schmitz (UFSC)

Este artigo propõe o debate em torno do pensamento sistêmico e uma abordagem holística na elaboração da pauta, como forma de ruptura do jornalismo convencional, preso a uma visão cartesiana e mecanicista. Esta concepção parte das ideias de Fritjof Capra, notadamente as inseridas na sua obra O Ponto de Mutação, onde o autor mostra que as forças de transformação do mundo passam por um movimento positivo de mudança social e cultural.

Articulação da Memória Discursiva no Texto Opinativo Ana Claudia Silva Mielki (ECA-USP)

Em se tratando dos produtos de mídia, em especial do texto jornalístico, as operações de posicionamentos dos sujeitos emergem na escolha do gênero, do estilo e na forma como os enunciados são articulados em relação a uma memória discursiva, o “já sempre aí” do discurso: o interdiscurso. Para fins deste trabalho, nossa meta é mostrar como os textos opinativos realizam suas operações de articulação de uma memória discursiva, a partir da noção de gênero, do uso de determinados enunciados, aqui entendidos como enunciados concretos, e a partir do uso da imagem. Para isso, a análise parte do texto “Invertendo a verdade”, publicado no jornal A GAZETA, do Espírito Santo, em 25 de julho de 2006.

A mídia critica a mídia: apontamentos de jornalistas sobre a cobertura na tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina. Denise Paro (UDC), Sônia Cristina Poltronieri Mendonça (UDC)

Com base na Teoria do Jornalismo e nos estudos de fronteira, o artigo retrata a cobertura na tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina sob o ponto de vista dos protagonistas da informação: os jornalistas. Foram feitas entrevistas em profundidade com seis profissionais atuantes no jornalismo diário dos três países. Conclue-se que a cobertura no que tange temas transfronteiriços é deficiente pelo fato de os veículos priorizarem assuntos das próprias cidades, sem manter uma interconexão com temas semelhantes que atingem os demais países. Os relatos dos jornalistas ainda mostram que a produção é influenciada pelos limites editoriais e financeiro das empresas.

Jornalismo regional: em busca de leituras possíveis Milton Julio Faccin (Unesa)

Este artigo procura estabelecer alguns parâmetros conceituais para se entender a relação da prática jornalística em um determinado território. Ele integra um projeto de pesquisa mais amplo que se propõem a identificar as principais características que o chamado jornalismo regional tem assumido nas últimas décadas no solo brasileiro. Para isso, os conceitos de campo social e práticas discursivas são fundamentais para superar certas leituras instrumentais dos veículos jornalísticos. Assim, busca-se entender que ao cumprir com sua competência informativa, os diferentes dispositivos jornalísticos se instituem como defensores dos interesses de um determinado território e promotores do debate público, mediante regras privadas de produção, circulação e consumo.

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Domingo l 06 de Setembro10 h às 12h30 hSALA 14 BLOCO AZUL

Avaliação de Qualidade, Reforma Editorial, Temporalidade e Pesquisa no Jornalismo Coordenador: Felipe Pena de Oliveira (UFF)

Notas sobre o desenvolvimento de pesquisa de avaliação de qualidade aplicada ao Jornalismo Josenildo Luiz Guerra (UFS)

O artigo faz uma breve revisão de experiências de gestão e avaliação de qualidade para organizações jornalísticas, a fim de identificar contribuições que possam ser incorporadas a um modelo próprio ainda em fase elaboração. Baseando-se na literatura sobre qualidade da área de administração, o trabalho apresenta uma proposta, ainda em fase preliminar de elaboração, de um modelo de gestão e avaliação de qualidade baseado em três aspectos das organizações jornalísticas: 1) compromissos e estrutura; 2) processos de produção e 3) produtos.

A Temporalidade Múltipla no Webjornalismo Carlos Eduardo Franciscato (UFS)

Este paper investiga de que modo o webjornalismo tem possibilitado uma experiência mais rica de temporalidade em relação aos veículos jornalísticos tradicionais. É nesta nova forma de produção jornalística, inserida em um ambiente comunicacional digital e em rede, que se visualiza a possibilidade de co-existência de tempos múltiplos. A partir de uma abordagem sociológica sobre o ‘tempo social’, procuramos desenvolver uma formulação, de natureza teórica, sobre as variedades de temporalidades produzidas no webjornalismo.

Os primeiros mil dias: a reforma da Folha de São Paulo de 1975 a 1977 Victor Israel Gentilli (Ufes)

Análise da primeira reforma da Folha de S. Paulo comandada por Claudio Abramo, entre 1975 e 1977. Apresenta a situação anterior à reforma, analisa os elementos que estimularam a deflagração das mudanças e procura entendê-las no contexto da “distensão lenta, segura e gradual” patrocinada pelo governo Geisel. As eleições de 1974 apontaram para uma opinião pública de oposição e evidenciaram a iminência de surgimento de vozes da sociedade civil. O candidato Silvio Frota, representante da “linha dura” produz uma grave inflexão na reforma em setembro de 1977. Menos de um mês depois, Geisel demi te o ministro do Exército e altera a conjuntura. Mas a Folha não retorna à sua situação anterior embora estivesse na iminência de tornar-se o “intelectual coletivo” da transição brasileira, a exemplo El Pais na Espanha.

Métodos Quantitativos na produção de conhecimento sobre jornalismo: abordagem alternativa ao fetichismo dos números e ao debate com qualitativistas Emerson Urizzi Cervi (UEPG)

O trabalho apresenta uma discussão a respeito do uso dos métodos quantitativos nas análises da produção jornalísticas e, por consequência, como subsídio para a produção de conhecimento teórico partindo da premissa científica de que todo novo saber precisa estar ancorado em elementos da realidade material.. O artigo é dividido em duas partes: na primeira apresenta uma definição do que são e para que servem os métodos quantitativos para, em seguida, fazer uma análise sobre o uso integrados dos métodos quantitativos e qualitativos na pesquisa em produção jornalística.

La implantación de un Sistema Iberoamericano de Control de Calidad para Productos Audiovisuales: propuestas metodológicas. Angel Rodríguez Bravo (UAB)

La calidad de la programación televisiva cada vez es más superficial e indigna, aunque se sigue consumiendo televisión en todo el mundo. Vemos televisión unas tres horas y media al día y muchas de las producciones son nocivas para nuestra salud intelectual y emocional. Esta comunicación revisa el concepto de calidad desde diversas perspectivas, defiende una orientación más adaptada a la industria y una metodología basada en el análisis de valores y en pruebas de recepción y, finalmente, propone un sistema de control de calidad para el ámbito Iberoamericano de producción audiovisual.

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Autor-Jornalista e autor-marca como parâmetros do jornalismo e da publicidade para além do marco capitalistaRoseméri Laurindo (Furb)

O presente artigo lança algumas pistas para uma análise, de modo teórico-empírico, de traços comuns entre o jornalismo e a publicidade em sociedades sob marcos sócio-econômicos distintos, como é o caso do Brasil e de Cuba. De um lado condicionantes da sociedade capitalista a conduzirem o jornalismo e a publicidade brasileira e de outro os ditames estatais da sociedade cubana. Busca-se aqui, como ensaio preliminar, testar uma construção metodológica comum para entender o jornalismo e a publicidade praticados por sujeitos sob condicionantes distintos: o conceito de autor-jornalista e o de autor-marca.

Domingol 06 de Setembro14 h às 16 h SALA 14 BLOCO AZUL

O Jornalismo Literário E As Narrativas Além Do Lead Coordenador: Felipe Pena de Oliveira (UFF)

Jornalismo literário, humanização e polifonia: perfis da música erudita em piauí Mateus Yuri Ribeiro da Silva Passos (UFSCar)

Este artigo discute a abordagem da música erudita em três reportagens narrativas publicadas em piauí: “Pérolas aos poucos”, “Criador e criatura” e “Fantasia para piano”. A partir dos conceitos de dialogismo, polifonia e discurso não-oficial de Mikhail Bakthin, partimos da hipótese de que o jornalismo literário, ao buscar vozes e pontos de vista diferenciados, deve apresentar uma visão não-hegemônica acerca dos temas de que trata. Identificamos essa prática nas referidas reportagens, nas quais política e ideologia do cotidiano somam-se ao cenário da música erudita, de modo a se traçar um perfil humanizado, ou não-estereotipado, dos personagens retratados.

Programa Globo Rural: Um exemplo de Jornalismo Literário em mídias eletrônicas Monica Martinez (Umesp/UniFiamFaam)

A partir das reportagens especiais exibidas no Programa Globo Rural no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2009, esse trabalho visa identificar em sua composição elementos do Jornalismo Literário na visão do estudioso norte-americano Mark Kramer e do pesquisador brasileiro Edvaldo Pereira Lima. A hipótese é a de que narrativas aprofundadas, mais presentes em jornalismo impresso, também podem ser encontradas na mídia eletrônica. A análise quantitativa revela a exibição de 135 reportagens especiais no período, sendo que a análise qualitativa sugere a presença dos elementos-chave do Jornalismo Literário propostos pelos autores no universo de nove reportagens selecionadas na triagem inicial.

Visão Sistêmica de Jornalismo Literário sobre Meio Ambiente Francilene de Oliveira Silva (Umesp)

Este artigo representa parte de uma pesquisa levantada para o trabalho de conclusão de uma especialização em Jornalismo Literário. A idéia é versar sobre a aplicação da Teoria dos Sistemas – adaptada para o jornalismo pelo pesquisador Edvaldo Pereira Lima - nas matérias de jornalismo literário sobre meio ambiente em jornais impressos e revistas. Para isso, fiz uma revisão bibliográfica, entrevistas com pesquisadores e análise de matérias sobre o tema meio ambiente. A partir da análise do material concluí que uma abordagem transdisciplinar diminui o aspecto fragmentário das informações repassadas aos leitores.

Contribuições do Jornalismo Literário à Comunicação Sindical Suzana Aparecida Vier (ABJL)

Este trabalho apresenta as contribuições do jornalismo literário para humanizar e dinamizar a comunicação sindical. Entrevistas com diretores e jornalistas do movimento sindical demonstraram que a comunicação das entidades sindicais não encontra eco em seu principal público-alvo, os trabalhadores, e que o jornalismo literário, modalidade de

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jornalismo que busca criatividade, humanização e imersão na realidade, pode melhorar a comunicação das entidades sindicais com os trabalhadores e a sociedade.

Jornalismo e narrativa: uma análise discursiva da construção de personagens jornalísticos no seqüestro de Abílio Diniz e suas repercussões políticas Diana Paula de Souza (UFRJ)

Considerando que relatos jornalísticos são narrativas, analisamos a cobertura do seqüestro do empresário Abílio Diniz realizada por O Globo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo. Partimos do conceito de “submissão”, empreendido por Leão Serva, para identificar as estratégias discursivas utilizadas pelas três publicações no tratamento conferido aos seqüestradores. Verificamos como o episódio contribuiu para o resultado das eleições presidenciais de 1989 e para a identificação de grupos guerrilheiros da América Latina como terroristas.

A emoção como argumento no jornalismo: estratégias discursivas do phatos na Folha de São Paulo Adélia Barroso Fernades (UniBH)

O pathos, ou a emoção, é uma condição necessária e não uma contradição aparente do discurso jornalístico e promove uma ligação entre os interlocutores num contrato de comunicação. O jornalismo impresso pode utilizar-se dos efeitos da dramatização e do ludismo, por exemplo, buscando tocar o afeto do receptor, provocar nele certo estado emocional que seja favorável a uma visada de influência do produtor da notícia. Explicitaremos algumas formas de patemização, tentando recuperar pistas da emoção em alguns dados lexicais e sintáticos e no uso de termos comuns partilhados na nossa cultura. Para isso, tomaremos dois corpora publicados no jornal Folha de São Paulo: uma matéria de 2008, intitulada “Aluna com paralisia depende da mãe para assistir à aula” e uma crítica do Ombudsman a essa notícia.

Domingol 06 de Setembro16 h às 18 h SALA 14 BLOCO AZUL

Credibilidade, Agendamento e Controle no Jornalismo Coordenador: Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)

Jornalismo e Conteúdo Gerado pelo Usuário: uma Discussão sobre Credibilidade Anelise Silveira Rublescki (UFRGS)

O artigo considera o jornalismo como uma área profissional com rotinas produtivas, objetivos e características peculiares, inclusive a credibilidade, seu capital simbólico. A partir das diversas possibilidades de Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU) hoje presentes online em sites e redes sociais diversas, discute se essas formas de participação podem ser consideradas jornalismo ou fontes de informação. Pelo viés da credibilidade, discute as teorias do newsmaking, gatekeeper e gatewatcher.

Credibilidade jornalística - Uma compreensão teórica Josemari de Quevedo (PPGCOM-UFRGS)

O artigo em questão discurte o aspecto profissional, a partir das Teorias do Jornalismo, dentro de um sistema ético que envolve situações diversas a partir de uma mesma responsabilidade. Localiza a profissão tanto a um nível midiático/empresarial, quanto a um nível de comunicação realizada em instituições públicas de governo. Em comum entre os dois, há a responsabilidade com o interesse público. Nesse sentido, descrever-se-à situações referentes à produção jornalística nesses níveis e os aspectos a se ter em conta em prol da credibilidade jornalística.

O caso Kliemann e a hipótese do agendamento entre o Diário de Notícias e a Última Hora Fábio Antônio Flores Rausch (PUCRS)

O presente trabalho visa a aplicar a hipótese do agenda setting na cobertura que os jornais Diário de Notícias e Última Hora prestaram ao famoso Caso Kliemann. O trágico assassinato de Margit, esposa do deputado estadual

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Euclides Kliemann, a 20 de junho de 1962, foi um fait divers que abasteceu uma intensa cobertura sensacionalista desenvolvida pelos periódicos. Entende-se que, até a morte do próprio parlamentar, pouco mais de um ano depois, as folhas agendaram-se a partir do conceito do jogo de espelhos de Bourdieu (1997), pelo qual os veículos fundamentam o próprio trabalho naquilo que o concorrente faz. O sociólogo francês chama este processo de circulação circular. Acredita-se que a agenda de culpa tenha influenciado no segundo assassinato.

Representações Sociais e Construção Social da Realidade: Teorias para entender o papel do jornalismo na cobertura do Judiciário Ericka de Sá Galindo (UFPE)

O texto traz uma breve explanação acerca da Teoria das Representações Sociais e da Teoria da Construção Social da realidade, com base nos textos dos seus principais autores. Apresentamos, aqui, os conceitos básicos dessas teorias e sua aplicação no estudo de notícias, em conjunto com a identificação de valores-notícia. Propomos uma metodologia de análise que está sendo desenvolvida na pesquisa do mestrado sobre a cobertura do julgamento da denúncia do “Mensalão” no Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2007. Usa

A Análise de Discurso Crítica da Cobertura do Jornal O Estado de S. Paulo sobre a Previdência Social BrasileiraRodrigo Dugnani (PUC-SP), Bruna Lopes Fernandes (Uniso)

Este artigo tem por objetivo avaliar a cobertura da Previdência Social brasileira do jornal O Estado de S. Paulo (OESP) a partir da análise de discurso crítica baseada no modelo tridimensional proposto por Fairclough (2008). A análise do discurso aqui promovida baseia-se em notícias, reportagens, artigos, entrevistas e editoriais veiculados nas páginas do jornal, entre os meses de novembro de 2006 e fevereiro de 2007, e reproduzidos na edição on-line do OESP. Ao contemplar a questão da hegemonia e da ideologia, é possível perceber as ideias neoliberais desse jornal que, direta ou indiretamente, propõe a implantação de um sistema previdenciário de caráter mercadológico. Este estudo, portanto, possibilita compreender como o OESP se posiciona para defender determinadas propostas, sendo agente propagador de um pensamento claramente ideológico.

Jornalismo popular-massivo: Quem é o leitor do Super Notícia Maria da Consolação Resende Guedes (MG)

O artigo aborda, através do Super Noticia – diário que é um fenômeno de vendas -, o jornalismo popular que vem se espalhando por todo o Brasil. Para tanto, traço um paralelo entre imprensa popular e imprensa de referência, para enfim, fazer uma análise de quem é este leitor, através da edição especial de 7 anos do jornal. Não se trata de um estudo de recepção, apenas uma amostra, de como o leitor destes jornais é evidenciado.

Domingol 06 de Setembro16 h às 18 h SALA 15 BLOCO AZUL

Identidades Jornalísticas: Definidores Primários, Política e Psicanálise. Coordenador: Soraya Venegas Ferreira (UNESA)

Violência Premiada: a Valorização da Imagem do Flagrante como Critério de Excelência no Prêmio Esso de Fotografia Soraya Venegas Ferreira (Unesa)

Nos últimos 50 anos, a fotografia e os veículos de imprensa passaram por profundas transformações estruturais, técnicas e de rotinas de produção, mas as comissões julgadoras do Prêmio Esso de Fotografia, especialmente nos últimos 16 anos, parecem valorizar a violência como imperativo noticioso para premiação dos repórteres-fotográficos. Frente aos dados de crescimento da violência urbana no Brasil a partir dos anos 90 e do estudo dos critérios de noticiabilidade, chega-se a hipótese de que o prêmio está mais ligado ao impacto do fato retratado do que às estratégias discursivas e às técnicas pré-pensadas, visto que as imagens que se afastam da noção fundadora do fotojornalismo, baseada no flagrante e no testemunho, ou que indicam uma “leitura” mais contextualizada de editorias que não sejam as de Cidade e/ou Polícia, mesmo quando finalistas, tendem a ser descartadas na premiação final.

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Desafios na Utilização do Conceito de Acontecimento em Coberturas Jornalísticas sobre Homofobia Carlos Alberto de Carvalho (Ufop)

Tema controverso, a homofobia é desafiadora para as coberturas jornalísticas, à medida que suscita tabus e preconceitos. Nesse sentido, sujeitos sociais direta ou indiretamente afetados por ela tendem a criar situações propícias à cobertura noticiosa, de que são exemplos acontecimentos planejados, como as paradas do orgulho LGBTT. Partindo da problematização do conceito de homofobia, este artigo indica, na sequência, alguns dos pressupostos teóricos que buscam esclarecer as noções de acontecimento, especialmente aplicadas à cobertura noticiosa. O percurso tem como objetivo indicar potencialidades do conceito de acontecimento como metodologicamente válido em pesquisas que têm a cobertura jornalística da homofobia como tema, tal como temos desenvolvido no doutorado e em pesquisa realizada a partir de edital do Ministério da Saúde.

Reflexões sobre o agendamento: síntese de um estudo de caso Bruno Souza Leal (UFMG)

Em 2008, respondendo a edital do Ministério da Saúde, realizou-se, na UFMG, a pesquisa “Mídia e Homofobia: linguagem, construção da realidade e agendamento”, que tinha como objetivo analisar como veículos jornalísticos brasileiros cobriam acontecimentos relativos à homofobia e às identidades LGBT. Por um período de seis meses, a pesquisa realizou o acompanhamento diário da cobertura da “Folha de S. Paulo”, de “O Globo”, da “Veja” e do “ Jornal Nacional”, do “MGTV2ª Ed e o jornal “O Tempo”. Uma das hipóteses de trabalho era a existência de agendamento mútuo dos veículos em relação aos temas trabalhados. Neste artigo, apresenta-se uma síntese dos resultados da pesquisa no que concerne particularmente à apreciação dessa hipótese. Propõe-se, portanto, uma reflexão sobre a evolução do conceito de agendamento e as implicações que se vislumbram a partir dos resultados.

Análise da Atualidade da obra ‘Conselhos a um Jornalista”, de Voltaire: O que é um Jornalista? Maria Argentina Húmia Dórrio (UTP)

Este artigo tem o objetivo de analisar, em sua atualidade, a obra “Conselhos a um Jornalista, de Voltaire. Num momento em que cai, no Brasil, a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o execício desta profissão, nunca, talvez, esta obra de Voltaire foi, em nosso país, tão pertinente. Considerado o primeiro jornalista, pela enorme influência exercida por seus escritos na França de sua época, nossa abordagem será ancorada, sobretudo, em sua obra e aponta para um questionamento do exercício de uma cidadania e para o que, segundo Voltaire, deveria ser um jornalista.

Os Discursos Terapêuticos na Imprensa a partir da Teoria dos Definidores Primários Aline da Rocha Barbosa (UFF), Letícia Silva Queiroz (UFF)

Este artigo busca compreender de que forma os “discursos terapêuticos” (ligados à psicanálise, psicologia, psiquiatria e psicoterapia) são representados nos jornais, especificamente no Jornal O Globo, e verifica quais as influências dos discursos desses âmbitos profissionais sobre as produções das notícias de cunho comportamental, educacional, entre outros. Essas influências foram visualizadas especialmente a partir da Teoria dos Definidores Primários. Esta define a importância que as fontes, representadas neste trabalho pelos “profissionais da mente humana”, possuem nas formulações de determinadas matérias jornalísticas. Acreditamos que tais fontes são capazes de nortear ou legitimar algumas informações encontradas nos jornais.

O Espetáculo como Manchete: Da Candelária, uma multidão pede eleições diretas para Presidente do BrasilRosane Martins de Jesus (UFC)

Na sociedade midiatizada, espetáculo, mídia e política se amalgamam em diversos momentos. A cobertura da Campanha Diretas Já é um dos exemplos dessa combinação. Tendo como referencial-metodológico a análise do discurso, da escola francesa, esse artigo analisa os discursos acerca do comício pró-diretas – realizado na Candelária, no Rio de Janeiro – apresentados pelo jornal Folha de S.Paulo e pela revista Veja, nos dias 11 e 18 de abril de 1984, respectivamente. A intenção é mostrar como cada um desses veículos de comunicação, ao seu modo, ativou os dispositivos constitutivos do evento espetacular. Ao passo que propomos uma reflexão, a respeito da forma como os discursos jornalísticos conduzem a espetacularização de eventos criados para serem vistos e sentidos, através da mídia, como no caso da Campanha Diretas Já.

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DIVISÃO TEMÁTICA 2 - GP PUBLICIDADE E PROPAGANDACoordenador: Jean-Charles Jacques Zozzoli (Ufal)

SALAS 201, 202 E 203 BLOCO AZUL

Sábadol 05 de Setembro09h – 10h15SALA 201 BLOCO AZUL

Sessão Plenária de Abertura e Fórum do GP PP: Temáticas, Configuração e Planejamento dos Grupos de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda na Intercom - Balanço, Desafios, Propostas e PerspectivasCoordenador: Jean-Charles Jacques Zozzoli (Ufal)

Sábadol 05 de Setembro10h15 – 18hSAGÃO DO SEGUNDO ANDAR DO BLOCO AZUL

Sessão de Pôsteres: Feições da Publicidade e da Propaganda na Sociedade Con-temporâneaCoordenadora: Karla Regina Macena Pereira Patriota (UFPE)

A comunicação viral nas Eleições 2008: um recurso que alterou o processo de decisão do voto em Belo Horizonte Admir Roberto Borges (Fumec/FCH)

Este estudo foi realizado durante o pleito eleitoral 2008, em Belo Horizonte, na perspectiva das ferramentas e das técnicas de comunicação, tendo como objetivo avaliar o grau de influência na decisão do voto pelas campanhas publicitárias no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, bem como nas redes sociais da Internet. Assim, cumpriu-se o processo com as avaliações técnicas do conjunto dos materiais veiculados. Na fase inicial foram feitos estudos exploratórios, através da literatura, documentos e informações das mídias eletrônicas e impressas. Também se utilizou a metodologia qualitativa no segundo turno para avaliar a mudança de voto provocada pelos materiais veiculados na Internet. Este trabalho transformase num indicador importante para entender o conceito de comunicação viral e a influência na decisão do eleitor.

Comunicação no ponto-de-venda: um estudo sobre a ambientação nas megalivrarias Andréa Firmino de Sá (Umesp)

Este texto pretende tecer uma reflexão sobre como as atuais livrarias se adaptaram a uma realidade de mercado, que visa envolver o cliente em uma experiência prazerosa, tendo em vista a concorrência do comércio virtual e a crescente venda de livros em supermercados. O texto apresenta, como estudo de caso, a observação e a análise da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, sua relevância ocorre pelo fato da livraria ser a maior loja em metros quadrados do país. Podê-se concluir que o consumidor contemporâneo que busca experiências prazerosas associada a sinergia da comunicação integrada de marketing favorecem para os resultados positivos apresentados pela livraria.

A luz como elemento de linguagem em filmes publicitáriosArmando Pilla (Furb), Cynthia Morgana Boos de Quadros (Furb)

O presente trabalho visa buscar informações sobre luz em comerciais de televisão sob a ótica da textura, temperatura de cor, iluminação e cores, assuntos relacionados a direção de fotografia com base no trabalho desenvolvido pelo diretor de fotografia Ricardo Della Rosa. A iluminação tanto no cinema como nos vídeos e televisão não serve apenas para deixar as cenas claras, mas também tem uma significação de linguagem não-verbal remetendo a determinadas significações e interpretações. Foi percorrido um caminho bastante extenso iniciando com a linguagem, cinema, e finalmente luz ou iluminação para cinema e vídeo, pois o filme publicitário utiliza-se das técnicas cinematográficas.

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Os Brasis do El País: a evolução da marca Brasil no noticiário espanholCláudia Valéria Sendra da Silva (Uerj)

Este artigo apresenta resultados obtidos em pesquisa sobre a imagem do Brasil colocada em circulação pelo noticiário do jornal espanhol El País, nos anos de 1995 e 2005. Esses períodos foram tomados, respectivamente, como início da intensificação dosaportes financeiros espanhóis no país e como a época em que a presença econômica da Espanha se solidificou, tornando o país ibérico o segundo maior investidor no Brasil. Por meio desse estudo pôde-se constatar, entre outros, que embora as notícias econômicas tenham ganhado maior ênfase no repertório sobre o Brasil em 2005, o discurso acerca do país é permeado por estereótipos relacionados a misticismo, exotismo e sexualidade. O aspecto negativo mais recorrente foi a desigualdade social.

Liberdade de Expressão Comercial: um direito fundamental ou apenas mais um slogan publicitário?Fabiana Nogueira Neves (UFJF)

Como um grito em favor da liberdade e contra a censura, o termo liberdade de expressão comercial ressurge na pauta das discussões do mercado a cada iniciativa do Governo no sentido de regulamentar o exercício da comunicação publicitária de determinados produtos. O ano de 2008 foi especialmente fecundo neste sentido porque abrigou uma série de ações de setores ligados à atividade publicitária motivadas em defesa deste direito. A partir da contextualização da origem do direito de liberdade de expressão, contido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, e da conceituação da atividade publicitária, o presente artigo busca demonstrar a impertinência da classificação da publicidade como um direito humano tutelado mundialmente e protegido da intervenção do Estado.

Interação, interatividade e mídia impressaFernanda Rodrigues Pucci (UTP)

Este trabalho é uma breve discussão conceitual sobre a interação, a interatividade e a capacidade interativa dos meios de comunicação impressos. Pretende fazer um panorama dos conceitos de interatividade, trazendo vários autores e algumas proposições já discutidas sobre o assunto para então fazer a relação entre os conceitos e a mídia publicitária impressa apresentada pela construção de mensagens que só se completam através da manipulação do anúncio. Para isso, o texto está fundamentado principalmente nas idéias de Alex Primo e Márcio Cassol transpostas aos meios de comunicação tradicionais e ao exemplo de um vale-presente da grife brasileira de roupas esportivas da Colcci.

Breves Reflexões sobre Mercado, Linguagem e Audiência no Programa CQC Gustavo Serrano Malafaya Sá (Uniban)

Com a necessidade constante de inovar, a TV brasileira tem importado, dia após dia, novos formatos de mídia, que vêm calçados de novas linguagens (diretas e indiretas) e abordagens. Sob este cenário, o mercado publicitário tem sido um dos grandes afetados em função da adaptação de suas peças. Este é o exemplo do que acontece no programa CQC, em que os anunciantes cedem aos novos formatos em prol da assertividade de suas campanhas. O CQC é um programa que mostra que temas como mercado, linguagem e audiência andam de mãos dadas.

O Festival de Gramado como Lugar de Institucionalização dos Fazeres Criativos Juliana Petermann (UFSM), Rafael da Rosa Balbueno (Unipampa)

Como qualquer outra disciplina, a publicidade e, especificamente, a criação publicitária apresenta práticas; técnicas; ferramentas; discursos; modos de ser; espaços de congregação, como os festivais; lugares de promoção de conhecimentos relativos à área, como a academia; organizações de gerência como associações e sindicatos. Por isso, entendemos que existem mecanismos que tornam os fazeres criativos em publicidade uma instituição. Interessa-nos, assim, neste artigo, analisar o Festival Mundial de Publicidade de Gramado como um espaço dessa institucionalização, tendo como referência, especialmente a 17ª edição do evento, ocorrida em junho de 2009. Para tanto, utilizaremos como referências teóricas os conceitos de formação discursiva e de arquivo de Foucault (2007), bem como aqueles de institucionalização e legitimação de Berger e Luckmann (1983).

Comunicação Mercadológica em Mídias Digitais e o Consumidor/Internauta Karla Caldas Ehrenberg (Umesp)

Esta pesquisa aborda as novidades tecnológicas como promotoras de novas possibilidades de comunicação. O tema principal são as mídias digitais, mais precisamente a internet e os celulares, que se tornaram grandes meios de divulgação

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de serviços e produtos devido às suas características como mobilidade, rapidez e interatividade. A pesquisa será realizada por meio de um levantamento bibliográfico sobre o tema e de uma análise empírica de ações de comunicação mercadológica realizadas em mídias digitais. Por meio dos exemplos buscar-se-á verificar se o uso das mídias digitais possibilita uma maior interação entre empresas e consumidores, garantindo que as mensagens atinjam diretamente o público de interesse das companhias.

Consumo, cultura e publicidade: notas preliminares sobre a apropriação local da comunicação publicitária global Maria Alice de Faria Nogueira (PUC-Rio)

Versão preliminar de pesquisa para dissertação de mestrado, este artigo pretende analisar a questão da apropriação local da comunicação publicitária global e possui como estudo de caso a campanha global Viva o Lado Coca-Cola da Vida, veiculada no Brasil desde outubro de 2006. A abordagem ao tema será feita a partir de uma visão do consumo como uma prática social com objetivos precisos de representação e identificação do sujeito no grupo e seu imbricamento com a cultura de referência. Para traçar este caminho, foram utilizados teóricos das ciências sociais e da comunicação que encararam as mudanças nos padrões de consumo como um importante campo de reflexão sobre o indivíduo e suas práticas sociais na cultura moderno-contemporânea.

Sábadol 05 de Setembro10h30 – 12hSALA 201 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 1: Capitalismo Semiótico e Atuais (Re)configurações Paradigmáticas da Publicidade na Era DigitalCoordenador: Jean-Charles Jacques Zozzoli (Ufal)

O discurso da ordem: a publicidade como construção sociodiscursiva da realidade Guilherme Nery Atem (UFF)

Partimos da idéia de que vivemos hoje a época do Semiocapitalismo (Capitalismo Semiótico). A atual ordem mundial compõe seus enunciados publicitários como elogiosos à ordem social vigente, bem como traça determinadas condições de possibilidade para as diferentes práticas sociodiscursivas serem produzidas, circuladas e consumidas. O objetivo desta análise é problematizar a estratégia de convergência entre os níveis do conteúdo e da expressão em Publicidade, no que diz respeito à atual ordem mundial sociodiscursiva: o que propomos aqui chamar de o discurso da ordem. Nossa hipótese é a de que tais níveis afirmam-se mutuamente, um pelo outro.

O Sistema de Valores Corporativos a Partir da Visão Publicitária Maria Clotilde Perez Rodrigues Bairon Sá (USP), Pedro Antonio Hellin Ortuño (UMU)

A partir do início dos estudos sobre Imagem Corporativa, uma boa parte das empresas, principalmente as de implantação supranacional e maior volume de negócio, se direcionou no sentido “construir” uma personalidade de acordo com os anseios de seus públicos. Para isso se recorreu de forma insistente aos valores sociais, lugar comum de fácil detecção para a investigação social, que permite às empresas situarse em um plano de igualdade em respeito aos demais indivíduos sociais. Na origem deste trabalho está subjacente a idéia de que o sistema semiótico publicitário é um sistema de comunicação social, de forma que se faz necessário refletir sobre seu contexto sociocultural, com o objetivo de conhecer a multiplicidade de interações que existem entre a atividade publicitária e a sociedade.

Novas Práticas Midiáticas e Comparecimentos Contemporâneos da Marca Jean-Charles Jacques Zozzoli (UFAL)

O presente trabalho discute a mudança de paradigma nos fazeres mercadológico e comunicacional, em especial publicitários, decorrente das novas práticas midiáticas que dizem respeito à informação, à persuasão e ao entretenimento, cada vez mais interativas num ambiente em que os consumidores alteraram sua atitude em relação à publicidade clássica e no qual ferramentas do tipo “site na web” já parecem tradicionais. Analisa o vínculo de parceria e exploração dos conteúdos da marca com seus públicos, como suporte convergente de identificação, personalização, contentamento e experiência, ao considerar ações que recuperam, adaptam, transformam procedimentos publicitários clássicos como

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o patrocínio e o merchandising, por exemplo, e inovam em performances revigoradas ou inéditas, conhecidas como branded content, advertainment, product placement, product integration, street marketing...

Sábadol 05 de Setembro10h30 – 12hSALA 202 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 2: Mulher e Publicidade: alguns aspectos sobre beleza, consumo e preconceitoCoordenadora: Flailda Brito Garboggini (PUC-Campinas)

Profissão Mulher: a publicidade entre os diplomas, o ofício e os cabelos femininos Ana Luiza Coiro Moraes (Unifra), Janea Kessler (Unifra)

No anúncio do produto para ondulação permanente Toni, publicado pela revista O Cruzeiro, em 1955, a protagonista Dorinha, candidata sempre recusada a uma “colocação” como secretária é instada por uma amiga a mudar os cabelos para conseguir um emprego. O artigo procede à análise desta persona feminina protagonizando um dos papéis sociais “desejáveis” à mulher, conforme a construção do discurso publicitário, contextualizando o entorno sócio-histórico que lhe dá suporte, passando por um breve exame da mídia e, em especial, da revista O Cruzeiro e, como não poderia deixar de ser, de algumas questões específicas do feminismo.

Marcas e baixa renda combinam? Estudo sobre o consumo da beleza por trabalhadoras domésticas Janaína Vieira de Paula Jordão (UFG)

A beleza é um tema que tem imensa importância na sociedade, seja pela forma como é amplamente trabalhada pelos meios de comunicação de massa, seja também pelas estratégias utilizadas pela sociedade pós-moderna ocidental para conquistá-la, em especial através do consumo. Mas como mulheres de baixo poder aquisitivo lidam com os com os apelos da mídia ao consumo de bens ligados à beleza (como moda e cosméticos), tema histórica e culturalmente ligado à feminilidade? Há um consumo significativo? Se sim, quais as estragégias para efetivá-lo e qual a força das marcas neste processo? Assim, este paper é um avanço a partir de um estudo feito sobre as relações de trabalhadoras domésticas com mídia, beleza e consumo3, no sentido de se buscar avaliar a importância das marcas no consumo de produtos ligados à beleza, feito por 31 trabalhadoras domésticas de Goiânia.

A mulher publicitária, preconceito e espaço profissional: estudo sobre a atuação de mulheres na área de criação em agências de comunicação em Curitiba Christiane Monteiro Machado (UP), Julio Cezar Peripolli (UP), Maria Eliza Ferraz Marques (UP)

O preconceito em relação ao gênero feminino no mercado de trabalho, historicamente e na atualidade, é o tema deste estudo. Na área da criação das agências de publicidade de Curitiba, as mulheres são minoria e ocupam cargos inferiores aos dos homens. Busca-se, então, compreender em que medida existe preconceito, por que a participação da mulher nesta área é inferior à do homem e como se dá a divisão de cargos superiores nessas agências. A contextualização histórica e as discussões de questões de gênero são a base do estudo, que mostra, a partir de entrevistas em profundidade, que as publicitárias, apesar de sofrerem manifestações de preconceito, com brincadeiras de mau gosto e ascensão profissional lenta, conformam-se. O ambiente estudado reproduz na atualidade características históricas de discriminação, acatada como uma manifestação sociocultural natural.

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Mesa Redonda 3: Publicidade e Configurações Midiáticas Digitais ContemporâneasCoordenador: Dirceu Tavares de Carvalho Lima Filho (UFPE)

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A Informação na Sociedade Complexa Dulce Adélia Adorno Silva (PUC-Campinas)

Conceitua informação, conforme Wiener, como o conteúdo da permuta que se faz com o mundo, para entendê-lo em evolução. Diferencia mundo natural e civilização, que se tornou complexa, devido à permuta pela técnica e pela linguagem, mediadoras da ação dos homens no mundo natural e pelo ajuste deles entre si. A evolução gerou tecnologias de comunicação e informação (TIC), que passam a atender a permuta informativa de grupos sociais amplos, cujas fronteiras territoriais se rompem, produzindo a relação planetária entre os homens. Hoje, informação significa permuta do homem com o mundo artificial, mediada pelas TIC. Exemplifica com pesquisa em redações de vestibulandos, que repetiam informações da TV; agora, para elaborar trabalhos de aproveitamento na universidade, elas provêm da Internet. Logo, a informação não provém da natureza ou de livros, mas de mensagens codificadas por linguagens geradoras da complexidade e planetarização.

A indústria Audiovisual e os Novos Arranjos da Economia Digital João Carlos Massarolo (UFSCar), Marcus Vinícius Tavares de Alvarenga (UFSCar)

A proposta deste trabalho visa analisar o poder da cultura participativa para o melhor entendimento dos novos arranjos da economia digital, a partir da gratuidade, precificação e pirataria, assim como a sinergia e externalidades do mix de produtos que estão na base desse novo modelo de negócios. Pretende-se assim demonstrar que os novos arranjos da economia digital alteram tanto o modo de produção e distribuição quanto à relação entre consumidor e produtor, fazendo emergir um modelo de negócios pautado pela criação de universos narrativos expandidos e a serialização dos produtos.

TV Digital vs. Publicidade: Vantagens, Oportunidades e Perspectivas para o Mercado Elizama das Chagas Lemos (UFRN)

O presente artigo se propõe a fazer uma reflexão acerca do papel que a publicidade pode assumir no âmbito nacional com o advento da TV Digital. A possibilidade de criar conteúdos digitais interativos para veiculação abre novas oportunidades para o mercado publicitário, que pode fazer do veículo, até então atuando puramente na transmissão, em um poderoso mecanismo de comunicação com o público consumidor.

Publicidade na TV móvel: interação real, múltipla, possível e pessoal Bartira Lins Tenorio (Universo), Karla Regina Macena Pereira Patriota (UFPE)

Este trabalho promove algumas reflexões sobre a TV digital móvel e a sua inserção no cenário das novas tecnologias midiáticas, estabelecendo conexões com o perfil de consumo dos usuários de telefonia celular. Para isso, apresentamos a formatação da televisão tradicional e o seu ajustamento publicitário do generalismo ao consumo sob demanda. Em paralelo, refletimos sobre a experiência da contemporaneidade com o consumo da TV móvel como interação real, múltipla, possível, pessoal e intransferível – ou seja, como a mídia que estabelece uma comunicação única e personalizada, na qual a mensagem publicitária se expande a partir de um meio potencializador: a mobilidade.

Blogs no Google como controle panóptico Dirceu Tavares de Carvalho Lima Filho (UFPE)

O Google pode vir a ser na internet o meio hegemônico de controle social, instituindo o “panóptico invertido” (Foucault, Deleuze), através da inclusão digital por premiações. O Google atrai os internautas como sócios disponibilizando softwares, como o AdSense3 e o Analytics4, para que aumentem os acessos e estimular os leitores a consumirem os produtos anunciados. Os donos dos blogs ao usarem esses softwares expõem para os Bancos de Dados do Google as suas estratégias na “economia da atenção”. Realizei entrevista semi- estruturada, de viés etnográfico, com estudantes de publicidade sobre o Analytics, concluindo que o ganho de 100 dólares a cada 2.500 cliques nos anúncios são pouco motivadores. Possivelmente, na cultura brasileira uma nova ferramenta de otimização das Redes Sociais atrairia mais adesão midiática.

Publicidade e Marketing Turístico: Uma Análise dos Sites Oficiais de Turismo dos Estados Brasileiros Tânia Siqueira Montoro (UnB), Jun Matsuoka Tomikawa (UnB) Turismo é um dos fenômenos mais significativos do mundo contemporâneo, exercendo influência direta no desenvolvimento econômico, social, político e ambiental de países e regiões. Com o crescimento da atividade, cresceu

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a competição entre os destinos que, em busca de vantagem competitiva, passaram a utilizar ferramentas de marketing na Internet para atrair e reter clientes. Desse modo, é imprescindível que todo destino desenvolva seu website. O artigo analisou qualitativamente os sites oficiais de turismo dos Estados brasileiros, concluindo que, apesar da Internet ser uma ferramenta cada vez mais importante na promoção turística, os Estados brasileiros não a tem explorado adequadamente, apresentando sites de difícil acesso, que pouco exploram os recursos da web, suas possibilidades mercadológicas e que possuem conteúdo limitado, prejudicando sua imagem e não atraindo novos turistas.

A publicidade pessoal nas redes sociaisWalter Freoa (Facásper)

O principal objetivo das redes sociais é a propagação do conhecimento e a interação entre os participantes. Atingir estes dois objetivos não é uma tarefa simples e exige ações específicas entre os usuários. O uso crescente da internet resultou na criação de um novo tipo de organização social, a sociedade em rede, que permite a formação de comunidades virtuais, redes sociais, grupos humanos constituídos pela identificação de interesses comuns. Este estudo aborda a formação dessas comunidades como uma estratégia do indivíduo para adquirir uma identidade, uma vez que as identidades culturais estão se fragmentando em conseqüência do processo de globalização, para ser aceito pela comunidade o indivíduo precisa fazer sua publicidade pessoal, ou seja, pretende vender-se como marca.

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Mesa Redonda 4: Discurso Publicitário: Perspectivas InterdisciplinaresCoordenadora: Maria Lilia Dias de Castro (UFSM)

RBS e gente gaúcha: histórias de primeira geração Maria Lilia Dias de Castro (UFSM)

A base do artigo é o reconhecimento de uma função televisual que praticamente permeia as demais e que talvez seja a mais característica: a promoção. Marca registrada da televisão comercial, a função promocional é regida pelas leis do mercado e, assim, é determinante na receita da emissora, pela garantia de estabilidade econômica e de sustentabilidade que oferece. O artigo começa pela conceituação da função promocional como uma noção simples e abstrata; discute depois a instância da ação, que se atualiza em movimentos de divulgação e projeção, para chegar ao que se pode denominar de autopromoção televisual. No plano da análise, reexamina os conceitos no plano da empresa gaúcha (RBS/TV), e elege um tipo de programa da emissora (Primeira Geração) para nele reconhecer as estratégias utilizadas no que se refere à promoção e autopromoção.

Discurso Publicitário e Interdiscursividade: um Estudo sobre a Heterogeneidade na Propaganda Lisiane Maria Almeida Ströher (UCS)

A partir do quadro teórico-analítico da Análise do Discurso de linha francesa, procuramos neste trabalho refletir sobre as formas marcadas e não-marcadas da heterogeneidade discursiva. Levando em consideração que todo discurso estabelece relações de interdiscursividade com outros domínios discursivos, propusemo-nos a analisar os anúncios publicitários veiculados durante um ano nos jornais impressos Diário Gaúcho e Zero Hora, a fim de verificar as relações que o discurso publicitário estabelece com outros domínios de saber, as categorias de heterogeneidade que estão em jogo e os efeitos de sentido que são produzidos quando elementos-outros são interiorizados no discurso da propaganda.

Análise do discurso publicitário sobre a velhice Rosânia Soares (Unicap)

O presente trabalho se propõe a mostrar as estratégias publicitárias utilizadas na utilização das imagens da velhice para diversos públicos. Com base na aplicação da teoria da Análise do Discurso e sua ampla possibilidade de instrumentalização exploramos anúncios publicitários como texto que comporta as práticas sociais e um lugar importante na (re)apresentação das identidades. A categoria central de ethos discursivo de Maingueneau (2001) somada aos conceitos de enunciados de Foucault (2005) são a base que permitiram entender e explicar os caminhos

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dos sentidos produzidos pelos anúncios, mostrando, claramente, o percurso dos sentidos e os espaços dos sujeitos em constantes deslocamentos.

Úteis e Fúteis Considerações sobre Uso de Celebridades em Publicidade Celso Figueiredo Neto (UPM)

Diversas marcas têm se utilizado de celebridades para anunciarem seus produtos. O presente trabalho tem por objetivo, a partir do referencial teórico da retórica, estabelecer um sistema de categorização das celebridades de maneira que se perceba quais são úteis e quais são fúteis nos processos de construção de marcas. Entende-se que tão mais eficaz será uma mensagem quanto mais crível for seu ethos. Dentre os elementos que compõem o ethos de uma marca um dos mais diretos, claramente discerníveis e amplamente utilizados é a celebridade. Seu uso indistinto tem contribuído para a decadência da relevância, e, portanto, da eficiência da publicidade. A subdivisão das autoridades utilizadas em publicidade nos três grupos: stricto, lato e presença pode funcionar como guia de eficácia na escolha dos representantes para as marcas, restituindo a credibilidade a auxiliando àqueles que se recusam a fazer escolhas publicitárias baseados tão somente nos critérios de mídia.

As Etapas do Discurso Aristotélico em Layouts Publicitários Camila Pereira Morales (PUC-RS)

É notório que as mensagens publicitárias utilizam recursos retóricos para persuadir. Tais recursos são comumente verificados em texto. Neste trabalho sistematizamos os principais aspectos do discurso deliberativo propostos por Aristóteles, para verificar como estes aspectos podem ser desempenhados não só por textos, mas também por aspectos imagéticos da mensagem. No final concluímos sobre o ganho de importância da visualidade na persuasão publicitária contemporânea.

Gramática publicitária: alguns recursos Lucilene dos Santos Gonzales (Unesp)

Tem o texto publicitário normas gramaticais específicas? Esse tipo de texto cria estruturas linguísticas próprias? Este estudo tem como objetivo apontar algumas construções características das peças publicitárias previstas pela gramática e outras criadas pelos publicitários. Nossa análise se detém na utilização das frases nominais, frases de situação – englobando a relação imagem/texto verbal quanto ao uso do substantivo e do verbo na mensagem - e das orações subordinadas adjetivas. Verificaremos com qual intenção esses artifícios lingüísticos e semiológicos são usados e criados pelos publicitários.

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Mesa Redonda 5: Publicidade e Propaganda: questões didáticas contemporâneasCoordenadores: João Luiz Anzanello Carrascoza (ESPM) e Goiamérico Felício Carneiro dos Santos (UFG)

O mercado, a escola, o professor e o aluno: proposta de educação para um novo tempo Bruno Pompeu Marques Filho (ECA-USP)

A idéia deste texto é apresentar uma discussão, baseada no pensamento de autores contemporâneos, acerca do ensino da comunicação e, mais especificamente, da propaganda e da publicidade. Para tanto, quatro elementos centrais desse contexto foram destacados e discutidos um a um: o mercado, a escola, o professor e o aluno. Procurando evitar a crítica esvaziada (que apenas condenaria o mercado), o deslumbramento vão (que somente exaltaria as tecnologias), a hipocrisia vil (que não aceitaria a complexidade do aluno) ou o corporativismo infame (que se negaria a questionar a função do professor), o que se procurou estudar foi a união desses quatro referidos elementos, para que, talvez juntos, se possa chegar a uma outra forma de ensino da comunicação.

As tramas da história no ensino da publicidade Christiane Paula Godinho Santarelli (ECA-USP), João Luiz Anzanello Carrascoza (ESPM)

O artigo propõe uma nova metodologia para o ensino da publicidade, apresentando excertos de uma trilogia de

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narrativas ficcionais que demonstram, em seus enredos e nas vivências dos personagens, valores culturais de suas épocas e o impacto da comunicação de massa em seu cotidiano. A primeira narrativa trata do surgimento das técnicas publicitárias (Belle Époque), a segunda aborda estratégias e táticas inovadoras na propaganda (Segunda Guerra Mundial) e a terceira traz as interações da publicidade com as mídias digitais (contemporaneidade). Esse novo formato de texto didático foi inspirado no romance de Umberto Eco “A misteriosa chama da Rainha Loana”. A metodologia apresentada foi validada por meio de pesquisas feitas com alunos dos cursos de graduação e pós-graduação de Publicidade e Propaganda e também de Design.

Ensino, aprendizagem e prática publicitária Rogério Luiz Covaleski (PUC-SP)

Este artigo se propõe a tratar das relações entre os processos de ensino, aprendizagem e prática da publicidade. Diante de ambientes comunicativos cada vez mais complexos e diversificados, buscam-se soluções alternativas para ensinar e praticar a publicidade, e que atendam às suas novas configurações. As técnicas, as teorias, a aprendizagem e a prática da publicidade estão em momento de ruptura paradigmática. Conceitos e princípios estão sendo revistos e adaptados a fim de atender à demanda da nova realidade mercadológica.

Comunicação Publicitária: uma reflexão sobre políticas e práticas em Universidades do Rio de JaneiroMarcos Luis Barbato (PUC-RJ), Patrícia Saldanha (UFF)

Além de fundamentar teoricamente o conceito de Sociedade da Informação a partir do resgate do conceito de Sociedade Civil, o presente trabalho discute o papel da Educação Formal das Faculdades de Comunicação Social e expõe dois trabalhos empíricos de duas importantes Universidades cariocas que passaram a inovar a forma de trabalhar e estimular o corpo discente do Curso de Publicidade e Propaganda a rever a forma de desenvolver e implementar seus projetos: a PUC-RJ e a UFRJ. A primeira com desenvolvimento de uma experiência que traz para o laboratório de publicidade um desafio real de inovação em comunicação. Neste caso, o projeto foi desenvolvido para a Nokia Interactive Advertising e a segunda com enfoque alternativo trabalhado na estrutura de divulgação interna da Escola durante o Intercom Sudeste/2009. Apesar de propostas diversas, ambas com trabalharam com o mesmo intuito: sensibilizar o estudante do curso de publicidade a inovar sem vacilar na sua conduta ética.

Agência de propaganda: Casa de Orates ou Templo do Oráculo? Goiamérico Felício Carneiro dos Santos (UFG)

David Ogilvy, em Confissões de um publicitário, provocativamente, alude a uma situação que se vive nos bastidores das agências que bem pode soar como triste verdade para aqueles que estão diretamente no coração desse negócio chamado “indústria da propaganda” – o pessoal encarregado pelas estratégias de criação que, a partir de uma invenção de Bill Bernbach (o gênio criativo da lendária agência americana BBDO), passou a formar as denominadas duplas de criação que mais ou menos nos traz essa constatação: nas duplas de criação, temos um escritor frustrado frente a um artista plástico também frustrado.

Domingol 06 de Setembro09h – 12hSALA 201 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 6: Propaganda Eleitoral e Controle Ideológico em Momentos Históricos do Contexto Político BrasileiroCoordenador: Adolpho Carlos Françoso Queiroz (Umesp) e Neusa Demartini Gomes (UFRGS)

Os slogans diante da história das eleiçoes presidenciais no Brasil Adolpho Carlos Françoso Queiroz (Umesp), Carlos Manhanelli (Umesp)

Este artigo pretende recuperar a memória dos slogans eleitorais no Brasil, na ótica da propaganda política, mostrando de que forma, estas palavras ajudam na construção da imagem eleitoral e política dos candidatos. O estudo presente tem como objetivo a análise das representações discursivas, políticas e dos valores contidos nos slogans das eleições presidenciais, governamentais e municipais. Os resultados do estudo incidirão na análise da diferenciação discursiva, política, ideológica e dos valores contidos nos slogans de campanha. Do ponto de vista metodológico, este estudo

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utiliza a análise de conteúdo, percepções lingüísticas e visão histórica de sua evolução no Brasil.

Propaganda Eleitoral Radiofônica em Foco Cristiane Soraya Sales Moura (FCL)

Esta pesquisa tem como objetivo analisar os programas de rádio do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, com o intuito de esclarecer como foram produzidos. A autora realizou uma investigação sobre o meio sonoro e sua relação com a política, partindo do pressuposto de que há uma relação direta entre os temas (conteúdo) abordados e os recursos sonoros utilizados na elaboração dos programas do HGPE. A análise dos programas radiofônicos aborda os seus aspectos quantitativos e qualitativos. Os recursos sonoros utilizados na produção dos programas, se bem empregados, criam um verdadeiro cenário acústico que faz com que o ouvinte se sinta presente no ambiente descrito.

Fale por mim e me eleja! Um estudo de caso sobre o apelo à autoridade no discurso eleitoral Luciana Panke (UFPR), Antonella Iacovone (UFPR), Thaise Mendonça (UFPR)

O artigo mostra como o discurso eleitoral dos dois principais candidatos à prefeitura de Curitiba, em 2008, desenvolveu estratégias argumentativas semelhantes durante os programas veiculados no Horário Eleitoral Gratuito em TV, entre os dias 20 de agosto e 1 de outubro de 2008. Com a decupagem do corpus, procurou-se investigar os principais temas abordados, as técnicas argumentativas mais frequentes, assim como a construção da imagem dos candidatos. Dessa forma, percebeu-se o uso da fala de autoridade, desde populares até o Presidente da República, como um dos principais recursos argumentativos dos candidatos. A pesquisa fundamentou-se em conceitos de marketing político e eleitoral (Manhanelli,2008, Queiroz, 2005, Lima, 1998, Iten e Kobayahi, 2002, Bezerra e Silva, 2006) e da Teoria da Argumentação (Perelman e Olbrechts-Tyteca 1996).

Alegorias políticas: da carnavalização à espetacularização da política, da propaganda político-eleitoral e da eleição contemporâneas Marcelo Helvecio Navarro Serpa (UFRJ)

A partir do conceito de carnavalização do pensador russo Mikhail Bakhtin, proposto na introdução de sua obra A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais, procura-se elencar questões, talvez hipóteses, e caminhos possíveis a respostas para a massa de interrogações, perplexidades e contradições que envolvem a política, a propaganda político-eleitoral e a eleição contemporâneas. Como se relacionam carnavalização, propaganda, virtualidade e espetacularização, política e eleição contemporâneas.

Da desqualificação à demonização: o resultado da (falta de) comunicação do Governo Yeda Crusius Sérgio Roberto Trein (Unisinos)

Desde que assumiu o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius tem enfrentado uma série de denúncias sobre irregularidades na sua campanha eleitoral e em sua administração. Especialmente para a imprensa e para setores de oposição, estas denúncias têm servido para desqualificar a imagem da Governadora. Chama a atenção, porém, que até hoje não houve uma ação sequer por parte do Governo para defender a imagem de Yeda. Por isso, o objetivo desta pesquisa foi o de compreender quais foram os possíveis efeitos de sentido produzidos contra a figura da Governadora, a partir de três gêneros de comunicação: capas de jornais, charges e outdoors, veiculados no estado gaúcho.

Propaganda no Governo Militar. Um estudo exploratório dos 10 primeiros anos de “ditadura militar” Flailda Brito Garboggini (PUC-Campinas)

Tivemos como objetivo conhecer, através da investigação de materiais publicitários, alguns aspectos do período de Governo Militar no Brasil, especialmente dos anos 1964 a 1974. Procuramos observar algumas das tendências da censura e da influência do Governo nos meios de comunicação e sociedade no período. Realizamos estudos sobre os fatos políticos que marcaram a época e analisamos como a mídia e a publicidade de TV tentaram sombrear os fatos reais, seguindo a linha do governo.

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Domingol 06 de Setembro)09h – 12hSALA 202 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 7: Publicidade, Produção de Sentido e Representações SociaisCoordenador: Eneus Trindade Barreto Filho (USP)

A produção de sentido do consumo no universo familiar paulista Eneus Trindade Barreto Filho (USP), Rafael Araújo Lavor Moreira (USP)

Nesta oportunidade, abordaremos a produção de sentido do consumo, a partir de um estudo exploratório, com fundamento etnográfico, sobre três famílias de extratos sociais distintos, buscando observar os vínculos de sentido ou sígnicos entre a recepção da publicidade e as práticas de consumo que se estabelecem nos universos pesquisados. A recepção da publicidade e as práticas de consumo são vistas na lógica da enunciação da recepção publicitária em ambiente doméstico ou familiar, considerando-se suas produções de sentidos em aspectos subjetivos, temporais e espaciais, conforme os pressupostos da enunciação de base lingüística.

A imagem do idoso na publicidade Tania Maria Bigossi do Prado (Emescam), Vanderlea Bigossi Aragão (Pitágoras)

As mudanças demográficas apresentam o Brasil como um país que envelhece, a discussão sobre o envelhecimento populacional começa a emergir em várias ciências, justificando o desenvolvimento de pesquisas como a que propomos, objetivando explorar a construção e uso da imagem do idoso na mídia. De forma mais específica, buscamos identificar a imagem do idoso na propaganda, por ser a comunicação publicitária utilizada como indicador, produto e reflexo dos valores culturais da sociedade. O corpus recorta a imagem do idoso nos anúncios televisivos veiculados pela Sadia SA, observando os mecanismos enunciativos acionados em tais textos, de natureza essencialmente sincrética, com apoio da análise do discurso.

A Construção Publicitária como reforço do preconceito racial no Brasil Márcio David Macedo da Silva (Unicentro)

Este artigo tem como objetivo discutir de que forma o racismo, amplamente debatido nos meios de comunicação pode ser praticado de forma sutil, aproveitando-se do discurso publicitário que, com a justificativa de que apenas reproduzir em suas criações os sentimentos ou desejos latentes na sociedade em que está inserido, pode reforçar e estimular atitudes preconceituosas e racistas. O estudo tomou como corpus da discussão um anúncio impresso, publicado na revista de bordo Gol Linhas Aéreas e produzido pela agência de publicidade AlmapBBDO. A partir da construção publicitária do anúncio é possível analisar como o racismo pode ser reforçado por meio de construções publicitárias aparentemente inofensivas.

A temática homossexual na publicidade: representação e estereótipos Adriana Tulio Baggio (Facinter)

O número crescente de anúncios publicitários com temática homossexual masculina no Brasil reflete aspectos sociais, como a liberação de costumes, e econômicos, já que esse público é atrativo para as empresas. Este trabalho consiste na análise de alguns destes anúncios e na verificação das reações em relação a eles. Com base na investigação, foi possível perceber que anúncios para o público gay ainda são raros na mídia não dirigida a esse público. Observou-se também que, quando a temática homossexual é utilizada em anúncios não específicos ao público gay, tem como objetivo transmitir modernidade ou buscar o humor. Nestes casos, a publicidade pode acabar deslizando para a criação de estereótipos e provocando reações negativas dos homossexuais, conforme exemplificado por uma campanha do salgadinho Doritos, da PepsiCo.

O conceito de “juventude” na Publicidade: modernidade, felicidade, sociabilidade, amizade e liberdade Cláudia da Silva Pereira (PUC-Rio)

O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as representações sociais da juventude na Revista Veja. Para tanto, foram analisados anúncios publicitários veiculados no período de 1989 até 2009. A proposta da pesquisa, cujos resultados iniciais são aqui apresentados, é avaliar de que maneira a mídia, e, em especial, a Publicidade, vem construindo um conceito de “juventude” que, no final destes vinte anos, passa a ser hegemônico nas ações de comunicação de produtos e marcas dirigidas a todas as idades.

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Publicidade imobiliária e suas construções retóricas. Maria Cristina Dias Alves (ESPM)

A publicidade de lançamentos residenciais apresenta especificidades decorrentes dos próprios produtos que anuncia, de alto valor aquisitivo, que não podem ser consumidos no momento da compra (não existem materialmente). Anuncia, portanto, um vir a ser, simulado em imagens hiper-realistas de empreendimentos que só ficarão prontos anos depois. Ainda que o terreno seja um dos meios de produção, não reproduzível, a mercadoria-habitação se assemelha aos produtos de consumo de massa quanto à sua fabricação em série, que exclui a marca pessoal do trabalhador. A publicidade, como mito da nossa época, ocupa um lugar intermediário entre a produção e o consumo (operador totêmico). Nela, o imóvel adquire sentido: ganha um nome, uma marca, uma “embalagem conceitual” que o distingue e lhe dá “existência” no universo mágico de seus anúncios, cuja construção retórica discutimos neste artigo.

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Mesa Redonda 8: Estratégias de Merchandising off On-Line E Posicionamento Na Comu-nicação MercadológicaCoordenadora: Scarleth Yone Ohara (UFPA)

Na Tessitura do Consumo Online e OfflineScarleth Yone Ohara (UFPA)

O chamado ‘metaverso’ da realidade simulada surge como um forevertrend, movimentando um mercado de entretenimento, informação e negócios, cada vez mais ‘reais’. Pretende-se trazer à discussão, reflexões sobre o futuro da Internet 3D, da Comunicação 2.0, como estratégia das empresas, que estão repensando suas ações, diante desse consumidor cada vez mais informado, informatizado, exigente e seletivo. As relações de consumo, atualmente, se transformaram em um ‘jogo virtual’ que, vêm representando muito mais que um simples ‘enjoy’, mas o limiar e a consagração de uma nova Era na Web, além de novos e mais desafios para a Comunicação.

Comunicação Mercadológica de Contato Rodrigo Stéfani Correa (Uniderp), Renato Rodrigues Martins (UEL)

A comunicação mercadológica vem sendo pressionada pelas forças do marketing contemporâneo que exige retorno dos investimentos na área e aplicação de novos recursos tecnológicos capazes de mensurar os indicadores de sucesso de um plano estratégico. Por ser uma área de muita exposição, a comunicação mercadológica está substituindo de maneira significativa as estratégias que eram comumente utilizadas por um novo modelo de posicionamento, com maior profundidade e que está intimamente ligado à imagem e às associações da sociedde moderna, relevando uma nova estrutura de comunicação, aqui tratata como Comunicação de Contato. Portanto, o presente artigo retrata, de forma detalhada, as novas posturas que estão sendo adotadas por empresas e gestores de comunicação, na tentativa de consolidar uma nova percepção do composto estratégio, que começa com o consumidor e se encerra no ponto de venda.

A Representação do Trabalho nas Lojas de McDonald´s: produção de bens e gostos a partir do controle Viviane Riegel (ESPM)

O sistema de produção de McDonald´s é representado em suas lojas, diante da homologia que possui com o consumo de sua alimentação fast. Dessa forma, são estabelecidos os ritmos de trabalho dentro da própria lógica que dá visibilidade à experiência da marca, dentro de seu espaço de comunicação. Para que o processo funcione, o controle das atividades, dos gestos e das falas é feito tanto pelos manuais, quanto pelo gerente responsável, assim como pelo próprio consumidor, na frente do balcão.

O Cross Merchandising e a Promoção nos Supermercados Compactos: Juntando Fraldas, Livros, Vinhos, Queijos, Pimenta e Gergelim, de Forma Atraente Sergio Arreguy Soares (Fumec), Admir R. Borges (Fumec)

Com a abertura do mercado a partir dos anos 1990, as relações de consumo tornaram-se mais complexas e

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impulsionaram o varejo colocando-o em destaque como centro das atenções frente às necessidades de adequação às exigências estabelecidas desde então. A oferta de produtos e serviços diretamente ao consumidor estimulou a atenção dos esforços de marketing para o varejo, com suas múltiplas possibilidades como o elo mais importante do trade marketing. O objetivo deste estudo é avaliar o cenário atual dos supermercados compactos e as ações de cross merchandising desenhadas para otimizar o tempo do consumidor no ponto de venda, estimulando-o para uma decisão de compra mais diversificada. O cross merchandising e a promoção são hoje ferramentas determinantes na construção de relacionamentos para o segmento supermercadista.

Embalagem: despertar do desejo de consumo Patrícia Piana Presas (FAE)

Com a abertura do mercado a partir dos anos 1990, as relações de consumo tornaram-se mais complexas e impulsionaram o varejo colocando-o em destaque como centro das atenções frente às necessidades de adequação às exigências estabelecidas desde então. A oferta de produtos e serviços diretamente ao consumidor estimulou a atenção dos esforços de marketing para o varejo, com suas múltiplas possibilidades como o elo mais importante do trade marketing. O objetivo deste estudo é avaliar o cenário atual dos supermercados compactos e as ações de cross merchandising desenhadas para otimizar o tempo do consumidor no ponto de venda, estimulando-o para uma decisão de compra mais diversificada. O cross merchandising e a promoção são hoje ferramentas determinantes na construção de relacionamentos para o segmento supermercadista.

A Comunicação e a sua Influência no Processo de Consumo Rodney de Souza Nascimento (Facasper)

Entender o consumidor é um desafio para as corporações no mundo contemporâneo.O esforço envolve mudança da identidade de um produto em relação à identidade de produtos concorrentes na mente dos consumidores. Posicionar marcas nos tempos atuais,só é possível quando trabalhamos para fazer a conexão do posicionamento desejado para a marca com a percepção,desejos e anseios do público-alvo.Em nosso estudo escolhemos o cartão de crédito como foco principal de análise,uma vez que se trata de um produto de uso global e que ao longo dos últimas décadas, vem transformando todo o processo dos meios de pagamento,e para tanto,utiliza-se da comunicação como colaborador principal dessa transformação e expansão.O foco deste estudo foi procurar compreender o processo de mudança na comunicação das campanhas publicitárias das bandeiras de cartão de crédito e a sua relação com o comportamento do consumidor.

Domingol 06 de Setembro 14h – 18hSALA 201 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 9: Tendências Axiológicas Teóricas E Práticas E Estratégias De Comunicação MarcáriasCoordenadora: Elizete de Azevedo Kreutz (Univates), Coordenador: Jean-Charles Jacques Zozzoli (Ufal)

A Importância da Investigação das Tendências de Comportamento em Consumo para a Propaganda, a Comunicação e o MarketingJaniene dos Santos e Silva (USP) A investigação das tendências comportamentais e suas possíveis manifestações nos cenários de consumo é fundamental para as marcas definirem suas estratégias mercadológicas. Diferentes áreas do saber, como a Antropologia, a Psicologia, a Sociologia e a Economia, dão suporte teórico a essas pesquisas, o que permite a construção de diretrizes estratégicas para a Publicidade e Propaganda e o plano integrado de comunicação e marketing. Nesse sentido, o objeto do presente artigo é apresentar uma discussão sobre algumas metodologias empregadas com vistas à elaboração de um mapeamento teórico-metodológico da pesquisa de tendências.

Observatório de Marcas Elizete de Azevedo Kreutz (Univates), Francisco Javier Mas Fernández (UMayor)

O Observatório de Marcas é um programa internacional de pesquisa que reúne e reunirá pesquisadores de Instituições de Ensino Superior de diferentes países, selecionados pelo notório conhecimento na área da comunicação, marketing,

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branding, entre outras, para desenvolver pesquisas abrangendo a marca e seus processos de compreensão, construção, consolidação, proteção e avaliação, identificando e analisando as principais tendências das estratégias comunicacionais e branding. Este artigo tem como objetivo apresentar o histórico do Observatório, bem como seu o propósito e suas metas. Como resultado, esperamos que o mesmo possa ser difundido entre os pesquisadores e que estes possam participar das atividades futuras.

Publicidade e Lovemarks: o amor além da razão no caso Havaianas Carolina Conceição e Souza (PUC-RS)

O presente trabalho tem a intenção de contribuir com conhecimento acerca da publicidade e o marketing, especificamente a visão do consumidor em relação ao posicionamento e às lovemarks. Dessa forma, a marca Havaianas foi escolhida como estudo de caso uma vez que se encaixa na problemática pesquisada. Após uma revisão teórica sobre publicidade, marketing, posicionamento e comportamento do consumidor, os dados empíricos foram coletados junto às consumidoras através da técnica de entrevista em profundidade, com mulheres entre 20 e 45 anos e de classe AB e CD. Tais informações foram analisadas através de categorias como a relação das consumidoras com a marca no passado e no presente e com os anúncios atuais; sua percepção quanto ao novo posicionamento das Havaianas e as práticas de consumo do produto.

Tem leite para os mamíferos? Reflexões sobre marca e publicidade na cadeia produtiva do leite Maria Berenice da Costa Machado (UFRGS)

Got Milk? (Estados Unidos) e Mamíferos Parmalat (Brasil) são referências de campanhas publicitárias empreendidas na cadeia produtiva do leite: a primeira para promover o consumo do produto e a segunda para divulgar determinada marca. Ambas institucionalizaram-se, conquistaram a preferência dos consumidores, ultrapassaram os objetivos comerciais dos seus anunciantes e são objetos deste estudo. Partimos de uma breve revisão bibliográfica, analisamos as etapas de planejamento, criação e mídia dos dois cases e refletimos sobre as funções da publicidade junto às marcas de leite.

Redes Sociais como ambiente de comunicação institucional participativa: análise de IES na Região Metropolitana de Campinas (RMC) Comunicação Oral Luciana Fischer (PUC-Campinas)

As redes sociais constituem-se ambientes virtuais favoráveis para divulgação de ações institucionais que promovam a marca e o relacionamento da organização com o seu público direto e indireto, além de favorecer a interação de seus diversos públicos. Através de pesquisa qualitativa, mediante amostragem intencional foram pesquisadas 15 comunidades virtuais (orkut) de Instituições de Ensino Superior (IES), localizadas na Região Metropolitana de Campinas (RMC), objetivou-se analisar o envolvimento que estas IES possuem junto a esta rede social. Deve-se considerar que a ausência de ações estratégicas e a pouca interação junto aos seus usuários pode comprometer a provável sinergia em tempo real, afinal, o perfil dos futuros estudantes tende a ser cada vez mais dinâmico frente às novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs).

Comunicação Integrada de Marketing e sua Relação na Construção da Personalidade de Marca Janine Kuroski Fischer (Furb), Cynthia Morgana Boos de Quadros (Furb), Fernanda Macha Ostetto (Furb)

O estudo avaliou a relação existente entre a estratégia de Comunicação Integrada de Marketing na construção de personalidade de marca através da análise de um caso específico numa empresa têxtil. Para tal, foi utilizada uma adaptação da auditoria de performance de Comunicação Integrada de Marketing de Reid (2005) e, para a mensuração da personalidade das marcas, o estudo considerou Aaker (1997) e Muniz e Marchetti (2005). Como resultado, percebeu-se que a metodologia de pesquisa é eficiente para a análise qualitativa de casos como este e que empresa analisada não aplica modelos ou processos de acordo com a teoria, utilizando-se de ações de forma intuitiva que sugere uma importância prática da empresa na estratégia da Comunicação Integrada de Marketing como fortalecedora da personalidade de suas marcas.

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Domingol 06 de Setembro14h – 18hSALA 202 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 10: Produções Publicitárias e Relações Simbólicas na ContemporaneidadeCoordenador: Vander Casaqui (ESPM)

Interpretação de Imagens Publicitárias na Memória e na Cultura Franciele Paes Pimentel (Unioeste), Acir Dias da Silva (Unioeste)

O presente artigo é fruto de um recorte da Dissertação de Mestrado desta autora. O texto aborda sobre o fenômeno de articulação de elementos da memória e o reconhecimento de imagens produzidas pelos meios de comunicação. A partir deste estudo pretendeu-se entender o crescente movimento de culto ao corpo, em especial do corpo feminino, processo que está relacionado com a fragmentação do indivíduo no que tange à formação de sua identidade. Com interpretações ancoradas nos postulados sobre a Arte da Memória, buscou-se investigar como as imagens produzidas na publicidade contribuem para a identificação do indivíduo a partir da retomada dos elementos de sua memória, num movimento caracterizado como rememoração.

O encantamento e o consumo. As relações entre publicidade e religião no início do século XXIDeborah Pereira da Silva (PUC)

Este trabalho tem como objetivo estudar as relações que ocorrem entre publicidade e religião sob a ótica da tendência ao desencantamento do mundo. Buscar compreender as relações que surgem é determinante para vincular a publicidade nascida da competição financeira que visa alavancar processos de consumo para ocupar o mundo que tende ao desencantamento. A construção de significados do mundo referencial se ancora nas ferramentas que a publicidade desenvolveu para dar sentido a um mundo desencantado. Adotamos a idéia de que através da publicidade desenvolvida pelos investimentos capitalistas se ressignifiquem sentidos para a vida através do consumo.

Significações do Trabalho na Comunicação de Nextel: Análise da Campanha “Bem-vindo ao Clube” Vander Casaqui (ESPM-SP) A campanha publicitária da marca de serviços telefônicos Nextel é analisada sob a ótica das teorias do consumo e do trabalho. Discutimos os significados das narrativas de si construídas pelas pessoas que protagonizam os filmes, que se apresentam por suas trajetórias erráticas, em relação às expectativas do outro. Nessas narrativas, o trabalho se apresenta como destaque, como esfera de desafio e afirmação, de identidade e de estranhamento, de expectativas de fracasso e de conquista do sucesso. A reflexão sobre a espetacularização da intimidade serve como base para a compreensão do papel da atividade produtiva como intersecção de indivíduos em comunidades imaginadas pela linguagem publicitária.

O mundo jovem das drogas no comercial Álbum Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho (UCB)

Este artigo apresenta uma intepretação do comercial Álbum, assinado pela Associação Parceria Contra Drogas. O texto começa pela contextualização sócio-histórica e cultural de quesitos relacionados à juventude e à sua representação na publicidade; e dos conceitos de liberdade e rebeldia, eleitos como categorias de interpretação, numa proposta de análise temática dialógica. Em seguida, apresenta a intepretação do enredo e segue com uma discussão sobre seu tema central, relacionado com a inserção dos jovens na sociedade e a vinculação deles à cultura; e com a condição da publicidade neste contexto, já que a juventude constitui uma de suas mais importantes promessas.

Propaganda de Medicamentos na Mídia de Massa: celebridades e automedicação. Paula Renata Camargo de Jesus (UPM)

O presente trabalho busca compreender a medicalização da sociedade brasileira, por meio de uma visão transdisciplinar: Comunicação e Saúde, em especial da Comunicação Publicitária de Medicamentos. Ao propor uma reflexão crítica sobre a presença de celebridades em propagandas de medicamentos isentos de prescrição, o texto discorre por questões sociais e éticas e, busca analisar a linguagem persuasiva presente no discurso de medicamentos que, ao utilizar celebridades, pode contribuir com o alto índice de consumo irracional de medicamentos no país. Este trabalho

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é um “recorte” da minha tese de doutorado, defendida em 2008, na PUCSP.

A Publicidade Audiovisual no Contexto da Sociedade de Consumo Marcelo Eduardo Ribaric (Fateci)

O filme publicitário talvez seja a peça mais característica da publicidade contemporânea e também a de maior influência social. Os anúncios audiovisuais são a vanguarda da inovação técnica e retrato dos estereótipos sociais da modernidade, modernidade esta que, segundo Walter Benjamin, opera uma mudança da percepção coletiva da vida cotidiana, ressignificando o imaginário coletivo através de uma experiência do espectador com imagens, provocando uma percepção aguda e criando um efeito de choque.

Os recursos fotográficos como estratégias de atratividade visual de outdoors em relação aos seus contextosAlexandre Davi Borges (Unisc)

A publicidade utiliza-se da fotografia constantemente. Um dos produtos comunicacionais da publicidade – o outdoor – se aproxima ainda mais desta linguagem pela característica similar de impor limites físicos nas bordas de suas imagens. Contudo, ao outdoor há uma possibilidade de saídas ‘físicas’ deste quadro (aplique). Este recurso, contrapondo o recorte que coloca elementos dentro do quadro, serve, a priori, como estratégia de atratividade visual. Colocados em seu contexto – o ambiente urbano – configura-se este recurso como atrativo? O modo como se dá a recepção destes produtos – em seus contextos – é apresentado aqui, buscando revelar alguns sinais sobre a efetividade comunicacional destes produtos e suas ‘transgressões’.

Domingol 06 de Setembro 14h – 18hSALA 203 BLOCO AZUL

Mesa Redonda 11: Estudos de Algumas Práticas e Valores Investidos em Campanhas Pu-blicitáriasCoordenador: Lideli Crepaldi (USCS/FSA)

Análise de campanha publicitária Diesel “live fast”: a importância da imagem na construção de uma marca de luxo Deivi Eduardo Oliari (Uniasselvi), Marcia Regina Annuseck (Uniasselvi)

Este estudo apresenta esclarecimentos sobre a propaganda de moda e seu poder de persuasão, com base na campanha primavera-verão 2008 da conceituada marca Diesel. Tem por objetivo ajudar os leitores a compreender os motivos de consumo de uma marca de luxo a partir de uma bem conceituada campanha publicitária denominada “Live fast”. Fez-se necessária a revisão bibliográfica, fundamentando os conceitos da moda e da propaganda. A Diesel é considerada uma marca de luxo, suas roupas são bem conceituadas e tem grande valor agregado no mercado internacional. A marca sempre opta por fazer campanhas publicitárias impactantes e bem humoradas, enfocando a verdadeira correria dos tempos atuais.

Hermès: o fabuloso império do consumo de luxo Lideli Crepaldi (USCS/FSA)

O artigo tem por objetivo compreender como a marca francesa Hermès se distingue das demais marcas e empresas do mercado de luxo. Partindo de um estudo de caso da referida empresa, utilizamos a pesquisa bibliográfica e pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas sobre o crescente mercado do consumo de luxo. A partir da análise, conclui-se que a empresa Hermès está inserida no padrão de luxo autêntico, destacando-se no cenário internacional em vista de atributos como exclusividade, elegância, valorização à manufatura e criação de itens one-of-a-kind, além de parcerias estratégias com outras marcas de luxo para fabricação de carros e helicópteros personalizados.

A cultura da cidade de Itajaí/SC representada nos cartazes publicitários da Festa Marejada Rafael Jose Bona (Furb/Univali)

A comunicação regional tem o objetivo de fortalecer a cultura local e produzir conhecimento. Ao trazer este contexto

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para a cidade de Itajaí, em Santa Catarina, sentiu-se a necessidade do desenvolvimento desta pesquisa que tem como objetivo analisar a forma que a cultura e costumes são representados nos cartazes publicitários da Festa Marejada, a mais tradicional e representativa da cidade. Esta pesquisa utilizou a teoria Semiótica peirceana por meio de Santaella (2000/2006) para analisar os signos de cultura presentes nos cartazes das últimas edições da festa (1997 a 2005). O resultado alcançado foi ter conseguido traçar um “perfil de cultura” expressada nos cartazes publicitários da Festa Marejada. Estudos como este visam fortalecer pesquisas relacionadas à Comunicação Publicitária Catarinense.

Entender a classe C: o novo desafio da comunicação publicitária Sandra Dalcul Depexe (UFSM)

A proposta do presente artigo é refletir sobre a valorização da classe C como classe consumidora. Para tanto, lançamos olhar sobre a classificação sócio-econômica deste estrato, sobre o modo como a indústria e a publicidade tem buscado formas de aproximação e finalmente, traçamos algumas observações sobre a conceituação do popular. Procuramos cultivar, neste trabalho, o caráter exploratório de tais questões.

Comunicação de Risco e Comunicação Publicitária de Produtos Saneantes Domissanitários Carla Daniela Rabelo Rodrigues (USP)

Este artigo discute a Comunicação de Risco no âmbito dos processos comunicacionais diante de um cenário social onde o número de acidentes com produtos saneantes domissanitários é elevado principalmente na infância. A publicidade, por sua vez, utiliza em seu discurso elementos que podem desconstruir a noção de risco associada a esta categoria de produtos.

Construção de marca em telefonia móvel no Brasil – contribuições da análise semiótica aplicada à publicidade Silvio Koiti Sato (USP)

O presente artigo tem o objetivo de apresentar a construção de uma marca de telefonia móvel brasileira, por meio da análise de suas expressividades publicitárias. A partir da avaliação do contexto competitivo do setor, partiu-se para a análise aprofundada da produção publicitária da marca. O roteiro analítico teve como base a Teoria Geral dos Signos de Charles Peirce. Por meio da consolidação entre pesquisa bibliográfica e análise semiótica da publicidade foi possível identificar as marcas sócio-culturais e mercadológicas que sustentam a marca hoje.

Merchandising no Cinema: Um olhar sobre Pulp Fiction, de Quentin Tarantino Fabricia Durieux Zucco (Furb), Rafael Jose Bona (Furb/Univali), Larissa Schlögl (Furb)

O merchandising é uma mídia que, quando bem trabalhada, consegue criar imagem positiva de determinado produto ou serviço, e, quando utilizado na televisão ou cinema pode fazer associação a determinado personagem ou interferir no contexto dramático da história. Este trabalho tem o objetivo de apresentar quais são as marcas – fictícias ou não – que estão inseridas no filme Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994) do diretor Quentin Tarantino. Os merchandisings serão apresentados e classificados e, em seguida, serão verificadas e apontadas as marcas que colaboraram no contexto dramático do filme/cena. Espera-se que esta pesquisa suscite novos estudos e contribuia na área relacionada ao cinema e a propaganda.

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DIVISÃO TEMÁTICA 3 - GP RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONALCoordenadora: Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUC-RS)

SALAS 205 e 206 BLOCO AZUL

Sábadol 05 de Setembro9 h às 12 hLocal: SALA 205 BLOCO AZUL

Sessão 1: Relações Públicas e Comunicação Organizacional Coordenador: Celsi Brönstrup Silvestrin (UFPR)

A Contribuição do Mass Comunication Research para as Teorias das Relações Públicas Elisangela Carlosso Machado Mortari (UFSM)

O texto discute o processo das Relações Públicas através do paradigma funcionalista da Comunicação, mais especificamente, através da escola norte-americana do Mass Communication Research. Na perspectiva teórica estudada é possível compreender as teorias das Relações Públicas segundo o campo científico da comunicação. A proposta do trabalho é revisitar as teorias Hipodérmica, dos Efeitos Limitados, da Persuasão e dos Usos e Gratificações segundo o enquadramento teórico das relações públicas proposto por James Grunig

Do Campo das Relações Públicas ou Para Fazer o ContornoManoella Maria Pinto Moreira das Neves (Ufal)

O presente texto é um desdobramento dos registros preliminares de estudo sobre o campo das relações públicas na sociedade contemporânea, partindo da compreensão do lugar da marca na constituição deste campo. Inicialmente em outro artigo , buscou-se evidenciar uma concepção ampliada de marca, concebendo-a como capital simbólico vivo, próprio das relações públicas. Neste texto procura-se abordar quanto à necessidade de orientar o exercício da atividade tendo como foco o contexto social e o que ele indica, buscando, na aplicação profissional, uma postura analítica/crítica, como alguém que desconfia/desconhece para descobrir um outro olhar sobre os processos comunicacionais. A sociedade atual exige novas posturas do administrador da comunicação organizacional tendo em vista que os indivíduos aprenderam a exercer sua cidadania a partir da experiência democrática dos últimos anos.

Mercado de trabalho e a formação dos profissionais de Relações Públicas: desafios e oportunidades Maura Padula (PUC-Campinas)

O artigo se propõe a abrir um debate sobre a formação dos profissionais de Relações Públicas frente às novas demandas de mercado na área de comunicação corporativa. Este questionamento foi fruto da análise dos currículos acadêmicos de algumas das IES com Cursos de Relações Públicas no Brasil, traçando o perfil do profissional formado hoje pelas faculdades de relações públicas e avaliando sua competitividade no mercado, bem como as competências necessárias para os profissionais atuarem na área de comunicação das organizações. Este trabalho objetiva contribuir para a ampliação do potencial de mercado para os profissionais de Relações Públicas.

A Gestão da Ética Organizacional: possibilidades de atuação dos profissionais de comunicação organizacional e relações públicasZilda Aparecida Freitas de Andrade (UEL)

Discute conceitos de ética e aborda a distinção entre os termos ética e moral para clarificar a moderna aplicação da ética organizacional. Caracteriza a “empresa ética” como promotora de espaço de diálogo para consolidar a ética organizacional dando legitimidade às ações dos indivíduos e da organização. Defende o comprometimento das lideranças na implantação de um programa de ética e destaca a oportunidade aos profissionais de comunicação organizacional e relações públicas de se tornarem estrategistas na gestão da ética organizacional.

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Comunicação Organizacional e Relações Públicas em Hospitais Maria Rosana Ferrari Nassar (PUC-Campinas)

Este artigo apresenta uma reflexão sobre comunicação nos hospitais, analisando a complexidade desse tipo de organização profissional diante das demandas sociais da contemporaneidade. Nessa perspectiva, o artigo trata também da necessidade da formação do gestor do hospital no âmbito das competências comunicacionais e da cultura presente nas organizações hospitalares como um fator que obstaculiza ou dificulta a apreensão do valor estratégico da comunicação, ressaltando a importância das relações públicas e sua função estratégica, inserida no âmbito da gestão dos hospitais, de modo a produzir resultados efetivos em busca da excelência nos processos da comunicação com os públicos internos e externos.

Comunicação organizacional em um hospital público de ensino: o caso do HRAC-USP, suas estratégicas e ações Marisa Romangnolli (Faac/Unesp), Marcos Paulo da Silva (Umesp)

A proposta do trabalho é apresentar as estratégias de comunicação no âmbito de um hospital universitário público de ensino, adotando como corpus de análise o caso do Serviço de Comunicação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), campus Bauru (SP). Busca-se relacionar as estratégias comunicacionais do corpus estudado e os resultados obtidos, permitindo uma visão sistematizada deste serviço no contexto da comunicação organizacional.

O uso das tecnologias informacionais digitais pelas operadoras de telefonia móvel celular na relação estratégica com o seu público consumidor Marcello Raimundo Chamusca Pimentel (RP-Bahia)

A nossa pesquisa apoiou-se em vários âmbitos exploratórios e conceituais e se propôs a investigar como as operadoras de telefonia móvel celular, que atuam em Salvador/BA, têm gerenciado as informações advindas dos seus Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC’s), e quais as estratégias de comunicação utilizadas no estabelecimento das relações com os seus usuários. Neste artigo, entretanto, vamos tratar apenas dos resultados relacionados com o uso das tecnologias informacionais digitais pelos SAC’s.

Sábadol 05 de Setembro09h00 às 12h00 SALA 206 BLOCO AZUL

2ª Sessão: Organizações e Novas TecnologiasCoordenadora: Eugenia Maria Mariano da Rocha Barichello (UFSM)

Procurados pela NET: O uso da rede social como ferramenta de seleção de pessoas Ana Cristina M. Giacomo Minervino(FCSCL)

A Era Digital nos trouxe uma nova proposta de comunicação e interação. Grupos Sociais ganham novos formatos e passam a pertencer a Comunidades Virtuais, Redes Sociais e Sites de Convivência. Essa nova linguagem, que antes pertenceria somente ao universo dos jovens, demonstra grande utilidade e eficácia dentro do contexto organizacional, pois se tornou um poderoso aliado das empresas de recursos humanos na hora de recrutar profissionais. Este trabalho faz, inicialmente, um aporte teórico sobre a existência dos grupos sociais e sua expansão para o ambiente tecnológico, para em seguida, analisar de que maneira as redes virtuais podem ser utilizadas como uma poderosa ferramenta de recrutamento e seleção.

A Comunicação Organizacional e as Organizações na Rede: TICs, Internet e Mudanças na Comunicação Margareth de Oliveira Michel (UCPel)

Este trabalho procura analisar a mudança que aconteceu com os meios de comunicação à medida que os mesmos foram apropriados pelas TICs - Tecnologias da Informação e da Comunicação sendo transferidos para a Rede e com o surgimento das Redes Sociais na Internet. Devido a essa nova realidade, a forma e o jeito de comunicar nas Organizações se transformou, e a investigação tem como objetivo conhecer as mudanças provocadas.

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A comunicação organizacional em tempos de redes sociais online e de usuários-mídia Carolina Frazon Terra (USP)

Pretendemos entender o papel da comunicação organizacional diante dos usuários-mídia. Consideramos como usuários-mídia aqueles produtores de conteúdo no ambiente digital, munidos de ferramentas colaborativas que os permitem criar blogs, podcasts, participar e gerir comunidades, mobilizar-se por meio da web, direcionar protestos, emitir opiniões. E tais manifestações geradas por esse consumidor afetam diretamente na imagem e nos planejamentos comunicacionais das organizações. São estas formas que elucidaremos aqui com este artigo.

Organizações e clientes: considerações sobre comunicação e relacionamento na Web Silvana Maria Sandini (PUC-RS)

Considerando que não há mais espaço para pensamentos positivistas e que impõem soluções programadas para a comunicação organizacional, o texto busca explorar as novas formas de comunicação e relacionamento com clientes, em ambientes virtuais, vinculando-as a questão da cultura organizacional. Neste sentido, não basta que as organizações se posicionem na Web de forma coerente, clara e planejada é preciso que elas se insiram de forma orgânica, dialogando de forma transparente com o usuário. É preciso que cada organização estabeleça o seu lugar na Rede. Para tanto, as organizações devem possuir uma cultura que venha ao encontro do caráter transparente e dialógico da Rede, estabelecendo uma relação de credibilidade e confiança que se reconstrói a cada dia.

O blog como ferramenta estratégica para a comunicação organizacional num momento de crise: um ensaio sobre o Blog da Petrobras Juliana Lúcia Escobar (SCT)

Análise do Blog da Petrobras – Fatos & Dados considerando a apropriação feita pela companhia de uma ferramenta web como instrumento de comunicação organizacional, especialmente como parte de estratégia de comunicação de crise. Avaliação crítica da polêmica prática adotada nos primeiros dez dias de existência do blog: postar as perguntas enviadas por jornalistas à Petrobras, e respectivas respostas da companhia, antes da publicação do texto final pelos veículos de imprensa.

Blogs corporativos: instrumentos de Relações Públicas para a eficácia da Comunicação Organizacional Ana Rosa Lattanzi Bezerra De Melo (Uerj)

Este artigo tem o objetivo de refletir sobre a utlização dos blogs corporativos como instrumentos de Relações Públicas para o posicionamento da organização face aos seus públicos prioritários. Dado que a comunicação é uma questão estratégica para as organizações contemporâneas, a utilização de instrumentos tecnológicos para a criação e manutenção de um relacionamento profícuo com os públicos torna-se um desafio para a sobrevivência das marcas. Aspectos como transparência, velocidade, acessibilidade e antecipação da informação pontuam as estratégias de comunicação das organizações – públicas ou privadas -, no trato com os públicos prioritários, sob pena de abalo nas reputação e imagem institucionais.

Re(pensando) a ecologia dos blogs corporativos Marcio Gonçalves (Unesa)

O artigo tem o objetivo de mostrar que os blogs corporativos, fruto da chamada web 2.0, estão presentes no cenário de (algumas) organizações brasileiras. Estes blogs, portanto, servem para ampliar a comunicação com os públicos da empresa e são capazes de humanizar as relações mesmo em ambiente virtual. Outras mídias e ferramentas, porém, surgem com o intuito de aprimorar o relacionamento empresa-colaborador, demonstrando o dinamismo e o surgimento de novas formas de se lidar com a comunicação no ambiente que as novas tecnologias de informação e comunicação proporcionam.

Sábadol 05 de Setembro14h00 às 16h15 SALA 205 BLOCO AZUL

1ª Sessão - Divisão Temática 1: Comunicação Organizacional Coordenador: Rudimar Baldissera (UFRGS)

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Reflexões sobre uma epistemologia da comunicação organizacional e das relações públicas. Fabia Pereira Lima (PUC-Minas)

O presente artigo apresenta uma proposta de reflexão sobre as bases epistemológicas da comunicação organizacional e das relações públicas, entendidas como subáreas do campo de estudos da comunicação social. Para isto, apresenta a conformação do campo da comunicação para, a partir daí, tratar da comunicação organizacional e das relações públicas como subcampos. Por fim, defende a relevância da ampliação das reflexões e discussões epistemológicas para consolidação da área da comunicação organizacional e das relações públicas tanto acadêmica como profissional e socialmente.

Pensando métodos para o estudo da Comunicação Organizacional a partir da Autopoiese Michelle Maia Paris (UCB), João José de Azevedo Curvello (UCB)

Este trabalho tem como principal objetivo promover uma discussão acerca do tema da comunicação organizacional, entendendo a organização como um sistema que está em relação interdependente com um sistema maior, a sociedade, e com uma gama de outros sistemas como indivíduos e outras organizações. Para tal compreensão, propõe-se um estudo teórico sobre a aplicação de estratégias metodológicas empíricas, Teorias da Autopoiese e dos Sistemas Sociais. Nossa intenção é a de investigar as contribuições que estas teorias e métodos, têm a oferecer para uma maior compreensão dos processos comunicacionais dentro e fora das organizações. Pretendemos, ainda, comprovar que ir ao campo é ainda a principal alternativa para aqueles pesquisadores dispostos a desvendar a comunicação em fluxo, em processo e em auto-construção.

A Percepção do Fenômeno da Informação Organizacional: uma Medida Possível a partir do Hipertexto e da Autopoiese Adriana Locatelli Bertolini (UCS)

A comunicação organizacional na contemporaneidade assume um papel de destaque no qual a informação é fundamental para a tomada de decisões. A dificuldade é então de localizar e seriar as boas informações (DOU, 1995), o que pode se realizar com a aplicação de metodologias como a de inteligência estratégica. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o nível de percepção do fenômeno da informação, a partir dos princípios do hipertexto e da autopoiese, utilizando uma escala baseada em dois grandes eixos: a informação nas organizações e as etapas do processo de inteligência estratégica. Os dados foram coletados através de uma pesquisa tipo survey, com amostra composta por 250 empresas do setor moveleiro do Rio Grande do Sul. Os resultados indicam a existência de associação entre a percepção dos fenômenos da informação e a estruturação dos processos de inteligência estratégica.

O papel fundante da escuta na comunicação organizacional Marlene Branca Sólio (UCS)

Este trabalho traz análise de entrevistas aplicadas a trabalhadores de dois grupos organizacionais, para a construção de tese de doutorado a ser defendida no PPG PUC-RS. A análise do discurso enfatiza princípios da Psicanálise (Freud e Lacan) e da análise do discurso de linha francesa (Foucault nas questões de poder e Althusser nas questões de ideologia). O paradigma norteador do trabalho é o da Complexidade (Morin). A análise não é, ainda, conclusiva, embora desenhe base sólida para a discussão da questão norteadora da pesquisa: Como o comportamento dos sujeitos organizacionais, se consideramos aspectos psíquicos, pode desenhar as relações dos públicos nas organizações?

Comunicação organizacional em situação de crise: o contexto e a polidez lingüística Anely Ribeiro (UFPR)

O artigo apresenta fundamentos conceituais sobre o contexto e as estratégias da polidez lingüística, adequadas à situação de crise no processo da comunicação organizacional. Empregamos a revisão bibliográfica com perspectivas dos estudos lingüísticos relacionados aos princípios da polidez, às estratégias e às variáveis sociológicas, ou seja, o poder relativo, distância social e nível de imposição, numa visão interdependente e complementar às noções de crise nos discursos organizacionais.

A comunicação organizacional de cooperativas de economia solidária: um processo através do olhar da complexidade Caroline Delevati Colpo (PUC-RS)

O processo de comunicação organizacional acontece em todos os tipos de organizações. Neste trabalho estuda-se

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as cooperativas de economia solidária como organizações que estabelecem o processo de comunicação com seus cooperados e com a comunidade. Para melhor entender este processo de comunicação organizacional em questão, trabalhar-se-á com a comunicação através das relações de trabalho estabelecidas dentro das cooperativas de economia solidária como um dos elementos de constituição da identidade do sujeito, ao mesmo tempo em que esta identidade constitui a comunicação organizacional. Com isto se busca compreender e explicar a complexidade do processo de comunicação organizacional nas cooperativas de economia solidária por intermédio das categorias organização, comunicação organizacional, identidade e trabalho com uma pesquisa qualitativa.

Sábadol 05 de Setembro14h00 às 16h15SALA 206 BLOCO AZUL

2ª Sessão: Comunicação Organizacional Coordenador: Luiz Carlos Assis Iasbeck (UCB)

Assessoria de Imprensa Imaginada Basilio Alberto Sartor UFRGS), Rudimar Baldissera (UFRGS)

O artigo apresenta reflexão sobre a assessoria de imprensa imaginada, na perspectiva da comunicação organizacional, atualizada por assessorados e jornalistas. Utiliza-se de pesquisa de campo com assessorados e jornalistas de mídia, do Estado do RS. Compara os imaginários possíveis de identificar nas marcas de linguagem presentes nas repostas dos entrevistados para compreender implicações desse(s) imaginário(s) no fazer do assessor. Indica que assessorados tendem a imaginar a atividade como instrumento de visibilidade para fins mercadológicos e/ou construção de imagem-conceito, enquanto jornalistas atribuem à atividade o papel de servir à produção de notícias. Infere que, além de usar técnicas de jornalismo e relações públicas, o assessor, para garantir a visibilidade do assessorado, precisa atuar como co-produtor de conteúdos jornalísticos.

Atuação da Assessoria de Imprensa em Eventos – O caso do Incidente no Porto Velho Shopping Cristina Leite Fernandes Bonito (Uniron), Marco Antonio Bonito (Uniron)

Este trabalho pretende estudar a atuação da assessoria de imprensa no evento específico do incidente no Porto Velho Shopping, ocorrido em 11 de março de 2009. O fato gerou grande repercurssão na imprensa local, regional e, inclusive, nacional, porém proporções maiores foram dadas ao incidente pela divulgação de informações equivocadas. As referências teóricas encontradas neste artigo são fruto de estudo e pesquisa para o primeiro capítulo de monografia de MBA em gestão e planejamento estratégico em comunicação pela Faculdade Interamericana de Porto Velho (Uniron).

Mídia e AIDS: um estudo destacando os pressupostos teóricos inerentes e os resultados de pesquisas efetuadas nos jornais impressos e on line Sonia Aparecida Cabestré (USC), Tania Maria Graziadei (USC)

Trata-se de um estudo que apresenta os diferentes aspectos que têm ligação com o tema AIDS, em especial aqueles que se referem à abordagem da mídia. Dessa maneira, destaca-se que, para a elaboração do artigo, considerou-se três momentos: inicialmente ressaltam-se os pressupostos pertinentes ao tema, ou seja, sociedade da informação e do conhecimento e comunicação, mídia e HIV e trajetória da AIDS. Na sequência apresentam-se os principais aspectos referentes ao resultado de pesquisa documental - uma desenvolvida no período de 1995 a 1997, junto à mídia impressa, e outra realizada junto ao sistema on line, que priorizou no processo de coleta de informações o período compreendido entre 01/12/2008 a 28/02/2009. Os resultados possibilitaram refletir sobre o comportamento da mídia em relação às questões da AIDS.

“CHECK!”: A comunicação nas organizações em tempos de paradoxos. Identidades, velocidade, volatilidade e consumo autoral Boanerges Balbino Lopes Filho (UFJF), Cássia Vale Lara (UFJF), Raphael Carvalho (UFJF)

A percepção coletiva de passagem do tempo é outra no mundo contemporâneo. A velocidade trouxe valores efêmeros, estabeleceu a volatilidade. Ao mesmo tempo, públicos cada vez mais exigentes e pluralizados ocupam novos

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espaços colaborativos. O presente trabalho busca analisar esse momento marcado pelas transformações nos modos como concebemos as relações humanas e organizacionais permeadas pela comunicação. A singularidade do consumo se mostra como fator preponderante para entendermos as formas pelas quais as relações de identidade e diferença são marcadas em meio ao hibridismo cultural. Neste contexto, as definições aplicadas à comunicação organizacional também são postas em “check”. Inseridas que estão em um cenário de identidades fluidas e com formas consumptivas complexas, proporcionando reflexões instigantes.

Imagem e discurso: o ethos dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na eleição municipal de 2008 presente nas matérias veiculadas pelo jornal Estado de Minas. Virgínia Borges Palmerston (UniBH)

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em 2008, por meio da Análise do Discurso, que buscou verificar como foi construída a identidade dos candidatos nesse ano eleitoral, tomando como base o ethos dos políticos presente nas matérias, ou seja, a imagem deles próprios refletida no discurso, por meio da utilização de signos, qualificativos,entre outros recursos utilizados . Os resultados obtidos apontam que o discurso dos políticos funciona como uma estratégia para passar uma impressão favorável ao eleitor, o que poderia contribuir com a visibilidade do candidato ou para a adesão desse eleitorado ao projeto político. Desse modo, o relações-públicas tem em mãos um eficiente instrumento para verificar a identidade de seu assessorado político e, partir daí, observar na recepção se a imagem deste político é coerente com sua expectativa.

Imagem e símbolo: momentos ritualizados e a estabilização da comunicação nas organizações. Mariângela Benine Ramos Silva (UEL), Bruna Gabriela Simões (UEL), Ana Carolina Sciena (UEL)

Este artigo discute o funcionamento dos ritos, rituais e cerimônias em seu papel de elemento estratégico a serviço da construção e consolidação da imagem e do relacionamento interpessoal nas organizações. Analisa o modo como essas práticas contribuem para reforçar a credibilidade e a aceitação social dos fatos e realizações de um ambiente de trabalho. Conclui que a imagem se fortalece e se torna mais intensa quanto mais impregnados de signos simbólicos estiverem os momentos cerimoniosos. Por outro lado, os ritos e rituais marcam diversos estilos de relacionamento e, além disso, aparecem com muita força no momento em que acontecem mudanças, em que há passagem de um estado para o outro – e são elementos que reforçam, via comunicação, a preservação dos valores organizacionais.

Sábadol 05 de Setembro 16h30 às 18h45 SALA 205 BLOCO AZUL

1ª Sessão: Comunicação Organizacional Coordenador: João José Azevedo Curvello (UCB)

Análise da Comunicação Interna em Universidades no Rio Grande do Sul Cassiana Maris Lima Cruz (PUC-RS)

O estudo teve como objetivo analisar o significado atribuido a comunicação interna, analisando os canais de comunicação, os sistemas de informações e a ouvidoria, segundo a percepção dos gestores de comunicação em universidades do Rio Grande do Sul. Foi realizada uma pesquisa qualitativa de carater exploratório-descritivo, adotando a estratégia de casos múltiplos (YIN, 2001), em quatro universidades. Os resultados demonstraram que o significado de comunicação e, posteriomente, da comunicação interna assumem o sentido de diálogo, relação e inter-relação entre sujeitos e organização; a utilização de canais formais de comunicação, reconhecendo os espaços de comunicação informal; a falta de clareza quanto o significado de sistemas de informação e a importância da ouvidoria como canal de comunicação.

Políticas Públicas de Comunicação: o desafio da Universidade Federal de Uberlândia Vanda Cunha Albieri Nery (UFU), Dalira Lúcia Cunha Maradei Carneiro (UFU)

O trabalho propõe a discutir a trajetória da comunicação organizacional e a importância de sua implementação nas instituições, quer sejam de caráter público ou privado, para o estabelecimento de canais efetivos, ágeis e eficientes,

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de ligação com seus diversos públicos. Partindo da constatação de que na sociedade contemporânea, a comunicação organizacional deve pautar-se pela visão integrada, com as ações e estratégias comunicacionais remetendo-se ao conjunto de diretrizes, valores e princípios da Instituição, busca-se apresentar uma síntese da experiência de criação da área de comunicação na Universidade Federal de Uberlândia, na década de 1980, até a construção de sua política de comunicação, integrada à política de administração da Instituição, em 2008. Teorias de comunicação organizacional e de comunicação integrada sustentam a análise.

Um estudo de caso sobre a importância da comunicação organizacional nas instituições privadas de ensino superior (IPES) Maria Eugênia Porém (FIB)

Estudo sobre a importância que a comunicação organizacional exerce no âmbito das instituições privadas do ensino superior. Entende-se que a comunicação organizacional vem ganhando espaço neste segmento e diferentes estudos contribuem para a compreensão sobre sua função estratégica e integrada. Para tanto, foi realizado um estudo de caso cujos resultados poderão promover uma reflexão mais aprofundada sobre o tema. Percebeu-se que apesar da sua importância, ainda é necessário que as IPES criem e incorporem uma política de comunicação organizacional à sua gestão universitária.

A Comunicação Organizacional Interna na Unifra Luciano Mattana (Unifra)

A chegada das novas tecnologias da informação e da comunicação (NTIC ) à realidade das pessoas aumentou a capacidade e a qualidade dos recursos técnicos de distribuição de informação e conhecimento, mudou consideravelmente a forma com que as pessoas e ou organizações se comunicam com os outros e entre si. Sob essa perspectiva, torna-se pertinente pensar a comunicação organizacional como possibilidade de interlocução entre colaboradores, e de construção de uma gestão colaborativa a partir das novas tecnologias, à luz do pensamento complexo. Buscando analisar esta questão, foi pesquisada a percepção dos professores do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA a respeito da comunicação desta com seu público interno.

Comunicação nas relações de trabalho: análise crítica de vozes da comunicação organizacional no Brasil Claudia Nociolini Rebechi (Umesp)

Este trabalho é fruto da dissertação de mestrado “Comunicação nas relações de trabalho: análise crítica de vozes da comunicação organizacional no Brasil”, a qual busca uma reflexão crítica sobre a comunicação nas relações de trabalho no contexto da comunicação organizacional no Brasil. A partir de investigações preliminares sobre esta área de conhecimento, notamos que suas discussões a respeito desta temática apresentavam poucas análises críticas apoiadas nos aspectos que tem configurado as transformações contemporâneas no mundo do trabalho. Este cenário despertou nosso interesse em compreender como determinados estudiosos, bem como a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), ambos considerados vozes representativas da área, concebem as relações entre organizações e trabalhadores por meio da comunicação.

Oralidade para Líderes: abordagem estratégica da comunicação organizacional Marta Terezinha Motta Campos Martins (ECA-USP), Aislan Ribeiro Greca (Unitau)

O trabalho tem o objetivo de abordar a organização como espaço de diálogo onde o líder pode adotar a comunicação oral e a oralidade como orientações estratégicas para a comunicação interna. Apresenta o pensamento de estudiosos da comunicação organizacional que reconhecem o diálogo como meio humanizado para a comunicação entre sujeitos nas organizações. Discute habilidades esperadas de um líder, com destaque para o valor da habilidade de comunicação, tão necessária para o exercício de liderança nos dias de hoje. Oferece sugestões para que a oralidade do líder sirva como norte para o desempenho das equipes. Para cumprir seus objetivos o estudo ocorreu em duas fases. Na primeira fase realizou-se uma pesquisa bibliográfica fundamentada na literatura indicada em disciplina da ECA/USP. A segunda fase ocorreu com uma pesquisa empírica realizada em organização de grande porte.

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Sábadol 05 de Setembro16h30 às 18h45 SALA 206 BLOCO AZUL

2ª Sessão - Divisão Temática 2: Comunicação Organizacional Coordenadora: Adriana Machado Casali (UFPR)

Comunicação e Identidade Organizacinal: uma percepção possível Iara Marques do Nascimento (UFJF)

A comunicação organizacional e a identidade organizacional enquanto ferramentas para aumentar a flexibilidade das organizações precisam ser trabalhadas a partir das interações e das construções simbólicas que ocorrem no contexto organizacional. Essa é a perspectiva trabalhada no presente artigo que tem como base os pensamentos da “Escola de Montreal”4, do Interacionismo Simbólico e dos Estudos Culturais. Além de ver na comunicação interna um canal de interação, construção e reconstrução da realidade organizacional, assim como de sua identidade.

Batalhas simbólicas e controvérsias terminológicas: a comunicação nas organizações e a busca pelas identidades e alteridades Cássia Vale Lara (UFJF), Boanerges Lopes (UFJF)

O presente trabalho, embasado no Interacionismo Simbólico e nos Estudos Culturais, pretende identificar as disputas de poder simbólico na sub-área do campo da Comunicação chamada de Comunicação Organizacional. Apresenta a perspectiva da construção imaterial e não-essencialista de identidade e alteridade. Por se tratarem de formações discursivas, sua afirmação se processa na demarcação de fronteiras entre “nós” e “eles”. O uso aleatório de terminologias atribuídas à comunicação organizacional parece ilustrar essa batalha simbólica entre os pesquisadores da área. O que significa que o campo de pesquisa da Comunicação Organizacional opera com uma formação identitária controversa e plural.

Comunicação Estratégica: Uma abordagem organizacional e política André Luiz Araújo Corredoura (FCSH), Fabiola Vilela de Albuquerque (Seplag - UFPE)

Na era da informação, globalização e gestão do conhecimento, a comunicação obteve um posicionamento estratégico nas organizações. A responsabilidade social, a ética, o meio-ambiente e a sustentabilidade são temáticas presentes e praticadas pelas empresas que buscam uma colocação estratégica e uma vantagem competitiva num ambiente instável, onde existe uma concorrência acentuada e global. Surge então, a Comunicação Estratégica, uma área que vem se desenvolvendo e que engloba uma vasta tipologia comunicacional, num âmbito organizacional, político e inserida no envolvente das organizações. Identificar os desdobramentos da comunicação estratégica, a sua tipologia e poder relacioná-la aos conceitos da comunicação política e dos novos paradigmas estabelecidos na sociedade, dentre eles a sustentabilidade e as novas tecnologias, fazem parte dos objetivos deste estudo teórico.

Comunicação como Diferencial Estratégico na Gestão do Conhecimento das Organizações Tassiara Baldissera Camatti (UCS)

Este artigo visa explicitar, com base na revisão bibliográfica, os conceitos de comunicação, estratégia e gestão do conhecimento, buscando verificar como a comunicação auxilia na implantação da gestão do conhecimento nas organizações e se pode ser entendida enquanto um diferencial estratégico para esse processo. Também objetiva-se definir como acontece a criação e gestão do conhecimento nos ambientes organizacionais, a fim de construir um cenário real para a aplicação da gestão estratégica que envolva além do planejamento a visão e a interação humanas, por meio da comunicação. Nesse cenário, onde tudo é único e cada pessoa é múltipla, acredita-se que a gestão do conhecimento é uma ciência que tem como grande aliada a comunicação.

As Representações Sociais na Gestão do Relacionamento Comunitário: Estudo de Caso –Petrobras/Revap Aislan Ribeiro Greca (Unitau), Edna Maria Querido de Oliveira Chamon (Unitau)

Identificar como os públicos de interesse de uma organização a representam socialmente em sua coletividade é um insumo de suma importância para as empresas que buscam sobreviver no mundo dos negócios. Assim, este artigo busca analisar qual a representação social da comunidade do entorno de uma unidade de negócio da Petrobras que

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sofre diretamente os impactos do processo industrial (representados por líderes comunitários, professores e profissionais de saúde) tendo como amostra 15 entrevistas realizadas, tendo como ferramenta de análise o software ALCESTE. Esta pesquisa revela o quanto a análises de comunicação social podem influenciar na construção das representações sociais, no entanto, esta influencia se limitada somente a quem possui um relacionamento próximo com a Petrobras e não é disseminada por esses líderes para o restante da comunidade.

O impacto do estudo do corpo na formação do comunicador e em novas práticas empresariais Simone Ribeiro de Oliveira Bambini (PUC-SP)

No Brasil, os cursos de comunicação social tendem a ignorar o papel do corpo humano nas relações comunicacionais. O campo está formado sem considerar a relevância do corpo humano nessas relações. As consequências dessa postura epistemológica são hoje muito claras e podem ser percebidas em todas as instâncias do processo comunicacional. A identificação desse quadro foi o agente propulsor de uma pesquisa, aqui relatada na forma de dissertação, que identificou a urgência em propor a modificação da atual formação do futuro profissional de comunicação para que novas práticas de comunicação possam surgir. Para tratar dessa questão, a pesquisa focou o que sucede com a comunicação interna nas empresas.

Domingol 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 205 BLOCO AZUL Sessão 2: Possibilidades de atuação das Relações PúblicasCoordenador: Márcio Simeone Henriques (UFMG)

Avaliação de Resultados: Ação Indispensável para Comprovar Ganhos Financeiros, de Imagem e de Credibilidade Marcos Alexandre Bazeia Fochi (Firb)

Quantidade ou qualidade? Por acreditar na importância de um resultado qualitativo, a mensuração quantitativa acabava sendo deixada de lado, mesmo por que lidar com números sempre foi uma das maiores dificuldades do profissional de comunicação. No entanto, as empresas agora mais preocupadas com o relacionamento com seus públicos de interesse querem conhecer os números aplicados a estes resultados. O presente artigo trata desta questão demonstrando como associar a avaliação dos “produtos” da comunicação os objetivos globais da organização.

Meeting Points: Eventos com Estratégia de Marketing Gabriela Ayer de Oliveira (PUC-SP)

O presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo exploratório a fim de contribuir para a compreensão da utilização de Eventos como ferramenta de Comunicação, proporcionando a construção de imagem institucional positiva. Por meio da reflexão sobre a sociedade contemporânea, alicerçada em valores que se contrapõem ao modernismo, os eventos são um caminho para a construção de conexões e vínculos mais efetivos. Com as identidades plurais, os momentos de exploração multimidiática na cultura possibilitam uma fruição diferenciada o que se configura como um cenário privilegiado para a interação das empresas com seus públicos.

O poder do marketing: considerações acerca das interferências exercidas na cultura e nos valores organizacionais Renato Rodrigues Martins (UEL), Rodrigo Stéffani Correa (Uniderp)

O artigo analisa a demasiada importância dada ao marketing na cultura das organizações, suas interferências nos valores e as mudanças comportamentais. Discute a cultura e a ideologia do marketing e suas conseqüências no mercado mundial. Parte do pressuposto de que como elemento das relações interpessoais e das organizações, tem a natureza na comunicação e é por meio dessa dimensão que se podem compreender os processos comunicacionais a serem levados em conta num ambiente complexo. A noção de produtos e serviços que faz parte das necessidades da vida e da felicidade é um componente da criação de significados, conduzindo o ser humano no interior do arriscado e almejado universo do consumo.

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Comunicación Integral de Marca: apalancando el concepto de desarrollo territorial a partir de las herramientas del branding Agrivalca Ramsenia Canelón Silva (Ucab)

Partiendo del concepto de Placemarketing, se subraya la importancia del apalancamiento del desarrollo económico y la participación ciudadana en las bondades del branding, enmarcando la reflexión en la propuesta de reordenamiento territorial contemplada para Venezuela bajo el nombre de “descentralización desconcentrada”. Siguiendo esta línea, se intenta ampliar la mirada integral de la comunicación de marca, sustentando la gestión estratégica del capital territorial sobre un modelo de cuatro variables: cuadrante Cultura (imaginarios territoriales), cuadrante Política (gobernanza territorial), cuadrante Economía (paradigma de desarrollo territorial) y cuadrante Comunicación (corporate territorial).

A comunicação interna em departamentos de jornalismo: um estudo em emissoras de redes de televisão aberta brasileiras Ana Flávia Sípoli Cól (Unesp), Maria Cristina Gobbi (Unesp)

As estratégias de comunicação interna viabilizam e são capazes de melhorar a relação entre organização e colaboradores, que compõem um dos principais públicos das empresas. Essas estratégias, sem dúvida, podem gerar importantes contribuições para as organizações jornalísticas, estimulando à construção do conhecimento para enfrentar os desafios contemporâneos. Contudo, ainda é preciso despertá-las para a importância de investir nessa área e buscar os melhores caminhos para realizar uma tarefa nem sempre fácil: “fazer” comunicação direcionada para os comunicadores.

O lugar da empresa socialmente responsável na autorepresentação de comunidades cidadãs Walderes Lima de Brito (UFG)

Quem fala em nome de uma empresa dita de responsabilidade social e ambiental tende a supervalorizar a importância das organizações produtivas na história e no cotidiano de comunidades impactadas pelas atividades dessas organizações ou que são incluídas no rol de públicos de interesse de tal empresa. Talvez essas empresas tenham um papel muito mais discreto, como sugere pesquisa concluída em 2009, sobre as interações entre a Petrobras e uma comunidade do município de Senador Canedo, GO, para a qual lideranças comunitárias foram selecionadas como interlocutores de uma investigação acadêmica das conexões e fraturas entre os conceitos e práticas de responsabilidade social das empresas e processualidades instituintes de cidadania de comunidades.

De públicos para cidadãos: um repensar sobre relacionamentos estratégicos Maria José da Costa Oliveira (Metrocamp)

O artigo trata de analisar e contestar a utilização do conceito de público e suas respectivas classificações diante do atual cenário social, político e econômico, considerando que as organizações mantém relações com sujeitos ou atores sociais e não podem tratar grupos e indivíduos como meros objetos e receptores, que existem para atender seus interesses. Nesse sentido, utilizando pesquisa bibliográfica, a autora levanta alguns questionamentos, que levem pesquisadores e profissionais da área de Relações Públicas e Comunicação Organizacional a uma reflexão e busca de conceitos ajustados aos novos tempos.

Domingol 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 206 BLOCO AZUL

2ª Sessão: Organizações e Novas Tecnologias Coordenadora: Claudia Peixoto de Moura (PUC-RS)

Relações Públicas 2.0: Novos cenários para a gestão da comunicação colaborativa Andréia Mendes Jacopetti (UTP)

O artigo discorre sobre os efeitos da Era da Participação nas práticas de gestão de comunicação corporativa e visa analisar os desafios e oportunidades para os profissionais de Relações Públicas no cenário atual da web 2.0 e suas potencialidades para a interação e comunicação participativa. Busca como aporte teórico, autores como Pierre Levy,

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Manuel Castells, Henrique Antoun, Tapscott e Williams, Raquel Recuero, Paulo Vaz, Beth Saad, Carolina Terra e outros. Trata de conceitos e fenômenos do cenário da internet e seus impactos na comunicação organizacional, descreve alguns recursos da web 2.0, especialmente as redes sociais, mostrando seus usos. Por fim, analisa como os profissionais de Relações Públicas, que sempre se valeram da comunicação bidirecional, podem apropriar-se dos recursos atuais para a sua atividade de gestão de imagem, relacionamento e processos comunicacionais.

Análise das práticas de Relações Públicas na web Daiana Stasiak (UFG)

O artigo tem como objetivo descrever a metodologia do trabalho de dissertação: “Estratégias comunicacionais e práticas de WebRP: o processo de legitimação na sociedade midiatizada” que teve como objetivo geral classificar as diferentes fases das práticas de Relações Públicas na web (WebRP) ao longo dos últimos catorze anos e como objetivos específicos: mapear as estratégias de comunicação propostas aos públicos nos portais institucionais desde o advento da web comercial até os dias atuais; investigar as transformações das práticas de Relações Públicas evidenciadas nos portais da web ao longo dos anos e tipificar as estratégias de comunicação presentes nos portais institucionais em cada período de tempo. Após pesquisas sobre metodologias que pudessem responder satisfatoriamente aos objetivos foi definido como adequada o “Estudo de Casos Múltiplos” com base no autor Robert K. Yin (2005).

Da Caixa de Sugestões às Mídias Digitais: o fazer comunicacional pelo Boticário. Patrícia Milano Pérsigo (UFSM), Maria Ivete Trevisan Fossá (UFSM)

Este artigo apresenta as transformações que as tecnologias da informação e da comunicação provocam no contexto corporativo. As organizações modernas passam a contar com uma gama cada dia maior de ferramentas digitais, portanto a gestão da comunicação precisa elaborar estratégias promovendo posicionamento, bem como canais de relacionamento organizacionais, também, no ciberespaço. Através de uma pesquisa bibliográfica e estudo da utilização das mídias digitais pela empresa O Boticário, busca-se delinear a realidade organizacional no contexto dessas transformações. A partir deste entendimento, se propõe uma reflexão sobre o uso dessas mídias respeitando as características da cultura organizacional e dos públicos envolvidos.

Estratégias digitais de comunicação organizacional: possibilidades e limitações do espaço Second Life André Quiroga Sandi (Feevale/UCS/Unisinos)

É inegável a diversidade de tecnologias que utilizam a internet como suporte, entre estas o Second Life. O programa, que teve grande crescimento no ano de 2007, movimentou o cenário das organizações na busca pela inserção nesse “novo” espaço. Este trabalho busca entender, através de cenários propostos por Weissberg (2008), as variadas estratégias organizacionais utilizadas no Second Life para se destacar no meio digital, cada vez mais disputado, marcado por intensa concorrência.

Transparência Pública e Parlamento Eletrônico: A reforma do Poder Judiciário no portal do Senado Federal (2000-2004) Henrianne Barbosa (Umesp)

A Constituição de 1988 e leis subsequentes determinam que o Estado exerça o poder em público – trata-se do princípio legal da Transparência Administrativa, que compreende os seguintes subprincípios: (1) Informação; (2) Motivação e (3) Participação. Esta pesquisa discutiu o princípio da Transparência, com o objetivo de propor um conceito de Comunicação Estatal que, de fato, corresponda aos ideais e à ética necessários à Comunicação Pública. O estudo analisou a tramitação da reforma do Poder Judiciário (2000-2004) no portal do Senado, tendo em vista o conceito de transparência aplicado ao Parlamento Eletrônico. Constatou-se que o portal do Senado alcançou graus de transparência, atendendo mais aos subprincípios da informação e da motivação em detrimento do subprincípio da participação e da interatividade cidadã.

Certificador de Credibilidade na Web Cintia da Silva Carvalho (Feevale), Géssica Fernandes (Feevale)

A opinião pública é um fenômeno coletivo que representa uma realidade dos indivíduos e que é extremamente relevante no ambiente internet como fator de influenciação na tomada de decisões dos consumidores frente a uma transação comercial. Este trabalho tem como propósito revelar a influência da opinião pública na rede, um canal de difamação, consolidação, destruição ou fortalecimento da reputação corporativa. Para este entendimento, este estudo – que se vale de pesquisa bibliográfica e documental –identifica alguns pontos de reflexão sobre o comportamento do

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novo consumidor e a reputação corporativa on line. Os resultados evidenciaram a necessidade do desenvolvimento de novos sistemas de reputação na web para dar conta destes espaços de julgamentos, onde as opiniões sobre as relações de consumo se fortalecem de maneira ativa e participativa.

O ‘Ouvir’ Virtual das Instituições de Ensino Superior Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUC-RS)

O texto apresenta os resultados da pesquisa que vem sendo desenvolvida sobre as diferentes modalidades propostas pelas Universidades para ouvir [e interagir] ‘virtualmente’ os seus diferentes segmentos de públicos, especificamente aquelas identificadas como Fale Conosco e/ou Ouvidoria. O interesse em investigar esse novo ‘ouvir’, denominado no projeto como ‘ouvidoria’ virtual, se deve à constatação de que atualmente essas novas formas de ‘interatividade’, cada vez mais presentes nos portais das Universidades, se constituem em uma das principais opções de relacionamento e comunicação, ‘virtualizando’ o falar e o ouvir. Palavras-chave: Ouvidorias, ‘ouvidorias’ virtuais, comunicação organizacional, Instituições de Ensino Superior.

Domingol 06 de Setembro 14h00 às 18h30 SALA 205 BLOCO AZUL

Mesa Temática: Tendências do Ensino e Pesquisa em Relações Públicas e Comunicação OrganizacionalConvidados: Eugenia Maria Mariano da Rocha Barichello (UFSM), Adriana Machado Casali (UFPR), Celsi Brönstrup Silvestrin (UFPR), Claudia Peixoto de Moura (PUC-RS), Margarida Maria Krohling Kunsch (ECA-USP) e Cicilia Maria Krohling Peruzzo (Umesp)

Os estudos de Comunicação Organizacional e as novas abordagens sistêmicas João José Azevedo Curvello (UCB)

O trabalho pretende discutir como as novas abordagens sistêmicas podem ser aplicadas aos estudos de Comunicação Organizacional, a partir das contribuições de autores como Luhmann, Habermas, Jackson, Holmström e Leydesdorff. Assim, veremos como os estudos de orientação sistêmica se libertam do funcionalismo e incorporam enfoques interpretativos, pós-modernos, emancipatórios e até mesmo críticos, e como os avanços e as mudanças paradigmáticas nesse campo afetam a observação, a análise e a interpretação das organizações, cada vez mais percebidas como sistemas-comunicação.

Reflexões sobre Comunicação Organizacional e Relações Públicas: Tensões, Encontros e Distanciamentos Rudimar Baldissera (UFRGS)

Neste texto, à luz do Paradigma da Complexidade, na perspcetiva refletir sobre as tensões, encontros e distancimentos entre Comunicação Organizacional e Relações Públicas, assume-se que a Comunicação Organizacional é processo de construção e disputa de sentidos no âmbito das relações organizacionais e Relações Públicas é filosofia de relacionamento estratégico entre uma dada entidade (indivíduo, organização) e sua alteridade (indivíduos, públicos, sociedade), compreendendo investigação e interpretação de relacionamentos, definição de estratégias e seleção, construção e circulação de sentidos, mediante processos de significação/comunicação, para a legitimação da entidade e de suas ações, bem como para o seu comprometimento ecossistêmico.

O Ensino do Planejamento nos Cursos de Comunicação/Relações Públicas - Brasil Marlene Regina Marchiori (UEL), Paulo Nassar (USP), Regiane Ribeiro (UEL), Suzel Figueiredo (Aberje)

Com o objetivo de mapear o ensino do planejamento nos Cursos de Comunicação/Relações Públicas, registrados no MEC, o Grupo Gecorp desenvolveu uma pesquisa quantitativa e de caráter exploratório de novembro/2008 a junho/2009, obtendo 77,08% de participação. Esta pesquisa revela o pensar do campo acadêmico de relações públicas no Brasil sobre planejamento em Relações Públicas. Os resultados demonstram o valor que os Cursos creditam para o ensino do planejamento, existindo equilíbrio entre as questões operacionais e estratégicas. O pensamento estratégico é presente no campo acadêmico, o que possibilita maior desenvolvimento dos futuros profissionais de Relações Públicas e consequentemente incremento no campo profissional dessa atividade.

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Desafios às relações públicas: a demanda cívica por um modelo de interlocução no poder público Márcio Simeone Henriques (UFMG)

A ampliação da esfera deliberativa e da responsabilidade pela formulação de políticas públicas e gestão de processos sob um novo modelo democrático cria uma nova realidade que desafia as formas tradicionais de comunicação com as quais o poder público tem que lidar para relacionar-se com a sociedade. A partir da compreensão do fenômeno das relações públicas como essencialmente político, o trabalho aborda a demanda cívica por um modelo de comunicação que supere o modelo de informação pública e incorpore a necessidade de interlocução como uma demanda posta à atividade de RP do poder público nos dias atuais.

Imagens, Imagem e Pesquisa de Imagem Luiz Carlos Assis Iasbeck (UCB)

Os estudos da imagem ganham a cada dia mais relevância no mundo acadêmico, ao tempo em que se tornam imprescindíveis ao planejamento da comunicação nas organizações públicas e privadas. Investir na complexidade que se esconde por detrás das expressões de imagem demanda uma incursão semiótica pelos porões da produção de sentido, ao mesmo tempo que exige do estudioso e do pesquisador humildade suficiente para entender que a imagem é uma formulação do outro, daquele que recebe os estímulos do discurso e reage de modo interpretante. Recursos semióticos podem aperfeiçoar as aferições de imagem e tornar mais produtivas a coleta e análise de dados, de modo a gerar menor grau de incerteza e maior diretividade na formulação de estratégias discursivas.

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DIVISÃO TEMÁTICA 4 - NP COMUNICAÇÃO AUDIOVISUALCoordenador: Samuel José Holanda de Paiva (UFSCar)

SALAS 101, 102 E 103 BLOCO VERMELHO

Sábadol 05 de Setembro09h00 às 10h30SALA 101 BLOCO VERMELHO Mesa 01 - Em Torno da Indústria no Cinema Brasileiro Coordenador: Samuel José Holanda de Paiva (UFSCar)

O Pensamento Industrial Cinematográfico Brasileiro: Ontem e Hoje Arthur Autran Franco de Sá Neto (UFSCar)

Este trabalho objetiva fazer uma comparação analítica entre de um lado aspectos relevantes do pensamento industrial estruturado entre as décadas de 1950 e 1980 pela corporação cinematográfica, e de outro lado as modificações e linhas de continuidade neste pensamento tal como ele se constitui a partir do fechamento da Embrafilme em 1990. Os eixos centrais do pensamento industrial investigados pelo artigo dizem respeito às perspectivas sobre o mercado no que tange à distribuição e à exibição do filme brasileiro.

A comédia de costumes e a sexualidade no cinema brasileiro: três ciclos de boa bilheteria. Flávia Seligman (Unisinos)

Este trabalho aborda a representação da sexualidade na comédia de costumes em três tempos da história do cinema brasileiro: a chanchada dos anos 40 e 50, a pornochanchada dos anos 60 e 70 e a comédia contemporânea. Analisamos as recorrências das especificidades do gênero nos filmes que geram a empatia no público, as transgressões através do foco na sexualidade e a representação da época presente de uma forma ou de outra em cada ciclo.

A barreira estético-produtiva no cinema brasileiro Bruno Bueno Pinto Leites (Unisinos)

O trabalho é um esforço de análise do modo de financiamento do cinema brasileiro sob a luz do conceito de barreira estético-produtiva, proposto por Brittos (2004), e dos padrões tecno-estéticos popular e dos meios de financiamento (divisão elaborada e proposta neste trabalho). O primeiro corresponde àquele conjunto popularmente hegemônico, enquanto o segundo designa o padrão sobressalente dentre os agentes que financiam a produção. O trânsito do Cinema Novo nos anos 1960 foi analisado sob esta perspectiva, com o intuito de produzir reflexões norteadoras para a compreensão da realidade atual da produção cinematográfica brasileira, ambiente marcado pela pluralidade de agentes que atuam na construção desta barreira estético-produtiva.

Sábadol 05 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 02 - Tempos e Lugares do Cinema no Brasil Coordenador: Acir Dias da Silva (Unioeste)

“Romance Proibido”: a ficção cinematográfica a serviço da propaganda no Estado Novo Mauricio Reinaldo Gonçalves (Uniso)

O cinema foi importante instrumento da divulgação e implantação do ideário da ditadura de Getúlio Vargas durante o Estado Novo. É sabido o papel do INCE, Instituto Nacional do Cinema Educativo, criado em 1936, na veiculação da ideologia nacionalista do Estado Novo e no desenvolvimento de sua política de educação. No entanto, a produção brasileira de cinema ficcional também teve seu papel na divulgação do pensamento estadonovista, país afora. Esta

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comunicação pretende apresentar uma análise do filme “Romance Proibido”, dirigido por Adhemar Gonzaga, entre 1939 e 1944, destacando nele os elementos discursivos que o identificavam com o discurso do Estado Novo, caracterizando-o como texto audiovisual sintonizado com o discurso da nacionalidade característico do período estudado e inserindo-o no esforço educacional e de “construção ideológica” em que se localizavam os documetários do INCE.

O Diálogo da Chanchada com o Cinema Nacional nos Anos 50: A Baronesa Transviada e Carnaval AtlântidaAndré Luiz Machado de Lima (ECA - USP)

Este trabalho aborda o diálogo do gênero cômico-popular denominado “chanchada brasileira” com o cinema nacional nos anos 50. Em uma década na qual o cinema passa por profundas transformações, em meio à evolução dos meios de comunicação de massa e à lógica social de consumo, a chanchada configura-se como uma das vozes que permeia e retrata a sociedade daquele período, polemizando com outras vozes do cinema brasileiro. Referenciado nos princípios do dialogismo de Mikhail Bakhtin, da Análise do discurso (AD) e da Narrativa Cinematográfica, este trabalho procura entender como se processa a interação das redes interdiscursivas entre a chanchada e o cinema nacional.

Antropologia, Cinema e Cidade: Representações de Belém do Pará em Dias. Relivaldo Pinho de Oliveira (Unama)

Objetiva-se estudar as características pós-modernas no curta-metragem paraense Dias, de Fernando Segtowick. O filme tem a cidade de Belém do Pará como temática. Dias intenta mostrar uma cidade mais contemporânea com os símbolos dessa contemporaneidade, buscando distanciar-se de certo regionalismo. Para este estudo fez-se uma leitura do objeto a partir da idéia da semiótica de Clifford Geertz e de autores como David Harvey e outros que fornecem conceitos sobre antropologia contemporânea, pós-modernidade/contemporaneidade. Começa-se pela idéia de uma nova antropologia que pensa a cultura contemporânea, para, em seguida, analisar-se o filme e suas relações com discursos e realidades.

Sábadol 05 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 03 - Discursos Cinematográficos sobre o Sagrado Coordenador: Leila Beatriz Ribeiro (Unirio)

O campo do sagrado na autoria coletiva: uma reflexão sobre Tickets de Olmi, Kiarostami e Loach com Budapeste no meio do caminho Miguel Serpa Pereira (PUC-Rio)

A noção de autoria no cinema está passando por um processo de redefinição. Da política dos autores para a ideia contemporânea da criação coletiva, esta reflexão pretende pensar como esse processo se efetiva no filme Tickets (2005) de Ermanno Olmi, Abbas Kiarostami e Ken Loach. Avalia também a contribuição de Budapeste de Walter Carvalho nessa discussão. Tem como fundamento teórico as idéias de Michel Foucault expressas, principalmente, no texto O Que é um Autor?

Do vazio á graça: atenção no cinema de Robert Bresson Daniel Nunes Guimarães Paes (PUC-Rio)

O sagrado na experiência cristã tem em Robert Bresson e Simone Weil dois exemplos de como tal olhar pode gerar uma expressão própria ainda no Séc. XX: no cinema e na filosofia. Esta análise pretende discutir como o fundamento da atenção caracterizado por Simone Weil encontra na relação artista e espectador do estilo cinestético de Robert Bresson uma elegia da graça como processo de religação do homem moderno com o Sagrado.

“Dançando no Escuro”: o Real e o Sagrado na Construção das Imagens Júlia Machado de Carvalho (PUC-Rio)

A indústria cinematográfica teve na definição dos gêneros uma estratégia para a produção e comercialização dos filmes. A acentuada tipificação da linguagem resultou numa proliferação de narrativas clichés, determinando os lugares

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das imagens e de suas leituras. A partir da análise do filme “Dançando no Escuro” (Lars von Trier, 2000), pretendemos observar os processos de representação no cinema e as suas possibilidades de expressão do sagrado.

Sábadol 05 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 04 - Audiovisual e Representações Locais Coordenador: Alita Villas Boas de Sá Rego (Uerj)

Modos de Inserção Local das Emissoras Regionais de Televisão do Vale do Paraíba – SP Lucimara Rett (Umesp)

A regionalização das redes de televisão é investigada com o objetivo de se realizar uma classificação das emissoras regionais com relação aos seus modos de inserção local, observando-se suas especificidades, programação, estratégias de comunicação e ações de conquista de identidade com o mercado e telespectadores. Tomando-se como recorte de estudo, as emissoras de televisão regional de sinal aberto no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, foram realizadas entrevistas semi-abertas com profissionais das áreas comercial e de programação das mesmas, bem como com profissionais do mercado publicitário da região. Conclui-se que no Vale do Paraíba não há emissoras de televisão comerciais verdadeiramente locais, segundo o modelo de classificação de modos de inserção local proposto por Gabriel Ringlet e adotado neste trabalho.

Mídia e manifestações locais: Revivendo as micaretas de Coaraci Flaviny Najara Santos Ribeiro (Uesc)

Este estudo tem como objetivo avaliar as consequências de um produto audiovisual da micareta do ano de 1986 em Coaraci, que foi divulgado na cidade no ano de 2007. Partindo do pressuposto que os processos comunicacionais permitem o reavivamento da memória e consequentemente o reconhecimento identitário, a pesquisa verifica quais as características desse direcionamento que leva ao fortalecimento da identidade cultural local. Em discussão estão as lembranças das micaretas de Coaraci que representaram um importante período para a cidade. As estruturas de memória coletiva hibridizadas por elementos das culturas da sociedade local são analisadas na pesquisa, através de abordagens quantitativas e qualitativas com uma pesquisa de opinião, que visa discutir o resgate dessa memória.

Mise-en-image do Discurso Religioso nos Programas Neopentecostais Pernambucanos Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)

O contexto religioso contemporâneo introduziu no exercício da fé novas práticas, mediadas pelos veículos de comunicação, cuja marca principal é um forte apelo à realização das necessidades materiais. Em diversos estudos nesse campo, o fato que mais chama a atenção é como as igrejas neopentecostais, acima das questões teológicas, priorizam a apresentação de soluções para os problemas financeiros e de saúde de seus fiéis. Este trabalho analisa as estratégias e operações utilizadas com a imagem nos programas televisivos neopentecostais pernambucanos para demonstrar como elas reproduzem e validam este discurso.

Sábadol 05 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 05 - Cinema e TV no Brasil na Década de 1970 Coordenador: Miguel Serpa Pereira (PUC-Rio) O documentário televisivo no Globo-Shell Especial Heidy Vargas Silva (Umesp)

Este artigo tem por objetivo reconstruir a trajetória do Globo-Shell Especial, criado em novembro de 1971, pela TV

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Globo, e identificar o modo de produção dos programas exibidos até 1973, quando deu lugar ao Globo Repórter. O projeto, ainda pouco estudado, reuniu cineastas brasileiros e jornalistas que tinha como meta produzir documentários com temática brasileira a serem exibidos na televisão. Durante quase dois anos, essa equipe produziu documentários televisivos com forte influência do Cinema Novo, estabelecendo um marco, tornando-se referência para o telejornalismo brasileiro.

Cineclubismo, curta-metragem e a Dinafilmes: a tentativa de distribuição de filmes de forma alternativa durante a década de 1970 no Brasil Flavio Rogerio Rocha (UTP)

Este artigo discorre a respeito da organização do cineclubismo durante a década de 1970 no Brasil. Suas bandeiras, suas controvérsias e disputas internas de poder. Vislumbra o circuito cineclubista e sua relação com a produção de curtas-metragem à época, bem como discute, também, uma das principais iniciativas desse movimento social organizado: a criação de sua própria distribuidora independente de filmes, a Dinafilmes.

Uma Voz para a Boca: a experiência da Cinema em Close Up Alessandro Constantino Gamo (UFSCar)

A Boca de Cinema de São Paulo sempre foi caracterizada como um centro de produção cinematográfica independente e comercial. A sua história toma impulso a partir de fins dos anos 60 até fins dos 80, período que chegou a ocupar a posição de principal centro de produção cinematográfica do Brasil. Este trabalho analisa a experiência da revista Cinema em Close Up – editada entre 1975 e 1979 - feita por pessoas de ‘dentro da Boca de Cinema’ (profissionais de diversos setores do cinema), mostra-se reveladora das opções, perspectivas e impasses daquela época na Boca, na tentativa de se constituir como uma voz para aquela produção.

Sábadol 05 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 06 - Sobre Teoria e História do Audiovisual Coordenador: Nilson Assunção Alvarenga (UFJF)

Cinemas do Espanto: Sensorialidades Barrocas e a Representação da História Natural Erick Felinto de Oliveira (Uerj)

Este trabalho pretende reconstituir brevemente a trajectória histórica de uma ideia de longa e polimórfica vida no campo das ciências humanas no Ocidente: a metáfora da “História Natural”. Em seguida, a partir da análise de dois documentários recentes – Protheus (2004) e Inhaling the Spore (2006) –, busca investigar de que modo essa noção possibilita pensar uma forma do fazer cinematográfico fundado na exploração das sensações, da corporaldiade do espectador e da materialidade da imagem.

Fantasmagoria Audiovisual sob as Potências do Falso Juliana Santos Recart (Unisinos)

Meu objetivo neste trabalho é apontar as primeiras reflexões que estão sendo feitas em busca de uma re-construção do conceito de fantasma no que diz respeito a sua utilização na observação de determinados audiovisuais. Dedico espaço primeiramente às bases conceituais nas quais esse processo de re-construção se situa atualmente (Fantasmagoria Tecnológica e Potência do Falso), para dar a ver de que forma uma aproximação/tensionamento está possibilitando engendrar uma outra noção de fantasmagoria que possa constituir-se em elemento de investigação no campo do audiovisual.

Imagem de Arquivo, Imagem-Cristal e Imagem-Fantasma: Atualizações em Eterno Devir Michael Abrantes Kerr (UCPel)

O presente texto busca realizar alguns apontamentos a partir da relação entre as imagens de arquivo, a imagem-cristal de Deleuze e a imagem-fantasma de Felinto. Para isso, conceitua-se o arquivo por meio de Derrida e Foucault, traçando um percurso pela via das audiovisualidades, o qual passa pela duração audiovisual e pela memória. Finalmente, tomando

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o audiovisual como devir, realiza-se uma aproximação do DVD La Revancha del Tango Live, do Gotan Project, o qual possui projeções de imagens de arquivo feitas durante a apresentação de seu show.

Sábadol 05 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 07 - Cinemas de Corpos, Estéticas de Fluxos Coordenador: Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)

Bruce Lee: a apropriação de um novo mito Marco Antonio Bonito (Uniron), Agnes de Sousa Arruda (Unip)

Após os EUA terem se firmado como a principal potência mundial e influenciado comportamentos e atitudes, inclusive usando o cinema hollywoodiano como recurso para tal, surge no cenário um herói atípico aos padrões estéticos norte-americanos. Bruce Lee foi pioneiro, influenciando toda uma geração fascinada por suas lutas, armas e golpes voadores. Sua capacidade de sincronização, termo cunhado pelo alemão Harry Pross em sua Teoria da Mídia, foi tão forte que, ainda hoje, ouve-se falar dele como ‘o rei do kung fu’. A proposta deste artigo é analisar esse fenômeno sobre o viés dos estudos de Pross, pelos conceitos de mito e sociedade; filosofia e cultura da comunicação de Vilém Flusser, Ivan Bÿstrina, Edgar Morin, Jacques Almont, Marcel Martin e Malena Contrera. O objetivo é compreender a função e a importância da mídia primária em relação à criação de mitos e geração de sentidos comuns.

Entre a Superfície e a Profundidade: a Câmera-Corpo e a Estética do Fluxo no Cinema Asiático Contemporâneo Camila Vieira Da Silva (UFC)

Ao fazer uso da relação câmera-corpo e de uma “estética do fluxo”, os filmes contemporâneos asiáticos Shara, de Naomi Kawase; Adeus, Dragon Inn, de Tsai Ming-liang; Café Lumière, de Hou Hsiao-hsien; e Mal dos Trópicos, de Apichatpong Weerasethakul, trabalham a superfície e a profundidade não apenas como forças diametrialmente opostas, mas também como experiências igualmente legítimas que podem ser vivenciadas até o extremo. São filmes que não separam o estável do instável, a presença da ausência, o aparecer do desaparecer.

O tempo dos corpos no “cinema de fluxo” de Apichatpong Weerasethakul Erly Milton Vieira Junior (Ufes)

A partir da análise de três filmes do tailandês Apichatpong Weerasethakul, um dos mais premiados realizadores audiovisuais deste início de século, este artigo pretende discutir a relação entre corpo e espaço-tempo naquilo que parte da crítica cinematográfica denomina “cinema de fluxo” (vertente à qual a obra de Weerasethakul costuma ser incluída): um conjunto de narrativas audiovisuais marcadas por uma composição de ambiências que privilegiem uma apreensão, por parte do espectador, muito mais sensorial que racional, num redimensionamento da relação câmera/ator a partir da reinserção dos corpos num espaço-tempo concebido aqui como duração e experiência, ou seja, como desencadeador de afetos. Para isso, serão analisadas cenas dos filmes Eternamente sua (2002), Mal dos trópicos (2004) e Síndromes e um século (2006).

Sábadol 05 de Setembro 15h30 às 17h00SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 08 - Cinema Brasileiro Contemporâneo Coordenador: Arthur Autran Franco de Sá Neto (UFSCar) O Céu Errante de Suely, de Karim Aïnouz Acir Dias da Silva (Unioeste)

Vivemos atualmente em uma sociedade oral cujo fluxo comunicacional ocorre majoritariamente por imagens e sons.

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Se interpretar um filme é um processo diferente de ler um texto escrito, embora o significado de ambos corresponda da mesma forma ao todo estético, sabemos que é no entrelaçamento da leitura e da memória que os significantes podem reclamar sentidos. Diante disso, olharemos para o filme O céu de Suely (2006), de Karim Aïnouz, como construtos da memória em seus elementos estéticos que ativam outros vários elementos numa espécie de cadeia, a memória se mostra parte da vida de Hermila que, no entremeio da errância e da estratégia, busca reinventar-se, refazer-se, alinhar-se na direção da busca de um céu: o céu de Suely.

Música para os poros: Cartola e a memória do Samba Negro, Verde e Rosa Maria Angela Pavan (UFRN)

Este artigo pretende realizar um olhar sobre o documentário Cartola: música para os olhos de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Dois pernambucanos que sentiram necessidade de compilar a obra de Cartola, que é brasileira e universal, por meio de imagens de arquivo e depoimentos da história do samba e dos negros no Rio. Vamos analisar o documentário no que diz respeito cinema, história e negritude. Para isso utilizamos a divisão realizada pelos cineastas morte, vida, morte. Utilizamos para os referenciais teóricos Stuart Hall no que diz respeito às culturas de matriz africana, particularmente às percepções de estilo, tempo, ritmo e musicalidade.

A nova ordem / desordem das representações de gênero na contemporaneidade: leitura crítica dos filmes Se eu fosse você e Se eu fosse você 2 Lara Lima de Oliveira Paiva (UFG), Maria Luiza Martins de Mendonça (UFG)

As relações entre gêneros passam atualmente, por um reposicionamento, uma readequação de papéis sociais e, nesse caso específico, abordaremos a sociedade brasileira por meio da análise crítica dos filmes “Se eu fosse você” e “Se eu fosse você II”, como representantes dessas tentativas de construir o imaginário social da sociedade brasileira a respeito da questão. Apesar das transformações sociais e econômicas que levaram mulheres a ocupar espaços antes reservados apenas aos homens, fato verificável estatisticamente, essa nova posição sócio-econômica ocupada pela mulher parece ainda não encontrar espaço devido às políticas de representações sociais da grande mídia.

Sábadol 05 de Setembro 15h30 às 17h00 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 09 - Poéticas Audiovisuais Coordenador: Mauricio Reinaldo Gonçalves (UNISO) A morte viva. Apontamentos sobre Nick´s movie. Josette Maria Alves de Souza Monzani (UFSCar)

Wim Wenders procura, através do metacinema, enquanto forma narrativa, apreender a essência do cineasta Nicholas Ray, que se confunde com o ser-cinema. Apesar então de ter por horizonte a proximidade da morte de Nick, o filme consegue ser prazeroso. Nossa tarefa aqui será discutir como isso ocorre. Procuraremos, principalmente por meio de textos de Christian Metz, Philippe Dubois e Serge Daney analisar essa questão.

Irmãos Dardenne: Fronteiras Entre a Realidade e Ficção em Rosetta Nanna Pôssa Bones (UFBA)

Analisa-se a questão da representação da realidade na obra ficcional dos diretores belgas Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. Através do filme “Rosetta”, busca-se desenhar a estratégia de aproximação entre o cinema documental e o ficcional. Trata-se de encontrar o modo com que os autores conseguem realizar um drama político-social associado a um drama psicológico sobre a solidão e a melancolia contemporânea. O filme usa alguns recursos habitualmente ligados ao documentário, como som direto, câmera tremida e grandes planos-sequências. Não há como negar que a obra como um todo tem uma grande ligação com a realidade contemporânea, no entanto, falar que é um cinema realista somente por isso é uma interpretação muito rasa. A base teórica desenvolvida pelo laboratório de análise fílmica da UFBA, e também alguns conceitos de outros autores tal como o de leitor-modelo de Umberto Eco.

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À beira da piscina, à beira do quadro: A utilização do som off e a construção de tensão na obra de Lucrecia Martel Natalia Christofoletti Barrenha (Unicamp)

Este trabalho analisará o som off em trechos dos filmes O pântano, A menina santa e A mulher sem cabeça, da cineasta argentina Lucrecia Martel, em cuja obra o som detém papel significante na produção de sentido. Aqui, o som é tratado como elemento autônomo do filme e constituinte da narrativa como experiência diegética, não mais submetido à imagem. Propõe-se um estudo analítico-interpretativo dos filmes, os quais são tomados como textos, e que serão desconstruídos e reconstruídos para se proceder à análise.

Sábadol 05 de Setembro 15h30 às 17h00 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 10 - Audiovisual e Poder Político Coordenador: Ana Silvia Lopes Davi Médola (Unesp)

Salò - Ritos de poder e controle no último filme de Pasolini Flavio Costa Pinto de Brito (PUC-Rio)

Este artigo pretende analisar o filme Saló, ou 120 dias de Sodoma (Salò, o 120 giornate di Sodoma) realizado em 1975 pelo diretor italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975), com o intuito de observar os distintos ritos de poder e controle que podemos encontrar no texto original de Sade, na opção de Pasolini em adaptar este universo para a República de Salò, nas referências utilizadas pelo diretor, no período e no contexto em que o filme foi feito e nas conseqüências funestas geradas pela atualização destes ritos que ocasionou o violento assassinato de Pasolini e um longo e profundo silêncio sobre as razões deste homicídio. Ritos de crueldade e luxúria. Ritos de conivência e barbárie. Ritos de conivência e omissão. Ritos de contínua e requintada reatualização que ultrapassam as páginas e películas de ficção para revigorar a anarquia do poder e de sua recorrente impunidade.

Can YouTube improve politics? Análise do discurso de um vídeo político do YouTube Rafael Lefcadito Alvares (Unesp)

O trabalho analisa os diferentes níveis do discurso de um vídeo postado no canal americano de cobertura política do YouTube, o CitizenTube, antes das eleições americanas de 2008. O texto trabalha conceitos como enunciação, produção textual, prática discursiva e prática social, tomando a narração do apresentador do vídeo, os elementos visuais de cenário e a edição como referências de análise. O objetivo é identificar e interpretar como se articulam as dimensões constitutivas da narrativa apresentada.

House MD: O monitoramento da vida, do crime e da doença na era da sua visualidade técnica Ivana Bentes Oliveira (UFRJ)

O corpo, a subjetividade, a doença e o crime tornados informação médica, estatística, balística, ressonâncias, contrastes, mapas e imagens, aparecem como novos “atores” e elementos dramáticos nas ficções contemporâneas, especialmente nas séries como House M.D e CSI. Análise de episódios da série House destacando como essas tecnologias de visualização do corpo, mapeamentos genéticos, diagnósticos, monitoramentos, equipamentos de produção de “evidências” de toda sorte (médicas e criminais), são co-atores nesses dramas. Gadgetes tecnológicos e informação que ultrapassam o domínio dos especialistas e se tornam nova forma de “entretenimento”, jogos vitais, que mobilizam especialistas e amadores. Nesses jogos vemos uma gradual mudança de status do “paciente” ou da vitima, tornado “participador”, interator”, co-gestor da sua doença, do seu sofrimento ou do seu crime.

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Domingol 06 de Setembro 09h00 às 10h30 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 11 - Arqueologias e Arquivos Audiovisuais Coordenador: Samuel José Holanda de Paiva (UFSCar)

Com Ruínas se Constroem Memórias? Reflexões sobre o Cinema de Arquivo Fabio Osmar De Oliveira Maciel (Unirio), Leila Beatriz Ribeiro (Unirio)

O documentário é muitas vezes visto como algo muito próximo da realidade, tido como verdade. No entanto, esse gênero é também feito a partir de escolhas, recortes e interpretações. Há ainda aquelas produções em que o filme é realizado a partir de imagens pré-existentes, recuperadas de arquivos, optando o cineasta por não filmar. É nosso objetivo refletir sobre a utilização do cinema documentário, montado a partir de narrativas de fragmentos de arquivos. A reapropriação, a resignificação e a reconstrução de memórias a partir do cinema de arquivo, nos dão ainda condições de refletir acerca das memórias em disputas nesse processo.

O Vídeo de Família Através do Tempo: Pequena Jornada entre o Presente, o Passado e o Futuro dos Registros de Família. Lígia Azevedo Diogo (UFF)

Neste artigo propomos o “vídeo de família” como um objeto ou uma prática social particularmente interessante para a proposição de um olhar através do tempo sobre a relação que se estabelece entre as famílias e as imagens produzidas por elas. Acreditamos que, ao longo dos anos, novas formas de subjetivação foram se estabelecendo no espaço doméstico e que a imagem de família tem tido importante papel nesses processos. A nossa breve jornada será composta de três passos: definir o que seria “vídeo de família” e circunscrevê-lo no nosso presente próximo, trabalhar a idéia de uma tradição de imagens de família e indicar algumas novas formas de produção, armazenamento e consumo dessas imagens que vem sendo inauguradas recentemente, nos lares e em outros espaços.

Vestígios da Imagem: A Trilogia no CinemaRicardo Weschenfelder (UFSC)

Procuramos compreender como se forma o discurso na trilogia cinematográfica. De onde vem a tradição de narração em série? Percebemos diferenças no modo de produção e de narração em série no cinema. As trilogias hollywoodianas absorveram a estrutura narrativa da televisão, tratando cada filme como um episódio. Cada personagem e cada elemento diegético possuem uma função lógica, que deve ser acompanhada e justificada ao longo da série. Nas trilogias de autor, por outro lado, cada filme funciona como uma outra formulação do discurso, narrado com diferentes elementos. As trilogias autorais fazem parte de um mesmo discurso que é formulado textualmente por três vezes, em três histórias diferentes. Utilizamos como fundamento de análise a noção de série desenvolvida por Foucault na obra “Arqueologia do Saber” (2005).

Domingol 06 de Setembro 09h00 às 10h30 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 12 - Representações de Si e do Outro Coordenador: Alfredo Dias D’Almeida (Umesp)

Favela-Movies e Favela-Series: Novas Representações na Produção Audiovisual Brasileira Lúcia Loner Coutinho (PUC-RS)

Neste trabalho versaremos sobre a volta do cenário das favelas e periferias urbanas no cinema brasileiro, especialmente a partir da primeira década do século XXI, com a consequente transposição desta temática e estética para a televisão na forma de seriados. Veremos algumas questões sobre o envolvimento televisão/cinema e a relação destes filmes e séries com novas representações e formações de identidade para populações de baixa renda. Para tanto, utilizaremos autores como Bentes e sua crítica da “cosmética da fome”, Hamburguer e Oricchio situando o cinema nacional.

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Quando o Desejo de Celebridade se Torna Risível: Análise de um Caso do “Pânico na TV”. Leonardo Gomes Pereira (UFMG)

Tencionamos discutir a inflação da necessidade da visibilidade midiática no contemporâneo, marcado pela desestruturação de instituições que garantiam aos indivíduos estabilidade identitária e pelas tecnologias de auto-produção e distribuição de produtos audiovisuais. Neste cenário, o desejo de ser celebridade se alarga, fragmentando o conceito clássico de Edgar Morin. Tendo se transformado em um vício socialmente partilhado, este desejo cria condições para a existência de programas de televisão com a proposta de desestabilização do status dos famosos através do humor, compreendido a partir de Henri Bergson. Como estudo de caso, apresenta-se uma análise de enquadramento – derivada da idéia de frames de Goffman – da interação estabelecida entre o programa televisivo “Pânico na TV” e uma aspirante a celebridade.

WEBTV Kaxinawá:autonomia audiovisual Alita Villas Boas de Sá Rego (Uerj)

Este trabalho aborda algumas questões a respeito da produção de conteúdo audiovisual destinada à veiculação nos canais alternativos de difusão, com base na observações realizadas durante a pesquisa Imagens sensoriais digitais e suas narrativas: a produção de material didático audiovisual para os jovens da periferia do Rio de Janeiro no século XXI, realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no campus da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF), em Duque de Caxias. Queremos verificar formas de formas e conteúdos de programas para serem utilizados em sala de aula e veiculados pela WEBTV Kaxinawá da FEBF que sejam, ao mesmo tempo, locais, nacionais, globais e capazes de atrair a atenção do público jovem que estuda e mora na Baixada Fluminense.

Domingol 06 de Setembro 09h00 às 10h30 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 13 - Produções Contemporâneas da TV Brasileira Coordenador: Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)

Reflexões teóricas sobre o gênero documentário na TV Pública a partir do programa Balançando o Ganzá Júlio Arantes Azevedo (Ufal)

Este trabalho diz respeito ao gênero audiovisual documentário e está inscrito no campo teórico de Mídia e Linguagem, apoiando-se em estudos das mídias em uma perspectiva discursiva, na análise do discurso filiada à Bakhtin e M. Pêcheux, e na economia política da comunicação. Trata da construção do discurso midiático numa perspectiva dos gêneros discursivos, tendo como suporte o programa temático sobre cultura popular Balançando o Ganzá, veiculado pela TV Educativa de Alagoas, que é estruturado dentro do gênero documentário.

Sentidos para a cultura na televisão: uma análise a partir do programa “Re[corte] Cultural” Luiz Felipe Ferreira Stevanim (UFRJ)

Quando se propõe a falar de cultura, a televisão em geral faz um apelo ao sentido tradicional do termo, como sinônimo de repertório erudito. Essa não parece ser a visão apresentada por “Re[corte] Cultural”, programa que ficou três anos e meio no ar pela TVE e depois pela TV Brasil, que utiliza recursos de corte/montagem e de aúdio e vídeo para construir uma visão dinâmica sobre a cultura a partir da linguagem. É preciso entender o próprio lugar da televisão como sistema cultural e as contradições que perpassam projetos que se põem a delimitar o que é ou não cultura. A análise desse caso particular permite ainda pensar alternativas de experimentação nas televisões públicas e os limites de sua viabilidade.

Malhação e a Representação Midiática da Juventude Brasileira Lidia Miranda Coutinho (Udesc)

Nesta pesquisa investigamos como a representação midiática de jovem produz endereçamentos e influencia o consumo cultural do programa televisivo Malhação, e como adolescentes de 5ª a 8ª séries, de diferentes classes e contextos sociais, consomem e ressignificam as mensagens. Como referencial teórico-metodológico adotamos a teoria latino-americana das múltiplas mediações e o enfoque integral da audiência, os estudos culturais, a teoria dos modos de endereçamento

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e das representações midiáticas e como metodologia questionário e entrevistas coletivas. Foi possível concluir que a televisão permanece uma das principais fontes de lazer e informação para adolescentes, sendo as telenovelas seus programas prediletos; Malhação produz endereçamentos extremamente focados no público-alvo interpelando-o, a partir da representação midiática de um adolescente modelo, socialmente valorizado.

Domingol 06 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 14 - Cinema, História, Memória Coordenadora: Leila Beatriz Ribeiro (UniRio)

Sobre as Possibilidades Auráticas do Cinema José Geraldo Freire Coêlho (UnB)

Para essa análise são trabalhados os conceitos, assim como suas relações, de cine-transe, como estabelecido por Jean Rouch, de aura, definido por Walter Benjamin, dentro das possibilidades da interpretação imaginadas pela obra de Paul Ricoeur. Ao final, conclui-se sobre as possibilidades auráticas da arte da reprodutibilidade técnica que é o cinema, a partir da abertura de equipe, elenco, cineasta e platéia a novas possibilidades de ser-como

Drancy Avenir: narrativa com restos de memória e presença de Walter Benjamin Bianca Magela Melo Silva (UFMG)

O filme Drancy Avenir, de Arnaud Des Pallières, aborda o holocausto sem usar nenhuma imagem de arquivo ou diálogos. Trata-se de uma narrativa não convencional que usa citações de textos e apresenta imagens indiretas, como as do conjunto habitacional que hoje ocupa o local onde ficava um campo de concentração. Sua narrativa particular só é possível porque o diretor entende a história de forma anacrônica e o agora como um um acumulado de tempos. Entendimento afim ao de Walter Benjamin, usado em citações no filme. O trabalho analisa a aproximação de conceitos de Benjamin com a obra, sobretudo o de montagem, e reflete sobre a narrativa resultante dessa nova concepção. Ao mesmo tempo, há espaço para a discussão sobre o uso de imagens de arquivo no cinema.

A Moral da Memória: Quando o Cinema Vai ao Holocausto Julio Carlos Bezerra (UFF)

O objetivo deste artigo é observar como o cinema vem enquadrando o Holocausto. A idéia é problematizar uma discussão cada vez mais freqüente da banalização do Holocausto no cinema. A banalidade do mal sendo multiplicada pelo mal da banalidade. Analisaremos três filmes recentes (“O leitor”, “Operação Valquíria”, e “A queda!”) e “Shoah” (1985) para pensar a questão da memória e da responsabilidade que ela encerra: lembrar para que não se repita, sem permitir que essa lembrança se torne um produto. Nesse movimento, nos aproximaremos de Walter Benjamin e de seus conceitos de rememoração e história. Por fim, trataremos de “A questão humana”, um filme diferente sobre o nazismo.

Domingol 06 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 15 - Experiências com Documentário Coordenador: Alessandro Constantino Gamo (UFSCar)

A busca ao pai: entre memórias históricas e afetivasPatricia Furtado Mendes Machado (PUC-Rio)

Nossa proposta é buscar na filosofia de Henri Bergson, Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin um entendimento da memória que colabore para o aprofundamento da análise do documentário onde são usadas imagens de arquivo. Em Rocha que voa, filme sobre Glauber Rocha realizado por seu filho Eryk Rocha, estão em jogo memórias históricas

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e afetivas. Para além de uma tentativa de monumentalização, de manter fixa uma imagem do passado, apostamos em uma reatualização do passado no presente e na força de lembranças que emergem abrindo o leque de possibilidades para a criação e para um movimento em direção ao futuro.

Da janela do meu quarto: diálogos (im)prováveis Rafael de Almeida Tavares Borges (Unicamp)

A partir de uma análise do curta-metragem Da janela do meu quarto (2004), do cineasta e artista plástico Cao Guimarães, pretendemos refletir sobre a probabilidade de diálogos entre o domínio documental e a videoarte. Nesse contexto de pesquisa pretendemos considerar as influências dessas conversações, e suas implicações, para o que na contemporaneidade tendemos a nomear como documentário experimental.

João Moreira Salles, de “Santiago” Lucia Ferreira Tupiassu (PUC-Rio)

É em meio a reflexões acerca da suposta cultura da memória em que vive a sociedade ocidental contemporânea que surge a proposta deste texto: esboçar uma leitura possível de uma obra cinematográfica sob o viés da memória – uma leitura possível, dado que cabem inúmeros desdobramentos quando se trata de um conceito tão amplo e polissêmico como memória, bem como toda obra cinematográfica possibilita muitas e diferentes formas de interpretação. O filme escolhido é Santiago (Videofilmes, 2007), documentário escrito e dirigido por João Moreira Salles.

Domingol 06 de Setembro 10h30 às 12h00 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 16 - Reflexões sobre a Linguagem Audiovisual Coordenador: Acir Dias da Silva (Unioeste)

Os Processos de Significação e os Usos da Linguagem Audiovisual: um estudo do programa televisivo Galpão Crioulo Flavi Ferreira Lisbôa Filho (Unipampa), Nísia Martins do Rosário (Unisinos)

Este estudo propõe uma discussão das construções televisuais a partir de aspectos mais específicos dos discursos, das linguagens e da produção de sentidos para entender os processos de significação no Galpão Crioulo. O programa traz as suas especificidades que, no formato valorizam elementos do regionalismo gaúcho, como indumentária, linguajar, canções, lendas e história do estado e no discurso abre pequenos espaços para a representação de certa diversidade no que se refere à gauchidade incorporada à cultura. O destaque, porém, está na figura dos apresentadores, que mesclam aspectos do tradicionalismo e aspectos da tradição atualizada. A forma como o programa é pautado vai constituindo essa gauchidade nos engendramentos do mercado, nas técnicas televisivas, nas configurações temporais, ou seja, nos processos midiáticos.

Novos meios, modernas linguagens: sobre a presença do modernismo na linguagem e na estética contemporâneaFlávia Campos Junqueira (UFJF), Nilson Assunção Alvarenga (UFJF)

Partindo das relações entre modernização econômica e social, por um lado, e modernismo cultural, no terreno das artes, por outro, no início do século XX, o artigo esboça considerações sobre a presença de premissas e procedimentos de linguagem típicos da arte moderna, em especial do cinema de Dziga Vertov, no contexto dos novos meios de comunicação. O fato que talvez mais instiga o pensamento sobre a comunicação na contemporaneidade é o de que, apesar de estarmos defrontados com novos meios de comunicação, a linguagem desses novos meios permanece ainda em grande parte passível de ser descrita como “moderna”.

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Matrizes da Linguagem Cinematográfica, Tecnologias Digitais e o Cinema como Fenômeno Pragmático Dimas Tadeu de Lorena Filho (UFJF), Nilson Assunção Alvarenga (UFJF)

O presente trabalho nasce da junção de duas preocupações e duas práticas, respectivamente. Uma delas é a busca de uma sistematização das matrizes da linguagem cinematográfica e, mais especificamente, de sua aplicação para uma compreensão das grandes tendências do cinema digital, desenvolvida no curso Imagem Digital, Comunicação e Cinema, ministrado no Programa de Pós Graduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da UFJF. A outra preocupação é com a utilização da semiótica como possível base teórico-metodológica para os estudos de comunicação, incluídos aí a crítica e a teoria do cinema. Conjugadas essas duas perspectivas, pôde-se delinear um esboço de uma possível compreensão do cinema como fenômeno pragmático, compreendido através das matrizes de linguagem.

Domingol 06 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 17 - Escritas do CinemaCoordenador: Lucimara Rett (Umesp)

Formas de Cronotopo e de Exotopia nas Adaptações de O Pagador de Promessas Igor Sacramento (UFRJ)

Neste trabalho, analiso as adaptações da peça O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, para o cinema e para a televisão. Meu objetivo é mostrar como as reconfigurações na estrutura de significação da obra, engendradas pelos novos sistemas de produção, permitiram diferentes fusões dos indícios temporais e espaciais (cronotopo), novas “zonas de contato” com a realidade cotidiana e outras imagens do indivíduo. Ainda considero outro conceito bakhtiniano – o de exotopia –, mostrando como o tipo de acabamento axiológico que o autor confere ao herói está indissoluvelmente combinado à realidade espaço-temporal criada pela atividade estética e às relações sociais de um momento histórico específico.

Roteiro para documentário: uma obra que não se fecha em si mesma. Alfredo Dias D’Almeida (Umesp)

Este trabalho tem por objetivo discutir a questão da necessidade ou não de se fazer roteiros para documentários, uma dúvida recorrente entre alunos de cursos de audiovisual. A resposta é condicionada por uma série de variáveis, nas quais se inclui o que se entende por roteiro, o “tipo” de documentário que se deseja realizar, o assunto abordado, o método de produção e as condições de produção. Todo documentário pressupõe uma pesquisa prévia sobre o tema e os personagens e o estabelecimento de um caminho a ser seguido em sua realização. Durante o processo de produção, devido ao fato de o documentário estar sujeito a imprevisibilidades, o roteiro é sempre reconstruído, para surgir em sua versão final apenas durante a edição. Como complemento à argumentação, um passo a passo para a elaboração de um roteiro preliminar de documentário é apresentado.

Jonas Mekas e os Restos do RealJuliano Gomes de Oliveira (PPGCOM-ECO)

A partir do primeiro filme-diário de Jonas Mekas, Walden, pretendo investigar possibilidades de discurso audiovisual em primeira pessoa que possam sugerir formas de intervenção estética que produzam singularidades e subjetividades para além do sujeito autobiográfico interiorizado. O propósito aqui é analisar como algumas tendências que atravessam o cinema documentário e a literatura podem criar espaços onde o real tenha configurações que comportem aberturas tanto em sua leitura quanto em sua produção. Nos dois suportes, analisaremos possibilidades de relação com o “exterior” da obra e a apresentação da subjetividade que advém desta relação. A partir daí examinaremos as implicações estéticas e políticas para desenhar configurações férteis entre os discursos artísticos e o real.

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Domingol 06 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 102 BLOCO VERMELHO

Mesa 18 - Audiovisual ExpandidoCoordenador: Ana Silvia Lopes Davi Médola (UNESP)

Como reagir às imagens? Transformações comportamentais na recepção coletiva audiovisual.Fernanda de Oliveira Gomes (UFRJ)

A partir da análise da recepção coletiva que passa a ser determinada na Modernidade, principalmente com a consolidação do Cinema como produto da Indústria Cultural, este estudo busca identificar as transformações que reposicionaram o espectador e que levaram à mudanças comportamentais efetivas nos espaços de recepção. De recepções organizadas e uniformizadas, próprias das salas de cinema, passamos às recepções singulares possibilitadas em instalações interativas, dentro de uma dinâmica comunicacional contemporânea que privilegia a interlocução entre participantes de propostas midiáticas e artísticas. Este artigo destaca, então, instalações interativas que incitam atos performáticos em seus espectadores, estimulados pela lógica da visibilidade e da auto-exposição em espaços públicos.

Instalação Fotográfica: a Convergência dos Meios na Fotografia ContemporâneaPatricia C. A. Alessandri (PUC)

O objetivo deste trabalho é propiciar uma reflexão sobre o conceito de instalação fotográfica a partir da convergência dos meios. Assim, desenvolveu-se um repertório conceitual para bem aclarar a importância do conceito de fotografia expandida, aquela que rompe com o conceito inicial da fotografia de registro do real e extrapola suas fronteiras. Além disso, considerações sobre a ruptura das fronteiras entre os diversos meios de comunicação e suas conseqüências, são imprescindíveis para uma discussão da questão da hibridização das linguagens e da convergência dos meios. A aplicação destes conceitos pode ser acompanhada no trabalho de alguns fotógrafos brasileiros e, em particular, na instalação fotográfica Quartos, desenvolvida pela artista Rochelle Costi, com foco direcionado para a discussão da importância desta vertente do código fotográfico no campo da comunicação.

Reinventando o trailerPatricia de Oliveira Iuva (Unisinos)

Este artigo busca reinventar o trailer a partir da desconstrução do seu caráter hegemônico publicitário, considerando as potencialidades que o fazem uma máquina desejante agenciadora de novas experiências audiovisuais, que conjugadas num arquivo articulam movimentos de autonomia da produção e da estética trailerífica. A metodologia se apóia em dois conceitos chave: o de desconstrução, a partir de Derrida, e o de arquivo, de Michel Foucault. Quer dizer, trata-se de uma reflexão que descentraliza a publicidade cinematográfica do trailer, e o observa em manifestações e expressões minoritárias.

Domingol 06 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 103 BLOCO VERMELHO

Mesa 19 - Efeitos de Cinema e TVCoordenador: Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)

Tecnologias da Imagem e Regimes de Visualidade: Fotografia, Cinema e a “Virada Imagética” do Século XIXDaniel Bittencourt Portugal (ESPM)

Após discussão inicial de cunho teórico-metodológico acerca da relação entre regimes de visualidade e tecnologias da imagem, o artigo, fugindo de um determinismo tecnológico, procura analisar algumas transformações históricas

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que afetaram profundamente os regimes de visualidade do século XIX e que podem ajudar a explicar porque, neste momento, tornou-se viável, pensável e desejável o desenvolvimento da fotografia e, posteriormente, do cinema.

Efeitos visuais: entre a discrição e o espetáculoRoberto Tietzmann (PUC-RS)

Este texto debate conceitos teóricos e históricos vinculados à criação e uso de efeitos visuais no cinema. Desde seu princípio, o cinema se descolou de uma imagem essencialmente realista, buscando complementá-la com diversas trucagens vinculadas a uma idéia de espetáculo ou de discrição, simulando uma transparência de sua aplicação. Recuperando temas a favor e contra os efeitos visuais, debatemos a natureza destas imagens que são parte inseparável da linguagem cinematográfica.

Quando a ficção cinematográfica enquadra o reality show: uma inter-relação de mídias audiovisuais em “The Truman Show”Tiago Madalozzo (UTP-PR)

Em “The Truman Show” (Peter Weir, 1998) apresenta-se ao espectador um trabalho sofisticado de referencialidade midiática, que se constrói a partir de um jogo de olhares entre televisão e cinema, revelando molduras que determinam a organização interna da narrativa. Entendendo-se que há uma clara distinção entre cada tipo de imagem, indaga-se: que papel cada uma das molduras desempenha – o que fazem a serviço da construção narrativa? As considerações teóricas são ancoradas nos fundamentos da teoria da narrativa cinematográfica, na concepção de moldura aplicada ao processo de análise de quadros em filmes pelo µ Groupe, e no conceito de estrutura de encaixe descrito por Todorov em suas análises de narrativas literárias. Além disso, a pesquisa é amparada pelas ideias de dispositivo e index-appeal, relacionadas ao reality show.

Domingol 06 de Setembro 15h30 às 17h00 SALA 101 BLOCO VERMELHO

Mesa 20 - Avaliação do NP de Comunicação AudiovisualCoordenador: Samuel José Holanda de Paiva (UFSCar)

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DIVISÃO TEMÁTICA 4 - GP FOTOGRAFIACoordenadora: Profa. Dra. Dulcília Helena Schroeder Buitoni (FCL)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 120 BLOCO AZUL

Fotografia e ContemporaneidadeCoordenador: Dulcília Helena Schroeder Buitoni (FCL), Debatedor: Fernando C. de Tacca (Unicamp)

Fotografia contemporânea: entre olhares diretos e pensamentos obtusos Ronaldo Entler (Faap)

Para conquistar um lugar de respeito entre as artes plásticas, a fotografia buscou negar sua tradição documental. Subsiste-se, no entanto, uma produção com grande penetração nas galerias e bienais de arte contemporânea, que ocorre à revelia dos discursos e das formas mais evidentes da “fotografia construída”: podemos observar documentações constituídas de poses simples e registros frontais, ensaios sobre temáticas aparentemente ingênuas, e procedimentos técnicos pouco elaborados, numa aproximação à fotografia amadora. De um lado, essas experiências podem ser reconhecidas como maduras, na medida em que ignoram a necessidade de responder aos problemas históricos que negavam à fotografia o status de obra de arte; de outro, são acusadas de se apoiar em discursos rebuscados, produzidos na perspectiva da arte-conceitual, para mascarar seu baixo nível de elaboração técnica e estética.

Visibilidade e Subjetividade na Contemporaneidade Juliana Martins Evaristo da Silva (UFRJ)

Neste texto abordamos a relação que se estabelece na contemporaneidade entre visibilidade e subjetividade, tendo como objeto a imbricação presente na fotografia contemporânea entre arte e vida e o uso das imagens para a construção de si no Orkut. Este movimento é decorrente de um processo de subjetivação cada vez mais calcado na exterioridade da imagem, questionando a interioridade como o lugar do segredo e da verdade do sujeito. Acreditamos que haja uma convergência das estratégias da fotografia contemporânea, no que concernem as narrativas do eu e o enfoque do cotidiano, e o uso das imagens na construção da identidade pessoal no Orkut. Se a vida migrou de alguma forma para o campo da arte, encontramos também aspectos estéticos na construção de si neste dispositivo do ciberespaço.

Internet: espaço da sobrevida das imagens midiáticas Ana Paula da Rosa (Unisinos)

As imagens técnicas cada vez mais se tornam auto-replicantes, estão nos jornais, nas revistas e na internet. Mesmo depois que as imagens deixam de aparecer na mídia tida como tradicional, elas passam a ser perenes na web. Desta forma o imaginário coletivo formado pelas imagens internas e externas passa a ser influenciado também por aquilo que é veiculado nas mídias terciárias e, principalmente, nos sites como o youtube, que recebe a cada dia um número maior de vídeos e fotos. A memória coletiva formada e abastecidade por imagens midiatizadas e que se confunde com a própria memória midiática do jornalismo esta ganhando uma sobrevida na Internet, mesmo quando há uma aparente morte ou esvaziamento. Mais do que auto-referenciais, as imagens são memórias - próteses.

Por uma estética fotográfica do instante Gabriela Pereira de Freitas (UnB)

Este artigo tem por objetivo defender uma estética fotográfica baseada no conceito de “instante” de Gaston Bachelard. Assim, começaremos por entender como se deu o surgimento de uma estética tipicamente fotográfica, relacionada à captação de momentos do cotidiano. Em seguida nos aprofundaremos no conceito de instante de Bachelard e o relacionaremos com o ato fotográfico: como se dá a apreensão desse instante pelo fotógrafo e como essa dinâmica pode interferir na produção de conhecimento e nas configurações da linguagem dos gêneros fotográficos. Por fim, faremos um contraponto entre o instante bachelariano e o instante pós-moderno característico das práticas fotográficas existentes hoje na internet.

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Fotografia e Tempo: vertigem e paradoxo Claudia Guilmar Linhares Sanz (UFF)

A atualidade está, cada vez mais, saturada de fotografias e esvaziada de duração. Nesse sentido, a experiência temporal parece ser o elemento central pelo qual se efetuam as transformações da subjetividade contemporânea e essa alteração é acompanhada de uma alteração também significativa na produção imagética, sobretudo fotográfica. A fotografia que, pelo menos desde o final do século XIX, faz parte de um patrimônio coletivo, narrado e transmitido através de gerações, se transforma de modo significativo nesse novo contexto. Para pensar as inéditas dimensões dessa experiência é necessário, portanto, tratar a fotografia não como simples representação do tempo, ou síntese espacial, mas como, ela própria, experiência de cunho temporal, reunindo tanto uma dimensão epistemológica e cronológica, quanto uma dimensão existencial e anacrônica.

Heidegger e a fotografia: subjetividade, tempo e técnica na contemporaneidade Wagner Souza e Silva (ECA/USP)

Martin Heidegger questiona a subjetividade tomando como eixo fundamental em seu pensamento a presença inevitável dos jogos com a temporalidade. Ainda em seu projeto filosófico, vemos que a técnica torna-se peça mediadora importante na própria afirmação do caráter humano. O objetivo deste artigo visa discutir a pertinência do pensamento de Heidegger para abordar a fotografia como uma técnica mediadora da relação entre tempo e subjetividade, visando compreender os desdobramentos de sua tecnologia no universo digital contemporâneo.

Da encenação à semelhança secundária: notas sobre fotografia e desejo Paulo de Tarso Carvalho (UFPE)

Trata-se de estender a todas as imagens um estatuto desejante autônomo, a possibilidade de encontrar espontaneamente a semelhança secundária: imagens capazes de por si mesmas formar relações com um conjunto heterogêneo de formas, de contrair funções, de expandir o texto de Hjelmslev (esse todo almalgamado por um qualidade homogênea), até chegar-se a um realidade fragmentada do plano, com elementos sempre estrangeiros, porque indecidíveis ou indiscerníveis segundo definam-se enquanto formas de expressão ou conteúdo de um plano de consistência particular.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h30SALA 120 BLOCO AZUL

Fotografia e Artes: IntertextualidadesCoordenador: Rubens Fernandes Junior (Faap), Debatedor: Ronaldo Entler (Faap)

O Fotógrafo na Literatura Fernando C. de Tacca (Unicamp)

A comunicação aborda a construção do personagem “fotógrafo” na literatura, analizando lugares do fazer/pensar e do pensar/fazer sobre o ato fotográfico pelo profissional em obras referenciais e em autores contemporâneos. Pretende-se apontar características importantes dos lugares sociais do fotográfo como pessoa e como enunciador de valores simbólicos na sociedade contemporânea em obras escolhidas da literatura.

Reconfigurações Fotográficas, Escritas Indiciais: Vik Muniz e Sebastião Salgado Dulcília Helena Schroeder Buitoni (FCL)

Este trabalho apresenta uma discussão sobre a obra do artista plástico Vik Muniz, que utiliza o processo fotográfico como princípio de composição e de hermenêutica, estimulando reflexões sobre as relações entre fotografia, o real e a arte. A origem indicial é ponto de partida para refletir sobre as diferentes camadas de construção, re-produção, re-apresentação e observação. Também será feita uma comparação com fotos de Sebastião Salgado que dialogam com o imaginário visual trazido à tona em obras de Vik Muniz. Autores como Josep M. Català, John Berger, Margarita Ledo, Paulo Herkenhoff e Susan Sontag fornecem a fundamentação teórica

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O discurso do fim da fotografia com o advento do digital: considerações a partir de “A Última foto”, de Rosângela Rennó Nina Velasco e Cruz (UFPE), Elane Abreu de Oliveira (UFPE)

O trabalho tratará do discurso sobre o fim da fotografia com o advento do digital, a partir da obra concebida pela artista Rosangela Rennó, intitulada “A última foto”. A hipótese levantada é que o surgimento do híbrido fotografia/imagem numérica traz consigo um forte questionamento do que seria a essência da imagem fotográfica, sua relação indicial com o referente (Dubois), ou o “isso foi” barthesiano. Não se trata de defender a idéia de uma ontologia fotográfica, mas sim de se questionar de que maneira o surgimento da tecnologia digital incide sobre a teoria da imagem fotográfica.

São Paulo Underground – registros do graffiti de Zezão Fernanda Romero Moreira (Senac)

Este artigo pretende discutir o trabalho de graffiti realizado pelo paulista José Augusto Amaro Capela (Zezão) intitulado “São Paulo Underground”. Neste projeto Zezão procura por lugares sujos e abandonados e desce ao esgoto da cidade para grafitar. Apresenta seu graffiti como uma poética urbana e é através da comunicação visual que expõe sua crítica ao descaso da sociedade. Seu trabalho exige do espectador comum um esforço diferenciado já que oferece a busca pelo submundo. Outra forma seria apreciá-lo pelas fotografias, onde na maior parte das vezes, este trabalho é visto. Este artigo propõe uma discussão entre a relação destas linguagens, o elo entre o graffiti na rua e sua representação fotográfica, outra visualidade.

Novo Cartão Postal de São Paulo: Ponte Estaiada Cristine Maria Albuquerque de Bem e Canto (UAM)

A partir da análise do material imagético e textual fotografias utilizadas na imprensa e no campo artístico para a representação da Ponte Estaiada percebe-se duas leituras distintas do novo cartão postal da cidade de São Paulo, situado na Marginal Pinheiros. Ao contrapor imagens jornalísticas e artísticas discute-se a relação da fotografia com o real e compreende-se que a imagem fotográfica atesta apenas a existência, mas nunca o sentido de uma realidade.

Fotografia computacional: um cenário para a visualização e os processos interativos Fernando Luiz Fogliano (Senac)

Este trabalho apresenta o cenário em que se dão práticas de visualização fotográfica, considerando uma nova conceituação da Fotografia, bem como a subversão de seus cânones propiciada pelo surgimento das novas tecnologias digitais e do número crescente de novas ferramentas de software para manipulação e construção de imagens digitais. As imagens fotográficas tornaram-se objetos imagéticos híbridos e, no domínio digital, assumem agora novas funcionalidades. Novos avanços tecnológicos impõem uma reestruturação de seus conceitos e de outros campos da imagem como o vídeo, o cinema, a síntese de imagem (3D) cujos limites tornam-se progressivamente difusos e indistintos. Essa situação conduz a categorização das práticas de produção imagética para um designador único – a visualização. É o que podemos chamar de fotografia computacional.

Deter-se: os percursos de uma pesquisa visual em Fotografia Denise Conceição Ferraz de Camargo (Unicamp)

Este texto apresenta o processo de elaboração de um ensaio fotográfico, posteriormente transformado no livro-objeto Deter-se. Pretende-se traçar, com isso, um percurso da pesquisa visual que encontra na análise da imagem e no estudo do processo de criação elementos essenciais nas etapas de pesquisa, produção e edição do material fotográfico. O texto procura ressaltar a articulação do fazer fotográfico com o design, e evidenciar as estratégias artísticas nesse procedimento, sobretudo ao considerar que, conceitualmente, o deslocamento da função de prova da realidade torna-se prerrogativa para discussões que, como esta, pensam a Fotografia inserida nos processos artísticos e regida por metodologias “próprias” a esse campo disciplinar.

Será a imagem a mesma imagem? Andreza de Lima Ribeiro Teixeira (PUC-Rio)

A partir da reflexão sobre o ambiente gerado por novas tecnologias da imagem, o artigo pretende analisar se e de que forma estes ambientes interferem na construção de diferentes perfis imagéticos para o mesmo sujeito. As possibilidades tecnológicas somadas à multiplicidade intrínseca à fotografia estimulam a veiculação de imagens em diversas plataformas digitais. Há como distinguir o original dos estereótipos criados para alimentar os perfis idealizados?

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Domingol 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 120 BLOCO AZUL

Fotografia, Documento e ComunicaçãoCoordenador: Ronaldo Entler (Faap), Debatedor: Paulo Cesar Boni (UEL)

Aurélio Becherini - lições e demolições do olhar Rubens Fernandes Junior (Faap)

A pesquisa recupera a trajetória do fotógrafo italiano Aurélio Becherini que documentou sistematicamente a cidade de São Paulo entre 1905 e 1928. Trabalhou na gestão do Prefeito Washington Rodrigues, 1914 – 1918, documentando toda a transformação urbana. O texto traz ainda a contextualização da fotografia paulistana nos anos 1910 e 1920, destacando alguns fotógrafos e as principais casas fotográficas em atividade. Aurélio Becherini também representa o pioneirismo do fotojornalismo na imprensa paulistana, particularmente no jornal O Estado de S. Paulo, onde publicou com regularidade entre 1910 e 1930.

Fotografia e Interpretação do Espaço Sociocultural: leituras do viver, agir, reconhecer Itamar de Morais Nobre (UFRN), Vânia de Vasconcelos Gico (Farn)

Discutem-se as potencialidades da fotografia como narrativa visual a partir de uma visão dialógica da pesquisa realizada nas comunidades de Venha Ver e Diogo Lopes (Macau,RN, BR), tendo como técnicas de coleta de dados a observação, a entrevista, o registro fotográfico, a pesquisa documental e a análise qualitativa, compondo uma cartografia simbólica. Ao examinar uma mensagem fotográfica, o interpretante está construindo um entendimento a respeito de si e do outro, de suas formas de agir, viver e se relacionar com suas práticas, penetrando um cotidiano social que não é o dele, podendo constituir-se em um caminho pelo qual ele pode adentrar, voltar, refazer e reconhecer o seu próprio percurso social, religando-se ao seu plano histórico-cultural, além de percorrer os rumos da dedução e dos sentidos da subjetividade de si e do outro.

O Sentido Posto em Imagem: a Comunicação de Estratégias Contemporâneas de Enfrentamento do Mundo Através da Fotografia – Relato de Pesquisa Ana Taís Martins Portanova Barros (UFRGS)

Este trabalho tem como objetivo verificar até que ponto a fotografia, produto de uma mediação fortemente técnica, pode revelar um imaginário. Com o pressuposto de que as fotografias constituem atos comunicativos que desejam partilhar visões de mundo, são examinadas fotografias do cotidiano, feitas por amadores. Utilizam-se os Estudos do Imaginário encetados por Gilbert Durand para buscar as imagens simbólicas movimentadas pelas imagens fotográficas. Conclui-se que a imaginação simbólica está presente também numa atividade eminentemente técnica como a fotografia, e que a abundância de fotografias das banalidades íntimas indica uma conversão do imaginário objetivante e bélico a um imaginário eufemizador e subjetivante.

A criação do retrato de Getúlio Vargas no Cine Jornal Brasileiro Miguel Furtado Freire da Silva (UFF)

O texto trata da criação do retrato do líder Getúlio Vargas no Cine Jornal Brasileiro - CJB, o noticiário jornalístico cinematográfico produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP, durante a vigência do Estado Novo. Analisa a imagética foto-cinematográfica, com ênfase nas observações intra-quadro, em três exemplares do CJB, comemorativos do aniversário de Vargas em João Pessoa, Porto Alegre e Belo Horizonte. A leitura procura vestígios e rastros do que se está chamando olhar germânico.

Análise das imagens antitabagistas em embalagens de cigarros no Brasil Rosane Vasconcelos Zanotti (UFES), Fabio Gomes Goveia (UFES)

O uso da fotografia na publicidade é cada vez mais comum. Apesar disso, os trabalhos que abordam essa utilização não crescem na mesma intensidade. Como uma resposta a essa lacuna, este trabalho se propõe a investigar o emprego das imagens nas campanhas contra o tabagismo presentes nas embalagens de cigarros. Neste sentido, foi realizada uma pesquisa qualitativa com fumantes que avaliaram as fotografias da contrapropaganda, que se divide em três etapas bastante distintas. Também foi feita uma análise das imagens a partir do pensamento de Machado (1984) e Joly (1996), entre outros autores. O resultado aponta para uma subestimação da fotografia nas campanhas.

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Sobre rodas e com asas: imagens da modernidade Lobatiana Gabriela Santos Alves (UFRJ)

Monteiro Lobato fotógrafo. Reconhecido como o mais importante escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, pouco se discute sobre a produção fotográfica de Lobato. É nessa linha que este artigo propõe-se a discutir a questão da modernidade do e no olhar lobatiano, numa reflexão interdisciplinar que engloba fotografia, história e literatura e é representada pelas imagens, presentes nas fotos, de carros e avião.

O Cotidiano Escolar Retratado nos Olhares dos Praticantes Patricia Oliveira de Freitas (UFRJ)

O presente trabalho é parte de uma pesquisa, de doutorado em educação realizada na Universidade Federal Fluminense – UFF, que teve o campo empírico da investigação constituído por alunos do quarto e quinto anos de escolaridade, no Brasil e em Portugal, neste texto apresento uma parte de investigação realizada no Brasil. O objetivo da pesquisa foi perceber e compreender, a partir da produção de imagens fotográficas da escola, que outros modos de ver a escola moram nos olhos das crianças, Mais do que imagens produzidas pelos alunos para apresentar a escola, as fotografias apresentam aspectos da complexidade da vida cotidiana da escola, incluindo movimentos ambíguos: ordem/desordem, controle/descontrole, mostrando a escola como um espaço de tensão entre diferentes lógicas e saberes.

Domingol 06 de Setembro 14h00 às 18h30 SALA 120 BLOCO AZUL

FotojornalismoCoordenador: Fernando C. de Tacca (Unicamp), Debatedor: Dulcília Helena Schroeder Buitoni (FCL)

O cotidiano dos negros no exterior dos jornais de Porto Alegre, sinais de fotojornalismo no século XIX Beatriz Alcaraz Marocco (Unisinos)

Existe uma coleção de fotografias que ocupa a contracorrente do discurso jornalístico sobre o cotidiano dos negros que viviam em Porto Alegre. As cenas organizadas pelos Irmãos Ferrari, Virgílio Calegari e Lunara, entre o final do século XIX e meados do século XX, evidenciam elementos de pobreza e “liberdade aparente” (FERNANDES, 1978): o traje descomposto e gasto, os pés descalços, o trabalho infantil ambulante e o ambiente doméstico em lugares sem urbanização. Nos jornais, os negros são associados à vagabundagem e localizados em “lugares malditos” (PESAVENTO, 1998, 1999; MAUCH, 1994; VARGAS, 1994; MAROCCO, 2004; HOHLFELDT, 2006). Há um ponto de tensão formado entre o que era dito e essas fotografias que produz um jogo de visibilidade/invisibilidade de onde se pode fazer emergir certa descontinuidade no arquivo fotográfico da época, voltado às paisagens e retratos da burguesia.

Enchentes no Nordeste: A Humanização da Notícia na Cobertura Fotográfica da Folha de S. Paulo Carolina Zoccolaro Costa Mancuzo (UEL)

Este artigo analisa as fotografias da cobertura das enchentes no nordeste brasileiro, tomadas pelo repórter fotográfico Fernando Donasci e publicadas na Folha de S. Paulo, de 18 a 25 de maio de 2009. Seu objetivo é avaliar, por meio da desconstrução analítica, proposta por Boni (2000), qual a intencionalidade do fotógrafo ao capturar cada uma das fotografias analisadas. A desconstrução analítica – identificação e conceituação dos recursos técnicos e dos elementos da linguagem fotográfica – possibilita aproximar-se da intencionalidade de comunicação do emissor no ato fotográfico. Com a análise, ficou fortemente conotado que Fernando Donasci utiliza cores quentes e valoriza o elemento humano, fazendo uso de técnicas e recursos de humanização da notícia para atrair o leitor.

A Representação Visual da Criança na Imprensa Brasileira: uma Análise dos Jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo Angela Maria Farah (Uniuv)

A pesquisa tem como objetivo analisar os casos de representação visual da criança em reportagens que indiquem a complementaridade da informação verbal, conforme o conceito preconizado por Barthes para a relação texto-

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imagem nos processos discursivos. Para tanto, foi analisado o tratamento jornalístico na construção da cena visual e na articulação texto verbal e não-verbal na mídia impressa, examinando como as significações se constroem e quais os efeitos de sentido obtidos pelo recurso à imagem. O corpus se constitui de uma seleção de reportagens relacionadas à temática escolhida, nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, examinados durante oito meses. A partir de dados fornecidos pelos próprios textos (verbovisuais), foram sistematizadas categorias de análise, para a identificação das diferentes formas de tratamento jornalístico utilizadas nas configurações visuais.

O câncer no palanque: a cobertura fotográfica da Veja sobre a doença da possível candidata à presidência, Dilma Rousseff Maria Luisa Hoffmann (UEL), Paulo César Boni (UEL)

As escolhas técnicas e estéticas dos fotógrafos podem determinar ou direcionar a interpretação de suas imagens. Este artigo pretende analisar o discurso fotográfico da revista Veja na cobertura da doença da possível candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência do país, Dilma Rousseff. Por meio da proposta metodológica da desconstrução analítica, e considerando elementos da linguagem fotográfica, é possível apontar a intencionalidade da revista na reportagem.

Imprimindo Sensações: Fotojornalismo em Ultima Hora Silvana Louzada da Silva (UFF), Leticia Cantarela Matheus (UFF)

O artigo apresenta o desenvolvimento do fotojornalismo de sensações realizado pelo jornal carioca Ultima Hora na década de 1950, a partir de sua cobertura criminal e de tragédias de toda ordem. Novas apropriações do jornalismo sensacionalista pelas práticas fotográficas conferiram à imagem novo estatuto comunicativo dentro do jornal que foi responsável por um importante trabalho de pedagogia do olhar, preparando o público para novas visualidades capazes de fazer emergir o passado no instantâneo e nas sensações e criando uma narrativa visual inovadora: o fotojornalismo diário.

A ilustração fotográfica como recurso retórico: um olhar sobre a fotografia no jornalismo de revista Ana Carolina Lima Santos (UFS)

Dando continuidade aos estudos acerca da ilustração fotográfica (anteriormente discutidos nesse GP), o presente trabalho tenta agora concebê-la em consonância com certas categorias jornalísticas, a saber: os jornalismos interpretativo e opinativo, em especial aqueles praticados pelo jornalismo de revista. Nesse sentido, à simples noção de um tipo de fotografia produzido e/ou montado para ilustrar matérias jornalísticas, a foto-ilustração passa a ser caracterizada como uma imagem na qual, ao se concretizar um determinado conceito acerca do assunto noticiado, é possível delinear visualmente uma interpretação ou argumentação sobre ele.

Do Pit ao “Eu-repórter”: a busca do caráter noticioso na fotografia Leandro Pimentel Abreu (UFRJ)

Nos últimos anos há um crescimento do número de fotografias de amadores na grande imprensa e alguns veículos passam a ter seções exclusivas para a publicação dessas imagens cuja produção é então estimulada. Essa busca por imagens feitas por amadores ocorre paralelamente ao desenvolvimento de um tipo de dinâmica de produção mais veloz e eficiente nas empresas de comunicação, se afastando de um ideal romântico de jornalismo. O objetivo deste ensaio é problematizar a produção de fotografias documentais através dessas duas práticas, a do fotojornalista profissional e a do fotógrafo amador, e, por meio da observação de alguns casos, perceber a possível convergência para um tipo de proposta comum.

O repórter Pierre Verger Cláudia Maria de Moura Pôssa (UFBA)

A matéria-prima do trabalho fotográfico de Pierre Verger é o cotidiano material, simbólico e imaginário dos homens das mais diversas culturas, mais especialmente, a cultura negra da África e do Brasil. Para apreciar a contribuição de Verger na história da fotografia e, em particular, do fotojornalismo, busca-se aqui comentar a produção de Pierre Verger como repórter fotográfico, da época em que começou a publicar até quando esteve vinculado à revista O Cruzeiro. Busca-se apresentar uma visão geral de sua atuação como repórter, assim como compreender as mudanças ocorridas na imprensa na época e como estas afetaram os trabalhos iniciais de Verger e suas posteriores opções.

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DIVISÃO TEMÁTICA 4 – NP FICÇÃO SERIADACoordenadora: Maria Immacolata Vassalo de Lopes (USP)

Sábado l 05 de Setembro9h – 12h30SALA 106 BLOCO VERMELHO

Sessão 1 - Ficção: Campo e Recepção

A Produção Científica sobre Teledramaturgia Brasileira – um campo de estudo Ana Maria Figueiredo (Facasper)

Esta pesquisa apresenta o mapeamento dos trabalhos comunicados no NPFSINTERCOM, entre 2000 a 2008, com o objetivo de avaliar a evolução das temáticas trabalhadas nos papers, bem como os autores mais presentes nas respectivas bibliografias. Apresenta também a procedência institucional dos trabalhos, de forma que possamos visualizar não só participação das diferentes universidades brasileiras na produção e reflexão sobre a teledramaturgia, como também a contribuição desses estudos para a construção do saber comunicacional.

Novas Implicações nos Estudos de Recepção de TelenovelaLourdes Ana Pereira Silva (UFRGS); Nilda Jacks (UFRGS)

Neste artigo, a partir do estado da arte dos estudos de recepção de telenovela desenvolvidos no Brasil, abordam-se algumas implicações de ordem teórico-metodológica que estão alterando de forma significativa esses estudos. Essas implicações dizem respeito à concepção que se tem do sujeito receptor, da Internet como locus de captura do receptor e do gênero como categoria analítica e epistemológica para estudar a recepção de telenovela. Nesse sentido pretende-se problematizar como estes aspectos tem contribuído e alterado as questões teórico-metodológicas dos estudos de recepção.

A Perspectiva das Mediações de Jesús Martín-Barbero no Estudo de Recepção da Telenovela Laura Hastenpflug Wottrich (UFSM); Renata Córdova da Silva (UFSM); Veneza V. Mayora Ronsini (UFSM)

Este trabalho tem como objetivo problematizar o conceito de mediações, transpondo-o para o universo da pesquisa de recepção da telenovela. Primeiramente, retoma-se o conceito em Jesús Martín-Barbero para depois aprofundar teoricamente as mediações comunicativas da cultura, especialmente a ritualidade e a socialidade, mais estreitamente ligadas ao eixo da recepção no mapa conceitual do autor. Por fim, propõe-se viabilizar a aplicação empírica da teoria das mediações através da articulação de métodos como o estudo de caso, a etnografia e o modelo encoding/decoding de Stuart Hall na pesquisa de recepção.

Desigualdades sociais e telenovelas: relações ocultas entre ficção e reconhecimentoLilia Maria Junqueira (UFPE)

O texto a ser apresentado é a apresentação do livro da autora de mesmo título que se encontra em editoração. Nele procura-se mostrar como foi possível, através da história das telenovelas, a geração e atualização de nossos princípios morais e percepções psicológicas coletivas a respeito de nossas relações de desigualdade social. a telenovela é vista como um espaço onde estes princípios epercepções foram elaborados pela sociedade. Utiliza-se os conceitos de reconhecimento de Charles Taylor e campo e habitus de Bourdieu, para analisar os dados resultantes de uma grande pesquisa de recepção de telenovelas.

A educação que não passa pela tevêJoanise Levy da Silva (UEG)

O título deste artigo é intencionalmente ambíguo, porque o assunto que proponho abordar apresenta mais de uma faceta. No âmbito escolar, refiro-me ao desprestí¬gio da televisão e das telenovelas, em particular, como objeto de estudo. O outro sentido do tí¬tulo diz respeito à pouca visibilidade que a educação formal tem nos programas de

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tevê. Compreendo que vários fatores concorrem para esse divórcio entre escola e televisão, os quais merecem ser analisados.

Relato dos Trabalhos da Sessão

Debates

Sábado l 05 de Setembro14h - 17h30SALA 106 BLOCO VERMELHO

Sessão 2 - Obitel Internacional - 2008

Ficção Televisiva no prime-time português e brasileiroMaria Aparecida Baccega (ESPM - ECA-USP); Isabel Ferin Cunha (UC); Marcia P. Tondato (ESPM); Diana G. Macedo (ESPM); Fernanda C. Santana (UC)

Neste artigo, apresentamos os resultados preliminares de um estudo com foco nos gêneros televisivos e nas categorias presentes na publicidade desta faixa horária. O objetivo maior deste projeto é aproximar-se das identidades das mulheres brasileiras e portuguesas, suas intersecções e diferenças; desenhar os traços que mais influenciam na recepção do conteúdo televisivo, incluindo a publicidade. A partir da pergunta “o que aproxima e o que diferencia os horários nobres de Portugal e do Brasil?”, procuramos entender como as televisões portuguesa e brasileira estão desenhando o consumidor, neste artigo, em específico, qual o peso da ficção no horário nobre, visto que este conhecimento indica os critérios de definição da grade de programação, planejada estrategicamente para responder aos objetivos das emissoras.

TV Globo internacional: trajetórias dentro do cenário mundialCláudia Maria Moraes Bredarioli (USP); Clarice Alves Greco (USP); Denise de Oliveira Freire (USP)

Imbricados na teia perene de fluxos que compõe o cenário global contemporâneo, os percursos da ficção televisa brasileira mundo afora mostram nestes tempos atuais cada vez mais relevância à pesquisa em Comunicação. Neste artigo, observaremos um pouco da trajetória da TV Globo internacional (TVGi), que completa 10 anos neste ano de 2009, como ponto de partida para traçar percepções iniciais acerca desta temática. A TVGi move-se com maestria por entre os agentes que sustentam o globalismo atual, dialogando com questões culturais, econômicas, políticas e sociais. Neste panorama, diz muito o slogan “Não importa onde você vive, com a Globo você vai sempre se sentir em casa”, que reforça a condição local de produção da Globo para, a partir dela e tendo essa premissa como base de sua estratégia de negócio, alcançar o mundo.

A multidimensionalidade do espaço-tempo na telenovela A favorita: entre a ambiguidade e os destempos Maria Cristina Mungioli (USP); Daniela Jakubaszko (USP)

Refletir sobre São Paulo em A favorita permite inter-relacionar espaços e (des)tempos da narrativa ficcional na perspectiva de pensá-la como mapa onde se encontra a fluidez dos espaços urbanos multiformes justapostos que se constroem/reconstroem no ritmo voraz que marca os espaços e os tempos na contemporaneidade desvelando sua multidimensionalidade. Nessa telenovela, a presença da metrópole em sua amplitude de cidade-global (Ianni,2001) fornece elementos para discutir as relações sociais com base nos espaços que compõem o palimpsesto urbano (Martin-Barbero, s/d); tal qual uma escritura que se apaga e se reescreve constantemente. Escritura(s) que produz(em) sentido por meio de discursos de uma metrópole imersa nas contradições da globalização. Contradições que encontram ressonância no interdiscurso no qual se produzem os sentidos, os cronotopos, as ideologias (Bakhtin, 1993 e 2002).

O Som das Desigualdades: Reflexões Sobre a Trilha Sonora de Vidas OpostasMariane Harumi Murakami (USP)

Este artigo propõe a discussão sobre a trilha sonora da telenovela Vidas Opostas e sua relação com a organização

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discursiva e temática desta novela, investigando como esses elementos atuam na construção de sentidos, mais especificamente, das representações da pobreza e da violência urbana. Sendo assim, um dos principais objetivos é verificar como se articulam os dois estratos da telenovela – o melodramático e o realista –, concedendo atenção especial à trilha sonora, que além dos aspectos mercadológicos, possui papel primordial na narrativa, identificando personagens, núcleos e ambientes e conferindo “tom” às cenas. Tal estudo poderá nos auxiliar na compreensão dos mecanismos e estratégias de representação social da trama, uma vez que, atuando na construção narrativa, a trilha contribui na demarcação de contextos, períodos históricos específicos, grupos sociais diversos, entre outros.

Merchandising comercial e merchandising social: os protagonistas de grandes sucessos da teledramaturgia brasileiraViviane Sales Martins (UFG); Goiamérico Felício Carneiro dos Santos (UFG)

Esta pesquisa analisa os papéis do merchandising social e comercial no enriquecimento do enredo de telenovelas que serviram como marcos ao longo de quase quarenta anos, no Brasil (a análise considera o intervalo de 1969 a 2005). Entende-se que o que transforma a novela em notícia é a discussão que ela gera na sociedade, os temas que ela coloca em debate, e as repercussões que o merchandising, seja ele comercial ou social, gera para a emissora e, consequentemente, para os veículos que patrocinam a novela. A telenovela brasileira é tratada aqui como um dos produtos televisivos que mais induzem ao consumo e como um importante programa de difusão de idéias e comportamentos.

Relato dos Trabalhos da Sessão

Debates

Domingol 06 de Setembro9h – 12h30SALA 106 BLOCO VERMELHO

Sessão 3 - Ficção: Identidades

Mirem-se no exemplo das mulheres de Atenas. Heroínas “d’antanho” na ficção televisual seriadaAnna Maria Balogh (UNIP) – Livre-Docente

Mulheres apenas, não só as de Atenas: a retomada dos refrões da canção de Chico Buarque de Hollanda, oferecem de forma poética e suscinta, uma idéia do que teria sido a trajetória das mulheres do passado. Talvez por ser uma cultura enfática desse tipo de travessia feminina pretérita, tal como se observa na triste personagem da viúva vivida por Irene Papas no emblemático Zorba, o grego. No filme, os homens da aldeia onde vive tentam apedrejá-la e depois um homem a mata, simplesmente porque a bela viúva julgou ter a liberdade de escolher um amante que não pertencia ao conjunto dos moradores de lá. A canção é simbólica, pois, do feminino em várias épocas pretéritas independente do espaço geográfico em que forem situadas é que se torna possível resgatar e estudar a condição feminina através da rica teledramaturgia seriada brasileira na qual já se tem vários exemplos passíveis de análise.

Telenovela e mediações culturais na conformação da identidade femininaLirian Sifuentes dos Santos (UFSM)

Este texto apresenta reflexões acerca do modo como os embates e complementaridades entre a audiência da telenovela e as mediações família, escola e classe social conformam a identidade feminina de jovens mulheres de classe popular. Os estudos culturais latino-americanos são adotados como modelo teórico-metodológico, especialmente no que se refere à teoria das mediações culturais. O estudo configura-se como uma etnografia da audiência. A amostra analisada é composta por 12 jovens com idade entre 16 e 24 anos, moradoras do bairro Urlândia, periferia de Santa Maria-RS. Percebe-se que aquilo que as receptoras veem como o ideal ser mulher está presente nas representações da mulher na telenovela. As heroínas, as supermulheres, as “mulheres fortes”, são o padrão entre as protagonistas e a aspiração das garotas.

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Discursos raciais na telenovela Duas Caras : Evilásio Caó, o herói negroDanubia de Andrade Fernandes (UFJF)

A telenovela brasileira representa a sociedade narrando suas histórias e memórias do mundo social, interferindo ativamente nas experiências do sujeito e nos olhares sobre si e sobre o Outro. Exercendo substancial importância no cotidiano dos brasileiros, a ficção seriada, por meio de suas entrelinhas discursivas, auxilia nos processos de construção identitária oferecendo ou impondo modelos a serem seguidos ou repelidos socialmente. Neste contexto, analisamos o personagem Evilásio Caó, interpretado por Lázaro Ramos, protagonista da telenovela “Duas Caras” (TV Globo, 21 horas, 2007-8). Vamos em busca dos sentidos de negritude entremeados em seus discursos e refletidos em sua trajetória ficcional.

Considerações em torno da abordagem do homossexualismo feminino na ficção televisiva brasileiraFernanda Castilho Santana (U.Coimbra)

O objetivo deste artigo é definir alguns pontos de discussão relacionados a abordagem do tema homossexualismo feminino na ficção televisiva brasileira. A reflexão proporciona observações a respeito das tendências de mudança no tratamento do assunto na TV, nomeadamente nos últimos dez anos, no tocante às produções de ficção realizadas pela Rede Globo de Televisão. Para tanto, torna-se importante descrever, previamente, os conceitos de sexualidade e homossexualismo, como também os principais momentos da história do homossexualismo feminino nos media brasileiros.

Que mal há em fantasiar? Só não te metas em enrascadasElizabeth Bastos Duarte (UFSM)

O texto propõe-se a analisar a série Fantasias de uma dona de casa, exibida pela RBSTV, examinando não só o subgênero em que se enquadra, estrutura do formato adotado, estratégias discursivas empregadas, caracterização dos personagens, traços de gauchidade, bem como seu projeto comunicativo – a forma de inserção na grade de programação da emissora, que contraria as normas, ao longo do tempo, estabelecidas pela gramática do televisual, ignorando as preferências e características do público telespectador.

Relato dos Trabalhos da Sessão

Debates

Domingol 06 de Setembro 14h - 17h30SALA 106 BLOCO VERMELHO

Sessão 4 - Ficção: História / Memória; Formatos

Mecanismos de memória e esquecimento na reconstituição teledramática da história nacionalSara Alves Feitosa (UFRGS)

O artigo se propõe a refletir sobre os modos que a teledramaturgia de reconstituição histórica contribui para a constituição da memória nacional.Denomina a teleficção de reconstituição histórica de “ficção controlada” devido os limites impostos pelo “peso da história” e pelos vestígios do passado. A partir da análise da narrativa da edição do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), na minissérie JK, se chega a conclusão que o lembrar e esquecer na trama de ficção controlada é construída na articulação do histórico e do ficcional, num jogo de luz e sombra, bem como numa relação de colaboração discursiva em que a ficção reforça o discurso histórico atribuindo-lhe verossimilhança e valor de verdade.

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História e ficção na construção de narrativas ficcionais: O caso da minissérie Anos RebeldesCandice Cresqui (PUC-RS)

Ao seguir a estratégia de trabalhar com o realismo em sua programação, as produções da Rede Globo de Televisão procuram reconstituir fatos históricos, adaptar textos literários e privilegiar o regionalismo. A transposição da História, nessas produções, especialmente as minisséries, entretanto, costuma ter efeito de forte impacto sobre a memória nacional. Verificar como se dá esse diálogo entre história e ficção nas minisséries televisivas é o nosso objetivo no presente artigo. Como exemplo dessa relação, apresentamos a minissérie Anos rebeldes, veiculada pela Rede Globo em 1992.

Telenovela: O Narrar da Pós-modernidadeJosefina de Fatima Tranquilin Silva (Uniso)

Esta comunicação dedica-se a pensar como se estrutura a narrativa no formato telenovela – produzido e exibido pela Rede Globo de Televisão –, quais as proximidades e distanciamentos que este guarda tanto com velhos e arcaicos narradores das aldeias rurais, quanto com as narrativas do romance-folhetim. Pretende-se, aqui, averiguar se a arte de contar, de ritualizar o cotidiano, a memória, a realidade em que vivem os indivíduos, na contemporaneidade, se faz presente neste formato.

A herança das telenovelas nos reality-shows Big Brother Brasil e O Aprendiz Cláudio Augusto Ferreira (UnB); Lavina M. Ribeiro (UnB)

Este artigo apresenta alguns elementos característicos da telenovela que podem ser encontrados também em um gênero cada vez mais consolidado na televisão brasileira: os reality-shows. Por meio da análise dos programas “Big Brother Brasil”, da Rede Globo e “O Aprendiz”, da Rede Record, feita com os parâmetros teórico-metodológicos dos Estudos Culturais, detecta-se uma forte herança das novelas, gênero hegemônico na TV aberta brasileira, que tem o objetivo de tornar familiar ao grande público o novo formato introduzido na grade de programação das redes de televisão do país a partir do ano 2000.

Proposta de Leitura de Docudramas: Uma Análise do Quadro Anjo da Guarda do FantásticoAlexandre Tadeu dos Santos (USP)

Investigação preliminar sobre o gênero docudrama. Termo ambíguo e híbrido por excelência, permite conexões entre as convenções formais do documentário e do melodrama; ou do real (factual) com a ficção. Este estudo busca refletir sobre as origens e características do gênero e a tendência de seu uso no cinema e em programas televisuais contemporâneos. Análise de um quadro do programa Fantástico da TV Globo.

Relato dos Trabalhos da Sessão

Debates

Encerramento: avaliação e perspectivas do NP para 2010

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DIVISÃO TEMÁTICA 4 - GP RÁDIO E MIDIA SONORACoordenador: Luiz Artur Ferraretto (UCS)

SALAS 207 E 208 BLOCO AZUL

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 10h45SALA 207 BLOCO AZUL Painel: História do rádioModerador: Luciano Klöckner (PUC-RS)

Memória radiofônica – a trajetória da escuta passada e presente de ouvintes idosos Graziela Soares Bianchi (Unisinos)

As elaborações contidas nesse artigo indagam a maneira como os processos de escuta do rádio foram se configurando e participando na conformação de uma memória midiática radiofônica de ouvintes hoje idosos, e constituindo assim parte de suas histórias de vida midiática. Está se refletindo sobre como a cultura midiática radiofônica se desenvolve e gera sentidos, buscando descrever e analisar tais processos de uma perspectiva dos ouvintes. Ao elaborar questionamentos referentes à memória midiática, se está falando não de um simples acionamento de uma lembrança marcante, mas da marca de um forte relacionamento histórico e vital com o midiático, que possibilita aos ouvintes desenvolver a capacidade de estabelecer relações, de realizar comparações, de configurar competências radiofônicas e matrizes de gosto, fazendo com que passado e presente de referências midiáticas possam dialogar.

Rádio Regional e a Cultura Midiática – PRA -7 (1924 – 1963)Daniela Pereira Tincani (UniCOC)

O presente artigo delimita o contexto e a descrição das principais ações da emissora PRA-7 – Rádio Clube de Ribeirão Preto - entre 1924 e 1963. Apresenta a correlação entre a PRA-7 e a cultura regional, fazendo uma comparação com as dimensões de proximidade, singularidade, diversidade e familiaridade ao transmitir programas que representavam as raízes da cidade e participava ativamente das ações comunitárias de Ribeirão Preto.

O primeiro Alô! Alô! numa rádio em Joinville (SC) foi pronunciado por um alemão, em 1941, quando o Brasil estava sob o domínio do Estado NovoIzani Pibernat Mustafá (Ielusc)

Este artigo é um recorte da dissertação Alô, alô, Joinville! Está no ar a Rádio Difusora! – A radiodifusão em Joinville/SC (1941-1961), defendida no mestrado em História (UDESC), sobre a formação das três primeiras emissoras de Joinville (SC). A primeira entrou no ar em 1º de fevereiro de 1941, em pleno Estado Novo (1930-1945), quando Getúlio Vargas era o presidente do Brasil, e ficou no ar, sem concorrente, por 17 anos. A idéia de ter uma rádio foi de Wolfgang Brosig, de origem alemã. Naquele período, estava em vigor da Campanha de Nacionalização (1937-1945) que provocou perseguições e muitos sofrimentos aos imigrantes e brasileiros de origem alemã. Era um idealista e para obter a permissão para o funcionamento da Rádio Difusora de Joinville (prefixo ZYA-5) formou uma Sociedade Anônima que reunia diversos empresários. Boa parte deles simpatizava com Getúlio Vargas.

Antônio Maria: o “tomba” cardisplicenteMoacir Barbosa de Sousa (UFRN)

Este trabalho tem como fim a discussão sobre a participação do pernambucano Antônio Maria no rádio, na música brasileira e na crônica carioca a partir de algumas de suas obras musicais e jornalísticas. Algumas de suas composições musicais se incluem no rol das melhores da MPB; cinco delas são do gênero dor de cotovelo, um frevo, um elogio em forma de valsa ao Rio de Janeiro e um tema de filme: Menino Grande, Ninguém me Ama, As suas Mãos, Se eu Morresse Amanhã, O Amor e a Rosa, Frevo número 1 do Recife, Valsa de uma Cidade e Manhã de Carnaval (do filme Orfeu do Carnaval). O reconhecimento, no entanto, não foi proporcional à importância do seu legado. Autores de obras da história da MPB não o citam: Ary Vasconcelos, Lúcio Rangel e Vasco Mariz.

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O Radio na Espanha em tempos de turbulência política: EAJ-1 Radio Barcelona Antonio Adami (Unip)

Considerando o tema central do Congresso, entendemos que a pesquisa científica visa a produção de conhecimento novo, relevante teórica e socialmente. Entende-se aqui, de forma breve ‘novo’ como um conhecimento que preenche uma lacuna importante no saber disponível na área em que se está trabalhando, no nosso caso a produção radiofônica e experiência espanhola da EAJ-1 Radio Barcelona em momentos de turbulência política na Espanha: governo de Primo de Rivera (1923-1930) e Segunda República Espanhola (1931-1935), portanto, em momentos que antecedem a Guerra Civil.

Sábado l 05 de Setembro10h45 às 12h00SALA 207 BLOCO AZUL

PainéisEnsino de rádio e de outras mídias sonorasModerador: Mágda Rodrigues da Cunha (PUC-RS)

Radioescola Ponto Com: Uma experiência extensionista Wanir T. Campelo Araújo de Siqueira (Uni-BH)

Este artigo é fruto de uma experiência extensionista que nasceu há quase cinco anos e tem por objetivo relatar o trabalho desenvolvido por acadêmicos do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) e alunos dos ciclos de ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares da capital mineira, tendo como foco a utilização do rádio e da internet como agentes multiplicadores do conhecimento construído.

Metaprogramas como estratégia para o ensino de rádio e o resgate da memória do veículoThays Renata Poletto (Unibrasil)

Este artigo trata da construção acadêmica de metaprogramas de rádio que buscam motivar estudantes na aprendizagem de rádio, recuperando e valorizando a memória do veículo. O termo meta é utilizado no sentido do programa de rádio que discute o próprio veículo e busca criar, do rádio pelo rádio e para o rádio, estudos sobre a produção radiofônica. A primeira experiência é o Doc Rádio, série de radiodocumentários produzida entre 2003 a 2007, reunindo trechos de outras produções, pesquisa histórica e depoimentos. A segunda, realizada em 2008, é o programa ZYZ, série de entrevistas com radialistas que testemunharam as primeiras emissões de rádio no Paraná. Aqui apresentamos como o estudo acadêmico sobre formatos radiofônicos pode proporcionar a produção de documentos sonoros que resgatam a memória histórica do rádio, aproximam alunos e profissionais e dão novo sentido a estudos e produções.

Em defesa do radioteatro: relato de uma experiência de ensino de rádio na UFSM em Frederico Westphalen – RSFernanda Kieling Pedrazzi (UFSM)

Este paper encerra um ciclo de trabalho em ensino de rádio relatando a experiência de radioteatro no Curso de Comunicação Social habilitação em Jornalismo da UFSM no Campus de Frederico Westphalen – RS. É apresentada uma análise sobre os resultados alcançados no período de um ano e meio em que foi ofertada a Disciplina de Radioteatro como opção complementar no currículo dos acadêmicos do Curso de graduação localizado no Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul da Universidade Federal de Santa Maria.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 16h00SALA 207 BLOCO AZUL

Painéis Futuro do rádio Moderador: Marcelo Kischinhevsky (PUC-Rio)

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Alterações no modelo comunicacional radiofônico: perspectivas de conteúdo em um cenário de convergência tecnológica e multiplicidade da oferta Luiz Artur Ferraretto (UCS)

Reflexão a respeito do posicionamento mercadológico das rádios comerciais no contexto da convergência tecnológica e da multiplicidade da oferta. Como artifício teórico-metodológico, parte-se do modelo comunicacional proposto por Wilbur Schramm. Dentro da lógica capitalista e face às transformações no cenário da indústria de radiodifusão sonora, tal modelo, mesmo com seu reducionismo de viés funcionalista, resulta útil para o estudo e a compreensão das estratégias – corretas ou equivocadas – do negócio radiofônico neste início de século 21. Descrevem-se, aqui, as raízes históricas da passagem do broadcasting para o narrowcasting, processo gerado pelo impacto da TV no ambiente comunicacional. Em raciocínio semelhante, busca-se a identificação, sob a influência da internet, de novas possibilidades e barreiras para o desenvolvimento dos segmentos de jornalismo, musical e popular.

O Rádio diante das novas tecnologias de comunicação: uma nova forma de gestão Alvaro Bufarah Junior (Faap/Uni9)

As emissoras de rádio brasileiras ainda não se aperceberam das novas tecnologias de comunicação e de seus impactos na mudança do perfil das diversas audiências. Com isso, temos novos ouvintes com características diferentes do perfil baseado na comunicação de massa. Cada vez mais interessados em participar da produção do conteúdo e da própria mensagem, este novo ouvinte tende a se alinhar com produtos serviços e empresas que possibilitem estes recursos de interação. Este é o grande dilema do meio radiofônico brasileiro para se adaptar às necessidades de um mercado cada vez mais ágil e segmentado.

O Futuro do Rádio no Cenário da Convergência Frente às Incertezas Quanto aos Modelos de Transmissão DigitalNelia Rodrigues Del Bianco (UnB)

O crescente processo de convergência de sistemas de comunicação e tecnologias da informação e de redes integradas de alta capacidade que carregam informação em formato digital desafia o futuro do rádio por colocar à disposição dos consumidores diversos dispositivos e plataformas para se ouvir áudio. O artigo aborda o paradoxo entre a integração do rádio com a Internet e plataformas digitais e o lento processo de migração para o sistema de transmissão digital em boa parte do mundo. O impasse está vinculado a fatores tecnológicos que dificultam a adequação dos sistemas de transmissão à realidade da radiodifusão e a construção de política transição e de mercado.

O uso das novas TICs pelas emissoras de rádio: uma análise dos casos paulistanos e o referencial de Bernard MiègeDaniel Gambaro (UAM)

O presente artigo reflete uma investigação preliminar sobre a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação – especialmente aquelas ligadas à internet – pelas emissoras FM comerciais paulistanas. O objetivo principal é mostrar em que nível ferramentas como podcasts, blogs e outros serviços interativos são usados para fidelizar a audiência. No percurso, o texto alia essas reflexões ao referencial de Bernard Miège sobre as novas TICs, em uma tentativa de demonstrar os processos de enraizamento social das tecnologias e como isso afeta o rádio como veículo de comunicação.

A webradio e a geração digitalNair Prata Moreira Martins (Uni-BH)

A webradio é uma das mídias que mais sofrem mudanças com as novas tecnologias pois, agora, possui também conteúdos textuais e imagéticos, além dos já conhecidos elementos sonoros. Mas como as novas gerações, isto é, as gerações genuinamente digitais, acessam esse novo modelo de radiofonia? Com base em discussões sobre recepção e novas tecnologias, este artigo pesquisa como os jovens da geração digital navegam pela webradio mais acessada do país, a Estação Pop.

Oi FM no Celular: Um Novo “Lugar” para Ouvir RádioJefferson Mickselly Silva Chagas (UFF)

Questionando a lógica de substituição que opõe mídias massivas como o rádio às novas formas de escuta musical desenvolvidas a partir da Internet e dos aparelhos digitais de reprodução sonora, o artigo propõe investigar a ascensão

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do celular como novo suporte para a escuta radiofônica. Para tanto, investigaremos a proposta da Oi FM, emissora que ao privilegiar o celular como aparelho receptor, reconfigura a narrativa radiofônica disponibilizando interfaces gráficas, recursos de interação e mobilidade em sintonia com os novos hábitos de consumo de música.

Sábado l 05 de Setembro 16h00 às 18h00SALA 207 BLOCO AZUL

Painel: O rádio, a emissora e o ouvinte Moderador: Eduardo Vicente (USP)

Contratos de leitura: narrativas do cotidiano como estratégia de captura da recepção no rádio Maicon Elias Kroth (Unifra)

As reflexões apresentadas neste artigo representam a fase inicial de um estudo, em nível de doutoramento, que visa compreender a lógica produtiva de um programa radiofônico na cidade de Santa Maria – RS. A análise busca observar estratégias discursivas utilizadas pelo radialista João Carlos Maciel. De maneira mais específica, o que se quer analisar é porque o apresentador volta-se para as individualidades, ao fazer uso de narrativas do cotidiano, mediante vários tipos de interação, para concretizar novas formas de vínculos com a audiência.

O jornalismo no rádio atual: o ouvinte interfere?Doris Fagundes Haussen (PUC-RS)

O artigo propõe-se, através da análise da programação de quatro emissoras de Porto Alegre, a investigar de que maneira, efetivamente, as novas tecnologias e a maior participação do ouvinte têm alterado a rotina das rádios dedicadas ao jornalismo. Além do estudo das programações e a descrição da situação das emissoras, são realizadas entrevistas com os responsáveis e consulta à bibliografia pertinente. As principais questões são: esta participação traduz-se em uma real interatividade? Em que medida a participação influi nas pautas jornalísticas? A interatividade técnica converte-se em interatividade comunicativa? A web tem sido realmente um espaço para novos ouvintes? Entre os autores que apóiam o estudo estão Cebrián-Herreros (2007), Ferraretto (2009) e Bustamante (2003).

Os Jovens e o Consumo de Mídias. Surge um Novo Ouvinte Mágda Rodrigues da Cunha (PUC-RS)

Os jovens têm hoje, na sociedade tecnológica, um poder que sequer reconhecem. Esse é um contexto que vem sendo desenhado desde os anos 70, quando a indústria começou a oferecer em larga escala tecnologias complexas de informação. A observação do comportamento de consumo midiático do público jovem torna-se relevante para apontar tendências. Uma dessas dimensões deve estar voltada às apropriações que fazem hoje do rádio ou farão no futuro. Essa reflexão, no entanto, deve levar em consideração o desenvolvimento do suporte e modelo de distribuição de conteúdos radiofônicos e categorias de análise que possam emergir da observação do comportamento jovem em relação às mídias em geral.

Como Jovens Jornalistas Ouvem RádioMarcelo Kischinhevsky (PUC-Rio)

O presente artigo sistematiza as primeiras conclusões de levantamento sobre hábitos de consumo de conteúdos radiofônicos entre estudantes de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foram ouvidos 118 jovens das mais diversas classes sociais, com formatura prevista para o ano de 2009, sobre sua relação com o meio e sua adesão às novas plataformas digitais. Os resultados evidenciam algumas das profundas transformações nos usos do rádio ao longo da última década, com a chegada de canais de distribuição como a telefonia móvel e as novas modalidades de radiodifusão via internet, que possibilitam a formação de audiências online.

Rádio Informativo e Ecologia da Comunicação: o Jornal da CBN como Cenário de Vinculação Sócio-cultural José Eugenio de Oliveira Menezes (Facasper)

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A partir da descrição empírica de um programa de rádio informativo, o Jornal da CBN Primeira Edição, o texto reúne pistas para a compreensão da prática do rádio informativo e das interfaces entre jornalismo e expressões lúdicas da cultura. A partir dos processos de vinculação pela oralidade mediatizada, destaca a importância epistemológica do ouvir pelo rádio ou pelos ambientes digitais em rede no contexto da escalada da abstração descrita por Vilém Flusser e aponta possibilidades de uma ecologia da comunicação.

Sábado l 05 de Setembro 18h00 às 19h00 SALA 207 BLOCO AZUL

Fórum Reunião anual do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 09h45SALA 207 BLOCO AZUL

Painel: Publicidade radiofônica Moderador: Clóvis Reis (FURB)

Jingle: narrativa sonora Roseli Trevisan Campos (FCL)

O presente texto tem como objetivo analisar a participação do meio rádio, especialmente através dos jingles, no cotidiano dos ouvintes. Entendemos o rádio como instituição mediadora e o jingle como produção cultural, uma narrativa que tenta reproduzir o cotidiano dos ouvintes e estabelecer relações. O corpus foram jingles veiculados pela Rádio Gazeta FM, freqüência 88,1, mantida pela Fundação Cásper Líbero, em São Paulo, uma emissora comercial popular com audiência predominantemente jovem e feminina. Os jingles foram estudados como narrativas musicais estruturadas com linguagens simples, muitas vezes de forma lúdica, para ajudar a fixar a marca de um produto ou uma idéia na mente dos ouvintes. Para analisarmos a recepção dos jingles realizamos pesquisa empírica em duas etapas: um questionário para trinta ouvintes e, na segunda etapa, quatro entrevistas em profundidade.

Memória Musical Publicitária: o jingle imprevisível.Lígia Teresinha Mousquer Zuculoto (IELUSC)

Este trabalho se propõe a refletir sobre o jingle. Apresenta análises preliminares especificamente sobre o jingle imprevisível, aqui entendido como aquele que é criativo, ousado e memorável. Tomamos como categorias balizadoras iniciais, para esta reflexão, algumas linguagens da comunicação: a radiofônica, a musical e a publicitária. Discutimos os elementos que compõem estas linguagens na criação e produção de um jingle. E com base nestas discussões, evidenciamos e analisamos alguns jingles que se destacam na memória musical publicitária.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 09h45SALA 208 BLOCO AZUL

Painel: Música e indústria fonográfica Moderador: Alvaro Bufarah Junior (Faap/Uni9)

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A Questão dos Suportes na Indústria Musical: concentração, substituição, desmaterialização Eduardo Vicente (USP)

Esse texto busca oferecer uma discussão acerca do desenvolvimento histórico e da crise atual da indústria fonográfica a partir da questão dos suportes de gravação. Os suportes e sua desmaterialização, a partir das possibilidades abertas pelas tecnologias digitais de produção e pela web, parecem estar na base de vários importantes processos que afetam a indústria, desde a questão da integração hardware/software – crucial para a formação de alguns dos conglomerados que durante longo tempo controlaram os rumos da produção fonográfica – até o avanço da pirataria, um dos mais graves problemas enfrentados atualmente pelo setor.

Condições e Contexto Midiático do Experimentalismo na MPB dos Anos 1970 Herom Vargas Silva (USCS)

Este trabalho discute quatro aspectos contextuais que, direta ou indiretamente, contribuíram para sustentar o desenvolvimento de trabalhos mais experimentais na MPB nos anos 1970. Dentro das condições culturais, são analisadas a contracultura, a vertente inovadora na MPB a partir do tropicalismo e o uso conceitual do disco. No que se refere às condições midiáticas, serão tratadas a situação da indústria fonográfica, do mercado do disco e das emissoras de TV que deram base para que determinados compositores, cantores e grupos desenvolvessem trabalhos mais criativos dentro da linguagem da canção. Dentre tais artistas na década, serão citados os casos de Walter Franco, Secos & Molhados, Jards Macalé, Tom Zé, entre outros.

Domingo l 06 de Setembro09h45 às 11h30SALA 207 BLOCO AZUL

Painel: Cidadania, política, comunidade e educação Moderador: Doris Fagundes Haussen (PUC-RS)

A programação do rádio brasileiro do campo público: um resgate da Segunda Fase histórica, dos anos 40 ao início dos 70 Valci Regina Mousquer Zuculoto (UFSC)

Este artigo é um resgate ainda inicial da segunda fase histórica do rádio do campo público no Brasil - meados dos anos 40 ao início dos 70. Está focado nas concepções e linhas gerais de programação das emissoras naquele período. Analisa e reflete sobre a construção desta programação, evidenciando influências e trajetórias para a constituição do campo público da radiodifusão brasileira, recortado em emissoras estatais, educativas, culturais e universitárias. Categorizamos esta fase como do Desenvolvimento do Educativo, na qual este segmento efetivamente passa a se firmar com programas de educação até mesmo formal, com aulas pelo rádio. Também é quando começa a implantação de rádios educativas vinculadas a universidades. A primeira foi a da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que entrou no ar em 1957.

Um Perfil das Rádios Comunitárias no Brasil Bruno Araujo Torres (Unipac)

O presente trabalho pretende provocar e ampliar o debate sobre o tema das rádios comunitárias no Brasil. Embora seja um tema muito comentado na nossa atualidade, ainda é pouco estudado dentro da sua devida importância na comunicação científica. Este estudo traz novas informações a respeito de como estão operando as rádios comunitárias devidamente legalizadas no Brasil desde a sua criação em 1998. Os dados apresentados neste estudo foram catalogados durante o desenvolvimento de uma tese de doutorado cujo foco foi o funcionamento das rádios comunitárias no Brasil.

O som que se faz ver das rádios comunitárias da web Gisele Sayeg Nunes Ferreira (PUC-SP)

Este trabalho busca compreender a construção de imagens em som a partir das espacialidades e visualidades engendradas pelo som de uma RadCom com transmissão simultânea pelo espectro eletromagnético e pela web. O

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estudo assenta-se nas categorias epistemológicas de análise da construtibilidade da imagem (visualidade e visibilidade) propostas por FERRARA (2008a; 2008b; 2007). Parte ainda da noção de que a justaposição de formatos de mídia existentes cria uma linguagem visual híbrida de imagens em movimento (MANOVICH: 2008), essencialmente sinestésica – na qual a programação radiofônica passa a ser concebida para ser ouvida em sendo vista.

Rádio e educação - maneiras de conjugar Adriana Gomes Ribeiro (FEBF)

A utilização do rádio para educar está presente na história da radiodifusão brasileira desde a fundação de nossas primeiras emissoras. Até a década de 1970, a maioria dos projetos pensava o veículo como vetor de educação a distância. Nos últimos 20 anos, porém, outros tipos de projeto de educação com o rádio têm sido propostos, tais como: a promoção do exercício crítico para melhor “leitura” do meio; a produção de programas como motivadora para aprendizagem de outros conteúdos; a produção como estímulo para promover uma melhor comunicação e troca de informações num determinado grupo. Ainda assim, a produção de programas para ensinar conteúdos não cessa, ao contrário, se reinventa, tentando apreender a melhor maneira de conjugar rádio e educação. Este artigo procura apresentar histórico e panorama atual das produções radiofônicas dedicadas à educação formal e não formal.

Ciência e Tecnologia em Rádios Universitárias: as experiências de Ouro Preto e Uberlândia Marta Regina Maia (Ufop), Mirna Tonus (UFU)

No Brasil, embora não haja dados consistentes sobre o tempo que ciência e tecnologia ocupam no rádio, é possível afirmar que a informação sobre esses temas é rara nesse meio, com exceção de emissoras educativas e universitárias, que abrem espaço além do noticiário diário para a divulgação científica e tecnológica. Essa tendência delineia-se na história do rádio educativo no Brasil. Este trabalho apresenta duas experiências de programas científicos nas emissoras das Universidades Federais de Ouro Preto e Uberlândia, UFOP Ciência e Pesquisa UFU, discutindo a estrutura e a linguagem dos referidos programas.

Domingo l 06 de Setembro 09h45 às 11h30SALA 208 BLOCO AZUL

Painel: Rádio, som e criatividadeModerador: Nair Prata Moreira Martins (Uni-BH) Performance Vocal Midiática1 Marcos Júlio Sergl (Unisa/Fapcom)

A presente pesquisa analisa as peças radiofônicas publicitárias pelo viés da paisagem sonora contida nos jingles. Partindo da linguagem conativa, o jingle se apropria de outras funções para conquistar o público. Para atrair a escuta dos ouvintes e fixar a marca dos produtos, as peças radiofônicas publicitárias buscaram constituintes diferenciadores, os efeitos sonoros e as trilhas. Ao referenciar sonoramente os produtos e os serviços oferecidos, os efeitos sonoros e as trilhas confeccionam novos contextos. É nossa proposta recriar esse percurso histórico, apontando os elementos que contribuíram para definir esse traçado e determinar a peça radiofônica publicitária como pilar fundamental da radiofonia enquanto mídia.

Áudio slideshow como formato para reportagens multimídia: primeiras aproximações Marcelo Freire Pereira de Souza (UFBA), Rodrigo Carreiro (FSBA)

Esse artigo faz de forma preliminar uma analise da estrutura do formato Áudio slideshow e sua aplicação como formato para reportagens no webjornalismo. Ele è composto por imagens estáticas, texto e áudio e conjuga características do jornalismo online, mas também elementos da narrativa radiofônica. Além de mapear algumas das suas características, realizamos uma breve revisão de literatura sobre o conceito de reportagem nas mídias tradicionais e na internet.

Raça, Amor e Paixão. Os Sons dos Estádios de Futebol como Elementos de Vinculação. Rodrigo Fonseca Fernandes (FCL)

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Quais são os diversos sons que produzimos e que estamos sujeitos a escutar sempre que vamos ao estádio de futebol? Neste artigo, veremos como esses sons vinculam os torcedores, criando um ambiente envolvente onde cada um deixa projetos, angústias e amores de lado e se dedica, durante um tempo, exclusivamente ao jogo e às suas sensações. Da sirene da viatura de polícia aos hinos entoados pelas torcidas. Os sons fazem parte do futebol. O “futebol-arte” é imagem e som.

Para criar o site Radioforum, em busca de um rádio inventivo... Mauro José Sá Rego Costa (UERJ)

Discussão do projeto e conteúdo de um site para a divulgação de gêneros radiofônicos pouco ouvidos em nosso dial, como radiodrama e radioarte; além das formas de design sonoro que também não contam com outros meios de divulgação – design sonoro para dança, performances, vídeos e cinema, arquiteturas e esculturas sonoras, etc.... Após a apresentação da comunicação, o site será mostrado em operação.

Entreouvidos: sobre Rádio e Arte, comunicação radiofônica na linha de tangência entre imagem e som Lilian Martins Zaremba da Camara (UFRJ)

A gramática da mensagem radiofônica vem sendo reinventada ao longo de sua já centenária história, construindo e desconstruindo padrões de escuta em imagens sonoras. Adotando no terceiro milênio o fantasma da possibilidade de imagens visuais, muitos questionam a sobrevivência deste meio de comunicação denominado “rádio”. Este artigo se propõe linhas de discussão a esta questão, equacionando um painel deste momento da história, aonde as faces mais contemporâneas deste médium possam ser expressas como arte.

6 de setembro11h30 às 12h00SALA 207 BLOCO AZUL

FórumReunião anual do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora

6 de setembro14h00 às 15h45SALA 207 BLOCO AZUL

Painel: A programação radiofônica - Parte 1 Moderador: Luiz Artur Ferraretto (UCS)

Radiojornalismo e convergência tecnológica: uma proposta de classificação Debora Cristina Lopez (UFSM)

O presente artigo trata de uma das cinco perspectivas de estudos sobre a convergência para observar as mudanças no fazer radiojornalistico no que diz respeito aos aspectos tecnológicos. Parte de uma pesquisa doutoral, ele discute as mudanças do veículo neste novo ambiente e caminhos possíveis para a sua reconfiguração e, por conseguinte, as mudanças na atividade do jornalista. Alem disso, apresenta uma proposição de classificação da convergência tecnológica no radiojornalismo, mostrando como os três níveis propostos agem no fazer jornalístico neste meio de comunicação.

Radiojornalismo, Webjornalismo e Formação Profissional Carla Rodrigues (PUC-Rio), Creso Soares Jr. (PUC-Rio)

Este artigo discute as habilidades do profissional de rádio, a partir da expansão do veículo para a internet. Para isso, toma-se como ponto de partida o exemplo do blog especial da rádio CBN para as olimpíadas de Pequim 2008 e a experiência do Portal PUC-Rio Digital a fim de para discutir que novas exigências o mercado de trabalho impõe ao radiojornalista, refletindo também sobre o que passa a ser o papel da formação deste profissional.

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Rádio e Internet: recursos proporcionados pela web, ao radiojornalismo Antonio Francisco Magnoni (Unesp), Ana Carolina Almeida (Unesp)

Este artigo apresenta um estudo inicial sobre a relação internet e rádio. As conclusões preliminares foram baseadas em pesquisas bibliográficas e em quinze dias de análise das páginas virtuais de cinco rádios (BandNews FM, Jovem Pan, Eldorado, CBN e Rádio Bandeirantes) na internet. Foram observados os indicadores de presença e os possíveis efeitos dos novos fenômenos comunicativos derivados das novas tecnologias digitais. Estudamos em sites de emissoras de rádio, a ocorrência de multimidialidade e institucionalidade, as tendências de aprofundamento da informação jornalística, a interatividade, a importância da memória para o armazenamento e recuperação de informações e a personalização ou recepção individualizada de conteúdos.

Reflexões sobre a Produção de Conteúdo Jornalístico para uma Emissora Esportiva no Rádio DigitalPatricia Thomaz (UFPR), Alisson Castro Geremias (UFPR)

Este artigo visa refletir sobre a programação de uma emissora esportiva 24 horas por dia no rádio digital. Com a previsão de digitalização do rádio no Brasil, em um futuro breve, abrem-se novas perspectivas. As rádios poderão transmitir em subfaixas, com programações diferenciadas. Essa nova era pode favorecer a segmentação das emissoras em diversos temas, como o esporte. Os produtores de conteúdo têm um grande desafio pela frente com o rádio digital. Entretanto, a maioria dos empresários ainda não têm planos de negócio, seja na produção de conteúdos, criação de canais adicionais ou produtos e serviços específicos. Sem a pretensão de criar estratégias mercadológicas, o artigo pretende apontar tendências de conteúdo e características da linguagem esportiva que podem encontrar maior espaço nesta mídia digital.

A retoricidade de contexto no Rádio Informativo Luciano Klöckner (PUC-RS)

O artigo trata um dos aspectos de estudo mais amplo que visa detectar os níveis retóricos e argumentativos de diversos formatos do Rádio Informativo (Meditsch,2001), a partir da Nova Retórica (Perelman & Olbrechts-Tyteca, 1996). Fundamentando-se metodologicamente na Análise Retórica (Leach, 2002), tenciona-se apresentar a retoricidade de contexto como fator implícito nas emissoras e nos programas jornalísticos, constituindo-se em item determinante para atrair a audiência de públicos interessados na notícia.

Domingo l 06 de Setembro 15h45 às 18h00SALA 207 BLOCO AZUL

Painel: A programação radiofônica - Parte 2 Moderador: Luiz Artur Ferraretto (UCS)

Radiojornalismo e polifonia: a enunciação do mundo do trabalho no Programa Rádio Livre Raimundo Nonato de Lima (UFC), Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante (UFC) A proposta deste texto é apresentar e analisar a experiência do Rádio Livre, programa jornalístico diário, produzido pela Rádio Extra Comunicação, veiculado pela Rádio Universitária FM de Fortaleza e cuja produção discursiva está baseada na informação sob o ponto de vista do trabalhador. Essa opção não se manifesta apenas na maneira de produzir a notícia, envolve sobretudo o modo como ela é transmitida aos ouvintes. O estilo do apresentador ao comentar os fatos que noticia tem um viés político evidente cuja principal característica é o diálogo subjetivo que vai estabelecer com o público-ouvinte tecido em uma linguagem marcada pela oralidade e polifonia.

A apresentação de histórias fantásticas com a utilização do radiojornalismo Sandra Sueli Garcia de Sousa (PUC-SP)

Este trabalho apresenta o quadro “Caixão de Notícias” veiculado em um programa de entretenimento da Rádio Cultura FM do Pará (Visagem). O quadro em questão parte da narrativa de histórias fantásticas e sobrenaturais contadas por quem viveu o fato. Os relatos são contados em forma de reportagem, com amplo recurso sonoro que o meio rádio

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comporta: a fala, a música, os efeitos e ruídos contribuindo para atiçar a imaginação do ouvinte. O “Caixão de Notícias” além de enriquecer sonoramente esses relatos também ajuda a manter viva a cultura regional, por veicular histórias sempre presentes no imaginário amazônico.

Radiodocumentário: gênero em extinção ou lócus privilegiado de aprendizado? Sônia Caldas Pessoa (NP)

O presente artigo tem o objetivo de apresentar a experiência da produção de radiodocumentário em uma disciplina de rádio no curso de Jornalismo, ministrada em uma instituição privada de ensino superior. Para tal, discutimos o conceito de radiodocumentário, dialogando com alguns autores, e implantamos, em conjunto com os alunos, o projeto Radidocumentário: lócus de aprendizado. O nosso objetivo é contribuir para a reflexão sobre a importância do radiodocumentário no aprendizado do estudante de Jornalismo e despertar a atenção para a ausência desse gênero na produção radiojornalística brasileira.

Rádio Nacional do Rio de Janeiro: um estudo dos gêneros entretenimento e jornalístico Carina Macedo Martini (UPM)

Esta pesquisa tem como proposta refletir a apropriação de dois gêneros radiofônicos pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, durante os anos 40 e 50: o entretenimento e o jornalístico. Da grade de programação dessa emissora, no período em análise, esses dois gêneros representavam juntos 67,6% do que era produzido e veiculado. Ainda pretende abordar o pioneirismo do departamento artístico da Nacional que fez do rádio o palco do drama, da música e da notícia, com produções que foram abarcadas pela época de ouro do rádio no Brasil.

O revival identitário no humor radiofônico: Múltiplas temporalidades e imagináriosregionais Ricardo Pavan (Unoesc)

A despeito da multiplicação das mídias interativas, o rádio se mantém como um dos principais meios de expressão das identidades sociais. Nesse artigo trataremos de salientar os imaginários construídos entre as diversas tradições culturais nacionais e regionais e sua inserção no cenário midiático estandardizado contemporâneo. As reflexões têm como referência as produções humorísticas radiofônicas que recuperam estereótipos étnicos. A observação compreende a caracterização identitária das populações descendentes de alemães e italianos por meio das performances cômicas dos personagens Radicci e Willmutt, dois ícones do caricato midiatizado desses grupos sociais no Sul do Brasil.

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DIVISÃO TEMÁTICA 5 – GP CONTEÚDOS DIGITAIS E CONVERGÊNCIAS TECNOLÓGICASCoordenadora: Cosette Castro (Unesp)

SALAS 218 E 219 BLOCO AZUL

Sábado l 05 de Setembro SALA 218 BLOCO AZUL

Sessão 1 - TV Digital08h30 às 12h00

Narrativa Audiovisual para Multiplataforma Um Estudo Preliminar Cristiana Freitas Gonçalves de Araujo (Unesp), Cosette Espíndola de Castro (Unesp)

Este artigo trata do impacto das novas Tecnologias de Informação e Conhecimento – TIC, na estrutura narrativa de um programa audiovisual. Analisa os efeitos das novas mídias digitais sobre a percepção e o comportamento da audiência. Investiga a narrativa não linear a partir da linguagem usada nos novos meios, com vistas à formatação de um conteúdo para a interação da audiência na televisão digital, na internet mediada pelo computador e no celular.

Televisão - O Discurso Interativo Digital Flávia Silva Souza (UFJF), Kelly Scoralick (UFJF)

O presente trabalho tem o objetivo de apontar os marcadores de interatividade presentes no discurso televisivo. A análise é feita utilizando os conceitos de analógico e digital, determinantes na maneira de se promover a interatividade. No primeiro, a interatividade pode ser percebida na oralidade. No segundo, o desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e da informação permite que os telespectadores possam realizar interferências de forma mais significativa nos programas televisivos.

A interatividade na TV digital e as novas tecnologias convergentes no viés das transformações comunicacionais Santiago Naliato Garcia (Unesp) Vemos, com o desenvolvimento tecnológico ao longo da história da humanidade, o surgimento de tecnologias chamadas inovadoras – hoje “emergentes” – que são produtos de tantas outras tecnologias já existentes. Em alguns casos, o desenvolvimento ultrapassa a representação imaginada; em outros, é clara a relativa demora da sua utilização devido, principalmente, a barreiras econômicas e políticas que impedem tal avanço tecnosocial. A partir dessas observações, tentaremos contextualizar, sob a óptica de autores que pensaram as “novas tecnologias” em momentos anteriores, o atual desenvolvimento da TV digital Interativa, com alguns conceitos de tecnologias próximas: a Internet e os computadores.

TV pública digital e interatividade: como colaborar com a formação de cidadãos? Giovana Sanches (Unesp), Antonio Carlos de Jesus (Unesp)

Partindo da hipótese de que a TV digital interativa pode contribuir para a formação de cidadãos, como auxiliar na educação informal, e levando-se em consideração algumas funções da televisão pública, o presente trabalho descreve uma proposta de conteúdo educativo para a Televisão Universitária Unesp (TVU). Para esse fim, faz-se uma abordagem sobre a TV Digital no Brasil e os padrões dessa nova mídia no mundo. Posteriormente, são elencadas algumas possibilidades de contribuição da TV pública para a sociedade que servem como base para a proposta sugerida para a TVU, descrita por último.

Novos gêneros e formatos: a produção de conteúdos interativos na TV Digital Dafne Fonseca Arbex (UFSC), Berenice Gonçalves (UFSC)

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O presente artigo tem como objetivo indicar a potencialidade da hipermídia no contexto da TV Digital interativa. Destaca-se as mudanças ocasionadas, tanto nas narrativas televisivas, agora adaptadas para um novo contexto audiovisual, quanto para a aprendizagem on-line ou t-learning, formatado para o paradigma da convergência digital entre os diversos meios e formas de comunicação. Para tanto, verificou-se os tipos de acessos simultâneos e a navegação não-linear que a televisão digital poderá proporcionar a fim de identificar as possibilidades de produção interativa de conteúdos voltados para a educação, e dos elementos de comunicação e interação disponíveis. A hipermídia na televisão digital possibilitará uma nova maneira de “assistir” TV tendo o telespectador como sujeito ativo e conteúdos educativos mais ricos e abrangentes.

Aplicações interativas em TVD suportadas por metadados Fernando Jose Spanhol (UFSC)

Este artigo objetiva explorar conceitos de aplicações interativas para TV Digital suportadas pelo uso de metadados. Serão apresentadas as principais diferenças entre o sistema televisivo analógico e o digital, sendo que dentre as características levantadas, destaca-se a interatividade. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa, a pesquisa descritiva e a aplicada. Já para coleta de dados utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental. Por fim, apresenta-se um quadro comparativo dos principais metadados existentes, sendo considerados dez critérios específicos de TV Digital. A análise apontou que esses padrões de metadados, para atender os requisitos para o Sistema Brasileiro de TVD, devem ser utilizados de maneira convergente e interoperável.

Sociedade da informação e a aplicação da informação na sociedade contemporânea Angela Maria Grossi de Carvalho (Unesp)

Sociedade Pós-Industrial, Sociedade do Conhecimento e Sociedade da Informação podem ser consideradas como sinônimos quando pensamos na sociedade que utiliza os processos informacionais por meio das tecnologias da informação e comunicação (TICs) como forma de evolução. Partindo desse princípio, o artigo aponta para as possíveis alterações no modo de produção e consumo da informação nessa sociedade, tendo como objetivo discutir o papel da informação na contemporaneidade. Como metodologia utilizamos, de forma exploratória, as pesquisas bibliográfica e documental. Os resultados obtidos nos mostram que em nosso país a Sociedade da Informação e o uso da informação ainda caminham a passos lentos e necessitam ser observadas, debatidas e ampliadas.

RedeIFES: Propostas para Otimização de uma Plataforma de Compartilhamento de Conteúdo Audiovisual entre Instituições Federais de Ensino Superior Marcelo Ricardo Miranda Espindola (Uniderp/ Anhanguera), Andréa Ferraz Fernandez (UFMT), Vitor Busnardo Torres Teixeira (UFMT), Maurício Falchetti (UFMT)

Esse artigo é sobre o sistema RedeIFES, infovia com intenção de compartilhar material audiovisual de instituições públicas de ensino superior. Entre os objetivos estão a verificação da utilização prática do sistema, a identificação de problemas que dificultam o seu uso e a sugestão de propostas para potencializar seu papel como espaço de compartilhamento de conteúdo intelectual. A pesquisa foi realizada em dois momentos, um de caráter técnico-bibliográfico e outro de caráter experimental e exploratório. Os principais resultados encontrados mostram que as dificuldades de utilização do sistema RedeIFES são de ordem técnica e conceitual e sobrepassam as dificuldades previstas no projeto original, abrangendo problemas oriundos das instituições federais, produtoras e receptoras do material disponibilizado pelo sistema RedeIFES.

Produção de informação de relevância social no ambiente da mídia social conectada Walter Teixeira Lima Junior (Facasper)

A interação do usuário da Web com os conteúdos jornalísticos através de mecanismos simples, como fórum de discussão no final da década de 90, favoreceu a experimentação do Jornalismo de duas vias. Ou seja, o conteúdo publicado (emitido) pelo jornalista profissional contava com a complementação e/ou análise do usuário. Nos últimos anos, as ferramentas tecnológicas “webbrowseadas” melhoraram a interatividade, permitindo ao usuário não somente inserir comentários no fórum, mas também participar da criação, do compartilhamento, da avaliação, da classificação, da recomendação e da disseminação de conteúdos digitais de relevância social de forma descentralizada, colaborativa e autônoma tecnologicamente. Esses atributos caracterizam as Mídias Sociais, possibilitando ao Jornalismo experimentar novos caminhos na construção de conteúdos informativos conectados aos interesses da sociedade.

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Aplicação Pedagógica do WebLab e sua diponibilização na Rede Relivi: Uma prática inovadora em sala de aula Sergio Ferreira do Amaral (Unicamp)

Este artigo, é resultado de um projeto da Fapesp, que procura contextualizar a seguinte problematização: “Como o Projeto WebLab implantado no Lantec/FE/Unicamp, pode ser utilizado no desenvolvimento de práticas pedagógicas em sala de aula, mediatizada pela linguagem do vídeo digital e disponibilizado na Internet através da Rede Relivi?”. Para tanto, objetivamos a criação de um modelo de uso didático – pedagógico mediatizado pela linguagem digital presente no WebLab, para o processo de ensino e aprendizagem. Foi desenvolvido uma fundamentação teórica centrada em dois eixos: A fundamentação da Comunicação e Interação em ambientes sociais colaborativos e a Consolidação de um ambiente colaborativo de produção e disseminação de conteúdo educacional baseado na Internet denominado Relivi.

Sábado l 05de Setembro 14h15 às 18h00 SALA 218 BLOCO AZUL

Sessão 2 - Jornalismo Digital

Jornalismo Participativo e a Observação da Mídia Brasileira: Uma Análise das Estruturas e Canais de Interação nos Observatórios de Imprensa Brasileiros Moisés Carvalho Brito (UFBA)

Este artigo pretende compreender como (ou se) os observatórios de imprensa brasileiros que atuam na Internet estão inseridos no campo do webjornalismo participativo. Para isso, serão analisadas quatro iniciativas de monitoramento de mídia no Brasil que fazem parte da Rede Nacional dos Observatórios de Imprensa (Renoi). O trabalho pretende mostrar como os observatórios brasileiros estão se preparando para lidar com o novo papel ocupado pelo usuário da rede e qual a estrutura de pessoal e de ferramentas disponível para o gerenciamento da interação observatório-usuário.

Comunicação Através de Mensagens de SMS: Um Estudo Sobre os Atributos Considerados Importantes pelos Consumidores do ServiçoJoao Renato de Souza Coelho Benazzi (PUC-RJ)

Este trabalho apresenta a investigação sobre quais são os atributos que o consumidor considera importantes para solicitar uma informação ou até mesmo assinar um ou mais canais de notícias via SMS. Por isso, a base teórica de análise foi extraída de livros, sites da internet e artigos que apresentam conceitos como o comportamento do consumidor, adoção de inovações, marketing de serviços e mobile marketing. A coleta de dados contou com entrevistas informais e aplicações de questionário junto a pessoas que já tivessem acessado o serviço de notícias pelo celular. Assim, foi possível identificar quais são as características necessárias e imprescindíveis que tanto os conteúdos como os formatos das notícias por mensagem de texto devem ter para manter clientes atuais e atrair novos consumidores para o serviço por assinatura.

Times Virtuais: Além do Tempo e Espaço. Osmir Paulo Souza Junior (Umesp)

Este artigo discorre sobre a definição de times virtuais e suas principais características, nas palavras de diferentes autores. Justifica-se por ser uma discussão presente no relatório da UNESCO e utilizado em discursos corporativos, porém pouco definida em língua portuguesa. Objetiva-se com este refletir sobre a base histórica para o nascimento dos times virtuais, a definição do termo em si, assim como suas características. Para tanto foram utilizadas pesquisas documentais e bibliográficas. Como resultado concluíu-se que times virtuais são um resultado direto da necessidade humana de encurtar distâncias e não se resume apenas à comunicação online de um grupo de trabalho. A base para times virtuais está no método de utilização de ferramentas online para o desenvolvimento de trabalhos por colaboradores com objetivos em comum com baixa interação sincronizada, tanto real quanto virtual.

Percepção dos Usuários da Rede Social Twitter com Relação às Estratégias de Comunicação Dos Grupos de Notícias Nickolas Xavier Rodrigues (Uni-BH)

No cenário de mudança dos recursos da comunicação e marketing, onde o público passa a ganhar maior espaço de

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decisão e transformação de conteúdo. Pode-se considerar que alguns fatores estão promovendo importantes mudanças no formato da comunicação dos grupos de notícias pela internet: a plataforma Web 2.0 com o jornalismo participativo; a audiência crescente nas redes sociais; e uma globalização que dá visibilidade para os usuários e os grupos de notícias. O Twitter é uma das alternativas para as considerações citadas acima. Observamos que os grupos de notícia ainda não aproveitam os benefícios da Web 2.0 é necessário planejamento para operar a ferramenta. A metodologia utilizada baseia-se nos estudos bibliográficos, e pesquisa de marketing qualitativa.

A participação do leitor no webjornalismo como vetor de desenvolvimento: o caso do texto fotográfico no portal de notícias da Globo - G1 Lilian Cristina Monteiro França (UFS)

Nos jornais online de terceira geração (webjornais), a convergência tecnológica é um fator fundamental como forma de ampliar a interatividade e a participação do leitor no processo de produção de conteúdos digitais. O portal de notícias da Globo - G1, possui uma sessão, chamada “VC NO G1”, que permite o envio de fotos pelos internautas (leitores). Essas fotos, acompanhadas ou não de textos e legendas poderiam, teoricamente, significar a possibilidade de encaminhar ao jornal pautas com temas locais que poderiam levar a uma tomada de conhecimento do poder público que agiria de modo a melhorar a qualidade de vida da população. Ao pautar uma série de temas que não estariam na mídia, pelo menos não no mainstream, a participação do leitor se constituiria num vetor de desenvolvimento.

Twitter: microblog, publicidade e resultados Rodrigo Duguay da Hora Pimenta (Unicap), Karla Regina Macena Patriota (UFPE)

As redes sociais tem se tornado a experiência de maior audiência da internet colaborativa. Dentre as ferramentas clássicas, um novo tipo de rede começa a ganhar espaço entre os usuários e a mídia por seu crescimento exponencial e pelo incrível potencial de convergência de conteúdos. Baseada em posts rápidos e no total controle do usuário sobre que conteúdos receber, o Twitter se tornou a mais nova esfinge midiática a ser decifrada pelos profissionais da área. Este trabalho dá um panorama da ferramenta, suas origens e prognósticos, mostrando como o Twitter pode ser usado hoje para exposição de mensagens publicitárias e construção de marcas vitoriosas, se valendo dos conceitos clássicos de mensuração e audiência.

Jornalismo colaborativo: produção de notícias do cidadão repórter no iReport.com da CNN Mariana Lapolli (UFSC), Roberto Amaral (SCC)

A CNN (Cable News Network), rede de televisão norte-americana especializada na transmissão de notícias, possui uma página na internet denominada iReport.com. Este site, permite a publicação de conteúdos do público sem edição e sem filtro. Os arquivos postados considerados mais importantes e que obtiverem destaque são veiculados na programação tradicional da emissora. Esta possibilidade de colaboração na produção jornalística afeta teorias tradicionais relacionadas ao jornalismo de massa, como os processos de gatekeeping e agenda setting. Surge a figura do cidadão repórter que além de receptor é também um emissor da mensagem. Neste contexto, o objetivo deste artigo é analisar a contribuição do cidadão repórter na produção e disseminação da notícia. Para o alcance deste objetivo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e utilizou-se o estudo de caso como técnica de pesquisa.

Sábado l 05 de Setembro14h15 às 18h00 SALA 219 BLOCO AZUL

Sessão 2.1 - Cinema e Mídias Digitais

Fan films e cultura participatória Lucio Luiz Corrêa da Silva (Unesa)

Fãs de produtos culturais estão desenvolvendo uma nova maneira de homenagear os objetos de sua “paixão”: criando novos produtos culturais derivados dos originais. Uma das formas de criação derivada são os fan films, produções cinematográficas, geralmente amadoras, construídas a partir da apropriação de personagens e universos ficcionais criados por terceiros, sem a preocupação com direitos autorais. Os fan films são parte da cultura participatória, que se relaciona com as atividades desses fãs.

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Interações No Cinema: Proposta De Realização De Um Filme Colaborativo Na Web Rodrigo Bomfim Oliveira (Uesc), Roberto Ribeiro Miranda Cotta (Uesc)

Este artigo faz um levantamento das possibilidades de interatividade no cinema contemporâneo, frente a influência das novas tecnologias e das ferramentas digitais. A proposta desta pesquisa é avaliar o redimensionamento da participação do espectador na construção de significações de uma obra fílmica, tendo como ponto de partida a realização de um filme interativo experimental, cujo processo será partilhado com os interagentes através de um blog. O objetivo geral desta comunicação é apresentar o projeto de um filme colaborativo, a ser confeccionado com a tecnologia digital, averiguando as formas de interação possíveis mostradas no projeto. A metodologia adotada parte de uma revisão de literatura de teorias da cibercultura, do cinema e dos e da estética da recepção.

O Cinema e os Cinemas: diálogos entre estética e tecnologia Claudia Cristina Guimarães (UTP)

O texto discorre sobre divergências e convergências nos diálogos entre estética e tecnologia, impressas nas práticas audiovisuais contemporâneas. Com base no postulado de que a globalização está intimamente ligada ao fenômeno da proliferação de imagens, o ensaio apresenta como eixo de investigação as narrativas hipertextuais contemporâneas, construídas sobre estruturas-teias, que carregam uma forma de desorganização caracterizada pela interatividade, descentramento, fragmentação, simultaneidade e multilinearidade. Redimensionando o cinema como laboratório de realizações criativas das teorias pós-modernas, a reflexão contextualiza o produto audiovisual que migra das grandes telas e ocupa espaços virtuais onde formas superpõem-se, embricam-se, misturam-se, articulam-se gerando estéticas da saturação, do excesso, da instabilidade que configuram as sociedades da comunicação de vanguarda.

Immemory, de Chris Marker e Documentário Interativo: Relações e Possibilidades Narrativas na Cultura da Interface e da Convergência Daniela Muzi (PPGCom-Uerj)

Este trabalho pretende relacionar a obra Immemory (1997), de Chris Marker - que usou o CD-ROM como suporte para produzir um conteúdo audiovisual não-linear - como um ponto de partida para uma perspectiva estética de produção de documentários interativos e participativos onde a narrativa deixa de ser linear e passa a ser não-linear. Possibilidades que se tornam cada mais viáveis no âmbito da cultura da interface e da convergência, contexto onde se insere a TV Digital Interativa (TVDI). Essa mudança estética pode significar uma mudança social do aspecto do espectador de passivo à interativo e participativo.

Entre Nixon e SCUMM: Uma análise do game Maniac Mansion. Eduardo Fernando Müller (PUC-RS)

A proposta deste trabalho é realizar uma análise do game Maniac Mansion, seguindo um modelo de comunicação proposto por Raymond Nixon, e adaptando-o à realidade de um produto inserido no mercado dos jogos digitais. Consideram-se, nesta adaptação, as etapas do processo de comunicação, que envolvem o emissor e suas intenções; a plataforma de funcionamento do game, ou engine; seu sistema de regras; a narrativa; a interface e sua relação com o receptor/jogador; e os efeitos causados.

Metaversos e Redes Sociais: convergências rumo a novos padrões. Francisco José Paoliello Pimenta (UFJF), Julia Pessôa Varges (UFJF)

Trabalho voltado para a descrição de resultados de pesquisa sobre a atual convergência entre dois tipos de plataforma interativa existentes na Rede: os metaversos e os sites de relacionamento. A análise abrange o Orkut, o Kaneva e o Second Life, e três hipóteses sobre essa convergência serão testadas, uma referente ao suporte físico (programação e hardware); outra sobre a capacidade de representação da concretude existencial e uma terceira relativa aos padrões de sociabilidade entre os usuários destas plataformas.

Produções digitais na Era da Tag: os novos atributos para a (re)construção de conteúdos e da logística da mídia interativaRicardo Luis Nicola (Unesp-Bauru/UofT)

Graças aos aportes teóricos da definição da cibercidadania da pesquisa anterior (2006-2008),este artigo pretende traçar caminhos para identificar características e desdobramentos da (re)construção dos conteúdos da mídia e sua logística através da legitimação dos ferramentais de linguagem das plataformas de tecnologias móveis e fixas.Aí entraria o

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papel das “tag”,compreendidas como instrumentos do cibediscurso, em que se operacionaliza o conteúdo em função da gerência e distribuição das edições on-line.Assim, visualizaremos novos modelos de comunicação transmidiática focado mais nas mídias interativas, a TV Digital, a web, os celulares, etc. a detectar quais as falhas e as virtudes em seus modelos de produção jornalística, de entretenimento entre outros, para com isso trabalhar as tags tanto num papel info-inclusivo dentro da cibersociedade como de estudar o processo de sua criação.

Especificidades Midiáticas e Convergência Digital: Estranhamentos dos Meios Rafael Franco Coelho (UFG), Cleomar de Sousa Rocha (UFG)

O artigo discute as especificidades das mídias impressa e eletrônica, relacionando tais diretrizes com a capacidade computacional de convergência a mescla destas. Discute, em seguida, como o computador tem sido utilizado na descaracterização das mídias, mas não avança em suas próprias especificidades. De outro lado, como as mídias impressa e eletrônica se deixam contaminar pelo primado computacional, em níveis acentuados de referência a ele. Por fim o artigo advoga o uso crítico e colaborativo das mídias, na construção de mensagens.

Narrativas Contemporâneas: Comunicação e Arte em Tempo de Convergência Carlos Pernísa Júnior (UFJF)

Lev Manovich, em The language of new media, trata de uma questão importante quando se fala em novas possibilidades contemporâneas de se contar histórias. Ele busca uma maneira de se ligar o banco de dados à narrativa, mas de uma nova forma e não apenas com a expectativa de se criar um novo efeito. Assim, investiga-se aqui melhor o que está sendo feito tanto na ficção como no ambiente jornalístico para tentar encontrar estas novas formas, que vão além de meros efeitos. Autores como Steven Johnson, Janet Murray e Henry Jenkins apresentam alternativas a esta questão, mas também é possível ver nos meios de comunicação atuais exemplos de tentativas de uma narrativa diferenciada em relação à possibilidade do uso do computador e do banco de dados.

Modelo de Produto Híbrido para Comunicação Digital On-line: Execução de Projeto para Produção Colaborativa e Coletiva de Conhecimento. Andréa Ferraz Fernandez (UFMT), Marcelo Ricardo Miranda Espindola (Uniderp/Anhanguera), Talyta Louise Todescat Singer (UFMT), Rafaela Almeida de Souza (UFMT)

Este trabalho investiga um modelo de produto híbrido de comunicação digital destinado a publicação de conteúdos científicos, informativos e/ou de entretenimento online. O modelo busca os atributos da interatividade dentro da perspectiva da construção coletiva e colaborativa de conteúdos entre autores que não se conheçam, mas tenham interesses comuns. Utilizou-se da pesquisa bibliográfica e exploratória para a busca de sites e ferramentas de interatividade digital, compatíveis e de fácil utilização. Os resultados demonstram que não existe um espaço que possibilite o encontro dos usuários da informação digital, que ora são produtores e ora são consumidores de informação na UFMT. Este espaço pode ser criado pela disponibilização online desses conteúdos em um modelo que permita a localização e edição de materiais multimídia.

Domingo l 06 de Setembro 08h30 às 12h00 SALA 218 BLOCO AZUL

Sessão 3 - Mídias Digitais e TVD

Juventudes no Ciberespaço: Produções de Conteúdos e Interações no Jornalismo Janaína Cristina Marques Capobianco (UFMT)

Esta pesquisa discute os movimentos dos jovens na rede, focando a juventude em Mato Grosso, no contexto de descentralização da informação e ampliação das perspectivas de produção e divulgação de conteúdos. A pesquisa trabalha com grupos de jovens do Estado no universo hipertextual, suas produções, interações, participação em conteúdos informativos alternativos, convencionais e suas interfaces. Analisa a forma como estas diferentes juventudes navegam e interagem com o jornalismo convencional e com o conteúdo alternativo produzidos e disponíveis no ciberespaço. Os impactos destes percursos em sua vida social também são observados.

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Uma análise das potencialidades de implantação de uma Webtv a partir dos sites YouTube, Vimeo, YahooVideo. Jean Fabio Borba Cerqueira (UFS)

Este artigo é resultado de uma pesquisa para viabilizar condições tecnológicas para a implantação de uma Webtv no Departamento de Artes e Comunicação Social da UFS (DAC), realizada no Laboratório de Estudos em Animação (FREIMI). O trabalho contempla as potencialidades das plataformas Web 2.0 oferecidas pelos sites Youtube, Vimeo e YahooVideo e investiga aspectos relevantes para o compartilhamento de uma programação inicialmente focada nos vídeos produzidos como projetos de conclusão nos cursos de Jornalismo e Rádio e TV. Além de pesquisas bibliográfica e documental, uma intervenção empírica tornou possível a análise destas plataformas. Neste enfoque, evidencia-se que os recursos, apesar de sofisticados e bastante semelhantes, apresentam especificidades que devem ser ponderadas considerando-se as particularidades da programação a ser veiculada.

As Tecnologias Móveis de Comunicação e as Apropriações Pelos ‘Repórteres de Ocasião’: Novas Dinâmicas Emergentes nos Espaços Públicos Grace Kelly Bender Azambuja (Unisinos)

Importante instrumento no registro de material inusitado e também jornalístico, os celulares inauguram a possibilidade de manter o contato visual perpétuo (Kondor, 2007). Até então, desde simples flagras do cotidiano até os atentados aos metrôs londrinos seriam de difícil captura in loquo. Casos mais recentes como o conflito na Faixa de Gaza e os protestos no Irã também não teriam a visibilidade global alcançada se não fosse a constante participação dos ‘Repórteres de Ocasião’ (Rebelo, 2006), com o envio de material informativo direto para a rede. Com a crescente popularização destes dispositivos tecnológicos e a transmissão através das redes telemáticas móveis, urge a necessidade de se pensar as dinâmicas que emergem entre a grande mídia e os sujeitos em relação aos espaços públicos na sociedade contemporânea.

A experiência do canal do Ministério Público-SC no YouTube: uma alternativa à radiodifusão para uma “TV” pública nascida da convergência Ângelo Augusto Ribeiro (Ielusc)

Este artigo apresenta a experiência do Ministério Público de Santa Catarina, MPSC, de usar o YouTube como alternativa à radiodifusão para implantar um canal público institucional e educativo. O MPSC foi pioneiro entre os órgãos do sistema de Justiça brasileiro a utilizar o portal de compartilhamento de vídeos de maneira planejada e organizada com o objetivo de orientar e esclarecer o cidadão a respeito de seus direitos e das formas de atuação da instituição. A experiência demonstra como o ambiente digital de comunicação gera oportunidades para que grupos e instituições criem seus próprios canais de comunicação com a sociedade. Ao mesmo tempo, mostra como a resistência das emissoras em adotar a totalidade dos recursos da TV Digital torna esta mídia vulnerável às mudanças trazidas pela convergência ao ambiente concorrencial.

Uma escuta do presente: videoclipe e convergências tecnológicas Laura Josani Andrade Correa (UFMT)

Este artigo busca fazer uma leitura panorâmica, perceber o que acontece e ainda os devires do videoclipe como escuta do presente. Esta empreitada tem inicio com a conceituação do termo videoclipe, segue com a verificação da possibilidade de hibridação e mestiçagem com outros gêneros audiovisuais e então mostra a circulação desse produto audiovisual a partir das transformações nos modos de se consumir música nos dias de hoje: da música para ouvir à música para ouvir e ser vista. Estas transformações nos processos de consumo evidenciam a tendência de que a cultura contemporânea é extremamente calcada na conjugação do som e da imagem.

O telespectador e a TV digital móvel: entrevistas preliminares para um estudo de recepção Simone Feltes (Unisinos)

Nesse texto, apresentamos os resultados de um exercício preliminar e exploratório de realização de entrevistas com telespectadores de TV no celular. A prática foi realizada com o objetivo de uma aproximação inicial com o objeto da pesquisa de mestrado em andamento que propõe compreender as lógicas das mudanças nos processos interacionais entre o telespectador, o meio e a mensagem na TV digital. A experiência, numa fase de pouca adesão dos telespectadores à digitalização da TV no Brasil, visa buscar pistas teórico-metodológicas para uma posterior e definitiva ida a campo.

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Produção de Conteúdo para TV Digital e Uso de Ferramenta de Autoria para Inserção de Interatividade Fernando Antonio Crocomo (UFSC)

Encontrar alternativas para a produção mais facilitada de conteúdo para TV Digital. Este artigo tem como objetivo apresentar uma experiência de pesquisadores das áreas de computação e jornalismo em busca de metodologias para a produção de vídeo em alta definição além do desenvolvimento e uso de uma ferramenta de autoria, um software que permite ao produtor inserir interatividade, sem a necessidade de programação específica a cada etapa de um vídeo proposto.

Computação para não computeiros: considerações sobre interatividade e o canal de retorno da TV digital brasileira Rodrigo Eduardo Botelho Francisco (USP)

Este trabalho tem como temas o canal de retorno e a interatividade em ambiente de televisão digital no Brasil. É o terceiro e último de três artigos, que tiveram como objetivo discutir assuntos técnicos sobre a implantação da TV digital brasileira como uma forma de abrir a “caixa-preta” sobre esse novo dispositivo eletrônico de comunicação. Algumas considerações parciais sobre esse processo de digitalização da televisão que vivenciamos no país apontam o conceito de interação reativa como uma classificação possível para as relações estabelecidas entre os interagentes no novo ambiente proposto para TV.

Edições Digitais de Periódicos: Gradações de Interatividade e Potencial Hipermidiático Ildo Francisco Golfetto (UFSC), Berenice Santos Gonçalves (UFSC)

Esse artigo aborda o contexto atual dos periódicos na internet, mais especificamente das edições digitais. Busca-se definir e qualificar os graus de interatividade e de imersão de das edições digitais a partir dos pressupostos de Kretz (1985) e de Santaella (2004). O artigo finaliza com uma análise sobre os graus de interatividade presentes em duas edições digitais. Discute-se principalmente as possibilidade de navegação e o uso dos recursos interativos. Conclui-se que o uso dessa tecnologia pode ser aprimorado e também aplicada a outros contextos, além jornalismo. As edições digitais trazem benefícios pois orientam o leitor na navegação possibilitando concentração no conteúdo e evitando aprendizado dos códigos da interface.

A Práxis na Televisão Digital: o despertar do hipertelejornalista Alan César Belo Angeluci (Unesp), Cosette Espíndola de Castro (Unesp)

Neste artigo, os autores buscam evidenciar as transformações que estão em curso no perfil do profissional de televisão, sobretudo o jornalista, na medida em que avançam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Tais mudanças atingem desde o campo da produção à recepção. Baseado no conceito de hipertelevisão de Carlos Alberto Scolari (2009), os autores propõem o despertar do hipertelejornalista, consciente e ativo diante das mudanças de sua práxis. Nesse cenário insere-se o Sistema Brasileiro de Televisão Digital observado desde o ponto de vista econômico e social, que aparece como válvula propulsora do desenvolvimento de uma indústria tecnológica inovadora no país. Uma indústria que precisa correr para atualizar-se frente a digitalização que promete superar o atual modelo analógico de televisão.

Outros olhares. Outras maneiras de realizar o audiovisual. Outro paradigma broadcasting Álvaro Fraga Moreira Benevenuto Junior (UCS)

A convergência digital tem alterado comportamentos, maneiras e velocidade da sociedade se comunicar. Com a facilidade de acesso aos equipamentos de captura de imagens e sons; a disponibilidade de ferramentas para edição e/ou montagem e acessos abertos para internet e demais repositórios de conteúdos audiovisuais da web, percebe-se a ocorrência de fenômenos sociais de comunicação que incidem na quebra de paradigmas daquilo que se conhece como linguagem broadcasting, a partir da disseminação da televisão na sociedade contemporânea. O texto que segue pretende incrementar o debate sobre essa nova estética audiovisual gerada pela migração para os novos suportes e ambientes da realização do setor. As observações são resultantes de oficinas desenvolvidas com adolescentes e jovens da rede municipal de ensino básico de Caxias do Sul, que buscaram um outro modo de construir sua alfabetização.

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Domingo l 06 de Setembro 08h30 às 12h00 SALA 219 BLOCO AZUL

Sessão 4 - Jornalismo Digital e participação

Revistas Online: cartografia de um território em transformação permanente Leonor Graciela Natansohn (UFBA), Tarcízio Roberto da Silva (UFBA), Samuel Barros (UFBA)

O artigo explora as formas de distribuição de revistas na internet e discute sobre as novas configurações na esfera da circulação. Traça-se um panorama histórico dessas publicações em rede e assinalam-se algumas particularidades. Tecnologias para a disponibilização e leitura de revistas em rede estão em permanente renovação. Elementos tais como os sistemas disponibilizadores carecem de uma exploração e sistematização que permita conhecer o estado atual da disponibilização de jornalismo de revistas na web e suas principais tendências. Nesse sentido, este artigo pretende mapear o território das revistas online, no que se refere a sistemas mais usuais de publicação na Internet.

Modelos comparados de jornal-laboratório on-line André Fabrício da Cunha Holanda (UFBA)

A prática laboratorial em jornalismo on-line exige a seleção de ferramentas eficientes e de baixo custo que proporcionem aos estudantes a competência necessária ao uso dos sistemas de publicação e comunicação on-line, assim como a compreensão dos dilemas e implicações sociais da produção noticiosa no contexto das redes digitais. Mais do que meras ferramentas de publicação, as soluções aqui apresentadas pretendem-se ambientes virtuais de interação entre alunos, professores, fontes e público, constituindo-se como verdadeiros ambientes integrais de ensino-aprendizagem.

Os Gadgets do Presidente: Interatividade e Mobilidade na Campanha Eleitoral de Barack Obama Renata Gonçalves (UFSJ)

Este trabalho tem como objetivo analisar o uso dos gadgets na campanha eleitoral de Barack Obama. Os gadgets durante a campanha foram utilizados como centros móveis de interação entre o candidato e os eleitores. Em plena mobilidade e privacidade os eleitores puderam interagir no espaço publico e discutir sobre política e melhorias publicas com o governo. Esta análise pretende argumentar sobre a materialização da convergência das mídias pelos gadgets, a interatividade e o uso dos gadgets durante a campanha eleitoral e as relações entre mobilidade, espaço virtual e espaço real.

Formatos Multimídia no Jornalismo Digital: As “Histórias Fotográficas” Daniela Osvald Ramos (FCL)

O artigo pretende iniciar o mapeamento de novos formatos multimídia informativos desenvolvidos na internet, em especial o jornalístico, que apresenta fotografias em seqüência com áudio. Escolhemos especialmente este formato pois esta configuração está se consolidando em empresas de comunicação em ao menos três países: Estados Unidos (portal MSNBC), Argentina (portal Clarín.com) e Brasil (portal UOL), bem como está sendo ensinado como formato jornalístico por Mindy McAdamns, professora de jornalismo multimídia na University of Florida College of Journalism. Também discutiremos os usos do termo “formato”, muito utilizado na TV, e sua aplicação em conteúdos digitais jornalísticos na internet.

A Notícia sob a Ótica do Público Fernanda Carraro Dal-Vitt (UTP)

O crescimento da participação popular nos meios de comunicação sofre um incremento nesta última década. As notícias que antes eram produzidas e transmitidas pelos jornalistas passaram a contar também com a colaboração do público, que seleciona, redige, edita e distribui as informações. Assim, a proposta deste artigo é promover uma reflexão acerca do que o público entende por notícia a partir da análise dos conteúdos noticiosos publicados no canal “Vc no G1”, do Portal Globo, coletados durante 30 dias, totalizando um corpus de 91 notícias. Para tanto, foi investigado o perfil do cidadão-repórter e mapeada as suas produções colaborativas. Os dados foram interpretados e, paralelamente, incluídas as contribuições de autores sobre o tema proposto.

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E-Gov e a Participação Popular Margarete Panerai Araujo (Feevale)

As temáticas participação popular e gestão pública do e-gov vêm sendo motivo de novas pesquisas e investigações das ciências sociais aplicadas, parecendo concentrar muitas preocupações atuais de nossa sociedade. Os governos buscam novas orientações pautadas em programas políticos sob diferentes enfoques, de forma a avançar na construção de conceitos na formação para cidadania. Tal modelo de gestão vem sendo implementado no estado do Rio Grande do Sul. A metodologia de pesquisa utilizada corresponde às técnicas exploratórias ainda parciais e com uma abordagem qualitativa. Objetiva-se aqui apresentar algumas bases de reflexão da implantação do e-gov, como política de expressão do compromisso social, e geradora de ações socialmente inovadoras de conhecimento.

Celular: a potência da comunicação Vilma da Silva Vilarinho (Senac), Marlivan Moraes de Alencar (Senac)

Este texto pretende discutir de que forma a expansão do uso dos aparelhos celulares assim como seus recursos de produção de conteúdo têm contribuído para a constituição de novas formas de comunicar. Considera-se, neste trabalho, que os celulares são máquinas potentes, capazes de gerar situações sociais originais, sejam as de tipo democrático e livre, sejam as que afirmam ações de controle. Independente do caráter ideológico dessas situações, o fato é que os dispositivos móveis de comunicação formam um sistema aberto que, ao se acoplaram aos corpos, se tornam verdadeiras próteses tecnológicas.

Modernidade, Mobilidade e as Efemeridades do Século XXI Sara Rodrigues de Moraes Bridi (CES/JF), Fernanda Leite Alonso (CES/JF)

A sociedade tem vivenciado constantes mudanças tecnológicas. A questão apresentada nesse artigo é se as mudanças frenéticas que implementam apetrechos, amplificam ações e convergem mídias para a palma da mão seriam reflexos das constantes invenções dos engenheiros da computação ou parte de algo maior – a modernidade levada às suas últimas conseqüências. O estudo terá foco nas tecnologias móveis, em especial nas constantes mutações que levam os aparelhos celulares à quarta geração, mal tendo passado pela terceira.

Jornalismo 2.0 e os usuários colaboradores Janaina de Oliveira Nunes (UFJF)

Este trabalho analisa algumas influências da constituição da Web 2.0 no jornalismo impresso e on-line, tendo como objetos de estudo o jornal e o site O Globo. A hipótese é de que o aumento e as facilidades de acesso ao ciberespaço vêm forçando as empresas de comunicação a produzirem conteúdo diversificado para a plataforma Web, abrindo espaço para a participação de leitores/usuários em seus diferentes suportes de publicação.

Domingo l 06 de Setembro 14h15 às 18h00SALA 218 BLOCO AZUL

Sessão 5 - TVD e Mídias Digitais

A Construção de Sentido e a Interatividade no Telejornalístico na TVDI Kellyanne Carvalho Alves (Unesp), Cosette Espindola de Castro (Unesp)

Este artigo tem como objetivo o estudo das relações de sentido provocados no discurso telejornalístico a partir da perspectiva de criação de novos espaços midiático de mediação e reprodução do real pela ótica da interatividade. Esta característica inovadora permite estabelecer um estímulo para as discussões futuras a cerca das inquietações provocada pela subjetividade e personalização dos acontecimentos inseridos num contexto social e tecnológico da possibilidade de construção de conteúdos audiovisuais pela audiência. No caso da TVDI, se trabalha especificamente o conteúdo telejornalístico e sua relação com a audiência, relacionada a dois princípios essenciais a construção interativa de conteúdo: os conceitos de participação e colaboração.

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A evolução da tecnologia e as tendências do jornalismo esportivo na TV Digital Guilherme Michelon Sette (Unesp), Juliano Maurício de Carvalho (Unesp)

A evolução do homem corresponde à evolução tecnológica. As necessidades da sua própria existência fizeram com que invenções fossem criadas para facilitar o modo de vida das pessoas. Ao longo da história, novas tecnologias mudaram as formas de trabalhar, de se divertir, de viver a vida e criaram novas profissões. O presente projeto visa apresentar e discutir as novas tecnologias e a história do jornalismo esportivo e sua evolução nos meios de comunicação de massa. Além disso, apresenta-se as tendências e os novos conteúdos interativos digitais desenvolvidos para a área de esporte na Televisão Digital.

A TV Digital Interativa na Era Convergente das Comunicações Sem Fio Luís Geraldo Pedroso Meloni (Unicamp), André Barbosa Filho (UnB)

Vivemos a era da convergência das tecnologias digitais, onde o recente sucesso da implantação do sistema brasileiro de televisão digital vai de encontro às tecnologias de comunicação sem fio na Internet, pavimentando o caminho da aguardada interatividade plena. Um importante desafio se apresenta com a possibilidade do país assumir um papel de liderança na definição de um novo perfil de operação do WiMAX abaixo de 1 GHz, denominado WiMAX-700. Ao desempenhar um papel promissor como canal de interatividade do SBTVD, amplia as possibilidades de produção de conteúdos audiovisuais digitais que, por sua vez, colaboram no esforço do conjunto de programas de inclusão social do País.

A Produção de Conteúdos Audiovisuais na Era Digital e a construção de políticas públicas para o setor Cosette Espíndola de Castro (Unesp)

Este artigo aborda as mídias digitais e a convergência tecnológica para inclusão social a partir da produção de conteúdos audiovisuais digitais interativos como novo modelo de negócio para profissionais liberais, pesquisadores e empresas. Busca-se analisar as mudanças que estão ocorrendo e as novas necessidades na formação profissional voltada para a produção de conteúdos audiovisuais digitais para TV digital, celulares, computadores mediados por internet ou videojogos em rede, a partir da proposta de construção de políticas públicas para o setor. A reflexão aborda as tecnologias digitais como uma indústria em estágio inicial e como espaço de sustentabilidade para a Região.

Interoperabilidade e Interatividade da TV digital na Construção da Sociedade da Colaboração Deisy Fernanda Feitosa (Unesp), Cosette Castro (Unesp), Vânia Cristina Pires Nogueira Valente (Unesp)

No mundo digital, produzir conteúdos exige considerar um conjunto de aparatos tecnológicos e as inovações que oferecem, observando o contexto em que estão inseridos. Foi-se o tempo que as empresas de radiodifusão eram as únicas a possuir plataformas tecnológicas e a ofertar conteúdos audiovisuais para as audiências. Hoje vivemos um momento de transformação da tecnologia analógica para a digital e no mundo proliferam geradores de conteúdos digitais que oferecem conteúdos de áudio, vídeo e texto lado a lado com os profissionais com formação na área da Comunicação. Considerando a geração de conteúdos digitais ofertadas pelo mercado, passamos a ter nos cidadãos comuns colaboradores importantes do espaço audiovisual. Neste texto, buscamos compreender o papel da interoperabilidade, interatividade e a importância de processos colaborativos na TV digital que está sendo implantada no Brasil.

A atuação da promoção de vendas em meios digitais Adriano de Almeida Gadbem (Umesp)

A promoção de vendas em meios digitais como estratégia de aumento dos lucros empresariais, onde o consumidor, parte central dessa cadeia de marketing, participa da mecânica promocional que se caracteriza por oferecer toda interatividade necessária, proporcionando maior rapidez e dinamismo. O mercado cria estratégias promocionais que serão processadas nos atuais suportes de comunicação funcionando como ligação neste relacionamento empresa-consumidor. Este texto pretende contribuir no estudo de duas variáveis da comunicação integrada de marketing, a promoção de vendas e o marketing digital, através da análise do perfil deste consumidor emergente, do mercado digital em que está inserido e das estratégias promocionais utilizadas por algumas empresas do setor.

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Era Digital: novas linguagens para a construção do Design de Relações Joana Gusmão Lemos (Unesp)

A Era Digital experimenta uma espécie de nova ordem, marcada pelas mídias digitais, que possibilita a construção coletiva de conteúdos. Com a interatividade e a mobilidade desses meios, outros comportamentos e linguagens são estimulados. Mudam as formas de conceber o tempo, o espaço e as relações. As novas velocidades e a virtualização caracterizam outras interações nas quais se mesclam múltiplas possibilidades. As informações constituem hipertextos digitais que integram uma rede de livre navegação, interligando mensagens e pessoas de origens diversas, formando uma inteligência coletiva dinâmica. Este trabalho trata, portanto, deste contexto marcado por transformações. Busca identificar as linhas gerais para o desenvolvimento de novas linguagens, especialmente em relação ao Design de Relações, para as mídias digitais.

Diseño Periodístico en Internet Ana Serrano Tellería (UPV - EHU)

El estudio del diseño periodístico en internet se encuentra aún en una fase inicial, en la que académicos, profesionales y usuarios se debaten entre qué líneas y parámetros seguir para llegar a una óptima consecución. Si bien, contamos ya con un corpus académico sobre el que basar nuestras primeras investigaciones; un corpus que relaciona distintas disciplinas. Las primeras se basan en sus medios predecesores: prensa y televisión principalmente; las segundas, surgidas a raíz del nuevo médio y sus características: usabilidad, arquitectura y diseño de la información.

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INTERCOM 2009 l Curitiba

DIVISÃO TEMÁTICA 5 - GP CIBERCULTURACoordenador: Alex Fernando Teixeira Primo (UFRGS)

SALAS 215, 216 E 217 BLOCO AZUL

Sábado l 05 de Setembro 5 de setembro09h00 às 12h00SALA 215 BLOCO AZUL

Mesa de AberturaCoordenador: Alex Fernando Teixeira Primo (UFRGS)

Estéticas da Vigilância e da Atenção: notas preliminares Fernanda Gloria Bruno (UFRJ)

O trabalho efetua uma análise preliminar das estéticas da vigilância e da atenção nas imagens midiáticas e na produção audiovisual contemporânea. A partir de uma breve apresentação do sentido do termo vigilância nas teorias da atenção e da presença da atenção vigilante nos modos de produção, distribuição e consumo de imagens na atualidade, explora-se quatro trabalhos artísticos que dialogam com as atuais estéticas da vigilância. Dois trabalhos de performance em espaços urbanos (Surveillance Camera Players e Street with a View) e dois vídeos (I think it would better if i could weep, do Atlas Group, e Teoria da Paisagem, de Roberto Bellini) são analisados tendo em vista apreender uma estética e uma poética da atenção que se produz a partir de deslocamentos e perturbações nos regimes atencionais correntes nas práticas e imagens de vigilância.

A busca por fama na web: reputação e narcisismo na grande mídia, em blogs e no Twitter Alex Fernando Teixeira Primo (UFRGS)

Este trabalho apresenta inicialmente uma discussão teórica sobre a vinculação entre celebridades e personalidade narcisista. A partir disso, discute como as tecnologias da web 2.0 transformam ou potencializam o desejo pela fama e a construção de reputações na rede. Finalmente, faz uma reflexão sobre sujeitos brasileiros famosos em blogs e no Twitter: @twittess, Ambrósio, o Mágico, e Lucas Celebridade.

Padrões de conectividade e links na web: uma proposta teórico-metodológica para avan-çar a Webometria e a Análise de Hiperlinks Suely Dadalti Fragoso (Unisinos)

Este trabalho propõe uma abordagem comunicacional para a análise da conectividade de websites. A primeira seção consiste em uma breve revisão das principais correntes de estudos de hiperlinks na web, cujas limitações são apontadas e discutidas. A segunda seção contempla os princípios fundamentais da proposta de que a adoção de uma abordagem comunicacional seria capaz de revitalizar os estudos de Webometria e Análise de Hiperlinks. A terceira seção exemplifica a proposta a partir de um estudo em andamento, no qual se aborda a conectividade internacional de sites com domínio brasileiro (.br) procedendo análises quali-quantitativas em diferentes escalas: das ccTLDs, dos websites, das páginas e dos hiperlinks.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00SALA 215 BLOCO AZUL

Interações na blogosfera Coordenador: Marcelo Ruschel Träsel (PUC-RS)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Blog confessional permite revelar a intimidade sem se expor Patrícia Pereira Batista (Uerj)

Blogs confessionais, aqueles em que o autor escreve sobre suas ações cotidianas e suas reflexões sobre a vida, são comparados aos antigos diários íntimos, de papel. Mas há supostas diferenças que os separariam em grupos distintos. A mais marcante apontada é o ato de o blog tornar público o que, por definição, deveria ser privado – a intimidade de quem escreve. Outro corte é a pretensa falta de liberdade do blogueiro, que se sentiria acuado na hora de revelar sua intimidade, já que tudo estará ao alcance do olhar alheio na rede, e criaria uma ‘intimidade sob medida’ para ser exposta. Neste artigo vamos discutir até que ponto o autor de um blog confessional se expõe de fato e se o que mostra realmente é uma privacidade editada.

Comunicação mediada por computador e newsmaking: o caso do blog da Petrobras Marcelo Ruschel Träsel (PUC-RS)

O desenvolvimento das tecnologias de comunicação mediada por computador enfraquece o monopólio da midia de massa sobre a circulação de notícias, conferindo às fontes jornalísticas a capacidade de passar ao largo da imprensa para divulgar suas informações. A análise do caso do blog Fatos e Dados, criado pela Petrobras como estratégia de relações públicas para proteger a imagem da companhia, objeto de uma Comissão Parlamentar de Inquéito do Senado Brasileiro, permite identificar tensões introduzidas nas rotinas produtivas do jornalismo por esses novos processos comunicacionais. O caso levanta problemáticas no relacionamento dos jornalistas com suas fontes e a necessidade de reavaliação dos valores-notícia, especialmente aqueles ligados à temporalidade específica do jornalismo e à concorrência.

Blogs podem ser a imprensa livre de uma nova eraMarcia Siqueira Costa Marques (PUC-SP)

Novos meios de comunicação e convergência tecnológica estão fazendo emergir tipos diferentes de redes sociais na cibercultura, aqui tomada como categoria de época. Surgem, com elas – podemos dizer –, uma “aldeia glocal”, na qual o avanço da técnica traz outra forma de interação entre pessoas e redes digitais e estas estão abrindo canais de expressão e mostrando seu potencial de catalisadoras de mudanças sociais. Os blogs e o microglog Twitter se popularizam cada vez mais e estão sendo usados como meios de mobilização de pessoas, de pressão política e de luta contra a censura da mídia por governos autoritários. A informação em tempo real faz com que todos passem a ser repórteres. Assim, os blogueiros no Irã puderam noticiar para o mundo a revolta do povo em relação aos resultados da eleição presidencial de junho passado.

O Blog do Ombudsman: Interação e Auto-Referencia no Ciberespaço Sabrina Franzoni (UFRGS)

Este artigo pretende refletir sobre o “espaço” ocupado pelo ombudsman virtual, ambiente onde se mesclam as “fala” dos internautas, os textos disponibilizados pela redação do portal e o próprio discurso do ombudsman, relacionando-o a complexidade do sistema interativo. Com isso, propõe-se estudar a interação mediada pelo computador a partir da relação “entre” os participantes da ação, chegando a noção de “entre-lugar” interativo. Além disso, ao considerar os circuitos de auto-referencialidade e reflexibilidade da mídia, redes nas quais o ombudsman esta emaranhado busca-se estabelecer uma relação paradoxal, pois, se por um lado, esse profissional viabiliza a colaboração dos interagentes nos canais de participação, por outro lado, serve de filtro, ao selecionar as informações e/ou os comentários que serão disponibilizados no blog.

Os Blogs e Blogosfera nas Rotinas de Trabalho dos Jornalistas, com os Estudos de caso dos Jornais A Tarde e Gazeta do Povo Lia Raquel Lima Almeida (UFBA)

Este estudo exploratório visa analisar o uso dos blogs nas rotinas de trabalho dos jornalistas, a partir de sua inserção nas suas práticas de trabalho e da percepção que eles têm dos blogs e da blogosfera no contexto do trabalho jornalístico. Para tanto, selecionou-se dois jornais regionais, o A Tarde e a Gazeta do Povo. Os resultados revelaram que os blogs são fontes complementares de informação e opinião para os jornalistas, fontes de pautas ou informações alternativas, dependendo de sua autoria. A pesquisa revelou, ainda, que os constrangimentos que limitam o uso de blogs pelos jornalistas são os limites organizacionais, falta de tempo, o papel exercido pela cultura e valores profissionais e a forma relutante como são encarados os aspectos relacionados à interatividade propiciada pelos blogs.

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Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00SALA 216 BLOCO AZUL

Redes sociais online Coordenador: Suely Dadalti Fragoso (Unisinos)

Sítios de Redes Sociais na Internet e Possibilidades de Singularização João Baptista Soares de Faria Lago (Ceunsp)

Não há separação entre real e virtual: ambas dimensões são reais, nos afetam e influenciam-se recíprocamente. Sítios de redes sociais na Internet, assim como ocorre na dimensão presencial, também possuem possibilidades tanto libertadoras quanto aprisionadoras. Aqueles cujas arquiteturas apresentam mais recursos, favoreceriam uma comunicação melhor, sobretudo, entre os membros de redes sociais pautadas pela singularidade. Contudo, não são apenas os sítios com menores recursos, que obstacularizariam uma comunicação singular. Agenciamentos por parte dos modos hegemônicos de subjetivação, como a judicialização crescente da Internet, a patologização das conexões por psicólogos e psiquiatras, além do caráter comercial do protocolo “www”, atuariam para manter os internautas aprisionados a circuitos-escravos, obstaculizando suas possibilidades de singularização na grande rede.

Em Busca do Concreto: Dos Lugares Virtuais para os Lugares Físicos Rebeca da Cunha Recuero (Unisinos)

O trabalho analisa a ligação que as relações sociais virtuais possuem com o universo físico, especialmente quando há o fortalecimento de laços sociais no processo de sociabilidade virtual. Tenta-se compreender o quanto o ciberespaço suporta as interações providas de afeto, intimidade e confiança. Para isso, pesquisou-se a formação de amizades, aplicando questionários e realizando entrevistas com freqüentadores de ambientes voltados para a sociabilidade virtual. Os resultados iniciais parecem confirmar uma forte ligação dos indivíduos com o seu lugar de origem, o que sugere um movimento de terceiros lugares virtuais para terceiros lugares concretos, bem como uma suposta ineficiência do ciberespaço em suprir as necessidades sociais do ser humano.

Como fazer amigos e influenciar pessoas 2.0: quando o capital social desvia para o capital de influência Jorge Rocha Neto da Conceição (UNA)

Com base nas conceituações de Pierre Bordieu (1985) sobre capital social, comparando-as com as de outros autores (Coleman, 1988;1990 e Loury, 1977;1981) que tratam o tema em um contexto histórico-comunicacional, traçamos uma síntese da função do termo, aplicado à Cibercultura, concentrando-nos em compreender seus desvios. Em processos comunicacionais em ambientes digitais, esses desvios – aqui caracterizados como capital de influência – podem reduzir a utilização do potencial de uma comunicação inter-relacional. Desse modo, concluímos que tal configuração pode ser responsável pela possibilidade de fechamento de redes sociais à colaboração.

As apropriações nos sites de redes sociais na internet Antônio César da Silva (UFC)

O artigo aqui proposto antecipa as reflexões iniciais a respeito de algumas das categorias presentes no meu projeto de pesquisa no Mestrado em Comunicação da Universidade Federal do Ceará. O trabalho em andamento discute as apropriações e intervenções no ambiente da virtualidade, mais especificamente nos sites de redes sociais. As considerações que vêm sendo desenvolvidas tentam refletir sobre em que medida as apropriações exercidas por diversos atores que se encontram nesses sites e o que há por trás dessas apropriações, além de exercer impacto sobre essas estruturas, ajuda-nos a compreender melhor a relação que estes atores estabelecem com essas plataformas.

O glocal e a organização do capital no espaço Angela Pintor dos Reis (PUC-SP)

O presente trabalho discute a relação das dimensões econômica e cultural do fenômeno glocal com a lógica de organização espacial do modo de acumulação no capitalismo avançado. Nos termos do estudo, o glocal se refere a um hibridismo entre o local e o global e corresponde à condição contemporânea de desterritorialização das relações

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humanas, hoje tecnologicamente mediadas pelo ciberespaço. A mencionada lógica de organização espacial se deve à necessidade de maximização e eficiência do processo de circulação de mercadorias (materiais e simbólicas), a partir do uso das tecnologias digitais e da produção de repertório cultural típico, como recursos para a compressão do tempo, a superação do espaço tradicional e a criação de um ambiente imaterial constituído por representações sociais que conferem sentido ao modo de vida no capitalismo avançado, caracterizando o contexto da cibercultura.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00SALA 217 BLOCO AZUL

Espaços virtuais: games, mobilidade e geolocalizaçãoCoordenador: Sergio Amadeu da Silveira (FCL)

Alice Através dos Neurônios-Espelho: empatia e personagens autônomos nos videogames Renata Correia Lima Ferreira Gomes (Senac)

O presente artigo descreve as bases para uma nova abordagem conceitual para análise e construção dos personagens autônomos nos videogames, estes entendidos como os agentes de software diegeticamente implicados como personagens e corporalmente presentes no espaço do jogo. Para tanto, descrevemos o conceito de empatia, a partir das estruturas corticais conhecidas como neurônios-espelho, e sua implicação para as habilidades de leitura de personagens nas narrativas “não-participativas”, descrevendo, a partir daí, um novo “ciclo de empatia” inaugurado pelos games, no que diz respeito à relação interator-personagem. Acreditamos que essa nova relação, que parte do interator, vai ao personagem, mas volta ao interator, abre caminho para uma nova compreensão da narrativa como forma expandida levada a cabo pelos videogames.

Game-Ativismo e a Nova Esfera Pública InterconectadaSergio Amadeu da Silveira (FCL)

A estética dos games ultrapassou o cenário do entretenimento e está sendo utilizada pelo novo ativismo, articulado no ciberespaço. O texto discute o potencial dos games como forma de protesto e de persuasão no cenário das redes digitais. Focaliza principalmente o game-ativismo desenvolvido pelo grupo italiano chamado La Molleindustria . Também busca vincular os games à tradição do vídeo-ativismo e às práticas recombinantes, tais como os machinimas.

O Corpo e o Espaço Físico Relacionados ao Ciberespaço André Fagundes Pase (PUC-RS), Eduardo Campos Pellanda (PUC-RS)

Novas apropriações do corpo e do espaço começam a surgir em um contexto de imersão e ubiquidade midiática. Esta constatação é observada a partir de suportes como os novos consoles de jogos eletrônicos e aparelhos celulares avançados. São analisados no texto a original ligação entre o espaço físico demarcado geograficamente por aparelhos GPS com informações no ciberespaço e a exploração do corpo imerso nos games. Estes desdobramentos são contrastados e apoiados por autores âncoras da cibercultura.

Mobile Social Network: a tecnologia móvel e o avanço das novas redes sociais Sandra Mara Garcia Henriques (PUC-RS)

O presente artigo busca mostrar o desenvolvimento das redes sociais potencializadas pelas tecnologias móveis como os celulares e internet sem fio (WI-FI). Realizamos para este fim, uma revisão acerca dos aspectos referentes a formação de redes sociais e das possibilidades que a mobilidade das tecnologias digitais proporcionam na interação entre os indivíduos. Este trabalho, procura mostrar a importância das Mobile Social Network – redes sociais móveis no desenvolvimento das relações sociais na Pós-modernidade.

A contempl@ção do mundo. O Google Earth, a Comunicação e a Terra digitalizada. Claudio Cardoso de Paiva (UFPB)

Este trabalho dá prosseguimento a uma pesquisa intitulada Moderniz@ção Tecnológica e Desenvolvimento Social (2002-2009), que reflete um esforço coletivo de repensar a inserção das tecnologias de comunicação nos espaços

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INTERCOM 2009 l Curitiba

da esfera pública, gerando modalidades de interação social e de cidadania virtual. Em etapas anteriores, colocamos em perspectiva a televisão digital, a realidade virtual no cinema, o YouTube, os Blogs, o Twitter, o Second Life e os chats, para explorar alguns aspectos específicos da cibercultura. E agora, numa primeira sondagem do Google Earth, observamos como este dispositivo de comunicação pode abrir caminhos para uma reflexão do ciberespaço, como vetor de informação e vinculação dos agentes sociais, como motor gerador de reconhecimento das conexões da vida social e cósmica, e enquanto produção de socialidade e comunicabilidade.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00SALA 215 BLOCO AZUL

Interações no Twitter Coordenador: Fernanda Gloria Bruno (UFRJ)

O Encadeamento Midiático da Imagem dos Índios Isolados no Twitter Débora de Carvalho Pereira Gabrich (UFMG)

O uso de marcações semânticas vem permitindo a evolução das ferramentas de análise da popularidade de temas na web, o que facilita o mapeamento dos encadeamentos midiáticos, segundo o conceito de Primo (2008). Assim, surgem novas perspectivas para a comunicação nas mídias digitais, fundamentadas em uma dimensão mais estruturada da informação, ilustrada no artigo, pela análise de micro-blogs. O estudo de caso apresentado mostra processos de migração de valores (Vilches, 2006) pelos quais passa a imagem dos índios isolados no Twitter. Os exemplos do estudo de caso possibilitam inferências a respeito de novos processos comunicacionais em que mídias de massa e de nicho se influenciam em um sistema de retro-alimentação.

A representação dos profissionais de comunicação no Twitter: Análise dos perfis de Marcelo Tas e Edney SouzaGilberto Balbela Consoni (UFRGS), Erika Oikawa (UFRGS)

O objetivo deste artigo é analisar a apropriação que os profissionais de comunicação fazem do serviço de micropostagem Twitter para representar o seu perfil nas redes sociais online e verificar quais os valores construídos a partir dessas representações. Centramos nossas análises no perfil de um profissional da mídia de massa e de um profissional micromidiático digital (PRIMO, 2008a), representados, respectivamente, pelo apresentador Marcelo Tas, do Programa CQC da Band, e por Edney Souza, blogueiro profissional de renome no Brasil. Através de uma Análise de Conteúdo de dois mil tweets (postagens), fizemos uma tabulação cruzada quantitativamente do conteúdo das mensagens, dos retweets (RT) e dos tipos de links encontrados para obtermos resultados qualitativos dos dados.

O Microblog Twitter como Agregador de Informações de Relevância Jornalística Luciana Menezes Carvalho (UFSM), Eugenia Maria Mariano da Rocha Barichello (UFSM)

Este artigo discute a possibilidade de entendimento do microblog Twitter como agregador de informações de relevância jornalística na web. A partir da teoria da Cauda Longa, que relaciona o conceito de agregador ao fenômeno da democratização das ferramentas de distribuição de conteúdo, conecta o conceito de agregação de conteúdo às apropriações que observamos no Twitter referentes à distribuição de informações de relevância jornalística na web.

Informações Hiperlocais no Twitter: Produção Colaborativa e Mobilidade Gabriela da Silva Zago (UFRGS)

Com a proliferação de dispositivos móveis e da possibilidade de produção jornalística em redes digitais, tem-se observado a tendência de as informações se tornarem cada vez mais específicas, com vistas a atender às necessidades de indivíduos situados em territórios circunscritos. Com base nesse cenário, este trabalho procura discutir a prática do chamado jornalismo hiperlocal, caracterizado pela produção de informações associadas a um determinado lugar bastante especifico, a partir de um estudo de caso em caráter exploratório de práticas jornalísticas e colaborativas observadas na ferramenta de microblog Twitter. Procura-se relacionar os exemplos observados com os conceitos de global/local, des-re-territorializações, produção colaborativa e mobilidade.

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Os gorjeios que ganharam o mundo ou a importância do Twitter na #iranelection Mônica Schieck Chaves Lopes (UFRJ)

O trabalho tem a proposta de analisar como a informação disseminada na Rede pode ser percebida como uma organização democrática capaz de proporcionar ao indivíduo a experiência de manifestar-se para o mundo. A análise desenvolveu-se a partir da mobilização desencadeada pelos cidadãos iranianos contra o resultado das eleições que reelegeram o Presidente Mahmoud Ahmadinejad, principalmente através dos twettes postados na rede social Twitter . Para explorar tais objetivos foram observadas as informações desencadeadas na Rede que, diante do bloqueio imposto pelo governo aos tradicionais meios de comunicação, acabou por intensificar a utilização da Rede na propagação da informação em tempo real.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 216 BLOCO AZUL

Produção colaborativa no ciberespaço Coordenador: Fabio Luiz Malini de Lima (Ufes)

Colaboração, uso livre das redes e a evolução da arquitetura p2p Fabio Luiz Malini de Lima (Ufes) Este artigo busca proporcionar um panorama sobre a evolução da arquitetura peer-to-peer, demonstrando que a evolução técnica dos sistemas de trocas de arquivo é, antes de tudo, derivada de soluções sociais às limitações instituídas pela indústria do direito autoral ao conjunto geral da sociedade, sobretudo, no que tange ao rigor estabelecido na forma como os objetos culturais devam ser distribuídos coletivamente. O artigo atravessa a história social que baliza a emergência do Napster até o aparecimento do modelo torrent, sendo este a forma até então mais bem acabada de anonimato das trocas de informação online. Cada modelo alimenta novas formas de gestão democrática da multidão, constituindo uma soberania que não passa por nenhum ente que centraliza informação e relações, ao mesmo tempo em que alimenta novas investidas coercitivas do poder das corporações da economia da informação.

“A multiplicação dos mortos”: comemoração e constituição da memória nas comunidades virtuais Renata de Rezende Ribeiro (UFF)

Este artigo é uma continuidade de nossa pesquisa sobre a ressignificação da morte na contemporaneidade midiática, cuja imbricação entre corpo, comunicação e tecnologias digitais de informação articula novas leituras sobre a representação da morte. Nessa análise, tomamos os conceitos de comemoração e de memória articulando-os aos usos nas comunidades virtuais de mortos do Orkut. Como exemplo, exploramos a repercussão do acidente aéreo do vôo AF 447.

Tropa de Elite: tramas do espetáculo na CiberculturaMagali Simone de Oliveira (UFSJ)

Discutir a partir do episódio do “vazamento” do filme “Tropa de Elite” se existe hoje, no Brasil atual, interação entre a Cibercultura (LÉVY,1999) e a Sociedade do Espetáculo ( DÉBORD, 1997). A idéia é refletir até que ponto o “vazamento “ do filme poderia ser entendido como uma contaminação da Cibercultura por outras mídias e se esse mundo ciber já teria dado fim à Sociedade do Espetáculo, como previsto por LÉVY.

Vídeos Amadores, Poder e Vigilância em Foucault Ludimila Santos Matos (PUC-Rio), Luisa Procknik (PUC-Rio)

Este artigo apresenta um estudo a respeito da utilização de vídeos amadores como dispositivos de vigilância e poder. A popularização de dispositivos móveis com câmeras de baixa resolução embutidas, a Web 2.0 e a interatividade, a democratização das tecnologias e o receptor que se tranforma em emissor, são temas abordados neste trabalho. As Novas Tecnologias digitais vêm transformando as rotinas dos usuários, colocando o tema no centro de importantes discussões acadêmicas atuais. Cinco vídeos amadores foram selecionados como objeto da investigação. Utiliza-se como base teórica conceitos foucaultianos de poder e vigilância e a cibercultura de Pierre Lévi, entre outros.

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172 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Espaço para construção do conhecimento dos sujeitos/blogueiros/educadores Candice Campos Habeyche (PUC-RS)

Pretendemos aqui analisar, a partir das obras de Morin, os sujeitos/blogueiros, especificamente os educadores, que criam blogs com o intuito de expor seu perfil profissional. Porém ao propormos este estudo observamos que a blogosfera está reproduzindo um vasto conteúdo, o que provoca que estes blogueiros com laços sociais fracos, não tenham voz, e por isso, tenham pouco acesso e poucos diálogos via blog. Tal situação gera o que chamamos de hiper reprodução de informação que muitas vezes não é difundida. Para este estudo iremos aprofundar conceitos de Sujeito e Autonomia para Morin e Democracia para Lévy.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 217 BLOCO AZUL

Informação e cognição da cibercultura Coordenador: Fátima Cristina Régis Martins de Oliveira (Uerj)

Consumo da informação na sociedade contemporâneaLuciane Fassarella Agnez (UFRN)

As tecnologias da comunicação vêm alterando os modos de produção, distribuição e agora, especialmente, de consumo da informação. A disseminação das mídias digitais e das redes móveis de telecomunicação criaram um novo cenário de acesso a informação, com alteração dos processos de mediação como conhecíamos. Esse cenário representa um desafio para o jornalismo e mais ainda para os meios tradicionais de comunicação de massa. Fatos recentes, como o novo blog da Petrobras e a cobertura das eleições presidenciais no Irã, dão indícios de que está sendo exigida uma reconfiguração do processo de produção jornalística. Nosso propósito neste trabalho é levantar questões sobre o consumo da informação na sociedade contemporânea, considerando o tripé tecnologia-sociedade-consumo.

Tecnologias de Comunicação e Capacitação Cognitiva na Cibercultura: uma análise comparativa dos seriados O Incrível Hulk e Heroes Fátima Cristina Régis Martins de Oliveir (Uerj), Alessandra Cristina da Silva Maia Cardoso Monteiro (Uerj), Daniela Martins Silva de Almeida (Uerj), José Carlos Messias Santos Franco (Uerj), Juliana Fernandes da Silva Souza (Uerj), Mariana Ferreira de Aguiar (Uerj)

As Tecnologias de Informação e de Comunicação deflagraram transformações no sistema de mídias que têm estimulado a capacitação cognitiva em seus usuários (JOHNSON, 2005; ANDERSON, 2006; JENKINS, 2008). A maioria dos estudos adota uma abordagem macro-social, deixando uma lacuna sobre quais são essas competências cognitivas e como atuam sobre as práticas comunicativas. O objetivo de nossa pesquisa é adotar uma perspectiva “micro”, que por meio de análise comparativa de produtos culturais possibilite um levantamento das mudanças nas habilidades cognitivas requeridas e estimuladas pela cibercultura. Neste artigo, são apresentados dados iniciais resultantes da aplicação da metodologia da pesquisa na análise comparativa entre duas séries de TV: O Incrível Hulk - 1977 (fase inicial da cibercultura / antes da “explosão” das tecnologias digitais) e Heroes - 2006 (em plena cibercultura).

O Correio Eletrônico na Era da Cibercultura Thaís Cunha Martini (Feevale)

Com a proliferação das novas tecnologias digitais, a entrada na Web 2.0 e a sociedade vivendo a era da cibercultura, algumas midias podem perder espaço. Ano passado, 2008, surgiram pesquisas e publicações sobre a possibilidade do fim do e-mail, devido a todas essas mudanças digitais. Em resposta, o Google lançou recentemente o que pode ser chamado de evolução do correio eletrônico, uma ‘onda’ que mistura diversos programas, chamado Google Wave. Será este o e-mail do futuro?

Comunicação e Inteligência Artificial: Aspectos da Mediação Tecnológica Diante de uma Nova Geração de Agentes Inteligentes Sandro Tôrres De Azevedo (Unesa)

A inteligência artificial tem se desenvolvido francamente nos últimos anos e a premissa de participação cotidiana na

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experiência digital contemporânea vem se solidificando, principalmente diante do crescimento exponencial do universo de informações que integram o ciberespaço. Desse modo, esse artigo se propõe a observar o avanço tecnológico de agentes inteligentes e trazer à discussão a potencialidade de mediação/interação que esses dispositivos tecnológicos ensejam.

Informações museológicas no ciberespaço: Reflexões sobre o cyber e o mobile museum. José Cláudio Alves de Oliveira (UFBA)

O artigo e a comunicação retratam o percurso e a história de uma das mais antigas e clássicas mídias, o museu, que vai do museu presencial (MP) ao museu digital (MD), ambos procurando o caminho infinito do ciberespaço, apresentando os seus acervos e exposições, elucidando a memória social, fruto do patrimônio cultural da humanidade, agora visto universalmente, em qualquer lugar, seja interconectado por PCs, note ou netbooks, seja nos smartphones. O trabalho traz referências de teóricos como Pierre Lévy, Niklas Luhmann, Paul Virilio, e grandes pesquisadores brasileiros como André Lemos e Marcos Palácios, e vem com as reflexões que contextualizam o potencial das informações dos acervos, ou seja, de cada objeto que observador pode pesquisa, e não informações avulsas que apenas publicizam a instituição. O foco principal é está centrado entre a mídia museu e a informação científica.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 215 BLOCO AZUL

Jornalismo na Web 2.0 Coordenador: Raquel Longhi (UFSC)

Os nomes das coisas: em busca do especial multimídiaRaquel Longhi (UFSC)

Os chamados “especiais multimídia” reúnem em um mesmo ambiente a linguagem textual, sonora e visual, constituindo-se em formatos noticiosos completos, com autonomia enunciativa. Apesar de considerados formatos inovadores do ponto de vista do uso da linguagem hipermídia, esses produtos ainda estão “escondidos” nos sites jornalísticos, sendo poucos os casos em que são localizáveis na estrutura do site noticioso. Este artigo tem o objetivo de colaborar para a definição do formato “especial multimídia”, verificando o espaço que ocupa este tipo de produto em alguns sites, e agregando elementos para a definição da sua linguagem, a partir de uma verificação dos conceitos de “multimidialidade por integração” (Ramón Salaverría, 2005) e intermídia (Longhi, 2008).

O jornalismo digital e os efeitos da convergência: meta-informação, encadeamento midiático e a cauda longa invertida Vivian de Carvalho Belochio (UFRGS) Este artigo discute as transformações do jornalismo digital ao longo das suas quatro gerações na Web e o surgimento de uma nova fase de desenvolvimento das suas práticas e dos seus produtos em tempos de convergência midiática. O texto propõe a reflexão sobre rupturas e apropriações no jornalismo digital, a fim de identificar diferentes fatores que influenciam a sua transformação na contemporaneidade. Considera-se o pressuposto de que, na atualidade, a atuação dos meios jornalísticos em micromídias digitais representa a sua manifestação em meios externos, o que implica na necessidade da sua submissão às regras de publicação destes mesmos espaços.

Influências mútuas e diversidade na interação jornalista-leitor em um blog Maria Auxiliadora de Lima Wang (PUC-SP)

Pesquisadores interessados em analisar a relação mídia-consumidor têm enfatizado a influência dos meios de comunicação sobre o público-alvo e acabam por perder de vista a influência do público sobre a mídia. Neste trabalho, apresentam-se dados de uma pesquisa realizada conforme a abordagem da análise do comportamento, em que se analisaram interações verbais em um blog jornalístico em busca de influências mútuas: do jornalista sobre os leitores e vive-versa, e de leitores entre si. Entre os resultados, encontraram-se indícios de influências mútuas entre os participantes do blog e de diversidade na forma como os participantes relataram um tema-alvo ao longo do tempo. Discute-se o

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papel de novas tecnologias, como a internet, para a diversidade do conhecimento produzido socialmente e para o possível contracontrole do público sobre a mídia.

Os cenários de interação do jornal online na web 2.0: mudança ou manutenção do processo comunicacional?Stefanie Carlan da Silveira (UFRGS)

Este artigo se propõe a observar os diferentes cenários de interação que aparecem na relação entre leitores e jornais online no contexto da web 2.0. Diversas publicações jornalísticas ligadas a veículos de comunicação tradicionais abrem canais para a participação de interagentes, permitindo o envio de fotos, vídeos e até mesmo de texto noticioso. O trabalho apresenta este contexto e utiliza os conceitos de interação mútua e reativa para estudar as formas de participação nos sites. Além disso, o estudo observa que grande parte destes canais, presentes em jornais online, estão sob controle da instituição jornalística e por isso não são pensados sem a mediação, a edição e o filtro da informação, uma vez que estão ligados ao profissionalismo jornalístico e ao ethos da profissão. Para demonstrar esse pressuposto, toma-se como objeto de observação o jornal online Zero Hora.

Para pensar a participação do público nos webjornais de referência Maria Joana Chiodelli Chaise (Unisinos)

Novas relações entre os sujeitos e as mídias estão surgindo a partir da emergência das tecnologias de informação e comunicação. Ao mesmo tempo em que se configura a passagem de uma comunicação centralizada e unidirecional para um cenário de maior abertura de publicação, autonomia do usuário e circulação de informação, atores e conteúdos diferenciados ganham forma. Este artigo busca refletir acerca destas alterações, especificamente as identificadas nos webjornais de referência, partindo da apresentação deste novo leitor e do contexto de transformações que propiciam sua emergência em direção a uma problematização do conceito de jornalismo cidadão.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 216 BLOCO AZUL

Estratégias mercadológicas na cibercultura Coordenador: Ana Maria Brambilla (PUC-RS)

Conteúdo Gerado pelo Consumidor: Reflexões sobre sua apropriação pela Comunicação Corporativa Sandra Portella Montardo (Feevale)

Este artigo propõe uma reflexão sobre as apropriações de conteúdo gerado pelo consumidor (CGC) pela comunicação corporativa. Se, por um lado, há organizações que propõem espaços de conversação on-line com os seus públicos, estimulando a geração de algum tipo de conteúdo na web, por outro, quais seriam os motivos para levar um internauta a fazê-lo em um espaço controlado pela marca, se ele tem toda a web para isso? Para responder a essa questão, analisa-se os usos comunicacionais de duas marcas que proporcionam a geração de conteúdo pelos internautas: Pq?pedia (Pepsi) e Nike Corre (Nike). As categorias que balizam a avaliação desses usos quanto a mobilização à geração de conteúdo são os valores construídos em redes sociais na internet: visibilidade, reputação, popularidade e autoridade (Recuero, 2009).

Estratégia de atuação institucional em mídias sociais Ana Maria Brambilla (PUC-RS)

Este artigo busca retratar a busca por uma estratégia de atuação em mídias sociais em âmbito institucional, tomando como case de análise o trabalho feito por um grupo de alunos e professores da Famecos, com a marca EuSouFamecos. Entendendo essa ação como atividade didática mas também mercadológica, será buscado um diagnóstico para as dificuldades de criação e implementação de uma tática a partir da compreensão dos usos que jovens fazem das redes sociais. Paralelamente, tentar-se-á encontrar um modo de aplicação das regras de SMO na ação.

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Comunicação, cibercultura e comportamento: Um estudo sobre a difusão de informação via e-mail e o marketing viral.Joao Renato de Souza Coelho Benazzi (PUC-RJ)

Este trabalho visa contribuir para aprofundar a compreensão do comportamento de usuários no ambiente on-line quanto à difusão de e-mail para então identificar que atributos e características contidos neste material devem ou não estar presentes em ações de marketing viral de empresas. Para atingir tais objetivos discutiram-se as perspectivas da motivação de abrir, ler e em seguida encaminhar uma mensagem recebida via e-mail. A coleta de dados no campo contou com entrevistas semi-estruturadas para investigar o comportamento e a motivação de usuários quanto a disseminação de e-mail. Pode-se verificar que os critérios usados para estas três etapas são muito semelhantes entre si visto que levam principalmente em consideração a “pessoa que mandou”, o “receptor”, o “assunto” do e-mail e o “conteúdo” nele presente.

Mídias Interativas e Relacionamento Mercadológico: Um Estudo Comunicacional sobre o Site Nike PlusMarcos Antonio Nicolau (UFPB), Ana Cirne Paes de Barros (UFPB)

O desenvolvimento de novas mídias interativas está proporcionando o surgimento de formas inovadoras de comunicação e relacionamento mercadológico entre consumidores e empresas, de maneira cada vez mais efetiva. Partindo do princípio de que todas as mídias digitais estão se tornando mídias de relacionamento, este artigo tem como objetivo principal demonstrar indícios e comprovações desse processo comunicacional personalizado, embora envolva a participação coletiva de milhões de clientes. O trabalho ora apresentado tem como base o site Nike Plus, do famoso fabricante de tênis, cujo estudo de caso confirma a proposição acima apresentada: o relacionamento mercadológico sustenta-se na principal característica das mídias presentes no ciberespaço, a interatividade.

O que vem de baixo nos atinge: intertextualidade, reconhecimento e prazer na cultura digital trash.Fernando Israel Fontanella (UFPE)

O artigo tem por objetivo apresentar algumas hipóteses sobre o valor de entretenimento da cultura digital trash, partindo da premissa que a produção, compartilhamento e consumo dos textos dessa cultura é prazerosa e de que os mecanismos desse prazer são passíveis de serem descritos. Essa problematização do prazer, de caráter especulatório, reflete uma parte da fase exploratória de uma pesquisa de doutoramento que visa confrontar a produção e a recepção do digital trash, e que servirá para subsidiar em um segundo momento uma abordagem etnográfica dessa cultura.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 217 BLOCO AZUL

Tecnologia e práticas sociais Coordenadora: Adriana da Rosa Amaral (UTP)

Lan houses e telecentros: semelhanças e diferenças na apropriação tecnológica de espaços de inclusão digitalOlívia Bandeira de Melo Carvalho (UFF)

Cresce o número de lan houses no país, ao lado de telecentros instalados por governos visando o combate à “exclusão digital”. A popularização das lan houses é acompanhada, porém, de uma polêmica: para alguns autores, esse “fenômeno” está promovendo a inclusão digital no Brasil, enquanto outros acreditam que somente os telecentros são capazes de incluir a população em nossa sociedade midiatizada. Desconfiando da dicotomia, este artigo apresenta dados iniciais resultantes da observação e análise de uma lan house e um telecentro de uma “comunidade” de baixa renda do município de Niterói (RJ), e a discussão das diferentes modalidades de apropriação tecnológica nesses espaços, buscando contribuir para a desnaturalização de alguns termos desse debate.

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A Comunicação Mediada Sob a Ótica dos Gêneros: Percepção e Preferências no Ambiente Online Renata Francisco Baldanza (UFBA), Nelsio Rodrigues de Abreu (Ufal), Alcides Carlos de Araujo (Ufal)

A comunicação via internet está cada vez mais presente no cotidiano social contemporâneo, e a absorção dessa modalidade comunicativa que proporciona interação rápida em rede tende a aumentar ainda mais. A partir daí, faz-se necessário o conhecimento das particularidades de percepções, desejos e opiniões de homens e mulheres, que por vezes podem ser diferenciadas. Tais práticas, poderão assim direcionar de forma mais eficaz a comunicação mediada online, e vários segmentos poderão se beneficiar do conhecimento dessas peculiaridades como organizações, escolas, sites de diversas finalidades e outros. Esta pesquisa objetivou analisar a comunicação na internet sob a ótica dos gêneros, vislumbrando compreender seus anseios, percepções e preferências na comunicação online. Para tanto, utilizamos métodos quantitativos para análise dos dados coletados através de um questionário estruturado online.

Apontamentos metodológicos iniciais sobre a netnografia no contexto pesquisa em comunicação digital e ciberculturaGeorgia Miroslau Galli Natal (UTP), Adriana Amaral (UTP), Lucina Reitenbach Viana (UTP) Ao definir o papel da netnografia como uma metodologia para estudos na Internet (Hine, 2000) e como um método interpretativo e investigativo para o comportamento cultural e de comunidades online (Kozinets, 1997), o próprio método se traduz como objeto de reflexão no presente artigo. Abordamos aqui alguns exemplos de uso dessa ferramenta metodológica nos estudos em comunicação mediada pelo computador (CMC), assim como uma breve problematização sobre o papel e os desafios do pesquisador nesse contexto.

Manifestações da cibersocialidade no Orkut: o caso da repercussão sobre a não-obrigatoriedade do diploma de jornalista na comunidade “Jornalismo” Ieda Maria Menezes Tourinho (UFS)

O site de relacionamento Orkut é um lócus privilegiado para a manifestação das relações de cibersocialidade, pois agrega membros de diferentes identidades culturais e territorialidades que participam dos debates das comunidades virtuais. Assim, o presente trabalho estuda por meio da análise de conteúdo como está sendo a repercussão da não-obrigatoriedade do diploma de jornalista na comunidade do Orkut “Jornalismo”. Para tal, foram analisadas postagens entre os dias 17 e 23 de junho para verificar os principais argumentos contra e a favor da decisão do Supremo Tribunal Federal e aplicar os conceitos de habitus e campo de Pierre Bourdieu. O estudo procurou fomentar mais estudos interdisciplinares em comunicação.

A Proliferação de Rastros de Subjetividade na Internet no Início do Século XXI Maria Martha Bruno de Arruda (UFRJ)

Em tráfego na internet, um volume incontável de informação evidencia traços da personalidade de milhões de usuários que na rede podem se manifestar sobre todo tipo de assunto e expor sua intimidade. Característica da modernidade tardia, a revelação intencional e planejada da subjetividade encontrou em dispositivos tecnológicos formas de expressão que permitem ao sujeito interagir com o outro em alta velocidade e almejar um reconhecimento que há algumas décadas era restrito. Este artigo busca analisar as formas e conteúdos desses discursos compostos por palavras, sons e imagens, bem como algumas consequências de seu registro, como a possível constituição de um legado cultural e de um amplo recorte sobre uma geração que conta com novas maneiras de manifestar sua individualidade.

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DIVISÃO TEMÁTICA 6 – GP COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃOCoordenador: Belarmino Cesar Guimarães da Costa (Unimep)

SALAS 220 E 221 BLOCO AZUL

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00SALA 220 BLOCO AZUL

Suportes Midiáticos e Educação: Reflexões sobre Imagem e Faixas de Audiência Coordenador: Belarmino Cesar Guimarães da Costa (Unimep)

O Dualismo Estético Entre o Ser e o Ter: Do Pensamento Cartesiano Aos Modernos Processos Midiáticos Claudio Schubert (Ulbra/Univates)

A exacerbação do visual presente nos conceitos estéticos da sociedade Ocidental contemporânea segue um paradigma que se concretizou como referência na ciência moderna, especialmente com a influência do pensamento cartesiano. Pitágoras, Vitrúvio e Leonardo da Vinci posteriormente utilizaram as medidas matemáticas para estabelecer o conceito do belo humano. Com a ascensão da mídia nasce o padrão de beleza que subordina o belo humano às medidas pré-estabelecidas, definindo diferentes tamanhos para os membros que formam o corpo. A boneca Barbie e Shrek nos auxiliam a compreender a parcialidade da estética centrada na aparência prioritariamente. Espinoza aponta outra direção possível daquela tomada pelo dualismo da ciência moderna: o paralelismo entre corpo e mente. É nesse enfoque que o presente artigo se desenvolve.

Reflexões sobre o uso da imagem fotográfica na educação e comunicação popular: realidade e fantasia no Reisado de SabalRonaldo Nunes Linhares (Unit), Valeria Cristina Bonini (Unit)

Este artigo é resultado de uma reflexão inicial sobre o uso da imagem fotográfica como mediadora dos processos de educação e comunicação popular. Realidade e fantasia no Reisado de Sabal, procura identificar a relação e a articulação da imagem como registro e como instrumento de educação e comunicação nos processos de socialização, construção e manutenção da identidade de um grupo social. Considera os elementos estéticos, o estilo e as diferenças do Reisado, como subsídios para compreender a iconografia desta manifestação cultural destacando a imagem como um instrumento de informação cultural carregada de simbolismos; funcionando sob o signo de metamorfoses; afirmando e/ou enganando fatos como informação pictorial e como elemento constitutivo dos processos de transmissão e manutenção de valores, costumes, hábitos, ideologias de um grupo, entendido hora como realidade hora como fantasia.

A imagem e outras linguagens no ensino da comunicação Adriana Pessatte Azzolino (FAC)

Quando se opta por ensinar jovens, é relevante questionar a medida e a profundidade suficiente de informações a lhes proporcionar boa formação e, por conseguinte, para que aprimorem seus níveis de compreensão adequados ao desempenho das atividades profissionais, comuniquem suas ideias de maneira eficiente para a comunidade em que vivem. O trabalho procura aproximar os alunos da Teoria Geral das Artes, da semântica de obras e da configuração plástica de seu sentido e das abordagens poéticas, das estratégias do apelo e das condições pragmáticas, estéticas e “midiológicas” da produção e da recepção de sentido, a partir de experimentações com diferentes linguagens e instrumentos de produção. Despertar a sensibilidade e o sentido da observação de alunos de Comunicação Social quanto às diversas formas de manifestação e produção cultural do homem enquanto gestor de signos ao longo da sua história

O poder da atitude jovem está na pauta do dia. Um estudo sobre mídia, educação e juventude. Saraí Patrícia Schmidt (Feevale)

Este estudo pretende contribuir no debate entre mídia, educação e juventude. A pesquisa tem como suporte de

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investigação a análise de um conjunto de reportagens e propagandas com o tema juventude em quatro revistas nacionais: Veja, Isto É, Época e Carta Capital e a realização de um grupo de discussão com acadêmicos de Comunicação Social a partir da experiência na produção de jornais comunitários. As contribuições de Zygmunt Bauman são o aporte teórico para as análises desenvolvidas tendo como foco a relação da pedagogia da mídia e a construção da identidade jovem. Trazer como tema de pesquisa a relação da cultura jovem com as pedagogias da mídia pode oferecer outras possibilidades para este debate entre profissionais/pesquisadores do campo da Educação e da Comunicação.

Fazer rir... a que preço? Desrespeito e comercialização da liberdade infantil Vânia Lúcia Quintão Carneiro (UnB)

Busca-se compreender a participação de crianças, em programas de TV voltado ao grande público, especificamente da Maísa. Analisa-se, aqui, o mecanismo de entretenimento usado em programas de auditório, bem como o que se solicitava ou se exigia da interlocutora-mirim e em que condições. Parte-se da observação de trechos do programa que circularam no YouTube, e que refletiam, a princípio, a imagem de uma menina inteligente, que faz rir; e, dos últimos e constrangedores episódios da menina que chora. Evidenciou-se que o mecanismo de produção do riso, evocava brincadeiras infantis com bonecos de molas ou cordas. Por meio de tais imagens, o competente apresentador, transformava em “comédia/grotesco” qualquer situação real, ainda que dolorosa e desrespeitosa à criança, desde que atendesse aos interesses mercantilistas da emissora, medidos pelos índices de audiência.

Tecnologias da Informação, Terceira Idade e EducaçãoVânia de Vasconcelos Gico (UFRN), Liane Ferreira da Trindade Mariz (FARN)

Discute-se, a partir de uma visão dialética do conhecimento e em um artigo de revisão, a caracterização do processo de informação e conhecimento instantâneos e a aplicação dos mesmos para a geração de novos conhecimentos. Analisam-se os dispositivos do processamento de informação, em um ciclo de realimentação cumulativo, entre inovação e seu uso, os quais influenciam exponencialmente a vida cotidiana dos indivíduos em suas diversas modalidades e atividades. Afirma-se que todas as gerações sentem essa influência, sendo na terceira idade que se evidenciam as maiores conseqüências, demandando novas habilidades para o uso de novas tecnologias. Aponta-se a educação, através de programas de capacitação em informática para a terceira idade, como uma das alternativas para vivências coletivas, intergeracionais, interdependentes e autônomas.

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 221 BLOCO AZUL

Fundamentos sobre Comunicação e Educação: Mídia e Processos de ConhecimentoCoordenadora: Sílvia Porto Meirelles Leite (RS)

A Educomunicação Como Resposta Possível às Inter-relações Entre Comunicação e Educação: Promoção de Ecossistemas Comunicativos Ademilde Silveira Sartori (Udesc)

Com este artigo, pretende-se discutir a Educomunicação como campo de aproximação das áreas de Educação e da Comunicação a partir de reflexões sobre algumas idéias de Marshall McLuhan, Walter Benjamin e Jesús Martin-Barbero, apontando a necessidade da escola aprender a conviver com as linguagens não escolares e com as novas percepções de mundo viabilizadas pelas NTIC, criando e potencializando ecossistemas comunicativos. Para a escola, a nova tarefa é o diálogo com a aprendizagem distraída.

Educomunicação e Pedagogia de Projetos: abordagens e convergências Richard Romancini (Famec), Lílian Bhruna Pinho de Andrade (ECA-USP)

O trabalho procura destacar o papel da Pedagogia de Projetos (PP) na renovação dos processos educativos, refletindo sobre como esta metodologia pode ser relacionada com a Educomunicação, para tornar mais abrangente e crítica a formação dos jovens no âmbito da escola, instituição que na sociedade atual passa por uma crise. Desse modo, o texto descreve características importantes da PP e do conjunto de reflexões/teorias e práticas sobre as relações entre a comunicação e a educação, que podem ser agrupadas sob o conceito de Educomunicação, de modo a que seja realizado um cotejo crítico, mostrando as possíveis convergências relevantes entre essas abordagens.

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Avaliação de jogos educativos de matemática segundo a filosofia da Caixa Preta de Vilém Flusser: um processo educomuicativoEliany Salvatierra Machado (Facasper)

Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre o uso dos jogos no ensino da matemática sob a perspectiva filosófica, a partir de Vilém Flusser e sua “Filosofia da Caixa Preta”. O desejo do educando deve passar do simples ato de jogar para o ato de criar e assim descobrir no pensamento lógico matemático a sua potencialidade. Todo o processo deve ser valorizado como educomunicativo garantindo o dialogo e a construção do conhecimento.

Educomunicação Socioambiental: Reflexões Metodológicas Acerca de uma Experiência em Desenvolvimento Laura Alves Martirani (Esalq/USP)

O artigo tem o objetivo de comunicar, analisar e fundamentar processo de pesquisa que envolve a formulação, aplicação e avaliação de metodologia para educomunicação socioambiental com uso do blog e com base no paradigma da pesquisa-ação. A reflexão, com base em Andaloussi (2004), Barbier (2004) e Dick (2009), inicia-se com uma análise da natureza da pesquisa na área de ciências humanas e sociais, discorre acerca das limitações impostas pela simplificação e reducionismo para essas áreas do conhecimento e considera a implicação e o engajamento do pesquisador como fatores estratégicos para se atingir os objetivos de uma educação e comunicação ambiental comprometidas com a transformação social e conservação ambiental. Conclui que a pesquisa-ação é a adoção metodológica que permite trabalhar e discutir esse intento de forma ética e contextualizada.

As Fotografias e as Redes Cotidianas de Conhecimentos e Sentidos Tecidas com a Escola e com a Pesquisa em EducaçãoMaria da Conceição Silva Soares (Faacz)

O texto trata da fotografia, como imagem técnica, para problematizar seus usos em práticas educativas e pesquisas acadêmicas, tais como: prova de verdade, registro da realidade e modo de perceber, atribuir e expressar sentidos ao que chamamos de real. Considera que as imagens produzidas estão previamente inscritas na configuração dos aparelhos, mas defende que os processos de significação se constituem em meio a lógicas operatórias diversas e incontroláveis, engendradas nas redes cotidianas de saberes e fazes dos praticantes de imagens.

Educação, Comunicação e Mídias: Interfaces na Prática DocenteCleide Aparecida Carvalho Rodrigues (UFG)

Com o entendimento de que Educação e Comunicação são práticas culturais e as Mídias expressão simbólica das diferenças culturais, a disciplina Educação, Comunicação e Mídias ofertada no 8º período do curso de Pedagogia na Universidade Federal de Goiás têm como propósito central contribuir para reflexão conceitual da articulação dos processos educativos e comunicativos como produção cultural na sociedade tecnológica. Esta proposta, voltada para a formação de professores objetiva contribuir para a preparação de docentes aptos a entender a estrutura e a linguagem das mídias como processo educativo e cultural. Para isso, desenvolve-se o exercício teórico prático de leitura crítica das mídias, a discussão sobre o consumo e a ética e a construção de práticas interdisciplinares.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 220 BLOCO AZUL

Suporte Televisivo: Universidade, Sociedade e Contexto da Digitalização Coordenadora: Maria das Graças Pinto Coelho (UFRN)

Comunicação, cultura e consumo: da televisão à internet Telma Domingues da Silva (Univas) Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a programação da televisão brasileira como discurso cultural para o sujeito, entre a posição do cidadão e a posição do consumidor. No contexto atual, de expansão da internet, observa-se o link que na televisão se produz entre a televisão e esse outro ambiente, o ciberespaço. Da televisão à internet, o sujeito iria de uma posição passiva a um ambiente de interatividade. Essa remissão está, a meu ver, relacionada à discursividade do

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“consumo consciente”: da passividade do telespectador à (inter)atividade do internauta produz-se uma re-qualificação do consumidor e do consumo de produtos/ informação/ imagens.

TV Universitária: A Televisão da Universidade Denise Cortez da Silva Accioly (UFRN) Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância da TV Universitária, responsável por divulgar o conhecimento produzido dentro da Universidade, aproximando esta da Sociedade. Defendemos que a TV Universitária é um espaço de inclusão ao ensino superior que contribui para a democratização de informações para quem está postulando ingressar na Academia e também para aqueles que já fazem parte dessa cultura acadêmica. Ela colabora para a disseminação do conhecimento científico e oferece informações relevantes sobre a Instituição. Destacamos que hoje se exige da Universidade um papel mais amplo e sintonizado com as demandas da Sociedade, através de uma atuação que leve em conta as desigualdades e que ajude na promoção da inclusão social. Depreende-se daí a importância de estudos sobre a TV Universitária.

Entre o Mercado e a Universidade: Reflexões Sobre o Processo de Construção do Conheci-mento e a Formação Profissional na TV Uesc Betânia Maria Vilas Bôas Barreto (UFPB), Rita Virginia Argollo (UFBA) A TV ocupa um campo comunicacional heterogêneo, repleto de multiplicidades, cuja representatividade do cotidiano mostra a sedimentação da proposta interpretativa do real junto aos espectadores. Esta é uma fonte de informações e entretenimento bastante multifacetada. Assim, uma TV Universitária deve aliar-se ao fazer acadêmico e educativo. A inter-relação entre comunicação e educação a partir do audiovisual remete a meios voltados para perspectivas mercadológicas, e também para abordagens educativas e colaborativas. Experimentação e pluralismo televisuais e apropriação dos meios são vetores incondicionais, também na formação de novos profissionais. Deste modo, refletimos sobre a participação da TV UESC no processo de formação dos bolsistas do projeto, a partir de suas experiências como produtores, no intuito de perceber como pode ser um instrumento educativo de construção do conhecimento.

Como é que chama o nome disso? Comunicação, Educação e Televisão: Uma aposta no hibridismo das televisões universitárias Vanessa Maia Barbosa de Paiva (UFES), Joao Barreto da Fonseca (UVV/ES) Este artigo tem o objetivo de apresentar o estatuto das tevês universitárias e de discutir a idéia dessa televisão como uma televisão de fronteira, no sentido como o entende Homi Bhabha. Sendo e atuando na fronteira a TV Universitária não é nem uma TV comercial, onde os imperativos mercadológicos ditam a produção, nem um ambiente de sala de aula, onde a didática, dentre outras práticas, regem a relação de conhecimento. Trata-se, portanto, de um ambiente de fronteiriço que se constitui a partir do hibridismo, com mímicas, como táticas, e traduções, possibilitando que o “novo entre no mundo”

Sociedade do conhecimento e educação para as mídias via televisão digital Larissa Fernanda Domingues Rosseto (FAAC-Unesp) Introduzimos o artigo abordando a relevância das teconologias de informação e comunicação na sociedade contemporânea, contextualizando suas diferentes definições, como sociedade da informação, do conhecimento ou da aprendizagem. Destacamos especialmente o papel da tecnologia digital, de onde deriva a televisão digital. Relatamos que a implantação desse sistema de televisão no país traz a promessa da promoção da Educação a Distância. E, por meio dela, acreditamos ser possível desenvolver um curso de formação continuada para professores, via televisão digital, que os capacite a desenvolver a leitura para as mídias em sala de aula.

A TV Multimídia nas escolas estaduais do Paraná: do plano político a novas possibilidades pedagógicas Elizandra Jackiw (UFPR), Luis Otávio Dias (UFPR), Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (UFPR) A intenção deste texto é fazer uma reflexão sobre a implantação da TV Multimídia nas escolas públicas estaduais do Paraná, especificamente na cidade de Curitiba. Trata-se de uma pesquisa, em fase inicial, que faz parte do Mestrado em Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e tem como objetivo investigar a utilização dessa nova ferramenta na prática docente como alternativa de trabalho de integração entre mídia e construção do conhecimento. O embasamento teórico foi fundamentado nos Estudos de Recepção e na Educomunicação. Tem como principais autores consultados Geneviève Jacquinot-Delaunay, Rosa Maria Bueno Fischer, Dominique Wolton e Ismar de Oliveira Soares. A discussão sinaliza que a integração das tecnologias da informação e da comunicação pode oferecer melhorias

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na construção do conhecimento e contribui para aumentar o grau de autonomia do estudante neste processo.

Possibilidades Educativas da TV na Web Rita Virgínia Alves Santos Argollo (Uesc) A TV precisa redefinir o próprio conceito, repensar técnicas enquanto produtores conquistam novos espaços, como os possíveis com a internet. Refletimos em torno desta realidade e das possibilidades educativas que se depreendem dela. Com a abertura disponível a partir da Web 2.0, a TV e o até então telespectador ganham força e liberdade enxergando esta nova mídia como o lugar da sua fala, da troca e criação entre pares, da construção do conhecimento e não apenas o local do consumo, proposto pela mídia hegemônica. Neste estudo, discutimos a relação entre TV na web, Web 2.0 e educação, entendendo que a construção colaborativa de conteúdos passa necessariamente pelo conceito de novas educações e leva à elaboração de uma programação em que se discute o interesse de determinado grupo, comunidade, segmento – como estes sujeitos preferem e em que cada um se aproprie dos recursos dos meios.

Observatório da Imprensa - O panóptico da mídia Gizeli Costa Bertollo Menezes (Unitins)

A forte presença dos meios de comunicação no processo de educação da sociedade e as suas lógicas de produção são os eixos centrais deste trabalho, que seleciona o programa jornalístico Observatório da Imprensa, como um mecanismo capaz de auxiliar alunos, professores e a comunidade como um todo, a exercitar uma leitura mais crítica das informações transmitidas pela mídia, em especial a televisão. Busca-se nesta análise ampliar a discussão acerca da comunicação sob a perspectiva do desenvolvimento e da educação para as mídias.

Ruídos Musicais Nos Anos de Chumbo: Televisão e Ideologia Educacional no Brasil Auto-ritário (1968-1972) Felipe Araújo de Carvalho (UTP) Analisamos a TV no Brasil (1967-1972) destacando a Rede Globo, parte de um processo ideológico no contexto autoritário. A TV era componente do desenvolvimento capitalista no país, tanto como processo de educação de massas, quanto na dimensão cultural e extra-escolar como destaque na ação do Estado, apoiada em múltiplos fenômenos relacionados à construção hegemônica e aos processos de formação de consenso social necessário ao regime. Aqui, os festivais de música desempenharam um papel fundamental. Destacamos a importância dos movimentos sócio-musicais ocorridos no país e as duas principais iniciativas da ditadura no campo das políticas educacionais: a Reforma Universitária (Lei n. 5.540, de 1968) e a Reforma do Ensino de 1o. e 2o. Graus (Lei n. 5.692, de 1971). Estes eventos estão diretamente relacionados às fortes tensões políticas do período, marcado pelo acirramento da repressão.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 221 BLOCO AZUL

Ambientes Virtuais de Ensino, Tecnologias de Informação e Novas Experiências FormativasCoordenador: Ademilde Silveira Sartori (UDESC)

Relações Interdisciplinares na Ação de Projetar Ambientes Virtuais de Aprendizagem Sílvia Porto Meirelles Leite (RS)

O estudo analisa as relações interdisciplinares na ação de projetar Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Com isso, busca-se refletir sobre o envolvimento de projetistas oriundos de diferentes áreas do conhecimento na produção de materiais destinados à Educação a Distancia (EAD), tendo em vista que essa é uma prática cada vez mais presente nas instituições de ensino. Para tanto, vislumbram-se os desequilíbrios e as reequilibrações decorrentes dessas relações, o que converge para um estudo das interações entre projetistas com diferentes formações acadêmicas e das formalizações que caracterizam a ação de projetar. A fim de compreender as relações interdisciplinares nesse processo, propõe-se um estudo de caso com o grupo de pesquisa NUTED da UFRGS, no qual trabalham projetistas oriundos dos cursos de Comunicação Social, Pedagogia e Informática.

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Comunicação e Educação na Cibercultura Jucimara Roesler (Unisul) Ao pensar nas interfaces entre comunicação e educação na cibercultura é preciso reconhecer que as redes digitais são fundamentos da prática cotidiana de jovens e adultos. Ao inserir as tecnologias de informação e comunicação em contextos educacionais é possível oportunizar aos alunos espaços virtuais de aprendizagem que sirvam de janelas para o mundo, que abram diferentes percursos através da navegação, da hipertextualidade e da conectividade de forma que oportunizem a interlocução e a enunciação daqueles que buscam interagir através dos fluxos comunicativos que se apresentam nas tramas da rede. A Comunidade Virtual de Aprendizagem – CVA surge como um espaço para as ações educativas a partir de uma estrutura didática que viabiliza relações socioeducativas por meio da interlocução e do diálogo como substratos das interações oriundas do processo de ensinar e aprender.

Mídia e Educação: Relendo a Interface dos campos a partir de Usos e Apropriações da Mídia Digital por Alunos em Escolas Sandra de Fátima Pereira Tosta (PUC- Minas) A mídia digital está presente no território escolar. Quais os significados desta presença e os possíveis aprendizados decorrentes de sua apropriação e uso da mídia por jovens alunos no cotidiano escolar, alterando as formas tradicionais desse processo e inserindo novos elementos ainda pouco reconhecidos pelas escolas e educadores, foram as perguntas que se buscou responder neste ensaio. A discussão e análise da temática, na perspectiva da interface entre mídia e educação, fundamentaram-se nos resultados de duas pesquisas realizadas com adolescentes e jovens alunos do ensino fundamental e médio de uma escola pública e de uma escola da rede privada de Belo Horizonte/MG, onde a circulação dos conteúdos simbólicos da mídia e a presença de equipamentos digitais em seu ambiente eram uma realidade por demais evidente.

Sondagens sobre a Formação do Professor para o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação em Ambiente Escolar Ligia Beatriz Carvalho de Almeida (Unesp), Pedro Polesel Filho (USC), Roseane Andrel o(USC)

Este trabalho deriva de um percurso de pesquisa, cujo objetivo tem sido delinear estratégias metodológicas que permitam a apropriação e o estudo das potencialidades das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) nas escolas básicas locais. Já foram analisados o comportamento do aluno e o entendimento dos professores do que seja a temática. Nesta fase, face à relevância do papel do professor no processo, buscou-se entender como se dá, no ensino superior, a formação do docente para o uso das citadas tecnologias no ambiente escolar. Para tanto, foram analisados os conteúdos de disciplinas específicas oferecidas aos formandos em pedagogia e depoimentos de professores e coordenadores de curso de duas universidades de Bauru/SP.

Educação e identidade: a interação da escola com os espaços virtuais de sociabilidade no processo de formação identitária de adolescentes estudantes Cindy Romualdo Souza Gomes (UFGD) A pesquisa tem como objetivo analisar o processo de formação das identidades de adolescentes em espaços virtuais de sociabilidade, o orkut, buscando também caracterizar a interação da escola com os espaços virtuais de sociabilidade dos adolescentes e, ainda dimensionar o papel das relações de consumo na formação identitária de adolescentes estudantes. Para tanto estão previstas pesquisa documental, bibliográfica, pesquisa de campo por amostragem (virtual, escolar) e estudo de painel para cotejamento quantitativo e qualitativo dos dados coletados. Fomentando assim debates nas escolas entre educadores de MS, permitindo reflexões quanto às maneiras de entender, interagir e compartilhar essas novas maneiras de construções socioculturais e identitárias entre educadores e educandos.

O processo de comunicação em ambientes virtuais de aprendizagem: novos modos de ensinar e aprender Iris Yae Tomita (Unicentro)

O presente trabalho apresenta um relato de observações do processo de comunicação em uma experiência dentro de um ambiente virtual de aprendizagem. O objetivo é refletir sobre a relação entre os envolvidos no processo de comunicação existente nessa modalidade educacional, que tem como característica a relação mediada pela tecnologia, sob a perspectiva de uma das vertentes educomunicativas. Resistências e inseguranças levam à necessidade de entender o processo de comunicação nessa metodologia revendo o conceito de aluno/receptor diante dos novos modos de aprender e ensinar.

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Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação na Formação de Alunos de Graduação em Uma Perspectiva Plurimodal Mirna Tonus (UFU), Beatriz Sanz Vazquez (Unicamp)

O artigo apresenta discussões sobre um novo conceito, aplicado nas práticas didáticas utilizadas em processos de ensino-aprendizagem na formação de alunos de graduação nas áreas de Comunicação e Educação. Tal formação empregou diversas possibilidades de interação e intersecção, dentre as quais Ambientes Virtual de Aprendizagem (AVA), ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona, e toda a diversidade das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e seus multimeios, seguindo os pressupostos teóricos de Jean Piaget, Paulo Freire, Lev Semenovich Vygotsky, José Armando Valente e Otto Peters. Dessa reflexão, deriva o aspecto central discutido neste artigo, qual seja o hibridismo didático-tecnológico que pudemos desenvolver em nossas pesquisas formativas dentro de conceito de educação plurimodal.

Tecnologia da Comunicação e Informação no currículo de Comunicação Social: um estudo em cinco fases Paulo Negri Filho (UFPR), Gláucia da Silva Brito (UFPR)

Este trabalho tem o intuito de apresentar a correlação entre Comunicação e Tecnologia, tendo como questão norteadora: quais seriam os elementos curriculares básicos necessários a uma disciplina específica que adentra ao campo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para uma melhor e mais abrangente formação teórico-prática do comunicador social em qualquer uma de suas habilitações? Para responder esta questão, a pesquisa foi realizada em cinco fases distintas em instituição pública de Ensino Superior selecionada na cidade de Curitiba-PR. Assim, chegou-se nos elementos que devem ser privilegiados pela disciplina que se propõe a adentrar no campo das TICs na graduação de Comunicação Social: Interdisciplinaridade; Didática estruturada; Metodologia plural; Projetos integrados.

A importância da acessibilidade como mediadora da informação na internet para os defi-cientes visuais Roberta Lucas Scatolim (FESL)

A Interação Humano - Computador permite a avaliação e solução de problemas de usabilidade. Por esse, viés, que o objetivo desse trabalho busca analisar a interface do portador de deficiência visual na interface Web, enfatizando ferramentas de acessibilidade capazes de informar com eficiência aos cegos e portadores de baixa visão ao acesso às novas tecnologias da informação, como mediadores da democratização do conhecimento e respeitando diferenças. Demonstrando uma análise sobre o desenvolvimento de páginas virtuais com normas acessibilidade, especificamente, o Webvox, onde são adaptados com recursos em áudio.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 220 BLOCO AZUL

Influências das Mídias Digitais nas Condições de Ensino e na Cultura - Experiências de EaDCoordenadora: Luzia Mitsue Yamashita Deliberador (UEL)

A escola e a cultura digital: os usos dos meios e os consumos culturais de professores Monica Fantin (UFSC) Diversos discursos sociais afirmam que a escola e seus professores estão em descompasso com a mídia e o uso das tecnologias e isso estaria relacionado aos consumos culturais dos professores. Mas será que é possível generalizar esse discurso? Como as tecnologias estão presentes na vida pessoal e profissional dos professores? O que os professores fazem no seu tempo livre e como usufruem dos bens culturais? Foi isso que se buscou investigar em uma pesquisa realizada com professores do ensino fundamental e algumas destas reflexões são tratadas neste artigo. A partir da construção de uma outra idéia de escola e da relação entre educação, mídia e tecnologias da informação e comunicação, análises parciais apontam indícios de uma transformação em curso no que diz respeito à presença das tecnologias e dos artefatos de mídia para além das dimensões de uso pessoal e profissional na prática docente.

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A relação do público universitário com a internet e a sua influência nos hábitos de leitura Celso Rogério Klammer (PR), Beatriz Sawes De Campos (UP), Thiago Tavarnaro (UP) O presente trabalho destaca a relação dos hábitos de leitura dos jovens universitários com as novas tecnologias da informação. Para tanto, procurou-se refletir sobre a escrita desde o seu surgimento e as funções atribuídas à leitura no decorrer da história. Por meio de pesquisa de campo com universitários do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda,de uma universidade particular, observou-se que o suporte da tecnologia digital está cada vez mais presente no contexto cultural contemporâneo e, por esta razão, uma análise dos novos hábitos de leitura foi proposta, em decorrência do acesso à Internet na sociedade atual.

Um olhar sobre o imediatismo que atinge os alunos da graduação. Maria do Carmo Jampaulo Plácido Palhaci (Unesp) Estamos encontrando no aluno da graduação , um imediatismo que o atinge diretamente em suas atividades na Universidade e na Vida. A transdisciplinaridade, surge como um movimento de reconhecimento do espírito e da consciência. O Pensar surge forte, mas ainda não alcança a velocidade do imediatismo. Os educadores necessitam lançar um olhar atento, urgentemente sobre este grave problema. É necessário encontrar um caminho de retorno ao interior e combater o imediatismo que atinge a criança, o jovem e o adulto. Ao chegar a Universidade, o mesmo já foi submetido a um processo de exigências em sua infância, deixando na maior parte de vivê-la adequadamente. O Ser Melhor que o outro é uma necessidade gritante na vida de cada pessoa e a necessidade da mesma está sendo relegada em troca da tecnologia desenfreada.

A Interatividade no Ensino da Comunicação Social: novas faces de integração do acadê-mico com o conteúdo didático Deivi Eduardo Oliari (Uniasselvi), Marcia Regina Annuseck (Uniasselvi)

Este estudo visa demonstrar a importância da utilização da interatividade no ambiente acadêmico, com foco no Ensino Superior da Comunicação Social. Tem por objetivo auxiliar os docentes a explorar o ambiente de ensino, através da utilização de ferramentas interativas. Fez-se necessária a revisão bibliográfica, fundamentando os conceitos básicos da interatividade. Foram adicionadas experiências em sala de aula, tomando como exemplo uma disciplina teórica e outra prática, ambas utilizando a interatividade como parte integrante do processo de ensino. Constatou-se que, nos tempos atuais, é necessário buscar uma maior integração do acadêmico com o conteúdo de forma interativa e que proporcione o aprendizado de maneira mais agradável.

Neo-Pragmatismo e Análise de Comunicação e Linguagem de EaD na UNIVALI Hans Peder Behling (Univali) O processo de ensino-aprendizagem foi e continua sendo bastante afetado pelo advento de novas tecnologias de informação e comunicação. Com a UNIVALI inserida neste contexto sentiu-se a necessidade de desenvolver uma pesquisa com o objetivo de analisar a comunicação e as linguagens em um curso de EaD (educação a distância) no ambiente virtual da instituição. Esta pesquisa utilizou as teorias do neo-pragmatismo de Rorty, Davidson e Crépeau, confrontando outras teorias, para promover análises de linguagens e situações comunicacionais num curso de EaD semi-presencial.

O processo comunicacional na tutoria em cursos superiores a distância: reflexões sobre a experiência na Licenciatura em Letras Português da UFSC Josias Ricardo Hack (UFSC)

A UFSC, atuando em parceria com a UAB, oferece desde 2008 o Curso de Licenciatura em Letras Português na modalidade a distância. Na concepção do projeto UAB/UFSC o tutor atua como um mediador entre os professores, alunos e a instituição. Cumpre o papel de auxiliar no processo de ensino e aprendizagem ao esclarecer dúvidas de conteúdo, reforçar a aprendizagem, coletar informações sobre os estudantes e prestar auxílio para manter e ampliar a motivação dos alunos. O presente artigo evidencia a importância da comunicação dialógica entre as partes envolvidas no ensino e aprendizagem no ensino superior a distância, fator que leva o tutor à reflexão sobre o processo comunicacional adotado em sua prática docente.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 221 BLOCO AZUL

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Comunicação e Suporte Digital: Interação, Mobilidade e Novas ExperimentaçõesCoordenador: Mônica Pegurer Caprino (USCS)

Práticas Sociais Constitutivas: A Mobilidade como Fronteira de Inclusão e Interação Maria das Graças Pinto Coelho (UFRN) Será que as mídias digitais podem exercer um papel estruturante nas sociabilidades contemporâneas? Em especial no meio rural, do semi-árido nordestino do Brasil, de tal maneira que seja possível ocorrer aspectos de inserção e formação social? O corpus deste estudo articula estratégias que resgatam novas competências para a recepção e para as lógicas da produção, mediadas pelos movimentos de sociabilidade e pelas mudanças na institucionalidade em um locus antes inimaginável das relações cotidianas.

Artemídia Polivalente: Ambiente de Comunicação-Educação-Cultura Artístico-Científica na Era Digital Pelópidas Cypriano PEL (Unesp) Artemídia Polivalente é o termo que procura expressar um juízo formulado a partir da exposição de um projeto artístico-científico ocorrido num ambiente de comunicação-educação-cultura na era digital. Como conduzir a disciplina Mídia I (computação bidimensional) sem computadores? Esse foi o desafio para o projeto de ensino-pesquisa-extensão desenvolvido com os alunos ingressantes em 2009 no Curso de Artes Visuais do Instituto de Artes da UNESP. Quais questões emergem dessa reflexão em contra-corrente? Esse é o foco de abordagem do presente trabalho.

Google: a colonização mercantil da comunicação educativa por meio dos motores de busca na WebPaulo Alexandre Cordeiro Vasconcelos (UAM), Aldo Ambrózio (UES, Unesp e PUC-SP), Luciana Aparecida Santos (UAM) Reflete nossas preocupações com as tecnologias da comunicação e da informação no âmbito da educação. Nesta perspectiva, pretendemos trazer para essa comunicação e Núcleo de Pesquisa uma reflexão sobre os motores de busca – o Google – e sua estratégia sub-reptícia de introduzir campanhas publicitárias no seu modo de relacionar as palavras-chave no ato da pesquisa on-line. Tem-se assim uma colonização da comunicação educativa pela Indústria Cultural Contemporânea. Nesse percurso constatamos também as mutações ocorridas no interior das tecnologias da comunicação e da informação e as alterações provocadas nas relações entre ensino, leitura, escrita e pesquisa.

Comunicação, Educação e Cultura: Lições Vygotskyanas sobre Letramento Digital Débora Castilho Duran Prieto Negrão de Souza (CEP) Nos discursos e nas práticas dos projetos que abordam o papel das tecnologias da informação e comunicação na educação, é frequente notarmos uma ênfase exacerbada no suposto poder revolucionário das redes telemáticas, sem a devida atenção ao caráter plural das apropriações que se manifestam em contextos específicos. Por compreender o processo de desenvolvimento como uma estrutura tripartite – o homem, o outro e os instrumentos/signos –, Vygotsky traz a lume a importância das mediações e das relações viscerais entre história e cultura na constituição das subjetividades. Nesse sentido, pensar nas relações entre comunicação, educação e cultura na perspectiva da teoria histórico-cultural é deslocar o foco do equipamento para o letramento digital como um fenômeno complexo que se configura em tempos de cibercultura.

Fanfics: a Intersecção entre Leitura, Escrita e Tecnologias de Comunicação Sergio Luiz Alves da Rocha (ProPEd) O presente trabalho é parte de uma pesquisa de doutorado em educação que analisa a relação entre a leitura, a escrita e as tencologias de comunicação e informação. Seu objetivo e analisar uma prática específica de um grupo de jovens que combinam a leitura do conjunto de livros da série Harry Potter com a invenção de novas aventuras escritas a partir da leitura dos livros, do acesso aos filmes, associando técnicas tradicionais e modernas. Tais práticas conduzem a um aprofundamento da reflexão sobre os efeitos que as denominadas novas tecnologias geram sobre a escrita e a leitura dos jovens, fator de preocupação entre os educadores.

Interatividade em ambiente virtual de aprendizagem: contribuições de uma experimentação Vanessa Matos dos Santos (Unesp)

A relação existente entre o homem e a tecnologia - na qual os papéis de dominador e dominado estão constantemente

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sendo debatidos - a humanização da técnica é o componente capaz de garantir a apropriação social da tecnologia. Nesse sentido, esta humanização pode ser alcançada à medida que a tecnologia passa a transformar o processo da comunicação e também os processos pedagógicos. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) TelEduc é um ambiente bastante intuitivo e, além de possuir uma interface amigável.Busca-se compreender e analisar as interações ocorridas no AVA TelEduc, tendo por base o conceito de interatividade desenvolvido por Steuer (1993) e a classificação proposta por Sheizaf Rafaeli (1988).

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 220 BLOCO AZUL

Suportes Midiáticos e Sala de Aula: Interfaces entre Educação e Comunicação Coordenador: Monica Fantin (UFSC)

Mídia Educação e a formação cidadã: análise das oficinas de rádio da escola municipal Olavo Soares Barros de Cambé – PR 1 Luzia Mitsue Yamashita Deliberador (UEL), Mariana Ferreira Lopes (UEL) O presente trabalho apresentou como proposta uma reflexão teórica sobre a mídia educação e a avalaiação da possibilidade de sua prática incitar o comprometimento dos jovens com a sua realidade, e assim, servindo de alicerce para a construção de sua cidadania. Para isso, objeto consistiu de análise as oficinas de rádio ministradas na escola municipal Olavo Soares Barros, em Cambé – PR, no período de agosto a dezembro de 2008, bem como um levantamento bibliográfico sobre os pressupostos da mídia educação. Mídia educação –– Cidadania – Comprometimento

A Ação Comunicativa do Programa Veja Na Sala De Aula: O Guia Do Professor Regiane Regina Ribeiro (UEL) Esse artigo faz parte da tese de doutoramento a respeito de como uma produção midíática pode influenciar uma experiência de aprendizagem. Analisou-se importância da ação comunicativa como estratégia fundamental de desenvolvimento de habilidades e competências no processo educacional. Em um primeiro momento foi analisada a comunicação em sala de aula e pôde-se verificar que na maioria das vezes essa comunicação apresentava características muito prejudiciais ou mesmo retardadoras para o ensino: simplificação excessiva da comunicação, ausência de elementos culturais, modelo linear e caráter mecanicista, sendo que o fator cultural foi considerado fundamental para uma a maior interação comunicativa. Nessa perspectiva foi analisado como objeto de estudo o suplemento Guia do Professor, uma mídia impressa que faz parte do Programa Veja na Sala de Aula.

Jornal na sala de aula e habilidades de leitura na Era da Informação Mônica Pegurer Caprino (USCS) O trabalho apresenta reflexões a partir de pesquisa iniciada em 2008 pelas autoras junto à rede municipal de ensino de São Caetano do Sul, com o objetivo de verificar o nível de compreensão de leitura de notícias de jornal pelos alunos do Ensino Fundamental II. A análise se vale de dados quantitativos - extraídos da aplicação de um teste de compreensão de leitura baseado nos descritores de Língua Portuguesa do Sistema Nacional de Avaliação - e qualitativos, obtidos em discussão com os professores. A interpretação dos dados indica que os jovens transportam para a leitura do texto do jornal estratégias utilizadas para a leitura e decodificação das informações on-line, em uma sociedade que valoriza cada vez mais os recursos multimidiáticos como forma de relação e compreensão do mundo.

Rádio Educativo e Tecnologias Digitais – travessias comunicacionais na educação a distância Edgard Patrício (UFC) A possibilidade de separação física e temporal entre educadores e educandos fez surgir a necessidade de aproximação entre processos de aprendizagem na educação a distância e as tecnologias comunicacionais, com a utilização dos media. Hoje, a educação a distância é um campo fértil para a utilização das tecnologias digitais. Mas, e as ‘velhas’ tecnologias, como podem ser apropriadas nesse novo ambiente? Apoiado nos conceitos de comunicação educativa (Kaplún) e educação problematizadora (Freire), esse artigo tenta estabelecer possibilidades de coexistência entre ‘velhas’ e ‘novas’ tecnologias nos processos de educação a distância, apresentando princípios e algumas estratégias em processos educativos envolvendo simultaneamente rádio e internet.

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Computação Gráfica, ferramenta de comunicação e interação em sala de aula. Luiz Antonio Vasques Hellmeister (Faac-Unesp)

Este trabalho apresenta a utilização da computação gráfica como ferramenta de motivação do ensino-aprendizagem, resultado da reformulação dos conteúdos programáticos e da forma de comunicação entre professor e aluno. A monotonia das aulas expositivas clássicas pode e deve ser quebrada através da utilização da computação gráfica, ferramenta atualmente indispensável na comunicação em aulas de projeto. As transformações impostas pelo avanço das tecnologias, cada vez mais presentes no dia a dia dos alunos, nem sempre acompanhadas pelas instituições de ensino e em particular pelos professores, podem ser colocadas em uso nas salas de aula. Portanto, faz-se necessário o treinamento de professores e a adoção definitiva da tecnologia CAD, possibilitando a quebra de barreiras de comunicação entre professores e alunos.

Audiovisual e Educação: a videoaula e as novas implicações pedagógicas Shirley Mônica Silva Martins (UFPB), Betânia Maria Vilas Bôas Barreto (UFPB), Leônidas Leão Borges (UFPB) Trata de um relato de experiência com videoaulas produzidas com professores e professoras no intuito de discutir ricas possibilidades de uso deste subgênero - vídeo educativo – advindas do uso intensivo das tecnologias da informação e comunicação em processos educativos diversos. As possibilidades de aprendizagens diversas com suportes audiovisuais estão a exigir de professores e professoras novos saberes. As tentativas de diálogo entre os saberes dos professores e os saberes dos produtores de vídeo no processo de produção participativo e interdisciplinar das videoaulas, apesar de relevantes para todos os envolvidos, mostram-se incipientes. Para um resultado mais satisfatório no que concerne às necessidades estético-pedagógicas do produto/processo videoaula, a aproximação entre as áreas da educação e da comunicação é cada vez mais necessária.

O uso da rádio-escola como ferramenta da mídia-educação e na formação da cidadania Alexandra Fante Nishiyama Frost (Umesp) Os avanços tecnológicos criaram um novo processo de comunicação que afetaram os processos sociais, os métodos de trabalho, criaram mudanças culturais e novos modos de aprender e perceber o mundo, o que repercutiu no campo da educação. Desta forma, a comunicação pediu licença para entrar na sala de aula e contribuir para a educação. Essa pesquisa é o resultado de um trabalho que visa identificar as percepções de alunos da Escola Estadual do Jardim Independência, localizado na periferia da cidade de Sarandi – PR, após oficinas voltadas para a leitura crítica dos meios, comunicação comunitária, mídia-educação, cidadania e rádio. A prática proporcionou aos jovens a oportunidade de visualizar de uma forma mais crítica os meios de comunicação e suas mensagens e as oficinas contribuíram para a formação referente a percepção da realidade.

Entre o Ideal e o Real: Os Limites e as Possibilidades da Comunicação no Espaço Escolar Riva Blanche Kran (UFG) Como a escola tem se adaptado e respondido às rápidas mudanças tecnológicas e às novas formas de se comunicar e se relacionar dos jovens? Coexistem na era digital, diversas possibilidades pedagógicas trazidas pelas tecnologias da informação e da comunicação com velhas práticas da pedagogia tradicional. Este artigo traz o depoimento perplexo, cansado, mas também esperançoso de professores que tentam incorporar as sempre novas tecnologias às suas práticas, em um universo tão complexo quanto à própria forma de ser dos jovens.

Calvin e Haroldo: relações possíveis com Calvino e Hobbes Diva Lea Batista da Silva(IMESA)

Este trabalho tem como objetivo verificar as relações percebidas entre as personagens de tiras em quadrinhos, Calvin e Haroldo, de Bill Watterson e os filósofos João Calvino e Thomas Hobbes. Com base em uma pesquisa bibliográfica, serão feitas possíveis relações entre o conteúdo de algumas tiras e o que se lê sobre a educação escolar.

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Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 221 BLOCO AZUL

Novos Olhares: Pesquisas sobre Comunicação e Educação no BrasilCoordenador: Belarmino Cesar Guimarães da Costa (Unimep)

Educação Planetária pelos Meios de Comunicação: a Produção e Veiculação de Audiovisuais Institucionais Andréia Zulato Marçolla (Inesc)

Este trabalho tem como objetivo contextualizar a educação planetária focalizando ações que contribuem para a mudança de percepção no mundo em quem vivemos. A paz, a solidariedade, os direitos humanos são discussões essenciais para a tomada de iniciativas para esta mudança. Através dos meios de comunicação a realidade atual pode ser modificada, integrando também veículos informativos e suas mensagens no contexto educativo. O estudo tem como foco a produção e veiculação vídeos documentários institucionais e reportagens sobre duas associações do Noroeste Mineiro a Associação Beneficente Natal Justino da Costa e a Associação Noroeste Mineiro de Estudos e Combate o Câncer. A veiculação de vídeos institucionais na televisão, na internet e no âmbito escolar, propicia ações sociais com embasamento na educação planetária.

Mario Kaplún: A comunicação educativa por uma sociedade mais democrática Fernanda Coelho da Silva (UFJF) A constituição de uma comunicação mais plural e dialógica é questão imprescindível na busca por uma sociedade mais democrática. O pesquisador argentino Mario Kaplún dedicou sua vida a esse objetivo. Para Kaplún, a comunicação não funciona se não através do diálogo. O pesquisador criticou o modelo de comunicação massiva, comparando-o com o modelo “bancário” de educação. Para ele, comunicação e educação são ciências indissociáveis, e daí, surge o termo educomunicação. Além de teorias que até hoje sedimentam as pesquisas dos que compartilham de seu sonho, Kaplún deixou práticas e teorias de comunicação dialógica. Dentre elas, está o cassete-fórum. Além da comunicação, o papel do comunicador, ou do comunicador educativo também foi tema da reflexão de Kaplún.

Da produção de discursos à produção do conhecimento: Convergências entre os estudos de recepção e a proposta pedagógica de Paulo Freire Paola Mazzilli(ESPM), Maria Aparecida Baccega(ESPM) O presente trabalho propõe uma reflexão sobre o campo comunicação/educação, buscando estabelecer pontos de convergência entre os estudos de recepção e a proposta pedagógica de Paulo Freire. Para isso, discute o processo comunicacional em paralelo ao processo educativo, apresentando similaridades entre as figuras do professor e do emissor, e do aluno e do receptor. Vale notar que o principal enfoque dessa investigação se localiza na discussão sobre o aluno e o receptor, vez que aqui o objetivo é tratar de ambos como sujeitos que aprendem comunicando-se e comunicando-se aprendem a transformar sua realidade. Como suporte teórico, esse trabalho se vale, principalmente, dos estudos de Freire, Martín Barbero, Hall e Baccega. Espera-se que as articulações aqui propostas contribuam para novas discussões no campo da comunicação/educação.

Comunicação e Educação: uma aproximação possível Gabriela Felippe Rodrigues Metzker (USP) Enquanto a escola continua profundamente centrada na linguagem verbal, os meios de comunicação e as novas tecnologias estão trabalhando com diversas outras linguagens, gerando novas formas de produzir, circular e receber as mensagens, o que influencia o modo de ver e perceber das pessoas. O resultado é um descompasso entre o que o jovem aprende dentro e fora da escola, desnudando a dimensão repetitiva do ensino formal. É preciso aproximar os campos da educação e da comunicação, considerando as tensões existentes, de forma a repensar o processo educacional e promover o ensino emancipatório. Nesse processo, o educador tem papel decisivo.

Educomunicação, étimo e interfaces: muitos olhares, um só campo Cláudio Messias (USP) Desenvolvemos pesquisa para identificar as maneiras como a relação comunicação/educação é focada em outras

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produções científicas, advindas de várias regiões do Brasil. Nossa investigação utiliza o sistema de dissertações e teses da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e o banco de dados da Intercom. No primeiro, com base em conceituação epistemológica preconizada em conformidade com os teóricos do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, verificamos o que mestres e doutores pesquisaram e utilizaram como referencial teórico sobre Educomunicação. No outro, observamos papers apresentados com assunto ou palavra-chave relacionados à Educomunicação, bem como mídia-educação, educação/comunicação, comunicação/educação e mídia educativa. O período de observação corresponde ao que foi produzido nos últimos 20 anos.

Comunicação Crítica Aplicada: Experiência de Interação Educativa na Diversidade x Solidão do professor transmissor de conhecimento Zilda Martins Barbosa (UFRJ) A comunicação crítica aplicada a jovens de comunidades do Rio de Janeiro, do projeto social Dançando para não dançar, resulta na percepção do sujeito com nível de pertencimento a uma esfera social ampliada. Tal prática é analisada à luz de teóricos da Escola de Frankfurt e de outros pensadores, que problematizam o uso da comunicação na educação formal apenas como instrumento complementar dos parâmetros pedagógicos. Esse trabalho aborda a experiência do pesquisador, que interage com o objeto – mediador do grupo – e confronta os efeitos da aplicação da metodologia com a prática convencional, a partir de depoimentos de uma professora do sistema institucional de ensino de Belo Horizonte. A pesquisa traz a ‘negação’ de Adorno para a comunicação como alternativa de promover a interlocução, o debate e a criatividade.

Educomunicação em Rádio: uma contribuição para os alunos da Escola Estadual Geraldo Costa Alves na produção e recepção da informação. Gilda Soares Miranda (UVV), Rodrigo Fernandes de Sousa (UVV), Yasmin Dimanche Vilhena (UVV)

O presente texto relata um trabalho iniciado em março de 2008, dentro do projeto de extensão em rádio do Curso de Jornalismo, do Centro Universitário Vila Velha - UVV. Na primeira etapa foi resgatada a história da Radioescola Atitude, localizada na Escola Estadual Geraldo Costa Alves (GCA). Alunos e ex-alunos narraram as experiências vividas no cotidiano para manter a rádio funcionando. A segunda etapa investigou os processos vivenciados pelos alunos em práticas educomunicativas de expressão artística e cultural. Por fim, na terceira etapa, estágio atual, a pesquisa busca compreender a dinâmica de funcionamento da Radioescola Atitude, ou seja, a complexa articulação que possibilita seu funcionamento dentro da escola e o papel pedagógico que ela desempenha junto à comunidade escolar.

A Educomunicação como Disciplina de Publicidade e Propaganda da UNICENTRO/PR: experiência vivida e contextualizada com Acadêmicos do 4º ano Jamile Santinello (Unicentro), Espencer Avila Gandra (Unicentro) O presente trabalho objetiva-se relatar sobre a experiência e o processo de desenvolvimento de acadêmicos do 4º ano, Curso de PP , na disciplina de Educomunicação, do Departamento de Comunicação Social, da UNICENTRO/PR, na execução de projetos de pesquisa com a comunidade regional, em estudos e aplicabilidade da Comunicaçao e Educação, tendo em vista o conceito de integração do cidadão e as intervenções sociais de trabalhos acadêmicos para com a sociedade. Os projetos foram elaborados tendo como foco as articulações que o futuro Publicitário no auxílio à comunidade, e a aplicabilidade em desenvolver projetos visando a educacao e cidadania dos participantes deste processo. Assim, cabe ressaltar que a Educomunicação e o Design propiciam nas caracterizações e intervenções sociais para o desenvolvimento de atividades e trabalhos cidadãos por meio da informática e educação.

Programa Midiação: experiência de ensino, pesquisa e extensão em educomunicação no Sul do Brasil Caroline Casali (UFSM), Fabiane Aparecida Paza (UFSM)

Este artigo relata a experiência de ensino, pesquisa e extensão em educomunicação no Curso de Comunicação Social – Jornalismo do CESNORS/UFSM, através do Programa Midiação, que funciona, desde abril de 2009, com a participação de 14 acadêmicos, sob orientação de duas professoras do Curso. O Programa Midiação tem por objetivo central o assessoramento a escolas no que concerne à gestão da comunicação, através da oferta de oficinas de educação para a mídia e gestão da informação no espaço escolar. Para tanto, os integrantes do grupo realizam sessões de estudo e reflexão de textos em educomunicação e empreendem projetos de pesquisa na área, buscando o diagnóstico da situação da comunicação nas escolas para, a partir dele, exercer a extensão por meio da oferta de oficinas.

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Caminho Viável para o Desenvolvimento Local: Uma Experiência de Educação com Interface com a Comunicação Rosevanya Fortunato de Albuquerque (UFRPE)

Este artigo tem o objetivo de apresentar uma experiência que aproxima a educação com a comunicação e analisar sua contribuição ao desenvolvimento local em contextos populares. Essa possibilidade se deve ao fato da atividade, vivenciada em uma escola pública de Pernambuco, estar voltada para as perspectivas da inclusão social: trabalhar em prol da construção da cidadania. Como dados conclusivos, destacamos que a intencionalidade educativa em atividades integradoras, como a de um jornal escolar, além de contribuir na aprendizagem, colabora para desenvolver o senso crítico dos alunos, tanto enquanto indivíduos como grupo. E, ao ter como matéria prima as questões ligadas à comunidade do entorno escolar, as ações favorecem o envolvimento dos jovens com sua realidade e contribuem para a formação de redes sociais.

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DIVISÃO TEMÁTICA 6 – GP COMUNICAÇÃO E ESPORTECoordenador: Márcio de Oliveira Guerra (UFJF)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12 hSALA 209 BLOCO AZUL

Sessão 1

A convergência da bola: uma troca de passes entre rito, football e footbyte Ricardo Bedendo (UFJF)

A troca de passes mediada por chips da sociedade digital, mergulhada em redes de comunicação com maior potencial de informação, faz a tradicional forma moderna de football convergir com uma póshumana/contemporânea denominada aqui de footbyte. A expressão footbyte integra ambos os “B”s: ball e byte, num quadro de trabalho convergente e coletivo entre tradição e tecnologia em campos transfronteiriços.

Football Manager: quando o virtual imita e se relaciona com o futebol real. Márcio de Oliveira Guerra (UFJF)

Este trabalho se propõe a discutir o “fenômeno” Football Manager, um jogo virtual que lança mão de várias informações do futebol real e que têm provocado algumas intrigantes co-relações, especialmente na circulação de informação, com a inclusão de ferramentes de comunicação e que provoca uma mistura de virtual e real constantemente. Além de projetar futuros talentos, o jogo virtual representa uma poderosa rede de informação que já começa a despertar interesse de empresários, dirigentes e jogadores do mundo real. O trabalho abre uma série de estudos com o objetivo de analisar novos aspectos que estão se inserindo no dia-a-dia do esporte.

O Twitter na Comunicação Esportiva: reflexões sobre as características e potencialidades Sílvio Saraiva Júnior (FIJ)

Este trabalho busca expor reflexões sobre a circulação de mensagens esportivas através da comunidade virtual Twitter (www.twitter.com). Uma nova ferramenta web que se caracteriza pela exibição de mensagens curtas (140 caracteres, no máximo) e possibilida a todos transmitir informações e opiniões acerca do mundo esportivo através de dispositívos fixos e móveis. Pautado pela interatividade das comunidades virtuais, usuários e empresas de comunicação vêm utilizando o Twitter de inúmeras maneiras e desenhando uma nova maneira de comunicar-se midiaticamente com os apreciadores do assunto.

Play by play da galera: uma transmissão esportiva colaborativa Antônio Marcus Lima Figueiredo (Uesc), Karen Vieira Ramos (Uesc)

Este artigo busca compreender as formas de participação e interação ocorridas durante a transmissão do play by play, modalidade de transmissão caracterizada pela narração descritiva de um evento desportivo, realizada no site Portal do Vale Tudo, por meio de tópicos abertos no fórum. Nestes tópicos, são descritas e comentadas as lutas de eventos de Mixed Martial Arts, uma prática corporal e cultural de combate corpo a corpo. Os dados para análise foram coletados através da observação participante das transmissões, da coleta e categorização de enunciados retirados do play by play do Ultimate Fighting Championship 89, 94 e 99, e de uma enquete aberta no site para esse fim. Procurou-se, à luz da literatura sobre cibercultura e jornalismo participativo, analisar as diferentes formas de participação e interação realizadas pelos interagentes envolvidos no processo comunicativo.

Proposta de debate sobre o tema “Limites e Desafios do Jornalismo Esportivo Brasileiro”, a partir de reflexões propostas no livro “História do Lance! – Projeto e prática de jornalismo esportivo” Mauricio Jose Stycer (FFLCH – USP)

O livro “História do Lance! – Projeto e prática do jornalismo esportivo”, de minha autoria, lançado em maio deste ano, parte da criação do diário para uma discussão sobre a prática do jornalismo esportivo. A obra passa em revista as

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biografias de jornalistas destacados compromissados com os projetos de jornalismo esportivo levados a cabo em alguns dos principais centros de irradiação do futebol no país, bem como avalia o recente processo de modernização do futebol brasileiro do ponto de vista pretensamente descentrado da mídia, revelando também suas contradições inerentes ao trato da paixão futebolística.

Sábado l 05 de Setembro14h30 às 18h00SALA 209 BLOCO AZUL

Sessão 2

Futebol, Identidade e Memória: o Lance! do Consumo do Botafogo de 1962 Roberta Oliveira (UFJF), Aline Silva Correa Maia (UFJF)

O Jornalismo Esportivo se utiliza memória como forma de fortalecer conceitos e ideias associadas ao futebol, em geral, e aos clubes e seus torcedores, de forma específica. No Brasil, o diário esportivo Lance! recorreu ao passado na cobertura anterior da final do Campeonato Carioca de 2009. Além de linha editorial, a medida era parte da estratégia de lançamento de uma promoção. O trabalho avalia a produção, nesta circunstância, do discurso para atrair o torcedor do Botafogo.

Perspectiva à Implantação de um Ambiente direcionado a Análise dos Cenários Esportivos na Mídia Vagner de Magalhães Silva (UFSM)

O artigo se fundamenta no reconhecimento das necessidades à constituição de um ambiente de observação direcionado a mídia esportiva. E na utilização do material analisado, neste contexto, como elemento constitutivo para o ensino esportivo. Para tanto, o foco analítico de sustentação ocorre a partir daquilo que advém do jornalismo especializado na cobertura de eventos esportivos: cenários. Neste sentido, a ação principal se concentra na identificação e na análise dos diversos elementos e aspectos geradores de uma institucionalização, característica do esporte apresentado na mídia. Considerando-se, sobretudo, a centralidade midiática e a forma como o entretenimento passou a compor e a interagir no estabelecimento de uma cultura esportiva brasileira.

De ‘la magia’ a ‘la merde’ – O olhar da imprensa argentina sobre a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006 Ronaldo George Helal (Uerj), Alvaro Vicente (Uerj)

O artigo analisa o discurso da imprensa argentina sobre a seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 2006 nos jornais Clarín, La Nación y Olé. Com a consciência argentina – por meio de leitura dos jornais brasileiros na internet - de que os brasileiros geralmente “torcem” contra sua seleção, questionamos: Estaríamos observando uma mudança no “olhar” argentino sobre o nosso futebol ou a mudança estaria centrada na atitude de “torcer” ou não “torcer” para o Brasil? Nossa hipótese é de que houve um acirramento da rivalidade, principalmente depois do surgimento de Olé na Argentina e Lance! no Brasil, a partir de 1996. Contudo, os argentinos demonstram uma admiração explícita pelo futebol brasileiro, mesmo que já não “torçam” mais pelo Brasil. As informações da falta de reciprocidade do “outro” lado teriam gerado uma mudança de atitude por parte dos argentinos.

A Copa do Mundo é Nossa: a organização do Mundial de Futebol no Brasil em 2014, retratada pela imprensa nacional e européia José Carlos Marques (Unesp), Mayra Cristina Lopes (UPM)

Este trabalho propõe uma análise sobre como a imprensa brasileira e européia retrataram a capacidade de o Brasil promover a Copa do Mundo de 2014, assim que o país foi nomeado pela Fifa (Fédération Internationale de Football Association), a 30 de outubro de 2007, como sede oficial do evento. O corpus de análise restringiu-se aos jornais brasileiros Folha de São Paulo e O Globo, e aos diários europeus Le Figaro (França), The Times (Inglaterra), El Pais (Espanha) e Diário de Noticias (Portugal) durante o segundo semestre de 2007. Pretendeu-se verificar, por meio das teorias do jornalismo, como esses veículos construíram a imagem do Brasil diante do desafio de se organizar uma competição dessa grandeza, compromisso assumido pelo país em meio às discussões sobre investimentos em infra-estrutura, desigualdade social, corrupção, violência e paixão pelo futebol.

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As torcidas de futebol como uma neotribo urbana na cidade do Rio de Janeiro João Paulo Vieira Teixeira (Uerj)

Utilizando-se do conceito de neotribos urbanas, desenvolvido pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, pretendemos lançar um olhar atento ao comportamento das torcidas de futebol na cidade do Rio de Janeiro. Além de refletir sobre como se dá o comportamento delas no interior dos estádios, é válido analisar como acontece o seu deslocamento dentro do espaço urbano. O quanto ela interfere e é influenciada pela vida da metrópole, tornando-se uma das vozes mais barulhentas da cidade.

Jogos, Comunicação e Carnaval: Relações Entre o Jogo dos Desfiles de Escola de Samba e o Universo dos Jogos José Maurício Conrado Moreira da Silva (UPM)

Este trabalho baseia-se em uma pesquisa em andamento que estuda, dentre outras coisas, o carater competitivo dos desfiles carnavalescos e seu contexto comunicativo que permeia o início do século XX até os dias atuais. Para entender o que isto significa esta pesquisa propõe uma análise bibliográfica que demonstra brevemente a história e o processo de montagem de desfiles de escola de samba como forma de entender os jogos metafóricos presentes neste ritual. Como parte das análises construir-se-á uma breve análise de um desfile especifico que versou sobre os jogos, como meio de se entender um processo metalinguistico, ou seja, o jogo do carnaval alegorizando as imagens de outros jogos e esportes.

O surfe brasileiro e as mídias sonora e audiovisual nos anos 1980 Rafael Fortes Soares (UniRio)

Esporte midiático por excelência, o surfe estabeleceu uma série de relações com a cultura (música, televisão, cinema), incluindo imbricações com a cultura pop. Estas manifestações foram fundamentais para a divulgação da modalidade e a construção de uma imagem em torno da mesma para o público externo, assim como a discussão e a configuração de valores para os membros de sua subcultura. No Brasil, este processo teve notável força durante a década de 1980. O artigo mapeia as imbricações entre surfe e mídias sonora e audiovisual no período, tendo como fonte principal a revista Fluir.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 09h15SALA 209 BLOCO AZUL

Sessão 3

Michael Phelps - mitologia da natação nas olimpíadas Ensaio sobre abordagens jornalísticas impressas Fábio de Carvalho Messa (UFSC)

Este artigo questiona os limites da enunciação jornalística e atém-se a alguns aspectos da cobertura do jornal Diário Catarinense a respeito de personagens específicos da natação mundial, dentre eles o nadador Michael Phelps. Faz-se uma crítica acerca dos rumos argumentativos das notícias, a partir de textos publicados no período de 8 a 18/8/08, com maior destaque aos do cronista esportivo David Coimbra, oficialmente membro da editoria de esportes do jornal Zero Hora, de Porto Alegre/RS, correspondente das Olimpíadas em Pequim. O trabalho se atém ao conjunto do que é dito sobre o nadador. Foi examinada a cobertura do DC, que tinha como palco as sucessivas conquistas de medalhas do nadador. Foi feito também um levantamento da fortuna crítica sobre jornalismo especializado, que serviu de embasamento e constitui, portanto, parte da revisão de literatura.

MichaeI Phelps e Usain Bolt: onze medalhas de ouro e duas faces da construção do herói olímpico na mídia impressa brasileira. Ary José Rocco Junior (Fecap)

O discurso da imprensa esportiva, em tempos de pós-modernidade, está cada vez mais relacionado com o consumo do evento esporte. A construção do herói olímpico, por diversas oportunidades, serve a esse propósito. O objetivo desse trabalho é discutir, com base no acompanhamento da mídia esportiva impressa, os diversos caminhos da construção

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do herói olímpico. Para isso, analisamos a cobertura realizada por dois dos principais veículos impressos do país das conquistas dos atletas Michael Phelps e Usain Bolt nos Jogos Olímpicos de Pequim, realizados em agosto de 2008. È nossa intenção demonstrar como a construção do herói olímpico, pela mídia impressa, pode apresentar roteiros diversos. Apesar dessa diversidade, o objetivo da construção desse discurso é único: reafirmar a cultura do consumo do esporte e aumentar sua importância econômica.

Idolatria nos Jogos Pan-Ameicanos de 2007: Uma análise do jornalismo esportivo. Alvaro Vicente Graça Truppel do Cabo (Uerj), Ronaldo George Helal (Uerj)

O artigo realiza uma análise do material jornalístico relativo aos Jogos Pan-Americanos de 2007, com o foco voltado para os recursos acionados pela imprensa na “construção” de nossos heróis esportivos. Como parte do cronograma do projeto “Meios de Comunicação, Idolatria, Identidade e Cultura Popular” apoiado pelo CNPq e coordenado por Helal, foram coletados os Jornais O Globo e Lance! durante o período de 16 a 30 de julho de 2007. A cobertura dos Jogos Pan-Americanos nos veículos da imprensa carioca demonstra que as tentativas de construção de ídolos no campo dos esportes amadores são muito mais complexas e utiliza-se de uma lógica distinta da formação dos heróis futebolísticos. Aqui, valoriza-se o “suor” e a “superação” e desloca-se para um plano secundário elementos como “talento” e “magia”

A saga dos sergipanamericanos nas olimpíadas de Pequim 2008 André Marsiglia Quaranta (UFSC), Fábio de Carvalho Messa (UFSC)

A abrangência dos meios de comunicação e o aumento de sua acessibilidade fazem com que os fenômenos esportivos globais cheguem a todas as regiões do país, mesmo aquelas com pouca tradição. Este trabalho discute a cobertura telejornalística local sobre os atletas sergipanos nas olimpíadas de Pequim-2008, numa perspectiva descritivo-qualitativa. Foram selecionadas 18 reportagens exibidas entre julho e agosto de 2008, categorizadas quanto às ênfases temáticas abordadas. A partir destas categorias temáticas, optou-se por destacar algumas peculiaridades das matérias telejornalísticas, considerando a condição dialética local/global e os critérios de noticiabilidade.

A Antiguidade ainda é um posto? Os momentos de vitória nos Paraolímpicos de Pequim Tatiane Hilgemberg Figueiredo (UP)

A finalidade desse estudo é comparar os principais momentos de glória dos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008, pela imprensa Brasileira e Portuguesa: a conquista das medalhas de ouro pelo atleta brasileiro e Daniel Dias; e pelo português João Paulo Fernandes. Este artigo tem como objetivo validar a hipótese de que a imprensa brasileira dará maior ênfase ao triunfo do atleta paraolímpico em comparação com a imprensa portuguesa. Da mesma forma tentamos comprovar que o evento desportivo analisado é retratado de forma diametralmente diferente pela mídia dos dois países em questão, conferindo às conquistas dos atletas paraolímpicos apenas uma ínfima cobertura mediática, com o reforço e propagação de estereótipos.

O Futuro do Jornalismo Esportivo no Brasil – As lições dos Jogos do Rio e de Pequim Luciano Victor Barros Maluly (USP)

Este artigo propõe alternativas para a ampliação da cobertura esportiva nos meios de comunicação de massa, atualmente direcionada ao futebol e, em menor escala, ao automobilismo e a certas modalidades tradicionais ou com apelo comercial. A possibilidade do acompanhamento periódico das demais modalidades esportivas, assim como a orientação para a atividade física, proporcionam uma possível massificação do esporte no Brasil, com ênfase não somente na competição, mas também no lazer e na saúde pública. Neste contexto, as lições dos Jogos Olímpicos de Pequim e dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro revelam um campo de atuação ainda a ser explorado pelos comunicadores, principalmente, os jornalistas.

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Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00SALA 209 BLOCO AZUL

Sessão 3

Corpos em Trânsito: globalização, identidade e consumoTânia Márcia Cezar Hoff (ESPM), Selma Felerico (PUC-SP)

Resultado inicial de um projeto de pesquisa, desenvolvido em conjunto pelas autoras, sobre corpo masculino, identidade e consumo, este artigo aponta para algumas reflexões sobre representações do corpo do jogador de futebol e a construção de identidades midiáticas associadas a algumas marcas locais e globais. Para refletir sobre questões referentes à identidade do jogador e ao modo como ele representa as marcas que anuncia, analisamos um corpus formado por peças publicitárias protagonizadas por jogadores de vários países.

Pós-colonialismos e futebol: transferências internacionais e geopolítica da visibilidade no discurso midiáticoLennita Oliveira Ruggi (UC)

Encarado como um dos principais negócios da indústria cultural, pelo potencial de público que atrai e pelo volume de recursos que movimenta, o futebol reproduz, quando se avalia sua cobertura midiática, a mesma dinâmica de preferência e hegemonia que preside as transferências internacionais de jogadores. Os atletas têm sempre como meta as agremiações mais importantes, o que significa melhores salários. Estes clubes são justamente os que desfrutam de maior cobertura e alcançam maiores patrocínios. O presente artigo discute aspectos da visibilidade oferecida pela mídia e os critérios de noticiabilidade que determinam os enfoques da imprensa, em suas variadas dimensões.

Do Gramado à Fábrica Simbólica: a Apresentação de Paulo Autuori pelo Grupo RBS Marcel Neves Martins (Unisinos)

No contexto das relações entre os campos midiático e esportivo, o esporte encontra-se midiatizado não somente pelo viés da cobertura midiática dos fatos, mas também pelas suas movimentações e incursões em direção e pela mídia. Assim, neste artigo buscamos analisar o vídeo que materializa esta situação com a apresentação de Paulo Autuori, novo técnico do Grêmio Foot-ball Porto-Alegrense, à imprensa, na medida em que percorrendo os corredores midiáticos de Zero Hora, Rádio Gaúcha e RBS TV acontece o protocolo que formaliza a sua relação com a mídia e, principalmente, o apresenta aos torcedores gremistas. Nesse sentido, abordamos a circulação de um membro do campo esportivo pelo ambiente midiático que se materializa pelas entrevistas concedidas aos três principais veículos do GrupoRBS através de três mecanismos de enunciação.

Ronaldo em dois tempos no jogo econômico Anderson Gurgel Campos (Unisa)

Neste artigo vamos analisar duas fases da vida profissional do jogador Ronaldo Fenômeno, a partir de reportagens que analisam o atleta dentro do enfoque da economia do esporte. A primeira parte refere-se a reportagens ligadas à economia do esporte no período próximo à Copa do Mundo de 2002. A segunda parte refere-se a reportagens referentes ao primeiro semestre de 2009, quando o atleta anunciou a sua volta ao futebol, no Esporte Clube Corinthians Paulista. Para fazer a análise de estratégias de produção de sentido desses textos, utilizamos primordialmente a teoria de Olimpianos, Edgard Morin e conceitos relacionados à economia do esporte.

Merchandising no Jornalismo Esportivo, Abuso e Lucro Maria Cecilia Alves Martinez (UCB)

Estudo foi realizado com a finalidade de discutir o merchandising, estratégia do mercado publicitário que está invadindo outra vertente da Comunicação Social: o Jornalismo. Para tanto, foi possível encontrar opiniões de profissionais do mercado comunicacional em livros, artigos e sites na internet e constatou-se que, apesar do uso expressivo, muitos ponderam de forma negativa a utilização dessa tendência misturada à informação. O programa Terceiro Tempo, da TV Record, nos anos 2006 e 2007, é analisado sob o ponto de vista comercial e jornalístico – já que foi a atração de mesa-redonda esportiva que melhor retratou o uso do merchandising. Entretanto, verificou que o jornalista-publicitário Milton Neves é o apresentador de TV que melhor retrata a utilização do merchandising e que o jornalismo esportivo é

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tratado como lucro certo e está em plano secundário.

A Recepção do programa Globo Esporte e os sentidos produzidos por universitárias do município de Cabo Frio (RJ) Andreia De Vasconcellos Gorito (Uerj)

Este artigo visa discutir parte dos resultados obtidos num estudo sobre a recepção de jornalismo esportivo pela audiência feminina, a partir do programa de televisão Globo Esporte, exibido pela TV Globo. Tomaremos como base uma pesquisa realizada com dez universitárias do município de Cabo Frio, no litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro, utilizando o grupo focal como metodologia qualitativa de investigação, com o objetivo de compreender os sentidos produzidos pelas mulheres em relação ao noticiário esportivo em questão, problematizando a relação entre mídia, esporte e sociedade.

Globo Esporte São Paulo: Ousadia e Experimentalismo no Telejornal Esportivo Patrícia Rangel Moreira Bezerra (Rio Branco)

Este artigo se insere no debate da produção midiática contemporânea e das relações entre jornalismo e entretenimento, mídia e esporte, particularmente no que diz respeito ao novo formato do telejornal Globo Esporte São Paulo. Tem como objetivo discutir as principais mudanças do programa, principalmente em sua narrativa e refletir se hoje sua linguagem transita mais entre o jornalismo ou entre o entretenimento.

Futebol como espetáculo: caminhos para conservar valores clássicos do jornalismo na transmissão esportiva em televisão Alexandre Augusto Freire Carauta (PUC-RJ)

Entrevistas em profundidade com consumidores de futebol ao vivo revelam que a valorização deste bilionário produto da indústria de entretenimento é influenciada, de forma significativa, pela capacidade de a experiência de consumo oferecer ao espectador: a) vasto de repertório de significados; b) entendimento; c) ligação afetiva. Conveniente a tais demandas, e impulsionada por avanços tecnológicos, a espetacularização das transmissões de futebol aguça o desafio de conservar valores clássicos do jornalismo, como contextualização, profundidade e compromisso com o bem-estar social, frente ao domínio dos interesses e da estética mercantis. Este trabalho propõe reflexões em busca de aperfeiçoamento da qualificação profissional diante da necessidade de resguardar as fronteiras entre informação qualificada e espetáculo mediático.

Politica no Jornalismo Esportivo: o Jornal do Brasil e o Jornal dos Sports no Dissidio Esportivo dos Anos 30 Mauricio da Silva Drumond Costa (UFRJ)

Durante o dissídio esportivo que dividiu a organização esportiva nacional na década de 1930, o Jornal do Brasil e o Jornal dos Sports adotaram posições antagônicas. O Jornal dos Sports, liderado por Argemiro Bulcão e depois por Mario Filho, se tornou o maior porta-voz do grupo dissidente profissionalista, ao passo que o Jornal do Brasil foi o grande defensor da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e de suas afiliadas. O trabalho se propõe analisar em especial dois momentos chave da tensão entre os dois grupos – uma proposta de pacificação em 1934 e o fim do dissídio em 1937 –, tendo em vista perceber o papel da imprensa esportiva na difusão de ideais e na consolidação de um campo em meio às suas disputas.

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DIVISÃO TEMÁTICA 6 – NP COMUNICAÇÃO E CULTURAS URBANASCoordenadora: Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM)

SALAS 104, 104a E 105a BLOCO VERMELHO

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00SALAS 104 BLOCO VERMELHO

Sessão 1 - Produção cultural/midiática em dinâmicas urbanas contemporâneasCoordenador: Josimey Costa da Silva (UFRN)

Cidade: imagem cinema Marlivan Moraes de Alencar (Senac)

Este trabalho discute a imagem fílmica quando a cidade é seu objeto de apreensão ou representação, considerando que a cidade no filme apesar de dever a cidade real a sua existência não a substitui, mas a recria de acordo com as intenções do cineasta e do que lhe interessa mostrar. O espectador reconhece nessas imagens territórios conhecidos ou imaginados, a eles agrega valores e significados e, finalmente, estabelece relações que identificam não somente o que está sendo representado, mas também o filme como parte de uma cinematografia com características próprias.

Exibições itinerantes de cinema: uma análise do contexto situacional de recepção das mostras organizadas pelo Cineclube Lanterninha Aurélio Dafne Reis Pedroso da Silva (PUC-RS)

A proposta deste artigo é caracterizar e compreender o contexto situacional de recepção das mostras itinerantes de cinema organizadas pelo cineclube Lanterninha Aurélio. Para tal, articulei perspectivas teóricas desenvolvendo conceitos sobre recepção, mediações e recepção de cinema. Acerca das estratégias metodológicas, realizei observação participante com foco comunicacional em três sessões itinerantes, para apreender elementos do contexto situacional. Como resultados, evidencio que essa mediação é construída na modificação do cenário a partir dos equipamentos tecnológicos e das diversas interações que ali se realizam; as lógicas culturais de usos dos espaços também configuram a disposição e o comportamento dos sujeitos; o poder dos cineclubistas na situação, assim como o dos agentes mediadores, parece ser marcante.

A cidade pela mídia: introdução ao estudo das representações urbanas Mariana Zibordi Pelegrini (Uerj)

Este trabalho pretende introduzir bases teóricas para o estudo das representações da cidade pela mídia. Traçando, dessa maneira, reflexões sobre o espaço urbano, representações sociais, comunicação e cidade. Buscando compreender a influência da mídia no imaginário urbano, vamos indicar estudos sobre a percepção da cidade e de como a mídia atua neste imaginário. Procuramos, dessa forma, entender a presença da comunicação nas representações sociais e a relação desta interação com a imagem da cidade.

“Nova York, a grande cidade”: por uma comunicação na e da cidade Marília Santana Borges (PUC-SP)

Este trabalho pretende introduzir bases teóricas para o estudo das representações da cidade pela mídia. Traçando, dessa maneira, reflexões sobre o espaço urbano, representações sociais, comunicação e cidade. Buscando compreender a influência da mídia no imaginário urbano, vamos indicar estudos sobre a percepção da cidade e de como a mídia atua neste imaginário. Procuramos, dessa forma, entender a presença da comunicação nas representações sociais e a relação desta interação com a imagem da cidade.

Cidade dos medos x Cidade dos sonhos: o paradoxo das representações do jornal O Globo durante o Pan no Rio de Janeiro Ricardo Ferreira Freitas (Uerj), Vania Oliveira Fortuna (UVA)

Este artigo analisa as narrativas do jornal O Globo, publicadas em julho de 2007, mês da realização dos Jogos Pan-

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Americanos no Rio de Janeiro. O objetivo é a interpretação das representações da violência urbana, observando as diferentes apropriações e o seu reflexo no espaço público. Percebemos que a passagem de um megaevento tem o poder de movimentar a cidade e a mídia. Identificamos um paradoxo nas matérias analisadas. A cidade foi representada como perigosa e insegura ao mesmo tempo em que as páginas ofereciam um Rio desejado por todos, seguro e feliz, cenário possível graças ao aumento do efetivo policial. Constatamos que O Globo se utiliza de uma dinâmica midiática que permite interromper o padrão das suas representações, admitindo vozes que despertam novos olhares sobre o Rio de Janeiro, especialmente quando a cidade é sede de um megaevento.

09h00 às 12h00SALAS 104a BLOCO VERMELHO

Sessão 2 - Análise de produtos e linguagens midiáticas ligadas à vida urbanaCoordenador: Silvia Helena Simoes Borelli (PUC-SP)

A Identidade Híbrida Revelada no Quadrinho “Belém Imaginária” Diego Andrade de Araújo (UFPA)

A região amazônica é marcada pela forte influência de suas narrativas orais, que remetem a uma herança mitológica dos povos indígenas. A influência dessas narrativas no cotidiano de cidades como Belém (PA) é tamanha que, por vezes, é possível mesclarmito e realidade; real e imaginário; num contexto híbrido. Com esta premissa, e tendo na literatura um processo comunicativo com formas de articulação histórica e cultural específicas, este artigo visa analisar o quadrinho paraense “Belém Imaginária”, que mescla o cenário da cidade de Belém com suas próprias lendas, tendo como foco, o olhar de um garoto que - a princípio - pertence ao mundo “real”, mas a cada capítulo da trama, percebe o quanto o “imaginário” é parte de sua própria essência. Para esta análise, serão utilizadas abordagens sobre o contexto das cidades e a relação entre os conceitos de homem dicotômico e o homem híbrido.

Reflexões sobre a Potencialidade Poética e Ficcional das Imagens Fotográficas de Projetos Sócio-Culturais Roberta Simon (UnB)

Buscamos refletir a relação entre os seres humanos e seu contexto social a partir do processo de construção e desconstrução de sentidos e realidades das imagens fotográficas de projetos sócio-culturais. Pensaremos tal relação a partir das potencialidades poéticas e ficcionais dessas imagens. Essas potencialidades ocorrem por meio do jogo de comunicação estética entre imagens, homem e seu mundo. O ser-em-comunidade projeta o mundo como imagem e se relaciona através da experiência de trocas simbólicas afetivas, sensibilizando o social e sociabilizando o sensível. Pelas forças ficcionais e poéticas, principalmente do sagrado, essas imagens de arte-educação penetram em nosso imaginário e nos provocam mudanças. Consideramos seus ditos e não-ditos para pensarmos o processo de compartilhar as experiências narrativas e sensíveis.

Armação Ilimitada: a Representação Juvenil sob o Signo do Novo Marina Caminha Ferreira Gomes (UFF)

Esse artigo se propõe a pensar sobre a narrativa da série Armação Ilimitada, interpretada como paradigma de uma reconfiguração da linguagem televisiva da época, para discutir o modo como a cultura juvenil foi deslocada para o universo midiático no Brasil. Parto do pressuposto que com a entrada de novos profissionais às emissoras televisivas, como Guel Arraes, configurou-se um tipo de modo narrativo que se propôs a debater sobre o fazer televisivo no mesmo momento em que buscou redefinir o significado de ser jovem em um período de transformações sociais, políticas e econômicas do qual a televisão passou a ser uma instância importante da organização do cotidiano brasileiro.

Animencontros: o hibridismo cultural midiático como consequência do relacionamento na formação de novos costumes juvenis Carlos Alberto Machado (PUC-Rio)

Foram analisadas as práticas de jovens que se autodenominam otakus, que costumam se reunir em animencontros — eventos organizados por aficionados por mangás e animês, onde exercitam atividades características e estabelecem, coletivamente, uma forma própria de aproximação com essa produção cultural. A pesquisa de observação e registro foi realizada ao longo de 2006 e 2007, em quatro regiões brasileiras, nos moldes definidos para uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico. Observou-se o processo de socialização e os modos de aquisição compartilhada de conhecimentos

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específicos relativos à cultura pop japonesa, assim como os modos de organização interna dos eventos e seus rituais. Autores ligados aos Estudos Culturais Latino-americanos como Renato Ortiz, Nestor García Canclini e Jesús Martin-Barbero, foram utilizados.

Juventudes e culturas do consumo no Brasil contemporâneo: uma abordagem (politicamente) comunicacional Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM), Thálita Larissa Galutti (ESPM), Denise de Paiva Costa Tangerino (ESPM)

O artigo apresenta síntese conceitual-metodológica de projeto coletivo de pesquisa desenvolvido junto ao Programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. Assumindo uma ênfase teórica de base comunicacional, problematiza relações estabelecidas entre culturas do consumo, políticas de visibilidade e juventudes brasileiras. Os processos e cenários midiáticos de produção e consumo de imagens e a constituição de ações comunicacionais e de consumo juvenis dotadas de politicidade constitui seu principal escopo analítico.

09h00 às 12h00SALAS 105a BLOCO VERMELHO

Sessão 3 - Produção cultural/midiática em dinâmicas urbanas contemporâneasCoordenador: Rita de Cássia Alves de Oliveira (PUC/Senac)

Fronteiras e mediações urbanas. Ane Shyrlei Araújo (PUC-SP), Mônica Bueno Leme (Senac)

A dimensão epistemológica da diversidade dos lugares, nas grandes cidades resgata-os como objetos de estudo, em que peculiaridades locais não se dissociem das visualidades globais; procede-se assim um diagnóstico de fluxos promissores de interlocuções entre alteridades dos habitantes devidamente contextualizados em singulares cartografias culturais. Nesta direção, o termo fronteira expande operacionalmente seu significado, como película que ata as espacialidades em modos diferenciados; ora limitando a penetração do externo ao interno e ora a filtrá-lo e elaborá-lo adaptativamente, exemplo de como esta semiose se dá e de modo especial, nas megalópoles, construindo um sistema de troca de informações e mecanismos de ajustes contínuos entre a diversidade das espacialidades.

Mapas de situações comunicativas de diálogos públicos em Belo Horizonte Milene Migliano Gonzaga (Filmes)

Nosso trabalho tem o intuito de produzir mapas de sentidos das situações comunicativas de diálogos públicos no centro de Belo Horizonte, a partir dos registros fotográficos dos encontros que se estabelecem situações comunicativas de diálogos públicos; buscamos tornar visíveis algumas relações de sociabilidade urbana por meio das práticas de escrita da cidade e as temporalidades sociais acessadas, articulando diferentes modos de participação dos sujeitos na dinâmica comunicacional urbana.

Escolher, colecionar, compor. Aproximações entre vestígios de um processo comunicacional e a paisagem urbana Clarissa Rita Daneluz (Unisinos)

Os documentos da trajetória criativa do autor Bruno Novelli permitem refletir sobre a produção de imagens em seu processo comunicacional. A crítica genética e o método cartográfico auxiliam na tarefa de aproximar vestígios desta produção e a paisagem urbana. A apropriação do conceito de passagens de Raymond Bellour serve de ancoragem para legitimar este encontro quando nos diz que entender uma imagem implica adentrar em suas passagens, nesse “lugar” que contem a imagem sem se reduzir a ela, aquilo de que ela se compõe.

Novas Formas de Mediação Social: o Dispositivo Estético-Discursivo João Buracão na Construção de Novos Estados Mentais Coletivos Karla Azeredo Ribeiro Marinho (Uerj), Juliano Sebastian Marçal Leite (UFMG)

Este artigo busca analisar um fenômeno recente de mediação social surgido no cenário carioca e que ganhou projeção nacional, o boneco João Buracão. Promovido pela mídia e pela participação popular, João Buracão tornou-se estratégia de denúncia de problemas cotidianos da cidade. O personagem crítico e bem-humorado se apresenta como mecanismo

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de mediação, interação e produção social de sentido e ao mesmo tempo ilustra a crise dos modelos de representação política e social tradicionais como partidos, sindicatos e associações no momento atual. A hipótese é que este fenômeno de mediação constitui um dispositivo estético-discursivo que propicia a reintrodução de cidadãos comuns na ágora pública, possibilitando uma experiência de construção de novas formas de ação coletiva e, por conseguinte, de imersão destes na tomada de decisão e deliberação de ações políticas.

Medo, mídia e recepção na cidade Gaelle Marie Chloé Rony (UFRJ)

Nesse artigo, ao estabelecer um paralelo entre as notícias televisivas e o discurso dos jovens da elite carioca sobre crime no Rio de Janeiro, aparecem diferentes modalidades de recepção, configuradas por sentimentos de insegurança e por a identificação com o sofredor. Enquanto o discurso da mídia propõe categorias de identificações rígidas e estereotipadas e naturaliza uma cidade marcada pelo medo, os jovens receptores constroem uma comunidade imaginada nos, vitimas/eles, criminosos, cujas fronteiras sociais e morais são flexíveis. Ou seja, a perspectiva racionalista segundo qual a exposição à mídia e a taxa de crime determinam e reforçam o medo nas interações sociais urbanas não se verifica. Ao falar da rotina urbana, das relações sociais e da justiça, os receptores negociam o enquadramento dominante da mídia.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 104 BLOCO VERMELHO

Sessão 4 - Campo cultural, mídia e mercado articulados à urbanidadeCoordenador: Rita de Cássia Alves de Oliveira (PUC-SP/Senac)

Apontamentos Sobre a Reconfiguração da Indústria Fonográfica a Partir das Estratégias de Comunicação da Banda “Cansei de Ser Sexy” Lucas Laender Waltenberg (UFF)

Este artigo tem como objetivo pensar as relações da Indústria Fonográfica com as novas tecnologias de comunicação e informação, principalmente as novas formas de distribuição e reorganização do espaço de circulação da música na Internet. Como estudo de caso, analisaremos as estratégias de comunicação da banda Cansei de Ser Sexy, formada em 2003, que se utilizou das ferramentas virtuais disponíveis para armazenar sua produção – inicialmente caseira – e disponibilizá-la para download, consolidando uma base de fãs e despontando no cenário independente. Essa articulação da banda em diversos ambientes virtuais levanta algumas questões sobre a produção e consumo de música hoje e as novas tecnologias que, muitas vezes, são apontadas como responsáveis pela crise da Indústria Fonográfica.

O Gorillaz é uma banda de mentira? Uma discussão sobre o papel das bandas virtuais na música massiva Ariane Diniz Holzbach (UFF)

Este artigo pretende fazer uma discussão sobre o papel das bandas virtuais na música massiva da atualidade, a fim de entender como uma banda que não existe no plano real faz parte da indústria do entretenimento com a mesma legitimidade que bandas com integrantes de carne e osso. Para isso, serão analisadas a performance ao vivo e as estratégias de surgimento e consolidação da banda virtual Gorillaz, uma das mais impactantes do gênero das últimas décadas. Para terem legitimidade e conseguirem se enquadrar no cenário musical, essas bandas tratam de maneira bastante particular elementos essenciais da experiência musical, desconstruindo parte de seus conceitos.

Notas sobre o consumo de música e tecnologia móvel no Tim Festival 2007 Igor da Costa Bento (ESPM)

Com o esvaziamento dos espaços tradicionais dos encontros urbanos, a aceleração do cotidiano e a pervasividade da tecnologia vemos surgir novas práticas comunicacionais e de consumo. Este presente trabalho pretende através de uma metodologia de cunho etnográfico entender como se dão as apropriações, os usos da tecnologia e consumo de música Como lócus para esta investigação utilizamos um dos eventos culturais de grande porte – Tim Festival 2007.

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Estratégias de autenticidade e rotulação: o valor da forma e os impactos da segmentação na trajetória narrativa do heavy metal Thiago Nogueira Martins (UFBA)

O artigo se preocupa com as estratégias de autenticidade e rotulação nos gêneros e produtos musicais. Estratégias essas capazes (ou não) de estabilizar a tensão existente entre os processos criativos e as lógicas de mercado que regem a ambientação midiática da música popular massiva. Para isso desenvolve algumas sugestões de Simon Frith (1996) a respeito das trajetórias narrativas dos gêneros e o modo pelo qual o reconhecimento dos eventos componentes de sua escritura histórica e musical são indispensáveis para a mensuração do seu grau de mitificação. Nesse sentido, empreende um breve mapeamento dos principais elementos, factuais ou mitificados, que orientam a autenticidade do heavy metal enquanto gênero musical e devedor da noção de autenticidade formal como elemento de valoração de seus produtos.

Seja marginal, seja herói - Estratégias que mantêm o indie rock como um gênero musical a partir do estudo de caso de Mallu Magalhães e Little Joy Nadja Vladi Cardoso Gumes (Ufba)

Este artigo aborda o gênero muscal indie rock, a partir do estudo de caso de dois artistas, a cantora Mallu Magalhães e a banda Little Joy. Tendo como pano de fundo algumas recentes reconfigurações da indústria da música e do consumo musical, o artigo propõe uma reflexão sobre a funcionalidade dos gêneros musicais na produção, circulação e consumo da música popular massiva. A análise dos dois artistas é uma tentativa de refletir sobre a discussão dos gêneros musicais e como eles são consumidos no ambiente da cultura popular massiva.

Moda dos anos 80, sua influência na Cibercultura e na Cibermoda. do Cyberpunk ao Universo POP. Neliffer Horny Salvatierra (UTP)

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo da moda dos anos 80, mostrando seu conceito geral, influenciado pela cibercultura, que vai do Cyberpunk ao universo pop Japones, apresentando uma influencia na criaçao da identidade de cada individuo, enfim chegando a cibermoda, sendo uma interferência da tecnologia que se origina à partir das diversas manifestações sócio-culturais dos anos 70.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00 -SALA 104a BLOCO VERMELHO

Sessão 5 - Dinâmicas de produção e consumo cultural em centros metropolitanosCoordenador: Silvia Helena Simoes Borelli (PUC-SP)

Narrativas Transmidiáticas como Plataformas de Produção e Consumo Cultural Gisela Grangeiro da Silva Castro (ESPM), Vicente Martins Mastrocola (ESPM)

Este trabalho focaliza a produção cinematográfica Transformers: Revenge of the Fallen (EUA 2009, dir. Michel Bay) colocando em discussão o entrelaçamento entre culturas urbanas, mídia e entretenimento. Nesse contexto, argumentamos que o filme parece operar como plataforma para o desenvolvimento de estratégias de marketing e publicidade envolvendo o lançamento e a promoção de marcas, produtos e serviços. Entendemos que a mídia oferece modelos para a constituição de subjetividades no mundo atual. Baseado nos estudos de recepção e das convergências tecnológicas é possível investigar a constituição de perfis identitários específicos. Interessam-nos em especial as redes sociais que operam a partir do compartilhamento e da interpretação coletiva das narrativas transmidiáticas (cf. JENKINS, 2008).

Bourdieu e as cenas musicais – limites e barreiras Marcelo Garson Braule Pinto (PUC-SP)

Neste artigo propomos uma reflexão acerca dos limites, barreiras e das adaptações necessárias que o uso das colocações de Bourdieu sobre a formação do gosto nos impõem quando tentamos aplicá-las a objetos da contemporaneidade.

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Nesse sentido, selecionamos as cenas musicais como nosso instrumento de análise, a fim de enxergar em que medida conceitos tal como campo, habitus, capital cultural e social, podem ser aplicados no intuito de investigar sua forma particular de organização.

Escutas possíveis: música midiática, mundialização, world music em espaços interculturais Simone Luci Pereira (Musimid)

Partindo de uma inquietação suscitada pela leitura de um texto de Roland Barthes de 1968 – em que afirmava que a voz é o que está realmente em jogo na modernidade – esta comunicação se propõe a fazer uma discussão conceitual sobre a escuta midiática na era global. Abordando também o conceito de world music, discutiremos a escuta como forma de consumo cultural que pode possibilitar o conhecimento do Outro, do diferente mediado pela técnica nas canções midiáticas, num momento em que fluxos globais e locais se acham em confronto e negociação, configurando espaços interculturais. Neste contexto, a voz e a escuta midiática adquirem papel de destaque num mundo em que identidades e sentidos de pertencimento se encontram em reconstrução constante. Uma escuta que põe em jogo novas articulações entre próprio/estrangeiro, local/global, em que “escutar é escutar-se” (Barthes).

Batidas Intensas - Corpo e Sociabilidade nas Festas de Música Eletrônica Thiago Tavares das Neves (UFRN)

O significado do corpo nas festas de música eletrônica como um signo comunicante e sociabilizante entre os participantes é o foco deste trabalho. O suporte empírico é a pesquisa de mestrado desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que investiga como a sociabilidade acontece em raves e em casas noturnas na cidade de Natal/RN. O corpo carrega durante sua existência características do universo físico, biológico, social e cultural. Ponto de interseção entre a natureza e a cultura, é mídia primária. Funciona como a sede das emoções e da sociabilidade, pois, é por meio dele que as relações sociais se efetuam.

A cidade contemporânea e o indivíduo nas neotribos urbanas em Balada das duas mocinhas de Botafogo Thalita Cruz Bastos (Uerj)

O presente artigo se propõe a estudar as representações do espaço urbano e suas relações na narrativa ficcional brasileira, focando nos curta-metragens. Partindo dos conceitos e características de cidade contemporânea apontados por Simmel e Maffesoli, e passando pelos aspectos contemporâneos do corpo colocados por Siqueira, discutimos o papel da narrativa ficcional de representar realidades preteridas. O curta-metragem Balada das duas mocinhas de Botafogo, de Fernando Valle e João Caetano Feyer, serve como base para analisarmos as representações da cidade e as relações entre seus habitantes.

Tattoo: incorporações culturais do discurso midiático na constituição de identidades híbridas Eric de Carvalho (FCL)

O estudo da influência do discurso da mídia no estabelecimento de uma identidade cultural por meio da observação de uma mediação que permite a apropriação de elementos da cultura midiática. A metodologia utilizada é a análise da tatuagem compreendida enquanto uma prática ritual contextualizada no cenário urbano, perenizando imagens no corpo de seu usuário. Assim, a hipótese formulada é que a escolha do receptor pelo registro de imagens de produtos midiáticos ou de representações de suas paisagens culturais seriam indícios de uma opção por uma apropriação cultural dos elementos da mídia ou pela incorporação de seus valores do consumo. A abordagem da questão se estabelecerá na análise na leitura dos conceitos de mediação cultural e identidades híbridas pelos estudos de cultura latino-americanos em diálogo com a reflexão sobre a iconofagia conforme estudada por Norval Baitello Jr.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00SALAS 105a BLOCO VERMELHO

Sessão 6 - Análise de produtos e linguagens midiáticas ligadas à vida urbanaCoordenador: Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM)

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Espaço urbano e representações midiáticas: tessituras da esfera pública contemporânea Carla Reis Longhi (PUC-SP/Unip)

O objetivo deste trabalho é desenvolver uma reflexão sobre a esfera pública contemporânea. Vários são os vieses possíveis de análise, com os quais temos trabalhado nas últimas pesquisas. Para esta comunicação privilegiamos dois aspectos distintos e igualmente importantes: a análise do papel do espaço urbano, considerando-se as feições de uma grande metrópole como São Paulo e o percurso pelo qual são construídas imagens sobre São Paulo através das mídias, aqui especificamente a mídia impressa. Trata-se de um estudo de caráter teórico, recuperando conceitos fundamentais ao tema e dialogando com autores que refletem sobre estas questões.

O supereu do gozo na mídia impressa: o discurso performativo da Boa Forma João Osvaldo Schiavon Matta (PUC)

Este artigo busca discutir, à luz dos trabalhos de Freud e Lacan em torno do conceito de supereu, o imperativo do gozo que vemos presente no discurso performativo da revista Boa Forma da Editora Abril. Esta, a partir de seus mapas cognitivos, estabelece um contrato de comunicação com seus leitores em busca de uma fidelização como produto de consumo. A partir de um artigo do professor Vladimir Safatle, discutimos o papel do supereu na sociedade de consumo atual em comparação com a sociedade de produção quando Freud cunhou tal conceito para designar esta importante instância psíquica.

Sintoma de nossos tempos: representações do ideal adolescente em matérias sobre parricídio Mariana Duccini Junqueira da Silva (USP)

Este artigo pretende analisar, em duas reportagens publicadas pela revista semanal de informação Época, no ano de 2002, de que maneira as estratificações sociais, em terminologia de S. Moscovici, respaldam a construção de representações sociais tangentes a um crime de parricídio, mobilizando configurações imaginárias que dizem respeito, sobretudo, a um ideal de adolescência típico de nossos tempos. Considerando-se uma característica inerente à dinâmica dos discursos, qual seja, a de falar em nome de uma vontade de verdade que traduz articulações de um jogo de poder – o poder de instalar significados socialmente aceitos –, o estudo tentará depreender de que maneira tais vontades de verdade se materializam, em um discurso midiático, estabelecendo parâmetros de legitimação relativos às práticas e condutas sociais.

A Sociedade dos Sonhos: Uma Nova Lógica que Rege os Espetáculos Midiáticos Renata Barreto Malta (UNESP)

Pretendemos através deste trabalho elucidar a lógica da Sociedade dos Sonhos, denominada assim por Jensen (1999), como o novo modelo de sociedade que já começa a deixar suas marcas. Como qualquer outra empresa, as emissoras televisivas e seus produtos midiáticos também buscam adequar-se à realidade que desponta. Estaríamos, assim, diante de um cenário voltado à emoção das histórias e deixando paulatinamente a lógica material da Sociedade da Informação, cujas raízes estão voltadas à propria informação. A mídia buscaria, assim, seduzir o público através de narrativas construídas em que o “como” prepondera em detrimento de “o quê” se informa.

O consumo da televisão por jovens de classe popular e as mediações da família e da escola Veneza Veloso Mayora Ronsini (UFSM), Gabrielli Siqueira Dala Vechia (UFSM), Juliano Florczak Almeida (UFSM), Karina Aurora Dacol (UFSM), Sarah Oliveira Quines (UFSM)

O texto discorre sobre a relação entre o consumo da televisão por jovens de classe popular e as mediações da escola e da família a fim de levantar questões iniciais sobre a leitura crítica da telenovela. No cotidiano dos jovens de classe popular, a televisão simboliza prazer, consagração de saberes, demonstração dos estilos de vida das classes média e alta, sonhos de consumo e de ascensão social. A escola parece contribuir para uma leitura crítica do gênero melodramático, tanto no que diz respeito ao saber formal ministrado aos jovens quanto, indiretamente, pela escolarização de pais ou irmãos.

O caso do Rolex José Carlos Souza Rodrigues (PUC-Rio)

Este artigo pretende analisar as manifestações ocorridas na Internet na sequência do assalto de que foi vítima o apresentador de tv Luciano Huck. Nesta ocasião, o apresentador teve roubado o seu valioso relógio da grife Rolex.

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Um incidente localizado, ocorrido em um sinal de trânsito de uma cidade determinada, expandiu-se dramaticamente na mídia como acontecimento de importância nacional. Tais manifestações nos fornecem interessante material para refletirmos sobre representações sociais relativas à sociedade brasileira. Neste sentido, estas manifestações serão tomadas como dramas, na linha sugerida por Victor Turner: ao dramatizarem acontecimentos, pessoas e grupos problematizam questões efervescentes de sua sociedade e procuram encaminhar para as mesmas soluções que são ao menos simbólicas.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00 SALAS 104 BLOCO VERMELHO

Sessão 7 - Produção cultural/midiática em dinâmicas urbanas contemporâneasCoordenador: Josimey Costa da Silva (UFRN)

Comunicação e Manifestações Culturais Populares Renato Márcio Martins de Campos (Unaerp), Sebastião Geraldo (Unaerp)

Esta pesquisa buscou preliminarmente elementos para o entendimento de aspectos da cultura, particularmente aqueles que envolvem os processos de comunicação e o imaginário. Teve, portanto, a pretensão de compreender conceitos de que envolvem cultura e meios de comunicação no contexto da mundialização econômica e tecnológica, bem como os aspectos que confrontos os interesses existentes entre os meios de comunicação e manifestações culturais populares.

Cultura, Comunicação e Espaço: uma reflexão sobre a formação de novas subjetividades subalternas no espaço-tempo da cidadeFabiana Felix do Amaral e Silva (ECA-USP)

Este artigo propõe discutir sobre a possibilidade de construção de ações emancipatórias frente às imposições hegemônicas dos processos globalizantes, ao compreender as práticas construídas nas ambiências das classes subalternas, em especial sua relação com o espaço no contexto da cidade. Estas relações são discutidas a partir do entendimento da comunicação e cultura como campo investigativo e considerando o espaço como eixo articular das subjetividades das classes subalternas. Para construir esta reflexão propõe-se a discussão de três questões: a importância da pesquisa em comunicação e culturas subalternas; a compreensão das alterações ocorridas na relação espaço-tempo e, o entendimento da cotidianidade como palco de análise tanto da reprodução do capital como dos processos emancipatórios da realização da vida.

Sociedade Novo Aeon: Raul Seixas, contracultura e pós-modernismo Vitor Cei Santos (Ufes)

O assunto que nos convida e reúne a pensar é a concepção de Novo Aeon apresentada por Raul Seixas, refletindo sobre sua constituição histórica, seus valores e conseqüências para a cultura urbana pós-moderna. A doutrina do Novo Aeon, elaborada pelo escritor inglês Aleister Crowley no início do século XX, impulsionou trajetórias existenciais de grande força contestatória, influenciando a contracultura das décadas de 1960 e 1970. Seixas, que acompanhou o movimento, fez de sua criação poética o espírito de seu tempo. A partir de análise da linguagem midiática do compositor, nosso objetivo geral é compreender os sentidos do Novo Aeon, revelando sua interseção com o pós-modernismo, tal como pensado por Fredric Jameson e outros pensadores das culturas urbanas contemporâneas.

Do vermelho-sangue ao rosa-choque: o mito do vampiro e suas transformações no imaginário midiático do século XXI Rita Aparecida da Conceição Ribeiro (UEMG)

O mito do vampiro esteve presente em todas as sociedades, independente do nome que a criatura levava. A ideia do sangue como fonte de energia e, consequentemente de juventude, propiciou o desenvolvimento de histórias que tiveram na criação de Drácula de Bram Stoker a sua versão definitiva. Podemos apontar o cinema como o principal responsável pela disseminação do mito do vampiro ao longo do século XX nas suas mais variadas formas: desde o monstro devorador sem alma até o novo estereótipo do romantismo do século XXI. O trabalho, parte de uma pesquisa mais ampla sobre mitos urbanos, visa apresentar as transformações do mito do vampiro e o processo de encantamento e identificação do espectador, principalmente os jovens, com o personagem.

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Balladeur: O flâneur da pós-modernidade Oziel Gheirart (ESPM)

O sujeito pós-moderno é constituído por uma infinidade de combinações fragmentárias que o afeta no corpo e na alma. Na época dos excessos, ele não apenas perdeu seu lugar e sua história, mas tem sua subjetividade em condição de risco. O balladeur é pensado aqui, apesar da sua tentativa de atualização do flâneur, para além de uma possível frente de resistência a esse hiper-preter-sur-real. Utiliza-se desta concepção como abertura para uma proposta teórica e um modelo investigativo, que a um só tempo reconhece e assimila a hiper-realidade.

Graffiti Palace. Fantasmagorias urbanas, espaços abandonados Fabrício Lopes da Silveira (UNISINOS)

Examinamos aqui certos modos em função dos quais a idéia de fantasmagoria urbana vem sendo empregada em estudos pertinentes ao campo da Comunicação. Nessa rápida recuperação monográfica, procuraremos apreender o tema tanto por um viés histórico quanto por um viés teórico-metodológico, já que estaremos construindo um eixo para a análise de determinados materiais comunicacionais que, logo mais à frente, irão exigir atenção.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALAS 104a BLOCO VERMELHO

Sessão 8 - Análise de produtos e linguagens midiáticas ligadas à vida urbanaCoordenador: Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM)

Lost e a Ficção Televisiva Transmídia Afonso de Albuquerque (UFF)

O texto se propõe a discutir a série Lost como um exemplo de ficção televisiva transmídia, tendo em vista o modo como a sua trama e a sua estrutura narrativa se relacionam com a crescente convergência (tecnológica e cultural) que se estabelece entre a televisão e outros meios de comunicação. Discutiremos o modo como o caráter multiplataforma e a influência de formatos oriundos de outras mídias afetam a narrativa da série em três aspectos: 1) a representação do espaço; 2) a experiência do tempo; 3) o papel desempenhado pelos espectadores da série.

Flashdance: um olhar sobre influências geradas pela indústria do entretenimento na produção de filmes nos anos 1980Paulo Roberto Ferreira da Cunha (ESPM)

Esta pesquisa tem por objetivo analisar o filme Flashdance como forma de exemplificar determinadas orientações da indústria cinematográfica para a produção de filmes, na década de 1980, no momento em que vivia uma importante transformação – a consolidação dos conglomerados de comunicação. E assim aprofundar o estudo do cinema enquanto entretenimento e como produto multimidiático, pontuando a horizontalização de lucros, estratégias de produção e influências temáticas e estéticas. Por fim, identificar estas marcas – que podem ser encontradas ainda hoje no cinema e em outras representações midiáticas, tanto nos EUA como em outros países, desde aquela época – é um caminho para compreender a comunicação contemporânea.

Juventude e Rebeldia em Sem Destino (1969): Contracultura, Novas Identidades e Cinema Contemporâneo Carlos Pereira Gonçalves (PUC-SP)

Este trabalho pretende analisar o filme norte-americano Sem Destino (Easy rider; 1969), dirigido por Dennis Hopper, com o objetivo de discutir a influência da contracultura na formação das novas identidades comunitárias inseridas nas sociedades contemporâneas. Ressalta-se, nestas, a crescente influência do modo de vida urbano, cosmopolita e midiático configurado na segunda metade do século XX, ambiente social comumente denominado de pós-moderno. O filme representa uma das produções audiovisuais mais emblemáticas do movimento hippie, caracterizado pelo comportamento juvenil de rebeldia, ideário libertário e contestação política. Ao tratar do cinema jovem extrai temas de

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análise sócio-antropológica da cultura urbana planetária como mobilidade, juvenilização, emancipação social, música/comportamento rock-pop e modernidade.

Shock!: slasher movie “made in Brazil” Laura Loguercio Canepa (UAM)

O presente artigo analisa o longa-metragem Shock! (São Paulo, 1982), de Jair Correia, filme juvenil brasileiro e principal representante nacional de um dos subgêneros do horror internacional mais populares no planeta desde o final dos anos 1970: o slasher movie. O que se pretende é comparar algumas estratégias narrativas usadas em Shock! com as formas canônicas desse subgênero, buscando caracterizar a composição específica do exemplar brasileiro e também sugerir como tal composição se relaciona com a cultura urbana jovem brasileira dos anos 1980.

Identificações discursivas e representações da morte no ciberespaço Mariana Della Dea Tavernari (USP)

Os diários virtuais íntimos, experiências legítimas de reconhecimento social, são elementos-chave para compreender a transformação dos modos de cognição e interações perceptivas, bem como as consequentes configurações identitárias na sociedade contemporânea, em suas circunstâncias sociais, culturais e epistemológicas. A partir da perspectiva descentrada da Análise do Discurso busca-se percorrer das estruturas sintáticas às pragmáticas investigando os processos de subjetivação e possibilitando reconhecer a dinâmica dos processos identitários no ciberespaço, principalmente aqueles relacionados à temática da morte.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00 SALAS 105a BLOCO VERMELHO

Sessão 9 - Campo cultural, mídia e mercado articulados à urbanidadeCoordenador: Silvia Helena Simoes Borelli (PUC-SP)

O consumo como fonte de encantamento da vida dos jovens urbanos na metrópole Marcos Rodrigues de Lara (PUC-SP)

Vivemos num mundo desencantado, construído ao longo da história, e que apresenta, na contemporaneidade, condições insuportáveis à vida humana em sociedade. Nas construções históricas das relações sociais a religiosidade assume sua função como um dos seus componentes contextuais geradora de significados para a vida através de seus elementos, ritos e símbolos. É com a religiosidade parametrada pelas instituições religiosas, e nelas circunscrita, que fica exposta uma vida desencantada fora de suas esferas de influência, cujos sentidos não são mais elaborados por ela. É neste contexto que esta tese identifica um deslizamento de significantes religiosos para o campo do consumo e que ali se inseriram ressignificados. É nessa ressignificação via consumo que se restabelece o encantamento reinserindo sentidos para a condição humana.

A religião dos celulares: consumo de tecnologia como expressão de fé entre evangélicos e umbandistas Sandra Rúbia da Silva (UFSC)

Ao longo de onze meses de trabalho de campo em um bairro de camadas populares em Florianópolis, pude constatar importantes conexões entre o consumo de telefones celulares e a vivência da religiosidade entre evangélicos e umbandistas. Neste artigo, exploro as maneiras pelas quais os telefones celulares estão presentes no discurso e nas práticas religiosas desses dois grupos, percebendo o celular tanto como mediador positivo quanto negativo. A partir da análise do material etnográfico, argumento que a associação entre religião e uso de telefones celulares, além de aliviar a experiência da pobreza, traz renovadas possibilidades de expressão da identidade religiosa. Sugiro também que a dimensão política está presente, na medida em que suas funcionalidades – em especial o bluetooth e o SMS - auxiliam na disseminação do discurso religioso e na obtenção de novos adeptos.

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A “Descoberta” da Sociedade do Consumo: Processos de Comunicação em dois centros comerciais de Lisboa Isabel Maria Ferin Cunha (UC/Fluc)

Baseada em algumas indagações – por que da afluência aos centros comercias e o que proporcionam e impulsionam num grande número de consumidores, com idades e origens tão diversificadas? por que o turismo torna-se um dos pilares da economia? em que medida a concepção de “Descobertas” organiza um lugar mental de identidade e articula a ideia de consumo? – este artigo procurou respondê-las, através de observações inscritas em conceitos e autores que refletiram sobre a sociedade de consumo, mas também sobre a identidade coletiva portuguesa

Comunicação e Consumo de Cultura Fast-Food: Uma eXperiência Giraffas na praça de alimentaçãoMarina Pechlivanis Koutsantonis (ESPM)

O objetivo desta pesquisa foi investigar as relações de comunicação e consumo que se estabelecem em lojas da rede de fast-food Giraffas em praças de alimentação de shopping centers, significativos pontos de encontro e de socialidade da contemporaneidade. Conceitualmente, a articulação entre autores como Walter Benjamin, Roger Silverstone, Michel Maffesoli e Massimo Canevacci, construindo a experiência da cultura fast-food. Metodologicamente, a experiência do olhar, permitindo a análise das diferentes grafias dos impactos da comunicação da rede Giraffas: a “geografia” da praça de alimentação, a “etnografia” da prática de consumo e a “biografia” do consumidor. Para a estrutura do corpus da pesquisa, os shoppings West Plaza e Frei Caneca, em São Paulo, foram selecionados por sua proximidade geográfica (oito quilômetros) e distância de consumo cultural.

Entre a Politização do Consumo e a Comodificação do Político: Quando o ativismo invade o mercado Taiane Cristine Linhares Pinto (UFRJ)

Prática central na sociedade contemporânea, o consumo não é apenas um instrumento de constituição identitária. É cada vez mais comum a ação nesse campo como forma de promover valores socioambientais, fenômeno chamado de “consumo político”, termo recorrente em pesquisas européias e norte-americanas sobre o tema. A ação política através do consumo, caracterizada, sobretudo, pelo boicote e pela compra de produtos “ecológica e eticamente corretos”, enfrenta, no entanto, o sério risco de decompor-se em um ato irrefletido de “consumismo consciente”. É preocupação fundamental discutir os limites da tênue fronteira entre a politização do consumo e a comodificação do político. O estudo de caso do veganismo – estilo de vida que defende o boicote a itens de origem animal – põe em questão a problemática coexistência de ética e mercado.

Usos Juvenis de Computadores na Lan da Periferia: Um Estudo Sobre Cultura, Sociabilidade e Alteridade Carla Fernanda Pereira Barros (ESPM-RJ)

O estudo se propõe a investigar determinados usos de computadores em lan houses junto a um grupo de jovens pertencente às camadas populares da cidade do Rio de Janeiro. O foco do artigo recai sobre o papel dos games como motores da sociabilidade, as navegações coletivas e a apropriação da lan como um “clube local”. O artigo também aborda, em um plano mais amplo, a questão da construção da alteridade na rede, onde se cruzam os processos comunicacionais da “comunidade de baixa renda” com os de outros atores das camadas médias e altas da população, tendo como pano de fundo a questão da “inclusão digital” e da convivência com a diferença cultural.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALAS 104 BLOCO VERMELHO

Sessão 10 - Produção cultural/midiática em dinâmicas urbanas contemporâneasCoordenador: Rita de Cássia Alves de Oliveira (PUC/Senac)

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Rainhas de Bateria: representações do corpo feminino na cidade do Rio de Janeiro Sonia Schneiders (Uerj)

O artigo que será apresentado analisa os atuais padrões de beleza do corpo feminino por meio das Rainhas de Bateria do carnaval carioca. Como palco de grande diversidade cultural, a cidade do Rio de Janeiro possui a festa de maior repercussão midiática no país, e, com isso, expressa representações sociais em torno da cultura de seus habitantes. O carnaval é também momento de grande exposição de imagens dos corpos que podem ser considerados modelos da beleza contemporânea, conquistando o imaginário fetichista de parte da população.

A arte da performance no Estado de São Paulo: a busca por “novos sensóreos” e reflexões a partir da etnografia-biografia do artista Marcio Pimentel Rosa Maria Araújo Simões (Unesp), Fernanda Vasconcelos Parreira (Unesp)

Este trabalho é fruto das investigações para a realização do livro-reportagem “Marcio Pimentel e a arte da performance” o qual, dialogando com a antropologia da performance, foi gerado a fim de compreender sua estética própria a partir de uma etnografia-biografia em que os relatos orais sobre a vida e obra deste artista contemporâneo permitiram mapear a origem de sua pesquisa e o desdobramento de sua trajetória no Estado de São Paulo. Ao abordar as características do trabalho de Pimentel, que abarca desde a questão da organização político-cultural de uma categoria artística até o processo de criação de espetáculos multimídias, tal pesquisa destacou os fundamentos, conceitos e relações da arte contemporânea performance art a qual, enquanto comunicação e manifestação da cultura urbana, busca novos sensóreos e processos imagéticos.

Uma leitura da comunicação urbana: as bancas de jornal na paisagem da cidade Claudia Graça da Fonseca (UFMG)

No texto a autora reflete sobre relações comunicativas que são constitutivas da cidade. A idéia é pensar algumas formas ordinárias da comunicação que se processam no espaços das ruas da cidade e que contribuem para a constituição e o reconhecimento dos lugares urbanos. Para realizar esta discussão propõe-se o uso das noções de paisagem e ambiência comunicacional como caminhos possíveis de discussão da discussão entre comunicação e espaço urbano. O material empírico que serviu de base à discussão foi coletado a partir da observação da comunicação entre pessoas comuns em torno das bancas de jornal e revista localizadas no chamado Hipercentro da cidade de Belo Horizonte.

Imagens de São Paulo na Década de 50 nos Trechos Censurados das Peças Teatrais do Arquivo Miroel Silveira Andrea Limberto Leite (ECA-USP)

O presente trabalho resgata representações da cidade de São Paulo nas obras teatrais do Arquivo Miroel Silveira (AMS) apresentadas à censura durante a década de 50 baseado-se na análise de figuras de linguagem (tradição dos estudos de Retórica) e fundamentando-se na análise de discurso de Osvald Ducrot. O referido Arquivo está sob guarda da Biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da USP e reúne processos do Departamento de Diversões Públicas do Estado de São Paulo referentes à censura prévia ao teatro entre 1930 e 1970. Trabalhamos sobre os trechos que sofreram corte e que continham referências à cidade. A década sobre a qual trabalhamos se mostrou relevante pela quantidade e representatividade das peças, mostrando uma São Paulo de desenvolvimento industrial e de tipos urbanos.

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00SALAS 104a BLOCO VERMELHO

Sessão 11 - Análise de produtos e linguagens midiáticas ligadas à vida urbanaCoordenador: Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM)

Sleeveface.com: re-significações do vinil na cibercultura Simone Maria Andrade Pereira de Sá (UFF)

O trabalho analisa aspectos da revitalização do consumo de discos de vinil na atualidade, tendo como foco o Sleeveface - prática de posar para fotos com capas de álbuns, postando o resultado em sites e blogs na internet.O culto ao vinil

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e em especial o Sleeveface são analisados como exemplos da re-significação do suporte, com base na discussão em torno da materialidade destes objetos técnicos; e da discussão de Jenkins(2008) sobre convergência de mídias e cultura da participação.

Da cultura de massa à cibercultura: o caso do fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente Giovana Santana Carlos (UTP)

O presente artigo pretende descrever rapidamente diferentes estágios pelos quais a mídia passou com ênfase em processos culturais, principalmente, na participação do público na circulação de conteúdos. Para tanto, num primeiro momento são revistos os conceitos de cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. Em seguida, exemplificam-se esses três estágios através do fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente tendo em perspectiva o engajamento dos fãs.

Videoclipe, You Tube e Televisão Expandida: Notas sobre Itinerários do Audiovisual na Cultura Midiática Thiago Soares (UFPB)

A partir dos novos itinerários previstos para produtos televisivos, com o caráter de extensividade da televisão na internet, propõe-se uma reflexão sobre os impactos desta nova ordem num formato que parece reverberar tensões e impasses dessas transformações: o videoclipe. Os contornos conceituais usados nesta reflexão trazem à tona um olhar semiótico apoiado num exame dos discursos a partir de retrancas mais culturológicas, por isso, autores como Raymond Williams (1979), John Fiske (1987) e Arlindo Machado (2007) são convocados. A perspectiva é tomar o itinerário do videoclipe como determinante da formação discursiva deste produto midiático. Para isso, um exame mais detido e crítico sobre o clipe “Single Ladies”, da cantora Beyoncé, e suas inúmeras ressignificações no território das mídias é descrito.

Balanço do crescente interesse pelos videogames musicais nas culturas urbanas Micael Maiolino Herschmann (UFRJ)

Analisa alguns dos impactos gerados pelas novas práticas e rotinas envolvendo games de música – em que a música é o tema central do videogame (tais como Guitar Hero, Sing Star, Rock Revolution e Rock Band) – na sociedade contemporânea. A partir da literatura especializada no tema (e tópicos correlatos); de dados públicos sobre a indústria dos games; e levando-se em conta os discursos - dos profissionais que trabalham na indústria e dos usuários - veiculados em matérias jornalísticas; procurou-se analisar como, nos últimos anos, a produção, consumo e agenciamento envolvendo estes dispositivos (estas plataformas multimídias) vêm repercutindo nas culturas musicais e urbanas.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALAS 105a BLOCO VERMELHO

Sessão 12 - Dinâmicas de produção e consumo cultural em centros metropolitanosCoordenador: Simone Luci Pereira (Musimid)

Smartismo: elegância masculina e modernidade no início do século XX no Rio de Janeiro Rosane Feijão de Toledo Camargo (PUC-Rio)

No início do século XX o Rio de Janeiro passou por um processo de modernização que tomou Paris como modelo. As idéias de civilização importadas pelas elites burguesas estabelecidas na então capital da República configuraram não somente o urbanismo e a arquitetura, mas também a moda que determinava as formas de vestir dos habitantes da cidade. Este artigo analisa a construção da aparência pessoal dos homens que circulavam pelas áreas reformadas da cidade, as relações entre moda masculina e modernidade e o destaque dado a esse assunto na Fon Fon, uma das revistas mais marcantes da época.

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Interações Urbanas no Vestir Cotidiano Márlon Uliana Calza (Unisinos)

Objeto comunicacional vastamente presente na complexidade urbana, a camiseta desencadeia diferentes processos interacionais por meio das mensagens estampadas, reconfigurando as maneiras pelas quais os sujeitos se relacionam e vivenciam a cidade. Considerando as diferentes práticas realizadas pelos sujeitos, as temáticas impressas nas camisetas que vestem e os locais por onde circulam, aqui se procura mapear, identificar e definir alguns destes processos de interação/comunicação desenvolvidos nas ruas. A observação é empreendida a partir de uma perspectiva que envolve a interação social como ângulo principal, sendo também baseada na utilização de métodos que se aproximam da pesquisa etnográfica.

Telejornalismo e Consumo: o papel dos apresentadores de telejornal no consumo simbólico de moda Agda Patrícia Pontes de Aquino (UFRN)

O telejornalista cumpre um papel importante na padronização de estilos e no estímulo ao consumo simbólico de moda, seja através da vestimenta, de acessórios ou até mesmo de cortes e cores de cabelo. Por ser um membro da sociedade ao qual se atribui credibilidade e que aparece constantemente na televisão, o apresentador de telejornal acaba se tornando referência no jeito de se vestir, portar, falar e apresentar da população, mesmo que essa forma de aparência não seja condizente com o clima, a etnia ou mesmo as culturas de quem toma esse padrão como referência para si mesmo. A cultura criada pela mídia, o desejo de consumo da sociedade capitalista e a vontade de ser reconhecido pelo outro fazem com que o jornalista de televisão passe a ser um modelo estético imitado pela população, seja essa imitação consciente ou inconsciente.

O Logos Objetivo da Produção Ficcional e o Imaginário Coletivo Orlando de Carvalho Eliano (FRB)

O propósito deste ensaio é apresentar algumas conexões de natureza lógica entre os caracteres reais da produção ficcional e o imaginário social e, então, tentar estabelecer, ao fim, a implicação ética ligada à responsabilidade sempre a ser definida no processo de criação, inserção e fixação desses produtos, no cotidiano da sociedade. Tal responsabilidade independe de períodos históricos, mas ela está maximizada, crescentemente, na contemporaneidade. Para atingir seu objetivo, este estudo busca fundamentos teóricos, embora não exclusiva e necessariamente, na obra do matemático e filósofo estadunidense Charles Sanders Peirce.

A Urbanidade Como Espelho: Cultura, Mídia, Produção e Consumo Nas Cidades Silvia Helena Simoes Borelli (PUC-SP), Rita de Cassia Alves Oliveira (PUC-SP), Josimey Costa da Silva (UFRN)

Restituindo o percurso reflexivo do NP Comunicação e Culturas Urbanas, assume-se como ponto de partida o mapeamento das tematizações e categorias analíticas recorrentes em seus quatro anos de atividades (2005-2008). Tendo esta cartografia por referência, as autoras propõem a síntese e a construção teórica de alguns dos principais marcos reflexivos localizados na interpretação comunicacional e cultural da urbanidade: 1. Imaginários, visualidades e novos sensóreos em contextos urbanos; 2. Identidades, subjetividades e sociabilidades urbano-midiáticas; 3. Hibridizações, gêneros e produções culturais nas metrópoles; e 4. Articulações entre comunicação, consumo e mercado.

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DIVISÃO TEMÁTICA 6 – GP FOLKCOMUNICAÇÃOCoordenador: Cristina Schimidt Pereira da Silva (UMC)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00 SALA 5 BLOCO VERMELHO

Teoria e Interfaces FolkcomunicacionaisCoordenador: Cristina Schmidt Pereira da Silva (UMC)

Folkcomunicação: caminhos enunciados pela era digital Cristina Schmidt Pereira da Silva (UMC)

Há quarenta e dois anos Luiz Beltrão inaugura uma disciplina no campo da comunicação voltada ao estudo dos processos comunicacionais do folclore, a Folkcomunicação. É a gênese de uma teoria autenticamente brasileira de comunicação. Diferente de outros estudos voltados para a comunicação do mundo, esse é um rico sistema que contém “um traço de universalidade que advém de sua fundamentação no folclore” com raízes bem arraigadas, independentemente das características de seus agentes produtores. Os estudos de folkcomunicação foram ampliados por seguidores de Luiz Beltrão. Ex-alunos e adeptos de suas teorias têm expandido seus conceitos e estabelecem relações novas e diversas com os meios de comunicação de massa e, também, com o universo digital na internet.

Breve cartografia dos estudos em Folkcomunicação: Um retrato temático e editorial da Revista Internacional de Folkcomunicação Sérgio Luiz Gadini (UEPG), Adrielle da Costa Calixto (UEPG)

O texto apresenta os principais temas, autores mais citados, referências conceituais e orientações metodológicas de base de pesquisa empírica que caracterizam os artigos e ensaios publicados nas primeiras 10 edições da Revista Internacional de Folkcomunicação, publicadas a cada semestre, entre junho de 2003 e dezembro de 2007. A amostragem, mesmo que pontual, representa uma importante referência aos estudos em Folkcomunicação da primeira década do milênio (2001).

A Internet na evolução do pensamento Folkcomunicacional Fabio Rodrigues Corniani (Unifoa)

Desde o início das pesquisas em folkcomunicação, essa área de estudo vem sofrendo uma evolução contínua com a descoberta de novos objetos de investigação diante de seu veloz desenvolvimento. A Internet está mudando a forma de como as pessoas se comunicam e vivem. No bojo dessas mudanças, a Folkcomunicação, que perpassa a comunicação das massas por ter sua gênese no folclore, vem ganhando novos objetos com a evolução das tecnologias da Informação. Este trabalho vem mostrar alguns novos suportes para os objetos da folkcomunicação. Para tanto, buscou-se embasamento em conceitos de Luiz Beltrão, e atualizações deste em José Marques de Melo, Joseph Luyten, Cristina Schmidt, Osvaldo Meira Trigueiro, dentre outros.

Folkcomunicação no Cenário Global e Local Bianca Gonçalves de Freitas (Fatea)

A TV no Brasil nasceu com a missão da integração nacional. Unificar no sentido de tornar único, visando a construção de um mundo só, eliminando diferenças, ao contrário de unir, que seria a soma, a integração das diversidades. Mais recentemente, a televisão vem desenvolvendo estratégias no sentido da regionalização das emissoras e de seu conteúdo. Ao se voltar para esses novos conteúdos localizados, está presente no discurso da TV regional a preocupação em valorizar a cultura regional, onde se insere a folkcomunicação. Assim, torna-se importante estudar o processo de revalorização do regional e do local como temática e mercado no âmbito da comunicação, até então voltada para questões globais, além de refletir sobre o papel da televisão na reconstrução da cultura regional, buscando compreender as inter-relações entre a televisão e essa cultura

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Folkcomunicação e apropriação: do congo ao congopop Adriana Bravin (Ufop)

O artigo se insere em uma das vertentes da nova abrangência da Folkcomunicação (Benjamin,1999) – a apropriação de elementos da cultura folk pela cultura de massas -, e discute o processo de tradução cultural de um elemento do folclore do Espírito Santo - o congo capixaba - em produto musical massificado, o congopop. Aponta-se o sentido e o significado político dessa nova forma híbrida e massiva, traduzida por grupos musicais jovens e urbanos, e os reflexos dessa tradução na produção de identidades regionais, no caso, a capixaba.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 5 BLOCO VERMELHO

Folkcomunicação MidiáticaCoordenadora: Betania Maciel de Araújo (UFRPE)

Cultura popular e os impactos folk-midiáticos no cinema Paulo Rogério de Arruda (Uniso)

Este trabalho visa sob a perspectiva da folkcomunicação buscar dentro da linguagem do audiovisual, utilizada pelo Cinema, uma reflexão sobre a representação da figura do caipira por meio dos filmes: Jeca Tatu e Tapete Vermelho. O primeiro produzido em 1959, pela PAM Filmes, sob a direção de Milton Amaral e argumento de Amácio Mazzaropi foi baseado nos contos do “Jeca Tatuzinho”, escritos por Monteiro Lobato. A segunda obra, de 2006, produzida pela LAP Filmes, sob a direção Luiz Alberto Pereira, é uma homenagem a Mazzaropi. As obras fílmicas analisadas constroem representações midiáticas do caipira e abordam, porém, não com tanta profundidade, questões sociais importantes que envolvem esse universo.

Festa do Divino na internet: utilização de uma nova tecnologia de comunicação na divulgação de uma tradicional manifestação popularVictor Kraide Corte Real (FPM)

O presente texto aborda questões relacionadas com o cruzamento das informações propagadas pela internet e os estudos dos processos de comunicação folclórico-popular determinados pela teoria da Folkcomunicação. O objeto de pesquisa foi definido a partir de exemplos de sites, identificados como sendo os mais frequentes nos resultados das consultas efetuadas junto aos mecanismos de busca da internet, cujo foco é a divulgação da Festa do Divino Espírito Santo realizada em diferentes cidades brasileiras.

Perspectivas Folkmidiáticas da Poesia Matuta Antonio Roberto Faustino da Costa (UEPB)

Analisa as perspectivas folkmidiáticas da poesia matuta, considerando que a cultura popular mobiliza recorrentemente estratégias para dialogar com a indústria cultural. Problematiza como se constitui, historicamente, a cultura das classes subalternas e a importância da folkcomunicação para a compreensão de seus processos de resistência e contra-hegemonia. Lança mão dos conceitos de folkmídia e ativismo midiático para atualizar a relação dialética estabelecida entre a cultura popular e a cultura de massa. Conclui enfatizando o incremento da folkcomunicação na década de 2000 e a relevância da pesquisa “Trajetória, tendências e perspectivas folkmidiáticas da poesia matuta na Paraíba” para o resgate e revisão da cultura regional.

As vozes do discurso folkmidiático: quem diz e quem cala nas comunidades sobre cultura popular brasileira no orkut Edwin dos Santos Carvalho (UFRN), Maria Érica de Oliveira Lima (UFRN)

As neotecnologias da informação vieram não apenas para romper as barreiras do espaço e do tempo, mas também para imprimir novos sentidos às relações sociais. Com a internet, grupos culturalmente marginalizados tiveram a oportunidade de interagir e difundir seus valores. No entanto, a mesma internet que liberta os públicos oprimidos, dando-lhes a chance de se expressar, também é excludente, na medida em que não é acessível a todos e permite que

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grupos não marginalizados se coloquem como legítimos representantes daqueles que não dispõem da ferramenta tecnológica como suporte comunicacional. Este artigo apresenta um estudo preliminar sobre a relação entre o orkut e a cultura popular brasileira, amparado na teoria folkcomunicacional e na análise de discurso midiático.

Tradições e Apropriações das Culturas Populares na Modernidade: A Lenda do Pantel da Mata Rosi Cristina da Silva (UFRPE)

A temática abordada por este estudo buscou focalizar sob o olhar da comunicação e folkcomunicação a forma como vem sendo ressignificadas as lendas, enfatizando o papel do poeta popular como comunicador folk na mediação desses fenômenos sociais. Na cidade de Pombos, localizada na zona da mata de Pernambuco, a lenda do Pantel da Mata, embora possua diferentes alterações no seu conteúdo, ainda sobrevive até os dias de hoje e já é parte da cultura local. Pretendemos realizar uma breve analise de como se dá a apropriação dessa manifestação cultural em nível de localidade no contexto atual da globalização. Para realizar este estudo exploratório recorremos a referenciais teóricos e a coleta de narrativas orais através de entrevistas.

Folkcomunicação: origem do termo papangu do carnaval de bezerros possui características de lenda urbana na web Eliana Maria de Queiroz Ramos (UFRPE)

Neste artigo, é nosso objetivo estudar a origem do termo Papangu de Bezerros como manifestação da cultura popular, que vem sendo divulgada na mídia eletrônica, com características de lenda urbana, mediante pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, justificada pela necessidade de explicar e investigar o que é lenda urbana (imaginário) e o que é real. Para isso, foi feito um mapeamento no Google, Google acadêmico e Orkut dos sites e meios eletrônicos com a palavra-chave Origem Papangu. A pesquisa empírica e a bibliográfica apontam para o fato de ser lenda urbana a forma como vem sendo divulgada a origem do papangu, e apontam o artesão Amaro Arnaldo do Nascimento, mais conhecido por Lula Vassoureiro, como o principal informante e disseminador. A partir daí, discutimos levantamentos bibliográficos para sugerir novas pesquisas que contribuam com a origem histórica do termo.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 5 BLOCO VERMELHO

Processos Folkcomunicacionais Coordenador: Marcelo Pires de Oliveira (Uesc)

A Exposição Personas Circenses Como Ferramenta de Folkcomunicação, Arte-educação e Desenvolvimento Sustentável Betania Maciel de Araújo (UFRPE), Cerize Ferrari (FITS)

Através da análise descritiva da exposição Persona Circenses e do projeto Sua Majestade o Circo, relacionamos esta iniciativa voltada para a formação profissional e de atitudes e valores relacionados à ética, justiça social e pleno exercício dos direitos cidadãos e sociais com a teoria da Folkcomunicação. Utilizamos também o conceito de hibridização cultural, entre a cultura local da comunidade Emater de Maceió, Alagoas, cuja subsistência se baseia no aproveitamento do lixo urbano, com a cultura globalizada e tecnológica, representada pelo Cirque du Soleil, seu patrocinador e parceiro. Como resultado, os arte-educadores atuam como agentes folkcomunicacionais, facilitando o processo de expressão dos adolescentes atendidos, enquanto a apropriação da cultura de massa é condição necessária para os objetivos de elevação da inserção profissional-educacional e geração de renda do projeto.

Bonecas Caiçaras Geram Renda e Contam História Agnes de Sousa Arruda (Unip)

Artesãs de Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, confeccionam no projeto Farinha de Meia uma linha de bonecas de pano que retrata, com suas vestimentas e acessórios, o tradicional caiçara e sua família. O ofício lhes é passado de geração em geração e assim, folkcomunicacionalmente, as artesãs transmitem a realidade a qual pertencem para o seu grupo e às demais organizações sociais, já que hoje as bonecas são, inclusive, exportadas. Este trabalho

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trata de Cultura Popular e Folkcomunicação, baseado nas teorias de Bosi e Beltrão, atualizadas por Corniani. As artesãs também foram entrevistadas pelo método da Biografia Humana. O objetivo foi descobrir mais sobre a história desse povo e melhor retratá-lo, apresentando assim à comunidade acadêmica exemplo de folkcomunicação utilizado pelo grupo dos caiçaras de Caraguá.

A folkcomunicação como instrumentalização da comunicação alternativa na Internet Orlando Maurício de Carvalho Berti (Uespi), Fábio Rodrigues Corniani (Fatea)

Este trabalho é um estudo teórico de como a Folkcomunicação é lincada com a comunicação alternativa, via Internet. Envereda-se como a folkcomunicação influencia a comunicação alternativa e como ambas se retroalimentam, confirmando os postulados folkcomunicacionais, buscando-se a solução do questionamento de como o alternativo vem sendo instrumentalizado pela folkcomunicação na Grande Rede? Objetiva-se: mostrar como ocorre a instrumentalização pela folkcomunicação para a comunicação alternativa; destacar as peculiaridades folkcomunicacionais como instrumentalização de uma comunicação alternativa; refletir sobre o atual papel da Folkcomunicação e seu contributo para os estudos da virtualidade. Utiliza-se trabalho analítico com fundamentação teórica de Folkcomunicação e Comunicação Alternativa, mostrando que as novas tecnologias capitaneadas pela Internet cada vez mais lincam as duas áreas.

Do nascimento à nacionalização do samba: processos de hibridismo cultural e folkcomunicação Maria Fernanda de França Pereira (UFJF)

Este artigo tem como objetivo principal discutir o hibridismo cultural e o samba. Inicialmente faremos um debate teórico sobre os conceitos de folkcomunicação, culturas híbridas e cultura popular, já que o samba é tipicamente uma manifestação das classes populares. Do surgimento desse gênero musical, em 1917, até a Era Vargas apontaremos as miscigenações étnicas na formação do samba, quais foram as contribuições do branco e, principalmente, do negro para constituição dessa música. Na segunda parte, de 1930 a 1950, estudamos o processo de nacionalização do samba, através da articulação do projeto populista de Getúlio Vargas com a indústria cultural. Nesse contexto, discutimos a importância dos meios de comunicação, sobretudo o rádio, para que o samba se tornasse símbolo da cultura nacional.

A Transmissão dos Saberes das Figureiras de Taubaté Marcelo Pires de Oliveira (Uesc)

A transmissão de saberes é um processo que ocorre na sociedade de diferentes maneiras, seja em casa ou na escola, espaço formal de educação e letramento. Este trabalho aborda como uma comunidade de artistas populares realiza seu processo de transmissão de saberes de sua arte e de sua tradição, bem como da história de formação do grupo para as novas gerações de artistas que, em sua maioria, são filhos e netos dos artistas em atividade.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 5 BLOCO VERMELHO

Folkcomunicação Política, Turística e ReligiosaCoordenador: Sérgio Luiz Gadini (UEPG)

O Santo Folkcomunicacional Tatiane Eulália Mendes de Carvalho (UMESP)

A Festa de São Benedito, em Aparecida / SP, é considerada um dos maiores eventos de cultura popular do país e, neste ano, completou 100 anos, reunindo mais de 80 grupos de congadas e moçambiques, pessoas de diversos Estados, com eventos religiosos, culturais e profanos. Este trabalho tem como objetivo fazer uma analise histórica e comunicacional da Festa, tendo como objeto de pesquisa os cartazes. Para tal, selecionamos três décadas (1910, 1960 e 2009), verificando os aspectos modificados e os mantidos, além de averiguar as novas manifestações. Também no início o programa era como o jornal informativo e reunia todas as informações do evento. Hoje, possui muita publicidade. Ainda será feita uma análise do conteúdo gráfico dos cartazes. Um dos exemplos, é que no início, os cartazes eram feitos por tipografia e agora são digitalizados.

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São João da Bahia: Cultura Popular, Folkmarketing e Turismo Roberto Pazos Ribeiro (Uesc)

O presente trabalho se propõe a analisar, através da campanha de marketing do São João realizado pela Bahiatursa para o ano de 2008 – mais específicamente, no site www.saojoaobahia.com.br - de que maneira os mass media se apropriam das manifestações da cultura popular e suas formas de expressão comunicacional, em suas ações de marketing, a fim de atingir um público consumidor específico para o seu produto, utilizando-se para tanto dos estudos no campo da folkcomunicação e mais específicamente do folkmarketing (LUCENA FILHO, 2007). Vale ressaltar que no caso específico da campanha em questão os “produtos” a serem consumidos são as festas juninas nos diversos municípios baianos assim como o turismo de foco cultural voltado para esses festejos.

Ações de Folkmarketing da Sadia no município de Vitória de Santo Antão em Pernambuco Jademilson Manoel da Silva (UFRPE), Decilene Maria Santos Mendes da Silva (UFRPE)

Este trabalho promove uma análise sobre a comunicação mercadológica e institucional utilizada nas ações promovidas pela empresa de alimentos Sadia ao chegar ao estado de Pernambuco, e instalar-se especificamente no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata, em março de 2009. Tomamos como campo a própria localidade da instalação da nova fábrica e efetuamos uma análise do corpus, constituído por várias peças publicitárias e observações em campo, durante o mês de março deste ano. O folkmarketing norteia a nossa análise juntamente com os aportes teóricos do pertencimento e imaginário. Como coleta de dados, utilizamos o registro fotográfico, a ficha de anotação. Apropriamos-nos do método estudo de caso com abordagem qualitativa, através de pesquisa bibliográfica, documental e descritiva.

A Folkcomunicação na Contemporaneidade - A Instrumentalização das Expressões Folclóricas Cuiabanas na Campanha Política para Prefeito de Cuiabá - MT Debora Cristina Tavares (UFMT), Ramachandra Das dos Santos Branco (UFMT)

Este artigo propõe identificar as expressões folclóricas tradicionais cuiabanas e mato-grossenses, em especial do Siriri e Cururu . Além disso, será feita uma conexão entre tais expressões e as estratégias de comunicação política na construção da imagem do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos e fazer uma contextualização dos processos de modificações ocorridos com a cultura folclórica regional da sua formação até a contemporaneidade.

Folkcomunicação nas relações socioeconômicas e políticas contemporâneas Yuji Gushiken (UFMT)

Este artigo analisa a prática e a virtualidade da folkcomunicação na mediação direta com as relações socioeconômicas e políticas que condicionam seus modos de atualização. Parte da hipótese de que os saberes populares das tradições culturais modulam-se e transformam-se na relação direta que mantêm, nos dias de hoje, com determinações políticas e o chamado “trabalho imaterial” desenvolvido principalmente pelos setores profissionais cujos saberes passam pela formação universitária como ciências aplicadas. Na perspectiva dos estudos folkcomunicacionais, segundo o modelo de pesquisa da comunicação como ciência da cultura, o artigo tem como recorte o Festival Cururu Siriri, realizado anualmente em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, Brasil.

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DIVISÃO TEMÁTICA 6 – NP PRODUÇÃO EDITORIALCoordenador: Anibal Francisco Alves Bragança (UFF)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00 SALA 107 BLOCO VERMELHO

Cultura letrada, teoria e história

Cultura e subjetividade: oralismo e letramento nos personagens principais de Zorba, o Grego, de Nikos Kazantzakis Anibal Francisco Alves Bragança (UFF), Gabriela Mello Barbosa (UFF)

O artigo pretende identificar comportamentos característicos dos sujeitos de formação oralista e letrada na trajetória das personagens Alexis Zorba e o Patrão/Narrador do romance Zorba, o Grego, de Nikos Kazantkakis (1873-1957), famoso mundialmente por adaptações de seus livros para o cinema, especialmente de Zorba, o Grego, estrelado por Anthony Quinn e Alan Bates, ganhador de 3 Oscares em 1964, e de A última tentação de Cristo (1988), filme dirigido por Martin Scorcese. Além das indicações sobre a construção dos personagens de ficção, de Antonio Candido, e sobre o narrador, de Walter Benjamin e de Silviano Santiago, o artigo se fundamenta em perspectivas teóricas que apontam a relação entre tecnologias de comunicação e configurações culturais, com foco na construção das subjetividades, de Marshall McLuhan, Eric Havelock, Walter Ong e Pierre Lévy.

A Polêmica Eisenstein-Johns I Márcio Souza Gonçalves (UERJ)

Trata-se aqui de uma abordagem parcial da polêmica que envolveu Elizabeth Eisenstein e Adrian Johns, materializada em artigos publicados por ambos no The American Historical Review, na seqüência da publicação de The Nature of the Book pelo segundo. Os resultados aqui apresentados são parciais e se restringem a uma abordagem do primeiro texto de Eisenstein, ao que se segue uma breve consideração epistemológica sobre o material abordado.

Caminhos paralelos da produção de jornais e livros no Brasil Renata Carvalho da Costa (USP)

O Jornalismo e a edição de livros no Brasil tiveram um início concomitante. Quem os fazia – impressores, editores, livreiros, intelectuais – não viam muita diferença no trabalho de cada um. A industrialização e a profissionalização afastaram os dois campos. Por outro lado, desde a época do folhetim já se sabe que, para o público-leitor, não importa de qual país ou época, é atraído por histórias calcadas no real e no humano.

O Livro dos livros da Biblioteca nacional: tesouros na Biblioteca Nacional Rosane Maria Nunes Andrade (FBN)

O presente trabalho tem por objetivo destacar O Livro dos Livros da Real Biblioteca como um livro de arte pela sua materialidade. Apresenta valores estéticos tais como: boa qualidade e beleza do papel, encadernação e diagramação harmoniosa e ilustrações artísticas. Sua importância se faz presente, nos aspectos históricos, onde se procura descrever o acervo da Real Biblioteca, atual Biblioteca Nacional, reconstituída no projeto de remodelação executado pelo Marquês de Pombal, na regência de D. José, após o terremoto, em 1775, que destruiu a cidade de Lisboa.

Antologia como Mediação de Leitura: Conto Machadiano Antônio Marcos Vieira Sanseverino (UFRGS)

O presente trabalho divide-se em duas partes. Primeiro, estuda a posição da antologia enquanto forma de mediação que se interpõe entre o leitor e a obra. Na ação do organizador, sedimenta-se uma seleção de trechos que consagra uma linha de leitura da obra, com critérios muitas vezes não explicitados. Na segunda parte, como objeto específico de análise, volta-se para o estudo de algumas antologias de contos machadianos, a fim estudar como são montadas, quais são os critérios de seleção e a forma de comentário.

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Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 107 BLOCO VERMELHO

Cultura letrada: censura, política e erotismo

O Departamento de Censura e Diversões Públicas e a censura a livros de autores brasileiros 1970 -1988. Sandra Lucia Amaral de Assis Reimão (Umesp)

Esse trabalho aborda a censura do Estado em relação a livros durante a Ditadura Militar brasileira. Especificamente, esse estudo enfoca a censura exercida pelo Departamento de Censura e Diversões Públicas - DCDP- em relação a livros de autores brasileiros. O objetivo principal desse artigo é mapear o conjunto de textos de autores nacionais vetados pelo DCDP durante os anos de 1970 a 1988. As fontes utilizadas foram: 1) bibliografia; 2) jornais e revistas de época e; 3) documentos do DCDP disponíveis no Arquivo Nacional, Secção: Censura prévia, série: publicações.

Censura a livros nos processos do Arquivo Miroel Silveira Barbara Julia Menezello Leitão (ECA-USP), Andrea Limberto Leite (ECA-USP)

As relações entre poder e acesso a informação são o tema deste trabalho. Trata-se de um estudo que tem por objeto de pesquisa a ação do Estado sobre as bibliotecas durante o período que, no Brasil, compreende a duas ditaduras - a de Getúlio Vargas (1937-1945) e a militar (1964-1985). Concentramo-nos na ação censória sobre publicações e para recuperar esse passado, utilizaremos documentação de arquivos, em especial o Arquivo Miroel Silveira da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, que contempla os processos de censura prévia ao teatro no Estado de São Paulo.

Perdoa-me Por me Traíres: Censura, Teatro, Filme e Livro Barbara Heller (Unip)

Perdoa-me por me traíres, de Nelson Rodrigues, foi um de seus textos que mais recebeu pareceres censórios. Escrito em 1957, foi censurado na íntegra em São Paulo, mas chegou a ser encenado no mesmo ano no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi publicado em livro diversas vezes desde os anos 60 até 2004, ano de sua mais recente edição. Em 1983, ganhou versão cinematográfica, sob a direção de Braz Chediak. Neste artigo pretendemos analisar as mediações entre os censores e um grupo de autores que, ainda em 1957, defendia a liberação da peça em São Paulo, bem como a passagem do texto original para outros meios: filme e livro. Para isso, nos apoiaremos nos conceitos de “mediação” e “institucionalidade”, propostos por Jesus Martin-Barbero, em sua obra Dos meios às mediações, e nos estudos sobre censura no Brasil

Da literatura à televisão: o erotismo feminino na adaptação de Os Maias Flavia Daniela Pereira Delgado (Uniban)

A fim de refletir acerca das relações entre livros e televisão, o presente artigo enfoca o tema erotismo no processo de adaptação da obra literária portuguesa Os Maias, escrito por Eça de Queirós em 1888, para a versão televisiva brasileira, produzida e levada ao ar em formato de minissérie em 2001, pela TV Globo. Neste estudo comparativo, no qual se utiliza a técnica da análise de conteúdo, pretende-se entender as diferentes motivações do autor no século XIX e dos adaptadores no século XIX, a partir da presença do tema em relação às principais personagens femininas da trama.

A Atração Sexual nos Romances Sentimentais (1920-1960): Amor e Paixão em Elinor Glyn Erotilde Honório Silva (Unifor), Roberta Manuela Barros de Andrade (Uece), Thiago Mena Barreto Viana (Uece)

A Coleção Biblioteca das Moças foi uma plêiade de obras que reuniu a tradução de romances sentimentais tanto de autores franceses como ingleses entre os anos 30 e 60 do século XX no Brasil. A estrutura narrativa destes romances se baseia na construção do amor como um encontro de almas, abençoado pelos sagrados laços do matrimônio. Entrementes, surge em meio a essa estrutura, uma autora que foge a este padrão. Trata-se de Elinor Glyn, autora britânica, que inaugura o erotismo nos romances sentimentais. É Glyn que fará a simbiose entre o amor romântico, criação de uma burguesia ascendente, e o amor paixão, correlato ao desenvolvimento da indústria cultural (GIDDENS, 1993, LAZARO, 1996). O presente estudo realiza, pois, uma análise estrutural e argumentativa (THOMPSON, 1995) de suas obras, enfocando as mudanças que seus textos trazem às concepções de amor e paixão no período em destaque.

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As Revistas de Emoção no Brasil (1934-1949) - O último lance da invasão cultural americana Athos Eichler Cardoso (UnB)

Esta pesquisa recupera e analisa as revistas brasileiras que publicavam num só exemplar contos policiais, aventuras e amor, de 1934 até 1949, conhecidas na América como pulps e tratadas aqui como revistas de emoção. Comercializadas em 1909 na forma de suplementos, foram gradativamente conquistando espaço nas publicações nacionais. A partir da década de 30, adquiriram as características definitivas do gênero e status junto ao público. Oriundas de matrizes americanas as revistas Detetive, Contos Magazine e X-9, entre outras, foram grandes sucessos editoriais. Popularizaram de maneira maciça os contos ilustrados de aventura e policiais, traduzidos do inglês, atraindo milhares de leitores e contribuíram, junto com as histórias em quadrinhos, para consolidar a invasão cultural americana iniciada no Brasil com a música e o cinema.

Domingo l 06 de Setembro9 h 00 às 12 h 00SALA 107 BLOCO VERMELHO

Editoração: livros, revistas e textos

A produção editorial de revistas científicas on-line: uma análise de publicações brasileiras da área da Comunicação Raquel da Silva Castedo (UFRGS), Ana Cláudia Gruszynski (UFRGS)

O artigo traz resultados de pesquisa que teve como objetivo identificar tendências na produção editorial de revistas científicas on-line da Comunicação no Brasil, focando-se no design das publicações. Foram objeto de estudo os periódicos: Comunicação, Mídia e Consumo; E-Compós; Eptic On Line, Galáxia; Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação; Intexto; Revista FAMECOS; Revista Fronteiras; e Studium; classificados como Qualis A Nacional em 2008. A análise considerou seu fluxo de produção, identificando também tendências de uso de imagens. Constatou-se que, apesar de mudanças indicarem a influência da tecnologia informática na produção das revistas, sobretudo em sua circulação, tais alterações não surgem em todas etapas das práticas editoriais. A escrita e a edição dos conteúdos mantêm-se ancoradas na cultura impressa, refletindo valores e hábitos da comunidade científica.

Cultura e processos editoriais: a representação do sistema artístico-cutural no Diário do Sul (1986-1988) Cida Golin (UFRGS), Ana Gruszynski (UFRGS)

Este artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa Jornalismo e representação do sistema artístico-cultural nos anos 80: um estudo do jornal Diário do Sul (Porto Alegre, 1986 - 1988), em andamento na Fabico/UFRGS. Discute como os processos gerais de edição do jornal Diário do Sul, com foco especial na sua editoria de Cultura, determinaram uma representação do sistema cultural e quais foram os principais parâmetros contemplados pelo jornal na configuração deste retrato.

Comunicação Pública de Estratégias do Programa Nacional do Livro Didático (Edição de 2010): Limites e Consequências das Indefinições e Exigências quanto aos Aspectos Gráfico-Editoriais Livio Lima de Oliveira (ECA-USP), Maria Otilia Bocchini (ECA-USP)

O artigo pretende analisar a comunicação que, por meio de edital, guia e outros documentos, torna públicas algumas estratégias governamentais do PNLD 2010, edição do Programa Nacional do Livro Didático voltada para a aquisição de livros destinados aos primeiros cinco anos do ensino fundamental. O estudo aponta indefinições e exigências do PNLD 2010 quanto aos chamados aspectos gráfico-editoriais, que poderão conduzir à aquisição de livros impróprios para o uso das crianças, especialmente quanto à legibilidade.

Revisão de textos e “diálogo” com o autor: abordagens profissionais do processo de produção e edição textual Ana Elisa Ferreira Ribeiro (Cefet-MG)

Este trabalho focaliza a atuação do revisor de textos, considerando-se distinções entre sua atuação e a de outros

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profissionais das redes de produção editorial. Com base em Chartier (2002) e em Martins (2005), apresenta-se uma breve discussão histórica do papel do revisor/corretor. Em seguida, propõe-se uma reflexão sobre a “ação pedagógica” presente na atividade de revisar, atentando-se para categorizações de tipos de correção feitas por Serafini (1989) e Ruiz (2001). Por fim, demonstra-se o “peso” da atividade de revisão em relação às intervenções feitas no texto, mesmo quando se trata de uma revisão de provas ou de uma correção mais “leve”.

A intervenção textual como atividade discursiva: considerações sobre o laço social da linguagem no trabalho de edição, preparação e revisão de textos José de Souza Muniz Juinior (USP)

Este artigo recupera contribuições dos estudos do discurso para investigações que contemplem o tratamento de textos nas editoras de livros. A partir da noção ampliada de intervenção textual, discuto em que medida o “mexer no texto do outro” se constitui como ato dialógico. Destaco também a natureza interdiscursiva dessa atividade e de que modo isso determina conflitos, principalmente com os embates entre regimes de genericidade e de normatividade. Por fim, apresento as consequências dessa perspectiva teórica para a pesquisa que desenvolvo atualmente, a partir do binômio comunicação–trabalho e dos conceitos de cotidiano e hegemonia.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 107 BLOCO VERMELHO

Quadrinhos: edição, história, cultura e política

A produção editorial de histórias em quadrinhos no século XXI: a crise do meio impresso e os limites da mídia digital Roberto Elísio dos Santos (USCS)

Este trabalho tem como objetivo apresentar as discussões teóricas sobre o uso de mídias digitais (internet e CD-ROM) para a veiculação de Histórias em Quadrinhos, em um contexto de crise no mercado editorial norte-americano. Produto cultural com origem nos meios impressos, os quadrinhos vivem momentos alternados de intensa produção e de queda nas vendas. A tecnologia digital é considerada como uma alternativa tanto para os artistas como para os leitores. O resultado do uso de novos suportes é um novo produto que combina a linguagem dos quadrinhos e a potencialidade dos meios digitais.

Páginas dominicais ilustradas dos jornais americanos no final do século XIX: uma reconfiguração Fabio Luiz Carneiro Mourilhe Silva (UFF)

Através de um método histórico-comparativo, este trabalho busca compreender as práticas sócio-culturais e políticas que levaram ao desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos enquanto suporte estrito, planificado e planejado que visava a comodificação de si própria e na promoção de outros produtos, com composições gráficas que privilegiaram progressivamente a fusão entre texto e imagem, a organização espacial e a subjetivação de um leitor através da inclusão de sua representação de forma sinéptica.

Revendo o formato da tira cômica Paulo Eduardo Ramos (Unifesp)

Este artigo procura demonstrar a relevância do formato na constituição das tiras cômicas e de como tais dimensões têm sido revisadas nos últimos anos no Brasil. Entendemos que ocorra nas últimas décadas um comportamento semelhante ao presenciado há um século pelos pioneiros das histórias os quadrinhos nos Estados Unidos. Como propõe o pensador russo Mikhail Bakhtin, há uma instabilidade dentro da estabilidade do gênero. Como consequência, traz a necessidade de uma reavaliação da definição de tira.

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A Metamorfose da produção de Kafka para Kuper Ana Camilla França de Negri (Unipinhal)

Este paper visa analisar a grafic novel A Metamorfose, do desenhista americano Peter Kuper. O intuito é estudar como Kuper utilizou as técnicas de linguagem da Arte Seqüencial (enquadramento, tipos de traço, molduras, balão de fala, diagramação, etc) para realizar a adaptação do livro de mesmo nome do autor Franz Kafka e verificar em que aspectos a HQ distanciou-se ou se aproximou das idéias e história propostas na obra original.

Aspectos visuais e verbais em Homem de ferro: mediação tecnológica e política Jonathan J Hogan (SYR), Fabio Luiz Carneiro Mourilhe Silva (UFF)

A partir de análises de aspectos técnico/tecnológicos e políticos do conteúdo (imagens e texto) das hqs do Homem de ferro, particularmente ‘With Iron Hands part 4’, foi utilizada a categorização analítica de Schrivel para integração de elementos verbais e visuais a fim de verificar como o design da informação foi realizado considerando as questões aqui ressaltadas, tendo como base o posicionamento de teóricos da ecologia da mídia contraposto à visão humanista-midiática de Latour e Sterne; e a crítica política construída a partir da ótica de Cirne, Wright, Brightman, Negri e Ganser. Percebeu-se que a interação dos modos visuais e verbais ora simultânea ora isolada atua de forma efetiva na veiculação de uma ideologia que caracteriza os quadrinhos americanos.

Henrique Magalhães e a editoria de quadrinhos poético-filosóficos: Vanguarda e independência nas fronteiras entre comunicação, educação e arte Elydio dos Santos Neto (Umesp)

Este texto apresenta a importância que Henrique Magalhães teve, e tem, no processo de apresentação e divulgação das obras dos autores de histórias em quadrinhos poético-filosóficas a um público mais ampliado no âmbito da realidade brasileira. Henrique Magalhães foi o editor que primeiro publicou as histórias em quadrinhos poético-filosóficas no Brasil numa revista especializada, a revista Tyli-Tyli, de forma independente e próxima da qualidade profissional, com a preocupação de aproximar os artistas, capitaneados por Flávio Calazans, Gazy Andraus e Edgar Franco, bem como com a perspectiva de ampliar a rede de leitores dos mesmos. Aqui registro sua participação neste processo, assim como reflito sobre a importância desta construção vanguardeira no contexto da comunicação, da educação, da arte e da cultura brasileira.

Sexo Frágil: uma análise sobre gênero a partir da leitura de uma história em quadrinhos. Marcilia Luzia Gomes da Costa Mendes (Uern)

A história Sexo frágil (Revista Mônica, n. 143) possibilita-nos fazer algumas observações no tocante à relação de gênero representada no universo quadrinizado de Maurício de Sousa. Em seu discurso, Mônica repete da mãe a idéia de que homens servem para fazer “favores” às mulheres e “trocar a lâmpada, de vez em quando” e reproduz uma imagem de menina sinônimo de fragilidade, delicadeza, meiguice, etc., adjetivações que reforçam uma visão estereotipada da condição feminina. Há nos enunciados da menina uma relação interdiscursiva, ou seja, o que Mônica diz circula como discurso cristalizado no social. Verificamos que o que ela diz é a partir do discurso-outro e não condiz com a sua performance nessa história. O discurso de Mônica sustenta-se na ambigüidade que se dá entre o dizer e o fazer. A referida personagem transgride esse modelo feminino sedimentado no imaginário social.

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DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP COMUNICAÇÃO PARA A CIDADANIACoordenador: Alexandre Almeida Barbalho (Uece)

SALAS 2a E 2b BLOCO VERMELHO

Sábado l 05 de Setembro08h30 às 9 h00SALA 2a BLOCO VERMELHO

Sessão de Abertura dos Trabalhos do GP Comunicação para a CidadaniaCoordenador: Alexandre Almeida Barbalho (Uece)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00SALA 2a BLOCO VERMELHO

A mídia alternativa na defesa dos direitos reprodutivos: discursos sobre o aborto na agenda política feminista Karina Janz Woitowicz (UEPG)

Como a mídia produzida por grupos feministas no Brasil participa das lutas pelos direitos reprodutivos? O presente artigo discute o papel da produção midiática – aqui denominada ‘alternativa’ – nos processos de organização, fortalecimento e visibilidade das ações promovidas por entidades que atuam na defesa dos direitos das mulheres, configurando uma estratégia política operada no interior do movimento. Esta abordagem parte do trabalho desenvolvido por ONGs que atuam no campo dos direitos reprodutivos, tendo como recorte temático a reivindicação do direito ao aborto. Nesta perspectiva, o artigo analisa alguns veículos produzidos pelas entidades (tais como jornais, vídeos, programas de rádio, campanhas, etc), de modo a reconhecer alguns espaços de construção de discursos contra-hemegônicos e de identidades de resistência que projetam as lutas feministas pelo direito ao corpo.

Identidades Sociais e Culturais na Revista Chiapas Lilian Crepaldi de Oliveira (ECA-USP)

O artigo tem por objetivo compreender como a revista especializada Chiapas representa as identidades e as culturas de um importante movimento social da América Latina: o Exército Zapatista de Libertação Nacional. Para tanto, analisou-se um artigo cultural da publicação utilizando como ferramenta de interpretação os conceitos de identidade e cultura de Néstor García Canclini. A partir da análise, conclui-se que a identidade é construída socialmente e constantemente reinterpretada pelo próprio grupo e por aqueles que o observam. O jornalismo dessa revista especializada auxilia na construção de representações sociais, imaginários e memórias, uma vez que as mensagens culturais estão articuladas a outras esferas da realidade social. É por meio da cultura que o ser humano elabora as representações sobre os outros, sobre o mundo e sobre si mesmo.

Fotografias que revelam as faces identitárias da imigraçao Denise Teresinha da Silva (Unipampa)

A imagem fotográfica revela o cenário de um mundo formado por uma multiplicidade de olhares. Ela reforça a manutenção dos vínculos sociais, culturais e afetivos, e, com isso, permite analisar diversas configurações resultantes das relações dos indivíduos na sociedade. O trabalho aqui apresentado resulta de um dos eixos da tese de doutorado “Fotografias que revelam imagens da imigração: pertencimento e gênero como faces identitárias” . Através da experiência empírica, serão analisadas as aproximações dos conceitos do sujeito imigrante enquanto cidadão, nacional e estrangeiro que apareceram tanto na fala quanto nas fotografias de mulheres brasileiras que vivem em Barcelona, uma imigração que chamamos de contemporânea, e de mulheres descendentes de uma imigração denominada histórica, a alemã e a italiana no Rio Grande do Sul.

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Identidades Culturais e Cidadania no Contexto dos Processos Comunicacionais Kaingang na Região Metropolitana de Porto Alegre Carmem Rejane Antunes Pereira (Unisinos)

O objetivo deste texto é apresentar algumas reflexões oriundas de pesquisa em andamento que trata das relações entre memória e configurações da identidade cultural nos processos comunicacionais Kaingang. As reflexões têm por base as proposições teórico-metodológicas das mediações socioculturais e contribuições da história oral, para investigar os lugares indígenas nas construções midiáticas e nas apropriações operadas por interlocutores situados nos fluxos da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).

Regionalismos e apropriações tecnológicas: expressões de identidades culturais na web Mônica Pieniz (UFRGS)

Objetiva-se refletir sobre as apropriações tecnológicas com fins de manifestações de identidades culturais com base nos regionalismos do Brasil. A web é considerada uma mídia alternativa para a manifestação e exercício de cidadania de grupos minoritários desprovidos de acesso de difusão em mídias tradicionais. Exemplos empíricos de comunidades virtuais e uma breve atenção ao contexto contemporâneo do acesso móvel permitem a visualização das constantes expressões identitárias potencializadas pelas tecnologias.

Além de uma simples onda: Recepção, Cidadania e rádio-poste no Quilombo Barra de Aroeira Luciene de Oliveira Dias (UnB)

A chegada da rádio-poste em Barra de Aroeira, grupo quilombola reconhecido pela Fundação Cultural Palmares em 2006, é o pivô das discussões apresentadas aqui sobre recepção, alteridades históricas e exercício da cidadania. A partir de trabalho de campo etnográfico, identificamos que este quilombolas da região do Jalapão, estado do Tocantins, exercitam a ressignificação da rádio-poste amparados por uma história de luta e resistência de cerca de 145 anos. Dessa forma, distanciam-se intencionalmente da proposta que os distanciou no momento inicial, assumem com força a relevância e necessidade do projeto, mas atuam para ressignificar o que lhes foi ofertado. Propomos assim, compreender este processo com base nos estudos de recpeção e na busca por não unificar alteridades construídas historicamente.

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 2b BLOCO VERMELHO

Sessão 2: Movimentos Sociais, Imprensa e Estratégias MidiáticasCoordenador: Rozinaldo Antonio Miani (UEL)

Imprensa sindical na (des)construção da identidade dos trabalhadores na sociedade contemporânea: uma análise de conteúdo de jornais sindicais em Juiz de Fora – MG Nelson Toledo Ferreira (UFJF)

O presente texto busca refletir sobre como as transformações sociais do mundo contemporâneo afetam a construção da identidade profissional e como se dá a relação desse processo com a mídia sindical. Apresentam-se os resultados da análise de conteúdo de dois jornais sindicais da cidade de Juiz de Fora-MG: foi observado que as matérias criam uma representação idealizada dos trabalhadores, o que dificulta a auto-percepção dos mesmos num contexto de multiplicidade identitária. Com isso, acredita-se que esta abordagem jornalística pode produzir desmobilização dos trabalhadores em outros períodos que fogem à data-base da categoria.

A Auto-imagem do MST na “Revista sem Terra”: a Guerra Simbólica através da Mídia Márcia Vidal Nunes (UFC), Antônio Simões Menezes (UFC), André Gurjão Carvalho (UFC)

O objetivo geral deste trabalho é aprofundar a análise das relações entre os movimentos sociais e a mídia, identificando como a mídia produzida pelo MST produz a auto-imagem de seus sujeitos, lutas e cenários sociais. Esta análise será feita a partir de um veículo específico produzido pelo MST, a “Revista sem Terra”, cuja análise foi realizada no período de 2006 a 2007, focalizando, sobretudo, os editoriais e as matérias principais em cada uma das edições.

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A construção da imagem pública do MST por meio da criação de fatos noticiáveis Denise Cristine Paiero (UPM)

Este artigo visa a compreender a construção da imagem pública do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a partir da criação de fatos jornalísticos e de sua repercussão na imprensa. Para isso, analisamos alguns episódios que tiveram destaque e se tornaram notícia ao longo dos 25 anos de existência do Movimento. Buscamos compreender os elementos que foram utilizados na construção do discurso e dos protestos do MST na busca pelo vínculo com a mídia jornalística e com o público em geral. Abordamos ainda os momentos de ruptura do MST com a imagem que ele próprio construiu e estudamos como o Movimento tem se comportado e se colocado publicamente durante o governo Lula.

A Idéia De Cidadania Através Do Jornalismo Da Rádio Comunitária Bacanga Rosinete de Jesus Silva Ferreira (UFMA), Wesly Pereira Grijó (UFG)

Este artigo aborda uma pesquisa de recepção com ouvintes da Rádio Comunitária Bacanga FM, em São Luís-MA, com o objetivo de analisar a idéia de cidadania produzida pelo radiojornalismo daquela emissora. Faz-se um levantamento bibliográfico do conceito de cidadania, da história da radiocomunicação comunitária entre outros conceitos. O referencial teórico deste trabalho está baseado nas contribuições da Escola Latino-americana de comunicação. Os resultados da pesquisa apontam que os ouvintes são pessoas com perfil sócio-econômico que está na base da pirâmide econômica e social da Capital maranhense e, por isso, seus valores e conceitos estão atrelados a esse contexto. Verificamos que a idéia de cidadania daquelas pessoas, está muito ligada ao que de concreto pode melhorar nos seus cotidianos.

Caramuru FM: a rádio comunitária do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe Ricardo Oliveira de Freitas (Uesc)

Recursos de comunicação têm sido utilizados como ferramentas para a promoção da interação sociocultural, construção de projetos identitários e fortalecimento de patrimônios culturais. A Rádio Caramuru FM, ao expor as formas com que o rádio, caracterizado como mídia alternativa e comunitária, pode ser utilizado como ferramenta de resistência às culturas hegemônicas, é exemplo. O trabalho resulta das investigações acerca dos modos com que a Rádio tem sido utilizada como mídia contra-hegemônica, ao analisar as formas com que o povo Pataxó Hã-Hã-Hãe produz conhecimento, enquanto saber tradicional, em diálogo com culturas urbanas e complexas, através da implantação de programas radiofônicos que remetem à tradição e, simultaneamente, às influências da grande mídia, através de conteúdos hegemônicos.

Rádios comunitárias do interior paulista: uma proposta de pesquisa da região de Bauru Marcelo de Oliveira Volpato (Umesp)

Este texto introduz alguns dados sobre as rádios comunitárias dos municípios da região de Bauru. Parte-se de uma discussão conceitual sobre comunicação comunitária e rádio comunitária para apresentar dados preliminares acerca de tais emissoras. Ancora-se em pesquisa bibliográfica e documental e entrevistas. Constata-se a existência de participação popular limitada, tímida ocupação de espaços da rede de internet e programação essencialmente musical sertaneja.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h30SALA 2a BLOCO VERMELHO

Sessão 3: Cidadania, Juventude e Cultura nas Mídias Coordenador: Ricardo Oliveira de Freitas (Uesc)

Trajetórias Juvenis nas Ondas da Rádio Escola Alessandra Oliveira Araújo (Unifor)

O texto analisa a experiência de nove jovens, moradores de bairros da periferia de Fortaleza, que falam de suas experiências no trabalho infantil durante um disco debate, programa radiofônico em que um debate é iniciado por meio da letra de uma música, produzido durante a formação em rádio escola desenvolvida pela ONG Catavento Comunicação e Educação, em 2005 e 2006. É discutido como as ONGs podem contribuir para o silenciamento dos jovens ao reproduzir o discurso de que “com o trabalho infantil, a infância desaparece”, negando, assim, uma fase suas vidas. Além de mostrar,

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durante a gravação do disco debate, como a narração das histórias que viveram no trabalho infantil contribuiu para o reconhecimento do sentimento de grupo, das estratégias de sobrevivência e para a descoberta da solidariedade por esses jovens.

Soltando o verbo: interlocuções entre Jornalismo popular-alternativo e movimentações de juventude contemporânea. Francisco da Chagas Alexandre Nunes de Sousa (Fals)

Entre os anos de 2004 e 2006 a cidade de Maracanaú - localizada na Região Metropolitana de Fortaleza - protagonizou um movimento de juventude reivindicatório com diversas bandeiras concernentes a este público. Surgia o Movimento Livre Arbítrio (MLA) com o objetivo estratégico de conquista da meia passagem estudantil intermunicipal e assim viabilizar o acesso às diversas políticas culturais e de juventude presentes naquela região. Diante deste fenômeno analisamos neste artigo a articulação que existiu entre este movimento e sua divulgação/mobilização via jornais estudantis promovidos pela ONG cearense “Comunicação e Cultura” nas escolas públicas daquele estado da federação.

Cidadania juvenil em rede: Aldeia, Encine e as mídias digitais na configuração da comunicação cidadã Daniel Barsi Lopes (Unisinos)

O artigo aborda as relações entre os movimentos juvenis de rede e as mídias digitais, refletindo sobre a maneira como os usos e as apropriações das novas tecnologias da comunicação, pela juventude atuante nos movimentos sociais, pode configurar o exercício cidadão na contemporaneidade. Para dar conta disto, o texto resgata brevemento o contexto dos novos movimentos sociais e suas demandas culturais; trata da importância das redes socias na conformação de uma cidadania constituída a partir da comunicação; e apresenta as associações Aldeia e Encine, objetos da investigação, cujos jovens participantes, a partir do conhecimento e do manuseio das tecnologias comunicativas, têm a potencialidade de poderem atuar como produtores midiáticos e fomentadores de cidadania.

Novas Mídias e Cidadania: os jovens como criadores de conteúdo on-line Ofelia Elisa Torres Morales (Ibes Sociesc)

As novas mídias oportunizam aos jovens possibilidades de expressão no mundo virtual a partir da criação de conteúdo online como blogs e materiais audiovisuais. As inovações advindas das novas mídias reforçam a concepção da linguagem audiovisual como conceito amplo, ultrapassando os suportes tradicionais, inseridos no contexto multimídia. A subjetividade, como forma de interpretar o mundo a partir da inter-relação dos conhecimentos, sofre alterações nos jovens que aprendem o mundo a partir do compartilhamento de experiências na internet. Pensar a cidadania no contexto das novas mídias significa repensar o audiovisual como forma de expressão artística; implica indagar como se reconstroem as subjetividades do jovem no uso, consumo e na apropriação e criação de conteúdo audiovisual na contemporaneidade.

Ação cultural e cidadania: uma experiência com jovens em Juiz de Fora Bruno Fuser (Facom/UFJF)

O texto descreve e discute uma oficina de fotografia desenvolvida com jovens adolescentes do Dom Bosco, um bairro pobre de Juiz de Fora, Minas Gerais, realizada em projeto de extensão e pesquisa denominado Comunicação, Memória e Ação Cultural. A partir de conceitos de cidadania e ação cultural e de tecnocultura, procura-se refletir em que medida as ações - em especial as fotografias compostas pelas jovens - desenvolvidas durante a oficina se caracterizam como exemplos de algumas práticas culturais, como tecnonarcisismo, cultura popular, superação de valores de mercado e de consumo, ou sua repetição. Foram realizadas 14 sessões semanais da oficina, de março a junho deste ano, com oito jovens entre 13 e 16 anos, nas dependências do Grupo Espírita Semente, entidade com quem o projeto – que conta com apoio da FAPEMIG - possui parceria para várias atividades em perspectiva intergeracional.

O General Intellect da Juventude: A Experiência do NoAR Alexandre Almeida Barbalho (Uece)

Este artigo discute as possibilidades da criação audiovisual como linha de fuga ao Estado e à sociedade de controle. Tendo como referência teórica o debate em torno da biopolítica, do trabalho imaterial e, em especial, de general intellect, observa-se o caso específico do projeto NoAr desenvolvido em Fortaleza pela ONG Alpendre com jovens em situação de risco social que produzem um programa veiculado na rede pública de televisão.

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Agenciamentos audiovisuais e o desejo de singularizar Deisimer Gorczevski (Unisinos)

Nesse estudo, atenta-se para os sentidos de intervir e inventar contraposições a um modo restrito de subjetivação da periferia e de seus moradores, associado às marcas da criminalidade e da violência em suas múltiplas dimensões. Trata-se de agenciamentos orientados pelo desejo de singularizar como estratégia de reconhecimento de sujeitos e grupos. Por último, a pergunta – que visibilidade desejada é esta – faz emergir traços e contornos, mesmo que fragmentados, das paisagens e rostos enunciados nas narrativas e, com certo alcance, postas em circulação nas produções audiovisuais.

Midiatização da Transformação Social - Projetos Sociais pela Cultura e Cidadania Lylian Caroline Maciel Rodrigues (UFPE)

O presente artigo pretende levantar reflexões sobre os projetos sociais da área das mídias, exectuados no Brasil a fim de fortalecer a diversidade cultural e garantir o exercício da cidadania para os participantes. Tais projetos articulam-se com os processos midiáticos para atingir seus objetivos e legitimarem-se na sociedade contemporânea. O olhar sobre os projetos busca atender uma demanda que cresce velozmente e que pode mostrar os sinais da midiatização configurando a construçao da realidade, neste caso, por meio das estruturas de funcionamento dos projetos sociais em comunidades.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h30SALA 2b BLOCO VERMELHO

Sessão 4: Comunicação Comunitária e Popular Coordenador: Juciano de Sousa Lacerda (UFRN)

Leitura Crítica e Cidadania: novas perspectivas. Marcelo Monteiro Gabbay (UFRJ), Raquel Paiva de Araújo Soares (UFRJ)

A idéia central desse trabalho é recuperar uma parte específica do processo da produção da comunicação comunitária/popular/contra-hegemônica. Trata-se do intervalo entre o instante do reconhecimento de que existe uma produção midiática apartada do real histórico e o momento de produção de novas formas comunicacionais. Entende-se ser primordial neste processo o momento da consciência crítica frente ao contexto histórico e social vivido e às produções midiáticas existentes. Neste sentido, vale recordar a etimologia da palavra crítica, que deriva do grego Krinein (verbo), que significa discriminar , ou seja, seccionar em partes o objeto e assim saber como se articulam as partes.

Comunicação e cidadania: tensões e complementaridades Maximiliano Martin Vicente (Faac)

Este texto tem a finalidade de abordar as concepções e relações que podem ser estabelecidas entre os conceitos de comunicação e cidadania. Além de se complementar, na sociedade atual, caracterizada pela relevância dos meios de comunicação, torna-se necessário debater como ambos os temas se entrecruzam e dialogam no intuito de provocar espaços mais abertos e democráticos destinados a prolongar as práticas cidadãs.

O planejamento participativo no contexto da Comunicação Popular e Comunitária Rozinaldo Antonio Miani (UEL)

Este texto apresenta uma reflexão inicial sobre as principais características do planejamento participativo no contexto dos movimentos sociais e populares e sua compatibilidade como instrumento estratégico na formulação e/ou encaminhamento de uma política de comunicação na perspectiva da Comunicação Popular e Comunitária. Para tanto, será necessário compreender o conceito de participação, bem como as principais características dos processos de construção do planejamento participativo. A demarcação do conceito de política de comunicação no contexto dos movimentos populares e a exposição dos pressupostos da Comunicação Popular e Comunitária também fazem parte dos objetivos desse trabalho.

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A contribuição da comunicação comunitária nos processos de organização popular Regina Célia Escudero César (UEL), Maristela Romagnole de Araujo Jurkvicz (UEL), Rozinaldo Antonio Miani (UEL)

Este artigo tem por objetivo apresentar uma reflexão acerca da importância da comunicação comunitária nos processos de organização popular. Para tanto, buscamos situar a comunicação como um instrumento que busca resgatar a cidadania da população oprimida em um processo que privilegia o grupo enquanto sujeito ativo de transformação social. Analisamos, ainda, algumas experiências comunicativas desenvolvidas no âmbito de uma intervenção acadêmica que subsidiaram processos de organização e articulação de grupos populares e que reafirmam a contribuição que a comunicação comunitária pode proporcionar em tais processos.

Para além da palavra impressa: leitura e produção de sentidos nos espaços populares Carla Baiense Felix (UFRJ)

Produzido e dirigido aos moradores da Maré, bairro que reúne 16 favelas, no subúrbio do Rio de Janeiro, o jornal O Cidadão propõe um contraponto às mensagens hegemônicas a respeito dos espaços populares. Para alcançar este objetivo, no entanto, o veículo enfrenta, por um lado, a força da grande mídia, que cristalizou no senso comum uma representação da favela indissociável da imagem da carência e da violência. Por outro, esbarra nas limitações inerentes ao suporte material. Num universo em que a TV se constitui no principal meio de comunicação, e mais de ¼ da população é composta por analfabetos funcionais, o jornal encontra como primeira barreira para alcançar a audiência as limitações da palavra impressa. Neste artigo, levantamos pistas sobre o alcance e efetividade do jornal, analisando como se dá a produção de sentidos para além do texto.

Ensaio sobre os processos de produção e recepção da comunicação popular e comunitária Paula Monteiro Takada (UMESP)

O objetivo deste artigo é apresentar algumas pistas iniciais da pesquisa focada nos processos de produção, recepção e mediação dos conteúdos veículados em meios de comunicação popular e comunitária. Por meio de estudo bibliográfico, parte-se de uma contextualização histórica dessa prática no Brasil, da década de 1960 aos dias atuais, seguida de uma conceitualização da mesma. Observando a experiência concreta em torno do jornal comunitário da favela do Real Parque (zona oeste da cidade de São Paulo), realiza-se uma primeira aproximação crítica das reações de alguns moradores diante do jornal.

Comunicação e linguagem no Orçamento Participativo: uma outra perspectiva de análise Rafael Cardoso Sampaio (UFMG)

O objetivo deste artigo é apresentar outra perspectiva para a análise da comunicação realizada entre os participantes de orçamentos participativos, mas evitando a perspectiva deliberacionista ou da ação comunicativa habermasiana. Argumentamos que, primeiramente, os estudos sobre orçamentos participativos se focam demasiadamente na questão institucional e que pode haver ganhos diversos ao se analisar as conversações dos participantes. E, segundo, que a linha do interacionismo simbólico - ao apresentar um modelo de comunicação praxiológico mais inserido nas relações sociais - se apresenta como um campo promissor para tais estudos seja no campo da comunicação, seja no campo da ciência política.

Intervención de la Comunicación Masiva en la Generación del Tejido Social Ciudadano Orlando Villalobos Finol (LUZ), José Alfredo Del Nogal (LUZ)

Se parte por establecer que el espacio comunicacional, particularmente el que está referido a los medios masivos, simboliza la opción de ganar presencia en el ámbito ciudadano, si se favorece una relación diferente con la audiencia que incentive la participación ciudadana y genere la opción para el periodismo de ser un factor para el diálogo y no para la versión sesgada y limitada. Pero el efecto de los medios tiene resultados paradójicos, porque también desestimula lo ciudadano y es fuente de prácticas desinformadoras y contrarias a la creación de hilos asociativos. El trabajo se sustenta en una perspectiva epistémico cualitativa. En los resultados se exponen certezas y conjeturas acerca del problema de la ciudadanía desde una idea más amplia, que remite a la participación, al diálogo y la solidaridad; y se revisa el impacto de la labor de los medios en la construcción de ciudadanía.

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Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 2a BLOCO VERMELHO

Sessão 5: Educação, Pesquisa e a Comunicação para a Cidadania Coordenador: Alberto Efendy Maldonado Gómez de la Tor (UNISINOS)

Educomunicação e cidadania: conceitos e práticas na produção acadêmica entre 2004 e 2008 Cláudia Regina Lahni (UFJF), Fernanda Coelho da Silva (UFJF), Laila Cupertino Hallack (UFJF), Ludyane Chaves Agostini (UFJF)

Este artigo apresenta um estágio recente da produção acadêmica sobre a Educomunicação, em sua relação com a cidadania. Para analisar o estado da arte de pesquisas sobre o tema, mapeamos os artigos apresentados em congressos da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós) e da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), de 2004 a 2008. O estudo traz uma discussão voltada para a Educomunicação, entendida como leitura crítica dos meios, a partir da base teórica de Paulo Freire e de Mario Kaplún. Buscou-se verificar conceitos e procedimentos comuns em tais projetos e pesquisas e sua relação com a cidadania.

Projeto de Oficinas de Formação em Comunicação Comunitária - Um outro olhar sobre os meios de comunicação Denise Gonring (UFF)

A experiência de proporcionar a formação em Comunicação Comunitária a moradores de um território socialmente excluído e sub-urbanizado do município de Vitória, interessados em fazer um jornal comunitário, serve aqui como ponto de partida para se pensar essa modalidade de comunicação como uma alternativa para se promover um outro olhar sobre os meios de comunicação e possibilitar a criação de mecanismos de resistência ao sistema midiático que marca a contemporaneidade.

Mediações Sociotécnicas: Propostas de Incentivo à Pesquisa Acadêmica em Prol da Cidadania Filomena Maria Avelina Bomfim (UFSJ), Káthia Maria Leal (PUC-Minas)

A proposta deste trabalho é refletir sobre a possibilidade de engajamento de pesquisas acadêmicas dentro de seu contexto imediato. Este artigo reflete sobre interações sociotécnicas consideradas como espaços de cidadania em favor dos grupos socialmente excluídos. Para isso, este trabalho propõe a criação de uma linha de pesquisa para Programas de Mestrado em Interações Midiáticas voltada exclusivamente sobre essa temática, que abrigue a disciplina de Inclusão/Exclusão Social, Cultura, Identidade, Cidadania e Técnica; essa poderia constituir uma sugestão para os programas de pós-graduação stricto sensu que desejem contribuir com o processo de trocas simbólicas desenvolvidas em favor da cidadania.

A fronteira virtuosa: universidade, mídias livres e diálogo intercultural Guilherme Gitahy de Figueiredo (UEA)

Este artigo faz uma análise das oficinas e mídias livres facilitadas pela UEA em Tefé (AM) como táticas que ajudam a fazer da universidade uma “fronteira”, tal como formulada por Tassinari (2001) para pensar as escolas indígenas. Em outros estudos foi mostrado como a atividade de voluntários nestas ações possibilitou a eles o acesso a tecnologias, socialização, oportunidades profissionais, aprendizagem crítica e envolvimento com movimentos sociais; de outro lado, um estudo sobre os povos indígenas atendidos pelas oficinas mostra que eles têm se apropriado delas para incrementar suas centenárias táticas por autonomia. O conceito de “fronteira” nos permite, agora, pensar estas apropriações num único quadro, no qual o diálogo intercultural mostra-se como colaboração virtuosa, com ganhos táticos para todos os envolvidos.

LECC: fortalecendo as possibilidades de investigação empírica e epistemológica a partir da parceria entre as Escolas de comunicação da UFF e da UFRJ Patrícia Gonçalves Saldanha (UFF)

Com o objetivo de não submergir à lógica hegemônica de mercado e com empenho de buscar de possibilidades de

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inserção social o Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária da Escola de Comunicação da UFRJ – LECC aposta na concretização e na consolidação da parceria que começa a estabelecer a Universidade Federal Fluminense. O presente artigo demonstrará um fragmento da 1ª Tese de doutoramento do Laboratório que trata da pesquisa empírica de contra-hegemonia do caso dos Telecentros Comunitários e será concluído com as pistas do trabalho que está em desenvolvimento por um grupo de pesquisadores interno e que tem por objetivo enriquecer seu lastro epistemológico com a estruturação da Comunicação não-hegemônica.

Cooperações e Conflitos entre os Campos da Comunicação e Educação: A “Rádio” na Escola e a “Escola” na Rádio Tarciana de Queiroz Mendes Campos (UFC)

Este artigo encontra-se numa zona fronteiriça entre os campos da comunicação e da educação. A pesquisa tomará como reflexões situações que envolvem processos comunicativos e a escola. Para isso, fará uma breve revisão bibliográfica das obras de Bourdieu que tratam sobre o conceito de campo e sobre a escola. Em seguida, para entrecruzar os campos comunicação e educação, o artigo concentra-se na obra de Martin-Barbero, “A educação desde a comunicação”.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00SALA 2b BLOCO VERMELHO

Sessão 6: Cidadania e Redes SociotécnicasCoordenador: Bruno Fuser (Facom/UFJF)

Cordel, a tradiçao popular encontra o mundo virtual Maria Luiza Martins de Mendonça (UFG)

Neste texto procuramos discutir a produção e circulação de elementos da cultura popular tradicional na Internet, por meio da identificação e avaliação da presença da literatura de cordel em blogs, redes de sociabilidade (orkut) e web páginas dedicadas ao assunto. O interesse da pesquisa é avaliar de que maneiras uma produção cultural tradicional artesanal consegue avançar sobre espaços tecnológicos virtuais e, a partir deles, contribuir tanto para as possíveis transformações formais e/ou temáticas e para a discussão de temas relacionados às disputas simbólicas em especial no que se refere à difusão de discursos não-hegemônicos. Para isto, foram avaliados os seguintes web sites: os blogs Cordelirando e Compadre Lemos, as comunidades Cordel e Literatura de Cordel, do Orkut, e a página da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Cyberminas: práticas comunicativas, reconhecimento e presença do hip hop feminino na esfera pública de visibilidade midiática Celia Regina da Silva (Umesp)

O objetivo deste artigo é analisar a produção de artefatos midiáticos enquanto instrumentos que alicerçaam mudanças na vida social de jovens mulheres envolvidas com o movimento hip hop. Em contraposição ao modelo de negação cultural nos meios de comunicação corporativos, urgem na internet modelos diferenciados de produção audiovisual. Argumento que identidade e reconhecimento são atributos fundamentais na busca por visibilidade e no combate ao racismo midiático, com base nas reflexões de Charles Taylor, para Multiculturalismo.

Para compreender o protagonismo social na construção do telejornalismo em rede Otavio José Klein (UPF)

O texto trata de uma formulação teórica a partir do conceito de dispositivo telejornalístico. Visa contribuir na pesquisa em andamento que busca entender as transformações que ocorrem nas informações que circulam no interior de uma rede de televisão no sul do Brasil. Neste texto em específico buscamos compreender o processo produtivo na emissora do interior e na rede, organizando os espaços produtivos, bem como, refletir sobre o protagonismo dos diferentes sujeitos no processo de produção. Finalizamos o texto formulando hipóteses com vistas à comparação do protagonismo dos sujeitos nos diferentes espaços produtivos.

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Comunicação Comunitária e Local em Rede: lógicas, práticas e vivências de sociabilidade e cidadania em telecentros no Agreste da Borborema-PB Juciano de Sousa Lacerda (UFRN)

Apresentamos neste texto uma proposta de investigação das lógicas, práticas e vivências que caracterizam a condição de agentes produtores de comunicação e informação local e comunitária, em ambientes digitais midiático-comunicacionais, das pessoas e grupos que participam de projetos de inclusão digital públicos e gratuitos, no Agreste da Borborema-PB, região polarizada por Campina Grande-PB. Adotamos, como referencial metodológico, a perspectiva da pesquisa-participante, num modelo plural e flexível de webgrafia, midiografia dos telecentros e entrevista em profundidade. Com isso, pretendemos fazer o mapeamento das condições tecnológicas em multimídia dos telecentros da região, sistematizar a produção digital local e comunitária, tendo em vista identificar tipos de agência cidadã ou contra-hegemônica em seus modelos e resultados.

Inclusão Digital e Periferia: Imposição Cultural ou Inclusão Social? Moema Mesquita da Silva Braga (UFC)

A Sociedade da Informação e os Programas de Inclusão Digital são temas intensamente presentes nos discursos de muitos teóricos que refletem acerca da comunicação. Tendo como ponto de partida o início de uma pesquisa de campo sobre os programas de Inclusão Digital realizados na periferia de Fortaleza, no bairro, Granja Portugal, esse trabalho analisa os diversos discursos sobre a Sociedade da Informação, buscando entender o conceito de Inclusão Digital e como abordá-lo na realidade periférica de Fortaleza.

Redes sociais e usos da internet por migrantes brasileiros na Espanha Denise Maria Cogo (Unisinos), Daiani Ludmila Barth (Unisinos)

Este artigo aborda os usos da internet, especialmente MSN, Skype e chat Uol, nas experiências de construção e manutenção de redes sociais de migrantes brasileiros na Espanha. A pesquisa orienta-se por uma perspectiva qualitativa, centrada nos estudos de recepção latino-americanos, especialmente na vertente dos chamados usos sociais, e ancorada em uma abordagem metodológica baseada em etnografia da Internet. Como resultados da pesquisa empírica, destacamos, para análise, duas dimensões dos usos sociais da internet no âmbito das migrações transnacionais: (1) a internet como ambiente e ferramenta de construção do objeto da pesquisa e abordagem empírica das migrações transnacionais e (2) a internet como espaço de interação de migrantes transnacionais no âmbito das redes sociais de brasileiros na Espanha.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 16h30SALA 2a BLOCO VERMELHO

Sessão 7: Cidadania, Comunicação e Ações Culturais Coordenador: Denise Maria Cogo (Unisinos)

Cultura e Comunicação Popular: o trabalho comunicativo de uma comunidade no sertão dos Inhamuns, Ceará Edilberto da Silva Mendes (UFC), Catarina Tereza Farias de Oliveira (UFC)

O Artigo reconstrói a discussão de que a trajetória histórica da comunicação popular segue uma linha de encontro com as expressões da cultura popular. O ponto de partida é a proposição de Downing (2002) de investigar a comunicação popular para além dos usos de meios tecnológicos, ampliando o conceito de mídia. As discussões retomam fragmentos dessa história em trabalhos que, ao abordar a cultura popular, descrevem usos da comunicação popular em diferentes períodos (Bakhtin, 1993; Davis, 1990; Burke, 1989). Reflete-se ainda sobre a continuidade de práticas seculares e os usos de tecnologias na comunicação popular, articulados a partir da realidade material e simbólica dos atores sociais que as gestam. Articula-se essa reflexão com a análise das mídias criadas para difundir o mito de Santa Marciana, no sertão dos Inhamuns, Ceará.

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“Entre Sons e Gestos: a Rádio Itinerante Cultural Palmares na difusão da cultura afrobrasileira”- uma experiência na Zona da Mata Mineira Kátia de Lourdes Fraga (UFV), Murilo Rodrigues Alves (UFV), José Tarcísio da Silva Oliveira Filho (UFV)

Este artigo busca relatar a experiência de um projeto de extensão que resultou na criação de uma mídia alternativa, a Rádio Itinerante Cultural Palmares, da comunidade Ganga Zumba, com o objetivo de ressignificar e difundir a identidade afro-brasileira em espaços públicos coletivos. A emissora foi inaugurada em maio deste ano, numa praça em Ponte Nova, e vai ampliar suas irradiações para cidades vizinhas da Zona da Mata Mineira.

Mangueira, os seus “ratos” são uma beleza João Luis de Araujo Maia (Uerj)

A proposta deste trabalho é problematizar a sociedade contemporânea a partir das sociabilidades comunitárias e da cidadania cultural. Falaremos de homens que se autodenominam “ratos”. Compreenderemos como o seu estilo de vida (consumo e usos da tecnologia da informação e da comunicação) se mescla aos signos da cidade contemporânea e transformam seus ambientes. O nosso trabalho se ancora na Candelária, localidade da favela da Mangueira, situada no Rio de Janeiro

Marginalidade e cidadania: a comunicação do oprimido Marianna de Araujo e Silva (UFRJ), Eduardo Granja Coutinho (UFRJ)

O presente trabalho pretende analisar como que na ausência de instrumentos eficazes de criação e expressão de uma consciência alternativa e contra-hegemônica, a população dos morros e subúrbios cariocas encontra meios de fazer ecoar a sua voz. Trataremos de sustentar, a partir da obra do sambista Bezerra da Silva, que ao oprimido, nas comunidades periféricas, resta apenas a esfera da comunicação oral e interpessoal, como única dimensão impossível de ser inteiramente colonizada pelos detentores dos meios de informação.

Ressignificando o olhar: a favela em busca de seu lugar Vitor Monteiro de Castro (UFRJ)

O presente trabalho procura demonstrar a necessidade de uma comunicação desvinculada de interesses econômicos para a busca por justiça social. O trabalho propõe uma nova comunicação, e como ela deve atuar dando voz e visibilidade a ações de interesse coletivo, em contraste com os estereótipos e interesses apresentados pela mídia hegemônica. Disseminando outras vozes e manifestações, essas novas mídias passam a lutar pela hegemonia, numa tentativa de ressignificar os olhares sobre os espaços populares

Domingo l 06 de Setembro16h45 às 18h30SALA 2a BLOCO VERMELHO

Sessão Plenária de Encerramento do GP Comunicação para a cidadaniaCoordenador: Alexandre Almeida Barbalho (Uece), Relator: Rozinaldo Antonio Miani (UEL), Relator: Maria Luiza Martins de Mendonça (UFG), Relator: Ricardo Oliveira de Freitas (Uesc), Relator: Juciano de Sousa Lacerda (UFRN), Relator: Bruno Fuser (Facom/UFJF), Relator: Denise Maria Cogo (Unisinos)

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DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCALCoordenador: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 10h45SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 1 - Mídia e Desenvolvimento Regional e LocalCoordenador: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Comunicação, culturas e comunidades periféricas na televisão: assistencialismo, exclusão e apaziguamento Carmen Virgínia Montenegro Sá Barreto (UFPB)

O presente trabalho propõe uma reflexão a respeito das relações entre comunicação, culturas e comunidades periféricas na televisão comercial brasileira. Simultaneamente, discute configurações, propostas de pactos simbólicos, sentidos de periferia, processos de exclusão, déficit de cidadania e qualidade na TV. Tem como objeto de observação os programas da Rede Globo de Televisão, Caldeirão do Huck, Antônia e Central da Periferia.

Jornalismo Complexificado: as estratégias de relacionamento das empresas jornalísticas do Vale do Rio Pardo/RS Fabiana Quatrin Piccinin (Unisc), Pedro Piccoli Garcia (Unisc), Carina Weber (Unisc)

O estudo aborda as mudanças pelas quais a produção jornalística tem passado, especificamente as novas relações que os veículos de comunicação têm estabelecido com o público consumidor da informação. Parte de um cenário de alta competitividade e de novos aportes tecnológicos que geram modificações no fazer jornalístico tais como a reestruturação de processos, a eliminação de etapas e a nova dimensão dada às questões de espaço e tempo na produção e na distribuição do conteúdo. Esse cenário resulta em uma complexificação dos papéis de emissão e recepção de informações na realidade midiática, identificado, inclusive, do Vale do Rio Pardo/RS. Relaciona-se ao desenvolvimento na medida em que a mídia é uma das principais instituições que constrói a agenda pública e mobiliza os atores sociais.

Desenvolvimento local: uma pauta que não pode ficar de fora do jornal Giovana Borges Mesquita (UFRPE), Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

O texto reflete sobre a importância do jornalismo em um processo de construção do desenvolvimento local. Trata-se de um estudo de caso do Jornal do Commercio Agreste, um suplemento do Jornal do Commercio de Pernambuco, utilizando como metodologia a análise de conteúdo, na tentativa de compreender se o suplemento incorpora temas concernentes ao desenvolvimento local, como: produção cultural local, educação, questões produtivas agrícolas e não agrícolas, ambientais, de gênero e geracional e associativismo. Os resultados evidenciaram que o Jornal do Commercio Agreste destina espaços mínimos a esses temas priorizando as questões econômicas, envolvendo as grandes empresas locais.

As Contribuições do Diário da Borborema para o Desenvolvimento Local na Década de 1980 Luiz Custódio da Silva (UEPB), Wenio Tavares Silva (UEPB)

A relação mídia regional e desenvolvimento local vem recebendo novos olhares e análises entre diversos estudiosos nacionais e estrangeiros que possibilitam através de suas pesquisas o aprofundamento do tema. Este artigo estuda a relação do jornal Diário da Borborema com o processo de desenvolvimento regional na década de 1980, na Cidade de Campina Grande. Além da pesquisa bibliográfica, foram utilizadas as técnicas de Análise de Conteúdo para o processo de categorização das matérias inseridas no presente estudo. Com todas as limitações gráficas e editoriais da época aqui estudada, o DB consegue fomentar o processo de desenvolvimento da cidade em suas páginas. Pela forma como o jornal registra os fatos e acontecimentos locais, sua história confunde-se com o cotidiano e o desejo da população na defesa de projetos identificados com o desenvolvimento regional.

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Orçamento Participativo: manipulação e persuasão nas páginas do Correio Popular Wanderley Florêncio Garcia (Unimep)

Este trabalho analisa a cobertura do Orçamento Participativo de Campinas feita pelo jornal Correio Popular, publicado pela Rede Anhanguera de Comunicação. O programa, também chamado de OP, prevê a participação popular para definir onde serão investidos os recursos da Prefeitura de Campinas, no estado de São Paulo. O período analisado é de 2001 a 2004, quando as decisões do OP tinham caráter deliberativo. Para fazer a análise, foram observados os padrões de manipulação da imprensa definidos por Perseu Abramo e também a análise retórica, identificando nos textos suas intenções persuasivas. À luz do conceito de hegemonia de Antonio Gramsci, percebeu-se que a cobertura do OP foi claramente manipulada para levar os leitores a crer no fracasso do programa e em sua incapacidade de permitir uma nova dinâmica na forma de definir os rumos dos recursos públicos.

Sábado l 05 de Setembro 10h45 às 12h00SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 1 / Etapa 2 – Mídia e Desenvolvimento Regional e LocalCoordenador: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Acesso à informação para a comunicação: a leitura na perspectiva do desenvolvimento. Tamara de Souza Brandão Guaraldo (Unesp)

O acesso à informação como fator de desenvolvimento humano. Desenvolvimento individual e coletivo. Acesso e direito à informação. A leitura como acesso à informação e política pública para o desenvolvimento. Leitura como estratégia de desenvolvimento cultural de localidades. Apresenta as premissas da pesquisa sobre a localidade de Dois Córregos – SP, com ênfase no acesso e mediação da informação para a comunicação e desenvolvimento local. Um breve histórico do local é apresentado.

Fluxo da Notícia no Espaço Cultural do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul Cecília Soares de Paiva (Unesp)

A atuação teórico-prática do jornalista abordada a partir de estudos relativos ao newsmaking, expondo, neste artigo, a hipótese de gatekeeper que reconhece o jornalista como um portal da informação, com suas produções e emissões textuais; e a hipótese do agenda-setting que confere à mídia, a responsabilidade de insuflar temas para que a sociedade os comente. São conceitos teoricamente tratados nos ambientes convencionais das redações, no entanto, este artigo evidencia o ambiente de assessoria de comunicação social, abordando o estudo de caso sobre a divulgação do espaço cultural do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS).

Telejornalismo e desenvolvimento local: uma proposta de pesquisa Iraê Pereira Mota (UFRPE), Angelo Brás Fernandes Callou (UFRPE)

O objetivo deste trabalho é discutir os sentidos atribuídos ao Desenvolvimento Local pelos veículos de comunicação. Parte-se do pressuposto de que a comunicação pode ser uma ferramenta essencial para levar à opinião pública as questões relativas às necessidades sociais, em um processo que fomente a mudança social. O texto é uma proposta de estudo a ser realizada no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (Posmex), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Toma-se como unidade de análise os telejornais locais da cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, das emissoras TV Jornal, afiliada ao SBT, e TV Asa Branca, afiliada à Rede Globo.

Cine Fest Brasil-Canudos: oportunidades, desafios e limites de uma ação de comunicação e cultura patrocinada pelo BNDES Lucia Cristina Sales de Oliveira (FGV)

O artigo aborda questões relacionadas ao planejamento e à realização do Cine Fest Brasil Canudos, patrocinado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. O evento visa aproximar os moradores do município de Canudos, no sertão da Bahia, da produção cinematográfica brasileira e capacitar os jovens da cidade para se expressarem por meio da linguagem audiovisual, além de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região.

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A Internet na comunidade rural - Primeiras notas de uma pesquisa Iano Flávio de Souza Maia (UFRN), Sebastião Gulherme Albano da Costa (UFRN)

Para construir os cenários iniciais da nossa pesquisa sobre os possíveis impactos do uso da internet no cotidiano de uma comunidade rural, apresentaremos dados recentes sobre inclusão digital no país, além de discutirmos os discursos de modernização que sustentam tais políticas. Discutiremos também a relação de comunidades tradicionais com os valores da modernidade e as estratégias de anticonfigurações utilizadas por elas em contextos de disputa entre o tradicional e o moderno.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h45SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 2 - Extensão Rural e Extensão Pesqueira e Desenvolvimento Regional e Coordenador: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Extensão Rural, Desenvolvimento Local e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Paulo de Jesus (Posmex), Poliana Pedroso (Fcap)

Este estudo busca estabelecer relações entre Extensão Rural e Desenvolvimento Local e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) quais sejam: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/AIDS, malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento, a partir de reflexões assentadas em material bibliográfico/documental. Na conclusão, sinalizam-se algumas relações, evidenciando-se tal fato pelo próprio enunciado dos ODM, destacando-se a convicção de que os mesmos carecem maior divulgação e que o pessoal da prática extensionista precisa conhecer tal política pública para contribuir para sua efetividade.

O Papel da Comunicação no Desenvolvimento Local: Uma Proposta para Análise dos Modelos Difusionista e de Comunicação Participativa na Extensão Rural Heitor Costa Lima da Rocha (UFRPE)

Na perspectiva de contribuir para o enriquecimento da área da Extensão Rural para o desenvolvimento local, a presente comunicação propõe um esquema teórico para aprofundar a compreensão da ruptura iniciada por Paulo Freire diante do modelo difusionista modernizador, vislumbrando um modelo de comunicação participativa capaz de interpelar o público alvo da ação extensionista não só como produtor, mas também como ser humano integral vocacionado à superação gradativa de sua minoridade e do seu subdesenvolvimento. Neste sentido, discute as fundamentações epistemológicas e metodológicas dos dois modelos, propondo a teoria consensual da verdade, uma concepção de objetividade humanizada e um compromisso da ciência em se tornar senso comum.

Desafios da comunicação da Embrapa para um diálogo interinstitucional no Território do Sisal: continuidades e rupturas com o modelo difusionista Selma Lucia Lira Beltrão (UnB)

Este trabalho se propõe a analisar, de forma preliminar, as contribuições e limitações dos projetos de comunicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em desenvolvimento no recém-constituído Território do Sisal (BA) para a construção de um diálogo interinstitucional com os demais atores institucionais e sociais. Esses projetos têm como proposta democratizar o acesso às informações sobre tecnologias de baixo custo e fácil apropriação pelos agricultores familiares e socializar saberes, buscando a inserção dos mesmos no processo de desenvolvimento rural sustentável. Dessa forma, a Empresa se propõe a promover uma comunicação interativa, em substituição aos processos de comunicação unidirecional e descendente, praticados pela pesquisa no modelo difusionista.

Extensão Pesqueira e Extensão Universitária: a experiência da Universidade Federal Rural de Pernambuco Angelo Brás Fernandes Callou (UFRPE)

No presente trabalho são analisadas as atividades de Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, entre

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2003 e 2007, no âmbito da Pesca e do Desenvolvimento Local. Se o ensino da Extensão Rural e Pesqueira já sinaliza os avanços e os limites da formação e da produção científica nas universidades brasileiras, o mesmo não se pode dizer em relação às atividades de Extensão Universitária, vértice importante da formação e da produção acadêmica. Pouco se conhece sobre as implicações das atividades de Extensão Universitária na formação do profissional das Ciências Agrárias, em geral, e do extensionista, em particular.

Comunidades Tradicionais na Contemporaneidade: As Mudanças e os Processos Educativos com Pescadores e Marisqueiras no Caminho do Desenvolvimento Local na Ilha do Maruim em Olinda, Pernambuco Irenilda de Souza Lima (UFRPE), Ana Paula Gomes da Silva (UFRPE)

Apresentamos, neste trabalho, os resultados do estudo relativos às parcerias, às mobilizações e aos processos educativos nas ações governamentais direcionadas para uma comunidade tradicional na contemporaneidade de pescadores, pescadoras e marisqueiras, na Ilha do Maruim, em Olinda-Pernambuco. As ações públicas se destinaram à revitalização do Rio Beberibe no seu estuário na Praia de Del Chifre, incluindo a mobilidade das pessoas do lugar. O estudo revelou que a comunidade continua com os mesmos problemas de pobreza, agravados, pela insuficiente assistência pública e poucas oportunidades para a melhoria de sua qualidade de vida. No entanto, resistem reconhecendo que somente de forma organizada a comunidade poderá obter um desenvolvimento significativo, bem como, podem juntos criar outras formas de lutas e de conquistas para o coletivo e para a melhoria de condições de vida no local.

Sábado l 05 de Setembro 15h45 às 18h00SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 2 / Parte 2- Extensão Rural e Extensão Pesqueira e Desenvolvimento Regional Coordenadora: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

El rol de la Inclusión Comunicativa en el potencial de desarrollo: Análisis comparativo del litoral Mediterráneo y la cuenca del río Paraguay Norminanda Montoya Vilar (UAB)

En esta comunicación el LAICOM (Laboratorio de Análisis Instrumental de la Comunicación de la UAB) analiza la situación de inclusión-exclusión comunicativa a la que están sometidas dos comunidades de pescadores bien distantes una de otra, pero con problemas similares: una situada en Corumbá, MS, en la Cuenca del Río Paraguay y otra situada en Vilanova i la Geltrú, en el Litoral Mediterráneo, Catalunya, España. Ambas están viviendo una crisis económica por el agotamiento de los recursos pesqueros. En esta comunicación se analizan ambos casos desde el punto de vista económico, social y comunicativo y se explica cual es el nivel de inclusión o exclusión comunicativa que están sufriendo ambas comunidades. Y se comprueba si los medios de comunicación contribuyen a la adaptación de ambas comunidades a la nueva situación generada por la crisis del sector.

Políticas de Comunicação e Novas Ruralidades: a recepção das propostas de turismo rural da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural Ladjane Milfont Rameh (UFRPE), João Paulo da Silva (UFRPE)

O trabalho analisa a recepção das propostas de turismo rural da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, pelos técnicos extensionistas do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA. A pesquisa se apoia nas teorias sobre os estudos de recepção em contextos populares, tendo como principal expoente na América Latina Martín-Barbero, ao analisar as mediações culturais. Foram utilizadas técnicas combinadas de análise de dados, como análise documental e roteiro de entrevista semi-estruturada. Os resultados indicam que a forma como esses técnicos estão se apropriado da proposta da Pnater ainda é incipiente, o que dificulta a gestão do desenvolvimento local nas comunidades rurais com potencial turístico.

Desenvolvimento Local e Turismo na Perspectiva da Metodologia de Cluster Jeanine Calixto Lacerda (UFRPE), Anny Kariny Jatobá Ferreira (UFRPE)

O estudo analisa o desenvolvimento local e o turismo à luz da metodologia de cluster. Considerado um conjunto de atrativos com destacado diferencial e dotado de equipamentos e serviços de qualidade, com excelência gerencial, concentrado num espaço geográfico delimitado, o cluster abrange todo o Sistema de Turismo SISTUR. Utilizou-se como

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metodologia um estudo de campo em três municípios do estado de Pernambuco confrontando o empírico com o teórico. Os resultados evidenciaram que as ações de fomento ao turismo e ao desenvolvimento local estão longe de priorizarem uma metodologia pertinente e condizente com a realidade do que, de fato, é sustentável, a metodologia de cluster.

Comunicação, Juventude Rural e Desenvolvimento Local: a experiência da Fundação Casa Grande Nataly de Queiroz Lima (UFRPE)

Na cidade de Nova Olinda, sertão do Cariri cearense, uma experiência desenvolvida pela organização não governamental Fundação Casa Grande utiliza a capacidade mobilizadora da comunicação e da cultura como estratégia de desenvolvimento local. Ativando as competências culturais endógenas, os jovens da localidade são responsáveis pela gestão de produções culturais e dos veículos de comunicação educativos em uma área geográfica onde imperam as parabólicas e é escasso o acesso aos bens culturais. Em um movimento de repúdio a algumas produções hegemônicas e de apropriação de outras, a comunidade parece se reconhecer como agente político, produtor e ressignificador de sentidos, ampliando as possibilidades de participação social, inclusive através da formação de cooperativa, e de promoção do desenvolvimento sustentável.

Extensão Rural e Novas Ruralidades: a produção artesanal de Barra do Riachão como estratégia para promover o desenvolvimento local Maria das Graças Andrade Ataide de Almeida (UFRPE), Auta Luciana Laurentino (UFRPE)

Esta pesquisa se volta para uma ação extensionista de design realizada na comunidade de Barra do Riachão, distrito de São Joaquim do Monte/ Pernambuco/ Brasil, em que se buscou promover o estímulo ao desenvolvimento local a partir do aprimoramento de uma atividade não-agrícola, neste caso, a produção artesanal com a técnica tradicional da rede de pesca. Enquadra-se no DT 7 - Comunicação e Desenvolvimento Regional e Local. Utilizamos uma metodologia de pesquisa teórica e empírica em que as ideias foram desenvolvidas à luz dos conceitos sobre extensão rural, novas ruralidades, desenvolvimento local, produção artesanal, organização popular e comunicação participativa, enquanto que no empírico foram realizadas visitas a comunidade nas quais realizamos oficinas para sugestões de melhorias dos produtos artesanais.

Associativismo em rede e Desenvolvimento Local: O Programa Um MIlhão de Cisternas no município alagoano de Olho D’Água do Casado João Batista Barros de Amorim (UFRPE) e Maria Luiza Lins e Silva Pires (UFRPE)

Este trabalho analisa a relação entre extensão rural e associativismo em rede e seus impactos sobre o desenvolvimento local, no âmbito do Programa Um Milhão de Cisternas - P1MC. Situado como uma política pública, o P1MC considera a cisterna o elemento mobilizador da proposta de convivência com o Semi-Árido, norteada pela ASA. Os resultados indicam que o P1MC vem se consolidando como uma política de extensão rural, calcada na participação e no fortalecimento do associativismo em rede, com implicações sobre o desenvolvimento local do município estudado.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 3 – Comunicação, Desenvolvimento Regional e Local e SustentabilidadeCoordenadora: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Comunicação e Sustentabilidade na Amazônia Allan Soljenitsin Barreto Rodrigues (FBN)

Desenvolver a Amazônia de forma sustentável é um dos maiores desafios postos para a atual geração. Devido a sua proposta de aliar a conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das populações tradicionais, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) vêm se mostrando iniciativas promissoras na busca de modelos sustentáveis de exploração dos recursos naturais. Tendo em vista que as ações de comunicação são estratégicas na criação e implementação de projetos sustentáveis envolvendo populações tradicionais, este artigo está focado nos

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processo de recepção e mediação do discurso conservacionista na comunidade de São Raimundo do Jarauá, localizada na RDS de Mamirauá. Conhecer as mediações do discurso conservacionista nos permite aproximar-nos dos motivos de Jarauá ter obtido um sucesso singular na adoção de práticas sustentáveis.

Contratos de Comunicação na Floresta Francisco de Moura Pinheiro (PUC-SP)

Quando em campanha pelo Governo do Estado do Acre, na segunda metade da década de 1990, o Partido dos Trabalhadores fundamentou o seu discurso na questão do desenvolvimento sustentável. Com base no discurso de campanha, ao assumir o almejado poder, em 1999, uma das primeiras atitudes dos novos dirigentes foi criar uma ideologia que pudesse servir de força motriz para as suas ações. Desta forma é que foi criado o neologismo “florestania”, juntando numa mesma palavra os vocábulos “floresta” e “cidadania”. O objetivo deste artigo é tecer considerações sobre os contratos de comunicação usados pelo Governo do Estado, via mídia eletrônica e impressa, para a efetiva divulgação e aceitação popular da nova ideologia.

Belo Monte de FHC a Lula. Sentidos e discursos do desenvolvimento energético da Amazônia na mídia (1999 a 2006) Thiago Almeida Barros (Naea-UFPA)

Este trabalho apresenta os resultados preliminares de cinco meses de pesquisas para a dissertação de mestrado em Planejamento e Desenvolvimento do Trópico Úmido acerca da produção de sentidos e discursos na arena midiática no contexto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte – projetada para o rio Xingu, no Pará. O corpus, composto de edições dos jornais O Liberal e Diário do Pará, ambos de Belém, é tratado a partir de análise de conteúdo. A avaliação já permite fazer algumas inferências: a existência de um mapa da disputa do discurso geopolítico, que divide a arena entre locais próconstrução e anticonstrução. Ainda está em análise a capacidade de o grupo de atores pró-construção criar discursos com o poder de silenciar processos históricos de disputas sociais por meio de nomeação ou re-nomeação de locais e atores.

Comunicação Comunitária como Espaço de Transformação Ambiental em Assentamentos Amazônicos de Mato Grosso Gisele Souza Neuls (UFRGS), Cristóvão Almeida (UFRGS)

Este trabalho sistematiza a experiência de formação de comunicadores comunitários no norte de Mato Grosso. Descreve a metodologia utilizada em oficinas de formação de comunicadores comunitários bem como o percurso teórico que configura a metodologia. Reflete sobre as possibilidades e limites da formação de comunicadores como vetor de mobilização comunitária, educação para a cidadania, afirmação da identidade cultural e conservação socioambiental, a partir de autores como Cicília Peruzo, Denise Cogo, Marcos Bagno e Enrique Leff. Conclui que a comunicação comunitária cumpre papel para além da apropriação e uso dos meios de comunicação, contribuindo com o exercício da cidadania.

O Uso de Projetos Interdisciplinares em Comunicação Social Multimídia no Desenvolvimento de Ferramentas para o Desenvolvimento da AmazôniaAcilon H. Baptista Cavalcante (UFPA)

O presente trabalho trata da pesquisa iniciada no curso de Especialização em Semiótica e Cultura Visual do ICA-UFPa que foi desenvolvido como pesquisa durante o projeto interdisciplinar do Curso de Comunicação Social Multimídia do IESAM. Trata do desenvolvimento de ferramentas para a criação de Cidades Digitais como Modelo de Desenvolvimento Limpo a ser aplicado em cidades da Amazônia respeitando as peculiaridades estruturais e culturais destas, tendo em vista as mazelas sociais provenientes dos Grandes Projetos do governo Militar para a Região e possíveis aplicações da cibercultura e Tecnologia da Informação para a criação de projetos de Desenvolvimento Sustentável. Inicialmente aplicado em localidades distintas de Belém, capital do Pará, os seus resultados são descritos neste artigo de forma a criar acervo para futuros projetos de desenvolvimento para a Região.

Museus e centros de ciência de quarta geração (4G) e o desenvolvimento sustentável: um mapa possível para a confluência entre divulgação científica e comunicação e extensão rural Marcelo Sabbatini (Edumed)

A partir dos conceitos de divulgação científica e cultura científica, propomos uma aproximação teórica destes campos do saber e da prática com a comunicação e extensão rural. Identificando similaridades no desafio de levar não somente

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os fatos e informações científicas e tecnológicas, mas a concepção da ciência como método e processo, ao setor rural, destacamos a necessidade de superação de um modelo linear de transmissão para um modelo participativo, no qual os receptores tornam-se agentes ativos da construção do conhecimento. Identificamos ainda nos museus e centros interativos de ciência, especificamente os denominados de quarta geração (4G) uma forma de ação capaz de superar os desafios comunicativos encontrados na interface entre sociedade e o sistema de produção C&T, voltados para uma concepção de novas ruralidades e de desenvolvimento sustentável

Comunicação, Tecnologia Social e Participação: análise das estratégias de comunicação do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos em Sairé, Pernambuco João Paulo da Silva (UFRPE), Maria Augusta Amaral Vieira de Mello (UFRPE)

Este estudo tem como objetivo analisar a implementação do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – SGIRS do município de Sairé, Região do Agreste do Estado de Pernambuco, e sua contribuição para o desenvolvimento local sustentável. Especificamente, trata de identificar quais as tecnologias sociais, ou seja, as estratégias de comunicação, processos e métodos que estão sendo desenvolvidos na implantação das etapas do sistema de resíduos sólidos, que visam garantir um meio ambiente saudável, bem como o aumento da qualidade de vida da população e a promoção do desenvolvimento local. O estudo constatou que, apesar do SGIRS ser considerado um esforço de desenvolvimento local, as estratégias de comunicação utilizadas no município de Sairé se distanciam dos princípios freirianos de participação e construção coletiva do conhecimento.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 2 BLOCO VERMELHO

Sessão 4 – Culturas Populares Contemporâneas, Identidade e Desenvolvimento Coordenadora: Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

Jogo de Ecos: tecnologia, consumo e identidade nas culturas populares Patrícia Munick de Albuquerque Fragoso (Universo)

A sociedade contemporânea vive um novo paradigma: a individualização/personalização da informação graças ao acesso da sociedade as tecnologias digitais onde indivíduos passam a produzir o que vai ser consumido no massivo. Surge então a necessidade de realizar um mapeamento desse processo de apropriação das novas tecnologias e da produção de sentidos que estão sendo dados ao tecido digital. Sendo assim, como as culturas populares representam suas identidades a partir das apropriações do vídeo digital? Entender o processo de construção e “auto-edição” dessas identidades de contexto popular a partir das apropriações das novas tecnologias é o objetivo deste artigo.

Programa Incentivadores de Cultura da TV da UVV do Espírito Santo Ivana Esteves Passos (UVV)

A contribuição da televisão universitária, TV REDE UVV, transmitida no âmbito do Canal Universitário do Espírito Santo, Canal 13 da NET (a cabo) no desenvolvimento da indústria criativa, por meio do Programa Incentivadores de Cultura. A presente pesquisa vem sendo realizada por alunos de Comunicação Empresarial, de Comunicação Social, de Marketing e de Economia e apresenta contribuições ao mercado cultural capixaba, estabelecendo uma televisão universitária como um canal de informações sobre o contexto da gestão da cultura e as especificidades desse setor. É o primeiro canal local que se abre, na mídia, para abordar as temáticas do Marketing Cultural e da Economia da Cultura no Espírito Santo. Desenvolvida de maneira multidisciplinar, permite uma visão abrangente do tema e a aproximação entre opostos complementares.

Produção da Cultura na Pesca de Itapissuma Silvana Marques Porto Araujo (UFRPE)

O presente artigo trata de uma experiência cinematográfica com a comunidade pesqueira da cidade de Itapissuma, litoral norte de Pernambuco, que não oferece oportunidades e nem acesso as produções culturais. Através desse relato é discutida a produção cultural do município, além de aspectos envolvendo turismo e o desenvolvimento local. A pescadora Joana, ex presidente da colônia de pescadores da cidade, e ainda muito atuante nas ações da pesca artesanal, descobre a câmera filmadora e mostra – a partir do seu olhar – os anseios desses profissionais do mar, em especial das mulheres pescadoras.

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Comunicação, Cultura e Identidades: Os Contextos Comunicacionais Na Comunidade Negra de Itamatatiua Wesley Pereira Grijó (UFG)

Este artigo aborda a comunicação na comunidade negra de Itamatatiua, no município de Alcântara, no estado do Maranhão. Assim, fazemos um levantamento de como era o antigo contexto comunicacional naquela comunidade, onde por muito tempo foi a oralidade praticamente a única forma de interação comunicacional entre as pessoas. Depois, lançamos reflexões sobre o atual contexto da comunicação naquele local, agora com a presença dos medias eletrônicos, principalmente a Televisão. Este trabalho toma como referência ainda as contribuições teóricas dos Estudos Culturais britânicos e Latinos-americanos, no que tange à relação da comunicação com o campo da cultura e a constituição das identidades.

Estratégias de Comunicação do Programa Rádio Mulher para o Desenvolvimento Local Adriana do Amaral Freire (UFRPE), Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

O texto analisa as mensagens do programa Rádio Mulher, do Centro das Mulheres do Cabo de Santo Agostinho, veiculado na Rádio Comunitária Calheta FM, em Pernambuco, na perspectiva de compreender sua contribuição para a construção do Desenvolvimento Local. Considerou-se como vetores para análise temas associados ao Desenvolvimento Local como Gênero, Cidadania, Participação/Organização, atividades Econômico-Produtivas e Ecologia. O aporte teórico fundamenta-se em autores como Franco, Tauk Santos, Defleur, Hall, Ortriwano, Nicholson. A pesquisa utilizou técnicas combinadas de coleta de dados, como entrevista semi-estruturada e análise dos áudios do Rádio Mulher. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a veiculação das questões como cidadania e gênero ocorre com mais freqüência do que outras como ecologia ambiental e atividades econômico-produtivas, fundamentais ao Desenvolvimento Local.

Mulheres Pescadoras: A Construção da Resistência em ItapissumaMaria do Rosário de Fátima Andrade Leitão (UFRPE)

O texto recupera a história de luta, resistência e conquista da Colônia de Pescadores Z-10 em Itapissuma. Destaca a participação das mulheres no reconhecimento profissional do trabalho delas na pesca. Gênero e desigualdade, identidade e trabalho feminino no setor pesqueiro são os componentes do referencial teórico. A metodologia está fundamentada no Estudo de Caso, com entrevistas semi-estruturadas, documentos e observação em campo. Por fim, as pescadoras de Itapissuma desde a década de 1970 lutam por um espaço igualitário entre homens e mulheres no mundo da pesca. Nas últimas décadas se destaca diretorias composta por mulheres, situação possibilitada pelas mudanças sociais, cujos resultados consistem na valorização e conhecimento dos direitos, da participação e cooperação entre diferentes os atores.

Pesquisa Participativa de Base Comunitária como ferramenta de avanço em pesquisas envolvendo comunidades Joseane Terto de Souza (ECA-USP) e Leandro Leonardo Batista (ECA-USP)

A pesquisa participativa de base comunitária na sua concepção desenvolve a ideia de um proceder metodológico que envolve a comunidade em todas as suas fases de aplicação, desde a definição de sua necessidade até a implementação das intervenções eventualmente propostas. A metodologia desta pesquisa é capaz de traduzir em resultados para a comunidade o diálogo entre a academia e o grupo foco do estudo. Ainda pode possibilitar um aumento da auto-eficiência da comunidade tanto em relação à solução de um problema específico quanto a desenvolver autonomamente novos projetos de pesquisa.

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DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP GEOGRAFIAS DA COMUNICAÇÃOCoordenador: Sonia Virgínia Moreira (Uerj)

5 de setembro09h00 às 12h00SALA 2c BLOCO VERMELHO

Comunicação e Espaço UrbanoCoordenador: Joseph Dean Straubhaar (UT Austin)

Gentrification e Cidade Estudo comparativo de bairros operários através da teoria da comunicação intercultural. Os casos de Sorocaba e Barcelona Paulo Celso da Silva (Uniso)

As melhoras físicas que são implantadas em bairros considerados como áreas degradadas, elevando o status social, econômico e/ou cultural são conhecidas como Gentrification. O fenômeno da gentrification coloca em relevo identidades criadas historicamente nos locais, em conflito com novas identidades que chegam. O lugar, escala geográfica-comunicacional da identidade, do cotidiano e do reconhecimento é alterada exigindo de todos os atores outras negociações e lutas no cenário que está em constante construção. O objetivo principal deste trabalho é fazer uma aproximação teórica e prática do conceito e do fenômeno da Gentrification na comunicação tendo como referencial os estudos sobre Comunicação intercultural proposta por Rico Lie.

Comunicação e Espaços Urbanos: A Imagem dos Bairros Concentradores de Lançamentos Imobiliários de São José dos Campos - SP Monica Franchi Carniello (Unitau)

Na segunda metade do século XX, intensifica-se o processo de industrialização da habitação. A moradia passou a ser tratada como um produto, fazendo uso, portanto, da comunicação mercadológica. O objetivo desta pesquisa foi verificar as relações e correspondências entre discurso construído pela mídia e a imagem percebida pelos moradores da cidade de São José dos Campos nos bairros concentradores de lançamentos imobiliários. A pesquisa caracteriza-se como descritiva, com coleta de dados por entrevista e documental. Verificou-se que nos bairros estudados a imagem percebida pelos moradores é predominatemente positiva. Essa imagem coincide em parte com o discurso veiculado pela mídia, que é um dos elementos que compõe a percepção da imagem do lugar, somada à própria configuração espacial e às relações sociais, variáveis importantes na formação da imagem de bairros.

Cartografando Novas Socialidades no Espaço Urbano Soteropolitano: Estratégias de um Programa Popular Televisivo na Ressignificação de Fronteiras Lilian Reichert Coelho (UFBA)

Orienta-se por balizas teóricas oriundas de diversas áreas do saber (BACHELARD, 2003; SANTOS, 2005; LEFEBVRE, 1999; SERPA, 2007; MAFFESOLI, 1996), a fim de perseguir a hipótese segundo a qual um programa televisivo de nítido apelo popular pode atuar de modo eficaz na construção de novas socialidades em um espaço urbano prenhe de contradições. Estas inegavelmente povoam a vida prática e simbólica de seus habitantes. Para isso, considera-se o referido programa agente de socialidades, ao conferir visibilidade positiva a pessoas e bairros pobres da capital baiana, comumente relegados à invisibilidade pelo jornalismo de referência local. Assim, compreende-se o programa Que venha o povo! como espaço liminar entre lugares simbólicos e territoriais que ressignifica as fronteiras instituídas pelos poderes, práticas e discursos dominantes.

Garçons cearenses no Rio de Janeiro: comunicação e migração Alessandra Marques Cavalcante da Fontoura (FA7)

O presente trabalho tem como tema a relação entre comunicação e migração observada a partir do estudo de um grupo de cearenses que residem na cidade do Rio de Janeiro e trabalham como garçons. A comunicação, tratada como processo cultural que contempla a partilha de sentidos, revela-se como prática social que contribui para manter ativo o fluxo migratório de cearenses para o Rio de Janeiro. Especificamente, será observada de que forma as representações sobre o Rio de Janeiro circulam através das narrativas orais compartilhadas entre as pessoas que já migraram e os conterrâneos que têm interesse em migrar e como esses relatos se relacionam com o fenômeno migratório.

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Mixologias: Comunicação e Espaço Urbano Nízia Maria Souza Villaça (UFRJ)

O texto busca sublinhar as novas formas simbólicas de ressemantização e apropriação do espaço urbano enfocando a cultura como “recurso”, notadamente a moda, o design e o urbanismo, e refletindo sobre a relação corpo/espaço no contemporâneo. Com o foco no imaginário da moda, refletiremos sobre o que vamos chamar de “mixologias” pensando os processos de construção/desconstrução das cidades e os processos culturais dos que as habitam neste momento de globalização. A produção do sentido e o sem sentido do urbano não existe apenas no território físico e nas interações materiais, mas, crescentemente, articula o que acontece nas ruas com o que é veiculado nos meios de comunicação com medidas diversas da visibilidade urbana.

Sábado l 05 de Setembro14h30 às 15h45SALA 2c BLOCO VERMELHO

Comunicação e FronteirasCoordenadora: Sonia Virginia Moreira (Uerj)

Representação histórica das cidades fronteiriças de Mato Grosso do Sul Daniela Cristiane Ota (UFMS)

Ao estudar os conteúdos jornalísticos divulgados na fronteira de Mato Grosso do Sul, em específico o rádio, observamos que o contexto histórico, cultural, econômico e social da região reflete significativamente na produção do conteúdo midiático. Sendo assim, neste trabalho apresentamos a caracterização dessa fronteira, que representa um espaço abstrato devido à ausência de obstáculos físicos ou naturais e aos intercâmbios cotidianos da população. Podemos dizer que as transmissões bilíngües, os assuntos que geram pauta jornalística, o contexto dos fatos noticiados e a integração existente entre as chamadas cidades-irmãs entre o Brasil e Paraguai e o Brasil e a Bolívia, advém de um contexto histórico que não pode ser visualizado de forma dissociada. As regiões fronteiriças representam um espaço peculiar e diferenciado, cuja significação se dá através de uma construção coletiva.

Diversidade cultural e apropriação de bens simbólicos na fronteira Brasil-Argentina Roberta Brandalise (USP)

A instabilidade econômica da região fronteiriça, ditada pelas políticas dos Estados Nacionais, afeta as relações sociais entre comunidades de fronteira (o caso de Uruguaiana/Paso de Los Libres), promovendo distanciamento na convivência entre brasileiros e argentinos. Nesse contexto, o telejornalismo -brasileiro e argentino- exerce um papel que alimenta os conflitos entre os fronteiriços ao sublinhar ganhos e perdas econômicas, reforçando a delimitação das identidades nacionais. Nesse quadro, com tendências de desregionalização que flagramos, surpreendemos como a ficção seriada brasileira participa das tensões entre diferentes estruturas de significado, incluindo a diversidade étnica. Compreendemos que diferentemente do jornalismo, a ficção televisiva brasileira aproxima brasileiros e argentinos, gerando sociabilidades.

Sábado l 05 de Setembro 16h00 às 17h30 SALA 2c BLOCO VERMELHO

Comunicação, Cultura e GeografiasCoordenadora: Margarethe Born Steinberger-Elias (UFABC)

Global, Hybrid or Multiple? The New Cultural Geography of Identities Joseph Dean Straubhaar (UT Austin)

This paper explores the multiplicity of levels of media use and identity as a key element of the changing cultural geography of globalization. The movement from traditional local life to modern interaction with mass media has

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produced identities that are already multilayered with cultural geographic elements that are local, regional, transnational based on cultural-linguistic regions, and national (Anderson, 1983). Both traditional and new media users around the world continue to strongly reflect these layers or aspects of identity while many also acquire new layers of identity that are transnational, or global. In this paper, we examine the relationship between processes of hybridization of identity and culture over time and the buildup, maintenance, and defense of multilayered identities.

Sobre a invisibilidade da geografia na comunicação Sonia Virginia Moreira (Uerj)

Os estudos originados da área de geografias da comunicação partem de duas referências principais: o da própria geografia (em especial a humana e a social) e o das ciências sociais (ênfase nos estudos de mídia). No campo particular da comunicação, elementos da geografia ainda são escassos em pesquisas e estudos. Isto colabora para uma espécie de ‘invisibilidade’ da geografia junto aos investigadores da comunicação: está presente, mas ao mesmo tempo ausente, não declarada. Esta apresentação tem por objetivo mostrar caminhos possíveis dos estudos da geografia para o desenvolvimento da pesquisa em comunicação em um contexto que se apresenta como interdisciplinar por excelência.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00SALA 2c BLOCO VERMELHO

Mídia e TerritóriosCoordenadora: Nízia Maria Souza Villaça (UFRJ)

A construção do território simbólico afro-brasileiro: a legitimação do discurso de pertencimento do Grupo Palmares pela imprensa Deivison Moacir Cezar de Campos (Ulbra)

O pertencimento afro-brasileiro foi construído a partir da transposição dos elementos identitários do território espacial para o território simbólico. Neste movimento, aspectos locais [quilombismo] foram articulados com elementos globais [diáspora negra]. A imprensa cumpriu um papel determinante para a ampliação e legitimação desta forma de pertencimento. O artigo constitui-se num estudo de caso sobre a ação do Grupo Palmares de Porto Alegre na década de 70. São utilizados referenciais dos estudos de Comunicação e Cultura, da Geografia Social e da Nova História.

A Política Pela Geografia: A Ocupação de Terras e da Mídia Como Ferramenta Sem-Terra Kleber Santos de Mendonça (UFF)

O presente artigo pretende lançar, a partir do diálogo entre conceitos da Comunicação e da Geografia, as bases teóricas para dimensionar as características de uma das principias estratégias políticas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): a ocupação de terras. Parte-se, aqui, da hipótese de que tal metodologia política só é capaz de se efetivar na medida em que consegue transcender os múltiplos locais simultâneos das ocupações, de modo a abarcar uma unidade produzida pelo espaço informativo que relatará tais ações. Com isso, percebe-se a efetivação de uma ampla ocupação midiática, a partir da qual o MST garante a visibilidade necessária para se estabelecer como um interlocutor legítimo da questão agrária, bem como materializar sua ação política numa arena informativa global, mesmo diante de interpretações negativas.

Aproximações Mediáticas: Tendências Para Construir Uma Nova Regionalização Rodrigo Gabrioti de Lima (Uniso)

As aproximações mediáticas elaboram um novo conceito de regionalização a partir do momento que passam a englobar regiões com pouca ou quase nenhuma identificação. Essa composição se justifica por interesses em determinadas áreas de cobertura. Além das novas configurações, ampliam a produção ideológica. Nos municípios paulistas de Sorocaba e Jundiaí, essa nova regionalização existe há uma década por meio da TV TEM, afiliada da Rede Globo. O formato gera descontentamentos por parte dos públicos que criticam os conteúdos disponíveis por entendê-los parciais a uma das localidades mencionadas. Se do ponto de vista jornalístico e de entretenimento, essa regionalização não parece a mais ideal, ela se caracteriza pela criação de um novo nicho para o mercado publicitário embora a emissora tente reforçar o seu caráter regional.

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A criminalização da pobreza sob o signo do “choque de ordem”: uma análise dos primeiros cem dias do governo Eduardo Paes a partir das capas de O Globo Rafael Fortes Soares (UniRio), Pablo Cezar Laignier de Souza (UFRJ)

Este trabalho opera uma análise das cem primeiras capas do jornal impresso O Globo no ano de 2009, com o objetivo de articular as manchetes sobre o “Choque de Ordem” promovido pela prefeitura municipal recém empossada e a noção de criminalização da pobreza, tal como aparece na obra do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. O artigo é composto por uma primeira seção onde se busca apresentar o panorama político-econômico do processo de globalização, sua relação com as práticas de poder teorizadas por Deleuze e o consequente processo de criminalização da pobreza apntado por Bauman; a segunda seção apresenta a análise dos dados empíricos coletados.

Noticiário internacional: um mapa de contradiçoes e influ6encias ideológicas e econômicas Maria José Baldessar (UFSC)

O artigo traz uma análise do fluxo internacional noticioso a partir de uma contextualização dos países e assuntos mais noticiados em determinado recorte de tempo e em determinados veículos de comunicação do Brasil – JB Online, O Estado.com, O Globo Online e agências internacionais de notícias, EFE e Reuters, além do Centro de Informações da ONU. É resultado de pesquisa de doutoramento já concluída, e, embora confirme o fluxo informativo, evoca a possibilidade internet romper fronteiras ideológicas, geográficas e econômicas para dar outro caráter ao fluxo noticioso.

Domingo l 06 de Setembro14h30 às 17h45 SALA 2c BLOCO VERMELHO

Geografias da comunicação: regional, internacional e digitalCoordenadora: Daniela Cristiane Ota (UFMS)

Newsweek - um outro olhar sobre o Brasil Pedro Paulo Procópio de Oliveira Santos (UFPE), Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE)

Neste artigo refletimos sobre o outro olhar a respeito do Brasil pela revista norte-americana Newsweek. Acreditamos que esse novo olhar reflete a atual imagem do Brasil no cenário internacional, além do maior fluxo de informações sobre o país, o que contraria o fato de os países em desenvolvimento terem pouca visibilidade na imprensa mundial. Partimos do pressuposto que o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, por intermédio de um discurso focado no equilíbrio dos interesses brasileiros com o de investidores e governantes estrangeiros, é um dos principais responsáveis por isso. Através da Análise de Discurso, a pesquisa traz pistas que ajudam a compreender as imbricadas relações entre o discurso, a ideologia e o poder. Tais relações tornam-se visíveis no espaço destinado ao país nas páginas da Newsweek à medida que o presidente Lula reformula a sua imagem e o seu discurso.

Da Convivência à Convergência das Mídias: as Representações do Mundo na BBC Brasil Jamile Gamba Dalpiaz (PUC-RS)

Este artigo descreve e analisa a produção de conteúdo da BBC Brasil na internet a partir de duas leituras. Uma delas está diretamente relacionada à concepção comunicacional geográfica, considerando que esta produção nos permite refletir sobre as representações do mundo narradas por meio de seu noticiário. A outra versa sobre as novas tecnologias da comunicação, que potencializam a articulação dos modos de produção e circulação de mensagens. O objetivo principal é identificar de que modo a BBC Brasil representa o mundo no seu noticiário. Para tanto, busca-se compreender dois contextos: a trajetória do Serviço Brasileiro à luz dos ciclos comunicacionais e culturais e a estrutura atual, centrada no espaço on-line e em políticas editoriais para divulgação cultural.

Estratégias para o Espaço na Comunicação Sul-Sul: do não-alinhamento à produção colaborativa Pedro Aguiar Lopes de Abreu (UFRJ)

O trabalho se propõe traçar uma trajetória das estratégias de circulação de informações na comunicação entre países em desenvolvimento (eixo Sul-Sul), desde a experiência do Movimento Não-Alinhado nos anos 1970-1980 até a recente expansão do colaborativismo, sob uma perspectiva da questão do espaço: que fronteiras, territorialidades e “urbanias”

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são constituídas, tanto entre estas sociedades quanto entre as desenvolvidas. Para isso, são discutidos os determinantes que a organização da produção capitalista coloca à construção da espacialidade, a hegemonia das noções capitalistas de espaço urbano sobre o cenário global e de que forma as iniciativas abordadas se contrapõem a estes modelos. Toma-se como objeto aqui o modelo operacional de agências de notícias internacionais em contraste com o pool de cooperação não-alinhado liderado pela Iugoslávia.

A Geografia dos mundos virtuais: apropriação do conceito de espaço no Second Life Renata Cristina da Silva (Uerj)

Este trabalho se propõe a analisar o espaço geográfico do mundo virtual Second Life, buscando compreender quais os recursos de localização são adotados pelos usuários do programa nessa esfera digital. Para isso, pretendemos traçar um paralelo entre os padrões adotados no ambiente online e na cartografia convencional, com o intuito de observar formas de apropriação do espaço físico pelos mundos virtuais.

Recursos tecnológicos aplicáveis a bases de dados geográficos para extração de informações relevantes na área de Turismo Margarethe Born Steinberger-Elias (UFABC), Thiery Okuyama (UFABC)

O ponto de partida deste trabalho é a convicção de que há no Brasil um amplo capital turístico ainda inexplorado por falta de informação. O texto trata da extração de informação relevante sobre turismo local e regional em bases de dados geográficos brasileiros (IBGE) e latino-americanos (Cepal). Os recursos tecnológicos para recuperação de informação baseiam-se na indexação prévia de destinos turísticos reconhecidos. O problema a ser discutido aqui é, em primeiro lugar, o conceito de “destino turístico” e suas condições de aplicação. E, em segundo lugar, a possibilidade de emergência de novos destinos turísticos a partir de uma busca inteligente em bases de dados geográficos. Esse tipo de busca extrai informação implícita através do cruzamento de dados.

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DIVISÃO TEMÁTICA 7 – GP MÍDIA, CULTURA E TECNOLOGIAS DIGITAIS NA AMÉRICA LATINACoordenador: Maria Cristina Gobbi (Unesp/Umesp)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 09h15SALA 2d BLOCO VERMELHO

Mesa de abertura: Mídias, Culturas e Tecnologias Digitais na América LatinaCoordenador: Maria Cristina Gobbi (Umesp/Unesp), Coordenador: Márcio Ronaldo Santos Fernandes (Unicentro)

Sábado l 05 de Setembro09h15 às 12h00SALA 2d BLOCO VERMELHO

Mesa 1 – Acessibilidade Digital na Educação Latino-AmericanaConvidado: Leonardo Machado da Silva (UN Futura)

Comunicação Móvel no Ensino Superior a Distância: um Estudo Exploratório do Acesso e Interesse Discente em Mídias Móveis Fabio Botelho Josgrilberg (Umesp)

A adoção de mídias móveis em processos educativos aumenta com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação (TIC). O presente estudo exploratório analisa as possibilidades de adoção dessas mídias na comunicação entre docentes e discentes. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário online, respondido por 966 alunos do Campus EAD Metodista, dentro de um universo de 10.074 alunos matriculados no programa.

Sociedade informacional e exclusão: Os projetos de inclusão digital em Uberlândia-MG Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU)

O texto discute a influência das novas tecnologias, na transformação da sociedade para a “sociedade do conhecimento”, bem como suas implicações, que não ficam restritas à área tecnológica, mas atingem também as áreas sociais, econômicas, culturais e principalmente educacionais, pois aborda o conhecimento e os desafios da educação nesta nova sociedade. Apresenta breve levantamento de projetos que visam a Inclusão Digital, presentes em Uberlândia- MG, advindos de iniciativa pública ou privada, com intuito de analisar a eficiência e o funcionamento destes programas inclusivos e traçar um perfil de seus visitantes, além de conhecer quais os usos que eles fazem das possibilidades de inclusão ao mundo digital.

O ensino na sociedade da informação: uso de novas tecnologias, ferramentas e linguagens Caroline Petian Pimenta Bono Rosa (FIC), Gladis Linhares Toniazo (FIC)

A contemporaneidade traz como uma de suas principais características a emergência de uma cultura interativa. Há muito o uso de tecnologia ultrapassou as áreas empresariais para adentrar nas mais diversas práticas acadêmicas e quotidianas. No cenário em que o meio educacional se encontra, para o qual a interface tecnológica tem um papel determinante ao possibilitar relações de interação e troca de informações, discute-se neste trabalho a inter-relação do ensino no Brasil com o advento da tecnologia no universo educacional no nível de pós-graduação lato sensu. O objetivo é refletir sobre as tendências e mudanças ocorridas após a inserção das multimídias nestes cursos, sobre as perspectivas acerca do uso de tecnologias e, consequentemente, sobre uma linguagem educacional contemporânea, tendo como objeto de estudo a Faculdade Interativa COC.

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Revelar e ser visto: produção audiovisual de jovens em comunidades rurais do interior gaúcho Cláudia Herte de Moraes (UFSM), Laísa Bisol (UFSM), Gustavo Menegusso (UFSM)

Ao entender o Brasil como um dos maiores mercados de televisão do mundo ocidental, parece pertinente o estabelecimento de ações que visem ao fortalecimento da desconstrução da produção cultural pelo meio audiovisual. O objetivo deste artigo é compartilhar a iniciativa do Projeto de Extensão Vídeo Entre-Linhas: formação de jovens realizadores no interior de Frederico Westphalen que, por sua vez, busca capacitar jovens da zona rural do município à produção audiovisual oportunizando a adoção de posições como as de autores e produtores e não mais, apenas, consumidores culturais. Com o projeto Entre-Linhas foi possível perceber a maneira peculiar como os jovens vêem a mídia audiovisual e, por ela, conseguem se expressar e contar suas estórias e histórias. Revelam-se participantes da história coletiva, obtendo visibilidade comunitária.

Ouvindo Imagens: Inclusão Social através da Audiodescrição Flávia Oliveira Machado (Unesp), Antônio Carlos de Jesus (Unesp)

A inclusão social de pessoas com deficiência abrange o âmbito comunicacional no que tange a acessibilidade à informação e à comunicação a fim de proporcionar a participação efetiva dessas pessoas como cidadãos. O presente artigo põe em evidência a audiodescrição como recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Dessa maneira, serão discutidas as questões políticas e as atuações de movimentos para ampliar a inserção desse recurso na televisão, no teatro e no cinema. Além do panorama brasileiro, serão citadas experiências no Reino Unido, na Espanha e em Portugal. Para exemplificar o uso da audiodescrição será analisado o Programa Assim Vivemos da TV Brasil.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 2d BLOCO VERMELHO

Mesa 2 – Homogeneidade e Diversidades Culturais na América Latina

Das ciências sociais aos discursos da mídia: o ensaísmo na cultura da América Latina. Maria Érica de Oliveira Lima (UFRN), Sebastião Guilherme Albano da Costa (UFRN)

Cultura é parte de um modo de vida. Pensar o tema na atualidade enseja um processo de formação, tradições e reelaborações dos significados. Perspectivas dos discursos que ajudaram a criar, comentando ou legitimando as nacionalidades latino-americanas. Advogamos a existência de uma marca, e classificamos de ensaística, comum às manifestações intelectuais, culturais da região, sejam científicas (epistêmicas) ou imaginativas (doxais). Devido as idiossincrasias, talvez de afirmação da identidade, tanto os discursos das ciências humanas e sociais como da arte e da mídia recorreram, até meados do século XX, a conteúdos que encerram um intuito didático, baseados em argumentos, estratégias de validade ou retóricas e verossimilhança de elucidação ostensiva, relativos ao espaço ou às histórias locais. O ensaio é o discurso possível e a modernidade nos chegou pelas telas da televisão.

Belém Imaginária Maria Ataide Malcher (UFPA), Leandro Raphael Nascimento de Paula (UFPA)

Este trabalho analisa a publicação “Belém Imaginária”, produto resultante do fomento destinado pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) aos bolsistas de Pesquisa, Criação, e Experimentação Artística no Estado. A publicação foi escolhida como objeto de análise por se mostrar um propício produto midiático, em forma de História em Quadrinho (HQ), já que trabalha elementos do imaginário local estabelecendo intercâmbios com formas de expressão globalizadas. A partir desse corpus, produzido na cidade de Belém, uma cidade Amazônica, foi possível discutir a questão da identidade local e seu diálogo com outras formas de identificação globais.

Tecnologias e culturas híbridas no contexto latino-americano Laan Mendes de Barros (FCL)

Os versos da canção “Parabolicamará”, escritos por Gilberto Gil faz 18 anos, remetem-nos ao contexto da contemporaneidade, onde as escalas de tempo e espaço são moduladas cada vez mais a partir das tecnologias da informação e da comunicação. Em épocas mais remotas – o nas sociedades primitivas ainda existentes – o tempo

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e o espaço eram dimensionados a partir de fenômenos da natureza, como o dia e a noite, o rio e a montanha; no mundo urbano contemporâneo os meios de comunicação e o aparato tecnológico que os suportam estruturam nossa percepção do mundo, da vida, do outro e cada um de si mesmo.

Cinema de velhos: Manoel de Oliveira, Rodolfo Nanni, e Suzana Amaral Paulo Bráz Clemencio Schettino (Uniso)

O objetivo desta comunicação é discutir o Cinema realizado por velhos cineastas através das relações possíveis entre a vida e a obra do cineasta português Manoel de Oliveira e os brasileiros Rodolfo Nanni e Suzana Amaral. Três cineastas ainda em ação, que encontraram na atividade cinematográfica continuada a sua razão de ser e de vida, visível em suas obras. Procuramos destacar as diferenças culturais observáveis entre o fazer cinematográfico brasileiro e português.

A modernização de uma cultura organizacional centenária - Butantan um estudo de caso Maria Lúcia da Silva Righetti (USP), Tiago de Paula Oliveira (IBU)

Este artigo tem o objetivo de apresentar um panorama geral do trabalho de comunicação que vem sendo desenvolvido na Assessoria de Comunicação Social do Instituto Butantan, abordando pontos críticos na relação entre laboratório e imprensa e sociedade. Um trabalho adaptado para a realidade situacional da organização e sob orientação de importantes autores na área da comunicação, educação e ciência.

Entre o Claustro e o Portal: reflexões sobre mídia e religião a partir da inserção beneditina na Internet Priscila Vieira e Souza (UFRJ)

As mudanças culturais ocorridas no final do século XX, imbricadas nas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), desafiam a compreensão das intersecções entre mídia e religião. Para além dos estudos que abordam segmentos de maior visibilidade, aponta-se a necessidade de perceber relações entre grupos tradicionais e as NTICs, a fim de atender à complexidade do campo. Assim, atenta-se para dois sites de mosteiros beneditinos como foco de pesquisa – a Ordem instalou-se na América Portuguesa a partir do século XVI e, atualmente, busca inserir-se na Internet. Procura-se, então, estabelecer marcos de análise e levantar questões sobre as relações entre a vida monástica beneditina e a cultura contemporânea. O recorte teórico contempla, a partir da noção de bios virtual, o predomínio do consumo, característico da atualidade.

Os bens simbólicos produzidos pela Indústria Cultural, sua configuração no imaginário social e impacto na psique humana. Susi Berbel Monteiro (Uniso)

Este estudo se propõe a aprofundar as análises sobre os impactos da Indústria Cultural e dos Meios de Comunicação de Massa na psique humana e reunir argumentos relativos à questão da influência dos bens simbólicos, veiculados pelos meios de comunicação de massa, na constituição do indivíduo. A Persona, um dos arquétipos básicos que compõe a psique, recebeu especial atenção neste estudo. Buscou-se avaliar se as características da sociedade contemporânea facilitam e estimulam de forma mais contundente o desenvolvimento deste arquétipo específico em detrimento dos demais.

Tempos de mudança: os novos caminhos do Paraguai contextualizados à luz do relato de Juan Díaz Bordenave Rafael Foletto (Unisinos)

O presente texto reflete sobre os relatos trazidos pela entrevista com o pesquisador e membro do governo paraguaio, Juan Díaz Bordenave. Observado no sentido de contextualizar o novo panorama político, social, comunicacional do Paraguai. Integrando uma pesquisa, na qual analisaremos as estratégias de comunicação empreendidas pela mídia impressa brasileira para construir as representações do presidente Fernando Lugo. Observamos que o referido exercício se apresenta como fundamental para ampliar a compreensão da problemática de investigação, trazendo novos dados e contornos teóricos e metodológicos.

A Co-Evolução das Formas e Preferências Estéticas: uma investigação sobre mudanças de linguagem e de gosto na cultura midiática Ronaldo Bispo dos Santos (Ufal)

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As expressões artísticas contemporâneas, assim como quase todas as esferas da produção humana atual, são palco de contínuas e rápidas transformações de temas, linguagens, formas e conteúdos. Do mesmo modo, o ser humano de nosso tempo, tomado como consumidor cultural, adquire novas preferências e padrões de consumo contínua e incessantemente. Como esses dois fenômenos que reputamos interdependentes se relacionam e quais dimensões extra-estéticas mais os influenciam? Quais as preferências e os valores estéticos temporariamente estabilizados no corpo-mente do consumidor cultural são explorados pelas produções artísticas e, ao mesmo tempo, que características e propriedades formais e de sentido presentes nessas criações estéticas provocam o interesse e o desejo dos apreciadores culturais? O presente artigo visa indicar caminhos para a investigação dessas e de outras perguntas relacionadas.

Música na periferia: as rotinas produtivas do tecnobrega de Belém, do Pará Mauro Celso Feitosa Maia (UFPA)

Este estudo aborda a emergência da indústria cultural, personificada na música do tecnobrega de Belém, do Pará no cenário cultural local e brasileiro, em que destaca a análise das “rotinas produtivas” de seu processo de elaboração e difusão. Define a expressão música midiática, a fim de reconhecer os parâmetros de compreensão para a música no estágio atual da cultura midiática e suas implicações como categoria de análise. Como metodologia, articula as noções de indústria cultural e mediações sociotécnicas e midiáticas, associadas entre si segundo processos comunicacionais. A hipótese é de que o estatuto da música midiática representa a versão autonomizada da “música popular de massa”, gênero indicado pela indústria cultural.

A síntese gráfica da Secult-for: a interseção entre contemporaneidade, artes visuais e design gráfico na comunicação visual da Revista Farol Francisco Norton Falcão Chaves (UFC)

A influência da cultura contemporânea na sociedade é uma evidência a ser estuda. Durante o século XX, tanto as artes visuais como o design gráfico sofreu transformações e aperfeiçoamentos por meio de manifestações ligadas a sociedade. A partir dessas transformações, podemos perceber a consolidação de técnicas e práticas do design gráfico nos dias de hoje. O objetivo desse trabalho é revelar a particularidade vivenciada em peças gráficas produzidas por designers para a Secultfor (Secretaria de Cultura de Fortaleza) que se deu por meio de uma espécie de interseção entre cultura contemporânea, artes visuais e design gráfico.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 2d BLOCO VERMELHO

Mesa 3 – Mediações e Espaços Interativos na América Latina

Da ideologia editorial aos critérios de noticiabilidade: processo de construção de veículo de imprensa alternativa digital para a América Latina popular. Estudo de caso do Latinoamericano.jor Alexandre Barbosa (Uninove)

A indústria jornalística na América Latina adota critérios de noticiabilidade que excluem a América Latina Popular como categoria central de seleção de notícias. Quando não há a exclusão, a construção das notícias procura reforçar o caráter periférico ou exótico dessas regiões. A imprensa alternativa, principalmente a digital,tem o papel de adotar outros critérios de seleção e construção das notícias que coloquem a América Latina Popular como agente principal, numa tarefa de dar voz a movimentos sociais e culturais que não têm espaço na indústria jornalística. Este artigo mostra de que forma o site Latinoamericano construiu a trajetória para se transformar em uma alternativa de comunicação na América Latina.

Mediações Web 2.0 numa comunidade de Software Livre Frederick Marinus Constant van Amstel (IFL)

Pelo paradigma Web 2.0 perpassam mediações econômicas, políticas e culturais. A adaptação ou transformação de Portais Web sob a pressão de gêneros cambiantes deve ser compreendida a partir de tais mediações, sob risco de perder a materialidade social que constrói e faz uso da virtualidade. Através da análise de mediações que constituiram o Portal BrOffice.org, revelamos contradições complexas no desenvolvimento de Portais Web e na expansão de comunidades

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de Software Livre. Esta análise contribuiu para o processo de reformulação deste portal, orientando a participação dos membros da comunidade no Design de Interação.

Sites de jornalismo cidadão na América Latina: uma análise comparativa do Brasil Wiki e do Mi Asterisco Mariana Dourado Grzesiuk (Unesp)

Pela Internet, os cidadãos participam da produção de notícias em uma prática com potencialidade para uma reestruturação da esfera pública e fortalecimento da cidadania, sem desbancar o jornalista profissional do seu papel mediador. Na América Latina, sites totalmente colaborativos criam espaços mais plurais e democráticos. O Brasil Wiki tem ênfase literária e demonstra preocupação com a credibilidade e os direitos autorais das informações publicadas. Já o argentino Mi Asterisco propõe um engajamento social, extrapolando a mobilização para além do virtual e criando laços sociais mais fortes entre os participantes. Entretanto, não possui controle profissional das publicações, debilitando seu caráter jornalístico. A postura distinta demonstra formas diferentes da cultura de cada pais se apropriar do jornalismo cidadão.

Informação e denúncia no ciberespaço: análise de conteúdo do blog Pebodycount Veronica del Pilar Proaño de Fox (UFRPE), Betania Maciel (UFRPE)

Esse trabalho contempla a análise de conteúdo do blog Pebodycount, criado como ponto de confluência de análises, críticas, denúncias e sugestões para implementação de políticas de segurança pública. Trata-se de um blog apartidário, configurando-se como importante meio de informação e denúncia sobre os alarmantes índices da violência no Recife, capital de Pernambuco. A partir da análise dos textos postados, no período de 05 de outubro a 30 de novembro de 2008, verifica-se que o Pebodycount promove uma comunicação bidirecional, contrapondo-se a comunicação massiva e sua difusão centralizadora. Embora divulgue assuntos ligados à violência urbana, no mundo virtual, e realize ações e parcerias no mundo real, é possível afirmar que sua contribuição ainda é tímida para um blog que se propõe ter como missão a construção coletiva de soluções para mudar o violento cotidiano do Recife.

Orkut: o espaço que possibilita a Visibilidade e a Imortalidade Aline da Silva Néto Barbosa de Oliveira (Uniron)

Pretende-se, neste artigo, apresentar alguns aspectos importantes sobre a história do site de relacionamentos Orkut; apontar a grande participação de brasileiros na comunidade virtual; trabalhar as questões de espaço público e privado e seus reflexos que geram a visibilidade e a imortalidade. A partir de exemplos de perfis e comunidades do Orkut, busca-se mostrar que a imortalidade faz-se presente também no site de relacionamentos.

Comunicação, visibilidade e vínculo: a presença indígena na virtualidade Xenya de Aguiar Bucchioni (Unesp)

O presente artigo busca discutir a presença indígena na virtualidade, observada a partir do Blog Diários, tendo em vista as possibilidades que se abrem devido ao uso das tecnologias de comunicação. Problematiza-se, também, o conceito de cibercultura a partir de enfoques que partem da atuação dos indivíduos no ciberespaço e não da materialidade técnica. Posto isso, enfatiza-se o processo comunicacional em sua capacidade de gerar vinculação, sendo assim, o artigo procura entender como, a partir da experiência do blog Diários, o espaço virtual torna-se válido, isto é, passa a ter um sentido partilhado por seus participantes.

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 2d BLOCO VERMELHO

Mesa 4 – Tecnologias e Convergências Digitais na América Latina

TV Digital, um universo movediço para a TV Globo Marcio Ronaldo Santos Fernandes (Unicentro), Ariane Carla Pereira (Unicentro)

A proposta deste trabalho é apresentar um panorama sobre a implantação da TV digital no Brasil para, em seguida,

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discorrer sobre as percepções de como a Rede Globo de Televisão, a partir de conferências/debates realizados por profissionais da emissora durante os Seminários Globo/Intercom em 2007 e 2008 com docentes de Comunicação de todo o Brasil, encara este processo de crescentes incertezas e que está apenas começando. Também indica apontamentos sobre como deve se configurar esse momento para o meio TV como um todo, tratando do que realmente se mostra como perspectiva factível (como melhoria sensível da qualidade de imagem) e o que aparentemente ficará apenas no nível da possibilidade – caso da multiprogramação.

Software Livre na TV Digital Brasileira Taís Marina Tellaroli (Umesp)

Este artigo tem como objetivo discutir a aplicação do software livre na TV digital, tomando como base o middleware Ginga, usado para programação da TV digital interativa brasileira. O projeto é pioneiro no Brasil tanto pela ousadia do governo de investir recursos para sua produção quanto pelo que o sistema promete oferecer de interatividade à população. Discute-se neste trabalho as vantagens de se utilizar o software livre, exemplos de softwares abertos no Brasil e a importância da escolha de um sistema de TV Digital open source em que se promovam a inclusão social e uma sociedade mais colaborativa.

Gestão de Conteúdos Narrativos Televisivos: O Processo de Convergência Midiática Digital Edvaldo Olécio de Souza (Unesp), Maria Cristina Gobbi (Unesp)

O texto apresenta um panorama dos conteúdos narrativos ficcionais dentro do processo de digitalização e convergência midiática. Por se tratar de um suporte digital com características peculiares potencializadas pela convergência e pelas tecnologias de informação e comunicação, o estudo parte da contextualização das transmissões digitais e da evolução das novas plataformas tecnológicas que se despontam no cenário nacional.

Televisão digital e hospitalidade: reflexões iniciais Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza (Faac/Unesp), Maria Cristina Gobbi (Faac/Unesp)

O presente artigo propõe uma reflexão sobre a televisão digital e a hospitalidade, os quais permitem a possibilidade de construírem relações privadas, sociais, comerciais e virtuais com o telespectador usuário face ao cenário tecnológico de mudanças com a chegada da televisão digital terrestre brasileira. Em decorrência, é preciso pensar e estudar o comportamento humano diante das tecnologias ofertadas na Sociedade da Informação e do Conhecimento, para que pessoas, processos, produtos e tecnologias continuem norteando nossa vivência em comunicação.

Telejornalismo e TV Digital: usos para interatividade Rene Rodriguez Lopez (Unesp), Maria Cristina Gobbi (Unesp)

Com a chegada da tecnologia de TV digital ao Brasil, abre-se um leque de novas possibilidades para a produção de conteúdos para a televisão. Através da interatividade já consolidada na internet, este trabalho buscou desenvolver possibilidades de recursos interativos a serem aplicadas ao telejornalismo para TV Digital, levando em consideração aspectos de uma televisão voltada ao interesse público.

Era Digital: o texto audiovisual na web Leticia Passos Affini (Unesp), Débora Burini (Umesp)

O presente trabalho tem como principal objetivo estabelecer uma reflexão panorâmica e ensaística sobre o campo da produção de conteúdo audiovisual veiculado na internet. Para tal reflexão, questiona-se a passagem da comunicação audiovisual centralizada, vertical, unidirecional, denominada comunicação de massa para a comunicação das redes interativas e cooperativas ampliando os modos de realização da comunicação. Ao mesmo tempo, a mudança introduzida pela Revolução da Informática implica no aparecimento de uma nova formalização da cultura mediada pelos dispositivos digitais que são fruto da confluência entre a comunicação, as telecomunicações e a informática. O corpus de análise selecionado são portais como UOL, Terra e Globo, que disponibilizam programação audiovisual.

VIVABEM: Proposta de um piloto de Programa sobre Saúde e Comportamento para a TV Digital e internet Fernando Dibb (Unesp), Lidiane Pereira Orestes (Unesp)

O presente trabalho pretende demonstrar as etapas do planejamento, criação e execução do projeto VIVABEM, que

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aborda assuntos relacionados à saúde e comportamento em um programa semanal, e também um sítio na internet, que além de disponibilizar episódios já exibidos para downloads, possui matérias complementares, espaço para fóruns, sala de bate-papo e secção para contribuição dos espectadores. Como base para a elaboração do projeto foi realizada pesquisa sobre as teorias da comunicação, a evolução do jornalismo frente às novas tecnologias de comunicação, além dos temas diretamente relacionados com a proposta: TV Digital e Internet. O programa foi desenvolvido para incorporar e experimentar novas linguagens para as mídias digitais. Dividido em três blocos o seu diferencial foca-se na experimentação das possibilidades que as mídias proporcionam ao fazer jornalístico.

Novas tecnologias: o paradigma dos veículos de comunicação e dos profissionais Mozarth Dias de Almeida Miranda (Unesp)

O artigo lança perspectivas da aplicação das novas tecnologias nos veículos de comunicação, e as adaptações das necessidades mercadológicas podem influir na atuação do jornalista. A convergência digital proporcionada pelo advento das novas tecnologias e a fusão das empresas de comunicação são fatores debatidos nessa oportunidade. O texto analisa o novo estilo de gerência dos órgãos de imprensa e a relação com a sociedade.

Produção Jornalística para TV Digital da UNESP de Bauru: da experimentação ao conhecimento Silvana Aparecida de Paiva Rodrigues (Unesp)

A implantação da TV Digital no Brasil trouxe novas perspectivas para a área da comunicação midiática. O Sistema Internacional de Televisão Digital – ISTVD – adotado no Brasil em 2007 e cujo sistema deverá ser implantado gradativamente no prazo de dez anos, tem como base as plataformas de armazenamento e circulação de conteúdo audiovisual, com transmissão terrestre e aberta que disponibiliza recursos de mobilidade, portabilidade e interatividade. No que concerne à produção de conteúdos jornalísticos articulamos nossa proposta de Produção Jornalística para a TV Digital da UNESP de Bauru com base principalmente nas experimentações do jornalismo informativo, regional e segmentado.

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, MEIO AMBIENTE E SOCIEDADECoordenador: Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE)

Sábado l 05 de Setembro08h00 às 09h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Meio Ambiente, Ciência e Sociedade ContemporâneaConferencista: Sonia Aguiar Lopes (UFS), Moderadora: Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE), Conferencista: Luciana Miranda Costa (UFPA)

Sábado l 05 de Setembro10h00 às 12h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Ciência, Meio Ambiente e EducaçãoCoordenadora: Sônia Regina Schena Bertol (UPF)

O Aluno de Jornalismo e a Divulgação Científica Cristiane Portela de Carvalho (Umesp)

À medida que se faz premente a divulgação da ciência na sociedade atual, a ciência, ela mesma, tem ocupado cada vez mais espaço nos meios de comunicação. Os jornalistas, enquanto produtores das notícias, também são responsáveis pela qualidade do que é veiculado sobre ciência. Dessa forma, faz-se necessário entender como estão sendo formados, ainda durante a graduação em Jornalismo, os alunos que serão futuros divulgadores da ciência. Para a consecução desta proposta são analisadas as grades curriculares dos Cursos de Comunicação Social - Habilitação Jornalismo - das Instituições de Ensino Superior (IES) privadas de Teresina-PI, com a finalidade de identificar se os referidos cursos possuem disciplinas específicas que dizem respeito a este tipo de formação. Conclui-se que apenas um curso analisado oferta aos discentes a disciplina Jornalismo Científico e Ambiental.

TCC também é notícia: estudo de caso da Agência Experimental de Divulgação Científica da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Arquimedes Pessoni (USCS)

O trabalho apresenta a experiência de implantação da Agência Experimental de Divulgação Científica da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), com foco na popularização do conhecimento científico produzido pelos professores e alunos do curso de Comunicação Social tendo como fontes os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e artigos publicados nas revistas científicas da instituição. A pesquisa mostra o resultado da divulgação desses trabalhos no noticiário regional/nacional, democratizando o conhecimento produzido dentro do espaço universitário e garantindo visibilidade, com apoio da mídia, das notícias de cunho acadêmico junto ao público externo. O recorte temporal da pesquisa está limitado aos meses de março/abril/ de 2009, primeiro bimestre de funcionamento da Agência Experimental de Divulgação Científica da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

O Jornalismo Ambiental e seu Caráter Educativo Eloisa Beling Loose (UFRGS)

Este artigo pretende mostrar que no exercício do jornalismo está incutida uma função sócio-educativa, ainda mais quando nos detemos às peculiaridades que envolvem o jornalismo especializado em meio ambiente. O Jornalismo Ambiental se insere explicitamente no campo da educação quando realiza com responsabilidade e ética o trabalho de informar seus receptores, formando opinião pública crítica e estimulando a promoção da cidadania. Além da revisão de bibliografia, a análise das estratégias discursivas pedagógicas presentes nesse jornalismo especializado sublinha a faceta educativa intrínseca na prática jornalística.

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Comunicação e educação para a popularização da ciência florestal Vania Beatriz Vasconcelos de Oliveira (Embrapa RO)

O trabalho apresenta formas de comunicação e educação científica elaboradas no âmbito do projeto de Comunicação da Ciência Florestal, com o intuito de responder à demanda por ações educomunicativas que proporcionem a ampliação do acesso do público leigo à informação científica. O projeto desenvolveu um modelo de ação interdisciplinar, por meio da construção de conhecimento em grupos de estudo e recodificação da linguagem científica. Esta linha de pesquisa se insere no campo das discussões sobre gestão, educação e acesso ao Conhecimento. Neste caso, fez-se uso de recursos de educação e comunicação, dentre eles a música e o teatro, como produtos da cultura local capazes de influenciar as representações sociais do meio ambiente.

Dimensões sociais de ciência: Educação CTS nas escolas Gabriela Zauith (UFSCar)

Este artigo apresenta relações teóricas entre divulgação científica, educação científica e os estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). A presente discussão trata da importância da divulgação científica para sociedade, em especial para o ensino de ciências. Avaliações educacionais mostram que estudantes brasileiros possuem baixo rendimento no entendimento de ciências. A educação em ciências contribui para que os alunos entendam como funciona o mundo, a partir de paradigmas oferecidos pela ciência. Assim, quando chamado para opinar sobre temas de ciência, este cidadão possa ter um espírito crítico, baseado na sua cultura científica. Sob enfoque do movimento CTS, o conhecimento científico e tecnológico é articulado com a sociedade, sob uma visão crítica e com dimensões sociais, econômicas e políticas.

Jornalismo hipermídia na divulgação científica: experiências e lacunas nos sites de universidades públicas e fundações de apoio à pesquisa do Nordeste Sonia Aguiar Lopes (UFS)

Um novo cenário de possibilidades de agendamento de temas científicos e tecnológicos na mídia vem se desenhando, nos últimos anos, a partir da mudança progressiva do perfil profissional dos jornalistas que atuam em assessorias de comunicação de universidades públicas e fundações de amparo a pesquisa (FAPs), e das facilidades dos recursos disponíveis na Internet para organização e difusão de informação. Este artigo descreve alguns indicadores dessa tendência, a partir de levantamento feito nos websites e portais de 30 instituições da região Nordeste. Mostra, no entanto, que a maioria delas ainda está em transição da segunda para a terceira geração do webjornalismo e que poucas utilizam os recursos hipermídia disponíveis na Web em práticas específicas de divulgação científica e para agendamento ou contra-agendamento da mídia.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Ciência e MídiaCoordenadora: Luciana Miranda Costa (UFPA)

Estratégias de comunicação voltadas para Ciência e Tecnologia na cidade de Campina Grande Patrícia Maria Rios Ribeiro (UFCG)

O artigo procura mostrar através de seu aporte teórico e prático a relação existente entre ciência, jornalismo, sociedade e cotidiano. Para este estudo foi analisada a produção jornalística de quatro diferentes sites voltados para divulgação científica e tecnológica em Campina Grande. A internet, meio de comunicação não tradicional, mostra de acordo com o estudo que é uma rica fonte de informação não somente para o meio acadêmico, mas também, funciona como uma importante gestora de pauta para os meios de comunicação de massa, contribuindo para divulgar a ciência para o grande público. Através da pesquisa, constata-se que somente o trabalho em conjunto de pesquisadores e jornalistas é que ajudará a tornar a ciência verdadeiramente pública.

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Estratégias Teóricas de Midiatização e Agendamento do Discurso Científico Jefferson Garrido de Araujo Neto (Unisinos)

Algumas pesquisas acadêmicas que estudam os enunciados da mídia têm sinalizado para a importância de serem desenvolvidas habilidades estratégico-discursivas nos indivíduos-produtores dos discursos midiáticos (jornalistas). Nesse sentido, se faz necessário compreender como eles constroem os seus discursos-produtos na tentativa de agendar os interlocutores e transformá-los em receptores-consumidores de assuntos da mídia, como ciência e tecnologia, através da ação de midiatização do discurso. O objetivo deste artigo é iniciar uma reflexão teórica sobre algumas estratégias argumentativas de midiatização da sociedade (e do discurso). Essas luzes teóricas poderão dar pistas para a tese de doutorado, em início de construção.

O Ethos e a Cenografia da Ciência no Telejornal Edição Nacional Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE), Tatiana Ferraz de Sá (UFPE)

Este artigo avalia aspectos qualitativos relacionados à presença da ciência no telejornal Edição Nacional, exibido pela TVE Brasil, no período de setembro a novembro de 2007. As 157 matérias sobre ciência distribuídas em 57 edições do telejornal foram analisadas com base em conceitos utilizados pela Análise do Discurso Francesa. Ao voltarmos nosso olhar para o ethos e a cenografia presentes nas matérias sobre ciência do Edição Nacional, percebemos que os cientistas aparecem em contextos cênicos peculiares, como laboratórios e bibliotecas, trajando vestimentas características, como jalecos. Essa parece ser uma tentativa do telejornal de, visualmente, caracterizar e diferenciar essas fontes, garantindo-lhes credibilidade.

Ciência para Todos: O câncer de pele e as radiações ultravioleta no telejornalismo brasileiro-O papel educativo e a percepção das matérias de CT&I na mídia brasileira Marcio Vieira Oliveira (Furg)

A ciência é, hoje, sem dúvida um dos temas que vêm ganhando destaque nos noticiários televisivos.o Jornalismo Científico compreende a veiculação, segundo os padrões jornalísticos, de informações sobre ciência, tecnologia e inovação e se caracteriza por desempenhar inúmeras funções. Este artigo tem por objetivo mostrar um estudo qualitativo das matérias de CT&I no telejornalismo brasileiro de canal aberto do horário nobre, dando ênfase nas reportagens relacionadas as informações sobre o câncer de pele e as radiações ultravioletas, com a finalidade de perceber o caráter educativo das mesmas.

Mensagens de saúde na mídia local e estadual: estudo comparado Sônia Regina Schena Bertol (UPF)

A proposta temática do presente estudo deteve-se, num primeiro momento, numa revisão de literatura acerca da consolidação do campo da Comunicação da Saúde e, a posteriori, do procedimento analítico denominado “Análise de Conteúdo”, partindo, em seguida, para a utilização de seus paradigmas na averiguação da transmissão de matérias relativas à saúde particularmente na mídia impressa. Nosso esforço investigativo dirigiu-se, portanto, para a análise de matérias representadas em um corpus extraído do jornal O Nacional, diário de Passo Fundo considerado de referência no município, sob determinado recorte temporal que contempla um conjunto de mensagens. Posteriormente, procedeu-se à análise de matérias de saúde presentes no periódico diário Zero Hora, considerado de referência no estado, a fim de estabelecer um estudo comparativo entre mídia local e regional.

Jornalismo científico e saúde: Adaptação do Index of Scientific Quality à língua portuguesa Mariella Silva de Oliveira

A pesquisa adapta para o português o Index of Scientific Quality (ISQ), utilizando 80 textos sobre saúde da mulher publicados nas revistas Veja, Época e IstoÉ (entre 08/2005 e 07/2006). O ISQ possui 8 itens que medem a aplicabilidade, grau de opinião, validade e alcance da descoberta, precisão, coerência, conseqüência dos dados e um item global. O instrumento foi traduzido, retraduzido e submetido a prova piloto até a versão definitiva, testada por médicos e jornalistas. Após a análise dos textos, a consistência interna dos itens medida pelo coeficiente alfa de Cronbach, variou entre 0,81 e 0,96. A concordância inter e intra-observador, calculada pelo índice Kappa variou de -0,03 a 0,48 e entre 0,27 e 0,34. (IC 95%), respectivamente.O ISQ mede de forma adequada a qualidade científica e a baixa concordância inter e intra-observadores indica a necessidade de novos estudos para avaliá-lo.

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Qual é a sua opinião? Uma década de discurso bioético do jornal de maior circulação no país Daniela Amado Rabelo (JK)

O presente estudo tem como objetivo apresentar os dez anos de discurso midiático dos editoriais do jornal de maior circulação do país – Folha de São Paulo, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), cujo tema é Bioética, especificamente a bioética das situações emergentes. Para tanto, foram analisados os editoriais cujas palavras-chave foram ‘Bioética’, anencéfalos’, ‘pesquisa com animais’, ‘pesquisa com seres humanos’, ‘clonagem’, ‘transgênicos’, ‘genomas’, ‘proteomas’, ‘células-tronco’, ‘direitos humanos’, ‘transplante de órgãos’ e ‘biossegurança’ da bioética das situações emergentes – com amostra de 77 analisados. O referencial teórico conceitual do termo bioética, do newsmaking, gatekeeper e do agendamento delineou posicionamentos dessa mídia impressa nesse controverso campo.

Jornalistas e cientistas: um estudo de caso acerca dos sujeitos na divulgação científica Mateus Yuri Ribeiro da Silva Passos (UFSCar), Érica Masiero Nering (Unesp), Juliano Maurício de Carvalho (Unesp)

A divulgação científica apresenta em si o resultado de uma relação dialógica entre o jornalista, responsável pela produção textual, e o pesquisador, cuja pesquisa é divulgada. Esse diálogo gera um entrave de intenções discursivas, inseridas no produto, por cada um dos interlocutores: um, priorizando a forma da informação, e outro, o conteúdo. O presente trabalho visa apresentar os resultados de um estudo de caso discursivo sobre o programa Toque da Ciência (www.ciencia.inf.br), desenvolvido sob financiamento da Fapesp. Ao identificar os sujeitos envolvidos nessa produção foi possível inferir quais são os problemas e o que é efetivo nos processos de produção do texto de divulgação científica e apontar soluções na busca de um melhor programa no que concerne à função social de levar ao público informação científica de qualidade.

Sábado l 05 de Setembro 18h00 às 19h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Plenária do GPCCMAS

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Mídia e Meio-Ambiente

Comunicação Ecológica. Esboço Teórico e o Caso Empírico-Analítico da Floresta Amazônica Michael Hanke (UFMG), Karla de Lourdes Ferreira (UFMG)

No cenário dos problemas ambientais ou ecológicos, com peso crescente na preocupação do mundo, o aquecimento global e, mais especificamente, a questão da Floresta Amazônica tem se tornado um tópico de comunicação da(s) sociedade(s) nacional e internacional. O artigo apresenta um esboço teórico para tratar a matéria. Partindo do conceito do Umwelt propõe, ao invés dos conceitos natureza - cultura e sociedade, aplicar o conceito de mundo da vida (midiatizado) e a Teoria dos Sistemas. Baseia-se analítico-empiricamente numa análise de conteúdo qualitativa da cobertura das principais mídias do Brasil e da Alemanha na segunda metade de 2008.

A comunicação no movimento ambientalista em Sergipe: A “pseudo” assessoria de comunicação do instituto Árvore Matheus Pereira Mattos Felizola (UFS)

A pesquisa parte da análise das estratégias de comunicação de um movimento ambiental no estado de Sergipe, e da sua luta para se inserir na esfera pública. O objetivo do trabalho, foi analisar o gerenciamento de comunicação do instituto Árvore fazendo um contraponto entre a atuação da assessoria e a efetiva formação da imagem do instituto. Como

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recurso metodológico, foram entrevistadas as principais lideranças do movimento e os membros da sua assessoria de comunicação, além de textos de especialistas na área de comunicação ambiental. A conclusão do trabalho identifica, que embora a assessoria consiga adentrar em algumas redes sociais, não consegue gerar recursos identitários, nem mesmo aumentar a penetração nos formadores de opinião.

A imprensa e os Desmatamentos na Amazônia: quem são as fontes do discurso jornalístico Luciana Miranda Costa (UFPA)

Este artigo, que trata da intensificação da temática ambiental no noticiário da grande imprensa, é baseado em uma pesquisa (CNPq), cujo objetivo foi analisar, com ênfase na temática dos desmatamentos e incêndios florestais, como se estruturou o discurso da mídia impressa brasileira durante os anos mais recentes (2002-2006), quando o tema se tornou constante. Além disso, buscou-se analisar como os diferentes sentidos produzidos por jornais e revistas construíram e foram construídos a partir das diversas “formações discursivas” que embasaram o discurso jornalístico por meio de suas “fontes” de informação.

A Comunicação Organizacional e a Difusão do Desenvolvimento Endógeno na Amazônia Neusa Gonzaga de Santana Pressler (Unama)

Este trabalho é parte da pesquisa referente à tese de doutorado (UFPA/NAEA, 2005). Tem como objetivo propor uma reflexão sobre a teoria do desenvolvimento endógeno e da comunicação organizacional para delimitar o problema do desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Esta pesquisa além de refletir sobre os conceitos das teorias do Desenvolvimento Endógeno e da comunicação organizacional, também propõe suscitar a afirmação que a Amazônia por sua diversidade e localização geográfica tem aspecto singular.

A cobertura midiática das políticas ambientais: análise quantitativa do jornal O Estado de S.Paulo Katarini Giroldo Miguel (Unesp)

O presente trabalho identifica as principais características da construção jornalística na cobertura das políticas ambientais, através de uma sistemática análise quantitativa do jornal impresso O Estado de S.Paulo, durante o ano de 2007. Foram quantificadas todas as publicações de caráter noticioso, diretamente relacionadas à política ambiental do Brasil no período de 10 meses – fevereiro a novembro, e devidamente classificadas por datas, títulos, editorias, temas, constância de fotos, infográficos e chamadas de capa, além de denominar as fontes de informação, o que propiciou avaliar a abrangência da cobertura jornalística nesta temática e a frequência de certos indicativos, que revelam o perfil editorial do jornal. O trabalho se baseia na Análise de Conteúdo, estudada por Bardin (1977), que contempla estudos quantitativos.

O reingresso da inovação em P&D e a Embrapa Antônio Luis Oliveira Heberlê (UCPel)

Nesta reflexão procura-se pensar o conceito de intercâmbio no âmbito da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e especialmente da pequena agricultura, na qual as unidades produtivas dependem de fatores elementares da logística de produção, locada fora da porteira das propriedades, onde a inovação nas práticas agrícolas praticamente perde muito do sentido operacional. A intenção, então, é de avançar a partir do começo de possível resposta à questão que busca compreender as variáveis envolvidas nesse processo que, aparentemente, possui três “pernas” ou “etapas”, resumidas nas letras P, D e I, as possíveis conseqüências disso. Permanece sem resposta a pergunta se a Embrapa continua a ser uma casa de ciência e desenvolvimento ou tornou-se um lugar de desenvolvimento tecnológico com foco no mercado, de acordo com a noção de inovação.

Mídia Digital e Ciberativismo na Divulgação dos Fatos sobre a Reforma Agrária e o MST Olga Maria Tavares da Silva (UFPB)

O presente trabalho pretende analisar os elementos que compõem a militância praticada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na esfera digital. Buscamos compreender como este Movimento Social – considerado por muitos especialistas o maior do Brasil –, exerce o ciberativismo, conceito de militância política feita pela rede mundial de computadores na Internet, bem como essa atuação interfere na divulgação dos fatos sobre a Reforma Agrária e o MST.

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Conversaciones de la comunicación Diana Marcela Giraldo Sierra (UNal)

La comunicación hace referencia a una noción relacional, o sea al lenguaje como hilador de la vida; en tanto que el origen del ser humano está mediado por las relaciones que establece entre lo biológico y social y, sus múltiples interacciones que crean y recrean al mundo en el que habita. De esta manera, reflexionar sobre y en el lenguaje resulta necesario para comprender que somos parte de las conexiones universales, no hay relaciones de independencia sino de interdependencia y al comprenderlo nos permite relacionarnos de acuerdo con y en las leyes del mundo de la vida.

Interações sociais e meio ambiente: a sensibilização ambiental tecida nas interações face a face, mediadas e midiatizadas Cristine Kaufmann (UFRGS)

Cada vez mais as pessoas sentem os efeitos da degradação do meio ambiente nas mudanças climáticas, na poluição, na produção de lixo, no aquecimento global, nos desmatamentos, etc. Estes problemas, globais e locais, vêm ganhando espaço na mídia e pautando as conversas sociais. Pensando nas interações dos indivíduos com os meios de comunicação, que se estendem para as práticas e relações cotidianas, este artigo tem por objetivo refletir: como as mediações dos meios de comunicação podem contribuir para a discussão das questões ambientais nos diversos espaços sociais? Estas questões estão inseridas neste contexto de interações sociais, que são entendidas como o alicerce da vida cotidiana, na relação dos sujeitos com os outros e com o ambiente em que vivem.

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 1 BLOCO VERMELHO

Experiências (Exposição + Posters)Coordenadora: Olga Maria Tavares da Silva (UFPB)

O Blog e a Intercomunicação na Região da Bacia do Rio Corumbataí Marcio Cordeiro Oliveira Junior (USP), Laura Alves Martirani (USP)

A bacia do rio Corumbataí no Estado de São Paulo é responsável pelo abastecimento de água de 600 mil pessoas, numa área de intensa atividade agrícola e industrial, que compõe oito municípios de uma região que representa 9% do PIB brasileiro. Nas últimas décadas, o aumento da degradação ambiental, e um possível comprometimento do fornecimento de água, tem levado pesquisadores e entidades como USP-Piracicaba, Unesp-Rio Claro, PCJ e outras a estudar intensamente a região. Contudo, observam-se também trabalhos de ONGs, Escolas e Comunidades em prol da conservação ambiental dessa região e o mínimo de contato entre eles sobre atividades realizadas, resultados e troca de experiência. Nesse sentido, este artigo mostra uma experiência, em andamento, de como o blog pode se tornar um canal de intercomunicação na região em estudo.

Seminários Itinerantes sobre Comunicação e Agronegócio: contribuição para a melhoria da cobertura jornalística sobre o meio rural no Paraná Carina Gomes Rufino (Umesp), Lebna Landgraf do Nascimento (CNPSO)

Este artigo aborda os resultados do projeto Seminários Itinerantes sobre Comunicação e Agronegócio (Secoagro), liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Associação de Jornalistas do Agronegócio do Paraná (AJAP). Entre 2008 e 2009, foram realizados 19 seminários técnicos e 8 dias de campo sobre as principais cadeias produtivas do Paraná para 1600 jornalistas e estudantes de jornalismo das seis principais regiões-pólo do Estado. O projeto tem o objetivo de contribuir com a formação de profissionais e estudantes de comunicação social, propiciando condições para que aprofundem seu conhecimento sobre as principais cadeias produtivas de suas regiões e produzam matérias jornalísticas críticas e contextualizadas, a fim de contribuir para o incremento da informação publicada pelos veículos de comunicação.

Popularizando a Ciência no Meio Acadêmico – O Projeto Tereré Filosófico da UFMS Greicy Mara França (UFMS), Tarcísio Saldivar Silveira (TVCA)

Este artigo tem por objetivo mostrar a iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul de popularização da

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Ciência no Meio Acadêmico através do Projeto Tereré Filosófico. O Tereré Filosófico começou informalmente entre acadêmicos e professores da Casa da Ciência do departamento de química. Em 2009 foi transformado em um projeto de extensão. O projeto visa criar um espaço de estímulo às carreiras cientificas; promover a popularização da Ciência e Tecnologia e da Educação Ambiental para todas as pessoas independentemente da idade, além de buscar a redução de desigualdades por meio da inclusão social. Já foram realizados três tereré’s filosóficos e é perceptível que o objetivo do projeto está sendo alcançado visto que a cada tereré o número de participantes tem aumentado e já extrapolou a esfera acadêmica.

Princípios do Desenvolvimento Sustentável na Gestão de Eventos Admilson Clayton Barbosa (Unitau)

Este trabalho tem como objetivo demonstrar que é possível inserir ações baseadas no desenvolvimento sustentável em eventos. Para isso, serão apresentados dois eventos realizados na cidade de São Paulo, são eles: a Couromodas e o São Paulo Fashion Week, que desde 2007 aplicam ações que dão aos eventos um caráter de preocupação com as questões ambientais, sociais e econômicas dentro do princípio do desenvolvimento sustentável.

Comunicação: uma aliada na propagação do desenvolvimento sustentável Chirles Virginia Antas de Oliveira (ESPM)

O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre o papel da comunicação na sociedade contemporânea e se propõe a fomentar uma discussão sobre a atual economia neoliberal pouco compatível com um modelo de desenvolvimento sustentável. É discutida a comunicação como uma importante aliada na formação de cidadãos mais conscientes de seu papel transformador, na construção de uma sociedade mais justa e sustentável

Usos de Sistemas de Símbolos Gráficos na Educação, Comunicação e Meio Ambiente: do funcional ao estético Sandra Maria Ribeiro de Souza (ECA-USP), Ciro Roberto de Matos (ECA-USP)

Pictogramas são símbolos gráficos de utilidade pública; comunicam informações, instruções, advertências e prescrições por meio de desenhos concisos e esquematizados. Organizados em sistemas, têm sido utilizados como alternativa ou complemento à linguagem falada em várias necessidades comunicativas: dos transportes à área médica. Este artigo resgata as principais contribuições de pessoas e organizações que marcaram o desenvolvimento do design de pictogramas e sua utilidade na educação, na comunicação e no meio ambiente.

A Opinião Pública no Campus da Pedra Branca da Universidade do Sul de Santa Catarina e o Curso de Naturologia Aplicada Carolina Bithencourt Rubin (Unisul), Karin Katekaru (Unisul), Julie Duarte (Unisul)

O presente artigo tem como objetivo apresentar a Pesquisa de Opinião Pública realizada de Outubro a Dezembro de 2008, com 840 acadêmicos do Campus da Pedra Branca da Universidade do Sul de Santa Catarina solicitada pelo Curso de Naturologia Aplicada. A Pesquisa de Opinião Pública pontuou e desvendou diversas questões sobre a imagem institucional do Curso de Naturologia Aplicada, contribuindo para construir e aplicar estratégias de Relações Públicas para o processo de reconhecimento e consolidação da imagem institucional do Curso de Naturologia Aplicada perante seus públicos. A Pesquisa de Opinião Pública utilizou técnicas de entrevista pessoais caracterizando-se como pesquisa quantitativa e qualitativa.

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 - GP COMUNICAÇÃO, TURISMO E HOSPITA-LIDADECoordenador: Rafael José dos Santos (UCS)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 10h30 SALA 2e BLOCO VERMELHO

1ª SessãoCoordenador: Rafael José dos Santos (UCS), Debatedora: Jane Aparecida Marques (Each-USP)

A pesquisa interdisciplinar e hospitalidade na formação universitária em turismo Ada de Freitas Maneti Dencker (Intercom)

Nas ciências sociais as explicações teóricas freqüentemente são insuficientes em decorrência da mutação própria da dinâmica das sociedades. Ainda que seja possível identificar tendências, a realidade pode mudar tanto pelo empenho e engajamento coletivo da sociedade que atua em outra direção, quanto em função de comportamentos espontâneos não previstos. Em um mundo em que predomina a incerteza, a pesquisa é um instrumento de ação em busca de novos conhecimentos, fator estratégico fundamental na formação universitária, devendo estar associada a considerações de ordem ética e moral. O desenvolvimento da pesquisa em projetos interdisciplinares, estimulando o diálogo entre as disciplinas, a comunicação e o acolhimento de idéias e perspectivas diferentes, a ação comunicativa no dizer de Habermas, é fundamental para a formação do aluno, preparando-o para agir em situações reais complexas.

Consumo do Tempo Livre: Prespectiva Interdisciplinar da Comunicação e da Hospitalidade Virtual Ronaldo Mendes Neves (UFRN)

O consumo do tempo livre tem como referência a obra “Cultura do consumo e modernidade”, SLATER (2002), por abranger vastamente as relações de consumo das civilizações modernas. Estudos culturais da comunicação e a hospitalidade virtual compreendem a abordagem interdisciplinar nas ciências humanas do presente artigo. O uso do tempo livre e a interação mediada através da hospitalidade se apresentam para o mercado mundial como uma atividade típica do consumidor contemporâneo. A perspectiva de estudo interdisciplinar da comunicação social e da hospitalidade virtual é uma proposta para estimular pesquisadores e estudantes a investigar sobre a temática do consumo do tempo livre na sociedade contemporânea para valorizar as relações humanas.

Hospitalidade Virtual no Turismo: do Informacional ao Comunicacional Guilherme Ferreira de Toledo Lourenço (UFJF)

O presente artigo tem o objetivo de dissertar sobre a maneira como as novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) impactaram a forma de turistas obterem suas informações de viagens no mundo contemporâneo. Nota-se que este processo tornou-se muito mais comunicacional com o advento da internet do que meramente informacional. A maior interação entre o consumidor do serviço e a empresa turística deve-se, sobremaneira, às numerosas possibilidades de estreitamento destas relações, surgindo assim uma Hospitalidade Virtual. Contamos para o estudo com a interface dos sabres entre Comunicação e Turismo. A título de esclarecimento, o artigo foi redigido sob as regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, estabelecido em todos os países lusófonos desde janeiro de 2009.

Sábado l 05 de Setembro10h45 às 12h00 SALA 2e BLOCO VERMELHO

2ª SessãoCoordenadora: Jane Aparecida Marques (Each-USP), Debatedor: Ada de Freitas Maneti Dencker (Intercom)

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Hospitalidade em HospitaisMonica de Moraes Oliveira (ECA-USP), Sandra Maria Ribeiro de Souza (ECA-USP)

O cenário da prestação de serviços médicos está mudando, pois os consumidores têm mais opções de escolha, estão mais exigentes e em busca de mais qualidade e eficiência. Isso tem gerado uma maior concorrência nessa área e a necessidade de se ter diferenciais para poder atrair esses “clientes de saúde”. A hospitalidade em hospitais requer um fator de ambientação específico que pode ser dividido em dois aspectos: humano (recursos humanos, gestão de pessoas, hotelaria hospitalar, etc.) e físico (instalações, equipamentos, sinalização, decoração, etc.). Nesse contexto, a hospitalidade pode ser vista como uma tendência para melhorar e dinamizar o atendimento nos ambientes hospitalares.

Hospitalidade e Comunicação em uma Colônia de Férias Urbana – Estudo de Caso SESC InterlagosFernando Estima de Almeida (Senac-SP), Maristela de Souza Goto Sugiyama (Senac-SP)

O presente trabalho estuda as inter-relações envolvendo visitantes e anfitriões na unidade do SESC Interlagos, no bairro com o mesmo nome em São Paulo. Reflete sobre as relações de comunicação e hospitalidade presente neste espaço de lazer e discute o conceito de colônias de férias urbanas. Apresenta também uma pesquisa realizada com os visitantes do SESC Interlagos, para identificar o perfil dos freqüentadores e traçar sugestões de melhoria.

Comunidades: geração espontânea ou esforço conjunto? Elizabeth Kyoko Wada (USP)

Este trabalho tem como objetivo compreender a criação de comunidades virtuais ou físicas, sua manutenção e a correlação com a hospitalidade. As considerações se pautam na colocação de autores de outras áreas, como gestão, eventos e hotelaria; foram escolhidos premeditadamente para reforçar a pluralidade das discussões em hospitalidade. Apesar da espontaneidade com que surgem as comunidades, percebe-se que as relações para sua manutenção, crescimento e alcance de propósitos, requerem a interação e o comprometimento dos participantes. A sobrevivência, ainda que virtual, é garantida por receber, hospedar, alimentar e entreter, em suas formas literais ou metafóricas. Traz questionamentos ainda sem respostas, mas que pretendem instigar pesquisas futuras interdisciplinares.

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 15h15 SALA 2e BLOCO VERMELHO

3ª SessãoCoordenadora: Ada de Freitas Maneti Dencker (Intercom), Debatedora: Elizabeth Kyoko Wada (USP)

Turismo de Luxo e Internet: Oportunidades para as Agências de Viagens Jane Aparecida Marques (Each-USP)

Este trabalho propõe-se a verificar como as possibilidades oferecidas pela internet estão sendo exploradas na área de serviços, especificamente no mercado do turismo; para isso, visa-se a estudar como as agências de viagens voltadas para o segmento do luxo estão estruturando seus portais. Em paralelo, propõe-se a analisar qual o uso efetivo que os clientes e potenciais consumidores desse tipo de viagem fazem dessa ferramenta e quais as formas adotadas por eles no processo de compra de uma viagem. Os resultados indicam que há ainda muitas possibilidades a serem exploradas pelas agências de viagens para atender a esse segmento de clientes, facilitando a comunicação, vendas e tangibilização dos serviços prestados.

Avaliação da Satisfação dos Clientes de Bares Sob a Ótica do Marketing Vladimir Stein Barbosa (UAM)

Aspectos cognitivos e de percepção do cliente, somados a uma análise acurada sob a ótica da Hospitalidade, serão relevantes em um desenho estratégico de Marketing, se contemplarem fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. A compreensão dos critérios de compra na escolha em todos esses itens, portanto, torna importante a discussão se o Marketing de Serviços pode influenciar a escolha do consumidor, e consequentemente, responder por meio de sua satisfação na condição de usuário. Esse leque passa pela experiência emocional, dentre outros caminhos, e sinaliza para

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um pensamento estratégico de venda mais amplo. A proposta deste estudo, então, é trazer à discussão os elementos diferenciais de Marketing capazes de promover uma experiência do consumidor em ambientes de A&B em bares.

O Comportamento do Consumidor de Pacotes Turísticos pelo Comércio Eletrônico das Agências de Viagens no Brasil Regina Ferraz Perussi (FCL), Reinaldo Miranda de Sá Teles (FCL)

Este estudo trata da influência da Internet, por meio do comércio eletrônico nas agências de viagens no Brasil. Com o intuito de msotrar a percepção e o uso dos consumidores na compra de pacotes turísticos, foram estudadas as duas maiores operadoras de Turismo da América Latina: a CVC Turismo, considerada como empresa tradicional e a Decolar.com como uma agência virtual. Além da análise de seus websites, foram entrevistados usuários de pacotes turísticos que utilizaram itinerários previamente estruturados e que já tiveram aexperiência de montar seus próprios roteiros pelo meio digital. Os principais resultados msotraram que há uma tendência concreta da busca pelas agências virtuais, mas devido à complexidade dos pacotes turísticos e à falta de vasta experiência em viagens, muitos clientes ainda recorrem às agências reais, depois da consulta aos sitesrelacionados ao tema.

Sábado l 05 de Setembro15h30 às 16h30SALA 2e BLOCO VERMELHO

4ª SessãoCoordenadora: Elizabeth Kyoko Wada (USP), Debatedora: Susana de Araújo Gastal (UCS/PUC-RS)

Turismo e publicidade na internet: percepção da ética Fábio José de Souza (USC), Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza (Faac/Unesp)

A internet é uma realidade que impôs mudanças em vários segmentos da sociedade, inclusive no turismo. Com esta ferramenta, o trade tem maior possibilidade de atingir diretamente o seu público-alvo, através do marketing e da publicidade eletrônica, uma vez que os turistas podem navegar e comprar pelos seus websites. Contudo, muitas empresas ainda desconhecem as informações necessárias para veicularem uma publicidade on-line. Diante disso, este estudo propõe uma reflexão a todos os envolvidos no turismo a respeito da publicidade de seus produtos e serviços na internet, com base na ética profissional e no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, proporcionando uma relação comercial sempre embasada na boa-fé.

“Comunicação, Cultura, Hospitalidade nos Eventos da Campanha para eleição de Barack Obama” Maria Cláudia de Gouvea Franco (UMS)

O presente texto busca identificar a interferência de novas tecnologias de comunicação na articulação da mensagem a partir da formação e do fortalecimento das redes sócio-culturais nos eventos políticos, tendo como objeto de análise a campanha de 2008 para eleição do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos da América, Barack Obama. A justaposição de diversas fontes feitas em rede resultou em estratégia eficiente, a ponto de tornar-se referência em “inovação” e inspiração para os acadêmicos e profissionais de comunicação e hospitalidade. O referencial teórico revê as discussões e inovações a respeito da temática e possibilita à compreensão e ampliação do conceito de hospitalidade na política. A coleta de dados utiliza-se da análise de reportagens dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.

Plano de Comunicação: fortalecimento do Turismo na cidade de Boa Vista – RR Luiza Azevedo Luíndia (Ufam)

O presente trabalho propõe analisar as potencialidades das atividades turísticas da cidade Boa Vista (RR). Pretende, ainda, propor um plano de comunicação visando ao fortalecimento do turismo, ainda, incipiente na região. Para tal se utilizou pesquisa bibliográfica e de campo, Inventário das Potencialidades Turísticas do Município, análise dos sites turísticos governamentais e privados, bem como uma Matriz de SWOT.

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Sábado l 05 de Setembro16h45 às 18h00SALA 2e BLOCO VERMELHO

5ª SessãoCoordenador: Rafael José dos Santos (UCS), Debatedora: Luiza Azevedo Luíndia (Ufam)

Cachaças da Estrada Real: desafio à tradição, à sustentabilidade e ao branding Daniel Rezende Campos (Fumec)

Minas Gerais é rica em histórias e causos, seja no campo ou na cidade, associados aos tragos da cachaça. Originária no nordeste brasileiro, a bebida se tornou um dos símbolos nacionais pela sua popularização. A Estrada Real, de Diamantina (MG) a Paraty (RJ), concentra um grande número de produtores que, às suas margens, produzem a “branquinha” ou “amarelinha”, propiciando fonte de renda e sustentabilidade. A expansão comercial do produto, oficialmente brasileiro, alcançou mercados além-fronteiras. Pela Estrada, correu mais que ouro das Gerais, sangue de escravos, glórias e decadência. Criou-se uma veia repleta de sabores, aromas e sensações que fazem os seus visitantes se encantarem a cada trecho percorrido. Governo e outras organizações estão empenhadas no reconhecimento e na busca de uma “padronização” na qualidade da cachaça, o que poderá gerar a possibilidade de novos negócios.

Festa Nacional da Uva: uma nova identidade? Adriana dos Santos Schleder (UCS)

Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, realiza há sete décadas a Festa Nacional da Uva, criada para celebrar a colheita, valorizar o potencial agrícola, industrial e turístico da cidade. Ao longo desse tempo, o evento sofreu grandes transformações. A última, na década de 1990, teve a preocupação de reaproximar a comunidade da festa, afastada por rejeitar o perfil de feira adotado nas décadas anteriores. Este artigo investiga as relações entre a comunidade local e as festas depois dessa mudança, que continua até os dias atuais. A análise dos depoimentos de leitores sobre o evento, na Coluna de Opinião do único jornal diário de Caxias, durante as últimas oito edições da Festa da Uva, revela que as resistências estão diminuindo. E as tentativas de aproximação possibilitam novos olhares sobre a festa e a comunidade, provocando a reconstrução de uma identidade local.

Um Olhar sobre a Turistificação dos Espaços – O Caso de Olivença (Ilhéus-BA) Karen Vieira Ramos (Uesc), Rodrigo Bomfim Oliveira (Uesc)

O presente artigo apresenta a Praça Cláudio Magalhães, espaço inserido em Olivença (Ilhéus-BA) como espaço turístico, observando algumas de suas significações a partir da história vivenciada pelos viventes do local e sua relação com o turismo. Trata-se de uma reflexão conceitual que alia a concepção de espaço, proveniente da geografia, com outras definições já amplamente utilizadas no estudos de turismo. O objetivo é enfatizar a ação humana como epicentro do fenômeno turístico, entendendo a formação de seus espaços como fruto das significações que lhes são atribuídas culturalmente.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 10h30 SALA 2e BLOCO VERMELHO

6ª SessãoCoordenadora: Luiza Azevedo Luíndia (Ufam), Debatedor: Rafael José dos Santos (UCS)

Mocidade Alegre – A Hospitalidade na Morada do samba Maristela de Souza Goto Sugiyama (Senac-SP), Fernando Estima de Almeida (Senac-SP)

O presente trabalho estuda as inter-relações envolvendo visitantes e anfitriões na quadra do Grêmio Recreativo Escola Samba Mocidade Alegre, no Bairro do Limão, em São Paulo, a escola de Samba é a campeã do Carnaval de São Paulo em 2009. E reflete sobre as relações de comunicação e hospitalidade presentes na quadra da escola e suas construções simbólicas relacionadas com as manifestações da cultura popular, a diversidade e com os fenômenos do turismo e a

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hotelaria. Também apresenta projetos interdisciplinares que estão sendo encaminhados em parceria entre um Centro Universitário e uma Escola de Samba.

Caminhos possiveis na análise discursiva da publicidade impressa turística no Município de Itacaré/BA Pricilla de Souza Andrade (Unime/Itabuna)

Esta pesquisa analisa o discurso utilizado, tanto textual, quanto imagético, na publicidade impressa, sobre a cultura popular em Itacaré/BA. Itacaré é divulgada nas mais diferentes mídias, como a terra das belezas naturais, dos passeios ecológicos, dos esportes de aventura e radicais, como o rafting, o rapel ou a tirolesa. A cultura popular e a memória são mostradas com pouca ênfase. Suas manifestações vão sendo deixadas a um plano secundário, pela difusão do turismo. A propaganda impressa, dos meios de hospedagem representa um direcionamento para o visitante que chega a qualquer destino. O município de Itacaré/BA possui uma comunidade atuante culturalmente, no entanto, pouco é citada na publicidade dirigida aos turistas, não havendo, portanto, um planejamento efetivo que leve em conta a sua promoção, na qual essa população se veja contemplada.

Ações comunicacionais e transporte aéreo no Brasil: Os passos iniciais da Varig Susana de Araújo Gastal (UCS/PUC-RS)

A aviação comercial foi implantada no Brasil a partir da década de 1920. Na falta de capitais financeiros disponíveis para os empreendimentos e considerando-se que os aviões transportavam de dois a seis passageiros, ou seja, este serviço não cobria seus custos de implantação e manutenção, o governo utilizou a outorga de concessão de serviços postais, para viabilizar as empresas. Assim, a Varig e outras, foram autorizar a emitir selos postais. Os selos ainda são poucos estudados como peça comunicacional, mesmo que possuam um mercado internacional de circulação, portanto, com possibilidades comunicacionais, considerável. O presente artigo analisa essa e outras ações comunicacionais realizadas naquele momento, buscando desenhar suas relações de divulgação e contribuição a constituição do campo do transporte aéreo brasileiro.

Domingo l 06 de Setembro 10h45 às 12h00 SALA 2e BLOCO VERMELHO

7ª SessãoCoordenador: Rafael José dos Santos (UCS), Debatedora: Susana de Araújo Gastal (UCS/PUC-RS)

Estrangeiro, Turista e Cidadão: implicações dos deslocamentos contemporâneos Débora de Paula Falco (UFJF)

Este estudo pretende analisar a atividade turística como um espaço para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea. Para verificar estas possibilidades recorremos a configuração de novos direitos e novas práticas sociais no que concerne ao turismo. Observamos ainda que as relações entre consumo e turismo podem ser mais prósperas do que se pensa em uma primeira abordagem. Outro ponto de destaque refere-se a efetivação da cidadania para o indivíduo na condição de estrangeiro migrante. Sob este aspecto valemo-nos das relações entre identidade nacional, pessoal e cidadania, a partir da perspectiva do “direito cosmopolita’, preconizado por Kant. Neste sentido, intentamos contribuir para a compreensão dos deslocamentos contemporâneos e dos sujeitos envolvidos em tais ações.

Narrativas Turísticas: imaginário e mídia na experiência do turismo Márcia de Paula Falco Dutra (CES), Débora de Paula Falco (UFJF)

O intuito deste artigo é observar como a atividade turística se insere no momento atual, em que as relações sociais tornam-se cada vez mais permeadas pelos padrões dos meios de comunicação. Neste sentido, abordam-se as mudanças trazidas pela mídia na experiência turística (mediada, midiatizada). Em seguida, destaca-se a possibilidade de uma “viagem imaginária” oferecida pelos meios de comunicação e seu contraponto, isto é, a realização da viagem fisicamente. Nota-se ainda o papel assumido pela mídia na atribuição de sentido e na representação dos atores sociais. Como exemplo de mídia que empreende este processo foca-se o jornalismo turístico de revistas especializadas, como a Viagem e Turismo, da editora Abril. Neste ponto, observa-se sobretudo o caráter narrativo das reportagens e a figura do jornalista que as constroi, que se propõe chamar de “turista-narrador-repórter”.

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“Uma Imagem Vale por Mil Palavras”: Paradoxos da Mídia Cinema e a Paisagem Ofertada pelo Brasil Eduardo Hack Neto (UFPR)

A relação do turismo com a comunicação atinge diversas mídias, dentre as quais, a arte da venda de sonhos, ícone do entretenimento – o cinema. Este, há tempos passou a ser visto como elemento transformador de mentalidades, também como registro do imaginário e das ações dos homens em todo mundo, e de suas influências nos mais diversos campos da ação humana. Frente esta realidade o presente estudo possui como objetivo geral Investigar as relações entre os discursos imagéticos do cinema e a paisagem do destino turístico Brasil. O caráter da pesquisa se demonstra bibliográfico; possui análise do discurso (midiático), através dos filmes de maior popularidade e representatividade da história nacional cinematográfica; abordagem qualitativa, pois procura discutir dos dados apresentados, e, não-probabilística, por tipicidade escolhida intencionalmente.

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 15h30SALA 2e BLOCO VERMELHO

8ª SessãoCoordenadora: Susana de Araújo Gastal (UCS/PUC-RS), Debatedora: Elizabeth Kyoko Wada (USP)

O popular e o regional: as culturas locais em discursos de divulgação turística Rafael José dos Santos (UCS)

A idéia de cultura popular se apresenta discursivamente sempre vinculada à expressão de uma determinada territorialidade, tanto sob a forma de uma cultura popular nacional - concepção que tem suas raízes históricas na presença do romantismo e sua concepção de povo nos processos de consolidação dos estados nacionais - como sob a forma de culturas regionais, expressão associada muitas vezes a regionalismos e que procura circunscrever e inscrever manifestações culturais a determinados territórios em articulação ou oposição a representações de totalidade, como a nação e, hoje, o próprio mundo globalizado. Este trabalho busca identificar e interpretar representações de cultura em discursos de divulgação turística nos quais se encontrem, implícita ou explicitamente, articulações entre o popular e o regional como marcas diacríticas de determinadas localidades.

Turismo e Manifestações Culturais: Uma análise do Frevo e do Maracatu Enquanto Produtos Turísticos Bruna Galindo Moury Fernandes (UFRPE)

O objetivo deste artigo é a análise e descrição do consumo turístico das manifestações culturais pernambucanas, mais especificamente dos principais ícones da oferta cultural local: o frevo e o maracatu. Neste contexto, abordamos questões relativas à oferta e consumo de bens culturais e, sobretudo, sua utilização enquanto produto turístico. Como resultado, temos que as manifestações culturais não estão devidamente acessíveis aos turistas, nem são capazes de gerar os reais benefícios para seus integrantes. Percebe-se, assim, uma subutilização das manifestações culturais como produto turístico. Não há nas esferas públicas e privadas uma preocupação real no sentido de investir nas manifestações culturais enquanto produto turístico-cultural embora o estado utilize-se dos mesmos, basicamente, como imagem a ser explorada para atrair visitantes.

Uma breve avaliação das propagandas utilizadas para atrair os turistas às aulas e apresentações das manifestações culturais ministradas pela Associação Cultural Tribo do Porto, em Itacaré, Bahia. Idevaldo José Dos Santos (Uesc)

A Associação Cultural Tribo do Porto, de Itacaré, estado da Bahia, busca através da divulgação e preservação da cultura às futuras gerações, destacar na comunidade local e visitantes do município, a importância da memória do Porto de Trás. Para tanto, utiliza-se de propagandas para atrair turistas às aulas e apresentações de capoeira, maculelê, puxada de rede que são realizadas no “Quilombo Urbano” pela própria associação, apontando possibilidades para inclusão dos moradores na atividade turística, além da valorização de aspectos culturais e identitários através do universo da folkcomunicação. Desse modo, esse trabalho tem como objetivo analisar os tipos de propagandas utilizados para atrair esses turistas às aulas e apresentações das manifestações culturais da Tribo do Porto.

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Turismo e Fronteiras: Representações do Nordeste a partir da Web Denio Santos Azevedo (Unit), Polyana Bittencourt Andrade (Unit)

Este estudo procura analisar as representações da região Nordeste a partir das páginas iniciais dos sites elaborados pelas Secretarias Estaduais de Turismo. Para tal foram elencadas as imagens que identificam os atrativos turísticos de cada espaço turístico. Ciente de que esta região foi (re)inventada e representada de diferentes formas, em contextos distintos, atendendo a variados interesses, percebe-se que o espaço das secas, do mesticismo, da migração e do atraso aos poucos vai sendo ressignificado e incorporado novas imagens que passam a identificar esta região.

Domingo l 06 de Setembro 15h30 às 16h00 SALA 2e BLOCO VERMELHO

Avaliação dos trabalhos e perspectivas do grupoCoordenador: Rafael José dos Santos (UCS)

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 – GP ECONOMIA POLÍTICA DA INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E CULTURACoordenador: Valério Cruz Brittos (Unisinos)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 09h30 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Sessão de abertura

Sábado l 05 de Setembro 09h30 às 10h30SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 1 - Crítica e Sociedade

Novas Utopias do Capital: gestão do conhecimento, inovação e trabalho William Dias Braga (ECO-UFRJ)

O autor analisa as estratégias do capital para a apropriação produtiva do conhecimento científico e tecnológico na mídia eletrônica, diante dos imperativos para a constituição de uma nova identidade operária, sob as relações entre empreendedorismo e inovação. O acirramento da divisão social e técnica do trabalho e a subsunção do indivíduo ao privado e ao mercantil, a presunção de que o esforço empreendedor leva à mobilidade e à emancipação social, têm restringido as necessidades sociais aos interesses das classes e frações dominantes, afastando a possibilidade de engendramento de uma hegemonia emancipadora. A superação das adversidades vivenciadas pelo trabalhador pressupõe um investimento ativo para buscar a formação requerida pelo mercado, para dele participar como um vencedor nos processos competitivos, cujo êxito só depende de empenho pessoal e de capacidades cognitivas e emocionais.

Outra comunicação possível/necessária e/ou a crítica da crítica crítica Roberto della Santa Barros (UEL)

A perspectiva de democratização da comunicação não se trata de uma bandeira nova no horizonte dos movimentos sociais. Por um lado, no campo da crítica à economia política das comunicações há uma série de iniciativas, campanhas e fóruns que se destacam por incorporar em suas práticas e concepções a denúncia e crítica social aos temas da concentração, oligopolização e/ou monopólio da propriedade privada dos meios fundamentais de produção social de bens culturais e comunicacionais e, por outro, tratam também das problemáticas derivadas da manipulação e “alienação” das formas de consciência social daí decorrentes. Ao ocaso do séc. XX e alvorecer do séc. XXI –não obstante– uma série de processos históricos marcaram o embrião de uma nova primavera social a qual muitos/as autores/as já identificam a algo tal como uma espécie de ‹‹novo internacionalismo›› ora em percurso.

Sábado l 05 de Setembro 11h00 às 12h00 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 2 - Jornalismo e Conteúdo

A Estrutura Organizacional e o Conteúdo dos Impressos - Um Estudo de Caso sobre Dilma Roussef Débora Thayane de Oliveira Lapa Gadret (UFRGS)

O objetivo deste artigo é analisar de forma comparativa a cobertura da doença da pré-candidata à presidência pelo

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Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, nas revistas semanais CartaCapital e Veja, do dia 6 de maio de 2009, quando foi capa dos periódicos devido ao anúncio de um linfoma. Para percorrer esse caminho, busca-se a Economia Política Crítica da Comunicação, através da premissa de que propriedade e organização institucional são capazes de influenciar o comportamento e conteúdo da mídia, e os conceitos relacionados ao discurso de informação de Patrick Charaudeau para analisar as diferenças textuais nas duas revistas.

O avanço da Economia no Jornalismo Cultural na sociedade contemporânea Ana Maria Cordenonssi (Unimep)

O presente artigo tem por objetivo analisar a inserção de temas econômicos no jornalismo cultural, sob a ótica de que este fenômeno surge das transformações provocadas pela globalização e pelas relações sociais da modernidade, com constantes ajustes da mídia. Este cenário passou a exigir dos agentes sociais o domínio de novas ferramentas de trabalho como estratégia de sobrevivência num mercado de trabalho extremamente competitivo. Assim este artigo, que é parte de um estudo mais amplo em desenvolvimento (doutorado da autora), procura analisar, a presença da Economia nos cadernos culturais e sua relação com a sociabilidade nas classes A/B, nas páginas do suplemento semanal de cultura EU&Fim de Semana, do jornal Valor Econômico.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 3 - Convergência e Políticas

Convergência: haverá espaço para jardins públicos? Marcos Dantas Loureiro (UFRJ)

Esta comunicação discute o atual processo denominado “convergência tecnológica”, expõe sua cadeia produtiva e sugere que, nela, estão sendo abandonados princípios de serviço público que, até então, norteavam as regras e normas organizadoras das comuni-cações. Estando em curso a Iª Conferência Nacional de Comunicação, o autor sugere que se deve perseguir a construção de um novo marco normativo que introduza na ca-deia horizontalizada das comunicações convergentes, princípios de serviço público que as subordine às demandas democráticas mais amplas da sociedade, não apenas às de-terminações do mercado.

Intersecções e tensões entre políticas públicas de cultura e de comunicação Carlos Augusto Locatelli (UFRGS)

Aborda questões contemporâneas da relação entre a cultura e a comunicação, sobretudo as implicações para as sociedades nacionais dos efeitos da globalização cultural e as possibilidades de reação a este processo. Entende-se que as sociedades nacionais têm, em ambientes democráticos, opções para rever este relacionamento, marcado entre a autopóiésis do mercado, que vê a cultura como mercadoria e a comunicação como negócio, e a adoção de políticas públicas que entendam comunicação e cultura como dimensões essenciais ao desenvolvimento social, à cidadania e a própria democracia. Discute a internacionalização da produção cultural, os usos do conceito e da cultura, o papel do Estado nos processos regulatórios e noções de políticas públicas. Contrasta intersecções e tensões entre as políticas públicas de comunicação e de cultura no ambiente pré-Conferência Nacional de Comunicação.

A Regulação das Comunicações no Brasil: Conservadora ou Liberal? O caso da tv por assinatura Rodrigo Garcia Vieira Braz (UnB)

No Brasil, existem hoje três pólos de interesses que se enfrentam no âmbito do processo de regulação das comunicações: o conservador, ligado aos radiodifusores, o liberal, vinculado aos interesses das empresas de telecomunicações, e o progressista, que defende os interesses dos movimentos em defesa da democratização das comunicações. Nesse sentido, este trabalho analisa os últimos debates acerca da regulação da tv por assinatura no país, com foco nas discussões do PL 29/07 e do PLS 182/09, que estão tramitando no Congresso Nacional. Buscamos compreender como os interesses em disputa têm se articulado para estabelecer um modo de regulação setorial e como as disputas entre as frações hegemônicas têm alterado o modelo consolidado na década de 1960.

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Sábado l 05 de Setembro 5 de setembro16h00 às 17h30SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 4 - Estratégias e Reconfigurações

Dimensões e Implicações da Convergência Tecnológica no Macro-setor das Comunicações Verlane Aragão Santos (UFS)

A convergência tecnológica no interior do macro-setor das comunicações tem impulsionado uma transformação importante nos marcos de regulação e nas estratégias de atuação dos grandes operadores mundiais. Seus limites e avanços devem ser considerados em relação direta às especificidades institucionais e de mercado de cada país. Ao mesmo tempo, uma das dimensões de fundo do processo encontra-se na compreensão de que a democracia do acesso aos benefícios das TIC depende da definição de um projeto social, que rediscuta a relação entre mercado e Estado.

A Grande Família: as estratégias sociais da Rede Globo de Televisão na esfera da cidadania Valério Cruz Brittos (Unisinos), Jacqueline Lima Dourado (UFPI), Maria Helena Almeida de Oliveira (CEUT)

O artigo tem como eixo teórico a Economia Política da Comunicação (EPC), a partir de onde, em diálogo com outras contribuições, busca traçar os movimentos estratégicos da Rede Globo, na esfera da cidadania. Tem como escopo investigar de que modo as ações de marketing e merchandising sociais atuam na promoção da cidadania (direitos sociais, políticos e econômicos), basicamente estudando as estratégias determinadas de comunicação social presentes na minissérie A Grande Família. Isto é desenvolvido através da descrição e análise dessas ações, na forma em que são apresentadas pela emissora, como meio de interpelar o publico a responder às mensagens propostas naquele espaço.

Tempo, digitalização e capitalismo Denis Gerson Simões (Unisinos)

Este estudo tem por objetivo trabalhar com relações entre a percepção do tempo pelos indivíduos, a convergência dos meios de comunicação, a digitalização da radiodifusão e o contexto capitalista. As questões são tratadas com base na realidade brasileira, com destaque às mídias televisivas e suas organizações estratégicas. Para projetar possíveis mudanças no meio TV, a partir da implantação do sistema digital, apresenta-se elementos históricos das comunicações no Brasil e tendências provindas dos avanços tecnológicos.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 10h00 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 5 - Esfera Pública e Democratização

A nova esfera pública na digitalização: configurações do espaço público midiático Luciano Correia dos Santos (UNISINOS)

A esfera pública contemporânea, marcada pela radicalização dos processos comunicacionais e das novas tecnologias na fase da digitalização, ganha novas configurações e redimensiona o peso social dos atores presentes. Da mesma forma, isto obriga a adoção de novas estratégias de posicionamento neste espaço público caracterizado por mudanças no espaço, do territorial para o virtual, na paridade dos participantes, que no território virtual tem suas diferenças de peso abrandadas e na preservação de contradições, como a manutenção de oligopólios.

Sociedade civil e sua reconfiguração no capitalismo contemporâneo Paola Madeira Nazário (Unisinos)

O artigo em questão formula-se pela necessidade de pesquisar teorizações e constituições de conceitos sobre a sociedade civil, ao longo da história e, principalmente, nos dias atuais onde existe uma ação do ambiente mercadológico.

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Em um segundo momento, devido ao período histórico social contemporâneo, é necessário ter-se o objetivo de analisar a inserção dos meios de comunicação como um agente importante para a análise das novas configurações da sociedade civil. Realiza-se também uma abordagem da institucionalização da sociedade civil, isto é, a institucionalização de uma categoria sociológica pelos agentes mercadológicos e governamentais. Além disso, trata-se do conceito do espaço público e das problemáticas do espaço público midiático e suas conjecturas no desenvolvimento das ações da sociedade civil.

Domingo l 06 de Setembro10h30 às 12h00 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 6 - Política e Governabilidade

Mídia, democracia e participação efetiva: liberdade, igualdade e participação política Reinaldo dos Santos (UFGD)

Este trabalho reflete sobre a relação entre mídia e democracia, pontuando as bases teóricas do conceito de democracia e indicando a importância da participação efetiva para o caráter democrático de um regime. Da mesma forma, destaca as exigências fundamentais para um regime democrático e a importância da igualdade de acesso à mídia, sobretudo para a democratização da política eleitoral, através da participação efetiva.

O Nome do Jogo: “Interesse nacional” – a midiatização de um conceito ambíguo Ivan Elizeu Bomfim Pereira (UFRGS)

O presente artigo busca discutir a questão da midiatização do interesse nacional. Longe do sentido consensual com o qual aparece na mídia, a noção de interesse nacional é ampla, cambiante e, principalmente, ambígua. Amparados em autores da Economia Política da Comunicação, buscamos explicitar as relações entre empresas midiáticas e a definição dos interesses estatais, além de articularmos áreas como as Ciências Sociais e as Relações Internacionais para observar a relação entre os termos “interesse” e “nacional”. Num segundo momento, faremos alusão à utilização do conceito de Hermenêutica de Profundidade, de Thompson (1995), para a observação da articulação entre diferentes instâncias do processo midiático na construção do referido conceito e sua publicização.

E-gov 2.0 – A potência de um governo eletrônico colaborativo José Antonio Martinuzzo (Ufes)

O artigo discute a formulação de um paradigma específico de governo eletrônico – o egov 2.0, ou e-gov colaborativo –, tendo em vista que a disseminação dos recursos da Web 2.0 oferece novas potencialidades à efetivação de um modelo de electronic government diferenciado do atual padrão, baseado na comunicação unidirecional, na constituição de cidadãos-clientes e na interação programada e limitada. Com os novos mecanismos de participação, vislumbra-se o potencial incremento da ação política efetivamente ativa dos cidadãos. Mas da potência à realização, há o processo de decisão política, uma vez que tecnologia sozinha não faz diferença e um novo patamar de participação requer mudanças tanto na ação político-administrativa dos governos quanto na conduta dos cidadãos.

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 15h30 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 7 - Televisão e Mercado

Reconfigurações do Mercado Audiovisual Brasileiro Contemporâneo: o filme Carandiru e anarrativa transmidiática Miriam de Souza Rossini (UFRGS)

Este artigo insere-se nas discussões produzidas no projeto de pesquisa Convergência entre imagens audiovisuais:

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aproximações entre cinema e tevê, desenvolvido junto ao PPGCOM da UFRGS. Analisa os contatos entre cinema e tevê no Brasil a partir de novos interesses e reconfigurações de mercado, observados nos últimos dez anos . Apresenta um estudo de caso: o filme e a minissérie Carandiru, apontando características de uma narrativa transmidiáticas que busca ampliar o público e as formas de circulação dos produtos audiovisuais brasileiros contemporâneos.

O padrão tecnoestético e a produção simbólica da Rede Record de Televisão na IURD. Rafaela Chagas Barbosa (Unisinos), Valério Cruz Brittos (Unisinos)

Este artigo, com eixo teórico-metodológico na Economia Política da Comunicação, EPC, objetiva analisar o padrão tecnoestético adotado na programação da Rede Record de Televisão e as influências de suas produções simbólicas nos programas da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD. Para tanto, os conceitos de indústria cultural e de padrão tecnoestético nortearão as análises do objeto empírico. Para além da EPC, este trabalho ainda se propõe a dialogar com a Teologia da Prosperidade. Resumidamente, contextualizar-se o cenário histórico da Rede Record. Tanto no momento inaugural, quando pertencia à família Machado de Carvalho, como na compra desta emissora pela IURD, até sua situação na atualidade. A questão central é: que impactos o padrão tecnoestético da Record tem produzido na programação da Igreja Universal?

TV Brasileira na Diferenciação Marginal: repetições, recriações e novas demandas. Mannuela Ramos da Costa (UFPE)

Este artigo analisa as recentes estratégias das emissoras de TV Rede Globo, SBT e Record, considerando o seu posicionamento de mercado e aspectos pontuais da sua grade de programação, a partir da década de 1990. As teorias do marketing, da propaganda e dos Estudos Culturais, elucidam como as estratégias de mercado destas emissoras se imbricam com mudanças de conteúdo de seus produtos ao longo de suas trajetórias. Estes aspectos são resultantes da mudança de perfil (sociodemográfico e identitário) e dos novos hábitos de consumo midiático dos espectadores. Juntos, estes fatores apontam para o atual status do mercado televisivo brasileiro, que tende à lógica de diferenciação marginal (LIPOVETSKY,2004), isto é, os concorrentes em pouco ou nada se diferenciam uns dos outros.

Domingo l 06 de Setembro16h00 às 17h00 SALA 3 BLOCO VERMELHO

Mesa 8 - Mídia Pública

As TVs Legislativas Brasileiras: trajetória e funcionamento Maria de Lourdes dos Santos (UEMS)

Este trabalho aborda a relação entre mídia e democracia, refletindo sobre o papel dos canais de televisão com programação temática do poder legislativo, também conhecidos como TVs Legislativas (TVLs) ou canais parlamentares. Especificamente analisa o funcionamento das principais TVL’s brasileiras: TV Câmara e TV Senado, buscando caracterizá-las quanto à sua normatização, controle político, produção, transmissão e financiamento.

Fundações concessionárias de TVs educativas: um estudo sobre Santa Catarina Ivonete da Silva Lopes (UFF)

O artigo apresenta parte da pesquisa realizada em Santa Catarina com as organizações não-governamentais que são concessionárias de televisão educativa. Discute a atuação dessas fundações e busca problematizar que o terceiro setor não é homogêneo e nem sempre prioriza a democratização da sociedade e o bem comum, conforme imagem mistificada desse setor. Assim, serão apresentadas, resumidamente, as fundações catarinenses com ênfase naquelas que possuem vínculos explícitos com a política, a religião e o mercado – comportamento que acaba distanciando as emissoras da finalidade educativa.

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Domingo l 06 de Setembro17h00 às 18h00SALA 3 BLOCO VERMELHO

Sessão de Encerramento

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 – GP POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO E CULTURACoordenador: Ada Cristina Machado Silveira (UFSM)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 10h45SALA 4 BLOCO VERMELHO

Comunicação, mídia e poderesCoordenador: Ada Cristina Machado Silveira (UFSM)

Relações assimétricas no leilão fraudado do Sistema Telebrás. A cobertura jornalística e a corrupção do Estado na privatização com vício de origem Bruno Lima Rocha Beaklini (Unisinos), Rafael Cavalcanti Barreto (Unisinos)

Análise da cobertura realizada pela revista Época sobre o episódio conhecido como “grampo do BNDES” a partir de duas reportagens de destaque em 1999 e 2001. O objetivo é mostrar as falhas de uma investigação jornalística a respeito do aparelho de Estado para a função de defesa interna. Para isso, descreve-se o funcionamento da defesa interna nacional e como se deu a narrativa jornalística sobre o seu acionar. Dois motivos impulsionaram a opção: a visibilidade que a Agência Brasileira de Inteligência ganhou na sociedade e a caracterização de um conflito intra-elites na disputa pelo controle do Sistema Telebrás em leilão de privatização.

O Congresso Nacional e as Políticas de Comunicação: Um Inventário dos Projetos de Lei sobre Radiodifusão em Discussão no Legislativo Georgia da Cunha Moraes do Prado (UnB)

É tarefa do Congresso legislar sobre os serviços de radiodifusão. A legislação do setor é, no entanto, dispersa em instrumentos que vão desde resoluções de agências, passando por portarias ministeriais e decretos do presidente a leis anteriores à Constituição de 88. Ao longo dos anos, como se deu a participação do Congresso na discussão das políticas de Comunicação e quais os projetos de lei atualmente em discussão nas duas Casas legislativas.

Travessias: afinidades eletivas da censura no Brasil e em Portugal na primeira metade do século XX Maria Cristina Castilho Costa (USP)

O objetivo deste trabalho é mostrar afinidades eletivas no trato da censura sobre o controle da produção artística e da liberdade de expressão, entre Brasil e Portugal, na primeira metade do século XX, quando Estado Novo instalado no Brasil e em Portugal, respectivamente por Getúlio Vargas e Antonio de Oliveira Salazar, possibilitou a cooperação cultural entre os dois países. Este trabalho trata das afinidades eletivas existentes entre eles no controle da produção artística e da liberdade de expressão.

A problemática da “comunicação”, a retórica da “revolução” e a relação entre cineastas e militares à regulação político-cultural na década de 1970 Luciano Miranda Silva De Moraes Fernandes (UFSM)

O presente artigo busca uma compreensão do processo de aproximação de participantes do “campo” cultural ao campo do poder e dos usos das variações discursivas a realização de estratégias. Os cineastas do Cinema Novo adaptaram-se ao campo dos possíveis discursivos, na medida em que se utilizaram de um “discurso dialético” capaz de vinculá-los aos interesses em torno de posições antagônicas ou ao menos conflitantes. A problemática da “comunicação”, que em primeiro momento correspondeu à comunicação com o público, implicaria a comunicação com o regime militar. Para tanto, seriam matizadas definições acerca dos militares, de discursos antagonistas a adesistas; e redefinido o uso retórico da noção de “revolução”. Nesse processo, a Embrafilme viria a ter sua regulação transformada, sendo administrada sob a influência dos cineastas.

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Sábado l 05 de Setembro 10h45 às 12h00SALA 4 BLOCO VERMELHO

Mídia, estratégia e negócioCoordenador: Adilson Vaz Cabral Filho (UFF)

O negócio da mídia brasileira: suas estratégias, suas políticas Eula Dantas Taveira Cabral (MCT)

O objetivo deste artigo é mostrar o que é, como funciona e quais são as estratégias dos Grupos de Mídia brasileiros. Leva-se em consideração a relação com a economia, política e novas tecnologias. Através de pesquisas bibliográfica, documental e de entrevistas, chegou-se às seguintes conclusões: a mídia brasileira é um negócio; não há respeito em relação à legislação comunicacional e o motivo é claro: não se visa o melhor para os brasileiros, mas algo rentável e de acordo com as vontades dos empresários da mídia; a digitalização das comunicações vem se tornando realidade por que é algo que interessa aos moguls midiáticos; a relação entre os políticos e os empresários do setor só traz prejuízos para a população; a democratização das comunicações só se tornará realidade se o cenário comunicacional mudar radicalmente.

Articulação Cinema e TV no Brasil: as soluções do modelo audiovisual francês Bruno Hingst (UAM)

O que se pretende com este trabalho é expor em linhas gerais as condições estruturais atuais dos canais de tvs abertos e pagos no Brasil que têm se mostrados resistentes às mudanças em termos de legislação, as principais características do modelo Francês de financiamento do audiovisual e, a partir desse modelo, apontar um novo caminho de gestão que possa nos fornecer e sinalizar novas possibilidades para uma melhor integração entre cinema e tv no Brasil.

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 16h00SALA 4 BLOCO VERMELHO

TICs, políticas e gêneroCoordenador: Luciano Miranda Silva de Moraes Fernandes (UFSM)

A representação feminina nas campanhas antitabagistas do Ministério da Saúde Raphael Silva Souza Oliveira Carvalho (UFJF)

O consumo do tabaco é responsável por grande parte da mortalidade evitável no mundo. Neste contexto, existe um intenso esforço do Governo Federal Brasileiro em promover a saúde pública por meio da implantação de estratégias de comunicação antitabagistas do Ministério da Saúde. Dados atuais mostram que há uma menor redução no número de mulheres fumantes, com relação aos homens, após o início das veiculações de imagens de Advertências Sanitárias nos Produtos de Tabaco. Por essa ótica, o presente trabalho busca analisar de que maneira as teorias relativas às identidades, abordando questões de identificação e pertencimento, podem ser importantes ao propor campanhas de comunicação que visam promover uma mobilização social em prol desta causa, com foco nas representações do gênero feminino.

Políticas públicas e mulheres: TICSs e relações afetivo-produtivas na agricultura familiar Ada Cristina Machado Silveira (UFSM), Jaqueline Quincozes Kegler (UFSM), Solange Predinger (UFSM), Paula Puper (UFSM)

O artigo problematiza aspectos referentes aos valores associados à atuação das mulheres na gestão das relações de gênero da agricultura familiar tomada como mediadora das relações afetivo-produtivas através do uso das tecnologias e informação e comunicação. Tem-se como hipótese de trabalho que esta articulação pode ser determinante na fixação das jovens no meio rural. O artigo pondera sobre referências empíricas das relações de gênero em sua interseccionalidade com a temática da agricultura familiar em área prioritária de políticas públicas - território da cidadania de Santa Maria-RS.

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“Ocupar, resistir e produzir ”: reflexões acerca da participação do movimento feminista nas indústrias culturais em Pernambuco Ana Maria da Conceiçao Veloso (Unicap)

O artigo em questão integra as buscas teórico-metodológicas do projeto aprovado na seleção do curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2009. Investiga as estratégias de resistência do movimento feminista para democratizar a comunicação ao produzir conteúdo para as mídias radicais e indústrias culturais em Pernambuco. Recorre aos aportes da Economia Política da Comunicação e do feminismo, correntes teóricas que dialogam e problematizam as lógicas econômicas, materiais e simbólicas que permeiam os media, também analisando as relações de poder que implicam na sub-representação das mulheres nessa arena. Desse modo, discute a posição de resistência e a militância das feministas pernambucanas na comunicação.

Mulheres no Universo Midiático: meios de comunicação e eqüidade de gênero Anna Flávia Feldmann (USP)

O texto comenta sobre os assuntos significativos das conquistas femininas, seus tabus e preconceitos enraizados na história da civilização humana, cujas premissas foram originárias do papel da mulher na sociedade. A partir da conceituação estética, o artigo visa ponderar sobre a imagem da mulher na mídia e a estratégia de consumo direcionada a esse público-alvo. Importa neste contexto analisar como esse comércio de informações estabelece vínculos nos artefatos da sociedade de massa.

O Papel Estratégico da Comunicação Interpessoal na Sociedade da Informação e do Conhecimento Juçara Gorski Brittes (Ufes), Mirela Adam Canosa (Ufes)

Estudo sobre a estratégia comunicativa adotada no Projeto Promotores de Cidadania, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Vitória, capital do Espírito Santo. A iniciativa visa estimular as populações das áreas de maior risco social da cidade a utilizar o arsenal jurídico-administrativo para o exercício pleno da cidadania e da democracia. A ferramenta eleita para sensibilizar os moradores foi a comunicação interpessoal, por apresentar-se mais significativa para o público enfocado, a despeito do potencial oferecido pelas Tecnologias da Informação e da Comunicação. Constatou-se que o fortalecimento de uma racionalidade comunicativa por meio das TIC somente ocorrerá quando houver apropriação do instrumental tecnológico pelos sujeitos sociais, o que remete, por sua vez, às características socioculturais do público envolvido.

Sábado l 05 de Setembro 16h00 às 17h30SALA 4 BLOCO VERMELHO

Mídia e regionalizaçãoCoordenadora: Eula Dantas Taveira Cabral (MCT)

Identidade, produção televisiva local e subsistência de emissoras afiliadas Adriana Stürmer (Feevale)

Neste artigo, estudamos uma das estratégias adotadas por emissoras locais para manter sua subsistência e obter legitimação junto às comunidades. Essas emissoras, integrantes de redes de televisão nacionais, inserem conteúdos locais em sua programação. Focamos a pesquisa em uma emissora da Rede Brasil Sul de Comunicações, afiliada da Rede Globo e localizada no interior do Rio Grande do Sul. A emissora adota uma política de produção editorial descentralizada e utiliza seu espaço comercial para veicular conteúdos produzidos localmente e alinhados às identidades da microrregião de abrangência. Ilustramos esta prática apresentando, como exemplo, um produto que está há quase sete anos no ar, cuja temática é a preservação da memória dos antepassados.

Regionalização da programação: Um estudo de caso de três emissoras de Campinas Ivete Cardoso do Carmo Roldão (PUC-Campinas), Carlos Gilberto Roldão (PUC-Campinas)

Pretendemos resgatar o desenvolvimento e analisar a programação das três emissoras regionais de televisão de Campinas (EPTV, TV Brasil e Band); discutir os limites com os quais se deparam em função da determinação das redes; categorizar

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os programas que veiculam e se os mesmos são produzidos por elas. A partir desta base de análise, resgatar a discussão sobre a regionalização da televisão. A reflexão se dá à luz da Constituição Federal e do Projeto de Lei 53/03 que aguarda votação no Senado. Além do estudo bibliográfico, foi feita a análise de documentos e reportagens sobre o tema e entrevistas com profissionais e ex-profissionais das emissoras. Os resultados da análise, que apontam o arrendamento de uma parte significativa da grade para programas de telecompras e religiosos, reafirmam a necessidade de retomar e aprofundar o debate sobre a regionalização da televisão.

Programa Povo na TV da TVE-ES como Estratégia de Comunicação Pública Francisca Selidonha Pereira da Silva (UVV)

O Programa jornalístico da TVE/ES “Povo na TV”, veiculado de 1991 até 1994, foi inovador pela interatividade e jornalismo comunitário. Objetivo é analisar se esse programa, usado como estratégia de comunicação pública, conseguiu aproximar o governador Albuíno Azeredo da população carente, que o elegeu, e melhorar sua imagem. Com base em Pierre Bourdieu(1996), George Balandier(1981), Jünger Habermas(1984), Jorge Duarte(2007) e Gramsci(1979), concluímos que as comunidades carentes descobriram nesse espaço uma forma de transpor a burocracia e chegar às autoridades para pressioná-las por melhorias nos bairros. O programa tornou-se uma praça pública midiática. Porém, o governador não atingiu o seu objetivo de melhorar a sua imagem pública junto aos excluídos e não conseguiu mais se reeleger para outro cargo público.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 11h45SALA 4 BLOCO VERMELHO

Comunicação, mídia e democraciaCoordenadora: Juçara Gorski Brittes (Ufes)

Oligarquia, coronelismo e coronelismo eletrônico: Oligarquia, coronelismo e coronelismo eletrônico: a radiodifusão como arma para manutenção e ampliação do poder Fabíola Mendonça de Vasconcelos (UFPE)

Este artigo tem como objetivo analisar a existência de coronelismo eletrônico em Pernambuco, tendo como estudo de caso as empresas de radiodifusão do deputado federal Inocêncio Oliveira (PR). Não é intenção deste texto invalidar o conceito de coronelismo eletrônico, nem diminuir sua significação histórica, uma vez que o termo vem se consolidando pela ação de sérios pesquisadores do campo da comunicação, mas discutir os questionamentos colocados acerca do tema. Observou-se que a utilização das concessões de radiodifuão por parlamentares é resultado de uma herança histórica, tendo as oligarquias como centro da questão. O artigo tenta compreender os interesses que circundam as negociações das concessões públicas de radio e televisão e a participação da classe política nesse processo. Para tanto, aponta algumas oligarquias que detêm concessões de rádio e/ou televisão no Nordeste brasileiro.

Os Observatórios de Mídia e a Ideologia da Democratização da Comunicação Patrícia dos Santos da Cunha (UFPE)

O presente artigo é resultado de um estudo sobre os objetivos e as missões de 77 observatórios de mídia localizados em 23 países. Através desse estudo, buscou-se mapear os fundamentos ideológicos que norteiam as práticas e impulsionam a criação e a manutenção dos observatórios. O conceito de ideologia foi trabalhado em sua acepção neutra indicando um conjunto de representações que, mobilizadas, embasam suas práticas e fortalecem sua identidade de grupo. Além disso, foi trabalhada a questão da inserção dos observatórios de mídia em um grupo social maior: o movimento pela democratização da comunicação.

Território Mental: o Nó Górdio da Democracia Evandro Vieira Ouriques (UFRJ)

Ao propor território mental como conceito político, o faço, como Deleuze recomendava, para ajudar a resolver o problema que é o entrave sistêmico que encontramos naqueles que se empenham em tornar viva a democracia, como se ela pudesse surgir apenas na e da dimensão social; sem que se entenda que a democracia apenas vigora na capacidade que tenhamos (Castoriadis, Gandhi e Maturana) de construir atitudes mentais democráticas nas e a partir das inter-relações. Este artigo prossegue meu trabalho de constituição transdisciplinar de uma economia psico-política da comunicação, na qual a ocupação do território mental é a mais importante política de comunicação e cultura, por

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exercer o domínio do processo de formação da vontade e a arqueologia dos conceitos (Mattelart): a inovação de atitude necessária à superação dos impasses principais apontados pela clássica economia política da comunicação.

O Abuso do Direito e o Direito às Imagens Lais Romero Pancote (UTP)

Levando em consideração a liberdade de expressão, as mídias publicam imagens da vida privada de celebridades sem a preocupação do “abuso da imagem” previsto na lei. Este artigo aborda tanto o ponto de vista do espectador que se interessa cada vez mais pela intimidade de pessoas, quanto o ponto de vista de celebridades que se sentem prejudicadas e entram com processos na justiça reivindicando os seus direitos. Para fundamentar a pesquisa foi utilizado o autor Jacques Aumont que discorre a respeito da imagem representativa; artigos relacionados à disciplina de Direito de Isabela Rodrigues Veiga e Camila Venturelli que contrapõem a liberdade de expressão e o abuso da imagem; o autor Derrick de Kerckhove que fala sobre o computador como um veículo da velocidade; e, o autor Eric Landowski que aborda o “regime de visibilidade”.

Opinião, Expressão, Informação, Imprensa: Que liberdade nos dão ? Lilian Rose de Lemos Santos (Uniso)

A liberdade absoluta aparece como possível apenas na Pré-História, quando se viveu em estado natural. Na vida em sociedade, a liberdade passou a sofrer necessárias limitações, que por si, não lhe suprimem a existência. A liberdade se esvai e, também, a de comunicação, quando os poderes instituídos precisam dominar. Uma das reações utilizadas pelas sociedades para conter esse descompasso é a lei. Ao se suprimir a eficácia da Lei de Imprensa, sob a pretensa defesa de garantir a liberdade na comunicação, os monopólios exploradores do setor têm mais uma facilidade: a falta de regras. Com a liberdade absoluta, a sociedade brasileira passa a ter que buscar no Judiciário seus prejuízos, como se os excessos da mídia prejudicassem apenas interesses particulares e não, os coletivos e sociais.

Comunicação e Democracia Constitucional: as possibilidades do sistema público não-estatal. Jairo Rocha Ximenes Ponte (UFPE), Ivna Nilton Marques Girão (Unifor)

O princípio majoritário é elemento fundamental da idéia de Democracia. Contudo, o modelo de democracia constitucional, adotado no Brasil, deixa certas questões fora das disputas majoritárias estabelecendo mecanismos de preservação do espírito da constituição e das minorias. É o caso das cláusulas pétreas, dentre elas os direitos fundamentais. A opção entre permanência ou ruptura no exercício da jurisdição constitucional tem forte teor político e sofre interferência do que se chama “opinião pública”. É necessário compreender a comunicação de massas pela sua grande capacidade de uniformizar a representação da realidade, como também de refletir sobre a situação de intensa concentração no setor da comunicação social no Brasil. Neste contexto, discute-se a importância e as possibilidades de um sistema de comunicação público não estatal, em complementaridade com os sistemas estatal e privado.

Comunicação como Política Social: sobre lugares e interlocuções Adilson Vaz Cabral Filho (UFF)

Este trabalho se propõe a compreender a área Comunicação como outra frente de atuação das Políticas Sociais no Brasil, relacionada ao potencial de legitimidade e sustentabilidade das iniciativas comunitárias / públicas do setor, bem como à vinculação com setores sociais tradicionais como educação, saúde, trabalho, crianças e adolescentes. São analisados aspectos estruturais dessas iniciativas, que carecem do reconhecimento por parte do Poder Público e de uma crescente apropriação do processo regulatório, em especial, do sistema público de comunicação, tal como na mobilização em torno da I Conferência Nacional de Comunicação. Parte de pesquisa bibliográfica nas áreas de Políticas de Comunicação e Comunicação Comunitária, além de pesquisa documental, relacionada à legislação do setor e a diversos manifestos veiculados por seus representantes.

Liberdade de Imprensa e Democracia: a atuação da Câmara dos Deputados Silvia Mugnatto Macedo (Iuperj)

Este trabalho busca analisar os argumentos dos deputados federais quando o assunto é a regulação da mídia, com foco nos debates a respeito da criação do Conselho Federal de Jornalismo (2004) e da instituição da chamada “TV Pública” (2007/2008). Os argumentos utilizados nestas ocasiões estão relacionados a duas concepções de democratização da mídia: o deliberacionismo e o liberal-pluralismo. A pesquisa mostra que os deputados tendem a seguir a última corrente, embora avalie que suas posições foram prejudicadas pela falta de debate e de informação.

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Domingo l 06 de Setembro14h00 às 16h30SALA 4 BLOCO VERMELHO

Políticas de comunicação e culturaCoordenador: Evandro Vieira Ouriques (UFRJ)

O mito da integração pela identidade Hélio Raymundo Santos Silva (UFSC)

A comunicação explora os vínculos entre algumas teses produzidas pelo modernismo brasileiro, sua disseminação sistemática por uma política cultural de Estado, envolvendo o sistema educacional e meios de comunicação de massa, o que permitiu a disseminação de certos valores e critérios de definição da brasilidade e seu colapso a partir dos anos 80 do século passado. O processo implicou em um trânsito de critérios genéricos para definir uma realidade plural para uma ausência de signos, símbolos e projetos comuns capazes de sustentar simbolicamente o projeto nacional e o sentido do Estado brasileiro. Dos valores ambíguos que conformavam uma identidade plástica passou-se a um disseminado discurso da insegurança, do medo e da violência, índices de um colapso de uma base simbólica para o sentido da convivência nacional.

A Cultura Como Recurso na Criação do Grupo de Teatro Ponto de Partida Fernanda Pires Alvarenga Fernandes (UFJF)

Este texto analisa a inserção do Grupo de Teatro Ponto de Partida na cultura contemporânea, tomando a cia. artística como um agente voltado para a produção da cultura, bem como para a formação de um público diversificado para consumi-la. Numa sociedade marcada pelos embates no campo do capital – e também no campo dos bens simbólicos – o Ponto de Partida emerge como um agente social que, passo a passo, apesar das limitações impostas pelas circunstâncias históricas, procura se apropriar do processo de articulação, difusão e consumo dos bens culturais, tornando-se um leitor participante da construção discursiva da identidade e de sua disseminação na sociedade.

Os impactos da transparência governamental na efetividade dos gastos públicos e na consolidação da democracia Cristiano Aguiar Lopes (CD)

O trabalho analisa os impactos da promoção da transparência governamental na administração pública, sob os pontos de vista político e econômico. Aborda questões como a relação entre informação e interesse público e a importância da transparência para a promoção da accountability. Apresenta evidências econômicas da importância do acesso à informação pública para a melhoria das alocações de verbas públicas, não apenas sob o ponto de vista da prevenção e do combate à corrupção, mas também da melhoria na qualidade dos mecanismos de avaliação das políticas públicas. Também avalia o panorama legal e institucional brasileiro referente ao acesso à informação pública. Conclui que a promoção da transparência governamental é condição necessária à modernização dos mecanismos de gestão governamental, à promoção de melhoria na qualidade dos gastos públicos e à consolidação da democracia.

Formadores da identidade hegemônica: notas sobre comunicação e consumo de moda em um grupo social Adriana Figueiredo Junqueira Leite (ESPM)

O objetivo desse trabalho é estudar algumas questões que servem de pano de fundo para a relação entre consumo, comunicação e identidade. Para tanto investigaremos algumas representações de consumo de moda de um grupo social ditador de novas tendências e seguido por outros grupos sociais. Pretendemos, ainda, entender a formação da identidade como um processo social continuado, onde os agentes são constituídos e ativos em suas escolhas.

Multiculturalidade e Patrimônio Simbólico : ressonância na era digital. Priscila de Siqueira Kuperman (UFRJ)

Comunicação como campo de ressonâncias , centrado na não-localidade das informações, o que delineia modelos teóricos diferentes do paradigma clássico linear (emissor – receptor) e mesmo daquele centrado no conceito de redes – o modelo digital. Patrimônio como ressonância cultural : valor de mediação simbólica sustentável, entre sujeitos sociais, e fator de mudança sociopolítica, em seus diversos discursos. O patrimônio como linguagem na contemporaneidade

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digitalizada, quando se focaliza fortemente memória e identidade. Patrimonialização como reivindicação identitária: quem decide a identificação da ressonância? UNESCO e o patrimônio intangível, ou os “tesouros humanos vivos” – recorte depende dos limites da ressonância junto aos grupos sociais.

Semiótica da Cultura na Tradução das Fronteiras Urbanas: um Estudo nos Supermercados de Rede Desire Blum Menezes Torres (UFPR)

O presente artigo tem o objetivo de analisar aspectos da semiótica da cultura, com base na mestiçagem cultural, nos supermercados de rede nacional e estrangeira, tendo como foco a comunicação destinada ao público consumidor. A metodologia deste trabalho se baseia em um estudo exploratório, e os procedimentos técnicos foram o levantamento bibliográfico e a observação em redes de supermercado, na cidade de Curitiba-PR. Pode-se verificar que a linguagem do supermercado de rede prioriza o contexto econômico e restringe o fator social, a memória do espaço, o entorno urbano e as relações sociais de troca.

Domingo l 06 de Setembro 16h30 às 18h00 SALA 4 BLOCO VERMELHO

Avaliação do GP

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 – GP SEMIÓTICA DA COMUNICAÇÃOCoordenador: Elisa de Souza Martinez (UnB)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 09h30SALA 6 BLOCO VERMELHO

Um balanço da participação de pesquisadores no GP Semiótica da Comunicação

Sábado l 05 de Setembro09h30 às 11h30SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 1Coordenador: Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa (PUC-SP)

Os desenhos da espacialidade em montagem Fábio Sadao Nakagawa (PUC-SP)

Esta comunicação visa discutir os modos de articulação da montagem em diálogo com a lógica de operação do espaço por meio do desenho. Trata-se de um estudo que pretende entender o pensamento sistêmico do signo montagem, elaborado pelo cineasta russo Eisenstein, cujos desenhos oriundos dos cinco tipos de ordenação em montagem traçam entre si uma complexa espacialidade denominada montagem vertical.

Peirce na trilha deleuzeana: a semiótica como intercessora da filosofia do cinema Alexandre Rocha da Silva (UFRGS)

Peirce na trilha deleuzeana é resultado parcial de duas pesquisas: uma sobre a imagem documental e outra sobre as teorias dos cineastas brasileiros que têm em comum o objetivo de retomar a influência peircena sobre o pensamento cinematográfico de Deleuze, em geral associado ao bergsonismo. Tal retomada permite uma revisão crítica dos tipos de imagem propostos por Deleuze em A imagem-movimento e A imagem-tempo à luz da semiótica, além do desenvolvimento de novos tipos de imagens derivadas da experiência cinematográfica contemporânea e que introduzem novas e específicas problemáticas a desafiar os estudos do audiovisual. Ao desconstruir a hegemonia bergsoniana, este artigo procura revelar os modos como, a exemplo de uma “língua menor”, os pensamentos de Peirce e de Deleuze se agenciam para dar lugar a uma nova imagem de pensamento cuja matéria de expressão são as imagens cinematográficas.

Linguagens de um projeto sensorial Fátima Aparecida dos Santos (UnB)

O objetivo deste artigo é analisar as relações entre diversas linguagens com as quais o design gráfico ou design da comunicação deve lidar. Nossa proposta é demonstrar como é possível verificar a relação entre códigos culturais e como são organizados em linguagem e texto da cultura. Nosso percurso passa pela apropriação do conceito de percepção, vínculo, emoção, pensamento, linguagens da cultura e o próprio design. Esses itens fizeram parte da pesquisa de doutorado na qual se realizou o estudo sobre como percebemos as informações no ambiente e teve como corpus outdoors exibidos na cidade de São Paulo. As sobreposições e vínculos entre as diferentes linguagens que acontecem no urbano acontecem em outras instâncias conforme pretendemos apresentar neste artigo.

A construção de um auto-retrato fotográfico: documento ou expressão? Elisa de Souza Martinez (UnB)

Amplamente utilizada como recurso didático, a imagem documental tem sido considerada como fonte de informações cuja veracidade é, na maioria das vezes, inquestionável. Ainda que os processos de manipulação técnica da imagem sejam amplamente conhecidos na atualidade, seu poder de persuasão é explorado para estabelecer um contrato

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fiduciário com o sujeito que a vê. Analisamos em nosso trabalho o modo pelo qual o estatuto de verdade atribuído às imagens técnicas gera processos comunicacionais ambivalentes e híbridos, que determinam o processo de significação. O conjunto da obra de John Coplans reunido em catálogo e exposições itinerantes realizadas entre 1997 e 1998 são exemplares do modo pelo qual a fotografia, ainda que utilizada como um procedimento neutro, gera imagens cuja interpretação não se restringe à identificação de suas qualidades documentais.

Sábado l 05 de Setembro 11h30 às 12h00SALA 6 BLOCO VERMELHO

Debate da sessão 1

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h30 -SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 2Coordenador: Fábio Sadao Nakagawa (PUC-SP)

Discurso e tecnoimagens: confluências entre linearidade e visibilidade na leitura de textos da imprensaTerezinha Fátima Tagé Dias Fernendes (ECA-USP)

O artigo tem como objetivo pensar como os acontecimentos do cotidiano noticiados nos jornais diários e são configurados em sistemas sígnicos na confluência entre os textos verbais e visuais da mídia impressa. Desse modo, o processo de produção de sentidos desencadeado pode ser compreendido a partir de outra concepção de leitura e decifração de códigos que exige uma apreensão simultânea da linearidade do dizer nos discursos verbais e visibilidade dos códigos imagéticos. Estas instâncias, uma vez integradas, geram outras semioses criando mundos imaginários em que a realidade funde-se à ficção. O apoio teórico parte de estudos de obras de Vilém Flusser sobre imagens técnicas e de Mikhail Bakhtin sobre a noção de discurso. Apresentamos um pequeno exemplo de leitura de um texto visual jornalístico da atualidade.

O Signo “Jornalismo Cultural” Gilmar Adolfo Hermes

Tomando como base as palestras e debates do I Congresso de Jornalismo Cultural, ocorrido em maio de 2009 em São Paulo, o texto desenvolve as significações do termo “jornalismo cultural”, em alguns de seus aspectos, relativos à cultura, ao jornalismo, seus ícones da produção editorial, à crítica e ao entretenimento, chamando atenção para a necessidade de uma definição que leve em conta a concepção etnológica de cultura.

Bin Laden, Saddam e Ahmadinejad: imagens da construção semiótica da ameaça islâmica na Veja Alberto Carlos Augusto Klein (UEL), Georgia Pereira (UEL)

A construção semiótica da ameaça islâmica na revista Veja é analisada neste trabalho a partir de um estudo da representação imagética de Osama Bin Laden, Saddam Hussein, e Mahmoud Ahmadinejad. Para tanto, a análise das imagens recorre às contribuições teóricas do semioticista tcheco Ivan Bystrina, além de associar tais imagens ao conceito de Orientalismo, do intelectual palestino/norteamericano Edward Said, bem como à discussão sobre imagem e ideologia do iconologista W. J. T. Mitchell.

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Sábado l 05 de Setembro 15h30 às 17h00SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 3Coordenador: Fábio Sadao Nakagawa (PUC-SP)

Estudo semiótico de jornais: possibilidades de diálogos na filosofia da linguagem Francismar Formentão (Unicentro)

A comunicação é instrumento de existência social, conteúdo como linguagem e processo, e forma, como movimento estético efetivado nas relações, um acontecimento material. Acontecimento que carrega a alteridade do homem como fator fundamental de um processo que, pela linguagem, dá ao signo sentido e existência ideológica. Assim, promove-se uma reflexão semiótica considerando as contribuições da filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin para o estudo de duas capas do Jornal Folha de S. Paulo e duas capas do jornal O Estado de S. Paulo, escolhidas no período de maio de 2006. Possibilidades de estudo em que o jornalista enforma uma realidade, a mediando para uma nova materialização de signos em capas de jornais, demonstrando assim, esferas e campos específicos de criatividade ideológica e produção social.

O Masculino Gay na Revista Dom Maria Paula Piotto da Silveira Guimaraes (PUC-SP)

Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla, que tem por objetivo analisar como se dão a construção identitária do homem nas revistas masculinas e a produção do efeito de sentido na relação intersubjetiva entre os sujeitos da enunciação e do enunciado. Tendo como basilar o sincretismo de linguagem na dimensão plástica, neste artigo a análise do masculino figurativizado na revista Dom permite observar como se articulam os regimes de visibilidade e de interação, que corroboram para o simulacro do masculino gay.

O Observatório da Imprensa e a Classificação Indicativa: Uma Análise Semiótica Luiz Augusto Seguin Dias e Silva (Unesp)

Com a polêmica causada pelo início do debate sobre a classificação indicativa às emissoras de rádio e televisão do país, o Observatório da Imprensa discute o tema com o intuito de desenvolver uma linha argumentativa contrária à produzida pela grande mídia sobre o assunto. E a identificação dessa linha argumentativa e das estratégias discursivas utilizadas pelo programa é possível por meio da análise discursiva baseada no percurso gerativo do sentido.

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 4Coordenador: Elisa de Souza Martinez (UnB)

A dimensão semiótica do espaço e as espacialidades geradas pelas mídias Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa (PUC-SP)

Este artigo visa discutir a dimensão semiótica presente na idéia de ambiente comunicacional, tal como foi definida por Marshall McLuhan (1911-1980). Quando afirma que o “meio é a mensagem”, McLuhan assevera que todo meio cria um ambiente, e este é a mensagem gerada pelos meios. Todavia, nota-se que a idéia de ambiente formulada pelo autor também indica a maneira como cada meio qualifica, por meio de signos, o próprio espaço, de forma que cada meio possui uma espacialidade que lhe é singular, ainda que mantenha um intenso diálogo com outros ambientes comunicativos. Essa correlação parte do preceito estabelecido por Iuri Lótman acerca do espaço como uma “linguagem primária”, pela qual, a cultura ganha seus contornos.

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Personagem de Marca: Análise Semiótica da Moça Leiteira Luciana Balensifer Pereira (PUC), Carla de Sousa Almeida (PUC), Thaís Cristina de Barros Nóbrega (PUC), Clotilde Perez (PUC)

O uso de personagens associadas a marcas tem como objetivo agregar valores como humanização, afetividade, ludicidade, entre outros, transmitindo credibilidade, confiança e proximidade. Inúmeras são as estratégias, desde a criação exclusiva para representar um produto específico ou um conjunto de produtos, licenciamentos, antropomorfizações de produtos e embalagens, entre outras. Nesse contexto, buscamos analisar, a partir da semiótica peirceana, a personagem Moça Leiteira presente no produto leite condensado da Nestlé. A personagem, mesmo criada há mais de um século, continua com prestígio e distintividade entre os diversos públicos-destino, além de emblemar o produto líder de vendas no Brasil. Nosso objetivo, portanto, foi o de identificar os meandros da sua capacidade significativa, provavelmente adaptativa e múltipla, ao longo desses mais de cem anos.

O Ato de Fumar no Processo de Construção do Ethos Hilton Castelo (UP)

O objetivo deste artigo é analisar imagens do enunciador e do co-enunciador em um discurso de natureza verbal e não-verbal que tenha o cigarro como elemento comunicacional emblemático, sustentando-se na sintaxe do ver, conforme Landowski, e na teoria do ethos, na perspectiva de Eggs, Amossy e Maingueneau. Para tanto, a partir de foto jornalística veiculada numa coluna social do jornal Folha de S.Paulo, discute-se os regimes de visibilidade, a construção do ethos e sua força comunicacional, a cena da enunciação e o valor indicial do fumo. Para, assim, analisar o ato de fumar, em perspectiva comunicacional, no que se chama aqui de ethos rebelde burlesco em situação de “não querer não ser visto”, utilizado como estratégia cômica de confronto a um determinado contexto histórico-social.

O Riso: Linguagem Não-verbal e Gesto de Crítica Social Renato Essenfelder Abrahão Filho (USP)

Este artigo revisita as abundantes ocorrências de humor – risos e chistes – durante as audiências da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios (conhecida como CPI do Mensalão) em 2005 para investigar qual o seu significado profundo na arena política. Seguindo roteiros desde Bergson até estudiosos contemporâneos do riso, propomos que o fenômeno materializa, na arena pública da CPI, um discurso de correção social, uma espécie de castigo aos diferentes, e ao mesmo tempo tenta marcar um distanciamento entre acusados e acusadores. É, portanto, mais do que expressão inocente de um estado de espírito, mas sim forma efetiva de linguagem humana.

A comida digital: um estudo dos ambientes midiáticos da cozinha nos blogs Helena Maria Afonso Jacob (FCL)

Este trabalho lançará um olhar sobre a construção da visibilidade midiática nos blogs de gastronomia e culinária, utilizando alguns exemplos que visam mostrar a distinção entre os blogs2 que constroem um ambiente midiático que pertence à culinária e aqueles cujo ambiente pertence à gastronomia. Para tal serão utilizados instrumentos de observação de características da comunicação dos blogs como a modelização de seus posts enquanto textos da cultura e a construção desses ambientes no cyberspace, considerando aspectos desse meio como dromoaptidão, pós-modernidade e velocidade acelerada. Considerar-se-á que cada post3 dos blogs mostrados é um texto da cultura que gera semiose entre os sistemas da cultura digital - pertencente ao cyberspace – e aos sistemas da cozinha, representadas pela distinção entre culinária e gastronomia.

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Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 5Coordenador: Fátima Aparecida dos Santos (UnB)

Storytelling: Evolução, Novas Tecnologias e Mídia Adenil Alfeu Domingos (Unesp)

O objetivo deste artigo é conceituar storytelling relacionado às novas tecnologias e à mídia Enceta-se aqui uma busca do princípio antológico desse tipo textual. É que, modernamente, deu-se o boom do storytelling. Ele aparece principalmente no marketing, tanto no ato de narrar a história da empresa, do logo, do produto à venda, da vida dos funcionários, da imagem do empreendedor, quanto no marketing político e individual, sempre como linguagem persuasiva. Além disso, ele invade a mídia que passou a narrar a histórias de vida do homem como produção individual ou de grandes equipes. O storytelling midiado é um produto colocado à venda, trazendo em si grande dose de sensacionalismo. Além disso, eles são meios de catarse, quando, então, produzem empatia entre o herói do storytelling e seu narrador ou narratário.

Big Brother: o jogo e as espacialidades da big house Debora Cristine Rocha (PUC-SP)

Estrela maior do reality show, dados os índices de audiência e o impacto midiático mundial, o Big Brother trabalha com o conceito de jogo em vários níveis. Além da disputa por um prêmio milionário, os participantes competem, também, pela visibilidade nos sistemas de comunicação. Enquanto isso, a fórmula do Big Brother é sustentada por um jogo muito mais amplo: o diálogo entre o voyeurismo e o exibicionismo midiáticos que simulam o buraco da fechadura na TV. Nessa dinâmica, a casa ou big house será muito mais do que o local de confinamento de um grupo de brothers. A casa será a peça fundamental do jogo e, para tanto, criará espacialidades diversas: moradia, tabuleiro, palco, estúdio, vitrine, passarela, parque de diversões, laboratório, não-lugar, confessionário. Como estúdio, a câmera ocupará o lugar de honra. Ela será o olho-robô-câmera tanto como olho maquínico quanto como olho humano.

Ficção-Verdade – Fronteira Semiótica na Montagem Narrativa de Valêncio Xavier Reuben da Cunha Rocha Junior (USP)

Este artigo propõe uma leitura da obra Rremembranças da menina de rua morta nua – montagem assinada pelo escritor Valêncio Xavier que recupera a história de um assassinato ocorrido em São Paulo na decada de 1990 através de recortes de jornal da época – que a desloque do campo da literatura e a traga para a semiótica da comunicação. Amparando este desvio no conceito de fronteira semiótica proposto pelo semioticista russo Iúri Lotman, o trabalho oferece algumas chaves de leitura para o texto, e sugere que a obra de Xavier, por se situar na fronteira entre o ficcional e o factual, não pode ser satisfatoriamente compreendida a partir de nenhuma das perspectivas isoladamente.

Domingo l 06 de Setembro 15h30 às 17h00SALA 6 BLOCO VERMELHO

Sessão 6Coordenadora: Fátima Aparecida dos Santos (UnB)

Atualizações audiovisuais, semioses e devires: somos todos mutantes Nísia Martins do Rosário (Unisinos), Ricardo de Jesus Machado (Unisinos)

Esse artigo tem como objetivo estudar as audiovisualidades (de cinema, TV, web) que apresentam corpos mutantes como referencia principal de seus textos, apontando, nessa perspectiva, devires de cultura que se configuram nas conexões entre as técnicas audiovisuais, o imaginário social, e as conjunturas cotidianas. Para isso, aborda questões relativas às corporalidades audiovisuais de seres artificiais mutantes, bem como estudos teóricos das audiovisualidades na sua relação com a semiótica. O foco do artigo, portanto, é o desenvolvimento de uma rede discursiva que se forma

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a partir das semioses que se constituem na interconexões dos sentidos dos vídeos. Nessa via, pode-se pensar em desvendar aspectos dos seres mutantes representados nas mídias audiovisuais e o quanto eles podem denunciar acerca da cultura, dos discursos midiáticos, das técnicas audiovisuais e da ciência.

Arqueologia Ontogenética da Imagem Eduardo Yuji Yamamoto (Unesp)

O objetivo deste trabalho é dar visibilidade aos três principais eixos de produção de sentido das imagens: acima-abaixo, dentro-fora e claro-escuro. Estes eixos (ou estruturas), presentes em muitos discursos visuais, possuem grande capacidade expressiva, pois faz interagir conteúdos simbólicos concebidos na primeira infância. Contudo, pouca atenção tem merecido. Por isso propomos um estudo arqueológico destes três eixos capaz de explicar: 1) sua origem ontogenética, isto é, o processo humano de concepção de uma estrutura polarizada e assimétrica; 2) seu poder simbólico-discursivo; 3) sua aplicação em textos visuais do jornalismo. Para ilustrar o funcionamento destes eixos de produção de sentido, e também o seu poder simbólico-discursivo, elegemos as capas da revista Veja. O corpus de pesquisa abrange os 40 anos da revista: 1968 – 2008.

Fullmetal Alchemist( )Diálogo entre diferentes Mídias: do Mangá para o Animê Michelle Cristina Takashima de Paula Castro Walter (UTP)

O presente artigo analisa a tradução do mangá Fullmetal Alchemist para o animê, em suas duas versões existentes, utilizando-se da teoria sobre tradução intersemiótica de Julio Plaza e de estudos básicos sobre o gênero narrativo com imagens sequenciadas. De início, são abordadas definições sobre histórias em quadrinhos e mangá, suas diferenciações e similaridades. Na sequência, são explicados conceitos teóricos sobre processos de intersemiose, com a devida aplicação à análise de quadros do mangá selecionado para estudo, em comparação com frames de ambos os animês.

Domingo l 06 de Setembro 17h00 às 18h30 SALA 6 BLOCO VERMELHO

Debate das sessões 5 e 6

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DIVISÃO TEMÁTICA 8 – NP TEORIAS DA COMUNICAÇÃOCoordenador: Luiz Claudio Martino (UnB)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h30SALA 109 BLOCO VERMELHO

Problemas e Conceitos em Teoria da Comunicação 1Coordenador: Luiz Claudio Martino (UnB)

Quatro ambivalências na Teoria da Comunicação Luis Mauro Sa Martino (FCSCL)

Este artigo compara o conteúdo de livros intitulados “Teoria da Comunicação” publicados por autores brasileiros nos últimos doze anos a partir de quatro questões: O que é Comunicação? Qual o objeto de estudo da Teoria da Comunicação? Quais os principais métodos? O que é Teoria da Comunicação? O resultado aponta índices mínimos de consenso entre os autores a respeito desses elementos, indicando certa flexibilidade das fronteiras do campo de estudos e, ao mesmo tempo, a valorização de uma perspectiva interdisciplinar na epistemologia da comunicação.

Problemas e Desafios da Pesquisa no Domínio de “Discurso e Media” Giovandro Marcus Ferreira (UFBA)

Este trabalho é fruto das discussões no interior do CEPAD – Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso e Mídia, da Faculdade de Comunicação da universidade Federal da Bahia. Neste centro tem sido desenvolvido estudos sobre as metodologias utilizadas nas análises de produtos e linguagens mediáticas e, igualmente, fazendo aplicações de tais metodologias. Também estão presentes as discussões sobre a formação disciplinar no domínio da análise do discurso e paralelamente trabalhado em análise de peças publicitárias, fotojornalismo, diagramação, linguagem dos telejornalismos, construção de acontecimentos mediáticos, concorrência entre suportes impressos pelo viés do posicionamento discursivo etc. Todas essas démarches servem de base para o presente estudo.

Mais interrogações e vírgulas, menos pontos finais: ciência, pensamento compreensivo, teorias e práticas de comunicação Dimas Antonio Kunsch (Facasper)

O texto vê a ciência em sua relação com formas plurais de saber humano, percebidas, essas formas, não hierarquicamente, mas em termos de diferenças, com o conseqüente desafio ao diálogo de umas com as outras. Trabalha-se com a noção de uma sensibilidade teórica apta a pensar com e contra o conceito, com e contra a razão, com e contra o método, com a intenção de se ressaltar o lado mutilante de uma visão de conhecimento absolutizadora da racionalidade científica. Um conjunto de idéias sobre o tema do conhecimento compreensivo pode servir de estímulo para se pensar a comunicação em horizontes mais amplos que em geral se pensa, nos limites às vezes estreitos assumidos pela tradição científica dominante. A opção pelo ensaio ajusta-se à proposta de renúncia à força do argumento de tipo explicativo para se preferir o caminho, menos carregado de certezas, do diálogo e da compreensão.

A Formação do Campo Científico da Comunicação na América Latina: aspectos da noção de campo de Pierre Bourdieu Celso Francisco Gayoso (UFRJ)

Este trabalho tem como objetivo tratar de idéia-síntese do pensamento de alguns pensadores latino-americanos em comunicação; suas contribuições para a constituição deste campo, sob o conceito de campo formulado por Pierre Bourdieu. Analisando as condições de produção do conhecimento latino-americano em comunicação, considerando a gradação desde a idéia de comunicação popular até o pensamento da comunicação através da cultura, bem como alguns aspectos históricos da emergência do pensamento latino-americano, relacionado à idéia de um pensamento em resposta à uma ordem vigente de pensamento ditada por centros hegemônicos de produção científica. O elogio à estrutura cognitiva do receptor, o vanguardismo das propostas teóricas e metodológicas destes autores que inauguraram uma escola de pensamento que propôs uma ruptura epistemológica.

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A Dinâmica das Teorias da Comunicação: Novos Métodos como Passagem para Novas Práticas Teóricas Osvando José de Morais (Uniso)

As recentes tecnologias digitais da comunicação trazem para o cenário nacional inovações que mostram as diversas facetas da dinâmica que envolve a passagem da TV analógica para a TV digital no Brasil. Pretende-se com este estudo repensar os meios de comunicação de massa, levando-se em conta as clássicas teorias da comunicação, e buscando incluir uma reflexão acerca da novíssima TV digital. Propõe-se, ao mesmo tempo, discutir o sentido e a importância da revolução digital em relação aos meios de produção, transmissão e apropriação de mensagens no interior de uma determinada orientação metodológica, fazendo-se uso de vias de investigação que explorem o surgimento de teorias que justifiquem e repensem os processos e as práticas interativas digitais.

Sábado l 05 de Setembro14h30 às 17h30 SALA 109 BLOCO VERMELHO

Comunicação e Teoria SocialCoordenador: Luiz Claudio Martino (UnB)

A narrativa jornalística e a representação da realidade Edson Fernando Dalmonte (Social)

Discute a relação entre jornalismo e literatura, tomando por referência a construção textual que, a partir da tradição literária, chega ao jornalismo e passa por transformações necessárias para que ele estabeleça um discurso autônomo. Para tanto, parte-se do conceito de narrativa e dos vários níveis de representação da realidade e apresenta os questionamentos acerca do descompasso entre a realidade e as suas formas de representação. No contexto dos novos ambientes interativos, contrasta narrativa jornalística e narrativa social.

Comunicação e trabalho: dilemas e desafios do comunicador Roseli Aparecida Fígaro Paulino (ECA-USP)

Este artigo apresenta os resultados da pesquisa: As mudanças no mundo do trabalho nas empresas de comunicação realizada, entre 2006 e 2008, com profissionais de grandes empresas brasileiras de comunicação. Por meio de uma metodologia que combina métodos quantitativos e qualitativos, analisou-se o perfil de uma amostra de profissionais de comunicação, selecionados por conveniência de cargo e/ou função na empresa de comunicação (publicitária e editorial). Os resultados apontam que o profissional tem alto nível de escolarização, trabalha em pequenas equipes de multifuncionais, em ritmo acelerado, durante longa jornada de trabalho. Eles tratam a informação como mercadoria e commodity, como o negócio mais promissor da contemporaneidade. As pessoas são tratadas como consumidoras. Faz-se sugestão no sentido do aprimoramento da formação humanística destes profissionais.

Midiatização da sociedade: campos sociais, lógicas e novas formas de atuação Ana Cássia Pandolfo Flores (UFSM), Eugenia Mariano da Rocha Barichelo (UFSM)

Com o objetivo de contribuir para o entendimento do processo de midiatização da sociedade, o presente artigo propõe uma reflexão sobre as processualidades envolvidas no alastramento midiático para os demais âmbitos do contexto social. Tais processualidades são aqui entendidas como afetações entre os campos sociais, cujas lógicas se contatam e se modificam resultando em uma nova ambiência existencial.

Uma proposta de olhar para a questão paradigmática da comunicação: o modelo do conflito social como opção viável de orientação epistêmica Marcos Paulo da Silva (Umesp)

A proposta do trabalho é localizar a questão paradigmática da comunicação no escopo das ciências sociais aplicadas e apresentar o modelo do conflito social como opção viável de orientação epistêmica para a pesquisa comunicacional. Parte-se inicialmente de uma discussão ao redor do próprio conceito de paradigma a partir das formulações de Thomas Kuhn e introduz- se o debate em torno da complexidade dos estudos comunicacionais com foco em seus aspectos sociológicos. São elencados, ainda, alguns dos principais paradigmas teóricos (ou orientações epistêmicas) da

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comunicação. Por fim, a partir de uma interpretação de seus pressupostos, apresenta-se o modelo do conflito social e ilustra-se, como exemplo de abordagem desta orientação epistêmica, a questão dos fatores socioculturais envolvidos no nascimento da imprensa no Brasil.

Dispositivos entram em cena e fazem emergir uma religião midiatizada Viviane Borelli (Unifra)

O objetivo do artigo é mostrar como o processo de midiatização das instituições tem afetado algumas práticas sociais, em especial, a religiosa. Como consequência da midiatização, nota-se que a religião se midiatiza. Prova desse fenômeno é que algumas Igrejas têm alterado, inclusive, a espacialidade interna dos templos para atender a uma lógica que é midiática. As novas modalidades de contato entre a religião e seus públicos se realizam por meio de processos midiáticos que são gerenciados e operados por distintos dispositivos. A adoção desses mecanismos permite atingir o máximo possível de pessoas através de estratégias técnicas e simbólicas que acabam promovendo a emergência de novas formas de religiosidades que são atravessadas por uma cultura midiática.

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h30 SALA 109 BLOCO VERMELHO

Problemas e Conceitos em Teoria da Comunicação 2Coordenador: Luiz Claudio Martino (UnB)

As novas tecnologias, o “infocentrismo” e as teorias da comunicação Liráucio Girardi Jr (FCL)

Neste trabalho, procuramos levantar algumas questões a respeito da lógica “infocêntrica” que tem orientado algumas análises das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Essas análises fazem uma espécie de “tabula rasa” das teorias da comunicação, que se centraram nos estudos dos chamados meios de comunicação de massa - monológicos. Meios monológicos e dialógicos são associados automaticamente com atitudes passivas ou ativas dos agentes sociais com relação a elas. Como já mostraram a teoria das mediações, a estética da recepção e os estudos culturais, ninguém é “passivo” com relação aos meios. Por outro lado, novos modos de produção, distribuição e consumo de bens culturais, possibilitados pelas novas tecnologias, exigem atenção especial dos pesquisadores na área de comunicação. Os estudos de Raymond Williams seriam uma chave fundamental para enfrentar essa questão.

A teoria hipodérmica reconsiderada Rafiza Luziani Varão Ribeiro Carvalho (UCB)

Muitas vezes na historiografia do campo da Comunicação, a teoria hipodérmica assume o lugar do marco zero, iniciadora de uma aproximação científica aos problemas que a comunicação de massa começava a suscitar no início do século XX entre os cientistas sociais. Este artigo busca sistematizar a história da teoria Hipodérmica, voltando-se primeiramente aos seus antecedentes, para posteriormente analisar suas características e suas implicações ao estudo da Comunicação.

A centralidade da teoria na constituição de uma episteme comunicacional Tiago Quiroga Fausto Neto (FPG)

O presente trabalho apresenta-se como contribuição ao que se vem chamando hoje da constituição de uma episteme comunicacional. Dado o caráter extremamente incipiente do assunto, procura-se aqui, antes de qualquer coisa, realizar uma reflexão que tem, na apresentação de alguns problemas que cercam o tema, seu principal objetivo. A título de compreender os postulados que orientam tal debate, assim como de agregar à presente temática uma análise de cunho propositivo, procura-se pensar o crivo fundamental exercido pela teoria na elaboração de uma ciência da comunicação.

Estudos Culturais Latino-Americanos: convergências, divergências e críticas Katrine Tokarski Boaventura (UnB), Luiz Cláudio Martino (UnB)

O presente texto apresenta e discute alguns dos principais resultados de pesquisa realizada sobre a corrente teórica mais

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influente junto às pesquisas de recepção: os Estudos Culturais Latino-Americanos. O objetivo central foi caracterizar esta corrente teórica e analisar transversalmente a contribuição para a compreensão do fenômeno da recepção de alguns de seus principais expoentes: Jésus Martín-Barbero, Néstor Garcia Canclini e Guillermo Orozco.

O Campo da Comunicação e os Estudos Culturais Britânicos: uma Análise a partir do Conceito de Cultura Raquel Cantarelli Vieira da Cunha (UnB)

No intuito de problematizar a cultura como elo na relação que se estabelece entre os Estudos Culturais e o campo da Comunicação, propomos um panorama deste conceito, começando pela origem da palavra para, então, posteriormente, refletir a cultura em uma das obras do autor Raymond Williams que deu origem aos Estudos Culturais Britânicos. Pois esta reflexão nos é necessária na busca por uma articulação entre o campo da Comunicação e os Estudos Culturais.

A Subjetividade Midiática e a Construção de Identidades Culturais nos Séculos XX e XXI Robéria Nádia Araújo Nascimento (UEPB), Patrícia Maria Rios Ribeiro (UFCG)

O ponto de partida desta reflexão é pensar a subjetividade construída pela mídia, ressaltando as perspectivas morinianas de alteridade e cultura como possibilidade compreensiva da comunicação contemporânea. São considerados também os aportes de Certeau, Deleuze e Guattari, Maffesoli, Thompson e Hall, a fim de elucidar a subjetividade que emerge nos acordos coletivos e cotidianos de construção identitária, tomando-se como exemplo discursivo as minorias sociais. O enfoque proposto permite que o viés antropológico que perpassa as relações midiáticas seja vislumbrado, de modo que as perplexidades e as diferenças dos cenários hodiernos sejam entendidas como ambivalências inerentes aos novos tempos.

Domingo l 06 de Setembro 14h30 às 17h30 SALA 109 BLOCO VERMELHO

Metodologias Aplicadas à ComunicaçãoCoordenador: Luiz Claudio Martino (UnB)

Muito além do discurso: por uma metodologia de análise dos portais da Internet Janara Kalline Leal Lopes de Sousa (UnB), Elen Cristina Geraldes (UCB)

Muitos teóricos da Comunicação, como Luiz Martino, vêm se esforçando na busca de discutir o papel dos meios de comunicação, no âmbito dos estudos da área. Apesar das óbvias divergências, o que fica evidente no discurso dos teóricos é que os estudos da Comunicação se referem ao processo comunicacional mediado. O qual situa o objeto de pesquisa como tecnológico. Em que pese os esforços no campo teórico e epistemológico, a discussão metodológica na área não teve grandes avanços. Os desafios que os ambientes virtuais nos colocam, como os portais, são abordados por estratégias metodológicas que, geralmente, desprezam o fator tecnológico. A proposta desse artigo é problematizar essa questão e trazer pistas sobre métodos que não reduzissem os estudos da área somente ao aspecto social.

Muitas teorias e poucos caminhos para a subjetivação: a busca de um método/metáporo para os estudos da Comunicação Ana Paula de Moraes Teixeira (CEP)

Pretende-se com este ensaio tocar numa discussão bastante intrigante para o atual cenário de composições em torno do qual se constitui os estudos sobre Comunicação, qual seja, a pertinência e atualidade de várias correntes teóricas que ora se justapõem, ora se complementam para, mesmo assim, ainda não darem conta do complexo de subjetivações, relativizações, fragmentações e efemeridade dos fenômenos em Comunicação. Também arriscamos evidenciar com a reflexão a carência de investigações mais pontuais sobre a necessidade de encontrar para a área um método de pesquisa capaz de absorver os desafios e caracterizações multifacetadas e corresponder à necessidade de se considerar a questão da subjetivação no cenário da contemporaneidade.

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Etnografia da Recepção: que contribuição esse recurso metodológico pode dar aos estudos sobre a recepção? Helyenay Souza Araujo (PUC-Rio)

A mudança da perspectiva de análise de uma mídia ativa para um receptor ativo deslocou o foco de atenção dos estudos sobre os meios de comunicação. Nesse contexto, o olhar relativista da antropologia passou a ser um auxilio importante e o recurso da transdisciplinaridade, presente na relação entre essas duas áreas de conhecimento, comunicação e antropologia, abriu caminho para se pensar a desconstrução de modelos analiticos macros, que engessam explicações e entendimentos de significados culturais e relações micro-sociais. A questão se apresenta, portanto é: como a etnografia, apropriada da antropologia pelos estudos culturais, serve aos chamados “estudos de recepção”, como metodologia de pesquisa, apresentando dados sobre a questão do sujeito na recepção e interpretações destes acerca dos textos midiáticos?

Autoridade, Estética e Consumo: Limites para o Conceito de Indústria Cultural André Tezza Consentino (UP)

Este artigo analisa a diferenciação entre arte e entretenimento, nos modelos da Teoria Crítica, como um discurso de autoridade estética de referência para o século XX. Busca evidenciar de que maneira uma parcela do pensamento contemporâneo, ao comentar a corrosão da autoridade ao longo da modernidade, também justifica as dificuldades de se legitimar o discurso da Escola de Frankfurt no presente. Por fim, mostra que o declínio da autoridade, entre várias consequências, trouxe também a ascensão de um argumento que justifica a Indústria Cultural, o consumo e o luxo menos como forças de dominação e repressão (como acreditava a Escola de Frankfurt) e mais como expressões típicas da modernidade.

Do sujeito da semiose à recepção da experiência estética: reflexões sobre a apreciação da obra de arte Humberto Ivan Keske (Feevale)

O presente texto visa refletir sobre a possibilidade de abertura interpretativa presente na obra de arte, a partir da proposta de Umberto Eco, trazendo à tona conceitos-chaves da Estética da Recepção, acrescidos dos aportes teóricos de Wolfgang Iser, entre outros. Baseado na noção platônica do Belo e das demais conceituações decorrentes busca compreender como se dá a apropriação do fenômeno estético e sua posterior classificação em categorias teóricas normativas.

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V INTERCOM JÚNIOR – SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICACoordenadores Fernando Almeida (Umesp) e Elza Oliveira Filha (UP)

DT1 – INTERCOM JÚNIOR – JORNALISMOCoordenador: Mário Messagi Júnior (UFPR)

SALAS 16, 17 E 18 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro08h30 às 13h00SALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 1 - Análises editoriais de caso e comparadas

Análise Completa das Revistas do Segmento de Moda – Vogue Brasil e Elle Liana Aiçar de Suss (UP), Tatiana Lisboa Zabot (UP)

Três diários esportivos: aspectos dos discursos gráfico e textual das capas de Lance!, Marca e Olé José Adolfo Gonçalves Vaz (Unicentro)

Análise das Revistas Recreio, Disney Princesas e Atrevidinha Ednubia Ghisi (UP), Michel Prado (UP), Hendryo André (UP)

Análise das Revistas Paranaenses: Ideias, Top View e Where Brasil Curitiba Marisa Cristina Rodrigues (UP), Flávio Sebastião de Freitas (UP)

Análise Tipográfica e de Conteúdo da Editoria Economia dos Jornais Impressos O Estado de São Paulo, O Globo, O Liberal e Folha de São Paulo Raphael Santos Freire (UFPA)

A moda e seus diferentes públicos: uma análise das revistas L’officiel e Estilo de Vida Kamilla Fernandes de Araujo (UP), Elisa Cordeiro Brito (UP), Isadora Hofstaetter (UP)

Análise Sociolinguística da Revista Capricho Julia Formis Giglio (Unesp), Gabriela Contieri Ferro (Unesp), Juliana Heiffig Penteado (Unesp), Kapren Priscilla Barbarini (Unesp)

Cultura em Revista: um estudo de caso da Aplauso Giana Batista Guterres (UrCamp)

Quais os gêneros jornalísticos apresentados pela revista Playboy brasileiradurante a análise de um semestre? Laura Buoro Cortizo (PUC-Camp), Caroline de Campos Bassetto (PUC-Camp)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 13h00SALA 17 BLOCO BEGE

Sessão 2 - Jornalismo, poder e espetáculo

Espetacularização e Sensacionalismo: Reflexões Sobre o Jornalismo Televisivo Romulo Oliveira Tondo (Unipampa), Michele Negrini (Unipampa)

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Me leva Brasil: Telejornalismo e difusão cultural Gustavo Martins Blohem (Unime Itabuna)

Usos e abusos do jogo político na era midiática: o caso Renan Calheiros na revista Veja Heider Mustafa Souza (UFBA)

Frios e Dissimulados: a história em quadrinhos em uma reportagem de Veja Alexandra Staudt (Fadep), Marielle Sandalovski Santos (Fadep)

O local no nacional: um debate sobre os sotaques no telejornalismo de rede no Brasil Christyann Lima Campos Batista (UFMA)

O Universo Paralelo do Jornalismo Duane dos Reis Löblein (UFSM)

O homem por trás da cortina: uma análise do papel da imprensa nos filmes “Cidadão Kane”, “O Quarto Poder” e “O Show de Truman” Victor Castelo Branco Rodrigues Alves (UFPI)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 13h00SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 3 - O jornalismo entre o popular e o sensacionalismo

O que é Manchete e Chamada de Capa para o jornal popular Notícia JÁ? Leonardo Fracisco Cassano (PUC-Camp), Ana Paula Palazi (PUC-Camp), Sarah Costa Schmidt (PUC-Camp), Rosemary Bars Mendez (PUC-Camp)

Análise da Linguagem dita Popular no Jornalismo Impresso e as Ameaças do Discurso Sensacionalista para a Sociedade – Caso Aqui PE Aline de Lira Moreira (Unicap)

Ética na Mídia: a Influência do Jornalismo Heróico-social Aureliano Quinto de Souza Neto (Unime), Lucas Erick de Aquino Conceição (Unime), Allaisa de Santana Santos (Unime)

Jornalismo policial sensacionalista: entre a audiência e a função social Anamaíra Pereira Spaggiari Souza (UFJF)

O Jornalismo Popular e o Jornalismo Público em um programa radiofônico. Cristiano Magrini Rodrigues (UFSM), Michelle Pinheiro Falcão (UFSM), Luciana Reginalda Rocha da Rosa (UFSM), Luiz Henrique Coletto (UFSM), Gabrielli Siqueira Dala Vechia (UFSM), Felipe Viero Kolinski Machado (UFSM)

Lar de Joaquina pelos olhos de seus alunos Ananda da Silva Delevati (Unifra), Lais Prestes Bozzetto (Unifra)

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 19h00SALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 4 - Jornalismo e agenda pública

A participação dos meios de comunicação social na regulamentação das leis sobre crimes hediondos no Brasil Aldenor da Silva Pimentel (UFRR)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

O Agendamento do Tema Eleições dos Estados Unidos em 2008 na Revista Época Lorena Barros Garibaldi (UCPel)

As Especificidades e Possibilidades do Intra-agendamento Sob o Viés do Caso de Paula Oliveira Isabel Paz Sales Ximenes Carmo (UFC), Caio César Mota Magalhães (UFC)

O que é notícia: A influência do gatekeeping na produção jornalística da TCM William Robson Cordeiro (UERN)

Horário Eleitoral e imprensa: relações de agendamento entre o campo político e o campo jornalístico nas eleições municipais de 2008 em Juiz de Fora-MG Cícero Costa Villela (UFJF), Jefferson Luis Moreira Nascimento (UFJF), Marco Túlio Sousa (UFJF)

Análise da Editoria Internacional da Revista Veja Laís Aparecida Vedovato (PUCC), Ana Paula Meneghette Zanobia (PUCC), Daniela de Souza Rodrigues (PUCC), Karina Ferreira da Silva (PUCC), Nathália Bragion Brunelli (PUCC)

O colunismo social e a hipótese de agendamento Tarcineide Mesquita Galdino (UFPB)

A Pauta das ONGs Ambientalistas Sob a Ótica do Espaço Mediador Cultural Rodrigo Cesar Levy (PUC-Camp)

Jornalismo opinativo e informativo nas ONGs ambientalistas: um estudo sob a ótica do es-paço mediador cultural Vanessa Bisestre Peres (PUCC)

Televisão e Interesse Público: as notícias do Jornal do Almoço Pabla Pereira da Silva (Unifra)

Imagens da Semana: um Estudo dos Valores-Notícia que Permeiam as Temáticas de Bom Dia Brasil Stéphane Powaczuk da Silva (Unifra)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 19h00SALA 17 BLOCO BEGE

Sessão 5 - Análises de coberturas

Folkcomunicação: A cobertura das manifestações populares no caderno Valeviver, do jornal Valeparaibano Talita Pimenta Escobar (Fatea), Sara Alves Mimoso (Fatea), Joselaine Maria Costa da Silva (Fatea)

A Cobertura Midiática Referente às Políticas de Ação Afirmativa Voltadas À Educação: Um Estudo de Caso de Reportagem Veiculada na Revista Época Hendryo Anderson Andre (UP)

Jornalismo Verde - A incipiente atuação do site do jornal Correio* na Semana do Meio Ambiente Marcelo Oliveira Lima (UFBA), João Eduardo Silva de Araújo (UFBA)

Discurso sobre uma tragédia sem imagens: Le Figaro e a cobertura do voo 447 Bárbara Chevallier Cosenza (UCPel)

O Referendo das Armas no Brasil: análise da reportagem “Referendo da Fumaça” na Revista Veja do dia 05 de outubro de 2003 Georgia Pereira (UEL)

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Gripe A H1N1 e Mídia Online: Um Estudo de Caso Tajla Caroline Castelar Vale Medeiros (UnB)

William Bonner e a retórica da persuasão: um estudo de caso do Jornal Nacional Henrique Belache Kugler (UFPR)

A Construção do Fenômeno Susan Boyle como Acontecimento Midiático pelo Portal G1 Daiana de Oliveira Martins (Unisinos)

A Construção do Regime de Verdade da Revista Veja na Cobertura da Campanha de Obama à Presidencia dos Estados Unidos Nina Fernandes dos Santos (UFBA), Tiago Canário de Araújo (UFBA)

Marcas da influência etnocentrista nas representações midiáticas do Oriente Médio na mídia impressa periódica brasileira: abordagem da revista Veja sobre as eleições do Hamas em 2006 Ana Beatriz Pinto da Luz Paes (UFF)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 19h00SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 6 - Jornalismo e literatura

O Jornalismo Literário visto a partir das teorias da Literatura: um cotejo entre Jakobson, Barthes e Benjamin Francielli Cristina Campiolo (Unicentro)

Entre a Realidade e a Arte: o Jornalismo Literário em Reportagens Fabiane Pires Gaion (Unopar)

O Tempo e o Espaço de Helena Camargo e Leila Diniz Luisa Maranhão de Araújo (UFG)

A Construção da Narrativa na Revista Senhor e a presença da literatura em suas edições Joana Santos Neitsch (UFSC)

Interferências literárias: aspectos do gênero entrevista em Clarice Lispector Michelle Moreira Braz dos Santos (Unesp)

Análise da crônica “Meninos eu vi” Vanessa Brasil de Carvalho (UFPA)

A série de reportagens “Mistérios do Rio”, de Benjamim Costallat, como indicativo de um período de transição na história da imprensa brasileira Marcel Antonio Verrumo (Unesp)

A crônica no espaço urbano de Ciro Colares Lucíola Limaverde Ribeiro (UFC)

O Jornalista Albert Camus Pedro Zambarda de Araujo (Facasper)

Histórias de Ruanda e o retrato do genocídio: intersecções entre Jornalismo e Cinema Morgani Guzzo (Unicentro)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 08h30 às 9hSALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 7 - A escrita do acontecimento como desafio do jornalismo

A escrita do acontecimento como desafio do jornalismo Carlos Alberto de Carvalho (UFOP), Adriana de Oliveira Mariano (UFMG), Phellipy Jácome (UFMG), Cecília Lana (UFMG)

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 11h00SALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 8 - Jornalismo e gêneros

Jornalismo colorido: Um histórico da imprensa homossexual no Brasil Leandro Oliveira Ferreira (Unama)

Corpo e sentimento - 46 anos de imprensa gay no Brasil Joseylson Fagner dos Santos (UFRN), Maria do Socorro Furtado Veloso (UFRN)

O discurso presente na revista DOM: pluralidade de uma imprensa segmentada no público gay? Luiz Henrique Coletto (UFSM)

As Representações da Identidade Gay na Mídia Gay: uma análise de duas revistas especializadasJulio Cesar Marin (Unifra)

As Mulheres no Jornalismo Esportivo no Rio Grande do Sul Margareth de Oliveira Michel (UCPEL)

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 13h00SALA 17 BLOCO BEGE

Sessão 9 - História do Jornalismo e da Imprensa

O Índio Platino como Papel Branco: Os Primeiros Tempos da Imprensa na América Jesuítica (1580-1780) Fernanda Gisele Basso (Unicentro), Márcio Fernandes (Unicentro)

A qualidade da informação fundamentada na história do jornalismo brasileiro Janaina Thainá da Silva (UFES), kássia de Aguiar Salazar (UFES)

Luz Matinal: O amanhecer da imprensa abolicionista no estado de Sergipe Marcela de Araujo Prado Carvalho (Unit), Ronaldo Nunes Linhares (Unit)

A construção da identidade cultural campineira através da Gazeta de Campinas relatando o filme João da Matta Gustavo Padovani (Unesp)

Política e imprensa pelas folhas do Commercio de Lins, 1930-1939 Rodrigo de Azevedo Melo (Unesp), Mariana Paula Ribeiro Rodrigues (Unesp)

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A trajetória das revistas recifenses: do século XX aos dias atuais Rute Bezerra Pajeú (Unicap), Rosimere Pereira de Albuquerque (Unicap), Gabriel Nogueira Linhares Marquim (Unicap), Aline Maria Grego Lins (Unicap)

É Isso Ai, Bicho: narrativas sobre o filme Geração Bendita no Jornal A Voz da Serra durante a ditadura militar Thamyres Dias Saldanha Martins (Ucam)

O Jornalismo Interiorano do Médio Alto Uruguai Gustavo Menegusso (UFSM), Cláudia Herte de Moraes (UFSM)

Domingo l 06 de Setembro10h30 às 11h30 SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 10 - O telejornalismo e seus hibridismos

O telejornalismo e seus hibridismos Bruno Souza Leal (UFMG), Nuno Manna (UFMG), Rafael Azevedo (UFMG), Bruno Henrique Barros Fonseca (UFMG)

Domingo l 06 de Setembro11h00 às 12h30SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 11 - Jornalismo sonoro

A importância da comunicação radiofônica para os dias atuais Tatiara Rodrigues Ferranti (Unama)

Rádio Livre: a tentativa de dar voz ao trabalhador Geimison Maia dos Santos (UFC), Mírian Narjara Pires Rocha (UFC)

Áudionotícia-teatral: uma nova proposta de transmitir a informação Leticia da Cunha Bombo (Unopar)

14h00 às 19h00SALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 12 - Práticas profissionais do jornalismo

A reflexão crítica como instrumento de qualidade do jornalismo Fábio Vinicius Pupo (UFPR)

A Objetividade no Jornalismo: Utopia ou Realidade? Flávio Vinícius Soares de Souza (UFC), Geimison Maia dos Santos (UFC), Alessandra Marques Cavalcante da Fontoura (UFC)

Diálogos da Utopia: Caminhos para a Apuração Jornalística Géssica Gabrieli Valentini (UFSM)

A Apuração no Jornalismo Digital em Bases de Dados - Os casos das plataformas do Kuro5hin, Slashdot e Pacjor Diego Acássio Beal Kerber (UFSC)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

A entrevista como possibilidade: o tratamento da fonte no telejornal e do documentado no documentárioMariana Ferraz Musse (UFJF)

O Sumô intelectual: análise da diretividade presente nas entrevistas do Jornal da Cultura. Maisa Zickuhr (UPM)

A abordagem jornalística em assassinatos violentos e crimes em série Clarissa Pippi de Medeiros (Unifra), Matheus Rivé Boia Menezes (Unifra)

Profissão Repórter: análise dos elementos jornalísticos do programa. Pedro Henrique Gonzalez Santos (UFSC)

A Produção Jornalística Mato-Grossense em tempos de Convergência, Segmentação e Profissionalização das Fontes Alessandra Rosa Neves (UFMT)

A Crítica Cinematográfica em Questão Isaac Pipano Alcantarilla (Unesp)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 19h00 - SALA 17 BLOCO BEGE

Sessão 13 - Jornalismo e tecnologia

A Parte do Leitor: Estudo sobre a Leitura Não-linear de Notícias no Portal G1 Luis Antonio Palma Hangai (UEL)

Entre Céu e Terra: Análise da liberdade de expressão entre o jornalismo virtual e impresso Luiza Monteiro Areas (UFCG), David Eleoterio Veiga (UFCG)

A Identidade do Jornal Impresso na Era Digital Daniella Fernandes Cambaúva (FCL)

O jornalismo impresso brasileiro e as novas tecnologias: perspectivas e inovações Allaisa de Santana Santos (Unime/FAcsul), Aureliano Quinto de Souza Neto (Unime/Facsul), Lucas Erick de Aquino Conceição (Unime/Facsul)

Velocidade versus Qualidade da Informação no Jornalismo Online: Caso Paula Oliveira Elen Sallaberry Pinto (UCPel)

Webjornalismo: Conceitos, Fases e Características Renata Lopes Jaguaribe Pontes (Unifor)

Blogs de Música. Hype ou Notícia? Monitoramento de Blogs de Jornalismo Musical Brasileiro Lina dos Anjos Costa (UTP)

O Conceito de Aldeia Global de Mc Luhan Aplicado ao Webjornalismo Juliana Diógenes de Araújo Lima (UFC)

A “ciência” de Groth no universo do Twitter e SMS Ana Paula Palazi (PUC-Camp), Carlos Alberto Zanotti (PUC-Camp)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 19h00SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 14 - Jornalismo e representações

A construção social da realidade no NETV 1ª Edição: a função pedagógica do telejornalismo Sofia Costa Rego (UFPE)

“Veja só o Brasil” - a construção social da realidade em duas mil capas da Revista Taiana Steffen Eberle (Univali)

Jornalismo e construção social de fragmentos da realidade: o desmatamento nas páginas do Diário do Pará Guilherme Imbiriba Guerreiro Neto (Unama)

Você está apto? Representações sociais do corpo na mídia impressa Bárbara Athade Brilhante (UFPA)

Coberturas de Violência e Segurança no jornalismo diário no ES Luísa Bertollo Dettoni (UFES), Sylvia Ruth Ferreira de Oliveira (UFES)

Longevidade e Juventude: As Representações da Velhice em Veja Felipe Viero Kolinski Machado (UFSM)

A eleição paulistana de 2008 na Folha de S. Paulo e no Estado de S. Paulo. Ivana Beltrão Rojas (PUC-Rio)

A construção de notícias sobre meio ambiente na Folha de São Paulo Michele Goulart Massuchin (UEPG), Emerson Urizzi Cervi (UEPG)

A Infância está na Moda? Análise do Discurso Jornalistico e sua Relação com o Desaparecimento da Infância. Luciana Reginalda Rocha da Rosa (UFSM)

A família na pós-modernidade e suas representações midiáticas Larissa Ribeiro Bezerra (UFPA), Diolene Borges Machado (UFPA), Fabrício Natalino Bentes Queiroz (UFPA), Raphale Pacheco S. Neto (UFPA)

Segunda-feira l 07 de Setembro 09h00 às 13h00SALA 16 BLOCO BEGE

Sessão 15 - Newsmaking e ética profissional

Choque entre Avião da Gol e o Jato Legacy: Uma Análise da Cobertura da Folha de São Paulo pela Teoria Unificada de Souza Pauline Frank de Almeida (UEL)

Newsmaking e Jornalismo Colaborativo: uma análise dos portais da Região Metropolitana de Campinas Sarah Costa Schmidt (PUC-Campinas), Carlos Alberto Zanotti (PUC-Campinas)

As Fontes Jornalísticas e a Folha de S. Paulo nas Diretas Já! Maura Voltarelli Roque (PUC-Campinas)

Polêmica e rotinas produtivas no jornalismo esportivo:uma palavra pode fazer muita diferença Thiago Araujo de Souza (UFC), Vinícius Carlos Sampaio Mota (UFC)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Notícias à venda. O processo de produção da Agence France-Presse (AFP) Giovanni Guizzo da Rocha (Unisinos)

A inserção de notícias das agências noticiosas nas editorias de Política e Economia dos jornais locais de Ponta Grossa Fabiana Genestra Oliveira (UEPG)

“Direito de Fofoca”: um Jornalismo que Incomoda(va) Lucas Erick de Aquino Conceição (Unime), Aureliano Quinto de Souza Neto (Unime), Allaisa de Santana Santos (Unime)

Os Créditos Autorais nas fotografias jornalísticas no Jornal O Dia, em Teresina, Piauí. Thays Helena Silva Teixeira (Uespi)

Segunda-feira l 07 de Setembro 09h00 às 13h00SALA 17 BLOCO BEGE

Sessão 16 - Jornalismo especializado e assessoria de imprensa

Ciência para todos? Uma análise das colunas de divulgação científica no jornal popular Hora de Santa Catarina Angieli Fabrizia Maros (UFSC)

Cobertura de Ciência e Tecnologia em jornais de Florianópolis: Um estudo comparado do Hora de Santa Catarina e do Diário Catarinense Juliana Passos Alves (UFSC), Talita Fernandes (UFSC)

Problemas na Educação Midiatizada pelo Rádio: Uma Análise do Jornal da Educação Priscila Barros Tavares (UFC)

A Importância do Assessor de Imprensa no Gerenciamento de Crises Organizacionais Marília Saveri Silva (COC)

Conceito de Qualidade no Jornalismo e o Estudo de Caso Ascom/UFS Monique de Sá Tavares (UFS)

Programa de Cobertura: uma ferramenta de Gestão do Jornalismo e sua aplicação na Ascom/ UFS Fernanda Manuela Cruz Carvalho (UFS), Josenildo Luiz Guerra (UFS)

Segunda-feira l 07 de Setembro 11h00 às 13h00 SALA 18 BLOCO BEGE

Sessão 17 - Jornalismo e recepção

A percepção de jovens ouvintes universitários da UFSC sobre o meio rádio e o radiojornalismo Tarsia Paula Piovesan Farias (UFSC)

A percepção do público de baixa renda de Palhoça sobre o jornalismo Ana Paula Flores (UFSC)

Programa Ler e Pensar do Instituto RPC: a construção da cidadania e a formação de leitores Heloisa de Oliveira Garrett (UP)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

DT2- INTERCOM JÚNIOR – PUBLICIDADE E PROPAGANDACoordenador: Haroldo Silva Capote Filho (PUC-PR)

SALAS 102 E 103 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 12h00SALA 102 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 1-ACoordenador: Haroldo Silva Capote Filho (PUC-PR)

Digitalização Midiática e Tecnologias da Colaboração: o Marketing Viral como Estratégia Publicitária Cristiane Cleveston de Oliveira (UFSM) Utilização do Marketing de Guerrilha em Evento Acadêmico da Área da Comunicação: uma ferramenta de diferenciação com baixo custo Jorge Eduardo Manfrini (Uniasselvi) Branding sensorial: a integração do marketing de experiências às estratégias de comunicação Priscilla Paoli Flôr (ESPM) Marketing religioso: uma análise das estratégias utilizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus Julival Raymundo dos Santos (FHR), Eniel do Espírito Santo (FHR) O Marketing nas Igrejas Neopentecostais: um estudo de caso da Universal do Reino de Deus Camila Miranda Pinheiro (Unifor), Davi de Castro Rocha (Unifor) O Religioso na Publicidade: Motivações e Consequências Rodrigo Follis Santos (Unasp)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 103 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 1-BCoordenador: Marcos José Zablonsky (PUC-PR)

Marketing para o Terceiro Setor: Um Estudo de Caso da Ciranda Danuta de Cássia Leite Leão (UTP)

A Utilização de Argumento de Responsabilidade Sócio-Ambiental pela Publicidade como Diferencial no Pocisionamento de Mercado Marta Correa da Silva Antunez (UCPel) A Responsabilidade Social Empresarial e os Novos Rumos do Marketing Social Cinthia Verônica Fiore de Mattos (PUC-Camp)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Campanha sustentável: repetição sem reflexão? – Caso Ecoelce Klycia Teixeira Medeiros (Unifor) A Ideologia Verde - Ensaios sobre o Meio Ambiente - Natura Rodrigo Vasconcelos de Oliveira (FAC), Fernando Kazuo Kai (FAC) O Judô Como Possibilidade Dentro do Marketing Esportivo: A Percepção de Pessoas Relacionadas com Publicidade, Marketing e Relações Públicas de Recife-PE Marcus Vinícius da Silva Leonidio (FMN)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 102 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 2-A Coordenador: Haroldo Silva Capote Filho (PUC-PR)

Publicidade e caracterizações conceituais Iuri Garcia Lopes (UNIPAMPA), Juliana Petermann (UFSM) Design Gráfico e Publicidade e Propaganda, uma Sobreposição? Patricia Lopes Damasceno (UCPel) Análise Semiótica e Identidade Visual: a logomarca da Citroën Morgana Peruffo Forti (UCS) As capas do Diário Gaúcho sobre o olhar da publicidade: o uso dos elementos de percepção visual. Filipe Bordinhão dos Santos (UFSM), Sandra Dalcul Depexe (UFSM) Nem Todo Conto de Fadas tem Final Feliz Julio Cesar Alves Lopes (Unifor), adail ferreira dos santos filho (Unifor), Ricardo Tabosa de Sousa (Unifor), Alessandra Marinho Bouty (Unifor) Benetton: Um Estudo das Estratégias de Enunciação das Peças Publicitárias Tendo Como Marco o Fotógrafo Oliviero Toscani Suanny Lopes Costa (UFPA), Clareana Oliveira Rodrigues (UFPA) A iluminação em fotografia conceitual como forma de linguagem. Comparativo entre as revistas Catarina e FFW Mag. Análise da fotografia publicitária de moda regional e nacional. Amanda Cristine Tambosi (FURB) Beleza e Sedução na Publicidade Raona Zandoná Laydner (UFSM)

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 103 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 2-BCoordenador: Marcos José Zablonsky (PUC-PR)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Interação e Entretenimento na Publicidade Digital: a visão dos produtores Hélen Silva de Albernaz (UCPel) Digitalização das Redes Sociais: novos ambientes de interação para a propaganda Comunicação Oral Luciana Fischer (PUC-Campinas), Anderson Carlos de Mello (PUC-Campinas), Luiz Henrique de Carvalho Gonçalves (PUC-Campinas), Priscila Khater Santos (PUC-Campinas) Envolvimento ativo com a marca: como as marcas se consolidam por meio da web 2.0 Geanne Paiva da Cunha Cardoso (UFAL) Flash Mobs, Movimentos que Transcendem o Ciberespaço: Uma Ferramenta Alternativa de Comunicação. Éverton Bohn Kist (Unifra) O uso de mídias sociais em publicidade na busca de audiências qualificadas Jonas Araujo Nascimento (UFC), José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC) O Twitter como ferramenta no ensino e atuação de profissionais de publicidade e propaganda Eros Augusto Asturiano Martins (Unicentro), Iara de Oliveira Gomes (Unicentro), Leandro Cesar Moreira Santos (Unicentro) Vídeos do YouTube como ferramenta didática no ensino superior de Publicidade e Propaganda Rafaela Almeida Cordeiro (UFC), Ana Clara Aparecida Alves de Souza (UFC) Propagandas sociais no rádio: aproximação da universidade e da comunidade Denise Businaro Aielo (Unesp), Natasha Louise Bin de Campos (Unesp), Lucilene dos Santos Gonzales (Unesp) Estudo da Aplicação do Marketing de Relacionamento no Second Life Jobson Luz dos Santos (UNIT), Shislane da Vitoria Silva (UNIT), Andreza Mota de Oliveira Andrade (Unit), Rodrigo Jose do Nascimento Moura (UNIT), Pollyanna de Melo Santana (UNIT)

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 12h00 -SALA 102 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 3-A Coordenador: Haroldo Silva Capote Filho (PUC-PR)

Propaganda Política na Sociedade de Consumidores: o “mercado eleitoral” na disputa pela prefeitura de Juiz de Fora em 2008 Mario Braga Magalhaes Hubner Vieira (UFJF) Os valores de consumo oferecidos pela publicidade: a narrativa como foco Damaris Strassburger (UFSM), Juliana Petermann (UFSM) A Indústria da Moda como Ditadora de Padrões de Consumo Karina Inácio de Araujo (UFES) A importância do cuidado com o bem-estar do consumidor e seus acompanhantes no ponto de venda. Giuliana Macêdo Parreiras (PUCCamp), Keissy Kelly de Paula (PUCCamp)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

A publicidade contemporânea e a comunicação com o novo consumidor na era digital Clarissa Sitó Alves (UFSM), Juliana Pettermann (UFSM) Consumo Virtual e Relações com os Consumidores Mariana Ribeiro de Sousa (PUCC)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 -SALA 103 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 3-BCoordenador: Marcos José Zablonsky (PUC-PR)

A Infância e o Consumo na Perspectiva de Publicitários Cearenses Ilíada Damasceno Pereira (UFC) A comunicação das marcas e a infância: nem super-herói nem bicho-papão Ana Luiza Colzani (Univali) “Me dá, me dá, me dá”: a memorização dos jingles pelas crianças Maria Clara Sidou Monteiro (UFC), José Riverson Rios (UFC) Análise semiótica dos elementos de marca: case Danoninho Fábio de Souza (FPJ) A formação do consumidor na infância Aíla Pires Ribeiro (PUC-Campinas) A influência do valor de marca na decisão de compra dos jovens universitários das classes A e B. Fernanda Montejano Ferrari (PUCCAMP)

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00 SALA 102 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 4-A Coordenador: Haroldo Silva Capote Filho (PUC-PR)

O Perfil Feminino com o Advento da Mídia Impressa, Cinema e TV Juliana Schlatter Gualda (Uniandrade), Wesley James Souza (OPET) A identificação e perpetuação dos arquétipos femininos na revista Capricho Paula Cristina Ferro (PUC-Campinas) Marketing voltado para o público feminino Flávia Mariana de Oliveira Nunes (Unit), Karla Katiusy Santos de Oliveira (Unit), Maira Costa de Andrade (Unit), Monique dos Santos Costa (Unit), Suzana Rodrigues de Oliveira (Unit) O corpo feminino em Renoir e na publicidade: uma breve comparação Gessyca de Oliveira Silva (UFC)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Publicidade Poética. As Relações da Poesia Modernista e Concretista com a Linguagem Publicitária Contemporânea João André de Freitas (UFC) Publicidade e Linguagem: O “Portunhol” como Produtor de Sentido na Campanha de Assinaturas do jornal Zero Hora Helyna Dewes (UFSM) Depois do apito final: análise das estratégias criativas nos anúncios do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense Giovanna Berti Previdi (Unisc) Adverbands: A Música Na Publicidade Duana Castro Soares (Unaerp)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 103 BLOCO BEGE

Intercom Junior - Publicidade e Propaganda 4-BCoordenador: Marcos José Zablonsky (PUC-PR)

O Alcance da Publicidade Audiovisual em Relação aos Indivíduos Portadores de Deficiência Auditiva Severa ou Profunda Samara Kenia Batista (Unit), Michelle Araújo Vasconcelos (Unit) Os Comerciais de Televisão Catarinenses Veiculados na Ric Record de Blumenau/SC Priscila Franzoi Sgrott (FURB), Rafael Jose Bona (FURB/Univali) A publicidade televisiva de Alimentos (Um estudo de caso da Nestlé) Caroline Rodrigues Feitoza (UFC) Expectativas pela Implantação da TV Digital e as Ameaças à TV Analógica Mônica Caroline Breunig (UFMT) O Conceito de Advertainment na Televisão Brasileira: Análise da Publicidade Não-Tradicional Arthur Costa Barros (UPM) CQC e Pânico na TV: Uma Abordagem Comparativa da Utilização do Merchandising na Televisão Brasileira Jessé Morelatto Benato (Unoesc) Merchandising no Cinema de Quentin Tarantino: Análise de Kill Bill Larissa Schlogl (FURB), Rafael Jose Bona (FURB/UNIVALI) A linguagem dos quadrinhos na publicidade Alexandre Pauli (Unoesc), Cláudia Singer Kratochvil (Unoesc) Joãos e Joanas Pedro Hutsch Balboni(ESPM)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

DT3 – INTERCOM JÚNIOR – RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

SALAS 123 E 124 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro08h00 às 12h00 SALA 123 BLOCO BEGE

DT Relações Públicas e Comunicação Organizacional 1Coordenador: Valéria Oliveira Santos (UTFPR)

A eficiência no gerenciamento organizacional e o alinhamento da comunicação Larissa Conceição dos Santos (UFSM) Comunicação organizacional integrada: em busca de um conceito Adrine Couto Cabral (UFS) Programa UFSM de Ex-Alunos: uso do banco de dados na Comunicação Integrada kalliandra quevedo Conrad (UFSM), Filipe Bordinhão (UFSM), Solange Prediger (UFSM) Os desafios da Assessoria de Comunicação Social na Contemporaneidade Tatiane Araujo Lima (Unime) A avaliação das ações de comunicação nos resultados das organizações: A indicação da Volvo como a melhor empresa para se trabalhar do Brasil Thais Mousse Garcia (Univali) Assessoria de Comunicação na CEEE - Distribuição do RS André Dala Possa (UCPel), Antônio Luis Oliveira Heberlê (UCPEL/Embrapa)

Sábado l 05 de Setembro 13h00 às 17h00SALA 123 BLOCO BEGE

DT Relações Públicas e Comunicação Organizacional 2Coordenador: Valéria Oliveira Santos (UTFPR)

A responsabilidade social corporativa como qualificador de imagem empresarial Bruna Coelho Machado (Umesp) Comunicação para a Redução da Vulnerabilidade ao HIV/Aids: O Diagnóstico das Mulheres Maduras Raquel Zanatta Coutinho (UFMG) A responsabilidade social como ferramenta da comunicação empresarial: case Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente Letícia Rocha de Araújo (FESJF) Responsabilidade Social Como Atividade de Relações Públicas: As Organizações e a Busca Pela Transformação Social Cassandra Miranda Brunetto (Unisinos)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

O Relações Públicas na promoção da consciência do consumo sustentável Tiago Vinicio Alves (Unesp), Camila Pazim (Unesp), Nathaly Pirula Silvestre (Unesp) Marca, Relações Públicas e Desenvolvimento Sustentável Caroline Santiago de Melo (UFAL) Reflexão sobre o papel dos Relações Públicas na legitimação organizacional através de ações de responsabilidade ambiental Rafaela Caetano Pinto (UFSM) Responsabilidade Social e Ambiental para Desenvolvimento Sustentável: A Dimensão Comunicacional Daniela Andrade (UniFECAP)

Domingo l 06 de Setembro08h00 às 12h00SALA 123 BLOCO BEGE

DT Relações Públicas e Comunicação Organizacional 3Coordenador: Valéria Oliveira Santos (UTFPR)

O Comportamento do Consumidor de Festas Temáticas: O Caso da Derrota Fantasy em Aracaju Pedro Ivo Pinto Nabuco Faro (UFS), Aline Lisboa da Silva (UFS), Rafael de Jesus Gomes (UFS) Relevância da Comunicação Interna enquanto Ferramenta para o Fortalecimento da Cultura Organizacional de uma Empresa Familiar do Setor de Turismo em Sergipe Cristiane Batista da Conceição (UFS), Raquel Brabec Ribeiro Chaves (UFS), Christiane Matos Batista (UFS) A Arma Secreta da Comunicação Governamental: O Relações Públicas Stella Valentim Mendes da Silva (UFPB) A Comunicação na Esfera Pública: o que se publicou entre 1998 e 2008 no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação do Intercom Francine Lucatelli (Univali) O endomarketing como ferramenta estratégica no cooperativismo de crédito: Um estudo de caso da Unicred Fortaleza Andréia Mara Campêlo Chaves (UFC) O Diálogo como Necessidade da Comunicação Organizacional e um Estudo de Caso da Sociedade SEMEAR Bianca de Oliveira Silveira (UFS) Resgate histórico do Sindilojas Santa Maria: o evento Galeria dos Ex-presidentes e Batizado da Sala Claudio Emanuelli Luciana Perazzolo Cristofari (UFSM), Leticia de Brum Passini (UFSM)

Domingo l 06 de Setembro 13h00 às 17h00SALA 123 BLOCO BEGE

DT Relações Públicas e Comunicação Organizacional 4Coordenador: Valéria Oliveira Santos (UTFPR)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 305

INTERCOM 2009 l Curitiba

Blogue Organizacional: Ferramenta de Comunicação Interna e Externa Raissa Karen Leitinho Sales (Unifor) Blogosfera: Importante Fonte de Informação para as Organizações sobre o Consumidor 2.0 Elisangela Lasta (UFSM) Novas Tecnologias: Um Estudo Qualitativo Sobre as Ferramentas de Comunicação Digital Para Uso das Relações Públicas Adelândia de Jesus Cruz (Fecap) Estratégias de Relações Públicas nas Mídias Sociais Nayara Pereira Duarte (UEL) A Comunicação Organizacional Por Meio de Ações Experienciais com o Consumidor Alvo Cátia Klöhn (FURB), Fernanda Schroeder Macha Ostetto (FURB), Janine Kuroski Fischer (FURB) Relações Públicas da Industrialização à Era Digital: Avanços e retrocessos da profissão no Brasil Carolina Vitória de Oliveira Correia (Unesp), Larissa Batista Dionísio dos Santos (Unesp) O impacto das novas tecnologias na comunicação das Micro e Pequenas Empresas da Incubadora RAIAR Paola Maria Cé (PUCRS), Letícia de Castilhos (PUCRS), Elyedre Mireila Duarte da Costa (PUCRS) A ‘ouvidoria’ virtual como [nova] modalidade comunicacional nos sites/portais das universidades da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS Diego Wander Santos da Silva (PUCRS), Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUCRS)

Segunda-feira l 07 de Setembro08h00 às 12h00 -SALA 123 BLOCO BEGE

DT Relações Públicas e Comunicação Organizacional 5Coordenador: Valéria Oliveira Santos (UTFPR)

Marcas muito mais vulneráveis: riscos que o user-generated content traz às organizações João Vinicius Bianchini Nascimento (USP) O Dia em que a Barbie Chorou: Um Estudo da Função Mediadora de Relações Públicas no Case Mattel Gislene Feiten Haubrich (Feevale) Da teoria à prática: um estudo sobre e estágio em relações públicas na cidade de Bauru Beatriz Bassan Stroppa (Unesp), Matheus de Souza Gomes (Unesp) Assessoria de Imprensa: competência de jornalistas ou atribuições de relações públicas? Leila Martina Baratieri Endruweit (Unijuí) Os Mercados Ocultos de Relações Públicas Daiane de Freitas Oliveira (PUCRS) Reflexões sobre gestão de crises em empresas: o caso Ajax Laís Machado Rocha (Unesp), Patrícia Akemy Ishii (Unesp), Maria Eugênio Porém (Unesp), Carolina Barbizan de Lima (Unesp)

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Bah! Não Era! Campanha Contra o Crack Juliana Müller da Silva (Ulbra), Damean Klaus de Castro Fleischmann (Ulbra), Leandro Celmar dos Santos Rocha (Ulbra)

As Relações Públicas no Gerenciamento de Marcas Renato Resende Vasconcellos (UEL), Vinicius Luiz Baccili da Silva (UEL) Comunicação Estratégica nas Organizações: Atuação Profissional e Formação Acadêmica Renata Trindade Pinto (UFPA)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 307

INTERCOM 2009 l Curitiba

DT4 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO AUDIOVISUALCoordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

SALAS 207, 208 E 209 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 10h00SALA 207 BLOCO BEGE

Rádio Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

A participação das mulheres no radiojornalismo esportivo no Rio Grande do Sul Bruna Atti Provenzano (Feevale) Informação e Entretenimento em Rádio FM: Análise das Rotinas Produtivas do Programa Weekday Afternoon, da Rádio Life FM Nícholas Fonseca (Unifra) A Linguagem dos Podcasts: Uma Análise Comparada entre os Programas “Rapaduracast”, “Nerdcast” e “Telacast” e a Linguagem Radiofônica Myrianna Coeli Oliveira de Albuquerque (UFRN) O Rádio e suas adaptações na Era Digital Walquiria Izabella Freitas (FIP)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 10h00 SALA 208 BLOCO BEGE

Fotografia - tecnologia digital e memória Coordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

Das pinturas rupestres ao Flickr: as relações entre fotografia, imagem e memória Bruno Schmidt Alencastro (Unisinos) Fotografia - Instrumento de registro e alguns efeitos de inovações tecnológicas Mariana Capeletti Calaça (UCG) A Auto-retratação na Fotografia Digital e a Construção da Memória Manuela Arruda Galindo (UFPE) Memória Digital e as Novas Práticas de Armazenamento e Compartilhamento de Fotografias Digitais: O Caso Picasa Isabella Chianca Bessa Ribeiro do Valle (UFPE)

Sábado l 05 de Setembro09h00 às 10h00 SALA 209 BLOCO BEGE

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Cinema – históriaCoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

Do Rádio ao Cinema: convergências do audiovisual através do olhar das revistas Cinearte e Scena Muda Poliana Ribeiro Alves (UESC) A Influência da Estética da Fome na Retomada José Ângelo dos Santos (UFC), Mário César Matos de Freitas (UFC) A Embrafilme em Três Atos: Ascensão e Declínio da Empresa Brasileira de Filmes S.A. Luciana Gouveia da Cunha (Unama) Cinema Brasileiro e Identidade Nacional no Século XXI Felipe da Costa (Univali)

Sábado l 05 de Setembro10h30 às 11h45SALA 207 BLOCO BEGE

Novela/Representação Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

Representação identitária estereotipada do baiano Adenor na novela Caras e Bocas. Geiza Santos de Jesus (UESC), Bruna Correia Menezes (UESC), Gisely Alves dos Santos (UESC) Merchandising Social na Novela Páginas da Vida Márcia Kelly Bezerra Costa (UFPB) Programa “Hoje em dia”: a representação da nova masculinidade na televisão Ísis Laroque Cornelli (UCS), Janine Aparecida Bastos Stecanella (UCS), Lucas Guarnieri (UCS), Najara Ferrari Pinheiro (UCS) A representação da identidade de masculino pelo discurso do programa “Hoje em Dia” da Rede Record: Um esboço Daniela Polla (UFSM) De Câmara Cascudo às telas da TV: análise comparativa entre as faces do Diabo nos contos populares e na microssérie Hoje é Dia de Maria Fernanda Coutinho Sabino (UFJF)

Sábado l 05 de Setembro10h30 às 11h30SALA 208 BLOCO BEGE

Fotografia - memória Coordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

As Lentes do Dispositivo Como Prolongamento do Olho e a Fotografia Como Prolongamento da MemóriaPauliana Greyce Bento da Silva (UFAL), Thalita Freire Rodas Tristão Chargel (UFAL), Ronaldo Bispo dos Santos (UFAL)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 309

INTERCOM 2009 l Curitiba

Cartões postais e os guardiões da memória: representação da imagem urbana de Fortaleza na primeira metade do século XX Ivna Nilton Marques Girão (Unifor), Erotilde Honório (Unifor)

Cartões-postais e Foto-passeios: A Cidade de Fortaleza enquadrada sob dois pontos de vista Larissa Souza Vasconcelos (UFC), Roberta Felix Duarte (UFC) Imagens da caixa de fósforos: Uma análise do Grupo Vista Boa em Boa Vista, Fortaleza, Ce Marcelo Henrique de Andrade Costa (Unifor)

Sábado l 05 de Setembro 10h30 às 11h30SALA 209 BLOCO BEGE

Cinema – narrativasCoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

A Jornada do Herói em Star Wars: Uma Nova Esperança Leonardo Antonio Pertuzzatti (Univali), Rafael Jose Bona (FURB/Univali) Paródia e estilização no filme Lisbela e o prisioneiro, de Guel Arraes Afonso Manoel da Silva Barbosa (UFPB) A arte de narrar: memória e oralidade em Narradores de Javé Ana Luisa de Castro Coimbra (Uesc) O musical e o melodrama em Memories of Matsuko: aproximações e dissonâncias do conceito de gênero Bruno Reis Lima (UFC)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h15SALA 207 BLOCO BEGE

Jornalismo Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

‘O mundo é dos belos?’: O discurso do feio e do belo na reportagem televisiva do Bom Dia Brasil Izaíra Thalita da Silva Lima (UERN) Narrativa de um programa popularesco na TV - um novo modo de se fazer jornalismo? Es-tudo de caso do programa “Balanço Geral” – Record São Paulo Murilo Rodrigues Alves (UFV) O rádio e a internet na cobertura do desastre sócio-ambiental de Blumenau/SC em 2008, a partir da percepção dos profissionais do meio Everton Darolt (Furb), Clóvis Reis (FURB) O radiojornalismo em FM: uma análise do Jornal da Universitária Mariana Lazari da Silva e Silva (UFC)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Tecnologia e rádio: aproximações iniciais sobre o processo de convergência no jornalismo radiofônico Roscéli Kochhann (UFSM), Aline Rechmann (UFSM), Debora Cristina Lopez (UFSM)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h30 SALA 208 BLOCO BEGE

Fotografia - documento, ficção e design Coordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

A Fotografia Como Documento: Reflexões Sobre a Imagem Enquanto Mensagem Antropológica Mariana Moreno Matias (UEL) Saudades eternas: a fotografia de cemitério como culto à imagem daqueles que já se foram Michel de Oliveira Silva (UFS), Ana Carolina Lima Santos (UFS) Da mimese à ficção fotográfica Laryssa Vilaronga Marinho (UESC), Joliane Olschowsky da Cruz (UESC) Intervencionismo na Fotografia: as fronteiras entre o real e a ficção na obra de Jeff Wall Carolina Souza de Almeida (UFRJ) A Influência do Psicodelismo nas Capas de Discos da Tropicália Mariana Zan de Oliveira (UP) Conceito de Circularidade: a unidade entre os elementos visuais de um álbum musical Estelle Binda Flores (UP)

Sábado l 05 de Setembro14h00 às 15h00SALA 209 BLOCO BEGE

Cinema - representação ICoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

Representações Identitárias nos Documentários Mato-grossenses Elaine Cristine Ozorio de Andrade (Unic), Celso Francisco Gayoso (UFRJ) Os sertões do cinema novo: representações da nacionalidade em “Vidas secas”, “Deus e o Diabo na terra do Sol” e “Macunaíma” Leonardo Assunção Bião Almeida (UESC) O Herói Capitão Nascimento e a Representação da Polícia em Tropa de Elite Tatiana Hora Alves de Lima (UFS) Cinema Re-Apresentando os Artesões dos Corpos e da Sexualidade Daniel Luis Moura Vergara (UFPEL)

Page 311: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 311

INTERCOM 2009 l Curitiba

Sábado l 05 de Setembro15h30 às 16h30SALA 209 BLOCO BEGE

Cinema - representação IICoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

A Construção do Muro da Publicidade no filme The Wall, do Pink Floyd Diego Henrique Zerwes Ferreira (UP) Os Humanos, os Ciborgues e a Realidade Virtual no Cinema de Ficção Científica Tássio José Ponce de Leon Aguiar (UFPB), Allysson Viana Martins (UFPB), Cláudio Cardoso de Paiva (UFPB) As Representações Sociais de Cientistas em Filmes de Animação Infantil Jerussa Figueiredo Ramos (UESC), Joliane Olschowsky da Cruz (UESC) Modos de endereçamento e representação da mulher nos filmes Under the Covers e Cinco Historias Para Ellas Edinaldo Araujo Mota Júnior (UFBA), Breno Fernandes Pereira (UFBA), Ticiane Garcez Bicelli (UFBA), Nina Silva Neves (UFBA)

Sábado l 05 de Setembro15h30 às 17h00SALA 208 BLOCO BEGE

Comunicação, Sociedade e CulturaCoordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

As Armadilhas da Visibilidade: Poder, Vigilância e Cuidados de Si na TV Júnia Cristina Ortiz Matos (UESB) Rádio e radialistas: um olhar sobre o fazer radiofônico no sul e extremo sul da Bahia Charles dos Reis Alves (UESC) Uma rádio, muitas vozes: a heteroglossia no estudo da história da Rádio Universitária FM 107,9 MHz Débora Maria Moura Medeiros (UFC) Tempos de Turbulência na Rádio Dragão do Mar Maria Carolina Girão Veras (Unifor), Taís Sobreira de Santiago (Unifor), João Henrique Oliveira Cavalcante (Unifor) Audiolivro: Companheiro no Ar, no Mar ou na Terra Sabine de Fatima Dumaresq Aquino (Unifor) A força que vem das ruas e vai parar na tela: o caso do tecnobrega de Belém do Pará Aline Meriane do Carmo de Freitas (UFPA)

Domingo l 06 de Setembro09h00 às 10h00SALA 207 BLOCO BEGE

Programa infantil/educação Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

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312 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Uma breve análise do programa infantil Castelo Rá-tim-bum Gabriela Lima Ribeiro (UFC) Rádio e Educação – a programação educativa Bruna Correia Menezes (UESC)

Educomunicação: A Possibilidade do Rádio como Componente Extracurricular Vanessa Laís Mallmann Massmann (Unijuí), Vera Lucia Spacil Raddatz (Unijuí) O Ratinho do Castelo Rá-Tim-Bum e a Inserção de Séries Animadas em Stop-Motion na TV Cultura Ellen Charlise Rocha Souza(UFS)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 10h00SALA 208 BLOCO BEGE

Cinema - documentários ICoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

A Estética e a Recepção do Documentário Boca de Lixo Sob a Perspectiva dos Estudos Culturais Larissa Lima de Albuquerque (UFC) Ônibus 174 e Última Parada: dois olhares para uma mesma história Juliana Campos Chaves (Unisinos) O Estatuto da Ficção no Documentário “Jogo de Cena” de Eduardo Coutinho Tatyanne de Morais Coutinho Neves (Fibam/Aeso), Thiago Soares (UFPB) Realidade ou simulação? Análise da auto-representação e representação do outro no documentário Jogo de Cena – de Eduardo Coutinho. Mirela Souto Alves (UESC)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 10h00SALA 209 BLOCO BEGE

Cinema - estética I Coordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

Um estudo Poético do filme “O Crepúsculo dos Deuses” Carolina Guimarães Ribeiro (UFBA) Direção de Arte no Cinema - Análise do Filme O ano em que meus pais saíram de férias Paula Rizzon Basei (UNISINOS) Significação a partir da estética de Wong Kar-wai. Camila Ferraro Marenda (Unicuritiba) A criação livre em “O Vento nos Levará” Renata Monastirscy Gauche(Unifor)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 313

INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 10h30 às 11h45SALA 207 BLOCO BEGE

VideoClip/Efeitos/InteratividadeCoordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

“Nós somos Dead Fish de Vitória”: Formato, gênero musical e os aspectos plásticos e técnicos inscritos no DVD “MTV Apresenta Dead Fish” Caio Tavares Leite Andrade (UFBA) A Influência dos Extras de DVD na Experiência do Home Vídeo: O Caso dos Efeitos Especiais Milena Times de Carvalho (UFPE) A Cultura de Massa e o Audiovisual: Aspectos da Sinestesia e Semiótica no Videoclipe What They Do Rafael de Jesus Gomes (UFS) TV Digital: o middleware Ginga e a interatividade brasileira. Alan Mangabeira Mascarenhas (UFPB), Karla Rossana Francelino Ribeiro Noronha (UFPB), Olga Maria Tavares da Silva (UFPB) O processo de midiatização no contexto do reality show Big Brother Brasil Douglas Alves Medeiros (UFAL)

Domingo l 06 de Setembro 10h30 às 11h45SALA 208 BLOCO BEGE

Cinema - estética II Coordenador: Anuschka Reichmann Lemos (Unicuritiba)

Saneamento Básico: o Filme-dentro-do-filme e o Fazer Cinematográfico no Brasil João Carlos Bento Filho (UFC), Natália Mendes Maia (UFC) Cinema independente americano: Hal Hartley e as representações de uma geração Thiago Siqueira Venanzoni (Unesp) A narrativa cinematográfica em “Magnólia”: emparelhamento e verossimilhança Érico Oliveira de Araújo Lima (UFC) O imaginário social norte-americano da década de 70 representado em Taxi Driver Felipe Leonardo Moraes da Costa (UCB) Corpos Hiperestimulados: imagem, tecnologia e violência na filmografia ocidental contemporânea Inês Guedes Nin Ferreira (UFF)

Domingo l 06 de Setembro 10h30 às 11h15SALA 209 BLOCO BEGE

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314 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Cinema - documentários IICoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

One in 8 Million: Uma Análise do Gênero Documental Contemporâneo Felipe de Almeida Malvezzi (UFMT)

Fazendo vídeo com os índios Pitaguary: uma análise através dos modos de representação documental utilizados. Gabriel Aguiar de Andrade (UFC) A Glória do Sertão na Nação Lascada de Véio Aline Cristina de Aragão (Unit), Denio santos Azevedo (Unit), Polyana Bittencourt Andrade (Unit)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 15h00SALA 207 BLOCO BEGE

Programas/Séries/Política Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

Programa Zona Livre: um espaço laboratorial Karla Rossana Francelino Ribeiro Noronha (UFPB), Norma Maria Meireles Macêdo Mafaldo (UFPB) A História do Camisa 10 – um Campeão de Audiência Bruno Soares Camilo (UFJF), José Eduardo da Costa Pereira Brum (UFJF) A Produção Televisiva na Região Sul do Brasil: Análise da Estrutura Narrativa Audiovisual da Minissérie 4 Destinos da RBS TV Jaqueline Hendges (Univali), Rafael José Bona (Univali) A Origem do Formato Seriado na Televisão Norte-Americana José Eduardo da Costa Pereira Brum (UFJF)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 15h30SALA 208 BLOCO BEGE

Cinema - cultura e produçãoCoordenador: Solange Straube Stecz (UP)

Quem quer ser independente? Rafael Pereira do Rego(ECO-UFRJ) Autoria e análise fílmica – uma aproximação metodológica Ana Camila de Souza Esteves (UFBA) Arte e indústria cultural: uma análise dos diferentes papéis do Cinema Bruna Cardoso de Oliveira (UCB) As Salas de Cinema: Das Massas aos Nichos. Muriel Maia de Moraes (ESPM) Cinema e Televisão: Entre a Luz e a Sombra Lorenna Caldas Carvalho Barbosa (UESC)

Page 315: Livro Programa Intercom 2009

XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 315

INTERCOM 2009 l Curitiba

Memória e Montagem no Processo de Criação do Filme Supermemórias Maíra Magalhães Bosi (UFC)

Domingo l 06 de Setembro 15h30 às 16h30SALA 207 BLOCO BEGE

Programas/Séries/Política Coordenador: Juliana Pereira de Sousa (Unicuritiba)

Programa de rádio Cinemusic Luana Freislebem (Unoesc), Ana Maria Cozza (Unoesc) Os Radialistas e as Eleições: Uso do Rádio Regional nos Processos Político-Eleitorais Isabelle de Jesus Celestino (UESC) Propaganda Eleitoral e Construção de Imagens-Signos: A visualidade na campanha de Margarida Salomão à prefeitura juizforana (2008) Ludimilla Alvarenga Fonseca (UFJF), Rodrigo Souza (UFJF) Produção Publicitária em Rádio no Compasso da Monitoria Cecília Monteiro Cezar Pires (Unifor), Sabine de Fátima Dumaresq Aquino (Unifor), Andrea Chagas Alves de Almeida (Unifor), Alessandra Oliveira Araújo (Unifor)

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316 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

DT5 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIACoordenador: Maria Lúcia Becker (UEPG)

SALAS 210 E 211 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro 08h30 às 12h00SALA 210 BLOCO BEGE

Publicidade e relações públicas em mídias digitais-I Coordenador: Maria Lúcia Becker (UEPG)

Comunidades Virtuais – Uma Análise da Sociabilidade no Ciberespaço Deborha Caroline Batista Rodrigues (UFC) Yes Click, No Bricks: A Importância do Leilão Eletrônico Como uma Ferramenta de Marketing Zilma Karlla Barbosa Bezerra (UFC), José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC) Redes sociais na Internet como ferramenta da comunicação empresarial: O caso da Revista Gloss no Orkut Larissa Rilho Munhoz (UCPel) Virando o disco: como a Internet transformou os fãs nos novos formadores de preferências. Rafaela Almeida e Silva Leite (Unifor), Andréa Campelo Veras (Unifor), José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC) Branding Digital: É Preciso que as Marcas Migrem para a Internet e Surpreendam seus Consumidores Rafaello Furlani Destéfani (Uniasselvi), Deivi Eduardo Oliari (Uniasselvi) Capital Social no Comércio Eletrônico na Web: O Caso do Mercado Livre Eduardo Ribeiro Pontes (Anhanguera) Publicidade nas Redes Sociais Gabriel Campelo Araujo (UFC), Fernanda Chagas Sobreira(UFC), Jose Riverson Araujo Cysne Rios(UFC) A Publicidade e o consumo a partir da digitalização da TV Nara Maria Pontes Barros e Silva (UFPE), Carolina Melo Nobre (UFPE), Heloíse Dantas Oliveira (UFPE), Karla Regina Macena Pereira Patriota (UFPE)

Sábado l 05 de Setembro 08h30 às 12h00SALA 211 BLOCO BEGE

Publicidade e relações públicas em mídias digitais-II Coordenador: Rodolfo Stancki Silva (UEPG)

Identidades Virtuais: a Construção Publicitária dos Sujeitos nos Sites de Relacionamentos Kellen Caroline Santos (NP), Diêgo Eustáquio Silva (NP) Webvertising: A Publicidade Online Samira Magna Ferreira Andrade (UFC), José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 317

INTERCOM 2009 l Curitiba

A Formalização do Post Pago como Espaço Publicitário em Blogs José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC), Camila Magalhães Soares de Sousa (UFC), Hercília Diniz Arcelino do Ceará (UFC) Webcelebridades: a Internet como Mola Propulsora da Fama Emmanuel dos Santos Ponte (Unesp), Nathália Rapetti (Unesp), Maria Eugênia Porém (Unesp) Blog 2 Business: Modelo Simplificado de Análise Conceitual de Blog Corporativo Via Checklist Davi de Castro Rocha (Unifor), Camila Miranda Pinheiro (Unifor) Mídias Sociais, Redes Sociais e sua Importância para as Empresas no Início do Século XXI. Carolina Gaspar Madeira (ESPM) Advergames: guia de recomendações em estratégias publicitárias para o Second Life Rodrigo Stéfani Correa (Uniderp), Thalita Benaglia Carvalho (Uniderp) Os 300 de Esparta usavam Catuaba? Como a Criatividade Transforma o Orkut em uma Ferramenta de Marketing. Nayane Monteiro de Almeida (UFC), Jose Riverson Araujo Cysne Rios (UFC)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 210 BLOCO BEGE

Convergência de mídias, publicidade e webdesign Coordenador: Maria Lúcia Becker (UEPG)

Ultrasegmentada, Convergente e Múltipla: A Publicidade nas Novas Mídias Karla Regina Macena Pereira Patriota (UFPE), Laryssa Emanuele Queiroz Farias (UFPE), Julia Aires Rossiter (UFPE), Daniele Araujo Freitas (UFPE) O Processo Criativo na Construção de Websites Missila Loures Cardozo (USCS), Amanda Garcia (USJT) Convergência midiática no Portal Canção Nova: um estudo de caso Ariane Aparecida Fonseca de Souza (FATEA), Lívia Fernandes Bernardo (FATEA) Convergência: O Hipertexto e a Fusão de Linguagens no Portal Terra Marcos Paulo Souza Correa (UFPA) O Emprego da Cor-Informação no Layout das Páginas dos Portais Sergipanos Infonet e Emsergipe.com Andreza Lisboa da Silva (UFS)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 211 BLOCO BEGE

Blogs, microblogs e redes sociais Coordenador: Rodolfo Stancki Silva (UEPG)

Os devires da linguagem blogueira: filtro, diário, informação e opinião Thalles Gomes Waichert Santos Costa (UFES), Fabio Luiz Malini de Lima (UFES)

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A Política na Twittosfera: o caso do AI-5 digital e uso de plataformas de microblog para o ciberativismo Leilane Cruz Correia de Lima (UFPE) Blog.com: Pontos de Convergência Comunitária em uma Ferramenta Individualizada Diogo Silva Miranda de Miranda (UFPA) Blog - comunicação e cibercultura na Pós-Modernidade Luísa Barwinski (UP) Sobre blogs e microblogs: A Cultura Snack e a Representação Social dos Usuários do Plurk Marcos Leivas da Silva (UCPel) Apropriação em Redes Sociais Online: Os Microblogs como forma de conversação e difusão de informação Murian dos Reis Ribeiro (UCPel) Twitter e agendamento na internet: reflexões acerca das variações no fluxo da informação com a utilização do microblogging Regis Torquato de Araújo Tavares (UFC), Thaís Jorge de Freitas (UFC) Twitter: uma nova forma de se comunicar? Pedro de Figueiredo (UFRJ)

Domingo l 06 de Setembro 08h30 às 12h00SALA 210 BLOCO BEGE

Webjornalismo, blogs/microblogs e mídias móveis Coordenador: Maria Lúcia Becker (UEPG)

Relato de pesquisa: a relação do leitor com três características do jornalismo online Gabriel Luis Rosa (UFSC), Thomas Michel Antunes (UFSC), Maria José Baldessar (UFSC) O cidadão é o repórter? Uma análise do webjornalismo participativo na Tribuna do Norte Higo da Silva Lima (UERN), William Robson Cordeiro Silva (UERN) A Super é Hiper? Um estudo das características do webjornalismo na publicação Superinteressante Juliana Francisca Razaboni (UFMT), Karina Galli Fraga da Silva (UFMT), Janaína Cristina Marques Capobianco (UFMT) Cartografia da Blogosfera no Brasil: perspectivas amazônicas Jessé Martins Cardoso (Ufes), Darshany LOYOLA (Ufes), Fábio Malini (Ufes), Nathalia Pompermaier C. Coelho (Ufes), Marcel Bussular Martinuzzo (Ufes) O blog como um novo meio para o jornalista de ciências Érica Masiero Nering (Unesp), Juliano Maurício de Carvalho (Unesp), Mateus Yuri da Silva Ribeiro Passos (UFSCar) Twitter: Interação em 140 Caracteres Paulo Roberto Teixeira de Araújo (UFC), Natália Mendes Maia (UFC) Características do Webjornalismo. Os Blogs de Diogo Mainardi e Marcelo Tas Allysson Viana Martins (UFPB), Cláudio Cardoso de Paiva (UFPB)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 319

INTERCOM 2009 l Curitiba

Twitter, Celulares e Jornalismo: Mídias Móveis no Processo Informativo Laiza Felix de Aguair (UFPB), Claudio Cardoso de Paiva (UFPB)

Domingo l 06 de Setembro 08h30 às 12h00SALA 211 BLOCO BEGE

Narrativa multimídia, cinema, web-rádio e TV digital Coordenador: Rodolfo Stancki Silva (UEPG)

Matrix: Ciberdrama e a Narrativa na Cibercultura e na Cultura da Convergência Leonardo Ferreira (UFC) Web-Rádio E Web-TV: Tecnologias da Informação e da Comunicação Atuando como Forma de Inclusão Digital nas Escolas de João Pessoa Rafael de Oliveira Miranda (UFPB), Rodolfo Maia Pimenta (UFPB), Thalyta Thassia Pereira da Costa (UFPB), Olga Maria Tavares da Silva (UFPB) Comunicação Comunitária na Web Rádio Intercampus Kalinne de Silveira Arcoverde (UFPB), Geovanna Ádya Cordeiro Dantas (IESP), Sara Luísa de Oliveira (UFPB), Norma Maria Meireles Macêdo Mafaldo (UFPB) Web Rádio Intercampus UFPB e um Novo Rumo das Práticas Acadêmicas. Thalyta Thassia Pereira da Costa (UFPB), Cybele C. Santos do Couto Soares (UFPB), Norma Maria Meireles Macêdo Mafaldo (UFPB) A Estética do Processo em Rede: Revisitando o Audiovisual em Ambientes Interativos Online Scheilla Franca de Souza (UESC), Roberto Ribeiro Miranda Cotta (UESC) Bases de implantação da TV Digital no Brasil: Uma proposta de integração dos núcleos de pesquisa acadêmicos para a consolidação de uma TV Democrática e Cidadã Leonardo Enrico Schimmelpfeng (Unesp) Conjecturas acerca do Cinema Interativo: Métodos, Espaços e Perspectivas Roberto Ribeiro Miranda Cotta (UESC), Scheilla Franca de Souza (UESC), Rodrigo Bomfim Oliveira (UESC)

Inovações técnicas e tecnológicas da TV Digital Késsija Moreira Santos (UESC)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 210 BLOCO BEGE

Redes sociais, produção colaborativa e ciberativismo Coordenador: Maria Lúcia Becker (UEPG)

Wikipédia: Questionando a Contemporaneidade Gustavo Almeida Raposo (UFRJ)

Usos do Orkut – O Movimento Heavy Metal e o BuddyPoke Enquanto Expressão de Subjetividade e de Identificação Élida Fabiani Morais de Cristo (UFPA), Renata Trindade Pinto (UFPA), Keila Marina Fukushima Rodrigues (UFPA), Haroldo França Rebouças Neto (UFPA)

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Forró e Redes de Comunicação: Sustentação da Cultura Musical Nordestina em São Paulo Isis Coutinho Coelho Pereira Fernandes (MACK) Cooperação na Internet: motivações e efeitos Karina Gularte Peres (UCPel) Ciberativismo: mídias digitais e o ativismo ambiental na rede Ana Paula da Silva Azevedo (UFPB), Alan Mangabeira Mascarenhas (UFPB), Olga Maria Tavares Da Silva (UFPB) Software Livre e Práticas Colaborativas: Uma Análise das Comunidades Ubuntu e Slackware Murilo Bansi Machado (FCL) Comunidade Vitória: Dinâmica e Participação Capixaba no Orkut Cibele Piazzarolo Lana (UFES) Redesenhando o Ecossitema da Comunicação: Mídias Sociais e o blog da Petrobrás Rodrigo Martins Aragão (UFPE) Jornalismo participativo e informação hiperlocal: o papel de mashups e hashtags na construção da notícia em redes sociais Nelson de Oliveira Neto (UFBA)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 211 BLOCO BEGE

Sociedade da informação, tecnologia e cultura Coordenador: Rodolfo Stancki Silva (UEPG)

A disseminação da produção musical via múltiplos formatos sob a égide do vigente paradigma tecnológico Marcus Antonio Alves Marçal (USP) O Entorpecer Intelectual de uma Sociedade Conectada à Informação Evandro José da Silva Neto (UNIT), Matheus Pereira Matos Felizola (UNIT) Tipografia Vernacular: os elementos tipográficos das letras do sapateiro Alves. Tarcísio Bezerra Martins Filho (Unifor) As novas estratégias de distribuição e divulgação de música Alexandre Bussadori Tomioka (ESPM) Um conto de mentiras, violência e morte da informação Guilherme Tortelli de Oliveira (UCPEL) Os limites do ser: a tecnologia penetrada no corpo humano e a humanização desenvolvida em dispositivos tecnológicos Caroline Gonçalves Rodrigues (Unesa), Bruna Rattes Alves Butkovski (Unesa) Uma (Re)Construção da Identidade Social Laiz Nascimento Dias (UESC), Larissa Sobral Conceição (UESC), Ingrid Bárbara Silva Santos (UESC) A Internet e as Expressões Culturais Amanda Neuman Monte Rocha (UNIT), Denio Santos Azevedo (UNIT), Polyana Bittencourt Andrade (UNIT) Sociedade de Controle: a perda da privacidade a partir dos avanços tecnológicos Salomão Habib Santos (UESC)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

DT6 – INTERCOM JÚNIOR – INTERFACES COMUNICACIONAISCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

SALAS 218 E 219 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 218 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 1ª SessãoCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

Fundamentos para análise de Jogos Educacionais Digitais - aproximações da teoria semiótica e da mente representacional Gabrielle da Fonseca Hartmann Grimm (UP), Carolina Calomeno (UP) Cybermedia: A tecnologia Comunicacional para Educar Larissa Danielle Tinoco Pacheco (CEFET-AM) Cidade e Mediação: Os Stickers como Intervenção Urbana e Interação em Rede Ana Carolina Souza Coelho Jácome (PUC Minas) Google Latitude: Dispositivo de Controle? Fernando Rizzaro de Almeida (Unesa), Sara Martins Silva (Unesa) O que você está fazendo? - um estudo da socialidade no twitter Filipe Valvassori Speck (UFSC), Nanni Rios (UFSC) CONECADOS: a cultura dos games entre os jovens em Lan Houses Dyolen Emanuel Vieira de Souza (UFMT)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 218 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 2ª SessãoCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

Vídeo-aulas para alunos de empreendedorismo: aplicações metodológicas para aprimoramento da aprendizagem em sala de aula Iara de Oliveira Gomes (Unicentro), Jamile Santinello (Unicentro) A Influência da Internet na Educação e no Consumo dos Jovens da Rede Particular e Rede Pública de Ensino Jamilly Ribeiro Vilela (UFS), Carlos Alberto Alves Lima (UFS), Ingrid Hellen Andrade de Souza Ribeiro (UFS) Media Literacy: Estudando o trailer de cinema no Ensino Médio Mariana Pícaro Cerigatto (USC) O Projeto Mídia Jovem Enquanto Proposta de Educomunicação da Secretaria de Estado da Comunicação Social e a Construção do Marketing Governamental Daniela Lisboa Lapa (UFS)

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Limites do uso das TICs em escolas municipais de Juiz de Fora e região Ros Alyssa Gomes Vieira (Facom/UFJF), Bruno Fuser (Facom/UFJF) Educomunicação e Novas Mídias no Espaço Escolar Fabiane Aparecida Paza (UFSM), Caroline Casali (UFSM) Comunicação e tecnologia na educação: A multimídia como ferramenta pedagógica Douglas Junio Fernandes Assumpção (IESAM), Joyce Correa Almeida e Almeida (IESAM), Artur Alex Loureiro Araújo (IESAM)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 218 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 3ª SessãoCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

“E o vento o levou... até as periquitas violetas” – Estudo sobre a representação das mulheres no álbum “Garotas de Tóquio” Tiago Canário de Araujo (UFBA) Um novo lado da lua: The Charque Side of the Moon, identidades e estética pós-moderna Enderson Geraldo de Souza Oliveira (Unama) Entre o herói e o vilão: uma análise de Coringa e Batman Débora Cristina Ramos Antunes da Silva (UFV) Corpo e Comunicação: A Representação do Corpo Veiculada pela Revista Boa Forma Sofia Batista Ferraz (Unifor) O Papel das Identidades Culturais na Pós-Modernidade Cristiana Craneiro Euclydes (UFES) O Jovem Pichador Urbano: uma Câmera na Mão e uma Lata de Spray no Bolso Ana Carolina Viestel Laguna (PUCSP)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 219 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 4ª SessãoCoordenador: Paulo Negri Filho (UFPR)

A resistência pela memória Um estudo do grupo cultural constituído por freqüentadores de Bailes da Saudade em BelémRodrigo Rodrigues da Cruz (UFPA) Entre o Palco e a Platéia: Visões Sobre o Processo de Comunicação Entre os Grupos de Teatro de Manaus e Seus Espectadores Clayton Souza Nobre (Ufam) A (re) criação de signos no cordel de CaxiadoKarolina de Almeida Calado (Favip), Diogenes José Pereira Barbosa (Favip)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 323

INTERCOM 2009 l Curitiba

Projeto Jogo Limpo: uma experiência local de educomunicação para o meio ambiente Felipe Gustavo Guimarães Saldanha (UFU), Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU), Mirna Tonus (UFU) Análise crítica das práticas de Educomunicação na Escola Municipal Professora Anailde Santos de Jesus, em Itabaiana-Se Lílian Fonsêca Fernandes (Unit) Comunicação e Esporte nas Estratégias Organizacionais Ana Carolina Sciena (UEL), Bruna Gabriela Simões (UEL), Mariângela Benine Ramos Silva(UEL)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 218 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 5ª SessãoCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

Divulgação Científica na TV Pública: Um Estudo Exploratório do Edição Nacional Tatiana Ferraz de Sá (UFPE) Da telenovela à sala de aula: conflitos e aprendizagens Daiana Weber Chagas(UFSM), Rosane Rosa(UFSM) Aspectos Contemporâneos da Educação: Televisão e Escola uma interação possível Roseli Pereira Nunes (UFS), Cláudia Santos de Oliveira (UFS) Comercial de Televisão na TV Educativa? Um estudo sobre os intervalos comerciais da FURB TV Blumenau Rafael Jose Bona (FURB/Univali), Roberta Del-Vechio (FURB) O consumo da televisão por jovens de classe popular e as mediações da família e da escola Karina Aurora Dacol (UFSM), Sarah Oliveira Quines (UFSM), Juliano Florczak Almeida (UFSM), Gabrielli Siqueira Dala Vechia (UFSM), Veneza Veloso Mayora Ronsini (UFSM) A Percepção da Identidade Homoafetiva em Telenovelas: as Recepções Massiva e da Audiência Folk em Perspectivas Comparadas Guilherme Moreira Fernandes (UFJF) Audiência jovem e escola: o telejornalismo para uma mediação escolar Sheila Irene Gorski Fernandes (Unibrasil), Emerson Urizzi Cervi (UFPR)

Domingo l 06 de Setembro14h00 às 18h00SALA 219 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 6ª SessãoCoordenador: Adriana Tulio Baggio (Facinter)

Os Novos Processos de Evangelização da Igreja: Uma Análise da Influência da Mídia na Carreira do Cantor Pe. Fábio de Melo Thamiris Magalhães de Sousa (Unama)

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Os Líderes de Opinião e a Comunidade Comunicante em uma Romaria Iury Parente Aragão (CEUT)

A Espetacularização do Discurso Religioso em Tempos de Midiatização: Estratégias de “cura” na Nação dos 318 Carlos Renan Samuel Sanchotene (Unisinos) A Recepção da Rádio Católica FM Dom Bosco Juliana Oliveira Andrade (FACE) Um templo diferente: como a Igreja Internacional da Graça modificou seus cultos com o uso dos dispositivos midiáticosCarolina Moro da Silva (Unifra), Ananda da Silva Delevati (Unifra) Programa Show da Fé: discurso híbrido entre o religioso e o midiático Camila Klein Severo (Unifra), Viviane Borelli (Unifra) A permanência da leitura da Bíblia como prática social diante das transformações de produção e distribuição pelo mercado brasileiro.Elisa Hoerlle (UFRGS)

Segunda-feira l 07 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 218 BLOCO BEGE

DT Interfaces Comunicacionais / Intercom Júnior - 7ª SessãoCoordenador: Gustavo Guilherme da Matta Caetano Lopes (Facinter)

Guerra do Contestado: uma proposta de trabalhar as manifestações culturais através do rádioFabíola Raphaela Thibes (UEPG) A Educação em Pauta: o programa UFPA Ensino nas ondas da Rádio Web UFPA Suzana Cunha Lopes (UFPA) Ambientes de Interação na Internet como Esferas Públicas: um Estudo dos Comentários de Leitores da Folha Online Samuel Anderson Rocha Barros (UFBA) Do Ouro a Prata: A Cobertura Jornalística da Folha de São Paulo acerca da Seleção Masculina de Vôlei nos meses de Julho e Agosto de 2008 Camila Ferrari de Azevedo (Unifra) Análise do site Overmundo a partir dos conceitos de webjornalismo e webjornalismo cidadão Díjna Andrade Torres (UFS) Meios de Comunicação e os Desafios da Escola Diêgo Raniery Pereira dos Santos (UESC) Comunicação em Eventos na Era Digital: A reação das Agências de Publicidade e Propaganda de BlumenauMilton Antonio Corrêa de Almeida (Uniasselvi)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 325

INTERCOM 2009 l Curitiba

DT7 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO, ESPAÇO E CIDADANIACoordenador: João Augusto Moliani (Unibrasil)

SALAS 220 E 221 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 220 BLOCO BEGE

Educomunicação e Representações na MídiaCoordenador: João Augusto Moliani (Unibrasil)

A Busca pela Cidadania através da Edu-Comunicação e Movimentos Sociais Gabriela Spagnuolo Cavicchioli (UEL) O desafio da produção audiovisual por alunos de escolas públicas douradenses: um estudo de caso do Projeto Cine-Escola Jany Carla Arruda da Silva (Unigran) Rádio Sapeca: Cidadania e Educação no Lar Vila das Flores Alice Dutra Balbé (Unifra), Leticia Sarturi Isaia (Unifra), Joyce Noronha Rodrigues (Unifra) Jovens e Telejornalismo: a busca pelo direito à comunicação e à informação como prática de extensão e pesquisa em Juiz de Fora Bárbara Garrido de Paiva Schlaucher (UFJF), Alice Magalhães Linhares (UFJF) Comunicação: Mediação entre Sociedade e Universidade no Programa Conexões de Saberes da UFALShyrlene de Alcântara Santos (UFAL) A comunicação vai à escola: dificuldades e conquistas no experimento da Educomunicação Cândida de Oliveira (Unijuí), Letícia Demoly de Mellos (Unijuí)

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 221 BLOCO BEGE

Comunicação Comunitária, Gênero e CidadaniaCoordenador: Marlus Forigo (UTP)

No ar, a comunidade: um estudo de recepção a partir das rádios comunitárias de Santa Maria Juliano Pires da Rosa (Unifra), Carlos Renan Samuel Sanchotene (Unisinos) A mulher jornalista na editoria de esportes Nayara Maria Vasconcelos (Unifae) Comunicação e Cidadania: o boletim da Intecoop/UFJF como instrumento de mobilização e inclusão social Ivanna Aguiar de Castro (UFJF), Raruza Keara Teixeira Gonçalves (UFJF), Christina Ferraz Musse (UFJF) O Uso do Closed Caption como Ferramenta de Inclusão Digital dos Deficientes Auditivos nos Telejornais Renata de Carvalho Almeida (UFC), Maurício Isac Cardoso (UEM), José Riverson Araújo Cysne Rios (UFC)

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Estado da Arte da situação atual do jovem rural: a construção de suas identidades Solange Prediger (UFSM), Elisangela Carlosso Machado Mortari (UFSM)

Identidades pela pratica fotográfica do Vista Boa em Boa Vista, em Fortaleza, Ceará Camila Garcia Coelho (Unifor) Casas de farinha: Mulheres e Representações Sociais Marina Sartório Faria (UESC), Joliane Olschowsky da Cruz (UESC)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 220 BLOCO BEGE

Educomunicação e Representações na MídiaCoordenador: João Augusto Moliani (Unibrasil)

Comunicação para a cidadania: reflexões sobre a oficina de Jornal Impresso Laila Cupertino Hallack (UFJF), Ludyane Chaves Agostini (UFJF) Educação e Cidadania na mídia: um estudo da grade da programação da TV aberta brasileira Viviane da Silva Mendes (Unicsul) Educomunicação e o filme “Pequena Miss Sunshine”: Um olhar infantil sobre valores sociais Nadia Garlet (UFSM), Andressa Schneider (UFSM), Lia Procati (UFSM), Rosane Rosa (UFSM) A lenda alenta: um projeto em construção Flávia Danieelly de Sousa Costa (Unesp), Mariana Rodrigues de Sousa (Unesp), Ana Cláudia Nogueira de Lima (Unesp) Notas sobre educação sergipana na primeira metade do séc. XX no jornal católico “A Cruzada Elbênia Marla Ramos Silva (UNIT), Rozendo de Aragão Sá (UNIT), Ronaldo Nunes Linhares (UNIT) “Não, eles não são gays...Eles são...fofos!” A Representação Da Nova Masculinidade Na Mídia Bárbara Morsch Lipp (UCS) Rosário em Festa: representação, identidade e fé Ariel Lucas Silva (Promove), Vanessa Marques da Silva (Promove), Christiane Pitanga Serafim da Silva (Promove)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 18h00 SALA 221 BLOCO BEGE

Comunicação Comunitária, Gênero e CidadaniaCoordenador: Marlus Forigo (UTP)

Comunicação, Espaço e Cidadania Brena Daniela Vila Nova Magalhaes (FAVIP) A Recepção dos Processos Comunicacionais no Quilombo Barra de AroeiraGabriela Glória de Castro (UFT), Sóstenes Reis Siqueira (UFT), Marluce Evangelista C. Zacariotti (UFT)

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Reflexão da História das Políticas Públicas de Comunicação no Brasil Júlia Marques de Lima (UCB), Rafiza Varão (UCB)

Uma viagem pelo Núcleo de Pesquisa Comunicação para a Cidadania: Tendências & Tendências nos últimos cinco anos Fabianna Marques da Fonseca da Silva (Unesa), Natália Gomes Albertini (Unesa), Izabella Werneck de Oliveira (Unesa) A experiência do Fazendo Bem no Pará: um produto da Agência Unama de Comunicação pelos Direitos das Crianças e dos AdolescentesAnna Elisa Pedreira (Unama), Emilly da Silva Garcia (Unama) Meio Ambiente sob a perspectiva do conteúdo de um jornal sergipano Claudia Santos de Oliveira (UFS), Roseli Pereira Nunes (UFS) Classificação Indicativa da Mídia Audiência e discurso na representação identitária Rafaela Bordin (UFSM)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 220 BLOCO BEGE

Movimentos Sociais, Redes e Novas TecnologiasCoordenador: João Augusto Moliani (Unibrasil)

When The Meninas Came To Town: as brasileiras na capa da Revista Time Naara Lima Normande (UFAL) Eles e Nós: um estudo sobre a visão do jornal Lampião da Esquina sobre a grande imprensa brasileira Diogenes de Souza Santos (UFS), Victor Hugo de Souza Oliveira (UFS), Fernando Luiz Alves Barroso (UFS) Ciberativismo: espaço de comunicação e militância na Internet Lara Nasi (Unijuí) Os Blogs e o Jornalismo Cidadão: Um Estudo de Caso de Blogs Paraenses e Ciranda na cobertura do Fórum Social Mundial Marcos Moraes Barbosa (Unama), Luciano Cunha Santa Brigida (Unama)

A construção identitária do consumidor negro em comunidades do Orkut Carolina Prestes Yirula (ESPM), Tânia Márcia Cezar Hoff (ESPM) Juventude e Mídia: Uma Análise da Influência Televisiva na Sexualidade Juvenil Andrea Chagas Alves de Almeida (Unifor) Comunicação e Movimentos Sociais: Uma Análise do Papel da Comunicação no Movimento dos Sem-Teto da Bahia André Ricardo Araujo Virgens (UFBA), Clarissa Viana Matos de Moura (UFBA)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 221 BLOCO BEGE

Comunicação Internacional, Regional e LocalCoordenador: Marlus Forigo (UTP)

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328 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

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A TV Regional em Campinas: Um estudo da programação da TV Brasil Pedro Carvalho Garcia (PUC-Campinas) O poder e o papel da comunicação midiática mediante o desenvolvimento regional Carina Hörbe Weber (UNISC) A imigração mexicana na Califórnia nas páginas de um livro-reportagem: uma valorização do conteúdo a partir do suporte jornalístico Christian Miguel da Silva (UEPG) A Comunicação da Mineiridade: o Corpo e o Galpão das Gerais Fernanda Miranda Alves Costa (UFF) Uma urbanidade rural ou uma ruralidade urbana: estratégias de inclusão e exclusão no Galpão Crioulo Flavi Ferreira Lisbôa Filho (Unipampa), Maria da Graça Portela Lisbôa (Unifra), Nísia Martins do Rosário (Unisinos) Cine Poeira: Novos Usos do Espaço Cinematográfico Vinicios Kabral Ribeiro (UFG)

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 220 BLOCO BEGE

Movimentos Sociais, Redes e Novas TecnologiasCoordenador: João Augusto Moliani (Unibrasil)

Comunicação e Marketing no Terceiro Setor: Por quê e para que a comunicação deve existir no trabalho das Organizações da Sociedade CivilMariana de Melo Rico (ESPM) O Idoso na Era da EficiênciaFernanda Chocron Miranda (UFPA), Vanessa Brasil de Carvalho (UFPA), Clareana Oliveira Rodrigues (UFPA), Filipe Lobo da Silva (UFPA) Todos os Sentidos: no ar, para dar voz às pessoas com deficiência Iara Gomes de Moura (UFC), Lorena Alves Almeida Crispim de Sousa (UFC), Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante (UFC), Henrique Sérgio Beltrão de Castro (UFC) A re-invenção cultural dos índios Tapebas por meio da inclusão digital. Ravena Sombra Martins da Silva (Unifor) A Assessoria de Comunicação como mediadora da Esfera Pública Amanda Dias Capistrano (Fa7), Ismar Capistrano Costa Filho (UFC) Assessoria de imprensa em movimentos ativistas: ferramentas e ideologia Danubia Piva (Unochapecó), Fernanda Karini Dreier (Unochapecó) Diferenças e semelhanças da publicidade ativista em relação à publicidade empresarial Lucas Francis Alves Da Cruz (Unochapecó), Juliano Viana (Unochapecó) Políticas Públicas e Comunicação Empresarial: A relação entre a Alcoa e a população local de Juruti Raphaella Marques de Oliveira (UFPA), Janine de Kássia Rocha Bargas (UFPA)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 14h00 às 18h00SALA 221 BLOCO BEGE

Comunicação Internacional, Regional e LocalCoordenador: Marlus Forigo (UTP)

Uma tendência regional de fazer TV: análise do caso da EPTV Central. Henrique de Oliveira Teixeira (UFSCar) O Capitalismo na Era da Glocalização - A Sociedade da Informação e a Exclusão Digital Jhonatas Mendonça Rocha (Unesp), Denise Businaro Aielo (Unesp) Se organizando pela América: como o movimento de Barack Obama vem revolucionando a comunicação política e a mobilização social através da Internet Thiago Ribeiro Rocha (UFS), Messiluce da Rocha Hansen (UFS) O Regional para o Nacional: os profetas da chuva na visão do Jornal Nacional Vinícius Carlos Sampaio Mota (UFC), Flávio Vinícius Soares de Souza (UFC) A Perspectiva Sobre o Tema do Meio Ambiente nos Jornais Natalenses Tribuna do Norte, Diário de Natal, Correio da Tarde e Jornal de Hoje Juliana Bullões Alberto Dantas (UFRN), Sebastião Guilherme Albano da Costa (UFRN) Do Espetáculo à Mídia Radical na Periferia de Fortaleza Zoraia Nunes Dutra Ferreira (FACE) Aspectos da Comunicação Rural em Frederico Westphalen Heloise Chierentin Santi (UFSM/Cesnors), Priscila Devens (UFSM/Cesnors)

Identidade e mídia: a questão indígena nas cidades da Amazônia Lara Thaís de Souza Lages (UFPA), Janine de Kássia Rocha Bargas (UFPA), Izabelle Aguiar de Araújo (UFPA), Jóice Denne Mamede Damasceno (UFPA)

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DT8 – INTERCOM JÚNIOR – ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃOCoordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei)

SALAS 222 E 223 BLOCO BEGE

Sábado l 05 de Setembro 09h00 às 12h00 SALA 222 BLOCO BEGE

Estudos Interdisciplinares sobre JornalismoCoordenador: Renata Duarte (UTP)

A Interatividade entre os Signos Verbais e Não Verbais na Notícia Jornalística Gabriela Gini da Silva (Unesp) Uma leitura semiótica do verbal e não verbal da reportagem “Pedofilia. Quando o inimigo é da família” Marina Veroneze Vieira (Unesp), Adenil Alfeu Domingos (Unesp) Relações raciais nos cadernos de saúde dos jornais impressos Wellington Oliveira dos Santos (UFPR) Jornalistas e Funcionários de Limpeza: um estudo de recepção do programa Brasil Urgente Rafael do Nascimento Grohmann (UFJF), José Roberto Castro e Silva (UFJF) A Metalinguagem Como Recurso Estilístico Nos Quadrinhos Da Turma da Mônica Joice Siqueira de Souza (UFPA), Natássia da Fátima dos Anjos Ferreira (UFPA)

Sábado l 05 de Setembro 09h30 às 12h00SALA 223 BLOCO BEGE

Estudos Interdisciplinares sobre Televisão Coordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei)

Diversidade Cultural na TV: paralelos da relação entre comunicação e cultura Amanda Aparecida Silva (PUC - MG) Poder: da coercitividade medieval ao simbolismo televisivo. Sara Silva Martins (Uesa), Fernando Rizzaro de Almeida (Unesa) O Velho e o Novo no Discurso Televisivo de Ficção: uma Análise da Minissérie Hoje é Dia de Maria Laís Barros Martinsc (Unesp) Comunicação e Cultura: a lacunal distância entre a novela e a paróquia Laísa Veroneze Bisol (UFSM), Arnaldo Requia Neto (UFSM), Caroline Casali (UFSM) “Minha mãe é a TV”: a mídia no lugar do Grande Outro Guilherme Reolon de Oliveira (UCS)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Gestão da Comunicação: A Imagem da Empresa de Comunicação Representada na Telenovela Adaci Aparecida Oliveira Rosa da Silva (USP) A Botânica na TV: Um Estudo Sobre o Programa “Um Pé de Quê?” Luísa Roig Martins (UCPel)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h45SALA 222 BLOCO BEGE

Indústria Cultural e Arte Coordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei)

Um Breve Debate Sobre a Indústria Cultural Leandro Raphael Nascimento de Paula (UFPa) Análise Semiótica da Obra Dom Quixote: Música e Literatura Vanessa de Lima Gomes (UCS) Estudos sobre Semiótica da Arte Isadora Finger Bittencourt (UCS) Poesia No Rádio. Uma Análise do Programa Sem Fronteiras, Plural Pela Paz. Submetendo ao Intercom Júnior na Divisão Temática: Estudos Interdisciplinares da Comunicação Emília Gomes Morais (UFC) A Recepção Estética de Texto Publicitário com Processo de Apropriação da Poética Visual de Vincent Van Gogh Vanessa Hauser (Unijuí)

A Iconologia Imaginária de Ítalo CalvinoAlan Santiago Norões Queiroz(UFC)

Sábado l 05 de Setembro 14h00 às 15h30SALA 223 BLOCO BEGE

Conhecimento e difusão científicaCoordenador: Renata Duarte (UTP)

Produção e Difusão Científica na UFT: Mapeamento e identificação de variáveis associáveis à produtividade científica de docentes/ pesquisadores do Campus Universitário de Palmas Valmir Teixeira de Araújo (UFT), Judivan Alves Ferreira (UFT), Alessandra Pereira Brito (UFT), Mary Stela Muller (UFT) A Divulgação Científica e a Fotografia na transmissão do conhecimento científico Ícaro Gomes Ramos (UESC), Joliane Olscowsky da Cruz (UESC) Uma pesquisa de opinião pública sobre a efetividade do Enade enquanto método de avaliação do ensino superior: desinformação e busca de caminhos Carla Fernanda da Silva de Morais (UEL), Larissa Squizzato (UEL), Luis Carlos Barbosa (UEL)

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Tendências Teórico-Metodológicas na Produção Científica da Faculdade Cásper Líbero Ana Paula Rodrigues dos Santos (FCL) Avaliação da Competência Leitora em Estudantes Universitários Ingressantes Josiane Apareceida Canterle (UFSM), Heloise Trentin Santi (UFSM), Elias José Mengarda (UFSM)

Sábado l 05 de Setembro 15h45 às 16h15SALA 222 BLOCO BEGE

“Êxtase gráfico”; a viagem ao universo visual das raves Coordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei)

“Êxtase gráfico”: a viagem ao universo visual das raves - Um breve estudo sobre as possibilidades estéticas do design gráfico em flyer art. Nilton Alcântara Silveira (UFC), Francisco Norton Falcão Chaves (UFC)

Sábado l 05 de Setembro 16h15 às 18h00SALA 222 BLOCO BEGE

Comunicação e culturas: construções de modelos e valores Coordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei)

Discurso e formação de valores nas cantigas de ninar e de roda Maria Graciete Carramate Lopes (ECA - USP), Roseli A. Figaro Paulino (ECA - USP) A Produção de Comunicação e Cultura na Periferia da Grande Vitória – ES: Novos Discursos, Novos Sujeitos de Comunicação Michelli de Souza Possmozer (UFES), Fabio Malini (UFES) O imaginário do casamento ideal na imprensa do interior: um estudo de caso. Thalita de Freitas Silva (Uniube), André Azevedo da Fonseca (Uniube) Adolescência e Virgindade Como a música pop reforça determinadas identidades culturais Marcelo Henrique de Mendonça Lopes (UFF) Precisamos matar Amy Winehouse ou A construção de um mito contemporâneo Carla Detoni Lanini (UFJF), Evandro José Medeiros Laia (UFJF)

Sábado l 05 de Setembro 15h30 às 18h00SALA 223 BLOCO BEGE

Culturas Regionais, Identidades e Hibridização CulturalCoordenador: Renata Duarte (UTP)

A visibilidade da cultura nordestina propiciada pela banda “Cordel do Fogo Encantado” Natalia dos Santos Gonzales (Uesp), Tamires Löw Gonçalves (Unesp)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Comunicação e Políticas Públicas: Um Estudo de Caso sobre a Literatura de Cordel em Sergipe Aline Lisboa da Silva (UFS)

Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro: Uma Tradição Inventada? Beatriz Jucá Pinheiro (UFC)

Análise das ações de responsabilidade social das grandes empresas na identidade capixaba. Giordany Bossato Soave (UVV) Jumun: pensando o sucesso ocidental da cultura pop asiática através da boyband sul-coreana Dong Bang Shin Ki. Talita De Cássia Mota (Unesp) A identidade cultural de Teresina na publicidade dos seus 156 anos: memória e hibridismo Camila Calado Lima (UFPI), Gustavo Fortes Said (UFPI)

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 10h45SALA 222 BLOCO BEGE

O Feminino e o Masculino na ComunicaçãoCoordenador: Renata Duarte (UTP)

Entre o ler e o fazer: a relação dos mitos sociais de feminino e masculino nas revistas com o modo de vida de seus leitores Aline Josiane Schuster (UFSM), Caroline Casali (UFSM) Mente ou coração: a mulher pós-feminista de Love Hina Anita Gonçalves Hoffmann (Unicentro) A beleza das mulheres pelas capas Janaina Cruz de Oliveira (UFSM)

Domingo l 06 de Setembro 10h45 às 12h00SALA 222 BLOCO BEGE

Internet: linguagem e interaçõesCoordenador: Renata Duarte (UTP)

A semiose na logomarca do portal esotérico “Personare”, na internet Moema Costa Nascimento (UFS), Lilian Cristina Monteiro França (UFS) A Incomunicabilidade nas Relações no Real Frente ao Deslocamento do Homem no Virtual Guilherme Nogueira Bittar Celestino (ECA-USP) Análise Semiótica da Linguagem dos Meios Digitais via Twitter Luciana Andreazza (UCS)

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INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 09h00 às 12h00SALA 223 BLOCO BEGE

Poder e PolíticaCoordenador: Joanita Aparecida Ramos (Eseei) Análise e Compreensão do Socialismo do Ponto de Vista SemióticoFrancisco Carlos Vieira de Sá (UCS)

Comunicação para a democracia: propostas de referências para orientar a comunicação a social dentro do projeto democrático contemporâneoJairo Rocha Ximenes Ponte (UFPE), Ivna Nilton Marques Girão (Unifor) Transparência e Accountability no governo americano: uma análise do site Recovery.govPaula Cristina Janay Alves de Oliveira (UFBA), Lucas dos Santos Reis (UFBA) Das lutas simbólicas: a comunicação e a cultura experimentadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em sua atuação contra-hegemônicaHelena Martins do Rêgo Barreto (UFC) Comunicação e visibilidade nos processos políticos de Uberlândia – MG: A relação entre mídia e política na cidade Carolina Tomaz Batista (UFU), Natália de Oliveira Santos (UFU), Adriana Cristina Omena do Santos (UFU)

Contextos eleitorais e adequações das estratégias de comunicação – as modificações discursivo-imagéticas de Custódio Mattos nas eleições juizforanas de 2004 e 2008José Roberto Castro e Silva (UFJF), Anamaíra Pereira Spaggiari Souza (UFJF) Os Personagens Televisivos e a Personalização da Política nas Eleições de Juiz de Fora em 2008 Rodrigo Toledo Tafuri Ferreira (UFJF), Rafael do Nascimento Grohmann (UFJF) O Drama na Política Maria Izabel Muniz Ferrari (UFF)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 335

INTERCOM 2009 l Curitiba

XVI EXPOCOM – JORNADA DE PESQUISA EXPERIMENTAL EM COMUNICAÇÃO

I – CINEMA E AUDIOVISUAL

CA01. Filme de FicçãoSala 119 – Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

A última liçãoAutor(es): Manoela Moura, Yana Lima (Uninorte)

Cartas a um irmãoBruno Jareta (Unesp)

Eleonor e FlávioMaurício Fernando Schneider Kist (Unisc)

CA02. Filme de não-ficçãoSala 103 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h40

A vida com efeito – Lourenço Mutarelli Celso Cunha e Eduardo Liron (Metodista)

Dragstars Joseylson Fagner dos Santos (UFRN)

Juventude acumulada Luísa Cobalchini Damásio (Unisc)

CA04. RoteiroSala 104 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

SentidosRafael Ferreira Ruzene (Metodista)

Um poema para sempreRicardo Mitterer (Unoesc)

CA05. Vídeo-minutoSala 105 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 15h20

FedoraEduardo Henrique A. Liron (Metodista)

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336 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

CA06. VideoclipeSala 106 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

Granada Murilo Costa de Paula (Metodista)

Por que não? Bruna Mara Wanderley, Danielle Castro, Paula Viana, Wesley Morais (UFRN)

CA07. Programa laboratorial de rádioSala 107 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 10h20

Programa de Rádio Cinemusic Luana Freislebem (Unoesc)

Recapitulando – memória da telenovela brasileira Julio Cesar Fernandes (Umesp)

Podcast TelecastMyrianna Coeli Oliveira de Albuquerque, Tatyane Oliveira, Maria Angela Pavan (UFRN)

CA08. Programa laboratorial de TVSala 108 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

Fotoquetv Laísa Fioravante, Elias Guerra, Pedro Garcia. Orientação: Duda Bentes (UnB)

Vestígios Rodrigo Igreja (USCS)

CA09. Programa de áudio/rádioSala 109 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 15h20

Línguas do Brasil Priscila Quintal e Maria Cláudia Guaratto (FRB - SP)

Programa Insônia Cristina Alves, Marcelo Augusto, Marina Pereira, Sandra Regina. Orientação: Claudinei Pecois (UCDB)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 337

INTERCOM 2009 l Curitiba

CA010. Programa de vídeo/TVSala 110 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 16h40

10 anos de Bicho de Pé - Escrevendo um vídeo, contando uma históriaConrado Vidal Lourenço da Silva (FRB - SP)

Comunicação e educação: a sensibilidade das relações no hipertempo Fábio Maikel Pereira Alves, Suelaine Soraia, Cantanhede Pereira, Rose Ferreira (UFMA)

Som daquiMarina Vlacic Moraes (Unisc) e Matheus Unfer de Freitas

Ilha de Vera CruzJuraci Oliveira Campos Júnior, Agnes Daiane da Silva, Gabriela Silva de Araújo, Igor Dore do Couto Ramos, Pedro Lourenço Sobrinho Neto, Jackson Robles (Uniron)

CA11. RadionovelaSala 111 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h

As dores de Dolores Lamonier Charles Souza de Araújo, Jamaika de Lima Fernandes, Fyllype Ytalo da Silva Costa, Rui Alckmin Rocha Filho (UFRN)

CA12. Vinheta de TVSala 112 – Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h40

XilindróNívea Miyaura (Metodista)

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338 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

II – JORNALISMO

JO01. Agência JrSala 104 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

Agência da Hora André Bottezini Piovesan (UFSM)

Agência de Jornalismo da Universidade Metodista Leandro Machado Tavares (Metodista)

JO02. Projeto de assessoria de imprensaSala 105 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

Assessoria de Comunicação Especializada no Setor VarejistaMariah Barbosa Escobar, Isabella Graziosi e Johanna Campos (Mackenzie)

Projeto de Assessoria Boneca Sai da Caixa João Eduardo Silva de Araújo, Hortência Silva Nepomuceno dos Santos, Alana Damasceno Arruda Câmara, Rodrigo Lessa Cézar Santos, Marcel Rodrigues Queiroz Ayres Dantas, Carolina Guimarães Ribeiro, Cíntia Guedes Braga, Paula Cristina Janay Alves, Jéssica Monteiro Passos, José Carlos Mamede (UFBA)

JO03. Jornal-laboratório impressoSala 106 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h20

Jornal ImpressãoBruno de Melo (UniBH)

Jornal laboratório Zero Luisa Ponzoni Frey (UFSC)

Oficina de Notícias Júnia Cristina Ortiz , Enrique Escudero, Paulo Maurício Correia (Uesb)

JO04. Jornal-mural laboratórioSala 107 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

Teia na paredeGabrielle Chamiço (UP)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 339

INTERCOM 2009 l Curitiba

USCS CidadaniaElias Martins de Moura (USCS)

PET Caboquinho Ila Clicia Ferreira da Silva ; Thayra Azevedo Peters ; Delberson de Moura Soares; Luiza Elayne Azevedo Luíndia (UFAM)

JO05. Revista-laboratório impressaSala 108 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 15h20

Revista Corpo da matéria Gilson Garrett Algauer Júnior (PUC/PR)

Revista MúltiplaMatheus Cruz Laboissière e Bruno Melo (UniBH)

JO06. Programa laboratorial de radiojornalismoSala 109 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

A cultura da informação musical nas ondas do rádioDandara Simão da Silva (Uniron)

Nossa Língua Falada Isabela de Castro Rocha Vicente de Azevedo (UnB)

Programa Facult Juliana Patrícia Morelli (Facinter)

JO07. Programa laboratorial de telejornalismoSala 110 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h

Em pauta: um olhar sobre a cultura sul-mato-grossense Luciana da Silva Navarro (Estácio/MS)

HipHop da floresta Quetila Ruiz Cavalcante dos Santos; Renata Assis Beccaria (Uniron)

Série Aventura do EsporteCíntia Neves de Azambuja, Junior Gomes e Alexandre Madruga (Unisuam)

Terceiro PlanaltoRenata Caleffi (Unicentro)

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340 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

JO08. Site jornalísticoSala 107 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h40CuritibaAgoraPamela Aparecida dos Santos (PUC-PR)

Portal da CiênciaKamila Vasconcelos Mendes, Allan Soljenítsin Barreto Rodrigues (Fac. Boas Novas)

Toque da Ciência: uma experiência com novas TIC para divulgação científica audiofônicaÉrica Masiero Nering (Unesp)

JO09. Jornal impressoSala 106 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h40

Olhar socialIsaac Ramiris (USCS)

Questão de ordem: reforma ortográfica Allysson Viana Martins, Thiago Soares (UFPB)

JO10. Jornal-muralSala 105 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

O golpeJuliana Silva Sakae (UFSC)

Primeiro textoFelipe Justiniano Pupo (Unisanta)

Mural da oficina Monique Linhares Gomes, Jocélio Leal (Unifor)

JO11. Revista impressaSala 104 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

B.O. Carolina Barradas, Vívian Souza, Carlos Henrique Brito, Josenilda Ribeiro (FIB)

Paralela - Revista Feminina de Bolsa Natalia Barrenha (Unesp)

Ponto e vírgula Adriana Seguro Meyge Vale (UFSC)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 341

INTERCOM 2009 l Curitiba

Revista ExpediçãoQuetila Ruiz Cavalcante dos Santos; Renata Assis Becária ; Leiliane Ribeiro Mendonça; Karllini Porphírio Rodrigues dos Santos; Giceli Rita Soupinski (Faculdade Interamericana de Porto Velho - Uniron)

JO12. RadiojornalSala 104 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

De mala e Cuia - um radiojornal educativo sobre a chegada da Família RealMaristela Paiva (UFV)

Outras ondas: revista jovem semanal Débora Maria Moura Medeiros, Roberta Felix Duarte, Raimundo Nonato Lima (UFC)

Paranoá Especial: Notícia na Radiodifusão Comunitária do DF Roberta Borges Camargo Lima, Rodrigo Lopes de Aguiar (IESB)

Radiojornal EcolândiaGabrielli Siqueira Dala Vechia (UFSM)

Sexo verbal Clareana Oliveira Rodrigues (UFPA)

JO13. Documentário em rádioSala 103 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 11h

Contraponto Felipe de Camargo Melhado (UEL)

Santo de Casa: as vozes do Maranhão na Universidade FMSeane Alves Melo, Anna Carolina Paiva Diniz, Andreza dos Santos Souza, Zaíra Almeida, Sandra Viana, Eveline Lopes Cunha (UFMA)

Windhuk: A décima terceira viagemAbraão Ramos e Felipe Almeida (Uniban)

JO14. Documentário em vídeoSala 105 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

Clodoaldo Silva: o esporte como inclusão social Tobias Nevesilva, Ítalo Freitas, Camilla Káteb, Cintia Barreto, Fabio Desilva (UnP)

Mídias e grades Aldenor da Silva Pimentel (UFRR)

Por amor ao forró Adriana Caitano Ribeiro, Galton Sé Braga, Orientação: Célia Maria dos Santos Ladeira Mota (UnB)

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342 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

Segunda Via – Bauru em busca de uma nova identidadeCarla de Paula Pinto (Universidade Estadual Paulista)

Nos Trilhos do Tempo... O Velho TremJosé Flávio Chabel, Sandra Aparecida dos Santos, Marcelli Alves (Estácio-MS)

JO15. Livro-reportagemSala 108 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 11h

Livro-reportagem: por trás dos muros Acássia Deliê Mendonça Alves, Antônio Francisco Ribeiro de Freitas (Ufal)

Portas Fechadas: a juventude marginal procura uma saída Renan Colombo (UP)

Viagem pelo Cordel nos braços do BrasilAdriana Cattelani (USCS)

JO16. Jornalismo digitalSala 106 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 15h40

Li Notícias: Proposta de Novo Modelo de Site Jornalístico InterativoAna Luiza Amaral (UFRJ)

JO17. Fotografia jornalísticaSala 109 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 10h40

A estética da fome: Da Ilha das Flores à Vila Princesa – A Iconofagia dos corpos que devoram imagens Daiana Aparecida de Souza Costa; Leiliane Ribeiro Mendonça (Uniron)

Cabeça na bola Robertson Luz (UP)

Minha casa não é meu larLaide Daiane Mateus, Nunes da Silva, Itamar de Morais Nobre (UFRN)

Sábado-FeiraCarolina Reis (UFV)

JO18. Produção em jornalismo informativoSala 111 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 343

INTERCOM 2009 l Curitiba

Especial Plano Diretor da Capital foi alterado 368 vezes Bárbara Dal Fabbro (UFSC)

Na lupa: 1968 quarenta anos depois Samuel Barros (UFBA)

Projeto Rondon: do Conhecimento ao SentimentoJosé Tarcísio Oliveira (Universidade Federal de Viçosa)

Riacho Doce: o limite entre o risco e a sobrevivência Geraldo Andre Pinheiro Correa (UFPA)

JO19. Produção em jornalismo interpretativoSala 112 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 16h

A Opinião do Público Jovem em Relação à Programação da TV LocalDanymeire Ramos Carvalho, Diego da Silva. Shirlene Rohr de Souza (Unemat)

Fome de letras Paula Venâncio (USCS)

Império de Papelão Géssica Gabrieli Valentini (UFSM)

O resgate da memória indígena na reportagem “onde a história é oca” A. S. Menezes (Unifor)

JO20. Produção em jornalismo opinativoSala 107 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 16h20

O Josué que não estava lá Jéssica Martinez Feller (Univali)

Um ensaio sobre a gagueira Thays Teixeira (UFPI)

JO21. Produção em jornalismo utilitárioSala 113 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 16h20

Cachaça: bebida genuinamente brasileira e à procura de seu valorAlexandre Galvão e Rodrigo Tavares (Uniban-SP)

Comunique Raphael Santos Freire (UFPA)

O mal silencioso: Doença de Chagas Elen Sallaberry Pinto (UCPel)

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344 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

III – PRODUÇÃO EDITORIAL

PE4. Ensaio fotográficoSala 108 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

Editorial de moda Michelle Karoline B. Gazabin (Facinter)

PE5. Design gráficoSala 109 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h20

Revista Galera ValeNicole Tramonti Silva (Unitau)

IV – PUBLICIDADE E PROPAGANDA

PP01. Agência Jr.Sala 110 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

A peça que faltava: portfólio da agência experimental de publicidade Herbeline Holanda, Casciano de Souza, Ricardo Tabosa de Sousa, Alessandra Marinho Bouty (Unifor)

Agência Jr. de Publicidade - Portifólio Digital AGC&MThiago Henriques (Metodista)

Agência Pedagógica Mais Comunicação Renan Cruz, Cláudia Ruas (UCDB)

House Vinicius Rudolfo Koffke (Furb)

PO02. Campanha PromocionalSala 111 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 11h

Campanha Promocional LegumitosJulia Maria Borzani (USCS)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 345

INTERCOM 2009 l Curitiba

Lona – Você precisa ler mais Tatiane Monteiro da Silva (UP)

Vou correndo para o GP Renato Costa Segundo, Isnard Eduardo Chaves Gurgel, Babiane Azevedo Goes, Elder de Andrade Freire, Abraão Carlos Freitas de Araújo, Juliana de Oliveira Sousa, Luiz Eduardo Tinoco Souto Filgueira Barreto, Manoel Pereira da Rocha Neto (UnP)

PP03. Campanha PublicitáriaSala 112 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

Campanha Publicitária de Meio Ambiente Renan Cruz, Ana Cristina Fernandes Martins (UCDB)

Contos de Fada sem Final Feliz - Campanha contra o Tráfico de Seres Humanos EETSH Júlio Lopes (Unifor)

Planejamento de campanha Cooperativa AçaíJackline Michelle de Souza Inácio, Renata Santos Pimentel (Uniron)

Philips Aurea: Experiência além da telaLuiz Henrique Pion Vieira (Metodista)

Reata Carolina Rocha Brum (UCPel)

PP04. Pesquisa mercadológicaSala 113 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

Cliente Kurt Kart Luiz Eduardo Tinoco Souto Filgueira Barreto, Isnard Eduardo Chaves Gurgel, Babiane Azevedo Góes, Elder de Andrade Freire, Abraão Carlos Freitas de Araújo, Renato Costa Segundo, Juliana de Oliveira Sousa, Manoel Pereira da Rocha Neto (UnP)

Impacto Videolocadora Gabriele Tschá (Uniasselvi)

Pesquisa de Mercado para Argamaxi Eduardo Eugênio Moreira Filho; Fabio Fernandes de Barros Vasconcellos (Uniron)

Pesquisa Mercadológica para Lançamento do Serviço E-Commerce da Drogaria AraújoFelipe Schepers (UniBH)

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346 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

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PP05. JingleSala 115 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

Clows de Shakespeare Alcenízia Maia, Rafael Valverde, Dalila Fernandes Porto, Ara Teles, Daniela Castro, Gabriela Bombonatti, Mariana Pinto, José Iranilson da Silva (UnP)

Me aceitem como eu sou Milton Antonio Correa de Almeida (Uniasselvi)

Cola Pritt, essa ideia cola Leandro Santos (UniFieo)

Conheça Porto Velho Pedro Lourenço Sobrinho Neto; Juraci Oliveira Campos Júnior; Agnes Daiane da Silva; Gabriela Silva de Araújo; Igor Dore do Couto Ramos (Uniron)

PP06. SpotSala 115 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h

Spot Ong AMRAlexandre Ferreira (Newton Paiva)

Atravesse na faixa para atravessar sempre Ana Paula Costa Silva (Uniron)

DHL – Cargas Rápidas e Pesadas Everton Darolt (Furb)

Impossível tirar da cabeça Elder de Andrade Freire, Isnard Eduardo Chaves Gurgel, Babiane Azevedo Goes, Renato Costa Segundo, Abraão Carlos Freitas de Araújo, Juliana de Oliveira Sousa, Luiz Eduardo Tinoco Souto Filgueira Barreto, José Iranilson da Silva (UnP)

PP07. Filme publicitárioSala 116 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 16h

Cores do JapãoFelipe Pinheiro (UP)ImagineRafael Valverde, Dalila Fernandes Porto, Alcenízia Maia, Ara Teles, Daniela Castro, Gabriela Bombonatti, Mariana Pinto, Fábio Desilva (UnP)

Siga essa linhaGiulliano Alves Gondim, Natália Rios Godoy, Ruy Luiz Bellinati Novaes, Bruno Comparim Ferreira Correa, Glaisson Divino Silva de Souza. Orientação: Wilmara Aparecida Rios (Estácio)

Tudo combina Júlio Ferracini (USCS)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 347

INTERCOM 2009 l Curitiba

PP08. Fotografia publicitáriaSala 110 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

A Ideologia Verde: Ensaios Sobre o Meio Ambiente Rodrigo Vasconcelos de Oliveira (FAC Santa Bárbara)

Calvin KleinFelipe Pinheiro (UP)

PP09. Anúncio impressoSala 111 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 10h20

Blubel EsportesKarina Klitzke (Furb)

CasamentoJuliana de Oliveira Sousa, Isnard Eduardo Chaves Gurgel, Babiane Azevedo Goes, Renato Costa Segundo, Abraão Carlos Freitas de Araújo, Elder de Andrade Freire, Luiz Eduardo Tinoco Souto Filgueira Barreto, Manoel Pereira da Rocha Neto (UnP)

Largue a rotina e suma do mapa.Natália Rios Godoy. Orientação: Edgar Tavares da Silva (Estácio)

Mais simples que um clique Carlos Oyakawa (ESPM-SP)

PP10. CartazSala 113 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 11h20

Cartaz Evento ComunicarDaiane Esteves (Unoesc)

Metô Fashion EVA Thiago Henrique (Metodista)

PP11. OutdoorSala 112 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

Guindaste ConstantinoValério Alves (Uniasselvi)

Justiça eleitoral Wenderson Brito (UniFieo

Lei Seca - Siga o JohnnieSamuel Costa Normando (Unifor)

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348 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

PP12 . Publicidade digitalSala 114 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

Tirinete - Culinária SertanejaAna Luiza Martins Lima, Carmen Lúcia de Almeida Martins, Renan Vieira Silva Moreno, Marcos Célio Câmara Avelino, Rayhanna Karoene Kiyomi, Ulisses de Araújo Rocha, Yasmina Bouhacene, Manoel Pereira da Rocha Neto (UnP)

E-mail mkt: caras e caretas Leonardo Mendonça (Metodista)

Ofertas AnimadasJorge Eduardo Manfrini (Uniasselvi)

PP13. Publiciade em mídia alternativaSala 113 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 10h40

Campanha para uso da água Rafael Campos Marques (Unisanta)

Projeto Experimental ReataPaula Buss Thofehrn (UCPel)

V- RELAÇÕES PÚBLICAS

RP01. Agência JrSala 114 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h

Agência Experimental de Relações Públicas Centro Universitário Newton PaivaDaisy Mara Lima de Paula aiva (Newton Paiva)

RP02. Pesquisa de opiniãoSala 115 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h20

A percepção da segurança pública nas proximidades da FabicoDanielle Miranda (UFRGS)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 349

INTERCOM 2009 l Curitiba

RP03. Organização de eventoSala 116 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 11h20

Eventos e responsabilidade SocialRodrigo Soares Pinto, Ana Carolina Rampazzo Vieira (UEL)

Seminário Inclusão e Cidadania da Pessoa com DeficiênciaLívia dos Santos (Metodista)

RP04. Projeto de assessoria de comunicação empresarialSala 117 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h

Consultoria de Relações Públicas em Comunicação Organizacional para a EnjoyAna Cristina Chianca Heim, Lucilene Paula dos Santos, Júlio Afonso Sá de Pinho Neto (UFPB)

Poit Energia Camila Luz, Marília Hopp e Valdirene Iglezia (Metodista)

Projeto Rojana Carine Marciana Hugenthobler (Unisinos)

RP05. Projeto de assessoria de comunicação governamentalSala 118 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 15h40

Comunicação para redução da vulnerabilidade ao HIV: um diagnóstico das mulheres madurasRaquel Zanatta Coutinho (UFMG)

Planejamento de Comunicação na Prefeitura de Dois Irmãos/RSPriscila Miranda de Oliveira (Unisinos)

RP06. Projeto de assessoria de comunicação para o Terceiro SetorSala 117 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 17h

Assessoria em Relações Públicas Comunitárias para o Instituto Evangélico de Amparo ao Menor – INEVAMInês Manthei (Faccat)

Suporte de Comunicação para Mobilização do Plano Diretor Participativo de Virgem da Lapa: Uma abordagem estratégica da comunicaçãoLeandro Bornacki de Mattos (UFMG)

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350 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

RP07. Veículo de comunicação internaSala 114 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

Livro Institucional Diários do MUSAJuliana Cestaro de Souza (UniBH

PET Caboquinho Ila Clicia Ferreira da Silva; Thayra Azevedo Peters; Delberson de Moura Soares; Luiza Elayne Azevedo Luíndia (UFAM)

Revista Zuuum Rita Randazzo (UNISINOS)

VI – ÁREAS EMERGENTES E PRODUÇÃO TRANSDISCIPLINAR EM COMUNICAÇÃO

AE01. BlogSala 117 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 9h

Blog: A Credibilidade da Notícia na InternetMonique Tobias Portes (Newton Paiva)

Blog Hiperinterativos: novas perspectivas para as produções audiovisuaisPedro de Almeida Canto, Caio Rafael Carvalhêdo Franco, Polyana Amorim Chagas, Talita Leite Dias, Patrícia Azambuja (UFMA)

AE02. PortalSala 118 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 10h40

Freeflag: onde a informação tem bandeira livre na WebMarcos Leivas (UCPel)

Maranhão Ciência: o portal do jornalismo científicoIsrael De Napoli Câmara Santos, Izabel Caroline Gomes de Almeida, Ana Carolina das Neves Machado, Carlos Eduardo Pinheiro da Silva, Seane Alves Melo, Rogério Costa (UFMA)

Site USCS Vestibular Aieda Freitas de Sousa - Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)

AR03. ChargeSala 119 - Bloco AmareloData: 5/9 (sáb)Horário: 14h AMR Mayra Magalhães Gomes (Newton Paiva)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 351

INTERCOM 2009 l Curitiba

Capa da revista JobFelipe Protsky (Furb)

MurosAra Teles, Rafael Valverde, Alcenízia Maia, Dalila Fernandes Porto, Daniela Castro, Gabriela Bombonatti, Mariana Pinto, Manoel Pereira da Rocha Neto (UnP)

AE04. EmbalagemSala 115 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 9h

Di PradaRafaello Furlani Destéfani (Uniasselvi)

Embalagens Jonas da Silva Gomes Júnior; Denize Piccolotto Carvalho Levy; Cristiane Naiara Araújo de Souza (Ufam)

Projeto Específico de Design - Pharmaton 2008Lucas Bonini (ESPM-SP)

AE05. Fotografia artísticaSala 120 - Bloco Amarelo Data: 5/9 (sáb)Horário: 15h40

Ensaio fotográfico Rock n’roll Yana Lima, Renata Soares, Paola Angélica Silva, Edson Glauber Souza, Manoela Moura, Oyama Filho, Ricardo Litaiff (Uninorte)

Esporte com Arte: um registro artístico por meio da fotografiaFernanda Reis (UFV)

Mão de DeusIury Parente Aragão, Jacqueline Lima Dourado (Ceut)

Fotografia Pinhole Real e FascinanteVinicius de Mello Ferreira (IPA)

AE06. Fotonovela Sala 115 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 14h

Em busca de respostas Renato Albuquerque Vieira (Uniube)

Hanseniase – Uma história de superaçãoLetícia Strieder (FAE-PR)

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352 XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

INTERCOM 2009 l Curitiba

AE07. Quadrinhos Sala 116 - Bloco AmareloData: 6/9 (dom)Horário: 10h40

Joãos e Joanas Pedro Hutsch (ESPM)

Marcha da maconha: uma experiência de jornalismo em quadrinhosMarcelo Lima, Hortência Nepomuceno, Marcel Ayres, José Benjamim Picado (UFBA)

O Homem-Galo e o Lobo MauTiago Maria do Valle, Wilsonir A. Maiochi (Furb)

AE09. Plano de comunicação integradaSala 116 - Bloco Amarelo Data: 6/9 (dom)Horário: 14h

A comunicação como ferramenta para melhor desenvolvimento socialPedro Germano Nobre Neto, Bruna Rafaella Almeida da Costa, Caroline Brito Magalhães, Laís Cabral Ribeiro, Marçal Constâncio Vieira Ribeiro, Roberta Carla Marques Torres, Rogério Costa (UFMA)

Concurso de cases Interno: Pharmaton Vinicius Aranha (ESPM)

Planejamento de Comunicação Centro de Yoga Montanha EncantadaHalissa Odebrecht da Silva (Furb)

AE10. Produção multimídiaSala 117 - Bloco Amarelo Data: 6/9 (dom)Horário: 15h20

1instante Gabriela Lousada (Unisanta)

Cartas de Margot Cristiane Naiara Araújo de Souza (Ufam)

Qual o futuro da Praia Brava?Azevedo Forlin (Univali)

VideoturRicardo Barbosa Fernandes de Sousa, Ilka Chaves Lima, Israel De Napoli Câmara Santos, Paola Frassinetti Coelho Botelho, Marçal Constancio Vieira Ribeiro, Eveline Cunha (UFMA)

AE11. Revista customizadaSala 118 - Bloco Amarelo Data: 6/9 (dom)Horário: 15h40

Capitu Duanne Ribeiro (Unisanta)

Retrospectiva Cultural Outubro 2008Gustavo Krelling (UP)

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XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação 353

INTERCOM 2009 l Curitiba

Domingo l 06 de Setembro 16 hsAUDITÓRIO 1 BLOCO VERMELHO

IV RP BRASIL

Simpósio de premiação do IV Prêmio Relações Públicas do BrasilPromoção: Portal RP-BahiaCoordenação: Marcelo Chamusca e Márcia Carvalhal

19 horasAUDITÓRIO BLOCO AZUL

XI Simpósio de Pesquisa Avançada em Comunicação e Solenidade de entrega do Premio Luiz Beltrão 2009

O Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação destina-se a reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades ou nos centros/institutos de pesquisa, valorizando a atuação individual, grupal ou coletiva. Sua finalidade é identificar anualmente quais as pessoas, equipes ou instituições que apresentaram contribuições relevantes para o campo das ciências da comunicação, de modo a construir/consolidar a identidade da nossa comunidade acadêmica. Foi instituído pela assembléia comemorativa dos 20 anos de fundação da INTERCOM, realizada em Santos (SP), em 1997. Sua meta é sinalizar anualmente para as novas gerações quais as pessoas ou instituições que oferecem contribuições relevantes ao campo das ciências da comunicação. A intenção do Prêmio é também a de homenagear o pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais na universidade brasileira, o Professor Luiz Beltrão. Ele foi o fundador do primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiáticos, o Instituto de Ciências da Informação da Universidade Católica de Pernambuco (1963), editor da primeira revista brasileira de ciências da comunicação (Comunicações & Problemas, 1965) e ainda o primeiro Doutor em Ciências da Comunicação do Brasil (Universidade de Brasília, 1967). A atividade reúne os pesquisadores e as instituições vencedoras do ano, que apresentam seus perfis comunicacionais.

Coordenador Geral: Maria Cristina Gobbi (UMESP/UNESP)Coordenador Local: Ariane Carla Pereira Fernandes (UNICENTRO)

Presidente de Honra: Jose Marques de Melo (UMESP)

Convidados: Laura Andreotti (Globo Universidade); Antonio Carlos Hohlfeldt (Presidente da Intercom/PUCRS), Anamaria Fadul (Intercom)

Palestrantes:Vencedores do Prêmio Luiz Beltrão 2009

Grupo Inovador - Grupo de Guarapuava – Palestrante: Marcio Ronaldo Santos Fernandes (UNICENTRO)Instituição Paradigmática Fundação Biblioteca Nacional - Palestrante: Muniz Sodré de Araújo Cabral (Presidente da FBN)

Liderança Emergente - Nélia Rodrigues Del Bianco (UnB)Maturidade Acadêmica - Ismail Norberto Xavier (ECA-USP)

IV R

P BR

ASI

L

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Segunda-feira l 07 de Setembro 9 -11 hsLocal: Radisson Hotel CuritibaSalão Agatha

Reunião com coordenadores Congressos Regionais de 2009Participantes: Nélia Del Bianco (vice-presidente da Intercom)Coordenadores dos Congressos Regionais de 2009Coordenadores dos Congressos Regionais de 2010Representantes Regionais.

14 hsTEATRO POSITIVO PEQUENO AUDITÓRIO

Homenagem póstuma ao sócio Nacisio José Lobo (UFAM)Homenagem aos sócios que completaram Bodas de Prata

16 hsTEATRO POSITIVO PEQUENO AUDITÓRIO

Assembleia de Sócios

16 h 30TEATRO POSITIVO PEQUENO AUDITÓRIO

Solenidade de Premiação do XVI EXPOCOM Jornada da Pesquisa Experimental em Comunicação.

Solenidade de encerramento do INTERCOM 2009

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Gráfica PosigrafPapel: offset 75g/m² (miolo) e cartão triplex 300g/m² (capa)

Curitiba - 2009