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Visão O Instituto Belém pretende ser uma instituição de ensino superior associada à visão afetiva e comprometida da nossa igreja que se esforça para proclamar uma men-sagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras para auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres eq-uipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda raça, tribo, língua, povo e nação.

Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento in-telectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que desejamos compartilhar com todos.

AutoresRode Duarte &

Moisés Carneiro

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Proibida a comercializaçãoAplicação no estudo deste livro Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es-tudar este livro e extrair o máximo possível de proveito. Ao pensar nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis.Seja Motivado Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque-les que se mantiveram motivados até o final.

Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes-quisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno-vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso. “Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas

Seja Organizado e Disciplinado a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter um maior proveito do assunto em pauta. b) Estude em lugares reservados. c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode perder sua concentração no estudo. d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a ser estudada, como por exemplo:

• Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer-entes.• Dicionários.• Concordância Bíblica.

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Proibida a comercialização• Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição.• Lápis e bloco para anotações.

e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo menos 1 hora por dia para fazer isso.

f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem dúvidas.

g) Responda aos questionários assim que terminar de es-tudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente.

h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos voltados à matéria estudada em cada mês.

i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi-carão cada vez mais abalizados no aprendizado.

Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor ines-timável para você, desde que procure segui-los conforme se seg-uem.

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Índice

Introdução

Lição 1Josué, Juízes e Rute............................................................................06

Lição 2I e II Samuel, e I Reis.........................................................................25

Lição 3I Reis, I e II Crônicas.........................................................................40

Lição 4Esdras, Neemias e Ester.....................................................................60

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Livro de Josué, Juízes e Rute

Josué Autoria do livro - Não há dúvidas quanto a autoria do livro que leva seu próprio nome, a não ser pela menção:• Das liberações tomadas em Siquém em referência a lei de Deus – cap. 23-26.• Os finais que foram escritos depois da morte de Josué, de Eleazar e dos homens daquela geração.• Pode-se compreender facilmente que a conquista de He-brom, Debir e Anabe levada à efeito por Calebe – cap.15:13-20, somente poderia acontecer após a morte de Josué.• Também a cidade de zefate, chamada de Hormã no cap.12:14 se efetuou após a morte de Josué – Jz.1:17.• E a migração dos danitas se deu nos tempos dos juízes reg-istrada no cap.19:47 Estas são as justificativas para compreendermos que este livro pode ter sido escrito por Josué quanto aos acontecimentos de seu tempo e transcrito por alguém após sua morte que acrescen-tou o desfecho de algumas histórias. Josué significa - Jeová é salvação. - Filho de Num, da tribo de Efraim, filho de José – I cr.7:20-27. Tema principal: a conquista e a divisão da terra de Canaã.Com o livro de Josué começa a II divisão do Antigo Testamento:1ª Divisão - Pentateuco 2ª Divisão - Livros históricos Está colocado logo após Deuteronômios nas escrituras he-braicas e contém a continuação da história de Israel, depois da morte de Moisés. Por essa razão relaciona-se mais com os livros anteriores do que com os posteriores. Pode ser dividido em 3 partes:

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1. A conquista de Canaã, Cap.1-12, incluindo:• Trabalhos preparatórios à passagem do Jordão - cap.1-4:18 A travessia do Jordão foi como um grande desafio para Josué, após a morte de Moises e pode nos trazer um grande significado, tanto para a vida cristã, como para a ministerial. Mostra o mo-mento que Josué deixa de ser auxiliar para tornar-se líder, como companheiro de Moises, portou –se como tal, veja: Js. 1:1 Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, falou o Sen-hor a Josué, filho de Num servidor de Moisés, dizendo:Js. 24:29 Depois destas coisas Josué, filho de Num servo do Sen-hor, morreu, tendo cento e dez anos de idade.• Estabelecimento do campo e celebração da Páscoa – cap.4:19 – 5:12Com 12 pedras uma coluna foi levantada em Gilgal, como memo-rial para a geração futura do gigantesco livramento que o Senhor havia dado a Israel e também circuncidou todos os filhos de Israel, pois o povo que nascera no deserto não havia sido circuncidado. No 4º dia após a passagem do Jordão, o primeiro ato deles foi a celebração da Páscoa (4:19; 5:10). No dia seguinte, após comerem da novidade da terra cessou o Maná.• A tomada de Jericó e de Ai, a confirmação do pacto no monte Hebal e o tratado com Gabaonitas – cap.5:13- 9A uns 10 km do Jordão ficava Jericó. Guiados pela Arca do Sen-hor, as buzinas soando, rodearam a cidade durante 7 dias; no 7º dia com o sonido das buzinas e com o grito do povo os muros caíram. Todos foram mortos até os animais, porém a prostituta Raabe e a família de seu pai, foram conservadas com vida.Uma profecia é pronunciada para quem reconstruísse os muros, pagará com a vida dos filhos. Da mesma maneira que Jericó foi destruída, Ai também foi tomada agora com direito ao despojo. Israel esqueceu de bus-car ao Senhor e foram enganados pelos Gibeonitas, fazendo pacto com eles, mas todos os demais povos foram derrotados por Josué.

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• As campanhas ao norte e ao sul – cap. 10-11Ao sul, Josué fez o mesmo que havia feito ao rei de Jericó. Destru-iu todos os reis, desde a região montanhosa, as Campinas, as descidas das águas e a todos os reis desde Cades-Barneia ate Gaza, como também toda a terra de Gosem até Gibeom.(10:42) E de uma só vez tomou Josué todos esses reis e a sua terra, porquanto o Senhor, o Deus de Israel, pelejava por Israel.Assim como o sul os reis do Norte se juntaram e foram igualmente derrotados diante de Israel, nada sobrou com vida.• Relação sumária das conquistas cap.12Foram ao todo 31 reis, derrotados. De um modo geral, a região toda foi conquistada, (10:40; 11:23; 21:43), ficaram apenas peque-nos grupos de cananeus que mais tarde, depois de morto Josué perturbaram a Israel. Também ficaram por conquistar as regiões dos filisteus, dos Sidônios e do Líbano.2. Distribuição da terra de Canaã. Cap.13-22; incluindo:• Discrição da terra ainda não repartida - cap.13Josué reparte por ordem do Senhor a terra aos filhos de Israel e o Senhor se encarrega de destruir todos os povos de diante dos filhos de Israel.• Distribuição das cidades de refúgio e das cidades destinadas aos levitas – cap.24-31Os filhos de Levi não receberam herança, eles teriam os sacrifí-cios queimados do Senhor.• As terras de Rubem, Gade e a meia tribo de Manasses edificaram um altar e foram mal interpretados – cap.22Os Israelitas julgaram ser ameaça de divisão do reino. Este engano foi prontamente desfeito e o altar foi chamado o altar do “teste-munho”.

3. Despedida e morte de Josué –cap.23-24Josué soube bem usar livros:• Recebeu a lei escrita de Moisés (Dt.31),

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Proibida a comercialização• Leu para o povo o livro de Moisés (8:32). • Escreveu seu próprio livro (24:26),• Fez com que a região fosse descrita em livro (18:9). • Citou o livro dos justos (10:13), provavelmente uma coletânea de cânticos sacros. A mensagem de despedida, advertência, cuidado com a comunhão com Deus! Descansado de seus inimigos e com seus dias avançados, Josué chama a todo o Israel, os anciãos, as suas cabeças, os seus juizes, os seus oficiais e começa seu discurso. Primeiramente, dando um relatório de sua administração na divisão da terra conquistada (23:4), advertindo o povo a guard-ar tudo o que está escrito no livro da lei de Moisés, não se misturar com o povo que ainda restava na terra, não servir a seus deuses nem mesmo fazer menção do nome de seus deuses, não os invo-car nos juramentos, nem se inclinarem a eles. Pois a idolatria é a causa das opressões, servidões e cativei-ros. Israel é lembrado sobre as maravilhas operadas por Deus, desde a saída de Terá, pai de Abraão de Ur dos Caldeus, à peregri-nação no deserto, à passagem do Mar Vermelho e como Deus os livrou com mão forte das garras de Faraó. Josué faz um sermão, estimulando-os os à fé e a servirem ao Senhor de todo o coração, dizendo: “um só homem perseguirá mil” (23:10) e culmina fazen-do a mais nobre profissão de Fé e de compromisso com Deus,“eu e a minha casa serviremos ao senhor!” Uma lição prática do livro de Josué – a certeza do cumpri-mento dos propósitos divinos. Vemos neste livro antes de todo o desfecho da história, como Deus mostra sua fidelidade. No final desse livro, o registro do túmulo de Josué (24:29), logo após o de José (24:32)e finalmente o de Eleazar, filho de Arão(24:33), homens que lutaram e gastaram suas vidas pelo povo de Israel, foram colocados mesmo depois de mortos na her-

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ança que prometera o Senhor Deus.

A seguir uma analogia do livro de Josué: Canaã – um tipo de vida cristã mais elevada, que deve ser ganha através da luta espiritual, rom. 7:23 Os Cananeus, um tipo de nossos inimigos espirituais, Ef. 6:12 A luta de Israel, um tipo da luta da fé, I Tm. 6:12 O descanso de Israel após a conquista (Js11: 23), um tipo do descanso da alma, Hb4: 9 Os Cananeus parcialmente subjugados, um tipo do peca-do persistente ainda não conquistado, Hb12: 1

Dados sobre o (homem Josué)• Dirigiu o ataque dos israelitas contra os amalequitas em Refidim – Ex.17:8-16• Esteve com Moisés no monte Sinai• Foi ele que ouviu o tumulto do povo quando foi fabricado o bezerro de ouro - Ex.24:13; 32:17-18• Participou ativamente da história do povo de Israel.• Ministrava ao lado de Moisés quando foi levantado o primeiro tabernáculo no deserto – Ex.33:11• Como príncipe de Efraim fez parte dos 12 espias enviados a reconhecer a terra de Canaã – Nm. 13:8; 14:6-9.• Por causa de sua opinião escaparam de ser apedrejado• Por sua fidelidade a Deus foi conservado em vida juntamente com Calebe até entrarem em Canaã 30:38• Foi nomeado por Moisés, como seu sucessor no fim de 40 anos de peregrinação, mostrando ainda força e determinação.• Josué morre cerca de 25 anos após a morte de Moises, com 110 anos de idade (Js.24:29), aproximadamente em 1400 a.C.

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O Livro dos Juizes

Autor desconhecido; porém, a tradição atribui esses escri-tos a Samuel. II livro do grupo dos históricos dá continuidade à narrati-va da história de Israel após a morte de Josué e relata o período da história em que o governo era exercido por juizes por não haver ainda rei em Israel. Em hebraico juizes lê-se “shofetim”. É chamado de juizes os vários personagens que Deus levantou para libertar ou julgar a Israel. Js. 2:16 - Mas o Senhor suscitou juizes, que os livraram da mão dos que os despojavam. Tema principal do livro: A história de Israel durante o tempo dos quatorze juizes. O livro descreve uma série de quedas do povo de Deus na idolatria, seguidas por invasões da Terra Prometida e servidões a seus inimigos, registrando assim, três grupos de 7:• Sete apostasias• Sete opressões pelas nações pagãs (alguns estudos falam sobre 6 apostasias e 1 guerra civil)• Sete livramentos A data de composição do livro não pode ser dada com precisão. Não podemos imaginar o quanto o povo estava servindo a Deus exteriormente, nem por quanto tempo, mas com o estudo das datas, fica claro que foi um período grande de tempo. É incerta a duração exata do período dos juízes. Os anos de opressão, 111 e os governos dos juízes, com os períodos de des-canso 299, somam 410. Porém há certas discordâncias em relação ao tempo, pois Jefté que viveu perto do fim do período, fala deste tempo como sendo de 300 anos; mais ou menos de 1400-1100 a.C.Do êxodo a Salomão, incluindo também o período do deserto, de

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Eli, Samuel, Saul e Davi, são 480 anos. I reis 6:1 - Sucedeu, pois, que no ano quatrocentos e oiten-ta depois de saírem os filhos de Israel da terra do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de zive, que é o segundo mês, começou-se a edificar a casa do Senhor. Dá-nos a entender que os acontecimentos registrados neste livro ocorreram num período de quatro séculos, aproxi-madamente. Atos 13:17 - O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e exaltou o povo, sendo eles estrangeiros na terra do Egito, de onde os tirou com braço poderoso, 18 e suportou-lhes os maus costumes no deserto por es-paço de quase quarenta anos; 19 e, havendo destruído as sete nações na terra de Canaã, deu-lhes o território delas por herança durante cerca de quatro-centos e cinqüenta anos. 20 Depois disto, deu-lhes juízes até o profeta Samuel. A narrativa ressalta o lado obscuro do panorama históri-co, pois tem como centro a personalidade dos juízes e quando se estuda a personalidade de pessoas, embora tendo qualidades, logo encontramos falhas e se tratando dos juízes ou qualquer homem usado por Deus em qualquer tempo, ocorre o mesmo, porque Deus usa homens falhos e frágeis, isto é, falíveis, para fazer sua obra. Mas, o livro de Hebreus, trás para nós uma lista de no-mes denominados “Heróis da Fé”, sendo quatro deles (Baraque, Gideão, Jefté e Sansão), juízes deste período. Foram assim denominados pois, apesar de suas falhas fiz-eram a obra de Deus com fé e pela fé, muitos trabalharam e troux-eram a nação à presença de Deus no momento que não tinham nada a seu favor, a não ser a sua fé! Fé que faz a diferença e trás mudanças nas nações. O livro de juízes pode ser dividido em 3 partes:I – Introdução – período após a morte de Josué.

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• Posse das terras de Canaã.Js. 15:21 – as tribos de Israel tomam posse da terra que lhes havia sido repartidas por sorte e lista ainda as cidades em poder dos Cananeus. Josué havia destruído com-pletamente os Cananeus em algumas regiões e sujeitou outras.Js. 10:40, 43; 11:23; 13:2-7; 21:43-45; 23:4; 24:18.• Cidades em poder dos Cananeus. Jz 1:2-5 – após a morte de Josué, ficaram na terra um número considerável de Cananeus. Jz. 1:28, 29, 30, 32, 33, 35. Os Cananeus que sobraram vivos na terra foram sujeitos a trabalhos forçados. Efraim não expulsou os moradores de Gezer. Zebulom, não expulsou os de Quitrom, nem os de Naalol. Aser não expulsou os de Aco, nem os de Sidom, nem os de Alabe, nem os de Aczibe, nem os de Helba, nem os de Afeca, nem os de Reobe. Naftali, não expulsou os de Bete-Semes e os de Bete-Anate. Dã foi impelido até a região montanhosa e nem pôde descer ao Vale. Os Amorreus não desocuparam a terra, porém a mão da casa de José prevaleceu sobre eles e lhes foram sujeitos.• Guerra de conquista s/ extermínio completo do inimigo. Heveus – tribo que habitava a parte setentrional da terra prometida, ao pé do Monte Hermon, no alto Líbano Js.11:3. Havia uma parte dessa tribo que habitava no centro de Canaã.Os heveus do norte não foram completamente expulsos com a conquista de Canaã, cujo limite era o rio do Egito até o Eufrates, fato que ja-mais se realizou. Cananeus – Povo que deu nome à terra de Canaã, contudo quando Israel entrou nas terras, os Cananeus habitavam em duas faixas de terra; uma no vale do Jordão outra junto ao Mediterrâ-neo. Js.11:3 – “ aos cananeus do oriente e do ocidente”, Girgaseus – tribo que estava situada entre os Cananeus e os Jebuseus uma das menores da terra. Js.24:11. Jebuseus – estavam situados na parte montanhosa que ro-

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deava a cidade de Jerusalém, cidade que pertencia a esta tribo. Jerusalém é chamada de Jebus Js. 15:63; 18:28. Heteus – tribo dos heteus, ou filhos de Heteu ou Hate hab-itavam entre os Amorreus na montanha Nm. 13:29. Nos tempos de Abraão eram donos de Hebrom. Gn. 23:19. Mais tarde foram habitar nos montes de Canaã. Perizeus – tribo dos perizeus, parece que habitava em mais de um local em Canaã. Seu nome significa habitantes da planície. Terra onde aconteceu a contenda entre os pastores de Abraão e Ló. Gn. 13:7. Isto nos indica sua localização entre Betel e Ai. Nos dias de Jacó a referência os localiza nas proximidades de Siquém Gn. 34:30. Alem destas tribos que ocupavam a terra de Canaã, quan-do Josué atravessou o Jordão havia outros povos em redor, ou seja, fora dos limites de Canaã como os Hamatitas, Amonitas, filisteus e outros povos que são mencionados como inimigos de Israel, não como tribos. Dentre estes povos aparecem também os Anaquins, filhos de Anaque, raças de Gigantes descendentes de Arba, fundador de Hebrom.Js. 21:11; Nm. 13:33. Os israelitas jamais tomaram posse do extremo oriental, cujos limites estão nas margens do rio Eufrates. Js. 1:4. 4 Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.

II – história dos juizes, de Josué até Sansão.

I Servidão à Mesopotâmia--------------juiz Otniel – cap.3:7-9Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia escravizou Israel durante 8 anos. Deus levanta Otniel como juiz e libertador, seu nome sig-nifica “Leão de Deus”, filho de Quenaz, irmão mais moço de Calebe, julgou Israel e saiu à peleja cheio do Espírito do Senhor

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e prevaleceu contra Cusã-Risataim. E a terra ficou sossegada por 40 anos.II Servidão à Moabe------------juiz Eude e Sangar – cap.3:12-31 Eude, nome de um canhoto descendente de Gera, Ben-jamita, seu nome significa “leão de Deus” foi o libertador do povo das mãos de Eglom, rei de Moabe que havia 20 anos escravizava Israel, cobrando lhe tributos. Com a finalidade de levar o pagamento do tributo à Eg-lom, Eude usa de uma estratégia e mata-o sem deixar suspeitas, desce as montanhas e mata naquele dia dez mil homens e assim foram subjugados os moabitas debaixo das mãos de Israel e houve paz na terra durante oitenta anos. Sangar homem mui corajoso, filho de Anate. Viveu nos tempos em que por causa da opressão dos inimigos não se tril-havam os caminhos, iam por atalhos desviados. Neste atalho ma-tou seiscentos filisteus com uma aguilhada de bois. Foi também defensor de Israel.III Servidão à Jabim e Sísera----- Juiz – Débora e Baraque – cap 4:1-23 Débora mulher de Lapidote, profetisa, julgava a Israel de-baixo de uma palmeira entre Ramá e Betel, no monte de Efraim, seu nome significa “abelha”. Baraque, israelita da cidade de Quedes-Naftali, filho de Abionão, seu nome significa “relâmpago”. Por ordem de Débora, sobe ao monte Tabor e leva consigo dez mil homens dos filhos de Naftali e de Zebulom para lutar contra Sísera, general-chefe das forças de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor, possuía novecentos carros de ferro e por 20 anos oprimia a Israel. Porém com grande poder, Deus entregou Jabim e Sísera em suas mãos e a terra teve sossego por 40 anos.• IV servidão aos Midianitas ------------ Juiz – Gideão – cap 6-7 Gideão, um dos filhos de Joás, da família de Ezri, da tribo de Manassés que habitava em Ofra perto do monte Girizim. Seu

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nome significa “derrubador”. Foi visitado pelo Anjo do Senhor e designado para libertar os israelitas da tirania dos midianitas que os oprimiam havia 7 anos. Primeiramente derrubou o altar de Baal na casa de seu pai e cortou o bosque que havia ao redor dele. Por causa deste ato os adoradores de Baal pedem sua morte e mudam seu nome para Jerubaal, que significa “Baal que se vingue”. O combate decisivo deu-se nas planícies de Jezrael, com a vitória sobre os dois príncipes Orebe e Zeebe, juntamente com os dois reis de Midiã, Zeba e Salmuna. Depois desta batalha a terra teve sossego por 40 anos. Este dia foi conhecido como “o dia de Midiã” ou “estrago de Midiã no penhasco de Orebe” Is. 9:4 - Porque tu quebraste o jugo da sua carga e o bor-dão do seu ombro, que é o cetro do seu opressor, como no dia de Midiã.Is10: 26- E o Senhor dos exércitos suscitará contra ela um flagelo, como a matança de Midiã junto à rocha de Orebe; e a sua vara se estenderá sobre o mar, e ele a levantará como no Egito.

• V Servidão ou Guerra Civil----------------Juiz – Abimeleque, Tola, Jair – cap 8:33. Podemos considerar este período mais como uma guerra civil que uma servidão. Após a morte de Gideão, houve entre seus 70 filhos legítimos com o filho de uma concubina que habitava em Siquém um grande desentendimento e isto resultou numa grande matança, o seu filho menor foge, porém os demais são mortos por Abimeleque. Depois de conhecermos a história de Abimeleque, entendemos porque este período pode ser chamado de Guerra Civil e o quanto o povo de Israel sofreu por causa da euforia de homens despreparados e brutais assumindo o poder. Abimeleque - filho de Gideão com uma concubina, seu nome significa “pai do rei”, natural de Siquém. Em menos de 3

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anos seu reinado começa a vacilar. Gaal formou uma conspiração contra ele, porém, foi derrotado e lançado fora da cidade. Sitiando Tebes, Abimeleque sofreu um grave ferimento na cabeça feito por uma mulher e para não morrer vítima de um ferimento feito por uma mulher, preferiu que seu escudeiro, lhe cravasse uma espada em seu peito. Jz.9:1-57. Tola – filho de Puva, da tribo de Issacar, julgou a Israel por 23 anos. Morou em Samir, morreu e foi sepultado no monte de Efraim. Jz. 19:1-2. Seu nome significa “verme escarlate”. Jair – seu nome significa “ele levanta” ou “ele ilumina”. Homem de Gileade julgou a Israel por 22 anos. Tinha 30 filhos que eram príncipes em 30 cidades na terra de Gileade, chamada Havote-Jair. Jz 10:3-5, dando-nos a entender que era um homem de domínio. Não temos maiores informações sobre a vida particular ou a qualidade de serviço prestado por Tola e Jair a favor do povo de Israel, mas dá para entendermos que não deve ter sido nada fácil consertar o estrago feito por Abimeleque.

• VI Servidão aos filisteus e amonitas---- Juiz – Jefté, Ibsã, Elom e Abdom – cap10-12

Jefté – seu nome significa “libertador”, julgou a Israel por 6 anos. O profeta Samuel citou seu nome como um dos heróis fiéis a Deus, libertador do seu povo nos dias do cativeiro( I Sm. 12:11).Os amonitas invadiram as terras de Israel e sujeitaram seus habit-antes por 18 anos. Jefté, sendo expulso de casa se refugia em Tobe e alguns homens juntam-se a ele e o fazem capitão, formando assim um exército e por causa de sua valentia, os príncipes de Gileade, que o haviam expulsado, viram-se obrigados a implorar seu auxilio, di-zendo: “vem e sê nosso príncipe para combateres contra os filhos

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de Amom”, assim jefté foi mediador entre Israel e o rei de Amom. No decorrer da peleja Jefté fez um voto a Deus e teve grande êxito. Jz11: 35,36 e Lv. 27:1-8.Ibsã – seu nome significa flagrante, tribo de Issacar, da família de Tola. Elom – seu nome significa “carvalho”, da tribo de Zebu-lom, julgou a Israel por 10 anos, sendo sepultado em Zebulom.Jz 12:11-12. Em algumas passagens seu nome ganha a fonética de Aialom. Abdom – seu nome significa servil, filho de Ieel, da tribo de Efraim julgou Israel por 8 anos. Teve 40 filhos e 30 netos, todos montavam em potros, sinal de alta categoria num tempo em que Israel ainda nem possuía cavalos. Morreu e foi sepultado no lugar de seu nascimento. Jz.12:13-15.

• VII Servidão aos filisteus ------------ Juiz – Sansão – cap 13-16 Sansão – seu nome significa radioso, ou pequeno sol, destruidor, um dos mais iminentes juízes de Israel, filho de Manoá da tribo de Dã, natural de Zorá. Seu nascimento e mis-são como libertador foi anunciado por um anjo. Enquanto guar-dou-se no regime estabelecido por Deus, possuía força para feitos extraordinários contra os filisteus. Os homens de Judá o recon-heceram com libertador, porém, a paixão foi o ponto fraco de seu caráter e assim foi levado a ruína, seus cabelos cortados e sua força se foi, porém crescendo o cabelo, Sansão ora a Deus e pede-lhe sua força novamente para vingar-se de seus inimigos e Deus lhe concede. Abraçando-se com duas colunas, mata três mil pessoas com todos os seus príncipes. Sansão possuía uma força sobrenatural, sempre que era assistido pelo Espírito de Deus. Não eram os cabelos a sua base, mas sim uma prova material de que ele se achava em comunhão com Deus e que em seu nome agia. Consentindo no corte de ca-belo quebrou os votos. Sua extraordinária força servia de prova

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aos homens de Judá de que ele havia sido chamado por Deus para livrá-los de seus inimigos e patentear aos filisteus a superioridade de um servo de Jeová.III. O período de confusão e anarquia, caps. 17-21.Trata-se de um período sem governo onde várias coisas acon-teceram. O território atribuído aos Danitas incluía a planície dos filisteus, a qual não puderam conquistar, desejando um melhor espaço, parte da tribo, com um ídolo furtado, migrou para o norte distante e fixou-se perto das cabeceiras do Jordão. Num ato de justiça cruel, por um crime indescritivelmente hor-rível, resultou o quase desaparecimento da tribo de benjamim en-vergonhando os benjamitas. Cap.19,20,21 Embora fatos estranhos tenham acontecido neste período, tanto na história quanto na vida de seus protagonistas podemos encontrar 4 juízes (Baraque, Gideão, Jefté e Sansão) mencionados na galeria dos heróis da fé em Hb.11e também tirar deste livro lições práticas para a nossa vida:

• A oração se converte num verdadeiro clamor a Deus.• O fracasso humano é iminente em cada vida.• Misericórdia segue aqueles que buscam a Deus.• Deus está sempre pronto para nos libertar de nossos opressores.

Rute Autor desconhecido. Segundo a tradição judaica, o profeta Samuel é o autor deste livro, porque, além de conhecedor profun-do dos costumes do povo foi Juiz em Israel. Após a turbulência do livro dos juízes, chega esta como calmaria depois da tempestade. É um retrato encantador da vida doméstica em tempos de anar-quia e aflição. As primeiras palavras deste livro indicam ser este um suplemento do livro dos juízes e as últimas palavras dão a en-

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tender que seu principal alvo é destacar a genealogia do messias. Os acontecimentos narrados neste livro deram-se nos tempos dos juízes (Rt.1:1), isto quer dizer 60 anos ou mais antes do rei Davi nascer (Rt. 4:21-22) e mil anos após Abraão ter sido chamado por Deus para fundar uma nação, com o propósito de um dia trazer o salvador para a humanidade. Neste livro temos a constituição desta família dentro desta nação que traria o salva-dor. O livro de Rute foi considerado um livro à parte, porém foi canonizado, pelo seu valor tradicional, pois era lido em reuniões festivas, como: festas da colheita ou pentecostes já que o livro trata deste assunto. É um dos dois livros da Bíblia em que uma mulher é a personagem principal - Rute, uma moabita, fora da promessa Abraâmica que se casou com um hebreu, torna-se parte integrante da família Davídica, participando da árvore genealógica de nosso senhor Jesus Cristo. “Rute representa um oásis no deserto social de Israel”. Tema do livro: Como a vida de uma jovem moabita foi enriquecida. Propósito do livro: Como uma mulher gentia se converteu em um dos antepassados de Cristo:• Por meio da constância e de uma sábia eleição, 1:16.• Por meio de um trabalho humilde, 2:2-3.• Ao aceitar o conselho de uma amiga mais idosa, 3:1-5.• Por meio de uma aliança providencial, 4:10-11.• Por sua exaltação a uma família real, 4:13-17.

O livro de Rute pode ser dividido em 4 partes que coincidem com os 4 capítulos

1. Rute escolhendo - cap.1• Uma fome na terra

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• Família imigrando de Israel • A quem servireis? O seu Deus será o meu Deus!

Família belemita. Elimeleque, Noemi e dois filhos, por causa de uma fome saem de Belém para peregrinar em Moabe, terra que compreendia a região fértil e bem regada dos planal-tos que se estendiam a leste do mar morto, região chamada atual-mente, Transjordânia. Moabe significa “família de um pai”, filho de uma união incestuosa de Ló com sua filha primogênita, parenta dos israelitas, porém um povo idólatra que servia ao Deus Quemós, I Reis 11:33. Os dois jovens belemitas casam-se com duas jovens moabitas e morrem assim como seu pai. Noemi e suas duas noras ficam viú-vas na terra da peregrinação.

2. Rute trabalhando –cap.2 • “Não vás escolher a outro campo” 2:8b.• “Não... passes daqui!” 2:8c.• “... e te ajuntarás com as minhas moças!” 2:8d.• “E bebe do que os moços (os homens de Deus) tirarem” 2:9b.

Pedindo ordem à sua sogra, Rute respiga nos campos de Boaz acha graça a seus olhos e alcança favor da parte de Boaz, dando este ordem a seus segadores para a beneficiar em razão do beneficio que fez a sua sogra. Boaz lhe dá instruções para que ela esteja bem, no meio de seus trabalhadores. O campo de Boaz ficava cerca de 1600m de Belém, que segundo a geografia de Belém fica vizinho ao “campo dos pas-tores” que de acordo com a tradição, este cenário do romance de Rute e Boaz, que levou à formação da família de onde Cristo viria foi escolhido por Deus 1.100 anos mais tarde para ser o lugar do anúncio celestial da chegada do mesmo Cristo.

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Proibida a comercialização3. Rute repousando –cap.3 Aqui temos tudo que é bom; banho, roupa, perfume, comida, be-bida e também uma ordem em forma tríplice:• Lava-te! 3:3a• Ungi-te! 3:1b• Veste-te! 3:1c A preparação de uma jovem para encontrar-se com aquele que poderia resgatá-la, seguindo o conselho de sua sogra, Rute foi a eira após Boaz e este promete tomá-la em casamento. Segundo a lei de Moisés cabia ao irmão do defunto casar-se com a viúva, este não era o caso, pois Boaz não era irmão de seu falecido esposo, porém estava em uso também que o parente mais próximo se casasse com a viúva e quem procedia assim dava prova de sua lealdade a família e o filho que nascesse desta união, por lei pertencia ao falecido, dando assim a ele todos os foros de direito de primogenitura.

4. Rute gratificada – cap.4 Rute e Boaz casam-se e segundo a carne entram na genea-logia do messias. Rute representa a Igreja, como a noiva gentia de Cristo, o belemita que pode resgatá-la. O casamento de Rute com Boaz não era levirato (obrig-ação que a lei de Moisés impunha ao irmão de um defunto, de casar com a viúva deste), Dt.25:5-10; Gn.38:8; Lv.18:16; 25:5-10; Gn.38:8; Lv.18:16; 25:5-10; Gn.38:8; Lv.18:16; 20:21; Rt.4; Mt.22:23-30. O casamento de um piedoso israelita com uma moabita prova que o acontecimento aqui narrado deu-se antes do cativei-ro, porque depois do cativeiro esta prática tornou-se inadmissível e também porque mostra a comunhão de Israel com Moabe. Esta história compreende o tempo de 10 anos de ação e tratando de ser o livro que destaca o nome, procedência e a ma-neira de como uma jovem moabita é enriquecida, não podemos deixar de prestar atenção aos demais personagens desta historia,

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Proibida a comercializaçãocomo, Noemi, sogra de Rute – seu nome em hebraico significa “amável”. Após sofrer perdas irreparáveis muda seu nome para Mara que significa “amargura” ou “amarga”. Noemi não podia imaginar como foi importante sua contribuição para que o plano de Deus fosse concretizado e mesmo com grande amargura con-seguiu trazer Rute que num gesto de devoção de rara e suma beleza, volta com sua sogra à Belém, que significa “casa do pão”. Boaz tipifica Cristo, seu nome significa “força” era filho de Raabe, a prostituta Cananéia de Jericó, Js. 2:1; Mt. 1:5 Rute tipifica a Igreja; Moabe, o mundo; Belém a comunhão com Deus.

A genealogia de Davi, 4:18-22. E findamos o livro de Rute com esta pérola em forma de registro: Salmom gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi. Rute foi bisavó do rei Davi. Daqui por diante o Antigo Tes-tamento destaca a família de Davi e seu pensamento gira em torno do REI dos REIS que haveria de nascer de sua linhagem.

Questionário

Assinale com “X” a alternativa correta

1) – Tema principal do livro de Josué:

___a. A conquista e a divisão da terra de Gilgal. ___b. A conquista e a divisão da terra de Canaã.___c. A conquista e a divisão da terra da Mesopotâmia.___d. Nenhuma alternativa está correta.

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2) – Por tradição atribui-se a autoria do livro de Juízes a: ___a. Débora. ___b. Sansão.___c. Profeta Samuel.___d. Josué.

3) – Rute representa: ___a. um oásis no deserto social de Israel ___b. um manancial no deserto social do Egito___c. um oásis no deserto social de Harã. ___d. Todas as alternativas estão corretas.

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Proibida a comercializaçãoLivro de I e II Samuel, e I Reis

I Samuel

No antigo Cânon hebraico I e II Samuel era um só livro. A divisão que conhecemos hoje, foi derivada da tradução Septuaginta ( a versão grega do Antigo Testamento, preparada por setenta e dois erudito, em Alexandria, no 3ª século a.C.) e em seguida pela Vulgata (a versão da Bíblia em latim, preparada por Jerônimo, cerca de 400 A.D.) A Septuaginta os chamou de I e II Samuel e a Vulgata, de I e II Reis.O livro de Samuel é o registro da passagem do governo de Israel:• de juízes para reis,• do governo de Deus (teocracia) – Rei invisível ao• Rei visível – ao governo de um rei visível ( monarquia) Samuel significa louvor de Deus ou pedido a Deus. Filho de Elcana e resultado da oração, lágrima e humilhação de Ana diante de Deus. Samuel foi Juiz e profeta em Israel, julgou o povo depois da morte de Eli, fundou a escola de profetas (um tipo de seminário), chamado, Rancho de Profetas, do qual ele era dirigente Sm.19:20. A autoria do livro é destinada a Samuel, Natã e Gade, sendo que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos. A esfera de ação foi desde a morte de Saul até a compra do local do templo abrangendo assim 37 anos. I cron.29:29 - Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estäo escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente, Depois de escrever, colocou o livro sobre a arca –Ism.10:25- E declarou Samuel ao povo o direito do reino, e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o SENHOR; então despediu Samuel a todo o povo, cada um para sua casa.

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Proibida a comercializaçãoO livro divide-se em três partes:

1. Samuel, o ultimo dos juizes – principais acontecimentos.• Nascimento e dedicação de Samuel, cap. 1. Seus pais eram levitas I cr.6:33-38. Sua mãe, nobre exem-plo de maternidade, Samuel seu filho torna-se um dos homens de caráter mais puro e nobre da História. O local de seu nascimento, sede de seu juizado e sepul-tamento foi Ramá, uns 10 km. ao norte de Jerusalém. 1:19; 7:17; 25:1.• Fracasso de Eli como Juiz e como pai 2:12-36. Seu nome significa altura, foi sacerdote e Juiz em Israel, homem piedoso com aptidões especiais para seus elevados car-gos, pois foi o primeiro de uma família a exercer o sacerdócio. Seu grande defeito foi não saber corrigir seus filhos, Hofni e Fineas, sacerdote que desonraram o seu ministério por atos escandalosos - Ism.2:23-25,29; 3:13. Por isso o Juízo divino sobre sua casa antes de ser revelado por Deus a Samuel, foi denunciado por um profeta incógnito – I Sm.2:27-36 e foi executado quando Salomão depôs o sacerdote Abiatar que era descendente de Eli do cargo sacerdotal e o substi-tuiu por Zadoque. I Reis 2:35. Exerceu o cargo de Juiz durante 40 anos, Aquitobe foi seu sucessor no cargo sacerdotal ISm.14:3, porém este oficio perdeu sua importância durante algum tempo, por achar-se a arca em cativeiro e o tabernáculo sem a presença de Deus. Aos 98 anos, quando soube que seus filhos haviam mor-rido, virou para trás na cadeira onde estava assentado e morreu.ISm.4:1-18.• A chamada de Samuel e sua infância maravilhosa, cap. 3. Foi chamado ainda pequeno, ou melhor, oferecido, des-de antes do ventre e deixado por sua mãe, servindo ao Senhor, perante Eli. ISm.1:11; 2:1, ouve a voz do Senhor e recebe a orien-tação, para responder ao Senhor, nos dias em que era raro ouvir

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Proibida a comercializaçãoDeus falar.• Captura e retorno da arca da aliança, caps. 4-6A arca depois de capturada pelos filisteus, nunca mais voltou à Siló que deixou de ser lugar de importância. O tabernáculo ficou em Nobe I Sm. 21; 1; Mc.2:26 e noutro tempo ficou em Gibeon I Cr.21:29 até que Salomão a guardou no templo •A derrota dos filisteus por meio da oração de Samuel, cap. 7. Samuel chama o povo ao arrependimento e o povo pede que Samuel clame a Deus. Samuel sacrifica ao senhor um novilho e Deus lhe ouviu tomou uma pedra e a pôs entre Mispa e Sem dizendo: até aqui o Senhor nos ajudou.• Clamor de Israel por um rei, cap. 8. Samuel clamou ao Senhor e ungi a Saul como rei.• Samuel proclama o reino e adverte o povo acerca de sua presun-ção de pedir um rei, cap. 12.- Como profeta –cap.3:20 foi o fundador de uma ordem de profe-tas (rancho dos profetas), um tipo de seminário, que serviu como freio moral para aplacar a degradação que sacerdotes e reis esta-vam vivendo. - Como sacerdote, oferecendo sacrifício – cap.7: 9. O sacerdócio estava corrompido quando Deus levantou Samuel.- Julgou a Israel – cap.7:15-17.Foi o último Juiz, o primeiro profeta e o fundador da monarquia. Sua missão principal, organizar o reino.

2. Saul, o primeiro rei de Israel - principais acontecimentos.• Saul é escolhido e ungido rei, caps., 9-10.O nome de Saul significa pedido de Deus foi o primeiro rei de Israel, filho de Quis, da tribo de benjamim.Posto que o futuro governo seria a monarquia presidida por um rei representante de Jeová, de acordo com o que havia sido anun-ciado Gn.17:6-16; 35:11; Dt.17:14-20, todavia o espírito do povo pedindo um rei nesta crise era irreligioso. Perderam a confiança

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Proibida a comercializaçãoem Deus sem a qual era impossível o governo de Jeová, como rei teocrático. Abandonaram a fé em um Deus invisível para deposi-tarem confiança em um rei visível.• A primeira batalha de Saul. cap., 11.A idade com que Saul começou a reinar é ignorada porque a sep-tuaginta não tem adjetivo numeral. A idade de 30 anos é mais que suficiente para habilitar um homem a assumir o comando militar naquela época. Saul organizou um exército permanente de 3.000 homens; 2.000 para estarem com ele e 1.000 com Jônatas, seu filho. • A obstinação de Saul e a profecia de Samuel , cap. 13.Saul extrapola e confunde sua autoridade, demorando-se Samuel para o sacrifício ele mesmo oferece o sacrifício no lugar de Samuel e é severamente repreendido. Por este ato o seu reino é transferido para outro escolhido, homem que procedia segundo o coração de Deus. Se assim Saul não procedesse, Deus teria confirmado seu trono, segundo Samuel.• A libertação de Israel por Jônatas, 14:1-16.Sem que Saul soubesse, Jônatas e seu escudeiro passam à guarnição dos filisteus, Jônatas faz prova com Deus e certo da vitória dá teste-munho de fé dizendo que é Deus quem da a vitória com muitos ou com poucos. Saul por imprudência quase mata Jônatas, mas é impedido pelo povo. • A obediência é melhor do que o sacrifício, 15:1-23.Saul teve seu tempo no reino encurtado por causa da desobe-diência, ou seja, 2 vezes mostrou não ser capaz de aceitar ordens. Primeiro quando Samuel demora-se para chegar a oferecer sac-rifício, Saul passa pelas ordens de Samuel e mais tarde quando guiado por Deus, Samuel ordena que Saul armasse uma batalha para exterminar os amalequitas, Saul acaba por poupar a vida do rei , por causa disso o Espírito do Senhor se retirou de Saul. • Os últimos anos do reinado de Saul e seu suicídio caps., 26-3Saul se envolveu com uma feiticeira e é bom lembrar que esta mul-her violava com todas as praticas a lei de Deus. As predições cum-

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Proibida a comercializaçãopriram-se por deliberação do próprio Saul. Deus não permitiria que seu servo Samuel se manifestasse para uma entrevista formal-mente proibida por Deus e por meio de uma mulher cuja profis-são era condenada pelas leis civis e religiosas. Ex.22:18; Lv.20:27; Dt.18:10-14; ISm.28:3-9; ICr.10:13.3. Davi, o rei modelo de Israel – principais acontecimentos.Não é necessário comentário neste ponto, pois à partir daqui a historia se deslancha tendo como centro a vida de Davi, que tem inicio em ISm.16.• Davi é ungido rei cap. 16.• Davi mata o gigante Golias, cap. 17.• A amizade de Davi e Jônatas, cap. 18.• Saul persegue a Davi, 18:9-27:4

Causas de sofrimento na história do povo:• Poligamia, 1:6• Indulgência paterna, 2:22-25; 8:1-5.• Confiança em objetos sagrados, 4:3.• Impaciência, 13:8-9.• Obediência parcial, cap. 15.

Esta é a Mensagem do livro, oração, elemento principal na vida de Samuel.Nascido em resposta à oração -1:10-28Seu nome significa “pedido à Deus”- 1:20Sua oração trouxe libertação à Mispá – 7:2-13

II SamuelIntrodução: é a continuação de I Samuel. Parece paradoxo chamá-lo de 2º Samuel, pois o tema principal é o reinado de Davi, bisneto de Rute (ISm.17:12).Davi foi ungido 3 vezes:• Ainda menino, na casa de seu pai, por Samuel (ISm16: 1-13)• Como rei de Judá (ISm.2:1-4)

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• Para reinar sobre todo Israel (ISm.5:1-5) Autor desconhecido, porém de acordo com II Cr.29:29, os autores foram Samuel, Natã e Gade aproximadamente 1.018 a.C. A esfera de ação foi desde a morte de Saul até a compra do local do templo, abrangendo assim 37 anos. O livro pode ser dividido em 3 partes: Ascensão de Davi (1-10) – Os primeiros anos do reinado. Neste período, o rei, embora tomasse parte em companhias mili-tares, manifestou uma disposição espiritual. Após a morte de Saul, a tribo de Judá, da qual Davi pert-encia, o elegeu rei e o mesmo fixou residência oficial em Hebrom (II Sm2:1-10), aos 30 anos de idade, passou a reinar sobre Judá.Isbosete filho de Saul, passou a reinar sobre Israel, então surgiu uma guerra civil que durou 2 anos, terminando pelo assassinato de Abner e Isbosete (IISm.2:12; 4:12). O reinado de Davi em He-brom continuou durante sete anos e meio, ali nasceram das di-versas mulheres, entre outros filhos Amon, Absalão e Adonias. (IISm.2:11; 3:1-5; 5:5). Morto Isbosete, Davi foi eleito rei de todo Israel, imediata-mente procurou consolidar todo o reino (IISm.5:1-5), pois várias cidades estavam ainda em poder dos filisteus e outras em poder dos Cananeus. Com o favor divino o reino progredia e para prevenir a contaminação pela idolatria e vingar as afrontas cometidas pelas nações vizinhas, entrou em guerra contra elas e subjugou os mo-abitas, os aramitas de Zobá e Damasco, os amonitas, os edomitas e os amalequitas (IISm. 8:1-18; 10:1-19; 12:26-31) estendendo o reino aos limites antes prometidos a Abraão. Gn. 15:18. Fracasso de Davi (11-20) – acredita-se ser aqui onde tudo começou, Davi longe da guerra! ...Porém Davi ficou em Jerusalém(IISm.11:1)...Mas isto que Davi fez desagradou ao Senhor.(IISm11:27). Foi durante o grande pecado com a mulher de Urias heteu

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pelo qual foi repreendido pelo profeta Natã, por cuja causa nunca a espada se apartaria de sua casa.IISm.11:1; 12:23. Foi esta a mancha mais negra na sua vida, o adultério e, conseqüentemente um homicídio. Colheu a medida exata do que semeara, e mais do que isso; foi uma safra longa, penosa e amar-gurada. Sua filha Tamar foi violentada pelo seu irmão Amnom, que por sua vez foi morto pelo seu irmão, Absalão. Este desen-cadeou uma revolta contra o pai, morrendo na luta. As mulheres de Davi foram violadas publicamente, em troca de haver ele vio-lado a mulher de Urias secretamente. Assim o reinado de Davi foi anuviado, nos últimos anos por incessantes perturbações. O filho, fruto de seu amor impuro morreu.(II Sm.12:19). Os mesmos atos de luxúria e de vingança aparecem em sua própria casa (II Sm.13), acompanhado da ambição de um filho perverso que disputava a posse do reino, lançando em todo o país uma guerra civil (IISm.14-19). Os últimos anos de Davi (21-24) – um recenseamento sem ordem do Senhor. Não é pecado fazer censo, o próprio Deus or-denou isso (Nm.1:1,2,26), porém Davi fez por tentação (ICr.21:1) - Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar Israel. Joabe tentou alertar Davi contra este mal, porém a palavra do rei prevaleceu e a contagem foi realizada. Talvez nesse caso o censo indicasse em Davi um começo de fraqueza, com tendên-cias para confiar nas grandezas de reino, ele que durante sua vida confiara implicitamente em Deus. Satanás pode ter considerado este ato, uma oportunidade de remover Davi de sua confiança em Deus, para confiar em si mesmo. O que quer que fosse, Deus con-siderou isso um pecado passível de castigo. O censo durou nove meses e vinte dias e revelou uma pop-ulação de cerca de um milhão e meio de guerreiros sem contar os de Benjamim e de Levi, (ICr.21:6) e uma população total entre seis e oito milhões.

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Deus enviou a Davi três alternativas pouco animadoras:• Sete anos de fome sobre sua terra.• Três meses de perseguição de seus inimigos.• Três dias de peste na sua terra, sob a espada do Senhor. Davi conhecedor das misericórdias de Deus, mesmo er-rado preferiu cair nas mãos do Deus vivo. Como castigo, Deus enviou o anjo da pestilência para destruir Jerusalém. IISm.24:15. Apesar dos lamentáveis desvios, conseqüências inevitáveis, aquele período escuro da história em que ele viveu e demonstrou provas de arrependimento, constitui brilhante defesa à sua fidel-idade a Jeová que lhe concedeu o titulo de “homem segundo o meu coração” I Sm. 13:14. Geralmente, falando, ele fez o que era reto aos lhos do Senhor, exceto no caso de Urias o Heteu I Reis 15:5. Serviu no seu tempo conforme a vontade de Deus e morreu, At.13:36. Os efeitos de sua influência na humanidade são incalcu-láveis. Davi mais que Saul foi o fundador da monarquia judaica. Os salmos que ele compôs são cantados por toda a cristandade por séculos e séculos, alimentando e revivendo a sua espirituali-dade; formou um dos elos da cadeia dos ascendentes daquele que se chama “O FILHO DE DAVI”. Assim ficam divididos os 150 salmos que conhecemos:• 73 levam o seu nome. • Os salmos 59 e 7 pertencem ao tempo em que morava no palácio de Saul;• Os salmos 35, 2, 54 56, 57, 63 e 142 pertencem ao período angus-tioso de perseguição de Saul.• E os salmos 3, 17, 30, 51 e 60 pertencem ao período de suas várias experiências como rei.

I Reis No antigo testamento hebraico I e II Reis eram um só liv-

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Proibida a comercializaçãoro. A divisão pode ter sido feita pelos tradutores da septuaginta para conveniência dos leitores gregos. I Reis começa com a nação judaica no seu apogeu e II Reis termina com a nação arruinada. Juntos os dois cobrem um perío-do de uns 400 anos, aproximadamente de 1000 – 1600 a.C. O autor é desconhecido, porém segundo a tradição juda-ica foi escrito Jeremias. Quem quer que fosse o autor, faz refer-ências a anais oficiais e a outros registros históricos existentes na época como, por exemplo, o “livro da História de Salomão”, “Livro da Historia dos Reis de Israel” e o “Livro da História dos Reis de Judá”.I Rs. 11:41; 14:19-29; 15:7, 23, 31; 16:5, 14,27. Assim ao que parece, havia abundância de narrativas es-critas às quais os escritores sagrados recorreram, guiados natural-mente pelo Espírito de Deus. Personagem heróico: o profeta Elias. O livro pode ser dividido em duas partes:I - a história do reinado de SalomãoII - a história dos reinos de Judá e Israel

I - A história do reinado de Salomão• A morte de Davi e a ascensão de Salomão. Cap.1-2.Nos últimos dias de Davi, enfraquecido e velho, seu filho Adonias levanta uma conspiração para apoderar-se do trono. O plano foi frustrado por Natã que , com o auxilio de Sadoque, sumo sacer-dote e de Benaías general do exército proclamaram rei a Salomão. IRs.1:5-40. Logo depois morria Davi, então Salomão começou a rei-nar aos 20 anos de idade. Obediente a seu pai tratou com justiça a Abiatar e Simei. Adonias tentando outra vez uma conspiração contra o rei, este mandou matá-lo, bem como Joabe. IRs.2:1-46.Salomão, filho mais moço de Davi com Bete-Seba (a que foi mul-her de Urias) seu nome significa “pacifico”, talvez por antecipação da paz e tranqüilidade que haveria de caracterizar o seu reino, em contraste com as perturbações e guerras que alteraram a vida

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nacional no governo de seu pai. Embora não tivesse habilitado à sucessão, foi escolhido por Deus para sucessor ao trono. IRs.1:30; ICr. 22:9-10. Salomão casou-se com a filha de Faraó, rei o Egito e a lev-ou para Jerusalém. IRs.3:1. Os primeiros anos do reinado de Salomão, a idade de ouro de Israel, famosa:• Pela sabia eleição do rei, 1-2.• Por seu sábio juízo, 3:16-28.• Por sua sobressalente sabedoria, 4:21.• Pelo crescimento de seus domínios, 4:21.• Pelo esplendor de sua corte e de seus palácios, 4:22-28; 7:1-12• Pela edificação do Templo, 5-6.• Pelos outros edifícios e por sua grande riqueza, 9:17-23; 10:14-29.• Pela visita da rainha de Sabá, 10:1-13. Salomão herdara de seu pai Davi, o reino mais poderoso já existente. Foi uma era de paz e prosperidade. Salomão manteve vastos empreendimentos e negócios, criou fama por suas reali-zações literárias. Escreveu 3.000 provérbios, 1.005 cânticos e obras científicas de botânicas e zoologias, cap.4:32-33.Escreveu três dos livros da bíblia: Provérbios, Eclesiastes e Can-tares de Salomão. Construiu seu império com transações pacíficas de comé-rcio não por conquistas militares. Até então não se tinha edifi-cado o templo ao nome do Senhor. O tabernáculo ainda estava em Gabaon, a arca, porém, achava-se em Jerusalém. O povo sacrifi-cava nos altos. Salomão subiu a Gabaon onde estava o tabernáculo para sacrificar ao Senhor e o Senhor lhe apareceu em sonhos e he deu uma oportunidade de pedir o que quisesse e numa demon-stração de sabedoria e humildade, Salomão lhe pede sabedoria, para que soubesse julgar o povo e discernir entre o bem e o mal.

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Como prova que Deus lhe deu o que pediu vemos sua decisão no julgamento das duas mulheres por causa do filho que ambas rec-lamavam para si, IRs.3:2-28; ICr.1:3-12. Esta época foi a Idade de Ouro da história dos judeus. Davi fizera o reino, Salomão construiu o templo. No mundo exte-rior foi esta a época de Homero, o começo da historia dos gregos. O Egito, a Assíria e a Babilônia eram fracas. Israel era o reino mais suntuoso do mundo inteiro, Jerusalém, a cidade magnífica e o templo, o edifício mais rico e suntuoso da terra. Dos confins do mundo pessoas vinham ouvir a sabedoria de Salomão e ver a sua glória. A famosa rainha de Sabá exclamou: “Não me contaram nem a metade!”• Os últimos anos de seu reinado e a sua decadência:• Por seu extravagante luxo, 10:14-29.• Sua notória sensualidade, 11:1-13.• Sua apostasia de Deus, 11:4-8.• Por seus inimigos, os quais o Senhor levantou contra ele, 11:14-40. Mais uma vez, um grande homem tombando diante de mulheres...Muitas mulheres e idolatras! Com Salomão não foi uma, mas mil! 700 esposas e 300 concubinas, IRs.11:3, o que foi um erro, tanto contra si mesmo como contra elas. Homem sábio de fama multissecular neste particular a nosso ver não passou de um insensato vulgar. Assim a idolatria que Davi tanto lutou para manter longe de Israel, Salomão reinstala no palácio. Ele que con-struíra o templo de Deus construiu ao lado para elas os altares pagãos. Deu-se lugar ao fim da gloriosa era inaugurada por Davi e encaminha nação à ruína. Foi o fim da Idade Áurea de Israel. A apostasia embriagada da velhice de Salomão é uma das cenas que mais causa dó. Talvez ao colocar estes fatos às claras, a bíblia tivesse o in-tuito de mostrar a que ponto a luxúria e a busca pelos prazeres

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mundanos podem levar até mesmo os melhores homens à ruína.

II - A historia dos reinos de Judá e Israel• Da morte de Salomão à elevação de Jorão, em Judá,• E da elevação de Jeroboão ao reinado de Acazias, em Israel. O reino durou cerca de 120 anos. Saul reinou 40 anos, At.13:21; Davi, 40 anos IISm.5:4; Salomão 40 anos, IRS.2:42. De-pois da morte de Salomão, dividiu-se o reino, dez tribos formar-am o reino do norte, chamado Israel; 2 tribos formaram o reino do sul, sendo Judá e Benjamim tomando o nome de Judá. O reino do norte dura um pouco mais de 200 anos, sendo destruído pela Assíria, em 722 a. C. O reino do sul durou pouco mais de 300 anos, sendo destruído pelos babilônicos entre 605 e 587 a. C.. A separação das tribos veio de Deus I Rs 11:11,31; 12:15, como castigo da apostasia de Salomão havendo guerra continua entre Israel e Judá. Após a divisão do reino, o culto a Deus identifica-se em Judá com a família de Davi. Já o reino do norte adotou o bezerro, a religião do Egito, como oficial. O bezerro veio constar como sím-bolo da independência de Israel e esse culto foi tão incutido no meio do povo que só poderia ser arrancado com a queda desse reino. Todos os 19 reis do norte seguiam o culto ao bezerro de ouro. Alguns serviam também a baal, porém, nenhum dos reis tentou alguma vez fazer o povo voltar-se para Deus. O culto a baal introduzido por Jezabel prevaleceu por 30 anos e foi exterminado por Elias, Elizeu e Jeú. Daremos apenas uma listagem dos 19 reis que reinaram sobre Israel, porém 6 capítulos são dedicados aos relatos do re-inado de Acabe, que na lista dos maus reis ocupa a cadeira do pior, mas temos aqui também a história do profeta Elias. Acabe reinou 22 anos. O mais perverso de todos os reis.

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Casou-se com Jezabel, princesa sidônia; mulher impetuosa, in-escrupulosa, vingativa, decidida e diabólica, o demônio em forma de mulher. Devota do culto a Baal construiu-lhe um templo em Sa-maria, manteve 850 profetas de Baal e de Astarote, matou os pro-fetas de Jeová e aboliu seu culto, Irs.18;13-19. Seu nome veio a ser aplicada como uma profetisa de tempos depois, que procurou in-culcar práticas voluptuosas do culto idólatra na igreja, Apoc.2:20. Elias foi a resposta que Deus enviou a Acabe e Jezabel por tê-lo substituído por baal. Elias erradicou o baalismo, religião, vil e cruel. Os aparecimentos raros, súbitos e breves de Elias, sua cor-agem sem igual, seu zelo ardente, fulgor de seu triunfo, o patético desânimo, a glória de seu passamento e a tranqüila beleza de sua aparição no monte da transfiguração, torna-o um dos vultos mais grandiosos que Israel já produziu. Deus lhe deu o poder de fechar os céus, tempo em que foi alimentado por corvos e uma viúva. Sua demonstração de fé no monte Carmelo foi magnífica, porém não impressionou Jezabel que o ameaçou. Desanimado, fugiu para o monte Horebe, onde 500 anos antes Moises organizava uma nação e pedia a Deus que o deix-asse morrer. O ministério de Elias fora de milagres, fogo, e espada. Parecia que Deus queria lhe dizer quando Elias não o viu no ter-remoto, nem no fogo, mas na voz mansa e delicada (Irs.11:12); que, as manifestações são necessárias, mas as vezes Ele faz coisas ou levanta homens para fazer coisas que são contrárias a sua na-tureza, mas que precisam ser feitas. Muitos séculos depois Elias reaparece no monte da trans-figuração, falando com Cristo a quem ajudara a preparar o camin-ho, a respeito da obra que por fim estava inaugurando na terra, a saber, a transformação de vidas, mediante a “voz mansa e suave” de Cristo a soar nos corações. Acabe terminou seu reinado com um crime brutal con-

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tra Nabote e foi morto em guerra com a Síria, assim acabou o “homem de caráter desprezível.”

Reis de Israel qualidade duração de reinado Período Jeroboão mau 22 anos 931-909Nadabe mau 2 anos 910-908Baasa mau 24 anos 909-886Elá Mau 2 anos 886-885Zinri mau 7 dias 885--Onri Muito mau 12 anos 885-887Acabe O pior 22 anos 874-853Acazias mau 2 anos 853-852Jorão Quase sempre mau 12 anos 852-841Jeú idem 28 anos 841-814Jeoacaz mau 17 anos 814-798Jeoaz mau 16 anos 798-782Jeroboão II mau 41 anos 782-753Zacarias mau 6 meses 753-752Salum mau 1 ano 752---Manaém mau 10 anos 752-742Pecaías mau 2 anos 742-740Peca mau 20 anos 740-732Oséias mau 9 anos 732-723

Reis de Judá qualidade Tempo de reinado Período Roboão Quase sempre bom 17anos 931-913Abias Quase sempre bom 3anos 913-911Asa bom 41anos 911-870Josafá bom 25anos 870-848

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Jeorão mau 8anos 848-841Acazias mau 1ano 841--Atalia demoníaca 6anos 841-835Joás Quase sempre bom 40anos 835-796Amazias Quase sempre bom 29 anos 796-767Uzias bom 52 anos 767-740Jotão bom 16 anos 740-732Acaz perverso 16 anos 732-716Ezequias o melhor 29 anos 716-687Manassés o pior 55 anos 687-642Amon o pior 2 anos 642-640Josias melhor 31 anos 640-609Jeoacaz mau 3 meses 609--Jeoaquim perverso 11 anos 609-597Joaquim mau 3 meses 597--Zedequias mau 11 anos 597-587

Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 4) - Samuel significa louvor de Deus ou pedido a Deus.

____ 5) - Davi conhecedor das misericórdias de Deus, mesmo er-rado preferiu cair nas mãos do Deus vivo.

____ 6) - Acabe terminou seu reinado com um crime brutal con-tra Nabote e foi morto em guerra com a Síria, assim acabou o “homem de caráter desprezível.”

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Livro de II Reis, I e II Crônicas

II REIS Não é necessário nenhuma inscrição mais detalhada a re-speito deste livro, pois já vimos no inicio do livro anterior noti-ficações sobre a divisão, autoria e acontecimentos do mesmo. II Reis trata ser a continuação de I Reis e mostra o desenvolvimento dos acontecimentos e dá grande atenção à parte da história em que predomina o caráter moral e religioso. II Reis 17. Não se sabe se o autor escreveu este livro antes da destru-ição de Jerusalém ou não, o que se dá para concluir é foi concluido lá pelos meados do cativeiro de Babilônia, II Reis 25:27, pois a obra não faz referência ao livramento do povo. O autor se inter-essa mais particularmente com a história da monarquia de Davi e centraliza-se nas vidas dos profetas Elias e Eliseu. A mensagem espiritual é a influência poderosa dos gov-ernantes sobre uma nação. O tema principal de II Reis é a história dos reinos de Israel e Judá, desde a última parte do reinado de Acazias em Israel, e de Jorão em Judá, até o tempo dos cativeiros. Quanto à história de Israel, esta é um quadro sombrio de governantes degenerados e de gente pecadora, que resultou na es-cravidão. O reino de Judá também estava se degradando, mas o juízo não o atingiu tão depressa devido à influência de um núme-ro de reis bons que reinaram durante este período. Os dois reinos que tiveram inicio cheio de glórias, termi-naram no cativeiro. Depois de 70 anos de cativeiro, Judá retorna, por decreto de Ciro, rei da Pérsia à Palestina IICR. 36:22-23. A deportação de Judá se deu em três etapas:• A primeira, em 606 a.C., no reinado de Jeoaquim;• A segunda em 597 a.C., no reinado de Joaquim e• A terceira em 586 a.C., no reinado de Zedequias.

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Israel teve o fim de seu reinado em 722 a.C. Em 586 a.C. houve a destruição de Jerusalém e somente em 537 a.C. Ciro permite o retorno dos judeus à Judéia. Por 70 anos Jerusalém esteve desabitada e em completa ruína. Em 539 a.C. Ciro conquistou Babilônia. Segundo os reg-istros, após Ciro ter conhecimento que as profecias falavam dele, tratou logo de obedecer, assinando o decreto que autorizava os judeus voltarem a sua terra. Após o decreto de Ciro, uma primeira leva de judeus exilados voltou a Jerusalém com o objetivo de re-construir o templo. E com o edito de Ciro, os judeus se reuniram e se prepararam para uma expedição esgotadora desde a Pérsia e Babilônia atravessando o deserto, até à terra de Israel e Jerusalém. (Ed. 1:2-3)

O livro pode ser dividido em três partes:I - A história dos últimos dias de Elias.• Pede fogo do céu para destruir a seus inimigos, 1:9-12• A divisão do rio Jordão, 2:8.• Sua transladação, 2:11. O ministério de Elias pode ter durado uns 25 anos, no re-inado de Acabe e Acazias. A missão que cumprira era dura, áspera e muito desagradável. Pensou que não alcançara êxito em seu ministério, mas gozou de uma intimidade com Deus numa me-dida que à poucos homens tem sido concedida. Era tão humano quanto cada um de nós, pediu a Deus que lhe levasse a vida. Elias fora profeta de “fogo”. Chamou “fogo” do Céu no monte Carmelo e também para destruir os emissários de Acazias. No momento de ser levado ao céu, o Senhor o separou de Eliseu, através de um carro de fogo”. Somente outro homem, Enoque, foi levado para Deus sem passar pela morte, Gn.5:24. Possivelmente a transladação destes dois homens foi des-ignada por Deus para ser uma pálida amostra do arrebatamento

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da Igreja.II - A história de Eliseu. Elias recebeu as instruções de Deus para ungir Eliseu como seu sucessor, I Rs.19:16-21.Quando Elias foi levado ao Céu sua capa caiu sobre Elizeu que foi testemunha ocular deste acon-tecimento, como Elias havia determinado. Elizeu cumpriu assim o exigido por Elias e imediatamente, Elizeu começou realizando milagres abrindo as águas do Jordão para que ele voltasse e à par-tir daí muitos milagres aconteceram. Eliseu começou seu ministério no reinado de Jorão (II Rs.3:1-11) com muitos milagres e todos seus milagres foram como os de Jesus, cheios de bondade e de misericórdia. Jesus lembrou a cura de Naamã por Eliseu como uma predição de que Ele próprio também seria enviado às outras nações. Lc.4:25-27. O ministério que começara no reinado de Jorão, cerca de 850 a.C. continuou através do reinado de Jeú e Jeoacaz, morrendo no reinado de Jeoás (II Rs.13:14-). Eliseu era muito diferente de Elias. Elias era como a tem-pestade e o terremoto; Eliseu era como uma voz mansa e suave. Elias era duro como pedra; Eliseu, brando, gracioso e diplomata. Elias, homem do deserto; Eliseu vivia nas cidades como os de-mais homens. Todavia a capa de Elias cai sobre ele, simbolizando o pouso sobre si do mesmo espírito que havia operado através de Elias, só que conforme o seu pedido, numa porção dobrada! I Rs. 19:19; II Rs.2:13.Eis aí os milagres realizados por intermédio de Eliseu:• Pede uma porção dobrada.• Divide o Jordão, 2:14.• Sara as águas, 2:19-22.• Amaldiçoa os rapazes que zombaram dele, 2:23-24.• Consegue água para um exército, 3:15-20.• Aumenta o azeite da viúva, 4:1-7.• Ressuscita a um menino, 4:18-37.

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• Purifica o alimento nocivo, 4:38-41.• Alimenta a multidão, 4:42-44.• Sara a Naamã, o leproso, 5:5-15.• Faz que Geazi fique leproso, 5:20-27.• Faz flutuar o ferro de um machado, 6:1-7.• Revela os planos do rei da Síria, cap. 6.• Provoca cegueira nos sírios, 6:18-20.• Profetiza abundância para uma cidade açoitada pela fome, 7:1-18.• Garante à mulher sunamita a restauração da sua terra, 8:3-6.• Profetiza a exaltação de Hazael, 8:7-15.• Ordena a unção de Jeú como rei, 9:1-6.• Conserva o poder profético até em seu leito de morte, 13:14-19.• O poder divino se manifesta em seu túmulo, mesmo após a sua morte, 13:20-21. O segredo de seu poder seu desejo de receber porção dobrada de graça o capacitou a viver numa atitude de con-tínua vitória. Escola de Profetas – assim como Samuel teve sua escola de profetas em Ramá. Eliseu teve tais escolas em Betel, Jericó, Gilgal e outros lugares, II Rs.2: 3-5; 4:38; 6:1. deve ter sido um tipo de “Pastor-Profeta-Mestre”. Residência de Eliseu – parece que Eliseu residiu no Car-melo, Suném, Dotã e Samaria, II Rs. 2:25; 4:10-25; 6:13-32. Conselheiro – como conselheiro do rei, sempre teve in-fluências decisivas e seus conselhos sempre foram seguidos. Não aprovou tudo que os reis fizeram e nos momentos críticos vinham ao seu encontro. Seguindo as datas aproximadas, Eliseu no reino do norte pode ter sido contemporâneo de Joel, no reino do sul e mestre de Jonas e Amós, visto que eram rapazes na época. Elias e Eliseu atuando juntos na sua vida em público, pare-ciam ser um protótipo, espécie de prefiguração viva de João Ba-tista e Jesus em seus ministérios terrenos.

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João foi chamado, Elias, por Jesus em Mt.11:14, e o minis-tério de bondade de Jesus foi de amplo desenvolvimento e da mes-ma natureza que o de Eliseu.

III - Outras histórias notáveis na história de Judá e Israel. • A execução do juízo divino de Jeú sobre Jorão, Acazias, Jezabel, setenta dos filhos de Acabe e os adoradores de Baal, caps. 9-10.Nas historias dos reis de Israel, falaremos um pouco sobre Jeú, que foi muito usado por Deus para o beneficio da nação. Jeú reinou 28 anos, era oficial da guarda pessoal de Acabe. Foi ungido rei por Elias, a fim de eliminar a casa de Acabe e erradicar o Baalismo, religião indescritivelmente vil, depravada e cruel. Começou logo e com furor a sua tarefa sangrenta. O trabalho era duro e cruel, mas, Jeú foi intrépido, implacável, impiedoso, decidido e preparado para fazer este trabalho, que talvez ninguém mais pudesse fazer e apesar de todos os seus feitos benéficos para a nação, não teve o cuidado de andar de todo o seu coração na lei do Senhor, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão. Estranhamos o fato de Deus usar indivíduos como Jeú para executar seus juízos sobre os maus, pois para isso Deus em-prega homens e nações que estão longe de ser o que deveriam para julgar as nações ou indivíduos. Em beneficio à nação de Israel, Jeú matou:• Jorão, rei de Israel.• Jezabel.• Acazias, rei de Judá.(genro de Acabe)• Os 70 filhos de Acabe.• Os irmãos de Acazias.• Todos os amigos e partidários da casa de Acabe.• Todos os sacerdotes de Baal.• Todos os adoradores de Baal. Destruiu o templo de Baal e as colunas do mesmo.

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Proibida a comercialização• O bom reinado de Joás, caps. 11-12.

Foi aclamado rei aos 7 anos de idade no tumulto de uma conspiração e reinou durante quarenta anos em Jerusalém sobre Judá. Durante seu reinado, Joás reparou a casa do Senhor, porém numa invasão de Hazael, rei da Síria contra Jerusalém, antes que chegasse na cidade, Joás retirou todos os tesouros da casa do Sen-hor e entregou-os a Hazael e este se retirou de Jerusalém. No fim de seu reinado, alguns de seus servos conspiraram contra ele e o mataram. Enfim, outras histórias se seguem dos reis de Israel, e sobre alguns veremos mais alguns detalhes nos próximos capítulos. Al-guns monarcas reinaram obedecendo aos comandos divinos, isto não pode deixar de frisar, porém muitos outros foram perversos levando a nação a cativeiros, derrotas e até mesmo a destruição de Jerusalém. • Os reinados de reis perversos em Israel, seguidos pelo cativeiro das dez tribos, caps. 13-17.• O bom reinado de Ezequias, caps. 18-20.• O perverso reinado de Manassés, cap. 21.• Josias, o último dos reis bons, caps. 22-23.• Uma série de reis perversos em Judá conduzem ao cativeiro da nação e à destruição de Jerusalém, cap.25.

I CRÔNICAS Sobre o autor, crê-se que tenha sido ao menos revisado por Esdras, porém uma tradição constante dos judeus dizia ser Esdras o seu autor. I e II Crônicas, Esdras e Neemias eram origi-nalmente uma única serie de livros. Freqüentemente referências se fazem a outras histórias, o autor se baseou em fontes ou diários, os quais não chegaram ao nosso conhecimento. Por exemplo:• Crônicas de Davi. I Cr.27:24• Falas de Natã. II Cr.9:29• Livros de Semaías. II Cr.12;15

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• Historia do profeta Ido. II Cr. 13:22• Notas de Jeú. II Cr.20:34 • E muitos outros. Provavelmente tenham sido escritos durante ou logo após o cativeiro. Podem ser vistos como um suplemento aos livros de I e II Samuel e I e II Reis. Algumas das descrições históricas são quase idênticas às dos livros anteriores. Os livros de Samuel e de Reis se referem a eventos de am-bos os reinos, enquanto Crônicas se ocupa quase que exclusiva-mente com a historia de Judá. O tema central de I crônicas é a soberania de Deus, en-quanto que o personagem central fica a cargo de Davi. O nome do livro foi dado por Jerônimo, o autor da vulga-ta. Na septuaginta os 2 livros são chamados paralipômenos, uma espécie de suplemento, ou repetição. O livro das crônicas abrange um período de tempo aproximadamente de 520 anos, ou seja, desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, 1056-536 a.C.

O livro de I Crônicas pode ser dividido em 2 partes: 1-Genealogia (1-9)2-Reinado de Davi (10-29)

I – Genealogia. Em I Cr. 1:1-54 encontramos o registro da descendência de Adão até Abraão, por ordem cronológica.(vejam que o nome de Caim não consta na árvore genealógica)Em I Cr. 1:15-23 encontramos o registro das genealogias das nações. Em I Cr. 1:27-40 encontramos o registro das genealogias de Abraão e a de Esaú. Veja que alguns nomes da descendência de Jacó foram omitidos, entre eles o de Dã e o nome de Rubem que por haver profanado o leito de seu pai, perdeu sua primogenitura e sua ben-

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ção foi transferida para os filhos de José (I Cr.5:1), já que os dados genealógicos tinham como alvo ajudar o povo a colonizar nova-mente a terra. Os que voltaram do cativeiro tinham direito ao território anteriormente em poder de suas famílias. Após a divisão da terra, esta não podia ser alienada por perpetuidade. Se fosse vendida voltaria à posse da família no ano do jubileu (Lv25). O sacerdócio era herança de família. O sacerdote devia ser sucedido por seu filho. Era a lei da terra, foi assim com a linhagem de Davi. De todas as promessas, a mais importante e preciosa está registrada em I Cr.5:2 - De Judá provém o príncipe - profecia cumprida na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O interesse central dessas genealogias é acompanhar a de-scendência da linhagem de Davi, formando assim a espinha dor-sal dos anais do Antigo Testamento, guardada cuidadosamente através dos longos séculos de contratempos históricos, contendo uma linhagem de 4.000 anos, fato este sem outro exemplo na história. Estes 9 capítulos de genealogia apresentam o enlaçamen-to das sucessivas gerações de toda a história bíblica precedente. Não precisam ser lidos com propósito devocionais, tão freqüente-mente, como outras partes das Escrituras. Contudo, estas e outras genealogias espalhadas pelo Antigo Testamento são o arcabouço (esqueleto) do mesmo, aquilo que faz da bíblia inteira um todo, lhe dá unidade e faz que ela se reconheça como HISTÓRIA VER-DADEIRA e não como lendas.

Derrota e morte de Saul, cap. 10 -

II. O reinado de Davi. II Samuel e I Crônicas excetuando as genealogias dedi-cam-se inteiramente ao reinado de Davi. E até certo ponto os dois livros narram o mesmo fato, porém, I Crônicas dá especial aten-

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ção à organização do culto no templo. Provavelmente sendo escrito após a volta do cativeiro não seria de propósito dizer que este era uma espécie de sermão histórico baseado em II Samuel, com o objetivo de animar os re-patriados na obra de recolocar o culto no seu próprio lugar na vida nacional deles. Em II Sm.2-4 conta-se como Davi foi aclamado rei de Judá depois da morte de Saul, tendo Hebrom como capital, onde rei-nou por 7 anos e meio. Neste tempo havia guerra com Isbosete, filho de Saul. Depois da morte de Isbosete, Davi foi aclamado rei de todo o Israel. O primeiro ato de Davi como rei de todo Israel foi tomar Jerusalém e fazê-la capital da nação. Jerusalém situava-se num monte e era rodeada de vales ao leste, oeste e sul. Durante os 400 anos, de Josué a Davi, Israel não pude-ra capturar Jerusalém, porque os Jebuseus ainda estavam lá, Js. 15:63; II Sm.5:6-10; I Cr.11:4-5. A ascensão de Davi ao trono, a tomada de Jerusalém, seus homens e seus poderosos exércitos estão registrados nos capítulos 11-12 de I Crônicas. Após a morte de Saul, narrados no capitulo 10 de I Crôni-cas, todo o Israel juntou-se a Davi em Hebrom e reconheceu que a liderança da nação já estava nas mãos de Davi antes da morte de Saul, I Crônicas 11:1-2. Davi já era aceito pela nação de Israel de norte a sul, Deus lhe havia dado descanso de todos os seus inimigos e sua preocupação agora era a casa de Deus, o culto, a adoração. A Arca sai da casa de Abinadabe – A Arca que havia sido capturada pelos filisteus (I Sm. 4:11) e ficara com eles durante 7 meses (I Sm.6:1), foi devolvida e ficou em Quiriate-Jearim, há 16 Km. a noroeste de Jerusalém, durante 20 anos. Num carro novo o cortejo se inicia com alegria e festa

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sempre presentes no meio do povo de Deus, uma procissão ceri-monial, porém um acidente aconteceu: Sob a liderança de Davi, guiado por Uzá e Aiô, dois filhos de Abinadabe em direção a Je-rusalém os bois tropeçam e se desgovernam. Uzá levanta a mão para amparar a Arca e morre ali, perante o Senhor. Parece -nos demasiadamente severo o castigo de Uzá, porém somente aos levitas cabia esta tarefa de conduzir a Arca. Mesmo que a intenção de Uzá foi das melhores o seu ato foi uma violação direta da lei do Senhor, Nm. 4:15, sua morte foi uma ad-vertência, CUIDADO! Depois de 3 meses na casa de Obede-Edom, I Cr.13:14, levita, I Cr.15:17,18,21,24, a arca foi levada a Jerusalém e colocada numa tenda que Davi preparou, I Cr.15:1. A tenda original ficara em gibeon, I Cr. 21:29. A poligamia de Davi, I Cr. 14:3, foi também contra a lei de Deus. Contudo era o costume dos reis antigos, um dos sinais de prestigio e realeza que segundo parece o povo esperava de seus governantes. Com respeito a isso nos tempos do Antigo Testamento, Deus pareceu tolerante. Porém em pertur-bações domésticas Davi teve boa “safra”, II Sm. 13. Projeto da grande construção cap. 17 – o projeto e dese-jo foi de Davi, Deus estava satisfeito com tenda (vs.4-6) e não iria consentir que Davi lhe edificasse o templo, por ter sido um homem de sangue (22:8; 28:3) e passou o encargo para Salomão. Podemos sentir pairando sobre Davi o mesmo espírito de nobre, sem igual, que houve em Jônatas quando este abre mão de seus direitos ao trono, pela unção que havia na vida de Davi. Ag-ora é a vez de Davi abrir mão de seu direito e desejo de construir um templo ao Senhor e ajudar com todo empenho seu sucessor para que isto se realize. A casa devia ser sobremodo magnificente, para nome e glória em toda a terra, 22:5. Deveria ser a coroa de glória do reino, esta ordem é dada

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por Davi e desenvolvida por Salomão, registrada no capitulo 28. Deveres dos levitas cap.23 – agora que o templo seria per-manente em Jerusalém, a tarefa dos levitas sofre uma transfor-mação, já que a arca não precisaria mais ser transportada. Foi le-vantado um numero de 38.000 levitas que tiveram seus trabalhos redirecionados para outras funções, tais como:• Construção e supervisão do trabalho no templo. (V.4).• Porteiros (v.5)• Músicos (v.5)• Um coro com 4.000 vozes, divididas em regentes e instrumentos (15:16).• Oficiais e juízes (espécie de administradores) para cuidar dos negócios externos e parece que cabia aos levitas algo referente ao governo civil, tanto quanto ao serviço religioso. Os levitas executaram suas atividades para com a tenda da congregação, para com a guarda do santuário e para com o minis-tério da casa do Senhor. Organização dos sacerdotes cap. 24 – os sacerdotes foram denominados “ príncipes do santuário” ou “príncipes de Deus”, v.5, eram os responsáveis pelos sacrifícios. Suas obrigações ces-saram com a vinda de Cristo. Com bastante ironia, foram os “sac-erdotes” que idealizaram a crucificação de Jesus (Mt. 27:1; 6:20). Os ministros do evangelho, em parte alguma do Novo Testamento, são chamados “sacerdotes”. A epístola aos hebreus foi escrita para mostrar que os sacerdotes não eram necessários. O único lugar onde ocorre a menção a sacerdotes no Novo Testa-mento é em: Apc.1:6; 5:10; 20:6 e se aplicam a todos os crentes.Providências para a eficiência do culto cap.25, 26, 27 – como sabe-mos após Deus ter dado a Davi o descanso sobre seus inimigos, livramentos sem fim e o estabelecimento de seu reinado, a preo-cupação agora é adorar a Deus e direcionar o povo para este mo-mento sublime – ADORAÇÃO! Davi foi um grande musicista. De toda sua alma deleitava-

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se em fazer vibrar os céus com os cânticos de louvor a Deus!I Cr. 15:27-28; 16:41-42. Últimas instruções de Davi cap. 29 – todas as providên-cias tomadas, tanto para a construção como para a manutenção do templo. Ofertas voluntárias chegaram de todas as famílias e foram tantas que Davi louvou a Deus por ver que tudo havia sido realmente com coração voluntário diante de Deus. Em sua oração primeiramente louva a Deus pela magnificência, o poder, a honra, a vitória, a majestade e o reino onde o exaltado foi o próprio Deus de Israel. Pela oração de Davi dá para imaginarmos a alegria sentida por ele na arrecadação de materiais para uma obra que ele mesmo foi proibido de realizar, porém sua alma levantava vôo para a “casa não feita por mãos humanas”. O homem “segundo o coração de Deus”, servira nobremente ao Senhor Deus de Israel. E que alegria não deve ter sido a sua, quando se encontrou com AQUELE que mais tarde foi reconhecido como “o filho de Davi”. Jesus. Partes especiais nas escrituras de I Crônicas:• A oração de Jabes, (4:10).• Davi derrama a água do poço de Belém, (11:17-19).• O salmo de Davi, (16:7-36).• Descrição do coro e da orquestra de Davi, (25).• Ultima benção e oração de Davi, (29:10-19) (vale conferir). 10 - Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante a congregação toda e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade.11 - Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, SENHOR, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos. 12 - Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.

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13 - Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. 14 - Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudés-semos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. 15 - Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência. 16 - SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua. 17 - Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sin-ceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente. 18 - SENHOR Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, con-serva para sempre no coração do teu povo estas disposições e pen-samentos, inclina-lhe o coração para contigo;19 - e a Salomão, meu filho, dá coração íntegro para guardar os teus mandamentos, os teus testemunhos e os teus estatutos, fa-zendo tudo para edificar este palácio para o qual providenciei. 20 - Então, disse Davi a toda a congregação: Agora, louvai ao SENHOR, vosso Deus. Então, toda a congregação louvou ao SEN-HOR, Deus de seus pais; todos inclinaram a cabeça, adoraram o SENHOR e se prostraram perante o rei.

II CRÔNICAS Este livro é uma continuação de I crônicas e um suple-mento de I e II reis, abrangendo os mesmos assuntos, omitindo apenas as narrativas que dizem respeito às 10 tribos. A história de Judá narrada aqui é em termos gerais, um quadro sombrio de instabilidade e apostasia, mesclada com perío-dos de reforma espiritual.

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Proibida a comercialização Em Crônicas o elemento espiritual é mais ressaltado do que em Reis. Os livros que precedem os livros de crônicas terminam sempre com a nação hebraica em cativeiro, apesar de contarem a mesma história (em forma de recapitulação ou súmula), O livro de Crônicas apresenta uma forma eclesiástica e sacerdotal. O autor é o mesmo que de I Crônicas e existe ilustração de referências que somente II Crônicas apresenta, como:• O piedoso discurso de Abdias, 13:5-12.• Asa se esquece de Deus, 16:12.• As alianças insensatas de Josafá, 20:35.• A causa da lepra de Uzias, 26:16-21.• Cativeiro e libertação de Manasses, 33:11-13.

O Livro pode ser dividido em 2 partes:• Reinado de Salomão (1-9).• Os reis de Judá (10-36).

O Reinado de Salomão (não esquecer de colar imagem) Salomão foi o segundo filho de Davi com Bate-Seba. O senhor o amou e lhe confiou o maior reino da face da terra. Para por fim às pretensões de Adonias, irmão de Salomão, aproximad-amente aos 17 anos de idade, Salomão foi elevado ao trono por seu pai que estava prestes a morrer, pois ainda antes de seu nasci-mento, o senhor havia dito que Salomão seria rei em seu lugar e iria construir o templo em Jerusalém.

Salomão Firma a sua Autoridade Adonias – embora Salomão já estivesse empossado no tro-no, Adonias ainda tinha ambição de tomar o seu lugar. Salomão havia sido magnânimo com ele permitindo voltar para sua casa, e viver em paz se fosse homem de bem, mas seria executado se fosse achada maldade nele.

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Adonias insinuando que teria direito ao trono declarou que o reino deveria ser dele, e que todo o Israel esperava que ele reinasse se não tivesse sido transferido para Salomão. Com essa declaração ele revelou que ainda se considerava o legitimo suces-sor de Davi, embora admitindo que fora o Senhor quem transfe-riu o trono para Salomão. Em seguida pediu que Abisague, viúva de Davi, lhe fosse dada por mulher. Bem sabido que naquela época, qualquer que casasse com a viúva de um monarca era participante do privilégio do rei. Salomão percebeu qual era a verdadeira intenção de Ado-nias e entendeu que estava recebendo em troca da benevolência, infidelidade e que Adonias não deixaria de conspirar, planejar e aproveitar todas as oportunidades que pudesse para tentar tomar o trono de Salomão. Salomão, portanto tomou a única providên-cia cabível nesse caso: mandou executá-lo. Abiatar – era o ultimo descendente de Eli, a quem o sen-hor havia declarado que não continuaria o sacerdócio, por falta de disciplina da parte de Eli. I Sm.2:30-36; 3:12-14. Salomão expulsou Abiatar do templo por se ter envolvido na conspiração de Adonias, mas poupou a sua vida em reconheci-mentos a seus serviços prestados a Davi, na época da conspiração de Absalão, permanecendo leal a Davi. Joabe – assassinou os comandantes de Israel em tempo de paz, Abner e Amasa. Por isso Davi pediu à Salomão que usasse de sabedoria e não deixasse que Joabe morresse em paz. Davi o havia poupado, decerto pelos relevantes serviços que lhe havia prestado, mas Salomão nada lhe devia e além disso Joabe havia dado seu apoio a Adonias. Sabendo que Adonias havia sido castigado por sua par-ticipação na conspiração, Joabe procurou refúgio indo segurar os chifres do altar, seguindo o exemplo de Adonias. Mas foi inútil, o altar de não dava proteção aos que quebrassem a lei de Deus, Joabe foi executado ali mesmo.

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Simei – traiu o rei Davi na rebelião de Absalão, amaldiçoan-do e jogando pedras sobre ele II Sm.16:5-13. Davi o perdoou, por seu pedido de perdão e humilhação. Davi jurou que não o mataria, mas antes de morrer ele mandou que Salomão não o tivesse por inocente, mas que fosse prudente e lhe trouxesse morte violenta. Salomão mandou chamá-lo e lhe deu prisão domiciliar. Se ele saísse de Jerusalém seria morto. Simei se deu por satisfeito, porém 3 anos depois ele deu o motivo que precisava para ser ex-ecutado e Salomão o fez imediatamente. Salomão desta forma dispôs logo no inicio do seu reino daqueles que já haviam revelado seu mau caráter e infidelidade durante o reino de Davi. Com isso ele firmou sua autoridade e abriu caminho para um reino de paz e prosperidade.

O templo Construção - Salomão se esforçava e Deus era com ele. Você sabia que Salomão foi o maior criador de cavalos?(1:14; 9:25). Esses cavalos serviam para puxar carros na batalha. Entre todos os grandes feitos, invenções e realizações de Salomão en-contramos a maior de todas, a construção do templo.O templo foi construído com toda a suntuosidade possível em que as ofertas voluntárias proporcionaram. A construção começou no 2º dia do 2º mês do 4º ano do reinado de Salomão, no monte Moriá no lugar em que Davi havia preparado, na eira de Araúna. Foi construído com grandes pedras, traves, tábuas de cedro, reves-tido por dentro de ouro, I Rs.6:14-22; 7:8-12. Descrições - Foram edificadas com o traçado geral do tab-ernáculo, cada parte com o dobro do tamanho. Isto significa que o templo tinha 30m de comprimento; 10 m de largura e 15m de altura, I Rs.6:2. A frente ficava para o Oriente, era o local onde ficava o Santo Lugar ou Casa, o Santo dos Santos ou Oráculos ficavam na

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parte do Ocidente, I Rs 6:16-20. Eram separados um do outro pelo véu, II Cr. 3:14. No Santo dos Santos – ficava a arca, coberta com os dois querubins, I Rs.6:23-28. No Santo lugar, perto do véu, no centro, ficava o altar de ouro de incenso e 5 castiçais de ouro do lado norte, 5 do lado sul e 5 mesas de pães da preposição do lado norte, 5 do lado sul (I Rs.7:48-49/ II Cr. 4:8). Na frente no lado oriental, estava o pórtico, de toda a lar-gura da casa e 5 m de fundos. No pórtico haviam duas colunas de cobre, uma de cada lado, com uns 2m de diâmetro e 9m de altura, cada uma, I Rs.6:3; 7:15-21. Em redor da parede do templo, dos lados norte, sul e oeste, haviam 3 andares de câmaras laterais para os sacerdotes, I Rs. 6:5-10. Em redor da parede do templo ficava o grande altar de bronze, do holocausto, quadrado, 10m de cada lado e 5 m de altu-ra II Cr.4:1, pensa-se que ficava sobre a pedra que Abraão ofer-eceria Isaque, chamada posteriormente, pedra do Domo. Perto do sul ficava a grande pia de cobre, uma obra inteiriça, circular, com 5m de diâmetro e 2,5m de profundidade, montada sobre 12 bois destinada à abluções dos sacerdotes. Havia 10 pias portáteis menores, 5 do lado norte e 5 do lado sul, que continham água para o sacrifício, I Rs.7:38-39; II Cr. 4:1-6. O templo era rodeado por dois átrios: o interior e o grande átrio I Rs.6:36; 7:12. suas dimensões não são conhecidas o que se pensa é que o grande átrio podia incluir os edifícios do palácio. O templo foi construído em 7 anos (I Rs. 6:38), por 30 israelitas e 150.000 cananeus, I Rs.5:13-16; II Cr.2:17-18; 8:7-9. Cada parte era preparada distante do local da edificação e colocada no seu lugar sem se ouvir ruído de martelo ou outros instrumentos, I Rs. 6:7.

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O ouro, a prata e outros materiais empregados na con-strução, I Cr.22:14-16; 292-9, são estimados nos valores atuais com referencias de 2,5 bilhões de dólares americanos. Sua pompa e esplendor pode ter servido a um propósito, mas o seu ouro tor-nou-se objeto de ambição de outros reis. Infelizmente durou apenas 400 anos, pois no ano de 586 a.C. foi destruído e os judeus levados em cativeiro, onde não havia templo. Com a dispersão surgiram as sinagogas, que eram peque-nos prédios, onde os judeus se reuniam, especialmente os da dis-persão, para estudar a Palavra de Deus. (atos 15:21). No capítulo 5:2-14 a arca é conduzida para o seu lugar, o templo.Jerusalém era edificada sobre 5 colunas:• O muro de Davi abrangia a colina do sudoeste.• E é aceita a idéia de que o muro de Salomão abrangia colinas do centro-leste e sudoeste.• O palácio de Salomão ficava abaixo da colina do sul do pátio do templo.• Ao oeste do palácio, a casa da filha de Faraó.• Ao sul do palácio, a sala do trono de Salomão, ao sul desta, a casa do bosque do Líbano, que julga ter sido um arsenal, I Rs. 7:2-8.

Dedicação – Salomão de joelhos e com as mãos levantadas orou a Deus, II Cr. 7:1-3:• Desceu fogo do céu (7:1a).• O fogo consumiu o sacrifício (7:1b).• A glória do senhor encheu a casa (7:1c).• Todos louvavam ao Senhor (7:3-6).

Repercussão - de todos os povos vinham gente a ouvir a sabedoria de Salomão, inclusive a rainha de Sabá, que é mencio-nada no antigo testamento e no Corão como a soberana de um

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reino muito rico, o reino de Sabá. O historiador Flávio Josepho refere-se a ela como “Nikaulis, rainha da Etiópia”, com tanto poder e riqueza nas mãos concluiu, com respeito a Salomão: “não me contaram nem a metade!” Porém com tanta honra recebida no decorrer de seu re-inado, Salomão errou em 2 pontos importantes:• Primeiro - no que diz respeito aos seus relacionamentos políti-cos, que como penhores recebeu algumas mulheres e estabeleceu um harém onde recolheu 1.000 mulheres. Por conseqüência eram estrangeiras e idólatras, que perverteram o coração de Salomão a ponto de ser induzido por elas a levantar altares aos seus deuses, I Rs.11:1-8.• Segundo - no que diz respeito ao povo, que gemia debaixo dos altos tributos que eram obrigados a pagar, que culminou com uma rebelião no reinado de seu filho Roboão.

II - Os reis de Judá (10-36).

A partir daqui temos as varias histórias dos reis que re-inaram em Judá à começar por Roboão, filho de Salomão sendo questionado a respeito de como seria seu reino, pois, o povo es-tava sob o jugo muito pesado e havia uma reclamação do povo por causa dos altos tributos que pagavam ao rei Salomão. Roboão pediu conselho aos anciãos e aos jovens sobre este assunto. Os anciãos lhe pediram que aliviassem o jugo e os jovens para que aumentasse o jugo.Roboão deu ouvidos aos jovens que cresceram com ele. A insensatez de Roboão causou a divisão do reino e “con-sagrou” para o sacerdócio os elementos da mais baixa moral, sem serem chamados por Deus.(11:15). Os demais reis de Judá à partir de Salomão foram: (vide pagina 00).

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Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 7) - O tema principal de II Reis é a história dos reinos de Israel e Judá, desde a última parte do reinado de Acazias em Israel, e de Jorão em Judá, até o tempo dos cativeiros.

____ 8) - Quando Elias foi levado ao Céu sua capa caiu sobre Elizeu que foi testemunha ocular deste acontecimento, como Elias havia determinado.

____ 9) - Jerusalém situava-se num vale e era rodeada de montes ao leste, oeste e sul.

____ 10) - O templo foi construído em 20 anos (I Rs. 6:38), por 10 israelitas e 1.150.000 cananeus, I Rs.5:13-16; II Cr.2:17-18; 8:7-9.

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Livro de Esdras, Neemias e Ester

Esdras É o 10º livro da sessão histórica. Autor, desconhecido. Geralmente se crê que Esdras, embora não tenha sido o autor de todo livro, mas, o compilador das partes que não escreveu. O Tema principal do livro é a edificação e inauguração do 2º templo e o restabelecimento da vida nacional dos judeus em sua terra. No cânon judeu Esdras formava o mesmo livro com Neemias. Esdras significa “exílio”, filho de um dos cativos de Ba-bilônia onde provavelmente nasceu. Descendente de família sac-erdotal, pois era neto de Hilquias (IRs. 22:8; Ed.7:1). Foi escrivão versátil na lei (Ed.7:6), consolidou e edificou as sagradas escrituras. É considerado um dos organizadores do cânon do antigo testamento e também da sinagoga. O livro de Esdras cobre um período de 79 anos, que vai de Ciro a Artaxerxes (536-457 a.C.) e divide-se em 2 partes:I – Retorno dos cativos sob Zorobabel (1-6).II – Retorno dos cativos sob Esdras (7-10).

I – Retorno dos cativos sob Zorobabel. O personagem que Deus usou para promover a libertação dos cativos de Judá – Ciro, o medo-persa, mencionado nas escrit-uras como o “pastor”, o “servo”, o “ungido” de Jeová (Is.44:26-28; 45:1-13; Jr.29:10). Flavio Josepho, o grande historiador judeu, diz que Daniel mostrou estas profecias à Ciro, o que levou esse governante a agir a favor dos judeus, considerando que essa era a vontade divina. Ciro não foi só um grande conquistador, mas um sábio governa-dor, tanto os judeus como os babilônicos viviam satisfeitos com seu governo.

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Sabe quem determinou a Ciro baixar o decreto? Leia Is.44:28; Ed.1:3. Sesbazar é o nome babilônico de Zorobabel, assim como Beltessazar era o nome de Daniel. O registro dos que voltaram - voltaram com Zorobabel, cerca de 50.000 pessoas e o retorno foi feito em três etapas. Aque-les que não encontraram seus nomes escritos ou não puderam provar sua identidade tiveram se esperar por Urim e Tumim, até que os sacerdotes pudessem consultar ao Senhor. A expressão “todo o Israel” refere-se aos que voltaram, Ed.2:70; 6:17; 8:35. Parece que os exilados de Judá que voltaram à pátria reuniram pelo caminho alguns que desejavam regressar à terra natal. Isto nos ajuda a compreender porque, nos tempos do novo testamento, ainda se fala dos judeus como “doze tribos”, Lc.22:30; At.26:7; Tg.1:1. Os alicerces do templo - no 7º mês do 1º ano de seu re-gresso, edificaram o altar e observaram a Festa dos Tabernáculo com ações de graças a Deus. No 2º mês do ano seguinte, quan-do os fundamentos do templo foram lançados, fizeram vibrar os céus com os jubilosos hosanas. Mas as pessoas idosas que haviam conhecido o primeiro templo, caíram em pranto, pois, o segun-do templo não tinha a mesma estrutura, exuberância e beleza do primeiro. Jesua, (v.2), chamado “Josué” em Ag.1:1, era filho do sacerdote Jozadaque que fora levado cativo à Babilônia, I Cr.6:15. Zorobabel (v.2) era governador, Ag.1:1, neto do rei Joaquim, que também fora levado à Babilônia, ICr.3:17-19. era quem seria rei, se houvesse reino. Com requintada cortesia, Ciro o nomeou gov-ernador de Judá. A construção do templo – o povo da terra desejou unir-se à obra, 4:1-2. Progredindo a obra do templo e do muro de Jerusalém (v.16), os povos aos quais tinha sido dado a terra dos judeus e seus vizinhos, começaram a fazer objeções e por meio de intrigas,

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conseguiram fazer com que parasse a obra por quinze anos até os dias de Dario.Estes opositores, antes tinham se oferecido para ajudar na con-strução, porém a ajuda não foi aceita por isso começaram a des-animar os construtores. O término e dedicação do templo – Dario procedeu ami-gavelmente com os judeus e no 2º ano, 520 a.C., dezesseis anos após estarem os judeus em sua pátria, sob as palavras de ânimo dos profetas Ageu e Zacarias, recomeçaram a construção do tem-plo. Logo veio o decreto de Dario para que o templo fosse con-cluído e mais a ordem para que do tesouro real se fornecesse o dinheiro necessário. Dentro de quatro anos, 520-516 a.C. foi con-cluído e dedicado com regozijo. Por alguma razão desconhecida, depois de acabado o tem-plo a obra de restauração da cidade não progrediu por uns setenta anos.

II – Retorno dos cativos sob Esdras (7-10). Após aproximadamente sessenta anos depois do término do templo, oitenta anos depois do retorno do primeiro grupo de judeus sob a liderança de Zorobabel, Esdras foi a Judá para ensi-nar a lei de Deus, embelezar o templo e restaurar o culto divino. O regresso da segunda colônia sob a direção de Esdras foi autori-zado pelo rei Artaxerxes, (Ed.7-10). A correção dos males sociais – a situação causou grande mágoa em Esdras. O povo, sacerdotes, levitas, príncipes e gov-ernadores tinham se misturado livremente através do casamento com seus vizinhos idólatras, ato que Deus sempre proibiu aos ju-deus e que os levava a idolatria, causa do cativeiro. Deus enviara profetas após profetas, castigo após castigo e por fim o cativeiro que quase extinguiu a nação. Agora voltara a pátria um pequeno remanescente curado. E a primeira coisa que fizeram foi a velha artimanha de se misturarem com os povos idólatras. As providên-

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Proibida a comercializaçãocias de Esdras, para livrá-los de suas mulheres idólatras podem nos parecer severas demais, porém, foram eficazes.(Esdras pede para que o povo se arrependa e despeça suas mulheres). Os judeus curaram-se! Sobre Esdras – a tradição o considera como idealizador do culto e presidente das sinagogas, que como foi dito completou a formação do cânon do antigo testamento. Atribui-se a Esdras também a autoria de I e II Crônicas, porém sem provas. Associou-se com Neemias para iniciar um avi-vamento com o estudo das escrituras sagradas, Ne. 8. A Esdras também é atribuída a autoria de vários salmos inclusive o de número 119. A lição que nos mostra o livro de Esdras é o poder da pa-lavra de Deus na vida humana. Referido como:Palavra de Deus, 1:1; 9:4.Lei (livro) de Moisés, 3:2; 6:18; 7:6.Mandamentos, 6:14; 10:3.Leis do Senhor, 7:10-14.E também nos mostra que a oração na vida de Esdras era imi-nente, sempre presente, assim como a confissão.

Neemias Nos manuscritos hebraicos, os livros de Neemias aparecem como um só livro. Autor indeterminado. Porém muitos eruditos consider-am grande parte do livro como uma autobiografia de Neemias. Neemias era da tribo de Judá e seu nome significa “aquele que Jeová conforta”.Servia como copeiro (oficial do rei) na corte de Artaxerxes, da Pérsia (1:11). Tema - a reconstrução dos muros de Jerusalém, a repetição de certas leis divinas e a restauração das ordenanças antigas.Acompanhamos também no livro de Neemias um estudo dos ti-pos:• A reconstrução dos muros de Jerusalém - um tipo do cresci-

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mento do reino de Deus na terra.• Os muros derrubados, 1:3 – podem tipificar as defesas debilita-das do reino de Deusna terra.• As temporadas preliminares de jejum e oração, 1:4-11 – podem tipificar a atitude mental que deve preceder a todos os grandes empreendimentos espirituais.• O sacrifício de Neemias de sair de um importante posto pelo bem da causa, 2:5 – pode tipificar o serviço sacrifical sempre necessário quando se leva a cabo uma grande obra.• A inspeção da cidade à noite, 2:15-16 – pode tipificar a necessi-dade de se conhecer os fatos antes de começar o trabalho constru-tivo.• A busca de cooperação, 2:17-18 – pode ser tipo de um elemento essencial em toda obra bem sucedida, a motivação e união dos envolvidos num empreendimento.• O recrutamento de todas as classes, 3 – pode ser um tipo da im-portância de uma organização completa.Podemos empregar os mesmos métodos para vencer obstáculos na obra espiritual:• O escárnio, 2:9 – vencido pela confiança em Deus, 2:20.• A ira e o desprezo, 4:3 – vencidos pela oração e pelo trabalho árduo, 4:4-6.• A conspiração, 4:7-8 - vencida pela vigilância e a oração, 4:9.• O desanimo dos amigos, 4:10-12 – vencido com uma coragem constante, 4:13-14.• A ganância egoísta, 5:1-5 – vencida pela repreensão e pelo exem-plo de abnegação, 5:5-17.• A obra foi concluída - e os inimigos ficaram perplexos pelo con-stante esforço, 6:1-15. O alvo principal do livro de Neemias é estimular o espírito patriótico no povo de Israel a respeito das leis divinas (13:18). Os acontecimentos registrados em Ester realizaram-se no período entre Esdras e Neemias.

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O cativeiro babilônico foi decisivo para os judeus deix-arem a idolatria. Nem a famigerada inquisição da igreja romana com todo o seu terror, conseguiu com que um só judeu se pros-trasse diante de uma imagem de escultura(Sl.137). O livro abrange um período de pelo menos 12 anos, vai da saída de Neemias da babilônia até a restauração do culto no templo.

Pode ser dividido em 3 partes:

I -Reconstrução do muro(1-6)II - Restauração e avivamento(7-12)III - Reforma e disciplina(13)

I – Reconstrução do muro. Neemias foi a Jerusalém em 445 a.C. Esdras esteve lá uns 13 anos antes, como sacerdote ensinando religião ao povo, Neemias veio como governador civil, com autoridade do rei da pérsia para reconstruir o muro e restaurar Jerusalém como cidade fortificada. Os judeus já estavam na pátria há uns 100 anos com pouco progresso. Alguns trechos do livro de Neemias têm o pronome na primeira pessoa, tendo citações diretas dos relatórios oficiais de Neemias. Neemias era um homem de oração, patriotismo, ação, cor-agem e perseverança. Sempre seu primeiro ímpeto era orar, 1:4; 2:4; 4:4-9; 6:9-14. Os velhos inimigos dos judeus, então de posse da terra, moabitas, amonitas, asdoditas, árabes e os recém-importados sa-maritanos, com astúcia e amargura opuseram-se à reedificação do muro de Jerusalém. Mobilizaram seus exércitos e marcharam contra Jerusalém. Com fé em Deus, Neemias dispôs seus homens com habilidades e deu impulso a obra dia e noite de modo que,

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apesar de todos os obstáculos, o muro se concluiu em 52 dias. 142 anos após sua destruição, Jerusalém era agora novamente a cidade fortificada.

II - Restauração e avivamento (7-12) Depois da construção do muro de Jerusalém, Neemias e Esdras reuniram o povo para a organização de sua vida nacional. O capitulo 7 é quase o mesmo que Ed.2, com uma lista dos que voltaram a Jerusalém com zorobabel perto de 100 anos antes. Havia certos assuntos de ordem genealógica aos quais se precisava atender. Estão, durante sete dias, de manhã cedo ao meio dia, Es-dras e seus auxiliares abriram “o livro à vista de todo o povo... E leram no livro, na lei de Deus; dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”.Esta leitura pública de exposição do livro divino ocasionou grande “reavivamento” e um pacto solene de guardarem a lei, como se vê nos capítulos, 9-10. Foi a descoberta do livro da lei que operou grande reforma dos dias de josias, II Rs.22. O fato de Martinho Lutero redescobrir a Bíblia, foi o que fez a Reforma protestante e trouxe liberdade re-ligiosa ao mundo moderno. A desgraça da Igreja Romana está no fato de ela substituir a palavra de Deus pelos decretos de homem. A fraqueza do Protestantismo dos dias atuais vem de negligenciar a Bíblia, que ele professa seguir. A grande necessidade do púlpito hodierno é pregar, simples e expositivamente, a Bíblia. Em profundo arrependimento e grande fervor, fizeram “uma aliança fiel” e a escreveram e selaram, “e convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus”, 9:38; 10:29. Concluído o muro e dedicado numa grande festa, um décimo da população veio morar na cidade, organizando-se os serviços do governo e do templo.

III - Reforma e disciplina (13).

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Apesar de o povo haver confessado seus pecados, alguns não puderam ficar porque haviam casado com incrédulas e por isso não puderam entrar na congregação. No capitulo 13:4-5 en-contramos Tobias, o causador do fracasso, pois, alem de promover a mistura, comia o salário dos obreiros do Senhor ( os levitas).Segundo escritos extra bíblicos, Neemias, fundou uma biblioteca, reunindo os livros acerca dos reis e profetas, os livros de Davi e as cartas dos reis que haviam se dispersado com a guerra. Correção de relaxamento a respeito dos dízimos, do sábado, de casamentos mistos. No capitulo 13:23-24 se vê os que casaram com incrédulas, seus filhos não falavam a língua judaica – falavam uma língua profana! Para Neemias não resolvia somente uma reforma de muros – reformas de algo externo, aparente... Para ele precisava mais e a reforma começou! Temos neste capítulo uma lista de pecados cometidos pelo povo e reparados ou disciplinados por Neemias:• Homens pisando lagares no sábado – o sábado era um sinal, como foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal para Noé. Assim como deveriam ser extirpados os incircuncisos dentre o povo, aquele que profanasse o sábado também morreria. A instituição do sábado estava asso-ciada à lembrança da libertação da escravidão do Egito(Dt.5:15; Ez.20:10-20) era ordem de Deus! E o povo não estava respeitando esta ordem em Judá.• Homens trazendo trigo, uvas e figos no sábado para Jerusalém – todos foram admoestados por Neemias contra a venda de man-timentos.• Habitavam em Jerusalém, tírios (homens de Tiro) que vendiam peixes no sábado – os nobres de Judá foram chamados a atenção por Neemias quando lhes disse: não fizeram assim vossos pais e não trouxeram todo o mal sobre nós e sobre esta cidade?• As portas de Jerusalém ficavam de continuo abertas – ficavam

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abertas até que Neemias pôs ordem na casa, mandando fechar as portas antes do sábado e que se mantivessem fechada até que se passasse o sábado. Neemias encontrou resistências e muitos comerciantes pousaram fora dos portões, sob ameaças mesmo de morte até que compreenderam e obedeceram as ordens.• Judeus que tinham se casado com mulheres estrangeiras – a aliança sacerdotal e levítica haviam se contaminado por causa deste grande mal. Neemias lembra o povo a respeito de Salomão que tinha tudo em seu reino, amado por Deus e, contudo havia se contaminado com mulheres estrangeiras.O que vemos nesta regra dada por Deus em todos os tempos não seria a intenção de separação de outros povos, preconceitos ou coisa semelhante, mas a mistura de adoração. Desde a saída do povo de Israel do Egito, Deus tem exigido a separação de seu povo do mundo idólatra. Casamento com estrangeiros trazia justa-mente este mal no meio do povo de Deus, idolatria, e isto é abom-inação a Deus até mesmo em nosso tempo.

ESTER Último livro da seção dos históricos, ou seja, o décimo se-gundo da lista. O autor é desconhecido, porém há duas versões a serem analisadas, a primeira diz que foi escrito por Ester, a segunda versão diz que foi Mardoqueu, sendo esta segunda a mais aceita Et.9:20-32. O livro tem a sua data aproximada ao ano de 509 a.C. e tem com tema principal a libertação dos judeus por meio da rainha Ester. Ester em hebraico, Hadassa era filha adotiva de Mardo-queu ou Mordecai, da tribo de Benjamim (Et.2:5-7), que por de-terminação divina vem a ser rainha da Pérsia, “impossível imag-inar o que seria da nação judaica se Ester não tivesse existido.” Podemos admitir que a vinda do Messias teria sido retardada, só não poderia ser impedida, pois, como disse Mardoqueu: “...socor-

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ro e livramento de outra parte virá”(Et.4:14). Os eventos principais da história giram em torno de três festas:• A festa de Xerxes(Assuero) e os fatos relacionados com ela.• A festa de Ester.• A festa de Purim.O livro de Ester dividi-se em 3 partes principais:I – Banquete do rei Assuero(1-2).II – A fidelidade de Ester (3-7).III – A festa de Purim (8-10).

I – O BANQUETE DO REI ASSUERO (1-2) – Os judeus são lib-ertos do extermínio. Antes de qualquer coisa devemos consultar o calendário, que deve estar marcando o 3º ano do monarca (Et.1:5-9). Esta é a maior festa registrada na bíblia, durou uns 180 dias. Embora este livro vem após Neemias, cronologicamente, seus eventos acon-teceram 30 anos antes. Ao que parece, Ester possibilitou o trabal-ho de Neemias. Seu casamento com Assuero pode ter prestigiado muito os judeus.Consulte o calendário:538 a.C. - Os judeus voltaram de babilônia para Jerusalém. 537-516 a.C. - o templo foi reedificado 478 a.C. - Ester, judia, se tornou rainha da Pérsia.473 a.C. – Ester livrou os judeus de serem massacrados. 458 a.C. - Esdras saiu da babilônia para Jerusalém. 445 a.C. - Neemias reconstruiu o muro de Jerusalém. A história a ser contada seria outra, sem Ester que foi uma peça chave na preservação do povo judeu. Este livro gira em torno de um fato histórico muito im-portante, não simplesmente uma narração com finalidade de um fundo moral. A narração do livro – o livramento da nação hebraica ser

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aniquilada no cativeiro babilônico. Sabemos que Deus sempre trabalhou através da história sem perder nem um ponto sequer, mas se a nação hebraica tivesse deixado de existir quinhentos anos antes de trazer Cristo ao mundo, isto só alteraria o destino da hu-manidade; sem a nação hebraica não haveria o Messias; sem o Messias o mundo se perderia. Sem que Ester tivesse a menor idéia de seu papel naquele momento da história, foi a sua fidelidade ao Senhor e o seu patri-otismo que a fez entrar na história contribuindo para a vinda do salvador do mundo. Assuero foi o mesmo Xerxes que governou a Pérsia no período de 486-465 a.C., um dos mais ilustres monarcas do mun-do antigo. A grande festa que se descreve neste capitulo, como se sabe de inscrições persas, foi feita em expedição contra a Grécia. Deposição de Vasti – Assuero rei da Pérsia, por unânime consenso, no calor do vinho mandou vir à sua presença a rainha Vasti com seu diadema na cabeça, para que todos admirassem sua beleza. A intimação do rei foi recusada, o conselho logo entrou em ação e a expulsão de Vasti foi decretada, sua exclusão e a perda da realeza.Outra teria que se ser escolhida em seu lugar e entre as mais belas das virgens daquela província Ester foi eleita como substituta de Vasti. Elevação de Ester - Ester foi escolhida no 7º ano do reinado do rei Assuero, após um grande preparo de beleza física e espir-itual. A situação de Ester era melindrosa, pois ninguém sequer imaginava que sua origem era judia. Hamã, como um dos minis-tros do rei, irritado com a presença e audácia de Mardoqueu, por não reverenciá-lo quando passava, planejou uma vingança cruel contra todos os judeus. Mardoqueu procurou por todos os meios motivar o rei e seus ministros ao desfecho de seus intentos e tudo parecia perfeito até que Mardoqueu e Ester entraram em ação com o cuidado que Deus sempre teve pela nação judaica e acaba o

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perseguidor sendo o perseguido e morto no lugar de Mardoqueu.

A FIDELIDADE DE ESTER A insistência de Mardoqueu levou Ester por em risco sua vida e seus recursos de mais alto valor, o jejum. Acreditando na força do jejum o qual foi convocado todo o povo, compareceu na presença do rei sem prévia licença, arriscando assim sua própria vida. Com grande prudência e fino trato, Ester fez ver o rei, que a conspiração de Hamã contra os judeus atingiria a ela assim como o palácio real. Pediu ela ao rei que se o edito não pudesse ser revogado, que fosse dado aos judeus pelo menos o direito de def-esa, o que foi concedido. Não se sabe como nem quando morreu Ester, o que se sabe é que sua fidelidade a Deus e aos patrícios fez de Ester uma rainha respeitada tanto no palácio entre os plebeus quanto junto ao povo judeu. Ester é um dos 2 livros da bíblia que ganha o nome de um mulher. Também não encontramos neste livro escrito o nome de Deus, levamos em consideração que neste tempo e local o povo se encontrava cativo e que apesar da falta de inscrição do nome de Deus, era a Sua fidelidade que estava sendo declarada e proc-lamada, como declarou o próprio Mardoqueu, “mas se de tudo te calares, socorro e livramento de outra parte virá, mas tu e tua casa morrereis. Quem sabe seja para tempo como este que chegaste ao reino”.(Et.4:13-14)

A FESTA DE PURIM (8-10) Purim, pur na linguagem persa quer dizer, sorte, talvez pur ou bur na linguagem babilônica. A festa de Purim era a maior festa judaica instituída para celebrar o livramento dos judeus exilados na Pérsia de serem mas-sacrados em massa por causa dos planos sanguinários de Hamã. Teria ele lançado pur ou sorte para saber em que dia seria ex-

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Proibida a comercializaçãoecutado o seu plano. A festa foi marcada para o dia 14 do mês de Adar, aproximadamente o fevereiro do nosso calendário e durava quinze dias. Diz o historiador Flavio Josepho que no seu tempo todos os judeus espalhados pelo mundo celebravam esta data festiva. Pensam alguns que a festa mencionada em S.João 5:1, seja a de Purim, apesar que esta festa era realizada em todo o país, não hav-ia necessidade de Jesus ter subido à Jerusalém apenas por ela. Haviam três grandes festas onde era obrigatória a partici-pação de todo o judeu. A festa de Purim gozou de grande popu-laridade dentre os judeus e o dia 13 do mês de Adar, destinava-se ao jejum, à tarde, começava a leitura do livro de Ester. Quando chegava ao nome de “Hamã”, todos os congregados gritavam “apa-ga este nome” ou “o nome deste perverso apodreça” e as crianças rompiam em grandes vaias batendo as matracas. Os nomes dos filhos de Hamã eram lidos de um jato para indicar que haviam sido enforcados todos simultaneamente. Na manhã seguinte, o povo voltava à sinagoga para terminar os exercícios religiosos, passando o restante do dia com grande regozijo na presença do Senhor. Os ricos traziam presentes aos pobres(oferta voluntária e de gratidão). A celebração desta festa de geração em geração, serve de valioso argumento a favor do caráter histórico dos inci-dentes narrados no livro de Ester.Considerações finais O direito do livro a ocupar um lugar no cânon das Es-crituras Sagradas tem sido grandemente contestado. O nome de Deus não aparece nele enquanto que um rei pagão é mencionado mais de cento e cinqüenta vezes. Não há alusão à oração nem a nenhum tipo de serviço espiritual, com exceção do jejum. Sem dúvida ocupa um lugar na Palavra de Deus, por seu ensino velado da providência protetora em conjunção com o povo de Deus e a certeza da retribuição que alcança seus inimigos.

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Questionário

Marque “C” para certo e “E” para errado

____ 11) - O Tema principal do livro é a edificação e inauguração do 2º templo e o restabelecimento da vida nacional dos judeus em sua terra.

____ 12) - Neemias era da tribo de Levi e seu nome significa “aquele que Jeová conforta”. Servia como príncipe (oficial do rei) na corte de Artaxerxes, da Pérsia (1:11).

____ 13) - Podemos admitir que a vinda do Messias teria sido retardada, só não poderia ser impedida, pois, como disse Mardo-queu: “...socorro e livramento de outra parte virá”(Et.4:14).

____ 14) - A festa de Purim era a maior festa judaica instituída para celebrar o livramento dos judeus exilados na Pérsia de ser-em massacrados em massa por causa dos planos sanguinários de Hamã.