Livro que te quero livre
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LIVRO QUE TE QUERO LIVRE
Até bem pouco tempo, a literatura na escola era uma ausência que não fazia falta. Bem poucos eram os que se apercebiam da grande lacuna existente. Afinal, a escola tratando a literatura como uma disciplina a ser cobrada, a ser encaixada em diferentes gêneros, movimentos e datas, e nunca como uma arte a ser desfrutada, melhor mesmo que fosse esquecida.
Diz Paulo Cosiuc Problemas para o ensino da Língua Portuguesa que “poucos professores se dão conta de que através da leitura ‘o aluno fala a partir do texto’ e, consequentemente, passa a compreender o que está escrito”.
O professor deve estar alerta para as atividades que serão desenvolvidas, organizar o espaço caso os grupos pretendam trabalhar de forma mais isolada. O professor, após a leitura de uma obra, o mesmo deve apresentar diferentes maneiras de o grupo trabalhá-la.
Regina Zilberman fala a respeito do papel do professor em relação ao leitor: “Ao professor cabe detonar as múltiplas visões que cada criação literária sugere, enfatizando as variadas interpretações pessoais, porque elas decorrem da compreensão que o leitor alcançou do objeto artístico, em razão de sua percepção do universo representado”.
A leitura contribui, de forma decisiva, para preencher essa lacuna na formação do ser humano. A leitura desenvolve a reflexão e o espírito critico, se torna também uma fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo, propicia o crescimento interior.
O leitor fluente é atraído por histórias que apresentem valores políticos e éticos, por heróis ou heroínas que lutam por um ideal. Identificam-se com textos que apresentam jovens em busca de espaço no meio em que vivem, seja no grupo, equipe, entre outros.
O leitor crítico (a partir dos 12/13 anos) Nesta fase é total o domínio da leitura e da linguagem escrita. Sua capacidade de reflexão aumenta, permitindo-lhe a intertextualização. Desenvolve gradativamente o pensamento reflexivo e a consciência crítica em relação ao mundo.
Professores que oferecem pequenas doses diárias de leitura agradável, sem forçar, mas com naturalidade, desenvolverá na criança um hábito que poderá acompanhá-la pela vida afora.
De acordo com Sandroni & Machado (1998, p.23) “o equilíbrio de um programa de leitura depende muito mais do bom senso e da habilidade do professor que de uma hipotética e inexistente classe homogênea”.
Se o professor acreditar que além de informar, instruir ou ensinar, o livro pode dar prazer, encontrará meios de mostrar isso à criança. E ela vai se interessar por ele, vai querer buscar no livro esta alegria e prazer. Tudo está em ter a chance de conhecer a grande magia que o livro proporciona.
O contato da criança com o livro pode acontecer muito antes do que os adultos imaginam. Muitos pais acreditam que a criança que não sabe ler não se interessa por livros, portanto não precisa ter contato com eles.
O que se percebe é bem ao contrário. Segundo Sandroni & Machado (2000, p.12) “a criança percebe desde muito cedo, que livro é uma coisa boa, que dá prazer”.
As crianças bem pequenas interessam-se pelas cores, formas e figuras que os livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as.
É importante contar histórias mesmo para as crianças que já sabem ler, pois segundo Abramovich (1997, p.23) “quando a criança sabe ler é diferente sua relação com as histórias, porém, continua sentindo enorme prazer em ouvi-las”.
Quando as crianças maiores ouvem as histórias, aprimoram a sua capacidade de imaginação, já que ouvi-las pode estimular o pensar, o desenhar, o escrever, o criar, o recriar.
AUTORES
WERNER ZOTZ SUELI CAGNETI