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PRESIDENTE DA REPÚBLICA João Figueiredo

MINISTRA DA EDUCAÇÃO E CULTURA Esther de Figueiredo Ferraz

SECRETÁRIO GERAL Sérgio Mário Pasquali

SECRETARIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS Péricles de Souza Cavalcanti

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO física E DESPORTOS

EDUCAÇÃO FÍSICA NA PRÉ-ESCOLA

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ORIENTAÇÃO GERAL

Subsecretário de Educação Física Herbert de Almeida Dutra

Coordenadoria de Educação Física no Ensino de 1º e 2º Graus Marieta da Silva Carvalho

ELABORAÇÃO

Prof. Mauro Antônio Guiselini

Fotografia

Prof. Antônio Carlos Martins Guerra

Ilustrações

Magda Oliveira de Myron Cardoso

Crianças

Rodrigo, Silvia, Gabriel, Renato, Alexandre, Júlia, Adriana, Fernando, André e Marcelo

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"Se você quiser pescar uma criança, coloque seu coração na ponta do anzol"

Aos meus filhos, Rodrigo, Silvia e Rafael que representam as crianças brasileiras, as quais motivaram este trabalho e a minha esposa Pi, pelo incentivo.

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AGRADECIMENTO

A Secretaria de Educação Física e Desportos do Ministério da Educação e Cultura agradece ao autor Professor Mauro A. Guiselini e colaboradores desta obra, a autorização para publicação deste magnífico trabalho, que virá enriquecer a bibliogra­fia nacional e subsidiar o trabalho dos professores responsáveis pelo desenvolvimento da Educação Física na Pré-Escola.

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho é resultado de onze anos de experiência profissional na observação orientação e prática com crianças em idade pré-escolar em pleno d e s e n v o l v i m e n t o psicomotor e físico, assim como aquelas que apresentam dificuldades neste desenvolvi mento e em sua aprendizagem.

Pretende entregar aos Professores de Educação Física, Jardineiras demais pessoas envolvidas na Educação Pré-Escolar elementos de estímulo de certas funções básicas da motricidade global e f ina, boa postura e relaxamento tônico que constituem a base de um adequado desenvolvimento psicomotor da criança.

Os exercícios recomendados são de caracter simples e prático, não não necessitando para a sua aplicação equipamentos e instalações sofisticadas. Estão voltados para a prevenção de possíveis problemas de desenvolvimento psicomotor, físico e organico.

da criança. Entre estes podemos citar inúmeros casos de deformações físicas derivadas da má postura e da falta de estímulo motor, como os casos de escoliose,cifose ou dorso redondo, lordose, pés planos, bem como os casos de diminuição da resistencia. cardiovascular e insuficiência respiratória. Podemos caracterizar ainda as alterações no r i tmo normal de aprendizagem da leitura e escrita que podem ter origem na má

estruturação das noções espaço temporais, em um esquema corporal alterado na falta de força muscular, na torpeza motora f ina, etc. Ainda os exercícios especificos de relaxamento permitem prevenir os inúmeros problemas físicos e de conduta derivados de estado de tensão excessivos.

Os exercícios realizados nos primeiros anos de vida da criança estimulam o desenvolvimento integral, favorecendo um enriquecimento nos campos cognitivo e afetivo além de prevenir possíveis alterações no seu desenvolvimento.

Na idade pré-escolar, as capacidades que são estimuladas por este programa estão

em pleno desenvolvimento, dai a importância de sua exercitação. Porem ́ ´e de maior

importância que a criança tenha a maior quantidade de experiências de movimento de forma diversificada, que lhe sejam oferecidas as mais variadas formas de jogo o que levará a criança à um desempenho mais eficiente.

O programa de Educação Física proposto se baseia, em grande parte de experien-*cias realizadas em 10 (dez) Escolas de Educação Pré-Escolar, 4 (quatro) Escolas de Educação Infantil da Prefeitura Municipal de São Paulo, 2 (dois) Clubes Esportivos 2 (duas) Creches, 1 (um) Orfanato, 1 (um) Hospital e através da observação de aproxi-madamente 800 (oitocentas) crianças que participaram das aulas de Educação Fisica Infantil durante os anos 1974-1981 na Escola de Educação Física da Universidade de Sao Paulo.

Constam neste programa conteúdos teóricos gerais a respeito do desenvolvimento .

da criança e técnicas de prevenção e estímulo em Educação Física: caracteristicas físicas da criança e de seu desenvolvimento psicomotor, conceitos de esquema corpo ral, coordenação dinâmica geral e manual, estruturação espaço-temporal. Os conteudos práticos caracterizam os métodos para estimular a coordenação dinâmica geral e ma-nual, além de exercícios e jogos para estimular o desenvolvimento da força muscular e da resistência geral bem como para o desenvolvimento das noções espaço-temporal e r i tmo.

Assim sendo acreditamos que o Professor que trabalha com crianças alem de conhecer as atividades que são oferecidas durante as aulas, deve saber como motivar as crianças a usarem as suas habilidades e o potencial de movimento que possuem pois através dos exercícios, jogos e dança, ela aprende a respeito de si própria o que é capaz de fazer, a controlar o seu corpo, a comunicar os seus sentimentos e ideias adaptar-se e conhecer o mundo ao seu redor além de aprender novas habilidades

PROF. MAURO ANTÔNIO GUlSELINI

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1? PARTE

O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA

INTRODUÇÃO

FUNÇÕES PSICOMOTORAS

CAPACIDADES FÍSICAS

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Introdução ao desenvolvimento psicomotor — considerações gerais

A função motora está presente desde a concepção e durante toda a vida do ser humano. O movimento é manifestação fundamental de desenvolvimento do homem e possibilita seu relacionamento com o mundo e com os demais, características inerentes da condição humana.

Nosso corpo, com seus movimentos, é o instrumento através do qual se realiza tudo o que fazemos: conhecer o mundo, os objetos, realizar ações, conhecer e relacionar-se com outros seres. Todas as forças de relacionamento e de conhecimento estão ligadas à ação corporal. É assim que a criança vai organizando sua capacidade motora de acordo com a maturação nervosa e dos estímulos do ambiente. r Para melhor compreensão da evolução psicomotora da criança convém esclarecer

alguns termos como:

1. Coordenação dinâmica geral: implica a harmonia de movimentos voluntários dos grandes segmentos do corpo ou capacidade de controle dos atos motores que põem em ação todo o corpo.

2. Coordenação motora fina: implica a harmonia e precisão dos movimentos finos dos músculos das mãos, pés e rosto ou coordenação dos músculos pequenos para ativi-

_. dades finas.

Na primeira etapa, desde o nascimento até os 2 anos, a criança passa por várias fases ou seja: consegue passar de decúbito ventral para decúbito dorsal, sentar com ajuda, agarra os objetos pendurados, senta sozinho, mantém-se de pé com ajuda, aos 9 meses mantém-se de pé apoiada aos objetos, aos 10 meses engatinha, aos 11 meses anda com ajuda. Em seguida, com o desenvolvimento do equilíbrio e do aumento da força muscular aperfeiçoa a postura correta, o caminhar e a manipulação dos objetos.

Em uma segunda etapa, entre dois e três anos, alcança maior coordenação dos movimentos, o que lhe possibilita realizar ações bem mais complexas. Estas, junto com a capacidade de simbolização e linguagem, adquiridas paralelamente, ampliam e fazem mais completo seu conhecimento do mundo.

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Equilibrar em um dos pés e arremessar. Ajuda o desenvolvimento psicomotor da criança.

Entre os três e cinco anos, a criança aperfeiçoa sua coordenação, equilíbrio, postura, ritmo e manejo de segmentos: adquire habilidades tais como subir e descer escadas, correr em diferentes velocidades; caminha de forma automática e rítmica, salta com os pés unidos e logo salta em um dos pés.

Experiência de movimentos diversificados, ajudam a criança

a dominar o seu corpo.

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Simultaneamente, alcança uma orientação espacial que lhe possibilita dirigir seus movimentos em determinadas direções e a organização temporal que lhe permite imprimir certo ritmo aos seus movimentos e a sua respiração.

Sua coordenação fina está mais desenvolvida e permite realizar certas ações que demandam precisão e domínio dos pequenos grupos musculares, das mãos, pés e rosto: as crianças podem girar as páginas de um livro, fazer gestos, encaixar, usar o lápis, fazer construções, manipular bolas grandes e leves etc.

Ao redor dos cinco anos a criança passa de uma etapa sincrética para uma etapa de diferenciação e análise. Nesta fase seus movimentos são mais específicos e encami­nhados ao alcance de determinados fins; sua percepção do mundo é mais precisa. É neste momento que adquire a capacidade de simbolização. Isto se evidencia na capaci­dade que a criança demonstra espontaneamente ao representar objetos, ações, experiências presentes e passadas, através de desenho, pintura, modelagem.

O bom domínio da coordenação fina, permite movimentos precisos.

Esta é a etapa de aperfeiçoamento decisivo nas coordenações finas. A criança alcança um bom domínio nos movimentos das mãos e dedos e a consciência destes movimentos mais diferenciados e específicos. Somente com este nível de desenvolvi­mento da coordenação motora é que será possível adquirir todas as habilidades que o processo de aprendizagem da leitura e escrita exigirá. Sua maturação neuropsicomo-tora, então, lhe permitirá ter uma percepção estruturada do espaço e do corpo em relação ao espaço; será capaz de diferenciar direita e esquerda em si mesmo e adquirirá um manejo estável na direcionalidade dos movimentos.

O uso preferente de um olho, de uma mão e de um pé se encontra estabelecido neurologicamente, o que também vai interferir em suas futuras aprendizagens, como por exemplo, o uso de talheres para comer, o uso de papel e lápis.

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A independência segmentaria que se alcança nesta etapa permitirá o uso das mãos em forma totalmente independente dos pés. Igualmente se alcança o uso da mão direita de forma independente da mão esquerda, o mesmo acontecendo em relação à um pé com outro. Sua coordenação que envolve o domínio dos grandes grupos muscu­lares se aperfeiçoa com todos os demais componentes principalmente com o desenvol­vimento do equilíbrio.

O bom equilíbrio é base para todas as tarefas motoras. Deve ser estimulado de forma diversificada.

O aumento da força muscular, da capacidade respiratória e melhor ritmo permite alcançar o domínio da função respiratória para cumprir com as necessidades de oxigê­nio para as tarefas habituais, e em especial a escolar (maior concentração, maior esforço, maior resistência a fadiga), além das brincadeiras.

A resistência deve ser estimulada desde cedo, para ajudar na

melhoria da saúde.

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ALGUNS COMPONENTES DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

"São as Funções Psicomotoras que, agindo de forma integrada permitem a atuação harmônica da criança no mundo".

ESQUEMA CORPORAL

Por esquema corporal entende-se a consciência do próprio corpo, de suas partes, das suas posturas e atitudes, seja em estado de repouso ou movimento.

A criança deve ser estimulada a tomar consciência do próprio

corpo em diferentes posições.

"O domínio corporal é o primeiro elemento de domínio do comportamento" (Le Bouch)

O controle do corpo e a percepção de espaço se consegue, através do movimento dinâmico.

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A partir dos 6 anos, a criança alcançará habilidades motoras de alta precisão, tanto naquelas que envolvem a coordenação dinâmica geral, "grossa", como na coorde­nação motora fina. Nesta etapa, se alcança o progresso harmônico de todas as funções psicomotoras do esquema corporal, da organização espaço-temporal. Da dominância lateral, do equilíbrio e controle do corpo e seus diversos segmentos, assim como controle da postura e respiração.

A criança adquire o domínio de seus músculos e articulações na medida em que a força muscular também vai se desenvolvendo. Estas características vão permitir a criança em idade escolar realizar ações complexas como por exemplo escrever de forma automática, manejar e controlar com as mãos e pés bolas de diversos tamanhos, controlar e dominar seu corpo em diferentes situações de movimento.

O domínio dos pequenos grupos musculares ajudam na escrita e no desenho. O esquema corporal é resultante de uma multiplicidade de sensações provindas

dos sentidos externos e internos. Essas informações podem ser divididas em três categorias de acordo com sua procedência.

Visceroceptividade: são as sensações provenientes das vísceras.

Proprioceptividade: são as sensações internas provenientes dos músculos e tendões.

Exterioceptividade: são as impressões de frio, calor, dor e prazer recebidas pela pele. São também aí incluídas as impressões recebidas pelos órgãos ex­ternos.

Estas percepções permitem à criança uma noção, um modelo, um esquema de seu corpo e das posições que adquire. O esquema corporal é mais do que uma represen­tação mental ou seja de um único conjunto de percepções do nosso corpo, é a integra­ção dos vários, todos em contínua modificação.

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Além das noções do próprio corpo e das reações com o exterior nas suas expres­sões de espaço e tempo, o contato com outras pessoas, a evolução do gesto e da linguagem são aspectos importantes na formação do esquema corporal.

Os movimentos expressos ajudam o desenvolvimento do esquema corporal.

NÍVEIS DO ESQUEMA CORPORAL A SEREM ALCANÇADOS DURANTE O PERÍODO PRÉ-ESCOLAR

Apontar partes do corpo Nomear partes do corpo Movimentar partes do corpo de todas as maneiras Reproduzir movimentos e posições Reproduzir movimentos e posições obedecendo ordens verbais Localizar sensações identificando-as Representar graficamente o corpo Expressar-se corporalmente

EQUILÍBRIO

"Capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a lei da gravidade" (MUSSTON)

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Um equilíbrio correto é a base primordial de toda coordenação dinâmica geral, assim como de toda ação diferenciada dos membros superiores. Quanto mais defei­tuoso é o equilíbrio mais energia consome, energia necessária para outros trabalhos, além do que esta luta inconsciente, contra o desequilíbrio, fadiga o espírito e distrai involuntariamente a atenção. Isto explica em parte a torpeza e a imprecisão, as contra­ções, as sincenesias, etc.

Os fisiólogos, apesar de reconhecerem sua complexidade, reduzem a quatro classes principais as impressões que intervém na conservação e modificação do equilí­brio do corpo: impressões tácteis, cinestésicas, visuais e labirínticas. As impressões labirínticas, que são as mais importantes provêm das informações dos otólitos e dos canais semi-circulares do ouvido interno. As impressões cinestésicas constituem o sentido pelo qual se toma consciência da atividade dos músculos e da posição dos membros, o que se poderia chamar o sentido das atitudes. É um complexo de impres­sões sensitivas que tem como ponto de partida os músculos, os tendõese as articulações e são percebidas pelos proprioceptores. Pode referir-se a um sentido interno particular que nos adverte sem descontinuidade nem remissão da presença e da existência atual do nosso corpo.

As impressões tácteis, notadamente as que provém do contato plantar com o solo, sentidas pelas células sensíveis à pressão, que se instalam na sola dos pés, constituem outro fator de equilíbrio.

Esta ampla e complexa informação é coordenada pelo cerebelo, que domina o sentido do equilíbrio registrando os impulsos dos órgãos sensitivos e comanda a regu­lação tônica necessária para toda execução dos diferentes tipos de ajuste postural.

EDUCAÇÃO DO EQUILÍBRIO

O desenvolvimento dosentidodo equilíbrio é básico em todas as tarefas motoras. Nem sequer a locomoção e a postura ereta são possíveis no indivíduo que não tem equilíbrio, e por conseguinte não tem controle da postura. Quando se adquire um bom equilíbrio, se está em condições de empreender a exploração ativa do ambiente. Os mecanismos do equilíbrio funcionam constantemente em atitudes estáticas, como estar de pé e em todas atitudes dinâmicas, como a corrida e o salto.

Caminhar sobre superfícies estreitas ajudam a educação do equilíbrio.

MOSSTON entende que o equilíbrio é:

"A capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a lei da gravidade", e estabelece três tipos:

. Equilíbrio durante o movimento.

. Equilíbrio em uma determinada postura (posição).

. Equilíbrio recuperado para uma determinada posição, depois uma ação.

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As crianças descobrem novas situações onde podem

desenvolver a capacidade de equilibrar.

A melhor maneira de desenvolver uma habilidade, consiste em empregá-la com a maior freqüência possível, nas condições que mais se aproximam daquelas em que se deva utilizar e, os reflexos de equilibração se educam praticando-os.

Os exercícios dinâmicos são os mais empregados, estando os deslocamentos em equilíbrio mais perto da realidade, sendo bem mais vividos que os tradicionais.

Material aqui é utilizado ao máximo. Os tacos, hemicilindros, sacos de areia, bancos suecos, traves baixas, cordas no solo e etc, nos proporcionam, junto com a variedade, os elementos de uma progressão quase ilimitado.

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Se os exercícios estáticos, em particular os exercícios sobre um dos pés, são pouco utilizados, pode-se torná-los mais atrativos se forem utilizados com a ajuda de material ou após a realização de exercícios dinâmicos.

Os exercícios de levar objetos sobre a cabeça em equilíbrio, assim como os exer­cícios dinâmicos, têm a vantagem de agradar. Mas é importante usar no princípio, objetos que se mantêm quase por si só.

Portanto ao programar as experiências de movimentos, o professor deve levar em conta os seguintes princípios de estabilidade:

1.

2.

Quanto maior a base de sustentação mais estável será a criança. Este princípio guar­da relação com o seguinte. Quanto mais baixo é o centro de gravidade, mais estável é a pessoa. Se se amplia o tamanho da base mantendo constante a altura da pessoa, o centro de gravidade desce. Pelo contrário, a redução da superfície da base eleva o centro de gravidade, permanecendo constante os outros fatores.

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3. Uma pessoa é mais estável quando o centro de gravidade está mais perto do centro de base de sustentação.

4. Em igualdade de condições, há maior estabilidade quando o sujeito permanece imóvel do que quando está em movimento.

0 professor deve levar em conta os quatro pontos da estabilidade para criar situações que requeiram diferentes graus de capacidade para o equilíbrio.

Assim se obterão situações diferentes. E se induz a criança a realizar movimentos ou assumir posições que modificam o tamanho da base, a situação do centro de gravi­dade ou a quantidade de movimento necessário.

Com o objetivo de fazer uma progressão quanto à dificuldade, é conveniente lembrar que toda posição que tem três pontos de apoio é menos estável que a que tem quatro, que dois representam menos estabilidade que três e assim sucessivamente. Assim sendo sugerimos os seguintes exercícios:

— Consciência do equilíbrio corporal (várias posições):

Cabeça — Tronco — Corpo Inteiro.

— Quem consegue caminhar na ponte que eu fiz? (Rodrigo — 6 anos)

Deslocamentos em equilíbrio exercícios de equilíbrio em deslocamento ao nível do solo exercícios de equilíbrio em deslocamento sobre superfície elevada

Vamos organizar os tacos de madeira de maneiras diferentes, para equilibrarmo-nos, enquanto andamos?

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Deixe que eu sei fazer de um jeito diferente. (Renato — 5 anos)

0 equilíbrio pode ainda ser desenvolvido nas seguintes situações:

. Equilíbrio depois de uma ação exercícios de equil íbrio depois de um deslocamento, exercícios de equilíbrio depois de um salto, após deslocar-se por uma superfície elevada.

. Equilíbrio transportando objetos exercícios de equilíbrio sobre a superfície do solo transportando um objeto sobre a cabeça, exercícios de deslocamento em equilíbrio sobre superfície elevada e com objeto sobre a cabeça.

COORDENAÇÃO

Segundo HOLLMANN e HETTINGER, deve-se entender por coordenação e atua-ção conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esquelética dentro de um decurso objetivado de movimento.

A coordenação e desenvolvimento através dos

movimentos dinâmicos e diversificados. 0 correr e saltar

são excelentes formas.

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KHIPHARD define coordenação, como a atuação conjunta harmônica e a mais econômica possível de músculos, nervos e sentidos para realização de movimentos exatos e equilibradamente seguros (motricidade voluntária) e reações rápidas adaptadas a situações (motricidade — reflexa).

Sendo compreendida como componente qualitativa da motricidade, devem ser mencionadas como características de uma boa coordenação a precisão de movimento, a economia e a fluência de movimento.

Necessita de uma perfeita harmonia de jogo muscular, em repouso e em movi­mento; apresenta dois aspectos: a coordenação estática e a coordenação dinâmica, ou seja, conforme esta coordenação se realiza em repouso ou em movimento.

A coordenação estática resulta do equilíbrio harmonioso entre a ação dos grupos musculares antagonistas, estabelece-se em função do tônus e permite a conservação voluntária das atitudes (controle da postura, da imobilidade).

Para manter-se equilibrado sobre um dos pés, se faz necessário um bom controle do tônus.

A coordenação dinâmica é a colocação em ação harmoniosa, simultânea, de grupos musculares diferentes com vistas à execução de movimentos voluntários (mar­cha, corrida, salto).

Saltos sucessivos, além de fortalecerem a musculatura das pernas, estimulam o desenvolvimento da coordenação dinâmica.

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De acordo com o tipo de movimento que se realiza, a coordenação dinâmica será: geral, quando se refere a ações nas quais intervém somente membros inferiores ou em simultaneidade com membros superiores (dissociação e combinação de movimen­tos). E será do tipo manual quando se estabelece o jogo de movimento de ambas as mãos, levando-se em conta a coordenação digital, a rapidez e a precisão da habilidade manual.

OS EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO

MARCHA

Educa-se sistematicamente com os exercícios de equilíbrio. Está associada à percepção da sucessão temporal, permitindo concretizá-la e associá-la ao espaço nos exercícios de coordenação sensório-motora.

Os tacos colocados de formas diferentes educam ao mesmo tempo a coordenação dinâmica e o equilíbrio.

. CORRIDA

É uma coordenação motora global e instintiva, não sendo necessário procurar desenvolver esta coordenação dinâmica com a utilização de exercícios específicos: melhorará paralelamente à equilibração geral e à confiança que a criança adquire em si mesma.

É necessário considerar estes exercícios como a continuação normal da marcha.

. TREPAR E SUSPENDER

Têm um valor neuromotpr secundário, mas são, sem dúvida, um excelente meio para lutar contra o medo. A progressão deve ser feita adequadamente à criança e se algumas demonstrarem insegurança, é não obstante um exercício que lhes agrada.

. SALTO

É um exercício de coordenação dinâmica por excelência. Como o exercício ante­rior de trepar este suscita também o interesse da criança. Assim mesmo está associado

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a uma coordenação neuromotora precisa, uma luta contra o medo e uma educação do querer ligado ao espaço.

Nos saltos a criança aprende a controlar o seu corpo.

"A coordenação neuromotora é bastante solicitada nos movimentos utilizados na aula de Educação Física para crianças".

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Saltar imitando o "sapo" é uma excelente forma de fortalecimento muscular e desenvolvimento da coordenação.

Vamos saltar sem cair! A turminha saltando sobre os pneus.

A coordenação visomotora é desenvolvida praticamente em todas as atividades que realizamos: seguir uma bola com os olhos, perseguir um alvo móvel de coordena­ção do movimento com os olhos, acompanhar o movimento de um colega, receber uma bola em movimento, etc. Entende-se como a "coordenação de movimentos que são orientados pela visão" e observamos que a criança tem que ter a capacidade de coorde-

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nar duas ou mais habilidades perceptuais quando efetua atividades tais como lançar e pegar uma bola, chutar uma bola em movimento, rebater uma bola.

Lançar e pegar o "saco Plástico" ajuda a criança a desenvolver a coordenação olho-mão.

Estes exemplos incluem a habilidade de diferenciar entre figura-fundo e coorde­nar o objeto visualmente percebido com o movimento manipulativo de agarrar, e o movimento não-locomotor de bater mantendo o equilíbrio mesmo se muda a base de sustentação (levantando uma perna do solo no caso do chutar).

A coordenação visomotora apresenta duas subcategorias:

coordenação olho-mão, que se refere à capacidade da criança para eleger um objeto do meio que a rodeia, coordenando a coisa visualmente perce­bida com um movimento manipulativo. coordenação olho-pé, que se refere à capacidade da criança para diferen­ciar um objeto do meio que o rodeia, coordenando a coisa percebida visualmente com movimentos das extremidades inferiores.

Estimule a criança a lançar objetos de vários tamanhos e pesos à alvos. Isto estimula o desenvolvimeno da coordenação visomotora.

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Os exercícios de lançar e receber são para as crianças interessantíssimos, para controle próprio e precisão, além de se constituírem como a base da coordenação visomanual.

Os exercícios de recepção são exercícios típicos de adaptação sensóriomotora: coordenação das sensações visuais, táteis, cinestésicas, etc, e coordenação dos tempos de reação.

Os exercícios de lançar são ao mesmo tempo uma adaptação ao esforço muscular e uma adaptação ideomotora, quer dizer, a representação mental dos gestos a fazer para conseguir o ato desejado.

Por outro lado, os exercícios de recepção, lançamento, etc, são sempre exercí­cios concretos e alguns dentre eles se prestam muito bem para a transcrição gráfica. A dupla progressão do grande ao pequeno e do leve ao pesado permite uma variedade infinita, indo desde os exercícios mais simples ao mais fino e difícil.

Uma atenção especial dever ser dada à coordenação olho-mão pois dela depende a destreza manual indispensável para a aprendizagem de escrita.

SUGESTÃO DE SEQÜÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS DE MOVIMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO

Os obstáculos ajudam bastante no desenvolvimento da habilidade de saltar. As crianças descobrem as diversas possibilidades.

— Vamos colocar o maior depois o menor? — Alexandre — 7 anos — Eu consigo, saltar o mais alto! — Rodrigo — 6 anos — Vamos colocar mais, tem muito pouco — Gabriel — 6 anos

COORDENAÇÃO DINÂMICA GERAL

1. Adaptação da corrida a saltos em altura. . exercícios de corrida e saltos sobre um obstáculo pequeno . exercícios de corridas e saltos sobre vários obstáculos pequenos

2. Adaptação da corrida às distâncias . exercícios de deslocamento em corrida e adequação dos apoios a pontos determi

nados

3. Saltos sobre obstáculos . exercícios de salto sobre um obstáculo imóvel, com ambos os pés . exercícios de saltos sobre obstáculos imóveis, com ambos os pés

Saltos sobre obstáculos em movimento exercícios de saltos sobre um obstáculo em movimento exercícios de deslocamentos e saltos sobre um obstáculo em movimento

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— "Júlia vamos pular de mãos dadas"? — Silvinha 4 anos

Estimule a criança a saltar vários obstáculos e de formas diferentes.

5. Saltos de grandes obstáculos . exercícios de saltos desde um ponto baixo a outro alto e desde este até o solo . exercícios de saltos desde um ponto alto até o solo . exercícios de saltos sobre circuito de aparelhos

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COORDENAÇÃO VISOMOTORA

— Eu consigo jogar e pegar a argola. Rodrigo — 6 anos

— Edu, consigo encher o plástico de ar. Puxa! como ficou grande. (Juliana — 6 anos)

- Veja como gira o meu arco! (Gabriel - 6 anos)

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1. Manipulação . exercícios para adquirir habilidade manual . exercícios de manejo e condução da bola com as mãos e pés . exercícios de arremessar bolsinhas e pom-pons, com uma e duas mãos . exercícios de arremessar para cima, com uma e duas mãos

2. Lançamentos de precisão . exercícios de arremessar com direção determinada . exercícios de arremessar com pontaria para alvos fixos de superfície plana . exercícios de arremessar a distâncias progressivamente maiores

As crianças apreciam os jogos de lançar. Os sacos plásticos servem para estas atividades.

— Eu consigo acertar o cone. (Rodrigo — 6 anos)

Lançar e Receber exercícios para aprender a receber a bola sem deslocamento exercícios para aprender a quicar a bola exercícios de aperfeiçoamento de quicar a bola com deslocamento com uma e outra mão integrar as habilidades adquiridas em jogos.

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Lançar e pegar requerem um bom controle das mãos e visão. É preciso dosar a força para controlar a altura.

ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL

O espaço se estrutura através de experiências de movimento orientado de princípio em referência ao próprio corpo.

Orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar seus movimentos e adaptá-los ao espaço vivido e desta forma se situar e agir correspondentemente.

Não são essas noções exatas, mas elaboradas, construídas paulatinamente e pare­cem formar-se sobre impressões prévias que confirmam o esquema corporal.

A criança muito antes de poder verbalizar, percebe o espaço que a rodeia. É a partir dessa percepção que a criança vai organizando o espaço para então se orientar e futuramente abstrair espacialmente. O desenvolvimento da orientação espacial está intimamente ligado ao desenvolvimento motor e do esquema corporal. Esta se faz a medida que a criança pode se movimentar mais livremente: mover a cabeça, estender os braços para pegar objetos, andar, etc. . .

"O espaço se estrutura a princípio em referência ao próprio corpo e se organiza através dos dados proporcionados pelo esquema corporal e pela experiência pessoal".

É a partir das tentativas malogradas para pegar objetos que entram no campo visual da criança, e mesmo os acidentes pequenos como tropeçar no degrau etc, e ainda de variedades de "peraltagens" típicas da criança de 1 aos 3 anos que ela vai

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adquirindo as diferentes noções espaciais. Neste período, após ter aprendido a andar, seu espaço vital se amplia consideravelmente. Vai aprendendo a mover-se em um espaço, a perceber distâncias, direções e demais estruturas espaciais elementares, sem­pre em relação ao seu próprio corpo e adquire as noções de: alto, baixo, perto, longe, dentro, fora, em cima, em baixo.

As figuras desenhadas pelas crianças servem de dados para a orientação no espaço. O dentro, fora, ao redor são percebidos pelas crianças.

0 espaço humano é orientado no sentido Esquerda-Direita; por exemplo o caso da escrita, da leitura, da numeração, etc. . . Se a criança é destra ou canhota é secundá­rio, o importante é que esta lateralização seja espontânea e não contrariada. Se uma criança tem dificuldade com seu espaço é porque em seu desenvolvimento psicomotor algumas etapas não foram adequadamente desenvolvidas. Temos que identificá-las e voltar a elas, partindo da base, que é o esquema corporal.

Em cima, dentro, ao redor do pneu, correndo, saltando, são formas de movimento estruturados dentro de uma orientação espacial.

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As noções de agrupamento e dispersão ajudam na estruturação espacial.

OS EXERCÍCIOS DE ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL

1. Estruturação do espaço . exercícios de aquisições das noções de agrupamento e dispersão . exercícios de deslocamento em espaços livres sem esbarrar no colega. . exercícios em espaços limitados sem esbarrar nos objetos . exercícios de localização no espaço obedecendo ordens verbais . exercícios que exigem memória com relação a dados espaciais . exercícios de orientação em função do lugar de onde se produza os sons . percorrer um espaço obedecendo a um número de passos

2. Apreciação de velocidade (associação espaço-tempo) . exercícios de adaptação da própria velocidade a diferentes variações de ritmo.

O trabalho em pequenos grupos ajudam a criança a desenvolver

a cooperação. "Vamos saltar sem cair e soltar

as mãos, dentro do pneu e em cima".

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"Vamos passar embaixo da ponte" Exploração do espaço corporal.

"Vamos formar um grupo bem grande e correr em redor."

- Eu gosto de ficar bem grande. (Rodrigo — 3 anos)

"Os pais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento psicomotor da criança, através de um verdadeiro diálogo corporal".

(Guiselini)

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ESTRUTURAÇÃO TEMPORAL

Correr ao redor das rodas e saltar, até que pare. As crianças aprendem a coordenar seus movimentos.

Orientar-se no tempo é situar o presente em relação a um antes e a um depois, é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido do lento, o sucessivo do simultâneo. É saber situar os movimentos no tempo uns em relação aos outros.

Esta é uma noção que se forma juntamente com as noções espaciais e o esquema corporal vai sendo adquirido paulatinamente.

A criança não só aprende as noções temporais do ponto de vista perceptivo, como ao mesmo tempo vai adaptando seus movimentos a este ritmo. A percepção do tempo é mais complexa que a do espaço e aparece mais tarde, na medida em que a criança vai formando seus conceitos através de momentos concretos de experiência.

O movimento será tanto mais evoluído quanto melhor adaptado ao espaço e ao tempo. Assim o andar, de início vacilante, evolui no sentido da aquisição do equilíbrio, coordenação e de um ritmo pessoal. O mesmo se dá com a linguagem: por volta dos 3 anos, a criança passa normalmente por uma fase caracterizada pela falta de ritmo: é o que os especialistas chamam de gagueira fisiológica. Inicialmente a criança adapta os seus movimentos ao ritmo que lhe é próprio, para então se adaptar a um ritmo diferente do seu.

A organização temporal é de vital importância para a alfabetização e a criança com distúrbio nesta área terá grande dificuldade para perceber a sucessão de sons no tempo. A dificuldade de orientação temporal será mais ligada ao saber ouvir enquanto que a orientação espacial ao saber ver. Comumente aparece um prejuízo na linguagem oral que posteriormente é transferido para a leitura e escrita.

Esta forma de percepção implica dois aspectos:

. um aspecto quantitativo: percepção do intervalo temporal, da duração (ritmo)

. um aspecto qualitativo: percepção da sucessão (do antes e depois)

Devemos caracterizar que a estruturação temporal se situa tanto ao nível percep­tivo como ao nível da execução motora. "Ele é por excelência o apreciador de sucessão do ritmo, do tempo".

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As crianças aprendem bastante cedo a seguir diferentes ritmos respondendo com movimentos alegres e expressivos.

OS EXERCÍCIOS DE ESTRUTURAÇÃO TEMPORAL

. Noção de duração — breve e longo

. Noção de intensidade — forte e fraco

. Noção de tempo — ritmo a 2 tempos

. Ritmos com inibição

. Deslocamentos rítmicos

A estruturação espaço temporal é um dado importante para uma adaptação favorável da criança ao meio. Ela permite-lhe não só movimentar-se e reconhecer-se no espaço, mas também concatenar e dar seqüências aos seus gestos, localizar as partes do seu corpo e situá-las no espaço, coordenar sua atividade e organizar sua vida cotidiana.

Na Educação Física os momentos são apresentados de tal forma que a consciên­cia do próprio corpo, do espaço, do tempo e do corpo em relação aos objetos são enfatizados sistematicamente. Estes aspectos na prática, estão muito integrados. No entanto o professor pode propor tarefas como vimos anteriormente, as quais enfatizam um dos componentes do desenvolvimento psicomotor.

Além das funções psicomotoras citadas anteriormente para o adequado desen­volvimento psicomotor da criança se faz necessário o desenvolvimento de outros com­ponentes denominados de capacidades físicas que assim são caracterizados.

As capacidades físicas são essenciais para o funcionamento eficiente da criança no domínio psicomotor. O funcionamento adequado dos distintos sistemas corporais, permite que o aluno cumpra as exigências, as quais é submetido em seu meio. São em realidade uma parte fundamental para a aprendizagem das habilidades motoras e se não se desenvolvem de maneira adequada e global, pode ser fatores que limitam a aprendizagem e desenvolvimento das habilidades motoras mais complexas.

Capacidades físicas são aquelas características funcionais do vigor orgânico que, se são desenvolvidas, proporcionam à criança um instrumento (seu corpo) são, eficaz­mente funcional para seu uso quando quiser que as habilidades motoras integrem seu repertório motor.

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A criança deve ser capaz de sustentar o seu próprio peso em posições não habituais.

'Eu sei fazer o burrinho teimoso' (Rodrigo — 6 anos)

Oferecer situações de movimentos onde a criança realiza atividades que contri­buem para um bom desenvolvimento bio-psico-social. Deve ser a preocupação do professor na pré-escola, muitos jogos, brincadeiras e movimentos orientados, depen­dem muitas vezes de um mínimo de desenvolvimento das capacidades físicas.

As crianças repetem tarefas repetidas vezes. Elas correm, param, correm novamente... Assim exercitam a resistência.

Às crianças devem ser oferecidas atividades onde realizam esforços durante um espaço de tempo alternando com intervalos de descanso. Esta forma de trabalho é o próprio jogo infantil que se transforma em uma forma de estimular o desenvolvimento da resistência.

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Movimentos globais desenvolvem a coragem além de fortalecer as crianças.

Transportar objetos ajudam o desenvolvimento da força

muscular.

FORÇA MUSCULAR DINÂMICA.

Força do músculo, cujo trabalho de contração se realiza sempre com movimento.

Uma boa força muscular, principalmente dos grandes grupos musculares (braços, tronco e pernas) e a resistência são fundamentais para um bom desenvolvimento físico e orgânico da criança.

A capacidade para dominar rápido e satisfatoriamente o corpo nas mudanças de posição no espaço, assim é definido por Boa Ventura a Agilidade. Deve a criança sistematicamente ser submetida a situações de movimento onde se evidencia esta capacidade.

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Uma criança na pré-escola deve desenvolver um certo grau de agilidade que lhe permita participar com êxito em várias atividades motoras.

Vamos fazer rapidamente o burrinho teimoso apoiando as mãos sobre a roda.

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A integração das capacidades físicas e das funções Psicomotoras através de movimentos bem orientados propicia um adequado desenvolvimento psicomotor e físico da criança.

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2a PARTE

- O PROGRAMA

. Objetivos da Educação Física na Pré-Escola

- O MOVIMENTO

. As experiências de movimento utilizados

. Orientação didática

. Equipamento de baixo custo

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OBJETIVOS DO PROGRAMA

O termo programa se refere a todas as experiências ou oportunidades de aprendi­zagem que a criança tem e que são oferecidas pela escola.

O programa de Educação Física na pré-escola se caracteriza pela continuidade de experiências de movimento que são destinados a ajudar a criança a adquirir habilidades motoras e conceitos que irão aumentar a sua capacidade de agir de forma alegre e efetiva em todas as suas experiências de vida quer seja social, mental ou física.

Educação do Movimento Educação Física

A educação do movimento da criança é um longo processo de mudanças. Este processo de aprendizagem do desenvolvimento motor, tem seu começo no ventre materno e resulta de uma série de mudanças durante toda a vida. Tem portanto seu início bem antes da criança entrar na escola.

Neste período ela tem oportunidade de vivenciar muitas experiências de movi­mento em seu meio ambiente que vão lhe ajudar a estruturar os movimentos básicos, através da exploração, tentativa de acerto e erro, imitação e convivência com outras pessoas.

Muitos movimentos são educados naturalmente no lar.

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O ambiente favorece naturalmente educação do movimento

da criança.

A qualidade e quantidade dos padrões de movimento da criança, dependem das oportunidades, liberdade e encorajamento dos movimentos.

Assim sendo, uma parte desta educação do movimento é de responsabilidade de um programa orientado na escola, chamado de EDUCAÇÃO FÍSICA. No entanto é conveniente lembrar que a Educação do Movimento, não começa nem termina na educação formal da criança, pois muitos aspectos da educação da criança é resultado de experiências obtidas fora da estrutura dos programas escolares.

"Nas atividades livres a criança aprende a expressar seus sentimentos e idéias".

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Desta forma, em função desta Educação do Movimento, que a criança deve rece­ber, através da estimulaçao de seus pais, antes da entrada na escola, assim sendo quando chega a um programa instrucional de Educação Física, ela apresentará um estágio de preferência, nivel de compreensão, aplicação e experiências nas tarefas motoras.

No pré-escolar o enfoque do programa de Educação Física é na exploração e no refinamento dos movimentos básicos e na compreensão e aplicação dos fatores ambien­tais que afetam os movimentos. Hoje muitas pessoas chamam isto de Educação do movimento.

É nesta fase do Programa de Educação Física que a criança adquire uma com­preensão das estrutura do movimento, aumenta a sua habilidade e coordenação, atra­vés de várias experiências na medida que vão amadurecendo fisicamente, socialmente e emocionalmente.

O PROGRAMA DEVE ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO PERCEPTIVO MOTOR

— Vamos acertar o arco no cone?

Com assistência e orientação eles aprendem a adaptar o movimento aos fatores de espaço.

A noção de força é desenvolvida em formas

simples de pular.

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Diferentes tempos e velocidades, diferentes níveis; vários números de pessoas; variação de força e intensidade; diferentes formas de pequenos e grandes obstáculos e objetos vivos ou inanimados.

Vários objetos ajudam a criança estruturar o movimento.

- Vamos acertar o cone?

A Educação Física na pré-escola, está portanto, intimamente ligada a Educação da criança no sentido holisto ou seja voltado para o desenvolvimento global, nos seus aspectos cognitivo, sócio-afetivo e psicomotor.

Como vimos anteriormente a Educação Física está estreitamente ligada a Educa­ção do movimento da criança, uma vez que esta, utiliza o Movimento para alcançar seus objetivos.

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A Educação Física surge como um conjunto de atividades educativas que visam criar o gosto e o hábito do exercício físico (SEED/MEC).

A Educação Física é aceita como uma parte integrante do caminho escolar. Madelene Hunter enfatiza a importância da Educação Física na aprendizagem e desenvolvimento da criança e assim caracteriza.

"Através do movimento as crianças podem aprender a diferença entre "mim" e "não mim" o que é essencial para a capacidade de integração de forma. Percepção de forma ou sua capacidade de entender o significado de forma, é baseado em sua postura, lateralidade (mapa do espaço interior) e direção (mapa do espaço exterior).

Sua percepção de espaço ou noção das relações entre forma é sempre mais obviamente desenvolvida pelo movimento. Seu comportamento motor é o primeiro canal através do qual o comportamento cognitivo e afetivo são evidentes com os outros.

Desta forma o comportamento motor possibilita a observação do produto da aprendizagem.

As noções de espaço são adquiridos através do próprio

corpo.

Objetivo da Educação Física é estimular o desenvolvimento Motor da Criança.

O desenvolvimento motor da criança é caracterizado pelo desenvolvimento das suas capacidades que são essenciais para o movimento e subseqüente para a aquisição de habilidades motoras. É entendido como um processo contínuo que começa no estágio pré-natal e continua através da vida do adulto, evidenciando diferentes estados de prontidão motora.

Em cada fase do desenvolvimento a criança apresenta um comportamento motor característico que é aperfeiçoado pelas experiências motoras realizadas na aula de Educação Física.

Caminhar sobre superfícies estreitas ajudam a melhorar o equilíbrio, que é fundamental para um bom desenvolvimento motor.

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Os primeiros 6 anos de vida (período pré-escolar) são considerados como o período durante o qual os padrões motores fundamentais vão sendo incorporados no comportamento motor da criança.

Isto acontece a medida que a criança se defronta com problemas de locomoção e manipulação de vários objetos encontrados em seu meio ambiente.

"Lançar é um movimento básico que adquire um bom padrão, pela exploração de diferentes objetos."

A Educação Física Pré-Escolar estimula a aquisição de padrões de mo­vimento.

O período pré-escolar tem se caracterizado mais como um período de refina­mento de habilidade do que um período de novas aquisições.

Assim sendo a Educação Física neste período deve oferecer muitas experiências de movimento, para que a criança melhore o seu comportamento motor.

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O MOVIMENTO PADRÃO é uma série de movimentos organizados, em uma seqüência de tempo e espaço. É também usado para se referir aos ele­mentos comuns que aparecem em muitas habilidades motoras.

"0 refinamento do padrão de movimento se faz pela repetição '.'

— Estimule a criança a realizar vários tipos de arremesso.

A Educação Física na Pré-Escola deve oferecer oportunidades para a criança desenvolver a capacidade perceptiva para a melhoria do controle motor.

, O comportamento motor da criança só se torna eficaz na medida em que ele é controlado voluntariamente pela criança. Desta forma duas partes são evidenciadas sob o ponto de vista de controle:

— Uma parte que controla, ou seja o sistema nervoso central — Uma parte que é controlada, ou seja o sistema motor

- Quem consegue caminhar sobre a barra de equilíbrio

sem cair?

"Diferentes situações de movimento contribuem para o efetivo controle do mo­vimento por parte da criança".

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O Programa de Educação Física deve colocar a criança em situações, onde deve organizar e interpretar as informações e controlar as respostas motoras, assim sendo deve, entre outras, proporcionar atividades destinadas a aumentar a percepção auditiva, (capacidade de ouvir) aumentando o tempo de atenção da criança para materiais sonoros e aumentar a vigilância (atividades) para direções verbais.

Quando o pandeiro parar de bater faça uma estátua.

— Quem consegue parar rapidamente controlando

o movimento?

"Os estímulos auditivos (pandeiro) auxiliam a capacidade perceptiva da criança e as respostas motoras controladas".

A visão tem um papel fundamental no controle dos movimentos, que são orientados pelos olhos.

A antecipação do movimento é estimulada de várias formas.

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Proporcione à criança, através de movimentos diversificados, a opor­tunidade de desenvolver a coordenação olho-mão.

As mãos unidas aos olhos, podem servir como um instrumento de expressão.

O uso de material simples, associados a movimentos manuais, estimulam a coordenação olho-mão e dão oportunidade às crianças de descobrirem muitas formas diferentes.

A Educação Física na Pré-Escola deve desenvolver a capacidade de resolução de problemas motores pela criança.

Vamos nos movimentar em todas as direções?

— De quantas maneiras você pode usar o anel plástico?

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Os processos de desenvolvimento do Programa de Educação Física deve ser de tal forma, que permitam a criança descobrir, explorar e resolver os problemas motores e inventar suas próprias experiências de movimento.

O Professor deve ter o cuidado, para não atrapalhar a criatividade da crian­ça.

A Educação Física deve considerar e estimular a capacidade criativa da criança.

- Vamos fazer uma estátua?

— O que você pode fazer com a corda?

- E uma figura?

A ação como resposta ao estímulo da criatividade, significa uma alteração do conhecimento. Uma resposta significativa para a criança, com o surgimento de novas formas, através da modificação do conhecimento anterior ou com combinação de vários elementos.

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Nós podemos verificar a capacidade criativa da criança em várias situações da aula, mesmo quando realizam um exercício simples, livre ou mesmo quando estão no recreio.

É importante que o professor dê um tempo para a experimentação livre, pois desta maneira as crianças colocam em ação a sua capacidade criativa. Como ajudar:

Quem sabe andar diferente? Quem sabe outras formas de saltar? São excelentes formas de ajuda e estímulo à capacidade criativa. De uma proposta, pode-se obter diferentes respostas, que são fruto da capaci­

dade criadora da criança.

— Faça um desenho com a corda no chão.

— Salte de várias maneiras.

O uso de diferentes equipamentos auxiliam o desenvolvimento da criatividade.

O MOVIMENTO

A Educação Física dirige seus esforços na aprendizagem motora, para dois obje­tivos relacionados às habilidades: As habilidades básicas e as habilidades específicas.

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No entanto estes conceitos têm caracterizado a evolução da capacidade motora humana ou na capacidade de dominar o corpo.

As experiências de movimento na pré-escola, levam a criança adquirir a capacidade de dominar o corpo.

Dominar ou manejar o corpo envolve o corpo como um todo. Para aprender a dominar o corpo, em primeiro lugar, a criança deve adquirir um bom domínio dos movimentos globais (amplos).

A criança controla seu corpo em movimento, sem deslocamento ou em locais fixos, em movimento de um lado para outro no solo, através do espaço ou quando estão suspensos em aparelhos.

Para obter uma boa habilidade em manejar o corpo é necessário adquirir, ampliar e integrar elementos de controle motor geral, através de amplas experiências de movi­mento, baseados na exploração e criatividade.

"Trepar ajuda a criança a dominar o corpo".

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Os movimentos sem deslocamentos, em pontos fixos, ajudam a criança a domi­nar o seu corpo em diferentes situações.

Estimule a criança a ficar sobre um dos pés. A criança no período Pré-Escolar necessita aprender o que seu corpo pode fazer

e como ela pode manejá-la em várias situações de movimento. O domínio do movimento está relacionado também com a capacidade da criança

de apresentar um bom padrão de postura e mecanismo corporal como componentes de seu padrão de movimento.

Em adição a postura e mecânica corporal, uma outra consideração na habilidade de manejar e controlar o corpo é a capacidade perceptiva-motora.

Os princípios e conceitos básicos de capacidade perceptivas-motora, tem uma forte relação e aplicação na área de controle do corpo.

O bom controle motor requer um suficiente desenvolvimento e controle neuro­lógico, os quais podem ser ajudados, enfatizando os componentes perceptivos motores no desenvolvimento das atividades.

Os componentes perceptivos-motores que tem papel relevante na Educação Físi­ca, na Pré-Escola, inclue todos aqueles movimentos que dão atenção ao equilíbrio, coordenação lateralidade, direcionalidade, noção de espaço e conhecimento do seu próprio corpo e partes do corpo.

Como vimos acima, o mais importante da Educação Física para crianças em idade Pré-Escolar é estudar os movimentos básicos e como estimular a percepção.

A percepção se faz através dos mecanismos sensoriais, no entanto nós devemos proporcionar às crianças ricas experiências sensório-motoras em ambiente previamente organizado.

O controle do movimento é estimulado por atividades que envolvem a capacidade perceptivo-motora.

— Fique longe e acerte o saquinho de areia ou pompom dentro do desenho.

As crianças fazem seus próprios desenhos.

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Os professores de crianças, devem ter um conhecimento minucioso do conteúdo da área curricular a qual é responsável.

O movimento tem sido estabelecido como o conteúdo básico dos programas de Educação Física. Se o movimento é o conteúdo e nós temos que ensinar a criança a se movimentar, nós devemos saber como analisar, observar, descrever e ensinar movi­mento.

Há muitas definições a respeito de movimento e cada qual dá a sua contribuição, por exemplo alguns usam o sistema anatômico e enfatizam os aspectos anatômicos e físicos das áreas do corpo, muito usado em cinesiologia, anatomia e outras áreas da ciência do movimento.

Assim sendo vamos fazer uma análise do movimento, como conteúdo básico de Educação Física na'pré-escola, utilizando o conceito básico citado.

MOVIMENTO: é a mudança na posição por qualquer segmento do corpo.

MOVIMENTO: resposta motora observável produzida por um estímulo.

Os movimentos básicos ocorrem no desenvolvimento motor da criança com a maturação neuro muscular e através das experiências motoras das crianças. São estrutu­radas sobre os movimentos reflexos, característica do comportamento motor da criança nos primeiros anos de vida.

O aperfeiçoamento dos movimentos básicos servem de pré-requisito para habili­dades mais complexas (habilidades básicas) e de alto nível.

São divididos em três categorias:

LOCOMOTORES: movimentos básicos que possibilitam o corpo se deslocar de um lugar para outro no espaço.

NÃO LOCOMOTORES: movimentos básicos que podem ser executados em espaço simples, sem movimento da base de apoio ou sem a intenção de se deslocar de um lugar para outro no espaço.

MANIPULATIVOS: movimentos básicos que envolvem o manejo ou manuseio de objetos.

O corpo humano, como o corpo dos outros primatase muitos mamíferos, pode se movimentar em uma grande variedade de possibilidade.

As características de formação corporal (articulação, músculos) permitem ao indivíduo realizar muitos movimentos, tecnicamente classificados como flexão, exten­são, abdução, adução, circundação e rotação.

Nas aulas de Educação Física para crianças a classificação desses movimentos são em três categorias:

Flexionar, Estender e Torcer. Podemos dizer que todas as outras atividades envolvem estas três.

Flexão, extensão e rotação são facilmente observadas em todas as formas do comportamento motor humano. Por exemplo; no andar as pernas flexionam e esten­dem, com um pouco de rotação, para manter a direção para frente enquanto a parte superior do corpo gira em oposição.

MOVIMENTOS LOCOMOTORES

Possibilitam o corpo se deslocar no espaço.

- Vamos correr em todas as direções?

— Quem consegue pegar a corda do companheiro?

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Rolar 2 — Quadrupediar 3 — Bipediar

. Rolar para o lado . Salto do coelho Caminhar

. Rolar para frente . Rastejar . Correr

. Rolar para atrás . Trepar . Saltar . Saltitar . Galopar

Saltar de diferentes alturas, ajuda a criança a dominar o corpo e desenvolver a coragem e auto-confiança.

MOVIMENTOS NÃO LOCOMOTORES

Movimentos que não envolvem mudanças de um ponto para outro no espaço.

- Como vocês podem ficar equilibrados?

4 - Equilibrar 5 - Movimentos Axiais 6 - Relaxamento ou Redução de Tensão

. Sentado em pé usando diferentes partes do corpo

. Flexionar

. Estender

. Torcer

. Balançar

. Axilar

. Chocalhar

. Girar

. Corpo todo

. Parte do corpo.

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MOVIMENTOS MANIPULATIVOS

Movimentos que envolvem o manejo ou manuseio de objetos.

— Quem consegue colocar ar dentro dó saco plástico?

Veja como a criança domina as mãos.

Os movimentos manipulativos estimulam o desenvolvimento da precisão e rapi­dez das mãos.

7 — Manter Contato

. Carregar

. Chocalhar

. Balançar

. Levantar

. Empurrar

. Pular

. Equilibrar . Apontar

AS EXPERIÊNCIAS DE MOVIMENTOS

São os movimentos que o Professor utiliza para alcançar os objetivos propostos pelo programa.

8 — Propulsão

. Bater

. Chutar

. Arremessar

. Rebater

9 — Recepção

Pegar corpo e mão

. somente mãos

10 - Suspensão

. Pendurar com as mãos

. Pendurar com as mãos e joelhos

. Pendurar com os joelhos

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As experiências de movimento devem ser organizadas de forma que as crianças sejam estimuladas a se mover livre e independentemente, para explorar novos caminhos de movimentos. Contribuindo assim para o seu desenvolvimento.

As crianças deverão ser estimuladas a manejar a corda de diferentes maneiras.

Para as crianças em idade pré-escolar muitas experiências de movimento são exploradas naturalmente, nas brincadeiras em contato com outras crianças, nas ruas, praças públicas e parques.

Quando estas experiências de movimento são utilizadas na aula de Educação Física, elas devem ser exploradas em todas as possibilidades possíveis pela criança, pois quando salta para o lado, para frente, para atrás, alto e baixo, rápido e lento, no seu próprio ritmo ou ao ritmo do pandeiro, a criança está explorando o movimento de uma maneira bastante diversificada.

— Saltar explorando o espaço para frente, para atrás em diferentes ritmos.

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— Quando a criança joga com outras encontra novos caminhos.

EXPLORAÇÃO DO MOVIMENTO - É um termo relativo ao processo, para desenvolver muitos padrões de movimento, habilidades e atividades aprendidas em muitas e variadas situações.

As idéias de experiências de movimento apresentadas a seguir, são exemplos de problemas que podem ser usados para ajudar a criança a realizar experiências com mui­tas possibilidades motoras.

Para escolher movimentos adequados à criança, que serão utilizados na aula, o professor deve considerar alguns pontos importantes:

NECESSIDADES e INTERESSES das crianças, pois temas repetidos causam desinteresse e indisciplina.

A criança espera encontrar movimentos dinâmicos e alegres na aula de Educação Física.

O professor deve selecionar aquelas experiências de movimento que vão de encontro ao desejo da criança de se movimentar e ao mesmo tempo possibilitar a par­ticipação de todas simultaneamente.

A criança tem necessidade de movimento e espera encontrar muito movimento na aula de Educação Física.

— Vamos correr com um rabo de corda?

— Fuja que o professor vai pegar o seu rabo.

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É importante que o professor participe das experiências de movimento estimulando a criança.

. O ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO

A quantidade de experiências motoras da criança devem ser de conhecimento do professor. Assim procedendo não há perigo de exigir demais da criança ou mesmo sub­estimar a sua capacidade de realização.

. AS CONDIÇÕES SÓCIO-CULTURAIS, devem ser levadas em consideração pelo professor, pois crianças provenientes de diferentes ambientes familiares apresen­tam comportamentos diversificados, tanto no aspecto cognitivo, afetivo como no psico-motor.

. O EQUIPAMENTO E O ESPAÇO DISPONÍVEL, determinam a escolha das atividades (o piso, suas medidas e o t ipo de equipamento).

— As crianças descobrem novas maneiras de explorar e combinar o equipamento.

— Vamos fazer figuras no chão e depois saltá-las.

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No programa de Educação Física Pré-Escolar as experiências de movimento, são fundamentalmente os movimentos básicos (conforme descrito no capítulo anterior) e para tanto deve-se observar o princípio básico de variabilidade, assim entendido:

No programa o professor deve variar o tipo de movimento a ser usado na aula (correr, saltar, lançar, rolar, flexionar e etc).

0 tipo de movimento utilizado deve ser explorado de forma diversificada, em diferentes situações e com vários materiais.

Princípio de Variabilidade

da

Experiência de Movimento

VARIABILIDADE

Tipo de Movimento

. Locomoção, manipulação e Axial

Os Fatores

. Qualidade do movimento

. Espaço e relações

AS SUGESTÕES PRÁTICAS DE EXPERIÊNCIAS DE MOVIMENTO

5 — Atenção no pandeiro! Você pode fazer o que ele diz. — Quando ele bater você anda.

— Quando ele parar você faz uma estátua.

A - Locomotoras

1 — Vamos caminhar em todas as direções, sem encostar no companheiro.

2 — Agora vamos caminhar estirando todo o corpo. Veja como vou ficar grande.

3 — Vamos ficar pequeno? Você sabe caminhar ficando bem encolhido?

4 — Caminhar com passos bem grande. Veja como seu passo é grande. E pequeno, você sabe?

Quem é mais alto?

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. Vamos caminhar fazendo barulho igual ao do pandeiro.

. Diferentes intensidade: Caminhar suave, quando o pandeiro bater suave. Caminhar forte, quando bater forte.

. Sacudir todo o corpo quando o pandeiro vibrar, (girar forte o pandeiro com a mão).

6 — Marque uma linha no chão. Quem pode caminhar até aquela linha e voltar de costas?

7 — Vamos caminhar para frente e para trás? Atenção quando o professor solicitar; faça-o rápido.

8 — Vocês sabem caminhar de maneira diferente? Como? Com as mãos e os pés no chão? então façam.

André — Pareço um urso mole.

Rodrigo — Eu sou um elefante.

9 — Vamos caminhar rápido com as mãos e os pés no chão.

— Assim é difícil. Marcelo — 4 anos

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10 — Você consegue caminhar como caranguejo? Experimentem, que eu vou observar.

11 - Vamos caminhar como caranguejo, para frente e para trás.

12 — Vejam para os lados, é bem difícil. Quem consegue? Experimente: Caranguejo para frente, para trás e para os lados.

13 — Risque linhas no solo ou aproveite as existentes, se for o caso.

— Vamos caminhar sobre as linhas para frente e para trás?

Quando encontrar o ponto, dê um salto.

— Vamos caminhar sobre a trave? Sem cair.

Aproveite vários materiais que podem ser utilizados para cami­nhar em equilíbrio.

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15 - Coloque cordas no solo. - Vamos caminhar sobre as cordas?

16 — Rodas de Madeira. — Caminhar sobre as rodas, sem cair.

17 — Como você pode organizar os tacos?

Vamos caminhar sem cair?

18— Estimule as crianças a realizarem diferentes percursos, caminhando com os olhos abertos e fechados.

1 9 - Caminhar com as pernas afastadas, sem pisar na ma­deira.

Colocar equipamentos espalhados no solo auxiliam o desenvolvimen­to da noção de espaço.

20 — Espalhe vários tacos no solo. Vamos caminhar ao redor dos tacos sem tocar.

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A corrida estimula o desenvolvimento de noção de espaço, tempo e dire­ção, além de ser uma excelente forma de melhorar a resistência infantil.

1 — Vamos correr para frente? Vocês conseguem correr para trás?

2 - Experimente correr para o lado. Você deve cruzar as pernas, uma a frente da ou tra. Vejam como eu façol

25 — Quem sabe caminhar de um jeito diferente? O companheiro deve fazer igual.

. Sentar um ao lado do outro

. Sentar de costas

. Sentar frente a frente.

24 - Atenção! Vamos fazer um jogo. Caminhar 2 a 2, quando o professor bater palmas vocês devem rapidamente:

23 — Vamos caminhar de mãos dadas com o companheiro.

Incentive a criança trabalhar com o companheiro. É uma boa forma de estimular a integração social.

21 - Fique próximo de um taco. Você consegue ir caminhando, bem depressa até o taco mais longe?

22 — Vamos fazer um caminho estreito com os tacos. Vocês conseguem passar pelo caminho? Quem sabe caminhar de forma diferente?

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Vamos fazer alguns jogos de correr!

— Quem pode olhar no olho do Professor? . 0 professor corre pelo espaço com as crianças.

As formas de apoio estimulam o fortalecimento muscular dos membros superiores.

6 — Vamos correr em todas as direções. Quem consegue fazer o bur-rinho teimoso?

. Vamos correr em cima das figuras

. Vocês conseguem correr ao redor das figuras?

. E dentro? Vamos experimentar.

Além das figuras, desenhe outras formas (retas, zig-zag, curvas e etc). Estes desenhos no solo, estimulam a capacidade perceptiva da criança.

5 — Um grupo sentado dentro das figuras batendo palmas, as outras crianças correndo ao redor das figuras. Vamos trocar de posição e tarefa.

4 — Dê um pedaço de giz para cada criança. — Vamos fazer figuras bem grandes.

3 — Quem pode sair rápido da posição? . Em Pé . Agachada . Deitada em decúbito ventral . Em quatro apoios

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Vocês perguntam aos alunos - Que horas são Luis? Quando alguém responder meio dia, todos devem fugir. Quem for capturado ajuda o professor.

0 CHEFE DOS INDIOS REFÚGIO

VARIAÇÃO

Fiquem dentro dos diversos refúgios. Quando eu disser o nome, vocês devem trocar com os companheiros. Ex.: todos que estão no parque devem trocar de lugar entre si.

— Que horas são?

Quando parar as crianças deverão parar de maneira a estar enxergando o olho do professor. Fiquem de cócoras, deitados, sentados e etc.

As crianças correm em todas as direções. Quem consegue olhar no olho do companheiro fazendo uma careta?

— Vamos passear no ? Marque no solo, refúgios com nomes conhecidos pelas crianças. Ex.: Um jar­dim, um parque, uma piscina e etc.

Atenção crianças! Vamos correr ao redor dos refúgios? quando eu disser um nome vocês entram rapidamente.

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— Vamos correr com um rabo bem grande?

- Você consegue correr e pisar no rabo do companheiro?

Vamos correr ao redor do chefe, quando eu parar de bater, voltem para as suas casas.

. Quem for pego, vira chefe.

Cada um pegue uma corda e faça um rabo.

- Fujam que eu vou pegar o rabo de vocês.

As crianças gostam de serem desafiadas pelo professor.

Correr, combinando outros movimentos de braços e mãos estimulam a coordenação motora da criança.

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E agora outros jogos, usando alguns equipamentos para estimular a capacidade perceptiva da criança.

— Cada criança com uma roda de madeira na mão. As rodas podem ser coloridas, ou ter números ou letras pintadas.

. Vamos correr em todas as direções, dirigindo o automóvel.

. Procure um companheiro que tem a roda da mesma cor que a sua.

. Procure um companheiro que tem um número igual ao seu.

. Vamos reunir a turma, que tem rodas da mesma cor.

. Vamos reunir a turma, que tem rodas do mesmo número.

Quem consegue formar uma coluna primeiro?

. Formem duplas. Vamos correr segurando as cordas.

. Agora vamos trocar. Quem estava atrás fique na frente. Corram em todas as direções.

. Coloquem as cordas no chão. Corram em todas as direções, ao meu sinal, voltem, peguem as cordas e continuem correndo em duplas.

. Corram 2 a 2, segurando as cordas, acima da cabeça.

O cavaleiro conduz o cavalinho para passear.

. Você consegue correr e girar a corda com as mãos, ao lado do corpo?

. E correr girando a corda acima da cabeça?

. Você consegue correr para trás, girando a corda?

Coloque objetos no solo. Peça para as crianças correr girando a corda em redor dos obstáculos.

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O número dito pelo professor deverá ser tocado pela criança o mais rápido possível.

- VAMOS APRENDER A FORMAR CONJUNTO.

~ Aproveitando a posição das rodas do jogo anterior. As crianças correndo ao redor das rodas.

Ao meu sinal, vamos formar conjuntos . 2 números iguais . 2 números iguais e 1 diferente . 3 números diferentes

. Se os números forem pintados de cores diferentes, aproveite para usar nas combi­nações.

- VAMOS DESENVOLVER A MEMÓRIA VISUAL

. As crianças correndo pelo espaço com uma argola de plástico.

Vamos colocar a argola no chão e correr em todas as direções. Ao sinal, volte rapidamente e pegue a sua argola.

- CONTORNAR O NÚMERO

Espalhe pelo espaço várias rodas de madeira, numeradas de 0 a 9. Divida a classe em grupos de 5 alunos e coloque-os, sentados em colunas.

Quando eu disser já, saia correndo e coloque a roda em cima da linha. Quando chegar de volta, vai o companheiro e coloca a roda em cima da primeira, e assim sucessivamente.

Vamos ver qual a equipe, que termina a tarefa primeiro?

Variação:

As crianças estão com as rodas numeradas em seqüência. O número que for chamado, deverá levantar, contornar o marco e voltar.

-CORRIDA DO VAI E VEM

Vamos formar grupos, seis crianças sentadas em cada coluna, ao lado com uma roda.

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Para desenvolver o salto é muito importante o equipamento a ser utilizado, pois a existência dos mesmos, desafia a criança vencer obstáculos.

. Vamos saltar no lugar com os pés unidos. Quem salta bem rápido?

. Vocês conseguem saltar dando voltas? "Girar ao redor de si"

. Experimente saltar no lugar com um dos pés e com os dois.

. Vamos saltar em todas as direções, com um dos pés. Agora salte com o outro.

O salto é um movimento básico, através do qual podemos observar o desenvolvimento da coordenação dinâmica.

. Procure 2 companheiros e faça uma corrente de argolas e corra no lugar.

-JOGO DA CORRENTE

. Vamos correr rolando a argola no solo.

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. Marque uma linha no solo. Coloque as crianças distantes desta linha. — Vamos saltar até a linha, sobre um dos pés?

Incentive a criança saltar para frente, para trás e para os lados. Com um e dois pés.

VAMOS SALTAR OBSTÁCULOS

Os obstáculos ajudam a desenvolver a habilidade de saltar

. Use vários tipos de obstáculos

. Comece pelos pequenos

CORDA NO SOLO

Você consegue saltar a corda de um lado para outro?

Salte e dê um giro, quando saltar sobre a corda.

Incentive, agora, a criança a descobrir novas maneiras de saltar.

— Espalhe várias cordas no solo.

. Vamos correr e saltar as cordas, sem pisá-las.

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. Salte cinco cordas diferentes, com um dos pés.

. Vamos saltar 5 cordas diferentes, com os dois pés?

. Fique agachado de frente para a corda. Dê um salto para frente, passando por cima da corda.

— Peça as crianças para fazerem diversas formas com a corda.

. Vamos saltar por cima da figura?

. Salte dentro e fora de sua figura.

. Use os dois pés ou um dos pés para saltar.

VAMOS SALTAR AS RODAS

— Espalhe várias rodas pelo espaço

. Vamos correr e saltar várias rodas?

. Quem consegue saltar as rodas vermelhas?

. Vamos saltar em cima da roda, sem cair.

. Experimente com um dos pés.

— Distribua as rodas em colunas.

. As crianças deverão saltar com as pernas unidas e afastadas alternadamente.

— Espalhe várias rodas pelo espaço.

. Vamos saltar de uma roda para outra, sem cair. Use um dos pés.

OBS.: Coloque mais rodas, do que crianças.

Incentive sempre a criança a descobrir novas maneiras de saltar.

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. A metade da classe fica sentada com pernas unidades e estendidas. As outras crianças deverão saltar sobre as pernas de vários companheiros. Trocar de posição.

. Modifique as posições das crianças, para o salto. Sentadas, agachadas, deitadas e etc.

. Vamos saltar as diferentes alturas. A cada 5 saltos troca-se de posição.

. Salte por cima do companheiro que muda de posição.'

agachado 4 apoio ajoelhado

— Saltar sobre o companheiro que está deitado no solo (decúbito ventral).

. Vamos saltar 5 vezes e trocar de posição.

VAMOS SALTAR OBSTÁCULOS MAIORES

— Vamos trabalhar com o companheiro.

. Experimente saltar por cima das pernas do companheiro, que está sentado, com as pernas unidas. Agora com as pernas afastadas.

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- E uma turminha, conseguem saltar juntos?

Individual

VAMOS SALTAR 0 ELÁSTICO

Vamos experimentar 2 a 2.

- Quem consegue? — Nós conseguimos. (Silvinhae Fernando)

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OUTRAS SUGESTÕES COM O ELÁSTICO

. Vamos saltar por cima do elástico e depois passar por baixo.

. Quem consegue saltar de um lado para outro do elástico?

- Vamos saltar com os pés unidos?

. Vocês conseguem com um dos pés? Experimentem.

. Coloque 3 elásticos paralelos e a certa distância um do outro.

. Vamos correr e saltar os elásticos

. Salte o primeiro, o segundo e gire, depois salte sobre o último.

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. Fique em cima do pneu. Você consegue saltar sem cair?

. Girar e saltar sobre o pneu

. Vamos saltar, dentro e em cima do pneu

— Forme um hexágono com os elásticos.

. Vamos saltar os lados da figura?

OS PNEUS USADOS, SERVEM DE OBSTÁCULOS PARA OS SALTOS.

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. Sobre o pneu salte para frente, para trás e para os lados.

— Coloque vários pneus no solo

. Corra e salte vários pneus

. Salte dentro e fora de vários pneus

. Fique em cima de um pneu. Ao meu sinal, salte 5 pneus diferentes e volte para o seu.

— Use várias alturas (pneu cortado)

SALTAR OS TACOS

. Correr e saltar os tacos que estão espalhados no solo

. Forme grupos de 5 crianças. Coloque os tacos em distâncias iguais, e estimule a crian­ça a saltar de maneira diferente.

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. Salte os arcos, colocados em fileiras. Você consegue cair com os pés afastados dentro dos dois últimos?

. Espalhe vários arcos no solo. Vamos saltar 5 arcos diferentes com um dos pés.

. Saltar ora com o pé esquerdo, ora com o direito. Veja, se és capaz.

. Salte de frente

. de lado

. com um dos pés

. com os dois pés

USE OS ARCOS

. Salte sobre os arcos, colocados em fileiras. Apoiando um pé em cada arco.

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Estimule a capacidade de saltar, através de várias situações.

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Para desenvolver estes movimentos é importante a utilização de materiais ade­quados à capacidade motora da criança, o que torna mais fácil a aprendizagem. Os principais materiais utilizados são: bexiga, pompom de lã, saquinho de areia, bola de meia, bola de borracha, bastão (pequeno), cone, argola, roda de madeira, arco.

Os principais movimentos manipulativos, utili­zados no programa de Educação Física para as crian­ças são: lançar, lançar e receber, quicar, rolar, bater e rebater e chutar.

OS MANIPULATIVOS

Movimentos básicos que envolvem o manejo ou manuseio de objetos (mãos e pés)

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— Faça um desenho de sua preferência

— Eu gosto de avião (Rodrigo — 6 anos)

ORIENTAÇÕES DE ORDEM PRATICA A SEREM OBSERVADAS

. É importante que cada criança tenha seu próprio material e trabalhe individual­mente.

. Os equipamentos grandes e leves são mais fáceis de serem manipulados, portanto de­vem ser oferecidos primeiramente às crianças menores.

. Utilizar os exercícios em duplas, trios ou pequenos grupos, somente quando as crian­ças tiverem dominio sobre o material e realizam movimentos propostos com segu­rança.

. Dar um tempo para as crianças trabalharem livremente com o material, para que possam conhecê-lo.

LANÇAR

Vários equipamentos podem ser utilizados para realizar o movimento de lançar. É importante a escolha do alvo que será utilizado e a orientação para a criança no sentido de explorar as várias formas de lançar.

. Com uma das mãos

. Com as duas mãos

. Acima da cabeça

. Abaixo da linha dos ombros

. Alvos grandes

. Alvos Pequenos.

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- Vamos mudar o material.

- Pegue o saquinho de areia. Tente acertar no seu desenho.

- Fique de costa para o desenho e tente acertar.

- Fique um pouco mais longe. Você ainda consegue?

- Qual a maior distância que você consegue acertar o saquinho

no desenho?

— Você consegue acertar o pompom dentro do desenho, que você fez?

— Fique um pouco mais longe. Será que você consegue acertar?

— Lance o pompom bem alto. Será que ele ainda pode cair dentro do desenho?

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. Vamos acertar o saco de papel com o pompom?

. Pegue a bola de jornal e tente fazê-lo passar por dentro do bambolê ou do pneu.

. Vamos derrubar a pilha de la­tas, com a bola de jornal?

— Organize grupos de 3 a 4 crianças. Cada grupo faz sua pilha de latas para fazer um pequeno jogo.

. Quem derruba as latas primeiro?

. Pneus e bambolês, são bons alvos.

VAMOS FAZER OUTROS ALVOS

— Coloque garrafas plásticas espalhadas pelo espaço. . Quem consegue acertar a garrafa com a bola de jornal?

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— Eu acertei, mas derrubei o cone. (Fernanda e Rodrigo)

. Quem conseguir, fique mais longe.

Use vários tipos de alvo, para a criança acertar. Pinte ou desenhe alvos na parede ou no chão.

— Divida a classe em 2 grupos. Faça uma linha divisória, pode ser no solo a 1 metro de altura. . Vamos lançar o pompom de lã, por cima da linha.

Use cone, pedaços de carpete, para fazer alvos.

Vamos acertar a argola no alvo? Não vale derrubar.

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Use bolas que pulam. Vamos lançar a bola na caixa, mas antes tem que bater no chão.

Para acertar os alvos use o pompom de lã, o saquinho de areia ou a bola de jornal. — Incentive a criança lançar de diferentes distâncias.

Para as crianças de 6 anos, deve-se desafiá-las a usar a mão dominante.

Caixas de papelão de vários tamanhos, também podem ser usados como alvos.

Distribua no solo, caixas de vários tamanhos. Convide e estimule as crianças a acerta­rem nas maiores e nas menores.

Alguns alvos que você pode pintar ou riscar com giz, no chão ou na parede.

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Os movimentos de lançar e pegar devem ser realizados com diferentes obje­tos, individualmente e depois em dupla.

— Vamos lançar e pegar a bola sem deixar cair.

Use as duas mãos para lançar e pegar.

. Lance o pompom bem alto e pegue bem próximo do solo. Você consegue?

. Descubra novas formas de lançar e pegar o pompom.

. Lance o pompom para o companheiro, com uma das mãos e pegue com as duas.

. Experimente fazer esta tarefa correndo.

— Vamos lançar bem alto e pegar?

. com as duas mãos

. com uma das mãos

LANÇAR E PEGAR

— Use as bexigas (balões de soprar) . Lance o balão e pegue com as duas mãos.

Lance, bata palmas e pegue com as duas mãos. . Lance o balão para bem longe, corra atrás e pegue sem deixar cair.

— Use pompom de lã.

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— Lance a argola para o alto e tente acertar a mão entre a argola.

Em seguida pegue a argola e gire no solo.

OUTROS MANIPULATIVOS

GIRAR, BATER, REBATER E CHUTAR

. Use a roda de madeira. Gire bem forte e bata palmas até parar.

Vamos todos girar as rodas ao mesmo tempo. Qual a roda que pára por último?

. Todos girando as rodas ao mesmo tempo e correndo ao redor. Não deixem as rodas pararem.

- COM O BALÃO

Distribuir um balão de soprar (bexiga) a cada criança.

. Vamos encher o balão. Agora solte o ar devagarinho, segurando o bico, com as pon­tas dos dedos.

Você consegue fazer barulho?

. Experimente fazer barulho com o ar que sai. Fique em pé e vá agachando. Continue fazendo barulho.

Use diversos objetos para lançar e pegar.

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. Rolar para frente e mudar de direção.

MOVIMENTOS COM BOLAS DE BORRACHA

As bolas de borracha oferecem uma característica especial que é a possibilidade de rebater ou seja quicar. Assim sendo alguns movimentos manipulativos só podem ser realizados, com a bola de borracha e na medida do possível devem ser incluídos em um programa de Educação Física na pré-escola. Pois servem de pré-requisito para a aprendizagem de habilidades mais complexas.

Todas as experiências de movimento, citadas anteriormente, como lançar, lançar e pegar, podem também ser realizadas com bolas. Assim sendo vamos sugerir atividades diferentes das anteriores.

QUICAR, BATER E ROLAR

. Vamos rolar a bola com ajuda das mãos?

. Estimule a criança a usar outras partes do corpo, para manter o balão no ar. Ex.: cabeça, joelho, ombro.

. Prestem atenção. Quando eu abrir a mão façam barulho com o bico do balão e quan­do eu fechar a mão não façam barulho.

Vamos experimentar?

— Com o balão amarrado.

. Batam nos balões, sem deixar cair. Use as mãos, os braços e os pés.

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. Role a bola e corra ao redor.

. Role a bola e salte por cima sem pisar.

. Role a bola e pare com a testa. Quem consegue?

— Cada criança com uma bola.

. Jogue bem forte contra o solo com as duas mãos, bata palmas enquanto a bola sobe.

. Bater a bola no lugar e em todas direções com uma das mãos.

Quem consegue saltar no lugar e bater bola?

— Coloque obstáculos no espaço, (pneus, garrafas de plástico, tacos e etc.)

. As crianças devem bater a bola, contornando os obstáculos.

. Peça para as crianças fazerem pequenos círculos no chão ou use os arcos de borra­cha (feitos de pneus).

. Bater bola dentro do arco, bem rápido. Quem consegue?

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- Coloque 2 tacos distantes um do outro, 30 a 40 cm. . Vamos ver quem consegue rolar a bola passando entre os tacos?

. Quem é capaz de bater 5 vezes com a mão direita e 5 vezes com a esquerda.

. Ao sinal do professor, troque de arco com o companheiro, sem parar de bater a bola.

- Marque uma linha no solo. Vamos ver quem sabe bater a bola bem rápido até o ponto marcado?

- Coloque vários tacos ou garrafas plásticas no solo. . As crianças devem rolar a bola, passando entre os tacos sem derrubá-los.

. Use os cabos de vassoura, para as crianças oaterem na bola. Quem consegue acertar na bola parada?

. Você é capaz de correr batendo na bola com o bastão?

. Descubra na classe quem sabe bater bem forte.

. Peça para um companheiro rolar a bola para o outro acertar.

Cada aluno, deverá rolar 5 vezes, depois trocar com o companheiro.

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OUTROS EXERCÍCIOS DE MOVIMENTOS

Vamos fortalecer os membros superiores e inferiores.

O puxar, apoiar, balançar, são movimentos agradáveis e que as crianças gostam de realizar.

Agora nós vamos puxar! Coloque o cabo de guerra no chão.

Mãos na cabeça. E atenção!

— Quando eu disser " já" , quero ver quem pega o cabo de guerra primeiro.

Pronto! Já!

— Parabéns — Vocês estão bastante ágeis.

— Agora vamos puxar.

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Fiquem sentados e vamos puxar com uma das mãos e depois com a outra.

Vejam como a Silvinha e a Fernanda conseguem puxar com as pernas.

Vocês conseguem?

Quem consegue girar a corda bem forte? Use um braço depois o outro.

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Vamos fortalecer os braços. Apoie as mãos no solo e suba na parede com as pernas. Agora experimente subir mas fique em apoio dorsal. É mais difícil.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na aplicação prática das Experiências de Movimento, além do conhecimento dos diferentes tipos de movimento, é importante que o professor conheça alguns proce­dimentos didáticos que auxiliam de maneira efetiva o bom desenvolvimento do programa.

— Observar se todas as crianças estão participando ativamente na atividade proposta e se estão tendo oportunidade suficiente.

— Colocar as crianças mais novas o mais rápido possível na atividade. — Envolver todas as crianças no programa, inclusive as com dificuldade de

execução, as acima do peso e as que estão atrasadas. Dar atenção especial para que possam superar suas dificuldades.

— Alguns jogos de Eliminar tende a colocar de fora os mais vagarosos ou menos habilidosos. Use métodos, pelos quais as crianças colocadas fora, possam retornar o mais breve possível.

— Dar à criança oportunidade para criar novas formas de movimento. Ela neces­sita de oportunidade para tentar sua própria idéia (as vezes melhor que a do Professor), resolver problema com o seu próprio movimento.

— Se a criança surge como líder, dar oportunidade para liderar, dar responsabi­lidades que possa assumir.

— A formação de grupos é um modo efetivo para o trabalho e oportunidade para o surgimento de liderança. Ambos a composição de grupo e o líder po­dem ser mudados freqüentemente, dando a criança a oportunidade para lide­rar sempre que possível.

— Na seleção de grupos usar métodos os quais não deixem crianças sem grupo. — Ensinar as crianças a cuidar do material. Tenha um sistema para retirar e

guardar, pois elas deverão fazer isto sempre que possível. — Ensine as crianças esperar pelas instruções antes de usar os equipamentos e

materiais. — Em algumas tarefas a ser realizadas pelos alunos, o professor deve explicar,

sem contudo demonstrá-la, para que a criança encontre a maneira de realizá-la com seu próprio estilo de movimento.

— A motivação pode ser conseguida através do método. Quem é capaz? e o Professor deve aproveitar os melhores executantes como exemplo.

— Quando se faz necessária a correção de algum exercício perante a classe o Pro­fessor deve:

a) Colocar as crianças sentadas de forma que todas consigam enxergar o exe­cutante.

b) Mostrar a maneira correta de executar o exercício. c) Pedir que, após a demonstração, todos experimentem realizar o exercício

corretamente.

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— O trabalho em pequenos grupos é muito importante pois dá a criança a opor­tunidade de ajudar o companheiro, observar o seu trabalho e as vezes corrigir.

— Circular entre as crianças que estão executando as experiências de movimen­to, desta forma o professor pode verificar os que estão com dificuldades e ajudá-los individualmente.

— Quando for aplicar testes, explicar o porque e a importância do teste para o desenvolvimento do trabalho.

— Estabelecer um sinal de parada para a classe ter atenção. Normalmente a ele­vação do braço acompanhado de um apito ou a voz é uma maneira efetiva.

EQUIPAMENTOS DE

BAIXO CUSTO

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EQUIPAMENTOS DE BAIXO CUSTO

Em muitas escolas o tamanho da classe e a ausência de instalações e equipamen­tos, freqüentemente causam problemas para o efetivo ensino, das experiências de movi­mento para as crianças, principalmente na pré-escola.

Nas classes muito grande, as crianças ficam muito tempo parado, pois a quanti­dade de peças não são suficiente e elas tem que ficar esperando para trabalhar. Nas classes onde existem somente uma ou duas peças, freqüentemente encontramos crian­ças agitadas, desorganizadas e muitas vezes desmotivadas.

Perdem um tempo precioso, que poderia ser aproveitado para o desenvolvimen­to do equilíbrio, locomoção e padrões manipulativos, através de jogos e atividades rítmicas.

Com a intenção de solucionar os problemas acima citados, os professores e pais devem ser estimulados a construir e desenvolver equipamentos "caseiros" de Educação F ísica.

Esta é a proposta deste capítulo, de introduzir idéias de aquisição e construção de equipamentos de baixo custo, bem como sugerir algumas atividades que podem ser praticadas pelas crianças em idade de pré-escolar e escolar.

OS EQUIPAMENTOS

Os "equipamentos" improvisados devem ser adaptados para ser usado por todas as crianças. As mudanças no tamanho, peso, forma e etc, das peças específicas dos equipamentos feitos, podem ser usados pelas crianças, mais jovens e mais velhos, maiores ou menores.

Os materiais "comprados", muitas vezes não são usados in natura. No entanto os equipamentos improvisados, podem ser especialmente adaptados para o uso das crianças com mais dificuldade. Por exemplo o pompom de lã pode ser usado pelas crianças que tem problemas de coordenação olho-mão e encontra dificuldade para lançar e pegar uma bola de borracha.

O USO DOS EQUIPAMENTOS

Os equipamentos adaptados são especialmente utilizados para as situações de movimento durante a pré-escola e os primeiros anos escolares.

As crianças devem ser encorajadas a explorar as várias qualidades do movimento ou seja, espaço, força, tempo e níveis, assim como nas experiências de locomoção, manipulação e ginástica.

Podem ser adaptados para usar nos jogos de revezamento, jogos pré-desportivos (se usados para crianças maiores) e outras experiências dos movimentos, isto contudo não quer dizer que estamos eliminando a importância do equipamento regular de Educação Física.

A combinação dos equipamentos improvisados e dos manufaturados é importan­te para a qualidade do programa de Educação Física na pré-escola.

A CONSTRUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Muitos dos itens sugeridos para os equipamentos improvisados de Educação Físi­ca, podem ser encontrados em casa.

Os professores devem solicitar às crianças que construam alguns deles, ou mesmo que consigam em suas casas.

Algumas peças simples podem ser construídas pelas crianças sozinhos ou em con­junto, com as outras áreas da escola, ou seja ciências, artes, música e professores de Educação Física.

Em caso das escolas Industriais, muitos equipamentos podem ser construídos pela própria oficina das escolas, com ajuda da comunidade ou das Associações de Pais e Mestres.

Na construção dos equipamentos o professor deve solicitar e envolver a ajuda de todos.

- BOLAS

. Material necessário

Pedaços de lã, fitas adesivas, meias, pedaços de pano, podem ser usados para fazer vários tipos de bola, para atividades manipulativas que ajudam a criança a domi­nar as habilidades manuais com a bola.

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- CONSTRUÇÃO

1) Os rolos de linha são melhores, quando são construídas de lã enrugada. Para a sua construção use 2 círculos de cartolina de 10 a 15 cm de diâmetro, com um furo de 2 a 3 cm no meio de cada um. Ponha os dois círculos de cartolina juntos e passe a lã por dentro do furo e por fora, até completar totalmente. Corte a lã entre as duas cartolinas e amarre bem firme entre os dois círculos, retire as cartolinas. Está pron­to o seu pompom de lã.

2) Bolas de jornal são feitas utilizando folhas de jornal amassados ou de revista. Amas­se bem, de acordo com tamanho desejado (vários tamanhos) e enrole bem firme uti­lizando fitas adesivas.

3) Bolas de meia são feitas utilizando pedaços de pano, de nylon ou algodão dentro de meias velhas, até atingir o tamanho desejado. Coloque o suficiente para que a bola fique bem firme. Costure o final da meia.

MANGUEIRA DE JARDIM

Material necessário:

Pedaços de mangueira de jardim ou adquiridos em lojas de ferragens. Um pedaço de madeira pequeno ou outro material que sirva para emendar as extremidades, mesmo fita adesiva ou esparadrapo.

CONSTRUÇÃO

1) Empunhaduras para cordas de salto, podem ser feitas de mangueiras, usando peda­ços de 10a 12 cm. Dê um nó acerca de 15 cm do fim da corda, e introduza a man­gueira nas extremidades e dê o segundo nó no fim da corda, de tal forma que fique bem firme.

2) Anéis de arremesso — podem ser construídos cortando pedaços de mangueira com 50 a 60 cm. Uma das extremidades introduzindo na mangueira, material de união (madeira, por exemplo) em seguida passe fita adesiva no ponto de união.

3) Cabo de guerra para duplas, podem ser construídos usando mangueiras para a em­punhadura, nas cordas de sisal ou nylon. Para as cordas individuais, use 3,50 m de corda, introduzindo cerca de 30 a 40 cm de mangueira na extremidade e dê um nó para ficar bem firme.

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OBJETIVOS

— Desenvolver vários aspectos das condições físicas, tais como: flexibilidade, agilidade e força.

— Desenvolver a coordenação olho-mão e olho-pé. — Desenvolver vários ritmos e as noções de espaço e tempo.

OBJETIVOS

- Desenvolver a coordenação olho-mão e olho-pé em variabilidade de lançar, pegar e saltar.

- Desenvolver a força dinâmica de braços, tronco e pernas. - Desenvolver a agilidade e o tempo de reação.

- Desenvolver a cooperação, em duplas ou equipe.

CABOS DE VASSOURA

Adquirir:

Os cabos de vassouras quebradas ou os esfregões, podem ser coletados em casas, escolas, indústrias, e são usados para várias atividades de Educação Física.

CONSTRUÇÃO

1) Para atividades de bater, deixe a vassoura intacta e use a cabeça como local de ba­tida.

2) Para atividades com bastões, corte a cabeça da vassoura ou do esfregão, deixando-a com 1,00 a 1,20 m de comprimento.

3) Para atividades com os bastões manuais, corte o cabo de vassoura deixando de 20 a 30 cm de comprimento.

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PNEUS DE AUTOMÓVEL

Adquirir:

Pneus velhos, podem ser obtidos em qualquer borracharia ou lojas de pneus.

CONSTRUÇÃO

1) O pneu pode ser usado na sua forma original, como pode ser pintado de várias cores.

2) Obstáculos de pneus, podem ser construídos cortando o pneu pela metade, obten­do, desta forma duas barreiras ou alvos. Ainda pode ser cortado em 3 ou 4 partes.

3) Arcos de borracha, podem ser obtidos, cortando o aro interno do pneu. Obtêm-se dois arcos de borracha de cada pneu.

OBJETIVOS

— Ajuda a criança a desenvolver a noção de espaço e coordenação dinâmica. — Ajuda a criança a desenvolver o equilíbrio. — Desenvolver a coordenação olho-mão. — Desenvolver as habilidades manipulativas.

AMOSTRAS DE CARPETES

Adquirir:

Pedaços de carpetes, podem ser em lojas que vendem o referido material.

CONSTRUÇÃO

Os pedaços de carpetes, podem ser usados para construir quadrados ou retângu-los de 30 a 40 cm, dependendo do tamanho da peça obtida.

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OBJETIVOS:

— Ajuda a criança a desenvolver a força de braços e ombros (força de apoio). — Ajuda a criança a desenvolver o equilíbrio. — Ajuda a criança a desenvolver a coordenação.

BLOCOS DE MADEIRA:

Adquirir:

Os blocos de madeira de vários tamanhos, podem ser adquiridos em depósitos de madeiras, construções e serrarias.

CONSTRUÇÃO:

Os blocos de madeira devem ter aproximadamente 30 x 10 cm ou 35 x 10 cm. Eles podem ser pintados em várias cores.

OBJETIVOS:

— Desenvolvem o equilíbrio. — Desenvolvem a percepção de espaço. — Desenvolvem habilidades de locomoção.

RODAS

Adquirir:

Pedaços de madeiras, duratex e papelão, podem ser usados para fazer vários tipos de rodas para as atividades manipulativas e de locomoção.

CONSTRUÇÃO:

1) As rodas de madeiras ou duratex, podem ser construídas com 30 cm de diâmetro aproximadamente. Podem ser pintadas de várias cores, como também com números e letras.

2) O papelão também pode ser usado para construção de rodas. Recorte, rodas de 30 cm de diâmetro e cole 2 peças firmemente, (um sobre a outra) fazendo assim uma roda, bastante resistente. Pinte de várias cores ou com números e letras.

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As rodas numeradas e com letras ajudam as crianças a distinguirem os números e as letras.

— Vamos saltar as rodas que tem o nº 7.

- Sente na roda mais próxima.

SAQUINHO

Adquirir:

Use pedaços velhos de pano grosso, feltro, couro e algodão cru. É importante que o material utilizado seja bastante resistente.

CONSTRUÇÃO:

Corte o material em forma de letra, numero quadrado, retângulo e etc. Costure os lados e introduza areia ou outro tipo de grão. Construa os saquinhos de várias cores.

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O elástico não oferece perigo às crianças.

— Vamos, saltem as cordas.

Não há construção especial envolvida na confecção da "corda elástica" uma vez que utilizamos o elástico. Nas suas extremidades faça uma empunhadura dobrando cerca de 20 cm e dando um nó bem firme. Corte o elástico cerca de 4 metros.

OBJETIVOS:

— Desenvolver a agilidade, coordenação muscular e resistência. — Desenvolver a coordenação olho-mão e olho-pé. — Desenvolver a percepção do ritmo e a melhoria do ajuste motor na criança. — Estimular a criatividade usando a corda através da formação da figura, letras

e números.

As cordas podem ser manipula­das de várias maneiras.

CORDAS

Adquirir:

As cordas elásticas podem ser adquiridas em lojas de esporte. A corda individual feita de sisal, nylon ou algodão, podem ser encontradas em lojas de ferragens.

Adquira elástico de 2 cm de largura.

CONSTRUÇÃO

1) Corda de saltar pequena de sisal, deve ter em média 2 m de comprimento. Envolva as duas extremidades com fita adesiva para evitar que desfie.

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ÁREAS MARCADAS NO SOLO OU PAREDES

Adquirir:

As substâncias usadas para marcar o solo ou paredes podem ser obtidas nas lojas de ferragens, tintas ou mercados. O tipo de solo e o tempo de permanência vai deter­minar o material usado.

CONSTRUÇÃO:

Os seguintes materiais, podem ser usados para marcar o solo ou as paredes.

. Tinta

. Fita adesiva

. Giz.

GARRAFAS PLÁSTICAS

Material necessário:

Garrafas plásticas de vários tamanhos e formas podem ser utilizados na aula de Educação Física de várias formas. Garrafas de 1/4 de litro, meio litro, galão podem ser adquiridos em casa ou em outros locais.

CONSTRUÇÃO:

— As garrafas de plástico podem ser usadas em várias situações e a sua constru­ção sendo simples, faremos uma breve descrição do processo que será apresentado pelas ilustrações.

Alvos de pontaria, marcas de gool, ou marcas de obstáculos podem ser feitos, colocando cerca de 2 xícaras de areia dentro das garrafas, (desde que feche bem a boca da garrafa) então pinte vários números ou diferentes símbolos para diferentes ativi­dades.

— As garrafas de plástico, também podem ser usadas como "pino de boliche". Os números podem ser pintados ou desenhados em papel e colados.

— Cones de arremesso, podem ser feitos cortando o fim e/ou uma parte do lado das garrafas de plástico ou garrafão.

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OBJETIVOS:

— Propiciar a exercitação da coordenação olho-mão e olho-pé. — Propiciar a exercitação da coordenação grossa e agilidade. — Propiciar a exercitação da coordenação fina.

Material necessário:

Latas usadas, de vários tamanhos e formas, de casa ou outros locais, podem ser usadas para muitas experiências de movimentos na Educação Física.

CONSTRUÇÃO:

1) Quando usada para revezamento ou alvos empilhados, não há necessidade de cons­trução especial, exceto tampar, como medida de segurança, as ranhuras existentes ao redor da boca. Isto pode ser feito utilizando fita adesiva. Para efeitos decorativos as latas podem ser pintadas de várias cores.

2) As pernas de latas, podem ser construídas utilizando latas de 1/2 ou 1 litro. Faça 2 furos e passe um arame ou barbante forte; amarrando as pontas no interior. Provi­dencie 2 latas para cada criança.

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10. LANGRACE, G. EDUCACIÓN PSICOMOTRIZ, Barcelona: Editorial Fontenella, 1976.

11. LAWTHER, J. D. APRENDIZAJE DE LAS HABILIDADES MOTRICES. Buenos Aires, Editorial Paidos, 1978.

12. LE BOULCH, J. LA EDUCACIÓN POR EL MOVIMENTO. Buenos Aires, Editorial Paidos, 1975.

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BIBLIOGRAFIA

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DADOS DO AUTOR

NOME: Mauro Antônio Guiselini

. Formado em Educação Física pela Universidade de São Paulo

. Estágio na Arizona State University

. Mestrado em Educação Física na Universidade de São Paulo

. Professor de Educação Física Infantil da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo.

. Professor de Educação Física Infantil da Faculdade Integrada de Educação Física e Técnicas Desportivas de

.

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