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COMISSO ORGANIZADORAProf. Irineu Antnio Schadach de Brum Prof. Carlos Otvio Petter Prof. Eduardo Osrio Prof. Antnio Cezar Vilela Prof. Nestor Cezar Heck Prof. Ivo Andr Schneider Profa. Rejane Tubino Prof. Rafael Teixeira Rodrigues Prof. Washington Aliaga Gelogo Gerson Miltzarek DEMET/UFRGS DEMIN/UFRGS DEMET/UFRGS DEMET/UFRGS DEMET/UFRGS DEMET/UFRGS DEMET/UFRGS DEMIN/UFRGS Pesquisador CNPq/UFRGS Pesquisador Rede de Carvo

Coordenao Prof. Dr. Irineu Antnio Schadach de Brum [email protected] LAPROM / CENTRO DE TECNOLOGIA / UFRGS Tel.: (51) 3308 7072 9917 8652 Universidade Federal do Rio Grande do Sul DEMET/DEMIN - Escola de Engenharia Campus do Vale Avenida Bento Gonalves 9.500, Agronomia. Porto Alegre/RS CEP 91.501-970 Secretaria Executiva Marta Rossi e Silvia Zorzanello - Feiras e Empreendimentos Fone/Fax: 54 32958518 / 3286.3313 Rua Garibaldi, 308/201 - Caixa Postal 394 CEP 95670.000 - Gramado - RS - Brasil Fundao de apoio: Fundao Luiz Englert Av. Osvaldo Aranha, 99. Sala 711. CEP 90035-190 Bairro Bom Fim. Porto Alegre / RS / Brasil Fone: +55 +51 3286.4333 e 3308.3394 Fax: +55 + 51 3286.4343

REAS TEMTICASAs reas temticas do XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa so:

1. CARACTERIZAO 2. COMINUIO 3. MTODOS FSICOS DE CONCENTRAO 4. FLOTAO 5. SEPARAO SLIDO / LQUIDO 6. METALURGIA EXTRATIVA (HIDRO/ELETRO/PIRO) 7. MEIO AMBIENTE 8. MODELAGEM / SIMULAO / CONTROLE / INSTRUMENTAO 9. CARVO MINERAL 10. MINERAIS INDUSTRIAIS 11. ROCHAS ORNAMENTAIS 12. PEDRAS PRECIOSAS

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa PROGRAMAO GERAL PRVIA*.Domingo 9:00 9:40 10:30 11:00 12:00 14:00 16:00 16:30 17:00 18:00 18:30 19:00 20:30 Solenidade de abertura Encerramento Coquetel Jantar de confraternizao Encerramento Encerramento Segunda Palestra Apresentao oral (3) Coffee B Apresentao oral (3) Almoo Apresentao oral (6) Coffee B Apresentao oral (4) Tera Palestra Apresentao oral (3) Coffee B Apresentao oral (3) Almoo Apresentao oral (6) Coffee B Apresentao oral (4) Quarta Palestra Apresentao oral (3) Coffee B Apresentao oral (3) Almoo Apresentao oral (6) Coffee B Apresentao oral (4) Quinta

Visita tcnica. (a ser confirmada)

Abertura de secretaria e feira

*Sujeita a alteraes.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa - Auditrio Da Vinci.Domingo 9:00 9:30 9:50 10:10 10:30 11:00 11:20 11:40 12:00 14:00 14:20 14:40 15:00 15:20 15:40 16:00 16:30 16:50 17:10 17:30 18:00 Abertura de secretaria e feira Segunda Palestra Auditrio Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Coffee B Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Almoo Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Coffee B Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Encerramento Tera Palestra Auditrio Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Coffee B Meio Ambiente Meio Ambiente Meio Ambiente Almoo Carvo Carvo Carvo Carvo Carvo Carvo Coffee B Carvo Carvo Carvo Carvo Encerramento Quarta Palestra Auditrio Carvo Carvo Carvo Coffee B Carvo Carvo Carvo Almoo Carvo Carvo Carvo Carvo Carvo Carvo Coffee B Caracterizao Caracterizao Caracterizao Caracterizao Encerramento Visita tcnica. (a ser confirmada) Quinta

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa - Auditrio Locatelli.Domingo 9:00 9:30 9:50 10:10 10:30 11:00 11:20 11:40 12:00 14:00 14:20 14:40 15:00 15:20 15:40 16:00 16:30 16:50 17:10 17:30 18:00 Abertura de secretaria e feira Segunda Palestra Auditrio Flotao Flotao Flotao Coffee B Flotao Flotao Flotao Almoo Flotao Flotao Flotao Flotao Flotao Flotao Coffee B Flotao Flotao Flotao Flotao Encerramento Tera Palestra Auditrio Flotao Flotao Flotao Coffee B Flotao Flotao Flotao Almoo Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Coffee B Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Encerramento Quarta Palestra Auditrio Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Coffee B Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Metalurgia Extrativa Almoo Caracterizao Caracterizao Caracterizao Caracterizao Caracterizao Caracterizao Coffee B Cominuio Cominuio Cominuio Cominuio Encerramento Visita tcnica. (a ser confirmada) Quinta

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa - Auditrio Rembrandt.Domingo 9:00 9:30 9:50 10:10 10:30 11:00 11:20 11:40 12:00 14:00 14:20 14:40 15:00 15:20 15:40 16:00 16:30 16:50 17:10 17:30 18:00 Abertura de secretaria e feira Segunda Palestra Auditrio Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Coffee B Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Almoo Mtodos fsicos Mtodos fsicos Mtodos fsicos Mtodos fsicos Mtodos fsicos Mtodos fsicos Coffee B Separao S/L Separao S/L Separao S/L Separao S/L Encerramento Tera Palestra Auditrio Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Quarta Palestra Auditrio Caracterizao Caracterizao Caracterizao Visita tcnica. (a ser confirmada) Quinta

Coffee B Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais Rochas Ornamentais

Coffee B Minerais Industriais Minerais Industriais Minerais Industriais

Almoo Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Coffee B Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Mod./Sim./Control./Inst Encerramento

Almoo Cominuio Cominuio Cominuio Cominuio Minerais Industriais Minerais Industriais Coffee B Minerais Industriais Minerais Industriais Minerais Industriais Minerais Industriais Encerramento

01 CARACTERIZAO

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado - RS, Setembro/Outubro 2009.

CARACTERIZACIN DE MUESTRAS DE ESCOMBRERAS DE EXPLOTACIN DE PEGMATITASV. Ciribeni, R. Iglesia, H. Sosa, E. Cano, J. OchoaInvestigadores del Instituto de Investigaciones Mineras y el Departamento de Ingeniera de Minas, Facultad de Ingeniera, Universidad Nacional de San Juan. E-mail: [email protected] Av. Libertador San Martn 1109 (oeste) 5400 Capital Pcia. San Juan ARGENTINA

CARACTERIZACIN RESUMEN En el Departamento Valle Frtil, San Juan, Argentina, se encuentran distribuidos a lo largo de todo el sistema de sierras pampeanas, numerosos yacimientos pegmatticos que son explotados por sus minerales principales. Debido al tamao de los cristales, que caracteriza a estos yacimientos, la explotacin se hace manualmente para extraer feldespato, cuarzo y/o mica, descartando aquellas zonas de cristalizacin fina, generando gran cantidad de material de rechazo. Siendo estos yacimientos de tamao reducido, no es posible la construccin de una planta en particular, sin embargo son numerosos y se encuentran distribuidos a lo largo de algo ms de 100 kilmetros, motivo por el qu se estudia una metodologa para recuperarlo y darle valor econmico. Estos materiales presentan una gran diversidad, encontrndose partculas ligadas de los diferentes minerales constituyentes, cristales de feldespato con fino intercrecimiento de cuarzo, mezclas liberadas de minerales finamente divididos, etc. la variedad es tan amplia como la cantidad de yacimientos, haciendo compleja la tarea de hallar un proceso para enriquecerlos. Con la finalidad de encontrar una combinacin de procesos adecuados para el procesamiento de estos depsitos, es necesario primero conocer los diferentes tipos de materiales de descarte presente en las diferentes minas. Se presenta la caracterizacin de dos depsitos diferentes de material de rechazo de la explotacin de feldespato, la tcnica empleada y los resultados obtenidos en cuanto a composicin mineralgica, anlisis semi-cuantitativo de los componentes principales y separacin preliminar de mica, para obtener producto homogneo para el estudio de separacin mediante flotacin, realizando compsitos con los resultantes de otros yacimientos. Palabras clave: flotacin de minerales, pegmatitas, feldespato, cuarzo, mica

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado RS, Setembro/Outubro 2009

CARACTERIZAO DE HEMATITA E ESTUDO DO POTENCIAL ZETAA.B. Henriques1 , A.E.C. Peres1, A.C. de Arajo2 , T.M. Almeida21

Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais/Universidade Federal de Minas Gerais/Curso de PsGraduao em Engenharia Metalrgica e de Minas Rua Esprito Santo, 35. Centro. Belo Horizonte/MG CEP 30.160-030. Tel 31 3409 1805, fax 31 3409 1815. E-mail: [email protected] 2 Departamento de Engenharia de Minas/ Universidade Federal de Minas Gerais Rua Esprito Santo, 35. Centro. Belo Horizonte/MG CEP 30.160-030.

Resumo Os minrios de ferro no Quadriltero Ferrfero encontram-se hospedados em formaes ferrferas bandadas (Banded Iron Formations - BIF), localmente chamadas de itabiritos. As formaes ferrferas sofreram ao longo de sua evoluo geolgica, alm de alteraes mineralgicas, intensas modificaes texturais e morfolgicas de seus constituintes minerais que possibilitaram o xido predominante de ferro, a hematita, a ocorrer sob diferentes formas. Com o objetivo de entender melhor o potencial zeta em amostras de hematita com diferentes morfologias e texturas pretende-se neste trabalho: caracterizar tecnologicamente hematitas compacta, especular e porosa originrias do Quadriltero Ferrfero; e medir, comparativamente, seus potenciais zeta. Os xidos e hidrxidos metlicos, tais como os xidos de ferro, tornam-se carregados quando dispersos em meio aquoso. As alteraes na superfcie de xidos e a formao de interface eletricamente carregada entre as partculas e o meio aquoso so controladas pelo pH e fora inica da soluo em que so dispersos. A carga superficial dos minerais influencia a distribuio no meio polar dos ons prximos a ela. ons de carga oposta, chamados contra-ons, so atrados pela superfcie, e ons de carga de mesmo sinal (chamados co-ons) so repelidos para mais longe da superfcie. Assim ocorre a formao de uma dupla camada eltrica constituda por duas partes, uma superfcie carregada e um meio polar em que se distribuem de maneira difusa os contra-ons, em excesso para manter a neutralidade eltrica, e os co-ons. Como conseqncia surge um potencial eltrico que se inicia na superfcie carregada e decai exponencialmente at tornar-se constante. Este potencial medido com parmetros experimentais no plano de cisalhamento chamado de potencial zeta () e localizado entre a superfcie carregada e a soluo. O conhecimento do potencial zeta muito importante, pois ele determina o comportamento das partculas, suas estabilidades na disperso, ou suas tendncias rumo coagulao.

PALAVRAS-CHAVE: hematita, potencial zeta, caracterizao.

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CARACTERIZAO TECNOLGICA DOS MINRIOS DE COBRE DE ALTA E BAIXA RECUPERAO, POR FLOTAO, DO DEPSITO DA CARAIBA BAJ. C. G. Barreto1, C. G. Porto1, L. G. Sobral2, R. Neumann31

Departamento de Ps-graduao em Geologia/Universidade Federal de Rio de Janeiro. Av. Brigadeiro Trompowski s/n, CCMN/IGEO, Bloco G, Rio de Janeiro RJ. CEP: 21949-900. Tel. +55 21 2598-9478, fax +55 2598-9465. e-mail: [email protected], [email protected]

Coordenao de Processo Metalrgicos Ambientais/Centro de Tecnologia Mineral. Av. Pedro Calmon, 900, Rio de Janeiro RJ. CEP:. 21941-908. Tel. +55 21 3865 7246, fax + 55 21 3865-7246. e-mail: [email protected]. Coordenao de Anlises Minerais/Centro de Tecnologia Mineral. Av. Pedro Calmon, 900, Rio de Janeiro RJ. CEP:. 21941-908. Tel. +55 21 3865 7263, fax + 55 21 2290 4286 e-mail: [email protected]

Resumo

Neste trabalho apresentam-se os resultados obtidos da caracterizao tecnolgica de dois tipos de minrios de cobre, de procedncia da Minerao Caraba, com distintas respostas ao processo de concentrao por flotao. Visou-se neste estudo caracterizar tais amostras e identificar as diferenas qumicas e mineralgicas entre elas, que poderiam ser responsveis pela diferena no desempenho da concentrao pelo processo de flotao convencional. Foram utilizadas as tcnicas de difrao de raios-X, fluorescncia de raios-X, microscopia eletrnica de varredura, acoplada ao espectrmetro de disperso de energia de raios-X para anlises qumicas pontuais, assim como a interpretao de minerais em lminas polidas no microscpio de luz transmitida e luz refletida. A amostra do minrio de alta recuperao constituda por piroxnios, biotita, hornblenda, feldspato, quartzo e, em menor proporo, xidos de ferro, apatita e os sulfetos calcopirita e bornita. O minrio de baixa recuperao constitudo por piroxnio, biotita, clorita, hornblenda, quartzo, talco e, em menor abundncia, apatita, magnetita, bornita e calcopirita. Em ambos os minrios, a calcopirita e bornita so os carreadores de cobre e em relao aos minerais da ganga h uma diferena significativa na composio, com presena importante de talco e clorita no minrio de baixa recuperao. As perdas na flotao do minrio de baixa recuperao podem ser associadas exposio insuficiente das partculas dos sulfetos de cobre e diluio do concentrado por minerais da ganga que o acompanham, naturalmente hidrofbicos, tais como clorita e talco. PALAVRAS-CHAVE: Caracterizao tecnolgica, sulfetos de cobre, clorita, talco.

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IDENTIFICAO E DETALHAMENTO CRISTALOQUMICO DE APATITAS PRINCIPALMENTE POR MEIO DE ESPECTROMETRIA DE INFRAVERMELHOAna Maria Dias Chula1, Paulo Roberto Gomes Brando2 Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente de Belo Horizonte SMAMA [email protected] 2 Departamento de Engenharia de Minas UFMG Rua Esprito Santo, 35, sala 702 Centro Belo Horizonte, MG CEP 30160-030 [email protected]

Resumo: Os minerais do grupo da apatita tm grande importncia econmica, geolgica, mineralgica e tambm como biomateriais. A estrutura trigonal destes minerais apesar de no ser muito complexa, normalmente apresenta uma grande variao, devido ao nmero de substituies tanto catinicas como aninicas possveis e ocorrentes com notvel freqncia. Os mtodos usuais de caracterizao mineralgica, como anlise qumica, difrao de raiosX, microscopia ptica e eletrnica de varredura e microanlise (WDS e EDS), certamente fornecem excelentes informaes quanto composio e propriedades das apatitas e dos minrios e produtos industriais que contm estes minerais. Contudo, alguns aspectos cristaloqumicos continuam ainda difceis de serem definidos de forma no ambgua; dentre esses os mais problemticos so a presena em quantidades pequenas de hidroxilas, principalmente quando associadas ao on fluoreto; tambm o on carbonato pode apresentar srios problemas, principalmente na ambigidade de sua ocorrncia em quantidade baixa na estrutura cristalina da apatita e/ou como incluso muito fina, usualmente como calcita e/ou dolomita. A espectrometria de infravermelho (EIV-FTIR) pode ser usada com grande eficincia para resolver a grande maioria dessas situaes difceis, quando associada aos outros mtodos de caracterizao. Exatamente estes ons mais problemticos carbonato e hidroxila tm limite de deteco muito baixo na EIV e, portanto, quantidades muito pequenas podem ser observadas e mesmo quantificadas; alm disto, suas freqncias de vibrao so sensveis ao ambiente cristaloqumico e prestam informaes sobre a presena de outros ons de estudo mais difcil pelas tcnicas usuais, como o fluoreto. Vrios exemplos so mostrados de aplicaes com sucesso da EIV em apatitas em vrios ambientes geolgicos e em condies de processamento industrial. Palavras-chave: apatita, espectrometria de infravermelho, cristaloqumica, caracterizao

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ANLISE DE IMAGEM NA CARACTERIZAO DE MINRIOS AURFFEROSC. Ulsen1, H. Kahn1, M.M.M.L. Tassinari1, L.Z.DAgostino11

Depto. de Eng. de Minas e de Petrleo Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Laboratrio de Caracterizao Tecnolgica Av. Prof. Mello Moraes, 2373, Butant - CEP 05508-030, So Paulo, SP Tel.: +55 11 3091 5151, Fax: +55 11 3091 6037, e-mail: [email protected]

Resumo A indstria do ouro teve um rpido crescimento nos ltimos anos impulsionado pela alta dos preos e necessidades crescentes de incremento de reservas. H um nmero crescente de novos projetos onde ouro est presente em associaes complexas com sulfetos e/ou em baixos teores. Dessa forma, aumenta a importncia do conhecimento aprofundado das caractersticas do depsito e do comportamento do minrio frente ao processo de concentrao/extrao. Em conseqncia, so necessrias mudanas nos procedimentos de caracterizao, sendo os mtodos ora discutidos aplicados a ouro visvel e no recomendados para ouro invisvel ou ouro coloidal. Alm disso, o estabelecimento do fluxograma de processo depende, entre outros, do conhecimento das associaes do ouro e de sua distribuio. Nesses empreendimentos, a avaliao preliminar das caractersticas do minrio particularmente importante, e a otimizao dos processos pode ser decisiva para a viabilidade econmica do projeto. Ferramentas de mineralogia quantitativa a partir de microscopia eletrnica de varredura, acoplada a sistemas de anlise de imagem, avanaram rapidamente nos ltimos anos, permitindo uma detalhada caracterizao dos gros de ouro visvel e de suas associaes, alm da distribuio de tamanho de gro e composio de qumica. O procedimento empregado no trabalho ora apresentado envolveu a determinao das associaes do ouro por meio do aplicativo Mineral Liberation Analyser MLA acoplado a microscpio eletrnico de varredura Quanta 600 FEG, com sistema de microanlise Quantax, sendo que a preparao das amostras foi realizada atravs de anlise granulomtrica por peneiramento a mido, concentrao dos minerais pesados e confeco de sees polidas. Como principais resultados tm-se a identificao precisa da distribuio do ouro e dos minerais associados, a proporo de cada fase, as curvas de liberao do ouro e demais minerais, a identificao e quantificao das associaes do ouro em partculas livres, binrias e ternrias e o prognstico da parcela recupervel por mtodos gravticos. Os resultados apresentados foram comparados com ensaios diagnsticos (separaes minerais e lixiviao por cianeto) de forma a verificar os dados obtidos e assegurar a representatividade do material estudado. PALAVRAS-CHAVE: caracterizao tecnolgica, ouro, anlise de imagens - MLA, MEV

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CARACTERIZAO DE AGREGADOS MIDOS DE RCDR.N.M. Oliveira1, C. Ulsen1, H. Kahn1, G. Hawlitschek11

Depto. de Eng. de Minas e de Petrleo Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Laboratrio de Caracterizao Tecnolgica. Av. Prof. Mello Moraes, 2373, Butant - CEP 05508-030, So Paulo, SP. Tel.: +55 11 3091 5151, Fax: +55 11 3091 6037, e-mail: [email protected]

Resumo Os Resduos de Construo e Demolio (RCD) so um dos principais responsveis pela exausto de reas de aterros em cidades de mdio e grande porte, uma vez que correspondem a mais de 50% em massa dos resduos slidos urbanos. No Brasil, estima-se que so gerados anualmente cerca de 70 milhes de toneladas de RCD, sendo que cerca de 90% de origem mineral e pode ser reciclada por processos de beneficiamento. A ausncia de polticas pblicas na gesto dos RCDs favorece as deposies ilegais desse material, que alm de causar grandes impactos ambientais, representam elevados custos scio-econmicos (coletatransporte-deposio representam cerca de R$ 45,0 x 106/ano na cidade de So Paulo. A demanda por materiais reciclados, principalmente areia, deve-se tanto ao esgotamento das reas de deposio de resduos como escassez de jazidas prximas aos grandes centros consumidores. Os agregados reciclados apresentam grande vantagem competitiva ao serem produzidos acerca do mercado consumidor j que os custos de transporte representam at 2/3 do valor do produto final. Alm disso, a extrao de areia representa hoje uma atividade de elevado impacto ambiental, devido grande quantidade de empreendimentos ilegais no setor. O desenvolvimento de novas tecnologias de processamento para melhoria da qualidade da areia de RCD nesse momento imprescindvel para se atingir nveis satisfatrios de reciclagem, j que cerca de metade da massa do RCD corresponde frao de agregado mido. Atualmente, essa frao tem sua aplicao restrita a atividades de pavimentao. Nesse sentido, foram avaliadas as caractersticas tecnolgicas relevantes de areias originrias de resduos da construo amostradas em diferentes localidades, com produtos diferenciados na sua origem e natureza. A metodologia empregada envolveu a anlise granulomtrica por peneiramento a mido, determinao de curvas de separabilidade por densidade atravs de separaes em lquidos densos, determinao da absoro de gua, massa especfica, e do teor de aglomerantes. Os resultados apresentados so promissores e indicam que a melhoria das operaes unitrias envolvidas na reciclagem pode gerar um produto de qualidade muito superior ao atualmente produzido. Alm disso, desmistifica-se a crena de que a areia de RCD tem qualidade muito inferior areia fluvial. Em suma, a reciclagem de RCD pode atingir nveis muito superiores desde que se invista em mudanas na gesto e no processamento do mesmo, como em demolio seletiva, reduo de contaminantes, mudana no lay-out das instalaes de reciclagem, homogeneizao, processamento a mido do RCD e emprego de novos equipamentos de concentrao. PALAVRAS-CHAVE: caracterizao tecnolgica, reciclagem, resduos da construo civil, areia reciclada.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extractiva Gramado RS, Setembro/Outubro 2009.

III CONVENCIN CUBANA DE CIENCIAS DE

ANLISIS MINERO Y ECONMICO DE LA VERMICULITA EN LA REPBLICA ARGENTINACastro Graciela 1, Sumay Celina2, Quispe Oscar1.(1) Departamento de Ingeniera de Minas, Instituto de Investigaciones Mineras, Facultad de Ingeniera, Universidad Nacional de San Juan. Av. Libertador General San Martn 1109 (oeste). Capital 5400. 02 64 2205556 e- mail [email protected] (2) Departamento de Geologa, Facultad de Ciencias Exactas Fsicas y Naturales, Universidad Nacional de San Juan. Av. Ignacio de la Roza (oeste) y Meglioli. 02 64 264723 - 02 64 264721

Resumen En la Repblica Argentina existen importantes recursos potenciales del mineral vermiculita, encontrndose presente en las provincias de Crdoba, San Juan, Mendoza y San Luis A pesar de ello, en la actualidad, slo se extrae en la provincia de Crdoba con una produccin aproximada de 1.500 t por ao. La vermiculita, debido al agua que contiene en su estructura molecular, tiene la propiedad de expandirse cuando es calentada, trasformndose en un material liviano, resistente al fuego y excelente aislador trmico y acstico. Por estas caractersticas, este mineral es muy aplicado en la industria de la construccin, en la fabricacin de explosivos, pinturas y cermica vidriada y en la agricultura como acondicionador de suelos, etc. La demanda de este mineral, especialmente por sus usos en la construccin y agricultura, ha mostrado en los ltimos aos una importante tasa de crecimiento. Segn Cheppi la Pampa Hmeda, 16 millones de hectreas necesitan corregir en el corto plazo el Ph de los campos por lo que es esencial recomponer los suelos cultivados, esto generar una demanda de 3.000 millones de dlares para enmiendas de productos minerales. La necesidad de satisfacer esta demanda creciente, justifica la necesidad de profundizar la bsqueda y caracterizacin de este mineral. En este trabajo se presentan los resultados de estudios realizados en manifestaciones de yacimientos de vermiculita ubicados en las provincias de San Juan y Mendoza. Como primera etapa, se ha caracterizado su emplazamiento geolgico a travs del anlisis cartogrfico (topogrficos y geolgicos), imgenes satelitales y apoyo de campo. La segunda etapa se han realizado estudios mineralgicos y qumicos de muestras tomadas en los. Finalmente se compar los resultados obtenidos con las exigencias del mercado y se determin la calidad del mineral de cada yacimiento estudiado. PALABRAS CLAVES: vermiculita, potencialidad, mercado, caractersticas, mineralgicas, qumicas.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado - RS, Setembro/Outubro 2009.

OS DESAFIOS DA AMOSTRAGEM DE METAIS PRECIOSOS1

A.C. Chieregati1

Departamento de Engenharia de Minas e de Petrleo/Universidade de So Paulo. Av. Prof. Mello Moraes, 2373. Cidade Universitria. So Paulo/SP. CEP 05508-900. Tel. 11 3091 6033, fax 11 3091 5721. e-mail: [email protected]

ResumoA caracterizao de minrios visando a estimativa de reservas, o controle de teor, o dimensionamento de equipamentos e a reconciliao mineira fundamenta-se na coleta de amostras supostamente representativas da regio em estudo. A amostragem de metais preciosos um dos maiores desafios da indstria mineral, visto que provavelmente no existe outro tipo de material para o qual a preciso e a acurcia da amostragem sejam to crticas. O ouro, em especial, tem suas peculiaridades, principalmente no que diz respeito ao efeito de segregao. A densidade do ouro muito elevada, promovendo uma forte segregao assim que a liberao do metal atingida. Alm disso, o teor de ouro em uma sub-amostra analtica pode ser completamente diferente do teor de ouro na amostra original. Esses problemas so encontrados na maioria dos depsitos de ouro e de metais preciosos no mundo, sendo maiores quanto menor o teor do metal, quando mais marginal o depsito e quanto mais errtica a distribuio do metal no depsito. Este trabalho analisa dois depsitos de ouro no Brasil e discute os diferentes protocolos de amostragem e sua validade no que diz respeito reconciliao entre a mina e a usina (mine-to-mill). Os resultados mostram que uma estimativa de qualidade somente possvel com prticas adequadas de amostragem e caracterizao do minrio.

PALAVRAS-CHAVE: amostragem, caracterizao, reconciliao, metais preciosos, ouro.

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PROPRIEDADES REOLGICAS DA POLPA DE BAUXITA GIBBSTICAC.R. Nascimento, J.A. SampaioCoordenao de Processos Minerais/Centro de Tecnologia Mineral - CETEM. Av. Pedro Calmon, 900. Cidade Universitria.Rio de janeiro /RJ. CEP 21941-908. Tel. 21 3865 7273, fax 21 2260-2837. e-mail: [email protected]

ResumoO transporte de minrios sob a forma de polpa, via minerodutos, uma opo atraente para um pas de dimenses continentais como o Brasil, cuja atividade de minerao se encontra, na maioria das vezes, distante dos centros de produo, consumo ou logstica porturia. interessante, sob o ponto de vista econmico, que a polpa seja transportada com alta concentrao. Contudo, dependendo da natureza do minrio, concentraes elevadas podem acarretar num aumento excessivo da viscosidade, tenso limite de escoamento ou reopexia, o que pode comprometer a viabilidade do processo de bombeamento. Neste trabalho foi feito o estudo reolgico da polpa de bauxita originada do norte do Par, em que foi observada a variao das propriedades reolgicas em funo da concentrao, temperatura e do contedo de finos. Sabe-se que as propriedades reolgicas das suspenses so fortemente influenciadas por fatores como sua composio qumica e a distribuio do tamanho de partculas, o que torna a caracterizao do minrio imprescindvel a este estudo. Os ensaios reolgicos foram feitos em remetro rotacional, com a utilizao de rotores tipo cilindro coaxial e hlice (vane). Foi observado que conforme a concentrao da polpa aumenta ocorre uma mudana gradual do carter tixotrpico para reopxico e que o aumento da viscosidade com a concentrao bem mais pronunciado se ocorrer simultaneamente um aumento na proporo de finos (frao abaixo de 400 malhas), apesar dos finos conterem apenas 10% de partculas com dimenses coloidais. Conforme esperado, foi observado um ligeiro decrscimo da viscosidade da polpa em funo do aumento da temperatura. Mediante a caracterizao qumica e mineralgica da bauxita, verificou-se que os minerais predominantes na bauxita eram a gibbsita, a caulinita e a hematita e que o teor de alumina era de aproximadamente 52% na frao grossa e 46% na frao abaixo de 400 malhas. Pode-se concluir que para a obteno de polpas mais concentradas e menos viscosas, o teor de finos deve ser minimizado, mesmo no caso em que a quantidade de partculas coloidais for relativamente pequena.

PALAVRAS CHAVE: Bauxita, reologia, polpa de minrio, viscosidade, reopexia, mineroduto.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado - RS, Setembro/Outubro 2009.

COMPORTAMENTO DE CONSOLIDAO DA POLPA DE BAUXITA GIBBSTICA NA PRESENA DE ADITIVOSC.R. Nascimento, J.A. SampaioCoordenao de Processos Minerais/Centro de Tecnologia Mineral - CETEM. Av. Pedro Calmon, 900. Cidade Universitria.Rio de janeiro /RJ. CEP 21941-908. Tel. 21 3865 7273, fax 21 2260-2837. e-mail: [email protected]

Resumo comum haver a estratificao sob fluxo quando polpas minerais, constitudas por partculas no coloidais, so transportadas atravs de dutos com vazes insuficientes para promover a turbulncia necessria permanncia das partculas em suspenso. Sob o ponto de vista operacional, o caso de estratificao mais crtico ocorre durante uma parada do bombeamento, em que a sedimentao das partculas no interior da tubulao pode acarretar em dificuldades na retomada do processo. Quanto maior for a coeso do sedimento formado pelas partculas dentro da tubulao, maior ser a resistncia para resuspenso destas partculas. Portanto, interessante o desenvolvimento de metodologias que permitam avaliar em quanto tempo de repouso atinge-se o mximo de consolidao do sedimento formado e at que ponto determinados fatores, como a granulometria, o pH, a presena de argilominerais e aditivos, podem influir nessa coeso. Neste trabalho foi feito um acompanhamento da variao da consolidao das partculas sedimentadas de uma polpa de bauxita gibbstica em funo do tempo de repouso e do tipo de aditivo empregado, mediante ensaios reolgicos em remetro rotacional. A metodologia em questo consiste numa variao do teste reolgico aplicado na determinao da tenso limite de escoamento, no qual um rotor tipo vane gira com velocidade constante e pequena o suficiente para que seja detectado o rompimento da estrutura do sedimento formado. Em testes com a polpa de bauxita 50% (p/p) foi observado que num perodo entre 2 e 4 horas de repouso ocorre praticamente toda a consolidao do sedimento formado e que aps 24 horas apenas um ligeiro acrscimo da tenso de ruptura foi detectado. O poli(lcool vinlico) foi o aditivo que promoveu uma reduo da coeso do sedimento, enquanto que o dodecil sulfato de sdio e o poli(xido de etileno) levaram ao aumento desta propriedade em relao ao minrio sem aditivo. O procedimento utilizado adequado para testes comparativos entre polpas com mesma concentrao.

PALAVRAS CHAVE: Bauxita, polpa, reologia, sedimentao, aditivos, mineroduto.

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CARACTERIZAO DE MINRIOS DE MANGANS DA UNIDADE DE URUCUM/RDM-VALE. L. Reis1, G. L. Faria1, F. G. S. Arajo1, C. B. Vieira1, M. L. Batista1, N. J. Jnior2Rede Temtica em Engenharia de Materiais/Universidade Federal de Ouro Preto Praa Tiradentes 20. Centro. Ouro Preto/MG. CEP 35400-000. Tel. 31 35591596. Fax. 31 35591596. e-mail: [email protected] 2 Companhia VALE Manganese and Alloys Department Rancharia, s/no Zona Rural, Ouro Preto, MG.1

De forma a viabilizar melhorias tanto no processo de beneficiamento dos minrios de mangans da Unidade de Urucum RDM-VALE, como no prprio processo metalrgico de fabricao de ferro-ligas de mangans, este trabalho teve como objetivo caracterizar as duas tipologias (Standard e Baixo Fsforo) de minrios provenientes desta mina. As amostras foram caracterizadas por ensaios granulomtricos, anlise qumica global e por faixas granulomtricas e difratometria de raios-X. Observou-se que 20 e 17% das partculas que compem, respectivamente, as amostras de minrio de Standard e Baixo Fsforo, esto abaixo de 6,3mm. O teor de Mn na amostra global de Standard est em torno de 46,5% e na amostra de Baixo Fsforo 45%. O teor de SiO2 nas amostras da tipologia Baixo Fsforo cerca de 6% maior que nas amostras de Standard, enquanto que o teor de P nas amostras de Baixo Fsforo esto em torno de 0,1% e na tipologia Standard cerca de 0,25%. O teor de fsforo do Standard considerado alto de acordo com as especificaes de minrios de mangans para fabricao de ferro ligas. Os valores dos demais elementos majoritrios no apresentaram grandes variaes. A distribuio de mangans mostrou que 87 e 78,6% do mangans que compem, respectivamente, as tipologias Standard e Baixo Fsforo encontram-se na entre 50 e 6,3mm, faixa de especificao do produto granulado. A maior porcentagem dos demais elementos tambm ocorre nesta faixa. No minrio Standard e Baixo Fsforo foram identificados os minerais de mangans criptomelana e braunita. Como minerais de ganga foram identificados hematita em ambas as tipologias e o quartzo apenas na amostra de Baixo Fsforo.

PALAVRAS - CHAVE: minrio de mangans; caracterizao de minrios.

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CARACTERIZAO QUMICA E FSICA DO PRODUTO GRANULADO DE MANGANS PROVENIENTE DA UNIDADE DE URUCUM/RDM-VALEG. L. Faria1, . L. Reis1, F. G.S. Arajo1, C. B. Vieira1, J. A. S. Tenrio2, N. J. Jnior3Rede Temtica em Engenharia de Materiais/Universidade Federal de Ouro Preto Praa Tiradentes 20. Centro. Ouro Preto/MG. CEP 35400-000. Tel. 31 35591596. Fax. 31 35591596. e-mail: [email protected] 2 USP/ Departamento de Engenharia Metalrgica e Materiais Av. Professor Mello Morais 2463. Cidade Universitria. So Paulo/SP CEP 05508-900 3 Companhia VALE Manganese and Alloys Department Rancharia, s/no Zona Rural, Ouro Preto, MG.1

Os minrios de mangans do macio de Urucum so importante matria prima na produo de ferro-ligas. Visando melhorias no beneficiamento e no processo de fabricao de ferro ligas de mangans, foi realizada a caracterizao do Produto Granulado, frao menor que 50mm e maior que 6,3mm, da Unidade de Urucum/RDM-VALE. Foi obtida uma amostra representativa do produto granulado da Unidade de Urucum e realizada anlise granulomtrica, termogravimtrica, qumica dos elementos majoritrios e identificadas as fases minerais. Atravs da anlise granulomtrica do produto granulado verificou-se a ocorrncia de 18% das partculas abaixo de 6,3mm. A anlise trmica (TG-DTA) identificou perda de massa em torno de 300oC, 500 oC, 700oC, 900 oC e 1000 oC associadas decomposio trmica das fases minerais. Os teores de Mn, Fe e SiO2 foram respectivamente, 42,69; 13,85; e 5,67%. O produto granulado da Unidade de Urucum composto majoritariamente pelos minerais de mangans criptomelana, braunita, pirolusita e como ganga hematita, goethita e quartzo.

PALAVRAS CHAVE: minrio de mangans, produto granulado, caracterizao

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ESTUDO DO COMPORTAMENTO TRMICO DE BAUXITA DO PAR (BRASIL) EM DIFERENTES FRAES GRANULOMTRICASF. N. G. Silva1, 2, R. D. Santos1, 2, J.A.. Sampaio2, F. M. S. Garrido1, M. E. Medeiros11

Departamento de Qumica Inorgnica/ Instituto de Qumica/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Av. Athos da Silveira Ramos, 149. Ilha da Cidade Universitria, Rio de Janeiro/RJ. CEP 21.941-909. Tel. 21 2562 7740, e-mail: [email protected] 2 Centro de Tecnologia Mineral/CETEM. Av. Pedro Calmon, 900. Ilha da Cidade Universitria, Rio de Janeiro/RJ CEP 21.941-908. Tel. 21 3865 7359, fax 21 2290 9196.

ResumoA rocha bauxita composta de uma mistura de minerais de alumnio, dentre os mais importantes destacam-se, gibbsita (Al(OH)3), disporo (AlO(OH)) e boehmita (AlO(OH)) a proporo de cada mineral na rocha varia de acordo com o depsito, inclusive as impurezas, que so formadas essencialmente por caulinita (Al4(Si4O10) (OH)8), goethita (FeOOH), quartzo (SiO2), ilmenita (Fe2+TiO3), hematita (Fe2O3), rutilo e anatsio (TiO2), dentre outras. Uma amostra de bauxita do Par (essencialmente gibbstica) foi beneficiada e separada em diferentes fraes granulomtricas. O comportamento trmico dessas diferentes fraes foi investigado por meio das tcnicas DTA e TG/DTG, sob condies atmosfricas com taxa de aquecimento de 10C/min de 25 1.000C. As tcnicas de anlise trmica, associada difrao de raios-X (DRX), espectroscopia vibracional no infravermelho (IV) e anlise qumica (titulao potenciomtrica e absoro atmica), foram utilizadas com o objetivo de estabelecer uma relao semi-quantitativa entre os eventos trmicos e a composio qumica e mineralgica das diferentes fraes. Os seguintes eventos trmicos foram identificados: o primeiro (entre 230 e 280C) est relacionado desidroxilao do Al(OH)3 que forma uma mistura de (AlO(OH)) e -Al2O3, o segundo corresponde desidroxilao da (FeOOH) (360C) o terceiro (470C) uma combinao da desidroxilao da (AlO(OH)) formada no primeiro evento e da desidroxilao da (Al4(Si4O10) (OH)8). Nas fraes mais grossas h uma maior perda de massa total se comparadas com as fraes mais finas. Entretanto, estas ltimas apresentam uma maior perda de massa relacionada ao terceiro evento. Estes resultados podem ser explicados se considerarmos que as fraes com maior granulometria apresentam uma maior quantidade de gibbsita e as fraes finas uma maior quantidade de caulinita. Esses resultados esto de acordo com os obtidos por meio da anlise qumica para Al2O3 disponvel e SiO2 reativa, respectivamente. PALAVRAS CHAVES: Bauxita, Anlise Trmica, Slica Reativa.

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ANLISE DE IMAGENS AUTOMATIZADA ATRAVS DE MICROSCOPIA ELETRNICA DE VARREDURAH. Kahn1, L.Z. DAgostino1, M. Brumatti1, M.M.M.L. Tassinari1, D. Uliana1, C. Ulsen11

Depto. de Eng. de Minas e de Petrleo Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Laboratrio de Caracterizao Tecnolgica. Av. Prof. Mello Moraes, 2373, Butant - CEP 05508-030, So Paulo, SP Tel.: +55 11 3091 5151, Fax: +55 11 3091 6037, e-mail: [email protected]

Resumo A composio mineralgica, tamanho de gro, forma e associaes minerais so de fundamental importncia para beneficiamento de um minrio; estes aspectos tm implicaes em estudos de viabilidade, lavra e planejamento, processamento mineral e metalrgico e de meio ambiente. Recuperao e teores em processamento mineral so fortemente condicionados pelas associaes minerais e distribuio granulomtrica do minrio processado (liberao mineral). Descrio e quantificao de parmetros do minrio e suas variaes compreendem uma atividade exaustiva e de longo prazo. Tradicionalmente estas determinaes so efetuadas por microscopia ptica (MO) ou eletrnica de varredura (MEV) atravs de procedimentos semiautomatizado ou separaes minerais conjugadas a anlises qumicas e mineralgicas e, mais recentemente, por sistemas de anlise de imagens automatizada controlando um MEV. Microscopia ptica e MEV empregando mtodos semi-automatizados so morosos, caros, dependentes do operador e geram resultados de natureza essencialmente semi-quantitativa. Embora conhecidas e empregadas a mais de duas dcadas as ferramentas anlise de imagens automatizada atravs de microscopia eletrnica de varredura apresentaram um grande desenvolvimento nos ltimos anos com a introduo de sistemas que possibilitam o controle do feixe de eltrons do MEV e uma marcante integrao entre imagens de eltrons retroespalhados e de anlises de raios X por EDS. O avano desta tcnica permite hoje a obteno de dados estatsticos substancialmente mais robustos em questo de menos de uma hora a depender da natureza do minrio. Neste trabalho so apresentados os recursos empregados, os procedimentos para discriminao de fases e os tipos de resultados obtidos a partir do processamento das imagens digitais geradas: composies mineralgica e qumica, distribuio elementar, propriedades de partculas (morfologia & composio); distribuio de tamanho de partculas; distribuio de tamanho de gros; distribuio de densidade de partculas e associaes de fases (liberao mineral, espectros de liberao e distribuio de partculas mistas).

PALAVRAS-CHAVE: anlise de imagens, caracterizao tecnolgica, mineralogia quantitativa

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CARACTERIZAO DO MINRIO DA MINERAO CARABA MINRIO MARGINAL E MINRIO DA MINA SUBTERRNEAI. A. S. Brum1, W. Aliaga1,1

Laboratrio de Processamento Mineral. Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia. UFRGS Av. Bento Gonalves, 9500, Caixa Postal 15021, 90501-970 - Porto Alegre RS. Tel. 51 3308 7070 Fax. 51 330807116. E-mail: [email protected]

Resumo A partir de problemas observados no processo de flotao, de minrio sulfetado de cobre da Minerao Caraba, foi dado incio a este estudo, o qual buscou a anlise dos produtos do processo de flotao da usina de beneficiamento, com relao s diferentes composies do fluxo de alimentao, e do minrio marginal. Com relao a caracterizao dos produtos do processo (alimentao, concentrado e rejeito) de flotao, foi dado maior importncia ao fluxo de rejeito obtido quando a usina opera apenas com minrio marginal, uma vez que neste se concentram as principais perdas de cobre. Por outro lado, a anlise do minrio marginal busca o melhor conhecimento deste, assim como uma explicao para o seu desempenho na etapa de concentrao. Tambm se analisaram rotas e/ou alternativas que resultem na obteno de um pr-concentrado e/ou na remoo de uma parcela significativa de material, em uma etapa prvia ao circuito de moagem. importante ressaltar a heterogeneidade deste material na sua fonte, pilha de minrio marginal, no tocante, principalmente, a granulometria e teor de cobre. Este fato, em particular, justifica o aprofundamento do atual estudo e a tentativa e viabilizao de um sistema de homogeneizao.

Palavras chaves: Caracterizao, flotao, minrio de cobre.

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CARACTERIZAO TECNOLGICA DE FOSFOGESSOJ.L. Antoniassi1, H. Kahn1, L.S.Leal Filho1, J. Brito21

Depto. de Eng. de Minas e de Petrleo Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Av. Prof. Mello Moraes, 2373, Butant - CEP 05508-030, So Paulo, SP Tel.: +55 11 3091 5151, Fax: +55 11 3091 6037, e-mail: [email protected] 2 Bunge SA BR 116 - Rodovia Rgis Bittencourt, km 488,5 - CEP 11950.000, Cajati,SP

Resumo O fosfogesso um subproduto gerado no processo de fabricao de fertilizantes, quando rochas fosfatadas so atacadas por cido sulfrico resultando em cido fosfrico e fosfogesso. O reaproveitamento deste resduo ganha importncia tanto do ponto de vista econmico-social quanto em relao preservao ambiental, dado o expressivo crescimento da indstria de fertilizantes nos ltimos tempos, a abundncia de material gerado e a sua possvel utilizao em substituio ao gesso natural. Estudos de caracterizao tecnolgica em amostra de fosfogesso da Bunge SA foram realizados a fim de avaliar a forma de ocorrncia e morfologia das fases de sulfato de clcio e contaminantes presentes no material, visando fornecer subsdios definio de alternativas de processamento para seu aproveitamento. A metodologia envolvida compreendeu anlise granulomtrica, separaes minerais, anlises qumicas e caracterizao mineralgica por meio de microscopia eletrnica de varredura (MEV-EDS) e difratometria de raios X. A amostra estudada constituda essencialmente por cristais de gipsita (CaSO4; ~97%) e dentre as principais fases menores observa-se o fosfato de ferro como principal fase portadora de ferro, que ocorre tanto na forma de esferulitos liberados, como em pelculas de recobrimento superficial sobre os cristais de gipsita. Mais raramente, esto presentes cristais livres e bi-piramidais de chukhrovita (responsvel pelos teores de alumnio contido), seguidos de diminutos cristais de celestina, que aparecem preferencialmente inclusos no sulfato de clcio; os teores contaminantes so de 0,93% P2O5, 0,49% SiO2, 0,41% Fe2O3 e 0,08% Al2O3. Os estudos indicam resultados promissores principalmente quando da realizao de estudos de separao magntica de alta intensidade a mido, promovendo expressiva diminuio nos teores de contaminantes, principalmente em relao aos teores P2O5 e Fe2O3; o produto nomagntico (94,4% em massa) apresenta teores de P2O5 reduzidos a 0,65% e Fe2O3 a 0,15%. Eventual etapa de atrio antecedendo o estgio cleaner de separao magntica avaliada, visando uma reduo suplementar nos teores de ferro e fsforo, visto que a forma de ocorrncia do ferro remanescente basicamente como recobrimento superficial nos cristais de gipsita.

PALAVRAS-CHAVE: fosfogesso, reaproveitamento de rejeitos, caracterizao tecnolgica

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CARACTERIZAO DO REJEITO DE LAVRA GARIMPEIRA DE ESMERALDAJ.P.P. Silva, V.S. Pinheiro, F.S.D. Arajo, J.Y.P. LeiteInstituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Laboratrio de Processamento Mineral e de Resduos. Av. Senador Salgado Filho, 1559. Tirol. Natal/RN. CEP 59.015-000 Telefone: 84 4005-2713 / E-mail: [email protected]

RESUMO Este trabalho apresenta os resultados de estudos de caracterizao de amostra proveniente de uma lavra garimpeira de esmeralda, localizada na Bahia. Foram realizadas anlises mineralgica (lupa e DRX), tamanho (peneiramento), anlises qumicas (FRX), separao mineral em lquido denso e separao magntica (Frantz). O grau de liberao da molibdenita foi determinado utilizando o mtodo de Gaudin. A anlise qumica apresentou teores de MoO3 (0,51%), Al2O3 (15,19%), MgO (13,37%), Fe2O3 (9,43%), bem como valores considerveis de K2O (8,53%), TiO (0,63%) e Cr2O3 (0,59%). A liberao da molibdenita apresentou resultados interessantes em faixas menores que 1000 m. Estes resultados mostram que estes rejeitos devem ser reprocessados e esto sendo realizados estudos para a sua concentrao. PALAVRAS-CHAVE: Caracterizao de minrios, molibdenita, beneficiamento mineral.

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CARACTERIZAO PRELIMINAR DE FINOS DE OFICINA DE ARTESANATO DE PEDRA-SABO PROVENIENTE DA REGIO DE CACHOEIRA DO BRUMADO/MGM.L.M. RODRIGUES1, R. M. F., LIMA1 Departamento de Engenharia de Minas/UFOP Laboratrio de Propriedades Interfaciais Morro do Cruzeiro, S/No. Campus Universitrio Ouro Preto/MG -CEP.: 35.400-000. Tel.: (31)3559-1590 Fax.: (31)3559-1606 e-mail: [email protected]

Na regio de Ouro Preto-MG existem diversas oficinas de artesanato em pedra-sabo, que atravs da utilizao de tornos de madeira fabricam panelas e diversos objetos de adorno. O processo de fabricao desses objetos resultam na produo de uma grande quantidade de finos, que normalmente so depositados prximo s oficinas sem nenhum controle. Neste trabalho, foi efetuada uma caracterizao tecnolgica preliminar de finos de uma oficina de artesanato em pedra-sabo, que estava trabalhando com uma rocha proveniente da regio de Cachoeira do Brumado-MG, visando a obteno de dados para verificar a possibilidade de utilizao desses finos. Os ensaios efetuados foram: anlise granulomtrica por peneiramento a mido e espalhamento a laser, anlise qumica por ICP, anlise mineralgica por difratometria de raios X e determinao de rea superficial, utilizando BET. Verificou-se que o d80 da amostra era igual a 742m. As principais fases cristalinas identificadas foram: talco (Mg3(Si2O5)2(OH)2), a tremolita (Ca2Mg5Si8O22(OH)2) e a nimita ((Ni, Mg, Al)6(Si, Al)4(OH)8). Os teores de Al2O3, MgO, CaO, Fe2O3, e SiO2 da amostra foram de 6,15; 33,80; 3,49; 9,63 e 46,92%, respectivamente. A presena de CaO na anlise qumica est relacionada com o mineral dolomita. No caso do Fe2O3, o mesmo proveniente de xidos/hidrxidos de ferro alm da presena de sulfetos (pirita e calcopirita). Atravs desses estudos verificou-se que h possibilidade da utilizao dos finos de pedra sabo como veculo na fabricao de inseticidas e para controle de umidade de solos.

PALAVRAS-CHAVE: Caracterizao de Resduos, pedrasabo, recuperao de resduos.

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GRANULOMETRIA DE ARGILA CAULIM PRIMRIO DOS PEGMATITOS NAS REGIES DO JUNCO DO SERID-PB E EQUADOR RNM.F. Meyer1, J.B.M. Sousa.21Mauro Froes Meyer - Professor do CEFET - PA (Centro Federal de Educao Tecnolgica do Par). Travessa Piraj, 716 Apto: 201- Bloco: A Ed. Visconde de Piraj Bairro: Pedreira Belm PA CEP: 66.087.490 Telefone: (091) 3276-7011 Residencial e (091) 8118-8158 (Celular) e (091) 3201-1766 (CEFET-PA) e-mail: [email protected] e [email protected] 2Joo Batista Monteiro de Souza - Professor do CEFET RN (Centro Federal de Educao Tecnolgica do Rio Grande do Norte) na Gerncia de Recursos Naturais (GERN) Geologia e Minerao. Avenida da Integrao, Apart. 304-C Bairro: Candelria Natal RN CEP: 59.067-780 Telefone: (084) 3234-1388 (Residencial) e (084) 9481-5683 (Celular) e (084) 4005-2636 (Servio). e mail: [email protected]

Resumo Esta pesquisa tem como objetivo investigar a maneira de ocorrncia, a granulometria, o rendimento e a pureza de caulim dos pegmatitos da Provncia Pegmattica da Borborema nas regies de Junco do Serid-PB e Equador-RN. Essas variveis foram analisadas considerando intervalos granulomtricos obtidos de peneiramento a mido das amostras dos garimpos de pegmatitos da regio. A explorao de caulim procede-se sem nenhum plano sistemtico de lavra e segurana, e a argila oriunda desses depsitos so utilizadas em diversos segmentos da indstria nacional. Os pegmatitos podem ser classificados em tipos heterogneos e homogneos baseado no zoneamento de minerais das rochas. O caulim foi beneficiado utilizando as peneiras de 200, 325, 400 e 500 mesh e as fraes retidas nas peneiras foram quantificadas para gerar parmetros estatsticos atravs de histogramas, diagramas de barras e regresso. Nos pegmatitos homogneos, onde o feldspato ocorre disseminado junto com quartzo e mica, o rendimento relativamente baixo com grande quantidade de impurezas. As partculas de caulim so extremamente finas e passam na sua totalidade pela peneira de 500 mesh. Sericita e quartzo so encontrados como impurezas nas fraes argilosas abaixo de 325 mesh. A caracterizao de minerais nas fraes finas pela difrao de raios-X mostrou que a quantidade relativa de sericita e quartzo diminui com a diminuio de tamanho das partculas. No caulim de granulometria inferior a 500 mesh ocorre somente traos de impurezas de sericita e quartzo.

PALAVRAS-CHAVE: caulim, anlise granulomtrica e beneficiamento.

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CARACTERIZAO TECNOLGICA DE ZIRCONITA DE TOCANTINS M.M.L.Tassinari1, H. Kahn1, M.Brumatti1, G. Ratti11

Depto. de Eng. de Minas e de Petrleo Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Laboratrio de Caracterizao Tecnolgica Av. Prof. Mello Moraes, 2373, Butant - CEP 05508-030, So Paulo, SP Tel.: +55 11 3091 5151, Fax: +55 11 3091 6037, e-mail: [email protected]

Resumo A zirconita de Ja de Tocantins, TO, conhecida desde longa data e vem sendo alvo de explotao nos ltimos anos, com produo da ordem de 80 t/ms, produo esta destinada s indstrias de So Paulo e de Minas Gerais. O maior emprego da zirconita ocorre nos setores de abrasivos e de cermicas refratrias avanadas, em funo de sua alta resistncia fsica e inrcia a reaes qumicas. Estudos de caracterizao tecnolgica foram efetuados em diversos pr-concentrados provenientes de Ja de Tocantins, tendo por objetivo verificar as caractersticas da zirconita contida, com enfoque em seus aspectos de associao com os demais minerais presentes, de modo a avaliar as possibilidades de separao por mtodos fsicos, principalmente em relao aos minerais portadores de ferro, definindo assim a qualidade dos produtos passveis de serem obtidos. A metodologia envolvida compreendeu a realizao de anlises granulomtricas e separaes minerais, seguidas de estudos mineralgicos por microscopia eletrnica de varredura e difratometria de raios X. Os produtos obtidos foram submetidos a anlises qumicas por fluorescncia de raios X, com determinaes de ZrO2, HfO2, SiO2, Fe2O3, TiO2, Al2O3, ThO2 e U3O8. Observaes sistemticas ao MEV mostraram que a zirconita ocorre na forma liberada ou associada a alumino-silicatos com ferro, biotita e, menos frequentemente, com corndon, sendo marcante a presena de micro-incluses de alumino-silicatos e torita, alm de outras fases menores, tais como xidos de Fe, torianita, xido de Nb e Ta, monazita e silicato de ETRs. As incluses de alumino-silicatos tm granulao variando de 10 m a aproximadamente 70 m, com mdia de 15-30 m; j as incluses de torita e outras fases menores apresentam granulao mais fina, variando de poucos micra a 30 m, com mdia de 5 m; poucas incluses ultrapassam 50 m. Destaca-se que este comportamento observado em todas as fraes granulomtricas estudadas. Frente aos resultados obtidos, o fluxograma de processo de concentrao deve prever a remoagem dos produtos de zirconita gerados e a incluso de etapas posteriores de separao magntica de alta intensidade e/ou lixiviao cida.

PALAVRAS-CHAVE: zirconita, caracterizao tecnolgica, separaes minerais.

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CARACTERIZAO DE FASES DO ROM E DOS PRODUTOS DE BENEFICIAMENTO DE MINERIO DA MINA DE SOSSEGO, CARAJS.Prof. Dr. O.F. Choque, S.S. Faro, J.M. SilvaCoordenador do curso de metalurgia e Engenharia de Materiais/CEFET-PA/Laboratrio e caracterizao de materiais. Av.Almirante berroso s/n. Marco. Belm/PA. CEP66000-000. Alunos do curso de Metalurgia do CEFET-PA/Laboratrio de Caracterizao de materiais. Av.Alminrante Barroso s/n. Marco. Belm/PA. CEP 66000-000. Tel.091 9618 5557. [email protected]

RESUMO O presente trabalho tem por objetivo a caracterizao mineralgica de minerais de minrio da mina de cobre de Sossego, Carajs. Analise qualitativa das fases minerais do minrio de cobre assim como seus produtos de beneficiamento (alimentao da flotao Roug, concentrado final [COMUS] e rejeito final) usando a difrao de raios-X. Com esta pesquisa pretende-se contribuir na implementao de um mtodo de quantificao mineral rpido e confivel no laboratrio de DRX do CEFET-PA. As amostras do ROM e dos produtos de beneficiamento foram analisadas macroscopicamente e microscopicamente identificando os principais aspectos gerais do minrio, foram obtidas 95 alquotas das mesmas amostras para anlises por difrao de raios-X. Outra poro da mesma alquota foi utilizada para a confeco de seces polidas para anlises em microscopia de luz refletida. O trabalho pretende mostrar como as diferentes fases presentes no mineral de minrio influenciam nas etapas de beneficiamento de minrio e implicaes metalrgicas

PALAVRAS-CHAVE: Cobre, Difrao de Raio-x, caracterizao, Microscopia

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CARACTERIZAO E DETERMINAO DA ROTA IDEAL DE BENEFICIAMENTO DE MINRIOS DE FERRO PROVENIENTES DE ITABIRTO SILICOSO DE MINAS GERAISP.A.C. Silva1, L.F. Silva1, W.M. Martins2, A.M. Garcia3, O.M.S. Rodrigues4, A.C. Araujo5, J.C.B. Duarte61Departamento de Engenharia de Minas/Universidade Federal de Minas Gerais. Laboratrio de Tratamento de Minrios. Rua Esprito Santo 35. Centro. Belo Horizonte/MG. CEP 30.160-030. Tel. 03799396090, fax 03733841063. e-mail: [email protected]

Visando a verificar a possibilidade de estabelecer uma rota de beneficiamento de Minrio de Ferro proveniente de Itabiritos silicosos do estado de Minas Gerais, coletouse amostras deste tipo de minrio para a realizao de caracterizao mineralgica e ensaios de laboratrio de classificao, liberao, moagem, disperso, deslamagem, Separao Magntica, Flotao, Espessamento e Filtragem, variando-se diversos fatores operacionais. Observou-se que o minrio em estudo, possui em sua composio mineralgica, grandes percentuais de slica e hematita, quantidades menores de goethita e traos de magnetita. Tambm foi constatada a possibilidade da obteno de uma rota de beneficiamento para este minrio, mesclando etapas de concentrao via flotao e separao magntica, desde que haja uma deslamagem prvia, para a obteno de resultados de teor e recuperao dentro das especificaes do mercado. PALAVRAS-CHAVE: Caracterizao, Itabirito, Pobre, Goethita, Percentual.

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CARACTERIZAO MINERALGICA DOS FINOS DE PEDREIRA DO MUNICPIO DE TRACUATEUA-PAR. C. Negro1; J. H. B. da Costa2; R. S. Anglica3Centro Federal de Educao Tecnolgica do Par, Coordenao da rea Profissional de Minerao, Av. Almirante Barroso 1155 Marco Belm Par, (91) 3201 1766, e-mail: [email protected] 2 Centro Federal de Educao Tecnolgica do Par, Coordenao da rea Profissional de Minerao, Av. Almirante Barroso 1155 Marco Belm Par, (91) 3201 1766, e-mail: [email protected] 3 Universidade Federal do Par, Instituto de Geocincias, Rua Augusto Correa 01, Campus Bsico Guam Belm Par, (91) 3201 8007, e-mail: [email protected]

Resumo Um dos grandes problemas do setor de produo de brita a estocagem dos finos oriundos do processo de britagem. Nas pedreiras, as rochas (granitos, gnaisses, basaltos, calcrios, entre outras) ao serem cominudas em circuitos de britagem terciria ou quarternria, visando produo de agregados para a construo civil, resultam em produtos comercializveis com gerao, de uma parcela significativa, de material fino que at ento no possui aplicao. Estes finos tm sido apenas estocados em pilhas nas reas das pedreiras, contribuindo para: (i) alterao da paisagem, criando um impacto ambiental; (ii) obstruo de canais de drenagem em virtude da deposio desses finos; (iii) gerao de poeiras nas operaes de britagem e formao de pilha. Neste contexto, de suma importncia a caracterizao mineralgica dos finos de pedreira para verificao de um potencial uso e com isso diminuir o impacto ambiental causado pela estocagem dos mesmos. O objetivo principal deste trabalho foi caracterizar mineralogicamente amostras de finos de uma pedreira visando seu reaproveitamento e conseqentemente contribuir para amenizar o impacto ambiental causado por este rejeito. Para tanto, foram coletadas e preparadas amostras para individualizao mineralgica, procurando identificar as fases mineralgicas presentes nos finos de pedreira a partir das amostras obtidas. As tcnicas utilizadas foram a difrao de raios-x e microscopia eletrnica de varredura. A caracterizao mineralgica dos finos de pedreira se baseou em identificar qualitativamente os minerais presentes. H a presena de quartzo, muscovita e feldspato (albita e microclnio), atestadas por difrao de raios-x e de observaes microscpica e macroscpica. Alm disso, foi definida a distribuio granulomtrica, e como pode ser observado as amostras se apresentam com granulometria mdia a fina (que variam de 9,5 mm a 0,075 mm) e as formas dos gros so irregulares ou angulosos.

Palavras-chave: Finos de Pedreira, Caracterizao Mineralgica, Tracuateua.

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O MINRIO DE FERRO DA CHINAR.F. Ferreira1, M.A.T. Furtado2Departamento de Engenharia de Minas / Universidade Federal de Ouro Preto Campus Morro do Cruzeiro. Bauxita. Ouro Preto/MG. CEP: 35.400-000 Tel. 31-87731681 e-mail: [email protected] 2 Departamento de Engenharia de Produo / Universidade Federal de Ouro Preto Campus Morro do Cruzeiro. Bauxita. Ouro Preto/MG. CEP: 35.400-000 Tel. 31-8653-9074 e-mail: [email protected]

Resumo A China , atualmente, o maior produtor de minrio de ferro run of mine do mundo. Porm, o pas necessita importar milhes de toneladas deste minrio anualmente para blendar ao minrio domstico e abastecer sua indstria siderrgica. Isto se d porque alm da alta demanda, o minrio de ferro chins possui baixo teor, com uma mdia de 30% a 35% de Fe, ocorrendo quase sempre associado a outros metais e a vrios tipos de contaminantes em depsitos de geologia muitas vezes complexa. Porm, diante do alto preo praticado pelas mineradoras estrangeiras, o investimento na minerao local, na explorao mineral e no desenvolvimento de tecnologias que permitam a expanso das reservas economicamente lavrveis daquele pas tem crescido nos ltimos anos, estimulado por polticas governamentais. O presente trabalho traa um perfil da indstria do minrio de ferro chins, desde a geologia dos depsitos at a comercializao, passando pelos aspectos da minerao, infra-estrutura, desenvolvimento de novas tecnologias para beneficiamento de minrios de baixo teor, diretrizes e polticas governamentais, alm de abordar as relaes comerciais, no mbito desta commodity, entre a China e o Brasil. Um exemplo de nova tecnologia desenvolvida pelos chineses no intuito de concentrar minrios hematticos (menos predominantes naquele pas) o concentrador eletromagntico de anel vertical Slon. Tecnologias como esta permitem o aumento da produo de minrio de ferro na China, mas este pas dever continuar importando esta matria prima, pois a demanda no totalmente suprida pelas mineradoras domsticas. Porm, a dependncia do minrio importado ser influenciada, diminuindo ao longo do tempo.

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COMPARAO ENTRE METODOLOGIAS DE DETERMINAO DE WI E MODELO DO BALANO POPULACIONAL NA SIMULAO DA MOAGEM DE MINRO DE FERROR. M. Carvalho 1, A. S. Souza 2, V. K. Alves 2, L. M. Tavares 11

Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Laboratrio de Tecnologia Mineral/PEMM/COPPE Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala 210, Cidade Universitria, Rio de Janeiro, RJ. CEP 21945-970. Tel. 21 22901615, fax 21 22901615. e-mail: [email protected] 2 Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM), Vale S.A., Belo Horizonte (MG), [email protected]

Resumo O ndice de trabalho de Bond tem sido usado h mais de meio sculo na previso de resultados de moagem de minrios. Apesar de suas limitaes ele encontra importantes aplicaes em estudos de variabilidade de jazimentos minerais, pois permite, a partir de amostras de pequeno volume, como testemunhos de sondagem, a previso do consumo energtico especfico demandado para atingir uma dada finura do produto em um moinho de bolas. No caso de minrios de ferro, em particular itabiritos, observa-se que os resultados do ensaio so muito sensveis abertura da malha de fechamento do produto, bem como do modo de conduo do ensaio, levando a valores de Wi muito distintos. O presente trabalho analisa a influncia de diferentes variveis no valor de Wi e compara os valores medidos ao Wi operacional calculado a partir de simulaes usando o modelo do balano populacional.

PALAVRAS-CHAVE: Moagem, moabilidade, minrio de ferro

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CARACTERIZAO MINERALGICA DA FRAO SINTER FEED DE MINRIOS DA PROVNCIA MINERAL DE CARAJS1 2 4 2 4 3 3

M.M. Seckler , M.C.B. Oliveira , T.N. Battestin S.L. Moraes , C.P. Massola , M.T.S. Ferreira , C. Gontijo1

Laboratrio de Processos e Partculas / Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo. Avenida Prof. Almeida Prado, 532. Cidade Universitria. So Paulo/SP. CEP 05508-901. Tel. 11 3767 44842

Laboratrio de Materiais de Construo Civil / Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo. Avenida Prof. Almeida Prado, 532. Cidade Universitria. So Paulo/SP. CEP 05508-901. Tel. 11 3767 4367 e-mail: [email protected]

Laboratrio de Resduos e reas Contaminadas / Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo. Avenida Prof. Almeida Prado, 532. Cidade Universitria. So Paulo/SP. CEP 05508-901. Tel. 11 3767 42504

Vale. Rua Paraba, 1000. Bairro Savassi. Belo Horizonte/MG. CEP 30130-141. Tel. 31 3287 4127

O Sistema Norte da Vale compreende as minas localizadas em Carajs-PA, com reservas que chegam a 16 bilhes de toneladas de minrio de ferro de alto teor. A mineralizao ocorre na Fm. Carajs do Gr. Gro Par, composta por formaes ferrferas bandadas (FFB) de jaspilito meso-e microbandado. Os jaspilitos de Carajs preservam ainda estruturas deposicionais, tais como laminao interna plano-paralela, estruturas de escavao e preenchimento. O minrio possui origem supergnica tendo se formado pela lixiviao da slica das FFB por guas metericas, resultando no enriquecimento residual dos xidos de ferro e na formao dos corpos de minrio. Estes ocorrem como corpos tabulares de hematita frivel com lentes de hematita compacta, constitudos por hematita, magnetita martitizada e, localmente, carbonato, sendo cortados por veios/vnulas de quartzo e carbonato. Os corpos de hematita frivel ocorrem na forma pulverulenta muito fina e tambm como bandas milimtricas de hematita especular muito fina intercalada com hematita pulverulenta. Este minrio beneficiado visando obteno de trs produtos, dentre os quais se destaca o sinter feed. Atravs da caracterizao mineralgica e fsico-qumica de trs amostras de sinter feed de Carajs, A, B e C foram identificadas diferenas mineralgicas, texturais e estruturais. No tipo A, h predominncia de hematita especular e de magnetita/martita; secundariamente ocorre hematita recristalizada grossa; no tipo B predominam hematita criptocristalina e recristalizada, e subordinadamente magnetita/martita e especularita. Estas duas amostras conservam o bandamento composicional, possuindo localmente uma fraca foliao e algumas zonas dobradas e fraturadas. J no tipo C ocorre o predomnio de hematita criptocristalina e recristalizada fina, ambas com porfiroblastos de magnetita/martita e a presena de duas geraes de especularita: uma intensamente deformada e outra no deformada. Nos trs tipos de sinter feed ocorre grande quantidade de hidrxidos de ferro, principalmente goethita, preenchendo poros e como crostas limonticas sobre os fragmentos. Anlises de DRX identificaram ainda gibbsita, quartzo, caulinita, feldspato e rutilo. Anlise qumica indicou o mesmo teor de Fe (68,4%) e diferenas sutis nos teores de SiO2, Al2O3, MnO e perda ao fogo, podendo-se afirmar que se trata de materiais com praticamente a mesma composio qumica.

PALAVRAS-CHAVE: minrio de ferro, sinterfeed, caracterizao, mineralogia, hematita.

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IDENTIFICAO DOS PRODUTOS DE OXIDAO AQUOSA DA PIRITA POR TCNICAS ESPECTROSCPICASC. L. Caldeira1, M. S. S. Dantas1, V. S. T. Ciminelli1Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais/UFMG Rua Esprito Santo, 35 s/206 Belo Horizonte MG, CEP 30.160-030 Tel.: 31 3409 1799, fax 31 3409 1815, email: [email protected]

Elevadas taxas de oxidao da pirita em meio carbonato comparado com outros sistemas alcalinos foram observadas em trabalhos anteriores do grupo bem como de outros autores. A natureza dos xidos formados durante a oxidao de pirita por oxignio dissolvido em solues alcalinas foi investigada atravs da anlise direta dos produtos slidos da reao. A combinao das tcnicas de difrao de raios X e espectroscopia Raman acoplada a microscopia tica possibilitou a identificao dos produtos oxidao da pirita at mesmo no incio da reao, quando a quantidade de produtos oxidados mnima. Foram avaliados o efeito do pH e do reagente (NaOH vs NaHCO3/Na2CO3) na natureza dos produtos de oxidao da pirita. Em sistema hidrxido (pH 8,5 e 10), hematita e feroxihita foram identificadas como as fases majoritrias e minoritrias, respectivamente; em pH 12,5, apenas ferrihidrita foi identificada. J em sistema carbonato, a nica fase identificada foi Fe(III)-green rust/ferrihidrita formada durante a oxidao da pirita em sistema bicarbonato/carbonato (pH 8,5 a 12,5). A formao de complexos solveis de Fe(II)/Fe(III)-CO3 afeta os mecanismos de hidrlise e precipitao do on ferroso liberado da pirita. Diante disso, duas rotas de precipitao dos xihidrxidos de ferro so propostas. Em sistema hidrxido e em condies de baixa solubilidade do ferro (pH 8,5 e 10), a oxidao da pirita leva formao de hematita. Com o aumento do pH acima de 12,5, a solubilidade do ferro aumenta devido formao do Fe(OH)4- e ferrihidrita formada. De forma semelhante, a formao de ferrihidrita e Fe(III)-GRCO3, em sistema carbonato, foi atribuda ao aumento da solubilidade do ferro em sistema carbonato devido formao dos complexos solveis de Fe(II) /Fe(III)-carbonato. A espectroscopia Raman mostrou-se uma ferramenta til para especiao de fases slidas em amostras oxidadas de pirita, permitindo elucidar o efeito do reagente e pH na natureza dos produtos de oxidao desse sulfeto. Consequentemente, as rotas distintas de precipitao dos oxihidrxidos de ferro tambm podem explicar as maiores taxas de oxidao da pirita em sistema carbonato comparado com o sistema hidrxido.

PALAVRAS-CHAVE: espectroscopia Raman, pirita, sistema alcalino

02 - COMINUIO

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MODELAGEM GENERALIZADA DA COMINUIOR.M. Carvalho1, L.M. Tavares11

Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Laboratrio de Tecnologia Mineral/PEMM/COPPE Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala 210, Cidade Universitria, Rio de Janeiro, RJ. CEP 21945-970. Tel. 21 22901615, fax 21 22901615. e-mail: [email protected]

Resumo A modelagem matemtica dos processos de cominuio passa por grandes avanos no presente momento, sobretudo devido s informaes atualmente disponveis das simulaes da mecnica de transferncia de energia nos equipamentos oferecidas pelo mtodo dos elementos discretos (DEM). Alm disso, embora o modelo do balano populacional (MBP) tradicional seja bastante utilizado, inclusive na indstria por meio dos simuladores de processo, as previses obtidas usando o MBP deixam a desejar em um nmero de situaes. O trabalho prope descrever os processos de cominuio a partir da combinao de informaes da transferncia de energia mecnica do equipamento para as partculas, por meio de DEM, descrio mecanstica da quebra do material, levando em considerao os mecanismos de fragmentao que atuam em cada processo. Esse modelo permite desacoplar inteiramente as contribuies associadas ao material e ao processo. O modelo ainda leva em considerao a variabilidade da resistncia fratura das partculas cominudas, tanto no que diz respeito maior probabilidade de fratura daquelas que so mais frgeis, quanto na reduo da resistncia fratura daquelas que sofrem esforos, mas no fraturam em algum evento de aplicao de esforos no equipamento de cominuio. A potencialidade do modelo testada comparando-se resultados de simulao com dados experimentais obtidos da moagem em batelada realizada em moinho de laboratrio. Os resultados mostram que possvel prever a distribuio de tamanhos de partculas.

PALAVRAS-CHAVE: Cominuio, modelagem matemtica, energia de fratura

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APPLICATION OF HIGH FREQUENCY SCREENS IN CLOSING GRINDING CIRCUITSLarcio Albuquerque 1, Jobe Wheeler 1, Steven Valine 1, Godofredo Barrios 2

Derrick Corporation 590 Duke Road, NY, USA 14225 Phone: 1-(716) 683-9010, Fax 1-(716) 683-4991 e-mail: [email protected] Goldex S.A. Calle 22, No. 379 San Borja Lima 41 - Peru Phone: + (51) 1 224-2193, Fax + (51) 1 224-9416 COMINUIO2

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ABSTRACT The emphasis of this paper is to look at the operation of high frequency screens in closed circuit grinding, where important results are achieved propitiating economic gains at the comminution stage and downstream processes including flotation, dewatering, and filtration operations. The classification operation in grinding circuits has been slowly evolving during the last 100 years. The history of classification equipment brings to mind rake classifiers and spiral classifiers, that even with higher efficiencies than hydrocyclones, were not able to follow the evolution of the concentrator plants. High tonnage throughput opened the doors for the standardization of hydrocyclones as the classification stage in closed grinding circuits. The comminution process is often the most energy intensive stage of mineral processing. Researchers have determined that the classification stage in the comminution process has the largest potential for improvement. The intention of this paper is to inform mineral process engineers of the benefits that high frequency screens offer over hydrocyclones. This will be done by reviewing the purpose for the evolution of classification in the comminution process, documenting past and recent studies, and explaining the modern technology that is currently available. Palavras-Chave: Screen, grinding, classifier, peneiras, moagem, classificao

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DETERMINAO DO TEOR APARENTE DE MINRIOS USANDO ANLISE DE IMAGENS DIGITAISA. C. Silva1, J. A. M. da Luz21

Departamento de Engenharia de Minas/ Universidade Presidente Antnio Carlos. km 3, rodovia MG-483. Bairro Gigante, Conselheiro Lafaiete/MG. CEP 36400-000. Tel. 31-3769-4018. e-mail: [email protected]

Departamento de Engenharia de Minas/Universidade Federal de Ouro Preto. Morro do Cruzeiro, Bauxita, Ouro Preto/MG. CEP 35400-000. Tel. 31-3559-1590. e-mail: [email protected]

ResumoA microscopia tica tem sido usada desde van Leeuwenhoek (cerca de trezentos anos atrs). Dentre as vantagens atuais da microscopia tica inclui-se: baixo custo, facilidade de uso e contraste de transmisso e/ou reflexo. O presente trabalho apresenta uma metodologia para a determinao do teor de minrios usando anlise de imagens digitais adquiridas via microscopia tica. Para tal, trs algoritmos computacionais diferentes foram implementados para detectar e quantificar caractersticas em amostras. Amostras de hematita e de itabirito foram usadas como exemplos. A tcnica permite uma melhora na imagem de acordo com suas cores, a remoo de rudos aleatrios oriundos do equipamento de aquisio da imagem ou gerados como resultado da aplicao de filtros digitais prvios e finalmente a quantificao da incluso ou gro (ou cluster). Uma anlise estatstica ao fim do processo mostra a anlise dos tamanhos de gros analisados, o tamanho do maior, menor e da mdia dos gros, bem como o teor da substncia desejada. Os resultados encontrados se mostraram de acordo com o esperado por anlises de teor via mtodos qumicos, corroborando o esperado. Os tempos de anlise se mostraram suficientemente pequenos para que seja possvel a implementao dos algoritmos desenvolvidos em sistemas de anlise on line em sistemas produtivos industriais, com baixo custo, alta performance e alta confiabilidade.

PALAVRAS-CHAVE: microscopia tica; determinao de teor; imagens digitais.

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CORRELAO DO TEOR DE MAGNETITA E O NDICE DE BOND DO MINRIO DE COBRE DA MINA DE SOSSEGOR. S. de Paiva1, A. J. B. de Macedo1 D. S. Oliveira1, F. O. Milhomem1, L. D.C. Tavares11

Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente/Universidade Federal do Par/Grupo de Tratamento de Minrios, Energia e Meio Ambiente (TEMA) Folha 17, Quadra 04, Lote Especial. Nova Marab. Marab/PA. CEP 68.505-080 Tel. 94 2101 5900, fax 94 2101 5901. e-mail: [email protected]

A Mina de Cobre do Sossego, localizada no municpio de Cana dos Carajs, na Floresta Nacional de Carajs, apresenta frentes de lavra com teores variados de magnetita, mineral altamente resistente e fortemente magntico. A presena de magnetita intensifica a abrasividade e dureza do minrio de cobre, interferindo na moagem, uma vez que acarreta aumento na resistncia ao processo de cominuio. Este trabalho consiste na determinao do ndice de Bond, no laboratrio de tratamento de minrios da FEMMA UFPA em amostras de minrio de cobre com vrios teores de Magnetita com intuito de verificar a correlao existente entre o teor de Magnetita contido no minrio e o ndice de Bond determinado em laboratrio. Inicialmente as amostras foram identificadas de acordo com os teores de magnetita, seguindo ento com o processo de britagem e peneiramento. Desta forma pde-se selecionar a malha de alimentao do Moinho de Bond, podendo com isto determinar o ndice de Bond. As amostras para realizao dos experimentos foram disponibilizadas pela Mina de Cobre do Sossego - Vale.

PALAVRAS-CHAVE: Cobre, Magnetita, Moagem, ndice de Bond.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado RS, Setembro/Outubro 2009 ABORDAGEM SISTMICA DO DESMONTE DO MINRIO NA MINA DO SOSSEGO J. L Morais1, A. M. Mendona1, M. A. N. Rosa1, A. Castro1, M.G. Bergerman1 Vale, Departamento do Cobre Mina do Sossego, Cana dos Carajs, PA, 68537-000 (94) 33272101, email: [email protected] avaliao global do sistema produtivo pode resultar em melhorias de custo, produtividade e qualidade do produto, que dificilmente seriam alcanadas caso o sistema fosse examinado com uma viso fragmentada dos processos. O desmonte de rochas por explosivos dentro da cadeia produtiva da minerao deve receber uma abordagem sistmica. O resultado do desmonte, principalmente o grau de fragmentao, interfere diretamente os processos subseqentes: carregamento, transporte, britagem e moagem. Esta abordagem foi aplicada ao sistema de fragmentao de rocha do complexo mina-usina do Sossego (abordagem mine-to-mill). A reduo da granulometria de alimentao da planta um dos fatores que mais contribui para o aumento da taxa de produo do mesmo, conforme apontam dados de literatura, simulaes computacionais e observaes de campo no circuito do Sossego. Baseado nisto, foi realizado um teste na mina do Sossego, mudando os parmetros do desmonte a fim de aumentar a gerao de finos no minrio detonado. Este teste iniciou em dezembro de 2007 e prolongou ao longo de 2008. O objetivo principal desse trabalho foi aumentar a taxa de produo do moinho SAG e, conseqentemente, a massa processada na usina do Sossego, atravs de uma maior gerao de finos na detonao. Como efeito secundrio, a diminuio da granulometria do material detonado tende a gerar maior produtividade na escavao e transporte, maior durabilidade de caambas dos equipamentos de mina e chutes de minrio, entre outros. Novos planos de fogo para o minrio foram estudados com base nos modelos de fragmentao TCM Two Components Model e Kuz- Ram. Com isso, a malha de perfurao foi reduzida de 8,5m x 6,5m para 6,6m x 5,7m e a razo de carga foi aumentada de 400 g/t para 600 g/t de explosivo, com o objetivo de aumentar a gerao de finos (fragmentos < 50 mm). Na usina foram realizadas amostragens durante o teste, a fim de avaliar o impacto da granulometria sobre a taxa de alimentao da planta. Estes dados foram formatados em grficos que ilustram a reduo da granulometria de alimentao (F80) ao longo do tempo, bem como a relao dessa granulometria com a taxa. Os dados da taxa do moinho SAG, massa processada pela usina, produtividade da britagem, massa processada pela britagem e ndices de utilizao e disponibilidade fsica dos equipamentos da planta foram acompanhados aps as modificaes no plano de fogo, para comparao com os dados histricos do projeto Sossego. Os resultados obtidos foram bastante satisfatrios: aumento em torno de 5% na taxa de produo do moinho SAG (de 1.620 t/h para 1704 t/h) e aumento de 11% na massa de minrio processada na britagem primria e na usina, devido ao aumento da taxa e rendimento da usina. A projeo que em 2008 e em 2009 a usina processe 1.250.000 t a mais que 2007. Isto significa um aumento anual de 38.000 t (base seca) na produo de concentrado de cobre. A alterao dos parmetros de desmonte do minrio foi extremamente benfica para a usina do Sossego. O aumento dos gastos com perfurao e detonao reverteu em um melhor rendimento da usina (aumento da disponibilidade fsica, da taxa de produo da britagem primria e do moinho SAG). Essa elevao nos gastos na mina foi recompensado com o aumento da receita devido a maior massa processada na usina e, conseqentemente, maior produo de concentrado de cobre. Palavras Chave: Perfurao, detonao, moinho SAG, simulao de fragmentao e mine-to-mill.1

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DESENVOLVIMENTO CONTNUO DE MELHORIA NA BRITAGEM DA RIO PARACATU MINERAO1 1 1 1 1

C.V.S. Lanna , L.T.S. Jnior , G.G.O. Jnior , M.P.D. Gomes , A.A. Jesus1

Rio Paracatu Minerao S.A. Estrada do Machado, s/n. Morro do Ouro. Paracatu/MG. CEP 38.600-000. Tel. 38 3679 1353, Fax 38 3679 1311. e-mail: [email protected]

ResumoO circuito de britagem da RPM composto por quatro linhas, sendo que trs delas ficam em operao e uma em stand-by. Cada linha composta por dois estgios de britagem e peneiramento. O minrio proveniente da mina passa primeiramente por um estgio de peneiramento composto por dois decks, sendo o primeiro com abertura de 70 mm e o segundo com abertura de 25 mm. O material retido nos dois decks encaminhado para a britagem primria, realizada em britadores de impacto. O minrio britado segue ento para o peneiramento secundrio tambm realizado em peneira composta por dois decks, sendo o primeiro com abertura de 40 mm e o segundo com abertura retangular de 18 x 50 mm. O material retido nesta etapa de peneiramento segue para o segundo estgio de britagem, que composto por britadores cnicos. O material britado nesta etapa junta-se com o material passante nos dois estgios de peneiramento, formando o produto final do circuito de britagem. A otimizao do circuito de britagem resulta em uma melhor qualidade e produtividade do minrio para a etapa seguinte de moagem. Em funo disso estudou-se a automao da britagem, principalmente no que diz respeito ao britador secundrio e modificaes nas configuraes das peneiras para diminuio do P80. Para que fosse possvel o controle de granulometria do britador o primeiro passo foi a criao de um sistema de proteo para o equipamento e o segundo passo foi a implantao de um sistema de controle. Para isso foi utilizado o OCS VisioRock, que utiliza tecnologia de anlise granulomtrica on-line atravs de imagem para fazer o controle do britador. Baseado na eficincia da etapa de moagem, o sistema define um setpoint de tamanho do produto da britagem (P80). Com a implantao do sistema, verificou-se uma reduo na granulometria proveniente da britagem, com o P80 passando de 13 para 11 mm, aumentando assim a capacidade da planta em 100.000 t anuais, gerando um retorno financeiro de R$ 700.000,00 Este sistema de controle da britagem pioneiro na indstria mineral brasileira. Visando a melhora na eficincia das etapas de cominuio, estudou-se alteraes no peneiramento. A alterao proposta foi a instalao de telas 22 x 55 mm no segundo deck do peneiramento primrio, melhorando a eficincia de peneiramento.

Os resultados demonstraram que a instalao desta nova tela melhora a eficincia do peneiramento, reduzindo a mdia do P80 da britagem em 0,89 mm, conseqentemente reduzindo a incidncia de finos no britador. PALAVRAS-CHAVE: britador, VisioRock, P80, granulometria, peneiramento.

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AUMENTO DA TAXA DE ALIMENTAO DA MOAGEM PRIMRIA ATRAVS DO AUMENTO DA POTNCIA DOS MOINHOS1 1 1 1

C.V.S. Lanna , L.T.S. Jnior , G.G.O. Jnior , M.P.D. Gomes1

Rio Paracatu Minerao S.A. Estrada do Machado, s/n. Morro do Ouro. Paracatu/MG. CEP 38.600-000. Tel. 38 3679 1353, Fax 38 3679 1311. e-mail: [email protected]

ResumoAtualmente so utilizados na RPM dois tipos de configuraes nos moinhos primrios. Inicialmente os moinhos apresentavam a seguinte configurao: utilizao de bolas de 3, 70% da velocidade crtica e potncia de 1600 kW. Estudos realizados demonstraram que uma nova configurao apresentou melhores resultados, tanto em relao a energia especfica, produo de material abaixo de 200# e cintica de quebra. Foi feita ento a seguinte modificao em um dos moinhos: utilizao de bolas de 3, 74% da velocidade crtica e potncia de 1800 kW. O objetivo deste trabalho foi avaliar se as mudanas implementadas no moinho em teste, como aumento de potncia (1650 kWh 1800 kWh) e da velocidade crtica (70% 74%), realmente refletiu em ganhos de alimentao. Dados de alimentao (t/h), teor do rejeito (g/t), P80, retido em malha 200# (%), recuperao de ouro da usina (%), produo de ouro (kg/dia), potncia dos moinhos (kWh) e consumo de bolas foram coletados durante o perodo de teste. A partir dos dados obtidos foi aplicado ferramentas Six Sigma e teste estatstico t student, considerando-se um intervalo de confiana de 95%. Com base neste teste foi verificada a significncia entre as variveis comparadas (moinho em teste com os demais moinhos). O potencial de ganho foi de 79,6 t/h, que equivale a um aumento de 13% comparando alimentao do moinho em teste com os demais moinhos durante o perodo de teste. Em termos econmicos este ganho de alimentao considerando os quatro moinhos corresponde a uma receita anual de R$ 10.454.433,81, isto equivale a um aumento de 755.927 g/ano de ouro, com base no oramento 2009. Outro fator importante a quantidade do produto do moinho em teste retido na malha de 200# que menor em relao aos outros moinhos, ou seja, seu produto mais fino, sendo mais adequado para a etapa de flotao. Concluiu-se tambm que o consumo especfico de energia do moinho em teste obteve uma reduo de 5%, passando de 3,04 kWh/t para 2,89 kWh/t, aps as modificaes feitas em sua configurao. PALAVRAS-CHAVE: moinho, alimentao, potncia, velocidade crtica.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado RS, Setembro/Outubro 2009.

SUBSTITUIO DE CORPOS MOEDORES TRADICIONAIS POR CYLPEBSD.A. Guarino1, G.G.O. Jnior1, M.P.D. Gomes1, A.A. Jesus1, C.V. S. Lanna1Rio Paracatu Minerao Kinross/ Laboratrio de Processo Estrada do Machado S/N. Morro do Ouro. Paracatu/MG. CEP 38600-000 Te: 38 3679-1133, fax 38 3670-1009. email: [email protected]

Resumo Os gastos decorrentes do circuito de moagem geralmente so os mais expressivos entre as operaes unitrias de uma mineradora, isso decorrente do alto consumo de energia eltrica necessria para gerar a energia cintica aos moinhos numa velocidade que garanta a cominuio desejada. O alto desgaste das partes que o compem, como revestimentos e corpos moedores, tambm so elementos de elevado custo operacional. Destaca-se neste trabalho a avaliao dos corpos moedores em moinho de torque de laboratrio e num moinho de bolas do circuito industrial da RPM (Rio Paracatu minerao Kinross), sendo esta uma das oportunidades para reduo de custos. A carga moedora geralmente constituda por bolas de ao, ligas alto-cromo, ou ferro fundido, tambm podem ser utilizados corpos moedores com formas geomtricas diferentes, como a cilndrica ou a tronco-cnica, chamada de cylpebs. Dependendo das propriedades e caractersticas dos corpos moedores, pode-se reduzir o custo pelo menor desgaste ou pela diferena do valor entre eles, dessa forma avaliou-se os corpos cylpebs em substituio as bolas, por serem de menor valor no mercado (ferro fundido) e por apresentarem bons resultados de cominuio, visto experincia de aplicao em outras mineradoras. Foram realizados ensaios em laboratrio avaliando a substituio de bolas de ao 3 por cylpebs de ferro fundido 60mm, variando a porcentagem de 10 em 10 % at obter 100% cylpebs, esse mesmo trabalho foi realizado substituindo bolas de 2,5 por cylpebs de 60mm e bolas de 1 por cylpebs de 22mm, ainda o mesmo procedimento foi realizado com cylpebs liga-cromo de um segundo fornecedor. Realizou-se tambm um ensaio industrial adicionando 500 kg do cylpebs 60mm no moinho com cargas de bolas 3. Os ensaios de laboratrio permitiram avaliar a quebra dos cylpebs, desgaste, consumo especfico e eficincia de cominuio, e os ensaios industriais permitiram avaliar a resistncia dos cylpebs por um perodo de 15 dias. Foi possvel concluir que existe um consumo 30% maior de cylpebs, e uma maior quebra em relao ao uso de bolas, porm no verificou-se uma diferena efetiva na cominuio, principalmente com os cylpebs liga-cromo, com uma quebra cerca de 8 vezes menor que o cylpebs sem liga. A relao custo/benefcio fundamental para a aplicao dos cylpebs. A variao cambial e fatores de mercado influncia diretamente na escolha do corpo moedor, sua aplicao revela-se um elemento estratgico. PALAVRAS-CHAVES: Moinho de Bolas, Corpos Moedores, Cylpebs, Cominuio.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minrios e Metalurgia Extrativa Gramado RS, Setembro/Outubro 2009.

COMINUIO B